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CIVILIZAÇÃO
B RAS I LEI R A
COPYRIGHT © Fredric Jam eson, 1998
TÍTULO ORIGINAL
THE CULTURAL TURN
CAPA
Evelyn Grumach
PROJETO GRÁFICO
Evelyn Grumach e João de Souza Leite
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SIN D IC A TO N A C IO N A L D O S EDITORES D E LIVROS, RJ.
CDD - 809.91
06-1529 CDU - 82.09
Im presso n o Brasil
2006
Sumário
2. Teorias do pós-moderno 45
3. Marxismo e pós-modernismo 63
4. As antinomias da pós-modernidade 89
NOTAS 297
REFERÊNCIAS 309
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A VI RADA C UL T URA L
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P RE F A C I O
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1
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PREFÁCIO
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1. Pós-modernismo e sociedade
de consumo
O conceito de pós-modernismo não é amplamente aceito nem
sequer compreendido hoje. Parte da resistência a ele pode
advir da pouca familiaridade com as obras por ele abarcadas,
que podem ser encontradas em todas as artes: a poesia de
John Ashbery, por exemplo, assim como a poesia coloquial,
muito mais simples, que, na década de 1960, surgiu da rea
ção contra uma poesia modernista acadêmica, irônica e com
plexa; a reação contra a arquitetura moderna, em particular
contra as construções monumentais do International Style;
as construções pop e os galpões ornados, enaltecidos por
Robert Venturi em seu manifesto Aprendendo com Las Vegas;
' í Andy Warhol, a pop art e o mais recente fotorrealismo; na
] música, o momento de John Cage, mas também a síntese
posterior entre os estilos clássicos e “populares” encontra
da em compositores como Philip Glass e Terry Riley, além
do punk e do rock new tvave, com grupos como The Clash,
Talking Heads e The Gang of Four; no cinema, tudo que
vem de Godard — filmes e vídeos da vanguarda contempo
rânea —, assim como todo um novo estilo de filmes de fic
ção e comerciais, algo que tem equivalentes, nos romances
contemporâneos, nas obras, por um lado, de William Bur-
roughs, Thomas Pynchon e Ishmael Reed e, por outro, do
novo romance francês. Tudo isso pode ser enumerado entre
A VI R A DA C U L T U R A L
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PÓS - MODE RNI SMO E SOCI EDADE DE CONS UMO
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A VIRADA CULTURAL
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P Ó S - M O D E RNI S MO E S O C I E D A D E DE C O N S U M O
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A VIRADA CULTURAL
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P Ô S - M O D E R N I S M O E S OCI E DADE DE C O N S U MO
A MORTE DO SUJEITO
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P Ó S - M O D E R N I S M O E S O C I E D A D E DE C O N S U M O
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A VI RADA CULTURAL
0 MODO NOSTÁLGICO
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PÓS - M O D E R N I S MO E S O C I E D A D E DE C O N S U M O
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A VIRADA CULTURAL
filme trata das décadas de 1930 e 1940, mas ele também nos
transporta a esse período p o r metonímia, através de suas típi- ,
cas estórias de aventura (que não são mais as nossas).
Agora me permitam discutir uma outra anomalia que pode
levar-nos adiante na compreensão do cinema nostálgico, em
particular, e do pastiche de m odo geral. Ela envolve um filme
recente chamado Corpos ardentes (Lawrence Kasdan, 1981), ;
que, como foi abundantemente apontado pelos críticos, é um j
tipo distante de refilmagem de Pacto de sangue (1944). (0 j
plágio alusivo ou evasivo de motes antigos é, naturalmente, !
também um aspecto do pastiche.) Bem, Corpos ardentes náo j
é tecnicamente um filme nostálgico, já que se passa em um j
cenário contemporâneo, em uma pequena vila da Flórida,
perto de Miami. Por outro lado, essa contemporaneidade téc
nica é de fato muito ambígua; os créditos — sempre a nossa j
primeira sugestão — usam fontes em estilo art déco da déca
da de 1930, que não fazem outra coisa a não ser provocar
reações nostálgicas (em primeiro lugar, sem dúvidas, em rela
ção a Chinatown, mas depois para além dele até algum outro j
referencial histórico). Junto a isso, o próprio estilo do herói é
ambíguo; William H urt é um astro novo, mas não tem nada
do estilo característico da geração anterior de astros masculi- I
nos como Steve McQueen ou Jack Nicholson, ao contrário, a j
sua persona aqui é um tipo de mistura das características des- j
ses atores com um papel mais antigo, do tipo geralmente as- j
sociado a Clark Gable. Também aqui há, portanto, uma |
sensação levemente arcaica com relação a tudo isso. Esse es
pectador começa a se perguntar por que essa história, que i
podería ter sido situada em qualquer lugar, é ambientada em 1
uma pequena cidade da Flórida, a despeito de sua referência :
contemporânea. Começa-se a perceber, em pouco tempo, que I
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A VI RADA CULT URAL
PÓS-MODERNISMO E A CIDADE
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P Ô S - M O D E R N I S M O i S O C I E D A D E DE C O N S U M O
O hotel Bonaventure
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A V I R A D A C UL T URAL
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A VIRADA CUITURAI
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A V I R A D A CUL T URAL
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J
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A VI RADA CULTURAL
A nova máquina |
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PÓ S* M ODERN I S MO B S O C I E D A D E DE C O N S U M O
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