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Faculdade De Ética, Filosofia e Ciências Humanas e Jurídicas

Curso: Gestão de Recursos Humanos

3º Ano 5º Semestre (Laboral) - 2022

Disciplina: Planificação e Gestão Estratégica

Tema: Integração vertical

Discentes:

o Júlio Bruno de Sá
o Miguel Félix Mutisse
o Sheidey Simeão Cuambe
o Stélio Carlos Lopes

Docente: Msc. João Guirengane

Maputo. Abril de 2022

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1. Integração Vertical
1.1 Natureza da Estratégia de Integração Vertical.

Integração Vertical consiste na execução de várias funções da cadeia organizacional. A


estratégia de interação vertical define uma cadeia de activiades operacionais
internalizadas e externalizadas, em função da sua contribuição para o desempenho
competitivo da empresa.

O nível de integração vertical deve ser aumentado, se o nível de negócios rentabilizar a


nova actividade internalizada não prejudicando as outras atividades e se as restantes
funções da empresa beneficiarem da realização interna da nova actividade.

1.1. Tipos de Integração vertical.

Integração Vertical Parcial - realiza-se internamente uma parte da actividade ou


produto e a outra parte fora da empresa.

Exemplo: Os produtos da Apple são realizados nos USA e a outra parte na China.

Quase-Integração Vertical - contratos de fornecimento a longo prazo.

Exemplo: O fornecimento de motores da Honda para a Red Bull para produção de


carros de F1.

Integração Vertical a Montante - A empresa passa a executar internamente uma


actividade que anteriormente era realizada por um fornecedor.

Exemplo: A Red Bull recebia motores da Honda e actualmente produz seus próprios
motores.

Integração Vertical a Jusante - a empresa passa a executar internamente uma


actividade que anteriormente era realizada por um cliente.

1.2. Benefícios, custos e riscos da integração vertical.

Benefícios da Integração Vertical

Os benefícios da integração vertical incluem, as economias operacionais da base


tecnológica, a estabilidade, o aumento da capacidade de diferenciação, o aumento de
barreiras à entrada, a protecção contra o declínio e a entrada em negócios mais
rentáveis.

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Custos da integração vertical.

Os custos da integração vertical incluem ultrapassagem de barreiras à entrada, as


deseconomias de escala, as barreiras à saída, as necessidades acrescidas de capital e a
dificuldade de balanceamento da cadeia operacional.

Riscos da Integração vertical.

Os riscos inerentes a integração vertical inclui perpetuação de ineficiências, o aumento


do risco operacional, a perda de acesso a tecnologias externas, a redução da ligação ao
mercado e a menor flexibilidade operacional.

1.3. Soluções Integradas– Kieretsu

Keiretsu são grupos empresariais japoneses assentes em relações de Integração Vertical


Parcial e Quase-Integração Vertical, Keiretsu visa maximizar competitividade da
empresa líder através da redução de custos, reforço da qualidade, aumento da
flexibilidade e diminuição do tempo de entrega.

O desenvolvimento do Keiretsu é baseado em relações empresariais de longo prazo, no


frequente intercâmbio de informação e na informalidade contratual.

1.4. Custos de Transacção

Para decidir entre a internalização e a externalização de actividades da cadeia


operacional, há que analisar o conceito de Custos de Transacção. De acordo com a
Teoria dos Custos de Transacção deve-se comparar os Custos de Transacção aos Custos
de Aumento de Hierarquia da empresa.

Custos de Transacção no Exterior - Deve-se ter em conta as despesas relativas à


aquisição, recolha de informação, selecção, negociação, redacção do contrato, litígio e
outros gastos intangíveis.

Custos do Aumento de Hierarquia – A empresa em virtude da internalização deve ter


em conta as despesas relativas à produção, à complexidade técnica das operações, à
coordenação e à burocracia.

1.5. Evolução da Estratégia de Integração vertical.

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A Estratégia de Integração Vertical deve evoluir em sintonia com o meio envolvente, e
em simultâneo com a estratégia de produtos e mercados.

O grau de Integração Vertical deve-se ajustar aos ciclos económicos, de modo a


preservar a estabilidade da empresa. Pois quando o volume de negócios abranda, a
produção interna pode aumentar em detrimento da contratação no mercado.

A médio e a longo prazo, as decisões de integração vertical devem potenciar a gestão


de benefícios, custos e riscos da internalização de actividades.

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