Você está na página 1de 6

UNIVERSIDADE LICUNGO

Departamento de Ciências Sociais e Filosóficas

Curso de Direito 1 ano Pós-Laboral

Grupo dos Pombos

14.5val/20val

Teste Escrito em Grupo de Sociologia júridica

Docente: Carmen Moval

Discentes:

Celso P. Lambo

Flávia Júlio

Nilvan Osório Fonseca

Sara Rachide Assane

Quelimane.Abril.2020
A sociologia é uma prática disciplinada, dotada de um conjunto próprio de questões com as
quais aborda o estudo da sociedade e das relações sociais. (Buman e May, 2010)

a) Aponta os modelos segundo os quais diferenciam a sociologia do senso comum

R/: Num primeiro momento, a sociologia diferência-se do senso comum na medida em que, a
sociologia como ciência subordina-se a regras rigorosas do discurso responsável, uma vez que
apoio-se aos atributos da ciência para se dintinguir de outras formas de conhecimento. Neste
caso, espera-se dos sociológos, em sua prática, um grande cuidado para distinguir de maneira
clara e visivél afirmações coroboradas por evidências verificavéis e aquelas que revendicam seu
status a partir de meiras ideias provisórias e não testadas. O conjunto de procedimentos que
conduzem as conclusões sociologicas estão sempre abertas para fiscalização.

Em segundo momento, o material do pensamento sociológico é extraido obedecendo um


campo específico e tamanho. Para a maioria de nós no dia-dia esse campo se resume a nossos
próprios mundos de vida, ou seja ao que fizemos as pessoas que encontramos, os propósitos que
estabelecemos para nosso próprio empreendimento e pressupomos que outra pessoas
estabeleçam para os delas, assim como os tempos e o lugares em que interagimos. Poucas vezes
consideramos ultrapassar o nivél de nossas preocupações cotidianas para âmpliar os horizonte de
nossas experiências, actitude que exigixiria tempo e recursos de que muitos podem não dispor.
Estas questões só podem ser examinadas se as colocarmos juntas e comparar-mos experiências
prospectadas a partir de uma multiplicidade de mundos. Só então as realidades delimitadas da
experiência individuias serão reveladas, assim como a complexa rede de depência e
interconexões nas quais elas estão envolvidas que vai muito além da esfera que pode ser acessa a
partir do ponto de vista da biográfia singular. É por está razão que, a busca desta perspectiva
mais âmpla efectiva pelos sociológos, faz enorme diferênça não só quantitativamente mais
também qualitativa e nos usos do conhecimento.

No terceiro momento, estas diferen-se quanto ao sentido que cada uma atribui a vida
humana em termos de como entendem e explicam eventos e circuntâncias. Partindo do
pressuposto de que somos autores de nossas acções e que o que fizemos é fruto da nossa
intuição, muito embora o resultados possam não corresponder ao que pretendiamos. Em geral,

2
agimos para alcançar um estado de coisas, em que seja a visão de possuir um objecto, receber
elogios, impedir que não acontece algo que não nos agrada ou ajudar um amigo. Tendemos a
perceber tudo o que acontece a nossa volta como resultado da acção intencional de alguêm que
procuramos até encontrar, acreditando, que nossas investigações tiveram éxito. Assumimos que a
boa vontade está por trás dos eventos para os quais somos favoravelmente predispostos e que há
más intenções de alguém indentificável.

Quanto em vez de dar crédito atores individuais e acções isoladas as pesquisa


sociológicas centram-se em dar confiabilidade as redes de depedências humanas, que servem de
ponto de partida de suas pesquisas.

Por fim, o senso comum centra-se na autoevidência de seu caracter, isto é posiciona-se no
não questionamento de seus preceitos de sua autoconfirmação na prática. Esse caractér repousa
na rotina, ao mesmo tempo que é por ele conformado. De acordo com esse ponto de vista é
possivél afirmar que a familiaridade estaria em intenção com seu caracter inquisítivo em que isso
também pode potencializar o impacto da inovação e da trasnsformação.

2. A sociologia tem muitas implicações práticas para as nossas vidas tal como Bauman
sublinhou

a) como pode a sociologia ajudar-nos na nossa vida? Apresente três implicações práticas

R/- A sociologia pode ajudarnos por via da desfamiliarizção, na media em que abre novas
possibilidades de convivência e adopção de uma postura mais consciente em relação a vida, a
nós mesmos e mais compreensão do que nos cerca de modo mais completo. Pensar
sociologicamnete pode nos tornar mais sensíveis e tolerantes em relação a diversidade, e dai
decorrendo sentidos afiados e olhos abertos para novos horizontes além das explorar condições
humanas até então relativamente invisíveis.

- O pensamento sociologico segundo Buman, torna flexivél aquilo que pode ter sido
flexidez opressiva das relações sociais e ao fazer isso, abre um mundo de possibilidades. Quanto
mais disso aprendemos mais flexivéis ficamos em relação a opressão e controlo, sendo menos
sujeitos a manipulação e controle. Fica evidente, a possibilidade de que o sujeeito
sociologicamente familiarizado se torne mais efectivo como actor social, uma vez que passa a

3
ver conexões entre suas acçoes e as condicões sociais, assim como a possiblidade de transformar
as coisas mais abertas a transformações.

- Pensar sociologicamente, significa entender de um modo mais completo quem nos


cerca, tanto em suas esperanças e desejos, quanto em suas inquietações e preocupações. Neste
caso passamos apreciar melhor o individuo contido nesse coloectivo e talv’es aprender a
respeitar aquilo que toda sociedade civilizada tem de garantir para se sustentar: o direito de cada
membro colectivo escolher e pôr em prática maneiras de viver de acordo com suas preferências.

3. De acordo com Boaventura de Sousa Santos os tribunais ao longo dos séculos foram
polémicos e objecto de escurtinêo político.

a) Quais são as questões que levantam a respeito dos tribunais?

R/- Os tribunais na era mais recente parece estarem em constante confronto com orgãos
do poder político e outros orgãos de Soberania, sobrtudo o poder exectivo. De tal forma que hoje
fala-se de judicialização de conflitos políticos. Pes embora, o Judicial e o executivo sejam ambos
orgãos políticos, o Judicial por seu turno só se assume político na medida que este interfere com
os demais orgãos de soberânia. É desta forma que a judicialização dos conflitos políticos deixa
transparecer a ideia de politização dos conflitos judiciários. toda vez que ocorrem situaçoes de
natureza ficam em eviddencia as seguintes questoes: Legitimidade, Capacidade e Independência.

 Legitimidade

Pes embora os Orgãos judiciais não sejam eleitos, a questão da sua legitimidade é
colocada em caussa sempre que estes interferem em questão ligadas ao Legislativo e Executivo.
 Capacidade;

Este elemento tem haver com a disposição que o Judiciário tem de tornar eficaz a Política
Judiciária. Existem duas situações em que a capacidade é colocada em causa

1— pelo seu quadro processual fixo, recurso humanos e infra-estruturas ínelasticas, onde
qualquer exagero pode significar denegação da Justica.

2- Este resulta do facto de que os Tribunais não dispoem de meios próprios para fazer
cumprir suas decisões, na medida em que a execução de suas decisões dependem do
envolvimento de um ou mais sectores da administração Pública. Sendo que, é nesses sectores em

4
que os nivéis de polítização dos letigios jurídicos ocorrem em maior escala. Neste caso, os
tribunais ficam a mercer da boa vondade de instituições que não estão sob sua jurisdição, logo,
sempre que esta boa vontade falha repercurte-se directa e negativamente na própria eficácia de
tutela.

 A questão da independência

A independência dos tribunais está presente sempre que legitimidade e capacidade se


fizerem presentes, porque em grande medida a idependência concilia âmbas vertentes. Logo,
quer-se com isto dizer que na ausência da legitimidade e da capacidade não é possível termos
uma indepedência, está combinação, desdobra-se em duas situações;

1- A Legitimidade coloca em causa a independência sempre que o Judiciário confronta


ou interfere nas decisões do executivo e do Legislativo. 2- No contexto da Capacidade , este
coloca em causa a independência dos tribunais sempre que o Judiciário não dispondo de
autonómia financeira e Administrativa vê-se dependente de outros poderes para o desempenho
de suas funções.

Em síntese, os tribunais gozam duma, indpedência relativa, na medida em que, para o


exercicio pleno de suas funções carece do apoio e colaboração das demais intuições públicas,
como é o caso da polícia, para fazer cumprir por exemplo os mandatos de busca e caputura, na
ausência da vontade da polícia está decisão não pode ser cumprida. Uma outra situação refere-se
a dependência financeira de que os tribunais são acometidos, querendo isso dizer que, se o poder
Executivo através do ministério das finanças não disponebilizar fundos para o exercício das
funções judiciárias será impossível exercer o seu poder.

3. B) Conceitua a pirâmide de Ligitiosidade e onde elas emergem?

R/- o conceito de “piramide litigiosa”, devide os letigios em dois blocos, os letigios


de base, constituidos pelas entradas ao judicial e os letigios que chegam ao julgamento estes
constituem o top. O conceito de pirâmide litigiosa, emerge do processo de análise do nivél de
letigiodiadee de uma sociedade. Partindo do pressuposto de que os letígios são construções
sociais na medida em que o mesmo padrão de comportamento pode ser considerado letigioso ou
não letigioso, consoante a sociedade e o grupo social ou o contexto de inteirações em que ocorre.
Como todas as demais construções sociais os letígios são relações sociais que emergem e se

5
transformam segundo dinâmicas sociologicamente identificavéis. A trasnformação delas em
letigios é apenas uma alternativa entre outras e não é, segundo o grupo social e a aréas de
interação.

Nesta perspectiva entende-se que a violação de um direito não resulta de imediao em um


letígio na medida em que existem factores preponderantes a ter em conta, o nivél de proximidade
o relação existe entre as partes através de multiplos vínculos (amizade, família, religião, etnia e
negócios). Os letigios são fomentados pelo nivél de consciência dos direitos por parte do lesado e
a cultura jurídica dominante na sociedade em questão.

Você também pode gostar