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Índice:
Conceitos básicos de medição:
Metrologia
Medição
Grandeza
Subsistema Nacional de Metrologia:
Conceitos
Domínio de atividade
Estrutura Nacional
Sistemas de unidades:
Generalidades
A metrologia em Portugal
O Sistema internacional de unidades (SI)
Outros sistemas utilizados em Portugal
Vocabulário internacional de metrologia
Cadeias hierarquizadas de padrões:
Conceitos
Rastreabilidade e calibração
Cadeias hierarquizadas de padrões
Gestão dos instrumentos de medição:
Seleção dos instrumentos de medição
Receção e entrada em serviço
Calibração e verificação
Exemplos de calibração
Conceitos básicos de medição:
O que é a Metrologia:
A ciência que trata das medições é a metrologia. A metrologia abrange
todos os aspetos teóricos e práticos relativos às medições, em quaisquer
campos da ciência ou da tecnologia.
O que é a Medição:
Medir é comparar uma grandeza com uma outra, de mesma natureza,
tomada como padrão. Medição é, portanto, o conjunto de operações que
tem por objetivo determinar o valor de uma grandeza.
Conceitos básicos de medição:
Grandeza:
Grandeza pode ser definida como sendo o atributo físico de um corpo que pode
ser qualitativamente distinguido e quantitativamente determinado, como, por
exemplo, a altura de uma lata de refrigerante é um dos atributos desse corpo,
definido pela grandeza comprimento, que é qualitativamente distinto de outros
atributos (diferente de massa, por exemplo) e quantitativamente determinável
(pode ser expresso por um número).
Subsistema Nacional de
Metrologia:
Conceitos:
O Subsistema Nacional da Metrologia visa a garantia e a promoção do rigor das medições.
O Subsistema Nacional da Metrologia apoia-se em cadeias hierarquizadas de padrões de medida e redes de laboratórios
metrológicos de qualificação reconhecida. O controlo metrológico rege-se pelos respetivos diplomas legais e
regulamentares. Sendo a Calibração o conjunto de operações que estabelece, em condições especificadas, a relação entre
os valores indicados por um instrumento de medição, ou os valores representados por um material de referência, e os
correspondentes valores conhecidos da grandeza a medir, é possível definir Metrologia como a ciência que assegura os
padrões fundamentais de medida e métodos de calibração dos aparelhos utilizados na medição e ensaio das
características .
Subsistema Nacional de Metrologia:
Domínio da atividade:
O domínio da metrologia enquanto Ciência da Medida é muito vasto pois
em princípio há um método de medida diferente para cada grandeza
física. As boas técnicas de medida pressupõem, portanto, a existência de
padrões hierarquizados (primários, secundários, etc.) com esta finalidade.
O Laboratório Central de Metrologia (LCM) é responsável pela realização
dos padrões primários nacionais, através dos quais se estabelece em
território nacional a rastreabilidade das medições a padrões
internacionais, assegurando, assim, o rigor dessas mesmas medições.
Subsistema Nacional de Metrologia:
Estrutura Nacional:
O Subsistema Nacional de Metrologia tem como objetivo criar e garantir uma cadeia metrológica
devidamente hierarquizada por forma a promover a rastreabilidade de todas as medições efetuadas. O
campo de aplicação deste Subsistema estende-se por três níveis fundamentais, respetivamente:
Metrologia Legal:
Este ramo da metrologia visa aspetos como as transações comerciais, a saúde, a segurança, a defesa do
ambiente e das condições de trabalho, a economia de energia. As suas implicações levam os Estados a
legislar sobre estas matérias de modo a assegurar a defesa do bem estar da sociedade (exº. bombas de
gasolina, balanças nos supermercados)
Sistemas de unidades:
Generalidades/Metrologia em Portugal:
A medição faz parte da atividade humana desde as primeiras civilizações. É
necessário medir ou pesar os produtos que se compra, vende ou troca, bem como
aqueles que se entregam ao rei ou ao templo a título de imposto ou tributo. É
necessário medir as distâncias e as superfícies dos terrenos. É necessário definir as
medidas dos edifícios que se pretende construir. A história da metrologia está,
como é óbvio, intimamente ligada à própria história da matemática. Os vários
sistemas de medidas usados em Portugal até ao século XIX cruzam influências
romanas, europeias e árabes.
Sistemas de unidades:
Grão de cevada
Sistemas de unidades:
Vara
Sistemas de unidades:
Polegada
Sistemas de unidades:
Pé
Sistemas de unidades:
Jarda
Sistemas de unidades:
1 - Grandezas e unidades;
2 - Medição;
3 - Dispositivos de medição;
4 - Propriedades dos dispositivos de medição;
5 - Padrões de medição.
Cadeias hierarquizadas de
padrões:
Um padrão é um instrumento de medição ou sistema de medição
destinado a definir ou materializar, conservar ou reproduzir, uma
unidade ou um ou vários valores conhecidos de uma grandeza para
as transmitir por comparação a outros instrumentos de medição.
Cadeias hierarquizadas de padrões:
Conceitos:
Existem vários conceitos de padrões, dependendo do grau de incerteza do âmbito de aplicação e até
do local onde são utilizados.
Padrão primário: É o padrão que apresenta as mais elevadas qualidades metrológicas, num dado
domínio.
Padrão secundário : É aquele cujo valor é fixado por comparação com um padrão primário.
Padrão internacional: É um padrão reconhecido por um acordo internacional para servir de base
internacional à fixação dos valores de todos os outros padrões da grandeza a que respeita.
Padrão nacional : Corresponde a um padrão reconhecido por uma determinação legal, nacional, para
servir de base em um país à fixação dos valores de todos os outros padrões da grandeza a que
respeita.
Padrão de referência: É o padrão da mais elevada qualidade metrológica disponível num dado local, do
qual derivam as medições efetuadas nesse local, chama-se padrão de referência.
Padrão de trabalho: É o padrão que é utilizado correntemente para calibrar ou verificar os instrumentos
de medição, e que habitualmente é calibrado por comparação com o padrão de referência.
Cadeias hierarquizadas de padrões:
Conceitos:
Um padrão tem de possuir determinados atributos e elementos, sob pena de não passar de um qualquer
instrumento ou sistema. Uma boa estabilidade é uma condição indispensável para um padrão e, ao
mesmo tempo, determinante para a sua reprodutibilidade. Devem, assim, existir processos que permitam
conhecer e avaliar a deriva dos padrões.
O estabelecimento de periodicidade adequada à calibração de um padrão, a qualquer nível, deve ser
determinado em função do seu historial, da sua estabilidade, utilização, conservação e nível de incerteza.
Para além da sua identificação própria, da sua caracterização e da avaliação das qualidades metrológicas,
naturalmente efetuada com um ou mais padrões de nível superior, estão associadas aos "padrões", em
geral, outras exigências que têm a ver, nomeadamente, com:
O estatuto de "padrão" só pode, pois, ser dado a um instrumento ou sistema de medição particular se
forem satisfeitas aquelas condições que o evidenciem.
Cadeias hierarquizadas de padrões:
Rastreabilidade:
Rastreabilidade é um atributo essencial a qualquer padrão, a qualquer nível, sob pena de se
desconhecer a qualidade das medições executadas com ele. Numa empresa, laboratório ou
organismo, consoante as suas necessidades ou meios próprios, deve existir uma cadeia
hierarquizada própria que organiza a rastreabilidade dos diferentes padrões existentes,
definindo-lhe, portanto, o seu nível e finalidade. Estas cadeias hierarquizadas, em derivação
à nacional, podem ter um ou mais pontos de rastreabilidade a diferentes níveis na cadeia
nacional, consoante as necessidades e interesses das entidades delas detentoras.
Cadeias hierarquizadas de padrões:
Calibração:
A calibração é o conjunto de operações que estabelecem, em condições especificadas, a relação
entre os valores indicados por um instrumento de medição, ou os valores representados por um
material de referência e os correspondentes valores conhecidos da grandeza a medir.
Importa ter em atenção que:
O resultado da calibração deve ser registado em um documento, por vezes chamado "certificado
de calibração" ou "relatório de calibração";
• Princípios de realização;
• Incertezas;
• Domínios de medição que são válidos;
• Métodos e dispositivos de transferência;
• Estabilidade e reprodutibilidade;
• Periodicidade de calibração;
• Recomendações de conservação;
• Princípios de realização dos padrões;
Numa mesma cadeia, a um mesmo nível, por vezes, é necessário definir padrões diversos, válidos em domínios de
utilização particular (gama, tipo de utilização, etc.). Um Laboratório de Metrologia, para ser considerado como tal,
a qualquer nível, tem de possuir, no mínimo, em domínio determinado, padrões a dois níveis de incerteza
diferenciados, por exemplo, padrão de referência e padrão de trabalho. Em regra, um laboratório possui padrões
devidamente hierarquizados em mais do que dois níveis na mesma cadeia. A cadeia de um laboratório, qualquer
que seja, deve articular-se com a cadeia hierarquizada nacional.
Exemplos de Cadeias Hierarquizadas:
• Temperatura;
• Comprimento;
• Ângulo.
Gestão dos instrumentos de
medição:
Seleção dos instrumentos de medição:
A gestão dos instrumentos de medição abrange o conjunto das ações a desenvolver para
constituir e manter o parque de instrumentos de medição necessário à satisfação das
necessidades da empresa/indústria. Esta gestão deve ter em conta:
1- A análise da necessidade e a escolha dos instrumentos de medição;
2- A receção, a colocação em serviço e o acompanhamento dos instrumentos;
3- A calibração ou verificação dos instrumentos e as decisões que daí decorrem.
Necessidades técnicas:
As necessidades técnicas da empresa vão condicionar as características técnicas dos
instrumentos de medição a adquirir. Quando da aquisição de vários instrumentos, devemos
preservar a homogeneidade do parque de instrumentos. Repare-se que, por exemplo, se todos os
instrumentos de medição adquiridos para uma dada função forem das mesmas marca e modelo,
reduzem-se os custos, tanto de formação dos utilizadores como de manutenção desse
equipamento.
A modularidade reflete-se na possibilidade de evolução dos instrumentos de medição, a fim de
limitar os riscos de estes se tornarem obsoletos, permitindo à empresa fazer evoluções quando se
achar necessário.
Para os instrumentos novos ou que fujam do quadro habitual da empresa, pode ser importante
prever, com o fornecedor, as condições e o conteúdo da assistência técnica a prestar-lhes, pelo
menos no início da sua utilização (caso da formação ao pessoal sobre um dado equipamento). É
necessário prever o envio (pelo fornecedor dos instrumentos de medição) da documentação
necessária à utilização, ao ajuste e à colocação em serviço dos instrumentos.
Qualquer instrumento de medição deverá vir acompanhado do respetivo manual técnico,
fundamental para uma utilização adequada.
Gestão dos instrumentos de medição:
Condições comerciais:
As condições económicas devem ser objeto de um caderno de encargos comercias, a ser
estabelecido conjuntamente pelo departamento de compras e pelo departamento (ou
responsável) metrológico da empresa, especificando fatores como a opção entre a compra e
o aluguer do instrumento de medição, preços, prazos de entrega, garantias, contrato de
manutenção, e exigências de disponibilidade (tempo de indisponibilidade admissível, tempo
de reparação, etc.). Avaliações Anteriores do Instrumento de Medição A escolha de um
instrumento de medição pode também ter em conta avaliações resultantes da experiência
adquirida na própria empresa ou noutras empresas, ou feitas por centros tecnológicos
especializados no domínio em causa.
Gestão dos instrumentos de medição:
Calibração e verificação
De tanto em tanto tempo, é necessário verificar se os instrumentos de medição mantêm as
suas características de qualidade. Existe então a necessidade de efetuar a calibração e/ou
verificação dos instrumentos, operações indispensáveis que validam (ou não) as indicações
fornecidas pelos instrumentos de medição.
As operações de calibração e de verificação são ambas baseadas na comparação do
instrumento de medição com um instrumento padrão de modo a determinar a sua exatidão
e verificar se essa exatidão continua de acordo com a especificação do fabricante.
A incerteza de calibração deve ser suficientemente pequena relativamente aos limites de
erro admissíveis do instrumento a calibrar.
Gestão dos instrumentos de medição:
Calibração e verificação:
O resultado de uma calibração é considerado como sendo o conjunto dos valores resultantes da comparação dos
resultados fornecidos pelo instrumento de medição com os valores materializados pelo padrão. O resultado de
uma verificação permite afirmar se o instrumento de medição satisfaz ou não às prescrições (especificações)
regulamentares previamente fixadas (limites de erro admissíveis) que autorizam a sua entrada ou continuação
em serviço. Uma verificação poderá ser feita comparando os resultados de uma calibração com os limites de erro
admissíveis ou diretamente com um padrão que materializa as indicações limites admissíveis do instrumento.
Uma constatação da conformidade com as especificações, significando que o instrumento pode ser colocado em
serviço. Uma constatação de não conformidade, conduzindo a uma decisão de ajuste, reparação, reforma ou
desclassificação do instrumento.
Para fixar a periodicidade das calibrações, devem ter-se em conta fatores diversos, tais como a frequência e o
tipo de utilização dos instrumentos, o seu desgaste e as restrições económicas (da empresa). No caso das
verificações, a sua periodicidade é imposta pela regulamentação de controlo metrológico.
Gestão dos instrumentos de medição:
Exemplos de calibração:
Conclusão: