Viagem Astral o Despertar Da Alma

O DESPERTAR DA ALMA
VIAGEM
Hugo Leonardo Aguiar
ASTRAL
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Capa: Hugo Leonardo Aguiar
Aguiar, Hugo Leonardo. Viagem Astral: o despertar da

alma / Hugo Leonardo Aguiar. – Teresina-PI: ,2021
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A VIDA É UMA ESCOLA
Você já sofreu depressão ou conhece alguém que passa

por esse mal? Passei por uma crise depressiva em 1998 e tentei
suicídio. Falhei; na verdade, houve uma interferência espiritual,
pois, meu mentor espiritual, anjo da guarda ou amparador,
impediu-me de fazer aquela besteira – vou chamar meu professor
astral de Mentor a partir de agora.
Melhorei durante algum tempo. Em 2003 fiquei

novamente ajoelhado para a doença. Logo eu viveria experiências
espirituais que me curariam do problema. Nunca mais senti
sintomas depressivos; ao contrário, hoje sinto grande alegria em
viver!
Passei anos estudando sobre as experiências que passei

no Céu (cito os fenômenos em meu livro A jornada de Vangelis),
descobrindo que se tratava de viagem astral (VA), desdobramento
ou projeção da consciência, nomes que o fenômeno recebera ao
longo dos séculos por diferentes correntes espiritualistas
especializadas no assunto. VA é a capacidade anímica que

possuímos quando nós (almas) deixamos nossos corpos físicos
durante o sono, em estados alterados de consciência ou por
traumas físicos extremos.
No ano de 2012 entrei para o espiritismo. Em 2014

conheci o trabalho de Waldo Vieira, considerado a maior
dissidência dentro da doutrina espírita – ele trabalhou anos com
o médium Chico Xavier. Waldo foi propositor da projeciologia,
subcampo científico que estuda as projeções da consciência – há
técnicas que potencializam o fenômeno de forma lúcida. Isso me
deixou muito interessado pelo assunto!
Waldo também propôs a conscienciologia, ciência que

estuda a consciência – ser, ego, alma – e suas diversas formas de
manifestação.
Comecei a debruçar-me sobre VA arduamente desde

então. No passar dos meses, a retenção da memória de meus
sonhos aumentara de forma assombrosa; sonhos lúcidos também
começaram a se tornar frequentes – até os dias de hoje.
Em 2015 conheci a IAC – International Academy of

Consciousness (Academia Internacional da Consciência),
organização que me inscrevi em um curso sobre projeção da

consciência em fevereiro do mesmo ano.
Após dias de estudo me dediquei disciplinadamente,

seguindo a orientação dos professores com os materiais e
exercícios caseiros durante dois meses; porém, sem grandes
resultados, o que me deixou frustrado. Fiquei uns dias sem pegar
em material algum ou fazer técnicas projetivas.
Dois meses depois tive minha primeira VA lúcida,

digamos “quase provocada”. Acredito que foi um presente dos
mentores espirituais. Foi um divisor de águas sem precedentes em
minha vida!
Vou narrar minhas experiências fora do corpo lúcidas e

provocadas na forma cronológica desde 2015 até os dias atuais.
(Será comum o uso constante de reticências, simbolizando os
lapsos de memória durante as projeções.)
Aperte bem seu cinto, porque nossa viagem astral será

bem longa...
FORA DO CORPO
EXPERIÊNCIAS
Preparei-me para dormir normalmente; no entanto, mal

sabia que aconteceria um fenômeno que mudaria minha vida para
sempre! Adormeci...
⁕ ⁕ ⁕
Eu estava na nascente de um rio, quando uma pessoa

disse:
– Nos prevenimos para não sermos atacados! – por

animais, veio a intuição.
Voei por debaixo de uma ponte de concreto, chegando

próximo a uma nascente – o meandro era extenso, mas o leito,
curto. Havia bastante vegetação.
Observei o chão coberto de folhas amarelas, laranjas e

vermelhas, como numa paisagem outonal. A quantidade de
árvores era incontável, de troncos cilíndricos, tão altos que não

pude ver suas copas cobertas por um céu nevoado e cinzento.
Eu não via meu corpo. Aproximou-se um animal –

parecia uma pantera –, que tentou me morder na altura de minha
mão, sem causar danos.
“Estou fora do corpo pela primeira vez!” – cônscio,

conjecturei.
Eufórico e assustado rezei um pai-nosso, procurando me

acalmar, pois sabia que se não controlasse o emocional voltaria
ao corpo. Uma entidade invisível orientou mentalmente não ser
necessário o ritual. Intuitivamente eu sabia que era o Mentor.
Acalmei-me.
Observei o local, num giro de 360°. Impelido, pensei em

voar, quando comecei a levitar na vertical; depois, em diagonal e
para a frente, quando alcei voo – o som era de revoada. Afastei-
me do chão a uma altura de mais ou menos 3 metros. Assustei-
me...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei imediatamente ao corpo físico. Despertei às 5h,

primeiramente decepcionado por não ter conseguido controlar o
emocional e aprofundar a experiência; no entanto, logo fiquei
eufórico, felicíssimo!
A experiência ocorreu em 18/04/2015, como um

presente do meu mentor espiritual.
II
Era noite num sobrado. Um colega chegou procurando

um local para se alojar. Havia um quarto com reboco danificado
e moedas antigas no buraco de uma parede.
– Que bom você ter trazido um facão e um cachorro –

elogiei, pensando no perigo.
– Eh, tem razão! – o amigo agradeceu.
– O Jefferson ficou aqui pouco tempo – expliquei.
– Você vai para a Itália ou Espanha? – ele perguntou.
– Talvez São Paulo, para divulgar os livros. Depois, sim,

quem sabe Europa?! – retruquei, exibindo-me, pois havia
mulheres ali.
Quatro carros luxuosos passaram pelo térreo – um tinha

cor verde-metálico e me chamou a atenção pelo design. Apoiei-
me num parapeito vazado, observando o movimento. Meu pai,
John, dirigia um carro – os outros veículos se assemelhavam ao
mesmo. Manobras perigosas foram executadas; os motoristas

encostavam os automóveis em colunas retangulares até a colisão.
– Bate mais forte! É para tirar a cor dos carros – alguém

gritou.
Uma pancadaria automobilística começou...
Senti vontade de pular, e saltei, sem corpo. A distância

aumentava, como se eu tivesse pulado de um prédio com vários
andares. Contemplei a queda, aproximando-se o impacto contra o
chão...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo físico, despertando – a sensação era

desagradável!
Avistei uma imagem semelhante um braço espectral

cintilante, como um diamante. Senti uma presença benfazeja
entre o rack e o guarda-roupa. A experiência aconteceu no dia
10/06/2015.
III
Eu andava numa rua escura, quando avistei uma casa de

tom amarelo-alaranjado que pensei pertencer a um proprietário.
Uma mulher passou... Logo, vi um homem que trajava camisa
vermelha e boné. “É um ladrão?”, pensei.
“Não preciso temer, pois estou projetado!”, veio a

certeza.
O corpo dele começou a perder a opacidade; então,

entendi que se tratava de um desencarnado.
Procurei meu cordão de prata (ligação entre os corpos

astral e físico), sem sucesso. Olhei para minha direita, flagrando
um afrodescendente em uma esquina.
Meu corpo começou a brilhar, ficando branco e

translúcido. Exteriorizei energia para os dois – foquei no primeiro
homem, que se aproximou... Senti medo, e joguei energia
novamente.
Pensei em voar, quando comecei a levitar alguns

centímetros. Os olhos dele ficaram estranhos, brilhantes, como no
filme Batman Begins, quando o herói tomou um alucinógeno e
viu os ninjas em estado alterado de consciência. Voei; o primeiro
homem me acompanhou. Espalmei as mãos na direção dele,
falando mentalmente: “Quero te ajudar!”
“Você lembra 1993?”, ele perguntou telepaticamente.
Não respondi, temeroso, voando alto. Assombrado,

desejei voltar ao corpo...
⁕ ⁕ ⁕
Percebi a viagem de volta, tanto no astral quanto na

entrada do corpo físico. Consultei o relógio, que marcava 4h30.
A experiência foi anotada no dia 06/08/2015.
IV
À noite, eu, o Jota (primo meu) e o Gabriel (meu irmão)

saímos para uma “festa perigosa”. Depois, resolvemos partir do
local, pois policiais chegaram. Andamos por ruas escuras, até
avistar um carro. Enquanto nos aproximávamos do veículo,
nasceu a aurora. Um lindo cão branco-alaranjado nos atacou.
Meus companheiros entraram no automóvel. Chutei o animal,
sentindo dificuldade. Logo, dirigi, percorrendo um caminho... Já
era dia.
O Jota subiu uma rua, como uma favela... Havia

homens... O ar do local era pesado! Voltamos rápido para o carro,
onde o Gabriel dormia bêbado no banco do motorista.
Recriminei-o; ele se levantou. Aproximaram-se dois jovens...
Pressenti que eram meliantes.
– É um assalto! – eles anunciaram, e um deles puxou

uma barra metálica.
– Saca o revólver! – induzi meu primo que atendeu,

apontando um objeto para os bandidos.
– Corre! – gritei, sendo atendido imediatamente.
Os ladrões os perseguiram... Resolvi “seguir voando”.

Subi até atingir galhos de uma enorme árvore, como um cajueiro.
Abaixo de meu corpo, vi-o com anatomia primorosa, com tronco
e membros musculosos.
Fitei o chão, observando a caçada. Os meliantes se

aproximavam deles, então resolvi descer, mergulhando próximo
ao chão.
“Estou projetado!”, entendi. “Para que sentir medo?”,

refleti, tentando manter a calma. Voei próximo ao piso – homens
sentados em cadeiras observavam, atônitos!
Um carro estava estacionado à minha frente. Fiquei na

dúvida se passava por baixo, voava ou se seguia pela calçada. Os
bandidos se aproximaram mais... Tentei me mover, em
locomoção lenta, dificultosa. Resolvi voltar ao corpo físico...
⁕ ⁕ ⁕
Entrei na base física. Anotei a experiência às 5h, no dia
25/10/2015.
Era noite em Inhaúma (cidade natal de meus pais). Após

presenciar um episódio desagradável em uma das praças do
local... Alguém abriu uma porta de uma residência mal-
assombrada, e saí (correndo?). Perambulei por ali...
Projetado semilúcido, pensei: “Estou projetado!”

Observei as ruas escuras... Passei novamente pela praça... Subi no
rumo da igreja local, temeroso, pois o ambiente estava deserto.
“Será difícil!”, concluí.
⁕ ⁕ ⁕
Resolvi voltar ao corpo físico, acordando às 2h – na VA

eu sabia que era o mesmo horário. Anotei o fenômeno no dia
24/11/2015.
VI
Era dia... Eu e uma ex-companheira fugíamos de um

tiroteio, quando entramos numa residência. Chegamos ao fundo
do imóvel – lembrava a casa interiorana de minha avó paterna.
“Estou fora do corpo!”, compreendi. Avistei longo

corredor, como um chiqueiro ou galinheiro, onde havia três
animaizinhos estranhos, semelhantes a aves, que comiam algo ou
ciscavam. Peguei a companheira pelo braço e passamos pelo
local... Entramos num quintal extenso.
Havia um casal de crianças, que se aproximaram em

movimento hostil. Eu quis voar até um palheiro, o que aconteceu
em movimento parabólico – o salto foi baixo, numa altura entre
1 a 2 metros. A companheira permaneceu na calçada alta.
A menina, arredia, apanhou uma vassoura e tentou me

atacar – eu sabia de sua inferioridade consciencial. Desejei que o
objeto viesse a mim... Fui atendido imediatamente – o utensílio
“voou” literalmente até minha mão. Peguei a palha, que
mentalmente pus fogo, espantando a jovem.
Senti o corpo físico, impelido a mover o polegar direito;

mas relutei, pois sabia que se atendesse o chamado voltaria à base
física. Movi o órgão...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo. Consultei o relógio: eram 7h. Escrevi o

evento que aconteceu no dia 22/12/2015.
VII
Era noite na cidade natal de meus pais... Estávamos eu,

Marlene – uma amiga da família –, e um homem idoso, que a
assediava. Ela foi para minha casa... Liguei a TV, quando
comecei a assediá-la também – sorte que a amiga levou na
esportiva. Depois, vi sua irmã, sexy, que queria “algo a mais”
comigo, e nos aliciamos.
Logo, próximo a um comércio, o velho continuou o

assédio... A mulher perdeu a paciência!
Andando, desci no rumo de uma praça... Avistei

Claudete, minha prima, que vinha no mesmo sentido. Ela me
chamou a atenção. Falou comigo e respondi. Em seguida, vi seu
pai, Zé, que cruzou com a filha – ele subia pela rota da igreja do
local. Observei-o, trajando camisa branca e calça (ou bermuda?)
escura. Seu cabelo estava despenteado – a moita parecia a
cabeleira de Einstein. As sobrancelhas eram salientes.
“Mas ele não morreu? Claudete não está vendo? Ela não
vai falar com ele?”, espantei-me... até me dar conta: “Estou fora
do corpo!”
Duvidoso, em cima da calçada de um comércio dei

piruetas, confirmando a projeção.
Zé me saudou; retribuí. “Vou visitar uma mulher”, ele

disse. “Estou bem!”, o velhinho concluiu, acenando com a mão –
a conversação era metal.
Depois de brincar no ar comecei a voar, ratificando

novamente o fenômeno extrafísico. Passei por fios... Subi mais
um pouco, planando até quase tocar o chão.
“O senhor vai para onde?”, questionei-o... Ele repetiu o

que disse antes. Interroguei sobre a mulher que ele citou, mas não
houve resposta. O espírito “entrou” literalmente numa calçada
alta, perto de outro ponto comercial.
Animado, continuei o voo acima dos fios no rumo de

uma casa. “Talvez eu possa fazer assistência espiritual”, pensei,
mas iniciou um embate por causa da sexualidade.
Entrei numa espécie de “nuvens turvas”, pois o assédio

e o autoassédio astral me desequilibrou.
Tentei dialogar com os mentores espirituais, sem

sucesso. Aterrorizei-me! Rezei um pai-nosso, desejando não
voltar ao corpo, pois eu já sentia o nariz físico...
⁕ ⁕ ⁕
O encaixe foi imediato. Consultei o relógio: eram 5h.

Ficou claro que o fator religião atrapalhou a experiência. 11h,
questionei minha mãe, que afirmou:
– Uma das irmãs da Marlene é alta e sensual.
Arquivei o evento na data 04/01/2016.

VIII
Era dia... Eu passeava por um local, quando avistei

construções. Um lugar me chamou a atenção, pois havia uma
construção enorme... O piso era de terra batida... Vi grandes vigas
metálicas retangulares e escuras fincadas no chão.
Uma jovem alva e linda trajava vestido branco até os

joelhos – o vento batia em seu traje. Seu corpo esbelto me atraiu...
Ela observava o ambiente, e me viu.
“Não devo sentir libido!”, pensei. Controlei-me, fitando

as belas coxas torneadas e o quadril daquela beldade.
“Estou projetado!”, entendi.
Vi o nome shopping em letras garrafais, encravado em

um letreiro amplo numa das edificações.
Apareceu outra mulher, também bonita, que usava traje

semelhante ao da primeira; e outra pessoa... e outra... todos com
vestes alvas. Havia homens no grupo.
Comecei a sentir uma sensação desagradável por dentro,

como se o bando fosse me atacar; no entanto, eu sabia que devia
pensar positivo.
Os “estranhos” se aproximaram, quando o medo me

dominou, mesmo sabendo internamente que aquele sentimento
era desnecessário.
“Aqui não pensamos negativo!”, alguém recriminou

mentalmente. Era como se eles dissessem: “Não tema! Não te
faremos mal.”
Vi uma atriz brasileira famosa no grupo... e mais pessoas

se multiplicaram... Novamente algumas delas vieram em minha
direção.
Assombrei-me, desejando sair dali... Um mal-estar no

tronco brotou, e aumentou... até eu apagar...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo físico. Olhei o relógio: eram 3h50.

(Estou sentindo calafrios.)
Anotei a experiência que aconteceu no dia 19/01/2016.

IX
Vi-me numa cidadezinha, quando subitamente veio a

intuição: “Estou fora do corpo!” Eufórico, procurei manter a
calma, sabendo do risco da volta à base física.
Impelido a voar comecei a levitar, até alçar voo. “Vou

voar o mais alto que puder!”, pensei. Observei com cautela a
visão panorâmica, como casas e árvores... Fitei a copa dos
grandes vegetais.
Senti vontade imensa de voltar ao Céu de 2003 e fechei

os olhos, mentalizando o local, os anjos e as casas. Grande foi o
tremor em mim, entendo não ser possível realizar o desejo.
Persisti, sem sucesso...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo, decepcionado. Olhei para o relógio:

eram 2h. O evento aconteceu na data 01/02/2016.
Eu refletia sobre VA e pensei: “Estou fora do corpo!”,

mas o raciocínio foi no sonho, em semiprojeção astral...
Avistei uma paisagem bucólica, como um caminho de

chão batido; árvores enormes, espessas e frondosas. O local tinha
tom avermelhado, como no crepúsculo.
Em corpo mental (apenas energia), raciocinei: “Quero

voar”, iniciando a decolagem até altura considerável. “Caso eu
suba mais, ficarei apavorado. Devo voar baixo para não voltar ao
corpo”, conjecturei. Comecei a baixar de altitude, rasgando a
copa dos enormes vegetais. “Não devo temer, pois nem as árvores
e nem a cerca podem me ferir”, calculei ao transpassar as folhas.
Avistei pessoas, como numa festa. Desentendi-me com

o meu irmão caçula, Ravel, começando uma briga. Um garoto
apartou...
Novamente, num local como uma festança, lá estava

Ravel no meio da multidão.
– Você se lembra do sonho? – interroguei.
– Apartei uma confusão à noite! – ele respondeu.
⁕ ⁕ ⁕
Acordei às 6h, escutando nitidamente um som, como:

“Pou! Pou! Pou!” – pensei ter sido a vizinha. Anotei o ocorrido
em 09/04/2016.
XI
Fugindo de extraterrestres, entrei em um local parecido

com um hospital... Havia muitos portões gradeados... O piso era
liso... Avistei corredores com quartos...
“Estou projetado!”, entendi. Senti-me impelido a

perambular por ali, mas estava exausto por causa da perseguição.
“Quero voltar ao corpo”, pensei...
⁕ ⁕ ⁕
Imediatamente, voltei à base física. O fenômeno

aconteceu no dia 03/06/2016.
XII
Acordei às 5h. Iniciei o exercício projetivo da

autossugestão, repetindo mentalmente: “Estou projetado lúcido!
Estou projetado lúcido!” – a técnica fora citada no livro Aventuras
além do corpo, de William Buhlman. Pedi ajuda aos mentores
espirituais... Adormeci...
⁕ ⁕ ⁕
Era dia... Havia uma perseguição num clube e um jovem

(eu?) passou pelo meio de uma multidão... Ele saiu do local,
chegando em uma calçada.
“Estou projetado”, veio o saber. “Calma! Calma!”, tentei

serenar a mente. “Haverá confusão. Estou cansado e quero voltar
ao corpo!”, concluí...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei imediatamente para o corpo físico.
“Vou projetar consciente”, dei o comando mental,

quando voltei ao treino...
⁕ ⁕ ⁕
Vi o céu... Cortando as nuvens, voei com a força do

pensamento em velocidade acelerada. Logo, findando as massas
de vapor, vislumbrei o espaço escuro. “Saí da atmosfera
terrestre!”, percebi, assustando-me...
⁕ ⁕ ⁕
Retornei ao corpo novamente. Reiniciei a atividade...

caindo no sono...
⁕ ⁕ ⁕
Era noite... O local parecia o Umbral descrito no livro

Nosso Lar de Chico Xavier, o plano astral inferior, escuro,
medonho, apinhado de árvores petrificadas.
“Estou projetado!”, entendi. “Calma! Calma!”, procurei

serenar o padrão mental novamente.
Chegou uma multidão; então, entendi que eram espíritos

assediadores – também conhecidos como obsessores ou encostos.
Espalmei as mãos, exteriorizando energia. Rezei vários pais-
nossos, mentalizando uma luz divinal branca que saiu do céu e de
mim.
Mentores espirituais, entre homens e mulheres vestidos

de branco, apareceram, conduzindo o bando a outro lugar.
“Quero voltar ao corpo”, desejei...

Regressei imediatamente à base física, às 8h. Aconteceu
⁕
⁕
em 13/07/2016.
⁕
XIII
Acordei às 6h, mas ainda estava sonolento. Deitei-me,

voltando a dormir...
⁕ ⁕ ⁕
Num sonho perturbado com duas mulheres... eu voava...

Troquei forças, exteriorizando energia em um homem que
sumiu...
Logo, vi-me em meu quarto semiescuro, como na

aurora. Flutuei próximo ao telhado. Contemplei o ambiente,
fitando as mãos translúcidas do corpo astral, que brilhavam
candidamente – a cobertura de minha aura parecia possuir o
mesmo brilho.
“Estou projetado!”, veio o entender. Maravilhado,

pensei em olhar para o corpo, mas preferi tocar as telhas, e o fiz,
atravessando-as.
Depois não vi mais nada... só a escuridão. Forcei a

permanência na viagem astral, mas, lentamente...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo em catalepsia projetiva, sentindo a base

física vibrar em energia. Tentei decolar novamente, sem sucesso.
Despertei totalmente. Consultei o relógio: eram 7h50.
Anotei o fenômeno em 05/08/2016.

XIV
Havia pessoas em uma cidade de tom azulado. Eu

flutuava... “Como posso flutuar?”, pensei. “Estou projetado!”,
veio o assombro. “Vou subir até onde nunca fui antes, o mais
longe que puder ir. Vou para outro planeta!”, lancei o desafio.
Comecei a subir em direção vertical, penetrando a

atmosfera daquele local. Inicialmente o ritmo era lento, mas
gradualmente a aceleração foi tamanha que rasguei as estrelas na
velocidade da luz, como as naves da franquia Star Wars. Receoso,
penetrei o espaço escuro...
“Visão clara! Visão clara!”, dei o comando mental por

causa do visual turvo, sem sucesso. “Quarto! Quarto!”, tentei o
regresso...
Logo, evitei pensar na base física, causando o fim da

experiência; no entanto, não houve jeito... senti a queda no
espaço...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo na madrugada. Preguiçoso, pensei: “Vou

dormir, pois me lembrarei da projeção”, e apaguei, anotando o
ocorrido próximo do horário de almoço. Era o dia 20/08/2016.
XV
Acordei de um pesadelo às 5h30 e me deitei, dando o

comando: “Estou projetado agora!” Fiz isso várias vezes, até
quando adormeci...
⁕ ⁕ ⁕
Era noite... Falei com um ser semelhante a um

lobisomem:
– Sua situação de consciência é como estar projetado?
– Sim! – o monstro respondeu.
Entrei numa casa próximo de minha residência. Passei

por um corredor, adentrando um quarto. Jonas, meu irmão mais
velho, conversava com uma mulher...
Quase invisível flutuei próximo ao teto. “Estou

projetado!”, entendi. Observei o bate-papo, quando resolvi dar
uma voltinha. Atravessei a cobertura, estudando o ambiente. Vi o
nascer do Sol. Fiz um movimento bração, como nadando, pois,
senti dificuldade na locomoção.
Fora do local, comecei a flutuar rápido, tentando conter

a emoção. O corpo astral subiu como um “balão” e tive de
mergulhar para evitar a continuidade da subida; caso contrário,
iria me apavorar.
A coberta das casas era de telhas ecologicamente

corretas. Havia moradias e árvores – passei por algumas,
extasiado!
Entrei numa parede, repetindo o movimento do telhado;

no entanto, o deslocar era complicado.
Tudo ficou escuro. Tentei resolver o problema rápido,

receando a volta corporal. Na escuridão, sentindo dificuldade,
procurei continuar voando. “Quarto! Quarto!”, dei o comando
mental, permanecendo na mesma situação...
⁕ ⁕ ⁕
Senti a catalepsia projetiva... já no corpo físico. “Visão

clara! Visão clara!”, tentei enxergar espiritualmente, sem sucesso.
Eu queria voltar para o astral, mas não tinha mais jeito.

Consultei o relógio: eram 6h50. (Durante a projeção veio a
intuição forte: aproveite e se familiarize com seu veículo astral e
o ambiente extrafísico.)
Acordei disposto, feliz, sereno e confiante! Aconteceu

na data 27/08/2016.
XVI
Eu conversava com alguém sobre o veículo astral...

Logo, a pessoa falou sobre clarividência, a capacidade de ver o
mundo espiritual.
Senti intensa movimentação energética do peito até os

ombros, um movimento forte... Tudo ficou escuro...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo, sentindo a força energética e a reentrada

física. O ambiente estava pesado, como meu peito também.
Rezei, serenando o local.
O relógio marcava 3h. Aconteceu em 30/08/2016.

XVII
Três jovens andavam comigo em uma cidade

(Theresina?) de tom meio arroxeado. Havia pessoas... “Estou
projetado!”, entendi, entusiasmando-me.
“Vou mostrar a verdade para esses caras!”, pensei.

“Vocês estão fora do corpo”, afirmei mentalmente. Eles
duvidaram, pasmos, mas logo começaram a entender que eu tinha
razão.
Impelido, volitei, saindo do chão. Peguei na mão de dois

deles e tentei suspendê-los, com leve dificuldade; no entanto,
obtive êxito. Eles tentaram voar – como eu –, sem sucesso.
Logo rodopiei, voei e volitei, fazendo várias peripécias

no ar, extasiado! “Preciso estudar, fazer assistência. Ficar só
brincando não dá!”, refleti, lembrando os estudos sobre a viagem
astral.
⁕ ⁕ ⁕
Numa fração de segundos voltei ao corpo físico, que

estava cataléptico – a energia era vibrante.
Era madrugada. Sonolento e exausto voltei a repousar,

evitando anotar – tentei rememorar, sabendo que perderia
detalhes do fenômeno. Registrei tudo às 7h, na data 07/09/2016.
XVIII
Acordei às 5h e iniciei o exercício projetivo da indução:

“Estou projetado agora! Estou projetado agora!”, repeti
mentalmente até adormecer...
⁕ ⁕ ⁕
Num local de tonalidade branca, que parecia uma

empresa, pessoas estavam sentadas em mesas circulares, quando
veio o entender: “Estou fora do corpo!”
A visão era turva... Dei o comando mental: “Visão clara!

Visão clara!”, até a imagem clarear...
Eu estava sentado à mesa com uma simpática e linda

jovem alva. “Ela está me vendo! Como pode?”, pensei. Iniciei um
diálogo mental, mas não tenho certeza se fui compreendido.
“Vou volitar!”, desejei, começando a flutuar da cadeira

a um metro do piso, deslocando-me no espaço. Olhei ao redor,
avistando pessoas sentadas – algumas estavam em pé e
conversavam em frente de um balcão curvo. Fiquei eufórico e
assustado. “Tenho de manter a calma, caso contrário voltarei para
o corpo”, pensei, acalmando-me, mas novamente a perturbação
me assolou...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei à base física. Durante a projeção praticamente não

houve lapso de memória. A VA aconteceu em 21/09/2016.
XIX
Era dia... Eu andava com um garoto e outras pessoas...

Comecei a voar a mais ou menos um metro do chão. O menino
duvidou do fenômeno.
– Não está vendo que estou projetado! – provoquei.
Logo, dispersei-me deles. Voei alto, tentando ficar

sereno para não retornar ao corpo.
O ambiente era uma mata... Havia pessoas. “Vou salvar

esse lugar”, pensei.
Em seguida, cheguei num local apinhado de gente.

Conversei com uma simpática mulher:
– Não sei se estou no corpo físico ou astral, mas na Terra

não posso voar.
Procurei meu “outro corpo”, sem sucesso...

⁕ ⁕ ⁕
Acordei às 5h30, escutando uma voz masculina

fantasmagórica próximo de minha escrivaninha.
Foi uma projeção semilúcida, pois “no sonho” eu não

tinha certeza se estava projetado. Aconteceu na data 24/09/2016.
XX
Acordei às 5h20. Iniciei o exercício projetivo da

autoindução, quando apaguei...
⁕ ⁕ ⁕
Era noite... Na rua de um comércio próximo de minha

casa, olhei no rumo do lar. Eu não sabia se era o estado de vigília
ou sonho, até quando veio o entender: “Estou projetado!”
A visão era turva, enevoada e esbranquiçada, quando dei

o comendo mental: “Visão clara! Visão clara! Visão clara!”, sem
sucesso...
⁕ ⁕ ⁕
Despertei às 7h. Acho que a projeção veio ligada a

sonhos posteriores. O fenômeno aconteceu no dia 25/09/2016.
XXI
Às 5h30 iniciei o exercício projetivo: “Estou

projetado!”, quando adormeci...
⁕ ⁕ ⁕
Era noite... Eu e algumas pessoas éramos perseguidos

por ETs humanoides. Logo, uma leva dos alienígenas se
aproximou. Começamos a voar rápido... Muitos humanos foram
capturados. “Não posso ser apanhado porque estou projetado!”,
entendi.
A dificuldade no voo era grande, mas sabendo do estado

projetivo comecei a voar mais rápido e alto. Alguns agressores
alcançaram meus pés, e os chutei, exteriorizando luz pelas mãos.
“Vou sair da atmosfera e quero ver se eles me pegam!”,

pensei. Subi em velocidade acelerada... A rua deu lugar a prédios,
tamanha a distância. Deixei os extraterrestres longe. Contemplei

a cidade distante! Pensei estudá-la; no entanto, o assombro
impediu...
O susto me trazia de volta à base física. “Quero ver meu

corpo. Quero ir para meu quarto”, repeti várias vezes, sem
sucesso. Em escuridão profunda... tenso, eu já sentia o corpo
físico...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei para a base física. Consultei o relógio: eram 7h. a

VA aconteceu em 10/10/2016.
XXII
Acordei às 5h30 e comecei o exercício mental: “Estou

projetado agora! Estou projetado agora!”
⁕ ⁕ ⁕
Era dia, numa construção como uma escola. Havia

pessoas... Dispersei-me delas.
Andei por corredores, onde avistei um cômodo

semelhante a um quarto. Havia uma porta. “Vou atravessá-la!”,
pensei, e transpassei o objeto. “Como posso fazer isso?”,
interroguei-me.
Dentro do local entendi: “Estou projetado!” Observei a

parede de alvenaria e o parapeito da janela. Impelido, atravessei
novamente outra superfície.
Extasiado, deixei a construção, observando o local

bucólico, como árvores e relva amarelada, um campo aberto.
Senti vontade de alçar voo, quando subi mais ou menos

a uns 3 metros de altura, observando o local em giro de 360 graus.
“Devo ficar calmo, senão volto para o corpo”, ponderei,
assustado. Rapidamente serenei. Novamente, estudando o
ambiente, avistei casebres velhos.
O assombro me impediu de ir mais fundo...
⁕ ⁕ ⁕
Velozmente, retornei à base física – o campo energético

era latente. Escutei um silvo: “shiii!” Focado, reiniciei o exercício
projetivo...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao mesmo local, já sabendo estar em

desdobramento tamanho o nível de consciência. Refiz o percurso
anterior, as mesmas observações, sentindo sensações idênticas da
outra experiência.
Fitei uma das casinhas ao fundo, vendo com detalhe as

portas velhas e as janelas – a visão era telescópica, detalhista –,
quando um pensamento religioso me desequilibrou...
⁕ ⁕ ⁕
E voltei ao corpo. Tentei sair... Senti minha aura. Ouvi o

zunido novamente: “shiii!” Fui me recompondo aos poucos,
mentalizando os mentores espirituais. Senti a conexão, o êxtase!
Olhei o relógio: eram 7h30. O passeio extrafísico

aconteceu em 19/10/2016.
XXIII
Às 5h, iniciei o exercício autoindutivo. Em estado

cataléptico projetivo – conhecido como paralisia do sono –, senti-
me em forma ovalada – a energia circulava da cabeça aos pés em
círculos contínuos e suaves. “Sair!”, repeti, até o desprendimento
físico iniciar...
⁕ ⁕ ⁕
“Visão clara! Visão clara!”, ordenei... Vi-me num quarto

semelhante ao meu. Avistei um homem nanico – parecia um
menino –, mal e irritado, aproximadamente da altura de um metro
do piso. Espalmei as mãos, exteriorizando energias. A entidade
pulou numa janela luminosa, e sumiu...
⁕ ⁕ ⁕
Senti a volta à base física, e medo! Rezei, quando

percebi uma presença feminina doce à minha esquerda. Tentei
falar com a mentora espiritual, mas apenas ouvi uma voz
agradável. O fenômeno cataléptico se repetiu...
⁕ ⁕ ⁕
Novamente eu estava numa espécie de quarto. “Quero

voar!”, desejei, subindo em vertical até me aproximar do teto –
havia sancas nas laterais.
“Vamos, você consegue!”, incitei-me. Atravessei o teto

forrado... Nada vi. Transpassei uma porta e flutuei a um metro do
chão...
⁕ ⁕ ⁕
Retornei ao corpo físico. O processo aconteceu de

novo...
⁕ ⁕ ⁕
Eu estava em Londres (década de 50?). As ruas e casas

baixas eram alinhadas. Logo, dentro de uma residência, avistei
uma mulher, um menino e duas garotas – uma delas jogou o
garoto contra um sofá...
⁕ ⁕ ⁕
Acordei às 8h. O medo religioso cessou a experiência.

Anotei o ocorrido em 15/11/2016.
XXIV
Acordei às 5h30. Iniciei o exercício projetivo,

mentalizando o passeio fora do corpo...
⁕ ⁕ ⁕
Havia pessoas no mar. Logo flutuei, afastando-me da

maré. Iniciou a formação de um maremoto colossal. Vagueei
próximo dali, quando entendi: “Estou projetado. Não preciso
temer!” Acalmei-me.
Voei por cima do local, observando o impacto da onda

gigante. O mar acalmou. Continuei a contemplação onde estava,
quando entrei numa espécie de limbo...
“Quero prestar assistência. Quero ver a mentora. Ver a

mentora”, a mente repetia, até repentinamente aparecer uma
jovem esguia de cabelos roxos ou rosa-choque, que trajava roupa
clara. Estávamos numa espécie de quarto sem paredes (os objetos

eram invisíveis?).
Ela apertou um botão preto numa parede. Tinha água

abaixo, que começou a girar em alta velocidade como um
redemoinho. Maravilhado, pedi mentalmente: “Caridade!
Estudo!”, saturado da brincadeira. “Aproveite! Não se preocupe”,
a entidade parecia me aconselhar. A sequência se repetiu...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei para a base física às 7h. A data era 21/11/2016.

XXV
Era dia numa época distante... Eu – fora do atual corpo

físico – fugia com um companheiro de policiais em um matagal.
Havia muitos caminhos de terra. No mato, carros militares
chegaram e avantajada matilha – alguns cães eram brancos e
rajados de laranja; outros tinham muitas cores, como preto.
“Isso é impossível! Estou projetado”, espantei-me.

Comecei a levitar em altura mediana. “Haverá grande
dificuldade”, premuni...
⁕ ⁕ ⁕
Retornei à base física. O relógio marcava 5h13.

Aconteceu na data 17/12/2016.
XXVI
Era dia num casarão de um senhor abastado. Olhei o lado

externo da residência, avistando espaços quadrados de pedra,
pequenas plantas e barro marrom no chão. Havia sepulturas e
corpos espalhados – os cadáveres estavam como que
mumificados, esperando pelo sepultamento.
Eu, Jonas, uma simpática senhora e outra pessoa

conversávamos, quando um casal de idosos quase se curvou numa
das tumbas, praticamente “enfiando a face” para ver o morto.
– São entidades. Desencarnaram – afirmei; todos

concordaram.
Expliquei o processo do autodesassédio – ação espiritual

positiva em relação a si mesmo, evitando a atuação dominadora
de almas assediadoras –, como a técnica de fitar o espírito nos
olhos.
– Eles têm dificuldade em plasmar rostos – enfatizei.

Espalmei as mãos na direção das almas, exteriorizando

energia, sentindo que estava agindo errado ao me exibir, e parei.
As entidades olharam.
“Estou projetado!”, entendi. Tentei manter a calma,

receoso em voltar à base física.
Comecei a levitar na vertical, quando o grupo

esbugalhou os olhos. Ajudei a simpática senhora, a estranha e o
Jonas a flutuar – todos ficaram estupefatos! “Vocês estão fora do
corpo”, afirmei mentalmente. Eles entenderam, assombrando-se
mais ainda.
Lembrei de um alvo mental antes de dormir – meta

traçada para ser atingida na projeção consciente –, quando tentei
ir acordar uma ex-companheira, mas entrei numa escuridão
energética forte. Senti nosso campo áurico e nossos corpos. Lutei
para permanecer projetado; no entanto, a força era gigantesca.
Mentalizei o local da projeção, sem sucesso...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo físico, quando o despertador tocou às 6h.

Aconteceu na data 20/12/2016.
XXVII
Acordei às 5h. Iniciei o exercício projetivos de

autoindução, quando adormeci...
⁕ ⁕ ⁕
Dei-me conta na altura das nuvens, quando veio a

certeza da impossibilidade. “Estou projetado”, entendi.
A escuridão me perturbou e impelido, comecei a cair em

alta velocidade. A projeção cega, com visão turva, incomodava-
me, mas consegui manter o equilíbrio para continuar a
experiência.
Despenquei no mar... Senti a água. “Não preciso temer,

pois estou no corpo astral”, conjeturei...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei imediatamente para a base física. Consultei o

relógio, que marcava 5h30. Era a data 18/01/2017.
XXVIII
Acordei, mas sentindo sono. Entre 6h e 7h voltei a

adormecer novamente...
⁕ ⁕ ⁕
Uma ex-companheira saiu correndo de meu quarto,

atordoada, e parou na antessala, com os olhos esbugalhados.
– O que foi? – perguntei.
– Tem uma mulher olhando para mim! – ela disse.
– Aonde? – continuei.
Ela apontou para o quarto próximo da sala de estar.

Olhei, avistando uma entidade de meia altura.
“Estou projetado ou acordado?”, questionei-me, atônito,

sentindo-me mal.
Fitei o ser de fisionomia branca, semelhante ao

personagem Homem-Biscoito da franquia Shrek. Os olhos eram
circulares e brancos. Espalmei as mãos em direção ao espírito
intruso, exteriorizando energia. Fiquei atordoado...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo às 7h, sentindo a catalepsia projetiva. Ao

anotar, percebi a oportunidade desperdiçada de assistência
extrafísica. Aconteceu em 19/01/2017.
XXIX
Após ter estudado sobre projeção, deitei-me às 22h,

praticando a autoindução...
⁕ ⁕ ⁕
Era noite. Eu estava com uma amiga no centro de

Theresina – a arquitetura lembrava a prefeitura da cidade.
Observei o calçamento... Havia casas e muitas árvores. Longe, vi
se aproximar o maníaco da franquia Halloween. Pensei em entrar
em uma residência, mas percebi que perderia tempo.
– Corre, Lu! – falei.
Fugimos, quando o assassino começou a nos seguir.

Dobramos uma esquina... Por muito pouco ele não nos pegou.
– Corre forte, Lu! Não pare! – gritei.

Continuamos fugindo... Veio uma vontade de voar, e

iniciei o voo. No ar, entendi: “Estou projetado, pois é impossível
voar!”
– Voa, Lu! – berrei novamente; ela duvidou. –Voa que

você pode! – insisti, sem olhar para trás.
Subi sem parar, sabendo que o homicida não possuía o

mesmo recurso. Quanto mais eu subisse, mais seria difícil ele me
pegar.
Exausto pela experiência pesadelar, desejei voltar ao

corpo. Nesse momento cogitei retornar ao quarto e estudar a
máquina biológica...
⁕ ⁕ ⁕
Às 2h retornei à base física. Anotei a experiência em

14/02/2017.
XXX
Eu passeava em São Paulo, minha terra natal. Entre 23h

e meia-noite, eu assistia a vídeos sobre VA. Depois, iniciei a
autoindução, caindo no sono...
⁕ ⁕ ⁕
Era noite em Inhaúma, próximo de uma escola. Uma

quadra esportiva parecia estar em reforma – lembro dos detalhes
da estrutura de madeira. A lucidez era tamanha que pensei estar
em estado de vigília. O local era mal-assombrado. A sensação de
pesar incomodava. Expliquei para alguém que eu não via
fenômenos paranormais ali.
Logo, cheguei numa rua próximo da igreja da cidade.

Comecei a voar em diagonal, afastando-me dos postes. Lembrei
da explicação desses fenômenos de um dos especialistas em
projeções conscientes, o Saulo Calderon. “Estou projetado”, veio
o entendimento. Subi até me afastar da fiação, tentando manter a

tranquilidade por causa da euforia extrafísica.
Eu voava bem alto. “Preciso de um objetivo”, refleti,

quando lembrei de uma ex-companheira. Pensei na literatura de
outro pesquisador de VA, Luiz Roberto Mattos. Fechei os olhos,
focando na mulher, quando tudo escureceu. Senti o deslocar no
espaço...
⁕ ⁕ ⁕
Acordei às 2h20, sentindo uma sensação ruim. Anotei a

experiência em 26/02/2017.
XXXI
Após acordar, deitei-me às 6h30, entrando em catalepsia

projetiva fortíssima. Desejei sair do corpo...
⁕ ⁕ ⁕
Com dificuldade, subi em vertical. Vi meus braços

astrais, brancos e translúcidos, quando entendi: “Estou
projetado!” Rodei pelo quarto com paredes em tom de amarelo
intenso, voando baixo próximo ao telhado. Tentei ver o corpo
físico, sem sucesso, em projeção quase às cegas – a visão era
embaçada...
⁕ ⁕ ⁕
Logo, voltei ao corpo em catalepsia violenta. Meu pai

falava alto, mas o estado consciencial era tão intenso que
consegui focar na energia.
Um espírito, que estava acima de mim, chamou-me pelo

nome – a voz era doce. O pensamento religioso me fez rezar o
pai-nosso. “Em nome de Cristo, quem é?”, questionei
mentalmente, sem resposta...
⁕ ⁕ ⁕
Eu estava numa casa semelhante à minha, mas o quarto

tinha cômodos menores. As paredes pintavam um amarelo
intenso.
Voei lúcido da sala de estar até a sala de jantar, onde

encontrei um ex-colega de carreira, uma menina e uma mulher
numa cozinha – os dois primeiros estavam sentados à mesa, onde
havia muitos papeis e lápis.
“Vou mover objetos para provar a projeção”, pensei.

Usei a energia dele, fundindo-a com minha força, rodando um
lápis. O homem ficou atônito! Mexi outro objeto, e ele
permaneceu em assombro...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo físico em catalepsia energética forte...
⁕ ⁕ ⁕
Encontrei-me fora do corpo novamente. Subi até o teto,

rodopiei, girei e me inclinei para ver minha base física deitada.
Extasiado, vi a máquina biológica se mexer, mas era de um
homem loiro e obeso. “Não sou eu!”, espantei-me...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo de novo. Saí do estado cataléptico por

força da vontade. O relógio marcava 7h30. Consultei o
calendário: era a data 04/03/2017.
XXXII
Era noite... Eu parecia um cavaleiro Jedi de Star Wars.

Havia lutado duramente contra um homem malvado – lembrava
o Darth Vader (risos). Fugi, chegando perto de um precipício.
Pensei em voar... “Estou projetado”, entendi; mas, exausto pelo
combate, desejei voltar ao corpo...
⁕ ⁕ ⁕
Acordei às 4h30. A “viajada na maionese astral” ocorreu

em 13/03/2017.
XXXIII
Acordei após um pesadelo... Entrei em outro estado de

consciência...
⁕ ⁕ ⁕
Eu estava num local semelhante a uma favela... Era dia.

Avistei um ambiente de cima e impelido, mergulhei em voo,
como em um fosso no espaço. “Estou projetado!”, veio o saber.
Vi um colega lá embaixo, na calçada de uma das casas.

Traçamos uma comunicação mental. Procurei me manter focado,
sereno, sabendo que se não conseguisse ficar calmo voltaria ao
corpo físico. Extasiado, ele me viu voar.
Observei as casas, pessoas e objetos. Fiz manobra

rasante, mas estava cansado por causa da experiência pesadelar.
“Vou voltar para o corpo. Estou exausto!”, pensei...
⁕ ⁕ ⁕
Imediatamente voltei à base física. Consultei o relógio,

que marcava 1h20. Anotei o ocorrido em 23/03/2017.
XXXIV
Costumo dormir um pouco tarde. Depois de estudar

sobre VA, adormeci próximo de meia-noite...
⁕ ⁕ ⁕
Era noite em Inhaúma, próximo da residência de um

conhecido... Em meio a uma pequena multidão, percebi a
presença de uma atriz brasileira famosa, que tocou minha
genitália. Desejei, deixando que ela continuasse a aliciação,
sabendo que se ejaculasse não haveria problema...
Entendi que estava fora do corpo, com grau de lucidez

alto. Andei pela rua de casa, decepcionado com a providência por
causa do fiasco financeiro em meu projeto literário.
Vi uma jovem... A atriz, eu e a garota estávamos

próximo da esquina de um comércio, quando falei mentalmente
para a moça: “Tenho um segredo para te contar: você tem que se

lembrar que está fora do corpo!” A menina me fitou, com os olhos
esbugalhados. Nós três nos agarramos, alçando voo no rumo de
uma escola velha – a visão era turva. “Foquemos no mental da
artista”, intuí mentalmente...
Logo, eu estava voando com um concienciólogo –

novamente o visual estava comprometido. Ele me pareceu o
Osho, o guru indiano. Havia uma mulher. Falei a mesma frase
anterior... Chegamos a um local. O homem me repreendeu...
Havia um barco destroçado, que lembrava um cassino.

Passou-se longo tempo (horas?). Continuei chocado com o nível
de lucidez e o tempo. Sentei-me com o colega e iniciei um diálogo
mental: “É impressionante o grau de lucidez! Realmente é uma
perca de tempo dormir, se podemos ajudar espíritos no astral.
Nem vou pensar no Waldo, pois sei que ele não gosta. Você acha
certo viver financeiramente das experiências? Escrever sobre
elas?”
O colega titubeou, desconversando. Tentei acertar seu

nome; ele disse mentalmente: “É só um nome.”
“Evandro?”, insisti. Procurei não pensar no corpo ou me

desequilibrar, sabendo que caso acontecesse voltaria à base
física...
⁕ ⁕ ⁕
Despertei às 5h36. Registrei a experiência no diário em

09/04/2017. (Após pesquisa, descobri o nome do projetor.)
XXXV
Estudei bastante sobre viagem astral de 22h até depois

das 23h, quando adormeci...
⁕ ⁕ ⁕
Eu estava com uma turma de jovens, como em trailers.

Impelido, comecei a voar e veio o entendimento: “Estou
projetado!” Fitei um dos rapazes; estendi-lhe a mão. Ele atendeu
a sugestão de voo.
– Você está fora do corpo – eu disse.
Ele esbugalhou os olhos, estupefato! Rodeamos o local;

os colegas riram! Continuamos o trajeto cada vez mais alto, até a
visão ficar turva, esfumaçada... Assustei-me...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo. Consultei o relógio: eram 4h. A lucidez

da experiência foi bem alta. Escrevi o experimento em
14/04/2017.
XXXVI
Acordei às 4h. A “briga” para voltar a dormir foi grande,

mas me deitei às 6h, iniciando o exercício projetivo...
⁕ ⁕ ⁕
Parecia a cozinha de minha casa... Havia pessoas... Vi

espíritos perto da pia, como um idoso barbudo – eu sabia que era
uma alma desencarnada; os outros, não. “Estou projetado!”
entendi.
Logo, estávamos na sala de estar e o velhinho,

magricelo, mostrou-me um papel amassado que tinha 3
sequências de números em horizontal – a 1ª fileira de cima era
extensa; a do meio, pequena; a de baixo, mediana. Ele meio que
disse mentalmente para eu memorizar o código, mas pensei: “É
muito grande!”
Veio a ideação religiosa limitada; no entanto,

imediatamente o saber me recriminou. Depois, flutuei (no
quarto?). Estava escuro, em projeção às cegas. Usei o comando
mental “visão clara”, deixando a cegueira astral...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo físico às 8h. Anotei o ocorrido em

28/04/2017.
XXXVII
Li sobre VA às 21h. 22h assisti a vídeos sobre o mesmo

tema. Deitei-me às 23h...
⁕ ⁕ ⁕
Era noite. Eu estava num cortiço de ruelas estreitas,

quando comecei a descer uma escadaria. “Se voar vou morrer...
Estou projetado”, pensei.
Seguindo o protocolo, exteriorizei energias pelo

ambiente, percebendo que não havia onirismo. O grau de lucidez
era absurdamente alto.
Volitei, observando as paredes amarelas do local,

olhando com exatidão as ruazinhas em cruzamento, como no
trânsito. Deslizei sobre uma escadaria com facilidade... Havia
pessoas, entre elas minha mãe, uma senhora com uma criança, um
guarda que trajava roupa escura e segurava um cassetete, e o

amigo de um colega meu.
Na extremidade dali tinha um abismo. Senti medo de

morte, perdendo a lucidez, entrando numa espécie de sonho...
⁕ ⁕ ⁕
Acordei, sentindo um repuxão na nuca, como se uma

mão apalpasse o local. Consultei o relógio: eram 5h. anotei a
vivência em 17/12/2017.
PRESO NO CORPO
No ano de 2018 passei por um recesso projetivo, ou seja,

o relaxamento das VA’s lúcidas. Na verdade, até me lembro
vagamente de ter vivido experiências pesadelares, e costumo não
as anotar, pois são de carga emocional muito pesada.
Nesse mesmo ano vivi muitos problemas na vida
pessoal, profissional e financeira, provavelmente o motivo do
recesso astral. Daí a importância de mantermos o equilíbrio
emocional, pois deslizes mentais desse tipo atrapalham a
evolução espiritual, mostrando que a viagem astral ajuda no
avanço de nosso equilíbrio mental.
Vida que segue!
XXXVIII
Acordei às 5h, ficando insone até às 7h. Iniciei a técnica

de exteriorizar luz azul pelo chakra frontal (a visão espiritual,
localizada entre as sobrancelhas) e brilho dourado pelo chakra
coronário (localizado na região coronária), até quando
adormeci...
⁕ ⁕ ⁕
Era dia... O local parecia um apartamento. Avistei uma

calçada de mármore escuro e o mar, que queria invadir o local.
“É impossível!”, pensei, quando veio o entendimento: “Estou
projetado.” Olhei para trás, não vendo mais o prédio.
Impelido, alcei voo, observando um declive verdejante,

como uma colina. Senti medo; pensei no corpo...
⁕ ⁕ ⁕
O encaixe físico foi parcial, pois a catalepsia projetiva

era violenta – era nítido o desprendimento do corpo astral da
plataforma carnal. Em pensamento, dei comando firme para o
afastamento da base física...
⁕ ⁕ ⁕
A saída foi às cegas... Exteriorizei energia pelo frontal e

pelos palmochacras (centros energéticos localizados nas palmas
das mãos), quando a visão ficou nítida. Dentro de meu quarto
avistei o teto e as paredes avermelhados (rosados?), mas as cores
não condiziam com o físico (as paredes são brancas). Havia
luzinhas no teto... Em onirismo...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo físico. O relógio marcava 9h30. O
ocorrido aconteceu em 29/01/2019.
XXXIX
Era dia... Eu estava numa casa, como um sobrado,

quando me dei conta: “Estou fora do corpo!” Observei paredes
verdes e azulejos. Deu-me vontade de atravessar uma parede, o
que aconteceu – lembro da sensação, como um choque gostoso.
Foi rápido. Logo, entrei no cômodo, mas voltei para onde estava
antes.
Fitei uma porta... Novamente, impelido, tentei repetir o

movimento, em vão. Procurei atravessar mais cômodos, e nada...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo. Anotei o fenômeno em 21/04/2019.

XL
Era dia... Parecia muito a avenida de um dos bairros

vizinhos de onde moro...
No intervalo de um jogo apinhado de gente, eu estava

numa calçada com uma ex-companheira, que começou a se
escovar. Ela me olhou.
Subi rumo ao bairro onde moro, o Park, pelo lado direito

da rua, filosofando sobre a vida e espiritualidade. “Será se estou
acordado ou projetado?”, pensei, quando o nível de lucidez ficou
tão alto que cheguei à conclusão que estava em estado de vigília.
Durante a caminhada, avistei uma colega de centro

espírita, a Leya, que vestia uma blusa e bermuda clara. Ela se
aproximou de uma parada e começou a questionar pessoas sobre
algo. Pensei em chamá-la, mas segui...
Aproximei-me de um caminhão (acho que pertencia a

um açougue), onde homens tiravam carne para um comércio...
⁕ ⁕ ⁕
Despertei às 5h55. Anotei o acontecido em 06/07/2019.
XLI
Às 5h tive 5 catalepsias projetivas – a sensação era

deliciosa! Na última, senti o corpo astral sair da base física, mas
a clarividência estava turva. Exteriorizei energia pelo chakra
frontal, sem sucesso...
⁕ ⁕ ⁕
Despertei numa cidadela... Era dia... Havia lojas... Fitei

uma vidraça – tinha gente lá dentro. Uma velhinha me viu, veio
até mim, atravessou o vidro... e partiu...
Comecei a voar... Avistei ruas com calçamento de

paralelepípedo... e mais ruas... tudo ficou escuro...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo físico. Era a data 10/01/2020.
XLII
Era dia... Eu andava com um pessoal num local parecido

com o povoado onde meu pai nascera, o Curral Novo. Pelo chão
havia urtiga com abundância, quando lembrei de um sonho
semelhante... Comecei a voar... “Estou fora do corpo”, veio o
saber.
Avistei uma linda loirinha e a fitei. “Lembre-se disso

quando você acordar, pois está fora do seu corpo”, disse
mentalmente a ela.
Procurei por algo... Senti medo...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo físico. Relutei em anotar a andança

astral, pois era madrugada ainda. Levantei-me às 9h, lembrando
do ocorrido. Aconteceu em 22/03/2020.
XLIII
Era noite em Inhaúma... Eu estava sentado num banco

da praça da rodoviária local conversando com um colega. Minha
veste era o traje de dormir durante o período chuvoso: camiseta
branca e calça de moletom preta – lembro de ter observado a
textura do material. A lucidez era tão alta que pensei estar em
estado de vigília.
Caminhei pela calçada de uma antiga locadora de

videogames onde trabalhei entre 1994 até 1996, observando meus
pés descalços, preocupado com a sujeira.
Parei na casa de uma parente – vou chamá-la de tia Jô.

Observei a porta da casa dela, que estava aberta. Saíram da
residência ela e seu marido, ambos desencarnados. A aparência
do casal estava rejuvenescida, sadia. “É impossível!”, espantei-
me. “Eles não morreram? E a doença?”, continuei em assombro.
(Tia Jô falecera de câncer; seu esposo, de problemas mentais.)
“Estou projetado!”, entendi.

– Como a senhora está? – perguntei.
Recebi um carinhoso beijo dela no rosto.
– Estou bem! – ela disse, sorridente.
Assustei-me...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo. Despertei às 3h50. O encontro astral

aconteceu em 19/04/2020.
XLIV
Eu e garotos fazíamos sexo com garotas em um local que

parecia uma escola, quando me afastei... Tentei atravessar portas
e paredes, sem resultado. “Meu corpo é da mesma densidade
física”, entendi. Vi uma brecha no alto de uma parede e voei,
passando perto do telhado. “É impossível!”, escutei-me. “Estou
projetado!”
Havia pessoas em um pátio... Observei um senhor

sentado num banco – pensei ser o Waldo Vieira. Sentei-me ao seu
lado. Fitei-o bem, notando as diferenças físicas, como a barba
curta e olhos verdes – Waldo possuía barba longa e olhos
castanhos. Ele começou a explanar sobre ufologia. Espantei-me...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo. A viagem astral ocorreu em 03/05/2020.

XLV
Acordei às 5h. Vesti o short para não passar vergonha no

astral (risos)...
⁕ ⁕ ⁕
À noite, senti vontade de ver o rio Parnaíba pela avenida

Maranhão, e parti em voo. Observei a bela cena, quando veio o
entendimento: “Estou projetado!”, após achar estranho o ato de
voar. (O grau de lucidez era muito alto.)
Fechei os olhos... pensei em meu mentor espiritual.

“Estou disponível para o amparo fraterno”, disse-lhe
mentalmente.
Fui deslocado para uma minúscula residência. Observei

a sala e um quarto em penumbra, onde estava um jovem que sofria
de depressão e queria se suicidar.
Ele gostava de ser chamado de Ana; então, entendi ser

homossexual e vivia em conflito por causa de sua orientação
sexual. Depois de ouvi-lo, contei minha experiência com a
doença, encorajando-o:
– Tenho uma boa notícia para você: a depressão passa.

Sou a prova viva disso. Você sairá dessa situação mais forte!
No final da conversa, a pobre alma se sentiu melhor.

Aconselhei-o a sempre pedir orientação a seu mentor astral; ele
entendeu.
Sua família foi extremamente gentil comigo: o pai, a

mãe e uma jovem simpática.
– Preciso voltar ao corpo físico, pois se demorar muito

tempo aqui irei perder a rememoração – afirmei.
Eles queriam que eu ficasse mais um pouco; até

ofereceram comida, mas entenderam minha motivação, e parti...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo físico. Acordei me sentindo

extremamente bem, leve, uma alegria interna imensurável, o que
durou a maior parte do dia. Sinceramente, desejo do fundo de meu
ser que todas as pessoas no mundo possam passar por essa
experiência um dia!
Minha primeira assistência lúcida extrafísica aconteceu

em 10/05/2020.
XLVI
Acordei às 5h30 e iniciei o exercício: “Estou projetado

agora”, quando adormeci...
⁕ ⁕ ⁕
Era madrugada... como numa cidade interiorana.

Comemoravam o aniversário de alguém muito querido. Após a
festa, meus pais acharam melhor dormir por lá, depois da
insistência de amigos devido o regresso ao lar naquele horário ser
perigoso, fato que me deixou irado!
Meu pai ficou preocupado, pois queria pegar material

valioso em seu carro, que estava longe da casa onde estávamos.
Um homem simpático, alto e forte, prontificou-se; eu e Jonas o
acompanhamos.
Quando chegamos na calçada alta do local desejei

flutuar. “Estou fora do corpo”, veio o entendimento. Flutuei até o
piso, deixando meu irmão e o grandalhão pasmos!
– Vocês estão projetados – afirmei, animado.
Eles entenderam.
– Lembre-se de um alvo mental para você rememorar a

experiência – orientei meu irmão.
Ajudei-os a volitar... Na rua, o grandão alertou:
– É perigoso ali! – apontou para uma ruela.
– Vamos voar. Espíritos densos não voam – eu disse.
Novamente meu conselho foi seguido. Passamos por

meliantes, que nos encararam mal... Encontramos os carros.
Os bandidos vieram... Apressamo-nos em tirar os

pertences dos veículos.
– Vamos voar de novo – induzi-os.

Flutuamos alto, passando por cima dos criminosos, que

atiraram em nós com armas de fogo. Ensinei meus companheiros
a atirar energeticamente e disparamos contra os inimigos...
Voltamos bem a casa. Meu pai se acalmou ao ver o

material.
Ao partimos, descemos uma escada estranha de madeira

vagabunda. Todos reclamaram, quase quebrando o material –
houve onirismo até eu acordar...
⁕ ⁕ ⁕
Não lembro a hora que despertei, mas o Sol já brilhava

forte. Sonolento, relutei em anotar o fenômeno. “Depois
escrevo”, pensei, voltando a dormir. Registrei o ocorrido às 9h30,
em 05/07/2020.
XLVII
Após uma confusão numa festa noturna, saí do local para

a rua, quando avistei vários meliantes. Assustado, sem ver
escapatória por terra, desejei voar, e alcei voo. “É impossível!”,
assustei-me. “Estou projetado”, veio o entendimento.
Logo, raiou o dia... Entrei em um restaurante... Notei-me

de bermuda – a mesma que dormia. Observei as pessoas,
elegantemente trajadas, característica da zona leste de Theresina.
Aproximei-me de uma mesa, onde duas senhoras bonitas e
simpáticas me fitaram. Olhei uma delas de pele alva e cabelo
escuro.
– Você está encarnada? – questionei.
– Sim! – ela disse, sorridente.
Virei para a outra senhora, uma loira magra...
– E você? – eu quis saber.
– Estou encarnada – falou convicta.

Seu rosto começou a mudar de forma, formando a face

de uma asiática de cabelos escuros... Assombrei-me...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo. Sonolento, sem saber a hora, saturei

mentalmente a experiência para rememoração. “Depois anoto”,
pensei, voltando a dormir... Registrei o ocorrido às 8h, em
15/07/2020.
XLVIII
Acordei às 6h30 e iniciei o exercício autoindutivo...

Apaguei como uma rocha...
⁕ ⁕ ⁕
Era dia... em uma antiga escola na cidade de Inhaúma...

Numa fila com alunos jovens, eles desejavam que eu projetasse.
Na parte de fora do local, avistei o piso de areia. Eu e os

meninos brincávamos, quando comecei a flutuar alto... Fiquei
invisível. Eles pularam para me pegar – 2 deles eram enormes.
Devido a altitude, lutei para manter o emocional equilibrado,
temendo a volta física.
Alguns alunos conseguiram tocar meus pés, e chutei-os

levemente nas mãos e em seus troncos para comprovar a
experiência...
Acordei às 8h30. A “brincadeira astral” aconteceu em
⁕
⁕
27/07/2020.
⁕
XLIX
Acordei às 6h e dei início ao exercício autoindutivo...

Apaguei profundamente...
⁕ ⁕ ⁕
Chegava a aurora em Inhaúma... Eu voava pela praça da

igreja local com um menino fugindo de um vilão... Numa rua,
havia vários guardas vestidos de preto que empunhavam armas...
Deixei a criança com seus pais... Logo, a paisagem ficou vazia...
Girei em rodopio sem parar, achando aquilo impossível,

quando veio o entendimento: “Estou projetado!”
Ainda eu me sentia meio assustado pela experiência

pesadelar, intuindo-me a ficar calmo, caso contrário, perderia a
experiência.
Girando alto no ar, procurei voar mais baixo, quando me

aproximei do telhado da casa cristã. Cheguei no pátio principal
do local, sentindo o som da revoada, extasiado!
“Por que sonho e projeto tanto aqui?”, inquietei-me...
Senti medo de ver espíritos, lembrando do histórico

assombroso daquela área... Amedrontei-me...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo. Despertei às 8h. O episódio aconteceu

em 06/08/2020.
Acordei às 5h, fiz minha dieta e voltei a me deitar. Tentei

o exercício da autoindução, quando apaguei...
⁕ ⁕ ⁕
O Sol começou a raiar... Eu estava deitado em uma

cama. Vi uma formiga perto do travesseiro e procurei tirar o
inseto dali...
Havia duas pessoas no ambiente, um garoto e um

homem.
– Isso pode ser sinal de abrir a lucidez – o adulto deu um

toque, referindo-se ao surgimento do animal.
Logo, mais formigas surgiram... Espantei-as...
– Estou projetado! – veio o susto.

Eufórico, observei meu grau de lucidez, que era muito

alto.
Os animaizinhos sumiram...
Fitei o adulto. Reparei ser um projetador brasileiro

conhecido, esbelto e mais jovem. Esforcei-me para falar com ele,
pois a emoção era tão grande que a voz travou...
⁕ ⁕ ⁕
Acordei às 7h. A vivência extrafísica aconteceu em

15/11/2020.
LI
Era noite em Inhuma, próximo da esquina de um

comércio. Eu estava envolvido com mulheres que pareciam
desenhos invisíveis, com contornos brancos e translúcidos –
característica do onirismo. Até beijei uma delas...
Andei até a rua da casa onde morava, quando veio o

entendimento: “Estou fora do corpo!” O grau de lucidez era muito
alto.
Senti dificuldade em pensar, mas consegui soltar o

pensamento para o Mentor: “Estou disponível para o auxílio
fraterno.” Não percebi qualquer presença ou sinal de resposta.
Questionei sobre minha ligação com aquele local, pois

os sonhos e projeções são abundantes ali.
Continuei caminhando pelas ruas na direção da igreja

local, notando a diferença na arquitetura das casas. O ambiente
estava muito escuro, então usei a visão telescópica, fitando o

detalhe de portas e janelas.
O embate religioso e maus pensamentos começaram a

me assombrar, mas consegui mantem um padrão mental
satisfatório.
Fiquei com medo ao observar a escuridão...
⁕ ⁕ ⁕
Voltei ao corpo. Despertei às 2h. Aconteceu em

27/12/20.
VIDA ASTRAL
VIDA FÍSICA
E
CAUSE UM IMPACTO NO
MUNDO
A partir de 2015 comecei a compilar minhas

experiências fora do corpo em um diário onde eu já anotara meus
sonhos, o Diário do Sono (DS).
Na viagem astral você aprende a ser cocriador(a); logo,
aprendi que se posso criar minha realidade, não posso ser tolo de
desejar uma existência sofrida. Podemos evoluir sem sofrer.
Hoje, possuo autoestima e equilíbrio emocional, na
medida do limite humano, presentes que ganhei ao meditar,
estudar espiritualismo e trabalhar fora do corpo ajudando os mais
necessitados. O amparo fraterno extracorpóreo acelera nossa
evolução espiritual. O grande propósito da viagem astral é ajudar
os seres do astral presos ao mundo físico a voltarem para seu
verdadeiro lar – o astral –, e evoluirmos consciencialmente
através do emocional equilibrado.
Tenho o hábito de meditar uma hora por dia, prática que
potencializa a VA lúcida. Iniciei esse exercício desde 2012.
Desde então nunca mais senti crise de gastrite nervosa. A Monja

Coen, monja zen budista brasileira, tem um trabalho maravilhoso
na internet sobre o budismo. Técnicas meditativas podem ser
encontradas no seu canal do YouTube, cursos e em livros. Fica a
dica.
Leio diariamente uma hora sobre espiritualidade antes
de dormir (estimula a alma a se projetar conscientemente do
corpo físico durante o sono), e assisto a vídeos sobre o mesmo
tema em seguida, geralmente entre uma ou duas horas,
dependendo dos compromissos diários. Uma das técnicas
projetivas mais eficazes é saturar o subconsciente antes de
dormir. O mecanismo funciona muito bem comigo.
Indico como fontes de estudo o trabalho dos mestres
brasileiros sobre viagem astral Wagner Borges, Saulo Calderon,
Nanci Trivellato e Laercio Fonseca. Todos possuem canais no
YouTube e sites, com farto material gratuito ou pago entre livros,
vídeos e cursos com temáticas como projeção da consciência e
mediunidade.
Aprendi e continuo aprendendo através da jornada
espiritual, durante todo esse processo de pesquisa e vivências
sobre a evolução da consciência, que devemos aprender a amar
nosso semelhante, a fauna e a flora, e principalmente a nós
mesmos, num aprendizado de autoestima, equilíbrio emocional e

vivência fraterna. Dessa forma, os maiores beneficiados que
evoluem consciencialmente são os buscadores da verdade. Como
o grande Saulo Calderon gosta de dizer: “Conhecimento é
caminho sem volta.”
Use seus conhecimentos e seus dons para causar um
impacto no mundo.
Pense positivo. Faça o bem.

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O DESPERTAR DA ALMA

Todos os direitos reservados.

Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou

Capa: Hugo Leonardo Aguiar

Aguiar, Hugo Leonardo. Viagem Astral: o despertar da

WhatsApp: (86) 99998-7108

A VIDA É UMA ESCOLA

Você já sofreu depressão ou conhece alguém que passa

Melhorei durante algum tempo. Em 2003 fiquei

Passei anos estudando sobre as experiências que passei

especializadas no assunto. VA é a capacidade anímica que

No ano de 2012 entrei para o espiritismo. Em 2014

Waldo também propôs a conscienciologia, ciência que

Comecei a debruçar-me sobre VA arduamente desde

Em 2015 conheci a IAC – International Academy of

organização que me inscrevi em um curso sobre projeção da

Após dias de estudo me dediquei disciplinadamente,

Dois meses depois tive minha primeira VA lúcida,

Vou narrar minhas experiências fora do corpo lúcidas e

Aperte bem seu cinto, porque nossa viagem astral será

Preparei-me para dormir normalmente; no entanto, mal

Eu estava na nascente de um rio, quando uma pessoa

– Nos prevenimos para não sermos atacados! – por

Voei por debaixo de uma ponte de concreto, chegando

Observei o chão coberto de folhas amarelas, laranjas e

árvores era incontável, de troncos cilíndricos, tão altos que não

Eu não via meu corpo. Aproximou-se um animal –

“Estou fora do corpo pela primeira vez!” – cônscio,

Eufórico e assustado rezei um pai-nosso, procurando me

Observei o local, num giro de 360°. Impelido, pensei em

Voltei imediatamente ao corpo físico. Despertei às 5h,

A experiência ocorreu em 18/04/2015, como um

Era noite num sobrado. Um colega chegou procurando

– Que bom você ter trazido um facão e um cachorro –

– Eh, tem razão! – o amigo agradeceu.

– O Jefferson ficou aqui pouco tempo – expliquei.

– Você vai para a Itália ou Espanha? – ele perguntou.

– Talvez São Paulo, para divulgar os livros. Depois, sim,

Quatro carros luxuosos passaram pelo térreo – um tinha

mesmo. Manobras perigosas foram executadas; os motoristas

– Bate mais forte! É para tirar a cor dos carros – alguém

Uma pancadaria automobilística começou...

Senti vontade de pular, e saltei, sem corpo. A distância

Voltei ao corpo físico, despertando – a sensação era

Avistei uma imagem semelhante um braço espectral

Eu andava numa rua escura, quando avistei uma casa de

“Não preciso temer, pois estou projetado!”, veio a

O corpo dele começou a perder a opacidade; então,

Procurei meu cordão de prata (ligação entre os corpos

Meu corpo começou a brilhar, ficando branco e

Pensei em voar, quando comecei a levitar alguns

“Você lembra 1993?”, ele perguntou telepaticamente.

Não respondi, temeroso, voando alto. Assombrado,

Percebi a viagem de volta, tanto no astral quanto na

À noite, eu, o Jota (primo meu) e o Gabriel (meu irmão)

O Jota subiu uma rua, como uma favela... Havia

– É um assalto! – eles anunciaram, e um deles puxou

– Saca o revólver! – induzi meu primo que atendeu,

– Corre! – gritei, sendo atendido imediatamente.

Os ladrões os perseguiram... Resolvi “seguir voando”.

Fitei o chão, observando a caçada. Os meliantes se

“Estou projetado!”, entendi. “Para que sentir medo?”,

Um carro estava estacionado à minha frente. Fiquei na