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Preparação P1_ Primeira aula_ Resumo:

Aspectos gerais da área de Instrumentação


Termologia: Os instrumentos de controle empregados na indústria de processos (química, siderúrgica, papel etc.)
têm sua própria terminologia. Os termos utilizados definem as características próprias de medida e controle dos
diversos instrumentos: indicadores, registradores, controladores, transmissores e válvulas de controle. A
terminologia empregada é unificada entre os fabricantes, os usuários e os organismos que intervêm direta ou
indiretamente no campo da instrumentação industrial.
Faixa de medida (range). Conjunto de valores da variável medida que estão compreendidos dentro do limite
superior e inferior da capacidade de medida ou de transmissão do instrumento. Expressa-se determinando os
valores extremos. Exemplo: 100 a 500 m3 ; 0 a 20 psi
Alcance (span). É a diferença algébrica entre o valor superior e o inferior da faixa de medida do instrumento.
Exemplo: Em um instrumento com range de 100 a 500 m3 , seu span é de 400 m3 .
Erro: É a diferença entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento em relação ao valor real da variável medida.
Se tivermos o processo em regime permanente, chamaremos de erro estático, que poderá ser positivo ou negativo,
dependendo da indicação do instrumento, o qual poderá estar indicando a mais ou menos. Quando tivermos a
variável alterando seu valor ao longo do tempo, teremos um atraso na transferência de energia do meio para o
medidor. O valor medido estará geralmente atrasado em relação ao valor real da variável. Esta diferença entre o
valor real e o valor medido é chamada de erro dinâmico.
Exatidão. Podemos definir como a aptidão de um instrumento de medição para dar respostas próximas a um valor
verdadeiro. A exatidão pode ser descrita de três maneiras:
• Percentual do Fundo de Escala (% do FE)
• Percentual do Span (% do span)
• Percentual do Valor Lido (% do VL
Rangeabilidade (largura de faixa). É a relação entre o valor máximo e o valor mínimo, lidos com a mesma exatidão
na escala de um instrumento. Exemplo: Para um sensor de vazão cuja escala é 0 a 300 gpm (galões por minuto),
com exatidão de 1% do span e rangeabilidade 10:1, a exatidão será respeitada entre 30 e 300 gpm.
Zona morta. É a máxima variação que a variável pode ter sem que provoque alteração na indicação ou sinal de
saída de um instrumento. Exemplo: Um instrumento com range de 0 a 200 ºC e uma zona morta de: 0,1% = 0,1 x
(200/100) = ± 0,2 ºC.
Sensibilidade. É a mínima variação que a variável pode ter, provocando alteração na indicação ou sinal de saída
de um instrumento. Exemplo. Um instrumento com range de 0 a 500ºC e com uma sensibilidade de 0,05% terá
valor de: 0,05% = (500/100) = ± 0,25 ºC.
Histeresse. É o erro máximo apresentado por um instrumento para um mesmo valor em qualquer ponto da faixa de
trabalho, quando a variável percorre toda a escala nos sentidos ascendente e descendente. Expressa-se em
porcentagem do span do instrumento. Deve-se destacar que a expressão zona morta está incluída na histerese.
Exemplo: Num instrumento com range de – 50 ºC a 100 ºC, sendo sua histerese de ± 0,3%, o erro será 0,3% de
150 ºC = ±0,45 ºC.
Repetibilidade. É a máxima diferença entre diversas medidas de um mesmo valor da variável, adotando sempre o
mesmo sentido de variação. Expressa-se em percentagem do span do instrumento. O termo repetibilidade não
inclui a histerese.
Tipos de instrumentos
Indicador: Instrumento que dispõe de um ponteiro e de uma escala graduada na qual podemos ler o valor da
variável. Existem também indicadores digitais que mostram a variável em forma numérica com dígitos ou barras
gráficas.
Registrador: Instrumento que registra a variável através de um traço contínuo, ou pontos em um gráfico, curvas
em um monitor digital, etc.
Transmissor. Instrumento que determina o valor de uma variável no processo através de um elemento primário,
tendo o mesmo sinal de saída (pneumático ou eletrônico) e cujo valor varia apenas em função da variável do
processo
Transdutor. Instrumento que recebe informações na forma de uma ou mais quantidades físicas, modifica, caso
necessário, estas informações e fornece um sinal de saída resultante. Dependendo da aplicação, o transdutor pode
ser um elemento primário, um transmissor ou outro dispositivo. O conversor é um tipo de transdutor que trabalha
apenas com sinais de entrada e saída padronizados
Controlador. Instrumento que compara a variável controlada com um valor desejado e fornece um sinal de saída a
fim de manter a variável controlada em um valor específico ou entre valores determinados. A variável pode ser
medida diretamente pelo controlador ou indiretamente através do sinal de um transmissor ou transdutor.
Elemento final de controle. Modifica diretamente o valor da variável manipulada de uma malha de controle. Além
dessas denominações, os instrumentos podem ser classificados em instrumentos de painel, campo, à prova de
explosão, poeira, líquido etc. Combinações dessas classificações são efetuadas formando instrumentos de acordo
com as necessidades.
Aspectos gerais da área de Instrumentação
Dinâmica: comportamento de um processo que é dependente do tempo (transiente). O comportamento de um
processo dinâmico sem controle é chamado de resposta em malha aberta (open loop). O comportamento de um
processo dinâmico com controle é chamado de resposta em malha fechada (closed loop).
Variável controlada: qualquer variável que se deseja controlar e/ou manter dentro de determinada faixa (range),
ou ainda que se deseje manter aproximadamente constante ou seguindo alguma trajetória no tempo. Exemplo:
vazão, concentração, pH, temperatura, pressão, nível.
Variável manipulada: qualquer variável cuja alteração modifica o valor da variável controlada. É a partir de
mudanças na variável manipulada que leva-se a variável controlada ao valor desejado. Exemplo: vazões de fluido
frio ou quente.
Variável não-controlada. Obviamente, é qualquer variável que está fora da ação de controle.
Distúrbios na carga. Perturbações que ocorrem nas variáveis e que são impossíveis de prever. Exemplo:
variações de temperatura de uma corrente de fluido devido à temperatura ambiente, alterações na umidade do ar,
variação brusca de pH devido a contaminações, etc.

Transmissores: Os transmissores são instrumentos que medem uma variável do processo e a transmitem, à
distância, a um instrumento receptor, indicador, registrador, controlador ou a uma combinação destes. Existem
vários tipos de sinais de transmissão: pneumáticos, elétricos, hidráulicos e eletrônicos.
Transmissão pneumática: Em geral, os transmissores pneumáticos geram um sinal pneumático variável, linear,
de 3 a 15 psi (libra-força por polegada ao quadrado) para uma faixa de medidas de 0 a 100% da variável. Esta faixa
de transmissão foi adotada pela SAMA (Scientific Apparatur Makers Association), Associação de Fabricantes de
Instrumentos, e pela maioria dos fabricantes de transmissores e controladores dos Estados Unidos. Podemos,
entretanto, encontrar transmissores com outras faixas de sinais de transmissão. Por exemplo: de 20 a 100 kPa.
Nos países que utilizam o sistema métrico decimal, adotam-se as faixas de 0,2 a 1 kgf/cm2 que equivalem,
aproximadamente, de 3 a 15 psi. O alcance do sinal no sistema métrico é cerca de 5% menor que o sinal de 3 a 15
psi. Este é um dos motivos pelos quais devemos calibrar os instrumentos de uma malha (transmissor, controlador,
elemento final de controle etc.), sempre utilizando uma mesma norma.
Transmissão eletrônica:

Os transmissores eletrônicos geram vários tipos de sinais em painéis, sendo os mais utilizados: 4 a 20 m

Parte II
Termometria: Termo mais abrangente incluiria tanto a pirometria como a criometria, que seriam casos particulares
de Medição.
Criometria: Medição de baixas temperaturas, ou seja, aquelas próximas ao zero absoluto de temperatura.
Pirometria: Medição de elevadas temperaturas, na faixa onde os efeitos de radiação térmica passam a se
manifestar.
Medição de Temperatura por dilatação/expansão
Termômetro à dilatação de líquido: Os termômetros à dilatação de líquidos baseiam-se na lei de expansão
volumétrica de um líquido com a temperatura dentro de um recipiente fechado. Os tipos podem ser de vidro
transparente ou de recipiente metálico. Classificam-se como:
Termômetros à dilatação de líquido em recipiente de vidro.

É constituído de um reservatório, cujo tamanho depende da sensibilidade desejada, soldada a um tubo capilar de seção mais uniform

O reservatório e parte do capilar são preenchidos por um líquido. Na parte superior do capilar existe um alargamento que protege o

A medição de temperatura se faz pela leitura da escala no ponto em que se tem o topo da coluna líquida. Os líquidos mais usados sã

No termômetro de mercúrio, pode-se elevar o limite máximo até 550ºC, injetando-se gás inerte sob pressão, para
evitar a vaporização do mercúrio. Por ser frágil, é impossível registrar sua indicação ou transmiti-la à distância. O
uso deste termômetro é mais comum em laboratórios ou em indústrias, com a utilização de uma proteção metálica.
Termômetros à dilatação de líquido em recipiente metálico.

Neste termômetro, o líquido preenche todo o recipiente e, sob o efeito de um aum

Bulbo

Suas dimensões variam de acordo com o tipo de líquido e principalmente com a


Capilar

Suas dimensões são variáveis, devendo o diâmetro interno ser o menor possível,

Elemento de medição

O elemento usado é o tubo de Bourdon. Normalmente são aplicados nas indústria


Recomenda-se não dobrar o capilar com curvatura acentuada para que não se formem restrições que prejudicariam o movimento do
Termômetros à pressão de gás

Fisicamente idêntico ao termômetro de dilatação de líquido, consta de um bulbo, elemento de medição e capilar de ligação entre est

O volume do conjunto é constante e preenchido com um gás à alta pressão. Com a variação da temperatura, o gás varia sua pressão
Observa-se que as variações de pressão são linearmente dependentes da temperatura, sendo o volume constante.
Bourdon: tubo metálico de seção reta elíptica que possui movimento em sua extremidade livre se a pressão no seu
interior variar.
Capilar: ligação entre o bourdon e o bulbo. ▪ Bulbo: elemento sensor localizado no local em que se deseja medir a
temperatura.

Termômetros com enchimento de líquido: baseiam-se na expansão de um líquido com o aumento da


temperatura. Líquidos utilizados: xileno, tolueno, éter etílico, etc.
Termômetros à dilatação de sólidos
(termômetros bimetálicos)

Baseiam-se no fenômeno da dilatação linear dos metais com a

O termômetro bimetálico consiste em duas lâminas de metais

O termômetro mais usado é o de lâmina helicoidal, que consi

A faixa de trabalho dos termômetros bimetálicos vai aproximadamente de -50 oC a 800 oC, sendo sua escala bastante linear. Possu

Termômetros de resistência
São aqueles baseados em alguma dependência da resistência elétrica com a temperatura:
Termistores:
São termômetros de resistência feitos com metais semicondutores. Nestes metais a resistência diminui com a
temperatura. São feitos de óxidos de cobalto, manganês e níquel.

Sua variação de resistência com a temperatura é exponencial e não-linear. São mais

Seu coeficiente de temperatura é aproximadamente dez vezes o valor do coeficiente

Termômetros de resistência: Fatores que influenciam na escolha do


material que constituem os termômetros de resistência elétrica (baseados
em ponte de Wheatstone):
grande variação da resistência elétrica por grau de temperatura;
estabilidade: o material deve possuir características elétricas estáveis por um longo período de tempo exposto a qualquer temperatu

capacidade de obtenção do metal puro: quanto mais puro, maior a probabilidade de ser linear a curva temperatura versus resistência
ductilidade: para poder ser reduzido a fios de pequeno diâmetro enrolados.
materiais mais utilizados: platina, níquel e cobre.
Faixa de aplicação: -250 a 850 ºC (platina) e 60 a 150 ºC (níquel)
Instrumentos de radiação e ópticos
Radiação é a emissão de ondas eletromagnéticas da superfície de um corpo que não esteja a zero kelvin (zero
absoluto).
Dois princípios importantes de radiação são: 1. a radiação emitida por um corpo é proporcional à quarta
potência de sua temperatura absoluta; 2. a energia emitida por unidade de área e por unidade de tempo, chamada
intensidade de radiação, é uma medida da radiação total. Contudo, a energia emitida encontra-se distribuída por
uma faixa de valores de comprimento de onda. Para dada temperatura, essa distribuição é única, no caso de
radiadores ideais (corpo negro). Foi observando tal distribuição que o físico alemão Max Karl Ernst Ludwig Planck
(1858–1947) desenvolveu os fundamentos da teoria de mecânica quântica. Dentre suas contribuições está a
proposição de uma equação que descreve a intensidade de radiação em função do comprimento de onda e da
temperatura
Detectores de radiação
O princípio de medição dos detectores de radiação consiste em focalizar a radiação emitida por um corpo (cuja
temperatura se deseja medir) sobre um “detector”. Esse detector é construído para ter características de um corpo
negro, ou seja, deve absorver, idealmente, toda a radiação incidente.

Sua temperatura aumentará em função da radiação recebida, que é emitida pelo corpo cuja temperatura se deseja estimar, e será ind

Há detectores de radiação cujo princípio de medição se baseia em outro fenômeno: o aparecimento de uma corrente elétrica resultan

Tais dispositivos, conhecidos como detectores de fótons, têm sensibilidade que depende do comprimento de onda da radiação. Uma

Esquema de um detector de radiação.


A medida é a temperatura T do corpo. Sua radiação, que depende de T, é focalizada sobre um detector por meio de
lentes e espelhos. O detector pode ser composto por um termopar, uma termopilha ou um termistor.
Pirômetros
A maioria dos métodos de medição de temperatura requerem que o termômetro tenha contato físico com o corpo
cuja temperatura se deseja medir. Isto faz com que o sensor alcance a mesma temperatura do corpo, de forma que
deve suportar esta temperatura. Isto é um problema em elevadas temperaturas, pois o material do termômetro pode
fundir.

Os pirômetros de radiação possuem seu funcionamento ligado às radiações emitidas pelo corpo aquecido sem entrar em contato com

No espectro da radiação eletromagnética, comprimentos de onda entre 0,01 e 100 microns pertencem à radiação térmica. A energia
Medição de Temperatura com termopar
Um termopar consiste em dois condutores metálicos, de natureza distinta, na forma de metais puros ou de ligas
homogêneas.

Os fios são soldados em um extremo, ao qual se dá o nome de junta quente ou junta de medição. A outra extremidade dos fios é lev

O ponto onde os fios que formam o termopar se conectam ao instrumento de medição é chamado de junta fria ou de referência.

O aquecimento da junção de dois metais gera o aparecimento de uma FEM. Este princípio, conhecido por efeito Seebeck, propiciou

Efeitos termoelétricos Efeito termoelétrico de Seebeck

O fenômeno da termoeletricidade foi descoberto em 1821 por T. J. Seebeck, quando ele notou que em um circuito fechado, formad

Denomina-se a junta de medição de Tm, e a outra, junta de referência de Tr . A existência de uma FEM (Força Eletromotriz) térmic

O efeito Seebeck se produz pelo fato de os elétrons livres de um metal diferirem de um condutor para outro, dependendo da temper
Efeito termoelétrico de Peltier

Em 1834, Peltier descobriu que, dado um par termoelétrico com ambas as junções à mesma temperatura, se, mediante uma bateria e

O coeficiente de Peltier depende da temperatura e dos metais que formam uma junção, sendo independente da temperatura da outra

Leis termoelétricas
Lei do circuito homogêneo

A FEM termal, desenvolvida em um circuito termoelétrico de dois metais diferentes, com suas junções às temperaturas T1 e T2 , é

Um exemplo de aplicação prática desta lei é que podemos ter uma grande variação de temperatura em um ponto qualquer, ao longo

Lei dos metais intermediários

A soma algébrica das FEM termais em um circuito composto de um número qualquer de metais diferentes é zero, se todo o circuito

Deduz-se daí que num circuito termoelétrico, composto de dois metais diferentes, a FEM produzida não será alterada ao inserirmos
Temperaturas intermediárias

A FEM produzida em um circuito termoelétrico de dois metais homogêneos e diferentes entre si, com as suas junções às temperatu

Correlação da FEM em função da temperatura


Visto que a FEM gerada em um termopar depende da composição química dos condutores e da diferença de
temperatura entre as juntas, isto é, a cada grau de variação de temperatura podemos observar uma variação da
FEM gerada pelo termopar, podemos, portanto, construir um gráfico, de correlação entre a temperatura e a FEM.
Por uma questão prática, padronizou-se o levantamento destas curvas com a junta de referência à temperatura de
0ºC.
Tipos e características dos termopares

Existem várias combinações de dois metais condutores operando como termopares. As combinações de fios devem possuir uma rel

Foram desenvolvidas diversas combinações de pares de ligas metálicas, desde os mais corriqueiros, de uso industrial, até os mais so
Termopares básicos

São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente baixo e sua aplicação admite
Termopares nobres

São aqueles cujos pares são constituídos de platina. Embora possuam custo elevado e exijam instrumentos receptores de alta sensib
Correção da junta de referência

Os gráficos existentes da FEM gerada em função da temperatura para os termopares têm fixado a junta de referência a 0°C (ponto

Os instrumentos utilizados para medição de temperatura com termopares costumam fazer a correção da junta de referência automat

Vantagens e desvantagens dessa medição


Vantagens:
Possui maior precisão dentro da faixa de utilização do que outros tipos de sensores.
Com ligação adequada, não existe limitação para distância de operação.
Dispensa utilização de fiação especial para ligação.
Se adequadamente protegido, permite utilização em qualquer ambiente.
Tem boas características de reprodutibilidade.
Em alguns casos, substitui o termopar com grande vantagem.
Desvantagens
É mais caro do que os sensores utilizados nessa mesma faixa.
Deteriora-se com mais facilidade, caso haja excesso na sua temperatura máxima de utilização.
Temperatura máxima de utilização de 630°C.
É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura equilibrada para fazer a indicação corretamente.

Segunda aula:
Parte III:
Medição de Pressão

Manômetro de Bourdon para pressões relativas negativas (vácuo ou abaixo da referência). Manômetro de
Bourdon para pressões relativas positivas (acima da referência).
Dispositivos para medição de pressão O instrumento mais simples para se medir pressão é o manômetro,
que pode ter vários elementos sensíveis, utilizados também por transmissores e controladores.
Tubo de Bourdon Consiste geralmente em um tubo com seção oval, disposto na forma de arco de
circunferência, tendo uma extremidade fechada e a outra aberta à pressão a ser medida. Com a pressão
agindo em seu interior, o tubo tende a tomar uma seção circular, resultando num movimento em sua
extremidade fechada. Esse movimento através da engrenagem é transmitido a um ponteiro que vai indicar
uma medida de pressão. Quanto ao formato, o tubo de Bourdon pode se apresentar nas seguintes formas:
tipo C, espiral e helicoidal.

Com o avanço da tecnologia, os manômetros de Bourdon helicoidal e espiral caíram em desuso. Devido ao baixo custo e à bo
Manômetro de Bourdon com glicerina: estabiliza o ponteiro na presença de trepidações.
Manômetro de Bourdon com dois ponteiros: • Monitoramento das pressões de alta e de baixa
individualmente. • Os ponteiros mostram a diferença entre as pressões. • Úteis em processos nos quais o
operador pode visualizar a relação entre as pressões. Se em uma das tomadas de pressão houver algum
problema, o operador identifica facilmente e consegue corrigir de forma mais rápida.
Manômetro de coluna de líquido Consiste, basicamente, num tubo de vidro contendo certa quantidade de
líquido, fixado a uma base com uma escala graduada. As colunas podem ser de três tipos: coluna reta
vertical, reta inclinada e em forma de U. Os líquidos mais utilizados nas colunas são: água (normalmente
com um corante) e mercúrio. Quando se aplica uma pressão na coluna, o líquido é deslocado sendo este
deslocamento proporcional à pressão aplicada.

Barômetro de cuba É utilizado para medir pressão atmosférica. Constitui-se de um tubo de vidro com aproximadamente 90
Manômetro Tipo capacitivo A principal característica dos sensores capacitivos é a completa eliminação dos sistemas de alav

O sensor é formado pelos seguintes componentes: Armaduras fixas metalizadas sobre um isolante de vidro fundido. Dielétr
Capacitância é uma propriedade elétrica que descreve a habilidade de um sistema condutor de armazenar
carga elétrica quando uma diferença de potencial (tensão) é aplicada a ele. Em outras palavras, é a medida
da quantidade de carga elétrica que pode ser armazenada em um sistema dado uma determinada diferença
de potencial. A capacitância é uma propriedade importante em circuitos elétricos, especialmente em
capacitores, que são dispositivos projetados especificamente para armazenar energia elétrica na forma de
carga. A unidade de medida da capacitância é o farad (F), nomeado em homenagem ao físico Michael
Faraday. A capacitância de um capacitor é determinada pela área de suas placas condutoras, pela distância
entre as placas e pelas propriedades do meio dielétrico entre elas. Quando uma tensão é aplicada a um
capacitor, ele acumula cargas opostas em suas placas, separadas pelo dielétrico. Quanto maior a
capacitância do capacitor, mais carga ele pode armazenar para uma determinada tensão aplicada.

Manômetro tipo Strain Gauge. Baseia-se no princípio de variação da resistência de um fio ( 𝑅 = 𝜌𝐿/ 𝐴),
mudandose as suas dimensões. O sensor consiste em um fio firmemente colado sobre uma lâmina de base,
dobrando-se tão compacto quanto possível. Esta montagem denomina-se tira extensiométrica.
Uma das extremidades da lâmina é fixada em um ponto de apoio rígido, enquanto a outra extremidade será o ponto de aplic

Manômetro tipo piezoelétrico Os elementos piezoelétricos são cristais, como o quartzo, a turmalina e o titanato, que acumul
Mais aplicações do efeito piezoelétrico: Limpeza de componentes por vibração mecânica (limpeza por ultrassom). Transdu

Parte IV
Medição de Nível Os três tipos básicos de medição de nível são o direto, o indireto e o descontínuo.
Medição de nível direta É a medição para a qual tomamos como referência a posição do plano superior da
substância medida. Neste tipo de medição podemos utilizar réguas ou gabaritos, visores de nível, boia ou
flutuador.
Régua ou gabarito Consiste em uma régua graduada que tem um comprimento conveniente para ser
introduzida no reservatório a ser medido. A determinação do nível se efetuará através da leitura direta do
comprimento molhado na régua pelo líquido.

Visores de nível Este medidor usa o princípio dos vasos comunicantes. O nível é observado por um visor
de vidro especial, podendo haver uma escala graduada acompanhando o visor. São simples, baratos,
precisos e de indicação direta. Esta medição é feita em tanques abertos e tanques fechados. Nessa
medição pode-se usar vidro reflex para produtos escuros sem interfaces, ou vidro transparente, para
produtos claros e sua interface.
Boia ou flutuador Consiste numa boia presa a um cabo que tem sua extremidade ligada a um contrapeso.
No contrapeso está fixo um ponteiro que indicará diretamente o nível em uma escala. Esta medição é
normalmente encontrada em tanques abertos.

Flutuador tipo fita São indicadores de nível com flutuadores parcialmente submersos no líquido e cuja
submergência é mantida constante por contrapesos ou molas. Assim, o flutuador acompanha a variação da
superfície do líquido subindo e descendo com ela.

Flutuador com transmissão por cabo É um tipo de instrumento utilizado para tanques pressurizados, para medida de nível
Medição de nível indireta Neste tipo de medição o nível é medido indiretamente em função de grandezas
físicas como: pressão, empuxo, radiação e propriedades elétricas. Medição de nível por pressão
hidrostática (pressão diferencial) Neste tipo de medição usamos a pressão exercida pela altura da coluna
líquida, para medirmos indiretamente o nível, como mostra a seguir o Teorema de Stevin:

Essa técnica permite que a medição seja feita independente do formato do tanque, seja ele aberto, seja
pressurizado. Neste tipo de medição, utilizamos um transmissor de pressão diferencial cuja cápsula
sensora é dividida em duas câmaras: a de alta (H) e a de baixa pressão (L). Este transmissor de nível mede
a pressão diferencial, subtraindo-se a pressão da câmara alta (H) da câmara baixa (L).

Medição de nível por pressão diferencial em tanques abertos – Supressão do zero Para maior facilidade de
manutenção e acesso ao instrumento, muitas vezes o transmissor é instalado abaixo do tanque. Outras
vezes a falta de uma plataforma de fixação em torno de um tanque elevado resulta na instalação de um
instrumento em um plano situado em nível inferior à tomada de alta pressão. Em ambos os casos, uma
coluna líquida se formará com a altura do líquido dentro da tomada de impulso. Se o problema não for
contornado, o transmissor indicará um nível superior ao real.
Medição de nível por pressão diferencial em tanques pressurizados Para medição em tanques
pressurizados, a tubulação de impulso da parte de baixo do tanque é conectada à câmara de alta pressão
do transmissor de nível. A pressão atuante na câmara de alta é a soma da pressão exercida sob a superfície
do líquido e a pressão exercida pela coluna de líquido no fundo do reservatório. A câmara de baixa pressão
do transmissor de nível é conectada na tubulação de impulso da parte superior do tanque, onde mede
somente a pressão exercida sob a superfície do líquido.

Selagem das tomadas de impulso Quando o fluido do processo possuir alta viscosidade, ou quando o
fluido se condensar nas tubulações de impulso, ou ainda no caso de o fluido ser corrosivo, deve-se utilizar
um sistema de selagem nas tubulações de impulso, das câmaras de baixa e alta pressão do transmissor de
nível. Selam-se então ambas as tubulações de impulso, bem como as câmaras do instrumento. O líquido
normalmente utilizado para selagem das tomadas de impulso é a glicerina ou o silicone líquido, devido à
sua elevada densidade.

Medidores com caixa de diafragma Este método também utiliza a pressão estática para medir o nível: 1.
Tubulação contendo ar comprimido ou óleo; 2. Caixa metálica com tampa de neoprene ou borracha; 3.
Manômetro calibrado em nível.

Medição de nível com borbulhador Com o sistema de borbulhador pode-se detectar o nível de líquidos viscosos, corrosivos,
Medida de nível por borbulhamento: quando um tubo é mergulhado em um tanque com líquido e um gás é
forçado a passar através deste tubo e sair na extremidade submersa, a pressão do gás será correspondente
à altura h da coluna.
Medição de nível por empuxo Fundamenta-se no princípio de Arquimedes. A força exercida pelo fluido no
corpo nele submerso ou flutuante, chama-se empuxo. Baseando-se no princípio de Arquimedes, usa-se um
deslocador (displacer), que sofre o empuxo do nível de um líquido, transmitindo para um indicador este
movimento por meio de um tubo de torque. O medidor deve ter um dispositivo de ajuste para densidade do
líquido cujo nível estamos medindo, pois o empuxo varia com a densidade do ar.
Princípio de Arquimedes: Todo corpo mergulhado em um fluido sofre a ação de uma força vertical dirigida
de baixo para cima e igual ao peso do volume do fluido deslocado.

Através da medição de nível por empuxo podemos medir nível de interface entre dois líquidos não-miscíveis. Na indústria m
Medição de nível por capacitância A capacitância é uma grandeza elétrica que existe entre duas superfícies condutoras isola
Medição de nível por ultrassom O ultrassom consiste em uma onda sonora cuja frequência de oscilação é maior que aquela

Medição de nível por radar O radar possui uma antena cônica que emite pulsos eletromagnéticos de alta frequência à super

Medição de nível descontínua Estes medidores são empregados para fornecer indicação apenas quando o
nível atinge certos pontos desejados, como, por exemplo, em sistemas de alarme e segurança de nível alto
ou baixo.
Medição de nível descontínua por condutividade Nos líquidos que conduzem eletricidade, podemos
mergulhar eletrodos metálicos de comprimento diferente. Quando houver condução entre os eletrodos,
teremos a indicação de que o nível atingiu a altura do último eletrodo alcançado pelo líquido.

Medição de nível descontínua por boia Diversas técnicas podem ser utilizadas para medição descontínua,
desde uma simples boia acoplada a contatos elétricos, até sensores eletrônicos do tipo capacitivo ou
ultrassônico, que se diferenciam pela sensibilidade, tipo de fluido, características operacionais de
instalação e custo.

Medição de nível utilizando radioisótopos A absorção de raios gama é proporcional à densidade e espessura do material col
Parte V:
Medição de Vazão Devem-se especificar as condições de operação (temperatura) em que é tomado o valor
da vazão volumétrica, principalmente para gases. Exemplo: vazão de ar a 50 Nm3 /h, onde ‘N’ significa
‘Normal’ (condições normais de temperatura e pressão), ou, em unidades inglesas: SCFM (standard cubic
feet per minute, ou pés cúbicos padrão por minuto).
Tipos de medidores de vazão Existem dois tipos de medidores de vazão: os de quantidade e os
volumétricos. Medidores de quantidade São aqueles que, a qualquer instante, permitem saber a quantidade
de material que passou, mas não a vazão do escoamento que está passando, como por exemplo as bombas
de gasolina, os hidrômetros, as balanças industriais etc. Medidores de quantidade por pesagem São as
balanças industriais, utilizadas para medição de sólidos. Medidores de quantidade volumétrica São aqueles
em que o fluido, ao passar em quantidades sucessivas pelo mecanismo de medição, aciona o mecanismo
de indicação. Estes medidores são utilizados como elementos primários das bombas de gasolina e dos
hidrômetros, como por exemplo: disco nutante, tipo pistão rotativo, tipo pás giratórias, tipo engrenagem
etc.
Disco nutante: certo volume de fluido é deslocado continuamente pelo movimento rotativo de um disco cujo centro é uma es

Pistão rotativo oscilante: é um corpo cilíndrico com um rasgo que se movimenta sobre um separador guia.
Preso a este separador há outro cilindro menor com um eixo central. O êmbolo que descreve o movimento
rotativo oscilante tem um rasgo que desliza sobre o separador guia. O fluido empurra o êmbolo fazendo
com que este realize uma oscilação completa. A cada oscilação corresponde uma determinada quantidade
de fluido que sai do medidor. O êmbolo oscilante gira em torno de outro eixo.

Pistão de movimento alternativo: consiste de um disco inclinado que gira devido à força exercida sobre o mesmo pelos êmbo

Medição de vazão por pressão diferencial ou perda de carga variável A pressão diferencial é produzida por vários tipos de e
Dos muitos dispositivos inseridos numa tubulação para se criar uma pressão diferencial, o mais simples e mais comumente e
Tipos de montagem das placas de orifício conforme a posição das tomadas: a) Nos próprios flanges: é a
montagem mais cara pois exige flanges especiais. b) No tubo antes e depois do flange: 1. Nos pontos de
maior pressão diferencial 2. Nos pontos de perda de carga permanente: pode medir grandes vazões com
um medidor de pequeno diferencial
Tubo Venturi O tubo Venturi combina, dentro de uma unidade simples, uma curta garganta estreitada entre duas seções cô

Tubo de Pitot O tubo de Pitot é usado para medir a velocidade local em um dado ponto na corrente de
escoamento. É composto de um tubo de impacto com abertura normal ao escoamento e um tubo estático
paralelo à direção do fluido.
O fluido escoa até a abertura no ponto 2, onde ocorre aumento da pressão devido à diminuição de velocidade. Este ponto é c

Bocal Acidente de tubulação com propriedades, vantagens e desvantagens intermediárias entre o Venturi e
a placa de orifício.

Medidores especiais de vazão Medidor magnético de vazão O medidor magnético de vazão é seguramente um dos mais flexí
Medidor tipo turbina Esse medidor é constituído por um rotor montado axialmente na tubulação. O rotor é provido de alet
Medidor tipo hélice ou turbina: a cada rotação passa uma determinada quantidade de fluido e a velocidade
da hélice depende da vazão.
Medição de vazão por pressão diferencial ou perda de carga constante: rotâmetros

São medidores de vazão por área variável, nos quais um flutuador varia sua posição dentro de um tubo cônico, proporciona

Princípio básico de funcionamento dos rotâmetros O fluido passa através do tubo da base para o topo. Quando não há vazã
Faixa de utilização de alguns medidores (m3 / h) Placa de orifício e bocal: 5 a 5000 Rotâmetro: 0,3 a 20000 Disco nutante: 0
Medição de pH
Medição de pH – Eletroanalítica – Métodos Interfaciais – Métodos Potenciométricos

Baseiam-se na medida do potencial de uma célula eletroquímica na ausência de corrente (método estático). Vantagens: Baix

Princípio do método:
Controle da atividade do íon H+ em soluções, onde o potencial eletroquímico estabelecido entre a solução e
o eletrodo está diretamente relacionado à concentração de uma espécie iônica. Como se mede o potencial
eletroquímico? Eletrodos: dispositivo que por meio de uma ou mais propriedades elétricas (diferença de
potencial) faz a medição da concentração de uma espécie química (íons H+ por exemplo). Eletrodo de
membrana de vidro: altamente seletivo e sensível.
Eletrodos Indicadores

Eletrodo indicador desenvolve um potencial (Eind) que depende da concentração do analito. Apresentam resposta seletiva.
Eletrodo combinado de vidro

Erro alcalino: Em soluções com baixa concentração de H+ e alta concentração de íons de metais alcalinos, o eletrodo respon

O eletrodo de referência consiste em uma meia célula potencial constante e determinada. No interior do
bulbo, o elemento de referência acha-se imerso em um eletrólito, que através dos poros da junção entra em
contato com a amostra, onde se formam pontes salinas que desenvolvem um potencial mínimo. Os
eletrodos de referência mais utilizados são calomelano (Hg/Hg2Cl2 ) e Ag/AgCl.
Características do oxigênio dissolvido: Não reage com a água. Refere-se ao nível de oxigênio livre, não ligado a nenhum com
Medição de oxigênio dissolvido Método eletroquímico: 1. Eletrodos 2. Membrana semipermeável 3.
Eletrólito
Medição de concentração é importante para o sucesso em de processos de aeração. • Célula Galvânica:
neste tipo, a redução do oxigênio no cátodo e produção de elétrons gera uma corrente. A intensidade desta
corrente é proporcional à concentração de oxigênio dissolvido. Os eletrodos podem ser de ligas de prata,
zinco, platina ou chumbo. Há dois tipos de sensores galvânicos: • No primeiro tipo, os eletrodos são
envolvidos em uma membrana que os protege do fluido do processo. O sensor é ligado diretamente ao
transdutor/analizador para gerar uma saída de 4 a 20 mA proporcional ao nível de oxigênio dissolvido. • No
segundo tipo, os eletrodos são diretamente imersos no fluido onde está presente o oxigênio, sem a
proteção da membrana. • Célula polarográfica: consiste em um sensor com eletrodos de prata como
referência, um ânodo também de prata e um cátodo de ouro. Variando-se a diferença de potencial elétrico
no eletrodo indicador por meio de uma varredura dentro de uma faixa de valores, obtém-se uma curva de
corrente característica para cada eletrólito.
Sensores luminescentes. Um sensor é coberto com um material luminescente. Uma luz azulada emitida por
um LED é enviada à superfície do sensor. Este comprimento de onda excita o material luminescente que, à
medida que “relaxa”, emite luz vermelha.

Sensores de eletrólito sólido. Muito usado em automóveis, consiste em uma célula galvânica sólida que
gera uma força eletromotriz através de dois eletrodos baseados na concentração de oxigênio em ambos,
em temperatura e pressão constantes. Para diferentes gases, existem diferentes materiais seletivos como
sensores. No caso do oxigênio, usa-se o dióxido de zircônio (ZrO2 ) e óxido de Cálcio (CaO) em uma razão
90% : 10%

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