LANE, S. & CODO, W. (Orgs.) Psicología Social: o homem em
movimento. 13.ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
Psicologia Social: o homem em movimento – Psicologia na
comunidade*.
O capitulo que é apresentado por Alberto Abib Andery se inicia explicando o
que a psicologia comunitária tem como objetivos e características buscar se inserir em lugares e situações cotidianas nos bairros e instituições populares pois, esses ambientes geralmente são privados desses benefícios. Essa visão representa uma guinada para uma nova forma de pensar e praticar psicologia. A psicologia dos anos 50 tinha a tendencia de se isolar dos problemas coletivos, já a psicologia social inicialmente tinha como objetivo aprender comportamentos sociais para aprender sobre reações individuais, ou seja, o contexto social era descartado, só nos anos 70 essa psicologia se reaproxima das ciências sócio-históricas e é nesse momento que a psicologia comunitária chega, ela traz com sigo fatores como: a importância do fator socio histórica para determinação e modificação do comportamento; os benefícios para a comunidade e para o indivíduo que as intervenções socio-comunitárias trazem, prevenindo e reabilitando desordens emocionais; uma eficácia maior pois, a ajuda é obtida no ambiente próximo das pessoas; diminuição da distância entre profissional e pessoa ajudada, sendo mais flexível facilitando acesso e traz uma visão de um profissional facilitador de reformas sociais. O autor deixa claro que motivações e escolhas do objeto de estudo não são neutras na psicologia comunitária, ela pretende se aproximar das classes populares para conscientizar em sua identidade social de classe submissas e dominadas, em um processo de libertação e autopercepção em quanto pessoas e grupos. O texto cita a importância de Paulo Freire e seu método como instrumento de conscientização a redescoberta do valor para os indivíduos submetidos a dominância e alienação de sua própria cultura. Há algumas visões divergente destacadas pelo texto tambem em que se critica a forma como alguns profissionais mesmo indo os ambientes onde mais se necessita trazem a mesma visão e acessibilidade dada a burguesia não a adaptando a situação e assim não sendo efetivos para as mudanças socias do ambiente ou se colocam como controladores morais dos hábitos desviantes os reprimindo e ainda as os que usando da psicologia comunitária para promoção partidária. Por fim o texto nos mostra relatos que foram discutidos em um encontro regional organizado pela ABRAPSO. Os profissionais relatam que a maior demanda vem das áreas periféricas das grandes cidades, onde as condições são péssimas e como há um despreparo pelos dos profissionais em encarrar essas situações. Outra questão é como a luta da psicologia na comunidade acaba por se juntar com a luta paralela de reconstrução continua do movimento sindical. E por fim é ressaltado a importância das atividades cientificas para a psicologia social, onde a muito a se pesquisar ainda apartir das peculiaridades culturais e valores da nossa comunidade. O texto acaba por não só nos apresentar de forma resumida e exemplificada os objetivos da psicologia comunitária, mas, tambem suas dificuldades de atuação.