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METROLOGIA

EVOLUÇÃO DA METROLOGIA

A metrologia moderna tem como principal objetivo garantir que se medem valores de determinadas grandes, que não são
reprodutíveis ou semelhantes internacionalmente.
→ É reconhecida como uma ciência
→ A metrologia domina tudo o que se relaciona com a medição. Os instrumentos de medição são calibrados em laboratórios.

 Metrologia: Ciência da medição e suas aplicações. A metrologia engloba todos os aspetos teóricos e práticos da
medição, qualquer que seja a incerteza de medição e o campo de aplicação.

No antigo Egipto, o padrão de unidade de comprimento era o cúbito real. Se a calibração fosse mal feita, os responsáveis eram
punidos com pena de morte. Na história recente da metrologia, os padrões utlizados começaram por ser relacionados com o
corpo humano. No entanto, logo se tornou falível, visto que os pés ou as mãos tinham diferentes dimensões. A falta de uma
medida padrão deu origem a vários conflitos. Na França, no século XIV, foram conhecidas tentativas na definição e aplicação de
unidades universais, mas o êxito foi escasso. No século XVII deu-se um avanço quando se adotou a toise, com um valor
aproximado de 1.95 metros, e com submúltiplos (pés, polegadas...).
Em Portugal, o marco da definição de unidades foi a Lei de Almeirim, lei de “igualamento das medidas dos sólidos e dos
líquidos”. Esta lei era notável se considerarmos os conceitos que já então eram definidos, quer em termos de rastreabilidade,
quer de calibração e intercomparação.

A grande evolução metrológica deu-se com a revolução francesa: assiste-se ao nascimento do sistema métrico no século XVIII,
sendo a definição do metro baseada numa grandeza geográfica. O metro tem tido uma evolução sempre acompanhada de
progressos científicos e técnicos.

CINCO DEFINIÇÕES DO METRO

 1ª Definição: Décima milionésima parte do quarto do meridiano terrestre que passa por Paris.
 2ª Definição: Distância entre os topos de uma barra de platina a 0º C. A exatidão deste padrão era da ordem do 0.1mm.
 3ª Definição: Distância entre dois traços centrais marcados numa barra de platina iridiada, de secção em X, à
temperatura de 0º C.
 4ª Definição: Comprimento igual a 1650763.73 comprimentos de onda, no vazio, da radiação corresponde à transição
entre os níveis 2p e 5d do átomo de crípton-86.
 5ª Definição: O metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vazio, durante um intervalo de tempo de
1/299792458 do segundo.

RASTREABILIDADE

NOÇÃO DE RASTREABILIDADE

Uma cadeia de rastreabilidade é um conjunto ininterrupto de comparações que asseguram que o resultado duma medição, ou o
valor de um padrão, se relaciona com as referências de nível mais elevado, terminando no nível final do padrão primário.
Existem duas definições de rastreabilidade:
 No contexto da metrologia, a rastreabilidade metrológica é a propriedade dum resultado de medição pela qual tal
resultado pode ser relacionado a uma referência através duma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada
uma contribuindo para a incerteza de medição.
 No contexto da qualidade, a rastreabilidade está associada a uma capacidade genérica de seguir a história, aplicação ou
localização, do que estiver a ser considerado. No caso de um produto, a rastreabilidade pode relacionar-se com a
origem dos materiais e componentes, o historial do processamento e a distribuição e localização do produto após
entrega.
CALIBRAÇÃO

A calibração dos instrumentos de medição é uma ferramenta básica para assegurar a rastreabilidade de uma medição.
A calibração envolve a determinação das características metrológicas de um instrumento, sendo conseguida através de uma
cooperação direta com padrões. Da calibração resulta a emissão de:
 Um certificado de calibração, onde são apresentados o erro e a incerteza do instrumento;
 Uma etiqueta de calibração que permite rastrear o equipamento ao certificado.

Assim, baseando-se nesta informação, o utilizador pode decidir se o instrumento apresenta valores adequados à aplicação em
causa. Existem três razões para se utilizarem instrumentos calibrados:
 Asseguram que as leituras de um instrumento são consistentes com outras medições;
 Determina a exatidão e a precisão/fidelidade das leituras do instrumento;
 Estabelece a viabilidade do instrumento e se podemos confiar nele para uma determinada medição.

Através da calibração é possível atribuir os valores das mensuradas às indicações, determinar as correções relativas às
indicações e, também, determinar outras propriedades metrológicas, como o efeito das grandezas de influência.

PADRÕES

Um padrão de medição pode ser uma medida materializada, um instrumento de medição, um material de referência ou um
sistema de medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza
para servir de referência.
Nos níveis inferiores da cadeira de rastreabilidade, são utilizadas as medidas materializadas como os blocos-padrão, sendo a
rastreabilidade assegurada usando um interferómetro ótico para determinar o comprimento dos blocos-padrão, e tendo como
referência o comprimento de onda da radiação laser.
→ Não existe uma lista internacional de todos os padrões de medição.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL

A CONVENÇÃO DO METRO

Em meados do século XIX tornou-se permanente a necessidade da existência de um sistema métrico decimal universal,
particularmente, durante a primeira exposição universal.

A 20 de Maio de 1875, decorreu em Paris uma conferência diplomática sobre o metro, onde os países assinaram um tratado – a
Convenção do Metro. Os signatários decidiram criar e financiar um instituto científico permanente, o BIPM. Este instituto faz
recomendações sobre novas determinações da metrologia fundamental e em todos os outros domínios de atuação do mesmo.

SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES

A existência de um único sistema de unidades, que permita um diálogo internacional relacionado com dimensões, sem o recurso
a conversões, continua a ser um objetivo a alcançar. No entanto, em vários países já foi adotado um sistema de unidades, que
rege a maior parte dos negócios e atividades em todo o mundo: o sistema internacional de unidades (SI).

EVOLUÇÃO DO SISTEMA INTERNACIONAL

Em 1575, em Portugal, tinha sido aprovada a Lei de Almeirim, conhecida por ser a lei do igualamento das medidas dos sólidos e
dos líquidos. Esta lei é um marco notável na metrologia, mais pelos principios do que pela definição de unidades propriamente
ditas. Esses princípios – equivalência, cadeia metrológica e rastreabilidade – foram estabelecidos nas resoluções seguintes:
 Estabelecimento de equivalências;
 Criação de redes de padrões;
 Determinação da comparação periódica dos padrões.

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