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EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO TÉCNICO DE AGROPECUÁRIA E COOPERATIVISVO

Estágio Curricular Supervisionado em

SILVICULTURA

PITANGUI/MG
AGOSTO/2015
Estágio Curricular Supervisionado em

SILVICULTURA

Relatório apresentado

ao Instituto Técnico de
Agropecuária e Cooperativismo,
Como parte das exigências do
Curso Técnico em Agropecuária.

APROVADO:_____/_______/_________

__________________________________ ____________________________________
Prof. Prof.

___________________________________
(Orientador)
EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS
INSTITUTO TÉCNICO DE AGROPECUÁRIA E COOPERATIVISVO

Estágio Curricular Supervisionado em

SILVICULTURA

Dados do Estagiário

Nome:Ano de Conclusão do Curso: 2014

Professor(a) Orientador(a) do Estágio:

Dados do Local do Estágio


Fazenda: RJ
Supervisor do estágio: Ronaldo Alves Fonseca
N° de registro:

Período de Estágio

Inicio: 05/06/2015 Término: 27/08/2015


Total de Horas: 240 HORAS

Pitangui/MG
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO...............................................................................
2.ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.......................................................
2.1Escolha do local de Plantio......................................................................
2.1.1Amostragem de Solo.................................................................
2.1.2Preparação do Terreno.............................................................................
2.1.3Combate a Formigas......................................................................
2.1.4Combate a Cupins...............................................................................
3.Espaçamento..............................................................................
4.Adubação....................................................................................
5.Alinhamento e Coveamento................................................................
6.Plantio....................................................................................................
7.Irrigação................................................................................................
8.Tratos Culturais de Manutenção................................................................
9.Colheita da Madeira.................................................................................
10.Desbrota......................................................................................................
11.Conclusões...............................................................................
12.Referências Bibliográficas....................................................
INTRODUÇÃO

O estágio na Fazenda RJ proporciona a unidade da teoria e prática, o que possibilita estabelecer


contrapontos entre a realidade observada e a teoria sistematizada, buscando fazer análise crítica de
ambas, tendo como ponto principal à construção do conhecimento básico para um bom desempenho
profissional, sendo que o objetivo fundamental para sua realização é a oportunidade de relacionar o
que foi teoricamente discutido ao longo do curso.
Estamos focados na preservação de serviços em Reflorestamento e carvoejamento, incluindo todas as
práticas silviculturas; desde o preparo do solo, plantio e manutenção da floresta até sua formação
completa. Para garantir a formação de floresta, com total qualidade e com alto índice de
produtividade(M3/Ano) de madeira, estamos investindo em máquinas e implementos com elevado
padrão de desempenho, contribuindo assim, para o aumento da produção, barateamento das
operações e segurança no campo.
As minhas expectativas quanto ao estágio foram concretizadas, pois a instituição atendeu aos meus
propósitos de análises, e percebeu-se que há entre todos os funcionários um relacionamento de
compreensão e de companheirismo, visto que esta energia passa para os trabalhadores de forma
natural, facilitando-lhe a formação não só quanto à aprendizagem, mas também quanto à construção
social.
Enfim o estágio supervisionado foi de grande importância para minha formação profissional e
também humana, pois adquiri conhecimentos na área da Silvicultura que consequentemente, servirão
para o desenvolvimento da minha profissão, conhecimentos estes, que traduzem a realidade da área
estagiada.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ESCOLHA DO LOCAL DE PLANTIO

A área destinada ao plantio das árvores na propriedade não deve concorrer com aquelas já utilizadas
com outras atividades, o primeiro passo a ser definido no planejamento da atividade florestal é o
local de plantio. Embora seja possível plantar eucalipto nas terras de melhor qualidade, podem ser
utilizados aquelas áreas mais amorradas ou inclinadas. Estas áreas devem ser bem afastadas das
benfeitorias (casas, currais e galpões), redes elétricas, áreas de preservação permanente e reservas
legais e, principalmente, bem distante de nascentes, lagos, represas e cursos d´água. As áreas devem
estar protegidas da entrada de animais, que estragam as plantas novas, principalmente nos dois
primeiros anos da cultura. Estas áreas devem estar próximas ou entremeadas de estradas para facilitar
a circulação de veículos e retirada futura da madeira. Foi realizada a atividade de inventário florestal,
para obter informações sobre quantidades e qualidades dos recursos florestais. Inventário pré-corte
realizado antes da exploração com alta intensidade amostral.
AMOSTRAGEM DO SOLO

Para se conhecer a fertilidade natural do solo e as necessidades futuras de adubação, a fim de garantir
uma boa produtividade, é importante recolher amostras de porções representativas do mesmo e fazer
sua análise em laboratório. Os resultados desta análise indicarão as condições do solo e as
recomendações de adubação. O procedimento de coleta das amostras é muito simples, mas deve ser
realizado com alguns cuidados na escolha dos pontos de amostragem, deve-se evitar colher amostras
em pontos próximos a formigueiros, casas, ruínas, árvores, coivaras, caminhos e áreas com erosão,
concentração de atividades, carvoarias etc. Deve-se limpar a superfície do solo, retirando os restos de
cultura, de grama ou pasto, folhas secas, mas sem remover a camada superficial do solo. As amostras
devem ser colhidas, preferencialmente, quando o solo estiver seco. As amostras úmidas deverão
passar por um processo de secagem natural.
Para se conhecer melhor o solo, recomenda-se que sejam retiradas, com pá reta ou enxadão,
amostras a três profundidades diferentes: de 0 a 20 cm, de 20 a 40 cm, e 40 a 60 cm. Estas amostras,
em diferentes profundidades, devem ser colocadas em recipientes separados, de modo a se obter uma
amostra composta de cada profundidade.
As amostras devem ser colocadas em sacos plásticos totalmente limpos. Jamais aproveitar sacos
vazios de adubos. Tais amostras deverão ser identificadas, com profundidade de amostragem, nome
da propriedade, local, o nome do proprietário, data e outras informações, enviando-as para
laboratório.
PREPARAÇÃO DO TERRENO

A atividade de preparação do local para as condições de plantio tem por objetivo potencializar as
condições ambientais para o máximo aproveitamento de todos os recursos disponíveis para o
crescimento das mudas.
Inicialmente, faz-se a limpeza da área, através de roçada, capina manual ou capina química (uso de
herbicidas). A queimada não é recomendável porque resseca o solo e estimula a erosão, além de
destruir a camada orgânica e os microrganismos do solo. Quando a vegetação estiver mais alta e
agressiva, como sapé, grama, capim gordura, colonião, braquiária etc., recomenda-se uma roçada de
todo o material e posterior uso de herbicidas na brotação emergente. A dosagem recomendada é
variável, em função do produto utilizado e do tipo de vegetação existente.
COMBATE A FORMIGAS

As formigas cortadeiras, tanto as saúvas (Atta spp.) quanto as quenquéns (Acromyrmex spp.),
constituem-se nas maiores pragas da cultura do eucalipto. Elas podem trazer prejuízos à cultura ao
cortar fragmentos de folhas, flores e frutos. As formigas têm preferência pelo ataque de folhas novas
e tenras e, por isso, o cuidado deverá ser redobrado na fase inicial de plantio, quando o combate deve
ser feito diariamente. O ataque de formigas é prejudicial em qualquer fase da cultura, porém o dano é
maior na fase de crescimento da planta. Após três cortes sucessivos, a planta pode morrer. O combate
a formiga deve ser feito em toda a propriedade e até 50 metros além das divisas da área plantada.
As saúvas são formigas cortadeiras, cujos ninhos são facilmente reconhecidos pelo monte de terra
solta na superfície. Diferentes da saúvas, as quenquéns tem o habito de forragear à noite, não
deixando trilha que as leve até os ninhos. Seus ninhos não estão acompanhados dos montículos de
terra e isto torna difícil a aplicação de formicidas, de forma localizada. Eles se localizam nos montes
de pedras e restos de culturas, quase à superfície do solo; para o combate de quenquéns, aplica-se o
formicida em pó nos ninhos, misturando-o aos fungos.
O combate às formigas pode ser manual ou químico. O combate manual é utilizado, de forma
eficiente, apenas em pequenas áreas e quando os formigueiros estão novos e as ‘panelas’ ou ninhos
estão superficiais; é o caso de formigas quenquéns, que possuem ‘panelas’ rasas, e formigas saúvas,
nos três a quatro meses após a revoada, quando os formigueiros estão novos. O método manual
consiste na destruição total do ninho, quando o formigueiro é escavado com enxada e enxadão até
que se mate a rainha, a cerca de 20 cm de profundidade. O método químico é a principal técnica
utilizada no combate às formigas cortadeiras, destacando-se as iscas granuladas.
COMBATES A CUPINS

Nos plantios de eucalipto, observam-se sérios prejuízos com os cupins subterrâneos, cujas operárias
comem as raízes mais finas. As plantas atacadas inicialmente se tornam arroxeadas, depois morrem,
onde as folhas secam, mas ficam presas à planta, adquirindo uma coloração amarelada-palha, bem
típica de plantas que morrem por falta de água; nesse caso, a muda pode ser facilmente arrancada do
solo. Os cupins atacam a muda a partir da primeira semana até a idade de dois anos, após o plantio.
Nas mudas, a preservação contra o ataque de cupins de raízes pode ser feita com o mergulho da
bandeja de tubetes numa calda cupinicida, durante trinta segundos; é necessário encharcar todo o
sistema radicular e o caule das mudas até a altura das primeiras folhas. A mortalidade é maior no
período de estiagem prolongada. Existem evidencias de que árvores estressadas por secas
prolongadas, ataques de outras pragas ou doenças são mais suscetíveis ao ataque de cupins.
Espaçamento

O espaçamento influenciará as taxas de crescimento, qualidade da madeira produzida, idade de corte,


desbastes e outras práticas de manejo e, consequentemente, os custos de produção, podendo afetar o
desenvolvimento e a produtividade das florestas plantadas. O mais recomendado é que os plantios
sejam executados com espaçamento variando entre 3x2 e 3x3 metros, possibilitando a mecanização
das atividades de implantação, manutenção e exploração dos maciços florestais; com isso, cada
planta deverá ter, no mínimo, 6 a 9 metros quadrados, com três metros entre as linhas. Em plantios
de mudas clonais, recomenda-se que o espaçamento mínimo seja de 9 a 12 metros quadrados por
planta. Estes espaçamentos possibilitam a mecanização das atividades de manutenção e diminuem os
tratos culturais, com o fechamento rápido das copas. O espaçamento entre plantas definirá a
densidade, ou seja, a quantidade de mudas a ser colocada numa determinada área; deve ser definido
em função da espécie, grau de melhoramento, fertilidade do solo e dos objetos do plantio,
considerando-se que a influência do espaçamento é mais expressiva no crescimento do diâmetro do
que altura.
ABUBAÇÃO

A adubação é a técnica mais eficiente para acelerar o crescimento das mudas e obter uma alta
produtividade de madeira. O cálculo da quantidade de adubo a ser utilizado, a definição do tipo de
formulação do fertilizante mais adequado e a época de aplicação estão relacionados com
produtividade esperada, com a fertilidade natural do solo de cada local e com o fator de
sustentabilidade, que evita o empobrecimento da terra.

No plantio ou até 25 dias após o plantio: utilizar o adubo NPK 06-30-06+1% de boro, à base de 100
a 120 gramas por cova, em duas covetas laterais, dentro da cova, a 10 a 15 cm de profundidade e a
uma distância de 10 a 15 cm da muda, utilizando-se um aplicador, tipo ‘matraca’.

Para a adubação de cobertura é preciso utilizar 200 gramas de cloreto de potássio ou adubo
formulado NPK 20-00-20 por planta, aplicada em duas etapas: a primeira metade é aplicada após 90
dias do plantio, acrescentada de 5 gramas de sulfato de zinco por cova; a outra metade deve ser
aplicada no início do período chuvoso seguinte, acrescida de 10 gramas de bórax.
Alinhamento e Coveamento

O alinhamento deve ser no sentido da declividade do terreno, para facilitar a futura exploração e
retirada da madeira, mas deverão ser tomadas alguns cuidados, utilizando-se curvas em nível e
disposição de restos de capina, acompanhando o contorno do terreno, cortado a direção da água da
chuva, para evitar erosão.

Em áreas planas ou pouco acidentadas, pode-se usar sulcadores e subsoladores, tracionados por trator
de pneu, fazendo sulcos a uma profundidade aproximadamente de 30 cm, que servirão como linhas
de plantio. Os sulcadores e subsoladores rompem as camadas compactadas do solo, melhorando-se a
estrutura das camadas superficiais. Nesse caso, o uso do gabarito ou de barras simples ajudará na
marcação das covas. As covas devem ser abertas com enxadão, enxada valeira ou máquinas próprias,
com dimensões de 30 cm de altura, 30 cm de largura e 30 cm de comprimento, (30 x 30 x 30),
cavando de cima pra baixo, no sentido do morro. A terra retirada deve ser deixada ao lado ou abaixo
da cova, separando-se as camadas de solo; a terra da camada superficial, de melhor qualidade, deve
voltar para junto da muda; a terra das camadas mais profundas, de pior qualidade, ficará por cima ou
ao lado da muda. Dependendo do tipo e da umidade do solo, é preciso cuidado redobrado na abertura
das covas para que não fiquem torrões de solo, não devidamente desestruturados.
Plantio

O plantio propriamente dito envolve cuidados muito importantes que definirão o sucesso da futura
floresta. É necessária a adoção de um conjunto de medidas, destinadas a favorecer o crescimento
inicial das plantas no campo. Para o sucesso do plantio, é importante que o solo esteja úmido e que a
operação seja realizada em dias chuvosos. Em geral, o plantio é feito no inicio do período das
chuvas, normalmente a partir de novembro. Na região Sudeste, a época chuvosa corresponde ao
período que vai de outubro a março.
Replantio

Geralmente, a sobrevivência das mudas não é completa, podendo ocorrer falhas. Cerca de trinta a
quarenta dias após o plantio, recomenda-se percorrer a área e avaliar a porcentagem de falhas. Se tal
porcentagem exceder a 5%, deve-se utilizar o replantio e fazer a reposição das mudas, mantendo a
população original.
Irrigação

A irrigação é uma operação difícil, de alto custo e investimento que utilizam equipamentos especiais,
com barras adaptadas de 12 metros, sustentando um conjunto de três mangueiras. Esse equipamento
irriga três linhas de plantas, de três metros de largura cada uma, correspondendo a uma faixa de nove
metros por ajudante e 27 metros por equipe. O volume de água recebido por muda é calculado
empiricamente, mas, em geral, aplicam-se de 3 a 5 litros, com um rendimento operacional de um
hectare por hora. Tomando-se como uma média de 4 litros de água por planta e 1.111 plantas por
hectare (espaçamento de 3,0 x 3,0 m), um tanque de dez mil litros seria suficiente para 2,25 hectares.
O número de irrigações varia com as condições climáticas e locais, mas, em geral, se fazem de duas a
três irrigações até o pegamento da muda.
Colheita Da Madeira

O ciclo de corte está ligado ao objetivo final da madeira: lenha, carvão, celulose, mourões, postes,
madeira de construção ou serraria. A condução dos talhões de eucalipto geralmente é realizada para
corte aos sete anos, quatorze e vinte e um anos. São três ciclos de corte para uma mesma muda
original, sem recomendações especiais às condições de corte de madeira. De acordo com o material
genético, práticas culturais, região e tipo de solo, o ciclo de corte poderá ser menor (a cada cinco a
seis anos). Para serraria, laminação, postes e dormentes recomenda-se a colheita da madeira apenas a
partir de quinze anos.
Tratos Culturais de Manutenção

A interferência das plantas daninhas nos plantios florestais se deve, principalmente, à competição por
recursos do meio, como água, luz e nutrientes. Assim serão realizadas a capina de manutenção que
podem ser manual, mecanizada ou química e pode ser aplicada de forma isolada ou combinada.
Também são feitos os desbastes, cortes parciais realizados em povoamentos jovens, com o objeto de
estimular o crescimento das árvores remanescentes e aumentar a produção de madeira de melhor
qualidade. Os desbastes são executados por diversos motivos: incrementar a produção de madeira,
melhorar a qualidade do produto final, aumentar a rentabilidade da floresta, utilizar todo o material
negociável produzindo durante o desenvolvimento das plantas e diminuir os riscos de prejuízos
causados por ventos, incêndios de copas e ataques de pragas e doenças.
Desbrota

Ao final do ciclo da floresta, quando é realizado o corte total ou parcial das plantas, surgem inúmeros
brotos que podem ser conduzidos, possibilitando uma nova colheita de madeira. O eucalipto
apresenta boas condições de regeneração e economicamente podem ser aproveitados até três
rotações. Inúmeros fatores podem decidir a realização de seleção e aproveitamento dos brotos;

A capacidade de rebrota das cepas de eucalipto varia conforme a época de corte. Geralmente a
sobrevivência dos brotos é maior quando se cortam as árvores no período de suprimento de água no
sol, ou seja, na época chuvosa. A altura de corte em relação ao terreno define a porcentagem de
sobrevivência das brotações. Em geral, o corte é feito bem próximo ao solo, deixando-se o mínimo
de madeira na cepa ou toco da árvore. O vigor das brotações do eucalipto está ligado ao diâmetro das
cepas. O número de brotos é mais reduzido em cepas com diâmetro muito fino; situação semelhante
é observada com cepas de grande diâmetro. Assim, dentro de certos limites, o número de brotos
aumenta à medida que aumenta o diâmetro da cepa. A brotação é mais vigorosa e eficiente nas cepas
com diâmetro que variam de 15 a 30 cm.

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