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Pessoas e personalidades

— Espelhos vaidosos 1
— Expressões e personagens de Aleijadinho 3
— Aprendendo com a arte indígena 5
Índice – 4ª série

— Retratos divertidos 7
Arte e trabalho humano

— Conhecendo Tarsila do Amaral 9


— Conhecendo Poty Lazzarotto 11
I
— Conhecendo Cândido Portinari 13 4ª série

Arte e natureza

— Homenagem à natureza 15
— Criando mosaico para Cézanne 17
— As cores falam 18
— Anita Malfatti é o tema 20
Recriando objetos

— Objetos utilitários de diferentes épocas 22


— Criação de objeto pop 24
— Porta-treco pop 26
— Brinquedo que voa 27
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Orientações metodológicas
Com a Lei 9 394/96, o ensino de Arte tornou-se obrigatório nos diversos níveis de educação básica, considerando sua condição de conhecimento humano e histórico. Tratada
anteriormente como mera experiência de sensibilização e conhecimento genérico, a disciplina atualmente objetiva promover o desenvolvimento cultural e estético dos alunos, por
meio de práticas de produção e apreciação artísticas, fundamentais à formação e ao desempenho social.
Fundamentado na legislação vigente e nos princípios básicos de ação pedagógica constantes dos Parâmetros Curriculares Nacionais, o material de Arte da Editora Dom Bosco
sistematiza o processo criativo de ensino e aprendizagem, para dar suporte teórico e prático às aulas desta disciplina. A metodologia adotada permite que o aluno compreenda a arte
como conhecimento voltado para um fazer e apreciar artístico e estético, bem como para uma reflexão sobre a história e o contexto social.
O material abrange quatro aspectos fundamentais:
— história da arte — estudo do contexto, dos fatos artísticos e das diferentes formas de manifestações plásticas;
— análise — apreciação, reflexão, entendimento e releitura de obras;
— estética — filosofia que busca o conhecimento da arte por meio de reflexão sobre ela;
— fazer artístico — produção de trabalhos de arte.
Os conteúdos apresentados no material de arte favorecem o desenvolvimento de projetos interligados às diferentes áreas de conhecimento, articulados sob a perspectiva das
três categorias que organizam a construção do pensamento crítico: intenção, comparação e trabalho criador.
Pela análise da categoria da intencionalidade, o aluno é levado a compreender a intenção do artista ao compor determinada obra, como se deu a escolha do material que a
constitui e a significação histórico-social das diferentes correntes artísticas.
Pela comparação analítica entre diferentes produções artísticas, o aluno compreende a variedade de tendências, o modo como as obras foram concebidas pelo homem em
diferentes momentos da história e a função que exercem em cada sociedade.
O trabalho criador é resultado da articulação entre a intenção e a comparação. Depois de observar e analisar linguagens artísticas, compreendendo-as quanto à diversidade
histórico-cultural, o aluno está apto para escolher e manipular materiais, criando ou recriando a própria obra.
Mediante reflexão, reelaboração imaginativa e experiências realizadas no decorrer do processo, de acordo com a realidade cultural do aluno, pretendemos fomentar a idéia de
que vivemos numa sociedade multicultural, na qual podemos confrontar valores, crenças e competências culturais.

Encaminhamento metodológico
Para o pleno desenvolvimento do trabalho proposto, é necessário observar alguns aspectos importantes quanto aos procedimentos de criação (liberdade de expressão),
aplicabilidade dos conhecimentos, formas de avaliação e condução dos projetos, no espaço da sala de aula.

Criação
Tanto os temas do referencial teórico quanto as técnicas desenvolvidas por meio de projetos permitem que o aluno adquira conhecimentos teóricos e práticos sobre arte. Tais
conhecimentos possibilitam que ele compreenda os processos da arte, organize a realidade e se envolva na construção ativa da sua capacidade intelectual para operar com
II símbolos, idéias, imagens e representações.
4ª série
Aplicabilidade dos conhecimentos
O desenvolvimento dos temas fundamenta-se em conceitos e conteúdos relevantes da história da arte e na possibilidade de troca de experiências entre alunos e professor.
Assim, aqueles são levados à leitura e à reflexão de obras de arte e a práticas de produção em formas de projeto. Por meio dessa sistemática, ele aprende a apreender, a reler e a ler
criticamente a realidade.

Avaliação
O professor deve acompanhar e orientar cada etapa da evolução do trabalho dos alunos.
Em conjunto com eles, no final de cada projeto, também lhe cabe avaliar a produção, observando o grau de compreensão individual e coletivo.

Condução dos projetos


Preparação do professor
1. Ler com atenção todo o projeto antes de aplicá-lo.
2. Executá-lo seguindo todos os passos, a fim de detectar as possíveis dificuldades antes de realizá-lo com a turma.
3. Observar a disponibilidade do material necessário antes de iniciá-lo.
4. Organizar a sala de aula, dispondo móveis, materiais e espaço para armazenamento e secagem dos trabalhos, bem como forrando as mesas com papel Kraft, sempre que
necessário.
5. Promover clima de confiança, descontração e liberdade com responsabilidade.
6. Observar atitudes e dificuldades dos alunos durante o processo.
7. Selecionar trabalhos produzidos pelos alunos para exposições no decorrer do ano, observando que todos tenham trabalhos expostos.

Execução
1. Iniciar cada projeto pelo referencial teórico, explorando as concepções prévias, as imagens e informações contidas no material. Promover momentos de reflexão,
pesquisa, visita a museus, galerias de arte, ateliês, monumentos, bibliotecas, sites e motivar os alunos à descoberta, ao desenvolvimento cultural e à apreciação da arte.
2. O próximo passo é o fazer artístico. Por meio de projetos de trabalho, buscar expandir a experiência e a consciência criativa em todos os aspectos das artes visuais,
através de pintura, desenho, gravura, escultura, arquitetura, fotografia e outras modalidades artísticas.
Seguindo passo a passo os procedimentos, os alunos exploram idéias e técnicas novas, decidem o resultado de seu trabalho. Habilidades e responsabilidades são
evidenciadas por meio de decisões individuais.
O espaço de registro é destinado a estudo, pesquisa e síntese do trabalho.

Estrutura do material
O material de arte desenvolvido para o Ensino Fundamental (1º e 2º ciclos) consta de Manual do Professor e Material do Aluno.
No Manual do Professor, a organização das informações está estruturada em três partes:
— Caracterização — ficha com dados gerais sobre o projeto (técnica a ser desenvolvida, tempo de duração em número de aulas, estratégia a ser adotada para a execução da
técnica, material necessário e sugestões de material alternativo.
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— Organização e descrição das ações — referencial teórico composto de textos e roteiros explicativos, ilustrados passo a passo, para a execução do trabalho.
Alguns projetos também apresentam procedimentos alternativos (variações da técnica), assegurando as necessidades regionais de diferentes processos produtivos.
— Referências bibliográficas — relação de livros, periódicos, sites e outros materiais para consulta e/ou pesquisa complementar.
O Material do Aluno compõe-se de uma pasta contendo folhas de projeto.
— Para Ensino Fundamental (1ª a 8ª série) e Ensino Médio, as folhas de projeto apresentam o referencial teórico e os procedimentos para a execução do projeto. Nas folhas, há
espaço destinado ao registro do trabalho, isto é, ao estudo da técnica — pintura, desenho, gravura, escultura, atividades de recorte e colagem.

Programação
Duração
Projeto Tema / Atividade Objetivos Aspectos abordados
mínima

Pessoas e Espelhos vaidosos – explorar criativamente a transparência e a – integração com história 2 aulas
personalidades reflexão de imagens da arte – Renascentismo
– compreender a contextualização histórica – apreciação estética e
do uso dos vitrais e espelhos na compreensão da
Antiguidade realidade expressa em
obras apreciadas –
Expressões e – vivenciar a expressão tridimensional pela 2 aulas
Aleijadinho
personagens de criação de fisionomia em barra de sabão
– percepção visual e tátil
1º bimestre Aleijadinho – reconhecer o valor estético-cultural das
– organização espacial
obras de Aleijadinho
– elementos visuais:
Aprendendo com a arte – valorizar a expressão artística indígena textura, forma, plano, 3 aulas
indígena – explorar e articular elementos expressivos linha, cor
pela confecção de máscaras – qualidades plásticas:
– desenvolver conceitos estéticos com o equilíbrio, harmonia e
uso de cores e volumes ritmo
Retratos divertidos – explorar as expressões faciais – 2 aulas
linguagem não-verbal
– pesquisar expressões faciais em III
desenhos e pinturas 4ª série

Arte e trabalho Conhecendo Tarsila do – identificar e apreciar elementos estéticos – integração com história
2 aulas
humano Amaral da produção de Tarsila do Amaral da arte – modernismo
– articular a linguagem poética de Tarsila do – apreciação estética e
Amaral com o cotidiano e a história compreensão da
– explorar criativamente a temática social realidade expressa na
obra de Tarsila do
Conhecendo Poty – conhecer obras de Poty Lazzarotto, inter- 3 aulas
Amaral, Poty Lazzarotto e
Lazzarotto relacionando-as a contextos sociais
Cândido Portinari
– explorar a expressão gráfica e pictórica
2º bimestre – percepção visual e tátil
pela confecção coletiva de mural
– organização espacial
– temáticas sociais
Conhecendo Cândido – vivenciar coletivamente o fazer artístico – trabalho coletivo –
2 aulas
Portinari pela confecção de mural construção de mural
– conhecer características da produção – elementos visuais: forma,
artística de Portinari, inter-relacionadas plano, linha, cor
às de outros artistas – temática, traços, – qualidades plásticas:
cores, personagens equilíbrio, harmonia e
ritmo
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Arte e natureza Homenagem à natureza – articular conhecimentos entre a – integração com história 3 aulas
preservação ambiental e a arte da arte – Pós-
– desenvolver a habilidade criativa pela Impressionismo,
produção de escultura com gravetos Abstracionismo e
Modernismo
Criando mosaico para – desenvolver a habilidade criativa pela 2 aulas
– apreciação estética e
Cézanne confecção de mosaico
compreensão da
– explorar a expressão plástica por meio de
realidade expressa na
desenho e colagem
obra de Kandinsky,
– conhecer elementos estético-culturais da
Cézanne e Anita Malfatti
3º bimestre obra de Cézanne
– percepção visual e tátil
– organização espacial
As cores falam – explorar a expressividade cromática e 2 aulas
– temáticas sociais
suas combinações
– elementos visuais:
– conhecer a obra de Kandinsky – modo
volume, forma, plano,
de explorar as cores
linha, cor
Anita Malfatti é o tema – conhecer Anita Malfatti pela observação – qualidades plásticas: 2 aulas
e análise de suas obras de arte equilíbrio, harmonia e
ritmo

Recriando objetos Objetos utilitários de – conhecer, por meio de objetos utilitários, – integração com história
2 aulas
diferentes épocas valores de diferentes culturas da arte – Pop Arte
– explorar a expressão plástica tridimensional – apreciação estética e
– desenvolver a habilidade criativa pela compreensão da
colagem de recortes realidade expressa nas
obras observadas
Criação de objeto pop – refletir sobre a Pop Art e a indústria do 2 aulas
– percepção visual e tátil
consumo
– organização espacial
– entender o desenho como meio de
– temáticas sociais
comunicação visual
– trabalho coletivo –
4º bimestre – explorar a projeção e a transparência dos
construção de mural
materiais
– elementos visuais: forma,
IV – desenvolver a habilidade criativa
plano, linha, cor
4ª série – qualidades plásticas:
Porta-treco pop – vivenciar as referências da Pop Art na 2 aulas
confecção de objeto equilíbrio, harmonia e
– explorar a imaginação ritmo

Brinquedo que voa – vivenciar a confecção de brinquedo como 2 aulas


atividade infantil
– explorar a imaginação criadora
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Arte
Pessoas e personalidades 1

Espelhos vaidosos
Caracterização
Tema / Atividade espelhos vaidosos
Técnica pintura sobre espelho
Objetivo(s) – explorar criativamente a transparência e a reflexão de imagens
– compreender a contextualização histórica do uso dos vitrais e espelhos na Antiguidade
Duração mínima duas aulas
Estratégia composição de vitral sobre superfície espelhada
Material necessário para cada aluno, espelho de aproximadamente 20 x 20 cm, pincel; para cada quatro alunos,
pasta-relevo cinza; para a sala, verniz vitral em cores variadas, panos de limpeza, papel Kraft;
para uso do professor, solvente, bandeja de prata, espelho
Material alternativo placa de vidro substitui espelho; cola colorida, a pasta relevo; jornal, papel Kraft

1
4ª série

Descrição das ações


Referencial teórico

Vitral é um tipo de vidraça com caixilhos


metálicos e vidros coloridos que representam
cenas ou personagens. Para trabalhar vitrais, o
artista precisa de pedaços coloridos de vidro,
que une com o uso de chumbo, compondo uma
espécie de mosaico.
O uso de vitral nas janelas iniciou-se na
Idade Média, com a arte gótica. Constituía-se
num processo longo e difícil. Após o vidro
derretido, fundido à temperatura de 550OC na
fornalha, adicionavam-se as cores; era então
cortado em placas com o uso de diamante.

Chartres — Catedral. Rosácea, do transepto norte


Chartres — Catedral. Vitral de
Notre Dame de la Belle Verrière,
no coro sul

No detalhe do vitral, observa-se a forma com que a luminosidade colorida produz efeito admirável, somando a cor à
transparência. O uso do vidro já era conhecido por vários povos da Antiguidade, como os babilônicos, por exemplo.
A transparência e a reflexão da imagem sempre fascinaram o homem, desde os períodos mais antigos da história.
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Neste exemplo se vê um espelho etrusco
confeccionado por volta do século VI a.C.,
revelando a vaidade humana e a necessidade
estética no cotidiano.
Os antigos egípcios já conheciam o
espelho. Não era ainda o espelho de vidro e,
sim, de bronze polido com areia, não refletindo
imagens muito nítidas. Homens e mulheres passaram a se
contemplar mais tarde em espelhos de prata, cujo reflexo também
não era perfeito. Esses espelhos eram trabalhados com muita arte,
apresentando formas e cabos elegantes.
Espelhos de vidro, ancestrais dos que possuímos hoje,
começaram a ser feitos em Veneza, ano 1300, obra de artesão
desconhecido. Cobria-se o lado de trás do vidro com mercúrio e
estanho. Assim, a superfície dessa liga metálica tinha grande capacidade de
reflexão.
O espelho aparece como símbolo em muitas representações pictóricas. Aprecie a
composição O Casamento dos Arnolfini, de Jan van Eyck (1390—1441), cujo
espelho na parede simboliza a pureza entre o casal.
Jan van Eyck — O casamento dos Arnolfini — 1434 — óleo
sobre madeira — 81,8 x 59,7 cm — National Gallery, Londres

Esta proposta visa a apreciar a reflexão das imagem e a transparência presentes nas imagens de arte e do dia-a-dia.
Peça aos alunos que peguem cada qual um espelho e se observem, modificando a expressão facial.

2 Procedimentos
4ª série
1. Observe detalhes, com os alunos, espelho. A ponta da bisnaga da Mantenha a sala bem-ventilada, em
dos vitrais representados no pasta deve ficar bem próxima da função do cheiro forte da tinta em uso.
referencial teórico, mencionando superfície para produzir efeito Caso os alunos explorem linhas e
que a maioria possui motivos satisfatório. desenhos abertos com a pasta e a
religiosos, por ser estilo da tinta, posteriormente criarão efeitos
5. Coloque os trabalhos para secar e,
arquitetura das igrejas na época. de mistura de cores, gerando
com ajuda dos alunos, organize a
2. Conte o histórico da fabricação do sala e os materiais utilizados. outros resultados.
espelho. Leve bandeja de prata e 8. Coloque os trabalhos para secar.
6. Na aula seguinte, os alunos forram
espelho para que os alunos Recolha os pincéis e encarregue-se
as mesas com papel Kraft e vestem
comparem a qualidade do reflexo. pessoalmente de limpá-los com
aventais. Devolva os espelhos aos
3. Peça que escrevam o nome no alunos. solvente.
verso do espelho, com lápis grafite 9. Organize mostra dos vitrais num
7. Disponibilize potes de tinta verniz
2B. Alerte-os para a fragilidade suporte.
vitral em cores variadas e pincéis,
desse material.
para pintarem as formas feitas em
4. Disponibilize pastas-relevo para pasta-relevo.
que eles desenhem no contorno do

Outras possibilidades
Os alunos ouvem trechos do canto gregoriano enquanto observam imagens de vitrais das igrejas góticas, imaginando o
contexto medieval em que eles foram elaborados.

Variações de atividade
Desenvolver a atividade com os mesmos recursos da tinta e da pasta de relevo, variando a superfície de aplicação: placa de
vidro plana e transparente, prato de vidro, potes de produtos (vazios), garrafas.
Pintar o vidro de proteção do porta-retrato, deixando papel branco no fundo para destacar o desenho. Um espelho pode
substituir esse vidro, aplicando o mesmo recurso para a pintura.
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Expressões e personagens de Aleijadinho


Caracterização
Tema / Atividade expressões e personagens de Aleijadinho
Técnica escultura em sabão
Objetivo(s) – vivenciar a expressão tridimensional pela criação de fisionomia em barra de sabão
– reconhecer o valor estético-cultural das obras de Aleijadinho
Duração mínima duas aulas
Estratégia criação de expressão fisionômica esculpida em barra de sabão
Material necessário para cada aluno, sabão-de-pedra, lápis grafite 2B, saco plástico tamanho A4, etiqueta
adesiva, pincel, esteque; para toda a sala, tinta plástica em cores variadas, panos de limpeza,
palitos de fósforo e sorvete, papel Kraft
Material alternativo jornal substitui papel Kraft

Descrição das ações


Referencial teórico
A representação plástica em toda a história da arte traduz a forma de visualizar o
mundo de cada civilização, em relação à realidade, aos valores, às angústias, às
fantasias. Esses aspectos se identificam na forma artística de representar. O estilo
barroco no Brasil desenvolveu-se associado à religiosidade, mesclado com a
3
representação de elementos brasileiros — frutas tropicais, anjos mulatos. 4ª série
No século XVIII, o arquiteto português Manuel Francisco Lisboa e sua escrava,
Isabel, tiveram um filho, Antônio Francisco Lisboa, em 1730 ou 1738, artista que
desenvolveu um trabalho de integração entre escultura, arquitetura, talha e pintura.
Antônio Francisco Lisboa ficou conhecido por Aleijadinho, porque passou a
sofrer de uma doença degenerativa aí pelos 50 anos, o que dificultou sua produção
de forma crescente.
Retrato de Aleijadinho em pintura de Jair Inácio — Igreja
Aleijadinho é considerado um extraordinário arquiteto e escultor barroco, cujas
de São Francisco de Assis, Ouro Preto, Minas Gerais
obras estão expostas nas cidades históricas de Minas Gerais — Congonhas do
Campo, Ouro Preto, Mariana e outras.

Aleijadinho imprimiu estilo pessoal em sua produção, apesar da


influência das esculturas barrocas da Europa, que conheceu através
de gravuras. Dentre suas diversas obras, destacam-se Os Profetas,
conjunto de 12 esculturas em pedra que representam as figuras
bíblicas dos profetas citados no Antigo Testamento. Eles
complementam o cenário idealizado e concretizado no Santuário do
Bom Jesus de Matosinhos, na cidade mineira de Congonhas do
Campo, recepcionando e acompanhando o visitante pelas
escadarias que conduzem ao adro da igreja.

Aleijadinho — Santuário do Bom Jesus de


Matosinhos — 1800/1805 — Congonhas do
Campo, Minas Gerais
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Em Os Profetas, o dinamismo presente


está na coordenação dos movimentos,
sugeridos pelos braços levantados dos
profetas, pelas faces e olhares que se voltam
para determinadas direções e pelo
desenrolar de pergaminhos com mensagens
aos fiéis. Essa sutileza atrai o olhar do
observador para uma seqüência determinada
pelo artista, que parece interagir com o grupo
escultórico.

Detalhe do adro dos profetas — Oséias Detalhe do adro dos profetas — Daniel

Seguindo a tendência da escultura barroca, Aleijadinho esculpiu numerosas dobras nas roupas, cabelos e barbas,
4 possibilitando jogo de luz nas saliências e reentrâncias. A fisionomia dos profetas transmite emoções como dramaticidade,
4ª série
tranqüilidade, severidade, com surpreendente força expressiva.
Observe as linhas que marcam a expressão dos rostos.
Esculpir é a maneira de representar figura ou forma em três dimensões (comprimento, largura e altura), combinando-as com
outros elementos. Por meio dessa arte, manifesta em todas as civilizações, o escultor representa suas crenças e cultura.
Esta proposta visa a explorar a expressão pessoal voluntária do aluno, vivenciada no processo de criação das esculturas.

Procedimentos
1. Explique que os alunos farão verificando volume, textura e 9. Na próxima aula, peça ajuda para
esculturas destacando a expressão sensações. forrar as mesas com papel Kraft e
fisionômica, observando obras de devolva as composições.
6. Distribua esteques e explique como
Aleijadinho, a sua própria imagem e
trabalhar na criação da escultura, 10. Disponibilize pincéis, potes de tinta
a dos colegas.
desgastando a peça bruta para plástica em cores variadas, potes
2. Depois, peça-lhes que esbocem a dar-lhe a forma projetada. com água e panos de limpeza.
forma de sua escultura no espaço
7. Entregue sacos plásticos, etiquetas 11. Deixe-os escolher as cores
do registro, usando lápis grafite 2B.
e lápis grafite 2B para a livremente.
3. Oriente-os sem interferir no identificação e armazenagem dos
12. Coloque as esculturas para secar
processo criativo. trabalhos.
sobre o saco plástico individual.
4. Ajude-os a forrar as mesas com 8. Organize a sala de aula e os
13. Faça exposição das esculturas na
papel Kraft. materiais utilizados com auxílio dos
escola, acompanhadas de relatório
alunos.
5. Entregue o sabão-de-pedra para sobre os procedimentos para
que eles o manipulem livremente, realização do trabalho.

Outras possibilidades
Substituir a pedra sabão por barras de argila, variando apenas o suporte e mantendo a temática — expressões fisionômicas.
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Aprendendo com a arte indígena


Caracterização
Tema / Atividade aprendendo com a arte indígena
Técnica confecção de máscara com papel machê
Objetivo(s) – valorizar a expressão artística indígena
– explorar e articular elementos expressivos pela confecção de máscaras
– desenvolver conceitos estéticos com o uso de cores e volumes
Duração mínima três aulas
Estratégia pintura de telha cerâmica e colagem de partes do rosto modeladas em papel machê
Material necessário para cada aluno, telha cerâmica, meio metro de corda, pincel, lápis grafite 2B, giz de cera
colorido, tubo de cola branca, etiqueta autocolante; para a sala, tinta plástica em cores
variadas, potes com água, bacia plástica, rolo de papel higiênico, panos de limpeza, papel
Kraft, copos plásticos
Material alternativo jornal substitui papel Kraft

Descrição das ações


Referencial teórico
Os povos indígenas aproveitam o que a natureza lhes oferece para
transformar em arte. Eles vivem de forma tão integrada à natureza que
5
não separam utilidade e estética de seus objetos.
4ª série
A arte está presente em tudo: nos enfeites, nos utensílios
domésticos, na pintura do corpo e de objetos. Barro, fibras, tintas
extraídas de plantas, penas de pássaros, tudo é matéria-prima para
enfeitar o cotidiano e, principalmente, os dias festivos.
Os índios fabricam muitos objetos de cerâmica — cuias, panelas,
potes, tigelas, vasos.

Cada tribo tem a própria técnica de modelagem e pintura.


Algumas se destacam pela beleza e qualidade dos trabalhos.
Os índios da tribo Vaurá, por exemplo, desenvolvem
interessante trabalho cerâmico, com modelagem de formas
animais.

Outros se especializaram na modelagem de máscaras


usadas em rituais religiosos ou de reverência à natureza.
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Apesar de os índios viverem em meio à flora e fauna, não as representam nas pinturas; preferem desenhos abstratos e
geométricos, porque lhes atribuem caráter simbólico.
Considerando a importância da cerâmica na cultura indígena, nesta proposta os alunos confeccionam máscaras em cerâmica e
outros materiais.

Procedimentos
1. Providencie o material deste projeto retire o excesso de água. Numa 8. Na aula seguinte, forre as mesas
com antecedência. bacia, misture o papel com cola com papel Kraft, devolva as telhas e
branca, amassando bem até obter disponibilize potes com tinta plástica
2. Converse com alunos sobre a arte
massa homogênea. em cores variadas, pincéis e potes
indígena, resgatando valores da
com água.
cultura desse povo. 5. Dê um copo plástico contendo a
mistura para cada aluno e, então, 9. Conduza a pintura da máscara de
3. Comente que, por este projeto, eles
distribua telhas e etiquetas acordo com o esboço projetado no
farão máscaras em telhas de
autocolantes para facilitar a espaço do registro.
cerâmica, começando pelo esboço
identificação do trabalho.
no espaço do registro, com lápis 10. Disponibilize meio metro de corda
grafite 2B e giz de cera colorido. 6. Em papel machê, eles modelam as para cada um e oriente para
partes do rosto e as fixam na telha. fazerem arranjos e acabamentos
4. Na aula seguinte, juntamente com
interessantes nas máscaras.
os alunos, prepare o papel machê: 7. Coloque os trabalhos para secar e
mergulhe papel higiênico picado na organize a sala e os materiais 11. Organize mostra das máscaras
água. Depois que ele amolecer, utilizados, com auxílio dos alunos. produzidas, acompanhadas de
cartazes informativos sobre o tema
estudado.
6
4ª série

Outras possibilidades
Substituir a cola branca por cola de trigo cozida — misturar um copo de água com quatro colheres de farinha na panela e levar
ao fogo para o cozimento da massa. Ao final, acrescentar 10 gotas de vinagre.

Variações de atividade
Os alunos cobrem um pedaço de telha com massa de papel machê. Depois de seco,
desenham na superfície tema referente ao modo de vida indígena, utilizando tinta plástica
em cores variadas e pincel.

Os alunos também podem representar partes do rosto (olhos, boca, nariz e orelhas)
em cacos de telha, usando papel machê. Decoram a máscara pintando com tinta plástica
e pincel. Criam detalhes de acabamento com corda desfiada, palha ou sisal.

Os alunos exploram motivos geométricos com tinta plástica em cores variadas, sobre a
telha, usando pincel.
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Retratos divertidos
Caracterização
Tema / Atividade retratos divertidos
Técnica desenho em tecido
Objetivo(s) – explorar as expressões faciais – linguagem não-verbal
– pesquisar expressões faciais em desenhos e pinturas
Duração mínima duas aulas
Estratégia desenho em tecido de expressões fisionômicas e montagem de livro
Material necessário para cada aluno, quatro pedaços de tecido (algodão cru) tamanho 20 x 30 cm, régua, tesoura,
pincel, lápis grafite 2B, caneta preta para tecido; para cada quatro alunos, canetas para tecido
em cores variadas; para a sala, potes de tinta guache colorida e grampeador
Material alternativo falso tecido (TNT) substitui o algodão cru

Descrição das ações


Referencial teórico
Prática muito comum entre os artistas, o retrato nada mais é do que a afirmação da pessoa, antes
de ser mero exercício formal ou manifestação narcisista. Herdamos incontáveis exemplos na história
da arte: figuras da nobreza, soldados, pensadores, papas, ricos comerciantes, estrelas
cinematográficas e personalidades do mundo contemporâneo esportivo e político.
7
4ª série

Cândido Portinari — Retrato de


Olegário Mariano — 1928 — óleo
sobre tela —198 x 65,3 cm — Museu
Nacional de Belas Artes, Rio de
Janeiro

O retrato, assim como diversos motivos na arte, servem para múltiplas


interpretações: ostentação e poder, riqueza, simples objeto decorativo,
homenagem sacra ou profana.

Francisco José de Goya — A família real — 1800 —


Museu do Prado, Madri

O que fica é a passagem do homem pela história contada através da imagem, tornando o
retrato e o auto-retrato poderosas fontes de comunicação.
Conheça alguns auto-retratos.
Tarsila do Amaral pintou-se bela e elegante; até o fim de seus dias zelou pela vaidade.

Tarsila do Amaral — Auto-retrato —


1923 — óleo sobre tela — 60 x 73 cm —
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de
Janeiro
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Van Gogh retratou-se cansado e tenso.

Picasso representou-se em
composição cubista.

Pablo Picasso — Auto-retrato com paleta — 1906 — Van Gogh — Auto-retrato — 1890 — óleo sobre tela —
óleo sobre tela — 92 x 73 cm — Museu de Arte da 65 x 54 cm
Filadélfia

Modernos ou clássicos, abstratos ou realistas, em tons claros e escuros, surrealistas ou acadêmicos, ingênuos ou contrastantes,
sombrios, geométricos e estilizados ou, ainda, cubistas, todos expressam a imagem idealizada, a pulsação da vida.
Por esta atividade, os alunos confeccionarão livro de tecido, intitulado Retrato Falado, no qual representarão a si mesmos e aos
colegas.

8
Procedimentos
4ª série 1. Recorte três pedaços de tecido para 10. Nas segunda e terceira partes do
cada aluno tamanho 21 x 30 cm tecido, repita a operação,
com antecedência. observando se as linhas do rosto
estão alinhadas umas com as outras.
2. Todos fazem o contorno igual de
três rostos com fisionomias 11. Contornam os traços com caneta
diferentes, no espaço do registro, para tecido e pintam com tinta
utilizando lápis grafite 2B. guache em cores variadas, usando
pincel.
3. No quadro-de-giz demonstre que as
7. Oriente-os para cortar as linhas
três expressões devem ficar 12. Enquanto as composições secam,
horizontais até a linha vertical, sem
alinhadas (testa com testa, boca forneça a última parte do tecido aos
ultrapassá-la.
com boca). alunos.

4. Na próxima aula, forneça três 13. Solicite que decorem a capa com
pedaços de tecido para cada aluno canetas coloridas para tecido e
e peça que os dobrem ao meio. criem nomes para os personagens
divertidos, incentivando-os a
5. Pela dobra, traçam linha de 2 cm de
inventar histórias conforme o
largura na vertical, usando régua e
movimento nas páginas.
lápis grafite 2B.
2 cm
14. Ajude-os a grampear os trabalhos.
8. Eles produzem, então, com lápis
grafite 2B, na primeira parte, o
cabelo e a testa; na segunda, os
olhos, as sobrancelhas, o nariz e as grampeie
aqui
orelhas; na terceira parte, a boca.

9. Deixe-os criar acessórios (brincos,


6. Partindo dessa linha, traçam duas maquiagem, chapéu, enfeites no
linhas na horizontal, deixando cabelo) livremente, variando as 15. Eles se divertem trocando as
espaços iguais medidos com a régua. expressões do rosto. composições uns com os outros.
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Arte
Arte e trabalho humano 2

Conhecendo Tarsila do Amaral


Caracterização
Tema / Atividade conhecendo Tarsila do Amaral
Técnica colagem em relevo e pintura sobre papelão
Objetivo(s) – identificar e apreciar elementos estéticos da produção de Tarsila do Amaral
– articular a linguagem poética de Tarsila do Amaral com o cotidiano e a história
– explorar criativamente a temática social
Duração mínima duas aulas
Estratégia releitura de obra com pintura e colagem de suportes do rolo de papel higiênico
Material necessário para cada aluno, pedaço de papelão Pinho tamanho A3, quatro suportes de rolo de papel
higiênico, tesoura, caneta hidrocor; para a sala, revistas, cola branca, sacos plásticos
identificados, giz de cera em cores variadas, papel Kraft, potes com água, potes com tinta
guache em cores variadas, pincéis finos e largos; para uso do professor, pistola de cola quente
9
Material alternativo papelão de caixa substitui papelão Pinho 4ª série

Descrição das ações


Referencial teórico
Tarsila do Amaral nasceu em 1886, na Fazenda São Bernardo, em Capivari, cidade do
interior de São Paulo. Descendente da aristocrata rural, cresceu livremente nas fazendas
da família.
A representação da paisagem e de situações do cotidiano rural é tema constante na
obra dessa artista.
Em Paisagem com Touro, observe a simplicidade com que a artista geometrizou os
elementos. Tarsila do Amaral — Paisagem com touro — 1925 —
óleo sobre tela — 52 x 65 cm — coleção Oscar
Americano Filho, São Paulo

Nas composições, a artista sempre demonstrava características diferentes e inovadoras: pinceladas


soltas, cores iluminadas e formas simplificadas. Chapéu Azul é um quadro que ilustra bem essas
características.

Através da arte, Tarsila e um grupo de amigos preocupavam-se em


mostrar a mecanização dos seres humanos em função do crescimento
desgovernado das cidades, pela construção de fábricas e arranha-céus. A
obra A Gare reflete sobre essas preocupações.
Tarsila do Amaral — Chapéu
azul — 1922 — óleo sobre
tela — 67 x 50 cm — coleção
particular, São Paulo
Tarsila do Amaral — A gare — 1925 — óleo sobre
tela — 84,5 x 75 cm — coleção Gilberto Dacache,
São Paulo
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A pintura de Tarsila teve muitas e diferentes fases, cada qual abordando um


tema diferente.
Na fase Pau-Brasil, exaltou a natureza tropical, os tipos humanos (caboclos e
negros) e a tranqüilidade das pequenas cidades brasileiras. A obra Morro da
Favela representa esse tema.

Tarsila do Amaral — Morro da favela — 1924 — óleo sobre tela —


64 x 76 cm — coleção Sérgio S. Fadel, Rio de Janeiro

Na fase social, sensibilizou-se com a classe operária. Conheça a


composição Operários e observe a expressão impessoal e sofrida
dos personagens representados em seqüência, como uma
escadaria de faces tristes.

Tarsila do Amaral — Operários — 1924 — óleo sobre tela — 150 x 205 cm —


10 acervo artístico-cultural do governo do Estado de São Paulo, São Paulo
4ª série

Tarsila morreu em 1973, aos 86 anos. Símbolo da arte moderna brasileira, deixou para nosso país exemplos da valorização de
amizade, patriotismo e cultura. Teve a felicidade de ser reconhecida em vida e consagrada genuinamente brasileira.
O foco principal de sua obra é o aspecto social, que se pode relacionar às atividades humanas, refletindo sobre trabalho,
lazer e justiça social, organizados esteticamente em conhecimentos.

Procedimentos
1. Converse com os alunos sobre as 6. Disponibilize suportes de rolo de 11. Na aula seguinte, nas mesas
imagens da obra de Tarsila, papel higiênico, revistas para forradas com papel Kraft,
comparando os ambientes rurais recorte e tesouras. disponibilize potes com água, pincéis
aos urbanos. e tinta guache em cores variadas.
7. Eles recortam alguns rolos no
2. Analise com eles a mensagem da sentido longitudinal, de forma a 12. Devolva as composições; os alunos
obra Operários. Diga-lhes para permitir alterar-lhes a espessura. colam os recortes, usando cola
fazerem uma recriação conforme Explique que os suportes servirão branca.
os referenciais dessa imagem. de corpos para os personagens.
13. Usando tinta guache e pincel, os
3. Eles esboçam o desenho no 8. Auxilie-os a fixar os suportes no alunos pintam o fundo da
espaço do registro, utilizando giz papelão Pinho, com cola quente. composição, dando efeito de
de cera colorido. acabamento.
9. Eles pesquisam e recortam de
4. Distribua papelão Pinho e peça revistas rostos, pés, mãos e outros 14. Coloque para secar.
que o identifiquem no verso, detalhes necessários à montagem
15. Organize mostra das composições
usando lápis grafite 2B. dos personagens e os reservam em
na escola, acompanhada do
sacos plásticos.
5. Oriente-os para reproduzir o referencial teórico e da obra
desenho do espaço do registro no 10. Recolha os trabalhos e peça trabalhada.
papelão. colaboração para organizar a sala
de aula e os materiais.
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Conhecendo Poty Lazzarotto


Caracterização
Tema / Atividade conhecendo Poty Lazzarotto
Técnica composição de painéis
Objetivo(s) – conhecer obras de Poty Lazzarotto, inter-relacionando-as a contextos sociais
– explorar a expressão gráfica e pictórica pela confecção coletiva de mural
Duração mínima três aulas
Estratégia construção de painel em azulejo, pintado com tinta plástica e acabamento com verniz atóxico
Material necessário para cada aluno, azulejo branco fosco tamanho 8 x 8 cm, pedaço de papel sulfite na medida
do azulejo, lápis grafite 2B, papel carbono, pincéis, lápis de cor e régua; para a sala, xerox
colorido de fotos das obras artísticas, tinta plástica em diversas cores, verniz atóxico, solvente,
fita crepe, argamassa, potes com água, panos de limpeza, papel Kraft; para uso do professor,
solvente e argamassa
Material alternativo tinta a óleo substitui tinta plástica; jornal, papel Kraft

Descrição das ações


Referencial teórico

11
4ª série

Poty Lazzarotto — Curitiba — 1962 — 31 x 45 cm — coleção Brasil Diferente

Grandioso artista e muralista, Napoleón Potiguara Lazzarotto (1924—1998), o Poty, nasceu na cidade de Curitiba (PR).
Escolhido pelo pai, o nome Napoleón vem do seu entusiasmo pela história e pelo personagem; Potiguara, em homenagem a
um revolucionário nordestino, capitão da Revolução de 1924.
Começou a desenhar aos 5 anos de idade, sempre incentivado pelo pai que, percebendo o interesse do menino, comprava-lhe
revistas em quadrinhos, que se tornaram sua grande paixão. O fascínio era tanto, que publicou no jornal Diário da Tarde as próprias
histórias, com apenas 14 anos.
Sempre gostou da ação e do movimento do desenho; sensibilizava-se com a classe operária — os trabalhadores são uma
constante de sua expressão artística.

Poty Lazzarotto — Monumento


ao tropeirismo — 1965 —
mosaico em cores — Lapa,
Paraná
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Poty adotou diversas formas de suporte nas composições. Participou de
inúmeras exposições em vários Estados do Brasil e no exterior,
fundamentalmente com peças em madeira, concreto aparente e cerâmica.
Poty iluminou a cidade de Curitiba, capital paranaense, com
monumentos grandiosos.

Poty Lazzarotto — Monumento ao 1º centenário do


Paraná — 1943 — painel em azulejos — 3,0 x 30,0 m —
Praça 19 de Dezembro, Curitiba

O artista explorava a linha solta e expressiva em sua obra — desenho, relevo de mural ou azulejo pintado.
Ele foi também ilustrador de livros, com desenhos em preto e branco.
Observe nestes desenhos a liberdade de traçado do artista e a forma como representou a temática social. Explore com os
alunos os contrastes entre o colonial e o moderno, que coexistem no mesmo Brasil.

12
4ª série

Poty Lazzarotto — Lages—Porto Alegre — carroça — 1962 —


Poty Lazzarotto — Curitiba—Lages — ponto de parada — 1962 — 45 x 31 cm — coleção Brasil Diferente
45 x 31 cm — coleção Brasil Diferente

Procedimentos
1. Prepare xerox das obras selecionados, aproveitando todo o 10. Coloque os trabalhos para secar e
disponibilizadas no referencial e espaço do papel. peça colaboração para organizar a
cole-os no quadro-de-giz para os sala.
5. Peça a identificação no verso do
alunos contemplarem. Identifique
papel e recolha os trabalhos. 11. Na aula seguinte, devolva os
com eles os temas que aparecem
azulejos e disponibilize pincéis e
nas composições de Poty, 6. Na aula seguinte, devolva os
verniz atóxico.
relacionando-os ao cotidiano dos desenhos e forneça os azulejos,
alunos. que eles identificam no verso com 12. Uma camada de verniz sobre a tinta
lápis grafite 2B. do azulejo imprime melhor fixação.
2. Comente sobre as obras de Poty,
solicitando que escolham elementos 7. Demonstre como passar o desenho 13. Monte o painel com os alunos em
das imagens, podendo do papel sulfite para o azulejo, com lugar de destaque na escola. Fixe
acrescentar-lhes outras formas. o auxílio de papel carbono. os azulejos com uso de argamassa,
solicitando que eles organizem os
3. Enfatize a questão do trabalho 8. Ajude os alunos a forrarem as
azulejos, vivenciando a cooperação
humano, as diferenças entre o mesas com papel Kraft, disponibilize
e o espírito de equipe.
contexto rural e o urbano, tinta plástica em cores variadas,
oferecendo aos alunos maiores pincéis, potes com água e panos de 14. Junto ao painel, afixe placa com o
subsídios para a criação. limpeza. nome dos alunos que participaram
dessa criação.
4. Disponibilize papel sulfite 9. Oriente-os para pintar o azulejo,
previamente recortado e oriente-os explorando as cores livremente, 15. No espaço do registro, eles colam o
para desenhar os elementos inclusive o preto como contorno esboço feito no sulfite, colorindo-o
expressivo do desenho. com lápis de cor.
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Variações de atividade
Variar os suportes da pintura: porcelana ou cerâmica não-esmaltada.
Confeccionar placa em gesso de estuque e entalhar sobre ela desenhos produzidos pelos alunos. Para essa variação,
providencie caixa de papelão tamanho 15 x 15 cm para servir de forma, gesso em pó, aproximadamente 300 g para cada aluno,
esteques de madeira e/ou metais, palitos de sorvete e churrasco.

Conhecendo Cândido Portinari


Caracterização
Tema / Atividade conhecendo Cândido Portinari
Técnica desenho e pintura para confecção de mural coletivo
Objetivo(s) – vivenciar coletivamente o fazer artístico pela confecção de mural
– conhecer características da produção artística de Portinari, inter-relacionadas às de outros
artistas — temática, traços, cores, personagens
Duração mínima duas aulas
Estratégia desenho e pintura coletiva para a confecção de mural da turma
Material necessário para cada aluno, folha de papel sulfite tamanho A4, tesoura, lápis grafite 2B, fusain; para a
sala, giz de cera colorido, papel sulfite 120 gramas em bobina tamanho 4 x 1,50 m, fita
adesiva, panos de limpeza, papel Kraft; para uso do professor, verniz spray, máquina
fotográfica
Material alternativo carvão em pedra substitui o fusain; papel Kraft em bobina, papel sulfite
13
4ª série

Descrição das ações


Referencial teórico
Cândido Portinari nasceu em Brodósqui, cidade do interior paulista.
Desde pequeno gostava de desenhar e pintar. Aos nove anos
trabalhou como auxiliar na pintura do forro da igreja de sua cidade.
Portinari estudou muito e passou a utilizar outras técnicas de
pintura. Considera-se a composição Baile na Roça sua primeira obra
de arte.

Cândido Portinari — Baile na roça — 1924 — óleo sobre tela — 97 x 134 cm —


coleção particular, Rio de Janeiro

Em muitas obras, Portinari retratou sua infância no campo.

Cândido Portinari — Paisagem de Brodósqui — 1940 — óleo sobre tela —


81 x 100 cm — coleção particular, Rio de Janeiro
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Preocupava-se com o modo de vida do homem. Também se referiu a pessoas trabalhando.


Lavrador de Café, uma das mais famosas, traduz força, movimento e desafio.

Cândido Portinari — Lavrador de café —


1934 — óleo sobre tela — 100 x 81 cm —
Museu de Arte de São Paulo, São Paulo

A partir de 1936, desenvolveu pintura de murais. Recebeu diversas encomendas


do governo brasileiro para decorar prédios públicos. Os temas sociais estavam
presentes na fase muralista.
Na composição Enterro na Rede, Portinari resgata imagem da infância: famílias
pobres e desabrigadas que passavam por sua cidade.

Cândido Portinari — Enterro na rede — 1944 — painel a óleo


sobre tela — 180 x 220 cm — Museu de Arte de São Paulo,
São Paulo

14
Portinari representou temas diversos, sempre tentando superar-se. Assim, teve coragem e
4ª série
capacidade de pintar cerca de cinco mil obras.
Em 1962, aos 59 anos, vítima de intoxicação provocada pelas tintas a óleo que utilizava, faleceu um
dos maiores pintores brasileiros.

Cândido Portinari — Auto-retrato — 1956 — óleo


sobre tela — 46,7 x 38,3 cm — coleção particular,
Rio de Janeiro

Procedimentos
1. Proporcione aos alunos diálogo Caso a turma seja grande, faça dois 9. Oriente-os para localizar seus
sobre a produção dos artistas painéis, de modo que todos os alunos desenhos e darem seqüência ao
Tarsila do Amaral, Poty e Portinari, se posicionem em torno do papel. trabalho, de forma a integrar todos
resgatando sua temática, os desenhos com texturas e
características, personagens; 4. Oriente-os para se posicionar em coloridos ao fundo, formando
incentive-os a expressar opiniões torno do papel, que se constituirá composição única.
sobre as composições observadas. então no mural da turma.
10. Peça-lhes que, ao lado do desenho,
2. Oriente os alunos para esboçarem 5. Com lápis grafite 2B, os alunos registrem seus nomes.
desenhos conforme o referencial transferem, em tamanho ampliado, o
11. Aplique verniz em áreas onde o
das imagens de Portinari, na folha desenho feito no sulfite para o papel
fusain foi mais utilizado. Mantenha
de sulfite tamanho A4, com lápis fixo no chão.
os alunos a distância.
grafite 2B. Podem-se resgatar 6. Ao final da aula, colaboram na
formas e elementos de Tarsila e 12. Fotografe os murais e exponha o
organização da sala de aula e dos
Poty. trabalho em local de destaque na
materiais utilizados.
escola.
3. Peça-lhes auxílio para estender o 7. Retire as fitas crepes presas no
papel bobina e fixar fita adesiva nas 13. Os alunos anexam a foto no espaço
papel e enrole-o para a próxima aula.
extremidades. do registro.
8. Na aula seguinte, fixe novamente o
papel no chão e disponibilize fusain
e giz de cera colorido.
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Arte
Arte e natureza 3

Homenagem à natureza
Caracterização
Tema / Atividade homenagem à natureza
Técnica escultura com gravetos
Objetivo(s) – articular conhecimentos entre a preservação ambiental e a arte
– desenvolver a habilidade criativa pela produção de escultura com gravetos
Duração mínima três aulas
Estratégia criação de escultura com adornos sobre o tema meio ambiente
Material necessário para cada aluno, saco plástico identificado, gravetos e galhos secos de árvores, tesoura, cola,
palito de churrasco, pincel, 50 g de argila; para toda a sala, jornal, guache colorido, retalhos
de tecido, papel crepom, lã e celofane coloridos, papel Kraft, potes com água, panos de
limpeza

Material alternativo pote plástico de margarina com areia substitui argila


15
4ª série

Descrição das ações


Referencial teórico

A paisagem é um tema que fascina os artistas desde as culturas


primitivas. Cada época e cada povo desenvolvem modos de ver e
representar a natureza à sua volta.

Neste detalhe de Carroça de Feno, do artista inglês John


Constable, observa-se a luminosidade entre a vegetação e a
árvore em primeiro plano, representada com pinceladas soltas
e sem contornos rígidos.

John Constable — Carroça de feno —1821 — óleo sobre tela —


1,30 x 1,85 cm — Galeria Nacional, Londres

A obra O Grande Pinheiro, do artista Paul Cézanne, tem como


característica marcante a expressão dos galhos como se estivessem em
movimento.

Paul Cézanne — O grande pinheiro —


1892/1896 — 83,5 x 92 cm — Museu de
Arte de São Paulo, São Paulo
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Alguns artistas reverenciaram a natureza com recursos que ela própria oferece.
Frans Krajcberg (1921), artista polonês naturalizado brasileiro, é um bom exemplo.
Ele produz arte com as formas modificadas pelos fenômenos naturais (madeira
envelhecida ou queimada, galhos secos, pedras, fibras).
Krajcberg recria a natureza para expressar seu sentimento artístico.
Este conjunto de esculturas propõe um novo olhar sobre a natureza.

Frans Krajcberg — Sem


título — 1991 — fibras e
madeira calcinada — 2 m

Observe como o conjunto escultórico sugere a idéia da floresta, levando


à reflexão sobre a importância de preservar a natureza.

16
4ª série Frans Krajcberg — Sem título — 1991

Esta atividade faz uma apreciação reflexiva sobre a importância da preservação ambiental, propondo abordar o tema a partir de
passeio com os alunos em jardim ou parque, ou de imagens de florestas, parques e locais de preservação ambiental.
Sugerimos a apreciação do desenho de Walt Disney, Fantasia 2000, história que aborda a destruição e a reconstrução da
natureza.
Os alunos criarão esculturas de árvores, refletindo sobre os conteúdos explorados.

Procedimentos
1. Sensibilize os alunos com diálogo 6. Na aula seguinte, depois de 10. Na aula seguinte, devolva os
e imagens acerca da necessidade forrarem as mesas com papel Kraft, trabalhos e disponibilize papéis
de preservação do meio ambiente. recebem os gravetos e galhos coloridos, retalhos de tecido e lã
secos coloridos, palitos de colorida.
2. Disponibilize gravetos e galhos
churrasco e porção de argila.
secos, pincéis e tinta guache em 11. Estimule-os a ornamentar as árvores,
cores variadas. 7. Oriente-os para modelar placa recortando e colando o material
retangular com a argila e imprimir-lhe disponível.
3. Oriente-os para colorir os gravetos
detalhes nas faces laterais.
e galhos secos com tinta guache, 12. Juntamente com os alunos, crie o
usando pincel. 8. Eles fincam os galhos e gravetos ambiente para expor as esculturas
decorados na face superior da de árvores.
4. Coloque-os para secar sobre saco
placa.
plástico identificado. 13. Fotografe os trabalhos e oriente-os
9. Colocam os trabalhos para secar para anexar a foto à folha do projeto.
5. Peça colaboração dos alunos para
sobre o saco plástico.
organizar a sala e os materiais
utilizados.
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Criando mosaico para Cézanne


Caracterização
Tema / Atividade criando mosaico para Cézanne
Técnica confecção de mosaico em papel
Objetivo(s) – desenvolver a habilidade criativa pela confecção de mosaico
– explorar a expressão plástica por meio de desenho e colagem
– conhecer elementos estético-culturais da obra de Cézanne
Duração mínima duas aulas
Estratégia desenho e colagem para posterior confecção de mosaico em papel
Material necessário para cada aluno, folha de papel canson tamanho A4, lápis grafite 2B, pincel, saco plástico
com identificação, cola branca e tesoura; para toda a sala, papel lustro em cores e tons
variados, exemplares naturais de frutas, tecidos de texturas e tipos variados
Material alternativo folha de papel sulfite duro substitui papel canson

Descrição das ações


Referencial teórico
Paul Cézanne (1839—1906) nasceu e morreu em Aix-en-Provence, na França.
Aluno brilhante, o jovem demonstrava interesse pelas línguas clássicas, principalmente
latim.
No início da carreira, as pinturas de Cézanne chocavam pelas cenas fortes de morte 17
4ª série
e deformidade.
Abandonou esse estilo e viveu intensa experiência com o Impressionismo —
movimento que tinha por base captar as impressões de luz, sombra, cor e forma.
Observe esses detalhes na obra Castelo de Médan.
“Veja na natureza o cilindro, a esfera e o cone.” (Paul Cézanne)
Essa frase demonstra a preocupação do artista em representar além da aparência. Paul Cézanne — Castelo de Médan — 1880 — coleção
Burell, Glasgow, Escócia
Ele perseguiu uma maneira particular de pintar, usando pinceladas mais geométricas.
No detalhe da obra Castelo de Médan, os traços do pincel se encaixam perfeitamente, como se fossem pedacinhos de tinta
compondo paisagem.

Cézanne estava sempre interessado em


experimentar novas técnicas. Suas obras se
identificam segundo quatro temas: paisagem,
natureza-morta, retrato e banhistas.
Observe uma obra referente a cada tema.

Paul Cézanne — Natureza-morta — 1890/1894 —


óleo sobre tela — 65,5 x 81,5 cm — coleção particular
emprestada a Kunsthaus, Zurique, Suíça

Paul Cézanne — A casa de Père Lacroix — 1873 —


óleo sobre tela — 61,3 x 50,6 cm

Paul Cézanne — Auto-retrato com Paul Cézanne — Grandes banhistas — 1900/1905 —


chapéu — 1879/1882 — óleo sobre tela — óleo sobre tela — 127,2 x 196,1 cm — National Gallery,
65 x 51 cm — Kunstmuseum, Berna, Suíça Londres, Inglaterra
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A recriação da forma e do espaço, bem como a relação da cor e da linha são algumas características de Cézanne que
influenciaram o desenvolvimento da arte moderna e contemporânea, abrindo as portas para a evolução dos pintores cubistas do
século XX, pelo modo geometrizado de pintar, formando uma espécie de mosaico pictórico.
Nesta atividade, os alunos vão explorar a observação somada à imaginação, elaborando uma versão de mosaico a partir das
obras de Cézanne.

Procedimentos
1. Analise as obras de Paul Cézanne Permita a inserção de elementos 9. Na aula seguinte, devolva os
com os alunos, chamando-lhes a não-dispostos sobre a mesa, de trabalhos e os saquinhos plásticos;
atenção para as pinceladas que forma a não tolher a criatividade disponibilize tesouras e cola branca.
lembram formas geométricas dos alunos. 10. Oriente-os para colar as formas
colocadas lado a lado.
recortadas sobre o desenho,
5. Peça-lhes que reservem os
2. Providencie exemplares naturais criando mosaico.
desenhos de observação e
de frutas e vários tipos e texturas de disponibilize papel lustro, tesouras e 11. Incentive-os a recobrir toda a área
tecidos para que eles observem e sacos plásticos com identificação. do desenho para obter resultado
manipulem livremente.
expressivo.
6. Deixe-os escolher as cores com que
3. Estimule-os a dispor as frutas e os desejam trabalhar e oriente-os para 12. Organize mostra dos trabalhos em
tecidos, sobre a mesa de várias recortar formas geométricas variadas local de destaque na escola,
maneiras, até encontrar a posição no papel lustro. acompanhada de textos explicativos
ideal.
e informações sobre a vida e obra
7. Peça-lhes que guardem as formas
4. Disponibilize papel canson e lápis de Paul Cézanne.
cortadas em saco plástico e recolha
grafite 2B, para eles fazerem os desenhos. 13. Os alunos anexam a composição à
desenho de observação dos
folha do projeto.
18 elementos dispostos na mesa. 8. Coordene a organização da sala e
4ª série dos materiais utilizados.

Outras possibilidades
Preparar deliciosa salada de frutas naturais para ser saboreada pela turma no final da primeira aula.

Variações de atividade
A vasta obra de Cézanne convida a várias propostas por seu referencial estético.
Organizar passeio e iniciar o registro pela representação de uma paisagem natural observada durante essa atividade. Depois
realizar o mosaico.
Usar a modelagem com argila ou jornal para recriar formas e elementos observados.

As cores falam
Caracterização
Tema / Atividade as cores falam
Técnica pintura em tecido alvejado
Objetivo(s) – explorar a expressividade cromática e suas combinações
– conhecer a obra de Kandinsky – modo de explorar as cores
Duração mínima duas aulas
Estratégia pintura em tecido com tinta guache e pincel
Material necessário para cada aluno, placa de madeira, tecido alvejado (de saco para cereal), ambos tamanho
A4, tesoura, lápis grafite 2B, cola branca, pincel; para a sala, fita crepe, tinta guache nas cores
primárias, potes com água, panos de limpeza, papel Kraft; para uso do professor, tecidos de
diferentes tipos e texturas
Material alternativo algodão cru substitui tecido alvejado; jornal, papel Kraft
MENU PRINCIPAL
Descrição das ações
Referencial teórico
A cor faz parte do mundo. Ela está nas ruas, nos parques, nas pessoas,
nos objetos, na natureza... Vivemos em contato com as cores. Escolhendo as
roupas para vestir, por exemplo, tentamos combinar as meias com o terno, a
saia com a blusa, a fivela do cabelo com a roupa, a camiseta com os jeans...
Somente é possível perceber a cor em presença da luz. Cor é luz, sem a
qual nossos olhos não conseguem vê-la. Em toda a história da arte, a cor
sempre encantou os artistas. Em especial no século XX, eles usaram de
muita liberdade no uso da cor, que se desvinculou da representação fiel da
realidade. Pode-se dizer que a cor fala por si mesma, convidando o
espectador a interagir com ela.
O artista Vassili Kandinsky (1866—1944) é exemplo de mestria no uso da
cor, desvinculada do modelo tradicional. No início do século XX, ele rompeu
com o figurativismo, abrindo as portas para o universo abstrato das formas e
da cor.
Observe a obra Quadro com Arqueiros. Ao mesmo tempo que ela traz
referência de paisagem, apresenta grande liberdade na representação de
Vassili Kandinsky — Quadro com arqueiros — 1909 —
formas e cores.
óleo sobre tela — 177 x 147 cm — Museu de Arte
Moderna, Nova York

Em Moscou I, a representação das formas e cores da paisagem urbana 19


4ª série
sugere movimento intenso.

Vassili Kandinsky — Moscou I — 1916 — óleo sobre tela —


51,5 x 49,5 cm — Galeria Estatal de Moscou

Kandinsky abstraía-se cada vez mais nas criações, até desvincular-se


totalmente de representações figurativas. A obra Improvisação XXXV é bom
exemplo disso.

Vassili Kandinsky — Improvisação XXXV — 1914 — Kunstmuseum,


Basiléia

Por esta proposta, os alunos aproximam-se dos elementos mais significativos das obras de Kandinsky e recriam paisagem
sobre tecido.
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Procedimentos
1. Mostre tipos diferentes de tecidos 6. Identificam os trabalhos em pedaços 11. Incentive-os a explorar paisagens
para os alunos observarem linhas, de fita crepe, com lápis grafite 2B, e urbanas e rurais conhecidas por
cores e tramas. os põem para secar. eles.

2. Analise com eles as obras de 7. Organize a sala e os materiais 12. Estimule-os a usar as cores,
Kandinsky e chame-lhes a atenção utilizados com ajuda dos alunos. obtendo expressividade nas
para movimentos, cores, texturas, combinações.
8. Na aula seguinte, as mesas são
temas.
forradas com papel Kraft. 13. Os trabalhos passam por nova
3. Disponibilize placas de madeira, sessão de secagem.
9. Devolva as placas e disponibilize
tecidos alvejados, tesouras, cola
tinta guache nas cores primárias, 14. Peça colaboração para organizar a
branca e pincéis.
potes com água, pincéis e panos de sala de aula.
4. Oriente-os na fixação do tecido na limpeza.
15. Os trabalhos são anexados à folha
placa de madeira, usando cola
10. Oriente-os para desenhar a lápis do projeto.
branca e pincel.
sobre o tecido uma composição
5. Eles retiram as aparas do tecido. abstrata, baseada nas referências
visuais do trabalho de Kandinsky.

Anita Malfatti é o tema


Caracterização
Tema / Atividade Anita Malfatti é o tema
20 Técnica recorte e colagem sobre xerox
4ª série
Objetivo(s) – conhecer a obra de Anita Malfatti pela observação e análise
Duração mínima duas aulas
Estratégia interferência em imagem com recorte e colagem
Material necessário para cada aluno, xerox de obra da artista, folha de papel canson de cor clara tamanho A4,
lápis grafite 2B, tesoura, cola branca, giz de cera colorido, lápis de cor; para toda a sala,
revistas para recorte, máquina fotográfica
Material alternativo cartolina substitui papel canson

Descrição das ações


Referencial teórico
Anita Catarina Malfatti (1889—1964), nascida em São Paulo, herdou da família o
ideal de liberdade e o gosto pela arte.
Adquiriu conhecimentos artísticos no Brasil e aperfeiçoou-os na Alemanha e nos
Estados Unidos.
Suas telas, de colorido exuberante, expressam sua alma, atraída pelo
Expressionismo — estilo dinâmico que deformava as imagens e refletia emoções.
A princípio, essas obras não foram bem aceitas pelo público, habituado à arte
acadêmica.

Anita Malfatti — Torso (ritmo) — 1915/1916 — carvão e


pastel — 61 x 46,6 cm — coleção Museu de Arte
Contemporânea — USP, São Paulo
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Cansada de ser incompreendida e


criticada em sua arte, retornou aos
estudos acadêmicos e conheceu
Tarsila do Amaral. Nessa fase, as
Anita Malfatti — Tropical — 1917 — óleo sobre tela —
deformações sumiram, as cores se 77 x 102 cm — Pinacoteca do Estado de São Paulo,
apagaram e as pinceladas se São Paulo

tornaram mais suaves. Observe esses


detalhes nas composições Tropical e
O Farol.

Anita Malfatti — Retrato de Tarsila — [19 —] — pastel —


43 x 32 cm — Museu de Arte de São Paulo, São Paulo

Anita Malfatti — O farol — 1915 — óleo sobre tela —


46,5 x 61 cm — coleção Gilberto Chateaubriand

21
4ª série
Anita foi uma personalidade muito importante no cenário artístico brasileiro.
Sua produção artística abriu as portas para as novas tandências artísticas.

Anita Malfatti — A boba — 1915/1916 — óleo


sobre tela — 61 x 50,6 cm — Museu de Arte
Contemporânea — USP, São Paulo

Faleceu em 1964, aos 75 anos, deixando vivos os ideais artísticos que mudaram o rumo da história da arte brasileira. Anita
ousou na cor, explorando-a em sua expressividade máxima.
Nesta proposta, o xerox de obra da artista será o ponto de partida para as interferências com recorte e colagem.

Procedimentos
1. Peça para os alunos escolherem 3. Distribua folhas de papel canson e 8. Na aula seguinte, devolva os
uma obra de Anita Malfatti para a peça que as identifiquem com lápis trabalhos e distribua lápis de cor e
realização da atividade. grafite 2B. giz de cera colorido.

As imagens devem ser 4. Solicite para colarem o xerox no 9. Os alunos pintam os trabalhos.
fotocopiadas antes do início da papel canson, utilizando cola
10. Tiram fotos do trabalho para
atividade, no tamanho aproximado branca.
anexá-las ao espaço do registro.
12 x 15 cm, a fim de que as
5. Em seguida, colam os recortes sobre
margens do papel canson sejam 11. Organize mostra na escola, com
a imagem da obra.
exploradas com a colagem de referencial e obras da artista.
desenhos e imagens recortadas 6. Incentive-os a explorar detalhes
das revistas. coloridos com os recortes, criando
fundo para a composição.
2. Disponibilize revistas e tesouras.
Eles recortam figuras e formas que 7. Recolha as composições e solicite
julguem interessantes para auxílio na organização da sala e dos
acrescentar ao xerox. materiais utilizados.
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Arte

4 Recriando objetos

Objetos utilitários de diferentes épocas


Caracterização
Tema / Atividade objetos utilitários de diferentes épocas
Técnica modelagem em lata de conserva
Objetivo(s) – conhecer, por meio de objetos utilitários, valores de diferentes culturas
– explorar a expressão plástica tridimensional
– desenvolver a habilidade criativa pela colagem de recortes
Duração mínima duas aulas
Estratégia modelagem em lata de conserva e posterior pintura
Material necessário para cada aluno, lápis grafite 2B, lata de conserva, etiqueta adesiva com o nome do aluno,
tesoura, cola branca, pincel; para toda a sala, jornal, palitos de churrasco, tinta esmalte
sintética branca, betume, sisal, enfeites naturais diversos (canela em pau, grãos de café,
feijão, trigo, outros), papel Kraft; para uso do professor, alicate de ponta chata, pistola de cola
22
quente, aguarrás
4ª série

Descrição das ações


Referencial teórico
O homem sempre procurou criar
objetos que facilitassem sua vida,
utilizando elementos naturais
readaptados para finalidades
específicas.
O valor estético dos objetos
utilitários criados também é uma
constante. O ser humano tem Ânfora grega — Aquiles e Ajax Jarra da prata dourada, com relevos e Taça minóica com flores de
jogando damas. 540 a.C., esmalte — Museu Vitória e Alberto, Londres cerâmica, 1850—1700 a.C. —
necessidade de estar rodeado de
Museu Etrusco, Vaticano Museu Herakleion, Creta
formas agradáveis ao olhar.

Os artistas expressaram sentimentos vividos em determinada época, por meio de objetos,


roupas e cenários.

Dou Gerrard — Criada numa janela — 1640 — óleo


sobre madeira — 37 x 128 cm — Museum Boymans
van Beuningen, Roterdã
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Gustave Courbet (1819—1877) buscou inspiração em temas da


vida cotidiana para produzir suas telas. Na obra Moças Peneirando
Trigo, as pessoas aparecem de costas ou de cabeça baixa.

Gustave Courbet — Moças peneirando trigo — Museu Belas Artes, Nantes

Na obra Casamento Camponês, o artista Pieter Bruegel (1525—1569)


revelou os comportamentos e hábitos de sua época.

Pieter Bruegel — Casamento camponês —1566 — óleo sobre


madeira — 114,3 x 162,6 cm — Kunsthiistorisches Museum, Viena

Procedimentos
1. Previamente, solicite aos alunos Se os alunos tiverem dificuldade, 13. Os alunos passam demão da tinta
que pesquisem imagens de objetos auxilie-os na tarefa ou disponibilize em toda a peça e a colocam para
de diferentes épocas e culturas. palitos de churrasco para facilitar a secar em local ventilado. 23
4ª série
confecção dos canudos.
2. Analise com eles as imagens 14. Distribua etiquetas adesivas e
coletadas e as contidas no 9. A colagem do canudo começa pela peça-lhes que as colem no fundo da
referencial teórico. borda inferior da lata. Para isso, lata.

3. Converse sobre as características passe cola quente nesse início. 15. Solicite auxílio para organizar a sala
dos objetos, suas qualidades e os materiais utilizados.
estéticas, bem como a utilidade de
16. Limpe os pincéis com aguarrás.
cada um.
17. Na aula seguinte, devolva as latas e
4. Solicite que eles comparem os
distribua pincéis, betume, sisal e
objetos pesquisados com outros da
enfeites naturais.
atualidade. 10. Eles continuam a enrolar os
canudos na lata até atingir a borda 18. Oriente-os a passar demão de
5. Peça-lhes que desenhem, no
superior, sem deixar espaço entre betume na superfície da peça,
espaço do registro, objetos
eles. Isso os alunos podem fazer utilizando pincel.
curiosos e interessantes, utilizando
passando cola branca com pincel. 19. Colocam a peça para secar em local
lápis grafite 2B.
ventilado.
6. Eles auxiliam a forrar as mesas
com papel Kraft. 20. Em seguida, fazem o acabamento na
composição, utilizando pedaços de
7. Disponibilize as latas previamente
sisal e os enfeites naturais.
preparadas — lavadas e com as
Não interfira no processo criativo
aparas que sobraram quando a
dos alunos.
lata foi aberta apertadas com
11. Finalize o processo de colagem
auxílio do alicate de ponta chata. 21. Auxilie-os na colagem dos materiais
com cola quente.
8. Distribua jornal para que façam na lata, com cola quente.
12. Distribua pincéis, tinta esmalte
canudos. 22. Com auxílio dos alunos, monte
sintética branca e aguarrás.
exposição no pátio da escola.
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Criação de objeto pop


Caracterização
Tema / Atividade criação de objeto pop
Técnica desenho sobre acetato
Objetivo(s) – refletir sobre a Pop Art e a indústria do consumo
– entender o desenho como meio de comunicação visual
– explorar a projeção e a transparência dos materiais
– desenvolver a habilidade criativa

Duração mínima duas aulas


Estratégia composição em acetato com caneta para retroprojetor
Material necessário para cada aluno, folha de acetato cortada tamanho A4, etiqueta adesiva, lápis grafite 2B; para
cada quatro alunos, canetas para retroprojetor em cores variadas; para toda a sala, cotonete,
álcool, panos de limpeza, retroprojetor, fita crepe, produtos industrializados diversos (tênis,
lata de refrigerante, pacote de salgadinho, chaveiro, outros)
Material alternativo saco plástico transparente tamanho A4 ou transparência substitui acetato

Descrição das ações


Referencial teórico
A expressão Pop Art, do inglês, significa arte popular. Esse movimento
24
artístico, que apareceu nos Estados Unidos por volta de 1960, alcançou
4ª série
repercussão internacional.
Pop Art surgiu como crítica à civilização moderna e ao consumismo. O
movimento utilizou-se de objetos do dia-a-dia nas composições — jornal,
campanhas publicitárias, embalagens de produtos industrializados, personagens
infantis, imagens de estrelas de cinema e outras.
O movimento Pop Art propunha romper a distância entre a arte e a vida
cotidiana, alertando para a massificação da sociedade.

Peter Saul — Salão (cama embutida) — 1961 — esmalte


e óleo sobre tela — 152,4 x 195,6 cm — Rene & Veronica
di Rosa Foundation, Napa, Califórnia

Em conseqüência disso, seus temas simbolizavam os produtos


industriais dirigidos às massas urbanas — lâmpadas elétricas,
sinais de trânsito, eletrodomésticos, enlatados... Isso se comprova,
por exemplo, na obra 200 Latas de Sopa Campbell’s, do artista
norte-americano Andy Warhol (1930—1987).

Andy Warhol — 200 latas de sopa Campbell’s — 1962 — tinta polimerizada


sintética e serigrafia sobre tela — 182,9 x 254 cm — coleção particular

Grandes estrelas do cinema norte-americano, cujas imagens eram comercializadas em filmes, programas televisivos, revistas e
jornais, foram retratadas nesse movimento artístico.
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Um estudo fotográfico deu origem à obra Marylin , em que Andy Warhol


compôs imagens da atriz, variando apenas as cores.
Alguns artistas brasileiros também adotaram idéias sobre o consumismo,
com estética diferente da empregada pelos norte-americanos.

Andy Warhol — Marylin — 1962 — 51 x 40 cm —


coleção Leo Castelli, Nova York

25
4ª série

Marcelo Nitsche — Buum! — 1966 —


Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Antônio Henrique do Amaral — BR-1 SP —
Paulo 1970 — Pinacoteca do Estado de São
Paulo, São Paulo

Procedimentos
1. Analise com os alunos as obras de 5. Os alunos escrevem o nome na 9. Incentive-os a colorir a composição,
Andy Warhol e a proposta estética etiqueta com lápis grafite 2B, podendo alterar as cores do objeto
da Pop Art, aproveitando para colando-a na folha. como quiserem. Podem inserir letras
traçar paralelo entre as formas ou frases nas composições.
6. Para cada quatro alunos,
antigas adotadas para propaganda
disponibilize canetas para 10. Organize as carteiras em forma de
de produtos de consumo e as
retroprojetor em cores variadas. círculo e ligue o retroprojetor. Cada
atuais.
aluno apresenta sua composição.
7. Com a caneta preta para
2. Os alunos escolhem um objeto Escureça a sala para favorecer a
retroprojetor, contornam, no acetato,
industrializado para recriá-lo visualização das cores utilizadas
o desenho feito no espaço do
graficamente — lata de refrigerante, nas composições.
registro. Auxilie-os a prender as
pacote de salgadinho, chaveiro,
extremidades das folhas com fita
tênis, outros. 11. Programe demonstração dos
crepe, para evitar que se desloquem.
trabalhos, com uso de retroprojetor,
3. No espaço do registro, inventam para outras turmas da escola.
8. Disponibilize cotonete, álcool, panos
nova versão para o produto,
de limpeza; oriente os alunos quanto
utilizando lápis grafite 2B.
à utilização desses produtos de
4. Na aula seguinte, entregue folhas modo a não borrar os trabalhos.
de acetato, lápis e etiquetas
adesivas.
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Outras possibilidades
Os alunos produzem uma forma de comunicação visual para o objeto escolhido. Depois apresentam os produtos utilizando
recursos cênicos.

Variações de atividade
Grupos pequenos de alunos criam cartazes de propaganda do produto escolhido, utilizando cartolina ou papel canson tamanho A3.
Podem aproveitar recortes de revistas, desenhos ou outros recursos para essa comunicação visual.

Os alunos produzem histórias com quatro a seis quadros, em que o objeto escolhido ganha vida e se transforma em
personagem. A história pode ser desenvolvida sobre transparência e projetada para apreciação dos demais colegas.

Porta-treco pop
Caracterização
Tema / Atividade porta-treco pop
Técnica confecção de porta-treco com colagem
Objetivo(s) – vivenciar as referências da Pop Art na confecção de objeto
– explorar a imaginação
Duração mínima duas aulas
Estratégia decoração de caixa – colagem de recortes de revistas e papéis coloridos
Material necessário para cada aluno, lápis grafite 2B, régua, caixa pequena de sapato com tampa, papel lustro
26
4ª série colorido, tesoura, cola branca; para toda a sala, revistas para recorte, lápis e canetas hidrocor
em cores variadas

Descrição das ações


Referencial teórico
Conforme já estudamos, objetos criados em determinada época refletem os valores e
a história da região onde surgiram.
A industrialização crescente no século XX trouxe para dentro dos lares o consumo de
objetos padronizados e produzidos em grande escala.
Artigos e peças de uso doméstico ou pessoal sempre estiveram presentes na história
da civilização. Observe a quantidade de objetos que aparece na obra A Governanta, do
artista francês Chardin.

Jean-Baptiste-Siméon Chardin — A governanta —


1739 — óleo sobre tela — 46,5 x 37,5 cm — National
Gallery of Canada, Ottawa

No detalhe da obra As Vaidades da Vida Humana, do holandês Harmen


Steenwyck, um cronômetro revela a preocupação do artista em marcar e contar
o tempo.

Harmen Steenwyck — As vaidades da vida humana — 1645 —


óleo sobre madeira — 39 x 51 cm — National Gallery, Londres

Esta proposta faz uma reflexão sobre os objetos utilizados no dia-a-dia, resgatando atividades e conteúdos vistos anteriormente.
Propõe a criação de porta-treco com temática do movimento Pop Art.
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Procedimentos
1. Distribua revistas, tesouras e 4. Explique-lhes que criarão porta- 7. Na aula seguinte, devolva as caixas
solicite aos alunos que pesquisem trecos com as imagens dos objetos e distribua cola branca, tesouras e
várias imagens de produtos. selecionados. Incentive-os a usar papéis coloridos.
imagens e cores interessantes na
2. Converse sobre o significado dos 8. Oriente-os a concluir suas
composição.
objetos recortados. Argumente a composições.
respeito das escolhas feitas. 5. Disponibilize cola branca para que
9. No final da atividade, crie momento
façam a colagem dos recortes no
3. Disponibilize caixas de sapato e para apreciação dos trabalhos
lado externo da caixa.
solicite que as identifiquem com realizados.
lápis grafite 2B. 6. Recolha os materiais e solicite
10. Desenham os porta-trecos no
auxílio para organizar a sala.
espaço do registro, usando lápis de
cor e caneta hidrocor.

Brinquedo que voa


Caracterização
Tema / Atividade brinquedo que voa
Técnica construção de pipa
Objetivo(s) – vivenciar a confecção de brinquedo como atividade infantil
– explorar a imaginação criadora
Duração mínima duas aulas
Estratégia construção de pipa em papel de seda
27
Material necessário para cada aluno, duas folhas de papel de seda, tesoura, tubo de cola branca, três varetas de 4ª série

bambu (duas com 40 cm e uma com 58 cm), linha para pipa, etiqueta adesiva com o nome do
aluno; para toda a sala, tiras de papel fino ou plástico para confecção da rabiola; para uso do
professor, máquina fotográfica

Descrição das ações


Referencial teórico

Do ato de brincar, inerente ao


ser humano, brota naturalmente o
processo ensino-aprendizagem.
Por meio de jogos e brincadeiras,
a criança estabelece relações
com o mundo.

Pipa é exemplo de brinquedo que acompanha há muito tempo crianças do mundo todo.
Inventada há mais de dois séculos antes de Cristo, possivelmente pelos chineses, esse
brinquedo encanta o olhar de adultos e crianças pela beleza do movimento.
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A pipa foi muito importante na história da humanidade. Utilizando


uma forrada de pano, Benjamin Franklin demonstrou, num dia de
chuva, que existe eletricidade estática nas nuvens. Essa descoberta
levou à invenção do pára-raios. Em 1901, Guglielmo Marconi usou
pipa para erguer uma antena e conseguiu a primeira transmissão de
rádio. Santos Dumont, em 1906, fez o primeiro vôo usando um
conjunto de pipas-caixas — o avião 14 Bis.

Esta proposta visa a resgatar a confecção de pipa como manifestação que traduz a alegria de brincar.

Procedimentos
1. Separe todo o material num espaço 7. Colocam a armação sobre a folha 14. Disponibilize linha para montagem
amplo da sala. de papel de seda, deixando espaço do “cabresto”.
para a colagem.
2. Explique aos alunos que, para
construírem pipas, terão que seguir
alguns procedimentos.

3. Disponibilize os materiais e
28 demonstre no quadro-de-giz os
4ª série
passos para a confecção da pipa.

4. Com as varetas de bambu e as


linhas, iniciam a montagem da
armação. 15. Distribua as tiras de papel fino ou

5. Oriente-os a prender as varetas na 8. Os alunos fazem um corte em cada plástico e peça-lhes para montar a

horizontal e na vertical, passando vértice da pipa. rabiola, utilizando linha de pipa. A

linha nas emendas. rabiola deve ter, aproximadamente,


cinco metros de comprimento.
18 cm
20 cm 20 cm

1 cm
5 metros
20 cm

9. Passam cola branca nas beiradas do 30 cm


20 cm papel e as viram para dentro.

10. Solicite que identifiquem as pipas


6. Passam a linha ao redor das varetas. com etiquetas adesivas.

11. Recolha as pipas e peça auxílio para 16. Marque encontro com os alunos em
organizar a sala e os materiais local apropriado para empinar
utilizados. pipas, sem riscos de acidentes.

12. Na aula seguinte, devolva as pipas 17. Tire fotos das pipas para anexar às
aos alunos. folhas do projeto.

13. Disponibilize papel de seda, cola


branca, tesoura, e solicite que
decorem as pipas com recortes de
papel.

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