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ISTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO TOCOÍSTA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
ÁREA DE FORMAÇÃO ELETROTÉCNICA
(Disciplina de M.I.C)

FONTES DE ENERGIA

DOCENTE
________________________________
Drª MARGARIDA F. A. KINDU

LUANDA/2021
ISTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO TOCOÍSTA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

FONTES DE ENERGIA
(Caso em estudo: Fontes renováveis e não renováveis)

LUANDA/2021

INTEGRANTES:
1. BENJAMIN J. S. MANUEL ................................................................. nº201030
2. DAVID K. DE A. KUTAHA .................................................................. nº200855
3. DÉLCIO B. M. DA COSTA.................................................................... nº200208
4. GUILHERME N. NGUYENO .............................................................. nº2003331
5. HEITOR P. G. NSUKA ............................................................................ nº200337

Grupo: TA
Período: Tarde
Ano: 1º
Sala: 31
Curso: Engenharia Eletrotécnica

AGRADECIMENTO
Agradecemos a Deus por nos proporcionar a vida e a oportunidade de vivenciarmos
coisas maravilhosas, agradecemos também a Drª MARGARIDA F. A. KINDU pela ideologia de
nos incumbir e a responsabilidade de pesquisarmos este tema do âmbito do curso, bem como
a todos que nos ajudaram a realizar este trabalho.

DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho para os nossos sucessores do mesmo curso. Dedicamos este
trabalho também aos nossos familiares e a todos que têm nos ajudados.
EPÍGRAFE
“Se você não consegue
explicar algo de forma simples,
você não entendeu suficientemente
bem .”
Autor: Albert Einstein
INTRODUÇÃO

Desde o princípio o homem buscou a produção da energia. No início, o homem


dominou o fogo, depois ele domesticou e usou a força da tração animal, posteriormente
utilizou recursos naturais, como a água e o vento, para gerar energia através moinhos e da
roda da água. Após a revolução industrial, quando foram inventadas as máquinas, o homem
começou a usar a lenha e o carvão para gerar energia elétrica, necessária para impulsionar o
sistema.

As fontes de energia são recursos utilizados para gerar energia para os mais variados
tipos de indústrias, veículos, máquinas, empresas e demais meios que precisam de energia
para funcionar. Elas podem ser renováveis e não renováveis, originadas de fontes naturais e
também artificiais.

Esse é um tema de estudo essencial, já que se trata de um recurso extremamente


necessário para o funcionamento do mundo. Boa parte de tudo o que fazemos hoje em dia é
possível por causa da geração de energia. Essa preocupação faz com que novas fontes de
energia sejam descobertas e comecem a ser usadas em substituição às fontes tradicionais.
Vamos entender melhor essas novidades e também quais são os tipos de energias geradas a
partir desses recursos variados.

Resultados e discussão
A partir da pesquisa bibliográfica, sobre as fontes renováveis e não renováveis
geradoras de energia elétrica, foi elaborada uma tabela comparativa das vantagens e
desvantagens socioeconômicas e ambientais destas fontes (Tabela 1).

Justificativa

Motivados pela demanda mundial de fontes energéticas e sua utilização cresce


continuamente e a sua geração está baseada na utilização de combustíveis fósseis. Como por
exemplo, petróleo e seus derivados. Carvão e gás natural. Esse modelo predominante tem
impactos relevantes na natureza. É necessário que a sociedade organizada construa um novo
modelo energético baseado no aproveitamento racional e sustentável de fontes não renováveis
e renováveis de energia.
Objectivo

Para permitir a pesquisa e alcançar sucessos, foi definido o seguinte objetivo:

Geral

 Apresentar o conceito mais amplo das fontes de energia, sua classificação,


funcionamento e utilização.

Formulação de hipótese

Há muitas as vantagens e desvantagens das fontes energéticas ao serem produzidas e


aplicadas em indústrias, motores, residências, etc. Contudo, verifica-se que há alguns aspectos
a ter em consideração.

Descrição do problema

Na abordagem sobre fontes de energias, no que tange as vantagens, verifica-se uma


parcial inovação do mesmo, através dos avanços tecnológicos. A oportunidade de referir sobre
as suas vantagens e desvantagens, bem como o seu impacto no meio ambiente.

Problemática

Deste modo começaremos por seguinte pergunta de partida: O que são fontes de
energia, sua classificação, funcionamento e utilização?

Delimitação do problema

Delimitamos o nosso problema especificamente em fontes primárias e secundárias.

Procedimentos metodológicos

Na pesquisa e elaboração deste trabalho utilizamos vários métodos vigentes nas normas
de elaboração de trabalhos académicos, disponíveis sobre formas diversas tais como:
Bibliotecas virtuais (livros, sites académicos) que nos deram a informação possível param o
melhor conhecimento das fontes de energia.
Importância

Este trabalho é de extrema importância porque visa fazer um estudo aprofundado sobre
um tema bastante pertinente na sociedade, pois, vivemos numa sociedade moderna em que a
maior parte das nossas se baseiam em fontes energéticas, directa ou indirectamente.

Estrutura do trabalho

O primeiro capítulo faz uma abordagem introdutória, onde foi definido o objectivo
geral, a justificativa, e formulação de hipótese, descrição do problema, problemática,
delimitação do problema e procedimentos metodológicos.

O segundo capítulo faz a fundamentação teórica, onde destacamos algumas definições


ou conceitos sobre o tema.

O terceiro capítulo faz a conclusão e segue-se com as recomendações.


1 FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS

Fontes de energia são matérias-primas que direta ou indiretamente produzem energia


para movimentar máquinas. Dividem-se em fontes renováveis, como a energia solar, e fontes
não renováveis, como os combustíveis fósseis.

1.1 FONTES RENOVÁVEIS

Energias renováveis são aquelas que se regeneram espontaneamente ou através da


intervenção humana. São consideradas energias limpas, pois os resíduos deixados na natureza
são nulos. Ou seja, não se esgotam e não liberam poluentes para a atmosfera.

Alguns exemplos de energias renováveis são:

 Hidrelétrica - oriunda pela força da água dos rios;


 Solar - obtida pelo calor e luz do sol;
 Eólica - derivada da força dos ventos,
 Geotérmica - provém do calor do interior da terra;
 Biomassa - procedente de matérias orgânicas;
 Mares e Oceanos - natural da força das ondas;
 Hidrogênio - provém da reação entre hidrogênio e oxigênio que libera energia.

1.1 ENERGIA SOLAR

Energia solar é a energia eletromagnética cuja fonte é o Sol. Ela pode ser transformada em
energia térmica ou elétrica e aplicada em diversos usos. As duas principais formas de
aproveitamento desse tipo de energia são a geração de energia elétrica e o aquecimento solar
da água.

A produção de energia solar pode ser feita a partir de dois sistemas. O primeiro, chamado
de heliotérmico e o segundo, que recebe o nome de fotovoltaico.

1.1.1 Energia solar concentrada ou heliotérmica

Os coletores são equipamentos que captam radiação solar e a convertem em calor,


transferindo-o para um fluido. Eles possuem superfície refletora, que direciona a radiação
para um foco, onde está localizado um receptor. Uma vez tendo absorvido calor, o fluido
escoa pelo receptor.
1.1.2 Energia solar fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica é aquela na qual a radiação solar é transformada


diretamente em energia elétrica, sem passar pela fase de energia térmica (como seria no
sistema heliotérmico).

As células fotovoltaicas são feitas a partir de materiais semicondutores, normalmente


silício. Quando a célula é exposta à luz, parte dos elétrons do material iluminado absorve
fótons, isto é, partículas de energia presentes na luz solar.

Os elétrons livres são transportados pelo semicondutor até serem puxados por um
campo elétrico, que é formado na área de junção dos materiais por uma diferença de
potencial. Em seguida, eles são levados para fora das células de energia solar e ficam
disponíveis para serem usados na forma de energia elétrica.

Ao contrário do sistema heliotérmico, o sistema fotovoltaico não requer alta radiação solar
para funcionar. Contudo, a quantidade de energia gerada depende da densidade das nuvens, de
forma que um alto número de nuvens pode resultar em uma menor produção de eletricidade
em comparação com dias de céu completamente aberto.

1.2 ENERGIA EÓLICA

Energia eólica é a energia produzida a partir da energia cinética do vento (massas de ar em


movimento) e do aquecimento eletromagnético do Sol (energia solar), que juntos
movimentam as pás de captadores.

A energia cinética do vento normalmente é convertida em energia mecânica por moinhos


e cataventos, ou em energia elétrica por turbinas eólicas (ou aerogeradores).

A aplicação da energia eólica em trabalhos mecânicos por moinhos e cataventos, como a


moagem de grãos e o bombeamento de água, remonta à origem da utilização dessa fonte de
energia pela humanidade, a qual só passou a ser considerada uma alternativa para a geração
de energia elétrica a partir da crise do petróleo, na década de 70.
1.2.1 Funcionamento da energia eólica

A energia cinética do vento é produzida quando o aquecimento das camadas de ar cria


uma variação de gradientes de pressão nas massas de ar. A turbina eólica transforma essa
energia cinética em energia mecânica por meio do movimento de rotação de pás e, através de
um gerador, há geração de energia elétrica.

1.2.2 Composição da turbina eólica

 Anemômetro: mede a intensidade e a velocidade do vento. Funciona em média de dez


em dez minutos;
 Biruta (sensor de direção): capta a direção do vento. A direção do vento deve sempre
estar perpendicular à torre para o maior aproveitamento;
 Pás: captam o vento, convertendo sua potência ao centro do rotor;
 Gerador: item que converte a energia mecânica do eixo em energia elétrica;
 Mecanismos de controlo: adequação da potência nominal à velocidade do vento que
ocorre com mais frequência durante um período determinado;
 Caixa de multiplicação (transmissão): responsável por transmitir a energia mecânica
do eixo do rotor ao eixo do gerador;
 Rotor: conjunto que é conectado a um eixo que transmite a rotação das pás para o
gerador;
 Nacele: compartimento instalado no alto da torre composto por: caixa multiplicadora,
freios, embreagem, mancais, controle eletrônico e sistema hidráulico;
 Torre: elemento que sustenta o rotor e a nacele na altura apropriada ao funcionamento.
A torre é um item de alto custo para o sistema.

1.3 ENERGIA HIDRÁULICA

Energia hidrelétrica é o aproveitamento da energia cinética contida no fluxo de massas


de água. A energia cinética promove a rotação das pás das turbinas que compõem o sistema
da usina hidrelétrica para, posteriormente, ser transformada em energia elétrica pelo gerador
do sistema.
1.3.1 Usina hidrelétrica (ou central hidrelétrica)

Uma usina hidrelétrica é um conjunto de obras e equipamentos usados para produzir


energia elétrica a partir do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. O potencial
hidráulico é dado pela vazão hidráulica e pela concentração dos desníveis existentes ao longo
do curso do rio. Os desníveis podem ser naturais (cachoeiras) ou construídos na forma de
barragens ou através do desvio do rio de seu leito natural para a formação de reservatórios.

Existem dois tipos de reservatórios: os de acumulação e os de fio d’água. Os de


acumulação normalmente são formados nas cabeceiras dos rios, em locais que ocorrem altas
quedas d’água e consistem em grandes reservatórios com grande acúmulo de água. Os
reservatórios a fio d’água aproveitam a velocidade das águas do rio para gerar eletricidade,
assim geram o mínimo ou nenhum acúmulo de água.

As usinas, por sua vez, são classificadas de acordo com os seguintes fatores: altura da
queda d’água, vazão, capacidade ou potência instalada, tipo de turbina usada no sistema,
barragem e reservatório. O local de construção dá a altura da queda e a vazão, e estes dois
fatores determinam a capacidade ou potência instalada de uma usina hidrelétrica. A
capacidade instalada determina o tipo de turbina, a barragem e o reservatório.

1.3.2 Funcionamento da usina hidrelétrica

Para a produção de energia hidrelétrica é necessário que exista a integração da vazão


do rio, do desnível to terreno (naturais ou não) e quantidade de água disponível.

O sistema de uma usina hidrelétrica é composto por:

 Barragem

A finalidade da barragem é interromper o ciclo natural do rio, criando um reservatório de


água. O reservatório tem outras funções além de estocar água, como criação do desnível de
água, a captação de água em volume adequado para a produção de energia e a regulação da
vazão dos rios em períodos de chuva e de estiagem.

 Sistema de captação (adução) de água


Compostos por túneis, canais e condutos metálicos que levam a água até a casa de força.

 Casa de força

Nesta parte do sistema se encontram as turbinas conectadas a um gerador. O movimento


das turbinas converte a energia cinética do movimento da água em energia elétrica por meio
dos geradores.

Existem vários tipos de turbina, sendo pelton, kaplan, francis e bulbo os principais. A
turbina mais apropriada para cada usina hidrelétrica depende da altura de queda e vazão. Um
exemplo: a bulbo é usada em usinas a fio d’água por não exigir a existência de reservatórios e
ser indicada para baixas quedas e altas vazões.

 Canal de fuga

Após passar pelas turbinas, a água é restituída ao leito natural do rio pelo canal de fuga.

O canal de fuga está localizado entre a casa de força e o rio e seu dimensionamento
depende do tamanho da casa de força e do rio.

 Vertedouro

O vertedouro permite a saída de água sempre que o nível do reservatório ultrapassa os


limites recomendáveis. Isso normalmente ocorre em períodos de chuva.

O vertedouro é aberto quando a produção de energia elétrica é prejudicada porque o


nível de água está acima do nível ideal; ou para evitar o transbordamento e consequentemente
as enchentes no entorno da usina, o que é possível de acontecer em períodos muito chuvosos.

1.4 ENERGIA DA BIOMASSA

Biomassa é toda matéria orgânica de origem vegetal ou animal usada com a finalidade
de produzir energia, como carvão, lenha, bagaço de cana-de-açúcar, entre outros.

Quando esses materiais (como esterco, madeira, restos de comida, etc.) entram em
decomposição, produzem um gás chamado de metano e é esse gás o responsável pela
produção da energia da biomassa. Esse tipo de produção de energia, além de ser renovável e
não poluente, ainda pode contribuir para a diminuição do efeito estufa e do aquecimento
global. Algumas usinas que produzem o combustível álcool produzem esse tipo de energia a
partir do bagaço da cana-de-açúcar.

Os produtos são transformados em energia, por meio de combustão, gaseificação,


fermentação ou na produção de substâncias líquidas. A biomassa pode ser convertida em
eletricidade, calor e combustíveis.

1.4.1 Rotas de conversão da biomassa

As fontes de biomassa podem ser classificadas como: vegetais lenhosos (madeiras),


vegetais não lenhosos (sacarídeos, celulósicos, amiláceos e aquáticos), resíduos orgânicos
(agrícolas, industriais, urbanos) e bio fluídos (óleos vegetais). As rotas de conversão da
biomassa são várias, e é graças a essas tecnologias de conversão que é possível obter diversas
variedades de biocombustíveis como o etanol, o metanol, o biodiesel e o biogás.

O aproveitamento da biomassa ocorre por três procedimentos principais:

 Combustão direta: podem ainda envolver outros processos físicos como secagem,
corte e quebra.
 Processos termoquímicos: gaseificação, pirólise, liquefação e transesterificação;
 Processos biológicos: digestão anaeróbia e fermentação.

1.4.1.1 Combustão direta

Materiais como a madeira e todas as variedades de resíduos orgânicos (agrícolas,


industriais e urbanos) podem ser submetidos à combustão com a finalidade de gerar energia.
O processo de combustão consiste na transformação da energia química existente nessas
fontes de biomassa em calor. Para fins energéticos, a combustão direta da biomassa é feita
em fornos e fogões.
1.4.1.2 Gaseificação

É uma tecnologia aplicada em resíduos orgânicos urbanos e industriais e em madeiras.


A gaseificação consiste na conversão de fontes de biomassa sólidas em gasosas através de
reações termoquímicas, envolvendo vapor quente e ar ou oxigênio em quantidades inferiores
ao mínimo para que haja a combustão. A composição do gás resultante é uma mistura de
monóxido de carbono, hidrogênio, metano, dióxido de carbono e nitrogênio, de forma que
essas proporções variam de acordo com as condições do processo, especialmente em relação
ao ar ou oxigênio que está sendo usado na oxidação.

1.4.1.3 Pirólise

A pirólise, também conhecida como carbonização, consiste no aquecimento do


material em um ambiente no qual exista a “quase ausência” de ar. A pirólise também produz
gás combustível, alcatrão e piro-lenhoso, materiais bastante usados no setor industrial. O
resultado do processo varia muito da condição do material original (quantidade e umidade).
Para a produção de uma tonelada de carvão vegetal, pode-se precisar de quatro a dez
toneladas de lenha.

1.4.1.4 Transesterificação

É um processo químico que transforma a biomassa de óleos vegetais em um produto


intermediário, a partir da reação entre dois álcoois (metanol e etanol) e uma base (hidróxido
de sódio ou potássio). Os produtos da transesterificação desse tipo de biomassa são a
glicerina e o biodiesel, combustível que apresenta condições semelhantes ao diesel e pode ser
aplicado em motores de combustão interna, de uso veicular ou estacionário.

1.4.1.5 Digestão anaeróbia

Da mesma forma que a pirólise, a digestão anaeróbia deve ocorrer em um ambiente


com a “quase ausência” de oxigênio. A biomassa original sofre decomposição pela ação de
bactérias, da mesma forma que ocorre naturalmente com quase todos os compostos orgânicos.
Resíduos orgânicos, como o esterco de animais e os resíduos industriais, podem ser tratados
através da digestão anaeróbia (aquela que ocorre na ausência de oxigênio) em biodigestores.
A ação das bactérias provoca o aquecimento necessário para que ocorra a decomposição,
entretanto, em regiões ou épocas de frio, pode-se fazer necessária a aplicação de calor
adicional. O produto final da digestão anaeróbia é o biogás, que é composto essencialmente
por metano (50% a 75%) e dióxido de carbono. O efluente gerado pode ser usado como
fertilizante.

1.4.1.6 Fermentação

É um processo biológico executado pela ação de micro-organismos (normalmente


leveduras) que convertem os açúcares presentes em fontes de biomassa, como a cana-de-
açúcar, o milho, a beterraba e outras espécies vegetais, em álcool. O resultado final da
fermentação da biomassa é a produção de etanol e metanol.

1.4.2 Produtos derivados da biomassa

Biogás

O biogás é um gás metano obtido juntamente com o dióxido de carbono, resultado da


decomposição de materiais como resíduos alimentares, esgoto e excrementos. Ele é obtido em
digestores.

Etanol

O etanol é extraído do caldo da cana-de-açúcar, da beterraba e do milho. No caso da cana-de-


açúcar, cerca de 28% do material é transformado em bagaço e pode ser aproveitado para
geração de energia.

Etanol celulósico

O etanol celulósico é obtido por dois processos. Em um deles a biomassa é formada


basicamente por moléculas de celulose, é submetida ao processo de hidrólise enzimática. O
outro é formado pela gaseificação, fermentação e destilação.
Biodiesel

O biodiesel é obtido de óleos vegetais como a mamona, o dendê, a soja etc. É um produto
natural e biodegradável com baixo teor poluente, usado como combustível e na produção de
energia.

Carvão vegetal

O carvão vegetal é resultado da carbonização da lenha. Nesse caso, para evitar impactos
ambientais é importante conhecer a origem da madeira, pois boa parte dela é originária de
matas nativas.

1.5 ENERGIA GEOTÉRMICA

Também chamada de energia geotermal, a energia geotérmica é gerada a partir da


energia que vem do interior da terra, são aproveitadas as águas quentes e os vapores para a
produção de eletricidade e calor, pois lá o calor pode chegar a até 50000C, produzindo água
muito quente e muito vapor. Na usina geotérmica, a água e os vapores são utilizados para
acionar as turbinas, sendo assim transformado em eletricidade.

1.5.1 Produção da energia geotérmica

As usinas geotérmicas são responsáveis por converter o calor interno da Terra em


energia elétrica. A primeira etapa desse processo é a captação de água quente ou vapor no
interior da Terra através de tubos especificamente elaborados. Em seguida, esse vapor é
direcionado para as usinas, onde é liberado sob forte pressão. Ao ser liberado, o vapor move
turbinas que giram mecanicamente. Por fim, as turbinas acionam o gerador que produz
energia elétrica.

Em alguns sistemas de produção de energia elétrica através do calor da Terra, injeta-se


água no subsolo aquecido para que ela se transforme em calor e retorne em forma de vapor,
que, assim como no caso anterior, aciona as turbinas que ativam o gerador.
1.6 ENERGIA DOS OCEANOS

É o aproveitamento da subida e da descida das marés para produção de energia


elétrica. Funciona de forma relativamente semelhante a de uma barragem comum. Além das
barragens, são construídas eclusas e diques que permitem a entrada e a saída de água durante
as cheias e as baixas das marés, propiciando a movimentação das turbinas.

A energia dos oceanos, também conhecida como energia maremotriz é conseguida


através dos movimentos das ondas do mar e das marés, em razão da força da gravidade que
existe entre a Lua, a Terra e o Sol, o que provoca as marés. Para que se consiga captar essa
energia, é necessário que se faça uma barragem formando um reservatório perto do mar.
Quando a maré se enche, tornando-se alta, a água do mar enche as turbinas gerando a energia,
de forma semelhante à energia hidráulica.

1.7 ENERGIA DO HIDROGÊNIO

A energia do hidrogênio é obtida da combinação do hidrogênio com o oxigênio,


produzindo vapor de água e liberando energia que é convertida em eletricidade. Já existem
protótipos de carros movidos a hidrogênio.

1.2 ENERGIAS NÃO RENOVÁVEIS

Energias não renováveis (ou energia suja) são aquelas produzidas a partir de fontes
de energia que se esgotam na natureza e, uma vez esgotadas, não podem mais ser regeneradas,
pois é necessário muito tempo para sua formação na natureza, portanto, causam diversos
impactos ambientais.

Essa energia de origem orgânica (de origem vegetal ou animal) é limitada e demora
milhões de anos para se formarem na natureza. Ainda que apresentam grandes quantidades, se
esgotadas não podem ser regeneradas facilmente, uma vez que suas reservas são finitas.

Apesar de serem encontradas na natureza em grandes quantidades, têm reservas


finitas. São consideradas energias poluentes, porque sua utilização causa danos para o meio-
ambiente.
Exemplos de energia não renováveis:

 Combustíveis fósseis: como o petróleo, o carvão mineral, o xisto e o gás natural;


 Energia Nuclear: que necessita urânio e tório para ser produzida.

1.2.1 COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

Esses combustíveis recebem o nome de fósseis porque se originaram a partir de


restos de animais e plantas que viveram em épocas remotas. Esses restos orgânicos foram
se depositando ao longo de milhares de anos em camadas muito profundas da crosta terrestre
e transformados pela ação da temperatura e pressão.

A queima de combustíveis fósseis (energia termoelétrica ou termelétrica ) libera


diversos gases nocivos que influenciam no aumento do efeito estufa e do aquecimento global.

Como consequência temos a poluição do meio ambiente bem como as mudanças


climáticas. Embora seja muito poluente, no mundo atual é o tipo de fonte mais utilizada para a
geração de energia, com destaque para o petróleo. São eles: o petróleo, carvão mineral, xisto,
betume e gás natural.

1.2.1.1 Carvão

O carvão mineral ou carvão fóssil é uma rocha preta, porosa e de fácil combustão. É
formado a partir de restos vegetais de ambientes pantanosos, acumulados por milhões de anos,
em um processo chamado encarbonização.

Existem quatro variedades de carvão mineral: turfa, linhito, hulha e antracito. Quanto
maior o tempo de encarbonização, maior o teor de carbono e o poder energético do
combustível.

Também se utiliza o carvão artificial ou carvão vegetal, obtido a partir da queima de madeira.

1.2.1.2 Petróleo

O petróleo é uma substância oleosa escura formada principalmente por


hidrocarbonetos, ou seja, moléculas de carbono e hidrogênio. A formação do petróleo se faz
por sedimentação da matéria orgânica, depositada no fundo dos mares e oceanos durante
milhões de anos.

O petróleo é matéria-prima de muitos subprodutos como óleos, gasolina, gás liquefeito


de petróleo (GLP), gás natural, querosene, óleo diesel, nafta petroquímica, solventes, asfalto,
dentre outros.

1.2.1.3 Gás Natural

O gás natural é encontrado no estado gasoso em bacias sedimentares marinhas e


terrestres associados ou não ao petróleo. É composto por uma mistura de hidrocarbonetos
leves, com predominância de metano.

1.2.3 COMBUSTÍVEIS NUCLEARES

Energia nuclear ou atômica é a energia produzida nas usinas termonucleares, que


utilizam o urânio e outros elementos, como combustível. A produção de eletricidade ocorre
por intermédio do aquecimento da água, que se transforma em vapor e ativa os geradores. Nas
usinas nucleares, o calor é gerado em reatores a partir da fissão nuclear do urânio-235, um
material altamente radioativo.

Os
cinco países campeões em produção de energia nuclear, segundo Business Insider, 2014.
1.2.3.1 Fissão Nuclear

Fissão nuclear é o processo de divisão do núcleo atômico instável em outros núcleos


mais estáveis.

O processo ocorre em decorrência da incidência do nêutron sobre o núcleo atômico.


Ao bombardear de forma acelerada o átomo que tem um núcleo fissionável, ele parte-se em
dois. Com isso, surgem dois novos núcleos e são liberados até 3 neutrões e grande quantidade
de energia.

Os neutrões liberados podem atingir outros núcleos e originar novos neutrões. Assim,
tem início uma reação em cadeia, ou seja, um processo contínuo que libera uma grande
quantidade de energia nuclear.

A reação de fissão nuclear mais conhecida é a que ocorre com o urânio. Quando um
nêutron com energia suficiente atinge o núcleo do urânio, libera neutrões que poderão
provocar a cisão de outros núcleos. Essa reação também é conhecida por liberar grande
quantidade de energia.

Produção de Energia: A fissão nuclear é uma alternativa na produção de energia de


forma mais eficiente e limpa, pois não emite gases. Os reatores nucleares são capazes de
controlar a violência do processo de fissão desacelerando a ação dos neutrões para que não
ocorra uma explosão. A esse tipo de energia damos o nome de Energia Nuclear.

Fusão nuclear: é o processo contrário ao da fissão. Em vez de dividir o núcleo do


átomo, ele faz. Trata-se de um processo bem mais violento. Dele decorre o
funcionamento da bomba mais destrutiva do planeta: a bomba de hidrogênio.

Além disso, enquanto é possível controlar a fissão nuclear, o mesmo não acontece com
a fusão nuclear.

1.2.3.2 Fusão Nuclear

Fusão Nuclear é a junção do núcleo de dois ou mais átomos que têm núcleos leves.
Da junção desses átomos, resulta um átomo com núcleo mais pesado.
Submetidos a uma temperatura bastante elevada (cerca de 10 milhões de graus
Celsius), o deutério (H2) e o trítio (H3), que são isótopos de hidrogênio (H), se unem. Dessa
união resulta a liberação de uma grande quantidade de energia e são formados núcleos de
hélio.

O processo de fusão nuclear dá origem ao funcionamento das bombas de hidrogênio


(as bombas atômicas mais destrutivas que existem). Da fusão decorre também a produção de
energia solar.

O combustível utilizado para fusão pode ser obtido na água do mar e no trílio do
próprio reator nuclear. Na fissão, é o urânio que é utilizado para esse fim, mas esse não é
facilmente extraído.
CONCLUSÃO

A pesquisa verificou que, independente do tipo de fonte geradora, se renovável ou não


renovável, não existe impacto zero na geração de energia elétrica. O conhecimento da baixa
eficiência energética das fontes renováveis e da intermitência característica de muitas delas
demonstrou que as fontes de energias renováveis serão sempre complementares às não
renováveis.

As fontes de energias são encontradas na natureza em estado bruto, e para serem


aproveitadas economicamente, devem passar por um processo de transformação e
armazenamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CPFL Energia. Caminhos da Energia: Energia é Tudo Episódio 1. 2011. Vídeo-reportagem.


Disponível em: < https://m.youtube.com/watch?v=3j8DV2W1nWg > Acesso em: 26 ago
2015.
DIAS, R. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São Paulo:
Atlas. 2011.
MME - Ministério de Minas e Energia. Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema
Elétrico Brasileiro – Janeiro 2015. Disponível em: < http://www.mme.gov.br > Acesso em:
15 ago 2015.
HERZOG, A. L.; GIANINI, T. O futuro da Energia (no Brasil e no Mundo). Revista Exame.
Edição 06/04/2011.
MATERNATURA. O que fazer quando uma hidrelétrica “bate à sua porta”? Os Impactos
Sociais e Ambientais. Disponível em: < http://www.maternatura.org.br/hidreletricas/guia/Leia
Mais_Osimpactosambientaisesociais.pdf. > Acesso em: 21 ago 2015

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fontes-energia.htm

https://www.todamateria.com.br/fontes-de-energia/

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/fontes-energia.htm

https://www.ecycle.com.br/8460-fontes-de-energia.html

https://blog.bluesol.com.br/fontes-de-energia-renovaveis/

https://www.portal-energia.com/fontes-de-energia/
ANEXOS

Fig. 1: Fontes de energias


Fig. 2: Esquema de uma usina nuclear

Fig. 3: Esquema de uma usina hidrelétrica


Fig. 4: Esquema de uma usina eólica.

Fig. 5: Esquema de uma usina oceânica (onda motriz e maré).


Tabela 1. Vantagens e desvantagens de dez fontes de geração de energia elétrica.

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