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CADERNO 3 - HISTÓRIA
CPF 19122129782
Caderno 3 - EsPCEx
2021
Recado Final
Olá, papirador e papiradora, como estão nos estudos?
Como foi no 2º. Caderno, fechou as 50 questões? Recebi algumas dúvidas. Saiba que continuo à
disposição até o dia da sua prova!
Quero lembrar que, assim como no nossos dois cadernos anteriores, este também foi elabora
conforme os pontos do Edital e da incidência de assuntos na prova.
Além disso, as questões estão sendo elaboradas a partir dos livros indicados na
Bibliografia do Edital de 2021 para o Exame Intelectual da ESPCEX. Por isso, não tem
erro. Está super focado na Banca!!
Veja a lista de livros indicados no Edital:
HISTÓRIA:
a. ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História – História Geral e História do Brasil. 13. ed.
São Paulo: Ática, 2007.
b. AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História. Ensino Médio – volume único. São Paulo: Ática,
2013.
c. BOULOS JUNIOR, Alfredo. História, sociedade e cidadania. Ensino Médio. Volume único (partes 1,2 e 3).
2. ed. São Paulo: FTD, 2015.
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d. COTRIM, Gilberto. História global. Volume único. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.e. VICENTINO, Cláudio;
DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2011.
Mensagem de Encerramento:
Chegamos no nosso terceiro e último Caderno deste Sprint. Quero dizer que foi
uma honra participar da sua preparação para a Escola Preparatória de Cadetes
do Exército. Certamente não é fácil esse caminho, mas o resultado apaga todas
as dores da caminhada! Siga firme e de cabeça sempre erguida. Humildade e Persistência,
não duvide de você! Eu acredito !!! E na hora da prova, respire fundo, faça um oração e vá
fundo. Tenho certeza que você vai detonar!
Sinta-se abraço e abraçada, estou torcendo por você!
Fé na missão!!
Profe Ale Lopes
Então, sem mais delongas, vamos começar o último treino com 50 questões inéditas? Foco, Força
e Disciplina! Ah, não esqueça: este caderno não é um simulado. É estudo por questões. Tente acerta
pelos motivos certos. Se errar ou acertar por eliminação e chute não vale. Volte na teoria! Estude
mesmo!! Seja um caçador dos seus erros! Sane-os. Avance!!
Fé na Missão 12/12!!
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Lista de questões
A rivalidade entre as potências europeias precedeu a Primeira Guerra Mundial, conhecida por um
conflito total e mundial.
BOULOS JUNIOR, Alfredo. História – Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2015.
O texto faz algumas afirmações sobre a Primeira Guerra Mundial. Levando em consideração o texto
e seus conhecimentos, julgue como verdadeiro e falso os itens abaixo:
I. A Guerra foi total porque o alvo não era apenas os militares, mas também a população civil.
III. A rivalidade imperialista entre os países europeus foi o principal combustível da Grande Guerra
IV. Apesar da corrida armamentista entre as potências, não ocorreram conflitos que precederam
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a Grande Guerra.
a) II, III
b) I, II, III
c) II, III, IV
d) I, III
e) III
No contexto anterior à Primeira Guerra Mundial Guerra, a Alemanha adotou no plano externo o
sistema de alianças defensivas. Por isso, aliou-se ao Império Austro-húngaro. Seu principal objetivo
com essa política era evitar o isolamento da Alemanha em caso de guerra.
Adaptado de BOULOS JUNIOR, Alfredo. História – Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2015.
a) Kaiser Guilherme II
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d) Viatcheslav Molotov
b)guerra de movimento; guerra de trincheiras; fase final, com entrada dos estados Unidos
A crise decorrente dos reveses que os alemães vinham sofrendo na guerra favoreceu a explosão de
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uma revolução popular na Alemanha, que forçou Guilherme II a renunciar e proclamar a República.
Dois dias depois, em 11 de novembro de 1918, o novo governo o Armistício de Compiègne, que
punha fim à Guerra.
A partir do armistício, iniciaram-se as negociações para a assinatura dos tratados de paz. São acordos
da Primeira Guerra Mundial, exceto:
a) Tratado de Versalhes
b) Tratado de Saint-Germain
c) Tratado de Sèvres
d) Tratado de Potsdam
e) Tratado de Neuilly
A Primeira Guerra Mundial teve efeitos desastrosos para a Europa: destruiu fábricas, postes,
estradas, devastou campos e agrediu duramente o meio ambiente dos países europeus . No caso
dos Estados Unidos foi diferente porque
a)Não havia comércio internacional, durante a guerra, assim acumularam e conseguiram manter o
consumo interno.
b)O país era o maior produtor de produtos industrializados, desde o final do século XIX.
c)Apenas chegou na Guerra em 1917, já no final do conflito
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d)Porque tinham o maior mercado consumidor e, por isso, continuaram sem problemas de
abastecimento.
e) Seu território não foi atingido pela guerra e por ser fornecedor de armar e alimentos para a
Europa durante o conflito.
Período Entre Guerras (1918-1939)
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( ) O Brasil participou da Guerra ao lado dos Aliados e ajudou na libertação da Itália do fascismo
de Benito Mussolini.
( ) Um dos principais fatores que causaram a guerra foi o apoio da população alemã às ideias
antissemitas e exterminacionista do Partido Nazista.
( ) Nos primeiros anos da Guerra, o EIXO teve várias vitórias, mas os rumos começaram a mudar
quando eles quebraram o Pacto Germano-soviético, bem como quando os EUA entraram na
Guerra.
O julgamento correto é
a)V V V V
b)V F V F
c)F V V F
d)F V F V
e)F V F F
112. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Na Conferência de Potsdam, de 1945, os Aliados definiram os rumos para a Alemanha, entre os
quais estão:
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Primeira República
No final do século XIX, foi implantada a República no Brasil. Julgue os itens abaixo no que diz
respeito ao início da República brasileira.
I – os republicanos trocaram a bandeira do país.
II – os republicanos promoveram a separação da Igreja do Estado.
III – foi feita uma nova Constituição.
IV – os republicanos ampliaram o direito de votar às mulheres.
V – os republicanos aboliram a escravidão.
Assinale a alternativa que apresente todos os itens corretos:
a) I e II apenas.
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b) I, II e III.
c) III e IV, apenas.
d) III, IV e V.
e) I, II e V.
114. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
“Em um relato que ficou famoso, Aristides da Silveira Lobo, jornalista e ministro do primeiro governo
republicano, expressou a ausência popular na tarde de 15 de novembro. Ele conta que, no dia em
que foi proclamada a República, o povo assistiu a tudo “bestializado”, supondo eu estivesse vendo,
talvez, uma parada miliar”
(COTRIM, Gilberto. História Global. p. 557)
e) a data ainda não era feriado, de modo que as pessoas estavam trabalhando e não puderam
acompanhar o feito político.
A bandeira acima foi apresentada dentre as propostas simbólicas para representar o Brasil
republicano e vigorou provisoriamente. O grupo político que a apresentou era formado por
a) monarquistas, pois as cores mantinham a identidade com a família real.
b) republicanos de esquerda.
c) liberais, os quais se identificavam com o federalismo norte-americano.
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Durante o período da República da Espada (1891-1894), uma política econômica do então governo
foi a reforma financeira conhecida como Encilhamento. O objetivo dessa reforma era estimular o
crescimento econômico, principalmente a expansão da indústria. Vale a penas destacar que o
Ministro da Fazenda responsável por essa política foi
a) Rui Barbosa.
b) Visconde de Mauá.
c) Serzedelo Correia.
d) Floriano Peixoto.
e) Arthur Bernardes.
117. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
O conflito ocorrido no final do Século XIX, iniciado no Rio Grande do Sul, caracterizado por confrontar
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fábricas da cidade de São Paulo e de outras regiões do país. Estima-se que entre 50 mil e 70 mil
trabalhadores tenham participado dessa greve, coordenada pelo Comitê de Defesa Proletária – cujos
líderes eram Edgar Leuenroth, Florentino de Carvalho, Antônio Duarte, entre outros. Os grevistas
exigiam aumentos salariais, jornada de trabalho de 8 horas, direito de associação e libertação dos
grevistas presos, entre outras reivindicações.
(COTRIM, Gilberto. História Global. p. 576)
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d) III, apenas.
e) I, II e V.
122. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
O Governo Provisório de Getúlio Vargas, de 1930 a 1934, ficou marcado por iniciar uma mudança
de rumos no país, tanto do ponto de vista político, quanto do ponto de vista econômico. Das
alternativas abaixo, aponte aquela que corresponde a um evento ocorrido durante o Governo
Provisório.
a) criação da Petrobras.
b) instituição do voto feminino.
c) Revolução Constitucionalista, liderada pelos mineiros.
d) Intentona Comunista.
e) estabelecimento da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
123. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Fugindo à luta de classes, a nossa organização sindical tem sido um instrumento de harmonia e
de cooperação entre capital e trabalho. Não se limitou a um sindicalismo puramente “operário”,
que conduziria certamente à luta contra o “patrão”, como aconteceu com outros povos.
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Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Rio de Janeiro. Set/1941. In: BOULOS
JUNIOR. 2015).
O texto acima reflete o discurso conciliador do getulismo, que, do ponto de vista das relações do
trabalho ficou conhecido como
a) classismo.
b) cooperativismo.
c) trabalhismo.
d) liberalismo.
e) nacionalismo.
124. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Segundo o historiador Jorge Ferreira, de 1945 a 1964 o Brasil viveu um período de experiência
democrática. Diante da volta da liberdade de imprensa e da livre manifestação de ideias, vividas
nesse período, os grupos organizados da sociedade civil formularam dois grandes projetos de
Nação, que disputaram entre sai preferência dos eleitores brasileiros.
(BOULOS JUNIOR. 2015, p. 789)
Nesse contexto, é uma proposta que estava no campo do liberalismo-conservador de Carlos
Lacerda
a) o Estado devia intervir na economia, investindo em áreas estratégicas, como petróleo e
siderurgia.
b) o governo devia manter uma posição de distanciamento ou de oposição aos Estados Unidos.
c) combate à inflação por meio de controle da emissão de moeda e dos gastos públicos.
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a)Plano Marshall
b)Aliança para o Progresso
c) Destino manifesto
d)Política da Boa Vizinhança
e) Doutrina Truman
130. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Nas Olimpíadas de Moscou (1980), os EUA lideraram um boicote de dezenas de países aos jogos,
porque a URSS tinha invadido o Afeganistão. Nos jogos seguintes, de Los Angeles (1984),
a)A URSS fez o mesmo. Isso mostra que a as Olímpiadas foram um grande instrumento das disputas
da Guerra Fria.
b)A URSS fez um atentado contra a equipe israelense, considerada aliada dos EUA.
c)Os EUA proibiram as delegações comunistas de participarem das competições.
d)A URSS não teve boa classificação de medalhas porque a crise já não permitia mais os
investimentos em esporte.
e)EUA e URSS estabeleceram um pacto de neutralidade para garantir a competição, já que os atletas
não participavam diretamente dos conflitos da Guerra Fria.
131. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
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As tensões da Guerra Fria levaram à formação de alianças militares lideradas pelas grandes
potências. Os países capitalistas criaram a ________________, sob a liderança _____________. Já
os comunistas formaram _______________, liderados por ________. Cada um destes blocos
desenvolveu um serviço secreto de espionagem Trata-se, respectivamente, de _____________ e
_________.
Adaptado de BOULOS Junior.
Assinale a alternativa que identifique as expressões que preencham corretamente as lacunas do
texto
a)Otan; soviética; Pacto de Varsóvia; norte-americana; CIA; Kominform
b)Otan; alemã; Pacto de Varsóvia; inglesa; KGB; CIA
c)Otan; norte-americana; Pacto de Varsóvia; soviética CIA; KGB
d)Otan, portuguesa; Kominform; alemã; CIA, KGB
e)ONU; estadunidense; Pacto de Varsóvia; chinesa; CIA, KGB
132. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Em uma reflexão sobre as armas nucleares, conta-se que quando perguntaram ao cientista Albert
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Einstein (autor da Teoria da Relatividade) quais seriam as armas utilizadas em uma Terceira Guerra
Mundial, ele teria afirmado que não sabia, mas pensava que em uma Quarta Guerra Mundial seriam
paus e pedras.
COTRIM, Gilberto. História Global- Brasil e Geral.
Sobre a expansão das armas nucleares, durante a Guerra Fria, estabeleceu-se uma estratégia
geopolítica que ficou conhecida por
a) Equilíbrio pelo terror
b) Teoria do efeito dominó
c) Corrida Espacial
d) Aliança para o progresso
e) Cortina de Ferro
133. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
É uma Península do leste da Ásia, que em 1910 foi anexada pelos japoneses, em meio às
disputas territoriais envolvendo Japão e China. Integrou o Império japonês até a Segunda
Guerra Mundial. Em um dos períodos mais críticos da Guerra Fria, ocorreu na Coreia um
violento conflito envolvendo, além dos próprios coreanos, as duas superpotências do pós-
guerra.
COTRIM, Gilberto. História Global- Brasil e Geral.
Sobre o conflito referido no texto, é correto afirmar que
a) Trata-se da Guerra das Coreias que teve como desfecho a divisão do país a partir do Paralelo
39.
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b) Trata-se da Guerra das Coreias cujo desfecho foi a divisão do país em Coreia do Norte e Sul,
com influência dos EUA e da URSS, respectivamente.
c) Trata-se da Guerra do Vietnã, que começou na Coreia e se alastrou por todo o sudeste asiático
e representou as disputas entre URSS e EUA.
d) Trata-se da Guerra da Indochina, que precedeu e Guerra do Vietnã e promoveu uma divisão do
país em dois territórios influenciados pela China e EUA.
e) Trata-se da Guerra das Coreias que teve como desdobramento a divisão do território coreano
em dois países: Coreia do Norte e Coreia do Sul tendo como base o Paralelo 38 Norte.
134. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, teve início um processo de descolonização na qual as
colônias asiáticas, africanas e oceânicas foram alcançando sua independência.
Considera-se que contribuíram para esse processo político e histórico
I – Movimentos Nacionalistas e emancipacionistas
II – Crise econômica e moral europeia
III – Consciência anti-imperialista e anticolonialista
IV – Conferência de Bandung
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V- Criação da ONU
Assinale a alternativa que contenha apenas todos os itens que contribuíram no processo de
descolonização
a) I, II, III, V
b) I, III, IV
c) I, II, III, IV, V
d) I, III
e) I, II, III, IV
135. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
A Índia foi explorada desde o século XVIII pela Cia de Comércio Inglesa das Índias Orientais. No
decorrer da Primeira Guerra Mundial receberam a promessa de receberem maior autonomia
administrativa caso lutassem ao lado dos ingleses contra os alemães. Terminada a Guerra, apesar
de pequenas modificações, a Índia permanecia uma colônia inglesa. Então, iniciaram-se uma série
de atividades pró-autonomia cuja principal líder foi Mahatma Gandhi que se destacou por
a) Utilizar a não violência ativa que consistia na desobediência civil, como por exemplo, o boicote
aos produtos inglesas.
b) Promover a luta armada que constituiu a guerrilha campesina, e colocou grande parte das aldeias
tradicionais contra a dominação inglesa.
c)Promover principalmente a luta parlamentar por meio do Partido do Congresso, criado em 1885.
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A Indochina, região da Ásia dominada pela França desde 1860, foi ocupada pelos Japoneses durante
a Segunda Guerra Mundial. Logo após a Segunda Guerra, os indochineses começaram um
movimento de libertação nacional, negado pela França. Deflagrou-se, então, a Guerra da Indochina
(1946-1954) cuja principal liderança foi
a) Mao Tse Tung
b) Jawaharlal Nehru
c) Gamal Abdel Nasser
d) Hu Chi Ming
e) Kim Il-sung
137. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
O processo de descolonização ocorrido principalmente no pós-guerra teve início na Ásia, continente
com amplas áreas de dominação colonial da Inglaterra e França. Entre 1943 e 1979, países asiáticos
tornaram-se independentes. Em muitos casos, o processo de independência e seus desdobramentos
ocorreram por meio de grandes conflitos, nos quais não faltou a intervenção direta e indireta dos
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e)Acordo de Oslo
139. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
No período da Guerra Fria, tanto nos Estados Unidos quanto na União Soviética as pessoas
suspeitas de simpatizar com o modo de vida do rival passaram a ser vítimas de uma perseguição
feroz.
(BOULOS JUNIOR. 2015, p. 743)
Nos Estados Unidos, a perseguição de “caça aos comunistas” ficou conhecida como
a) antiamericanismo.
b) caça às bruxas.
c) thatcherismo.
d) macarthismo.
e) operação condor.
140. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Este programa de ação resumia os fundamentos do socialismo com rosto humano: preparava-se
uma legislação para regular a liberdade de imprensa e o direito de assembleia, a criação de vários
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partidos políticos socialistas para tornar realidade a pretendida democracia socialista, garantia a
autonomia dos sindicatos e o reconhecimento do direito de greve, estabelecia a igualdade de
checos e eslovacos e preparava-se uma legislação para auxiliar as vítimas de governos comunistas
anteriores. Na política exterior reafirmava-se a soberania nacional e a cooperação com a União
Soviética e com o Pacto de Varsóvia. No âmbito cultural e religioso, garantia-se a liberdade de
culto, expressão artística e da pesquisa científica.
(SERRANO, Patrícia Chia. Adaptado)
A autora acima faz referência ao qual processo revolucionário no contexto da Guerra Fria
a) queda do Muro de Berlim.
b) Revolução Cultural.
c) Revolução Iraniana.
d) Maio de 1968 na França.
e) Primavera de Praga.
Nova República
141. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Durante o Regime Militar (1964-1985), no Brasil, a marca de uma abertura política “lenta, gradual
e segura” em direção ao restabelecimento da democracia pertenceu ao Presidente
a) Jânio Quadros.
b) Castelo Branco.
c) João Batista Figueiredo.
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d) Ernesto Geisel.
e) Tancredo Neves.
142. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
A década de 1980 no Brasil foi marcada pelo combate à inflação. Sobre este assunto analise as
afirmações abaixo:
I – a substituição do cruzeiro por uma nova moeda.
II – suspensão do pagamento da dívida externa com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
III – o congelamento de preços.
IV – reajuste automático dos salários sempre que a inflação acumulada atingisse 20%.
V – paridade da moeda nacional com o dólar.
São medidas que fizeram parte do Plano Cruzado
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) II, III e IV.
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d) I, III e IV.
e) I, IV e V.
143. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
A partir da eleição pelo Colégio Eleitoral do Presidente Tancredo Neves, em 1985, inicia-se um novo
período republicano brasileiro, que alguns autores chamam de Nova República. Sobre esse período,
assinale a única resposta que associa corretamente uma característica do governo ao respectivo
governante.
a) o governo de Itamar Franco visou defender e recuperar as reservas internacionais do país com a
decretação da moratória da dívida externa.
b) o governo de Fernando Henrique Cardoso conseguiu avançar em uma política econômica que foi
capaz de controlar a inflação.
c) Fernando Henrique Cardoso tentou, mas não conseguiu se reeleger, pois a Constituição brasileira
não previa a possibilidade de dois mandatos seguidos da mesma pessoa no cargo de Presidente da
República.
d) o governo de Luís Inácio Lula da Silva manteve a mesma política econômica de seu antecessor,
marcada por medidas neoliberais.
e) o governo de Fernando Collor, embora breve em função do processo de impeachment, expandiu
o crédito para a classe média possibilitando a compra de produtos nacionais, fazendo frente à
pressão internacional para a abertura da economia brasileira.
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c) cidadãos escolhidos pelas Câmaras Municipais dos mais de 5 mil municípios do Brasil.
d) Senadores e Deputados Federais, apenas.
e) Senadores, Deputados Federais e delegados escolhidos nas Assembleias Legislativas dos
Estados.
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Nas décadas finais do século XX, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) passou por
uma série de transformações que levaram ao fim do socialismo. No que diz respeito ao fim da
URSS, é uma medida associada à perestroika.
a) libertação de presos políticos.
b) fim do sistema de partido único.
c) permissão para a abertura de lojas comerciais privadas.
d) reforço na permanência das tropas soviéticas no Afeganistão.
e) suspensão da censura à imprensa e estímulo à publicações autônomas.
148. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
O atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, provocou uma reação por
parte do governo norte-americano. A reação, além de mirar a organização Al Qaeda, de Osama
Bin Laden, também deixou claro que não toleraria qualquer ameaça à segurança dos norte-
americanos. O nome dessa política de governo dos EUA ficou conhecida como
a) Big Stick.
b) Cortina de Ferro.
c) Operação Tempestade no Deserto.
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d) Guerra Preventiva.
e) Tolerância Zero.
149. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Dentre as causas que levaram à Revolução Iraniana de 1979, podemos indicar:
a) a aproximação da monarquia do Xá Mohammad Reza Pahlevi com o Ocidente.
b) a aproximação do governo iraniano da URSS e da China.
c) o crescente autoritarismo da República Islâmica, com perseguições à imprensa e aos
universitários.
d) o golpe que impediu a posso do então presidente eleito aiatolá Khomeini.
e) a derrota dos iranianos na guerra Irã-Iraque.
150. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Etiópia e Somália são os dois principais países da região do Chifre Africano. No final da década de
1970 as duas nações entram em conflito devido
a) à pressão da URSS para que a Somália invadisse a Etiópia.
b) à disputa pela região de Ogaden, localizado em território etíope.
c) ao campo de petróleo descoberto pelos EUA, objeto de disputa com o Iraque e as nações do
Chifre africano.
d) ao governo etíope proibir o mercado da Somália acessar o oceano Índico.
e) aos constantes saques que piratas de mercadorias oriundos da Somália realizavam na fronteira
com a Etiópia.
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Gabarito
101. B 126. B
102. C 127. A
103. A 128. C
104. D 129. E
105. E 130. A
106. A 131. C
107. B 132. A
108. C 133. E
109. A 134. B
110. C 135. A
111. D 136. D
112. B 137. C
113. B 138. E
114. D 139. D
115. C 140. E
116. A 141. D
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117. C 142. D
118. E 143. B
119. D 144. C
120. A 145. E
121. B 146. B
122. B 147. C
123. C 148. D
124. C 149. A
125. C 150. B
A rivalidade entre as potências europeias precedeu a Primeira Guerra Mundial, conhecida por um
conflito total e mundial.
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O texto faz algumas afirmações sobre a Primeira Guerra Mundial. Levando em consideração o texto
e seus conhecimentos, julgue como verdadeiro e falso os itens abaixo:
I. A Guerra foi total porque o alvo não era apenas os militares, mas também a população civil.
III. A rivalidade imperialista entre os países europeus foi o principal combustível da Grande Guerra
IV. Apesar da corrida armamentista entre as potências, não ocorreram conflitos que precederam
a Grande Guerra.
a) II, III
b) I, II, III
c) II, III, IV
d) I, III
e) III
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Comentários
A Primeira Guerra Mundial foi a primeiro conflito em escala global, iniciado em 1914 e encerrado em
1918, que envolveu grandes potências da Europa e países de outros continentes que tinham ligações
coloniais com esses impérios. A conjuntura política, econômica e militar que levou ao conflito se formou
ao longo do séc. XIX e percorreu todo o séc. XX, culminando na Grande Guerra.
I. Correto! Guerra total é um conceito no qual as partes envolvidas em um conflito armado, mobilizam
todos os recursos possíveis para o esforço de guerra, como humanos, industriais, agrícolas, militares,
naturais e tecnológicos. A Guerra é total, também quando há o envolvimento da população, tanto no
alistamento voluntário, quando em outras formas de participação civil. A Primeira Guerra Mundial, que
foi a primeira a ser considerada como guerra total, deixou 10 milhões de soldados mortos, 21 milhões
de feridos e 13 milhões de civis perderam a vida.
II. Correto! Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) as principais potências da época estiveram
envolvidas, tornando assim, um conflito global. Dois blocos principais se enfrentaram: a Tríplice Entente
formada pela França, Inglaterra e Rússia, e a Tríplice Aliança, formada pela Alemanha, Áustria e Itália.
Apesar de ter iniciado na Europa, a Guerra acabou envolvendo os territórios e exércitos coloniais da
África e da Ásia, além de contar com a participação de países americanos, fator que estendeu o alcance
do conflito.
III. Correto! O imperialismo, o colonialismo e nacionalismos, gerados pelo caráter expansionista de
algumas potências europeias, o crescimento industrial, e os conflitos nascidos dos interesses
econômicos e políticos entre potências foram decisivos para a gênese da primeira Guerra Mundial. Como
principais exemplos, temos o antigermanismo francês, em consequência da Guerra Franco-Prussiana
(1870-1871), na qual a França saiu derrotada e perdeu para a Alemanha as regiões mineradoras da
Alsácia e Lorena; a rivalidade russo-germânica, causada pela pretensão alemã de construir uma estrada
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de ferro ligando Berlim ao Oriente Médio; o antigermanismo inglês, resultado da concorrência industrial
alemã; e por fim, a questão balcã, que serviu de estopim para o início do conflito.
IV. Incorreto. O período que antecede Primeira Guerra Mundial ficou conhecido como Paz Armada
(1871-1914), onde o bloco da Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália
e a Tríplice Entente, formada pela Rússia, França e Inglaterra ampliaram sua capacidade beligerante
através de uma intensa corrida armamentista. Nessa fase, essas nações se empenharam em produzir
novas tecnologias para a guerra e quase todas impuseram o serviço militar obrigatório. Com a crescente
tensão e agressões, a explosão da guerra era apenas uma questão de tempo.
Portanto, a alternativa correta é a letra “b”.
Gabarito: B
102. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
No contexto anterior à Primeira Guerra Mundial Guerra, a Alemanha adotou no plano externo o
sistema de alianças defensivas. Por isso, aliou-se ao Império Austro-húngaro. Seu principal objetivo
com essa política era evitar o isolamento da Alemanha em caso de guerra.
Adaptado de BOULOS JUNIOR, Alfredo. História – Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2015.
a) Kaiser Guilherme II
d) Viatcheslav Molotov
Comentários
A Alemanha havia passado pelo processo de unificação entre 1870-1871, tornando um Estado forte e
industrializado, sob liderança de Otto von Bismarck, responsável pela derrota da França na Guerra
Franco-Prussiana (1871), que perdeu as regiões mineradoras da Alsácia e Lorena. Com medo de uma
retaliação francesa, os alemães estabeleceram uma política externa de alianças. Seus principais aliados
foram o Império Austro-húngaro e a Itália, formando a Tríplice Aliança. Por sua vez, a França também
fez alianças com a Rússia, em troca de empréstimos para a modernização e industrialização russa no
século XIX. A Inglaterra, que havia se tornado rival direta da Alemanha, se aliou à Rússia e à França,
na Tríplice Entente. Portanto, antes do início do século XX o continente europeu se encontrava
praticamente dividido em alianças e acordos.
a) Incorreto. Guilherme II foi Rei da Prússia e último Imperador alemão, entre 1888 até sua abdicação
em 1918, ao final da Primeira Guerra Mundial. Após a Guerra Franco-Prussiana, a Alemanha tornou- se
tornou uma potência europeia. Assim, Guilherme II optou por uma política externa que promovesse o
Império mundialmente. A corrida armamentista, imperial e suas intenções políticas geraram uma
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crescente tensão, contribuindo para o desencadeamento da Primeira Guerra Mundial, conflito do qual
a Alemanha saiu derrotada.
b) Incorreto. Joachim von Ribbentrop foi um político alemão, diplomata e ministro de Relações
Exteriores da Alemanha Nazista (1938-1945) e uma das mais influentes figuras do Terceiro Reich de
Adolf Hitler. Foi responsável por assinar o acordo de neutralidade entre Alemanha e Rússia, chamado
de Pacto Molotov-Ribbentrop.
c) Correto! Otto von Bismarck foi chanceler alemão entre 1871 e 1890. O Sistema Bismarckiano é o
nome que se dá para a política externa conduzida por ele, levado à cabo após a Guerra Franco-Prussiana
e durante o processo de unificação e fundação do Império Alemão.
d) Incorreto. Viatcheslav Molotov, foi um diplomata e político da União Soviética de destaque na
primeira metade do século XX. Militar bolchevique, foi o braço direito de Stálin. No verão de 1939,
Mólotov, que era ministro dos Negócios Estrangeiros e o ministro alemão Joachim von Ribbentrop,
assinaram um acordo de neutralidade entre URSS e a Alemanha, conhecido como Pacto Molotov-
Ribbentrop. Entretanto, dois anos após assinarem o acordo, em 1941, a Alemanha invadiu a URSS,
culminando na participação soviética na Segunda Guerra Mundial.
e) Incorreto. Rudolf von Ribbentrop foi um ex-capitão alemão da Waffen-SS que serviu na Segunda
Guerra Mundial. Ele era filho do diplomata e ministro das Relações Exteriores alemão Joachim von
Ribbentrop.
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Gabarito: C
103. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
b)guerra de movimento; guerra de trincheiras; fase final, com entrada dos estados Unidos
Comentários
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) ocorreu pelo expansionismo militar, nacionalismos, exploração
imperialista da África e Ásia (a partir do final do século XIX até meados da década de 1960), corrida
armamentista e política de alianças. A primeira fase ocorreu de agosto a novembro de 1914 e ficou
conhecida como a guerra de movimento, quando a Alemanha realizou ataques agressivos contra a
França. A segunda fase aconteceu de novembro de 1914 a março de 1918. Essa fase ficou conhecida
como a guerra de trincheiras ou de posições, etapa mais sangrenta do conflito, quando os exércitos se
enterraram em valas com a finalidade de proteção. A entrada dos EUA aumentou a capacidade bélica
da Tríplice Entente, enquanto, a saída da Rússia possibilitou a invasão da Itália e da França pela
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Alemanha. As ofensivas de 1918 constituíram-se como a terceira fase e onde o conflito encontrou seu
fim.
a) Correto! Ao analisarmos as estratégias e as operações na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial,
nos deparamos com três fases diferentes: a guerra de movimento (1914), cuja movimentação das
tropas visava conquistar os territórios inimigos. A segunda fase foi a guerra de trincheiras (1915-1917),
na qual as batalhas eram realizadas em posições estratégicas. Por fim, temos a segunda guerra de
movimento, ou fase final (1918), que marcou o fim do conflito.
b) Incorreto. Em 1917, ainda na fase (guerra das trincheiras), os EUA decidiram entrar efetivamente
na Primeira Guerra Mundial, ao lado da Inglaterra e da França. A fase final do conflito corresponde à
segunda guerra de movimento, que ocorreu após a entrada estadunidense.
c) Incorreto. A primeira fase da Primeira Guerra Mundial foi a guerra de movimento. A entrada dos
Estados Unidos ocorreu durante a segunda fase, a guerra das trincheiras. Vale lembrar que motivos
centrais da entrada dos EUA no conflito foram a promessa de apoio aos países europeus que compravam
mercadorias das indústrias norte-americanas e os ataques dos submarinos alemães à marinha mercante
dos EUA.
d) Incorreto. A saída da Rússia, em 1917, da Primeira Guerra Mundial, devido à eclosão da Revolução
Russa, se deu no final da segunda fase, a guerra das trincheiras.
e) Incorreto. Além das duas primeiras fases destacadas na alternativa, guerra de movimento e guerra
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de trincheiras, a Primeira Guerra Mundial contou ainda com uma terceira e última etapa, a segunda
guerra de movimento, ou fase final.
Gabarito: A
104. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
A crise decorrente dos reveses que os alemães vinham sofrendo na guerra favoreceu a explosão de
uma revolução popular na Alemanha, que forçou Guilherme II a renunciar e proclamar a República.
Dois dias depois, em 11 de novembro de 1918, o novo governo o Armistício de Compiègne, que
punha fim à Guerra.
A partir do armistício, iniciaram-se as negociações para a assinatura dos tratados de paz. São acordos
da Primeira Guerra Mundial, exceto:
a) Tratado de Versalhes
b) Tratado de Saint-Germain
c) Tratado de Sèvres
d) Tratado de Potsdam
e) Tratado de Neuilly
Comentários
No dia 11 de novembro de 1918, a Alemanha e os Aliados assinam o Armistício de Compiègne,
representando a rendição alemã e o fim da Primeira Guerra Mundial. A guerra resolveu-se no Ocidente
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com a entrada dos Estados Unidos da América em 1917, que cortaram relações diplomáticas com a
Alemanha e lutaram ao lado dos Aliados. A entrada dos estadunidenses foi fundamental para os Aliados,
em dificuldades devido ao abandono da guerra por parte da Rússia, após a revolução bolchevique desse
mesmo ano. Assinado na cidade Compiègne, na França, o armistício que punha um ponto final a esta
guerra, mas não aos conflitos no seio da Europa Ocidental.
a) Incorreto. O Tratado de Versalhes (1918) foi um documento assinado pelas nações envolvidas na
Primeira Guerra Mundial, como um acordo de paz. Os termos impostos à Alemanha, grande derrotada
na guerra foram duríssimos, envolvendo perda de território, pagamento de indenizações aos vencedores
e ainda severas restrições militares. O tratado acabou contribuindo para a queda da República de
Weimar e na sequente ascensão do Nazismo, levando à eclosão da Segunda Guerra Mundial.
b) Incorreto. Tratado de paz acordado entre os Aliados e a Áustria depois da Primeira Guerra Mundial,
assinado em Saint-Germain-en-Laye, na França, a 10 de setembro de 1918. O acordo declarava o fim
da Monarquia Austro-Húngara. A nova República da Áustria, que incluía a maior parte dos territórios de
língua alemã do antigo Império Austríaco, teve que reconhecer a independência da Hungria, da
Tchecoslováquia, da Polônia e do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos.
c) Incorreto. O Tratado de Sèvres foi um acordo de paz assinado entre os Aliados e o Império Otomano
em 10 de agosto de 1920, após a Primeira Guerra Mundial. O Tratado dividia o Império Otomano entre
o Reino da Grécia, o Reino de Itália, o Império Britânico e a República Francesa, além de aumentar o
território da Armênia, e a criação de um estado Curdo.
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A Primeira Guerra Mundial teve efeitos desastrosos para a Europa: destruiu fábricas, postes,
estradas, devastou campos e agrediu duramente o meio ambiente dos países europeus . No caso
dos Estados Unidos foi diferente porque
a)Não havia comércio internacional, durante a guerra, assim acumularam e conseguiram manter o
consumo interno.
b)O país era o maior produtor de produtos industrializados, desde o final do século XIX.
c)Apenas chegou na Guerra em 1917, já no final do conflito
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d)Porque tinham o maior mercado consumidor e, por isso, continuaram sem problemas de
abastecimento.
e) Seu território não foi atingido pela guerra e por ser fornecedor de armar e alimentos para a
Europa durante o conflito.
Comentários
Em 1914, início da Primeira Guerra Mundial marcou a explosão da tensão que se desenvolvia entre
as nações da Europa desde o século XIX. Antes da guerra, os Estados Unidos defendiam a política
conciliadora, como a melhor solução para a forte concorrência imperialista. Nesse âmbito, as
autoridades do governo dos EUA acreditavam que todos os imperialistas tinham direitos iguais na
exploração dos territórios afro-asiáticos. Contudo, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, os
Estados Unidos passaram a lucrar em cima das nações envolvidas no conflito. Inicialmente, o país
esperava assumir a condição de intermediadora dos tratados de paz, ao final do conflito. Contudo,
com a saída dos russos (devido à Revolução Russa) da Tríplice Entente, a Tríplice Aliança passou a
ter chances de vencer a guerra. Nesse mesmo contexto, navios norte-americanos, que forneciam
armamento e alimentos para a Tríplice Entente, foram bombardeados por submarinos alemães, o
que tornou a neutralidade dos EUA insustentável. Primeiramente, porque a perda das embarcações
representava uma clara provocação que exigia uma resposta direta. Segundo, porque a saída dos
russos aumentava o risco da Tríplice Entente ser derrotada e, consequentemente, dos banqueiros
estadunidenses não receberem as enormes quantidades de dinheiro emprestado aos países em
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guerra. Deste modo, no dia 6 de abril de 1917, os Estados Unidos declararam guerra contra os
alemães e seus aliados.
a) Incorreto! O comércio internacional acabou sendo estimulado pela guerra, com os EUA se
tornando o maior fornecedor de armas e alimentos dos países-membros da Tríplice Entente, uma
vez que a produção e os territórios destes foram abalados pelo conflito.
b) Incorreto! Até a Primeira Guerra Mundial o maior produtor de produtos industrializados era a
Inglaterra. Alemanha, Estados Unidos e França estavam em vias de se tornar seus principais
competidores. Com a eclosão do conflito e o prejuízo dos países europeus, cujos territórios se
tornaram em campos de batalha, a indústria norte-americana levou a vantagem, pois virou a
principal fornecedora de armas, alimentos e outros bens de consumo tanto para os europeus,
quanto para o resto do mundo.
c) Incorreto! Na realidade, foi o contexto político e comercial que fez com que os Estados Unidos
saíssem quase ilesos e como uma potência ao final da Primeira Guerra, e não o fato de o país ter
entrado no final do conflito.
d) Incorreto! Problemas de abastecimento são decorrência de algo relacionado à produção ou à
distribuição das mercadorias, não da ausência de um mercado consumidor. Os EUA contavam tanto
com uma indústria em ascensão e com uma boa distribuição de mercadorias quanto com um
mercado consumidor pujante, durante e depois da Grande Guerra.
e) Correto! Com o advento da Guerra, em um curto espaço de tempo, as nações europeias
necessitavam de enormes quantidades de alimentos e armas para o conflito. Mesmo que
permanecendo neutro, por uma questão de interesse e afinidade, o governo estadunidense
exportava seus produtos apenas às nações integrantes da Tríplice Entente.
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Gabarito: E
Unidos, mas que repercutiu no mundo todo. Os EUA saíram da Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
como a potência econômica mais importante do planeta. Enquanto a economia norte-americana
dominava uma larga fatia do comércio internacional, as economias europeias, por outro lado, estavam
enfraquecidas devido aos esforços despendidos na guerra e tornaram-se cronicamente dependentes
dos empréstimos provenientes dos Estados Unidos. Na Europa, à exceção da Rússia, tanto os países
vitoriosos quanto os derrotados mergulharam numa profunda crise econômica e social. Os capitais
norte-americanos financiaram a retomada da atividade industrial e estimularam o comércio bilateral
com os países europeus. A impressão de um retorno à normalidade econômica, entretanto, era ilusória.
Em 1929, iniciou-se uma crise econômica de uma gravidade e abrangência sem precedentes, que
arrastaria grande parte do mundo para uma depressão durante quase toda a década de 1930. No dia
29 de outubro de 1929, o preço das ações começou a declinar, causando pânico entre os investidores
e abalando profundamente a confiança nos negócios. Atemorizados, os empresários cortaram
investimentos e reduziram drasticamente a produção. O pânico aumentou quando os clientes correram
aos bancos para retirar suas economias e perceberam que não havia dinheiro disponível naquele
momento para pagá-las. Como num efeito dominó, houve uma verdadeira quebradeira no sistema
bancário norte-americano, com milhares de casas bancárias falindo simultaneamente. Conhecendo esse
contexto, vejamos quais foram as causas da crise:
a) Correta! A indústria norte-americana estava em ascensão e produzindo MUITA mercadoria. A
produção era tanta que não havia gente suficiente para comprar os produtos. Inicialmente, o fácil
acesso ao crédito manteve o consumo e a produção mais ou menos equiparados. Porém, conforme a
população se endividou, o consumo foi caindo. Paralelamente, não havia nenhuma política salarial ou
intenção de melhorar as condições de trabalho. Por outro lado, tampouco os países europeus ou os
latino-americanos podiam aumentar suas importações dos produtos norte-americanos devido aos
efeitos da guerra, no caso da Europa, e ao caráter dependente de sua economia, no caso da América
Latina. Aliado a esses problemas, outro fator de desestabilização econômica crescia: a especulação
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financeira, por meio da compra e venda das ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York.
Embaladas pelos altos lucros que conseguiam com as ações das grandes empresas, embora muitas
delas já estivessem com seus estoques elevadíssimos e fortemente endividadas, dando sinais que havia
o risco de um colapso, as negociações de ações e expectativas de lucros futuros continuavam. Desde
1925, as ações valorizavam-se de forma superficial, pois havia superprodução e queda do consumo.
Em 1929, o preço das ações das empresas atingia valores altíssimos, porém sem lastro correspondente.
Por mais que os investidores e os corretores da Bolsa de Nova York se inteirassem dessa situação
artificial, iniciou-se uma grande venda de ações por parte de empresários que desejavam levantar
recursos para manter a produção de suas empresas. Assim, em 24 de outubro daquele ano, milhões de
dólares em ações foram postos à venda, o que se mostrou desastroso, gerando pânico entre os
investidores que não puderam vender suas ações. Diante da possibilidade de enormes prejuízos,
pequenos, médios e grandes investidores queriam se desfazer dos papéis (ações). Como não
encontraram compradores, provocaram com isso uma vertiginosa queda nas cotações e a bolsa
quebrou.
b) Incorreta. O consumismo realmente está ligado às causas da crise, pois, como disse acima, havia
superprodução e crédito fácil justamente para incentivar o consumo desenfreado. Contudo, não havia
crise agrícola, nem desemprego. Na verdade, essas coisas acabaram ocorrendo exatamente como
consequência da crise de 1929.
c) Incorreta, pela mesma razão que a anterior. Esses eram os efeitos da crise, não suas causas.
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d) Incorreta. Aqui o erro está, novamente, em afirmar que o desemprego foi uma das causas da crise,
quando foi uma de suas consequências.
e) Incorreta. Na realidade, a exportação para a Europa era uma das coisas que mantinha a economia
dos EUA em movimento. Com a crise e sua repercussão tanto na Europa como na América Latina, houve
queda nas exportações norte-americanas.
Gabarito: A
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dependentes do capital norte-americano. Naquele momento, quase toda a América Latina e a Europa.
É importante lembrar que desde o final do século XIX, o capitalismo tinha entrado em uma fase
monopolista e financista. Em outras palavras, alguns grandes conglomerados empresariais dominavam
a maioria dos mercados e contavam com o apoio de seus respectivos governos nacionais, que
concediam privilégios e concessões ou simplesmente não interferiam na economia para beneficiá-los.
Essa dinâmica estava intimamente ligada ao imperialismo que gerava uma grande competição entre as
grandes potências da época. No entanto, lembre-se que nos anos 1920, tinha acabado de terminar a
Primeira Guerra Mundial e dela saíram prejudicadas todas as potências europeias, tanto as vitoriosas
quanto as perdedoras, devido aos grandes gastos com o conflito e a destruição de parte de seus
territórios. Dessa forma, no período entreguerras, não só os países subdesenvolvidos como as nações
europeias se voltaram para os EUA, potência industrial em ascensão que passou a ser o grande
fornecedor de produtos industrializados assim como fonte de empréstimos. Por sua vez, o governo
norte-americano, desde o século XIX, vinha praticando uma política imperialista no próprio continente
americano, legitimada pela Doutrina Monroe (América para os americanos). No início do século XX, essa
ideologia foi levada ao limite com a política do Big Stick, idealizada e aplicada pelo presidente Theodore
Roosevelt, mas que continuou a ser seguida de uma forma ou de outra por seus sucessores. Essas
políticas externas norte-americanas transformaram as Américas em uma esfera de influência exclusiva
dos Estados Unidos no século XX. Com isso, quando a bolsa de Nova York quebrou, foi como um efeito
dominó. Sabendo desse contexto, vejamos o impacto da crise no Brasil:
a) Incorreta. De certa forma, até podemos considerar a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, em 1930,
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como um dos desdobramentos do impacto da crise de 1929 no Brasil. Contudo, essa não é uma relação
direta. Os anos de 1920 foram especialmente críticos para a República brasileira. A economia do país,
fortemente dependente da produção e da venda de café, sofria com as oscilações cada vez mais
abruptas dos preços do produto no mercado internacional. A crise atingiu especialmente os
cafeicultores, em função da retração do consumo no mercado externo. No entanto, outros problemas,
que se misturavam com fatores políticos, contribuíam para a deterioração da hegemonia das elites
cafeeiras de Minas Gerais e São Paulo, que era cada vez mais contestada por outros setores da
sociedade. As classes médias e o operariado urbano, que se ampliavam em virtude da industrialização
e da urbanização em curso no país, organizavam-se e exigiam maior representação política, assim como
alguns setores do Exército, comerciantes, empresários e produtores rurais não vinculados ao café. Nos
estados do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba, era grande a insatisfação das elites agrárias
com a festão do governo central. Estes grupos apoiaram a candidatura de Getúlio Vargas à presidência,
contra o candidato Júlio Prestes, da situação. No entanto, Vargas perdeu e o resultado foi contestado
por seus apoiadores, que clamaram por uma revolução que restaurasse a moralidade republicana. O
assassinato de João Pessoa, candidato a vice de Vargas, foi o pretexto para o movimento armado
precisava para dar início à revolução, que acabou derrubando o governo de Washington Luís, em
outubro de 1930 e alçou Getúlio à liderança do governo provisório. Ele só deixaria a presidência em
1945, com o fim do Estado Novo. Assim, podemos dizer que os impactos da Crise de 1929 engrossaram
esse caldo de tensões políticas, mas não foi a principal causa da ascensão de Vargas.
b) Correta! Como já mencionei, na década de 1920, o setor cafeeiro brasileiro sofria com a oscilação
dos preços do grão no mercado internacional. Isso se devia em grande parte aos prejuízos sofridos pela
Europa, resultado dos gastos e devastação que a Primeira Guerra Mundial causou. Com isso, muitos
países europeus que consumiam café brasileiro diminuíram seu consumo ou interromperam-no. Na
expectativa de compensar as perdas, muitos produtores contraíram empréstimos, sobretudo com
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bancos norte-americanos, para ampliar as lavouras de café e, dessa forma, aumentar o volume de
vendas do produto. Mesmo assim, a crise econômica mundial de 1929 levou muitos cafeicultores à
ruína. Mais um grande consumidor de café brasileiro, EUA, diminuía consideravelmente seu consumo,
além dos europeus que estavam começando a se recuperar, mas quebraram novamente com a crise.
Em função da retração do consumo no mercado externo e da queda ainda maior dos preços, os estoques
de café se acumularam. Os pedidos de moratória das dívidas e de concessão de novos financiamentos
feitos pelos produtores paulistas ao presidente Washington Luís foram negados.
c) Incorreta. Como acabamos de ver, os cafeicultores foram extremamente prejudicados com a crise
econômica que, somada às crises políticas e sociais já em curso (que comentei na alternativa “a”), o
resultado foi o enfraquecimento da elite cafeeira, que acabou sendo derrubada do poder com a
Revolução de 1930. Durante os governos Vargas, os cafeicultores continuaram sendo importantes tanto
econômica como politicamente, mas já não eram mais os condutores do Estado.
d) Incorreta. O Estado brasileiro já era intervencionista antes da crise de 1929. Vale ressaltar que
governo passou a ser ainda mais intervencionista, interferindo também nas relações de trabalho, porém
não tanto por causa da crise, mas mais pela orientação político-ideológica de Vargas, que era adepto
do nacional-desenvolvimentismo do trabalhismo.
e) Incorreta. A entrada das mulheres no mercado de trabalho é anterior à crise de 1929. Na verdade,
se pararmos para pensar, as mulheres negras sempre estiveram no mercado de trabalho, pois muitas
haviam sido escravizadas antes de 1888 e continuavam trabalhando em uma infinidade de atividades
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profissionais após a libertação. Elas eram quitandeiras, empregas domésticas, lavadeiras, costureiras,
etc. Muitas mulheres imigrantes de baixa renda que chegaram no país no final do século XIX e início do
XX também atuavam nessas atividades. Além disso, havia igualmente um número considerável de
mulheres (brancas e negras) atuando como professoras desde o século XIX. De fato, conforme o século
XX avança, as mulheres vão ocupando uma diversidade maior de profissões, por vários fatores, entre
eles crises econômicas, guerras e mudanças culturais.
Gabarito: B
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a)Todos os itens
b)I, II, III
c)I, II, IV
d) III, V
e)I, II, III, IV
Comentários
Antes tudo, repare que o tema da questão são o fascismo italiano e o nazismo alemão, ideologias
que se fortaleceram no período entreguerras (1918-1939). Com o fim da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), o mundo europeu iniciava a sua reconstrução, após as assinaturas dos Tratados de
Paz. A “paz dos vencedores” foi uma vitória amarga. A manifestação de governos totalitários
marcou o século XX e reacendeu os conflitos que levaram à Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Esse cenário também é marcado pelas consequências da Revolução Russa, de 1917, que deu
oportunidade à criação e crescimento do primeiro Estado socialista no mundo, a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), ou simplesmente União Soviética, o que inspirou medo
nas burguesias e aristocracias dos países capitalistas. Os EUA, agora a nova grande potência
econômica e militar no cenário internacional da qual a Europa se tornava dependente, enfrentaram
uma gravíssima crise, a Grande Depressão, em 1929, que abalou o mundo todo. A vitória dos
países que adotavam a democracia liberal não estava plenamente assegurada: as fragilidades dos
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regimes e a catastrófica situação econômica colocavam os novos governos sob pressão. Setores
descontentes utilizaram-se de discursos nacionalistas extremistas e aproveitaram a insatisfação
com os governos do pós-guerra para ampliar a sua penetração nas sociedades europeias e
defender a adoção de um Estado forte. A Itália e a Alemanha são dois países onde o autoritarismo
se difundiu, sendo dominados, respectivamente, pelo fascismo e o nazismo. Embora houvesse
diferenças entre os regimes políticos que levaram à derrota o modelo liberal-democrático do pós-
guerra, em partes da Europa podemos destacar alguns pontos comuns às novas forças políticas.
Vejamos quais são eles:
I. Verdadeira! Lembre-se que o nacionalismo derivou do liberalismo, especificamente da defesa
de autodeterminação dos povos. Nesse sentido, cada povo/nação deveria ter o direito a um Estado
próprio para representa-lo. Porém, no caso da Alemanha e da Itália, cada uma delas já tinha seu
próprio Estado. Por isso, falamos em nacionalismo exacerbado, ou ultranacionalismo no caso
desses movimentos, pois assume uma defesa violenta de um povo supostamente mais legítimo
para controlar o Estado, o que desemboca na xenofobia e no racismo. No contexto específico do
entreguerras, o discurso da humilhação nacional diante dos resultados da guerra e dos acordos
de paz procuraram justificar ações violentas para a obtenção do “progresso nacional” e, de alguma
forma, assegurar o apoio popular às causas do Estado autoritário.
II. Verdadeira! Essas ideologias sacralizavam a guerra como uma necessidade vital para a
preservação da nação, o que conduziu ao processo de militarização da sociedade. Lembre-se que
a guerra e as ações militares também eram peça fundamental do imperialismo, prática de
dominação de outros países e territórios para obter matérias-primas baratas e mercados
consumidores externos, para sustentar a industrialização nacional. Isso foi um dos principais
elementos que causou as rivalidades que eclodiram na Primeira Guerra Mundial. Ironicamente,
era também ingrediente fundamental para o clima que causou a Segunda Guerra.
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III. Falsa. Apesar de racismo ser latente ao fascismo de modo geral, foi no nazismo alemão que
encontrou lugar central a defesa da superioridade da raça ariana, da qual os alemães descendiam,
e da necessidade de regenerar a população para que a “pureza racial” fosse preservada (eugenia).
Outro aspecto importante foi o antissemitismo, ou seja, os judeus (semitas) eram considerados
subumanos e responsáveis pela decadência alemã. Esses pressupostos significaram a base para a
construção dos campos de concentração e o extermínio em massa da população judaica pelo
Estado alemão.
IV. Verdadeira! O caráter autoritário dessas ideologias era hostil aos princípios políticos liberais e
contrário a qualquer revolução social. A polícia e o aparato militar eram utilizados para coagir a
organização política e persegui os opositores do regime. Em contrapartida se promovia a exaltação
do líder e a concentração de poder. A repressão era ainda mais violenta com os comunistas e os
movimentos de trabalhadores que pudessem questionar a ordem social. Esse aspecto
anticomunista foi o que atraiu o apoio de grande parte das elites alemãs, temerárias que a
revolução na Rússia chegasse a seu país e rompesse a ordem vigente.
V. Falsa. A teoria do espaço vital foi enaltecida pelos nazistas. O conceito de Lebensraum (espaço
vital em alemão) se popularizou no século XIX, após a Unificação Alemã, por meio dos trabalhos
do geógrafo Friedrich Ratzel. Esse período foi caracterizado pelo imperialismo e neocolonialismo.
Muitas das nações europeias e países de outros continentes, como os EUA e o Japão,
empenharam-se em conquistar grandes extensões de terras a fim de garantir pleno
desenvolvimento de suas capacidades econômicas. Ratzel, que havia visitado os Estados Unidos
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na época do auge da Doutrina Monroe, passou depois a conceber uma doutrina geopolítica que
defendia que toda “raça ou povo com dotes civilizacionais superiores” precisaria de um vasto
espaço físico para o seu pleno desenvolvimento. A conquista desse “espaço vital” dependia da
subjugação de povos ou raças supostamente inferiores, ocupantes de territórios indignos deles.
Assim, como guerra, imperialismo, nacionalismo e racismo continuavam sendo elementos
importantes para o nazismo, essa teoria foi apropriada e usada por Hitler e seu governo.
Portanto, a alternativa correta é a letra “c”.
Gabarito: C
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líder do Partido Nacional Socialista, o Partido Nazista, arregimentou apoio entre monarquistas e
nacionalistas descontentes, além de membros do exército, para tomar o poder em uma tentativa
de golpe que ocorreu em novembro de 1923. Fracassado o golpe, Hitler foi condenado à prisão,
onde escreveu a obra básica do movimento nazista, o Minha Luta (Mein Kampf). O nazismo, assim
como o fascismo de Mussolini, rejeitava o liberalismo político e o socialismo, e pretendia obter o
controle absoluto da população. O principal elemento diferenciador do nazismo foi a introdução
da questão racial no centro da sua proposta política. Sua ideologia defendia a superioridade da
raça ariana, da qual os alemães descendiam, e a necessidade de regenerar a população para que
“pureza racial” fosse preservada (eugenia). Os judeus foram o principal alvo do racismo alemão.
Entretanto, antes da ascensão de Hitler, a década de 1920, na Alemanha, representou um período
de estabilização econômica. O presidente Hindemburg contava com o apoio de parte da população
alemã e adotou uma política para atrair investimentos externos, principalmente dos EUA. Todavia,
quando a Bolsa de Nova York quebrou, em 1929, e os capitais norte-americano subitamente
saíram do país, a situação econômica piorou. A crise favoreceu os nazistas, que passaram a atrair
a classe trabalhadora e a contar com a simpatia da alta burguesia, preocupada com a possibilidade
de ascensão do Partido Comunista. EM 1932, a Alemanha tinha quase um terço de sua mão de
obra desempregada. Nesse cenário, os sindicatos, que apoiavam os partidos de esquerda,
passavam por uma crise, já que não conseguiam conter as perdas dos trabalhadores. As esquerdas
se dividiram em dois partidos (Social-Democrata e Comunista), o que favoreceu o Partido Nazista.
Em janeiro de 1933, Hitler foi eleito primeiro-ministro. Pouco depois, o Parlamento alemão sofreu
um atentado e Hitler, sem provas, propagou que os comunistas eram os responsáveis. Com este
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pretexto, foram suspensos os direitos individuais e Hitler exigiu plenos poderes do Parlamento.
Era o início de uma “ditadura legal”, pois permitia que ele legislasse sem o consentimento do
próprio Parlamento. Conhecendo esse contexto, vejamos quais foram os primeiros atos de Hitler
ao assumir plenos poderes do Estado alemão:
a) Correta! O federalismo é uma forma de organização do governo no qual vários estados se
reúnem para formar um Estado federal, cada um conservando sua autonomia. Em geral, em um
modelo defendido por liberais e republicanos. Além disso, é o oposto à centralização do poder.
Lembra que mencionei lá em cima que Hitler era contrário ao liberalismo político? Então, a
alternativa está correta! Após adquirir plenos poderes legalmente, com a conivência do
Parlamento, Hitler se proclamou Führer (líder ou condutor, em alemão), perseguiu a oposição e
centralizou o poder em suas mãos, instaurando uma ditadura fascista no país.
b) Incorreta. No campo econômico, Hitler não cumpriu várias promessas que fizera ao povo: não
fez reforma agrária, não melhorou os salários e deu maior liberdade de ação aos trustes, com
grandes nomes da indústria e das finanças assumindo cargos na ditadura nazista. Para você
lembrar, os trustes são a fusão ou união entre duas empresas de um mesmo ramo ou de áreas
diferentes da economia, constituindo uma única companhia ou um grupo de associados de maior
porte. Além de buscar a diminuição da concorrência, os trustes podem ser realizados quando uma
empresa decide expandir o seu mercado para outros ramos de atividade.
c) Incorreta. De fato, Hitler tornou o sindicatos ilegais e, em seu lugar, criou as cooperativas
nacionais, que envolviam tanto trabalhadores quanto patrões, além de serem subordinadas ao
Estado. Contudo, seu governo estimulou, sim, a indústria de base, principalmente a de
armamento, mas também na construção de grandes obras públicas.
d) Incorreta. Como já comentei, não foi realizada reforma agrária alguma, portanto não houve
êxodo urbano, mas sim rural. As pessoas iam para as cidades em busca de emprego na indústria
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que recebia todos os investimentos. Todavia, realmente a política econômica de Hitler abaixou o
índice de desemprego, pois grande parte da população foi emprega na indústria bélica e de
construção civil.
e) Incorreta. Já disse acima que ele conseguiu abaixar o índice de desemprego. Por sua vez,
também aumentou a censura e as perseguições políticas a seus opositores, instalando uma
ditadura.
Gabarito: A
b)III, V, II, I, IV
c)III, II, I, IV, V
d)II, III, I, IV, V
e)III, II, V, I, IV
Comentários
Esta é uma questão de cronologia, ou seja, o objetivo é testar se o candidato está familiarizado
com a sequência dos acontecimentos. No caso, o tema da questão é a Segunda Guerra Mundial,
ocorrida entre 1939 e 1945. Logo, os cinco fatos elencados aconteceram em algum momento
neste recorte temporal. Lembre-se que essa guerra foi motivada por disputas imperialistas entre
as potências mundiais da época, o revanchismo dos países perdedores da Primeira Guerra e a
consolidação de regimes autoritários em diversos países. De um lado, Inglaterra, França e, mais
tarde, EUA e URSS formaram o bloco dos Aliados; de outro, Alemanha, Itália e Japão se reuniram
como bloco do Eixo. Com isso em mente, vejamos a ordem cronológica dos acontecimentos
listados:
III – Blitzkrieg (guerra relâmpago), na verdade, é o nome como ficou conhecida a estratégia
nazista durante o conflito. A aviação alemã fazia ataques-surpresas, bombardeando cidades,
destruindo equipamentos militares e inviabilizando qualquer forma de reação. A estratégia foi
utilizada pela primeira vez durante a invasão alemã da Polônia, o que deu início à guerra, em 1º
de setembro de 1939.
II – A Batalha da Inglaterra é como se designa o conjunto de combates aéreos travados em céus
britânicos sobre o Canal da Mancha, entre julho e outubro de 1940, quando a Alemanha tentou
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destruir a RAF (Royal Air Force) a fim de obter a superioridade aérea necessária para invadir a
Grã Bretanha com a Operação Leão Marinho.1940
I – A Batalha de Stalingrado, na Rússia, deu-se entre as forças alemãs e soviéticas, entre 1942
e 1943. Após serem detidos nas portas de Moscou, os alemães se voltaram para uma luta em
Stalingrado, em virtude de sua ampla rede ferroviária, que a tornava um ponto estratégico. Os
soviéticos venceram e a batalha teve uma grande repercussão em áreas ocupadas, pois os
embates nas ruas com participação de civis foi algo vital para a derrota alemã.
IV – O Desembarque na Normandia também é conhecido como Dia D. Com a vitória sobre os
alemães praticamente consumada, os líderes Roosevelt (EUA), Stálin (URSS) e Churchill
(Inglaterra) reuniram-se em Teerã, nos últimos dias de novembro e início de dezembro de 1943.
Os líderes debateram o futuro do pós-guerra e a situação da França, da Europa central e do Leste,
que continuava ocupada pelas forças nazistas. Os Aliados decidiram abrir uma nova frente na
França. Para isto, foi feito um gigantesco desembarque na Normandia, em 6 de junho de 1944.
Mais de 5.000 navios e 2 milhões de homens invadiram a França. Mesmo com derrotas pontuais,
os Aliados e as forças da resistência francesa consolidaram a sua posição. Na cidade de Paris, uma
insurreição da população contra a ocupação nazista foi decisiva e a cidade acabou sendo libertada
no dia 25 de agosto de 1944.
V – O Desembarque de Iwo Jima foi um grande combate em que as forças Aliadas (formadas
basicamente pela marinha norte-americana) desembarcaram e conquistaram a ilha de Iwo Jima,
a qual estava sob domínio do Japão naquele momento. Parte da Operação Detachment, a batalha
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durou de fevereiro a março de 1945 e tinha o objetivo de conquistar a ilha e seus três
aeroportos, para utilizá-la como base para lançar ataques mais eficazes as ilhas japonesas
principais.
Portanto, a alternativa correta é a letra “c”.
Gabarito: C
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d)F V F V
e)F V F F
Comentários
Como enunciado destaca, o tema da questão é a Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre 1939 e
1945. Lembre-se que essa guerra foi motivada por disputas imperialistas entre as potências
mundiais da época, o revanchismo dos países perdedores da Primeira Guerra e a consolidação de
regimes autoritários em diversos países. De um lado, Inglaterra, França e, mais tarde, EUA e URSS
formaram o bloco dos Aliados; de outro, Alemanha, Itália e Japão se reuniram como bloco do
Eixo.
Falsa. Realmente, os campos de concentração foram uma característica marcante da Segunda
Guerra Mundial. Eram campos de trabalhos forçados e extermínio para os quais eram enviados os
opositores do regime, mas principalmente os judeus, maiores alvos da política racial nazista. No
entanto, o bombardeio mais marcante desse grande conflito foi o lançamento de bombas
nucleares pelos norte-americanos nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
Verdadeira! Durante a Segunda Guerra, o Brasil era governado por Getúlio Vargas, sob o regime
ditatorial do Estado Novo (1937-1945). Inicialmente, Vargas manteve uma posição neutra em
relação ao conflito. Vale destacar que ele demonstrava bastante simpatia pelo nazifascismo,
porém, preferiu não definir seu apoio a ninguém abertamente. Somente em 1942, o Brasil
posicionou-se em favor dos Aliados, declarando guerra ao Eixo. Inclusive, permitiu aos EUA
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instalarem uma base no Nordeste, para servir de ponto de apoio às ações na África. Em 1944,
enviou tropas para a Itália, a Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Falsa. Apesar de grande parte da população alemã ter aderido à ideologia nazista ou pelo menos
ter sido conivente com ela, não foi isso que causou a guerra por si só. Mesmo com todas as
denúncias sobre os campos de concentração e a violação de direitos humanos, as demais
potências mundiais tentavam evitar um novo conflito armado tão pouco tempo depois do término
da Primeira Guerra, que causou prejuízos tremendos inclusive aos vitoriosos. O que acabou dando
início ao novo conflito global foram as iniciativas militares da Alemanha, que claramente
desrespeitavam os tratados assinados, como a invasão da Polônia, em 1939.
Verdadeira! O pacto de não-agressão germano-soviético, assinado em 1939, era um acordo para
ganhar tempo. Após os êxitos alemães na Europa ocidental, Hitler se preparava para invadir a
União Soviética. Esta, por sua vez, enquanto as atenções estavam centradas no combate franco-
germânico, anexou as regiões da Estônia, Letônia e Lituânia, além da Finlândia. Em junho de
1941, Hitler atacou a URSS, rompendo o acordo de não-agressão e impondo, em poucos meses,
grandes perdas aos soviéticos. No entanto, essas vitórias não destruíram a capacidade de
resistência do Exército Vermelho. O clima e a geografia russa também favoreceram os soviéticos,
que desgastaram bastante o exército nazista. Os EUA, por sua vez, que haviam optado por uma
política isolacionista no período anterior à guerra, acabaram entrando no conflito após um ataque
japonês ao porto Pear Harbour, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941. A parir do ano seguinte,
os Aliados – agora Inglaterra, EUA e URSS – começaram a reverter as conquistas dos países do
Eixo.
Portanto, a alternativa correta é a letra “d”.
Gabarito: D
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a) Incorreta. Na verdade, o território da Alemanha foi dividido em quatro zonas de ocupação: uma
inglesa; uma francesa; uma norte-americana; e uma soviética. Com a intensificação da Guerra
Fria, a oposição as zonas capitalistas e a comunista alemãs, foi construído o muro de Berlim,
porém, somente em 1961, dezesseis anos depois da referida conferência.
b) Correta! Qualquer alusão ao nazismo passou a ser proibida na Alemanha. Além disso, foi criado
o Tribunal de Nuremberg que julgaria os crimes cometidos pelos nazistas durante seu governo.
Também foi incentivado que a população visitasse os campos de concentração para testemunhar
os horrores praticados contra os judeus. Ainda, foram discutidas as fronteiras ocidentais da
Polônia, a divisão das áreas de influência no Oriente entre EUA e URSS e a definição do papel do
Conselho de Segurança da ONU, composto pelas superpotências, Inglaterra, França e China.
c) Incorreta. A Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada na Conferência de São
Francisco, com a participação de mais de 50 países.
d) Incorreta. Os franceses invadiram o Sarre, província alemã, em 1870, dando início à Guerra
Franco-Prussiana (1870-1871), muito anterior à Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
e) Incorreta. O Tratado de Versalhes foi o mais importante acordo de paz que consolidou o fim da
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), assinado em 1919. Esse tratado impôs severas punições à
Alemanha, o que gerou um grande ressentimento entre os alemães, um dos motivadores para a
Segunda Guerra Mundial.
Gabarito: B
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Primeira República
No final do século XIX, foi implantada a República no Brasil. Julgue os itens abaixo no que diz
respeito ao início da República brasileira.
I – os republicanos trocaram a bandeira do país.
II – os republicanos promoveram a separação da Igreja do Estado.
III – foi feita uma nova Constituição.
IV – os republicanos ampliaram o direito de votar às mulheres.
V – os republicanos aboliram a escravidão.
Assinale a alternativa que apresente todos os itens corretos:
a) I e II apenas.
b) I, II e III.
c) III e IV, apenas.
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d) III, IV e V.
e) I, II e V.
Comentários
A Proclamação da República, no Brasil, ocorreu em 15 de Novembro de 1889. O processo histórico
que derrubou a monarquia brasileira foi complexo e envolveu vários fatores. Podemos considerar
como os principais: a crescente divergência entre cafeicultores e a família imperial, sobretudo a
respeito da abolição da escravidão; o fortalecimento dos militares após a Guerra do Paraguai e sua
busca por maior participação política. Afinal, aqueles que participaram diretamente da organização
e execução do golpe que proclamou a república foram oficiais do exército e cafeicultores. Alguns
deles eram as duas coisas. O governo provisório que assumiu o comando do Estado em seguida foi
liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Além dos dois grupos sociais já mencionamos, também
profissionais liberais republicanos integraram o governo provisório. Elaborou-se, então, um
documento que proclamava as decisões tomadas pelo novo governo, declarando também suas
intenções e objetivos. Até o fim da gestão de Deodoro da Fonseca, em 1981, as bases legislativas
da Primeira República estariam lançadas. Vejamos quais são verdadeiras:
I – Verdadeira! Para substituir os símbolos da Monarquia, foi criada, por exemplo, uma nova
bandeira nacional, com o lema “Ordem e Progresso”, sugerido pelo ministro da Guerra, Benjamin
Constant. O lema teve sua origem na filosofia do pensador francês Auguste Comte (1798-1857),
que pregava “o amor pro princípio, a ordem por base e o progresso por fim”.
II – Verdadeira! Foi extinto o regime do padroado, por meio do qual o Estado controlava a Igreja
Católica dentro do território brasileiro. O catolicismo deixou de ser a religião oficial do Estado. EM
consequência, foram criados o registro civil de nascimento e o casamento civil. Até então, só havia
a certidão de batismo, e as pessoas casavam-se na igreja.
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III – Verdadeira! Ainda durante o governo de Deodoro da Fonseca foi convocada uma Assembleia
Constituinte, para elaborar uma nova Constituição, promulgada em 1891. Entre suas principais
determinações estavam: o estabelecimento de três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); o
mandato presidencial de quatro anos, permitindo ao presidente interferir nos estados quando
houvesse ameaça separatista, guerra ou conflito entre eles; voto universal (aberto, não-secreto)
masculino aos maiores de 21 anos, exceto aos analfabetos e soldados; autonomia aos estados
federados para elaborar sua própria Constituição, eleger seu governador, realizar empréstimos no
exterior, decretar impostos e ter suas próprias forças militares; a já mencionada separação entre
Igreja e Estado.
IV – Falsa. O voto feminino só foi legalizado durante o governo provisório de Getúlio Vargas, em
1932, após o fim da Primeira República (1889-1930).
V – Falsa. A Abolição da escravidão ocorreu em 13 de maio de 1888, ou seja, antes da proclamação
da República.
Portanto, a alternativa correta é a letra “a”.
Gabarito: B
114. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
“Em um relato que ficou famoso, Aristides da Silveira Lobo, jornalista e ministro do primeiro governo
republicano, expressou a ausência popular na tarde de 15 de novembro. Ele conta que, no dia em
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que foi proclamada a República, o povo assistiu a tudo “bestializado”, supondo eu estivesse vendo,
talvez, uma parada miliar”
(COTRIM, Gilberto. História Global. p. 557)
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pelo decreto assinado pela Princesa Regente, em 1888. Com o decreto, a família imperial calculava
que imediatamente ganharia apoio popular suficiente para que os proprietários de escravizados
mais ricos e influentes hesitassem em tomar alguma ação radical. Contudo, em algumas províncias
a imagem da monarquia estava desgastada demais e o apoio popular não veio na medida que se
imaginava. Assim, cafeicultores e escravocratas ressentidos rapidamente se articularam com setores
militares e pouco mais de um ano depois a república era proclamada por eles, muitos dos quais
eram antigos aliados da família imperial. Conhecendo esse contexto, o trecho do historiador Gilberto
Cotrim fica mais compreensível. Repare que ele enfatiza a ausência de adesão popular à
proclamação. Com isso, vejamos as alternativas:
a) Incorreta. Parte do povo continuou apoiando a monarquia, sobretudo no Rio de Janeiro. Porém,
em lugares de tradição republicana, como São Paulo, o republicanismo era popular entre a
população desde as décadas anteriores.
b) Incorreta. Uma parte da elite cafeeira, composta por civis, também aderiu ao golpe.
c) Incorreta. Uma parte da população atendeu ao chamado, sobretudo a elite cafeeira.
d) Correta! Embora desde o primeiro documento elaborado pelo novo governo qualificasse a
República como uma “revolução social”, havia uma grande contradição, pois ficava claro que não
haveria nenhuma transformação radical da sociedade e que a principal preocupação do governo
provisório era defender a ordem pública já existente, a segurança e o direito dos proprietários.
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Comprometia-se também a pagar as dívidas externas contraídas pela monarquia. Afinal de contas,
os dirigentes da República era a mesma elite que rodeava o imperador no regime anterior.
e) Incorreta. Isso não era um impedimento, afinal nos movimentos com grande adesão popular as
pessoas paralisam as atividades para poder participar.
Gabarito: D
115. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
A bandeira acima foi apresentada dentre as propostas simbólicas para representar o Brasil
republicano e vigorou provisoriamente. O grupo político que a apresentou era formado por
a) monarquistas, pois as cores mantinham a identidade com a família real.
b) republicanos de esquerda.
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parlamento francês se sentavam no plenário de acordo com sua orientação política. Aqueles mais
alinhados ao status quo, à ordem vigente, sentavam-se à direita; os que compunham a oposição ao
regime, propondo reformas e/ou rupturas se sentavam à esquerda. Abstraindo, cientistas políticos
e historiadores costumam usar os termos “esquerda” e “direita” para os mais diversos cenários da
história contemporânea para caracterizar os grupos mais ou menos revolucionários e conservadores.
Considerando que os setores que lideraram o golpe que proclamou a República e que compuseram
o governo provisório, não foi a ala de esquerda dos republicanos que poderia ter proposto a bandeira
provisória. Afinal, os republicanos mais radicais e revolucionários ficaram completamente de fora do
novo governo. Lembre-se que era importante mudar a forma de governar, sem mudar muito a
sociedade em si.
c) Correta! Apenas vendo a bandeira provisória do Brasil podemos ver a grande semelhança com a
bandeira norte-americana. Veja:
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Gabarito: C
116. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Durante o período da República da Espada (1891-1894), uma política econômica do então governo
foi a reforma financeira conhecida como Encilhamento. O objetivo dessa reforma era estimular o
crescimento econômico, principalmente a expansão da indústria. Vale a penas destacar que o
Ministro da Fazenda responsável por essa política foi
a) Rui Barbosa.
b) Visconde de Mauá.
c) Serzedelo Correia.
d) Floriano Peixoto.
e) Arthur Bernardes.
Comentários
Chamamos de República da Espada o período no qual o Brasil teve como presidentes os marechais
Deodoro da Fonseca (1889-1891) e Floriano Peixoto (1891-1894). Nenhum deles chegou ao cargo
por meio do voto. Na verdade, eles eram presidente e vice-presidente do governo provisório
organizado em 1889. No entanto, Deodoro da Fonseca renunciou em 23 de novembro de 1891, por
estar isolado politicamente. Peixoto assumiu em seguida, contrariando a Constituição que
determinava que o vice só podia assumir se tivesse passado dois anos de governo. Apesar dos
protestos, ele governou até 1894. Por sua vez, a política econômica chamada de encilhamento
começou durante o governo de Fonseca. Na época, colhiam-se maus resultados da política
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industrialista executada até então. Com isso, a nova política consistia em tentar aquecer a economia
do país estimulando o aumento de crédito e, consequentemente, causando a elevação de preços
(inflação), especulação da bolsa de valores e com reflexos no sistema produtivo. O encilhamento
tinha três características básicas: um surto sem precedentes na formação de novas empresas, entre
1889 e 1890; grande especulação das ações empresariais, com aumento de seu valor, de forma
artificial, e consequente declínio de preços, causando prejuízos aos investidores; aumento rápido e
brusco no volume de transações da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Com isso em mente, vejamos
quem foi responsável por essa orientação econômica:
a) Correta! Rui Barbosa (1849-1923) foi um político que assumiu o Ministério da Fazenda durante o
governo provisório da recém-proclamada República dos Estados Unidos do Brasil.
b) Incorreta. Irineu Evangelista de Sousa, o Visconde de Mauá (1813-1889) foi um comerciante,
armador, industrial e banqueiro brasileiro. Ele morreu antes da proclamação da República, portanto,
não poderia ser ministro do governo provisório. Na verdade, ele foi deputado provincial pelo Rio
Grande do Sul durante o Império.
c) Incorreta. Inocêncio Serzedelo Correia (1858-1932) foi um militar e político brasileiro. De fato,
ele foi ministro durante a República da Espada, mais especificamente no governo de Floriano
Peixoto. No entanto, ele nunca foi ministro da Fazenda, mas sim de outras pastas, como Agricultura,
do Interior, da Justiça e da Instrução Pública.
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d) Incorreta. Como disse no comentário, o marechal Floriano Peixoto foi vice-presidente durante o
governo provisório (1889-1891) e presidente logo em seguida, até 1894.
e) Incorreta. Arthur Bernardes (1875-1955) nunca foi ministro da República do Brasil. Na realidade
ele foi o 12º presidente da República, entre 1922 e 1926. Antes disso, havia sido deputado federal
por Minas Gerais (1909-1910; 1915-1918; 1935-1937; 1946-1955); senador pelo mesmo estado
(1927-1930); e presidente de Minas Gerais (1918-1922).
Gabarito: A
117. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
O conflito ocorrido no final do Século XIX, iniciado no Rio Grande do Sul, caracterizado por confrontar
dois agrupamentos políticos, um que defendia a forma de governo republicana e o sistema
presidencialista e, outro grupo, que também apoiava a forma de governo republicana, porém,
defendia o sistema parlamentarista, ficou conhecido como:
a) Guerra do Contestado.
b) Revolta da Restauração.
c) Revolta Federalista.
d) Revolta tenentista.
e) Guerra de Canudos.
Comentários
O tema da questão são as primeiras revoltas deflagradas contra o governo republicano recém
instalado no Brasil. O enunciado enfatiza que é uma revolta ocorrida ainda no final do século XIX,
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portanto, entre 1889 e 1900. Com base nisso e na informação de que se tratava de uma disputa
entre presidencialistas e parlamentaristas, vejamos cada uma das rebeliões elencadas:
a) Incorreta. A Guerra do Contestado se deu entre 1912 e 1916, durante o governo de Hermes da
Fonseca (1910-1914) e Wnceslau Brás (1914-1918). Portanto, ocorreu no século XX, não no XIX.
Mas só para você se lembrar, esse conflito se deu entre posseiros e pequenos proprietários de
terras, de um lado, e, de outro, grandes proprietários rurais e representantes do Estado, na fronteira
entre Santa Catarina e Paraná. Os primeiros também faziam parte de um movimento messiânico. O
principal motivador do conflito foi a situação de miséria da população e as desigualdades sociais
envolvendo a propriedade da terra.
b) Incorreta. A Revolta ou Guerra da Restauração foi uma série de conflitos entre os reinos de
Portugal e Espanha, entre 1640 e 1668, a respeito da restauração da independência portuguesa e
pelo fim da União Ibérica (1580-1640).
c) Correta! A Revolta Federalista explodiu no Rio Grande do Sul, tratando-se de um conflito violento
entre dois grupos políticos locais: o Partido Republicano Rio-grandense (PRR), também chamados
de “pica-paus”, adeptos do positivismo, apoiadores de Floriano Peixoto e do presidencialismo, seu
líder era Júlio de Castilhos; o Partido Federalista, chamados de “maragatos, defendiam o
parlamentarismo, a revogação da Constituição gaúcha e eram liderados pelo fazendeiro Silveira
Martins, contanto com o apoio dos tradicionais estancieiros gaúchos. A revolta durou de 1893 até
1895, quando Prudente de Morais já estava na presidência. Os “pica-paus” saíram vitoriosos.
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d) Incorreta. Tenentismo é o nome dado a uma série de movimentos políticos orgnizados entre os
oficiais de baixa patente do exército brasileiro, sobretudo os tenentes. Desde o Império, esses
oficiais começaram a se mobilizar reivindicando melhores condições de trabalho e mais direitos
políticos, o que só se fortaleceu durante as primeiras décadas da República. As dificuldades do
exército brasileiro eram grandes: os soldos eram baixos e as promoções ocorriam de forma muito
lenta, situação que gerou grande insatisfação, principalmente entre a jovem oficialidade. Os
tenentes não tinham uma bandeira ideológica clara. Eram contra o domínio da oligarquia cafeeira –
identificando-se nesse aspecto com as oligarquias estaduais descontentes –, pois viam o Brasil
dividido, o que fragmentava o poder central. Alguns até apoiavam os movimento operários, inclusive
defendiam ideias socialistas. Excluídos do processo político, os tenentes demonstravam, com um
viés conservador principalmente, a crise política que se engendrava com as disputas entre as
oligarquias regionais. Defendiam reformas moralizantes e centralizadoras para a reconstrução do
Estado, o voto secreto, o fim da corrupção e das fraudes, a criação de uma justiça eleitoral, e um
projeto industrializante com a participação do Estado. Nesse sentido, houveram várias revoltas
tenentistas ao longo da Primeira República, as mais conhecidas e de maior projeção ocorreram
durante o governo de Epitácio Pessoa (1919-1920), como a Revolta dos 18 do Forte, e durante a
presidência de Arthur Bernardes (1922-1926), como a Revolução de 1924 e a Coluna Prestes. Assim,
não existi uma única revolta que possa se chamar “Revolta tenentista” como sugere a questão.
Além disso, o período de maior movimentação do tenentismo é no início do século XX, não no XIX.
e) Incorreta. A Guerra de Canudos se deu entre 1896 e 1897. Canudos era um arraial na Bahia que
se formou sob a liderança de Antônio Conselheiro, um beato messiânico e monarquista. Por volta
de 1893, Conselheiro e seus disciípulos se fixaram na fazenda Canudos, às margens do rio Vaza-
barris, no interior da Bahia. O arraial se organizou de forma comunitária, onde os habitantes
trabalhavam coletivamente para sua sobrevivência, chegando a contar com uma população de 25
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mil pessoas. Canudos era uma região autônoma, com suas próprias regras e sobrevivência, não se
submetendo aos poderosos “coronéis”, aos governos estadual e federal e nem à Igreja. Com isso,
incomodava tanto as elites regionais, quanto as autoridades eclesiásticas e seculares. Em 1896,
Conselheiro decidiu construir uma igreja no arraial e encomendou material de construção em
Juazeiro. Com o atraso na entrega do material, surgiu o boato que o messias e seus seguidores
invadiriam a cidade. Foi a desculpa que as autoridades precisavam para combater e acabar com
Canudos. Conseguiram após o envio de quatro expedições militares contra o arraial. Assim, vemos
que não se tratava de uma briga entre parlamentaristas e presidencialistas, mesmo que tenha
acontecido dentro do período indicado pelo enunciado.
Gabarito: C
118. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Durante o período conhecido por “República Velha”, para assegurar a manutenção do controle
político nas regiões do país, a oligarquia contava com o mecanismo eleitoral
a) do voto fechado e impresso.
b) do plebiscito periódico.
c) da falta de controle, pois não havia órgão eleitoral responsável por diplomar os eleitos.
d) do voto de cabresto sobre os analfabetos.
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avaliava a legitimidade da eleição dos deputados e senadores. Caso suspeitassem de alguma fraude,
não era reconhecida a posse do candidato.
d) Incorreta. O voto de cabresto consistia na prática dos “coronéis”, grandes proprietários regionais
com poder político e militar, intimidarem os eleitores residentes no seu raio de influência para que
votassem em seus candidatos. Era um dos elementos característicos do coronelismo. No entanto,
não se aplicava aos analfabetos, pois estes não tinham direito ao voto. Na verdade, desde 1881,
ainda durante o Império, houve uma reforma eleitoral que excluiu os analfabetos, restringindo ainda
mais o voto a uma elite proprietária e letrada. Com a instalação da república, isso não mudou muito.
Apesar do critério censitário ter sido abolido, o analfabetismo continuou sendo um impedimento
para a participação no processo eleitoral.
e) Correta! Saber em quem as pessoas votavam permitia aos líderes políticos e “coronéis” intimidar
e manipular o eleitoral. Evidentemente que o voto secreto não acaba com isso completamente.
Entretanto, as lideranças nunca poderiam ter certeza absoluta se a intimidação funcionou e, mais
que isso, saber quem exatamente descumpriu as ordens. Com o voto aberto, isso tudo fica público
e a manipulação pode ser mais direta e eficaz.
Gabarito: E
119. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
As manifestações dos operários, em passeatas pelas ruas, provocaram muitos conflitos com a
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imigrantes anarquistas, sugiram os primeiros sindicatos que lutavam basicamente por melhores
condições de trabalho. Entretanto, vale dizer que desde o século XIX já ocorriam algumas greves
pelo país, principalmente em cidades portuárias como Santos, Salvador e Rio de Janeiro. Esses
movimentos se intensificaram ainda mais no século seguinte. Sabendo disso, vejamos a qual conflito
o texto se refere:
a) Incorreta. A Intentona Comunista foi uma articulação entre lideranças comunistas, comandadas
por Luís Carlos Prestes, com vistas a dar início a uma revolução. Em julho de 1935 foi divulgado
um manifesto que incitava a derrubada do governo e defendia a supremacia política da Aliança
Nacional Libertadora (ANL). Com isso, o governo constitucional de Getúlio Vargas, declarou a
ilegalidade deste partido. Mesmo recebendo críticas de correligionários e com reveses sofridos,
Prestes e alguns companheiros deram prosseguimento às ações para depor o presidente Vargas.
Em novembro de 1935, em Natal-RN, teve início a inssurreição, que teve repercussão em quartéis
de Recife e do Rio de Janeiro. Contudo, o movimento estava pouco estruturado em termos militares,
não teve a adesão dos operários que se imaginava e não conseguiu vencer a reação governamental
que o suprimiu rapidamente. De qualquer forma, vemos que isso se deu após o fim da República
Velha, então não pode ser nossa alternativa correta.
b) Incorreta. A Revolta da Armada ocorreu em 1893, logo, no início da Primeira República, durante
o governo do marechal Floriano Peixoto (1891-1894). Porém, não se tratava de uma greve operária.
O governo de Floriano enfrentava várias rebeliões que não reconheciam seu mandato ou que
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reivindicavam alterações nas novas dinâmicas do Estado. A revolta aqui mencionada começou no
Rio de Janeiro, sob a liderança do Almirante Custódio José de Melo. Os revoltosos queriam a
renúncia do presidente e, para isso, posicionaram seus navios de modo a fechar a Baía da
Guanabara, bombardeando a cidade do Rio de Janeiro. Floriano estabeleceu estado de sítio e muitos
integrantes do movimento fugiram pra Santa Catarina, onde se aliaram aos federalistas gaúchos.
No entanto, o governo respondeu com violenta repressão e suprimiu os dois movimentos.
c) Incorreta. Na verdade, esse episódio se chama Revolta dos 18 do Forte. Realmente marcou o
início do movimento tenentista, mas não envolvia os operários. Tenentismo é o nome dado a uma
série de movimentos políticos orgnizados entre os oficiais de baixa patente do exército brasileiro,
sobretudo os tenentes. Desde o Império, esses oficiais começaram a se mobilizar reivindicando
melhores condições de trabalho e mais direitos políticos, o que só se fortaleceu durante as primeiras
décadas da República. As dificuldades do exército brasileiro eram grandes: os soldos eram baixos e
as promoções ocorriam de forma muito lenta, situação que gerou grande insatisfação,
principalmente entre a jovem oficialidade. Os tenentes não tinham uma bandeira ideológica clara.
Eram contra o domínio da oligarquia cafeeira – identificando-se nesse aspecto com as oligarquias
estaduais descontentes –, pois viam o Brasil dividido, o que fragmentava o poder central. Alguns
até apoiavam os movimento operários, inclusive defendiam ideias socialistas. Excluídos do processo
político, os tenentes demonstravam, com um viés conservador principalmente, a crise política que
se engendrava com as disputas entre as oligarquias regionais. Defendiam reformas moralizantes e
centralizadoras para a reconstrução do Estado, o voto secreto, o fim da corrupção e das fraudes, a
criação de uma justiça eleitoral, e um projeto industrializante com a participação do Estado. A
primeira tentativa dos tenentes de tomarem o poder se deu por meio da Revolta dos 18 do Forte
de Copacabana, em julho de 1922. Neste episódio, 28 oficiais resisitiram às tropas do governo
federal, até finalmente saírem em marcha pela Avenida Atlântica, na capital carioca. Dez deles
desistiram no meio do caminho, enqaunto os 18 restantes prosseguiram pela orla, mesmo
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recebendo tiros das tropas federais. Ao final, sobreviveram somente dois tenentes: Siqueira Campos
e Eduardo Gomes.
d) Correta! Em julho de 1917, foi organizada em São Paulo a primeira greve geral da história do
Brasil, provocada pelo descontentamento dos operários com as condições de trabalho às quais
estavam submetidos. Diante da extensão do movimento, o governo e os industriais resolveram
negociar e prometeram melhores salários e condições de trabalho, assumindo compromisso de não
demitir grevistas, caso todos voltassem a seus postos. Porém, as promessas e compromissos não
foram cumpridos à risca.
e) Incorreta. A Revolução de 1930 não foi comandada pelos operários, nem envolveu greves. A crise
econômica mundial de 1929 levou muitos cafeicultores à ruína. Em função da retraçaõ do consumo
no mercado externo e da queda ainda maior dos preços, os estoques de café se acumularam. Os
pedidos de moratória das dívidas e de concessão de novos financiamentos feitos pelos produtores
paulistas ao presidente Washington Luís foram negados. Na política a hegemonia das elites cafeeiras
de Minas Gerais e Sâo Paulo era contestada por vários setores. As classes médias e o operariado
urbano, que se ampliavam em virtude da industrialização e da urbanização em curso no país,
organizavam-se e exigiam maior representação política, assim como alguns setores do Exército,
comerciantes, empresários e produtores rurais não vinculados ao café. Nos estados do Rio Grande
do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba, era grande a insatisfação das elites agrárias com a gestão do
governo central. A camapanha presidencial para a sucessão de Washington Luís, ocorrida em fins
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As dificuldades do exército brasileiro eram grandes: os soldos eram baixos e as promoções ocorriam
de forma muito lenta, situação que gerou grande insatisfação, principalmente entre a jovem
oficialidade. Os tenentes não tinham uma bandeira ideológica clara. Eram contra o domínio da
oligarquia cafeeira – identificando-se nesse aspecto com as oligarquias estaduais descontentes –,
pois viam o Brasil dividido, o que fragmentava o poder central. Alguns até apoiavam os movimento
operários, inclusive defendiam ideias socialistas. Excluídos do processo político, os tenentes
demonstravam, com um viés conservador principalmente, a crise política que se engendrava com
as disputas entre as oligarquias regionais. Com essas considerações em mente, vejamos qual
alternativa aponta alguma das suas principais reivindicações:
a) Correta! Defendiam reformas moralizantes e centralizadoras para a reconstrução do Estado, o
fim da corrupção e das fraudes, a criação de uma justiça eleitoral, e um projeto industrializante com
a participação do governo. Lembre-se que até então o processo eleitoral era marcado pelo voto de
cabresto, coronelismo e pela degola (comissão verificadora que aceitava ou rejeitava a posse dos
eleitos). Tudo isso dava um grande poder de manipulação às oligarquias que controlava o Estado e
era isto que os tenentes queriam combater.
b) Incorreta. Não existia Justiça Eleitoral e, como disse acima, os tenentes reivindicavam exatamente
a criação de um órgão assim. Além disso, eram favoráveis ao voto secreto para diminuir a margem
de manipulação das eleições.
c) Incorreta. Grande parte dos tenentes defendiam a intervenção do Estado na economia para evitar
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uma abertura descontrolada da economia nacional ao capital estrangeiro. Assim, acreditavam que
protegeriam a nação da exploração estrangeira enquanto se promovia a industrialização.
d) Incorreta. O tenentismo defendia uma reforma da educação pública, para que o ensino fosse
gratuito e obrigatório a todos os brasileiros. Não necessarimente precisavam ser escolas militares.
e) Incorreta. A reforma agrária não era um consenso entre os tenentes. Os mais próximos do
movimento operário até defendiam tal medida. Contudo, lembre-se que boa parte deles se aliava
às oligarquias estaduais descontentes com o governo central. Portanto, dificilmente defendiam
distribuição de terras.
Gabarito: A
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o direito de férias.
III – Verdadeira! Lembre-se que os integrantes da AL eram setores desvinculados à cafeicultura,
ou seja, estavam interessados em diversificar a economia brasileira e a melhor forma para isso
era a industrialização.
IV – Falsa, pois contraria a afirmação I. Além disso, o voto feminino não constava no programa,
mas foi aprovado sob o governo provisório de Getúlio Vargas, em 1932. Os analfabetos, porém,
continuavam sem direito a participar do processo eleitoral.
V – Falsa. Como enfatizei na III, a AL era composta por setores das elites brasileiras desvinculadas
ao café, mas ainda assim elites. Logo, não estavam interessados em aprovar mais impostos para
si mesmos.
Portanto, a alternativa correta é a letra “b”.
Gabarito: B
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O texto acima reflete o discurso conciliador do getulismo, que, do ponto de vista das relações do
trabalho ficou conhecido como
a) classismo.
b) cooperativismo.
c) trabalhismo.
d) liberalismo.
e) nacionalismo.
Comentários
A Era Vargas (1930-1945; 1951-1955) é um momento de importância fundamental para a
formação do Estado Nacional Brasileiro, por representar a edificação de instituições propriamente
republicanas e estatais. Além disso, a concepção de nacionalização da economia, ou o nacional-
desenvolvimentismo, também impulsionou a transformação das estruturas econômicas. Essa
política econômica foi caracterizada pelo processo de substituição de importações e o incentivo à
industrialização nacional. Ainda nesse processo, é possível identificar que o povo passou à cena
política. Quer seja como ator de lutas políticas características de sociedades urbano-industriais,
quer seja como beneficiário de leis que garantiram direitos sociais e políticos (como as leis
trabalhistas). Com a industrialização e urbanização cresceram o número de trabalhadores urbanos
e operários fabris e esta população numerosa passou a ter grande força política. Vargas se destaca
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justamente por ter percebido isso e ter tentado ativamente cooptar o apoio da classe trabalhadora
em crescimento, por meio de concessões de reivindicações pontuais desse setor. Apesar disto,
podemos ver que gradativamente o movimento operário perde sua autonomia, conforme é
auxiliado pelo Estado varguista. O texto destacado é parte de um boletim do Ministério do
Trabalho, criado por Vargas exatamente para lidar com os trabalhadores e seus movimentos. Não
à toa seu discurso tenta dissuadir a existência da luta de classes, professada pelos comunistas, e
promove uma conciliação entre os setores sociais, uma cooperação em prol do progresso nacional.
Com isso em mente, vejamos qual nome é dado a essa ideologia:
a) Incorreta. Classismo é outro nome dado ao elitismo, tendência das elites em se diferenciarem
das demais classes sociais. É também o nome dado por Marx à dinâmica de hierarquia social na
sociedade capitalista, que segundo ele é uma sociedade de classes.
b) Incorreta. Cooperativismo é a doutrina que preconiza a colaboração e associação de pessoas
ou grupos com os mesmos interesses, a fim de obter vantagens comuns em suas atividades
econômicas. O associativismo cooperativista tem por fundamento o progresso social da
cooperação e do auxílio mútuo segundo o qual aqueles que se encontram na mesma situação
desvantajosa de competição conseguem, pela soma de esforços, garantir a sobrevivência. Então,
veja que se trata de uma organização entre iguais, entre pessoas de uma mesma classe social
que se unem para realizar interesses comuns. Logo, não caracteriza a ideologia do Estado
varguista, que promovia uma cooperação entre as diversas classes sociais e o Estado.
c) Correta! O trabalhismo, como ideologia e valor, conseguiu estabelecer uma ponte entre os
trabalhadores e seus patrões tendo o Estado como mediador de seus conflitos. Propunha-se
incorporar as demandas, as falas e as simbologias da classe trabalhadora e alçar o povo à condição
de sujeito – nem sempre ativo, algumas vezes submisso, mas sempre “recebidos” e “ouvidos”
paternalmente. Nesse sentido, o cidadão era por excelência um trabalhador e sua exclusão do
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mundo do trabalho o desqualificava. Com base nessa ideologia, Vargas construiu uma imagem de
protetor dos trabalhadores, graças ao uso intensivo dos meios de comunicação.
d) Incorreta. O liberalismo defendia o livre mercado e a não interferência do Estado na economia
ou nas relações trabalhistas. Portanto, se opunha ao nacional-desenvolvimentismo e ao
trabalhismo varguistas.
e) Incorreta. De fato, a Era Vargas é marcada pela exaltação do nacionalismo atrelado à defesa
de um Estado forte e interventor na economia. Porém, o nacionalismo em si não apresenta
propostas relativas às relações de trabalho.
Gabarito: C
124. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Segundo o historiador Jorge Ferreira, de 1945 a 1964 o Brasil viveu um período de experiência
democrática. Diante da volta da liberdade de imprensa e da livre manifestação de ideias, vividas
nesse período, os grupos organizados da sociedade civil formularam dois grandes projetos de
Nação, que disputaram entre sai preferência dos eleitores brasileiros.
(BOULOS JUNIOR. 2015, p. 789)
Nesse contexto, é uma proposta que estava no campo do liberalismo-conservador de Carlos
Lacerda
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todas as áreas, especial os Estados Unidos. Eles defendiam o alinhamento do Brasil aos norte-
americanos de forma incondicional, no contexto da Guerra Fria.
c) Correta! Veja, os liberais-conservadores queriam a resolução dos problemas econômicos sem
que a ordem vigente fosse profundamente alterada. Portanto, não queriam inteferência estatal na
economia, nem nas relações trabalhistas, além de defenderem a abertura ao capital estrangeiro.
A solução para isso sem ceder à reformas mais profundas era o controle da inflação e dos gastos
públicos.
d) Incorreta. Quem defendia o fortalecimento do capitalismo nacional eram os nacionais-
estatistas, mas isto não envolvia aumentar a emissão do papel moeda e congelar preços. Eles
defendiam que fosse feita uma industrialização com a criação de empresas estatais em áreas
estratégicas, como petróleo, suderurgia, transportes e comunicações.
e) Incorreta. De fato, os liberais-conservadores defendiam a abertura ao capital estrangeiro, mas
sua preferência era o Norte-global, insto é, atrair os investimentos de países como os europeus e,
sobretudo, os Estados Unidos.
Gabarito: C
125. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
A respeito da participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial, está correto o que se afirma em:
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a) Getúlio Vargas, antes do início do conflito, assumiu o compromisso com os EUA para combater
qualquer forma de totalitarismo em ascensão na Europa, pois as relações econômicas
internacionais seriam prejudicadas.
b) as forças militares brasileiras iniciaram os combates a partir do desembarque na Normandia.
c) no interior do governo Vargas havia uma disputa entre uma ala pro-Aliados, comandada por
Oswaldo Aranha (Ministro das Relações Exteriores), e outro que tendia a uma maior aproximação
aos países do Eixo.
d) mesmo sem sofrer ataques, Vargas decidiu declarar guerra ao Eixo após ser convencido de que
os melhores negócios econômicos estavam no campo dos Aliados.
e) do ponto de vista militar, a participação do Brasil foi inexpressiva, muito semelhante ao que se
viu na 1ª Guerra Mundial.
Comentários
Aqui, o tema é a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O conflito teve
início entre os países europeus devido a rivalidades imperialistas, revanchismos em relação à
Primeira Guerra e ascensão de regimes autoritários pelo continente. Entretanto, ao longo da
guerra países de outros continentes entraram na disputa ao lado das grandes alianças. Havia
basicamente dois lados: os Aliados, reunindo Inglaterra, França, EUA e URSS; e o Eixo, composto
pela Alemanha, Itália e Japão. Nessa época, o Brasil era governado por Getúlio Vargas desde 1930
e, desde 1937, ele havia instaurado uma ditadura, que ficou conhecida como Estado Novo (1937-
1945). Vargas vinha implementando uma política nacional-desenvolvimentista e trabalhista,
fortalecendo o capitalismo nacional, fomentando a industrialização brasileira e regulamentando as
relações de trabalho. No entanto, liderava um regime autoritário, muito semelhante aos regimes
nazifascistas na Alemanha e na Itália. Durante boa parte dos anos 1930, Vargas procurou manter
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c) Correta! Os governos de Vargas foram muito controversos, pois em boa parte deles havia a
participação de grupos políticos bem diferentes e até antagônicos. Durante o Governo
Constitucional (1934-1937), tanto integralistas, quanto liberais e comunistas tinha cargos no
Estado. Com a instauração do Estado Novo (1937-1945), fase propriamente ditatorial da Era
Vargas, as perseguições foram igualmente diversas, mirando todos que fizessem críticas ao
presidente independente da orientação política. No geral, Vargas implementava um governo com
dinâmicas totalitárias, muito semelhante ao fascismo, mas ele tinha um senso de pragmatismo
que lhe permitia conciliar alianças aparentemente contraditórias. Não à toa, sua postura inicial de
neutralidade, aproximando-se das potências que lhe oferecessem mais vantagens econômicas e
comerciais, refletia esse pragmatismo e os diferentes setores nacionais que agrupava em seu
governo.
d) Incorreta. Na verdade, houve, sim, um ataque. Em agosto de 1942, um submarino alemão
afundou o navio brasileiro Baependy, próximo a costa de Sergipe. Isto obrigou Vargas a abandonar
sua postura neutra e declarou guerra à Alemanha, entrando no conflito ao lado dos Aliados. Com
isso, formalizou o alinhamento econômico com os EUA, cedendo inclusive uma base no Nordeste
brasileiro para os norte-americanos. Além disso, o Brasil passou a fornecer borracha e outras
matérias-primas para a indústria estadunidense.
e) Incorreta. Realmente, as tropas brasileiras não foram as mais numerosas durante a Segunda
Guerra. No entanto, a participação do Brasil ao lado dos Aliados foi importante para lhes garantir
a vitória. A base no Nordeste cedida aos norte-americanos foi de grande ajuda nas operações no
Norte da África, facilitando a invasão da Itália pelo Mediterrâneo. Além disso, a FEB também foi
de grande ajuda nas batalhas em território italiano.
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c) Plano Real.
d) Reformas de Metas.
e) Plano Quinquenal.
Comentários
João Goulart era vice-presidente durante a presidência de Jânio Quadros, eleito em 1961.
Entretanto, Quadros renunciou no final daquele mesmo ano e Goulart assumiu em seu lugar até
1964. Jango, como também era conhecido, era um dos herdeiros políticos de Getúlio Vargas e,
portanto, adepto do nacional-desenvolvimentismo e do trabalhismo. Ele contava com amplo apoio
da classe trabalhadora, dos camponeses e dos estudantes. Seus principais adversários políticos
eram os adeptos do liberal-conservadorismo, pregado pelas elites brasileiras e por setores
militares. Com isto em mente, vejamos qual foi o programa seguido pelo governo de João Goulart:
a) Correta! As Reformas de Base foi um programa lançado em vista do fracasso do Plano Trienal,
inicialmente adotado pelo governo de Jango. Diz-se reformas porque o presidente percebeu que
os problemas do Brasil eram muito mais estruturais do que meros ajustes econômicos na inflação
e no controle da dívida externa. Por isso, seria preciso ir até as raízes do subdesenvolvimento do
Brasil. O programa trazia basicamente 5 propostas: a reforma agrária; a reforma urbana; a
reforma educacional; a reforma eleitoral; e a reforma tributária. Todas elas evidentemente
propunham mudanças que causariam uma alteração profunda na estrutura da sociedade e
mitigaria as desigualdades sociais. A questão é que esse novo programa aprofundou mais ainda
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Monroe e a política do Big Stick haviam dado grande ênfase ao intervencionismo estadunidense no
resto do continente. Por sua vez, em cenário de acirramento das tensões e iminência da guerra, a
política da boa vizinhança almejava uma aproximação cultural entre norte e latino americanos, cujas
relações estavam se deteriorando em razão da postura imperialista dos primeiros. Assim, queria-se
evitar que a influência alemã desestabilizasse o equilíbrio construído pelos EUA. Assim, vemos que
essa política externa é anterior à 1947.
e) Correta! As relações entre Estados Unidos e União Soviética ficaram muito mais tensas quando o
presidente norte-americano Henry Truman, em março de 1947, lançou uma doutrina que pregava
o “mundo livre”, comandado pelos EUA. Com o intuito de preservar suas áreas de influência no
globo e aumenta-las, se possível, a Doutrina Truman defendia a intervenção norte-americana para
“salvaguardar a liberdade dos povos” quando ela estivesse ameaçada nos mais diferentes cantos
do planeta, ou seja, quando qualquer nação se sentisse ameaçada pelos soviéticos. Em outras
palavras, essa Doutrina legitimava a intervenção estadunidense.
Gabarito: E
130. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
Nas Olimpíadas de Moscou (1980), os EUA lideraram um boicote de dezenas de países aos jogos,
porque a URSS tinha invadido o Afeganistão. Nos jogos seguintes, de Los Angeles (1984),
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a)A URSS fez o mesmo. Isso mostra que a as Olímpiadas foram um grande instrumento das disputas
da Guerra Fria.
b)A URSS fez um atentado contra a equipe israelense, considerada aliada dos EUA.
c)Os EUA proibiram as delegações comunistas de participarem das competições.
d)A URSS não teve boa classificação de medalhas porque a crise já não permitia mais os
investimentos em esporte.
e)EUA e URSS estabeleceram um pacto de neutralidade para garantir a competição, já que os atletas
não participavam diretamente dos conflitos da Guerra Fria.
Comentários:
A questão aborda o período de Guerra Fria (1946-1989), caracterizado pela disputa entre as duas
grandes potências mundiais da epoca: os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas. Os dois países causaram a divisão do mundo em dois blocos que competiam
entre si: o bloco capitalista, composto por países alinhados aos EUA; e o bloco socialista, reunindo
as nações alinhadas à URSS. Eles competiam em tudo: desenvolvimento econômico, tecnológico,
qualidade de vida, etc. As Olímpias também foram um grande instrumento da Guerra Fria. Dispostos
a provar qual sistema era melhor, os países socialistas e capitalistas investiam milhões em seus
atletas, desde que a URSS passou a disputar os Jogos Olímpicos (a partir de 1952). O boicote norte-
americano mencionado pelo enunciado é outro exemplo de como o evento podia ser utilizado com
fins políticos. Vejamos qual alternativa aponta corretamente o que houve nas olímpiadas de Los
Angeles, de 1984:
a) Correta! Era a política usando o esporte como arma. Apenas nas Olímpiadas seguintes, na capital
da Coreia, o bloco socialista voltou a enfrentar o bloco capitalista.
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b) Incorreta. Na verdade, isto ocorreu nas Olímpiadas de Munique, em 1972. Além disso, o atentado
foi realizado pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro, em represália a política de expansão
do Estado de Israel no território palestino. A URSS não estava envolvida no episódio.
c) Incorreta. Isso não dependendia apenas do Estados Unidos, uma vez que o Comitê Olimpico era
composto por representantes de todas as nações participantes.
d) Incorreta. A URSS não participou dos jogos de Los Angeles, por isso não teve medalhas. Contudo,
nas Olímpiadas que participaram, os soviéticos sempre ficavam entre aqueles com mais medalhas,
assim como os EUA.
e) Incorreta. Não havia um pacto formal de neutralidade. O bloco socialista voltou a participar por
iniciativa própria nas olímpiadas seguintes.
Gabarito: A
131. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
As tensões da Guerra Fria levaram à formação de alianças militares lideradas pelas grandes
potências. Os países capitalistas criaram a ________________, sob a liderança _____________. Já
os comunistas formaram _______________, liderados por ________. Cada um destes blocos
desenvolveu um serviço secreto de espionagem Trata-se, respectivamente, de _____________ e
_________.
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(CIA) era a agência de inteligência dos EUA. Porém, Kominform era o nome dado à política externa
da URSS, cujo objetivo era promover o intercâmbio de informações e coordenar as ações dos vários
partidos comunistas da Europa, sob a liderança do Partido Comunista soviético. O serviço secreto
da URSS era realizado pelo Komitet Gosudarstvennoy Bezopasnosti (KGB).
b) Incorreta. Como vimos, a OTAN não era liderado pela Alemanha, que inclusive se encontrava
dividida em duas nesse período. Igualmente, o Pacto de Varsóvia não era liderado pelos ingleses,
que eram capitalistas. Ainda, as lacunas que KGB e CIA deveriam preencher estão invertidas.
c) Correta! Aqui a sequência está correta e de acordo com o que expliquei na justificativa da letra
“a”.
d) Incorreta. Mais uma vez, está errado afirmar que a Otan era liderada por portugueses. Da mesma
forma, outra vez se comete um erro ao afirmar que Kominform era aliança militar entre os países
comunistas, quando se tratava da política externa soviética. A aliança era o Pacto de Varsóvia,
liderada pela URSS, não pela Alemanha.
e) Incorreta. Aqui, está quase tudo certo, com exceção da atribuição da liderança do Pacto de
Varsóvia aos chineses, quando na verdade era dos soviéticos.
Gabarito: C
132. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe. Alê Lopes)
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Em uma reflexão sobre as armas nucleares, conta-se que quando perguntaram ao cientista Albert
Einstein (autor da Teoria da Relatividade) quais seriam as armas utilizadas em uma Terceira Guerra
Mundial, ele teria afirmado que não sabia, mas pensava que em uma Quarta Guerra Mundial seriam
paus e pedras.
COTRIM, Gilberto. História Global- Brasil e Geral.
Sobre a expansão das armas nucleares, durante a Guerra Fria, estabeleceu-se uma estratégia
geopolítica que ficou conhecida por
a) Equilíbrio pelo terror
b) Teoria do efeito dominó
c) Corrida Espacial
d) Aliança para o progresso
e) Cortina de Ferro
Comentários
A Guerra Fria é o período entre 1946 e 1989, marcado pela disputa entre as duas grandes potências
que emergiram após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1940): os Estados Unidos da América
(EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). As duas nações estenderam sua
influência sobre os demais países do globo, impondo a divisão do mundo em dois grandes blocos
antagônicos: o bloco capitalista, liderado pelos EUA; e o bloco socialista, liderado pela URSS. As
duas superpotências enfrentavam-se na disputa pela hegemonia mundial em todas as áreas:
prosperidade econômica, industrialização, esportes, ciência, qualidade de vida, etc. No campo da
retórica, acusando-se mutuamente, o clima entre EUA e URSS era de aberta beligerância. Os dois
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lados se posicionavam para medir forças e tentar vencer a potência antagônica. Um dos recursos
para a competição entre as superpotências foi o desenvolvimento de uma poderosa e sofisticada
indústria bélica que tinha o objetivo de intimidar o inimigo. Instalou-se uma verdadeira corrida
armamentista, com o desenvolvimento de armas nucleares, mísseis de longo alcance, satélites
espiões, que seria um dos parâmetros pela busca da hegemonia mundial. Sabendo disto, vejamos
a qual estratégia geopolítica o enunciado se refere:
a) Correta! Embora o clima fosse de declarações beligerantes, o arsenal nuclear das potências rivais
refreava um conflito militar direto entre elas. Sabia-se que se isso acontecesse, as consequências
seriam imprevisíveis, com a destruição de número de morte jamais imaginado. O “equilíbrio pelo
terror” se tratava exatamente disso. Depois dos norte-americanos, que usaram a bomba nuclear
duas vezes contra o Japão, a URSS fabricou sua primeira bomba em 1949. Em 1952, foi a vez da
Inglaterra e, nos anos 1960, China e França anunciaram sua capacidade nuclear.
b) Incorreta. A teoria do efeito dominó defende que o resultado de um evento é a causa de outro,
provocando um efeito cascata. Não se sabe a origem do termo, mas é inspirado na brincadeira que
consiste na colocação de diversos dominós em pé numa fileira de modo que se o primeiro for
derrubado, um derruba o outro até que todos estejam no chão. É comum usar a expressão na
ciência ou no jornalismo, mas também foi usada durante a Guerra Fria pelos EUA, para apoiar países
que lutassem contra insurreições comunistas, inspirando a Doutrina Truman, com base na ideia de
que se um país caísse, seus vizinhos cairiam em seguida. Se por um lado, as duas superpotências
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mantinham o equilíbrio pelo terror, por meio da corrida armamentista; por outro, tentavam minar
as bases aliadas uma da outra para se enfraquecer. São duas estratégias diferentes, mas que se
complementam.
c) Incorreta. A corrida espacial estava de certa forma associada à corrida armamentista, pois
envolvia desenvolvimento científico e industrial, mas eram coisas diferentes. A corrida espacial não
foi apenas uma forma de investimento econômico, mas significava também uma hegemonia política
e cultural. Com a conquista do espaço, cada um dos blocos queria se mostrar mais “avançado” e
moderno, portanto, mais ligado ao futuro, do que o outro.
d) Incorreta. A Aliança para o Progresso foi um projeto político executado pelo governo norte-
americano durante a presidência de John F. Kennedy (1961-1963). O objetivo era integrar os países
da América nos aspectos político, econômico, social e cultural frente à ameaça soviética, fortalecida
com a fundação de um Estado socialista no continente americano: Cuba, que passou por uma
revolução em 1959. Assim, tem mais a ver com a estratégia de garantir alianças do que intimidar o
inimigo com poder de fogo.
e) Incorreta. “Cortina de ferro” foi a metáfora utilizada pelo primeiro-ministro inglês, Winston
Churchill, em seu discurso de Fulton, em 1946. No discurso, Churchill alertava os países capitalistas
da crescente influência soviética no Leste europeu. A tal “cortina de ferro” era a fronteira imaginária
entre essas nações socialistas e a Europa ocidental, predominantemente capitalista. Note que esse
discurso foi feito antes mesmo da URSS fabricar sua primeira bomba atômica, o que se deu somente
em 1949. Portanto, essa metáfora não está associada ao equilíbrio pelo terror.
Gabarito: A
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O tema da questão é um dos maiores conflitos armados ocorridos durante o período da Guerra Fria
(1946-1989), que contou com o envolvimento indireto de EUA e URSS, as duas superpotências que
disputavam a hegemonia mundial naquele contexto, uma capitalista e outra comunista. O trecho
destacado pelo enunciado traz informações importantes, como fato de que o conflito abordado se
deu no território da Coreia. A data não é informada, mas aconteceu entre 1950 e 1953. Com a
rendição do Japão, a Coreia foi ocupada e dividida por soviéticos e norte-americanos,
transformando-se em duas nações independentes a partir de 1945: a Coreia do Norte, pró-soviética,
e a Coreia do Sul, pró-americana. Entretanto, os EUA temiam a perda do equilíbrio na região, pois
a URSS (maior país do mundo) e a China (país mais populoso do mundo) eram socialistas. Com a
ascensão do comunismo na China, em 1949, os norte-coreanos sentiram-se estimulados a invadir a
Coreia do Sul em 1950, na tentativa de unificar as duas nações. A invasão foi considerada um ato
de agressão pela ONU e os Estados Unidos passaram a exigir uma intervenção militar na região. O
Conselho de Segurança aprovou e cerca de dezesseis países enviaram tropas à Coreia do Sul, sendo
a maior parte das tropas de soldados norte-americanos. O conflito durou até 1953, quando uma
trégua foi assinada entre norte e sul-coreanos. Estando por dentro desse contexto, vejamos o que
é correto afirmar sobre o episódio:
a) Incorreta. De fato, trata-se da Guerra das Coreias, no entanto a divisão do país não foi feita a
partir do Paralelo 39, mas sim do Paralelo 38º, limite geográfico imaginário que era uma zona
desmilitarizada e deveria evitar que qualquer choque entre o Norte e o Sul se transformasse em
uma guerra.
b) Incorreta Na verdade, a Coreia do Norte era influenciada pela URSS e a do Sul pelos EUA.
c) Incorreta. A Guerra do Vietnã ocorreu na Península da Indochina, não na região das Coreias. O
Vietnã esteve sob domínio francês desde o século XIX, conquistando sua independência em 1954,
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já após a Guerra das Coreias. Contudo, a região também foi alvo de um conflito que cresceu em
proporções graças ao envolvimento dos EUA e da URSS. Tendo vencido a guerra e livre do jugo
francês, o Vietnã saiu da batalha dividido. No tratado assinado em Genetra, o país asiático foi alvo
de um novo embate da Guerra Fria, que o dividiu, no paralelo 17º, em Vietnã do Norte (comunista)
e Vietnã do Sul (capitalista). Foram marcadas eleições para 1956, porém, o governo do Sul cancelou,
temendo que a população aderisse à orientação política do Norte comunista. Em 1960, com apoio
soviético, os norte-vietnamitas invadiram o Vietnã do Sul para reunificar o país. O envolvimento dos
EUA foi total, apoiando os sul-vietnamitas. A guerra durou até 1975. A vitória coube ao Vietnã do
Norte, unificando o país e, junto com Laos e Camboja, passaram a ser governados por um modelo
comunista semelhando ao da URSS.
d) Incorreta. A Indochina é a atual região do Vietnã, não das Coreias, como acabamos de ver acima.
Além disso, o Vietnã não foi dividido, nem a Coreia, entre uma zona de influência pró-chinesa e
outra pró-americana, mas sim entre soviéticos e estadunidenses.
e) Correta! Está de acordo com o que expliquei na alternativa “a”.
Gabarito: E
134. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, teve início um processo de descolonização na qual as
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influência era motivada pela perda das ex-colônias americanas ao longo daquele século e pela
industrialização acelerada. Isso gerou uma grande competitividade entre os países europeus, o que
resultou na Primeira Guerra Mundial (1914-1919). Os EUA, que vinham tentando consolidar sua
hegemonia na América, também acabaram participando da guerra e conseguiram impulsionar ainda
mais sua industrialização, tornando até mesmo os países europeus dependentes de sua economia
após o conflito. Apesar da violência e dos prejuízos causados pela guerra, o imperialismo continuou
guiando a política externa de europeus e norte-americanos, que inclusive mantinham colônias e
protetorados em outros continentes. A continuidade dessa dinâmica e o revanchismo dos
perdedores da Primeira Guerra motivaram o início da Segunda Guerra Mundial. Após dois conflitos
extremamente violentos, os quais se deram no continente europeu em grande parte, afetou
profundamente a economia e o poderio militar dos países europeus, dando oportunidade aos
movimentos de independência em suas colônias para conquistar seus objetivos. Vejamos o que
exatamente contribuiu para que essas lutas de emancipação nacional ocorressem:
I – Verdadeira! Os levantes passaram a ter um componente nacionalista, expressando um
sentimento de ruptura com a ordem política e econômica do cenário internacional. A noção de
autodeterminação dos povos, princípio expresso pela própria ONU e defendido pelo liberalismo, era
um dos aspectos evidenciados pelos movimentos de independência.
II – Falsa. As duas grandes nações neocolonialistas da Europa eram a Inglaterra e a França, que
saíram vitoriosas da Segunda Guerra. Com isso, não era exatamente uma crise moral nesses países
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que abriu oportunidade para a vitória dos movimentos de independência nas colônias, mas sim a
crise econômica resultante do conflito mundial.
III – Verdadeira! As transformações histórias após o término da Segunda Guerra Mundial não se
restringiram à ascensão das superpotências. A Declaração dos Direitos Humanos, promulgada em
1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que pregava a igualdade de direitos para todos,
serviu de estímulo para os povos colonizados que, na época, lutavam pela independência. Mesmo
os países que não eram colônias formais, como a América Latina, mas que tinham desafios como a
dependência econômica em relação aos países desenvolvidos e um histórico de desigualdade
econômica, procuraram caminhos próprios no mundo bipolarizado entre os blocos comunista e
capitalista.
IV – Verdadeira! Uma terceira associação internacional tentou criar um bloco de países que pretendia
permanecer fora do jogo entre União Soviética e Estados Unidos, reivindicando uma certa
neutralidade. Em 1955, um grupo de países afro-asiáticos se reuniu na Conferência de Bandung,
formando o bloco que ficou conhecido como de países não alinhados. Essas nações, lideradas pela
Índia, lutavam também para conseguir sua emancipação política, econômica e cultural dos antigos
impérios europeus.
V – Falsa. A ONU em si não representou um grande desafio para a manutenção do imperialismo,
pois seu Conselho de Segurança era comandado pelas potências mais imperialistas do mundo.
Portanto, a alternativa correta é a letra “b”.
Gabarito: B
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A Índia foi explorada desde o século XVIII pela Cia de Comércio Inglesa das Índias Orientais. No
decorrer da Primeira Guerra Mundial receberam a promessa de receberem maior autonomia
administrativa caso lutassem ao lado dos ingleses contra os alemães. Terminada a Guerra, apesar
de pequenas modificações, a Índia permanecia uma colônia inglesa. Então, iniciaram-se uma série
de atividades pró-autonomia cuja principal líder foi Mahatma Gandhi que se destacou por
a) Utilizar a não violência ativa que consistia na desobediência civil, como por exemplo, o boicote
aos produtos inglesas.
b) Promover a luta armada que constituiu a guerrilha campesina, e colocou grande parte das aldeias
tradicionais contra a dominação inglesa.
c)Promover principalmente a luta parlamentar por meio do Partido do Congresso, criado em 1885.
d)Promover greves de fomes e marchas violentas, como a conhecida Marcha do Sal.
e) Por defender a divisão da Índia em dois países, um de origem islâmica e outro de origem hindu.
Comentários
Aqui, o tema é a independência da Índia, oficializada em 1947, mas cujo processo histórico teve
início bem antes. A administração colonial inglesa havia transformado de maneira drástica a
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sociedade indiana. A produção indiana era, basicamente, artesanal e, com a dominação britânica,
passou a ser parcialmente fabril. A organização social também sofreu modificações. Os ingleses
incentivaram a formação de uma nova camada de proprietários rurais. Os zamindars, como eram
chamados, passaram a deter a posse das terras. O arrendamento dessas terras era feito aos
camponeses, conhecidos como ryots. Além disso, a Índia era habitada por hindus e muçulmanos,
que tinham rivalidades entre si tanto quanto com a administração inglesa. Com o fim da Primeira
Guerra (1914-1918), a Inglaterra, enfraquecida econômica e militarmente, enfrentava dificuldades
em manter suas colônias. Assim, o cenário tornou-se propício para o fortalecimento de movimentos
de independência na Índia, que já eram apoiados por partidos nacionalistas indianos desde fins do
século XIX. Vale destacar que o famoso líder da independência indiana, Mahatma Gandhi (1869-
1948), era hindu. Com isso em mente, vejamos pelo que essa liderança se destacou:
a) Correta! Gandhi e seus seguidores desobedeciam às leis coloniais, faziam greves de fome,
boicotavam os produtos ingleses, mas nunca entravam em confronto direto e violento com os
colonizadores.
b) Incorreta. Como vimos acima, Gandhi não apoiava a luta arma ou qualquer tipo de violência
física.
c) Incorreta. Realmente, Gandhi era uma das lideranças do Partido do Congresso, órgão hindu.
Contudo, ele se destacava mais pela desobediência civil.
d) Incorreta. De fato, Gandhi aderia a greves de fome e participou da Marcha do Sal, um protesto
contra a proibição de extração de sal na Índia pelo domínio britânico. Porém, esta marcha não foi
violenta, mas sim pacífica.
e) Incorreta. Hindus e muçulmanos também tinham suas rivalidades e não entravam em consenso
sobre o futuro da Índia independente. Os muçulmanos estavam organizados na Liga Muçulmana
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desde 1906 e Gandhi lutou para que eles e os hindus não entrassem em conflito. Sua intenção era
que os dois grupos se unissem em torno do objetivo comum: a independência indiana, sem a divisão
do país.
Gabarito: A
136. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
A Indochina, região da Ásia dominada pela França desde 1860, foi ocupada pelos Japoneses durante
a Segunda Guerra Mundial. Logo após a Segunda Guerra, os indochineses começaram um
movimento de libertação nacional, negado pela França. Deflagrou-se, então, a Guerra da Indochina
(1946-1954) cuja principal liderança foi
a) Mao Tse Tung
b) Jawaharlal Nehru
c) Gamal Abdel Nasser
d) Hu Chi Ming
e) Kim Il-sung
Comentários
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os países que não eram colônias formais, como a América Latina, mas que tinham desafios como a
dependência econômica em relação aos países desenvolvidos e um histórico de desigualdade
econômica, procuraram caminhos próprios no mundo bipolarizado entre os blocos comunista e
capitalista. No caso do continente asiático, além de guerras de libertação nacional e resistência ao
imperialismo, em alguns casos revoluções comunistas foram deflagradas. Considerando este
contexto, vejamos qual conflito de enquadra nas características apontadas:
a) Incorreta. A Guerra das Duas Rosas ocorreu centenas de anos antes da Guerra Fria e da
descolonização da Ásia, mais especificamente entre 1455 e 1487. Tratou-se de uma série de lutas
dinásticas pelo trono da Inglaterra, ao longo de trinta anos, durante os reinados de Henrique IV,
Eduardo IV e Ricardo III.
b) Incorreta. O processo de independência das Filipinas, arquipélago no sudeste asiático, também
é anterior ao contexto da Guerra Fria e de descolonização do restante da Ásia. As Filipinas eram
colônias espanholas até 1898, quando um conflito militar entre populares e as autoridades coloniais
resultou na libertação do Império espanhol. Na mesma época, a Espanha estava em guerra com os
Estados Unidos (Guerra Hispano-Americana) e acabaram anexando as Filipinas ao seu território.
Esta ação, por sua vez, desencadeou um conflito entre filipinos e norte-americanos, conhecido como
Guerra Filipino-Americana, ou Guerra de Independência das Filipinas, ou ainda Revolução Filipina,
a qual durou de 1899 até 1902.
c) Correta! A Guerra do Vietnã foi o conflito armado mais longo do século XX e estava diretamente
associada às rivalidades da Guerra Fria. As batalhas de deram na Península da Indochina. O Vietnã
conquistou sua independência da França, em 1954. A partir de então, a região foi alvo de um conflito
que cresceu em proporções graças ao envolvimento dos EUA e da URSS. Tendo vencido a guerra e
livre do jugo francês, o Vietnã saiu da batalha dividido. No tratado assinado em Genebra, o país
asiático foi alvo de um novo embate da Guerra Fria, que o dividiu, no paralelo 17º, em Vietnã do
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Norte (comunista) e Vietnã do Sul (capitalista). Foram marcadas eleições para 1956, porém, o
governo do Sul cancelou, temendo que a população aderisse à orientação política do Norte
comunista. Em 1960, com apoio soviético, os norte-vietnamitas invadiram o Vietnã do Sul para
reunificar o país. O envolvimento dos EUA foi total, apoiando os sul-vietnamitas. A guerra durou até
1975. A vitória coube ao Vietnã do Norte, unificando o país e, junto com Laos e Camboja, passaram
a ser governados por um modelo comunista semelhando ao da URSS.
d) Incorreta. A Guerra da Coreia se enquadra no mesmo contexto que a Guerra do Vietnã, porém
durou bem menos tempo, entre 1950 e 1953. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Coreia foi
ocupada e dividida por soviéticos e norte-americanos, transformando-se em duas nações
independentes a partir de 1945: a Coreia do Norte, pró-soviética, e a Coreia do Sul, pró-americana.
Entretanto, os EUA temiam a perda do equilíbrio na região, pois a URSS (maior país do mundo) e a
China (país mais populoso do mundo) eram socialistas. Com a ascensão do comunismo na China,
em 1949, os norte-coreanos sentiram-se estimulados a invadir a Coreia do Sul em 1950, na tentativa
de unificar as duas nações. A invasão foi considerada um ato de agressão pela ONU e os Estados
Unidos passaram a exigir uma intervenção militar na região. O Conselho de Segurança aprovou e
cerca de dezesseis países enviaram tropas à Coreia do Sul, sendo a maior parte das tropas de
soldados norte-americanos. O conflito durou até 1953, quando uma trégua foi assinada entre norte
e sul-coreanos.
e) Incorreta. A Guerra entre Irã e Iraque também se deu no contexto da Guerra Fria, mas, assim
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como a Guerra das Coreias, durou menos que a do Vietnã, entre 1980 e 1988. No caso dos dois
países islâmicos, conflitos religiosos e o temor de invasões de povos estrangeiros motivaram o
conflito. Lembre-se que a região que estavam situados, a Mesopotâmia, trata-se da região mais
fértil do Oriente Médio, além de contar com grandes reservas de petróleo. Pouco antes do início do
conflito, em 1979, o Irã passou pela Revolução Islâmica que alçou ao poder um governo xiita,
teocrático e contrário à presença de países ocidentais e de Israel. Enquanto isso, desde 1960, o
Iraque consolidava um governo de cunho nacionalista. Saddam Hussein se tornou presidente em
1979. Entretanto, ele pertencia a seita sunita (rival dos xiitas) e, apesar do Estado ser laico, impôs
uma série de restrições à maioria da população, composta por xiitas, que sofreu repressão, confisco
de terras e limitações para a prática religiosa. Os curdos, outra etnia que existe na região, também
foram atingidos pela política autoritária de Hussein. O presidente iraquiano acreditava que a nova
liderança do Irã revolucionário xiita ameaçava o equilíbrio de seu governo sunita no Iraque. Hussein,
então, invadiu o Irã, dando início ao conflito armado.
Gabarito: C
138. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
E, 29 de Novembro de 1947, na Organização das Nações Unidas, foi aprovada a criação do Estado
Judaico na Palestina, o Estado de Israel. Também era previsto a criação de um Estado árabe-
palestino que nunca foi implementado por oposição de Israel, apoiado pelos EUA. Isso gerou
conflitos árabes-israelenses. Nesses conflitos, Israel aproveitou-se e expandiu seu território para
áreas além daquelas determinadas pela ONU.
Adaptado de COTRIM, Gilberto. História Global- Brasil e Geral, p. 622, p. 630.
O processo que avançou no sentido da autonomia do território Palestino foi
a)Estabelecimento da OLP
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b)Reconfiguração da ANP
c)Tratado de Genebra
d)Construção do Muro da Cisjordânia
e)Acordo de Oslo
Comentários
Com o final da Segunda Guerra Mundial e o extermínio provocado pelo holocausto, cresceu o apoio
internacional à criação do Estado de Israel. A partir da retirada dos britânicos da Palestina, a questão
sobre a posse e direção desse território passou a ser discutida na ONU em 1947, contando com o
apoio das grandes potências. Ficou decidida a implantação de dois Estados: um para os judeus e
outro para os árabes que viviam na Palestina, e uma terceira área, sob jurisdição internacional, para
a cidade de Jerusalém. Contudo, a implantação do novo Estado israelense não foi reconhecida pelas
nações islâmicas vizinhas. A Liga Árabe, composta por Egito, Iraque, Líbano, Síria e Transjordânia,
além dos próprios palestinos, entrou em conflito com as forças israelenses dando início a primeira
guerra árabe-israelense, que durou de 1948 a 1949. A região viveria ainda infinitos conflitos entre
israelenses e palestinos, apoiados por norte-americanos e países islâmicos das redondezas até os
dias atuais, sendo que o Estado Palestino nunca foi plenamente construído e Israel expandiu seu
domínio sobre a região. Com isso mente vejamos qual processo favoreceu os palestinos:
a) Incorreta. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) foi criada em 1964, em uma
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reunião da Liga Árabe. O órgão agrupava organizações e fações que incluía a Al Fatah, fundada e
liderada por Yasser Arafat, importante líder palestino. Em 1967, a OLP propôs a luta armada com o
objetivo de atacar Israel e conseguir retomar suas terras para a implantação do Estado palestino.
Uma das medidas para atingir esses objetivos foi a adoção de ações terroristas. Em contrapartida,
Israel lançou-se em uma guerra preventiva naquele mesmo ano, chamada de a Guerra dos Seis
Dias, pela qual aumentou seu território. Portanto, a criação da OLP, apesar de importante para a
organização da resistência palestina, não teve o resultado esperado.
b) Incorreta. A reconfiguração da Autoridade Nacional Palestina (ANP) se deu nos anos 1990, em
um contexto em que Israel e os grupos mais influentes entre a resistência palestina negociavam a
paz. Em 1994, Arafat assumiu o comando da ANP, que era responsável pela administração dos
territórios palestinos. A ANP não era, ainda, um Estado, mas uma entidade com status superior ao
da OLP. Como administrador, Arafat se comprometeu a desmantelar os principais grupos radicais
terroristas, o Hamas e o Hezbollah. Porém, não obteve sucesso, o que, consequentemente,
dificultou o reconhecimento da autonomia palestina.
c) Incorreta. Na verdade, as Convenções de Genebra são uma série de tratados formulados na
cidade de mesmo nome, entre 1864 e 1949, para definir normas para leis internacionais relativas
ao Direito Humanitário Internacional, medidas de redução dos efeitos das guerras sobre a população
civil, além de oferecer uma proteção para militares capturados ou feridos. Durante os conflitos entre
israelenses e árabes as determinações desses tratados foram frequentemente transgredidas por
ambos os lados.
d) Incorreta. No final dos anos 1990, com a intensificação dos grupos terroristas de ambos os lados
e a ascensão de um governo de extrema direita em Israel, as negociações e a devolução das terras
ocupadas foram interrompidas novamente. Alegando motivos de segurança para a população
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No período da Guerra Fria, tanto nos Estados Unidos quanto na União Soviética as pessoas
suspeitas de simpatizar com o modo de vida do rival passaram a ser vítimas de uma perseguição
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feroz.
(BOULOS JUNIOR. 2015, p. 743)
Nos Estados Unidos, a perseguição de “caça aos comunistas” ficou conhecida como
a) antiamericanismo.
b) caça às bruxas.
c) thatcherismo.
d) macarthismo.
e) operação condor.
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A Guerra Fria é o período entre 1946 e 1989, marcado pela disputa entre as duas grandes potências
que emergiram após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1940): os Estados Unidos da América
(EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). As duas nações estenderam sua
influência sobre os demais países do globo, impondo a divisão do mundo em dois grandes blocos
antagônicos: o bloco capitalista, liderado pelos EUA; e o bloco socialista, liderado pela URSS. As
duas superpotências enfrentavam-se na disputa pela hegemonia mundial em todas as áreas:
prosperidade econômica, industrialização, esportes, ciência, qualidade de vida, etc. No campo da
retórica, acusando-se mutuamente, o clima entre EUA e URSS era de aberta beligerância. Os dois
lados se posicionavam para medir forças e tentar vencer a potência antagônica. Entretanto, tanto
norte-americanos quanto soviéticos submeteram suas próprias populações a uma vigilância
constante e perseguições políticas justificadas pelo perigo de infiltração do inimigo. Cada uma das
duas superpotência contava com agências de inteligência e serviço secreto de espionagem: a Central
Intelligence Agency (CIA), estadunidense; e a KGB, soviética. No caso norte-americano, essa
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Por isso, essa ideologia tem o nome inspirado em seu sobrenome: macarthismo.
e) Incorreta. A Operação Condor, ou Plano Condor, consistia em uma aliança entre os regimes
ditatoriais na América do Sul. Concebido e posto em prática, a partir de 1975, pelo regime de
Pinochet, com o conhecimento da CIA, envolvendo também Argentina, Brasil, Uruguai, Bolívia e
Paraguai, a operação visava a troca de informações entre esses governos para facilitar a perseguição
e captura de opositores.
Gabarito: D
140. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Este programa de ação resumia os fundamentos do socialismo com rosto humano: preparava-se
uma legislação para regular a liberdade de imprensa e o direito de assembleia, a criação de vários
partidos políticos socialistas para tornar realidade a pretendida democracia socialista, garantia a
autonomia dos sindicatos e o reconhecimento do direito de greve, estabelecia a igualdade de
checos e eslovacos e preparava-se uma legislação para auxiliar as vítimas de governos comunistas
anteriores. Na política exterior reafirmava-se a soberania nacional e a cooperação com a União
Soviética e com o Pacto de Varsóvia. No âmbito cultural e religioso, garantia-se a liberdade de
culto, expressão artística e da pesquisa científica.
(SERRANO, Patricia Chia. Adaptado)
A autora acima faz referência ao qual processo revolucionário no contexto da Guerra Fria
a) queda do Muro de Berlim.
b) Revolução Cultural.
c) Revolução Iraniana.
d) Maio de 1968 na França.
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e) Primavera de Praga.
Comentários
A Guerra Fria é o período entre 1946 e 1989, marcado pela disputa entre as duas grandes potências
que emergiram após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1940): os Estados Unidos da América
(EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). As duas nações estenderam sua
influência sobre os demais países do globo, impondo a divisão do mundo em dois grandes blocos
antagônicos: o bloco capitalista, liderado pelos EUA; e o bloco socialista, liderado pela URSS. Agora,
note que o texto cita duas coisas importantes: trata-se de um país habitado por checos e eslovacos;
e passava por uma ampla reforma política e social, que visava implementar uma democracia
socialista plena. Portanto, só podemos estar falando da Tchecoslováquia, que estava alinhada ao
bloco socialista naquele período. Com base nisso, vejamos a qual processo revolucionário a autora
faz referência no texto:
a) Incorreta. Como o próprio nome já diz, o Muro de Berlim ficava em Berlim, capital da Alemanha.
O muro foi construído em 1961 para reforçar a divisão entre a Alemanha ocidental (capitalista) e a
Alemanha oriental (comunista). Ele foi derrubado em 1989, com a crise e desagregação do bloco
socialista.
b) Incorreta. A Revolução Cultural foi o processo que proporcionou o retorno de Mao Tse-Tung ao
governo da China comunista. Lançada em 1966, essa campanha conclamou a população, em
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especial os jovens, para que se rebelassem contra as autoridades instituídas, que, segundo Mao,
“eram burocratas e pragmáticas, responsáveis pelo desvio da Revolução de seu curso original”. Os
apelos de Mao tiveram grande repercussão entre a juventude chinesa e para difundir seus ideais
eram usados os jornais murais públicos. Mao retomou o poder e cerca de 20 milhões de jovens
formaram a Guarda Vermelha para promover uma ampla reforma no país em termos ideológicos e
políticos.
c) Incorreta. A Revolução Iraniana ocorreu no Irã, em 1979, e representou a tomada do poder por
revolucionários xiitas que instalaram um Estado teocrático.
d) Incorreta. Como o nome já diz, esse movimento se deu na França. Tratou-se de uma mobilização
estudantil marcada pela influência ideológica do marxismo-leninismo. O movimento começou com
a ocupação de universidades, motivada por uma razão aparentemente superficial: a proibição do
acesso dos rapazes aos dormitórios femininos. A mobilização se alastrou por várias universidades
dos países e a reação do governo foi a repressão. Contudo, quanto mais era reprimido, mais o
movimento crescia e logo passou a contar com o apoio de outros setores da sociedade como
estudantes secundaristas e operários. Com o objetivo de desmobilizar e isolar os estudantes, o
governo fez concessões aos trabalhadores em greve, como aumento de salários e maior autonomia
aos sindicatos. O governo do general De Gaulle convocou a população a se manifestar em seu favor
e obteve certo sucesso, pois milhares de pessoas que se opunham aos estudantes saíram às ruas
por toda a França para apoiá-lo. Alguns grupos estudantis e setores do movimento operário
resistiram com vigor, e continuaram a erguer barricadas. O movimento, porém, terminou em junho
de 1968.
e) Correta! Os regimes socialistas controlados pela União Soviética conheceram certos ganhos
sociais, como melhorias nos sistemas de ensino e de saúde, mas estavam organizados sobre
ditaduras unipartidárias e sobre o controle totalitário da vida cotidiana. Nos países da Europa
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Oriental dominados pelo regime soviético, toda manifestação de oposição era imediatamente
rotulada de contrarrevolucionária e reprimida. No caso da Tchecoslováquia, a repressão foi
particularmente severa após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Controlado por uma
burocracia servil às ordens de Moscou, o Partido Comunista checo, realizou julgamentos de fachada
e promoveu vários expurgos, na década de 1950, contra os opositores do regime. Uma relativa
abertura começou a se esboçar apenas na década de 1960, com o revigoramento da cultura e da
discussão intelectual no país. Prejudicada pela estagnação econômica, a população exigia reformas
que abrissem a economia e garantissem mais autonomia para regiões menos desenvolvidas, como
a Eslováquia. EM outubro de 1967, uma revolta estudantil que se manifestava contra a burocracia
stalinista foi violentamente reprimida pelas forças do regime. Meses depois, em janeiro de 1968,
algo inesperado aconteceu: o Comitê Central do Partido Comunista elegeu um novo primeiro-
secretário de linha reformista, Alexander Dubeck. Ele era relativamente jovem e estava disposto a
realizar as reformas pelas quais clamava a sociedade checa. Manifestação tomaram as ruas exigindo
o fim da censura, maior liberdade de imprensa e a expulsão da linha-dura stalinista dos quadros do
Partido Comunista. Os novos quadros partidários queriam democratizar o regime comunista.
Todavia, em agosto de 1968, as tropas do Pacto de Varsóvia invadiram a Tchecoslováquia e
reprimiram o movimento.
Gabarito: E
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Nova República
141. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Durante o Regime Militar (1964-1985), no Brasil, a marca de uma abertura política “lenta, gradual
e segura” em direção ao restabelecimento da democracia pertenceu ao Presidente
a) Jânio Quadros.
b) Castelo Branco.
c) João Batista Figueiredo.
d) Ernesto Geisel.
e) Tancredo Neves.
Comentários
Em primeiro lugar se atente ao período destacado: 1964 a 1985. Somente com esta informação
podemos eliminar as alternativas “a” e “e”. Jânio Quadros não era militar e foi presidente do Brasil
apenas no ano de 1961, pois renunciou. Por sua vez, Tancredo Neves igualmente não era militar e
foi o primeiro civil eleito presidente após o fim da ditadura militar, em 1985. Porém, faleceu e quem
assumiu foi seu vice, José Sarney. Os que sobrara realmente foram presidentes militares durante a
ditadura. Para facilitar a identificação da alternativa correta, lembre-se que a política de abertura
“lenta, gradual e segura” teve início no último governo militar, entre 1979 e 1985. Com isso em
mente vejamos qual foi o presidente responsável por ela entre os que restaram:
b) Incorreta. O general Humberto de Alencar Castello Branco foi o primeiro presidente militar da
ditadura brasileira, eleito em 1964 após o decreto do Ato Institucional n. 1 (AI-1).
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c) Correta! O general João Baptista de Oliveira Figueiredo assumiu a presidência em 1979, sendo o
último presidente militar da ditadura. Seu governo caracterizou pelo desenvolvimento da abertura
política, que deveria ser executada de forma lenta e sem grandes rupturas. A Lei da Anistia de
agosto de 1979 foi o primeiro passo para isso e expressava bem a tônica da transição desejada: a
medida perdoava todos os crimes políticos tanto dos representantes do Estado quanto da oposição.
d) Incorreta. O general Ernesto Geisel antecedeu Figueiredo na presidência, governando entre 1974
e 1979.
Gabarito: D
142. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
A década de 1980 no Brasil foi marcada pelo combate à inflação. Sobre este assunto analise as
afirmações abaixo:
I – a substituição do cruzeiro por uma nova moeda.
II – suspensão do pagamento da dívida externa com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
III – o congelamento de preços.
IV – reajuste automático dos salários sempre que a inflação acumulada atingisse 20%.
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Funaro. O plano entrou em vigor em 1986 e entre suas medidas estava a substituição do cruzeiro
pelo cruzado como moeda oficial do Brasil.
II – Falsa. Apesar de ter sido eleito pela chapa do MDB, oposição ao governo militar, Sarney era um
político liberal-conservador. Como tal, preocupava-se em manter uma boa relação com o capital
estrangeiro. Portanto, não proporia a suspensão do pagamento da dívida externa com maior órgão
fiscal do mundo capitalista, o FMI.
III – Verdadeira! O congelamento de preços de mercadorias em geral por prazo indeterminado e do
preço dos alugueis por um ano fazia parte do Plano Cruzado.
IV – Verdadeira! Essa medida também fazia parte do Plano Cruzado.
V – Falsa. A paridade com o dólar só foi alcançada com o Plano Real, que criou a moeda “real”
durante o governo de Itamar Franco (1992-1994) que inicialmente estava equipara a moeda norte-
americana.
Portanto, a alternativa correta é a letra “d”.
Gabarito: D
143. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
A partir da eleição pelo Colégio Eleitoral do Presidente Tancredo Neves, em 1985, inicia-se um novo
período republicano brasileiro, que alguns autores chamam de Nova República. Sobre esse período,
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assinale a única resposta que associa corretamente uma característica do governo ao respectivo
governante.
a) o governo de Itamar Franco visou defender e recuperar as reservas internacionais do país com a
decretação da moratória da dívida externa.
b) o governo de Fernando Henrique Cardoso conseguiu avançar em uma política econômica que foi
capaz de controlar a inflação.
c) Fernando Henrique Cardoso tentou, mas não conseguiu se reeleger, pois a Constituição brasileira
não previa a possibilidade de dois mandatos seguidos da mesma pessoa no cargo de Presidente da
República.
d) o governo de Luís Inácio Lula da Silva manteve a mesma política econômica de seu antecessor,
marcada por medidas neoliberais.
e) o governo de Fernando Collor, embora breve em função do processo de impeachment, expandiu
o crédito para a classe média possibilitando a compra de produtos nacionais, fazendo frente à
pressão internacional para a abertura da economia brasileira.
Comentários
Nova República é o nome dado ao período da história política brasileira que se inicia com o fim da
ditadura militar (1964-1985) e com a eleição do primeiro presidente civil após 21 anos, Tancredo
Neves, e perdura até os dias atuais. Neves faleceu logo após sua eleição e quem assumiu foi seu
vice José Sarney, que governou até 1989. A partir deste ano, os presidentes passaram a ser eleitos
diretamente pelo povo. Daí em diante, foram presidentes do Brasil: Fernando Collor (1990-1992);
Itamar Franco (1992-1994); Fernando Henrique Cardoso, o FHC (1995-2002); Luís Inácio Lula da
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Silva (2003-2010); Dilma Rousseff (2011-2016); Michel Temer (2016-2018); e Jair Messias
Bolsonaro (2019-hoje). Sabendo disto, vejamos:
a) Incorreta. A gestão de Itamar Franco mostrou-se moderada politicamente e tinha como objetivo
controlar a inflação e criar condições para um desenvolvimento econômico equilibrado e contínuo.
Cercando de uma equipe de economistas afinados com propostas de desestatização da economia e
corte de gastos públicos, ele pretendia dar prosseguimento a política de abertura da economia
nacional ao capital estrangeiro. Nesse sentido, a privatização e o abatimento de gastos do Estado
serviam para evitar decretar moratória da dívida externa. Ele até renegociou a dívida, mas procurou
deixar claro que manteria o esforço de pagá-la.
b) Correta! FHC havia sido responsável pela elaboração do Plano Real, lançado durante a gestão de
Itamar Franco, em 1993, e que conseguiu controlar a inflação. Com o sucesso do plano, Fernando
Henrique obteve grande apoio político para se eleger e realizar outras medidas que reformaram a
economia brasileira. Mesmo com altos índices de desemprego, juros altos, miséria social e crise da
saúde pública, a economia brasileira passou a figurar entre as dez maiores economias do mundo,
havendo, em decorrência, expressivos índices de melhora no padrão de vida das camadas
populacionais mais pobres.
c) Incorreta. De fato, até 1997, a Constituição de 1988 não permitia a reeleição presidencial. No
entanto, em 4 de junho de 1997, foi promulgada a emenda constitucional que permitia o direito de
concorrer a um segundo mandato. Isto permitiu a FHC se candidatar novamente e garantir um
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Coube a gestão de Itamar Franco conduzir o plebiscio de 21 de abril de 1993, previsto na
Constituição, para que a população decidisse se queria um governo monárquico ou republicano e
se os mesmos seriam parlamentarista ou presidencialista. A população optou por uma república
presidencialista. Com isto em mente, vejamos qual alternativa está correta:
a) Incorreta. Um regime político é, em termos gerais, o modo como um governo comprota-se no
poder, podendo ser democrático, autoritário ou totalitário. Trata-se do modo como o poder está
distribuido entre os elementos de um mesmo Estado, podendo se enquadrar em uma das três
orientações citadas. Veja, então, que isto não foi posto em votação pelo plebiscito. Por sua vez, os
sistemas de governo são aqueles pelos quais o poder é organizado e exercido, como o
parlamentarismo e o presidencialismo, o que realmente foi votado durante o plesbiscito.
b) Incorreta. É necessário entender que a noção de governo e a distinção entre governo e Estado.
Estado é uma instituição criada para definir a soberania e o conjunto de regras de um território
definito, enquanto o governo é o gestor de um Estado. Tendemos a pensar, para facilitar, que o
Estado é fixo, enquanto o governo é temporário. Nesse sentido, não está correto falar em forma de
Estado, mas somente em forma de governo. Por isso, a alternativa está equivocada. De qualquer
maneira, as formas de governo existentes são monarquia, aristocracia, democracia, tirania,
oligarquia e demagogia. Isto sim, foi botado em votação pelo plebiscito, mais especificamente, se
o Brasil deveria ser uma monarquia ou uma república (democracia).
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c) Correta! Com base no que comentei nas alternativas “a” e “b”, aqui temos a descrição correta do
que foi votado no plescito: forma de governo (se monarquia ou república); e sistema de governo
(se presidencialista ou parlamentarista).
d) Incorreta. Não houve nenhum plebiscito sobre a redução da maioridade penal durante a Nova
República.
e) Incorreta. Isto já estava determinado pela Constituição de 1988 e não tinha a necessidade de
um plebiscito para ser validado.
Gabarito: C
145. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves e José Sarney foram eleitos, respectivamente,
Presidente e vice-Presidente pelo Colégio Eleitoral. A respeito desta eleição, considerada indireta,
é correto afirmar que participaram deste pleito no Colégio Eleitoral
a) apenas Senadores.
b) apenas Deputados Federais.
c) cidadãos escolhidos pelas Câmaras Municipais dos mais de 5 mil municípios do Brasil.
d) Senadores e Deputados Federais, apenas.
e) Senadores, Deputados Federais e delegados escolhidos nas Assembleias Legislativas dos
Estados.
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O tema da questão é o primeiro pleito eleitoral que elegeu o primeiro presidente civil após a
ditadura militar (1964-1985). Durante o regime militar e na eleição de 1985, as eleições eram
indiretas, ou seja, não era o povo que escolhia o presidente diretamente, mas algum órgão
especial. No caso, o próprio enunciado dá a dica, o Colégio Eleitoral. Este era composto por um
grupo seleto de legisladores, não pela totalidade do Congresso Nacional. Com base nisso, vejamos:
a) Incorreta. Senadores podiam participar do Colégio Eleitoral, mas não eram os únicos.
b) Incorreta, pela mesma razão que a anterior.
c) Incorreta. Cidadãos comuns não participavam do processo eleitoral para escolha do presidente.
d) Incorreta, pela mesma razão que as letras “a” e “b”.
e) Correta! Além dos Senadores e deputados federais, as Assembleias Legislativas dos Estados
escolhiam entre seus membros delegados para participar da eleição presidencial.
Gabarito: E
a) o fim do comunismo ocasionou no surgimento das desigualdades sociais nos países que
formavam a URSS, problemas até então inéditos nesta região do globo.
b) no mapa geográfico da Europa, diversas mudanças passaram a ocorrer fruto da desagregação
da velha ordem mundial, como o surgimento dos países República Tcheca, Eslováquia, Croácia e
Bósnia.
c) a URSS passou a ser chamada de Rússia, assegurando, com a alteração simbólica, quase a
totalidade de seu território.
d) apesar da queda do Muro de Berlim, a Alemanha continuou dividida em zonas de influência das
potências econômicas.
e) a retirada da URSS das Ilhas Malvinas possibilitou a retomada do território pelos argentinos.
Comentários
O Muro de Berlim foi construído, em 1961, como parte de uma decisão da Alemanha Oriental e da
União Soviética para isolar Berlim Ocidental e impedir que a população da Alemanha Oriental se
mudasse para o outro lado. O muro simbolizou mundialmente a polarização que marcou o século
XX durante a Guerra Fria. Sua queda foi um acontecimento marcante que ocorreu em novembro de
1989, deu início à reunificação da Alemanha, foi um marco do enfraquecimento do bloco comunista
no mundo e o fim da velha ordem mundial. A queda do muro também foi parte do processo de
queda do bloco comunista na Europa Oriental, que se iniciou a partir do final da década de 1980.
a) Incorreto. Entre o fim da década de 1970 e o início da década de 1980, os regimes do bloco
soviético eram governados por líderes envelhecidos e conservadores. A rigidez do sistema político
não ajudava a resolver os graves problemas resultantes da crise econômica. O padrão de vida da
população estava cada vez mais baixo, com baixos salários, inflação e escassez de alimentos e bens
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de consumo. Portanto, pode-se afirmar que as desigualdades sociais já existiam na antiga URSS,
inclusive, sendo esse um dos fatores que colaboraram para o seu fim.
b) Correto! Na segunda metade da década de 1980, o sentimento de insatisfação por parte da
população atingiu a União Soviética, assim, o território passou por várias modificações. Dentre elas,
com uma menor interferência por parte dos soviéticos no leste Europeu, países que integravam o
bloco socialista ganharam sua independência para buscar sua inserção em outras formas de
economia e política. A dissolução da Tchecoslováquia foi um processo histórico que criou dois novos
países, a República Tcheca e a Eslováquia, a partir de 1 de janeiro de 1993. Em 1991, Croácia,
Eslovênia e Macedônia declararam sua independência da Iugoslávia, sendo que apenas esta última
de maneira pacífica. A separação da Croácia e da Eslovênia foi acompanhada por intensos conflitos
militares durante quase toda a década de 1990.
c) Incorreto. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), ou União Soviética, surgiu após
a Guerra Civil Russa, que transformou a Rússia em uma nação comunista. Ela existiu até 1991,
quando foi dissolvida, entre declarações de independência, plebiscitos e reivindicações de soberania
de repúblicas que compunham a URSS.
d) Incorreto. Após a derrota do país na Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, na
Conferência de Potsdam, a Alemanha foi dividida pelos Aliados em quatro zonas de ocupação militar,
formando dois países distintos. A Alemanha permaneceu dividida por 40 anos, com cada uma das
partes integrando blocos econômico-ideológicos opostos. Só em 1990, com o colapso da União
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Gabarito: C
148. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
O atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, provocou uma reação por
parte do governo norte-americano. A reação, além de mirar a organização Al Qaeda, de Osama
Bin Laden, também deixou claro que não toleraria qualquer ameaça à segurança dos norte-
americanos. O nome dessa política de governo dos EUA ficou conhecida como
a) Big Stick.
b) Cortina de Ferro.
c) Operação Tempestade no Deserto.
d) Guerra Preventiva.
e) Tolerância Zero.
Comentários
Em primeiro lugar, repare a data mencionada: 11 de setembro de 2001. O tema é a reação dos
Estados Unidos ao atentado às Torres Gêmeas, em seu território, pela organização Al Qaeda. Na
década de 1990, assistiu-se ao crescimento do fundamentalismo islâmico no mundo, sobretudo
nos países pobres do norte da África e do Oriente Médio ao passo que crescia o interesse
internacional, especialmente norte-americano, nas reservas de petróleo existente nessas regiões.
Sob liderança do presidente George W. Bush, o governo estadunidense estigmatizava esses
movimentos islâmicos, principalmente os que contestavam a ação norte-americana em seus
territórios. Na visão do presidente, esses países deveriam se dobrar ao modelo de democracia
estadunidense, ainda que fosse pelo uso da força. O atentado de 2001 foi uma represália a essa
postura dos Estados Unidos. Em resposta ao ato terrorista, Bush lançou a guerra ao terror,
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promovendo ações militares com a justificativa de que estava tomando ações de prevenção em
países nos quais o terrorismo era supostamente apoiado por seus respectivos governos. Vejamos
o nome dado a essa política:
a) Incorreta. Big Stick (em português, “grande porrete”) é o nome dado a política externa dos
Estados Unidos sob a presidência de Theodoro Roosevelt, que governou o país entre 1901 e 1909,
ou seja, cerca de cem anos antes do tema aqui abordado. O termo foi inspirado em um provérbio,
originário da África Ocidental, que apregoava: “Fale com suavidade, e carregue um grande
porrete, assim irás longe”. Do mesmo modo, Roosevelt atuava mantendo um ar amistoso e cordial
nas negociações, e ao mesmo tempo deixava evidente a possibilidade de usar a força para
sobrepujar seus opositores e conseguir seu intento.
b) Incorreta. “Cortina de ferro” foi a metáfora utilizada pelo primeiro-ministro inglês, Winston
Churchill, em seu discurso de Fulton, em 1946. No discurso, Churchill alertava os países capitalistas
da crescente influência soviética no Leste europeu. A tal “cortina de ferro” era a fronteira
imaginária entre essas nações socialistas e a Europa ocidental, predominantemente capitalista.
c) Incorreta. A Operação Tempestade no Deserto foi o nome dado a estratégia dos Estados Unidos
na Guerra do Golfo (1990-1991). Este conflito se deu entre Iraque e as forças da Coalização
internacional, liderada pelos norte-americanos. O nome da operação dava uma ideia do que viria
pela frente: relâmpagos, trovões e uma forte chuva de munição sobre a cabeça das tropas de
Saddam Hussein. No entanto, também é anterior ao atentado de 2001.
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A Revolução Iraniana, ou Revolução Islâmica, fez do Irã uma república baseada nos preceitos
religiosos do islamismo. Em outras palavras, fundou um Estado teocrático no Irã. Até então o país
era uma monarquia autoritária. A principal liderança da oposição era o aiatolá Ruhollah Khomeini.
Este vivia exilado em Paris e de lá comandava as forças de oposição ao governo do xá (título do
monarca), defendendo reformas sociais e econômicas no Irã, além de recuperar os valores
religiosos e tradicionais do islamismo. Retornando ao Irã em 1979, sua presença intensificou um
quadro de instabilidade social e protestos, o que deu início a um levante contrário ao tipo de
governo vigente. Em abril daquele, o xá foi deposto e o Irã foi declarado uma República Islâmica.
Além disso, o novo governo era contrário à presença de países ocidentais e de Israel. Conhecendo
este contexto, vejamos quais as causas que motivaram a revolução:
a) Correta! Os setores xiitas, que assumiram a liderança da revolução e o controle do novo
governo, como disse acima, eram contrários à interferência norte-americana na região, pois viam-
nos como exploradores que pouco se importavam com o bem-estar da população ou o bom
cumprimento da religião islâmica. Eles também se opuseram a uma aproximação da União
Soviética. Por se tratar de um Estado teocrático, a questão em vigor era declarar inimizade com
os “infiéis”, fossem capitalistas ou socialistas.
b) Incorreta. Apesar dos revolucionários xiitas também serem contrários à aproximação com o
bloco comunista, não foi isso que motivou a revolução, uma vez que o governo do xá estava mais
alinhado ao bloco capitalista.
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c) Incorreta. Até a revolução, o Irã não era uma república, mas sim uma monarquia. De qualquer
forma, realmente o autoritarismo do governo contribuiu para o descontentamento popular e para
a adesão à revolução.
d) Incorreta. Como dito, o Irã era uma monarquia até a revolução de 1979, portanto, não havia
eleições. Por seu turno, o aiatolá Khomeini era líder da oposição e da revolução, não do governo
monárquico do xá.
e) Incorreta. A Guerra entre Irã e Iraque ocorreu somente cerca de dez anos após a Revolução,
entre 1980 e 1888.
Gabarito: A
150. (Estratégia Militares/2021/Inédita/Profe Alê Lopes)
Etiópia e Somália são os dois principais países da região do Chifre Africano. No final da década de
1970 as duas nações entram em conflito devido
a) à pressão da URSS para que a Somália invadisse a Etiópia.
b) à disputa pela região de Ogaden, localizado em território etíope.
c) ao campo de petróleo descoberto pelos EUA, objeto de disputa com o Iraque e as nações do
Chifre africano.
d) ao governo etíope proibir o mercado da Somália acessar o oceano Índico.
e) aos constantes saques que piratas de mercadorias oriundos da Somália realizavam na fronteira
com a Etiópia.
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A Etiópia, ou antiga Abissínia, é a única nação africana que nunca foi colonizada por potências
ocidentais, com exceção do período de ocupação italiana entre 1936 e 1941, a partir da sua colónia
da Eritreia e da Somália oriental, que não pertencia ao protetorado britânico da Somalilândia, no
norte da atual Somália independente. Esta resultou da unificação em 1960 dos referidos
protetorados britânico e italiano, estabelecendo-se a capital em Mogadíscio. Assim, se
consolidaram o Estado da Etiópia e da Somália. No entanto, conflitos relativos aos limites
fronteiriços entre os dois países continuaram tensionando a relação entre eles. Com isso em
mente, vejamos:
a) Incorreta. Na verdade, a URSS apoiou a Etiópia no conflito, mas não foi responsável por
pressioná-la a iniciar os ataques. A guerra foi causada pelos conflitos étnicos e territoriais da
região.
b) Correta! A fronteira em disputa era a região do Ogaden que, apesar de ser território da Etiópia,
era majoritariamente habitada por somalis. Desde o período da colonização inglesa e italiana, os
povos da etnia somali sonhavam em se unificar e fundar a Grande Somália. Nos anos 1970, esse
antigo sonho de misturou comas tensões fronteiriças dando origem ao conflito entre etíopes e
somalis.
c) Incorreta. A corrida industrial pela exploração do Petróleo em território somali só ocorreu a
partir dos anos 1980 e foi interrompida com a guerra civil iniciada em 1991.
d) Incorreta. A Somália tem pleno acesos ao Oceano Índico. Na verdade, são os etíopes que não
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possuem litoral em seu território. Como dito antes, o conflito se deu pelo controle da região do
Ogaden, que nem tinha saída para o oceano.
e) Incorreta. Não houve envolvimento de piratas, afinal a Etiópia nem tinha saída para o oceano.
Gabarito: B
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