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APOSTILA DE
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL
DISCIPLINA
- INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE
PROCESSOS
CURSO
3º MÓDULO DE MECÂNICA
3º MÓDULO DE AUTOMAÇÃO
Professor
HELBERT DE SÁ
4ª edição
JANEIRO/2012
CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
INTRODUÇÃO
INSTRUMENTAÇÃO:
Esta área pode ser dividida em grandes subgrupos;
Instrumentos de teste e medição - abrangem a geração e a medição de grandezas eletrônicas;
Instrumentos para controle de processos - abrangem os instrumentos para painel e campo, úteis na medida e
no controle de grandezas físicas nos processos da Indústria de transformação;
Instrumentos para análises físicas, químicas e ensaios mecânicos - ( Analítica ) abrangem os instrumentos
utilizados em laboratórios de pesquisas e controle de qualidade ,
Instrumentos de aplicação odonto-médico-hospitalar.
In s tr u m e n ta ç ã o
C o n t r o le d e p r o c e s s o s
in d u s tr ia is
E q u ip a m e n t o s d e
p r o c e s s o s in d u s tr ia is
A té 1 9 5 0 A u to m á tic o
m anual
V a r iá v e is
fís ic a s
In s tr u m e n to s
E le tr ô n ic o s P n e u m á tic o s
A n a ló g ic o D ig ita l
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Prof. Helbert de Sá INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE
CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
1) MEDIÇÃO E ERRO
1.1 DEFINIÇÕES E PARAMETROS
O processo de medição, em geral, envolve a utilização de um instrumento como o meio físico para
determinar uma grandeza ou o valor de uma variável. O instrumento atua como extensão da capacidade humana e,
em muitos casos, permite que alguém determine o valor de uma quantidade desconhecida, o que não seria realizável
apenas pela capacidade humana sem auxílio do meio utilizado. Um instrumento pode então ser definido como o
dispositivo de determinação do valor ou grandeza de uma quantidade ou variável. O instrumento eletrônico, como o
próprio nome indica, realiza uma função de medição baseado em princípios elétricos ou eletrônicos. Um
instrumento eletrônico pode ser um dispositivo relativamente simples, de construção fácil, como um medidor de
corrente contínua. Com os avanços tecnológicos, entretanto, a demanda por medidores mais elaborados mais
precisos gera novos desenvolvimentos em projetos e instrumentos e suas aplicações. Para utilizá-los
inteligentemente, os usuários devem compreender seus princípios de funcionamento e saber avaliar sua adequação à
aplicação que se pretende realizar.
O procedimento de medição utiliza um conjunto de termos que serão definidos a seguir.
Instrumento: é um dispositivo de determinação do valor de uma grandeza ou variável.
Precisão: é a medida do grau de reprodutibilidade da medida; i. e., para um determinado valor da variável, a
precisão é a medida do grau de afastamento entre várias medidas sucessivas.
Resolução: é a menor variação na variável medida que pode ser indicada pelo instrumento.
Span: ou alcance conhecido também por campo é a diferença do valor máximo e mínimo da capacidade de
leitura que é expressado por um instrumento. Por exemplo se um aparelho possui uma leitura mínima de 50ºC e
uma máxima de 150 ºC temos seu span de 100ºC.
Range: Campo de medida. Representação da escala vista pelo instrumento. Por exemplo se um aparelho
possui uma leitura mínima de 50ºC e uma máxima de 150 ºC temos seu span de 50ºC-150ºC.
Em porcentagem do alcance.
Ex: um instrumento com range de 50–150 ºC está indicando 80 ´C e sua precisão é de + ou – 0,5%para
calcularmos o range aceitável de indicação do mesmo, devemos fazer o seguinte cálculo.
80ºC + ou – 0,5 x (100/100) = 80ºC+0,5 ºC
assim a indicação deverar estar dentro da faixa:
79,5 ºC – 80,5 ºC
Diretamente em unidades de variável.
Ex: Precisão de + ou – 2 ºC.
Em porcentagem do valor medido.
Ex: Se o comprimento da escala de um instrumento fosse de 30 cm, com range de 50 a 150 ºC e precisão de +
ou – 1%, teríamos uma tolerância de + ou – 0,3 cm na escala do instrumento .
Podemos ter a precisão variando ao longo da escala de instrumento, podendo o fabricante indicar seu valor
em algumas faixas de escala do instrumento.
Ex: Um manômetro pode ter a precisão de + ou – 1% em todo seu range e ter na faixa central de sua escala
uma precisão de + ou – 0,5%.
Erro estático e dinâmico: Estático em condições de regime permanente enquanto o dinâmico o erro varia
consideralvelmente devido os instrumentos terem características comuns aos sistemas físicos: Absorvem energia do
processoe a transferencia requer tempo para ser transmitida.
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Zona morta: Campo de valores que a variável não irar mudar a indicação do sinal. O instrumento não
produz resposta.
Confiabilidade: Medida da probabilidade de que o instrumento continue comportando dentro dos limites
especificados por seu erro ao longo da escala e por um tempo determinado.
Estabilidade: Capacidade de um instrumento manter seu comportamento durante sua via útil.
Temperatura de serviço: Campo de temperatura na qual se espera que se trabalhe dentro dos limites de erro
especificados.
EXEMPLO 1.1
Quatro observadores distintos fizeram quatro medidas independentes de tensões e obtiveram 117,02V,
117,11V, 117,08V e 117,03 V. Calcule (a) a tensão média; (b) a faixa de erro.
SOLUÇÃO:
(a) Tensão média = (V1 + V2 + V3 + V4) / N
= (117,02 + 117,11 + 117,08 + 117,03) / 4= 117,06V
(b) Faixa de erro = Vmáx - Vmed = 117,11 - 117,06 = 0,05V
Portanto
Vmed - Vmím = 117,06 - 117,02 = 0,04 V
Faixa de erro média = (0,05 + 0,04)/2= +- 0,045 = +- 0,05
Quando dois ou mais resultados de medições com graus diferentes de exatidão são acrescentados, o resultado
é tão exato quanto o menos exato dos dois.
Veja o Exemplo 1.2 a seguir.
EXEMPLO 1.2
Dois resistores, R1 e R2, são ligados em série. Através de um multímetro digital, foram obtidos os seguintes
valores de resistência: R1 = 18,7 Ω e R2 = 3,624 Ω. Calcule a resistência total e expresse o resultado com o número
correto de algarismos significativos.
SOLUÇÃO:
R1 = 18,7 Ω (três algarismos significativos)
R2 = 3,624 Ω (quatro algarismos significativos)
Rtotal = R1 + R2 = 22,324 Ω (cinco algarismos significativos)
A resposta correta é Rtotal = 22,3 Ω.
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Os algarismos duvidosos são o 7 de R1, o 4 de R2, e os três últimos algarismos da resistência total. isto é, 3,
2 e 4. Não há razão alguma para que sejam retidos os dois últimos dígitos da soma (o 2 e o 4). Porque uma das
resistências só é exata até a primeira casa decimal, isto é, décimos de Ohm. O resultado deve então ser expresso
com apenas três algarismos siginificativos, ou seja, 22,3 Ω.
O número de algarismos significativos em uma multiplicação pode aumentar rapidamente, mas apenas o
número apropriado deve ser retido no resultado final, como ilustrado no Exemplo 1.3.
EXEMPLO 1.3
Para cálculo da queda de tensão em uma resistência de 35,68, é registrada uma corrente de 3,18A. Calcule a
queda de tensão no resistor com o número adequado de algarismos significativos.
SOLUÇÃO
V = R x I = (35,68) . (3,18) = 113,4624 113V
Como o máximo de três algarismos significativos comparece no fator corrente, a resposta só pode ser dada
com um número de três algarismos significativos.
No Exemplo 1.3, a corrente, I, possui três algarismos significativos e a resistência, R, quatro; o resultado da
multiplicação é então apresentado com três significativos. Isto mostra que a resposta não pode ser conhecida com
maior exatidão do que a do fator menos bem definido. Observe ainda que, se dígitos extras são acumulados na
resposta, eles devem ser abandonados ou arredondados. Normalmente, se o dígito menos significativo a ser
descartado é menor que cinco, ele e os dígitos seguintes são abandonados. Isto ocorreu no Exemplo 1.3. Se o dígito
menos significativo a ser descartado for igual ou maior que cinco, o dígito anterior deve ser aumentado de uma
unidade. Para uma precisão de três dígitos, portanto, 113,46 deve ser arredondado para 113; e 113,74 para 114.
A soma de algarismos com uma faixa de incerteza é ilustrada no Exemplo 1.4 a seguir.
EXEMPLO 1.4
Obter a soma de 826 ± 5 com 628 ± 3.
SOLUÇÃO
N1 826 ± 5 (= ±0,605%)
N2 628 ± 3 (= ±0,477%)
Soma 1454 ± 8 (= ±0,55%)
Observe, no exemplo acima, que as partes duvidosas são somadas, uma vez que o sinal ± significa que um
número pode ser alto e o Outro baixo. A pior combinaçáo possível das faixas de incertezas deve ser considerada na
resposta. As incertezas percentuais nas parcelas originais N1, e N2 não diferem muito de incerteza percentual no
resultado final.
Se subtrairmos N2, de N1, conforme o Exemplo 1.5, poderemos fazer uma comparação interessante entre a
adição e a subtração a respeito da faixa de incerteza.
EXEMPLO 1.5
Subtrair 628 ± 3 de 826 ± 5 e expressar a faixa de incerteza como percentual.
SOLUÇÃO
N1= 826 ± 5 (= ±0,605%)
N2 = 628 ± 3 (= ±0,477%)
Diferença = 198 ± 8 (‘ ±4,04%)
De novo, no Exemplo 1.5, incertezas foram adicionadas pelas mesmas razões daquelas do Exemplo 1.4.
Comparando estes dois últimos exemplos, note que as precisões dos resultados, quando expressos em percentagens,
diferem consideravelmente. O resultado final da subtração mostra um grande acréscimo na incerteza percentual em
comparação com a incerteza percentual da adição. Este percentual crescerá mais ainda se a diferença entre os
números for pequena. Considere o Exemplo 1.6.
EXEMPLO 1.6
Subtraia 437 ± 4 de 462 ± 4 e expresse a incerteza percentual.
SOLUÇÃO
N1 = 462 ± 4 ( = ± 0,87%)
N2 = 437 ± 4 ( = ± 0,92%)
Diferença = 25 ± 8 (= ± 32%)
O Exemplo 1.6 ilustra claramente que as técnicas de medições dependentes de subtrações devem ser evitadas
porque a faixa de incerteza no resultado final pode ser bastante elevada.
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1.2 TIPOS DE ERROS
Não é possível fazer uma medição cujo resultado seja absolutamente exato, mas é importante conhecer-se
qual é o grau de exatidão da medida e como os diferentes tipos de erros afetam a medição. Um estudo de erros é o
primeiro passo para obterem-se meios de reduzi-los. Tal estudo também permite determinar o grau de exatidão do
resultado final.
Erros originam-se em fontes diversas, e podem ser classificados em três grandes categorias:
Erros grosseiros: em grande parte erros humanos, como leituras incorretas, ajustes e aplicações incorretas
de instrumentos, e erros computacionais.
Erros sistemáticos: falhas dos instrumentos, como aquelas devidas a componentes defeituosos ou
desgastados, e efeitos ambientais sobre o equipamento ou o usuário.
Erros aleatórios: são aqueles provocados por fenômenos que não podem ser diretamente estabelecidos ou
identificados por serem de natureza aleatória como as variações em parâmetros ou mudanças ocorridas no sistema
de medições.
Cada uma destas classes de erros será discutida e serão apresentadas sugestões para sua redução ou
eliminação.
Esta classe de erros abrange, principalmente, os erros humanos nas leituras de escalas e na utilização dos
instrumentos, e erros em cálculos e registros de resultados. Sempre que seres humanos estiverem envolvidos, alguns
erros grosseiros, inevitavelmente ocorrerão. Embora sua eliminação total seja impossível, deve-se tentar preveni-los
e corrigi-los, Alguns erros grosseiros podem ser facilmente detectados; outros podem ser sutis. Um erro comum,
cometido amiúde por principiantes, em trabalhos de medições, é o uso incorreto de um instrumento. Em geral,
instrumentos indicadores mudam as condições do circuito nos quais foram inseridos, de forma que o valor medido é
alterado pelo método utilizado.
Erro de Paralaxe é resultante de um incorreto posicionamento do usuário em relação ao instrumento,
originado em função de formar-se um ângulo incorreto entre a linha de visão do usuário e uma reta perpendicular à
escala de medição do aparelho.
Erro de Interpolação esse erro se origina em função do posicionamento do ponteiro em relação à escala de
medida do instrumento. O leitor pode observar que o ponteiro acusa uma posição incerta entre dois valores
conhecidos, a qual necessariamente não é o ponto médio destes, ficando a critério do observador, em função da
proximidade, definir o valor correspondente ao traço da esquerda ou da direita.
EXEMPLO 1.7
Um voltímetro, 1000 Ω/V, indica 100 V na escala de (0-150) V quando ligado em paralelo com um resistor
de valor desconhecido, o qual se encontra ligado em série com um miliamperímetro. Se o miliamperímetro indica 5
mA, calcule (a) a resistência aparente do resistor desconhecido; (b) a resistência real do resistor desconhecido; (c) o
erro devido ao efeito de carga do voltímetro.
SOLUÇÃO
(a) A resistência total do circuito é dada por
Rtotal = Vtotal/Itotal = 100V/5mA = 20 KΩ
Desprezando a resistência do miliamperíinetro, o valor da resistência desconhecida é R = 20 kΩ.
(b) A resistência do voltímetro é
RV = (1.000 ΩV) x 150V = 150 kΩ
Como o voltímetro está em paralelo com a resistência desconhecida, podemos escrever
Rx = Rt . Rv / Rv - Rt = 20 x 150 / 150 - 20 = 23,05
(c) Erro percentual = real - aparente / real x 100% = 23,5 - 20 / 23,05 x 100% = 13,23%
EXEMPLO 1.8
Repita o exercício do exemplo anterior com o miliamperímetro e o voltímetro indicando 800 mA e 40 V,
respectivamente.
SOLUÇÃO
(a) Rt = Vt / It = 40 V / 0,80 A = 50 Ω
(b) Rv = 1.000 Ω/V x 150 V = 150 kΩ
Rx = RtRv / Rv - Rt = 50 x 150 / 149,95 = 50,1 Ω
(e) Erro percentual = 50,1 - 50 / 50,1 x 100% = O,2%
Um erro grosseiro ocorrerá quando a escala de leitura não corresponder àquela definida pelo seletor de
campos ou faixas. Também haverá erro grosseiro se o instrumento nâo for ajustado em zero antes do processo de
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medição ocorrer. Neste caso, todas as indicações serão falsas. Erros desta natureza não podem ser tratados
matematicamente. Eles apenas podem ser evitados através de cuidados do operador ao ler e registrar os resultados.
Um procedimento adequado requer mais de uma leitura da mesma grandeza, preferencialmente leituras feitas por
diferentes observadores.
Jamais devemos confiar em apenas uma leitura; devemos, pelo menos, fazer três leituras, e se possível
desligar o instrumento entre uma leitura e outra.
6- Qual a exatidão do instrumento da questão anterior se ele indicou 247ºC. Se o valor correto
for 249ºC.
7- Desenhe um indicador de pressão com leitura mínima de 0 p.s.i e máxima de 10 p.s.i. com
resolução de 0,5 p.s.i.
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8- Se o indicador anterior fez uma leitura de um processo e encontrou 2 p.s.i e admitindo que
nenhuma variável mudou neste processo mas o mesmo marcou 2,5 p.s.i isto ocorreu porque?
Justifique sua resposta.
10- Desenhe um instrumento com escala quadrática de 0 a 100 com resolução de 25.
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2) UNIDADES FUNDAMENTAIS E UNIDADES DERIVADAS
Para especificar e executar cálculos envolvendo variáveis físicas é necessário que sejam definidas a natureza
e a grandeza, ou amplitude, da variável física em questão. A medida-padrão de cada tipo de grandeza física é a
unidade; o número de vezes que a unidade comparece no valor total da grandeza (ambas: unidade e grandeza total,
da mesma natureza) define um número que é o resultado da medição ou medida. Por exemplo, quando falamos em
uma distância de 100 metros, sabemos que o metro é a unidade da medição de distância, e que o número 100 é o
número de vezes que a unidade comparece na medição da referida distância de 100 metros. Portanto a grandeza
física comprimento tem uma unidade de medição que é o metro. Sem a presença da unidade (1m), o número 100
não tem significado físico algum. Na prática dois tipos de unidades são utilizados: as unidades fundamentais e as
unidades derivadas. Em mecânica, as unidades fundamentais são as de comprimento, massa e tempo.
O valor das unidades, seja metro ou polegada, quilograma ou libra, segundo ou hora, é arbitrário e deve ser
selecionado de acordo com as circunstâncias. Como, não apenas em Mecânica, o comprimento, a massa e o tempo
são fundamentais para a definição de outras variáveis, elas são, por isso, chamadas unidades fundamentais
primárias. Medidas de certas variáveis físicas em disciplinas envolvendo calor, eletricidade e iluminação também
são representadas por unidades fundamentais. Como essas unidades são usadas apenas nestes campos particulares,
elas são definidas como unidades fundamentais auxiliares. Todas as outras unidades que podem ser expressas em
termos das unidades fundamentais são chamadas unidades derivadas.
Por conveniência, novos nomes são dados a algumas unidades derivadas. Como exemplo, o newton (N) é o
nome dado à unidade de força em vez de kg.m/s², no Sistema Internacional de Unidades (SI).
SISTEMAS DE UNIDADES
Sistema universal de pesos e medidas que não fosse baseado em padrões desenvolvidos pelo homem, mas,
em vez disso, por um sistema baseado em padrões permanentes fornecidos pela natureza. Assim, escolheram o
metro como unidade de comprimento, definido como a décima milionésima parte da distância do pólo ao equador,
ao longo do meridiano que passa por Paris. Como unidade de massa eles escolheram 1 (um) centímetro cúbico de
água a 4 ºC e pressão atmosférica de 760 mm Hg, à qual deram o nome de grama. Como unidade de tempo, eles
mantiveram o tradicional segundo, definido como 1/86.400 da duração do dia solar médio.
Como segundo princípio, as outras unidades deveriam ser derivadas das três unidades fundamentais
previamente referidas, i.e., comprimento, massa e tempo. Em seguida — o terceiro princípio — propuseram que
todos os múltiplos e submúltiplos das unidades básicas fossem baseados no sistema decimal; e ainda sugeriram um
conjunto de prefixos ainda hoje em uso. O Quadro 2.1 apresenta uma lista de múltiplos e submúltiplos decimais.
Um sistema mais abrangente foi adotado em 1954, e estruturado e reconhecido em 1960 através de uma
convenção internacional. Ficou conhecido com o nome de Sistema Internacional de Unidades (SI), no qual seis
unidades básicas são utilizadas: o metro, o quilograma, o segundo e o ampère do sistema MKSA. Acrescentados a
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essas quatro unidades foram o kelvin e a candela, unidades de temperatura e intensidade luminosa, respectivamente.
O SI vem substituindo outros sistemas de unidades em ciência e tecnologia em muitos países, sendo hoje de uso
obrigatório na própria França.
As unidades básicas do SI e seus símbolos estão listados no Quadro 2.2.
Coulomb também descobriu que o fator de proporcionalidade k depende do meio, variando inversamente
com sua permissividade ε. (Faraday chamou a permissividade de constante dielétrica). A lei de Coulomb então
assumiu a forma
F = 1/ ε . Q1.Q2 / r² (2.2)
Como e é um valor numérico dependendo apenas do meio, o valor 1 foi arbitrado para a permissividade no
vácuo, ε0, definido então como a quarta unidade fundamental do CGSe. A lei de Coulomb tornou possível
determinar a carga elétrica Q em termos das quatro unidades fundamentais, de acordo com a relação
dina = g cm / s² = Q² / (ε0 = 1) cm² e, portanto, dimensionalmente, [Q] = cm3/2 . g1/2 . s-1 (2.3)
I = dQ / dt (statcoulomb/s) (2.4)
F = k. (m1m2) / r² (2.5)
O fator de proporcionalidade, k, depende do meio nos quais os pólos (m1 e m2) estão inseridos, variando
inversamente com a permeabilidade magnética µ do meio. Foi arbitrado o valor 1 para a permeabilidade magnética
no vácuo, µ0. Assim, k = l/ µ0 = 1. Desta forma, a permeabilidade magnética no vácuo, tornou-se a quarta unidade
fundamental do sistema CGSm. A unidade derivada de intensidade de pólo magnético (m)* foi então definida em
termos das quatro unidades fundamentais do CGSm através da relação:
dina = g cm / s² = m² / (µ0 = 1) cm² (2.6) e assim, dimensionalmente, m = cm3/2 x g1/2 x s-1 (2.3)
Como não há concordância perfeita entre as dimensões dos dois sistemas, fatores de conversão foram
introduzidos. Os dois sistemas formaram, assim, um sistema prático de unidades elétricas, adotado oficialmente no
Congresso Internacional de Eletricidade.
O Quadro 2.3 apresenta detalhes a respeito de unidades elétricas e magnéticas e as relações que as definem. Os
fatores para conversão ao SI são apresentados nas colunas CGSm e CGSe.
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Derivadas
Área A L² metro quadrado m²
Volume V L³ metro cúbico m³
Freqüência F T-1 hertz Hz (1/s)
Densidade Ρ L-3M quilograma por metro cúbico kg/m³
Velocidade υ LT-1 metro por segundo m/s
Velocidade angular ω [L]ºT radiano por segundo rad/s
Aceleração a LT-2 metro por segundo quadrado m/s²
Aceleração angular α [L]ºT-2 radiano por segundo quadrado rad/s²
Força F LMT-2 newton N (kg m/s²)
Pressão P L-1MT-2 newton por metro quadrado N/m²
As seis umidades fundamentais SI estão apresentadas no Quadro 2.2. As outras unidades derivadas dessas
fundamentais estão expressas em termos das seis unidades básicas, e são obtidas de equações básicas. O Quadro 2.3
apresenta alguns exemplos. O Quadro 2.4 reúne as unidades fundamentais, as unidades derivadas e as unidades
suplementares SI recomendadas pela Conferência Geral.
A primeira coluna do Quadro 2.4 mostra as grandezas (fundamentais, derivadas e suplementares). A segunda
coluna mostra o símbolo operacional de cada unidade. A terceira coluna mostra os símbolos dimensionais para cada
unidade derivada em termos das seis unidades fundamentais. A quarta coluna apresenta o nome de cada unidade; a
quinta, o símbolo da unidade. O símbolo operacional da unidade não deve ser confundido com o símbolo da
grandeza; por exemplo, o símbolo operacional de resistência o é o R, mas o símbolo da unidade (ohm) é o Ω.
Estes dois fatores permitem que todas as unidades inglesas possam ser convertidas em unidades SI.
Todas as unidades derivadas podem ser calculadas via equações dimensionais do Quadro 2.4, com base
nessas três unidades fundamentais. Por exemplo, a unidade de densidade pode ser expressa como lb/ft3, e a unidade
de aceleração como ft/s². A unidade de força no sistema inglês é a libra-força (lbf) e é a força necessária para
acelerar a massa de 1 (uma) libra à razão de 1 ft/s². A unidade de trabalho ou energia é, portanto, ft.lbf (ft.pdl).
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Vários outros sistemas foram propostos e utilizados em várias partes do mundo. O MTS (metro-tonelada-
segundo), urna réplica do sistema CGS (centímetro-grama-segundo), foi especialmente concebido na França para
melhor se adequar às aplicações de engenharia. Sistemas gravitacionais definem como a segunda unidade
fundamental, o peso de uma massa, isto é, a força pela qual uma massa é atraída à Terra pela sua gravidade.
Diferentemente dos sistemas gravitacionais, os chamados sistemas absolutos, tomo o CGS e o SI, utilizam a medida
de massa como a segunda unidade fundamental, sendo o valor da massa independente da atração gravitacional.
O Quadro 2.5 mostra algumas conversões do sistema inglês, o qual ainda é bastante usado na Inglaterra e no
EUA, ao SI.
EXEMPLO 2.3
A velocidade da luz no vácuo é dada por 2,997925 x 108 m/s. Expresse a velocidade da luz em km/hora.
SOLUÇÃO
c = 2,997925 x 108 m/s x 1km/103 m x 3,6 x 103 s / 1h = 10,79 x 108 km/h
EXEMPLO 2.4
Expresse a densidade da água, 62,5 lb/ft3 em (a) lb/pol3; (b) g/cm3
SOLUÇÃO
(a) Densidade = 62,5 lb / ft3 x 1 ft / 12 pol = 3,62 X 10-2 lb/pol3
(b) Densidade = 3,62 X 10-2 lb/pol3 x 453,6 g / 1 lb x (1pol/2,54 cm) 3 = 1 g/cm3
EXEMPLO 2.5
A velocidade máxima permitida em uma rodovia é 60 km/hora. Calcule a velocidade em (a) milhas/hora; (b) ft/s.
SOLUÇÃO
(a) Vmax = (60 km/h) x (1 milha/1.61 km) = 37,3 milhas/hora
(b) Vmax = (37,3 mi/h) (5280 ft / 1mi x 1h / 3,6 x 103s) = 54,7 ft/s
TABELA I - PREFIXOS SI
Nome Símbolo Fator pelo qual a unidade é multiplicada
exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000
peta P 1015= 1 000 000 000 000 000
tera T 1012 = 1 000 000 000 000
giga G 109 = 1 000 000 000
mega m 106 = 1 000 000
quilo k 103 = 1 000
hecto h 102 = 100
deca da 10
deci d 10-1 = 0,1
centi c 10-2 = 0,01
mili m 10-3 = 0,001
micro μ 10-6 = 0,000 001
nano n 10-9 = 0,000 000 001
pico p 10-12 = 0,000 000 000 001
femto f 10-15 = 0,000 000 000 000 001
atto a 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001
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Observações
Por motivos históricos, o nome da unidade SI de massa contém um prefixo; excepcionalmente e por
convenção, os múltiplos e submúltiplos dessa unidade são formados pela adjunção de outros prefixos SI à palavra
grama e ao símbolo g.
Os prefixos desta Tabela podem ser também empregados com unidades que não pertencem ao SI..Sobre os
símbolos de unidade que têm prefixo e expoente. As grafias fento e ato serão admitidas em obras sem caráter
técnico.
UNIDADES GEOMÉTRICAS E MECÂNICAS
UNIDADES
grandezas nome símbolo definição
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UNIDADES ELÉTRICAS E MAGNÉTICAS
Para as unidades elétricas e magnéticas, o SI é um sistema de unidades racionalizado, para o qual foi definido
o valor da constante magnética µ = 4 ¶ x 10-7 henry por metro
Corrente elétrica ampère A Corrente elétrica invariável que, mantida em dois condutores retilíneos,
paralelos, de comprimento infinito e de área de seção transversal
desprezível e situados no vácuo a 1 metro do outro, produz entre esses
condutores uma força igual a 2 x 10-7 newton, por metro de comprimento
desses condutores
Carga elétrica coulomb C Carga elétrica que atravessa em 1 segundo uma seção transversal de um
(quantidade de condutor percorrido por uma corrente invariável de 1 ampère
eletricidade)
Tensão elétrica, volt V Tensão elétrica entre os terminais de um elemento passivo de circuito,
Diferença de potencial, que dissipa a potência de 1 watt quando percorrido por uma corrente
força eletromotriz invariável de 1 ampère
Gradiente de potencial, volt por metro V/m Gradiente de potencial uniforme que se verifica em um meio homogêneo
Intensidade de campo e isótropo, quando é de 1 volt a diferença de potencial entre dois planos
elétrico equipotenciais situados a 1 metro de distância um do outro
Resistência elétrica ohm Ω Resistência elétrica de um elemento passivo de circuito que é percorrido
por uma corrente invariável de 1 ampère, quando uma tensão elétrica
constante de 1 volt é aplicada aos seus terminais
Resistividade ohm-metro Ω.m Resistividade de um material homogêneo e isótropo, do qual um cubo
com 1 metro de aresta apresenta uma resistência elétrica de 1 ohm entre
faces opostas
Condutância siemens S Condutância de um elemento passivo de circuito cuja resistência elétrica
é de 1 ohm
Condutividade siemens por metro S/m Condutividade de um material homogêneo e isótropo cuja resistividade é
de 1 ohm-metro
Capacitância farad F Capacitância de um elemento passivo de circuito entre cujos terminais a
tensão elétrica varia uniformemente a razão de 1 volt por segundo,
quando percorrido por uma corrente invariável de 1 ampère
Indutância henry H Indutância de um elemento passivo de circuito, entre cujos terminais se
induz uma tensão constante de 1 volt, quando percorrido por uma
corrente que varia uniformemente à razão de 1 ampère por segundo
Potência aparente volt-ampère VA Potência aparente de um circuito percorrido por uma corrente alternada
senoidal com valor eficaz de 1 ampère, sob uma tensão elétrica com
valor eficaz de 1 volt
Potência reativa volt ampere reativo var Potência reativa de um circuito percorrido por uma corrente alternada
senoidal com valor eficaz de 1 ampère, sob uma tensão elétrica com
valor eficaz de 1 volt, defasada de ¶/2 radianos em relação à corrente
Indução magnética tesla T Indução magnética uniforme que produz uma força constante de 1
newton por metro de um condutor retilíneo situado no vácuo e percorrido
por uma corrente invariável de 1 ampère sendo perpendiculares entre si
as direções da indução magnética, da força e da corrente
Fluxo magnético weber Wb Fluxo mag. uniforme através de uma superfície plana de área igual a
1m2, perpendicular à direção de uma indução magnética
Intensidade de campo ampère por metro A/m Intensidade de um campo magnético uniforme, criado por uma corrente
magnético invariável de 1 ampère, que percorre um condutor retilíneo, de
comprimento infinito e de área de seção transversal desprezível, em
qualquer ponto de uma superfície cilíndrica de diretriz circular com 1
metro de circunferência e que tem como eixo o referido condutor
Relutância ampère por weber A/Wb Relutância de um elemento de circuito magnético, no qual uma força
magnetomotriz invariável de 1 ampère produz um fluxo magnético
uniforme de 1 weber
UNIDADES TÉRMICAS
Temperatura kelvin K Fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto tríplice da água
termodinâmica
Temperatura Celsius grau celsius °C Intervalo de temperatura unitário igual a 1 Kelvin, numa escala de
temperaturas em que o ponto 0 coincide com 273,15 Kelvins
Gradiente de kelvin por metro K/m Gradiente de temperatura uniforme que se verifica em um meio
temperatura homogêneo e isótropo, quando é de 1 Kelvin a diferença de temperatura
entre dois planos isotérmicos situados à distância de 1 metro um do outro
Capacidade térmica joule por kelvin J/K Capacidade térmica de um sistema homogêneo e isótropo, cuja
temperatura aumenta de 1 Kelvin quando se lhe adiciona 1 jougle de
quantidade de calor
Calor específico joule por quilograma e J/ (kg.K) Calor específico de uma substância cuja temperatura aumenta de 1Kelvin
por kelvin quando se lhe adiciona 1 joule de quantidade de calor por quilograma de
sua massa
Condutividade térmica watt por metro e por W/ Condutividade térmica de um material homogêneo e isótropo, no qual se
kelvin (m.K) verifica um gradiente de temperatura uniforme de 1 Kelvin por metro,
quando existe um fluxo de calor constante com densidade de 1 watt por
metro quadrado
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UNIDADES ÓPTICAS
Intensidade luminosa candela cd Intensidade luminosa, na direção perpendicular, de uma superfície plana
de 1/600 00 metro quadrado de área, de um corpo negro à temperatura
de solidificação platina, sob pressão de 101 325 pascals
Fluxo luminoso lúmen Lm Fluxo luminoso eminido por uma fonte puntiforme e invariável de 1
candela, de mesmo valor em todas as direções, no interior de um ângulo
sólido de 1 esterradiano
Iluminamento lux lx Iluminamento de uma superfície plana de 1 metro quadrado de área,
sobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de 1 lúmen,
uniformemente distribuído
Luminância candela por metro Cd/m2 Luminância de uma fonte com 1 metro quadrado de área com
quadrado intensidade luminosa de 1 candela
Exitância luminosa lúmen por metro Lm/m2 Exitância luminosa de uma superfície plana de 1 metro quadrado de
quadrado área, que emite uniformemente um fluxo luminoso de 1 lúmen
Exposição luminosa, lux segundo lx.s Exposição (Excitação) luminosa de uma superfície com iluminamento
Excitação luminosa de 1 lux, durante 1 segundo
Eficiência luminosa lúmen por watt Lm/W Eficiência luminosa de uma fonte que consome 1 watt para cada lúmen
emitido
Número de onda 1 por metro m-1 Número de onda de uma radiação monocromática cujo comprimento de
onda é igual a 1 metro
Intensidade energética watt por esterradiano W/sr Intensidade energética, de mesmo valor em todas as direções, de uma
fonte que emite um fluxo de energia uniforme de 1 watt, no interior de
um ângulo sólido de 1 esterradiano
Luminância energética watt por esterradiano e W/(sr.m2) Luminância energética, em uma direção determinada, de uma fonte
por metro quadrado superficial energética igual a 1 watt por esterradiano, por metro
quadrado de sua área projetada sobre um plano perpendicular à direção
considerada
Convergência dioptria di Convergência de um sistema óptico com distância focal de 1 metro, no
meio considerado
UNIDADES DE RADIOATIVIDADE
TABELA II - OUTRAS UNIDADES ACEITAS PARA USO COM O SI, SEM RESTRIÇÃO DE PRAZO
São implicitamente incluídas nesta Tabela outras unidades de comprimento e de tempo estabelecidas pela
Astronomia para seu próprio campo de aplicação, e as outras unidades de tempo usuais do calendário civil.
UNIDADES
Grandezas Nome Símbolo Definição Vl em unidades SI
unidade UA Distância média da Terra ao Sol 149 600 x 106m
Comprimento astronômica
parsec pc Comprimento do raio de um círculo 3,0857 x 1016m (aproximado)
no qual o ângulo central de 1
segundo subtende uma corda igual a
1 unidade gastronômica
Volume litro l Volume igual a 1 decímetro cúbico 0,001m3
grau o Ângulo plano igual à fração 1/360 do ¶ / 180 rad
Ângulo plano ângulo central de um círculo
completo
minuto ‘ Ângulo plano igual à fração 1/60 de ¶ / 10 800 rad
1 grau
segundo “ Ângulo plano igual à fração 1/60 de ¶ /648 000 rad
1 minuto
Intervalo de oitava Intervalo de duas freqüências cuja
freqüência relação é igual a 2
unidade u Massa igual à fração 1/12 da massa 1,660 57 x 10-27 Kg
massa (unificada) de de um átomo de carbono 12 (aproximadamente)
massa atômica
tonelada t Massa igual a 1 000 quilogramas
minuto min Intervalo de tempo igual a 60 60 s
Tempo segundos
hora h Intervalo de tempo igual a 60 3 600 s
minutos
dia d Intervalo de tempo igual a 24 horas 86 400 s
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angstrom Å 10-10 m
atmosfera atm 101 325 Pa
bar bar 105 Pa
barn b 10-28 m2
*caloria cal 4,1868 J
*cavalo-vapor cv 735,5 W
curie Ci 3,7 x 1010 Bq
gal Gal 0,01 m/s2
*gauss Gs 10-4 T
hectare Há 104 m2
*quilograma-força kgf 9,806 65 N
*milímetro de mercúrio mmHg 133,322 Pa
milha marítma 1 852 m
nó (1852/3600) m/s
*quilate 2 x 10-4 kg
rad rd 0,01 Gy
roentgen R 2,58 x 10-4 C/kg
13- A área do andar térreo de um prédio é de 7.600 ft². Calcule esta área em m².
14- A velocidade da luz no vácuo é dada por 2,997925 x 108 m/s. Expresse a velocidade da luz
em ft/mim.
15- Expresse a densidade de um líquido com, 76,5 lb/ft3 em (a) lb/pol3; (b) g/cm3
16- A velocidade máxima permitida em uma rodovia é 72 km/hora. Calcule a velocidade em (a)
metros/segundo; (b) ft/s.
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3) INSTRUMENTOS
Nas indústrias de processos tais como siderúrgica, petroquímica, alimentícia, papel e etc. A instrumentação é
responsável pelo rendimento máximo de um processo, fazendo com que toda energia cedida, seja transformada em
trabalho na elaboração do produto desejado. As principais grandezas que traduzem transferências de energia no
processo são: PRESSÃO, VAZÃO, NÍVEL, TEMPERATURA; as quais denominam de variáveis de um
processo.
Classificação por:
Função
Sinal transmitido ou suprimento
Tipo de sinal
Os instrumentos que podem compor uma malha são então classificados por função cuja descrição sucinta
pode ser liga na tabela 01.
INSTRUMENTO DEFINIÇÃO
Sensor, Detector São dispositivos com os quais conseguimos detectar alterações na variável do
processo. Pode ser ou não parte do transmissor. Elemento Primário.
Transmissor Instrumento que tem a função de converter sinais do detector em outra forma
capaz de ser enviada à distância para um instrumento receptor, normalmente
localizado no painel local.
Indicador Instrumento que indica o valor da quantidade medida enviado pelo detector,
transmissor, etc.
Registrador Instrumento que registra graficamente valores instantâneos medidos ao longo do
tempo, valores estes enviados pelo detector, transmissor, Controlador etc.
Conversor Instrumento cuja função é a de receber uma informação na forma de um sinal,
alterar esta forma e a emitir como um sinal de saída proporcional ao de entrada.
Unidade Instrumento que realiza operações nos sinais de valores de entrada de acordo
Aritmética com uma determinada expressão e fornece uma saída resultante da operação.
Integrador Instrumento que indica o valor obtido pela integração de quantidades medidas
sobre o tempo.
Controlador Instrumento que compara o valor medido com o desejado e, baseado na
diferença entre eles, emite sinal de correção para a variável manipulada a fim de
que essa diferença seja igual a zero.
Elemento final de
controle
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A indicação pode ser analógica, (contínua ou discreta), através de escala e ponteiro ou digital, através de
dígitos. Um indicador pode apresentar os valores de várias grandezas independentes, de modo simultâneo ou um
valor de cada vez, de modo selecionável manual ou automaticamente. O indicador pode também estar associado às
funções de transmissão, registro e controle. O leigo também chama o indicador de relógio, mostrador ou medidor,
que são nomes ambíguos e devem ser evitados.
Exemplos:
Registrador de temperatura.
Registrador de vazão, pressão e temperatura.
O registro pode ser contínuo, com uma a quatro penas independentes ou pode ser discreto, quando cada
ponto de registro é feito um de cada vez, em uma seqüência fixa definida (registrador multiponto).
Um registrador pode apresentar os valores de várias grandezas independentes, de modo simultâneo ou um
valor de cada vez, de modo selecionável manual ou automaticamente. O registrador pode também estar associado às
funções de indicação e controle
O totalizador pode receber em sua entrada sinal analógico ou digital. Sua saída é sempre um contador.
Quando um totalizador pára de totalizar, a sua saída fica congelada no último valor acumulado. O display do
contador é geralmente digital, porém é possível ter display analógico.
Exemplos:
Massa padrão
Bloco padrão de comprimento
Medida de volume (de um ou vários valores, com ou sem escala graduada)
Resistor elétrico padrão
Gerador de sinal padrão
Solução padrão de pH
Instrumentos pneumáticos são alimentados por uma fonte externa de ar comprimido, típica de 140 kPa (20
psi). Cada instrumento pneumático montado no campo é alimentado individualmente através de um conjunto filtro
regulador ajustável ou fixo. O filtro elimina, num estágio final, as impurezas, umidade e óleo contaminantes do ar
comprimido. O regulador, ajustável ou fixo, geralmente abaixa a pressão mais elevada de distribuição para o valor
típico de 140 kPa. O sinal padrão de transmissão pneumática é de 20 a 100 kPa.
Existem ainda instrumentos de montagem local que não necessitam de nenhuma alimentação externa para
seu funcionamento. Eles são chamados de auto-alimentados. Eles utilizam a própria energia do processo para seu
funcionamento. Exemplos de indicadores e registradores que não necessitam de alimentação externa são:
Indicador local de pressão, com elemento sensor tipo bourdon C, helicoidal, espiral, helicoidal ou fole.
Indicador local de temperatura com elemento sensor tipo bimetal.
Indicador ou registrador local de vazão com elemento sensor de pressão diferencial (diafragma).
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Mesmo com o uso intensivo e extensivo de instrumentos eletrônicos, ainda hoje se usa muito a válvula de
controle com atuador pneumático. Por sua simplicidade, confiabilidade e economia, a válvula de controle com
atuador pneumático ainda será usada como elemento final de controle padrão por muitos anos.
Atualmente, quando se tem todo o sistema digital, a transmissão é feita digitalmente. Ainda não há um
protocolo padrão de transmissão digital e os fabricantes usam os seus protocolos proprietários, como HART, da
Fisher-Rosemount, FOXCOM, da Foxboro.
O instrumento eletrônico pode ser uma fonte de energia e por isso ele não é seguro, a não ser que sejam
tomados cuidados especiais de fabricação e instalação. Ele deve possuir uma classificação elétrica especial,
compatível com a classificação de área do local onde ele vai operar.
Há basicamente dois tipos de instrumentos eletrônicos: à base de corrente e à base de tensão.
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A ligação em serie também influi no valor máximo da impedância da malha. A malha de
instrumentos à base de corrente, onde todos são ligados em serie, a soma das impedâncias de
entrada de todos os instrumentos é limitada por um valor máximo, que é função geralmente do nível
de alimentação da malha. Desse modo, é limitado o número de instrumentos ligados em serie numa
malha. Quando esse limite é ultrapassado, a solução é usar o instrumento repetidor de corrente,
também chamados, casadores de impedância.
As impedâncias de entrada dos instrumentos são baixas (dezenas a centenas de ohms) e portanto as
correntes circulares são relativamente elevadas (mA). Isso eqüivale a dizer que o consumo de
energia é elevado e há grande dissipação de calor.
SINAL
Sinal é uma indicação visual, audível ou de outra forma que contem informação. Sinal analógico é aquele que
vária de modo continuo, suave, sem saltos em degrau. O parâmetro fundamental do sinal analógico é sua amplitude.
Medir um sinal analógico é determinar o valor de sua amplitude. São exemplos de sinal analógico:
Sinal padrão pneumático de 20-100 kPa, onde o 20 kPa corresponde a 0% e 100 kPa a 100%.
Sinal padrão eletrônico de 4-20 mA cc, onde o 4 mA cc corresponde a 0% e 20 mA a 100%.
As variáveis de processo são analógicas. Uma temperatura pode variar de 20oC a 50 oC, assumindo todos os
infinitos valores intermediários. Uma pressão de processo pode variar de 20 a 100 kPa, de modo contínuo.
Sinal binário ou discreto é aquele que só pode assumir valores descontínuos. O sinal digital é constituído de
pulsos ou de bits. Pulsos só podem ser contados; bits podem ser manipulados.
A saída de pulsos da turbina medidora de vazão, onde cada pulso escalonada pode corresponder, por
exemplo, a 1 litro/segundo de vazão é um sinal binário. Um sinal digital de 8 bits pode ser 10011101.
DISPLAY
O display ou readout é a apresentação visual dos dados. Ele pode ser analógico ou digital.
Display analógico é aquele constituído, geralmente, de uma escala fixa e um ponteiro móvel (pode haver
escala móvel e ponteiro fixo). O ponteiro se move continuamente sobre a escala graduada, possibilitando a leitura
do valor medido.
Display digital é aquele constituído por números ou dígitos. Os números variam de modo discreto,
descontinuo, possibilitando a leitura do valor medido.
O fator mais importante favorecendo o instrumento digital, quando comparado com o analógico, é a
facilidade de leitura. Quando o operador lê um instrumento analógico, ele deve se posicionar corretamente, fazer
interpolação, usar espelho da escala, ou seja, ter um bom olho. A leitura analógica é suscetível a erro, subjetiva e
demorada.
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FUNÇÃO MATEMÁTICA
Há funções ou tarefas que são tipicamente analógicas, como registro e controle de processo. Só é possível
registrar um sinal analógico. Por exemplo, quando se quer registrar a vazão, tendo-se uma turbina medidora com
saída de pulsos, deve-se converter o sinal de pulsos em analógico. O controle é também uma função analógica. O
seu algoritmo fundamental, PID, é matematicamente analógico e continuo. O controle liga-desliga é um caso
particular, com uma saída discreta (digital). Um controlador digital envolve uma tecnologia digital para executar a
função analógica de controle.
Funções tipicamente digitais são alarme, contagem de eventos e totalização de vazão. Quando se totalizam
pulsos escalonados de medição de vazão, basta contá-los. Quando se totaliza um sinal analógico proporcional à
vazão, é necessário converter o sinal para digital e depois contar os pulsos correspondentes.
Um exemplo relacionando todos estes conceitos é a medição do tempo pelo relógio. O tempo é uma
grandeza analógica. O tempo pode ser medido por um relógio mecânico, com tecnologia analógica e mostrador
analógico.
Tem-se engrenagens, molas, pinos acionando um ponteiro que percorre uma escala circular graduada. O
ponteiro se move continuamente. Este mesmo tempo pode ser medido por um relógio eletrônico, com tecnologia
digital mas com mostrador analógico. A tecnologia do relógio é digital pois tem um microprocessador e um cristal
oscilante. A indicação é analógica, pois é constituída de escala e ponteiro. Porém, o ponteiro se move com
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pequenos saltos, mostrando que está sendo acionado por pulsos. Finalmente, o tempo pode ser indicado por um
relógio digital. A tecnologia do relógio é digital e o indicador é também digital. O display são números que variam
discretamente.
Resumindo: a variável analógica tempo pode ser indicada através de relógio analógico (mecânico) ou digital
(eletrônico) com display analógico (escala e ponteiro) ou digital (números).
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e estas capacidades devem ser entendidas. Como estes instrumentos foram chamados de inteligentes, por
contraposição, os já existentes são considerados burros (dumb).
Atualmente, há o sabido (smart) e o inteligente (intelligent), onde o inteligente tem maiores recursos que o
sabido, embora ambos sejam microprocessados. Atualmente, quando se fala indistintamente que um instrumento é
inteligente quer se referir a um instrumento a base de microprocessador, com a capacidade inerente de computação
matemática, lógica, seqüencial, intertravamento.
A capacidade adicional tornou-se possível pelo desenvolvimento da microprocessador e a inclusão deste
componente admirável nos instrumentos de medição. Isto significa que um transmissor inteligente possui um
pequeno computador em seu interior que geralmente lhe dá a habilidade de fazer duas coisas:
Modificar sua saída para compensar os efeitos de erros
Ser interrogado pelo instrumento receptor da malha.
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3.10 INSTRUMENTO DE CAMPO
Há instrumentos, que pela sua própria função desempenhada, só podem ser montados no campo, próximos
ou em contato direto com o processo. Os sensores ( parte dos instrumentos) e as válvulas de controle são
necessariamente montados no campo. Na maioria dos casos mas nem sempre, o transmissor é montado no campo.
Em uma minoria dos casos, por questão de segurança ou de integridade, o transmissor é montado no painel cego da
sala de controle. Os outros instrumentos, tais como indicadores, registradores, controladores, totalizadores,
transdutores e conversores podem ser montados no campo e no painel da sala de controle.
Embora funcionalmente os instrumentos sejam os mesmos, suas características externas, relacionadas com
robustez, segurança, funcionamento são diferentes. E como conseqüência, também os custos são diferentes.
De um modo simplista, um instrumento especificado e construído para ser montado no campo é mais
robusto, mais resistente à corrosão e maior do que o seu correspondente montado no painel da sala de controle. A
sua pintura e o seu acabamento são normalmente especiais e específicos para cada atmosfera. Atualmente, se
aplicam cada vez mais materiais plásticos (p. ex., epoxy) e fibra de vidro, que são altamente resistente e não sofrem
corrosão nem ferrugem.
A montagem padrão dos instrumentos de campo é em tubo de 2" (50 mm) de diâmetro. Os instrumentos de
medição ou registro de vazão, que utilizam o diafragma de pressão diferencial (câmara Barton) são montados em
pedestal (yoke), que é levemente diferente da montagem em tubo de 2". Na montagem em tubo, o instrumento é
preso lateralmente ao tubo, através de uma braçadeira. Na montagem em pedestal, o instrumento é colocado sobre o
tubo, pois não há espaço lateral para ser fixado.
Os instrumentos de campo que apresenta portas, geralmente são trancados com chave, de modo que apenas
as pessoas categorizadas lhe tenham acesso ao interior. As portas e janelas de vidro, normalmente, são anti
estilhaço, ou seja, quando se quebram não produzem estilhaços, que seriam perigosos aos operadores.
Quando não há restrições de segurança, por causa da presença de gases inflamáveis no meio circundante, os
instrumentos são iluminados internamente. As luzes são acesas manualmente pelo operador ou pelo instrumento de
manutenção, facilitando a operação noturna.
Os instrumentos de campo devem ser montados em lugares de fácil acesso, para possibilitar abertura, troca
de gráficos, calibração e manutenção.
Os instrumentos de campo são chamados também de "caixa grande". São tipicamente de formato retangular.
Os registradores tem o formato retangular, porém, seus gráficos são circulares, com diâmetro de 12".
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3.11 INSTRUMENTOS MONTADOS NA SALA DE CONTROLE
Com a complexidade dos processos industriais, apareceu a necessidade de maior número de instrumentos
para a manipulação dos sinais de informação. Para que os painéis não se tornassem proibitivamente grandes, o que
implicaria em maiores custos e maiores dificuldades para os operadores, os fabricantes foram forcados a diminuir
os tamanhos dos instrumentos. Esta miniaturização dos instrumentos foi auxiliada pelo advento da eletrônica e pelo
uso de circuitos impressos pneumáticos.
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Os instrumentos de painel são estruturalmente mais frágeis que os instrumentos de campo, pois suas
condições ambientais são mais favoráveis e porque as estantes de montagem os protegem.
Os instrumentos elétricos montados nos painéis são de uso geral. Ou seja, mesmo que a sala de
controle seja de uma industria cuja área do campo seja perigosa por manipular produtos com gases
inflamáveis e explosivos, ela é um local seguro.
Os tamanhos físicos dos instrumentos de painel são menores, para que os painéis sejam menores, as
salas de controle sejam menores. A diminuição do tamanho dos instrumentos não prejudica a
operação, pois na sala de controle os operadores podem se aproximar facilmente dos instrumentos
de leitura.
Módulo de entrada, que recebe o sinal de medição da variável de processo, vindo do campo.
Módulo de processamento de sinal, que pode opcionalmente alterar o sinal recebido, por exemplo,
linearizando-o.
Módulo de controle, onde está alojados os circuitos de controle, com pontos de teste e ajuste de
sintonia.
Módulo de saída, que envia o sinal de controle de volta para o campo, para o elemento final de
controle.
Estação de controle, que constitui a interface com o operador de processo.
Cabo de ligação entre o módulo e a estação de controle.
Todos estes instrumentos são montados na sala de controle. Porém, somente as estações de controle tem
informação para o operador. Os instrumentos de painel foram divididos em duas grandes categorias e segregados,
para economia de espaço e para simplificação da operação:
Instrumentos de leitura (display)
Instrumentos cegos (rack)
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interface para o compartilhamento é o multiplexador, que é o instrumento que converte várias entradas em uma
única saída.
Depois de multiplexar os sinais, há a conversão dos sinais analógicos para digital; (A/D). Quando há
controle, o sinal digital deve ser reconvertido para analógico e voltar para o elemento final de controle. Usam-se o
conversor digital-para-analógico e o demultiplexador. O conjunto destas funções de multiplexar, converter e
demultiplexar é feito por um único instrumento chamado de modem (MODulador-DEModulador).
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Atualmente, os sistemas de controle distribuído proporcionam uma grande quantidade de informação que
deve ser passada gradualmente aos computadores periféricos com o fim de prover controles avançados, otimizar o
controle da planta e gerenciar a sua eficiência. O êxito e eficiência destas decisões, independente do seu nível, se
baseiam na informação exata disponível e na existência de um sistema padronizado de comunicação entre o sistema
de controle distribuído e os computadores que se acoplam a rede.
INSTRUMENTO REAL
Instrumento real ou convencional é o equipamento físico que executa a função para o qual ele foi
projetado, construído e instalado. Ele deve ser especificado com detalhe para afunção a ser executada, pois ele é
pouco flexível.
Um controlador convencional deve ser especificado e comprado com as ações de controle necessárias. É
muito difícil e quase impossível fazer atualização (upgrade) de um controlador convencional, para acrescentar
alguma característica opcional, não prevista na época de sua compra.
Como já visto, o instrumento real pode ser montado no campo ou na sala de controle, pode ser pneumático
ou eletrônico, pode ser dedicado ou compartilhado por várias malhas de medição e controle.
Atualmente, por causa do uso intensivo e extensivo do computador pessoal na medição e controle de
processo, há uma tendência universal de substituir o instrumento real de painel pelo instrumento virtual. Porém,
nem tudo pode ser virtual. Os sensores e transmissores, que são a interface com o processo, certamente continuarão
a ser físicos, reais, convencionais.
INSTRUMENTO VIRTUAL
Um instrumento virtual é definido como uma camada de software, hardware ou de ambos, colocada em um
computador de uso geral, de modo que o usuário possa interagir com o computador como se fosse um instrumento
eletrônico tradicional projetado pelo próprio usuário.
Controlador virtual é aquele construído dentro de um computador pessoal. Atualmente, são disponíveis
aplicativos para desenvolver a ace do controlador (template), seu bloco funcional PID e os programas
intermediários para interligar imagens, layouts, blocos e sinais externos.
Do ponto de vista do operador usuário, é muito difícil ver rapidamente as diferenças entre um instrumento
virtual, constituído de programa e equipamento e um real, que é apenas equipamento. O que se vê na tela do
computador não dá imediatamente um entendimento da filosofia de base. Diferente de um hardware, em que se
pode abrir a caixa e olhar dentro, a arquitetura no software é abstrata e não é imediatamente visível para um olho
nu.
Para dar um exemplo, quando se tem um computador pessoal com um circuito de aquisição de dados
embutido, para um instrumentista ou operador de processo, o instrumento pode funcionar como indicador,
registrador, controlador ou chave de atuação.
A única diferença entre o instrumento convencional e o virtual é o software e por isso tem se a idéia que o
software é o instrumento.
Através do monitor de vídeo, teclado e mouse, o operador pode fazer tudo no processo industrial que é feito
com o instrumento convencional, como:
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Alterar ponto de ajuste do controlador.
Passar de automático para manual e vice-versa e em modo manual, atuar diretamente no elemento
final de controle.
Estabelecer pontos de alarme de máximo e de mínimo.
Alterar os parâmetros da sintonia (ganho, tempo integral e tempo derivativo).
Adicionalmente, como o instrumento dentro do computador possui muito mais recursos, o operador
pode: ver a curva de resposta do controlador para atestar o resultado da sintonia e/ou ver a curva de
tendência histórica.
2- Defina sensor.
3- Defina transmissor.
4- Defina indicador.
5- Defina totalizador.
6- Defina registrador.
7- Defina controlador.
8- Defina conversor.
9- Defina válvulas.
10- Avalie (custo, viabilidade, manutenção, tecnologia, segurança) sinais pneumáticos, elétricos
e digitais.
15- Avalie (custo, viabilidade, manutenção, tecnologia, segurança) instrumentos reais e virtuais.
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4) MEDIÇÃO DE PRESSÃO
4.1 - INTRODUÇÃO
Como já foi escrito, a instrumentação é a ciência que se ocupa em desenvolver e aplicar técnicas de
medição, indicação, registro e controle de processos de transformação, visando a otimização da eficiência dos
mesmos. Essas técnicas são normalmente suportadas teoricamente em princípios físicos e ou físico-químicos e
utiliza-se das mais avançadas tecnologias de fabricação para viabilizar os diversos tipos de medição de
variáveis industriais. Dentre essas variáveis encontra-se a pressão cuja medição possibilita não só sua
monitoração e controle como também de outras variáveis tais como nível, vazão e densidade. Assim por ser sua
compreensão básica para o entendimento de outras áreas da instrumentação iniciaremos revisando alguns conceitos
físicos importantes para medição de pressão.
P2 - P1 = P = (h2 - h1) .
Observação
1. Este teorema só é válido para fluidos em repouso.
2. A diferença de cotas entre dois pontos deve ser feita na
vertical.
Figura 4.1
Figura 4.2
Se aplicarmos uma força F1 = 10 kgf sobre o pistão 1, o pistão 2 levantará um peso de 50 kgf devido ter o
mesmo uma área 5 vezes maior que a área do pistão 1.
P1 = F1 e P2 = F2 como P1 = P2 F1 = F2
A1 A2 A1 A2
Outra relação:
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Figura 4.3
P= F = Força 10 kgf
A Área
1 cm
1 cm
Figura. 4.4 – Exemplo de aplicação de uma força em uma superfície (10 kgf/cm2).
A pressão pode ser também expressa como a somatória da pressão estática e pressão dinâmica e assim
chamada de pressão total.
Pd = 1 . . V2 (N/m2)
2
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4.3.7 - UNIDADES DE PRESSÃO
A pressão possui vários tipos de unidade. Os sistemas de unidade MKS, CGS, gravitacional e unidade do
sistema de coluna de líquido são utilizados tendo como referência a pressão atmosférica e são escolhidas,
dependendo da área de utilização, tipos de medida de pressão, faixa de medição, etc.
Em geral são utilizados para medição de pressão, as unidades Pa, N/m², kgf/cm², mmHg, mmH2O,
lbf/pol2, atm e bar.
A seleção da unidade é livre, mas geralmente deve-se escolher uma grandeza para que o valor medido possa
estar na faixa de 0,1 a 1000. Assim, as sete unidades anteriormente mencionadas, além dos casos especiais, são
necessárias e suficiente para cobrir as faixas de pressão utilizadas no campo da instrumentação industrial. Suas
relações podem ser encontradas na tabela de conversão a seguir.
kgf/cm² lbf/pol² bar Pol Hg Pol H2O atm mmHg mmH2O kpa
kgf/cm² 1 14,233 0,9807 28,96 393,83 0,9678 735,58 10003 98,0665
Pol H2O 0,002537 0,03609 0,00249 0,07348 1 0,002456 1,8665 25,399 0,24884
atm 1,0332 14,696 1,0133 29,921 406,933 1 760,05 10335 101,325
H2O à 60ºF
Hg à 32ºF
O pascal é também usado para expressar a tensão mecânica e o módulo de elasticidade dos materiais. Os
altos valores de tensão mecânica são dados em MPa e os valores de módulo de elasticidade em GPa.
É comum se usar altura de coluna d'água ou de mercúrio para expressar pequenas pressões.
Dimensionalmente é errado expressar a pressão em comprimento de coluna líquida, mas subentende-se que a
pressão de 100 mmH2O significa a pressão igual à pressão exercida por uma coluna de água com altura de 100 mm.
Em Instrumentação é comum ainda se usar psi (pound square inch) como unidade de pressão, às vezes,
modificada como psig e psia, para indicar respectivamente pressão manométrica (gauge) e absoluta.
Na borracharia da esquina, a calibração dos pneus é expressa em psi, mas se fala simplesmente libra, que é o
modo preguiçoso de dizer libra-força por polegada quadrado. O sugerido pelo SI é pedir ao borracheiro para
calibrar o pneu com 169 kPa, em vez de 28 libras.
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MANÔMETRO DE LÍQUIDO: PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO E CONSTRUÇÃO
É um instrumento de medição e indicação local de pressão baseado na equação manométrica. Sua
construção é simples e de baixo custo. Basicamente é constituído por tubo de vidro com área seccional uniforme,
uma escala graduada, um líquido de enchimento e suportados por uma estrutura de sustentação.
O valor de pressão medida é obtida pela leitura da altura de coluna do líquido deslocado em função da
intensidade da referida pressão aplicada.
Consiste em tubo de vidro, contendo certa quantidade de líquido, fixado a uma base com uma escala
graduada. Os líquidos mais utilizados nas colunas são: água ( normalmente com um corante ) e mercúrio.
Quando se aplica uma pressão na coluna, o líquido é deslocado, sendo que este deslocamento é proporcional
à pressão aplicada.
Quando o manômetro está separado da linha de gás, os dois lados do manômetro estão com o nível de água
no zero da escala. Isso acontece porque os dois lados do manômetro estão sujeitos à pressão atmosférica ambiente.
Com um lado do manômetro ligado à tubulação de distribuição de gás ( para medir a pressão de gás ) e o outro
lado ainda sujeito à pressão atmosférica local, a coluna de água será forçada para baixo no lado pressurizado e
elevada no lado sob ação da atmosfera. A pressão do gás na tubulação é medida pelo deslocamento total da coluna
de água e seu valor é dado em milímetros de coluna de água ( mmca ).
O deslocamento total da coluna de água ( DT ) é dado pela soma da elevação ( E ) no lado atmosférico e do
abaixamento ( A ) no lado pressurizado. O abaixamento ( A ) no lado pressurizado é igual à elevação ( E ) no
lado atmosférico. Por isso, o deslocamento total ( DT ) pode ser medido multiplicando-se o abaixamento ( A ) ou a
elevação ( E ) por 2. Osso pode ser escrito em uma fórmula simples para a leitura da pressão no manômetro:
DT = A + E ou DT = 2 x A ou DT = 2 x E
LÍQUIDOS DE ENCHIMENTO
A princípio qualquer líquido com baixa viscosidade, e não volátil nas condições de medição, pode ser
utilizado como líquido de enchimento. Entretanto, na prática, a água destilada e o mercúrio são os líquidos mais
utilizados nesses manômetros.
FAIXA DE MEDIÇÃO
Em função do peso específico do líquido de enchimento e também da fragilidade do tubo de vidro que limita
seu tamanho, esse instrumento é utilizado somente para medição de baixas pressões.
Em termos práticos, a altura de coluna máxima disponível no mercado é de 2 metros e assim a pressão
máxima medida é de 2 mH2O caso se utilize água destilada, e 2 mHg com utilização do mercúrio.
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CONDIÇÃO DE LEITURA (FORMAÇÃO DE MENISCO)
O mercúrio e a água são os líquidos mais utilizados para os manômetros de líquidos e tem diferentes formas
de menisco (Fig. 4.8). No caso do mercúrio, a leitura á feita na parte de cima do menisco, e para a água na parte de
baixo do menisco. A formação do menisco é devido ao fenômeno de tubo capilar, que é causado pela tensão
superficial do líquido e pela relação entre a adesão líquido-sólido e a coesão do líquido.
Num líquido que molha o sólido (água) tem-se uma adesão maior que a coesão. A ação da tensão superficial
neste caso obriga o líquido a subir dentro de um pequeno tubo vertical. Para líquidos que não molham o sólido
(mercúrio), a tensão superficial tende a rebaixar o menisco num pequeno tubo vertical. A tensão superficial dentro
do tubo não tem relação com a pressão, precisando assim de compensação.
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Indicadores tipo campânulas. Esses medidores equilibram a pressão a determinar contra um peso conhecido.
São de grande sensibilidade e utilizados para medição de tiragem de caldeiras e fornos. A figura acima mostra um
desses medidores.
4.4.3.2 TIPOS DE MANÔMETRO LÍQUIDO
MANÔMETRO TIPO COLUNA EM “U”
O tubo em “U” é um dos medidores de pressão mais simples entre os medidores para baixa pressão. É
constituído por um tubo de material transparente (geralmente vidro) recurvado em forma de U e fixado sobre uma
escala graduada. A figura 4.11 mostra três formas básicas.
No tipo ( a ), o zero da escala está no mesmo plano horizontal que a superfície do líquido quando as pressões
P1 e P2 são iguais. Neste caso, a superfície do líquido desce no lado de alta pressão e, consequentemente sobe no
lado de baixa pressão. A leitura se faz, somando a quantidade deslocada a partir do zero nos lados de alta e baixa
pressão.
No tipo ( b ), o ajuste de zero é feito em relação ao lado de alta pressão. Neste tipo há necessidade de
se ajustar a escala a cada mudança de pressão.
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No tipo ( c ) a leitura é feita a partir do ponto mínimo da superfície do líquido no lado de alta pressão,
subtraída do ponto máximo do lado de baixa pressão.
A leitura pode ser feita simplesmente medindo o deslocamento do lado de baixa pressão a partir do mesmo
nível do lado de alta pressão, tomando como referência o zero da escala.
A faixa de medição é de aproximadamente 0 ~ 2000 mmH2O/mmHg.
Como “A” é muito maior que “a”, equação anterior pode ser simplificado e reescrita. Assim teremos a
seguinte equação utilizada para cálculo da pressão.
P1 - P2 = . h2
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MANÔMETRO TIPO COLUNA INCLINADA
Este Manômetro é utilizado para medir baixas pressões na ordem de 50 mmH2O. Sua construção é feita
inclinando um tubo reto de pequeno diâmetro, de modo a medir com boa precisão pressões em função do
deslocamento do líquido dentro do tubo. A vantagem adicional é a de expandir a escala de leitura o que é
muitas vezes conveniente para medições de pequenas pressões com boa precisa ( 0,02 mmH2O).
A figura 4.13 representa o croqui construtivo desse manômetro, onde “” é o ângulo de inclinação
e “a” e “A” são áreas dos ramos.
P1 e P2 são as pressões aplicadas, sendo P1 P2.
Sendo a quantidade deslocada, em volume, a mesma e tendo os ramos áreas diferentes, teremos:
Quanto menores forem a/A e , maior será a taxa de ampliação. Devido às influências do fenômeno de
tubo capilar, uniformidade do tubo, etc. é recomendável utilizar o grau de inclinação de aproximadamente 1/10.
A leitura neste tipo de manômetro é feita com o menismo na posição vertical em relação ao tubo reto. O
diâmetro interno do tubo reto é de 2 ~ 3mm, a faixa de utilização é de aproximadamente 10 ~ 50mm H2O, e é
utilizado como padrão nas medições de micropressão.
APLICAÇÕES
Os manômetros de líquido foram largamente utilizados na medição de pressão, nível e vazão nos
primórdios da instrumentação. Hoje, com o advento de outras tecnologias que permitem leituras remotas, a
aplicação destes instrumentos na área industrial se limite a locais ou processos cujos valores medidos não são
cruciais no resultado do processo ou a locais cuja distância da sala de controle inviabiliza a instalação de outro tipo
de instrumento. Porém, é nos laboratórios de calibração que ainda encontramos sua grande utilização, pois podem
ser tratados como padrões.
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4.4.3.3 - MANÔMETRO TIPO ELÁSTICO
Este tipo de instrumento de medição de pressão baseia-se na lei de Hooke sobre elasticidade dos
materiais.
Em 1676, Robert Hook estabeleceu essa lei que relaciona a força aplicada em um corpo e a deformação por
ele sofrida. Em seu enunciado ele disse: “o módulo da força aplicada em um corpo é proporcional à deformação
provocada’.
Essa deformação pode ser dividida em elástica (determinada pelo limite de elasticidade), e plástica ou
permanente.
Os medidores de pressão tipo elástico são submetidos a valores de pressão sempre abaixo do limite de
elasticidade, pois assim cessada a força a ele submetida o medidor retorna a sua posição inicial sem perder suas
características.
Esses medidores podem ser classificados em dois tipos, quais sejam:
1) Conversor da deformação do elemento de recepção de pressão em sinal elétrico ou pneumático.
2) Indicador/amplificador da deformação do elemento de recepção através da conversão de deslocamento
linear em ângulos utilizando dispositivos mecânicos.
a) Funcionamento do medidor tipo elástico
O elemento de recepção de pressão tipo elástico sofre deformação tanto maior quanto a pressão aplicada.
Esta deformação é medida por dispositivos mecânicos, elétricos ou eletrônicos.
O elemento de recepção de pressão tipo elástico, comumente chamado de manômetro, é aquele que mede
a deformação elástica sofrida quando está submetido a uma força resultante da pressão aplicada sobre uma
área específica.
Essa deformação provoca um deslocamento linear que é convertido de forma proporcional a um
deslocamento angular através de mecanismo específico. Ao deslocamento angular é anexado um ponteiro que
percorre uma escala linear e cuja faixa representa a faixa de medição do elemento de recepção.
b) Principais tipos de elementos de recepção
A tabela abaixo mostra os principais tipos de elementos de recepção utilizados na medição de pressão
baseada na deformação elástica, bem como sua aplicação e faixa recomendável de trabalho.
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4.4.3.4 - MANÔMETRO TUBO BOURDON
O princípio de funcionamento baseia-se a um dispositivo bastante simples e idêntico a um brinquedo muito
conhecido: a língua de sogra. Quando soprada a língua de sogra enche-se de ar e desenrola-se, por causa de pressão
exercida pelo ar. No caso do manômetro, esse desenrolar gera um movimento que é transmitido ao ponteiro e que
vai indicar a medida da pressão.
O Tubo de Bourbon pode apresentar-se nas seguintes formas: tipo C, tipo espiral ou tipo helicoidal,
conforme o desenho abaixo:
P P
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Com a pressão agindo em seu interior, o tubo tende a tomar uma seção circular resultando um movimento
em sua extremidade fechada. Esse movimento através de engrenagens é transmitido a um ponteiro que irá
indicar uma medida de pressão em uma escala graduada
A construção básica, o mecanismo interno e seção de tubo de Bourdon, são mostrados nas figuras 4.17, 4.18,
4.19 e 4.20.
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b) Material de Bourdon
De acordo com a faixa de pressão a ser medida e a compatibilidade com o fluido é que determinamos o
tipo de material a ser utilizado na confecção de Bourdon. A tabela a seguir indica os materiais mais utilizados na
confecção do tubo de Bourdon.
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c - Classificação dos manômetros tipo Bourdon
Os manômetros tipo Bourdon podem ser classificados quanto ao tipo de pressão medida e quanto a classe de
precisão. Quanto a pressão medida ele pode ser manométrico para pressão efetiva, vácuo, composto ou pressão
diferencial. Quanto a classe de precisão, essa classificação pode ser obtida através das tabelas de Manômetro /
vacuômetro e Manômetro composto, a seguir.
________________________________________________________________________________________
Manômetro e Vacuômetro ERRO TOLERÁVEL
Classe Acima de 1/10 e abaixo de 9/10 Outra faixa da escala
da escala
Manômetro composto
ERRO TOLERÁVEL
Classe Para pressão acima da
atmosfera, acima de 1/10 e
abaixo de 9/10 da escala.
E parte de vácuo acima de 1.10 Outra faixa da escala
e abaixo de 9.10 da escala
1.5 1.5% 2.0%
3.0 3.0% 4.0%
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A figura 4.21 mostra na vista explodida desse manômetro.
A figura 4.22 mostra um gráfico comparativo típico da relação entre a vida útil de um manômetro
convencional e um preenchido com fluido de proteção.
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e.4) Manômetro com selagem líquida
Em processos industriais que manipulam fluidos corrosivos, viscosos, tóxicos, sujeitos à alta temperatura
e/ou radioativos, a medição de pressão com manômetro tipo elástico se torna impraticável pois o Bourdon não é
adequado para essa aplicação, seja em função dos efeitos da deformação proveniente da temperatura, seja pela
dificuldade de escoamento de fluidos viscosos ou seja pelo ataque químico de fluidos corrosivos. Nesse caso, a
solução é recorrer a utilização de algum tipo de isolação para impedir o contato direto do fluido do processo com
o Bourdon. Existem basicamente dois tipos de isolação, (que tecnicamente é chamado de selagem), utilizada. Um
com selagem líquida, utilizando um fluido líquido inerte em contato com o Bourdon e que não se mistura com o
fluido do processo. Nesse caso é usado um pote de selagem conforme figura 4.25. Outro, também com selagem
líquida porém utilizando um diafragma como selo. O fluido de selagem mais utilizado nesse caso é a glicerina,
por ser inerte a quase todos os fluidos. Este método é o mais utilizado e já é fornecido pelos fabricantes quando
solicitados, um exemplo desse tipo é mostrado na figura 4.26.
Os amortecedores de pulsação tem por finalidade restringir a passagem do fluido do processo até um
ponto ideal em que a freqüência de pulsação se torne nula ou quase nula. Esse acessório é instalado em conjunto
com o manômetro com objetivo de estabilizar ou diminuir as oscilações do ponteiro em função do sinal
pulsante. Esta estabilização do ponteiro possibilita a leitura da pressão e também aumenta a vida útil do
instrumento.
Os amortecedores de pulsação podem ser adquiridos com restrição fixa ou ajustáveis. A figura 4.28 mostra
alguns tipos de amortecedores de pulsação encontrados no mercado.
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A B C D
Figura.4.28 - Amortecedores de pulsação
A - amortecedor de pulsação ajustável, dotado de disco interno com perfuração de diâmetro variável.
Através da seleção dos orifícios do disco interno, escolhe-se o que apresenta melhor desempenho.
B - Amortecedor de pulsação não ajustável, dotado de capilar interno de inox.
C - Amortecedor de golpes de ariete, com corpo de latão e esfera bloqueadora de aço.
D - Válvula de agulha, supressora de pulsação com regulagem externa. Para encontra o ponto de melhor
desempenho, abre-se a válvula quase totalmente, em seguida vai-se fechando gradativamente, até que o
ponteiro do instrumento estabilize.
f.2) Sifões
Os sifões são utilizados, além de selo, para “isolar” o calor das linhas de vapor d’água ou líquidos muito
quentes, cuja temperatura supera o limite previsto para o instrumento de pressão. O líquido que fica retido na
curva do tubo-sifão esfria e é essa porção de líquido que irá ter contato com o sensor elástico do instrumento,
não permitindo que a alta temperatura do processo atinja diretamente o mesmo.
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4.4.3.6 MANÔMETRO TIPO DIAFRAGMA
É constituído por um disco de material elástico ( metálico ou não ), fixo pela borda. Uma haste fixa ao centro
do disco está ligada a um mecanismo de indicação. Quando uma pressão é aplicada, a membrana se desloca, e esse
deslocamento é proporcional à pressão aplicada. O diafragma geralmente é ondulado ou corrugado para aumentar
sua área efetiva
Diafragma é um disco circular utilizado para medir pressões geralmente de pequenas amplitudes. É
uma membrana fina de material elástico, metálico ou não. No manômetro tipo diafragma esta membrana fica
sempre oposta a uma mola. Ao aplicar-se uma pressão no diafragma haverá um deslocamento do mesmo até um
ponto onde a força da mola se equilibrará com a força elástica do diafragma. Este deslocamento resultante é
transmitido a um sistema com indicação (ponteiro) que mostra a medição efetuada. Sua construção é mostrada
na figura 4.31.
Em geral os materiais utilizados na confecção de diafragma são aço inoxidável com resistência à
corrosão, tântalo, latão, bronze fosforoso, monel, neoprene, teflon, etc.
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Este tipo de medidor, utiliza o diafragma para medir determinada pressão, bem como, para separar o fluido
medido do mecanismo interno. Antes foi mostrado o manômetro tipo de Bourdon que utiliza selagem líquida.
Aqui, explica-se o medidor que utiliza um diafragma elástico.
A figura 4.33 mostra este tipo de medidor.
A área efetiva de recepção de pressão do diafragma, muda de acordo com a quantidade de deslocamento.
Para se obter linearidade em função de grande deslocamento, deve-se fazer o diâmetro com dimensões maiores. A
área efetiva do diafragma é calculada pela seguinte equação.
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E ainda, a quantidade de deslocamento é calculada pela seguinte equação.
S = Ae . P . Cd
Onde:
S = deslocamento (mm)
P = pressão do diafragma (kgf/cm2)
Fole é um dispositivo que possui ruga no círculo exterior de acordo com a figura 4.35 que tem a
possibilidade de expandir-se e contrair-se em função de pressões aplicadas no sentido do eixo.
Como a resistência à pressão é limitada, é usada para baixa pressão. A área efetiva do elemento receptor de
pressão do fole é mais ou menos definida pela equação:
Ae = 1 (OD + ID)2
4 2
Onde:
Ae = área efetiva do receptor de pressão
OD = diâmetro externo (mm) ID = diâmetro interno
(mm)
E ainda, a quantidade de deslocamento do fole é representada pela seguinte equação: S = Ae . P . Cb
Onde: S = deslocamento (mm) P = pressão diferencial do diâmetro do fole (kgf/cm2) Cb = rigidez do fole
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A vida útil do fole, em função da repetibilidade à pressão constante, à quantidade de expansão e construção
é representada pelo número de vezes até a quebra.
A figura 4.36 mostra um exemplo de construção do manômetro tipo fole. Sendo adicionado uma pressão na
parte interna do fole, a extremidade livre desloca-se. Este deslocamento é transferido ao LINK e setor, através da
alavanca fazendo com que o ponteiro se desloque.
Os metais usados na construção dos foles devem ser suficientemente finos para terem flexibilidade,
dúcteis para uma fabricação razoavelmente fácil e devem ter uma alta existência à fadiga. Os materiais
comumente usados são latão, bronze, cobre-berílio, ligas de níquel e cobre, aço e monel.
Figura 4.38 - Cápsula de diafragma Figura 4.39 - Manômetro composto de 6 capsulas em série
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Com a introdução de pressão na unidade de recepção, a cápsula de diafragma desloca-se e empurra o LINK
(figura 4.40). O deslocamento é transmitido ao pinhão e ponteiro através do setor. Pelo lado S da caixa, se tiver
pressão atmosférica, pode-se medir a pressão efetiva, se tiver vácuo, pode-se medir a pressão absoluta, se tiver
pressão absoluta pode-se medir a pressão diferencial.
Estes manômetros são apropriados para medição de gases e vapores não corrosivos e são utilizados para
medir baixa e micropressão.
O material utilizado para a confecção da cápsula é bronze fosforoso, cobre-berílio, aço inoxidável ou
monel.
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Por isso, medindo-se antecipadamente a área efetiva de recepção de pressão “A”, pode-se obter a pressão
equivalente ao peso. Se no manômetro tipo peso morto escolher a área efetiva de recepção de pressão “A”,
pode-se aumentar a faixa de medição e obter-se a pressão com alta precisão e de faixa ampla de 3000 kgf/cm2
(aproximadamente 294 MPa) até 0,005 kgf/cm2 (aproximadamente 490 Pa).
A = d2
4
Onde:
d = diâmetro do êmbolo
A tabela abaixo indica os tipos de líquidos utilizados no manômetro tipo peso morto.
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Velocidade de descida do êmbolo estabelecido é o seguinte: Pressão máxima 35 kgf/cm2 - máx.
1 mm/min Pressão máxima 1000 kgf/cm2 - máx. 2 mm/min Pressão máxima acima de 1000
kgf/cm2 - 3 mm/min
Para diminuir a resistência entre o embolo e o cilindro gira-se devagar o peso com a força de 1/3 da pressão
máxima, mantendo a rotação constante por 20 segundos. Caso se teste manômetros que não permitam a utilização
de óleo, deve-se utilizar um sistema que isole o óleo do elemento sensor.
Uma diferença de pressão entre as câmaras de alta ( high ) e de baixa ( low ) produz uma força no diafragma
isolador, que é transmitida pelo líquido de enchimento.
A força atinge a armadura flexível ( diafragma sensor ) provocando sua deformação e alterando, portanto, o
valor das capacitâncias formadas pelas armaduras fixas e pela armadura móvel. Esta alteração é medida pelo
circuito eletrônico, que gera um sinal proporcional à variação de pressão aplicada à câmara da cápsula de pressão
diferencial capacitiva.
Figura 4.44 - Sensor de silício Célula de carga para medição de pressão por cristal piezoelétrico
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STRAIN GAGES
Strain gages medem a força baseado no princípio que quanto mais fino é um fio, mais elevada sua
resistência. Em outras paalvras, um fio com um diâmetro menor apresenta uma resistência mais elevada do
que um fio com um diâmetro maior. Se pegamos um fio elástico, podemos esticá-lo e medir a mudança na
resistência porque seu diâmetro diminui no meio, aumentando a resistência. A mudança na resistência
comparada à mudança na voltagem apresenta um comportamnto bem linear. Se uma corrente constante for
fornecida a um strain gage e a força aplicada ao mesmo variar, a resistência do strain gage variará e a mudança na
voltagem medida será proporcional à esta mudança na força.
Este tipo de sensores têm muitos usos. São usados para a medida da pressão ligando-os a uma membrana que
seja exposta à pressão e também são utilizados para medidas de cargas. Outra aplicação são em acelerômetros. A
maioria dos strain gages têm o fio disposto em zig-zag e colado sobre um revestimento protetor de papel ou
membrana (veja a figura a seguir). Devem ser aplicados corretamente porque são sensíveis à mudança das forças
em apenas um sentido. Por isso, contêm normalmente uma seta que indica o sentido em que devem ser montados.
São geralmente afixados com o uso adesivos.
Para aumentar a variação na resistência e para compensar possíveis flutuações de temperatura, são
muitas vezes utilizados numa configuração “em ponte” (veja figura abaixo). Para isso, um strain gage “dummy” é
introduzido e não fica sujeito à tensão aplicada, mas apenas à mudança de temperatura. Isto elimina o efeito da
flutuação da temperatura na medida da carga.
Figura 4.47 - Sensor de pressão do tipo Strain-gage. O círculo representa uma membrana à qual é aplicada a pressão.
Vibração da linha (ou painel) de apoio do manômetro: Ainda dessa vez afetando o "movimento". Só
uma reinstalação específica a cada caso poderá solucionar esse tipo de problema;
Temperaturas elevadas no tubo e nas paredes sensíveis do instrumento: Esse problema ocorre, por
exemplo, em linhas de vapor. A proteção para esses casos é o uso de um "sifão". O sifão prove um
pequeno depósito de condensado que protege as partes mais delicadas do instrumento.
Ainda sobre o tubo Bourdon, diremos que o conjunto setor-pinhão (ou máquina, ou movimento)
proporciona o mesmo deslocamento do ponteiro para qualquer faixa de pressão, porque o movimento da
ponta do tubo de Bourdon é constante em qualquer caso, o que se consegue com a escolha de material e
espessuras adequadas do tubo para cada faixa de pressão. Esse movimento é relativamente pequeno, o que
dificulta o uso de tubos Bourdon para intervalos pequenos ou para trechos de pressão baixa.
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Lista de exercícios Nº. 4 – Pressão
2- Defina fluido.
8- Converta:
15 N/m2 em pol Hg 15 lbf/pol2 em mmHg 15 atm em kpa 15 kgf/cm2 em polHg
11- Temos abaixo quatro manômetros coloque em ordem de aplicação para o de menor pressão
para o de maior pressão.
Diafragma, Cápsula, Bourdon e Fole.
14- O tipo de material que é feito o Bourdon pode variar as leituras de pressão.
15- Para que serve o liquido proteção usado nos manômetros. Dê exemplos.
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5) MEDIÇÃO DE VAZÃO
INTRODUÇÃO
A medição da vazão é essencial a todas as fases da manipulação dos fluidos, incluindo a produção, o
processamento, a distribuição dos produtos e das utilidades. Ela está associada com o balanço do processo e está
diretamente ligada aos aspectos de compra e venda dos produtos. A medição confiável e precisa requer uma correta
engenharia que envolve a seleção do instrumento de medição, a sua instalação, a sua operação, a sua manutenção e
a interpretação dos resultados obtidos.
Na maioria das operações realizadas nos processos industriais é muito importante efetuar a medição e o
controle da quantidade de fluxo de líquidos, gases e até sólidos granulados, não só para fins contábeis, como
também para a verificação do rendimento do processo. Assim, estão disponíveis no mercado diversas tecnologias
de medição de vazão cada uma tendo sua aplicação mais adequada conforme as condições impostas pelo processo.
O conjunto formado pelo medidor e os trechos da tubulação antes e depois do medidor deve ser considerado
globalmente e não apenas o medidor isolado. Este conjunto pode incluir retificadores de vazão, reguladores do
perfil da velocidade, filtros e tomadas de medições.
Neste capítulo abordaremos algumas destas tecnologias, suas aplicações, e os princípios físicos envolvidos,
bem como os testes, calibração e suas interligações elétricas em forma de malhas de medição, registro, indicação e
controle. A vazão de fluidos é complexa e nem sempre sujeita à análise matemática exata. Diferente do sólido, os
elementos de um fluido vazando podem mover em velocidades diferentes e podem ser sujeitos a acelerações
diferentes.
Os três conceitos mais importantes na vazão de um fluido são vistos em Mecânica dos Fluidos, são eles:
Observação:
A vazão também pode ser obtida pelo resultado da multiplicação da área seccional pela média da
velocidade do fluido.
Na grande maioria das condições de processo, o que realmente nos interessa é a vazão instantânea, não a
vazão totalizada. Vazão instantânea é a quantidade de fluido que passa por uma seção reta de uma tubulação num
intervalo de tempo especificado: l / s, m3 / h, kg / h, etc . . .
A vazão instantânea é expressa matematicamente como:
Q=VA
onde:
Q = vazão instantânea
V = velocidade do fluido
A = área da seção reta da tubulação
Outro caso totalmente distinto do anteriormente citado é o da medição de vazão totalizada. Neste caso então,
não se deseja saber qual o volume que está atravessando uma seção da tubulação por unidade de tempo, mais sim
todo o volume que já passou por ali. O que se quer aí é litros e não l/s, m3 e não m3/h , etc . . .
Quando se toma um ponto de referência, a vazão é a quantidade do produto ou da utilidade, expressa em
massa ou em volume, que passa por ele, na unidade de tempo. A unidade de vazão é a unidade de volume por
unidade de tempo ou a unidade de massa por unidade de tempo.
A vazão volumétrica é igual ao produto da velocidade do fluido pela área da seção transversal da tubulação.
É definida como sendo a quantidade em volume que escoa através de uma certa seção em um intervalo de tempo
considerado. É representado pela letra Q e expressa pela seguinte equação
Q= V/t V = volume t = tempo
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A vazão mássica é igual ao produto da vazão volumétrica pela densidade do fluido . É definida como
sendo a quantidade em massa de um fluido que atravessa a seção de uma tubulação por unidade de tempo. É
representada pela letra Qm e expressa pela seguinte equação:
Qm = m/t m = massa t = tempo
Na prática, como é difícil a medição direta da densidade do fluido e a composição dos gases é constante,
usam se as medições da temperatura e da pressão para inferir a densidade.
A partir da vazão volumétrica ou mássica pode se obter a sua totalização, através da integral da vazão
instantânea. Outra dificuldade apresentada na medição da vazão está relacionada com a grande variedade de fluidos
manipulados e com o elevado número de configurações diferentes. Por isso, é freqüente na medição da vazão o uso
de extrapolações e de similaridades geométricas, dinâmicas e cinemáticas entre os diferentes modelos.
5.3.2 - VISCOSIDADE
É definida como sendo a resistência ao escoamento de um fluido em um duto qualquer. Esta resistência
provocará uma perda de carga adicional que deverá ser considerada na medição de vazão.
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VISCOSIDADE CINEMÁTICA
É a relação entre a viscosidade absoluta e a massa específica de um fluido, tomados à mesma temperatura. É
representada pela letra (ni).
Observação:
A grande importância do número de Reynolds é que permite avaliar o tipo do escoamento (a estabilidade do
fluxo) e pode indicar se flui de forma laminar ou turbulento. Para o caso de um fluxo de água num tubo cilíndrico,
admite-se os valores de 2.000 e 4.000 como limites. Dessa forma, para valores menores que 2.000 o fluxo será
laminar e para valores maiores que 4.000 o fluxo será turbulento. Entre estes dois valores o fluxo é considerado
como de transição. Tipicamente, por valores experimentais, costuma-se caracterizar um fluido com escoamento
laminar com Re < 2000 e escoamento turbulento com Re > 4000. Alguns autores adotam também o valor 2.320
como limitador do tipo de escoamento no nosso curso adotaremos Re < 2000 laminar e Re > 4000 turbulento.
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5.3.5 COMPORTAMENTO DO FLUIDO DENTRO DA TUBULAÇÃO
Muitas fórmulas empíricas propostas para a medição da vazão em tubo são muito limitadas e podem ser
aplicadas apenas quando as condições reais do processo se aproximam das condições do laboratório.
Para transferir o fluido de A para B, coloca se uma tubulação ligando os dois pontos e instala se uma bomba
nesta tubulação. Por causa do atrito entre o fluido móvel e a tubulação fixa, o fluido deve ser pressurizado, para que
escoe. Ou seja, para haver vazão do fluido através da tubulação, a pressão na saída da bomba deve ser maior que a
pressão na entrada do tanque B. Esta diferença de pressão produz a força que faz o fluido escoar através da
tubulação. O fluido atinge um equilíbrio ou fica em vazão de regime permanente quando a força requerida para
movê-lo através da tubulação é igual a força produzida pela diferença de pressão.
Vários parâmetros influem na queda de pressão ao longo da tubulação: o seu comprimento, o seu diâmetro
interno, a velocidade , a densidade e a viscosidade do fluido que se move através da tubulação e o atrito provocado
pela rugosidade da parede interna da tubulação no fluido. Existem equações teóricas e experimentais relacionando
todos estes parâmetros.
Mesmo quando se usam as unidades métricas, é comum usar a polegada para expressar o diâmetro nominal
da tubulação. O tamanho nominal de tubulações iguais e maiores que 14" representa o diâmetro externa da
tubulação e os tamanhos nominais menores são aproximações do diâmetro interno.
A espessura da parede da tubulação, determinada pelo Schedule do tubo, pode variar substancialmente para
um determinado diâmetro da tubulação, enquanto o diâmetro externo permanece constante. Como conseqüência, o
diâmetro interno pode variar e por isso há ábacos e tabelas na literatura técnica (Crane, por exemplo) para a sua
obtenção. Em geral, quando o número do Schedule aumenta, a espessura da parede aumenta e o diâmetro interno
diminui.
Ideal ou real.
Laminar ou turbulenta.
Compressível ou incompressível.
Homogênea ou com mais de uma fase.
Viscosa ou sem viscosidade.
Regime estável ou instável.
Rotacional ou irrotacional.
Para cada vazão, há hipóteses simplificadoras e as correspondentes equações permitem a sua análise. As
simplificações se referem à viscosidade, densidade, pressão, temperatura, compressibilidade e energia em suas
diferentes formas. Sempre há aspectos teóricos e informações experimentais.
No caso de um corpo sólido imerso em fluido vazando, há uma turbulência atrás do corpo, resultando em
uma força de arraste no corpo (drag).
Na vazão turbulenta as velocidades locais e as pressões flutuam aleatoriamente de modo que as soluções do
problema de turbulência requer a mecânica estatística.
Os efeitos da viscosidade ainda estão presentes na vazão turbulenta, mas eles são geralmente mascarados
pelas tensões de cisalhamento turbulentas. A difusão, a transferência de calor e as tensões de cisalhamento estão
relacionadas diretamente com a turbulência. Turbulência muito acentuada pode provocar a separação da vazão.
Quando a água é bombeada através de tubo em vazão muito elevada, a vazão se torna turbulenta. Para uma
determinada pressão aplicada, a vazão pode ser aumentada muitas vezes, simplesmente pela adição de uma
pequeníssima quantidade (poucas partes por milhão) de um polímero de altíssimo peso molecular (maior que 1
milhão). Este fenômeno é chamado de redução do arraste e é usado, por exemplo, nas estações de bombeamento
nos oleodutos do Alasca.
Erroneamente se pensa que é mais fácil medir vazões laminares. Na prática industrial e na natureza, a
maioria das vazões é turbulenta e muitos medidores só conseguir medir vazões com número de Reynolds acima de
um determinado limite, tipicamente de 104.
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A perda da energia na vazão laminar varia linearmente com a velocidade e não com o quadrado da
velocidade, como na vazão turbulenta. Esta relação matemática é a base do funcionamento do medidor com
resistência linear usado para a medição de vazão laminar.
Na vazão turbulenta não se tem linhas de vazão distintas mas o fluido consiste de uma massa de
redemoinhos. As partículas não seguem a mesma trajetória. O perfil de velocidade mostra a velocidade máxima
também no centro, mas a velocidade próxima das paredes da tubulação é igual a metade da máxima velocidade. O
perfil é mais chato para um tubo liso do que para um tubo rugoso. A velocidade média no centro de um tubo rugoso
é de 0,74 da máxima e no tubo liso vale 0,88 da máxima.
Figura 5.6 - Perturbações que criam distorção do perfil, vazões secundárias e redemoinhos
Na vazão irrotacional, cada pequena parcela ou elemento do fluido preserva sua orientação original.
Como um elemento do fluido pode ser girado em torno de seu eixo somente com aplicação de forças viscosas, o
fluido rotacional é possível somente com fluido real viscoso e a vazão irrotacional só pode ser obtida de fluido ideal
não viscoso. Para fluido com pequena viscosidade, tal como ar e água,a vazão irrotacional pode ser aproximada em
um vórtice livre. Em um vórtice livre, um corpo de fluido gira sem a aplicação de torque externo por causa do
momentum angular previamente aplicado nele Exemplos são a rotação do fluido que sai de um bomba centrífuga,
um furacão de ar ou a rotação da água entrando no dreno de um vaso.
Uma vazão irrotacional se torna rotacional quando a tubulação muda de direção, formando ângulos de 90O.
Há medidores de vazão, como o tipo vortex e efeito Coanda que provocam artificialmente vórtices para a
medição do valor da vazão.
Quando for indesejável e geralmente o é, a rotação da vazão, usam-se retificadores de vazão para eliminar os
redemoinhos.
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Por causa da vazão crítica ser caracterizada pela velocidade do gás na garganta ser igual à velocidade do
som, existe uma relação fixa das pressões na entrada (P1), pressão a montante e na garganta (P2) para qualquer
pressão de entrada, desde que a condição crítica seja mantida. Como conseqüência, não se necessita de tomada de
pressão e a vazão mássica depende apenas de P1 e T1. Como a velocidade é sônica, a pressão a jusante (P3) não
afeta a pressão a montante (P1), mas para se manter a vazão crítica, deve-se ter a relação:
Este fenômeno só acontece com o bocal. A vazão crítica não ocorre com a placa de orifício de canto reto,
pois a diminuição da pressão a jusante sempre faz a vazão aumentar. O bocal de vazão é usado como padrão
secundário na calibração de medidores de vazão de gases, pois ele pode gerar vazões constantes e previamente
calculadas pelo seu formato. Tubos venturi de cavitação (com melhor rendimento) ou orifícios de restrição (com
pequena precisão) são usados como limitadores de vazão de líquidos no caso de falhas a jusante do sistema.
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DISPOSITIVOS PARA MEDIÇÃO DE VAZÃO.
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5.6.1 PRESSÃO DIFERENCIAL
Se tivermos uma tubulação e se nela introduzirmos uma restrição, provocaremos uma queda de pressão, que
será tanto maior quanto for a vazão. Quando introduzimos esta restrição em uma tubulação através da qual escoa
um fluido, ocorre como conseqüência, uma perda ou queda de pressão.
Esta perda de pressão é tanto maior quanto maior for a vazão do fluido que estiver escoando pela tubulação.
A perda de pressão introduzida não é a mesma para todos os fluidos, dependendo da viscosidade, temperatura e
densidade do fluido em questão.
É evidente que também depende do tamanho de restrição e do diâmetro da tubulação em que esta se situa.
Conclui-se, portanto, que a partir da medida da perda ou queda de pressão através de uma restrição colocada em
uma tubulação já podemos determinar a vazão.
Esta queda, evidentemente, também dependerá do tamanho da restrição, do diâmetro da tubulação e não será
a mesma para todos os fluidos pois teremos diferentes viscosidades e temperaturas.
Como o diferencial produzido (P) está intimamente ligado a vazão (Q), isto é, Q = K P, podemos
medir a vazão através da medida do P. ( K é uma constante que depende da viscosidade, temperatura, tipo de
fluido, diâmetro do orifício, diâmetro da tubulação, tipo de placa, etc ). O sistema de medição é constituído pelo
elemento primário, que produz a pressão diferencial (P) e pelo elemento secundário que mede esta pressão.
Na figura seguinte podemos observar a distribuição da pressão estática numa linha a montante e a jusante da
restrição e a perda permanente introduzida.
Na primeira figura abaixo, temos representado uma restrição na tubulação e na segunda figura, um gráfico
representativo de como a pressão varia na região em torno da restrição (orifício).
Nota-se pelo gráfico, que esta diferença varia conforme as posições das tomadas de pressões P1 e P2.
Para medir a vazão por diferença das pressões usam-se instalações que se compõem:
De um elemento primário: dispositivo de restrição que produz a diferença (queda) das pressões;
De um elemento secundário: dispositivo que mede a diferença de pressões produzida pela restrição;
De um elemento terciário, que é usado para indicar, registrar e/ou controlar a vazão.
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Os tipos de elementos primários de medição de vazão por pressão diferencial mais usados são:
Placa de orifício;
Bocal de vazão;
Tubo Venturi;
Tubo Pitot;
Dall Tube;
Anubar
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Geralmente, o elemento primário mais simples na fabricação, na instalação e de baixo custo. Consiste de
uma placa metálica com um orifício centrico ou excêntrico, de diâmetro menor que o da tubulação onde se acha
instalada, de secção circular elíptica, segmental, etc., com suas bordas vivas (ortogonais) ou boleadas. A figura
abaixo mostra uma placa de orifício.
Consiste basicamente de uma chapa metálica, perfurada de forma precisa e calculada, a qual é
instalada perpendicularmente ao eixo da tubulação entre flanges. Sua espessura varia em função do
diâmetro da tubulação e da pressão da linha, indo desde 1/16” a 1/4”.
Às vezes, a placa é provida de um pequeno furo adicional para a passagem de gases ou de condensado.
Quando um fluido é um gás, o furo adicional deve ficar na parte inferior da tubulação, de forma a deixar escoar os
gases que se condensam e no caso do fluido ser líquido, o orifício deve ficar na parte superior da tubulação, a fim
de dar passagem à parte vaporizada, porventura existente, e assim não adicionar erro maior na vazão medida.
A placa de orifício é inserida na tubulação entre flanges e as tomadas de pressão são a montante e a jusante
da mesma. São denominadas, respectivamente, de alta pressão e de baixa pressão. A diferencial de pressão, ou seja,
as duas tomadas de pressão são ligadas a um medidor diferencial de pressão (elemento secundário), como mostrado
na figura a seguir.
As placas de orifício são os mais empregados entre todos os elementos primários, para tubos de diâmetro de
2” a 14”, devido a reprodutividade, facilidade de instalação e remoção e baixo custo.
É constituída de uma placa de aço inox AISI-304, 316 ou 430, com orifício que funciona como restrição da
seção da tubulação onde é colocada entre flanges de preferência em trechos horizontais de tubulação.
Caso tenhamos que instalar a mesma em trecho vertical utilizar fluxo ascendente para líquidos e
descendentes para gases.
Seu uso, entretanto, é limitado no caso de fluídos contendo sólidos em suspensão e onde os centros de
bombeamento e perdas de pressão na linha são fatores sérios.
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Concêntricas;
Excêntricas;
Segmentais.
a) Orifício concêntrico
Este tipo de placa de orifício é utilizado para líquido, gases e vapor que não contenham sólidos em
suspensão. Podemos ver sua representação a seguir:
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A face de entrada deverá ser polida. O ângulo de entrada do orifício deverá ser de 90° com aresta viva e
totalmente isenta de rebarbas e imperfeições.
Observação:
Em fluido líquidos com possibilidade de vaporização a placa deve ter um orifício na parte superior para
permitir o arraste do vapor. Em fluidos gasosos com possibilidade de formação de condensado o furo deve
ser feito na parte inferior para permitir o dreno.
b) Orifício Excêntrico
Este tipo de orifício é utilizado em fluido contendo sólidos em suspensão, os quais possam ser retidos e
acumulados na base da placa; nesses casos, o orifício pode ser posicionado na parte baixa do tubo, para permitir que
os sólidos passem.
Este tipo de orifício é usado especialmente em tubulações horizontais. Ao contrário do que aconteceria com
a placa de orifício concêntrica, neste não teríamos problemas de acúmulo de impurezas na entrada da placa.
Durante sua instalação o orifício deverá ser tangente inteiramente ao tubo, porém admite-se que o orifício
fique ligeiramente afastado do círculo inteiro do tubo sendo que este afastamento não poderá exceder 1/16”
ou seja 1,6 mm.
c) Orifício Segmental
Este tipo de placa de orifício tem a abertura para passagem do fluido disposta em forma de segmentos de
círculo. A placa de orifício segmental é destinada para uso em fluidos em regime laminar e com alta porcentagem
de sólidos em suspensão.
Para tubulações pequenas o orifício é geralmente preso entre dois flanges na tubulação.
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“Os fluidos sob pressão, na passagem através de tubos convergentes; ganham
velocidade e perdem pressão, ocorrendo o oposto em tubos divergentes”.
Caso seja utilizado um tubo convergente ou restrição, num conduto através do qual passa um fluido, a sua
velocidade aumenta enquanto passa pela seção menor, já que num dado tempo a mesma quantidade do fluido passa
pelo tubo, tanto na seção menor como no trecho de diâmetro mais largo. Devido a velocidade maior do fluido ao
passar através da seção estreita, possui ele mais energia potencial ou de pressão que, por conseguinte, cai. Se,
portanto, for feita uma derivação no tubo de diâmetro maior e outra na seção que contém a restrição e medidores
de pressão forem ligados às derivações, a pressão da seção, com restrição, será menor do que a pressão da seção
com o diâmetro maior, e a diferença da pressão depende da vazão do fluido.
O tubo VENTURI combina dentro de uma unidade simples uma curta “garganta” estreitada entre duas
seções cônicas e está usualmente instalada entre duas flanges, numa tubulação seu propósito é acelerar o fluido e
temporariamente baixar sua pressão estática.
São fornecidas conexões apropriadas de pressão para observar a diferença nas pressões entre a entrada e a
porta estreitada ou garganta.
O Bocal de vazão (Flow nozzle) é, em muitos aspectos um meio termo entre a placa de orifício e o tubo
Venturi. O perfil dos bocais de vazão permite sua aplicação em serviços onde o fluído é abrasivo e corrosivo.
O perfil de entrada é projetado de forma à guiar a veia fluída até atingir a seção mais estrangulada do
elemento de medição, seguindo uma curva elíptica (projeto ASME) ou pseudoelíptica (projeto ISA). Seu principal
uso é em medição de vapor com alta velocidade, recomendado p/ tubulações > 50mm.
Mais adequado para trabalhar com gás ou vapor do que com líquidos. Sua capacidade é cerca de 65% maior
que a da placa nas mesmas condições, sendo por isso, recomendável para medir fluidos alta velocidade.
Em fluidos com pequena quantidade de sólidos em suspensão é superior a placa, porem, neste caso, ele deve
ser instalado em trecho vertical com fluxo para baixo.
Apresenta, também, menor perda de carga que a placa de orifício.
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5.6.2.3 DALL TUBE
Não devem ser utilizados em fluidos com sólidos em suspensão, dando menor perda de carga que o
VENTURI.
Em época mais recente foi desenvolvido um dispositivo conhecido como tubo de DALL, para proporcionar
uma recuperação de pressão muito maior do que a obtida por um tubo VENTURI. Diferentemente do tubo
VENTURI, que apresenta garganta paralela, o tubo de DALL é desprovido de garganta, é menor e mais
simples. Possui um curto cone convergência, que começa em diâmetro algo inferior diâmetro de conduto.
Há a seguir um espaço anular na “garganta”, seguido pelo cone divergente. O fluido ao passar pelo tubo,
pode entrar pelo espaço anular entre o tubo de DALL que funciona como um revestimento interno do tubo e, este
último transmitindo assim, uma pressão média, do “gargalo”, ao instrumento de medida através de uma derivação
no tubo, nesse ponto.
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A barra sensora de pressão a jusante possui um orifício que está posicionado no centro do fluxo de modo a
medir a pressão do fluxo a jusante. A barra sensora de pressão de montante possui vários orifícios, estes
orifícios estão localizados criteriosamente ao longo da barra, de tal forma que cada um detecta a pressão total de um
anel. Cada um destes anéis tem área da seção transversal exatamente igual às outras áreas anulares detectadas por
cada orifício.
Outra característica do elemento de fluxo tipo Annubar é que quando bem projetado tem capacidade para
detectar todas as vazões na tubulação a qual está instalado, sendo a vazão total a média das vazões detectadas.
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O fluido passa através no tubo da base para o topo. Quando não há vazão o flutuador permanece na base do
tubo e seu diâmetro maior é usualmente selecionado de tal maneira que o bloqueia a pequena extremidade do tubo,
quase que completamente. Quando a vazão começa e o fluido atinge o flutuador, o empuxo torna o flutuador mais
leve, porém como o flutuador tem uma densidade maior que a do fluido, o empuxo não é suficiente para levantar o
flutuador. Com a vazão, surge também uma força de atrito, entre o fluido e o flutuador, que tende a leva-lo para
cima, a chamaremos de força de arraste. Quando a vazão atinge um valor quefaça a força de arraste ser maior que a
força peso do flutuador, este começará a subir. Se o tubo fosse paralelo o flutuador subiria até o topo; mas sendo
cônico a força de arraste diminui a medida que o flutuador sobe até estabilizar em uma nova posição (pois aumenta
a área disponível para a passagem do fluido).
Qualquer aumento na vazão movimenta o flutuador para a parte superior do tubo de vidro e a diminuição
causa uma queda a um nível mais baixo. Cada posição sua corresponde a um valor determinado de vazão e somente
um. É somente necessário colocar uma escala calibrada na parte externa do tubo e a vazão poderá ser determinada
pela observação direta da posição do flutuador
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TIPOS DE FLUTUADORES
Os flutuadores podem ter vários perfis de construção. Na figura a seguir, podemos ver os tipos mais
utilizados.
Os rotâmetros são montados verticalmente na tubulação do fluido, cuja vazão se deseja medir, e de maneira
tal que o fluido seja dirigido de baixo para cima. Ele pode ser colocado diretamente na tubulação ou em derivação
como indicado na figura 5.37 e que se considera como ideal.
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Figura 5.37
Nela o rotâmetro é instalado numa linha de “by-pass” e um sistema de válvulas é utilizado de tal forma que
garanta o funcionamento do processo mesmo que o rotâmetro tenha que ser retirado para limpeza ou manutenção.
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5.6.4 MEDIDOR ELETROMAGNÉTICO
Lei De Indução De Faraday “A tensão elétrica induzida em um condutor que se move perpendicularmente
através de um campo magnético será proporcional a velocidade do condutor através do campo”.
Neste caso, o líquido é o condutor, e nele será induzida uma tensão diretamente proporcional a sua
velocidade de escoamento.
Mede vazão volumétrica, independente da viscosidade, densidade, turbulência, sólidos em suspensão,
condutividade (> 200 - 100ppm de sal em água pura) pois a tensão gerada é proporcional a velocidade média.
Possui sinal de saída linear, não introduz perda de carga no sistema, sendo adequado para líquidos com
grande quantidade de sólidos em suspensão, ácidos corrosivos, água.
Infelizmente, a maioria dos produtos de petróleo não possuem condutividade suficiente para medição
satisfatória com este instrumento.
Óleo crú, por exemplo, contendo água salgada poderá apresentar condutividade suficiente, porém, a
distribuição não uniforme da água poderá prejudicar a leitura. Embora o medidor possa ser montado em qualquer
posição, é recomendável, que a disposição da tubulação mantenha o medidor sempre cheio de líquido com os
eletrodos na horizontal garantindo a precisão da medição.
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A técnica de medição de vazão por ultra-som vem adquirindo crescente importância para a medição
industrial de vazão de fluidos em tubulações fechadas. Como a medição de vazão ultra-som é feita, geralmente, sem
contato com o fluido não há criação de turbulência ou perda de carga, que era causada pelos medidores de vazão
como placas de orifício, entre outros. Além disso, possibilita a medição de vazão de fluidos altamente corrosivos,
líquidos não condutores, líquidos viscosos .
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
O medidor de vazão ultra-sônico se fundamenta no princípio da propagação de som num líquido. A noção
que os pulsos de pressão sonora se propagam na água à velocidade do som, vem desde os dias do primeiro
desenvolvimento do sonar.
Num medidor de vazão, os pulsos sonoros são gerados, em geral, por um transdutor piezoelétrico que
transforma um sinal elétrico em vibração, que é transmitida no líquido como um trem de pulsos. Quando um pulso
ultra-sônico é dirigido a jusante, sua velocidade é adicionada à velocidade da corrente. Quando um pulso é dirigido
à montante, a velocidade do impulso no líquido é desacelerada pela velocidade da corrente.
Baseado nessas informações é possível determinar a vazão de fluidos por ultra-som.
Vejamos a seguir o princípio de funcionamento dos dois tipos de medidores mencionados.
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Os transdutores transmitem e recebem alternadamente um trem de ondas ultra-sônicas de duração pequena.
O tempo de transmissão é levemente inferior (t1) orientada para a jusante, e levemente superior (t2) quando
orientada para a montante. Sendo L a distância entre os sensores, V1 a velocidade média do fluído e V2 a
velocidade do som no líquido considerado.
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5.6.6 TURBINA
Neste tipo de medidor a ação da velocidade linear do líquido, sobre as palhetas do rotor, provoca sua
rotação. Como a velocidade angular é proporcional a velocidade linear tem-se uma medida da vazão volumétrica.
O rotor possui em sua periferia diversos pontos magnéticos, igualmente espaçados, que ao passarem pelo
campo produzido pelo imã permanente, induzem na bobina captadora, uma onda senoidal, de freqüência
proporcional a vazão volumétrica.
O sinal captado pela bobina poderá ser amplificado, convertido em um instrumento receptor, obtendo-se a
vazão instantânea e totalizada.
Um medidor de vazão tipo turbina, conforme a figura a seguir, consiste basicamente de um rotor provido de
palhetas, suspenso numa corrente de fluido com seu eixo de rotação paralelo a direção do fluxo. O rotor é acionado
pela passagem de fluido sobre as palhetas em ângulo; a velocidade angular do rotor é proporcional à velocidade do
fluido que, por sua vez, é proporcional à vazão do volume. Uma bobina sensora na parte externa do corpo do
medidor, detecta o movimento do rotor.
Esta bobina é alimentada, produzindo um campo magnético. Como as palhetas do rotor são feitas de material
ferroso, à medida que cada palheta passa em frente à bobina corta o campo magnético e produz um pulso. O sinal
de saída é uma seqüência de pulsos de tensão, em que cada pulso representa um pequeno volume determinado de
líquido. O sinal detectado é linear com a vazão. Unidades eletrônicas associadas permitem indicar a vazão unitária
ou o volume totalizado, podendo efetuar a correção automática da temperatura e/ou pressão e outras funções.
Embora a teoria básica de um medidor a turbina seja muito simples, o projeto detalhado é muito trabalhoso e
complexo, o desempenho final depende de numerosos fatores, tais como: ângulo da palheta, o tipo de mancais, o
número de palhetas, bem como a usinagem e montagem dentro das tolerâncias rígidas.
O sinal de saída é praticamente linear pois a cada pulso corresponde a um determinado volume. O número
de pulsos por unidade de vazão é chamado fator K da turbina. Este fator varia com a vazão, pressão e com a
temperatura de operação.
Não há precisão no início da faixa, devido ao atrito do rotor e inércia inicial. Um medidor de turbina é uma
unidade versátil: possui uma faixa de pressão e temperatura muito ampla., e uma vez que o mesmo é fabricado em
aço inoxidável, é compatível com uma ampla faixa de fluidos. Estes, todavia, devem ser relativamente limpos, não
ter alta viscosidade e a vazão deve ser em regime laminar.
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Este tipo de medidor pode ser utilizado para medições de fluxos de líquidos e gases, com ou sem sólidos em
suspensão.
C
Figura 5.51 – Medição por efeito Coriolis
Um RTD é montado no tubo, monitorando a temperatura deste, a fim de compensar as variações das
deformações elásticas sofridas com a oscilação da temperatura.
Basicamente, o sensor mais o transmissor apresenta:
Precisão: 0,2% mais instabilidade zero;
Diâmetro: de 1/16” até 6,0”;
Range: de 0,05 kg/min ou l/min até 11 mil kg/min ou l/min;
Pressão: até 200 bar ( existem modelos até 400 bar );
Repetibilidade: 0,1%
Temperatura: de -240 oC a +240 oC faixa standard e até 456 oC faixa de alta temperatura;
Rangeabilidade: de 10/1 até 100/1.
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O medidor não exige cuidados especiais de montagem não tendo restrições de trechos retos mínimos e
apenas recomenda-se que o medidor esteja sempre cheio e, na prática, observa-se os seguintes tipos de montagem
orientados aos diferentes tipos de fluidos:
Líquidos
Gases
A maior parte das instalações para medição de vazão implicam medições de vazão de fluidos que circulam
através de tubulações fechadas, porém existe um número de aplicações cada vez maior, que precisam a medição de
vazão de água através de canais abertos.
A medição de vazão em canais abertos, está intimamente associada aos sistemas hidráulicos, de irrigação,
tratamento de esgotos e resíduos industriais, processos industriais, etc. Em muitos casos, essa medição se depara
com problemas, tais como: líquidos corrosivos, viscosos, extremamente sujos, espumas, etc. Estas condições
poderão fornecer informações errôneas, com a utilização dos antigos sistemas mecânicos de medidores de vazão.
Devido a necessidade imperiosa de melhor controle na poluição dos rios, esgotos, etc., os seguintes fatores
passaram a ser críticos na escolha de um sistema de vazão:
1. Precisão
2. Baixos custos de manutenção
A medição de vazão em canais abertos necessitam de um elemento primário que atue diretamente no líquido
sob medição e produza uma altura de líquido variável, que é medida por um instrumento de nível. Assim sendo,
conhecida a área de passagem do fluido (determinada pelo perfil do dique) a altura do líquido sobre o bordo inferior
do dique, é transformada em unidades de peso ou volume, segundo o requerido.
Os dois principais tipos são: vertedor e calha de Parshall.
O vertedor mede a altura estática do fluxo em reservatório que verte o fluído de uma abertura de forma
variável.
O medidor tipo calha de Parshall é um tipo de Venturi aberto que mede a altura estática do fluxo. É um
medir mais vantajoso que o vertedor, porque apresenta menor perda de carga e serve para medir fluídos com sólidos
em suspensão.
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O elemento primário mais utilizado é a calha Parshall cuja faixa de medição varia de 0 a 2.000 m3/min.
Os medidores de vazão podem ser ainda classificados sob vários aspectos, como
Relação matemática entre a vazão e o sinal gerado, se linear ou não-linear;
Tamanho físico do medidor em relação ao diâmetro da tubulação, igual ou diferente;
Fator K, com ou sem
Tipo da vazão medida, volumétrica ou mássica,
Manipulação da energia, aditiva ou extrativa.
Obviamente, há superposições das classes. Por exemplo, a medição de vazão com placa de orifício envolve
um medidor de vazão
Volumétrica instantânea,
Com saída proporcional ao quadrado da velocidade,
Vazão, com diâmetro total,
Sem fator K e
Com extração de energia.
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O medidor magnético é um medidor de vazão
Volumétrica instantânea,
Com fator K,
Diâmetro total
Com adição de energia.
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5.7.6 MEDIDORES VOLUMÉTRICOS OU MÁSSICOS
A maioria dos medidores industriais mede a velocidade do fluido. A partir da velocidade se infere o valor da
vazão volumétrica (volume = velocidade x área). A vazão volumétrica dos fluidos compressíveis depende da
pressão e da temperatura. Na prática, o que mais interessa é a vazão mássica, que independe da pressão e da
temperatura.
Tendo-se a vazão volumétrica e a densidade do fluido pode-se deduzir a vazão mássica. Porém, na
instrumentação, a medição direta e em linha da densidade é difícil e complexa. Na prática, medem-se a vazão
volumétrica, a pressão estática e a temperatura do processo para se obter a vazão mássica, desde que a composição
do fluido seja constante.
Atualmente, já são disponíveis instrumentos comerciais que medem diretamente a vazão mássica. O mais
comum é o baseado no princípio de Coriolis.
Os medidores de vazão aprovados pela ANP para a medição de gás natural são:
Sistema de medição de vazão com placa de orifício (ISO 5167 e AGA 3)
A turbina medidora de vazão com eixo longitudinal (ISO 9951 e AGA 7)
O medidor ultra-sônico por tempo de trânsito, multifeixe (ISO 12 765 e AGA 9)
Outros medidores que podem ser usados, desde que aprovados previamente são:
O sistema de medição magnética da vazão, com excitação senoidal e corrente contínua pulsada.
Usado para a medição de fluidos eletricamente condutores, como água salgada.
O medidor com geração de vórtices de Von Karmann, chamado genericamente de vortex,
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5.7.10 TABELA COMPARATIVA
A tabela abaixo dá algumas informações comparativas da utilização em líquidos de alguns dos medidores
mencionados nesta página. Não deve ser considerada uma referência absoluta. São apenas informações auxiliares
obtidas de fabricantes.
1- Dê o conceito de vazão.
5- É possível entrar em um duto 10 l/s de ar e sair do outro lado 12 l/s e vice-versa? E se o fluido
agora for água? Justifique as respostas.
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6- Descreva os principais tipos e características de medidores de vazão.
12- Explique como a lei de indução de Faraday consegue encontrar a vazão em um medidor
eletromagnético de vazão.
13- A lei de indução de Faraday FEM = B.L.V onde FEM – Tensão induzida, B – Campo
Magnético, L – Comprimento do condutor e V – velocidade.
Dados: B = 20 mTesla (Wb/m2), Diâmetro do duto 0,5 m e a velocidade de escoamento 10 m/s.
sabendo que este fluido possui uma condutividade suficiente para ser usado em um medidor
eletromagnético. Calcule a vazão deste fluido e a tensão gerada nos eletrodos do medidor.
16 - Quais serão as vazões nas questões 14, 15 e 16 se a tensão induzida for de 25,0 mV.
17- Dado um duto com 10’’ de diâmetro com as seguintes velocidades de escoamento 0,5 m/s -
2,5 m/s - 15 m/s. Na qual fluem gasolina, óleo combustível e ar com viscosidades cinemáticas
de 0,757.10-6 m2/s - 5,95.10-6 m2/s - 13,57.10-6 m2/s. Os sistemas acima escoam em regime
turbulento ou laminar.
20- Um turbina envia 5 pulsos elétricos para cada 1 l/s de ar escoando em um duto. Calcule a
vazão para: 3 pulsos, 8 pulsos, 20 pulsos, 30 pulsos, 45 pulsos.
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6) MEDIÇÃO DE NÍVEL
DEFINIÇÃO
Conceito: É a altura de um líquido ou de um sólio contido em um recipiente, sendo a medição feita a partir
de uma referência ou linha base. A determinação do nível permite o cálculo do volume ou peso de um líquido,
existente em um recipiente.
O nível pode ser considerado a altura da coluna de líquido ou de sólido no interior de um tanque ou vaso. O
nível não se aplica a gases em tanque de teto fixo, pois o gás sempre ocupa todo o espaço.
Porém, em quando se armazena líquidos voláteis (p. ex., gasolina), é comum o uso de tanque com teto
flutuante. O teto flutua exatamente para minimizar o nível de gás contido.
Em aplicações industriais, pode se ter ainda um único vaso armazenando dois líquidos não miscíveis e se
quer medir a interface desses dois líquidos.
UNIDADES
O nível é expresso diretamente em unidades de altura do líquido ou sólido (cm, mm. m). Em alguns casos
utilizamos o recurso da porcentagem, ou seja, a faixa vai de 0 a 100% do total da capacidade do recipiente.
Na indústria, a medição do nível é muito importante, desde o ponto de vista do funcionamento correto do
processo até a verificação do balanço adequado de matéria prima ou produto final. Com medidas apropriadas de
nível e com controles corretamente aplicados, as dimensões dos recipientes podem ser reduzidas e a eficiência do
processo pode ser aumentada.
A unidade de nível deve ser a unidade de comprimento do Sistema Internacional de Unidades (SI), que é o
metro (m), pois o nível é a altura de uma coluna de líquido.
Porém, é prática comum se referir ao nível como percentagem (%): o nível tem um nível que varia entre 0 e
100%, podendo assumir todos os valores intermediários.
Também se usa a massa ou o volume ocupado pelo produto no tanque para se referir ao seu nível. Nestes
casos, o nível seria expresso em kilograma (kg) ou metro cúbico (m3), respectivamente.
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Na indústria se requer medições tanto de nível de líquidos como de sólidos. Para facilitar a compreensão
costuma-se definir nível, como sendo a altura do conteúdo de um reservatório, que poderá ser um líquido ou um
sólido.
CLASSIFICAÇÃO E TIPO DE MEDIDORES DE NÍVEL
A medida do nível de um reservatório contendo líquido ou sólido, é efetuada a fim de manter esta variável
em um valor fixo ou entre dois valores determinados, ou ainda para determinar a quantidade (volume ou
massa) do fluido em questão.
A tabela abaixo, a seguir mostra alguns dos tipos para determinar medição de nível mais utilizados
na instrumentação.
Tabela 5.1
P
M = S.h eh=
g
P S. P
Logo M = S . M=
g g
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Onde:
P = peso do produto
= massa específica
M = massa
A relação acima demonstra que o peso específico não intervém na medida.
São aqueles que incluem a observação visual direta. São os tipos mais elementares para medição de nível em
tanques abertos. Consiste em um tubo de vidro com suas extremidades conectadas à lateral do fundo e do topo do
reservatório. Podemos também conectar uma extremidade na lateral do fundo do reservatório, deixando a outra
extremidade aberta para a atmosfera.
Dependendo das condições de uso, podemos tê-lo em tanques fechados.
Geralmente inclui-se válvulas de isolação para permitir a retirada do para a limpeza ou substituição. A
dificuldade comum dos visores de nível é o escurecimento do visor com o tempo. Existem três tipos de visor de
nível mais usados:
Consiste em uma régua graduada que tem o comprimento conveniente, para ser introduzido dentro do
reservatório onde vai ser medido o nível (Fig. 6.2).
A determinação do nível se efetuará através da leitura direta do comprimento marcado na régua, pelo
líquido. São instrumentos simples e de baixo custo permitindo medidas instantâneas. A graduação da régua
deve ser feita a uma temperatura de referência, podendo estar graduada em unidades de comprimento, volume
ou Massa.
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O comprimento e o diâmetro do tubo irão depender das condições a que estará submetido o visor, porém
convêm observar que os mesmos não suportam altas pressões e temperaturas.
Para proteção do tubo de vidro contra eventuais choques externos, são fornecidas hastes protetoras metálicas
colocadas em torno do tubo de vidro ou com tubos ou chapas plástica envolvendo o mesmo.
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Os tubos de vidro têm diâmetros normalizados onde para cada dimensão estão relacionados valores de
pressão e temperatura máximas permissíveis.
Devido às características construtivas, os visores de vidro tubular não suportam altas pressões e
temperaturas, bem como apresentam alta probabilidade de quebra acidental do vidro por choque externo.
Devido às limitações quanto a sua resistência a segurança, os visores de vidro tubular são recomendados para
uso em processos que não apresentam pressões superiores a cerca de 2,0 bar e em temperaturas que não excedam a
100 graus Celsius. Não se recomenda o seu uso com líquidos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos, visto que a
fragilidade destes instrumentos aumenta a possibilidade de perda de produto contido no equipamento.
Recomenda-se que o comprimento do tubo não exceda os 750 mm. Caso seja necessário cobrir faixas de
variação de nível maiores, recomenda-se usar dois ou mais visores com sobreposição (ver Fig. 6.6) de faixas
visíveis.
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Figura 6.7( a ) - Visor de vidro plano com três seções Figura 6.7( b ) - Visores sobrepostos
A principal desvantagem dos visores multisseções são as regiões de não visibilidade entre seções adjacentes
que medem tipicamente 38 mm.
A especificação dos materiais das diversas partes depende da aplicação (temperatura, pressão, tipo de
fluido, etc.), mas de um modo geral, pode-se dizer que seus componentes são:
Vidro
É de borossilicato temperado capaz de suportar choques térmicos e mecânicos. Devido à sua própria
natureza, não deverá ser aplicado qualquer esforço que resulte em flexão.
Corpo de Visor
A câmara por onde passa o fluido é geralmente em aço carbono usinado. Para fluidos corrosivos ou
alta pressão deverá ser utilizado aço inoxidável (AISI 304 ou 316).
Espelho
A tampa frontal, que deve suportar altas tensões, é fabricada em ferro modular ou aço
carbono/inoxidável (para pressões médias e elevadas).
Juntas
As juntas de vedação são em papelão hidráulico e as juntas almofadas de amianto (grafitado).
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Fluidos corrosivos ao Vidro. Neste caso inclui-se também o vapor d’água saturado a pressões superiores a
30 bar. Tais aplicações requerem que a superfície interna do vidro seja protegida contra o ataque
do agente corrosivo (geralmente mica) prejudicando a ação dos prismas.
Fluidos viscosos pois um agarramento do fluido sobre o vidro torna ineficaz a ação dos prismas.
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Iluminação insuficiente no local de instalação. Detecção da interface de dois líquidos não miscíveis,
caso em que o visor ficaria escurecido por igual na região onde qualquer dos dois líquidos não
miscíveis estivesse presente.
A especificação da classe de pressão, material e outras características das válvulas, tubo e do próprio
visor devem seguir a especificação do equipamento a ele relacionado. Várias opções para instalação de
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instrumentos de nível podem ser usadas. O API-RP550 (Manual of Instrumentation of Refinery Instruments and
Control System - Parte 1 - Seção 2), mostra várias alternativas para instalação de visores, bem como
recomendações quanto à dimensão e tipos de válvulas, conexões e tubulações.
1 - Válvula de isolação
2 - Válvula de isolação
3 - Válvula de bloqueio
4 - Válvula de bloqueio
5 - Válvula de dreno
6 - Plug
7 - Equipamento
8 - Coluna
9 - Visor
Por segurança, as válvulas de bloqueio do visor podem ser dotadas de uma esfera de retenção que
previna a descarga de fluido para atmosfera se, porventura, ocorrer a quebra do vidro ou vazamento excessivo no
visor.
Quando se deseja maximizar a viabilidade, as válvulas de bloqueio deverão ser instaladas lateralmente. Por
outro lado, para facilitar o posicionamento do visor em relação ao observador poderão ser instaladas
válvulas “off-set” que permitem a comunicação sem obstruções entre a conexão ao visor e a saída de dreno ou
respiro, já que a haste da válvula é deslocada lateralmente em relação ao canal de comunicação visor-dreno/respiro.
Quando instalados em vasos onde também se encontram instrumentos de medição contínua de nível
recomenda-se que os visores cubram uma faixa maior que a destes, de forma a facilitar o ajuste ou verificação de
funcionamento dos medidores.
Os visores de vidro devem ser instalados em posição que permita ao operador uma boa visibilidade
e fácil acesso para manutenção do tubo de vidro, das válvulas e juntas.
O vidro deve ser mantido sempre limpo e verificadas sempre as condições das juntas de vedação e
válvulas de bloqueio.
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Bóia
Roldana
0%
25%
50%
75%
Escala 100
O sistema de controle de nível por bóia baseia-se na mudança de altura de um flutuador colocado na
superfície do líquido. Seu movimento pode transmitir uma informação contínua que possibilita o conhecimento da
altura efetiva, em unidades de comprimento ocupado pelo fluido dentro do recipiente que o contém, ou uma
informação discreta, controlando limites máximos e mínimos por meios mecânicos ou elétricos, servindo nesse caso
como uma chave de nível (chave bóia) que bloqueia a admissão do fluido quando atinge seu limite máximo e
libera-o quando atinge o nível mínimo.
Geralmente a escala é chamada "invertida", pois o nível vazio fica no topo da escala e o nível cheio na base
da escala. Como variante desses sistemas (para tanques com produtos voláteis) existem medidores em que a
corrente ou cabo metálico é substituído por uma fita (ou trena) perfurada a distâncias rigorosamente exatas e que
deslocam uma roda dentada; o contra-peso é substituído por uma mola tensora.
O conjunto, então, pode ficar encerrado em caixa estanque e a medição é automática. Estes medidores de
nível podem ser convertidos em transmissores com o acréscimo de um conjunto com componentes elétricos que
possibilitam a emissão de impulsos elétricos correspondentes ao nível (sistema "telepulse").
Este sistema permite também a transmissão da temperatura dos tanques, desde que sejam isolados os
elementos de medição adequadamente.
A leitura poderá ser feita, portanto, remotamente em uma sala de controle. Os tanques, geralmente, tem uma
"escotilha de medição", com a finalidade de serem feitas pelos operadores, medições locais (manuais), com o
auxílio da chamada "trena de medição". Consta de uma trena de aço com um prumo de latão na extremidade.
Se o produto é escuro e deixa marca na trena, a medição é feita simplesmente pela imersão da trena de
medição. Se o produto é claro ou então existe mais de um produto, não miscíveis, de densidades diferentes, a trena
deverá ser usada com "pastas identificadoras", que permitem o "corte" ou "alteração de cor" ou pelo produto claro
ou por um dos produtos no nível interfacial entre os dois produtos
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Neste medidor de nível, dispositivo esférico é colocado a flutuar no tanque, (como mostra a figura 6.14) e
seu movimento vertical é convertido pela alavanca em movimento rotativo para um indicador externo.
A rotação da alavanca produz uma indicação direta ou acima um contato magnético. O flutuador
tipo esférico é normalmente usado quando grande resistência à pressão é desejada.
O flutuador é desenhado de modo que a linha de centro da esfera coincida com o nível da superfície do
líquido, proporcionando uma máxima sensibilidade na mudança de nível.
O medidor de níveis com flutuador interno é usualmente utilizado em tanques abertos. Deve-se ter o cuidado
para assegurar que não ocorra vazamentos quando estes são usados com pressão ou em tanque de vácuo.
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6.3.3 MEDIDOR DE NÍVEL TIPO FLUTUADOR LIVRE
Medidor de nível tipo flutuador livre indica a variação do nível do líquido através do movimento
ascendente e descendente do flutuador ligado por meio de uma fita metálica ou corrente a um peso. O
deslocamento do flutuador de utilização deste medidor é de aproximadamente de 0 a 30m.
“Um corpo imerso em um líquido sofre a ação de uma força vertical dirigida de baixo para
cima igual ao peso do volume do líquido deslocado.”
A esta força exercida pelo fluido no corpo nele submerso é denominado de empuxo, será maior quanto maior
for a densidade do líquido. ( Ex: Nadar no mar é mais fácil que nos rios - agua salgada possui maior densidade )
O deslocador comumente utilizado como sensor de transmissores de nível tem a forma de um cilindro oco,
fabricado de materiais como aço inox 304 ou 316, monel, hastelloy, tefflon sólido, etc. A escolha do material
adequado é determinada principalmente pela temperatura e poder corrosivo do fluido. No interior do cilindro,
se necessário, são depositados contrapesos granulados, a fim de ajustar o peso do deslocador. Uma vez
que o empuxo aumenta com o percentual de imersão, segue-se que o peso aparente do deslocador se reduz
com o aumento do nível.
Nas figuras 6.17 e 6.18, estão representados deslocadores típicos utilizados. O deslocador pode trabalhar
diretamente no interior do equipamento (ver figura 6.19) ou dentro de um compartimento denominado
câmara, dependendo das características dinâmicas do processo, propriedades físicas do líquido e facilidade de
manutenção desejada (Figuras 6.20 e 6.21). Na realidade, a câmara é constituída de duas partes conforme mostrado
na figura 6.22. A câmara inferior abriga o deslocador e apresenta nas configurações LL e LB (Figura 6.23) duas
conexões flangeadas ou roscadas para sua fixação no equipamento. A câmara superior encerra o braço de
torque e, nos casos em que as duas conexões estão localizadas na câmara inferior, permite a remoção do
deslocador sem que seja necessário desmontá-la do equipamento.
Além disso, desacoplando os flanges de interface, pode-se girar as câmaras superior e inferior de
modo a reorientar as conexões com relação ao transmissor. Quando o deslocador é especificado para ser fornecido
com câmara, devem ser previstas duas conexões laterais do equipamento principal, as quais serão interligadas
às correspondentes conexões da câmara através das tomadas de equalização (Figura 6.20). Cria-se assim um
sistema de vasos comunicantes que garante, sob condições de estabilidade no líquido, igualdade entre os
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níveis no equipamento e na câmara. As quatro configurações mostradas na Figura 6.23 são normalmente
oferecidas pelos fabricantes, onde T significa topo, B base e L lado. A distância D é preestabelecida pelo
fabricante para cada comprimento do deslocador, fato que deve ser considerado quando forem dotadas as
tomadas de equalização. Além de padronizar no comprimento, alguns fabricantes adotam um volume de
referência (Figura 6.18) para seus deslocadores; Isto porque, fixadas a elasticidade do elemento de sustentação e a
densidade do líquido de processo, o alcance do sinal de entrada no transmissor é completamente
determinado pelo volume do deslocador.
Figura 6.19
Figura 6.22
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1 - Óleo
2 - Óleo
3 - Água
Figura 6.23
1 - Braço de torque
2 - Câmara superior
3 - Haste de deslocador
4 - Conexão flangeada para fixação no equipamento
5 – Conversor
6 - Câmara inferior
7 - Nível no interior do equipamento
8 - Conexão flangeada para fixação no equipamento
Figura 6.24
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8 – Deslocador
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FAIXA DE MEDIÇÃO E PRECISÃO
Sua faixa de medição varia de acordo com a aplicação sendo que a faixa máxima disponível normalmente
no mercado é de 0 ~ 5.000 mm sendo que a precisão varia conforme o fabricante, entre 0,5 e 2%.
O instrumento detector é uma célula do tipo diferencial de pressão que mede a pressão exercida por um
líquido, utilizando para tal um transmissor de células de pressão diferencial. Esse transmissor irá transmitir quer um
sinal pneumático, quer um sinal eletrônico a um indicador distante.
A pressão hidrostática exerce uma força contra um diafragma de aço da câmara de pressão (H), sendo este
equilibrado contra a pressão atmosférica da câmara de pressão inferior (L). Qualquer desequilíbrio é detectado pelo
transmissor que contém um amplificador que enviará um sinal em proporção direta ao nível no tanque.
Este procedimento é apropriado a tanques abertos ou mesmo fechados, porém com respiradouros, tampas
contendo ventanas, tanques não pressurizados.
Estes instrumentos, quando utilizados em medição de nível, medem diferenciais de pressão que são
provocados pela coluna líquida presente nos equipamentos cujo nível se deseja medir. Os instrumentos
funcionando, segundo este princípio, são em geral transmissores, pelo que daremos aqui atenção.
Figura 6.27
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O princípio mais comum de funcionamento dos transmissores de pressão diferencial do tipo
diafragma é o princípio de equilíbrio de forças, as pressões que definem um dado diferencial são aplicadas através
das conexões de entrada do instrumento a duas câmaras situadas em lados opostos, estanques entre si e separadas
por um elemento sensível (diafragma). Estas pressões, atuando sobre o elemento com uma superfície determinada,
produzem forças de mesma direção e sentidos opostos, fazendo originar uma força resultante. Esta força
resultante, no caso de transmissor tipo célula capacitiva, provoca uma variação na relação das capacitâncias C1 e
C2 (vide Figuras. 6.27). Esta variação, proporcional à pressão diferencial é convertida, amplificada
proporcionando um sinal de saída em corrente na saída do transmissor (normalmente de 4 - 20 mA).
Figura 6.28
No tanque fechado se a pressão dentro do tanque é diferente da pressão atmosférica, os lados de alta e baixa
pressão são conectados individualmente por tubos na parte baixa e alta do tanque respectivamente para obter
pressão diferencial proporcional ao nível líquido. (Figura 6.29).
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Figura. 6.30
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Os corpos (câmara de pressão) são geralmente de aço inoxidável forjado ou de aço carbono forjado
(niquelado ou cadmiado). O invólucro da eletrônica é normalmente de liga de alumínio alto impacto.
P
h2 = h1 -
Fig. 25 - Nível de
Tanque fechado com
condensador
Fig. 25 - Nível de Tanque
fechado com
condensador
4.2.4 - Instalação
Fig. 6.32 - Nível de Tanque fechado com condensador
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Na maioria dos casos é instalado no campo um suporte para tubulação (vertical ou horizontal). Seu
posicionamento na linha de processos depende quase que exclusivamente da variável a ser medida. Existem
instalações típicas para medições de vazão de líquidos, gases e vapor. Para medições de nível, devem ser
consideradas as colunas de pressão atuantes no transmissor no momento do seu ajuste e calibração (fig. 26).
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O princípio no qual se baseia este tipo de medição é que será necessário uma pressão de ar igual à coluna
líquida existente no vaso, para que o ar vença este obstáculo e consiga escapar pela extremidade inferior do
tubo.
Na medição é necessário que se possa saber se a pressão exercida pela coluna de líquido está sendo vencida
ou não, e isto se torna possível com o escape das bolhas de ar pela ponta imersa no tubo. Isto representa um
pequeno valor adicional na pressão de ar, desprezível, desde que o borbulhamento não seja intenso.
A medida se faz através de um instrumento receptor que pode ser um manômetro ou qualquer outro
instrumento transmissor de pressão. A figura 6.34 mostra um esquema deste tipo de medidor.
Quando o nível do líquido sobe ou desce a pressão interna do tubo aumenta ou diminui
respectivamente acompanhando o nível; esta variação de pressão é sentida pelo instrumento receptor.
Uma coluna de líquido maior requer, maior pressão de ar para que haja expulsão de bolhas de ar e para
colunas menores, pressões menores de ar.
Para termos um bom índice de precisão, é necessário que o fluxo de ar ou gás seja mantido constante em
qualquer situação e para conseguirmos esta condição temos diversas maneiras, seja pela utilização de
orifícios de restrição, válvulas-agulha, rotâmetros com reguladores de pressão diferencial, borbulhadores
reguláveis, entre outros.
As válvulas-agulha e os orifícios de restrição são utilizados por constituírem limitadores de vazão. Podem ser
regulados, no caso das válvulas-agulha, até obter o borbulhamento ideal e calculado, no caso de orifícios de
restrição.
Já o rotâmetro com reguladores de pressão diferencial apresentam ótima precisão, pois, além de
permitirem vazão de ar ou gás, mantêm o fluxo do mesmo constante regulando permanentemente a queda de
pressão à montante e a jusante do rotâmetro.
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Materiais
O tubo de medição pode ser executado em qualquer material, de acordo com o fluido a ser monitorado. Ele
poderá ser de aço inox ou aços especiais materiais plásticos como PCV, Teflon, etc.
Erros de Calibração
O erro neste tipo de medição é devido somente ao erro do elemento receptor. O sistema não introduz erros
consideráveis desde que convenientemente montado e regulado
O método do borbulhamento tal como descrito não é indicado para vasos sob pressão, visto que uma
variação na pressão do vaso irá afetar a leitura, somando-se à coluna de líquido. Isto faz com que o
instrumento receptor acuse nível maior que o realmente existente nos vasos. Sob vácuo ocorre o
mesmo. Nestes casos deve-se usar um instrumento de pressão diferencial onde uma das tomadas é
ligada ao topo do equipamento.
Os borbulhadores não são recomendados também, quando o ar ou gás possa contaminar ou alterar
as características do produto.
O ar utilizado deve ser o ar de instrumentos, seco e isento de óleo, ou qualquer gás inerte.
O líquido não deve conter sólidos em suspensão e sua densidade deve manter sempre
constante.
Figura 6.36
"Todo corpo mergulhado em um fluido sofre a ação de uma força vertical dirigida de baixo
para cima".
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Neste sistema, um elemento (flutuador) com densidade maior que o líquido cujo nível se deseja medir é
suspenso por uma mola, um dinamômetro ou uma barra de torção.
À medida que o nível do líquido aumenta, o peso aparente do flutuador diminui, fazendo atuar o mecanismo
de indicação ou de transmissão. Entretanto, para o uso adequado desse medidor, a densidade do líquido deve ser
conhecida e constante.
Denomina-se empuxo a força exercida pelo fluido do corpo nele submerso ou flutuante.
A medição por caixa de diafragma é composta por uma simples caixa de diafragma imersa até o fundo do
tanque, tendo em sua extremidade um capilar que se estende até a parte externa do tanque, sendo conectado a um
manômetro de pressão.
Na caixa de diafragma fechada a pressão hidrostática do líquido deforma a membrana flexível de neopreme
para dentro da caixa, comprimindo o líquido em seu interior que pode ser o próprio ar ou glicerina. Assim, a
pressão indicada no manômetro será proporcional à profundidade em que a caixa se encontra.
Um capacitor consiste de dois condutores, denominados placas, separados por um material dielétrico. Este
componente, muito utilizado em circuitos elétricos, tem como principal característica a propriedade de
armazenar cargas elétricas. A grandeza que caracteriza um capacitor é a capacitância, expressa em Farad. Um
capacitor de 1 Farad armazena 1 Coulomb de carga ao ser submetido a uma diferença de potencial de 1
Volt. Quando submetido a uma tensão alternada, o capacitor é “percorrido” por uma corrente diretamente
proporcional a sua capacitância.
A capacitância é função da área das placas, das distância entre elas e da constante dielétrica do meio
entre as placas. Para capacitores cilíndricos (ver fig. 6.38) que é o tipo mais aplicável à medição de nível, a
capacitânia é dada por:
O medidor por capacitância consiste de uma sonda vertical inserida no vaso no qual se deseja
monitorar o nível. A sonda pode ser isolada ou não e serve como uma das placas do capacitor. A outra placa é
formada pelas paredes do vaso e o fluido comporta-se como dielétrico. A capacitância é medida através de
um circuito em ponte AC, excitado por um oscilador de alta freqüência (500 kHz a 1,5 MHz). Ao variar o
nível no interior do vaso, altera-se as proporções entre o líquido e o vapor. Como a constante dielétrica da
maioria dos líquidos é maior que a dos vapores as variações de nível se traduzem em variações (quase)
lineares de capacitância. Conseqüentemente, as sondas capacitivas também podem ser utilizadas para
detectar a interface de líquidos com constantes dielétricas (K) distintas. A figura 6.41 ilustra a instalação de
uma sonda capacitiva para medição do nível de um líquido isolante em um vaso com paredes condutoras. É
mostrado, também, o circuito elétrico equivalente.
No circuito, C1 representa a capacitância parasita apresentada, pelo isolador da soda e é constante. As
capacitâncias C2 e C3 representam os efeitos das constantes dielétricas das fases de vapor e líquido,
respectivamente. O valor do resistor R deve ser muito elevado (tendendo ao infinito) e representa a resistência
efetiva entre a sonda e as paredes do vaso.
As condições de pressão e temperatura determinam o tipo de isolador da sonda enquanto que as condições do
fluido (corrosivo ou não) determinam o seu revestimento.
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Recomendações de Utilização
Para tanques com diâmetros grandes, é preferível que a sonda seja formada por um condutor central
e uma blindagem concêntrica, agindo como a outra placa do capacitor. Isto aumentará a sensibilidade (C/L)
da sonda, além de possibilitar também a utilização na medição, aumentando a precisão. Essa configuração também
é utilizada quando a parede do vaso não é condutora.
Se o fluido for condutor, uma corrente fluirá entre as placas do capacitor prejudicando a precisão.
Sondas com revestimento total de Teflon ou material isolante similar deverão ser utilizados. Neste caso, o
revestimento da sonda é o dielétrico, enquanto que o fluido comporta-se como a outra placa do capacitor. A
figura 6.42 mostra sondas com revestimentos isolante.
As sondas capacitivas com revestimento podem também ser utilizadas quando o fluido for corrosivo. A
figura 6.43 ilustra este tipo de sondas, seu circuito equivalente e a capacitância efetiva.
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Para tanques com alturas elevadas (acima de 3m), a sonda pode consistir de um cabo de aço isolado ancorado
ao fundo. Sondas montadas horizontalmente possuem uma precisão maior e são adequadas para detecção pontual de
nível ou interface líquido-líquido-vapor ou sólido-vapor.
A utilização das sondas capacitivas apresentam, por outro lado, alguns inconvenientes:
A composição química e física do material ou alteração de sua estrutura pode afetar a constante dielétrica.
Este efeito é mais pronunciado nas aplicações com sólidos onde a granulometria das partículas e o seu
volume específico (m3/kg) afetam a constante dielétrica.
Em aplicações com líquidos condutivos viscosos, é possível que o material incruste na superfície da sonda.
Em uma redução de nível a camada aderida à superfície acarreta um erro de medida, já que o instrumento
indicará o nível anterior à redução. Nesse caso utiliza-se sistema com proteção contra incrustação.
Polpas condutores de baixa fluidez, por exemplo, que são freqüentes nas aplicações da indústria
alimentícia (mostarda, coalhada, massa de tomate, etc.), formam uma camada sobre a sonda que
escoa com dificuldade e impede a medição do nível, até que a camada tenha diminuído de espessura, de
forma a tornar a sua resistência elétrica ao longo do comprimento da sonda, e através do líquido
até a parede do reservatório, menor ou no máximo igual à reatância capacitiva.
A interface entre dois líquidos condutores não pode ser detectada por esse tipo.
A contaminação do fluido com água afeta bastante a constante dielétrica, alterando a indicação,
devido à elevada constante dielétrica da água. Outro problema é a contaminação do
isolamento da sonda com umidade. Esta contaminação é especialmente problemática com certos
líquidos ou polpas (pastas) condutoras. Assim, líquidos como ácido clorídrico e soluções de cloretos
(água do mar) formam um fino filme condutor contínuo na superfície do isolamento, que por sua
resistência relativamente baixa, altera totalmente as características elétricas da sonda capacitiva de
detecção.
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Tabela 6.1 - Constante dielétricas de vários materiais
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Versão moderna de um sensor de nível capacitivo com haste sensora programável em intervalos de 5mm ou
saída analógica 4...20mA; e indicação local. (fabricante: ifm electronic)
O ultra-som é uma onda sonora (mecânica), cuja freqüência de oscilação é maior do que aquela sensível
pelo ouvido humano, isto é, acima de 20 kHz.
A geração ocorre quando uma força externa excita as moléculas de um meio elástico. Esta excitação é
transferida de molécula a molécula do meio com uma velocidade que depende da elasticidade e inércia das
moléculas. A propagação do ultra-som depende, desta forma, do meio, se sólido, líquido ou gases e sua componente
longitudinal da onda propaga-se à velocidade característica do material, isto é, é função exclusivamente deste.
Na água, a 10 ºC, a velocidade de propagação do som é de 1440 m/s, enquanto que no ar, a 20 ºC, é 343 m/s.
Assim sendo, a velocidade do som é a base para a medição através da técnica de ECO, usada nos dispositivos tipo
ultra-sônicos, sendo função da temperatura e da pressão, cujos efeitos originados por esta última são desprezíveis.
A - Geração do ultra-som
As ondas de ultra-som são geradas pela excitação elétrica de materiais piezelétricos. A característica
marcante desses materiais é a produção de um deslocamento quando aplicamos uma tensão. Assim sendo, eles
podem ser usados como geradores de ultra-som, compondo, portanto, os transmissores.
Inversamente, quando se aplica uma força em um material piezelétrico, resulta o aparecimento
de uma tensão no seu terminal elétrico. Nesta modalidade, o material piezelétrico é usado como receptor de
ultra-som.
Pela sua estabilidade, o quartzo cultivado é um dos materiais mais recomendados para fabricação do
sensor transdutor.
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b) Onda Contínua: como o nome indica, na
excitação por onda contínua o transdutor é
excitado por uma onda senoidal (às vezes,
onda quadrada) ininterruptamente.
c) Trens de onda: pode ser produzido por um
gerador de ondas senoidais que é ligado por
um tempo e, em seguida, desligado, repetindo-
se o processo periodicamente.
O princípio de operação dos dispositivos ultra-sônicos tem por base uma lei da ótica
física: “O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão” (ver figura 6.46).
Quando uma onda ultra-sônica, que se propaga em um meio, incide sobre a interface de duas substâncias
de densidades diferentes, faz surgir duas ondas emergentes: uma onda ultra-sônica proveniente da reflexão nessa
interface (onda refletida) e outra proveniente da mudança de meio de propagação, denominada onda refratada
(ver figura 6.47). Cada interface refletirá de forma diferente conforme esquematizado na figura 6.48.
Figura 6.47 - Reflexão e refração da onda ultra-sônica Figura 6.48 - Diferentes meios resultam em diferentes reflexões
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Os dispositivos do tipo ultra-sônico utilizam-se da primeira, isto é, seu princípio de operação concentra-se
reflexão da onda gerada pelo transdutor, quando encontra a interface com o produto cujo nível desejamos medir ou,
mais precisamente, no lapso de tempo gasto pela onda desde o instante que é gerada, até o instante em que retorna
àquele transdutor depois de refletir-se na interface.
O transdutor pode ser montado no topo do equipamento ou imerso no meio líquido, cujo nível se
deseja medir. A figura 6.49 ilustra algumas situações de projeto:
O tipo de instalação A prevê dois transdutores, um para emissão e outro para recepção, montados
em receptáculos distintos. Neste caso, a onda é gerada no ar, propagando-se até a interface ar-líquido, onde ocorre a
reflexão, para depois a onda refletida ser recebida no cristal receptor. A medição contínua do nível de líquido se faz
de uma maneira indireta, uma vez que todo o percurso da onda é realizado no meio ar.
Em B o transdutor gera um trem de pulsos (“burst”) ultra-sônico e, enquanto a energia acústica é
gerada, o receptor está desativado.
O emissor e o receptor estando num único receptáculo, faz-se necessário a ativação do receptor após
a emissão do trem de ondas, visando à detecção do eco. A montagem da unidade emissão/recepção no meio
gasoso traz a vantagem de se evitar o contato com o fluido do processo; em contrapartida, apresenta a
desvantagem de transferir para o meio gasoso uma parcela maior de sua energia.
Nas aplicações para medição de nível de líquidos, a direção do ângulo de incidência deve ser de 2º em
relação à vertical. Na instalação C, o tempo de eco ultra-sônico indica diretamente o nível do produto.
A unidade pode ainda ser montada externamente ao vaso (situação D), apresentando a vantagem
adicional da não necessidade, de vazar o equipamento.
As instalações C e D discutidas neste sub-item são aplicáveis à detecção de nível de líquidos limpos,
enquanto os esquemas A e B podem ser usados também para medir níveis de sólidos.
Estes medidores são empregados para fornecer indicação apenas quando o nível atinge certos pontos
desejados como por exemplo em sistemas de alarme e segurança de nível alto ou baixo.
Nos líquidos que conduzem eletricidade, podemos mergulhar eletrodos metálicos de comprimento diferente.
Quando houver condução entre os eletrodos teremos a indicação de que o nível atingiu a altura do último eletrodo
alcançado pelo líquido.
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6.13.1 MEDIÇÃO DE NÍVEL DESCONTÍNUA POR CONDUTIVIDADE
Diversas técnicas podem ser utilizadas para medição descontínua, desde simples bóia acoplada a contatos
elétricos a sensores eletrônicos do tipo capacitivo ou ultra-sônico, onde se diferenciam entre si pela sensibilidade,
tipo de fluido, características operacionais instalação e custo.
Este tipo de procedimento é particularmente aplicável à medição de nível de fluidos condutivos (condução
igual ou maior que 50 nS), não corrosivos e livres de partículas em suspensão.
A sonda de medição é formada por dois eletrodos cilíndricos, ou apenas um quando a parede do reservatório
for metálica. O sistema é alimentado com tensão alternada de baixo valor (-10V), a fim de evitar a polarização dos
eletrodos.
Pode ser utilizado para medições contínuas ou discretas. Em medições contínuas a sonda é montada
verticalmente do topo para dentro do reservatório, sendo tão profunda tal qual o nível que se deseja medir.
A corrente elétrica circulante é proporcional à parcela do eletrodo imersa no fluido.
O sistema de barreira de ar é aplicado basicamente para controle de nível mínimo e máximo, ou seja, age
como chave de nível. Trata-se de um circuito eletropneumático, dotado de um sensor que, ao ser alimentado por
uma pressão P emite por meio desse sensor em direção ao fluido, um fluxo de ar a uma determinada pressão (0,1 a
0,15 bar). Esse sensor é normalmente alojado em um tubo de imersão.
Quando o sensor está inativo, o ar de alimentação escapa pelo tubo de imersão. Assim que o fluido atinge o
nível da extremidade inferior do tubo de imersão, fechando-o, aparece na saída A do sensor um sinal, cuja pressão é
proporcional à altura do fluido, até o valor da pressão de alimentação. A pressão do sinal subsistirá enquanto o
fluido mantiver a abertura fechada.
O detector pneumático de nível é muito vantajoso quando os líquidos são muito espumosos. Os sistemas
eletrônicos de detecção freqüentemente reagem à ação da espuma, enquanto a mudança de pressão nos emissores
pneumáticos só se produz quando é alcançado o nível do líquido com sua densidade total.
O sistema de medição por raios gama consiste em emissor de raios gama montado verticalmente na lateral
do tanque do outro lado do tanque teremos um contador GEIGER que transforma a radiação gama recebida em um
sinal elétrico de corrente contínua. Como a transmissão dos raios é inversamente proporcional a massa do líquido
do tanque. A radiação captada pelo receptor e inversamente proporcional ao nível do líquido já que o material
bloqueará parte da energia emitida.
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A medição de nível por radiação de líquidos e sólidos armazenados em tanques ou reservatórios por meio de
radiação é um processo caro e não muito difundido principalmente porque só deve ser utilizado em situações em
que for completamente impossível a aplicação de algum outro sistema de menor risco e, portanto, que necessite
menor grau de proteção.
A faixa do espectro radioativo normalmente utilizado é o de raios gama que possuem energia bastante
elevada e consequentemente um grande poder de penetração. A unidade básica de medida da intensidade radioativa
é o CURIE, em homenagem a Marie Curie que, em 1898, descobriu que certos elementos emitiam energia
naturalmente e denominou essas emissões de raios gama.
Os sensores utilizados para medição de nível por radiação, são constituídos por um reservatório; num dos
seus lados está localizada uma fonte de raios gama (emissor) e do lado oposto um conjunto de células de medição
(receptor).
Os sistemas radiamáticos são utilizados para medição de nível de líquidos, polpas ou sólidos
granulados em aplicações onde nenhuma outra tecnologia disponível pode ser aplicada.
Esses sistemas consistem de uma fonte de emissão de raio gama (γ), um detector tipo câmara de
ionização ou cintilação e uma unidade eletrônica conversora e transmissora de sinal. A fonte, normalmente de césio
137, é alojada em cápsula de aço inox e blindada por chumbo ou ferro fundido, deixando desbloqueada para
emissão do raio gama um ângulo de 40º (medição contínua) ou 7º (medição pontual).
O detector mais utilizado é formado por uma câmara contendo gás inerte (argônio, por exemplo)
pressurizado, alimentado por uma tensão contínua negativa (-15 VDC) e um coletor de elétrons(que são retirados da
última camada do átomo pela incidência do raio gama). A corrente elétrica, produzida pela passagem do raio
gama é diretamente proporcional a intensidade da radiação e inversamente proporcional ao nível do produto no
silo ou tanque. Esse sinal é convertido em tensão e/ou freqüência para finalmente, pela unidade eletrônica ser
transmitida através de sinal de corrente de 4 a 20 mADC.
Muitos arranjos são utilizados na instalação desses sistemas, porém a mais típica pode ser vista na figura
6.55. Onde a fonte é instalada de um lado do silo ou tanque e o detetor no outro.
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Para silos pequenos podem ser usadas células de carga que são deformadas por tração, sendo neste caso o
silo suspenso por uma única célula, eliminando-se o problema de distribuição de carga.
Os sistemas de medição de nível através de pesagem exigem que o silo seja fisicamente isolado da estrutura
do prédio, evitando, desta forma, que forças estranhas sejam aplicadas às células de carga, introduzindo erros na
medição.
Algumas alterações do projeto estrutural do prédio poderão ser necessárias, uma vez que o peso do silo não
está mais distribuído em uma estrutura de sustentação, mas, sim, concentrando em pontos onde serão
instaladas as células de carga. Os sistemas de enchimento e esvaziamento do silo deverão ser cuidadosamente
projetados tendo em vista minimizar sua interferência no sistema de medição. Deve ser evitada a instalação
de vibradores, motores e outras fontes de vibração em contato direto com o silo. Em silos mais altos ou instalados
em local sujeito a vibrações excessiva, recomenda-se a colocação de barras estabilizadoras nas laterais do silo
para absorver os eventuais esforços horizontais que tendam a desequilibrar o silo prejudicando o desempenho do
sistema.
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Tipos de sistemas mais utilizados
A técnica a ser utilizada para medição de nível de sólido deve ser escolhida após análise da aplicação quanto
ao seu comportamento dinâmico, tipo de silo ou tanque, tipo do material, precisão requerida, etc.
Dentre as técnicas disponíveis podemos citar a sonda capacitiva, o sistema de pesagem, o sistema
radioativos, ultra-sônicos todos já abordados anteriormente.
Chaves de Nível
As chaves de nível são dispositivos próprios para atuar em determinados pontos fixos de nível. Estes
pontos fixos são valores de nível em equipamentos que, uma vez alcançados, exigem o desencadeamento de alguma
ação necessária à boa operação ou à segurança do sistema ao qual pertence o equipamento. Assim sendo, uma
chave de nível pode ligar uma bomba, acionar um alarme ou desencadear uma seqüência de operações
automáticas quando o nível atinge um ponto fixo, cujo valor é informado à chave através de ajuste a ela inteligíveis.
As chaves de nível são capazes de dar como saída somente um dentre dois estados: energizado e
desenergizado. Para cumprirem esta tarefa, as chaves são compostas basicamente de duas partes: um
detetor de nível e um circuito de saída. O detetor se encarrega de informar ao circuito de saída a presença ou
ausência do nível em determinada posição; e esse circuito, de mudar o estado de saída da chave em função desta
informação.
a) Princípio de operação
“O princípio de operação da chave de nível do tipo lâmina vibratória baseia-se no amortecimento da
vibração de uma haste singela ou de duas hastes em forma de diapasão”.
Este amortecimento mecânico se faz por absorção de energia de vibração pela viscosidade de um líquido ou
pela resistência de sólidos granulares ou em pó que entram em contato com a(s) haste(s).
b) Construção Básica
Chave de nível de uma Lâmina - na chave de nível de uma lâmina ou haste de vibração singela, a vibração
da mesma é obtida por excitações transversais nesta lâmina ou haste por um sistema de bobina ou eletroímã ativado
por meio de um circuito oscilador eletrônico.
A amplitude de vibração da lâmina ou haste é detectada por uma bobina sensora cujo sinal de saída é
alimentado a um circuito eletrônico, o que, por sua vez, fornece um sinal de saída proporcional à amplitude de
vibração. O amortecimento da vibração também reduz o sinal de saída, que, indo a um relé eletrônico
devidamente calibrado, faz atuar um contato, modificando o estado do sinal de saída (ver figura 5.59).
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c) Aplicações
A chave de nível tipo lâmina vibratória distingue-se de outros dispositivos mecânicos e
eletromecânicos pela ausência de partes móveis e pela estanqueidade da chave com relação ao interior do
recipiente, podendo ser utilizada em pressões da ordem de até 10kg/cm2. Normalmente, há limitação de
temperatura do meio a ser detectado, de cerca de 80 ºC.
A chave de nível tipo lâmina vibratória é utilizada na detecção do nível de sólidos a granel cuja
granulometria, no caso da chave de duas lâminas, não deve excedera, aproximadamente, 10mm para
evitar que um pedaço maior possa ficar preso entre as mesmas, impedindo a sua operação. Pela própria
construção esta chave de nível é mais sensível na extremidade das lâminas vibratórias, já que a amplitude da
vibração neste ponto é maior.
d) Instalação
A chave de nível tipo lâmina vibratória poderá, dependendo da configuração em que é executada,
ser instalada lateralmente ou de topo no equipamento (figura. 5.60), devendo ser evitados cantos onde possam
haver acúmulo de material, bem como aquelas áreas em que ocorra a queda de material alimentando o silo ou
reservatório.
Figura 5.60
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Chave de Nível por Admitância
Existem diversos tipos de dispositivos utilizados por detectar nível em um ponto. Entretanto, as chaves de
nível com tecnologia admitância por serem totalmente digitais e por possuírem circuito de proteção contra
incrustação (cote-shield) é a que tem se mostrado mais eficiente em praticamente todos os tipos de aplicação.
Exceto os que somente as chaves radioativas pode ser aplicadas.
Aplicações
As chaves de nível por admitância são aplicáveis a grande maioria das situações de medição de
nível por ponto não importando ser o produto um líquido, pasta ou sólido granulado.
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Cuidados na Instalação
Os sistemas de medição de nível por ponto foram projetados para montagem em campo. Entretanto, eles
devem ser montados no tanque de forma que vibrações, atmosféricas corrosivas e quaisquer efeitos por danos
mecânicos sejam minimizados.
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Sistema Componentes Aplicação Princípios Faixa de Vantagens Desvantagens
de Aplicação aplicação
Medidores Sonda, ponte de Reservatórios Funciona Limitado Indicações contínuas A variação no
capacitivos capacitores, fonte, abertos ou como somente pelas de nível máximo e dielétrico dos
oscilador, circuito fechados capacitor de alturas mínimo materiais é
eletrônico placas impostas pelas medida como
paralelas características variação de nível
da ponte
Ultra- Hastes dentadas, Sólidos, Atenuação do Limitado pelo Adaptável a grandes O material
sônicoa gerador ultra- sônico, granulados, sinal ultra- comprimento reservatórios;medições granulado deve
receptor, unidade de líquidos, pastas, sonico em útil da das contínuas, sem ser
leitura de saída , grãos, resposta de hastes vedações de passagem, suficientemente
transdutor reservatórios tempo sem manutenção pequeno de modo
abertos e a encher os
fechados entalhes; requer
mais
equipamento que
os outros tipos
Haste Hastes de resistência, Reservatórios A resistência 3mm até o Faixa ampla; grande Necessita de um
resistiva circuito-ponte, abertos ou varia limite da intervalo, manutenção líquido condutor
medidor de saída fechados conforme o resistência do simples para conduzir
liquido sobe líquido corrente
pela haste condutor
Motor Motor Reservatórios O motor 3mm até 60 m Faixa ampla; grande Quando os
reversível reversível,eletrodos, abertos aciona o intervalo,ajuste eletrodos estão
indicador eletrodo até o simples bastantes
nível do próximos o
líquido; o sistema sobe e
motor se desce; necessita
inverte de um meio
quando há condutor
contato com a
superfície
Indicador de Roda de pás, fonte de Reservatórios Material Mínimo Útil para pós que Necessita unidade
pás energia, indicador grandes e cobre as pás e limitado a engrossam materiais separada para
pequenos, faz parar largura da pá; em química, plásticos, cada nível de
abertos ou sem limites mineração e indicação
fechados, para o máximo alimentadoras; não
escaninhos etc muito sensível a
vibração
Condutância Eletrodos, energia Reservatórios Mede a 25mm Versátil; confiável; Não se adapta a
(tipo haste e primária e secundária grandes e condutância mínimo; sem partes móveis; líquidos
fio pequenos, elétrica em 20.000 m manutenção de vapor orgânicos e a
condutor) abertos ou ohm / máximo explosivo óleos animais,
fechados centímetros minerais ou
em duas vegetais
faixas
Núclear Fonte,detector,unidade Reservatórios Atenuação Beta 0 a 6mm Sem contato físico Fonte radioativa.
de leitura, fonte de abertos ou Beta ou de alumínio, com os materiais sem O pessoal deve
alimentação fechados; Gama; Gama 0 10cm vedações ser monitorado.
materiais dispersão de chumbo, A seção deve ser
corrosivos ou gama dispersão analizada
voláteis gama de
2,5mm a 7,5cm
Pesagem Balanças, Sistemas O material é Limitado pelo Precisão; bom para O peso do
reservatórios, transportadores; pesado em recipiente de sistemas móveis, bom recipiente deve
diafragmas, pressão de funis volume e/ou processo e para sólidos, grãos e ser apoiado e
ar, volume fixo alimentadores; medido em equipamento pós pesado
pulverizadores, uma caçamba de apoio
silos controlada ou
recipiente
dimensionado
Lista de exercícios Nº. 6 – Nível
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4- Explique medição de nível por régua.
8- Quais os cuidados necessários que se devem ter quando o medidor do tipo diferencial for
instalado em um tanque aberto ou em um tanque fechado.
12- Em um tanque cilíndrico com 3 metros de diâmetro é armazenado iodo líquido. Para
encontrar o volume estocado usa-se um medidor do tipo capacitivo. Com o tanque praticamente
vazio temos uma capacitância nula. Com o tanque cheio com 15 metros temos uma capacitância
de 200 pF. Admitindo-se que a variação da capacitância é linear a partir das variações do nível
de Iodo quais os volumes estacados de iodo para 45 pF, 95 pF, 145 pF e 175 pF?
13- Uma sonda capacitiva é imersa dentro de um tanque de Fenol há aproximadamente 0,15
metros da parede lateral metálica do tanque. Esta sonda metálica é retangular com as seguintes
dimensões 0,2 m de largura e com 10 metros de altura. Sabendo que a permissividade do Fenol
vale 5,6 pF/m. Qual a capacitância desta sonda com os seguintes níveis de Fenol: 2 m, 4m, 7m e
10 m?
20- O que é uma célula de carga? Como a mesma pode ser usada para encontrar quantidade de
material estocado em um silo?
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7) TEMPERATURA
Definição: TEMPERATURA é o grau de quente ou frio, representado em uma escala definida. Todas as
substâncias acham-se constituídas por uma enorme quantidade de pequenas partículas, as moléculas, que se
encontram em contínuo movimento.
Quanto mais rápido o movimento das moléculas, mais quente se apresenta o corpo e, quanto mais lento o
movimento, mais frio se apresenta o corpo. Esta condição pode se descrita como um potencial térmico ou como
uma energia efetiva da substância. O grau de temperatura é o número dado a este atributo.
A temperatura é uma quantidade de base do SI, conceitualmente diferente na natureza do comprimento,
tempo e massa. Quando dois corpos de mesmo comprimento são combinados, tem-se o comprimento total igual ao
dobro do original. O mesmo vale para dois intervalos de tempo ou para duas massas. Assim, os padrões de massa,
comprimento e tempo podem ser indefinidamente divididos e multiplicados para gerar tamanhos arbitrários. O
comprimento, massa e tempo são grandezas extensivas. A temperatura é uma grandeza intensiva. A combinação de
dois corpos à mesma temperatura resulta exatamente na mesma temperatura.
A maioria das grandezas mecânicas, como massa, comprimento, volume e peso, pode ser medida
diretamente. A temperatura é uma propriedade da energia e a energia não pode ser medida diretamente. A
temperatura pode ser medida através dos efeitos da energia calorífica em um corpo. Infelizmente estes efeitos são
diferentes nos diferentes materiais.
A definição de qualquer grandeza deve começar pela definição de grandezas iguais. Após as noções que
acabamos de dar sobre temperatura, é conveniente, em primeiro lugar, precisar as condições m que dois corpos
terão a mesma temperatura, ou ainda, estarão em equilíbrio térmico. A observação corrente mostra que, estando um
corpo “quente” ou “frio” em presença um do outro (em íntimo contato), o primeiro se resfria e o segundo se
aquece, ou ainda, que a diferença de temperatura entre os dois corpos diminui com o tempo, como se houvesse
tendência para a equalização das temperaturas. Podemos afirmar que a "temperatura de um sistema é a propriedade
que determina se um sistema está ou não em equilíbrio térmico com outros sistemas".
Assim, a temperatura de todos os sistemas em equilíbrio térmico pode ser representada por um número
estabelecido em uma escala empírica de temperatura. Baseados neste princípios são constituídos os detetores de
temperatura, os quais, em equilíbrio térmico com o meio ou com o corpo que se quer medir, fornecem a indicação
da temperatura.
Por exemplo, a expansão termal dos materiais depende do tipo do material. Porém, é possível obter a mesma
temperatura de dois materiais diferentes, se eles forem calibrados. Esta calibração consiste em se tomar dois
materiais diferentes e aquecê-los a uma determinada temperatura, que possa ser repetida. Coloca-se uma marca em
algum material de referência que não tenha se expandido ou contraído. Depois, aqueça os materiais em outra
temperatura determinada e repetível e coloque uma nova marca, como antes. Agora, se iguais divisões são feitas
entre estes dois pontos, a leitura da temperatura determinada ao longo da região calibrada deve ser igual, mesmo se
as divisões reais nos comprimentos dos materiais sejam diferentes.
Um aspecto interessante da medição de temperatura é que a calibração é consistente através de diferentes
tipos de fenômenos físicos. Assim, uma vez se tenha calibrado dois ou mais pontos determinados para temperaturas
específicas, os vários fenômenos físicos de expansão, resistência elétrica, força eletromotriz e outras propriedades
físicas termais, irá dar a mesma leitura da temperatura.
A lei zero da termodinâmica estabelece que dois corpos tendo a mesma temperatura devem estar em
equilíbrio termal. Quando há comunicação termal entre eles, não há troca de coordenadas termodinâmicas entre
eles. A mesma lei ainda estabelece que dois corpos em equilíbrio termal com um terceiro corpo, estão em equilíbrio
termal entre si. Por definição, os três corpos estão à mesma temperatura. Assim, pode-se construir um meio
reprodutível de estabelecer uma faixa de temperaturas, onde temperaturas desconhecidas de outros corpos podem
ser comparadas com o padrão, colocando-se qualquer tipo de termômetro sucessivamente no padrão e nas
temperaturas desconhecidas e permitindo a ocorrência do equilíbrio em cada caso. Isto é, o termômetro é calibrado
contra um padrão e depois pode ser usado para ler temperaturas desconhecidas. Não se quer dizer que todas estas
técnicas de medição de temperatura sejam lineares mas que conhecidas as variações, elas podem ser consideradas e
calibradas.
Escolhendo-se os meios de definir a escala padrão de temperatura, pode-se empregar qualquer uma das
muitas propriedades físicas dos materiais que variam de modo reprodutível com a temperatura. Por exemplo, o
comprimento de uma barra metálica, a resistência elétrica de um fio fino, a militensão gerada por uma junção com
dois materiais distintos, a temperatura de fusão do sólido e de vaporização do liquido.
Assim sendo, uma determinada substância pode ter suas dimensões, seu estado físico (sólido, líquido,
gasoso), sua densidade, sua condutividade, etc ..., alterados pela mudança conveniente de seu estado térmico.
Então, qualquer que seja o tipo de processo, a temperatura afeta diretamente o seu comportamento
provocando, por exemplo:
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Ritmo maior ou menor na produção
Uma mudança na qualidade do produto
Um aumento ou diminuição na segurança do equipamento e/ou do pessoal
Um maior ou menor consumo de energia
e, por conseguinte, um maior ou menor custo de produção.
7.1 UNIDADES
A 9ª CGPM (1948) escolheu o ponto tríplice da água como ponto fixo de referência, em lugar do ponto de
gelo usado anteriormente, atribuindo-lhe a temperatura termodinâmica de 273,16 K. Foi escolhido o grau kelvin
(posteriormente passaria para kelvin) como unidade base SI de temperatura e se permitiu o uso do grau Celsius (0
0
C), escolhido entre as opções de grau centígrado, grau centesimal e grau Celsius para expressar intervalos e
diferenças de temperatura e também para indicar temperaturas em uso prático.
Em 1960, houve pequenas alterações na escala Celsius, quando foram estabelecidos dois novos pontos de
referência: zero absoluto e ponto tríplice da água substituindo os pontos de congelamento e ebulição da água. A 13ª
CGPM (1967) adotou o kelvin no lugar do grau kelvin e decidiu que o kelvin fosse usado para expressar intervalo e
diferença de temperaturas.
Atualmente, kelvin é a unidade SI base da temperatura termodinâmica e o seu símbolo é K. O correto é falar
simplesmente kelvin e não, grau kelvin. O kelvin é a fração de 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto
tríplice da água.
Na prática, usa-se o grau Celsius e o kelvin é limitado ao uso científico ou a cálculos que envolvam a
temperatura absoluta. Um grau Celsius é igual a um kelvin, porém as escalas estão defasadas de 273,15 K. A
temperatura Celsius (Tc) está relacionada com a temperatura kelvin (Tk) pela equação:
A constante numérica na equação (273,15) representa o ponto tríplice da água 273,16 menos 0,01. O ponto
de 0 0C tem um desvio de 0,01 da escala Kelvin, ou seja, o ponto tríplice da água ocorre a 0,01 0C ou a 0,00 K.
Os intervalos de temperatura das duas escalas são iguais, isto é, 1 0 0C é exatamente igual a 1 K. O símbolo
do grau Celsius é 0C. A letra maiúscula do grau Celsius é, às vezes, questionada como uma violação da lei de estilo
para unidades com nomes de pessoas. A justificativa para usar letra maiúscula é que a unidade é o grau e Celsius
(C) é o modificador.
A temperatura pode ser realizada através do uso de células de ponto tríplice da água, com precisão de 1 parte
em 104. Medições práticas tem precisão de 2 partes em 103. A escala e os pontos fixos são definidos em convenções
internacionais que ocorrem periodicamente.
Dentre elas as mais importantes foram a Fahreinheit, a Clesius, a Rankine e a Kelvin.
A escala Fahreinheit é, ainda, utilizada nos Estados Unidos e em parte da Europa. Porém, a tendência é de se
usar exclusivamente nos processos industriais de todo o mundo a escala Celsius.
A escala Rankine e a escala Kelvin, que são as escalas absolutas, são mais usadas nos meios científicos,
sendo que atualmente usa-se quase que exclusivamente a escala Kelvin.
7.2 ESCALAS
Para definir numericamente uma escala de temperatura, deve-se escolher uma temperatura de referência e
estabelecer uma regra para definir a diferença entre a referência e outras temperaturas. As medições de massa,
comprimento e tempo não requerem concordância universal de um ponto de referência em que cada quantidade é
assumida ter um valor numérico particular. Cada milímetro em um metro, por exemplo, é o mesmo que qualquer
outro milímetro. Escalas de temperatura baseadas em pontos notáveis de propriedades de substâncias dependem da
substância escolhida. Ou seja, a dilatação termal do cobre é diferente da dilatação da prata. A dependência da
resistência elétrica com a temperatura do cobre é diferente da prata. Assim, é desejável que a escala de temperatura
seja independente de qualquer substância. A escala termodinâmica proposta pelo barão Kelvin, em 1848, fornece
uma base teórica para a escala de temperatura independente de qualquer propriedade de material e se baseia no
ciclo de Carnot.
Muitas escalas baseadas em pontos diferentes foram desenvolvidas ao longo do tempo. Dentre elas as mais
importantes foram a Fahreinheit, a Clesius, a Rankine e a Kelvin.
A escala Fahreinheit é, ainda, utilizada nos Estados Unidos e em parte da Europa. Porém, a tendência é de se
usar exclusivamente nos processos industriais de todo o mundo a escala Celsius.
A escala Rankine e a escala Kelvin, que são as escalas absolutas, são mais usadas nos meios científicos,
sendo que atualmente usa-se quase que exclusivamente a escala Kelvin.
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7.2.1 ESCALA PRÁTICA INTERNACIONAL DE TEMPERATURA (EPIT)
O estabelecimento ou fixação de pontos para as escalas de temperatura é feito para que qualquer pessoa, em
qualquer lugar ou tempo possa replicar uma temperatura específica para criar ou verificar um termômetro. Os
pontos específicos de temperatura se tornam efetivamente nos protótipos internacionais de calor. A Conferência
Geral de Pesos e Medidas aceitou esta EPIT, em 1948, emendou-a em 1960, e estabeleceu uma nova em 1968 (com
13 pontos) e em 1990 (com 17 pontos).
A Escala Prática Internacional de Temperatura (EPIT) foi estabelecida para ficar de conformidade, de modo
aproximado e prático, com a escala termodinâmica. No ponto tríplice da água, as duas escalas coincidem
exatamente, por definição. A EPIT é baseada em pontos fixos, que cobrem a faixa de temperatura de -270,15 0C a
1084,62 0C. Muitos destes pontos correspondem ao estado de equilíbrio durante a transformação de fase de
determinado material. Os pontos fixos associados com o ponto de solidificação ou fusão dos material são
determinados à pressão de uma atmosfera padrão (101,325 Pa)
Além destes pontos de referência primários, foram estabelecidos outros pontos secundários de referência,
que são mais facilmente obtidos e usados, pois requerem menos equipamentos. Porém, alguns pontos secundários
da EPIT 1968 se tornaram primários na EPIT 1990.
Há dois motivos para se ter tantos pontos para fixar uma escala de temperatura:
Poucos materiais afetados pelo calor mudam o comprimento linearmente ou uniformemente. Tendo-
se vários pontos, a escala pode ser calibrada em faixas estreitas, onde os efeitos não linearidade
podem ser desprezados.
Nenhum termômetro pode ler todas as temperaturas. Muitos pontos fixos permite um sistema
robusto de calibração.
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Entre os pontos fixos selecionados, a temperatura é definida pela resposta de sensores específicos com
equações experimentais para fornecer a interpolação da temperatura. Várias definições diferentes são fornecidas, na
EPIT de 1990 para temperaturas muito baixas, próximas do zero absoluto.
Nestas temperaturas, usa-se um termômetro de gás He para medir a pressão e a temperatura é inferida desta
pressão. Na faixa de 13,8033 K e 961,78 oC a temperatura é definida por um termômetro de resistência de platina,
que é calibrado em conjuntos específicos de pontos fixos com equações de interpolação cuidadosamente definidas.
Acima de 1064,18 oC, a temperatura é definida por pirômetro óptico de radiação, onde a lei de Planck
relaciona esta radiação com a temperatura.
A EPIT é continuamente revista e uma nova versão pode estender a faixa para o extremo inferior de 0,5 K,
substituindo o instrumento de interpolação a termopar com uma resistência de platina especial e atribuir valores
com proximidade termodinâmica para os pontos fixos. Atualmente o mínimo valor definido na EPIT é 13,81 K.
A calibração de um dado instrumento medidor de temperatura é geralmente feita submetendo-o a algum
ponto fixo estabelecido ou comparando suas leituras com outros padrões secundários mais precisos, que tenham
sido rastreados com padrões primários.
A calibração com outro instrumento padrão é feita através do seguinte procedimento:
1. colocam-se os sensores dos dois instrumentos em contato íntimo, ambos em um banho de temperatura,
2. varia a temperatura do banho na faixa desejada,
3. permite que haja equilíbrio em cada ponto e
4. determinam-se as correções necessárias.
Termômetros com sensores de resistência de platina e termopares geralmente são usados como padrões
secundários.
A Primeira escala de temperatura estabelecida foi a Farenheit em 1714, a qual se convencionou um valor
zero, para o que então se pensou ser a menor temperatura capaz de se obter em laboratório. Nesta escala
estabeleceu-se o valor de 32 oF para a temperatura de congelamento da água e 212 oF para a temperatura de
evaporação da água, ambos medidos à pressão de 1 atmosfera, isto é, ao nível do mar. A diferença entre os pontos
de ebulição e congelamento foi dividida em 180 (+ 212 a -12) partes iguais às quais se deu o nome de grau
farenheit.
Mais tarde, baseada no sistema métrico, foi desenvolvida a escala Celsius ou centígrado que, tomando os
mesmos 2 pontos de referência deu a eles a designação 0o Ce 100 oC. À diferença entre os dois pontos de
referência dividida em 100 (100- 0) partes iguais, deu-se o nome de grau Celsius.
Com o desenvolvimento da física teórica e prática, os cientistas concluíram que, embora se tivesse
conseguido chegar a temperaturas muito abaixo de 0 oF ou 0 oC, haveria um valor teórico que jamais poderia ser
ultrapassado. Seria a temperatura em que os corpos simplesmente não teriam mais energia térmica. A este valor
atribuiu o nome de “zero absoluto”. Na escala Farenheit este valor corresponde a -459,67 oF, na escala centígrado a
-273,15 oC. Nestas temperaturas, os corpos perderam todo o seu conteúdo calorífico.
Foram então desenvolvidas duas outras escalas, chamadas de absolutas. A escala Kelvin começa a contar a
partir de zero absoluto da escala centígrado, isto é, -273,15 oC. Consequentemente, para a variação de 10 centígrado
na escala Celsius, teremos a mesma variação na escala Kelvin. Mudou apenas a referência. Assim é que na escala
Kelvin a água congela a + 273,15 K e evapora a +373,15 K.
A escala Rankine usa o mesmo princípio, iniciando em -459,67 OF sendo que para a variação de 10 na escala
Rankine teremos a mesma variação de 10 na escala Farenheit. Assim é que na escala Rankine a água congela a
491,670 oR e evapora a 671,670 oR.
Outras escalas de temperatura existem, porém de raríssima utilização como é o caso da escala Rémur (0 Ré)
que considera o ponto de fusão do gelo a 00 Ré e o ponto de ebulição da água a 800 Ré( para pressão 760mm de
mercúrio).
Para conversão de temperaturas de uma escala para a outra pode-se usar ábacos, tabela s ou simplesmente
fórmulas como segue:
o
C = oF - 32 x 5
9
o o
F = C x 9 + 32
5
K = oC + 273,15
o
R = oF + 459,67
o
Ré = 4 x oC
5
Definição: Sensores de temperatura são transdutores que alteram uma ou mais de suas características físicas
ao se equalizar com o meio a ser determinada a temperatura. A maioria dos sensores se utiliza da transmissão de
calor por contato, para assimilar a energia do meio.
Entre os instrumentos baseados nesse princípio, incluem-se os que utilizam:
Alterações Elétricas: como resistência ôhmica, geração tensão F.E.M (Força eletro motriz).
Alguns instrumentos ( pirômetros óticos e de radiação) utilizam a radiação emitida por um corpo. Neste
caso, o elemento de medição assumirá uma temperatura diferente daquela do corpo cuja temperatura se
deseja determinar, todavia uma proporcionalidade é mantida.
162
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Tipos de sensores de temperatura
INSTRUMENTO GRANDEZA FÍS. TRANSDUTOR FAIXA DE MEDIÇÃO UTILIZAÇÃO
ASSOCIADA (OC)
Termômetro Acústico Velocidade do som Cavidade acústica de - 273 a - 223 Medição de Laboratório
ressonância
Termômetro a Vapor Pressão Bulbo metálico c/ - 269 a 100 Medições em Lab. e
capilar c/vapor saturado Indústrias
Termômetro de Resistência Elétrica Cápsula Quadripolar de - 271 a - 173 Med. padrões em
Germânio "Ge" Laboratório
Termômetro a Gás Pressão (geral/a volume Bulbo metálico c/ - 269a 1064 Medições em
etc) capilar c/gás Laboratório
Termistor Resistência Elétrica Diodo semicondutor de - 269 a 200 Contr. Indl. lab. e cond.
óxido metálico de ar
Termômetro de Quartzo Freqüência de oscil. Cristal de Quartzo corte 262 a 250 Laboratórios e
mecânica em Y Indústrias
Termômetro de Resistência Elétrica Bulbo de platina Cu Ni - 173 a 1064 Laboratórios e
Resistência indústrias
Termopar Força Eletromotriz União de fios de condut. - 253 a 2400 Med. e contr. em lab. e
diferentes indústrias
Termômetro de Pulso Velocidade do Som Haste Metálica (AI, W, - 243 a 3100 Laborat. e inds.
Acústico Mo)
Termômetro de líquido Expansão Térmica Bulbo de vidro c/capilar - 200 a 500 Laboratório e indústria
em haste de vidro c/mercúrio
Termômetro Bi- Expansão Térmica Duas lâminas ou hastes - 148 a 400 Contr. Indl. e condic. de
metálico diferencial aderentes ar.
Pirômetro de Radiação Radiação eletro Detetor de radiação 0 a 5000 Medição e contr
total magnética (termopilha) industriais
Pirômetro de Radiação f.e.m. ou Resistência Foto-Diodo ou sensor de 0 a 5000 Medição e contr.
seletiva radiação industriais
Pirômetro Ótico Concentração esp. de Detetor foto elétrico 750 a 5000 Laboratórios e
Automático radiação indústrias
Pirômetro Ótico Manual Concentração Espectral Olho Humano 750 a 5000 Laboratórios e
de luminosidade indústrias
163
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7.3.1 TERMÔMETRO DE DILATAÇÃO DE LÍQUIDO
Princípio de Funcionamento
Os tipos podem variar conforme sua construção: de recipiente de vidro transparente ou de recipiente
metálico.
164
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Após a calibração, a parede do tubo capilar é graduada em graus ou frações deste. A medição da temperatura
se faz pela leitura da escala no ponto em que se tem o topo da coluna líquida.
Por ser frágil e impossível de registrar sua indicação ou transmiti-la a distância, o uso deste termômetro é
mais comum em laboratório ou em indústrias com a utilização de uma proteção metálica.
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Para o caso do mercúrio, cuja faixa normal é de - 38 a 350 ºC, pode-se elevar este limite até 550 ºC mediante
emprego de vidro adequado e injeção de um gás inerte sob pressão, pois isto faz com que se evite a vaporização do
mercúrio. No termômetro de mercúrio, pode-se elevar o limite máximo até 550 0C injetando-se gás inerte sob
pressão, evitando-se a vaporização do mercúrio.
Recomendações na instalação
Não utilizar nos pontos em que haja mudanças bruscas de temperatura, pois poderia trincar o capilar de
vidro.
Para evitar erros, devido a temperatura ambiente, o bulbo deverá estar completamente imerso.
Instalar o bulbo dentro de um poço metálico para proteção mecânica, resistência à corrosão e permitir retirada em
operação.
O bulbo do termômetro deve ser instalado na mesma direção e sentido oposto ao do fluxo, a fim de que a
vazão média do fluido seja suficiente para dar uma rápida transferência de calor.
Notas
Sistemas Classe II são tomados como SAMA Classe IIA ou IIB. Na Classe IIA, o sensor é sempre
mais quente do que o tubo ou a caixa do instrumento. Na classe IIB o sensor é sempre mais frio do
que o tubo ou a caixa do instrumento.
O span mais estreito varia com temperaturas elevadas.
Valores menores disponíveis em regiões criogênicas.
Valores dependem do range, comprimento do capilar, dimensões do sensor e tipo do instrumento
utilizado.
Sistemas de pressão-vapor são altamente seguros e confiáveis, precisão inerente ao sistema; não requerem
compensação para alterações na temperatura ambiente. Instrumentos seguem as curvas de pressão-vapor do fluído
utilizado para preenchimento do bulbo e capilar. Consequentemente, as cartas e indicadores associados não são
uniformes, caracterizando-se por espaçamentos mais largos na escala, para temperatura mais elevadas.
Medições correm na interface entre as fases líquido/vapor do preenchimento médio. Se a temperatura no
sensor exceder a do capilar e do elemento indicador, o sensor é preenchido com vapor enquanto o capilar e o
indicador contêm líquidos.
167
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O oposto é verdadeiro quando a polaridade da temperatura relativa é reversa.
Transições entre líquidos e vapor podem causar operações erradas. Assim, sistemas de vapor podem torna-se
inconvenientes para ranges que se estendam a limites que atravessem temperaturas do capilar e elemento sensor.
Tais sistemas podem também ser inaceitáveis se registros ou escalas de medição uniforme são desejadas.
Sistemas de pressão-gás situam-se num 20 plano em relação aos dispositivos de pressão-vapor, no que diz
respeito a custo e simplicidade. Porém, oferecem o mais largo range de trabalho dentre todos os sistemas de
preenchimento termal. Dispositivos convencionais utilizam sensores de grande volume, os quais podem ser
adaptados para aplicações particulares em um processo. Por exemplo, para medição da temperatura média em
dutos, o sensor pode ser construído segundo um tubo comprido de pequena seção transversal.
Registradores convencionais não são recomendados para spans de temperatura inferiores a 200ºF ou 1100ºC,
mais transmissores que tenham como princípio de funcionamento "balanço de força", podem ser utilizados com
spans tão estreitos quanto 500ºF ou 280ºC.
Com sistemas termais a gás torna-se difícil compensar erros devidos a compensação da temperatura
ambiente. Porém, um sensor de dimensões suficientemente grandes pode reduzir tais erros a limites aceitáveis.
Sistemas de expansão do Mercúrio são classificados separadamente de outros sistemas de preenchimento
com líquido, devido às propriedades únicas do fluido. Por exemplo, o mercúrio é tóxico e nocivo para alguns
produtos e processos industriais. Além disso, a alta densidade do líquido impõe limitações quanto às diferentes
elevações entre sensor e instrumento.
Os sensores utilizados nos sistemas com expansão em mercúrio são, geralmente, maiores em diâmetro e
mais caro do que aqueles usados em outros sistemas líquidos ou vapor. Por tais razões, o mercúrio é freqüentemente
substituído em vapor de outro tipo de enchimento.
A precisão dos instrumentos com sistema termal é da ordem de 0,5 a 1% de largura da faixa de medição.
Entretanto, essa precisão só pode ser obtida se o bulbo estiver imerso em um líquido bem agitado e se o
capilar e o instrumento em si estiverem a uma temperatura ambiente sem grandes variações.
Diversos efeitos contribuem para dificultar as medições com termômetro de sistema termal:
Consiste na variação do instrumento quando há uma variação na temperatura ambiente em que se encontra o
capilar e/ou a espiral (diferente daquela em que o sistema foi calibrado). Um aumento ou diminuição da
temperatura ambiente causará, no caso de sistemas preenchidos com líquido, um aumento ou diminuição respectivo
no volume do líquido contido no capilar e na espiral, ocasionando erro na indicação.
Igualmente nos sistemas preenchidos com gás, haverá alteração na pressão do gás com u correspondente
desvio na medição. Nos sistemas preenchidos com vapor, esta influência não se faz sentir, pois a pressão interna é
determinada, exclusivamente, pela temperatura da superfície de contato entre o líquido e o vapor.
Em geral, há necessidades de compensar as variações da temperatura ambiente. Estas compensações podem
ser feitas de várias formas:
Compensação de "caixa", na qual somente se compensam as variações dentro da caixa do
instrumento. Para tanto, utiliza-se comumente um bimetal ou uma segunda espiral ligada
inversamente à primeira, onde o conjunto é mantido de maneira que, as variações de temperatura
dentro da caixa, produzem uma rotação do bimetal ou da segunda espiral em sentido oposto à
primeira.
Compensação "completa", na qual existe a segunda espiral, ligada a um capilar que é instalado junto
ao primeiro. Compensam-se assim as variações de temperatura na caixa e ao longo do capilar. O
segundo capilar não possui bulbo.
Outro método para obter uma compensação completa com sistema de mercúrio ( líquido) emprega
um fio de Invar, que é colocado dentro do capilar. Os diâmetros do fio e do capilar são calculados
para que o aumento de volume intenso do capilar seja exatamente igual ao aumento de volume do
mercúrio.
Os termômetros de dilatação ( preenchimento com líquido) são calibrados mantendo-se bulbo na mesma
posição relativa em relação à caixa, que quando foi instalado.
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Caso contrário, a pressão será aumentada ou diminuída de acordo com as variações da pressão na coluna. O
efeito só tem importância nos termômetros com líquido no capilar.
Visto que o movimento do bourdon é relacionado com a diferença entre a pressão interna e a externa
(atmosférica), pode haver uma alteração na indicação, se o instrumento for transportado de um bocal para outro
com pressão atmosférica diferente.
Se o bulbo não for completamente imerso no meio, a indicação poderá ser incorreta.
7.3.4.1 - CONSTRUÇÃO
Este termômetro consta de um bulbo de metal ligado a um capilar metálico e um elemento sensor. Neste
caso, o líquido preenche todo o instrumento e com uma variação da temperatura se dilata deformando
elasticamente o elemento sensor.
A este elemento sensor é acoplado um ponteiro que pode girar livremente sobre uma escala graduada. Como
a relação entre a deformação do elemento sensor e a temperatura é proporcional, este instrumento nos fornece
uma leitura linear.
Elemento de medição: o elemento usado é o tubo de Bourdon, podendo ser: tipo C, tipo espiral e o tipo
helicoidal.
Os materiais usados são bronze fosforos, cobre-berílico, aço inox e aço-carbono.
169
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Aplicam-se estes termômetros, em geral, na indústria para indicação e registro, pois permite leituras remotas
e á o mais preciso dos sistemas mecânicos de medição de temperatura. Porém, não é recomendado para controle,
por causa de seu tempo de resposta ser relativamente grande. O poço de proteção permite a manutenção do
termômetro com o processo em operação.
Recomenda-se não dobrar o capilar com curvatura acentuada para que não se formem restrições que
prejudiquem o movimento do líquido em seu interior, causando problemas de medição.
OBSERVAÇÃO: No caso de utilizar o mercúrio como líquido de enchimento, o material do bulbo capilar e
sensor não pode ser de cobre ou liga do mesmo.
OBSERVAÇÃO:
A faixa de utilização dos líquidos ultrapassa os limites do ponto de ebulição porque o recipiente é
preenchido sob pressão elevada (aproximadamente 40 atm).
Helicoidal C Espiral
OBSERVAÇÃO: Quando o líquido de enchimento é o mercúrio, alguns autores costumam classificar este
sistema na classe VA e classe VB, porém sua construção é a mesma da classe I.
7.3.4.7 - RECOMENDAÇÕES
Instalar o bulbo dentro de um poço protetor para permitir manutenção com o processo em operação.
172
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Sempre que for instalado dentro de um poço protetor, preencher o espaço entre o bulbo e o poço a
fim de reduzir o atraso na resposta. Para tal, podemos usar mercúrio, óleo, grafite, glicerina, etc...
Não dobrar o capilar com curvatura acentuada para que não se formem restrições que prejudicariam
o movimento do líquido no seu interior, causando falha no funcionamento do termômetro.
O comprimento máximo do capilar deste sistema deve ser de 60 metros para os líquidos orgânicos e
de 15 metros para enchimento com mercúrio.
Lt = Lo (1 + t)
t = temperatura do metal em ºC
Onde:
to = temperatura de referência do metal em ºC (normalmente 0ºC)
Lo = comprimento do metal à temperatura de referência
Lt = comprimento do metal à temperatura t em ºC
= coeficiente de dilatação linear
t = t - to
173
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7.3.5.2 - CONSTRUÇÃO
Baseado no fato de que dois metais diferentes modificam as suas dimensões de modo desigual ao
variar a temperatura, o termômetro bimetálico consiste em duas lâminas de metal justapostas, formando
uma só peça e geralmente na forma helicoidal. Uma extremidade da hélice é fixa e a outra é ligada a um
ponteiro que pode girar livremente sobre uma escala circular graduada.
Este termômetro pode ser construído de dois tipos conforme podemos ver na figura 7.12
Figura 7.11
Onde:
P1; P2; ... ; Pn = pressão absoluta do gás
T1; T2; ... ; Tn = temperatura absoluta do gás
174
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Fisicamente idênticos ao termômetro de dilatação de líquido, consta de um bulbo, elemento de medição
e capilar de ligação entre estes dois elementos.
bourbon
Figura 7.12
O volume do conjunto é constante e preenchido com um gás a alta pressão. Com a variação da
temperatura, o gás varia sua pressão conforme, aproximadamente, a lei dos gases perfeitos, com o elemento de
medição operando como medidor de pressão
Observa-se que as variações de pressão são linearmente dependentes da temperatura, sendo o volume
constante.
O gás mais utilizado é o N2, geralmente a uma pressão de 20 a 50 atm, na temperatura mínima a medir.
Sua faixa de medição vai de –100 a 600 0C, sendo o limite inferior devido à própria temperatura crítica do gás,
e o superior devido ao recipiente apresentar maior permeabilidade ao gás nesta temperatura, o que acarretaria
sua perda, inutilizando o termômetro.
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Por isso não é necessário efetuarmos a compensação total. Porém a compensação na caixa às vezes
se faz necessária; quando isto ocorre, é feita por um bimetal fixada na espiral conforme figura 7.15 e o
instrumento é denominado de classe .
7.3.6.8 - RECOMENDAÇÕES
Instalar o bulbo dentro de um poço protetor para permitir manutenção com o processo em
operação.
Não dobrar o capilar com curvatura acentuada para que não se formem restrições que
prejudicariam o movimento do gás no seu interior, causando falha no funcionamento do
termômetro.
Instalar o bulbo de modo que o comprimento máximo do capilar seja de até 30 m.
Quando usar poço protetor, preencher o espaço entre o bulbo e o poço com glicerina, óleo,
etc., a fim de reduzir o atraso na resposta.
1 1
H evap .
P1
T1 T2
P2 4,58
onde:
P1 e P2 = pressões absolutas relativas às temperaturas;
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T1 e T2 = temperaturas absolutas;
Hevap = representa o calor latente de evaporação do líquido em questão.
Por isso, para qualquer variação de temperatura haverá uma variação na tensão do vapor do gás
liqüefeito colocado no bulbo do termômetro e, em conseqüência disto, uma variação na pressão dentro do
capilar. A temperatura é determinada na superfície livre, entre o líquido e o vapor. Como a condição única
necessária é a existente da interface entre a fase líquida e a fase gasosa dentro do bulbo, quando em
funcionamento, é importante dosar o volume certo do gás liqüefeito.
Como o aumento da tensão do vapor para determinar variação de temperatura não é igual ao longo de
toda a faixa, a escala de temperatura não é linear. Esse comportamento é ilustrado na figura 7.17 ( a ) e ( b ).
7.3.7.2 – CONSTRUÇÃO
Sua construção é fisicamente idêntica a dos termômetros à pressão de gás, porém, o bulbo é
relativamente pequeno. Este termômetro está ilustrado na figura abaixo.
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A tabela abaixo apresenta os líquidos mais utilizados e seus respectivos pontos de fusão e ebulição.
_____________________________________________________________________________
OBSERVAÇÃO:
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Classe -A
Este sistema é construído para medição de temperatura sempre acima da temperatura ambiente.
Neste sistema, o líquido volátil é inserido no capilar, no elemento sensor e em parte do bulbo, sendo a outra
parte do bulbo, preenchida pelo vapor. Este tipo, ilustrado na figura 7.20, é o mais usado.
Classe -C
Este sistema é construído para medição de temperatura acima ou abaixo da temperatura
ambiente, mas nunca em torno desta. A figura 7.22 ( a ) e ( b ) mostra as duas condições de medição. Quando
T1 (temperatura de medição) for menor que T2 (temperatura ambiente), teremos líquido em parte do bulbo
e vapor no bulbo, no capilar e no sensor. Se ocorrer uma variação brusca na temperatura de tal extensão que a
temperatura ambiente seja cruzada, haverá mudança de estado do fluido no capilar e no sensor, e então
teremos líquido no bulbo, no capilar e no sensor, e vapor somente no bulbo.
É importante frisar que nesta ocasião haverá uma certa instabilidade no sistema, acarretando resposta
muito lenta, tendo em vista o tempo gasto na liquefação do vapor (ou vaporização do líquido) no capilar e no
sensor.
7.3.7.8 - RECOMENDAÇÕES
Instalar o bulbo dentro de um poço protetor para permitir manutenção com o processo em
operação.
Não dobrar o capilar em ângulo acentuado.
O capilar não deve ser exposto à temperaturas muito baixas ou à temperaturas elevadas.
Quando usar o poço protetor, preencher entre o bulbo e o poço com glicerina, óleo, etc., a
fim de reduzir o atraso na resposta.
O comprimento máximo do capilar deste sistema deve ser de 50 m.
O bulbo e o elemento sensor devem ser instalados no mesmo nível, a fim de evitar erros
devido à coluna líquida capilar.
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7.3.8 TERMÔMETROS A DILATAÇÃO DE SÓLIDOS
O termômetro bimetálico consiste em duas lâminas de metal, com coeficiente de dilatação
diferentes, sobrepostas, formando uma só peça. Variando-se a temperatura do conjunto, observa-se um
encurvamento, que é proporcional à temperatura. Na prática, a lâmina bimetálica é enrolada em forma de
espiral ou hélice, o que aumenta a sensibilidade.
O termômetro mais usado é o de lâmina helicoidal, e consiste em um tubo bom condutor de calor,
no interior do qual é fixado um eixo, que por sua vez recebe um ponteiro que se desloca sobre uma
escala. Normalmente, utiliza-se o invar (aço com 64% de Fe e 36% de Ni), com baixo coeficiente de
dilatação, e o latão como metal de alto coeficiente de dilatação.
A faixa de trabalho dos termômetros bimetálicos é de +500ºC a 800ºC, aproximadamente, sendo
sua escala bastante linear. Possui exatidão na ordem de mais ou menos 1%.
Termistores são resistores termicamente sensíveis. São semicondutores eletrônicos, cuja resistência
elétrica varia a temperatura e são úteis industrialmente para detecção automática, medição e controle de
temperatura.
Os termistores são extremamente sensíveis a mudanças relativamente pequenas de temperatura;
permitem a medição com intervalos de 10 ºC.
Os termistores que apresentam diminuição de resistência elétrica () em função do aumento da
temperatura são denominados termistores NTC (negative temperature coefficent); os que apresentam aumento
da resistência elétrica() em função do aumento da temperatura são denominados PTC (positive temperature
coefficent).
Passaremos discutir os termistores NTC, uma vez que os termistores PTC não são usados como
sensores, em virtude da falta de linearidade de sua curva características.
Os termistores possuem grandes coeficientes de temperatura negativos, em contraste com os
termômetros de resistência metálica que possuem pequenos coeficientes de temperatura positivos.
Os termistores são encontrados na forma de bolhas de 0,04 cm de diâmetro, na forma de discos
variando de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro e na forma de hastes com diâmetro entre 0,08 a 0,6 cm e comprimento
de até 5 cm.
Essas unidades são feitas de óxidos metálicos e suas misturas, que são prensadas ou extraídos na forma
desejada e confeccionados para produzir um corpo denso como cerâmica. O contato elétrico ode ser feito por
fios embutidos no material durante a personagem ou extração, por chapeamento ou por revestimento metálico-
cerâmico.
O tempo de resposta pode variar desde uma fração de segundos até minutos, dependendo do tamanho
da massa detectora e da capacidade térmica do termistor.
O limite superior de temperatura de funcionamento depende das mudanças físicas do material ou solda
usados para ligar as conecções elétricas e é geralmente de 400 oC. O limite inferior de temperatura é -269 oC,
porém, industrialmente é usado até -60 oC.
Deve-se levar em consideração a manutenção de uma corrente de medição, a mais baixa possível, para
se evitar o aquecimento da unidade detectora, de modo que qualquer variação da resistência dependa somente
da variação da variação de temperatura da área em volta.
Os termistores podem ser usados para compensação das variações de resistência em circuitos elétricos
(principal aplicação), como chave de circuito de segurança e alarme, para viabilizar a tensão de saída em
circuitos com uma grave variação na tensão de saída em circuitos com uma grande variação na tensão de
entrada e várias outras aplicações.
Dentre os mais de 100 elementos químicos existentes na natureza, cerca de setenta se distinguem por
propriedades físico - químicas bem características, apesar das diferenças existentes entre si. Tais elementos
são os metais.
As mencionadas propriedades características se fazem notar principalmente, no estado sólido e são:
densidade elevada (decorrente do arranjo muito compacto dos átomos); elevado poder refletor (de onde advém
o brilho dito metálico): boa condutibilidade térmica e excelente condutividade elétrica (essas 3 últimas
propriedades decorrentes da existência de "elétrons livres" em abundância.
Denominam-se "elétrons livres" ,os elétrons que se distinguem pela grande mobilidade que exibem no
interior e na superfície dos metais. São elétrons fracamente ligados aos átomos de origem, sendo que a própria
agitação térmica natural da molécula os desprende de suas órbitas atômicas. Estes elétrons livres constituem
um verdadeiro "gás eletrônico", que ocupa o espaço vazio entre os átomos.
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Em nível elementar, admite-se ma teoria clássica que encontra conformação experimental satisfatória e
que exporemos a seguir: metais são condutores eletrônicos, admite-se que, em média, cada átomo contribua
com um elétron livre (elétrons de condução, que migra de um átomo para outro, através do condutor).
Seja dado um condutor homogêneo, em forma de fio, com seção transversal invariável S e
comprimento I. Aplicando a este condutor uma tensão U, o campo elétrico E que se estabelece dentro dele tem
intensidade E = U/I. Por efeito desse campo, os elétrons livres do condutor ficam sujeitos a forças que os
impulsionam através do condutor . A força de campo que age em cada elétron é F=(-e ). E ou, em valor
absoluto:
e = carga de elétrons F= e. E = e. U/I
7.3.10.1 TERMOPARES
Os pontos onde os fios que formam o termopar se conectam ao instrumento de medição é chamado de
junta fria ou de referência.
O aquecimento da junção de dois metais gera o aparecimento de uma f.e.m.. este princípio, conhecido
por efeito SEEBECK, propiciou a utilização de termopares para a medição de temperatura.
O sinal de f.e.m. gerado pelo gradiente de temperatura existente entre as juntas quente e fria, será, de
um modo geral, indicado, registrado ou transmitido.
O aquecimento da junção de dois metais gera o aparecimento de uma força eletromotriz (f.e.m.). Este
princípio conhecido por efeito Seebeck propiciou a utilização de termopares para a medição de temperatura
Um termopar consiste de dois condutores metálicos, de natureza distinta, na forma de metais puros ou
de ligas homogêneas Os fos são soldados em um extremo ao qual se dá o nome de junta quente ou junta de
medição. A outra extremidade dos fios é levada ao instrumento de medição de f.e.m., fechando um circuito
elétrico por onde flui a corrente. O ponto onde os fios que formam o termopar se conectam ao instrumento de
medição é chamado de junta fria ou de referência.
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"A f.e.m. termal, desenvolvida em um circuito termoelétrico de dois metais diferentes, com suas
junções às temperaturas T1 e T2, é independente do gradiente de temperatura e de sua distribuição ao longo
dos fios ". Em outras palavras , a f.e.m. medida depende única e exclusivamente da composição química dos
dois metais e das temperaturas existentes nas junções.
"A soma algébrica das f.e.m. termais em um circuito composto de um número qualquer de metais
diferentes é zero, se todo o circuito estiver à mesma temperatura".
Deduz-se daí que um circuito termoelétrico, composto de dois metais diferentes, a f.e.m. produzida não
será alterada ao inserirmos, em qualquer ponto do circuito, um metal genérico, desde que as novas junções
sejam mantidas a temperaturas iguais.
"A f.e.m. produzida em um circuito termoelétrico de dois metais homogêneos e diferentes entre si, com
as suas junções às temperaturas T1 e T3 respectivamente, é a soma algébrica da f.e.m. deste circuito, com as
junções às temperaturas T1 e T2 e a f.e.m. deste mesmo circuito com as junções às temperaturas T2 e T3".
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Pode-se mostrar, também que a f.e.m. pode ser medida num circuito termoelétrico como o da Figura
7.32, com vários metais e junções a temperaturas diferentes.
A militensão E é igual à soma das militensões de vários circuitos separados, compostos dos mesmos
metais e com as junções às mesmas temperaturas.
Um exemplo prático da aplicação desta lei, é a compensação ou correção da temperatura ambiente pelo
instrumento receptor de militensões.
Visto que a f.e.m. gerada em um termopar depende da composição química dos condutores e da
diferença de temperatura entre as juntas, isto é, a cada grau de variação de temperatura, podemos observar
uma variação da f.e.m. gerada pelo termopar, podemos, portanto, construir uma tabela de correlação entre
temperatura e a f.e.m. por uma questão prática padronizou-se o levantamento destas curvas com a junta de
referência à temperatura de 0 0C.
Essas tabelas foram padronizadas por diversas normas internacionais e levantadas de acordo com a
Escala Prática Internacional de Temperaturas de l968 (IPTS-68), para os termopares mais utilizados.
São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente
baixo e sua aplicação admite um limite de erro maior.
TIPO"T"
- Nomenclaturas:
T - Adotado pela Norma ANSI
CC- Adotado pela Norma JIS
Cu - Co
Copper-Constantan
- Liga:
(+) Cobre - (99,9%)
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(- ) Constantan - São as ligas de Cu-Ni compreendidos no intervalo entre Cu50 e Cu65 Ni35. A
composição mais utilizada para este tipo de termopar é de Cu58 Ni42.
- Identificação da polaridade; o positivo (cobre) é avermelhado.
Características:
Faixa de utilização: - 184 a 370o C
F.e.m. produzida: - - 5,333 a 19,027 mV
Potência temoelétrica média: 5,14 mV/100 oC(para temperaturas positivas)
Pode ser utilizado em atmosferas a vácuo, inertes, oxidantes ou redutoras.
Apresenta boa precisão na faixa de utilização, devido a grande homogeneidade do cobre.
Em temperaturas acima de 310 oC o cobre começa a se oxidar e próximo de 400 oC, oxida-
se rapidamente.
Com certas precauções e devidamente aferido, pode ser utilizado até – 262 oC.
Aplicações; Criometria (baixas temperaturas), Indústrias de Refrigeração, Pesquisas
Agronômicas e Ambientais, Química e Petroquímica.
TIPO "J"
- Nomenclatura:
J - Adotada pela Norma ANSI
IC - Adotada pela Norma JIS
Fe-Co
Iron-Constantan
- Liga:
(+) Ferro - (99,5%)
(- ) Constantan - Cu58 NI42, normalmente se produz o ferro e a partir de sua característica casa-se o
constantan adequado.
-Identificação de polaridade: o positivo (ferro) é magnético, o negativo não é magnético
- Características:
Faixa de utilização: 0 a 760 oC
F.e.m. produzida: 0 a 42,922mV
Potência termoelétrica média: 5,65mV/100 oC
Pode ser utilizado em atmosfera a vácuo, inertes, oxidantes ou redutoras.
Baixo custo relativo, sendo assim é um dos mais utilizados industrialmente.
Tem baixa homogeneidade devido à dificuldade de obtenção de ferro com alto teor de pureza.
Indicado para serviços contínuos até 760 oC em atmosfera neutra ou redutora.
Limite máximo de utilização em atmosfera oxidante de 760 oC, devido à rápida oxidação de
ferro.
Utilizar tubo de proteção acima de 480 oC.
Pode ser utilizado, ocasionalmente, para temperaturas abaixo de 0 oC, porém, a possível
ferrugem ou quebra do ferro , sob esta condição, o tornam inadequado.
Aplicação: Centrais de Energia, Metalúrgica, Química, Petroquímica, Indústria em geral.
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Em temperaturas abaixo de 0 oC os fios não sofrem corrosão, podendo, assim ser utilizado em
temperaturas abaixo de 0 oC.
É utilizado em termopilha e em pirômetro de radiação.
Possui alta estabilidade na f.e.m. (durabilidade) devido à sua resistência à oxidação.
Vulnerável à atmosfera redutora.
Aplicações: Química e Petroquímica
TIPO "K"
- Nomenclaturas:
K - Adotada pela Norma ANSI
CA- Adotada pela Norma JIS
NiCr-Ni- Adotada pela Norma DIN
- Liga:
(+) Chromel - Ni90Cr10
(-) Alumel - Ni95,4Mn1,8Si1,5AI1,2-
- Identificação da Polaridade: o negativo (alumel) é levemente magnético, o positivo não é magnético.
- Características:
Faixa de utilização: 0 a 1260 oC.
F.em. Produzida: 0 a 50,990mV.
Potência Termoelétrica média: 4,05mV/100 oC.
Pode ser utilizado em atmosferas inertes e oxidantes.
Em altas temperaturas (entre 800 a 1200 oC) é mais resistente mecanicamente, do que os tipos
S e R, tendo uma vida útil superior ao tipo J.
Vulnerável em atmosferas redutoras e sulfurosas, com gases como SO2 e H2S, requerendo
substancial proteção quando utilizado nestas condições.
Sua mais importante aplicação ocorre na faixa de 700 a 1260 oC.
Pode ser utilizado, ocasionalmente, para temperaturas abaixo de 0 oC.
Aplicações: Metalúrgicas, Siderúrgicas, Fundição, Usina de Cimento e Cal, Vidros, Cerâmica,
Indústrias em geral.
São aqueles que os pares são constituídos de platina. Embora possuam custo elevado e exijam
instrumentos receptores de alta sensibilidade, devido à baixa potência termoelétrica, apresentam uma altíssima
precisão, dada a homogeneidade e pureza dos fios .
TIPO "S"
- Nomenclaturas:
S - Adotada pela Norma ANSI
- Liga:
(+) Platina 90% Rhodio 10%
(- ) Platina 100%
- Identificação da polaridade: o positivo (Pt90Rh10)é mais duro.
- Características:
Faixa de utilização: 0 a 1480 oC.
F.e.m. produzida: 0 a 15,336mV.
Potência termoelétrica média: 1,04mV/100 oC.
Pode ser utilizado em atmosferas inertes e oxidantes.
Apresenta boa precisão em altas temperaturas.
Define a Escala Internacional Prática de Temperatura/IPTS na faixa de 630,74(ponto de fusão
do antimônio) a 1064,43 oC (ponto de fusão do ouro), sendo adotado como padrão nesta faixa.
Utilizado como padrão na calibração de outros termopares.
Foi desenvolvido em 1886 por Le Chatelier.
Usado em medidas de alta precisão.
Não devem ser utilizados em atmosfera redutora, requerendo substancial proteção quando
aplicado neste tipo de ambiente.
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Para altas temperaturas (= 1300 oC), devem ser utilizados isoladores e tubos protetores de alta
alumina (tipo 710).
Não deve ser utilizado em temperaturas abaixo de 0 oC , pois sua curva de f.e.m.X
Temperatura varia irregularmente.
Depois de submetido a altas temperaturas (acima 14800 oC), para ser utilizado novamente,
deve ser aferido.
Com o uso próximo de seu limite de aplicação, a platina pura apresenta crescimento de grão
acentuado, tornado-se quebradiça e isto pode tornar a vida útil do termopar curta, quando
aplicado em processos sujeitos a esforços mecânicos (vibração).
Aplicações; Siderúrgica, Fundição, Metalúrgica, Usina de Cimento, Cerâmica, Vidro e
Pesquisa Científica.
É utilizado em Sensores Descartáveis na faixa de 1200 oC a 1768 oC, para medição de
temperatura de metais líquidos em Siderúrgicas e Fundições.
TIPO"R "
- Nomenclaturas:
R - Adotada pela Norma ANSI
PtRh 18%
- Liga:
(+) Platina 87% Rhodio 13%
(- ) Platina 100%
- Identificação da Polaridade: o positivo (Pt87Rh13) é mais duro.
Características:
Faixa de utilização: 0 a 1480 oC.
F.e.m. produzida: 0 a 17,163mV.
Potência termoelétrica média, 4,16mV/100 oC.
Possui as mesmas características gerais do tipo S, porém tem uso industrial menor que este.
Possui uma potência termoelétrica cerca de 11% maior que o tipo S.
É um tipo recente, surgido a cerca de 40 anos atrás, devido à necessidade de se adaptar a
alguns instrumentos que apresentavam erros da ordem de 20%.
Aplicações: As mesmas do tipo "S ".
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7.3.10.9 POTÊNCIA TERMOELÉTRICA
É a relação que expressa a quantidade do milivoltagem, gerada a cada grau celcius do variação de
temperatura. A expressão matemática que define a potência termoelétrica é:
Pt = mV
0
C
Como a milivoltagem gerada por 1 oC de variação é um número, muito pequeno e como a variação da
f.e.m. gerada em função da temperatura não é linear, é usual definir-se a potência termoelétrica média no
intervalo de utilização de cada termopar e multiplicar-se esse valor por 100 0C.
A potência termoelétrica é uma grandeza útil na caracterização e comparação de termopares.
Para uma melhor adaptação de termopares aos processos industriais e para atender os objetivos de
diversos tipos de medição, costuma-se utilizar de associação de termopares, em série ou em paralelo, cada
qual com suas finalidades específicas.
Associação Série
A associação em série é utilizada quando se deseja ampliar o sinal elétrico gerado pelo termopar. Como
vemos na figura 7.33, o sinal de um termopar é a f.e.m. "E". Ao efetuarmos a associação em série (no
exemplo com 4 termopares iguais) a militensão medida pelo instrumento será igual a 4E.
A aplicação mais comum desse tipo de associação é encontrada nas termo pilhas dos Pirômetros de
Radiação pois, como a intensidade de calor que atinge a junta de medida é muito pequena precisamos de uma
montagem em série, para que a milivoltagem gerada seja suficiente para sensibilizar os aparelhos de medição.
Associação em paralelo
Para medirmos a temperatura média ao longo de um grande duto, em grandes fornos ou equipamentos
onde a medida pontual não é significativa, podemos usar os termopares, ligado certo número deles em
paralelo. A milivoltagem no instrumento ou no ponto de conexão em paralelo é a média daquela produzida
pelo número de termopares utilizados. Esta tensão é igual a soma das voltagens individuais, dividida pelo
número de termopares ou é a mesma militensão que poderia ser gerada por um único termopar, na temperatura
média.
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As ligações em paralelo dos termopares para medidas de temperatura média, é vantajosa, isto porque a
calibração do instrumento pode ser a mesma para um único termopar.
Para se obter temperaturas médias reais, as características temperatura versos f.e.m. dos termopares
devem ser lineares, através das faixas de temperaturas envolvidas, devendo o instrumento operar dentro do
princípio de equilíbrio nulo, onde não existe fluxo de corrente na ocasião da medida.
Dois termopares podem ser usados na medição de temperaturas diferenciais entre dois pontos. Dois
termopares semelhantes são ligados junto com o fio de extensão de mesmo material usado nos termopares.
As conexões são feitas de tal modo, que as forças eletromotrizes desenvolvidas, opõem-se uma contra a
outra. Assim se as temperaturas dos dois termopares forem iguais, independentemente da magnitude, a f.e.m.
resultante será zero. Quando existem diferentes temperaturas, a militensão produzida corresponderá a esta
diferença de temperatura.
A precisão desta medida está vinculada à linearidade da curva de F.E.M. gerada em função da
temperatura e do tipo de termopar utilizado para o intervalo de temperatura que se está medindo.
Cuidados especiais devem ser tomados para não haver uma interpretação errada da milivoltagem lida,
quando tivermos termopares para medida de temperatura diferencial. Devido à não linearidade da curva do
termopar, para mesmos diferenciais de temperatura, teremos diferentes variações de militensão.
Aos longos dos anos os tipos de termopares produzidos oferecem, cada qual, uma característica
especial porém, apresentam restrições de aplicação, que devem ser consideradas.
Novos tipos de termopares foram desenvolvidos para atender às condições de processo onde os
termopares básicos não podem ser utilizados.
Tungstênio - Rhênio
Tungstênio/Tungstênio 26% Rhênio
Tungstênio 3% Rhênio/Tungstênio 25% - Rhênio
Tungstênio 5% Rhênio/Tungstênio 26% - Rhênio
Destes, o primeiro é o mais barato, porém o "braço"de Tungstênio puro está sujeito a tornar-se
quebradiço.
Esses termopares podem ser usados continuamente até 2300 oC e por curto período até 2750 oC no
vácuo, na presença de hidrogênio puro ou gás inerte. A ASTM( American Society for Testing and Materiais)
tem publicado padrões para os termopares 3/25 e 5/26 com uma tolerância de 1% Isolação de BeO ou ThO2
tem sido recomendada para esses termopares embora alguma reação possa ocorrer entre os fios e a isolação no
limite superior à temperatura de utilização.
Termopares feitos a partir de precauções variáveis destes dois elementos. São os únicos que podem ser
usados sem proteção no ar até 2000 oC embora, somente por períodos limitados.
Podem ser usados no vácuo ou atmosfera inerte. Os fios tornam-se quebradiços e frágeis devido ao
crescimento dos grãos após longo período de exposição a altas temperaturas.
Esses termopares são utilizados em substitução ao tipo B onde temperaturas um pouco mais elevadas
são requeridas. Podem ser usado continuamente até 1600 oC e por curto período até 1800 oC ou 1850 oC.
Ouro - Ferro/Chremel
Esses termopares são desenvolvidos para trabalhar em temperaturas oriogênicas e podem ser usados até
- 272, 15 oC, porém o coeficiente de Seebeck, dr sofre uma redução abaixo de -268,15 oC, o que é o limite
mais realístico.
Nisil/Nicrosil
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Limites de erro
Considerações Gerais
Os fios e cabos de extensão e compensação são recomendados, na maioria dos casos, para utilização
desde a temperatura ambiente até um limite máximo de 200 oC.
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Cabos de extensão e compensação com isolação mineral
Existem aplicações específicas em que, devido às condições severas do ambiente - temperatura,
umidade, resistência mecânica - não podem ser aplicados os cabos de extensão e compensação com as
isolações "tradicionais". Nestes casos, utilizam-se cabos de extensão e compensação com isolação mineral,
que atendem às exigências do ambiente de utilização com longa vida útil, eliminando-se também a
necessidade de utilização de condutores.
O registrador irá indicar que o forno está a 511oC, quando na realidade está a 538 oC; portanto,
indicará com um erro de -27 oC.
A dupla inversão acontece com freqüência pois, quando uma simples inversão é constatada, é comum
pensar-se que uma nova troca na ligação dos terminais compensará o erro, Porém, isto não acontece. É
evidente que, se o Cabeçote e o Registrador estiverem à mesma temperatura, a dupla inversão não ocasionará
discrepância na medição.
A escolha de um termopar para um determinado serviço deve ser feita considerando-se todas as
características e normas exigidas pelo processo, tais como:
Faixa de temperatura - A faixa de temperatura do termopar deve ser compatível com a do processo.
Precisão - Escolher o temopar que melhor atende a precisão requerida pelo processo ou por normas
aplicáveis.
Potência termoelétrica - Escolher o termopar que apresente maior potência termoelétrica na faixa de
temperatura do processo, o qual será aplicado.
Condições de trabalho - Analisar as condições de trabalho como exigências mecânicas e atmosfera do
processo, para especificar convenientemente o material da proteção.
Velocidade de resposta - Em certos processo, a velocidade de resposta é importante, portanto, nesses
casos, deve-se dimensionar adequadamente o termopar para atender este item.
Custo - Deve-se escolher o termopar que atenda todas as exigências técnicas requeridas e apresente o
menor custo relativo.
A fabricação de termopares requer técnicas especiais, portanto, se o equipamento e habilidade
requerida para fabricação dos mesmos não forem adequados, é recomendado que o usuário compre os
termopares prontos, pois técnicas impróprias podem resultar em erro significativos na medição de
temperatura.
Os fios para confecção de termopares devem ser comprados de preferência em pares, para assegurar a
precisão dentro dos limites de erros normalizados.
É essencial que o termopar tenha a mesma calibração que o instrumento com o qual será usado.
Para os termopares tipo "S ", "R " e "B ", recomenda-se que o isolante seja de óxido de alumínio e em
uma só peça em todo o seu comprimento, conseguindo-se assim um conjunto adequado a minimizar o
"cansaço" do fio de metal nobre.
201
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A proteção é utilizada na maioria das instalações dos termopares para prevenir a contaminação destes,
a proteção mecânica e a sustentação.
O diâmetro da proteção deve ser adequado para acomodar o elemento do termopar, entretanto,
proteções com diâmetros maiores são necessários para aumentar a resistência mecânica, permitir a introdução
de um termopar de checagem e manter uma atmosfera oxidante dentro do tubo de proteção para utilização dos
termopares tipo "K " e "E ".
A instalação do termopar deve ser perfeitamente adequada, para que este apresente boas
características de precisão, manutenção e vida útil.
O comprimento da proteção e do elemento do termopar deve ser de tal forma que acomode a junta de
medição , bem no meio do ambiente em que se deseja medir a temperatura. Um comprimento de insersão
mínimo recomendado é da ordem de 8 a 10 diâmetros da proteção, para minimizar o erro por condução, Esta
deverá, ainda, estar internamente limpa e livre de componentes sulfúricos, óleos, óxidos e umidade.
O cabeçote é recomendado para que sejam feitas as conexões entre o termopar e o cabo de extensão ,
permitindo também, a fácil substituição do elemento termopar. A proteção deverá se estender até a face
externa do equipamento cerca de 100 mm, de tal modo que a temperatura do cabeçote seja aproximadamente
igual ao ambiente externo do equipamento, devendo esta nunca exceder a faixa de utilização recomendada
para fios e cabos de extensão e compensação. Isto deve ser rigorosamente observado quando se utiliza cabos
de compensação.
Em equipamentos com aquecimento a gás ou óleo combustível, a chama não deve atingir a proteção
diretamente pois, caso isto ocorra, teremos uma medida incorreta da temperatura, além de reduzir a vida útil
da proteção.
Quando se utilizam termopares com tubo de proteção cerâmica, antes de sua insersão em ambiente com
temperatura elevada, deve-se pré-aquecer os tubos, a fim de evitar o choque térmico e, consequentemente, a
quebra do tubo.
A proteção deve ser presa ao equipamento, de tal modo que se evite o escape de gases do processo
pois, caso isto ocorra, estes podem vir a atacar o elemento termopar, o que diminuirá sua vida útil.
Nas medições de temperaturas elevadas deve-se, preferivelmente, colocar o termopar na vertical, para
evitar, assim a deformação da proteção, devido ao peso próprio.
Princípio de funcionamento
As termoresistências ou bulbos de resistência ou termômetro de resistência ou RTD, são sensores que
se baseiam no princípio de variação da resistência ôhmica em função da temperatura. Elas aumentam
a resistência com o aumento da temperatura.
Seu elemento sensor consiste de uma resistência em forma de fio de platina de alta pureza, de níquel ou
de cobre (menos usado) encapsulado num bulbo de cerâmica ou de vidro.
Entre estes materiais, o mais utilizado é a platina pois apresenta uma ampla escala de temperatura, uma
alta resistividade permitindo assim uma maior sensibilidade, um alto coeficiente de variação de resistência
com a temperatura, uma boa linearidade resistência x temperatura e também por ter rigidez e dutibilidade
para ser transformada em fios finos, além de ser obtida em forma puríssima. Padronizou-se então a
termoresistência de platina.
A equação matemática que rege a variação de resistência em função da temperatura chama-se
de equação Callendar-Van Dusen e que está mostrada abaixo:
Para o range de - 200 a 0ºC:
2
+ Ct3 0. .(t[1- 100)]
+ At R
+tBt
=R
202
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Onde:
Rt = resistência na temperatura t
R0 = resistência a 0ºC
t = temperatura ºC
A, B e C = coeficientes determinados pela calibração:
A = 3,90802.10-3 (ºC-1)
B = -5,802.10-1 (ºC-2)
C = -4,27350.10-12 (ºC-4)
O número que expressa a variação da resistência em função da temperatura é chamado de alfa () e
se relaciona da seguinte forma:
R100 R 0
= ( . -1 . ºC-1)
100 . R0
Onde:
R100 = resistência a 100ºC
R0 = resistência a 0ºC
-3 -1
Um valor típico de alfa para R100 = 138,50 é de 3,850 . 10 . ºC-1, segundo a
DIN-IEC 751/85.
203
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Construção Física do Sensor
O bulbo de resistência se compõe de um filamento, ou resistência de Pt, Cu ou Ni, com diversos
revestimentos, de acordo com cada tipo e utilização.
As termoresistências de Ni e Cu têm sua isolação normalmente em esmalte, seda, algodão ou fibra de
vidro. Não existe necessidade de proteções mais resistentes à temperatura, pois acima de 300 ºC o níquel
perde suas características de funcionamento como termoresistência e o cobre sofre problemas de oxidação
em temperaturas acima de 310 ºC.
Os sensores de platina, devido a suas características, permitem um funcionamento até temperaturas
bem mais elevadas, têm seu encapsulamento normalmente em cerâmica ou vidro. A este sensor são
dispensados maiores cuidados de fabricação pois, apesar do Pt não restringir o limite de temperatura de
utilização, quando a mesma é utilizada em temperaturas elevadas, existe o risco de contaminação dos fios.
Ao bobinar o fio de platina, deve-se manter, em cada passo, distância iguais, como medida de
segurança, evitando, assim, quando submetidos a altas temperaturas, contactarem entre si e, por conseguinte,
não entrarem em curto-circuito.
Outro fator importante em bobinar o fio com distâncias paralelas iguais, é evitar o ruído indutivo.
Por não ter contato direto com o exterior e apresentar ausência de condensação em temperaturas baixas,
é utilizado para temperaturas na faixa de - 269,15 ºC a 450 ºC e funciona como elemento isolante.
Tamanho - O diâmetro varia de 1 mm a 4 mm, e o comprimento, de 10 mm a 40mm.
Neste elemento isolante o fio de platina, após bobinar a cerâmica, é envolto por uma selagem de
cerâmica.
Por ser o coeficiente de dilatação da cerâmica muito pequeno em relação à platina, ao bobinar, projetar
e fazer a construção com fio de resistência, deve-se levar em consideração a deformação do mesmo, de acordo
com a temperatura de utilização. A faixa de utilização do elemento isolante tipo cerâmica é de até 800 ºC.
Tamanho - Diâmetro 1,6 mm a 3 mm, comprimento de 20 mm a 30 mm.
Limites de Erros
Tolerância
100 a 300 10
301 a 500 2
501 a 850 0,5
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a.4) - Auto-Aquecimento
O auto-aquecimento é causado pela corrente que passa pela resistência, oriundo do instrumento de
leitura. Por efeito Joule, há a geração de calor, quando uma corrente elétrica atravessa uma resistência.
(P = R . I2)
Para uma medição de temperatura com termoresistência, este aquecimento pode levar a erros que
comprometem esta medição; então este aquecimento tem que ser limitado a pequenos valores para que possa
ser desprezado. Para isto deve-se limitar a corrente de excitação do sensor.
Pela norma DIN-IEC 751/85, a potência máxima desenvolvida numa termoresistência não
pode ser maior que 0,1 mW, o que na faixa de atuação do sensor dá uma corrente máxima de 3mA.Valores
típicos recomendados são de ordem de 1 a 2 mA.
A elevação da temperatura equivalente ao aumento da dissipação de calor na termoresistência
não deve exceder a 0,3 ºC.
b) Tipos de Montagens
Na montagem convencional com bainha preenchida, tem-se o sensor montado em um bulbo metálico
com uma extremidade fechada e preenchido todos os espaços com óxido de magnésio, permitindo uma boa
troca térmica e protegendo o sensor de choques mecânicos. A ligação do bulbo é feita com fios de cobre, prata
ou níquel isolados entre si; sendo a extremidade aberta, selada com resina epoxi, vedando o sensor do
ambiente em que vai atuar.
Figura 7.42
Ainda assim neste tipo de montagem, a termoresistência não apresenta muita resistência
mecânica e não dispõe de condições para efetuar curvas, bem como tem limitações relativas ao diâmetro
externo e comprimento total.
Para suprir esse problema dimensional, foi desenvolvida a termoresistência isolação mineral, na qual o
bulbo sensor é interligado a um cabo isolação mineral com fios de cobre comuns. Este tipo de montagem
permite a redução do diâmetro, não limita o comprimento, apresenta rápida velocidade de resposta e da uma
maior flexibilidade permitindo dobras e curvas do cabo que antes era impossível, podendo ser utilizada onde o
acesso não era possível.
Figura 7.43
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Observação: As montagens com termoresistências são feitas de maneira similar aos termopares quanto ao
emprego de acessórios como cabeçotes, tubos e poços, bucins, niples, entre outros.
Figura 7.44
208
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Figura 7.45
Figura 7.46
209
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Ligação a Quatro fios
Figura 7.47
B - Desvantagens
São mais caros do que os outros sensores utilizados nesta mesma faixa.
Baixo alcance de medição (máx. 630 ºC).
Deterioram-se com mais facilidade, caso ultrapasse a temperatura máxima de utilização.
É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura estabilizada para a correta
indicação.
Possui um tempo de resposta elevado.
Mais frágil mecanicamente.
Autoaquecimento, exigindo instrumentação sofisticada.
Os métodos de utilização de resistência para medição de temperatura iniciaram-se ao redor de 1835, com
Faraday, porém só houve condições de se elaborar as mesmas para utilização em processos industriais a partir de
1925.
Esses sensores adquiriram espaço nos processos industriais por suas condições de alta estabilidade mecânica
e térmica, resistência à contaminação, baixo índice de desvio pelo envelhecimento e tempo de uso.
Devido a estas características, esse sensor é padrão internacional para a medição de temperatura na faixa de -
270 oC a 660 oC , em seu modelo de laboratório.
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Lista de exercícios Nº. 7 – Temperatura
2- Descrevas as principais alterações que podem ser percebidas pelos sensores de temperatura.
3- Descreva como se comporta e é utilizado os sensores que utilizam contato direto e os que
operam com contato indireto.
5- Como os Bourdons podem ser usados para captar a temperatura nos termômetros de coluna
de líquido com capilar.
6- Explique as principais diferenças entre os termômetros à pressão a gás, relação aos de vapor.
10- Cite aplicações dos termopares ligados em série, ligados em paralelo e os ligados de modo
diferencial.
12- Para temperaturas maiores do que 1260 ºC pode-se usar o termopar tipo K quais as tensões
produzidas a:
1310 ºC
1340 ºC
1357 ºC
1360 ºC
14- Quatro termopares tipo K estão captando as seguintes temperaturas 845 ºC, 754 ºC, 788 ºC e
802 ºC.
Usando a tabela ITS 90 calcule:
A força eletro motriz se eles estiverem ligados em paralelo.
A força eletro motriz se eles estiverem ligados em série.
15- Repetir os exercícios usando a tabela gráfica Figura 7.36 da página 193.
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16 - Dê uma aplicação abordando a importância de ligarmos termopares maneira diferencial.
17- Cite as principais faixas de temperatura usados nos principais termopares comerciais.
18- Faça um resumo das principais restrições dos termopares existentes no mercado.
24- Mostre um circuito com ponte de Wheasthone com um bulbo de resistência. Mostre e
explique como este circuito mostra a leitura de temperatura através da tensão variada no
galvanômetro.
26- Usando as tabelas ITS 90 de bulbos de resistência PT-100 qual a resistência produzida a:
110 ºC
240 ºC
357 ºC
460 ºC
28- O que é uma célula de carga? Como a mesma pode ser usada para encontrar quantidade de
material estocado em um silo?
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8) OUTROS TIPOS DE VARIÁVEIS.
INTRODUÇÃO
A ocorrência da necessidade de um controle rigoroso constante da qualidade final (ou intermediária) de um
processo industrial é cada vez acentuada. O controle de qualidade é exercido nestes processos, em grande parte, por
análises químicas ou físicas e existe uma quantidade variada de instrumentos especiais para executá-las.
Existem os mais variados tipos de instrumentos especiais, dependendo do que se pretende medir e, entre os
de mesma finalidade, diversos princípios de funcionamento:
pH metro;
Condutivímetro;
Densímetro;
Viscosímetro;
Analisador de percentagem de oxigênio;
Analisador de percentagem de monóxido de carbono;
Silicômetro.
8.1 pH METRO
8.1.1 VARIÁVEL
pH Potencial hidrogeniônico.
"pH é um índice que representa o grau de alcalinidade ou de acidez de uma solução".
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Na área industrial utiliza-se o método de medição elétrica devido a sua facilidade de manipulação e
facilidade na instrumentação.
O método de eletrodo de vidro é principalmente o mais utilizado. A definição do pH e conforme a fórmula.
pH = - log[H+] (3.1)
pH = - log a H+ : atividade do íon Hidrogênio (3.2)
Na realidade é difícil medir a atividade do íon hidrogênio, o H+, durante a medição do pH, por isso ela é
realizada através da medição comparativa com um líquido cujo pH já é conhecido.
Este valor significa que de 107 moles de água, apenas uma se ioniza. Diante do que foi dito, é fácil concluir
que a concentração da água não dissociada é praticamente a totalidade da mesma.
Escolheu-se o valor da concentração do íon hidrogênio para identificar os meios ácido, básico e neutro.
Assim, temos:
[H+] > 7 meio ácido
[H+] = 7 meio neutro
[H+] > 7 meio básico ou alcalino
meio ácido
Ou
pH = 7 meio neutro
pH > 7 meio alcalino
Deste modo:
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Analogamente, teríamos pOH = log 1/ [OH-]
8.1.4 LIMITES DO PH
Os valores do pH encontram-se distribuídos entre zero e 14. O ponto 7 indica o meio neutro; entre zero e 7
encontra-se a faixa ácida e de 7 a 14 a faixa alcalina. Assim:
O diagrama acima nos mostra que quanto maior for a acidez maior é a concentração do íon hidrogênio e
menor o pH.
O inverso se passa com a alcalinidade. No caso do método de eletrodo de vidro, calcula-se através de
comparação com um líquido padrão.
V = e1 + E - e2
Se igualarmos o eletrodo interno com o líquido contido na parte interna e1 e e2 serão iguais, possibilitando
a obtenção do valor de E.
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Figura 8.3
Os eletrodos internos utilizados, são de estruturas praticamente idênticas e tal providência foi tomada para
que não ocorresse uma diferença na força elétrica gerada causada pelos eletrodos internos de diferentes estruturas.
O líquido interno do eletrodo de vidro contêm uma solução padrão com pH igual a 7 e no meio líquido
interno para uso do eletrodo diferencial utiliza-se o Cloreto de potássio (KCl). O KCl é utilizado pois apresenta a
menor diferença de potencial elétrico entre os líquidos não medidos.
Por esses motivos a solução de ácido Potássio Fitálico foi escolhida como solução padrão. Como o eletrodo
de vidro possui a característica de perder a linearidade quando o ácido ou a alcalinidade se tornam fortes, torna-se
necessário para fins de correção mais de duas soluções padrões com diferentes pH. A característica da
temperatura da respectiva solução padrão é representada na tabela 6.
TABELA 1
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8.2 CONDUTIVIMETRO
8.2.1 VARIÁVEL
Condutividade elétrica.
1 - Excesso
2 - Medidor de Pressão
3 - Válvula controladora de ar
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8.3.5 MEDIDOR DE GRAVIDADE ESPECÍFICA PELO MÉTODO DE RADIAÇÃO.
A radiação possui a característica de se transmitir através de um material, e neste processo, a sua
intensidade (energia) e absorvida. O grau de absorção difere conforme o material, e ainda conforme a espessura
deste material, Se a espessura do material for constante, a concentração do material, ou mesmo de um líquido, será
praticamente proporcional a densidade específica. Se agora, transmitirmos através de um material usando uma
radiação de uma determinada energia, mede-se a sua intensidade após a radiação e teremos uma relação específica
entre a densidade específica e o grau de diminuição dessa intensidade através da qual podemos medir a densidade
específica. Podemos utilizar radiações visíveis ou invisíveis ( Luz , infravermelho, raios gama....)
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1 - Grau de absorção da luz
2 - Grau de absorção da luz pela solução padrão
3 - Grau de absorção da luz pela amostra
4 - Grau de absorção da luz pela solução
5 - Grau de densidade
6 - Grau de densidade da solução padrão
7 - Grau de densidade da amostra
É estruturado pela parte da fonte de luz monocromática, parte de amostra, e parte de medição da luz
recebida. A figura 8.11 representa a estrutura do comparador da cor do filtro fotoelétrico.
Figura 8.11
1- fonte da luz
2 - filtro
3 - receptor de luz
4 - circuito elétrico
5 - parte da fonte de luz monocromática
6 - parte da medida da luz recebida
Parte da amostra
Com relação a medição contínua, a parte do porta-amostras, é a parte mais importante do setor industrial,
sendo os itens principais, do ponto de vista do planejamento:
- Que não haja sujeira nem embaçamento na parte da passagem do raio de luz da amostra.
- Que o fluxo continuo da amostra seja limpa.
- Que a mistura entre a amostra e o reagente seja bem feita e que não haja atraso no tempo.
- Que não haja acúmulo de elementos flutuantes.
- Que não haja variação de temperatura.
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8.4 VISCOSÍMETRO
8.4.1 VARIÁVEL
Viscosidade cinémática.
Figura 8.12
8.5 SILICÔMETRO
8.5.1 VARIÁVEL
Analisa concentração de SiO2 em líquidos; no nosso caso, na água desmineralizada (p/alimentação das
caldeiras), a fim de proteger o equipamento.
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8.6 ANALISADORES INDUSTRIAIS
8.6.1 – INTRODUÇÃO
Os sistemas de análise de gases industriais englobam, geralmente, os seguintes elementos.
8.6.4 CAPTAÇÃO
Figura 8.13
227
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Estas diferenças são provocadas, principalmente, pelas baixas velocidades existentes no interior do duto,
permitindo a estratificação do gás junto as paredes, onde as velocidades atingem valores muito baixos. As
diferenças de densidade e entrada de ar também contribuem para a heterogenização do fluxo gasoso.
A captação de uma amostra representativa, nestas condições, é bastante difícil. A solução mais simples
seria localizar, no processo, um ponto onde houvesse uma homogeneização natural provocada por algum elemento
interno, como um ventilador, válvula de controle, placa de orifício, etc.
A solução ideal, sob o ponto de vista técnico, é o sistema de amostragem múltipla, que consiste em retirar
do processo várias amostras em pontos diferentes e promover uma mistura homogênea entre elas, de forma a obter
uma média aproximada, das condições do processo.
O sistema de captação da amostra, no interior do processo, deve satisfazer algumas condições básicas:
Retirar do processo uma amostra que representa, realmente, as condições médias do componente
ou característica a ser analisada.
Promover um precondicionamento da amostra, a fim de proteger o sistema de transporte da
mesma, ao analisador.
Por meio de uma única sonda que possui vários pontos de captação (figura 8.15).
Este sistema possui, como vantagem, a simplicidade de construção. Sua desvantagem está na falta de
controle sobre as vazões de entrada em cada orifício, o que comprometerá a media final.
A amostra é captada em dois ou mais pontos, individualmente, e misturada em um sistema que permite
medir a vazão de cada sonda. Apesar de mais complexo, este processo de captação da amostra fornece ao
analisador um gás, com características próximas as da média existente no processo, deve-se ter o cuidado com
impurezas nas amostras que venham a obstruir os medidores de vazão ou válvulas .
Outros problemas de captação estão relacionados com a alteração das características em análise da
amostra, por fatores como:
Nos casos em que a amostra apresente condições adversas de temperatura e com impurezas, tornam-se
necessárias resfriamento e limpeza prévia, antes de a mesma ser encaminhada ao analisador.
As impurezas, como partículas sólidas, podem ser eliminadas por meio de filtros situados na própria sonda.
Na sua forma mais simples, a filtragem pode ser executada por uma sonda chanfrada na extremidade de captação,
conforme a figura 5. Nesta sonda, as partículas mais pesadas não penetrarão, devido a inércia das partículas.
229
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A sonda da figura 8.18, possui um filtro na extremidade de captação dentro do processo e, eventualmente,
na extremidade externa. O filtro interno protege o próprio tubo da sonda contra entupimentos. As principais
desvantagens deste tipo de filtragem, estão na dificuldade de acesso ao filtro para limpeza e na limitação de uso
em temperatura acima de 5000C.
Para temperaturas mais elevadas usa-se a sonda mostrada na figura 8.19, que possui somente um filtro na
parte externa.
Figura 8.19
O material usado no filtro dependera das condições da amostra, podendo ser uma simples tela de aço
inoxidável ou elementos sintetizados de bronze, aço inox ou cerâmica.
O material da sonda dependera do tipo de amostra e da temperatura do ponto de captação.
O aço-carbono comum pode ser usado até uma temperatura da ordem de 4000ºC. Quando houver
possibilidade de agir cataliticamente sobre os componentes da amostra, como nos gases queimados com oxigênio
e combustíveis residuais, a temperatura máxima deverá ser limitada em 2000ºC.
230
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O aço inoxidável do tipo 316, pode ser usado até uma temperatura da ordem de 750ºC, a não ser que
ocorram reações catalíticas na amostra.
Para temperaturas acima de 750 ºC e abaixo de 1250 ºC são usadas ligas de aço refratário, que apresentam
boa resistência mecânica e pouco efeito catalítico sobre a amostra.
Sicromal (CL 0,12%; 23%< Cr< 25%; 1,3< Al < 1,6%): até 9000C.
Nimonic (0,2% < Ti < 0,6; Cu < 0,5%; Mn < 1%; Si < 1%; 0,08% <: C < 0,15%; Fe<5%;
18%< Cr < 21% e Ni o restante):até 12500C
Sanicro 31 (C = 0,05%; Si = 0,55%; P < 0,55%; S < 0,015%; Cu < 0,010%; Cr = 21%;
Ni = 31%; Ti = 0,35%; Al = 0,3%; Fe = Balanço).
Para temperaturas até 1800ºC, são usados materiais do tipo cerâmico, como a alumina pura, A1203, que não
interfere quimicamente com os componentes da amostra mas apresenta uma resistência mecânica inferior a das
sondas metálicas. Outro recurso bastante usado na captação de amostras em alta temperatura, é o de refrigerar a
sonda com água ou vapor.
A figura 8.20 mostra uma sonda refrigerada a água. Esta consiste em um tubo de aço em cujo interior
circula a amostra e na parte externa circula água por meio de dois tubos concêntricos. Este tipo de sonda pode ser
usado em temperatura de até 18000C.
A figura 8.21 mostra uma instalação desta sonda. A saída da água deve ser aberta para a atmosfera e em um
ponto superior ao da sonda, a fim de garantir a presença da água em seu interior, evitando danos pela alta
temperatura, quando houver falta de alimentação d’água. Um alarme de baixa pressão permite alertar o operador
quanto houver falta de refrigeração.
A temperatura de saída da amostra é, em alguns graus, superior a temperatura da água de refrigeração. Caso
a amostra contenha vapor d'água, poderá ocorrer a condensação deste vapor, que deverá ser recolhido em um pote
e colocado no ponto mais baixo da linha de amostra.
231
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A água, misturada com as impurezas da amostra, pode ser direcionada, para o interior do processo, no caso
do “spray” invertido (figura 8.22A) ou, então, pode ser transportada, junto com a amostra, até um ponto fora do
processo, onde será separada do gás e drenada (caso do “spray” da figura 8.22B).
Quando a amostra contém gases que possam ser absorvidos pela água, como o C02 e S02, o sistema de
refrigeração direta deve ser evitado, a não ser que estas absorções não alterem a característica em análise, O vapor
pode ser usado no lugar da água pois, além de refrigerar e limpar a amostra, é usado para retira-la do processo na
forma de um ejetor.
A amostra captada pela sonda, deve ser transportada por meio de tubos até o analisador, sem sofrer
alteração na característica a ser analisada.
A distância entre o ponto de amostragem e o analisador deve ser a menor possível, de modo a reduzir o
tempo de resposta do instrumento, a um mínimo. Normalmente, é transportada uma quantidade de amostra
superior as necessidades do analisador a fim de diminuir o tempo de resposta. O excesso é desviado para a
atmosfera, próxima ao analisador.
O diâmetro da linha deve ser escolhido de modo a não introduzir grandes perdas de carga e reduzir o
volume a um mínimo. Os valores usuais estão compreendidos entre 1/4" e 1/2",
O material da linha deve ser compatível com a temperatura, a pressão e corrosividade da amostra, além de
suportar as condições externas ao longo de seu percurso. O aço inoxidável tipo 316 é o material mais usado,
sendo, também, utilizados outros materiais como: cobre, aço carbono galvanizado e PVC. A linha de amostragem
deve ser estanque a fim de evitar vazamentos ou infiltrações de ar, no caso de baixas pressões.
No transporte de amostra, deve ser evitada a condensação de umidade no interior da linha, o que causaria
restrições ao fluxo ou, mesmo, poderia ocasionar o seu bloqueio.
232
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O modo mais simples de evitar acúmulo de condensado é dar a linha uma inclinação constante, a fim de
drena-la para o interior do processo. Neste caso, o analisador deverá estar situado em um plano superior ao do
ponto de amostragem.
A linha pode ser inclinada, para acumular o condensado em um pote, nas proximidades do analisador.
Aquecendo a linha de amostra com vapor, ao longo de seu percurso, evita-se a ocorrência de condensações.
Se a característica a ser analisada for a umidade do gás e se o ponto de orvalho estiver próximo da temperatura
ambiente, o aquecimento torna-se indispensável.
8.6.11 TEMPERATURA
O condicionamento da temperatura é dos mais fáceis. Por meio de aquecedores ou resfriados de operação
simples, consegue-se manter esta variável, dentro da faixa requisitada pelo analisador.
O analisador possui, normalmente, um sistema de aquecimento interno, que mantém a célula de análise e
amostra em uma temperatura constante e acima da do ambiente. Os valores habituais variam entre 40 e 70ºC.
Amostras com temperaturas entre 0~40 ºC geralmente não interferem na operação do analisador.
Quando a amostra se apresenta com temperatura elevada, a própria sonda a reduz ao nível da temperatura
do ambiente, através de refrigeração indireta com água ou com "spray", também de água, injetado diretamente na
amostra.
Caso a amostra seja captada sem refrigeração, a própria linha de transporte se encarregará de reduzir a
temperatura a um nível adequado. Pode ser usado, também, um resfriador com água, em um ponto qualquer entre
a captação e o analisador (figura 8.23).
Figura 8.23
233
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Quando a amostra se apresentar com temperatura baixa em relação a faixa de analisador o que é raro
acontecer nas industrias, podem ser usados aquecedores elétricos ou a vapor, caso a linha de amostragem não seja
suficiente para elevar a temperatura dentro da faixa ideal.
8.6.12 UMIDADE
A umidade é outro fator a ser controlado pelo sistema de amostragem. Existem duas (2) situações a serem
consideradas:
Figura 8.24
234
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Figura 8.25
- Alumina ativada;
- Sílica gel.
Este tipo de secagem pode alcançar valores muito baixos de umidade do gás, mas apresenta os seguintes
inconvenientes:
Pode absorver outros componentes da amostra como C02 e S02 apresentando, desta forma, um
efeito de separação cromatográfica entre os componentes da amostra.
Necessita de regeneração periódica, a fim de eliminar a água acumulada.
Este tipo de secador pode eliminar quase que totalmente a umidade da amostra porém apresenta as
seguintes desvantagens:
O reagente químico deve ser trocado ou regenerado periodicamente;
O reagente pode combinar quimicamente com outros elementos da amostra, conforme mostra a
tabela acima.
A eliminação da poeira ou qualquer outro tipo de artícula sólida é um dos fatores de maior importância para
garantia da continuidade da análise. A presença de impurezas na amostra, embora não prejudique a precisão da
análise, obstrui as tubulações de transporte e pode danificar o analisador, caso venha a se acumular no interior da
célula ou câmara de análise.
235
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8.6.14.1 A POEIRA PODE SER ELIMINADA POR VIA SECA OU ÚMIDA:
a) Filtragem seca
Esta filtragem é feita, fazendo-se passar a amostra através de um material poroso, geralmente de forma
cilíndrica ou plana.
A figura 8.26 mostra dois tipos de filtros diferentes. O tipo A, possui a forma cilíndrica e um cartucho de
cerâmica. O tipo B, tem a forma de disco e usa papel poroso como elemento filtrante. O importante é que o
volume interno seja o menor possível, a fim de aumentar a velocidade da resposta.
b) Filtragem úmida
No caso de gases com altas concentrações de pó e temperaturas elevadas, usa-se água pulverizada para
precipitar as impurezas na própria sonda. Este sistema de lavagem pode ser utilizado, também, em um ponto
qualquer da linha de amostragem. A figura 8.27 mostra um sistema de lavagem com água.
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8.6.15 – PRESSÃO
Os analisadores são projetados para receber a amostra, dentro de uma faixa de pressão, que depende do tipo
de célula de análise empregada.
Os valores habituais estão situados entre 0,02 Kgf/cm2 e 5 Kgf/cm2. Alguns analisadores possuem redutores
de pressão internamente, permitindo receber, deste modo, amostras com pressões mais elevadas.
Nos casos em que a amostra se encontra em pressão diferente da especificada para o analisador, são
necessários equipamentos auxiliares para traze-la ao valor desejado. Existem duas situações:
a) Alta pressão
Pode ser reduzida aos valores especificados para o analisador. A figura 8.26B mostra uma válvula
reguladora de pressão, que mantém a pressão de saída constante, independente das variações da pressão de
entrada. Pode operar com pressão, que mantém a pressão de saída constante, independente das variações da
pressão de entrada.
Pode operar com pressões de até 30 Kgf/cm2.
Para pressões maiores, usam-se duas reguladoras em série, que podem operar com pressões de entrada
superiores a 350 Kgf/cm2 (figura 8.26B).
As reguladoras devem ser instaladas ao ponto de captação a fim de diminuir o tempo de resposta do sistema
de análise.
A linha de alta pressão deve ser protegida, por meio de válvulas de segurança, que protegerão o sistema de
amostragem e o analisador, no caso de falha da válvula reguladora de pressão.
B )Baixa pressão
237
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Quando a pressão for insuficiente para suprir o analisador com um mínimo de vazão ou garantir um tempo
de resposta curto, torna-se necessário pressuriza-la a níveis convenientes a operação correta do sistema.
Os equipamentos utilizados para elevar a pressão da amostra compõem-se de: bombas, acionadas
eletricamente; ejetores. As bombas mais utilizadas são as de diafragma, devido a simplicidade de sua construção e
a sua estanqueidade (figura 8.27).
Outros tipos de bombas são: Bombas de pistão, bombas de palheta e bombas centrífugas.
8.6.16 CORROSIVIDADE
Qualquer componente da amostra, que possa reagir quimicamente com os materiais usados no sistema de
amostragem ou com as partes internas do analisador, deve ser eliminado.
O processo de eliminação depende das características do componente perturbador. Filtros de adsorção,
reagentes químicos , lavagem com água são os processos geralmente usados.
A análise de gases com a presença de S02 e SO3, comuns nos processos de combustão, traz o risco da
produção de ácido sulfúrico, devido a presença de umidade na amostra.
A lavagem do gás com água ou vapor dilui e retira do sistema o ácido sulfúrico ou, então, elimina-se a
umidade da amostra, evitando-se a formação deste acido.
A eliminação do ácido sulfídrico, presente em alguns gases como os de coqueria, é feita por meio da reação
com o óxido de ferro hidratado.
Uma escolha conveniente dos materiais de construção do sistema de amostragem e do próprio tipo de
analisador, pode evitar a ocorrência de corrosão.
238
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A operação destas válvulas solenóides pode ser manual ou, então, automática, no caso de analisadores de
calibração automática.
A figura 8.14 mostra um sistema de amostragem com recursos de introdução de dois gases de calibração. E
ainda uma tomada de amostra, na linha de entrada do analisador. Esta tomada permite a retirada de amostras para
análise em laboratórios ou em outros analisadores para fins comparativos.
O primeiro sistema é o mais usado, devido a sua simplicidade e economia. Em alguns casos existem
dispositivos na saída do analisador, tais como: reguladoras de pressão de descarga, reguladores de pressão e
ejetores. O gás deve ser descarregado em um local onde não traga riscos de contaminação, explosão, corrosão, etc.
Os gases nocivos ao ambiente ou as pessoas podem ser neutralizados por meios químicos, antes de serem
liberados.
A amostra só é devolvida ao processo, em alguns casos especiais, como:
Alto custo do produto analisado - a devolução pode ser economicamente viável neste caso;
Alta periculosidade do produto - gases, cuja ação nociva não pode ser neutralizada por meios químicos,
como os gases radioativos.
O analisador por condutibilidade térmica é um instrumento analítico industrial, que permite determinar a
concentração de um gás em uma mistura gasosa.
A condutibilidade térmica de um gás é uma grandeza física específica dele. De modo que, quando uma
mistura gasosa for composta de dois componentes, pode-se conhecer a concentração de cada um dos componentes
através dessa propriedade.
A idéia de usar a condutibilidade térmica dos gases para fins de determinação de um componente em uma
mistura foi sugerida, pela primeira vez, em 1880, por LEON SOMZEE. Entretanto, o primeiro instrumento pratico
só foi construído em 1908 pelo físico KOEPSA. Este instrumento determinava a concentração do hidrogênio em
uma mistura gasosa. A partir desta data, foram desenvolvidos vários tipos de analisadores baseados neste
princípio, que são atualmente usado largamente para medição e controle em processos industriais. Esta frequência
se deve, principalmente, a sua simplicidade de operação que resulta em baixo preço e alta confiabilidade
operacional.
8.7.2.1 CONCEITO
A figura 8.28 representa um cubo cheio de gás, tendo duas superfícies opostas mantidas em temperaturas
diferentes.
239
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Figura 8.28.
A quantidade de calor, Q, que atravessa o cubo na unidade de tempo T, entre as duas superfícies, depende
dos seguintes fatores:
240
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O fator K é uma característica de cada gás e exprime a maior ou menor facilidade de transmissão de calor, por
condução através de sua massa.
Q
K
t
T *S *
D
Se,
Q = Kcal (quilos caloria)
T = h (hora)
S = m2 (metro quadrado)
t = t1 - t2 = ºC (graus celsius)
D = m (metro)
A unidade K será:
K = Kcal/h.m2 . 0C/m
Ou então:
K = cal/s.cm2 . 0C/cm, no sistema CGS.
Kr = K gás
K ar
A determinação experimental da condutibilidade térmica nos gases apresenta uma série de dificuldades,
devidas a mobilidade inerente as suas moléculas. Os efeitos colaterais da convecção e da radiação alteram os
resultados obtidos. Este fato justifica as divergências apresentadas nos valores da condutibilidade térmica nos gases,
determinadas por diferentes pesquisadores.
A tabela 8.2 apresenta os valores experimentais da condutibilidade térmica de gases e vapores de
importância industrial.
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8.7.2.3 PRINCÍPIO DE MEDIÇÃO CÉLULA DE MEDIÇÃO BÁSICA
A técnica usada para medição da condutibilidade térmica de um gás, está representada na figura 2.
Uma câmara cilíndrica é mantida em uma temperatura constante e possui , no seu interior, um fio metálico
estendido na direção do seu eixo.
O filamento é percorrido por uma corrente elétrica fornecida por uma fonte de tensão constante E, mantendo
assim, uma temperatura superior à da câmara, devido ao efeito JOULE.
A temperatura do filamento dependerá do balanço entre a energia térmica gerada pela corrente e pelas perdas
devidas a transferencia de calor para as paredes da câmara, por meio de condução, convecção e radiação. Como se
trata de medidor de condutibilidade térmica, a influencia da convecção e da radiação deve ser reduzida a um
mínimo pois, desta forma, a temperatura do filamento dependera somente, da condutibilidade térmica do gás.
O projeto adequado da geometria da célula é a limitação da diferença de temperatura entre filamento e
paredes da câmara reduzem as perdas por convecção e a radiação a um mínimo, em relação as perdas por condução.
A câmara, assim projetada, chama-se "Célula de Condutibilidade" pois permite a medição da condutibilidade
térmica do gás encerrado em seu interior.
A temperatura do filamento será inversamente proporcional a condutibilidade térmica do gás, sendo máxima
no caso de a célula estar sob vácuo é mínima, quando contiver um gás de alta condutibilidade térmica, como o
Hélio ou Hidrogênio. Portanto, basta determinar a temperatura do filamento para se obter a condutibilidade
térmica, no interior da célula.
A temperatura do filamento é medida por meio de um recurso simples, pois a resistência ohmica do
filamento varia proporcionalmente com a temperatura e, assim, as variações de corrente elétrica, medidas por um
amperímetro, fornecem a temperatura do mesmo.
- Converter a energia elétrica em energia térmica criando, assim, o gradiente de temperatura necessário à
operação da célula;
- medir sua própria temperatura por meio de variações observadas em sua resistência elétrica.
Estes inconvenientes podem ser eliminados, por meio da introdução de uma célula de referencia com
características idênticas as da célula de medição apresentada anteriormente.
A figura 8.30 apresenta as duas células, de medição e referência, e o modo como são ligados os filamentos.
243
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A célula de referencia é preenchida com um gás, que mantém suas características térmicas constantes,
durante o uso do medidor de condutibilidade. Na célula de medição são introduzidos os gases, cuja
condutibilidade térmica se quer determinar. As duas células são situadas em um mesmo ambiente, sendo afetadas
de modo idêntico por qualquer flutuação na temperatura externa.
Os filamentos são ligados em forma de ponte com auxílio de duas resistências de valor fixo R. Esta ligação
também chamada de diferencial, garante a insensibilidade do instrumento a qualquer variação que ocorra
similarmente nas duas células. Desta forma, somente as variações da condutibilidade térmica do gás na célula de
medição afeta o equilíbrio da ponte.
Este desequilíbrio será medido pelo galvanômetro, que pode ser calibrado em termos de condutibilidade
térmica do gás de medição.
A medição da condutibilidade térmica de um gás, não encontra, geralmente, aplicação direta na industria,
devido a pouca importância desta grandeza na maioria dos processos.
A determinação da concentração de um gás em uma mistura gasosa, contudo, é de grande importância para a
operação segura e rentável de um processo industrial. O medidor de condutibilidade térmica pode ser usado na
determinação da concentração de um gás, em uma mistura.
Esta técnica encontra grande aplicação, devido a simplicidade inerente a medição de condutibilidade.
Mistura binária é aquela que comporta somente dois gases. A análisede gases por condutibilidade
térmica encontra sua aplicação mais característica, na determinação de um componente em uma mistura
binaria. Qualquer mistura binária de gases, em que seus componentes apresentem condutibilidade individuais
diferentes entre si, pode ser analisado por um medidor de condutibilidade térmica. Uma variação de 2% na
condutibilidade térmica da mistura é o suficiente para se obter uma variação de 100%, na indicação do
instrumento.
A tabela 8.2 mostra as faixas mínimas de análise para algumas misturas binárias. As concentrações
mostradas referem-se a uma variação na condutibilidade em cerca de 2%.
NOTA: As faixas indicadas correspondem a uma variação da condutibilidade térmica, em cerca de 2%.
Quanto maior a diferença entre a condutibilidade térmica dos 33 componentes, menor a faixa de medição
correspondente.
É o responsável pela transformação das variações de resistência dos filamentos, em sinais elétricos
proporcionais. Estes sinais são introduzidos em indicadores, registradores e controladores de concentração do
componente em análise.
O circuito de medição engloba a ponte de resistência do tipo de "WHEATSTONE", sua fonte de
alimentação, e o circuito de medição do sinal de desequilíbrio da ponte. A figura 8.31 mostra um circuito de
medição genérico. A fonte de alimentação deve fornecer uma corrente constante para a ponte de
"WHEATSTONE" independentemente das variações da carga e da tensão da rede onde está ligada. Esta
característica é conseguida por meio de circuitos eletrônicos de estabilização.
A ponte de "WHEATSTONE" é formada pelos filamentos das células de medição e comparação e por
resistências fixas de elevada estabilidade térmica. Um potenciômetro é colocado na ponte a fim de permitir o
ajuste do ponto zero. Um outro potenciômetro na saída da ponte permite ajustar a sensibilidade da medição. O sinal
elétrico é, geralmente, da ordem de milivolts e pode ser introduzido em um amplificador, ou então, acionar
diretamente um galvanômetro indicador ou registrador do tipo potenciométrico.
A condutibilidade térmica dos gases varia com a temperatura; portanto torna-se necessário um controle
rigoroso da temperatura da célula de análise. A técnica habitual consiste em se aquecer o bloco de análise a uma
temperatura constante e acima do ambiente. Os valores usuais de temperatura estão compreendidos entre 45ºC e
70ºC.
O controle de temperatura pode ser feito por um simples termostato, que acionara uma resistência de
aquecimento para manter constante a temperatura (figura 8.32) ou, então, poderá ser do tipo proporcional com
um sensor tipo termistor substituindo o termostato. Neste caso, a potência dissipada pelas resistências de
aquecimento, varia de modo contínuo, a fim de garantir uma temperatura estável do conjunto (figura 8.32).
245
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Figura 8.32
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O princípio de medição é específico para o gás a ser analisado, isto é, o instrumento reagirá somente quando
houver na amostra este gás.
A maioria dos gases podem ser analisados por este tipo de instrumento, conforme mostra a tabela 8.3
.
TABELA 8.3 - Gases industriais analisados por infravermelho
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8.8.1 TEORIA DE FUNCIONAMENTO
O infravermelho é o nome dado a região do espectro eletromagnético compreendido entre os comprimentos
de onde de 0,8 m a 1000m , o que situa entre radiações luminosas e as micro-ondas, conforme é
mostrado na figura 8.34, que representa o posicionamento da radiação infravermelha dentro do espectro
eletromagnetico.
Figura 8.34
Figura 8.35
248
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8.8.3 ESPECTRO DE ABSORÇÃO
Quando um feixe de radiação infravermelha atravessa uma substância gasosa, sofre uma absorção de
energia em certos comprimentos de onda. resultando em um feixe emergente, com energia inferior a de
entrada. A figura 8.36 representa, graficamente, o fenômeno de absorção seletiva.
Em A, temos representada uma câmara ou célula de análise, que contem um determinado gás ou mistura de
gases. Sobre a câmara, incide um feixe de radiação infravermelho de energia total E1. Ao abandonar a câmara, a
energia sofreu uma redução em alguns comprimentos de onda, sendo sua energia representada por E2. O gráfico B1
representa a distribuição de energia de entrada ao longo da faixa total de comprimentos de onda.
O gráfico B2 representa o mesmo tipo de distribuição onde se nota, porem, a redução de energia em alguns
comprimentos de onda. Em C, temos uma comparação entre as energias totais de entrada e saída, E1 e E2,
respectivamente.
A redução da energia radiante, através de uma substância qualquer, obedece a lei de BEER-LAMBERT.
Onde:
E2 =energia emergente da substância
E1 =energia incidente na substância
e = base dos logarítimos Naturais = 2,71828
() =Fator que depende do comprimento de onda da radiação
e do tipo de substância.
= densidade do meio absorvente
= distância percorrida pela radiação no meio.
249
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Analisando melhor o gráfico B2, da figura 8.36 vemos que representa, no eixo vertical as energias
correspondentes a cada comprimento de onda (energia espectral ), e na horizontal, os comprimentos de onda em
ou, ainda, os números de onda, grandeza esta, usada preferencialmente em espectroscopia.
8.8.5 CÉLULA
A célula poderá ser feita de aço inoxidável, de vidro, ou de alumínio e, a parede interna da mesma é polida
ou acabada por eletrogalvanização, a fim de elevar a refletância do infravermelho e as extremidades deverão
estar providas de janelas que permitam a passagem do infravermelho.
Tipo dispersante: O princípio básico de funcionamento dos analisadores dispersante está representado na
figura 8.37
A radiação infravermelha proveniente da fonte (F), passa através de uma célula, contendo a amostra
da substância a ser analisada. O feixe transmitido sofre, no prisma (P), uma dispersão e o espectro, assim
obtido, incide em uma fenda que seleciona uma estreita faixa ou banda de comprimentos de onda, que irá
atingir o detector de radiação (D).
Atuando-se sobre os sistemas de dispersão, pode-se fazer uma exploração de todo o espectro, tendo-se
como resultado, um gráfico chamado espectrograma.
Este tipo de analisador é usado em laboratórios e sua operação e feita por técnicos especializados. Pode
analisar gases, líquidos e sólidos, não havendo, em princípio, necessidade de conhecimento prévio dos
componentes da amostra a ser analisada, pois o estudo do espectrograma fornecido permite identificar e quantizar
as diversas substâncias presentes.
250
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A fonte do infravermelho (F) emite um feixe de radiação que passa através da célula de análise, indo incidir
no detector (D) sem ter sofrido nenhuma dispersão.
O sinal recebido pelo detector varia de acordo com a concentração do gás a ser analisado, sendo o
resultado, geralmente registrado em termos percentuais.
Uma diferença a ser observada entre os dois tipos de analisadores é que, no tipo não dispersante, a amostra
flui continuamente através da célula de análise, fornecendo, ao longo do tempo, a concentração de somente um
dos componentes da amostra, conforme mostra a figura 8.38, enquanto no espectrômetro, a análise é feita
com uma amostra selecionada por vez, sendo, o resultado, o espectro de absorção de todos os componentes
presentes na amostra, conforme figura 8.38.
Pelo fato de os analisadores não dispersantes apresentarem uma análise contínua ao longo do tempo,
possuem aplicação bastante comum como elementos de monitoria e controle em processos industriais, dos mais
variados tipos, principalmente, na análise de substância na forma gasosa. Serão, por este motivo, objeto de estudo
nos parágrafos subsequentes.
251
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8.8.7 TIPOS DE CONSTRUÇÃO.
8.8.7.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS ANALISADORES CONTÍNUOS
O analisador básico apresentado na figura 8.36 embora funcional, apresenta deficiências de operação que
tornam impraticável seu uso comercial.
O acúmulo de impurezas nas paredes das células ou nas janelas transparentes também afetará o sinal
no detector.
As duas primeiras deficiências apontadas são, geralmente, eliminadas por meio de dois recursos:
Através da divisão do feixe de radiação enviado pela fonte, em duas partes, sendo uma delas para
medição e outra para referencia, garantindo, deste modo, pelo menos, a estabilidade do zero no
instrumento.
A última deficiência do analisador básico apontada, ou seja, a sensibilidade do mesmo a qualquer gás
absorvente de radiação é eliminada por meio de filtros seletivos de radiação infravermelha interpostos no caminho
do feixe, que sensibilizam o instrumento para somente um dos gases componentes da amostra.
A amostra não contem o gás a ser medido (0%), o detector Dl, recebe toda radiação da fonte, exceto
a parte do espectro absorvida pelo filtro F. O detector D2 recebe toda a radiação da fonte.
A amostra contém o máximo do gás a ser medido (100%). O detector D1 não se altera pois os
comprimentos de onda absorvidos pela amostra já não o atingiam devido ao filtro F.
O detector D2, que recebia a radiação integral , terá suprimido parte do espectro por meio da amostra, tendo,
deste modo, sua temperatura reduzida.
A combinação dos dois detectores em série operará o sistema de indicação.
A figura acima representa graficamente a radiação emitida pela fonte (A), supostamente de energia
uniforme ao longo de espectro e a radiação incidente sobre os detectores com o gás medido em O%(B) e
10O%(C).
253
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De modo similar ao tipo anterior, imaginemos dois tipos de situações:
A amostra não contem o gás a ser medido (0%). O detector D1 aquece-se por meio do gás do filtro
(F1) pois o mesmo absorve parte da energia do feixe incidente nos comprimentos de onda
correspondentes ao seu espectro de absorção (o mesmo do gás a ser medido).O detector D2
comporta-se de modo similar ao D1 e não será afetado pelas variedades da amostra.
A amostra contém o máximo, do gás a ser medido (100%). O detector D2 não se altera, conforme
explicação anterior.
O detector D1, que mede a temperatura do gás selado em F1 , abaixara sua temperatura pois a radiação, que
incide em F1, não contém os comprimentos de onda que este gás absorve, visto que foram previamente absorvidos
pela amostra.
A figura 8.42 representa graficamente as radiações recebidas pelos detectores nos dois casos extremos de
amostra (0% e 100%).
Comparando-se os sistemas de detecção dos dois tipos de filtragem, verifica-se que, no sistema positivo, o
sinal de saída é função da absorção direta dos comprimentos de onda, relativo ao gás medido (analogia positiva),
enquanto que no sistema negativo, o sinal de saída é função da absorção pelos detectores, de todo o espectro, menos
uma parte referente aos comprimentos de onda do gás a ser medido (analogia negativa).
Fonte de infravermelho
Sistema óptico ( filtros e janelas transparentes)
Detectores de infravermelho
FONTES DE INFRAVERMELHO
São responsáveis pela emissão de radiação infravermelha, dentro da faixa espectral necessária a análise de
um determinado gás.
As fontes de infravermelho destinadas ao uso, em instrumentação analítica, são, geralmente, do tipo elétrico,
ou seja, por meio de aquecimento de uma determinada substância, com uma corrente elétrica, fazendo que a mesma
emita energia radiante na faixa espectral do infravermelho.
254
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Entre os vários tipos de fonte existentes, as mais comuns são:
FONTE DE NICHROME: é constituída por um fio ou fita de NICHROME (62% Ni, 13%Cr e 25% Fe)
enrolada na forma de hélice é aquecida, eletricamente, na faixa de 400ºC a 900ºC. Normalmente, estes
filamentos são encerrados em atmosferas inertes e secas a fim de prolongar a sua durabilidade. As
superfícies internas das cavidades onde são instalados os filamentos são polidas, a fim de aumentar o
rendimento na direção desejada, com auxílio do formato da superfície e do posicionamento dos filamentos.
Figura 8.43 – Mostra uma superfície refletora do tipo parabólico, cujo foco é ocupado pelo filamento.
As vantagens principais da fonte de NICHROME, estão na simplicidade de construção, que lhe confere
robustez e durabilidade. Por este motivo, é, atualmente, a fonte empregada, por excelência, nos analisadores
industriais.
255
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Não existe nenhuma substância que seja transparente ao infravermelho em toda a sua faixa. Na realidade, a
transparência se dá, apenas em uma certa largura do espectro. No caso dos analisadores, a faixa de trabalho cobre a
parte do infravermelho intermediário, aproximadamente (1,5m a 15m ), bastando, para isto que a
transparência se restrinja a esta faixa (figura 8.44).
As janelas usadas nos analisadores de infravermelho devem, ainda, ser robustas e resistentes à ação da
umidade. As aplicações mais comuns são (conforme figura 8.45):
Figura 8.45
São elementos responsáveis pela recepção e medição da radiação infravermelha, após esta atravessar as
células de análise e os filtros.
são transdutores do tipo elétrico, isto é, absorvem a energia incidente e a transformam em um sinal elétrico
proporcional à intensidade desta radiação. Os princípios de operação são dos mais variados, sendo, entretanto, o de
transformação de energia radiante em energia térmica e, posteriormente, em energia elétrica, os mais usados. Os
tipos mais comuns são classificados em:
A célula fotocondutora é constituída de uma camada de sulfeto ou telureto de chumbo, depositada sobre um
suporte isolante, sendo o conjunto encerrado em uma cápsula sob vácuo. O conjunto possui uma janela
transparente à radiação a ser medida (figura 8.46).
256
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Figura 8.46
Ao incidir sobre a célula, a radiação provoca a variação de corrente, causada pela variação na sua
resistividade. Deste modo, a medição de sua resistência representará a intensidade da radiação absorvida. As
vantagens residem na sua alta sensibilidade e no curto tempo de resposta (cerca de 0,5 milisegundos). As
desvantagens limitam seu uso em analisadores, devido à insensibilidade em comprimentos de onda superiores a 6,
faixa esta, insuficiente para cobrir várias aplicações industriais de análise.
8.8.9.1 INTRODUCÂO
VARIÁVEL: Analisa a concentração de oxigênio em gases, no nosso caso, nos gases de combustão das
caldeiras para verificar sua eficiência. UNIDADE DE MEDIDA % DE 02 (POR VOLUME).
Figura 8.47
257
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Como dito, a presença do oxigênio no gás analisado tende a expelir o corpo de prova, expulsão esta que
modifica a posição do espelho R (locado no eixo de sustenção C-C variando a intensidade de raios luminosos
refletidos nas fotocélulas F1 e F2. Esta variação alimenta sistema de balanço contínuo que indicadiretamente a %
do 02.
O analisador paramagnético de gases é um instrumento analítico que permite determinar, em uma mistura de
dois ou mais gases, um dos componentes. Esta determinação e feita por meio das propriedades magnéticas
apresentadas pelo gás a ser analisado.
Entre todos os gases industriais existentes, o oxigênio é o único que apresenta propriedades magnéticas
excepcionais. Outros gases apresentam também, esta característica, porem em menor proporção. São eles, o óxido
nítrico e o dióxido de nitrogênio, ambos com pouca importância dentro do campo industrial e de presença pouco
comum na maioria dos processos. Deste modo, o analisador paramagnético, é usado quase que exclusivamente na
medição da concentração do oxigênio, em uma mistura de gases.
A descoberta das propriedades magnéticas do oxigênio foi feita por FARADAY, que sugeriu, em 1848, a
utilização desta propriedade para determinação da concentração
Somente em 1942, HARTMANN & BRAUN desenvolveram um analisador para uso industrial, baseado no
paramagnetismo do oxigênio.As aplicações, na industria, do analisador de oxigênio paramagnético são as mais
diversas:
Controle de oxigênio dos gases queimados nos processos de combustão;
Controle de pureza nos processos de produção de oxigênio;
Controle de produção de cal, cimento e fosfato;
Controle de craqueadores catalíticos, processos de fermentação, produção de polpa e
papel, etc.
8.8.9.4 MAGNETISMO
Uma carga elétrica cria um campo elétrico ao redor do espaço que ocupa. A presença deste campo é
detectada, colocando-se um pequeno carpo de prova neste espaço e verificando-se os efeitos resultantes. O corpo de
prova se movimentará, afastando-se ou aproximando-se da carga, seguindo uma trajetória chamada "linha de
forca". O sentido do movimento dependerá dos sinais das cargas envolvidas.
Supondo-se a carga estática, em relação a um determinado referencial, o único efeito de origem elétrica
existente é provocado pelo campo elétrico. Colocando-se a carga em movimento, é criado um outro campo de força,
chamado campo magnetico. As linhas de força que criam o campo magnetico são perpendiculares as do campo
eletrico que o originou (figura 8.48).
A conceituação apresentada, supõe que o fenômeno magnético descrito se desenvolveu no vácuo ou seja,
uma região do espaço sem a presença de matéria.
Quando ocorrem em um meio material, seja ele gasoso, líquido ou sólido, os fenômenos magnéticos sofrem
mudanças significativas.
As linhas de força do campo magnético em uma substância, podem ter sua densidade aumentada ou
diminuída em relação ao vácuo.
Estas alterações estão relacionadas com a estrutura atômica da matéria. Os átomos são constituídos de cargas
elétricas positivas, aprisionadas em um núcleo central e cargas negativas em movimento em torno deste núcleo e
de si mesmas. O movimento das cargas negativas (elétrons) criam campos magnéticos que interagem com o campo
externo, reforçando-o ou enfraquecendo-o.
As substâncias são classificadas pelo modo como se comportam na presença de um campo magnético:
8.8.9.6 DIAMAGNETISMO
O espectro mais importante do diamagnetismo é o de estar presente em todas as substâncias, não sendo, as
vezes, notado, pelo fato de predominarem outros efeitos de maior magnitude.
Figura 8.49
A explicação para o diamagnetismo esta relacionado com a geração de uma corrente magnética. A corrente
elétrica introduzida na espira, cria um campo magnético que se opõe ao campo original.
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O movimento do elétron, em torno do núcleo, pode ser interpretado como uma espira que, quando imersa em
um campo magnético, sofre uma perturbação similar a da espira mencionada anteriormente, ou seja, é criado um
campo magnético induzido, que se opõe ao campo original.
Combinando-se o efeito de todos os átomos que constituem a substância em observação, obtém-se, como
resultado final, uma redução do fluxo magnético, no interior do corpo. Este fenômeno é facilmente observável nos
gases inertes cobre, vidro, chumbo, água, etc. Paramagnetismo
Alem do campo magnético criado por seu movimento em torno do núcleo, o elétron cria, também, outro
campo magnético, girando sobre si mesmo, movimento este, chamado de "SPIN".
Quando os átomos possuem seus orbitais completos, como no caso dos gases raros, os campos magnéticos
criados pelos movimentos dos elétrons se cancelam, resultando em um campo magnético atômico nulo. Somente a
presença de um campo externo altera este equilíbrio, provocando um campo contrario, como no caso do
diamagnetismo.
Porem, existem casos em que ocorre o desemparelhamento entre o "SPIN" de dois ou mais elétrons. Neste
caso, passa a existir um campo magnético resultante, que possui orientação aleatória no interior da substância. O
átomo ou molécula, deste modo, passa a se comportar como um diminuto imã. A substância constituída destas
pequenas partículas magnéticas e chamada de paramagnética. Devido a orientação arbitraria destes pequenos imãs,
o campo magnético resultante é nulo. Porem, ao serem introduzidas em um campo magnetico externo, estas
partículas se orientam no sentido das linhas de força, resultando em um incremento na intensidade do campo
indutor. Eliminando-se o campo externo, estabelece-se novamente a desordem, na orientação das partículas
e não se observa nenhum efeito magnetico mensurável.
Como exemplo de substâncias paramagnéticas temos: alumínio, cromo, estanho, oxigênio, etc.
8.8.9.7 FERROMAGNETISMO
Algumas substâncias comportam grupos de átomos, cujos campos, magnéticos são orientados no mesmo
sentido:
Estes grupos chamados domínios, possuem um campo magnético relativamente intenso, orientados em
direções diferentes, podendo dar como resultado um campo magnetico nulo. Sob a ação de um campo magnético,
estes domínios se orientam, de modo a reforçar o campo indutor. Esta propriedade identifica as substâncias
ferromagnéticas, como, por exemplo: ferro, níquel, cobalto.
Comportamento de um corpo em um campo magnético.
Um corpo imerso em um campo magnético não uniforme, sofre a ação de uma força de atração ou repulsão,
dependendo da propriedade magnética do corpo em relação ao meio em que se encontra (figura 8.49).
Uma substância diamagnética é repelida do campo, ou seja, é deslocada no sentido de menor
densidade do fluxo (figura 8.50).
A substância paramagnetica é atraída para a região de maior densidade de fluxo magnetico (figura
8.50).
No caso de um meio gasoso, o comportamento magnetico deste, interfere no resultado, podendo, inclusive,
alterar o sentido da força.
Figura 8.50
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Na maioria das moléculas gasosas a combinação dos campos magnéticos individuais de cada elétron,
devido ao seu "SPIN", resulta em um campo final nulo. Neste caso, o comportamento desta molécula em um
campo magnetico é devida ao emparelhamento dos "SPINS" dos elétrons nos orbitais a que pertencem.
Os gases inertes também apresentam comportamento não-rnagnéticos pois tem todos os orbitais
atômicos completos, resultando em um campo magnetico final nulo.
O oxigênio entretanto, apresenta propriedades fortemente paramagnéticas, devido ao
desemparelhamento de dois elétrons nos orbitais externos de sua molécula.
A tabela 8.5 mostra, em termos relativos ao oxigênio, a suscetibilidade magnética de alguns gases.
Alem do oxigênio, somente o óxido nítrico (NO) e o dióxido de nitrogênio (N02), apresentam um
comportamento paramagnético notável.
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Figura 8.51
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Os dois filamentos, Fa e Fb, estão ligados em uma ponte de 'WHEATSTONE", que mede as
diferenças de resistência entre os mesmos. Estas diferenças são indicadas no amperímetro, Os filamentos
geram uma quantidade fixa de calor, por meio da ponte E, e perdem parte deste calor para o ambiente, por
meio de condução, radiação e convecção. Devido a igualdade geométrica e elétrica entre as duas células, as
temperaturas dos dois filamentos será idêntica, independentemente da composição e característica física do
gás de amostra circulante. A presença de gás paramagnético, como o oxigênio, também não interferem no
equilíbrio térmico existente, devido à ausência de campos magnéticos.
As setas no interior das células representam as correntes convectivas, estabelecidas pelos filamentos
aquecidos. O gás, aquecido pelo filamento, diminui sua densidade e sobe até encontrar as paredes mais frias
da célula, onde se resfria e desce, sendo introduzido na corrente de ascensão. Desta forma, o calor e
transportado do filamento para as paredes da célula.
A figura 8.52 mostra as mesmas células da figura anterior porem foi introduzido um ímã, que
estabelece um forte campo magnetico na célula A, de medição.
No caso do gás circulante não ter propriedades paramagnéticas, como ocorre na maioria dos gases
industriais, não haverá nenhuma perturbação sensível com a introdução do campo magnetico. A fonte de
medição permanecerá equilibrada e o amperímetro não indicara a passagem de corrente elétrica, indicando,
deste modo, zero.
Figura 8.52
As setas que simbolizam o fluxo convectivo de gás nas células, indicam que não houve alteração na
intensidade deste fluxo.A figura 8.53 representa o comportamento das células na presença de um gás, com
propriedades paramagnéticas.
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Figura 8.53
A célula de referência B não muda seu comportamento, a exemplo da situação anterior.
A presença do gás paramagnético, geralmente o oxigênio é atraído para a região de maior densidade
de fluxo magnético. Ao atingir esta região, o gás é aquecido pelo filamento, reduzindo o seu grau de
paramagnetismo. Ao perder as propriedades magnéticas, o gás é afastado das proximidades do filamento,
dando lugar ao mais frio, atraído para este local. O gás aquecido sobe, indo incrementar a corrente
convectiva de origem puramente térmica. Nas proximidades das paredes da célula, o gás se esfria e recupera
suas propriedades magnéticas, voltando a ser atraído na direção do filamento onde é novamente aquecido,
estabelecendo um fluxo em circuito fechado.
Este aumento na corrente convectiva na célula de medição, devido a presença do gás paramagnético,
reduz a temperatura do filamento correspondente, causando uma variação no valor da resistência ôhmica do
mesmo.
Esta variação é medida na ponte de "WHEATSTONE", por meio do amperímetro 1, e representa a
suscetibilidade magnética da amostra e, consequentemente, representará, também a concentração do gás
paramagnético, na mistura de gases diamagnéticos.
A variação dos demais componentes gasosos, altera as propriedades físicas da amostra, como,
densidade, calor específico e viscosidade, que interferem diretamente na condução de calor do filamento
para o ambiente. A célula de referência B, compensa dentro de certos limites, estas influências, porém, com
a presença do gás paramagnético o comportamento da célula de medição se altera, devido ao aumento de
fluxo convectivo.
Célula eletroquímica galvânica ou voltaica: é aquela que transforma energia química do sistema
eletrodo/eletrólito em energia elétrica (figura. 8.53A).
Célula eletroquímica eletrolítica: é aquela ligada a uma fonte de energia elétrica externa que força a
passagem de corrente elétrica através da célula (figura. 8.53B).
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A figura 8.54 mostra esquematicamente e de forma básica esse analisador, que na verdade é um
analisador de oxigênio.
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Supondo os dois eletrodos em circuito aberto, surgirá entre estes uma diferença de potencial
que dependerá das seguintes reações: a captura de elétrons pelas moléculas de O2 do lado de
referência (ânodo) na formação de íons na superfície do óxido e a liberação das moléculas
de oxigênio no cátodo e consequentemente a liberação de elétrons neste eletrodo.
Desta forma o lado de maior concentração de oxigênio se torna positivo (+) em relação ao de menor
concentração (-). Logicamente a classificação dos eletrodos em cátodo e ânodo será relativa.A d.d.p. gerada
dependerá dos seguintes fatores:
Relação entre as concentrações de O2 nos dois lados da célula, sendo tanto maior quanto o
for esta relação;
Temperatura da célula, variando de forma linear com esta (figura 8.56)
Tendo-se a temperatura na qual se encontra a célula de análise e a indicação da tensão entre os
terminais da mesma, é possível se determinar através do gráfico apresentado na figura 8.56 a concentração
de 02 na amostra.
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Figura - 8.56
OBSERVAÇÕES:
A temperatura absoluta de trabalho da célula deve ser mantida constante e seu valor depende
de cada fabricante.
Para temperaturas "muito" altas a tensão elétrica tende a reduzir devido ao surgimento de
condução eletrônica na rede cristalina do óxido. Para temperaturas "muito" baixas a
célula tende a desenvolver tensões elétricas muito pequenas, apresentando também o
inconveniente do aumento excessivo de impedância.
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Figura - 8.57
De acordo com a figura 8.57 vemos que a amostra é captada por meio de uma sonda que
eventualmente possui um filtro de partículas na extremidade interior do processo. Devido a ação de
sucção de um ejetor a ar comprimido, a maior parte da amostra circula em um circuito em alta velocidade
retornando ao processo. Apenas uma pequena parte da amostra é desviada deste circuito e circula pela parte
externa da célula de zircônia, onde será analisada. O controle de temperatura do bloco onde se situa a
célula feito por um controlador de temperatura que tem como elemento sensor normalmente um termopar e
como elemento aquecedor na maioria dos casos um resistor de aquecimento. A tensão elétrica gerada pela
célula é amplificada por um circuito eletrônico e enviada a um indicador.
Características Operacionais
A amostra circula sempre em temperaturas elevadas;
Tempo de resposta extremamente curto;
A umidade da amostra é mantida no seu valor original durante a análise;
Reage a qualquer combustível existente na amostra com o O2;
Faixa de medição se estende de 0,1 ppm (parte por milhão, a 100%);
Fácil manutenção;
A célula de medição dura de um a vários anos.
8.8.11 CROMATOGRAFIA
Definição e Histórico: As análises cromatográficas, na sua forma mais simples, consistem
primeiramente em separar a amostra desconhecida em seus constituintes e então realizar uma análise
quantitativa em cada um de seus componentes separados.
Os métodos cromatográficos foram descobertos por TSWETT em 1903, que os usou para a separação
dos componentes de extratos das folhas verdes. Devido ao fato da separação ter envolvidos diferentes
materiais coloridos, TSWETT chamou o processo de cromatografia. O nome, apesar de impróprio hoje em
dia, pois podem ser separados materiais incolores e também gasosos, continua sendo utilizado, definindo o
processo físico-químico de separação citado acima. Apesar da simplicidade do processo, este não foi
utilizado ate 1931, quando KUHN e LEDERER separaram a alfa do beta caroteno. A partir dessa data, os
processos cromatográficos constituíram um dos meios mais importantes de separação e de análise das
misturas orgânicas e inorgânicas.
Princípio de Funcionamento: Um gás portador flui continuamente (por exemplo H2, N2, He, Ar) e é
dosado um determinado volume da amostra a ser analisada. O gás portador (ou de arraste) e a amostra fluem
através do que chamamos coluna de separação (ou cromatográfica), sendo que os diversos componentes da
amostra fluem pela mesma com velocidades diferentes, e, dessa forma, são separados entre si. Em seguida, o
gás de arraste e os componentes separados são levados a um detector ligado a coluna de separação. Esse
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capta a concentração dos diversos componentes, na ordem em que os mesmos saírem da coluna de
separação. O sinal elétrico fornecido pelo detector é proporcional a cada concentração e é registrado em
forma de picos, por um registrador instalado. O diagrama registrador é denominado cromatograma.
A amostra e o gás de arraste (que formam o que chamamos de fase-móvel) são introduzidos no topo
da coluna, e a fase móvel é bombeada continuamente a uma velocidade constante. A substância química
(solida ou líquida) que se encontra dentro da coluna constitui o que designamos por fase estacionária. Com o
passar da fase móvel as substâncias começam a migrar de acordo com as interações de suas propriedades
físico- químicas existentes entre os componentes da amostra e a fase estacionária. A figura 8.59 mostra a
seqüência de eventos que ocorrem.
Figura 8.58
Figura 8.59
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Figura 8.60
As moléculas dos diversos componentes de análise são retidas temporariamente através de efeitos de
troca com a fase estacionária, depois continuam sendo levadas pelo gás de arraste; num outro ponto, são
retidas novamente, e depois prosseguem, e assim por diante. Moléculas do mesmo composto mostram o
mesmo comportamento de retenção, moléculas diferentes, no entanto, são retidas por tempos variados.
.2 - Substâncias orgânicas ligadas quimicamente à superfície de uma sílica gel de grande área
superficial. Por exemplo:
Octadecil sílica
Octil sílica
Propilciano sílica
Alquil amino sílica
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8.8.11.3 FASES MÓVEIS
As fases móveis são por definição fluidas. O fluido empregado poderá ser um gás ou um líquido, e
esta distinção classificará a cromatografia em:
cromatografia em fase gasosa ou a gás
cromatografia em fase líquida ou a líquido.
Considerando as fases móveis e estacionárias podemos ter as seguintes situações: Tabela 8.5
OBSERVAÇÃO:
Quando a fase estacionária for sólida, a cromatografia envolve, no mecanismo de separação
por interações físico-químicas, o fenômeno da adsorsão, enquanto que, quando empregamos fases
estacionarias líquidas fenômeno envolvido é chamado de partição, que é relacionada com a solubilidade das
substâncias a serem separadas.
Os materiais mais utilizados para a construção das colunas de separação são o aço, o alumínio, o
cobre e o vidro. As colunas tem a forma de um pequeno tubo enrolado em forma de espiral. O
comprimento da coluna deve ser escolhido de modo que, no seu final, os componentes saiam separados,
com um espaço de tempo bem definido. Os comprimentos comuns das colunas vão de 0,5 a 20m, com um
diâmetro de 2 a 10mm. As colunas capilares (que são aquelas de diâmetros muito pequeno) possuem
diâmetros entre 0,25 e 1 mm e os comprimentos podem chegar a 200 m.
Quando uma coluna não separa alguns componentes, ou só os separa de forma incompleta,
conduz-se o gás de arraste e a amostra para outras colunas, que contenham outros tipos de enchimento.
OBSERVAÇÃO:
Os gases mais utilizados são He, H2, N2, Ar, O2, CO, CO2 e Ne.
8.8.11.7 – DETECTORES
Dentre os detectores possíveis, o mais utilizado nos processos cromatográficos é aquele cujo princípio
é baseado na condutividade térmica dos gases, já estudado no nosso curso. Alem desses, podem ser
utilizados os detectores da ionização, de ionização de chama e de captura de elétrons, dentre outros.
Figura 8.61
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9) DETETORES DE LIMITE POR APROXIMAÇÃO.
São sensores que se destinam a detectar a aproximação de um corpo, podendo este ser metálico, não
metálico, magnético, etc. O sinal produzido é binário, onde pode ser aplicado em controle on-off,
intertravamento, alarme, seqüência de acionamentos, etc.
Figura 9.1
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Neste capítulo serão vistos os elementos emissor de sinais por aproximação, isto é, sem o contato das
partes móveis a serem detectadas.
Parâmetros
Neste ponto toma-se interessante a definição dos parâmetros que serão constantemente citados no
texto e têm grande importância na especificação, instalação e avaliação dos sensores.
● Distância sensora nominal-Sn- é a distância entre o sensor e o elemento a ser detectado na qual o
estado de saída deve ser comutado.
● Histerese-h- é a faixa da distância sensora expressa em porcentagem da mesma que determina
realmente os pontos onde hã o acionamento e o desacionamento da saída do sensor.
● Configuraçãoes de saída- os sensores que fornecem estado lógico de saída, o fazem tipicamente
de três formas: Através de saídas a transistores em regime de corte e saturação,através de SCRs ou através
de contatos secos de relés. As saídas a transistor podem ser do tipo NPN ou PNP. As saídas podem ser do
tipo NA (normalmente abertas ou acionadas),NF (normalmente fechadas ou desacionadas) ou com ambas as
configurações funcionando alternadamente.
● Temperatura de trabalho-TOP- é a faixa de temperatura especificada pelo fabricante dentro da
qual as característicos do sensor se mantém aceitáveis. Para sensores ópticos tal parâmetro não é tido como
muito importante devida a própria aplicação deste tipo de sensor. Porém, para sensores indutivos e
capacitivos, um bom desempenho sob condições de variação de temperaturas ambientais é altamente
requerida sob pena de grandes variaçôes nas distâncias sensora nominal,conforme veremos de forma mais
detalhada posteriormente.
9.1 – INDUTIVO
Usados para detectar objetos metálicos, o sensor indutivo trabalha pelo princípio da indução
eletromagnética. Funciona de maneira similar aos enrolamentos primários e secundários de um
transformador. O sensor tem um oscilador e uma bobina; juntos produzem um campo magnético
fraco. Quando um objeto entre no campo, pequenas correntes são induzidas na superfície do objeto. Por
causa da interferência com o campo magnético, energia é extraida do circuito oscilador do sensor,
diminuindo a amplitude da oscilação e causando uma queda de tensão (voltagem). O circuito de
detecção do sensor percebe a queda de tensão do circuito do oscilador e responde mudando o estado do
sensor.
No sensor indutivo o objeto que se aproxima deve ser metálico, pois fará parte do núcleo de um
indutor, e a indutância só será modificada com a introdução de metais no campo magnético do indutor.Os
sensores indutivos podem ser de corrente alternada ou contínua e este último a dois ou a quatro fios.
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Os tipos de corrente contínua só acionam cargas de corrente contínua de baixa potência. Isso exige a
utilização de um relé para o acionamento indireto de cargas maiores e de corrente alternada.
O tipo a dois fios deve deve ser ligado em série, como no de corrente alternada.
No tipo a quatro fios dois desses fios são conectados à fonte e os outros dois são as saídas, uma NA e
outra NF sendo comum o terminal positivo ou o negativo desta fonte, dependendo do tipo.
A saída do sensor é a transistor e de acordo com seu tipo, NPN ou PNP, apresenta dois tipos de
ligação diferentes:
No tipo NPN, ao ser acionada, a saída apresenta potencial nagativo, logo, a carga deverá ser ligada
entre o positivo da fonte e a saída.
NA NA NF
No tipo PNP, ao ser acionada, a saída apresenta potencial positivo, logo a carga deverá ser ligada
entre o negativo da fonte e a saída.
NA NA NF
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São sensores geradores de tensão, baseados no principio de energia elétrica. São dotados de bobina e
imã. Quando o campo magnético é perturbado pelo movimento de qualquer material ferroso (por exemplo
uma engrenagem), gera uma tensão que pode variar de acordo com a velocidade do material bem como a
distância do sensor.
9.2 - CAPACITIVO
O tipo capacitivo tem como elemento sensor o dielétrico de um capacitor, podendo assim o objeto
ser de qualquer natureza material exceto gasosa. Os sensores capacitivos também podem ser de alimentação
do tipo a dois fios de corrente contínua e de corrente alternada, e a quatro fios de corrente contínua todos
com ligações idênticas aos indutivos.
Os sensores capacitivos podem detectar objetos metálicos e não metálicos assim como produtos
dentro de recipientes não metálicos. Estes sensores são usados geralmente na indústria de alimento e para
verificar os níveis de fluidos e sólidos dentro de tanques. Os sensores capacitivos são mais sensíveis à
flutuação da temperatura e da umidade do que o são os sensores indutivos, mas os sensores capacitivos não
são tão precisos quanto os indutivos. A precisão pode variar de 10 a 15 por cento em sensores capacitivos.
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A forma de ligação do sensor é em geral, mostrada no corpo do próprio sensor devendo ser em
seguida com muita atenção principalmente quanto a corrente máxima, a faixa de tensão e à polaridade nos
tipos de alimentação contínua
Sensibilidade à Luz (Light-on): A saída fica energizada (on) quando o sensor recebe o feixe de luz
modulada. Ou seja, o sensor é ligado quando o feixe está desobstruído.
Sensibilidade ao Escuro (Dark-on): A saída fica energizada (on) quando o sensor não recebe o feixe
modulado. Ou seja, o sensor é ligado quando o feixe é obstruído. Luzes de rua são exemplos de liga- no-
escuro. Quando começar a anoitecer, a luz das luminárias nos postes são ligadas.
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9.3.2 -TIPOS DE SENSORES ÓTICOS
Sensor de Ruptura de Feixe ou barreira: Um outro sensor comum é o de barreira. Nesta configuração
o emissor e o receptor são empacotados separadamente. O emissor emite a luz através de um espaço e o
receptor detecta a luz do outro lado. Se o produto passar entre o emissor e o receptor, a luz para de bater no
receptor, dizendo ao sensor que um produto está interropendo o feixe. Esta é provavelmente a
modalidade de detecção mais confiável para objetos opacos (não transparentes).
Também no óptico qualquer objeto é percebido desde que não seja translúcido. Este sensor óptico
tem a vantagem de não precisar de grande proximidade do objeto.
Figura 9.14 Sensor de barreira. O emissor e o receptor estão totalizando o número de garrafas.
Barreira por cortina: É um equipamento que instalado à máquina ou a um processo, produz uma
cortina de luz (infravermelho) que supervisiona a área útil compreendida pela distância entre as unidades
transmissora e receptora. Se essa área for invadida, um saída de sinal comandará a interrupção da operação
da máquina. È possível também que o mesmo consiga diferenciar produtos de tamanhos diferentes podendo
enviar comandos para separar produtos diferentes.
Alguns são de fácil instalação, substituindo equipamentos mecânicos de proteção como portinholas,
braceletes, grades entre outros. Aplicações: prensas de corte e dobra, estampagem, injetoras,correias
transportadoras.
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Reflexivo: Sensores de Reflexão: Um dos tipos mais comuns de sensores óticos é o tipo reflexivo ou
de reflexão difusoa. O emissor e o receptor de luz são encapsulados na mesma peça. O emissor emite a luz,
que incide no produto a ser detectado. A luz refletida retorna ao receptor onde é detectada (figura
abaixo). Os sensores reflexivos têm menor poder de detecção (alcance) do que outros tipos de sensores
óticos porque dependem da luz refletida no produto.
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Sensor tipo Reflexivo. O emissor e o receptor de luz estão no mesmo pacote. Quando a luz do
emissor bate em um objeto, o receptor detecta e a saída do sensor muda de estado. A distância de detecção
(alcance) deste tipo de sensor é limitada pela capacidade do objeto de refletir a luz em direção ao receptor.
O transmissor e o receptor são montados em um mesmo corpo e a luz é emitida em sentido contrário
ao do receptor ( que está ao lado do receptor ), o feixe luminoso só atinge o sensor quando reflete em algum
objeto e volta ao mesmo, por isso este tipo recebe a denominação de reflexivo.
Em geral, utiliza-se um espelho para a reflexão, e o objeto detectado interrompe o retorno do feixe
luminoso.
Neste caso o objeto não deve refletir a luz e por isso não deve passar muito próximo ao sensor.
Os sensores de proximidade fotoeletricos IFO operam sem contato. Eles são aplicados como sensores
reflexivos difusos (em refletor) ou como sensores retroreflexivos (com refletor) onde houver necessidade de
uma maior distancia e acionamento. O emissor de luz. o receptor, o circuito eletrônico de avaliação e o
amplificador para corrente alternada ou continua se encontram num único inválLcro.
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Não sao necessários equipamentos de rede ou chaveamento e nem amplificadores de chaveamento
adicionais. O seu principio operacional bases-se na luminosidade modulada. emitida atreves de uma lente
situada na superfície frontal diretamente sobre o objeto a ser detectado ou sobre um refletor.
A luz refletida e recebida atravessa uma outra lente pelo receptor e processada eletronicamente.
causando uma alternado na condição de salda do sensor. Com a retirada do objeto da área de
monitoramento. o sensor volta a sua condição normal.
Devido a sincronização do circuito eletrônico e do receptor, o sensor fotoelétrico tem uma boa
sensibilidade a interferências que tentem a influenciar devido a luminosidade externa.
Um filtro especial pode ser colocado na superfície frontal reduzindo a distância de detecção. sendo
passivo também alcançar objetos a uma distância de 150 mm.
A dimensao do objeto e também importante para a área de detecção. Em geral quanto menor o objeto.
tanto menor a área de detecção. Por outro lado. a partir de uma determinada dimensão de objeto. A distância
de acionamento não aumenta mas.
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Fotosensor de Feixe Convergente: Um fotosensor convergente, sensor focal também chamado do
comprimento, é um tipo especial de sensor reflexivo. Emite-se a luz a um ponto focal específico. A luz deve
ser refletida do ponto focal a ser detetado pelo receptor do sensor.
Sensor de Fibra-ótica: Um sensor de fibra ótica é simplesmente uma mistura dos outros tipos. O
emissor e o receptor são os mesmos mas com um cabo de fibra ótica unido a cada um dos dois. Os cabos são
muito pequenos e flexíveis e funcionam como uma “tubulação” para carregar a luz. Existem cabos
disponíveis nas configurações ruptura-de-feixe e reflexiva.
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Sensor de Marca de Cor: Um sensor da marca da cor é um tipo especial de sensor ótico reflexivo
difuso que pode diferenciar cores; alguns podem mesmo detectar o contraste entre cores. É usado
tipicamente para verificar etiquetas e classificar pacotes através de uma marca colorida. A cor de fundo do
objeto é uma consideração importante. Os fabricantes do sensor fornecem cartas para a seleção apropriada
de sensores de marca colorida.
Sensor Laser: Um sensor a laser é usado também como uma fonte de luz para sensores óticos que
executam funções de inspeções de precisão e qualidade que requerem medições muito exatas. Esta precisão
pode chegar a ser tão pequena quanto alguns mícrons. Um LED de luz laser é usado como a fonte de luz. As
saídas podem ser analógicas ou digitais. As saídas digitais podem ser usadas para sinalizar OK/Falha ou
outras indicações. A saída analógica pode ser usada para monitorar e gravar medidas reais.
Sensor Ultrasônico: Um sensor ultrasônico usa o som de alta freqüência para medir a distância
emitindo ondas e medindo o tempo de retorno. A distância ao objeto é proporcional ao tempo de retorno.
Um sensor ultra-sônico realiza medidas muito precisas; a precisão para objetos tão pequenos como
1.0 milímetro pode ser de mais ou menos 0.2 milímetro. Algumas câmeras fotográficas usam
detecção ultra-sônica para determinar a distância ao objeto a ser fotografado.
Utilizando técnicas de interferometria, pode-se detectar distâncias de uma fração do
comprimento de onda emitido. Desta maneira consegue-se uma precisão enorme, já que a luz emitida tem
comprimento de onda na escala de 0.0005 milímetros.
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9.5 - CONSIDERAÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE SENSORES
Elétricas
A consideração principal na instalação de sensores é o limite da corrente elétrica aplicável. A corrente
de saída (carga) deve ser limitada para a maioria dos sensores a uma corrente de saída bastante pequena. O
limite da saída fica geralmente entre 50 e 200 miliampères. Se a carga aplicada for superior ao limite do
sensor, o sensor falha e precisa ser substituído. Na maioria das vezes, os sensores são inutilizados mais por
cabeamento impróprio do que por defeito ou mau uso. É crucial que a corrente esteja limitada a um nível
que o sensor possa suportar. Os módulos de entrada do PLC limitam a corrente a níveis aceitáveis. Por sua
vez, sensores com saídas de relé podem suportar correntes mais elevadas (tipicamente 3 ampères).
Se houver uma fiação de alta tensão na proximidade do cabo do sensor, este cabo deve ser protegido
por uma canalização metálica para impedir que o sensor não detecte sinais falsos, não apresente mal
funcionamento ou danos.
Mecânicas
Os sensores mecânicos devem ser montados horizontalmente sempre que possível para impedir o
acúmulo das lascas e resíduos sobre o sensor, o que poderia causar falsas leituras. Em uma posição vertical,
pequenas lascas, sujeira, óleo e assim por diante, podem acumular-se na superfície do sensor, causando mal
funcionamento. Na posição horizontal, estes resíduos escorregam e caem. Se por acaso o processo exigir que
o sensor deva ser montado verticalmente, deve ser previsto procedimentos e dispositivos para remover a
sujeira periodicamente, normalmenteatravés de sopros de ar ou banhos de óleo.
Um cuidado importante a se tomar é evitar que o sensor detecte sua própria estrutura de montagem.
Por exemplo, um sensor indutivo instalado impropriamente em um dispositivo de aço pode detectar o
próprio dispositivo. Além disso, se dois sensores forem montados demasiado juntos, podem interferir um
com o outro e causar detecções erráticas.
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Como discutido anteriormente, os sensores podem monitorar temperaturas. Imagine por exemplo, um
sensor monitorando a temperatura em um forno de uma padaria. O PLC pode então controlar o elemento calefator
no forno para manter a temperatura ideal.
A pressão é vital em muitos processos. Máquinas injetoras forçam o plástico aquecido em um molde sob uma
dada pressão. Os sensores podem monitorar a pressão, a qual deve ser mantida com exatidão ou as peças sairão
defeituosas. O PLC pode monitorar o sensor e controlar esta pressão.
Taxas de fluxo são importantes em processos industriais tais como a fabricação de papel. Os sensores podem
monitorar os fluxos de líquidos e de outras matérias primas. O PLC pode usar estes dados para ajustar e controlar
o fluxo do sistema. Departamentos de fornecimento de água monitoram a vazão com que a água circula para
calcular as contas de água dos consumidores.
A figura abaixo é uma ilustração de uma aplicação de temperatura e vazão. O sensor de fluxo na parte
superior à esquerda da máquina monitora o fluxo apropriado de água para refrigeração que entra no
resfriador. Um mostrador interno indica o ajuste correto para o fluxo e o status do fluxo atual. O sensor à direita da
máquina é um sensor de temperatura que pode ser ajustado para uma temperatura específica e a um alarme
(acionado segundo um ajuste pre- determinado da temperatura).
Ao escolher um sensor para uma aplicação em particular, diversas considerações importantes, como
o material do objeto a ser detectado, são cruciais. O material é plástico? É metálico? É um metal ferroso? O
objeto é transparente, ou reflexivo? É grande ou muito pequeno?
Fatores físicos específicos da aplicação também determinam o tipo do sensor a se usar. Existe uma área
grande disponível na qual pode-se montar o sensor? Contaminadores são um problema? Qual velocidade de
resposta requerida? Qual o alcance de detecção requerido? Existe ruído elétrico excessivo? Qual a precisão
requerida? Responder a estas questões auxilia no processo de escolha, que deve ser feita baseado em critérios tais
como o custo e a confiabilidade do sensor assim como o custo da falha. O custo da falha é geralmente o guia de
quando a detecção deve ser realizada. Se o custo for elevado, sensores devem ser usados para notificar o PLC dos
problemas.
A seguir você pode ver um sensor de nível. O microprocessador do sensor e uma tecla são usados para
“ensinar” o PLC a reconhecer as condições “vazio” e “cheio” do recipiente.
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Três aplicações de fibra ótica usadas para detectar objetos pequenos. Na
primeira, o sensor verifica para ver se há a presença de uma peça. A segunda
usa um dispositivo especial de fibra ótica para espalhar o feixe. A terceira
verifica o diâmetro em uma aplicação para enrrolarar fitas:
→ Um sensor indutivo que está sendo usado para verificar o uso correto de
parafusos:
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Diversas aplicações apresentam problemas especiais para o técnico ou engenheiro. Um sensor pode falhar
na detecção de uma peça ou pode apresentar falhas aleatórias. Neste caso, o uso de um tipo diferente ou um modelo
diferente de sensor pode ser necessário. Os representantes de vendas e engenheiros contratados pelos fabricantes do
sensor podem ser muito úteis em escolher um sensor para uma necessidade específica. Geralmente já viram o
problema acontever antes e sabem como resolvê-lo.
O número de tipos de sensores e a complexidade de usos aumenta diariamente. Novos sensores são
introduzidos constantemente para resolver novas necessidades e problemas industriais. O uso inovativo de
sensores pode ajudar aumentar a segurança, a confiabilidade, a produtividade e qualidade dos processos.
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9.6 - MAGNÉTICO (REED SWITCH)
Lâminas flexíveis encapsulada num invólucro de vidro, formam um dos mais versáteis dispositivos
eletrônicos com aplicações que vão desde simples interruptor até a de sensíveis sensores para as mais diversas
modalidades de acionamento. Neste capítulo veremos o princípio de funcionamento dos reed switches e
apresentaremos algumas aplicações.
Como o próprio nome sugere, o reed switch é uma chave de lâmina sendo formado por duas ou mais lâminas
de metal encapsuladas numa ampola de vidro.
Figura 9.38
Como não há possibilidade de termos um acesso direto às lâminas, para que possamos acionar o dispositivo
fazemos uso de um campo magnético externo. Este campo magnético atua sobre as lâminas que se magnetizam por
indução e com isso se flexionam para fechar o circuito encostando uma na outra ou então fazendo uma comutação
num sistemas de três lâminas.
Figura 9.39
Para que obtenhamos uma operação deste dispositivo com característica que permitam sua utilização com o
máximo de confiabilidade, todas as partes devem obedecer a certos requisitos. Partimos então das lâminas.
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9.6.1 AS LÂMINAS
Evidentemente o material com que são fabricadas as lâminas devem ter propriedades ferromagnéticas, para
que possam sofrer uma magnetização sob a ação de um campo externo. O material usado é o ferro-níquel, uma liga
de alta permeabilidade para que não haja perda do fluxo magnético. A retenção magnética deve ser o menor
possível para evitar que o magnetismo remanescente prejudique o funcionamento do dispositivo quando o campo
externo desaparece. A presença desta retenção fariam com que os contatos "grudassem" permanecendo o
dispositivo ligado mesmo depois de retirado o campo externo de acionamento.
O coeficiente de dilatação da lâminas deve ser equivalente ao do vidro do encapsulamento para evitar
problemas durante o processo de soldagem. Uma dilatação desigual com o aquecimento poderia resultar em micro-
trincas no vidro que causariam a fuga do gás interno do dispositivo que, conforme veremos é de grande importância
tanto no desempenho do dispositivo como na determinação de sua vida útil.
A superfície das lâminas deve ser totalmente limpa, isenta de gases que possam causar problemas de
funcionamento.
Finalmente, a dureza da liga de ferro-níquel deve ser rigorosamente controlada.
9.6 .2 O VIDRO
O vidro usado na construção dos reeds switches deve apresentar características especiais.
Uma delas é a alta resistividade, pois as lâminas fazem contato internamente a ampola e portanto este deve
funcionar como um perfeito isolante.
Nas ampolas que possuem sistemas reversíveis, existe uma pequena pastilha de quartzo entre as lâminas NA
e NF, para garantir a isolação neste ponto em que existe uma grande proximidade física entre eles. conforme a
figura que segue.
Figura 9.40
É obvio que, pelas mesmas razões expostas, ao falarmos das lâminas o vidro deve ter um determinado
coeficiente de dilatação. Para aumentar a capacidade de dissipação de calor do dispositivo, óxido de fero é
acrescentado ao vidro, o que lhe dá a coloração esverdeada o que caracteriza este tipo de componente.
9.6 .3 CONTATOS
Mínima resistência ôhmica, capacidade de resistir ao faiscamento, são algumas das exigências para estes
elementos dos reed switches.
Estas características são resultantes de banhos eletrolíticos rigorosamente controlados. O material mais usado
é a liga de Ródio/rutênio que tem um ponto de fusão de aproximadamente de 2000oC e apresenta uma resistência de
contato inicial que pode variar entre 50 e 200 miliohms dependendo do tipo de ampola.
As ampolas com contato NA de Ródio/rutênio, comutam, dependendo de seu tamanho potências de 10 a 15
watts.
Para comutação de potência mais elevadas, até 100 W com contatos NA, existem ampolas com contatos de
tungstênio, que tem um ponto de fusão bem mais alto, de 3.387oC, mas com resistências de contato mais elevadas,
da ordem de 5.000 oC
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9.7 INSTRUMENTOS PARA ALARME E INTERTRAVAMENTO
Figura 9.41
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9.7.2 PRESSOSTATO
Figura 9.42
Os pressostatos podem ser usados para alarmes de alta pressão, ou de baixa pressão. Para os alarmes de alta
pressão utilizamos habitualmente o contato normalmente fechado (fechado quando não há pressão) e para os de
baixa pressão utilizamos o contato normalmente aberto (aberto quando não há pressão). Esse procedimento permite
que a condição de falha (alarme) ocorra sempre quando o contato se abre. A ruptura dos condutores elétricos, por
segurança, é interpretada como falha.
Os pressostatos podem ser construídos para detectar pressão absoluta, manométrica ou diferencial. Os
pressostatos diferenciais, naturalmente possuem duas entradas de pressão, e a atuação do contato se dá em
função da diferença de pressão entre as duas entradas. O ponto de ajuste é a pressão que atua a chave. A faixa
ajustável é a faixa de pressão dentro da qual pode estar localizado o ponto de ajuste.
Na pressão ascendente o ponto de atuação de um pressostato é diferente do ponto de rearme quando a pressão
é descendente, ou seja, do ponto em que o contato retorna à condição anterior. A diferença entre o ponto de
atuação e o ponto de retorno é chamada de faixa morta, banda morta ou histerese.
A calibração ou ajuste de pressostatos se faz da mesma maneira que a dos manômetros. Em geral existem
parafusos ou porcas a serem utilizados para alterar o ponto de atuação.
Para especificar o pressostatos, de forma geral necessitamos informar ao fabricante o fluido, a pressão de
trabalho, a pressão máxima em sobrecarga, a histerese, a conexão com o processo (rosca), o contato elétrico (1 ou 2
contatos SPDT), a conexão elétrica (1/2" ou 3/4" NPT p.ex.), a capacidade do contato (tensão máxima e corrente
máxima) e o tipo de invólucro (uso geral, à prova de tempo, à prova de explosão com Classe, grupo e divisão, à
prova d'água, proteção conforme IP, etc.).
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A instalação dos pressostatos exige os mesmos cuidados dedicados aos manômetros.
Figura - 9.43
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2) Pressostato de Teste
A escolha do tipo de pressostato a ser usado - diafragma, pistão ou bourdon - deve também ser regida pela
pressão de teste a qual poderão ser submetidos (Pressão de teste é o maior impulso - pico - de pressão que pode
ocorrer em um sistema). Deve ser lembrado que, embora o manômetro registre uma pressão de operação constante,
podem haver impulsos através do sistema os quais o manômetro não possue sensibilidade para acusar. Os tipos
diafragma e bourdon são extremamente sensível e podem ser afetados por esses impulsos. Os pressostatos tipo
diafragma são disponíveis numa faixa ajustável desde vácuo até 20 Bar, com pressões de teste até 70 Bar. O tipo
bourdon pode operar até 1.240 Bar, com pressões de teste até 1.655 Bar. E os tipos pistão compreendem uma faixa
ajustável que vai até 825 Bar, com pressões de teste até 1.380 Bar.
3) Função do Pressostato
A função do pressostato é outro fator determinante na seleção. Três tipos de pressostatos, baseados em sua
função, são descritos abaixo:
Pressostato de 1 contato - atua sobre uma única variação de pressão, abrindo ou fechando
um único circuito elétrico, por meio da ação reversível do micro-interruptor.
Pressostato diferencial - atua sobre a variação entre 2 pressões numa mesma linha controladas pelo
mesmo instrumento.
Pressostato de 2 contatos - atua independentemente sobre dois limites de uma mesma fonte de
pressão, abrindo ou fechando dois circuitos elétricos independentes por meio da ação reversível de
dois interruptores.
Figura - 9.44
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6) Grau de Proteção
Especifica a proteção quanto a entrada de corpos sólidos e penetração de água nos orifícios existentes no
motor, responsáveis pela refrigeração do mesmo.
O grau de proteção segundo a ABNT é indicado pelas letras IP seguidas de dois algarismos.
a) Primeiro algarismo
0 - sem proteção;
1 - corpos sólidos com dimensões acima de 50 mm;
2 - corpos sólidos com dimensões acima de 12 mm;
3 - corpos sólidos com dimensões acima de 2,5 mm;
4 - corpos sólidos com dimensões acima de 1,0 mm;
5 - proteção contra o acúmulo de poeira;
6 - proteção contra penetração de poeira.
b) Segundo algarismo
0 - sem proteção;
1 - pingos de água na vertical;
2 - pingos de água até inclinação de 15º com a vertical;
3 - água de chuva ate a inclinação de 60º com a vertical;
4 - respingos em todas as direções;
5 - jatos de água em todas as direções;
6 - imersão temporária.
CLASSE I
Ambientes nos quais gases e vapores estão ou podem estar presentes no ar em quantidades
suficientes para produzir misturas explosivas ou passíveis de ignição.
DIVISÃO 1
a) Ambientes nos quais a concentração perigosa de gases e vapores inflamáveis existe continuamente,
intermitentemente ou periodicamente, sob condições normais de trabalho.
b) Ambientes nos quais essas concentrações podem existir frequentemente devido a reparos,
manutenção ou vazamentos.
c) Ambientes nos quais o desarranjo ou falha no funcionamento do equipamento ou processo poderá
permitir uma concentração perigosa de gases ou vapores inflamáveis, podendo, simultaneamente ocorrer uma falha
no sistema elétrico.
DIVISÃO 2
a) Ambientes nos quais líquidos voláteis, gases ou vapores são confinados em recipientes fechados ou
sistemas fechados, dos quais esses fluidos podem se libertar somente em caso de ruptura acidental ou desarranjo de
tais recipientes ou sistemas ou em casos de funcionamento anormal do equipamento.
b) Ambientes nos quais a concentração perigosa de gases e vapores é normalmente evitada através de
ventilação mecânica eficiente mas pode se tornar perigosa por falta ou mau funcionamento desse sistema.
c) Ambiente próximos aos ambientes referidos na classe I, divisão 2 e aos quais a
concentração de gases e vapores pode se estender embora esse fenômeno tenha sido evitado por uma ventilação
eficiente proveniente de uma fonte de ar puro e por medida de segurança no caso de uma falha no sistema de
ventilação.
CLASSE II
Ambientes perigosos devido a presença de poeiras combustíveis.
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DIVISÃO 1
a) Ambientes nos quais poeiras combustíveis estão ou podem estar em suspensão no ar, continuamente,
periodicamente, intermitentemente, sob condições normais de trabalho, em quantidades suficientes para produzir
misturas explosivas ou passíveis de ignição.
b) Ambientes onde a falha mecânica ou funcionamento anormal das máquinas podem causar essas
misturas e ainda proporcionar fonte de ignição através de falha simultânea do equipamento elétrico dos sistemas de
proteção ou outras causas.
c) Ambientes nos quais podem estar presentes de qualquer tipo de condutibilidade elétrica.
DIVISÃO 2
a) Ambientes nos quais poeira combustíveis não estão normalmente suspensas no ar, ou não serão lançadas
em suspensão pelo funcionamento normal do equipamento em quantidade suficientes para produzir misturas
explosivas passíveis de ignição.
b) Ambientes onde os depósitos ou acúmulo dessas poeiras podem ser suficientes para interferir na
dissipação segura do calor proveniente do equipamento elétrico ou de aparelho.
c) Quando esses depósitos ou acúmulos de poeira na proximidade do equipamento elétrico pode provocar a
ignição através de arcos, centelhas ou partículas incandescentes do referido equipamento.
GRUPOS DA CLASSE I
GRUPO A - Atmosfera contendo acetileno
GRUPO B - Atmosfera contendo hidrogênio, butadieno, óxido etileno, óxido propileno GRUPO C -
Atmosfera contendo vapor de eter etílico, etileno ou ciclopropano, acetaldeido e monóxido de carbono.
GRUPO D - Atmosfera contendo gasolina, álcool, acetona, hexano, nafta, benzina, propano, benzol, vapor de
solvente ou laca, gás natural, ácido acético, acrilonitrila, amônia, butano.
CLASSE II
GRUPO E - Atmosfera contendo poeira metálica, incluindo magnésio, alumínio e outros metais.
9.8 - TERMOSTATO
Termostatos bimetálicos: Para haver corrente elétrica na resistência d aquecimento a chapa bimetálica deve
estar reta com o contato fechado.A temperatura começa a se elevar e a chapa bimetálica encurva-se até abrir o
contato desligando a corrente de aquecimento .A temperatura começa a cair e a chapa volta a posição normal
ligando novamente a resistência.Coloca-se uma mola para acionar mais rapidamente o contato e evitar o
centelhamento.Outro tipo é o cartucho,que é feito de um material cujo coeficiente de dilatação térmica seja bastante
grande,o latão.Aumentando a temperatura o cartucho dilata-se axialmente.O comprimento da haste não muda e
força os contatos no sentido de abrir. São muito utilizados para a segurança contra o super aquecimento de motores
elétricos ou de aquecedores.
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Termostato com Bulbo: Funciona pelo mesmo princípio de termômetro a pressão ou volume.O bulbo pode
ser colocado distância, mas o capilar é sujeito a dano,inutilizando o sistema.Outro modo é usar um tubo de mercúrio
que com o aumento da temperatura se dilata até estabelecer o contato entre dois fios.Não pode ligar diretamente
esse dispositivo à resistência de aquecimento,por isso usa-se um dispositivo chamado relé eletromagnético que
inverte a ação do regulador. Assim a tomada é o tubo de mercúrio, o parafuso do tubo é o set point e o regulador é o
relé.Esse sistema vem sendo utilizado há muito tempo na regulação de temperatura do banho termostático nos
laboratórios.As desvantagens são a oxidação do mercúrio e mau contato por causa do centelhamento entre os
elétrons de platina e mercúrio,que resolve-se colocando um circuito eletrônico no lugar do relé,diminuindo a
corrente no contato.
Figura – 9.46
9.9 FLUXOSTATO
Exemplo de aplicação:
Vazão para ligar: 1,6 l/min.
Vazão para desligar 1,4 l/min.
Entrada d’água união fêmea com rosca 1 ¼ BSP.
Saída d’água rosca fêmea 1 ¼ BSP.
Comanda diretamente o acionamento de motobombas monofásicas com potências até 1 ½ HP em
220V ou até ¾ HP em 110V ou 127V.
Motobombas de maior potência ou motobombas trifásicas podem ser acionados utilizando o fluxostato para
acionar as bobinas de contactores adequados às motobombas.
Figura – 9.47
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Lista de exercícios Nº. 9 – Sensores de presença
4- Dê um exemplo de aplicação para cada um dos sensores vistos anteriormente. Faça um croqui
de cada sistema proposto.
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10) ELEMENTOS FINAIS DE CONTROLE
Definição: Dispositivo que recebe o sinal do controlador, este é capaz de manipular uma variável através de
uma conversão de energia fornecida por uma fonte independente. A variável em questão pode ser uma rotação,
posição, vazão, temperatura, etc.
VÁLVULAS DE CONTROLE
Definições: São Dispositivo capaz de regular a vazão de um fluído (líquido, gás ou vapor) que escoa através
de um conduto fechado, por meio do posicionamento relativo de uma peça móvel que obtura a área livre de
passagem do fluído, o deslocamento da peça móvel é promovido por um atuador motorizado, em resposta a um
sinal externo de comando, permitindo abrir ou fechar totalmente a válvula ou mantê-la em qualquer posição de seu
curso, proporcionalmente ao sinal de comando, a energia de atuação é fornecida por uma fonte independente.
Figura 10.1
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10.1 CLASSIFICAÇÃO DAS VÁLVULAS DE CONTROLE.
Classificam-se em duas categorias básicas, conforme o tipo de deslocamento da peça móvel: válvulas de
deslocamento linear e válvulas de deslocamento rotativo.
Figura 10.2
Corpo de sede dupla: Construção em que o corpo é dotado de dois orifícios de passagem e um
elemento vedante duplo.
Corpo de duas vias: Construção em que o corpo é dotado de duas conexões de fluxo, uma
entrada e uma saída; as conexões podem estar em planos paralelos, fornecendo fluxo de passagem
reta, ou em planos ortogonais, fornecendo fluxo de passagem angular.
Corpo de três vias: Construção em que o corpo é dotado de três conexões de fluxo, sendo duas
em plano paralelo e a terceira em plano ortogonal, podendo se duas conexões de entrada e uma de
saída (fluxos convergente: válvula misturadora), ou uma conexão de entrada e duas de saída (fluxos
divergentes: válvula distribuidora).
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Figura 10.3
Atuador pneumático: Atuador acionado pela pressão de ar ou outro fluído gasoso aplicado
sobre um diafragma flexível ou rolante, ou sobre um sistema de cilindro e pistão, podendo ou não
ser dotado de mola, conforme a construção particular.
Atuador eletro-hidráulico: Atuador acionado por motor elétrico que comanda o sistema de
pressão hidráulica.
Figura 10.4
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10.3 TIPOS DE VÁLVULAS DE CONTROLE.
Conforme arranjo construtivo, diversos tipos de válvulas de controle são utilizados, cada qual dotado de
características operacionais específicas.
Válvula de três vias: Caso particular de válvula globo, de sede dupla, corpo de três
vias, com fluxos convergentes (válvulas misturadora) ou divergentes (válvula
separadora).
Válvula de gaiola: Caso particular de válvula globo, com internos tipo gaiola de
sede simples (corpo de duas vias)ou de sede dupla (corpo de três vias).
10.3.3 VÁLVULA DE DIAFRAGMA.
Válvula de deslocamento linear, corpo de duas vias, de passagem reta, com o elemento vedante constituído
por um diafragma flexível que promove a restrição variável à passagem do fluxo(patente Saunders).
Figura 10.5
Figura 10.6
314
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10.3.4 VÁLVULA ESFERA.
Válvula de descolamento rotativo, corpo de duas vias, de passagem reta, com internos de sede simples e
elemento vedante constituído por uma calota ou segmento esférico acionado por eixo de rotação axial.
Figura 10.7
POSICIONADOR PNEUMÁTICO
Define-se como posicionador a um dispositivo que transmite a pressão de carga ao atuador, permitindo
posicionar a haste de válvula no valor exato determinado pelo sinal de controle.
Figura 10.8
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Figura 10.8 - Posicionador pneumático montado numa válvula de controle tipo globo.
Um dos maiores enganos é o de julgar, precipitadamente que uma válvula de controle com posicionador
venha a desempenhar a sua função de melhor forma. Isto pode, talvez acontecer porém a afirmação é duvidosa. A
sua utilização nas válvulas, que não precisam obrigatóriamente de seu uso, deve ser criteriosa, pois às vezes o
controle torna-se mais estável e com melhor desempenho sem a utilização do posicionador na válvula. Isto se deve
ao fato de que, sendo o posicionado um elemento que contribui com uma constante de tempo adicional à malha de
controle, torna-se um pouco mais difícil o ajuste global para um desempenho dinamicamente estável. Um
posicionador opera adequadamente quando o seu tempo de resposta junto com a válvula é muito mais rápido que o
do processo. Em outras palavras, a freqüência oscilatória do circuito de controle, respondendo a um distúrbio no
processo, deve ser no mínimo 5 a 10 vezes menor que a largura da banda do controlador.
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Figura 10.10 – Circuito eletromecânico do Posicionador pneumático montado numa válvula borboleta e globo.
Certos sistemas lentos necessitam do uso de posicionadores nas válvulas. Tais sistemas seriam o controle da
temperatura, controle de nível líquido, controle de vazão de gás e mistura. Em outros sistemas mais rápidos, tais
como o controle de pressão de um líquido ou de vazão de líquido, um "booster" amplificador é normalmente
utilizado com sensíveis vantagens.
Figura 10.11 – Esquema de uma válvula operando: (a) sem posionador e (b) com posicionador.
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10.3.7 APLICAÇÕES RECOMENDADAS DA UTILIZAÇÃO DO POSICIONADOR.
São, basicamente os seguinte motivos da necessidade da utilização de um posicionador numa válvula de
controle.
Para compensar a força gerada pelo atrito: Nas aplicações em processos de alta pressão
ou aplicações outras onde a gaxeta seja bastante apertada para evitar vazamentos, há o surgimento de um
atrito considerável contra a haste, produzindo-se um histerese e tempo morto maior que o limite
normalmente aceito. Nesses casos, aconselha-se a utilização de um posicionador para enviar maior volume
de ar, compensado de atraso na resposta da válvula devido às excessivas forças de atrito nas gaxetas.
Podemos concluir, do acima exposto que, basicamente, a utilização de um posicionador acoplado à válvula
de controle nos assegura que, a posição do obturador de válvula seja sempre proporcional ao valor e pressão de
saída do controlador, independente das forças de atrito na gaxeta,, histerese do atuador a diafragma ou forças de
desequilíbrio do fluído sobre o obturador da válvula.
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10.4.1 - FUNCIONAMENTO:
A válvula é aberta ou fechada pelo movimento do núcleo, que trabalha em oposição a uma mola, atraído
pela bobina quando a mesma é energizada. A válvula solenóide é um dispositivo operado eletricamente utilizado
para controlar o fluxo de gases e líquidos em posição totalmente aberta e totalmente fechada. Esta é a principal
diferença entre estasválvulas entre as motorizadas. Este tipo de válvula pode controlar vários tipos de fluidos com
viscosidades adversas sendo importante observar as variações de pressão e temperatura.
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10.4.2 – TIPOS DE VÁLVULAS SOLENÓIDES
Existe uma ampla variedade de tipos de válvulas solenoide, nos quais podem se dividir de acordo com sua
aplicação ,construção e forma. Entre os fabricantes de válvulas não existe uma concenso para diferenciar os tipos.
Por isto em nosso estudo iremos considerar as seguintes condições:
tipos:
De ação direta,
Operadas por piloto.
Construção:
Normalmente fechadas,
Normalmente abertas,
De ação múltipla.
Tem uma conexão de entrada e uma de saída. Proporcionam vedação total, abrem e fecham um orifício em
função do comando elétrico.
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Têm três conexões e dois orifícios, um estará sempre fechado enquanto o outro estiver aberto e vice-
versa.Estas válvulas podem ser usadas para aplicar ou exaurir pressão de uma válvula operada por motor a
diafrágma ou operada por cilindros de simples efeito, com retorno à mola.Têm aplicações para selecionar ou dirigir
fluxos através de suas conexões.
São geralmente utilizadas para comando de cilindros de duplo efeito. Estas válvulas têm quatro conexões:
uma de pressão, duas para cilindro e uma de exaustão.
Em uma posição da válvula, sempre em função do comando elétrico, a pressão é aplicada a um lado do
cilindro e do outro lado é conectado a exaustão.
Na outra posição da válvula a pressão e exaustão, se invertem. As válvulas-solenóides de quatro vias são
construídas com bobina única ou dupla, para atender a diferentes requisitos de comando e segurança..
A válvula de rearme deve ser operada manualmente.Ela retornará à posição original quando o solenóide for
energizado ou desenergizado, dependendo da construção da válvula.
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10.5 - SERVOMECANISMO.
SERVOMOTOR.
Os servoacionamentos são utilizados nas mais diversas aplicações industriais nas quais elevada dinâmica,
controle de torque, precisão de velocidade e posicionamento são fatores decisivos para o aumento da qualidade e
produtividade.
Principais Aplicações:
Dosadoras;
Bobinadeiras;
Retrofittig;
Máquinas-ferramenta;
Máquinas de corte e solda e
Sistemas de posicionamento.
O posicionador linear é utilizado nas mais diversas aplicações industriais, onde movimentação linear com
elevada dinâmica e precisão são exigidas.
Principais Aplicações.
Reciprocador para pintura;
Alimentação de máquinas;
Movimentação de cargas;
Corte de chapas;
Corte de vidros;
Paletização e
Deposição de adesivos.
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Lista de exercícios Nº. 10 – Válvulas
6- Quais as exigências mínimas que um atuador deve ter para sua operação.
8- O que é um posicionador.
12- Faça um esboço de uma válvula com um plug e com dois plugs.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS
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N.J.: Prentíce-Hail, mc., 1984.
ITT Staff, Reference Data for Radio Engineers, 7th ed., chap. 3. Indianapolis, Ind.:
Howard W. Sams & Company, mc., 1985,
Control System Documentation – Applying Symbols and Identification, Raymond Mulley, ISA,
1993.
Maloney, Timothy J., Electric Circuits: Principles and Applications. chap. 1. Englewood Cliffs,
N.J.: Prentice-HalI, Inc., 1984.
Young, Hugh D., Statistical Treatment of Experimental Data. New York: McGraw Hili Book
Company, 1962.
Sites da Internet:
http://www.pneumatica.be/pneumatics/index.htm
www.secil.pt/default.asp?pag=proc_fabrico
www.csn.com.br
http://www.abcp.org.br/basico_sobre_cimento/flashs/fabricacao/flash_fabri
cacao.swf
http://www.antac.org.br/ambienteconstruido/pdf/revista/artigos/Doc126169
.pdf
http://www.bernauer.com.br/ApplicationFields.aspx?id=6
http://www.joinville.udesc.br/portal/departamentos/dec/labmcc/materiais/ensaios_tecnol
ogicos_cimento_portland.pdf
NORMAS: