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PROPÓSITO
Conhecer a Metrologia a partir da interpretação de seus conceitos e da utilização das
unidades de medida do Sistema Internacional de Unidades (SI) nas atividades dos
laboratórios de calibrações e ensaios, nas avaliações de conformidade de produtos,
nas calibrações de equipamentos e instrumentos ou no dia a dia do controle de
processos de fabricação.
PREPARAÇÃO
É recomendável ter acesso ao Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM), ao
Vocabulário Internacional de Metrologia Legal (VIML), ao Sistema Internacional de
Unidades (SI) e à norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 1
CONCEITOS BÁSICOS
O uso dos conceitos de Metrologia é fundamental nas medições realizadas em
laboratórios de ensaios, nas calibrações de equipamentos e instrumentos, nas
avaliações de conformidade de produtos e no controle da qualidade de peças
produzidas em processos de fabricação. Isso significa que a ciência das medições é
necessária para assegurar a confiabilidade metrológica em medições e calibrações.
SAIBA MAIS
O termo metrologia tem origem nas palavras gregas metron (medida) e logos (ciência).
Segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM 2012) – conceitos
fundamentais e gerais e termos associados (aprovado pela Portaria n. 232, de 8 de
maio de 2012, da Presidência do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia – Inmetro), tem a seguinte definição: metrologia é a “ciência da medição
e suas aplicações” (p. 16).
Ainda segundo o VIM 2012, medição, por sua vez, é o “processo de obtenção
experimental de um ou mais valores que podem ser, razoavelmente, atribuídos a
uma grandeza” (p. 16). A medição implica a comparação de grandezas ou a
contagem de entidades; portanto, não se aplica às propriedades qualitativas de forma
direta. Contudo, serve de referência para avaliação da qualidade.
William Thomson, também conhecido por Lord Kelvin, trouxe grandes contribuições
para a Metrologia. Já no final do século XIX, ele acreditava que, quando se pode medir
aquilo de que se fala e expressando-se em números, é possível termos informações
relevantes. Mas quando não se pode realizar medições e expressá-las em números, o
conhecimento é limitado e insatisfatório. O conceito de qualidade tem várias
interpretações e é muito amplo.
Noriaki Kano difundiu, no ocidente, qualidade como produtos e serviços que atendem
ou excedem as expectativas do consumidor. Já Philip Crosby, um empresário e escritor
norte-americano, acreditava que a qualidade é a conformidade às especificações.
Juran, famoso estudioso desse processo, acreditava que a qualidade está associada à
adequação ao uso.
Imagem: Shutterstock.com.
Figura 1 - Encaixe de câmera em celular.
Imagem: Shutterstock.com.
Figura 2 - Produção de vacinas contra o Coronavírus.
VOCABULÁRIO INTERNACIONAL DE
METROLOGIA
VOCÊ SABIA
A grandeza pode ser mais genérica ou mais específica, por exemplo: comprimento,
comprimento de onda, comprimento de onda da radiação D do sódio. Quanto à
referência, pode ser uma unidade de medida, um procedimento de medição, um
material de referência ou uma combinação destes. Já o mensurando (item 2.3 do
VIM) é definido como “grandeza que se pretende medir” (VIM, 2012, p. 16).
ATENÇÃO
EXEMPLO
O comprimento, unidade metro (m), é uma grandeza de base. Ao utilizar uma régua
para determinar o volume de um bloco, você fará a medição dos três lados (a, b, c) do
bloco e multiplicará esses valores entre si (V = a × b × c) , determinando seu
volume por meio de cálculo (figura 3). Nesse caso, o volume, unidade metro cúbico
(m³), é uma grandeza derivada do comprimento.
O Sistema Internacional de Unidades (SI) (item 1.16) é baseado nas sete grandezas
de base do ISQ e definido como “sistema de unidades, baseado no Sistema
Internacional de Grandezas, com os nomes e os símbolos das unidades, incluindo
uma série de prefixos com seus nomes e símbolos, em conjunto com regras de
utilização, adotadas pela Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM)” (VIM, 2012,
p. 8). Os nomes e os símbolos das unidades de base estão contidos no quadro 1.
comprimento metro m
massa kilograma kg
tempo segundo s
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Observe que a grandeza massa, kilograma ou quilograma (kg) é, por convenção,
expressa com o uso de um prefixo (kilo – k). Como em todo sistema que objetiva a
harmonização, os prefixos do SI (múltiplos e submúltiplos das unidades) também
foram determinados e encontram-se na tabela 1.
ATENÇÃO
Prefixo
Fator
Nome Símbolo
1024 yotta Y
1021 zetta z
1018 exa E
1015 peta P
1012 tera T
109 giga G
106 maga M
103 kilo k
102 hecto h
101 deca da
10-1 deci d
10-2 centi c
10-3 mili m
10-6 micro µ
10-9 nano n
pico p
10-12
10-15 femto f
10-18 atto a
10-21 zepto z
10-24 yocto y
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Há regras para a adequada expressão do valor de uma grandeza (item 1.19), que é o
“conjunto, formado por um número e por uma referência, que constitui a
expressão quantitativa de uma grandeza” (VIM, 2012, p. 11).
EXEMPLO
EXEMPLO
É muito comum que seja feita a acentuação, porém, não há de se fazer acréscimo de
acentuação na grafia adequada das unidades. A grandeza temperatura
termodinâmica, unidade Kelvin (K), não deve ser expressa acrescentando o símbolo
grau “o ”. O símbolo deve estar em maiúsculo, o que o diferencia do prefixo quilo (k),
em minúsculo.
Outro conceito importante é o resultado de uma medição (item 2.9), que se refere ao
“conjunto de valores atribuídos a um mensurando, juntamente a toda outra informação
pertinente disponível” (VIM, 2012, p. 18).
SAIBA MAIS
O valor medido (item 2.10) é definido como “valor de uma grandeza que representa um
resultado de medição” (VIM, 2012, p. 19), e a incerteza de medição (item 2.26), como
“parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a um
mensurando, com base nas informações utilizadas” (VIM, 2012, p. 24).
Da incerteza de medição tem a ver com uma análise estatística dos valores medidos,
obtidos sob condições definidas de medição (VIM, 2012).
A avaliação tipo B (item 2.29)
Pode ser baseada em informações de diversas fontes (VIM, 2012), por exemplo:
associada a valores publicados por autoridade competente, obtida a partir de um
certificado de calibração, relativa à deriva, obtida a partir da classe de exatidão de um
instrumento de medição verificado, obtida a partir de limites deduzidos da experiência
pessoal etc.
Erro de medição (item 2.16) é definido como “diferença entre o valor medido de uma
grandeza e um valor de referência” (VIM, 2012, p. 21). Ou seja, E = VM – VR.
EXEMPLO
Ao calibrar um manômetro analógico por comparação a um manômetro de classe
superior (referência), ele indicou 50,0 kgf (valor medido), enquanto manômetro de
referência indicou 50,5 kgf (valor de referência). O erro de medição será -0,5 kgf (50,0
- 50,5 = -0,5 kgf).
É muito importante não confundir o erro de medição com a correção (item 2.53), que é
a “compensação de um efeito sistemático estimado” (VIM, 2012, p. 32), podendo ser
compreendida de forma mais popular como o valor do erro de medição com sinal
trocado. Assim, a correção do exemplo acima seria +0,5 kgf.
CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS E
DINÂMICAS DOS INSTRUMENTOS
O estudo das características de desempenho de um instrumento de medida e de
sistemas de medição em geral é feito em termos da análise de suas características
estáticas e características dinâmicas.
ATENÇÃO
Para entradas interferentes ou modificadoras (cujos efeitos sobre a saída devem ser
relativamente pequenos em um instrumento de boa qualidade), não é necessária uma
grande precisão nas medidas. Entretanto, ao se calibrar a resposta do instrumento às
entradas desejadas, estas devem ser medidas com uma precisão maior do que aquela
do instrumento sendo calibrado.
I.
II.
III.
IV.
V.
I.
II.
III.
IV.
V.
Realize uma superposição adequada das várias relações entrada-saída, de forma a
descrever o comportamento global estático do instrumento.
O que mais nos interessa para a análise são os modelos matemáticos que
representam a relação entre os sinais de saída e entrada em um instrumento. Uma
equação diferencial ordinária (EDO) estabelece essa relação e a ordem mais elevada
da derivada EDO fixa a ordem do instrumento.
n n−1
d y d y dy
an n
+ an − 1 n−1
+ … + a1 + a0 y = F (t)
dt dt dt
(1)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
a0 y(t) = F (t)
(2)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Nesse instrumento estático, o sinal de saída depende somente da entrada corrente, e
não de entradas passadas. A saída responde instantaneamente ao sinal de entrada.
Um exemplo típico é um dinamômetro de mola (uma balança de mola), no qual o
deslocamento medido é diretamente proporcional à força aplicada:
F
F = kx, ou x =
k
(3)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
y(t) = kF (t)
(4)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
instrumento.
dy dy 1 k
a1 + a0 y = F (t) ou + y = F (t)
dt dt τ τ
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que
a1
τ =
a0
1
k =
a0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
é a constante de tempo e, novamente, k = 1/a0
−t
/τ
y(t)= kA + (y0 − kA) e
(6)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
t
−
y(t) = kA (1 − e τ
)
(7)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
t
− t
τ −
e τ
y(t)= kA + (y − kA)e = y∞ +(y0 − y∞ )e
0
y ( t ) −y∞ t y ( t ) −y∞
Ґ(t)= y0 −y∞
= e
−
τ
Ґ
, ln[ (t)]= ln[
y0 −y∞
]= −
t
(8)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Note que o logaritmo da fração erro varia linearmente com a temperatura, e a
inclinação da reta é (−1/t). Uma expressão desse tipo (equação do primeiro grau
decrescente) torna prática a determinação experimental da constante de tempo de um
instrumento de primeira ordem a uma entrada do tipo pulso. Veja:
EXEMPLO
2
dt y dy
a2 2
+ a1 + a0 y = F (t)
dt dt
(9)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ou, na forma alternativa,
2
dt y dy 2 2
2
+ 2ξωn + ωn y = kωn F (t)
dt dt
(10)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
1/2
Em que ωn = (a0 /a2 ) é a frequência natural do instrumento,
1
a0 2
ωn = (
a2
) é sua razão de amortecimento, e
k =
1
a0
é a sensibilidade estática.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
GABARITO
1. Quais são as grandezas que compõem o Sistema Internacional de Unidades
(SI)?
A forma adequada de escrita das unidades de base é kelvin, quilograma, mol, candela,
ampere, segundo e metro. Caso utilize o plural, deve apenas incluir a letra “s” ao final
da escrita da unidade.
MÓDULO 2
SAIBA MAIS
ORGANISMOS DE AVALIAÇÃO DA
CONFORMIDADE (OAC)
No âmbito de sua ampla missão institucional, o Inmetro tem por objetivo fortalecer
as empresas nacionais, aumentando sua produtividade por meio da adoção de
mecanismos destinados à melhoria da qualidade e da segurança de produtos e
serviços com foco em saúde, segurança e meio ambiente.
A partir dos resultados das fiscalizações de cada produto, pode-se utilizar métodos
estatísticos para avaliar, por exemplo, o percentual de irregularidades em cada estado
ou região do país. De posse dos percentuais de irregularidades, é possível analisar se
é necessário implantar ações de aperfeiçoamento nos Regulamentos Técnicos de
Avaliação da Conformidade (RTAC), nas atividades de fiscalização e em outros
processos que contemplam a avaliação da conformidade do produto.
SAIBA MAIS
Imagem: Shutterstock.com.
ATENÇÃO
Podemos compreender que sem metrologia não há comércio. Não se pode vender um
grama de ouro sem que se saiba exatamente o que é um grama. De posse desse
conhecimento, o comércio internacional estabelece suas relações, cotando desde o
micrograma do medicamento à tonelada da soja.
O BIPM tem sua sede perto de Paris, nos domínios do Pavilhão Breteuil, parque de
Saint-Cloud, com cerca de 43 mil m². Esse local foi posto à sua disposição pelo
governo francês, e sua manutenção, no que se refere às despesas, é assegurada
pelos Estados Membros da Convenção do Metro, incluindo o Brasil. O BIPM é
encarregado de:
Efetuar a comparação dos padrões nacionais e internacionais.
Assegurar a coordenação das técnicas de medidas correspondentes.
Efetuar e coordenar as determinações relativas às constantes físicas que intervêm
naquelas atividades.
ASPECTOS DA NORMA ABNT NBR
ISO/IEC 17025 – REQUISITOS GERAIS
PARA LABORATÓRIOS DE ENSAIO E
CALIBRAÇÃO
No âmbito do Sinmetro, a publicação de normas técnicas é de responsabilidade da
ABNT, que é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo
insumos ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Trata-se de uma entidade privada
e sem fins lucrativos, e de utilidade pública, reconhecida como único foro nacional de
normalização pela Resolução n. 7 do Conmetro, de 24 de agosto de 1992.
VOCÊ SABIA
As normas publicadas pela ABNT, apesar de não serem de cunho compulsório, têm
grande relevância para a qualidade dos produtos, visto que buscam contemplar os
melhores aspectos técnicos e tecnológicos. Por força da lei, sua aplicação é
obrigatória, pois o Código de Defesa do Consumidor, na seção IV, que trata das
práticas abusivas, em seu art. 39, estabelece no inciso VII:
É VEDADO AO FORNECEDOR DE PRODUTOS E
SERVIÇOS COLOCAR, NO MERCADO DE
CONSUMO, QUALQUER PRODUTO OU SERVIÇO
EM DESACORDO COM AS NORMAS EXPEDIDAS
PELOS ÓRGÃOS OFICIAIS COMPETENTES OU,
SE NORMAS ESPECÍFICAS NÃO EXISTIREM,
PELA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS – ABNT, OU OUTRA ENTIDADE
CREDENCIADA PELO CONSELHO NACIONAL DE
METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE
INDUSTRIAL – CONMETRO.
(BRASIL, 1990)
ATENÇÃO
A primeira versão da ABNT NBR ISO/IEC 17025 (de 1999 e publicada no Brasil em
2001) foi elaborada utilizando, como base, o sistema de gestão da ISO 9001:1994. A
versão mais atual da norma, publicada em 19/12/2017, estabelece um sistema de
gestão da qualidade e requisitos técnicos para a competência de laboratórios de
calibração e ensaio. Os requisitos relacionados ao sistema de gestão da ABNT NBR
ISO/IEC 17025 foram baseados na ISO 9001:2015.
Vamos compreender melhor a aplicabilidade e importância de tal norma?
EXEMPLO
Pense no seguinte: Uma banda marcial é composta por vários músicos com
instrumentos diferentes, e cada um deles tem o seu papel e sua importância para que
o conjunto fique harmônico. Certo? Agora vamos pensar em um desfile de 7 de
setembro dessa banda marcial? A banda pode desfilar com um som mecânico, mas,
quando isso acontece, não há alguém coordenando, dando ritmo e movimento ao
desfile. Como consequência, o resultado pode não ser harmônico nos quesitos
movimento e ritmo. O mesmo acontece quando uma empresa não possui um sistema
de gestão da qualidade. Os setores e departamentos funcionam, mas não existe um
ritmo único para todos seguirem. Cada um segue seu próprio. Pode ser que dê certo,
mas, e quando não funciona?
O SGQ é uma ferramenta essencial, pois dita o ritmo e favorece a harmonia das
atividades da empresa. Possibilita o controle e a padronização dos processos, e
permite avaliar a eficácia do trabalho realizado. Essa ferramenta funciona como uma
engrenagem que busca atender à política da qualidade e aos objetivos da empresa.
Imagem: Shutterstock.com.
CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
É uma atividade exercida pelo Estado, por meio de uma autoridade regulamentadora,
quando se entende que o produto, processo ou serviço pode oferecer riscos à
segurança e saúde do consumidor ou ao meio ambiente, ou ainda, em alguns casos,
quando o desempenho do produto, se inadequado, pode trazer prejuízos econômicos
à sociedade.
CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA
Acontece quando a decisão de realizá-la parte do fornecedor. Na avaliação voluntária,
é a própria empresa que define se deve ou não avaliar a conformidade de seus
produtos, de acordo com o disposto em uma norma técnica.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) Laboratórios em geral
E) Laboratórios de acreditação
GABARITO
1. Marque a afirmação correta a respeito do Sistema Brasileiro de Metrologia:
MÓDULO 3
CIENTÍFICA
LEGAL
INDUSTRIAL
METROLOGIA CIENTÍFICA
Se utiliza de instrumentos laboratoriais, das pesquisas e metodologias científicas que
têm por base padrões de medição internacionais e nacionais, para o alcance de altos
níveis de qualidade metrológica das medições. Alguns exemplos de atividades
características da metrologia científica são: calibração de multímetro na faixa de
tensão de 1 V a 100 V, calibração de bloco padrão por método “diferencial”
interferométrico, calibração de balanças analíticas utilizando-se pesos-padrão E1 etc.
METROLOGIA LEGAL
Se relaciona às atividades resultantes de exigências regulamentares (compulsórias)
referentes às medições, unidades de medida, instrumentos e métodos de medição,
que são desenvolvidas por organismos regulamentadores competentes. Tem como
objetivo principal proteger o consumidor, tratando das unidades de medida, dos
métodos e instrumentos de medição, de acordo com as exigências técnicas e legais
obrigatórias relacionadas às áreas de saúde, segurança e meio ambiente.
OPERAÇÕES METROLÓGICAS
Há basicamente três operações metrológicas para garantia da qualidade das
medições: calibração, ajuste e verificação. A calibração (item 2.39 do VIM) é definida
como:
ATENÇÃO
RASTREABILIDADE METROLÓGICA
A rastreabilidade metrológica (item 2.41 do VIM) é definida como “propriedade de um
resultado de medição pela qual tal resultado pode ser relacionado a uma referência
através de uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada uma
contribuindo para a incerteza de medição” (VIM, 2012, p. 28).
EXEMPLO
Imagem: Shutterstock.com.
CONTROLE METROLÓGICO
A metrologia legal no Brasil precede a Lei n. 5.966, de 12 de dezembro de 1973, que
criou o Sinmetro, do qual o Inmetro é o órgão executivo central, como vimos.
VOCÊ SABIA
Já nos anos 1930, fora promulgada a primeira legislação nos moldes de uma “lei de
metrologia”, mas a implantação de um controle metrológico, em nível nacional, só se
iniciou a partir dos anos 1960, com a criação do Instituto Nacional de Pesos e Medidas
(INPM), cujas atividades foram incorporadas pelo Inmetro e atribuídas à Diretoria de
Metrologia Legal (Dimel) (INMETRO, 2021c).
Termômetros clínicos;
Imagem: Shutterstock.com.
A perícia metrológica, constituída por um conjunto de operações que tem por fim
examinar e certificar as condições em que se encontra um instrumento de
medição ou medida materializada e determinar suas qualidades metrológicas de
acordo com as exigências regulamentares específicas (por exemplo: emissão de
um laudo para fins judiciais).
ATENÇÃO
Os regulamentos estabelecem as unidades de medida autorizadas, as exigências
técnicas e metrológicas, as exigências de marcação, as exigências de utilização e o
controle metrológico, a que devem satisfazer os fabricantes, importadores e detentores
dos instrumentos de medição a que se referem.
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
GABARITO
1. A metrologia industrial pode ser definida como:
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conteúdo apresentou conceitos básicos de Metrologia, utilizando-se de referências
extraídas de literatura metrológica de grande aplicação, como o VIM e SI. Diversas
atividades exercidas no ramo da Metrologia foram conceituadas e exemplificadas para
melhor compreensão dos leitores. As áreas de atuação da Metrologia (metrologia
científica, metrologia legal e metrologia industrial) foram definidas objetivando o
entendimento da atuação de cada um dos componentes do sistema metrológico
brasileiro.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO/IEC
17025:2017 – Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaios e
calibração. Rio de Janeiro, 2017. 32p.
EXPLORE+
Para aprofundar seus conhecimentos sobre metrologia:
CONTEUDISTA
Raimundo Alves de Rezende
CURRÍCULO LATTES