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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

CELSO SUCKOW DA FONSECA – CEFET/RJ


DEPEL – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO: ENGENHARIA INDUSTRIAL DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
DISCIPLINA: REDES I

P1 – Redes de Computadores –
Parte 2: Com consulta

Nome: Felipe Ximenes Viana


Matrícula: 0721895GAUT

Rio de Janeiro, 25 de maio de 2011


1 Questão

a) Para calcularmos a velocidade de propagação, devemos utilizar a seguinte


equação:

2⋅Δx
v p=
Δt

2⋅200
v p=
1628 . 42⋅10−9

m
v p =2 . 4564⋅108
s

b) A permissividade elétrica pode ser calculada da seguinte forma:

1
v p=
√ μ0⋅ε
Colocando a equação em função de epsilon, obtemos que:

1
ε=
μ 0⋅v
p2

1
ε=
( 1 . 257⋅10−6 )⋅( 2. 4564⋅108 )2
pF
ε=13. 185
m

c) A velocidade relariva é dada por:

vp
NVP=
c
8
2 . 4564⋅10
NVP=
3⋅108

NVP=0 .819=0 . 82%

d) Podemos calcular o delay de propagação da seguinte forma:

1
D=
vp
1
D=
2. 4564⋅108

ns
D=4 . 071
m

Para calcularmos os itens pedidos devemos calcular os valores de a e b, da seguinte


forma:

a=φCI =2 .17 mm

b=φ E−2⋅e=10. 3 −2⋅( 2 .05 )=6 .2 mm

e) A capacitância do cabo é dada pela seguinte expressão:

C 2⋅π⋅ε
=
l b
ln
a

C 2⋅π⋅( 13 .185⋅10−12 )
=
l 6 .2⋅10−3
ln
2. 17⋅10−3

C pF
=78 . 91
l m

f) A indutância do cabo é dada pela seguinte expressão:

b
μo⋅ln
L a
=
l 2⋅π
−3
( 1 .257⋅10−6 )⋅ln 6 .2⋅10 −3
L 2. 17⋅10
=
l 2⋅π

L mH
=0 . 00021
l m

g) Podemos obter a impedância característica da seguinte forma:

L
Z 0=
√ C
0 .00021⋅10−3
Z 0=
√ 78 . 91⋅10−12

Z 0 =51 .58 Ω

2 Questão

Existem 3 tipos de cabo de par trançado:

 Unshielded Twisted Pair - UTP ou Par Trançado sem Blindagem: é o mais


usado atualmente tanto em redes domésticas quanto em grandes redes industriais
devido ao fácil manuseio, instalação, permitindo taxas de transmissão de até 100
Mbps com a utilização do cabo CAT 5e; é o mais barato para distâncias de até
100 metros; Para distâncias maiores emprega-se cabos de fibra óptica. Sua
estrutura é de quatro pares de fios entrelaçados e revestidos por uma capa de
PVC. Pela falta de blindagem este tipo de cabo não é recomendado ser instalado
próximo a equipamentos que possam gerar campos magnéticos (fios de rede
elétrica, motores, inversores de frequência) e também não podem ficar em
ambientes com Humidade.

 Shield Twisted Pair - STP ou Par Trançado Blindado (cabo com blindagem):
É semelhante ao UTP. A diferença é que possui uma blindagem feita com a
malha metálica. É recomendado para ambientes com interferência
eletromagnética acentuada. Por causa de sua blindagem possui um custo mais
elevado. Caso o ambiente possua umidade, grande interferência eletromagnética,
distâncias acima de 100 metros ou exposto diretamente ao sol ainda é
aconselhável o uso de cabos de fibra óptica.

 Screened Twisted Pair - ScTP também referenciado como FTP (Foil Twisted
Pair), os cabos são cobertos pelo mesmo composto do UTP categoria 5 Plenum,
para este tipo de cabo, no entanto, uma película de metal é enrolada sobre cada
par trançado, melhorando a resposta ao EMI, embora exija maiores cuidados
quanto ao aterramento para garantir eficácia frente às interferências.

Os cabos de par trançado são categorizados/classificados pela norma americana


ANSI/EIA/TIA-568, levando em conta o nível de segurança e a bitola do fio, onde os
números maiores indicam fios com diâmetros menores, da seguinte forma:

 Categoria do cabo 1 (CAT1): Consiste em um cabo blindado com dois pares


trançados compostos por fios 26 AWG. São utilizados por equipamentos de
telecomunicação e rádio. Foi usado nas primeiras redes Token-ring mas não é
aconselhável para uma rede par trançado.

Obs: CAT1 não é mais recomendado pela TIA/EIA.

 Categoria do cabo 2 (CAT2): É formado por pares de fios blindados (para voz) e
pares de fios não blindados (para dados). Também foi projetado para antigas
redes token ring E ARCnet chegando a velocidade de 4 Mbps.

Obs: CAT2 não é mais recomendado pela TIA/EIA.


 Categoria do cabo 3 (CAT3): É um cabo não blindado (UTP) usado para dados
de até 10Mbits com a capacidade de banda de até 16 MHz. Foi muito usado nas
redes Ethernet criadas nos anos noventa (10BASET). Ele ainda pode ser usado
para VOIP, rede de telefonia e redes de comunicação 10BASET e 100BASET4.

Obs : CAT3 é recomendado pela norma EIA/TIA-568-B.

 Categoria do cabo 4 (CAT4): É um cabo par trançado não blindado (UTP) que
pode ser utilizado para transmitir dados a uma frequência de até 20 MHz e dados
a 20 Mbps. Foi usado em redes que podem atuar com taxa de transmissão de até
20Mbps como token ring, 10BASET e 100BASET4. Não é mais utilizado pois
foi substituido pelos cabos CAT5 e CAT5e.

Obs : CAT4 não é mais recomendado pela TIA/EIA.

 Categoria do cabo 5 (CAT5): usado em redes fast ethernet em frequências de até


100 MHz com uma taxa de 100 Mbps.

Obs : CAT5 não é mais recomendado pela TIA/EIA.

 Categoria do cabo 5e (CAT5e): é uma melhoria da categoria 5. Pode ser usado


para frequências até 125 MHz em redes 1000BASE-T gigabit ethernet. Ela foi
criada com a nova revisão da norma EIA/TIA-568-B.

Obs : CAT5e é recomendado pela norma EIA/TIA-568-B.

 Categoria do cabo 6 (CAT6): definido pela norma ANSI EIA/TIA-568-B-2.1


possui bitola 24 AWG e banda passante de até 250 MHz e pode ser usado em
redes gigabit ethernet a velocidade de 1.000 Mbps.

Obs: CAT6 é recomendado pela norma EIA/TIA-568-B.

 Categoria: CAT 6a: é uma melhoria dos cabos CAT6. O a de CAT6a significa
augmented (ampliado). Os cabos dessa categoria suportam até 500 MHz e
podem ter até 55 metros no caso da rede ser de 10.000 Mbps, caso contrario
podem ter até 100 metros. Para que os cabos CAT 6a sofressem menos
interferências os pares de fios são separados uns dos outros, o que aumentou o
seu tamanho e os tornou menos flexíveis. Essa categoria de cabos tem os seus
conectores específicos que ajudam à evitar interferências.

 Categoria 7 (CAT7): foi criado para permitir a criação de rede 10 gigabit


Ethernet de 100m usando fio de cobre (apesar de atualmente esse tipo de rede
esteja sendo usado pela rede CAT6.

Os cabos de par trançado são categorizados/classificados pela norma europeia


CENELEC (EN 50.173). Essa normal foi baseada na norma internacional ISO/IEC
11.801. O padrão define diversas classes do cobre, que diferem na freqüência máxima
para um determinado desempenho do canal é:

 Classe A: superior a 100 kHz


 Classe B: superior a 1 MHz
 Classe C: superior a 16 MHz
 Classe D: superior a 100 MHz
 Classe E: superior a 250 MHz
 Classe F: superior a 600 MHz

A tabela 1 representa a correspondência das classificações e os limites de cada classe


comparando os dois padrões apresentados acima

CLASSE (CENELEC) CATEGORIA (ANSI/EIA/TIA)


A 1
B 2
C 3
D 5e
E 6
F 7

Tabela 1 – Corespondência das classificações da normas ANSI/EIA/TIA e CENELEC

3 QUESTÃO

Atenuação

Trata-se da diminuição da intensidade de energia de um sinal ao propagar-se através de


um meio de transmissão. 

Os valores admitidos pela norma ANSI/EIA/TIA 568 para a Categoria 5 (lance de cabo
de 100m), são os seguintes:

Delay skew

É o atraso necessário para o sinal viajar pelo cabo, considera também a diferença entre o
par mais rápido e o mais curto do cabo.
NEXT – Near End Crosstalk

É a diferença da intensidade entre o sinal original de um par em uma extremidade e a


interferência na mesma extremidade do cabo causada por outro par. Quanto maior o
next melhor, já que significa que o sinal original está alto em relação à interferência.

FEXT – Far End Crosstalk.

É a diferença da intensidade entre o sinal original de um par em uma extremidade e a


interferência na outra extremidade do cabo causada por outro par. Ocorre no início da
transmissão onde o sinal ainda é forte, por isso a degradação do sinal é quase
imperceptível.
ELFEXT - Equal-Level Far-End Crosstalk

Diferença entre FEXT e a atenuação no par em questão. Basicamente mede a


interferência sem efeitos da atenuação. Os pares do cabo têm diferentes tamanhos
devido aos seus diferentes trançados, por isso o ELFEXT trata da diferença entre o
FEXT e a atenuação, desta maneira os resultados tornam-se independentes do
comprimento do cabo. A figura abaixo mostra a medição do ELFEXT em um cabo.

ACR – Attenuation to Crosstalk Ratio.

O ACR nada mais é do que a diferença entre o NEXT e a atenuação em uma


freqüência e indica o quanto o sinal está mais forte que a interferência causada pelo
NEXT. Devido à atenuação o sinal já chega mais fraco ao receptor, tendo como
agravante o efeito NEXT atuando mais intensamente no sinal próximo ao receptor. O
NEXT não deve afetar os sinais que superam a atenuação. O ACR está relacionado com
o trançado dos pares para que haja a menor interferência entre um par e outro; por
indicar o quanto o sinal está maior que o ruído, quanto maior for o ACR, melhor para o
sistema. Para que se consiga um melhor ACR deve-se resolver os problemas do efeito
NEXT, pois para que seja melhorada a atenuação significativamente seria necessário
reduzir o comprimento do cabo.
PSNEXT – Power Sum Near End Crosstalk.

Não é medido e sim calculado. É o somatório do efeito NEXT de um par sobre os


outros 3 pares do cabo. São analisados 4 efeitos do PSNEXT em cada cabo, pois cada
par dos 4 existentes é avaliado. Deve-se aceitar um valor de intensidade de crosstalk
menor, mesmo que em um número maior de pares do que um nível elevado de crosstalk
em um número menor de pares. O PSNEXT está estritamente ligado à paradiafonia,
portanto para que haja solução do PSNEXT, deve-se solucionar o paradiafonia. Na
figura abaixo podemos ver o PSNEXT.

PSACR – Power Sum Attenuation to Crosstalk Ratio.

Não é medido e sim calculado. É o somatório do efeito ACR de um par sobre os outros
3 pares do cabo. Existem 4 resultados de PSACR em cada extremidade do cabo, uma
para cada par que avalia o quanto a amplitude do sinal está maior que a do ruído. Por
estar diretamente ligado ao ACR e este ao NEXT e atenuação, uma vez solucionado o
problema do ACR, o PSACR melhorará automaticamente. No catálogo abaixo podemos
ver o parâmetro PSACR ser informado em dB.
PSELFEXT – Power Sum Equal Level Crosstalk

Não é medido e sim calculado. É o somatório do efeito ELFEXT de um par sobre os


outros 3 pares do cabo. São analisados 4 efeitos do PSELFEXT em cada cabo, pois
cada par dos 4 existentes é avaliado. Com a evolução do ELFEXT, automaticamente
ocorrerá a evolução do PSELFEXT. Na figura abaixo podemos ver o PSELFEXT.

Fontes:
http://www.google.com.br
http://pt.wikipedia.org/
http://www.trendcomms.com/multimedia/training/broadband
%20networks/web/main/copper/theme/Chapter2/Crosstalk.html
http://www.tlu.ee/~matsak/telecom/cabling/eu_generic_cabling/429_power_sum_equal
_level_far_end_crosstalk_loss_pselfext.html
http://www.belden.com/pdfs/Techpprs/ieacectp.htm

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