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Volume
1
MARCENARIA
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Volume
MARCENARIA
1
Instituto de Tecnologia Social - ITS Brasil (Org.)
_________________________
São Paulo - SP - Brasil
ITS BRASIL
2015
Secretaria Adjunta
Sandra Faé
Coordenadoria do Trabalho
José Trevisol
Gráfica
Gráfica Xamã
Ficha Catalográfica
CDD 370
Rua Rego Freitas, 454, cj. 73 | República | CEP: 01220-010 | São Paulo | SP
instituto de tecnologia social Tel./fax (11) 3151-6499 | e-mail: its@itsbrasil.org.br | www.itsbrasil.org.br
Marcenaria e restauração
de móveis e patrimônios
em madeira
_________________________
São Paulo - SP - Brasil
ITS BRASIL
2015
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................................................................................................ 12
1ª AULA
Formação Humana e Cidadã: O Ser Humano ..................................................................................................................................................................... 16
Formação Técnica: Profissões da Madeira .............................................................................................................................................................................. 17
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 22
2ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Diversidade Humana ..................................................................................................................................................... 23
Formação Técnica: Segurança no Trabalho........................................................................................................................................................................... 24
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 26
3ª AULA
Formação Humana e Cidadã: A Humanidade .................................................................................................................................................................... 27
Formação Técnica: Aspectos Gerais da Madeira Maciça - Parte 1 ................................................................................................................... 28
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 29
4ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Trabalho e Sociedade.................................................................................................................................................... 30
Formação Técnica: Aspectos Gerais da Madeira Maciça - Parte 2..................................................................................................................... 30
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 31
5ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Expectativas e Responsabilidade ....................................................................................................................... 32
Formação Técnica: Aspectos de Corte e Secagem da Madeira ........................................................................................................................... 33
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 35
6ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Arte e Trabalho.................................................................................................................................................................... 36
Formação Técnica: Principais Defeitos da Madeira ........................................................................................................................................................ 37
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 38
7ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Os Jovens e o Trabalho ................................................................................................................................................ 39
Formação Técnica: Densidade e Fio da Madeira (Veio) .............................................................................................................................................. 40
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 43
8ª AULA
Formação Humana e Cidadã: O Trabalho e a Técnica .................................................................................................................................................. 44
Formação Técnica: Resistência da Madeira ........................................................................................................................................................................... 44
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 46
10ª AULA
Formação Humana e Cidadã: O Trabalho como Realização .................................................................................................................................. 51
Formação Técnica: Classificação Comercial – Parte 2 .................................................................................................................................................. 52
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 56
11ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Qualidade de Vida e Qualidade no Trabalho ........................................................................................... 57
Formação Técnica: Madeiras de Reflorestamento – Parte 1 .................................................................................................................................. 57
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 59
12ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Relações de Trabalho..................................................................................................................................................... 61
Formação Técnica: Madeiras de Reflorestamento – Parte 2 .................................................................................................................................. 62
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 66
13ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Técnica, Tecnologia e Ciência ................................................................................................................................. 67
Formação Técnica: Madeiras Maciças Comerciais........................................................................................................................................................... 68
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 71
14ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Necessidade da Técnica .............................................................................................................................................. 72
Formação Técnica: Madeiras Industrializadas – Parte 1............................................................................................................................................. 73
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 83
15ª AULA
Formação Humana e Cidadã: Transformações Sociais e o Trabalho............................................................................................................... 84
Formação Técnica: Madeiras Industrializadas – Parte 2............................................................................................................................................. 85
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 86
16ª AULA
Formação Empreendedora: O Caminho Adiante ............................................................................................................................................................ 86
Formação Técnica: Degradação da Madeira – Parte 1 ................................................................................................................................................ 87
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 92
17ª AULA
Formação Empreendedora: Acertando o Passo ............................................................................................................................................................... 93
Formação Técnica: Degradação da Madeira – Parte 2 ................................................................................................................................................ 94
Formação Prática .......................................................................................................................................................................................................................................... 97
Apresentação
APRESENTAÇÃO
O CFAP já formou 24 turmas entre os anos O Curso de Qualificação Profissional
de 2009 e 2015. Foram inscritos 541 jovens e em Marcenaria e Restauração de Móveis e
adultos, destes, 332 alunos iniciaram o curso e Patrimônios em Madeira tem duração de 420
320 foram certificados. Destes 320 certificados, horas-aula. Ao final, os beneficiários recebem
221 estão empregados, cinco empresas foram o certificado de qualificação profissional.
formalizadas e 14 estão em processo de Esperamos que todos vocês participem
formalização, empresas estas que empregam ativamente, frequentando as aulas, realizando
em média três trabalhadores. O Instituto de as atividades e se empenhando, tanto
Tecnologia Social vem garantido anualmente quanto possível, a fim de obter excelente
a oferta de quatro cursos, são eles: a) aproveitamento.
Bom estudo!
Artur Henrique
Secretário de Desenvolvimento,
Trabalho e Empreendedorismo - SDTE/PMSP
A
artesão e do marceneiro e na leitura do mundo do
trabalho, descobrir, vantagens e desvantagens, de
trilhar este caminho profissional.
O Centro de Formação de Artesãos de
Parelheiros forma para quê? É uma pergunta
frequente no cotidiano escolar, pois pensamos
em um caminho gerador de possibilidades
metodologia de ensino praticada no Centro reais para a comunidade. Ou seja, não há o que
de Formação de Artesãos de Parelheiros foi esperar para gerar trabalho e renda para a região
desenvolvida em conjunto com a comunidade de Parelheiros. No entanto a urgência não nos
local, com o objetivo de o ensino proposto estar o deve tirar o dever de sempre fazer mais quanto
mais próximo possível da realidade do educando. à formação de pessoas problematizadoras da
10
Ela se compõe de quatro aspectos: a) Formação sociedade. “Quem forma se forma e re-forma ao
humana e cidadã; b) Formação técnica; c) formar e quem é formado forma-se e forma ao
Formação prática; e d) Formação empreendedora. ser formado” (FREIRE, 1998, p.25). Essa dinâmica
O educando deve sentir-se incluído e convidado a de ensino-aprendizagem, presente na obra de
INTRODUÇÃO
refletir sobre cada tema trabalhado. Paulo Freire, orienta nossas ações educativas,
Paulo Freire, quando fala da possibilidade de pois acreditamos em empreendedores, pessoas
aprendizado negado pela “escola burocrática” que podem transformar a sociedade a partir da
que ensina uma “educação bancária”, refere-se a profissionalização, gerando emprego para os
esta troca de experiência de mundo. Pois a leitura familiares e para a região. Ensinar valores, como a
dos signos é precedida da leitura do mundo, e a preservação do meio ambiente, não em uma visão
leitura dos signos não pode ser neutra, é sempre egoísta, de preservar para garantir o “meu” futuro,
apoiada em uma visão e caminho de construção mas para garantir o futuro de todos, ou seja, com o
de si mesmo e da sociedade. Quem aprende valor humano de viver em comunidade, com ética.
sempre aprende para um porquê, o ato de Para que este processo de ensino-
aprender nunca é isolado. “Quem ensina aprende aprendizagem possa verdadeiramente acontecer,
ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” é necessário que o educando, trilhe um caminho
(FREIRE, 1998, p.25). Não há desafio que não seja de descoberta pessoal, de assumir-se como ser
ao mesmo tempo estímulo, pois todo ser humano social. Não de comodismo pessoal, desinteressado
é convidado a superar seus próprios limites. pelo seu próprio desenvolvimento profissional
Assim o aprendizado é uma lida constante entre ou educacional, como se dissesse: “eu sou assim
dons e limitações, na busca de objetivos. Somos e ninguém pode fazer nada”, ou mesmo crente
convidados a conhecer o universo profissional do dos ditados populares que dizem: “pau que nasce
torto, morre torto”, “quem é bom já nasce feito”. A desde sua origem com o desenvolvimento local.
descoberta do assumir-se é melhor compreendida A formação humana e cidadã vai levar-nos a
quando Paulo Freire diz: pensar o ser humano e a sociedade como primeiro
passo da capacitação profissional. Abrange a
Outro sentido mais radical tem a assunção importância do aprendizado e dos valores éticos
ou assumir quando digo: uma das tarefas para todas as atividades do ser humano como
mais importantes da prática educativo- cidadão. Como membro de um grande corpo,
crítica é propiciar as condições em que os cada um tem função e obrigações dentro deste
educandos em suas relações uns com os complexo sistema, que não pode deixar de
outros e todos com o professor ou professora funcionar para garantir a vida social.
ensaiam a experiência profunda de assumir-se. A capacitação profissional, além de ser
Assumir-se como ser social e histórico, como ferramenta de acesso ao mercado de trabalho, deve
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ser pensante, comunicante, transformador, contribuir para o educando conhecer o universo
criador, realizador de sonhos, capaz de ter profissional do artesão e na leitura do mundo do
raiva porque capaz de amar. Assumir-se trabalho, descobrir, vantagens e desvantagens de
como sujeito porque capaz de reconhecer-se trilhar este caminho profissional.
INTRODUÇÃO
como objeto. A assunção de nós mesmos não Num projeto de desenvolvimento pessoal e
significa a exclusão dos outros. É a “outredade” social, tendo como objetivo geral a construção
do “não eu”, ou do tu, que me faz assumir a da cidadania, é preciso definir que mulher e
radicalidade de meu eu.1 homem queremos formar. Dentro da visão do ser
humano autônomo e solidário, algumas atitudes e
Esta experiência de assumir-se é certamente características devem ser desenvolvidas para que
a primeira etapa do processo de capacitação essas qualidades possam ser atingidas. A formação
profissional do Centro de Formação de Artesãos. É a humana e cidadã trilha este caminho metodológico
partir deste passo que o educando pode relacionar- no desenvolvimento do conteúdo das aulas.
se com a sociedade. A formação técnica quer refletir a importância
É um processo de ensino-aprendizagem, da técnica, com uma apresentação minuciosa,
educativo enfim, comprometido com o paciente e detalhada de todos os aspectos do
desenvolvimento social, político e econômico da exercício da profissão do artesão e do marceneiro.
comunidade. Quando falamos em “econômico” O homem sempre fez experiências, buscando
queremos apontar para aquela economia que gera encontrar aquilo que precisa para satisfazer suas
trabalho e renda para a região, comprometida necessidades. Aprendeu lidando diretamente
Introdução
O diferencial desta unidade de ensino pode geral” não é profissão, pois seria impossível
ser completamente simbolizada com a frase, dominar todas as técnicas para ser realmente um
uma vez dita pelo ex-aluno Oscar Vicente Vieira: ajudante geral. Na verdade um ajudante geral é
“aqui se aprende fazendo”. O método consiste em uma qualificação dada para o profissional sem
escolher produtos que são inovadores e de fácil qualificação, que normalmente vai trabalhar na
comercialização no mercado, traça-se então a linha limpeza e no auxílio superficial aos profissionais de
de produção de acordo com o perfil da turma, que uma seção ou setor de uma empresa.
pode ser muito diferente de uma turma para outra. Esta é uma etapa muito importante da
Então cria-se uma ordem de aplicação das técnicas metodologia pois é neste momento que o
da marcenaria e do artesanato1 em madeira nas empreendedor define a organização estrutural da
etapas de construção do artefato em madeira. empresa. É fundamental preparar a empresa com
Experienciar as técnicas no fazer é muito mais princípios organizacionais básicos, garantindo
eficiente. Por que é assim que acontece em toda assim o crescimento. A falta de organização pode,
a nossa vida. Primeiro lemos o mundo, a vida e além de dar prejuízo, impedir o crescimento da
suas necessidades e depois lemos os signos de empresa.
(1) Nesta descrição das atividades de capacitação, serão citadas sempre em conjunto: marcenaria e artesanato em madeira. Pois o
Centro de Formação de Artesão de Parelheiros capacita em marcenaria tradicional. O ramo da atividade profissional que usa
máquinas elétricas estacionárias e portáteis, no entanto, prioriza o trabalho artesanal, o que garante um acabamento muito
procurado no mercado. Pensamos que assim a inclusão no mercado de trabalho seja mais garantida.
V a m os à s
au l a s !
AULA
1
Formação Humana e Cidadã:
O ser humano
OBJETIVO
Propiciar aos participantes a identificação das características da existência humana, e a valorização do
trabalho como ferramenta essencial de interação e crescimento. Por meio do trabalho o ser humano desen-
volve suas potencialidades, ao mesmo tempo em que recebe e expressa solidariedade; o trabalho deve ser
reconhecido como um direito de todo ser humano e um dever social a ser exercido em condições justas.
CONTEÚDO
O Ser Humano, seu trabalho
e suas responsabilidades
A maior riqueza
do homem Estamos sempre aprendendo com tudo
14 é sua incompletude. que nos cerca. Quando crianças aprendemos
Nesse ponto nas brincadeiras, na escola e na família; quan-
sou abastado. do adulto percebemos a organização da socie-
Palavras que me aceitam dade e o trabalho é fundamental nessa organi-
como sou zação. Apredemos que com o trabalho somos
— eu não aceito.
AULA - 1
AULA
Formação Técnica:
1 Profissões da madeira
AULA - 1
te a fabricação de móveis por meio do trabalho tos estruturais, como tesouras, treliças, pérgolas,
artesanal (mecanizado), e não tanto industrial (au- corrimãos, guarda-corpos etc. Para estes fins, é ne-
Imagens: Google Imagens, 2015. Centro de Formação de Artesãos e Artefatos em Madeira: Projeto Artes Nascentes, 2011.
Marchetaria
Marchetaria é a arte de ornamentar superfícies
planas de móveis, painéis, pisos, tetos, através da téc-
nica de incrustação ou colagem de lâminas a partir de
materiais diversos, tais como: madeira, madrepérola,
metais, marfim, pérola e plásticos. De acordo com a
modalidade da técnica utilizada, pode-se construir
relevos tridimensionais, esculturas, joias, utensílios
etc., e também obter superfícies ornamentadas com
formas geométricas, desenhos artísticos, imagens tri-
dimensionais ilusórias, entre outros.
A marchetaria tem origem na técnica da incrus-
tação, que consiste em entalhar a madeira para em-
butir na cava uma peça confeccionada com outra
espécie. Inicialmente, a técnica era utilizada não
apenas como elemento de ornamentação ou deco-
ração, mas também como forma de unir peças por 17
meio de encaixe por sobreposição. Com a volumo-
sa disponibilidade de acabamentos de folheados,
a marchetaria se desenvolveu juntamente com a
técnica da colagem, principalmente com lâminas de
madeiras naturais (formas), possibilitando composi-
AULA - 1
ções refinadas com formas e cores únicas.
Imagens: Centro de Formação de Artesãos e Artefatos em Madeira: Projeto Artes Nascentes,
2012. Fonte Imagens: Google Imagens, 2015.
Luteria
Palavra de origem francesa (lutherie), a luteria
é a arte da construção, manutenção e restauro de
cultural de um indivíduo, sociedade ou nação, pela instrumentos de cordas. O lutier é o profissional es-
recuperação ou manutenção de adereços, móveis pecializado na construção e no reparo desses instru-
ou edificações, entre outros. Pois o restaurador, com mentos, tais como viola, violão, cavaquinho, violino,
suas técnicas associadas a seu repertório histórico- violoncelo, contrabaixo e guitarra, entre outros.
-cultural, identifica qual a melhor intervenção a ser Além de ser extremamente caprichoso, este
realizada no artefato degradado sem que faça mo- profissional carrega consigo aperfeiçoada habilida-
dificações que comprometam seu aspecto original, de de audição e tato, sendo capaz de reconhecer a
ou seja, sem descaracterizá-lo de sua forma inicial. melhor madeira também por suas qualidades acús-
O restaurador deve ser um excelente conhece- ticas, de maneira a propiciar a construção do instru-
dor de madeiras e dominar técnicas apuradas, que o mento ideal.
tornam capaz de reparar o artefato em seu contexto Trata-se de um ofício muito antigo, que existe
total, estrutural e estético, seja por meio de decapa- desde o aparecimento dos primeiros instrumen-
gem (raspagem), pequenas cirurgias (incrustações), tos de corda, seja na Mesopotâmia, Egito, Grécia e
aplicações de tingimento e acabamentos diversos. Roma, e que permanece até hoje. Ao longo dos mi-
Além disso, como a madeira é altamente moldável, lênios, houve inúmeros artesãos lutiers, mas alguns
encontraremos inúmeros artefatos com formas, se tornaram renomados, pois foram responsáveis
Artesão
Quando falamos que um objeto foi construído
de forma artesanal, pensamos diretamente em um
artesão, porém devemos entender que o artesão é
um profissional que não domina apenas uma área,
Foto: Centro de Formação de Artesãos e Artefatos em Madeira: Projeto Artes Nascentes, 2011.
podendo se desenvolver em vários outros segui-
mentos, unindo variadas técnicas na confecção de
pequenas peças sem o uso de maquinário pesado,
usando exclusivamente técnicas manuais, com o
auxílio de ferramentas elétricas portáteis em algu-
mas das etapas. Assim, através do uso da madeira,
juntamente com a união de outros materiais, como
couro, tecidos, pedras, cordas e ferragens o artesão
confecciona os mais variados produtos, que de acor-
do com sua criatividade e técnica garante valoriza-
ção a cada construída manualmente.
AULA - 1
tas e brinquedos diversos. Contudo, é importante
lembrar que o torneiro aparece também em traba-
lhos de marcenaria e carpintaria, na confecção de
cadeiras, tamboretes, corrimãos, balaustres, camas,
colunas, etc.
Atividade Prática:
Responda: Qual a importância da marcenaria para o ser humano?
AULA
1 Formação Prática
2) Orçamento:
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ATIVIDADE (Tempo estimado: 3 horas)
Construção de caixa de ferramentas em madeira. Etapas 3 e 4.
3) Seleção de material:
AULA - 1
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4) Corte da madeira:
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AULA
2
Formação Humana e Cidadã:
Diversidade humana
AULA - 2
Dessa pobre humanidade
Do humilde, injustiçado
Que sofre perversidade Discussão em grupo
Dos Poderosos impunes (*)
Com farsas e crueldade”. Vocês acham que sempre foi assim? Vocês
(Abraão Batista, cantador de viola) acham que isso é da “natureza” do homem?
ou
Vejamos como as coisas acontecem em nossa
vida. Será que tudo já vem construído dentro da gen- O homem pode mudar esse jeito de ser, tão
te? Ou será que adquirimos conhecimento a partir do prejudicial para a maioria das pessoas?
relacionamento com o meio em que vivemos?
AULA
Formação Técnica:
2 Segurança no trabalho
Para cada tipo de trabalho, são diferentes as si- Calçado (bota): confeccionado com material
tuações que podem ser causas de acidentes. Para resistente a impactos e a corrosões, este EPI é
eliminar os riscos devemos analisar a tarefa a ser de extrema importância para integridade física
executada e a forma de prever o acidente. Porém, do trabalhador.
os acidentes ocorrem em situações inesperadas e Capacete: utilizado para proteção da cabeça
muitas vezes imprevistas, daí a necessidade do uso em trabalhos a céu aberto ou em local confina-
constante dos EPIs e EPCs. Vejamos: do, protegendo contra impactos provenientes
de queda ou projeção de objetos, queimadu-
EPI – Equipamento de ras, choque elétrico e irradiação solar.
Proteção Individual Luvas: utilizadas para proteção das mãos e
Conforme a Norma Regulamentadora n.º 6 (NR6) punhos contra agentes abrasivos e cortantes e
o Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo também usadas no transporte de peças (mó-
dispositivo ou produto de uso individual utilizado veis, chapas e pranchas de madeira).
pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos Óculos de proteção: utilizado para proteção
capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. dos olhos contra impactos mecânicos e partí-
O uso deste tipo de equipamento só deverá ser culas volantes, evitando acidentes com farpas
feito quando não for possível tomar medidas que de madeira, pó de serra, produtos químicos e
permitam eliminar os riscos do ambiente em que se raios ultravioletas.
desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas Protetor auditivo (auricular): utilizado para
de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes proteção dos ouvidos em atividades com equi-
22 e suficientes para a redução dos acidentes, e não pamentos elétricos manuais e estacionários
oferecerem completa proteção contra os riscos no que apresentam ruídos excessivos, tanto a
trabalho e/ou de doenças profissionais causadas no céu aberto quanto em ambientes confinados,
exercício da função. como obras ou espaços fabris e residenciais.
Máscara respiratória: utilizada para proteção
respiratória das vias nasais em atividades e lo-
AULA - 2
AULA - 2
coletiva (EPCs)
Atividade Prática:
A partir desta aula, reflita com os demais colegas a importância dos equipamentos de segurança a partir do seu
mínimo conhecimento da atividade da marcenaria.
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AULA
2 Formação Prática
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ATIVIDADE (Tempo estimado: 3 horas)
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8) Acabamento:
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AULA
3
Formação Humana e Cidadã:
A humanidade
AULA - 3
outros, em nosso conviver.)
ATIVIDADE EM GRUPO
Se você é uma pessoa que acredita no Em que situações da vida vocês se veem dizendo
provérbio: ou ouvindo dizer:
(3) (FREIRE, Paulo. Política e educação: ensaios. 5. Ed. (Coleção Questões de Nossa Época). São Paulo: Cortez, 2001.)
AULA
Formação Técnica:
3 Aspectos gerais da madeira maciça - Parte 1
A madeira é um material produzido a partir do postos orgânicos para a produção, por exemplo, de
tecido formado pelas plantas ditas “lenhosas”, sendo medicamentos e cosméticos.
um material natural, resistente e relativamente leve. Seu uso na indústria madeireira ocorre na pro-
A partir destas, é frequentemente utilizado para fins dução de dezenas de produtos e subprodutos,
estruturais em construção, além de outras diversas como pranchas de madeira maciças e chapas in-
finalidades. Composta de material orgânico, sólido, dustrializadas (por exemplo: compensados, MDFs,
de composição complexa, isso de acordo com sua OSBs, entre outros), produzidas para as fábricas de
espécie, encontraremos em suas fibras a celulose e marcenaria, dentre as quais as que confeccionam
hemicelulose, unidas por lenhina (sustância de plan- móveis estão entre as mais numerosas. Seu uso
tas terrestres). também está ligado diretamente à construção ci-
Por sua disponibilidade e características, a ma- vil, com a carpintaria, para a confecção de diversas
deira foi um dos primeiros materiais a serem utiliza- estruturas, incluindo navais, com uso direto na ar-
dos pela humanidade, mantendo-se em constante quitetura e engenharia civil.
uso até os dias de hoje. Mesmo após o aparecimen- Entretanto, é importante sabermos que a indús-
to de materiais industrializados, sua extração é tria madeireira ocupa vastas áreas de terra e que a
mantida, pois é utilizada em produtos diretos e in- exploração de madeira em florestas naturais conti-
diretos, servindo para inúmeras funções. É também nua a ser uma das causas do desmatamento e da
uma importante fonte de energia, em termelétricas, destruição do habitat de muitas espécies, ameaçan-
além da tradicional utilização de lenha para fogo. do severamente a biodiversidade em âmbito mun-
Sua utilização na indústria, está na origem da pro- dial. A exploração indevida e descontrolada é feita
dução papeleira e de algumas indústrias químicas, principalmente pela agropecuária e por madeireiros
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nas quais é utilizada como fonte de diversos com- ilegais, não raro associados entre si.
AULA - 3
AULA
3 Formação prática
1) Desenho:
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2) Orçamento:
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AULA - 3
Construção de um armário para ferramentas em madeira maciça. Etapas 3 e 4.
3) Corte da madeira:
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4) Montagem do armário:
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AULA
4
Formação Humana e Cidadã:
Trabalho e sociedade
OBJETIVO
O ser humano cultivou infinitas possibilidades “O caminho da vida pode ser o da liberdade e
de transformar sua realidade. Ser inquieto e insatis- da beleza, porém, desviamo-nos dele.
feito permanentemente são características únicas A cobiça envenenou a alma dos homens,
do ser humano, que lhe confere a vontade necessá- levantou no mundo as muralhas do ódio e
ria para modificar, transformar e pensar a socieda- tem-nos feito marchar a passo de ganso para
de onde vive. Para isso a organização do trabalho é a miséria e os morticínios.
fundamental nesse processo. Pois é utilizando-se de Criamos a época da produção veloz, mas nos
instrumentos, artefatos e técnicas e desenvolvendo sentimos enclausurados dentro dela.
tecnologias que o ser humano vai transformando a A máquina, que produz em grande escala,
sociedade. tem provocado a escassez. Nossos conheci-
28 mentos fizeram-nos céticos; nossa inteligên-
cia, empedernidos e cruéis. Pensamos em
demasia e sentimos bem pouco. Mais do que
máquinas, precisamos de humanidade; mais
do que de inteligência, precisamos de afeição
Agora, vamos pensar em grupo! e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de
AULA - 4
AULA
Formação Técnica:
4 Aspectos gerais da madeira maciça - Parte 2
Característica estrutural – material lenhoso características físicas e químicas. Numa análise mais
As árvores crescem em média cerca de 12 cm detalhada, podemos diferenciar as seguintes partes
por ano, desta forma, podemos considerar que a do lenho: 1. medula; 2. cerne; 3. borne ou alburno;
madeira é um produto gerado de forma lenta, num 4. nós. Na planta viva, esta estrutura, recoberta ex-
processo que, em geral, dura dezenas ou centenas teriormente pelo “súber” (a casca), formam o tronco
de anos. Sendo a madeira um produto vegetal, tem da árvore. Assim, com um corte transversal em um
uma estrutura complexa, composta de uma estru- tronco de árvore, podemos observar a formação de
tura celular própria de cada espécie, o que resulta vários anéis circulares que correspondem ao cresci-
numa diferenciação radial e longitudinal das suas mento da árvore e que organizam a sua estrutura:
Casca: a parte exterior, correspondente ao sú- Alburno: a zona mais clara que transporta a sei-
ber, responsável pela proteção do tronco. va bruta das raízes para as folhas.
Floema/Cambium: tecidos superficiais do tron- Cerne: a parte mais escura da madeira e que
co, responsáveis pelo transporte de seiva. lhe dá mais resistência.
Xilema (Lenho): é a parte do tronco da qual se Medula: corresponde ao tecido mole e espon-
extrai a madeira, compreendida entre a casca e joso na parte central do tronco.
a medula e dividida em duas zonas:
AULA
4 Formação Prática 29
AULA - 4
Construção de um armário para ferramentas em madeira maciça. Etapas 5 e 6.
5) Instalação de prateleiras:
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6) Instalação da porta:
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7) Revisão:
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8) Acabamento:
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AULA
5
Formação Humana e Cidadã:
�pectativas e responsabilidade
OBJETIVO Ri
Nesta aula entenderemos que viver, requer nos- Goza
sa intensa participação, pois em todos os momentos Deseja
tomamos decisões e interferimos nos rumos de nos- Estuda e aprende com o estudo
sa própria vida. Estas decisões e interferências são Conhece com a ciência
reflexos do que pensamos e somos. Elas mudam o Sente e pensa com a arte
mundo, transformam nossa vida e nossa sociedade. Alegra-se
Mas também podemos escolher não participar, não Desenvolve seu lado espiritual
interferir. Essa decisão pode ser inserida na educa- Pensa e narra sua experiência
ção dos jovens. A pergunta que fica é a seguinte: Ama
teríamos assim uma sociedade melhor? Qual nossa Sente dor, raiva e pensa sobre isso
30 expectativa sobre o futuro da sociedade? Qual nos- Tem um corpo
sa responsabilidade com ela? Quer conviver e ajudar
Aperfeiçoa seu senso moral
CONTEÚDO Conversa
Afinal, que tipo de pessoa queremos ser? Qual Passeia e canta
ser humano queremos construir? Toca, pinta, canta e dança
AULA - 5
AULA
Formação Técnica:
5 Aspectos de corte e secagem da madeira
Corte paralelo à casca ao eixo longitudinal: Corte radial: neste corte a serra passa na
com esta técnica de corte procura-se eliminar transversal ao eixo da tora, gerando cortes de
31
a diferença entre os diâmetros a partir das late- formas cilíndricas ou orgânicas, sendo larga-
Corte
Transversal
AULA - 5
Sentido axial
ou
Corte Longitudinal
Fonte Imagens: Google Imagens, 2015.
tangencial
mente utilizado para espécies de madeiras que influenciar radicalmente neste processo, já que há
apresentam desenhos diferenciados, com a fi- madeiras com quantidade de umidade superior a
nalidade de fabricar objetos decorativos e até outras, que misturada à seiva e à resina naturais do
instrumentos musicais. lenho gera condição desfavorável a uma secagem
rápida. Para isto, ao longo da história e com o avan-
Esquema de corte com projeção do ço da tecnologia, surgiram métodos que foram
empeno pelo tempo de secagem. aprimorando a secagem, beneficiando ainda mais
a madeira e principalmente acelerando um proces-
so antes demorado, que não garantia em sua tota-
Secagem da madeira lidade um material de alta qualidade. Vejamos as
principais técnicas:
A remoção do excesso de água da madeira reduz
seu peso e consequentemente o custo de transpor- Secagem ao ar livre: este método consiste
te e manuseio, minimizando o efeito de contração e no lançamento e permanência por tempo
inchamento em condições normais de uso. A madei- determinado das madeiras ao ar livre, com
ra seca possibilita melhor colagem e revestimento contato direto de sol e chuva. Porém este mé-
com maior eficiência, além de evitar o aparecimento todo só deve ser utilizado com quantidades
de fungos manchadores ou apodrecedores. consideravelmente grandes de madeira, para
Os fatores que influenciam na durabilidade da que não haja problemas de envergamento
madeira está diretamente ligado à secagem da entre elas. Em todo caso, pratica-se o controle
mesma, levando em conta depois o local de uso e a e previsão de virada das madeiras para banho
finalidade, sobretudo as condições térmicas e mecâ- solar das outras faces, que possibilita a estabi-
nicas a que ela será submetida durante a utilização, lização uniforme da estrutura da madeira em
tanto no processo de fabricação quanto depois do sua extensão total, devido ao peso de umas
produto já pronto. Desta maneira, conhecer suas sobre as outras.
propriedades físicas naturais poderá fazer grande
diferença. Por exemplo, a parte externa do tronco, Secagem forçada ao ar: este método tem o
o “alburno”, geralmente a parte mais clara da madei- objetivo de lançar as madeiras em um ambien-
32 ra, se decompõe com mais facilidade do que a parte te coberto em temperatura ambiente (21º a
interna o “cerne”, geralmente mais escura. Por isso, 23ºC), sob a condução de ventilação natural ou
para uma boa secagem ou simples armazenamen- artificial, promovendo uma secagem mais ace-
to, é essencial saber a maneira correta de se estocar lerada. Mas importante ficar atento à umidade
madeira maciça, para assim evitar grandes proble- do espaço para não promover o crescimento
mas em sua estrutura, como empenos, rachaduras, de fungos e mofos.
AULA - 5
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AULA 33
5 Formação Prática
AULA - 5
ATIVIDADE (Tempo estimado: 30 min.)
Início das atividades de restauração de móvel: porte médio.
Etapa 1 – Avaliação da peça
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1) Desenho:
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2) Orçamento:
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AULA
6
Formação Humana e Cidadã:
Arte e trabalho
OBJETIVO
Com esta aula pretendemos estudar as ligações en-
tre a arte e o trabalho.
CONTEÚDO
Observe com atenção a figura abaixo. Ela foi criada
pela dupla de grafiteiros Os Gêmeos. A figura retrata
uma imagem comum nas grandes cidades.
ATIVIDADE
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AULA
Formação Técnica:
6 Principais defeitos da madeira
As madeiras são classificadas de acordo com as dos galhos, que geralmente são mais intensos em
suas características. Conhecer bem estas caracterís- espécies mais resinosas. Se houver em grande
ticas é tarefa indispensável para um bom profissio- quantidade sobre um madeirado, isso compro-
nal, afinal, como trabalhar uma matéria-prima que meterá sua estabilidade e resistência.
não se conhece? Leia com atenção sobre as princi-
pais características da madeira e observe as precau- A madeira não pode conter rachaduras: caso
ções e dicas de manutenção. a madeira esteja com rachaduras em destaque,
rejeite-a. As madeiras rachadas não oferecem
Como escolher madeiras grande aproveitamento. Mesmo se tentarmos
Para que possamos fazer uma boa compra de contornar as rachaduras podem ocorrer novas
madeiras maciças, é preciso ter em mente selecio- ou ainda o agravamento de outras. Geralmen-
ná-las da melhor forma possível, pois para fabrica- te quando adquirimos madeiras como tábuas,
ção de qualquer objeto em madeira, em nosso caso pranchas, sarrafos, portaletes, todas em aspecto
“móveis e carpintaria”, cada característica que verifi- bruto, elas poderão apresentar em suas extre-
caremos a seguir será importante para o desempe- midades de pequenas a grandes fissuras, que se
nho final da madeira no momento de trabalhá-la. não receberem o mínimo cuidado se transforma-
rão em rachaduras. Desta maneira, caso a ma-
Observe as bordas da madeira: caso as bordas deira apresente qualquer rachadura que avance
estejam “peludas”, rejeite a madeira. Madeiras mais de 10 cm, rejeite-a.
com “pelos” nas bordas, também conhecidos
35
como “miolo” ou “bica”, são muito ruins para se Preste muita atenção com a umidade da ma-
trabalhar. Além de não terem estabilidade, esfare- deira: as madeiras vendidas no comércio ma-
lam e empenam muito, causando problemas no deireiro devem estar minimamente secas, com
acabamento e alinhamento da superfície. baixa umidade, para evitar empenos, rachadu-
ras, fungos, mofos e também xilófagos (cupins
AULA - 6
Observe o alinhamento da madeira: caso haja e brocas). Madeiras que apresentam umidade
um empeno muito grande, rejeite a madeira. excessiva não apresentam boa trabalhabilida-
Madeiras empenadas quase sempre apresentam de, prejudicando o corte, acabamento e aplica-
problemas mesmo após o seu aplainamento na ção de produtos sintéticos. Deste modo, caso
desempenadeira ou plaina manual. Algumas ve- não encontre a espécie destinada ao seu tra-
zes elas voltam a empenar, principalmente quan- balho devidamente seca, armazene-a em local
do cortadas na serra estacionária. O empeno se ventilado para secar e estabilizar até o momen-
deve ao processo de secagem, em que ocorre a to correto, quando o nível de umidade chegou
dilatação da fibras da madeira. Por isso, é impor- a um bom patamar.
tante saber que para cada espécie de madeira há
um comportamento diferente, com intensidade Preste muita atenção para não levar “gato por
maior ou menor de envergamento. lebre”: algumas madeiras são muito parecidas
umas com as outras, por isso, cuidado com a es-
Certifique-se de que a madeira não tenha mui- colha que fará e fique atento ao encomendar via
tos nós: caso apresente, rejeite a madeira. Madei- sistemas móveis, pois a melhor forma de verificar
ras que apresentam “nós”, quando trabalhadas, a autenticidade do produto é estando frente a
costumam rachar e até mesmo perder o nó, dei- frente, para que não haja surpresas ou tentativas
xando um buraco no lugar. Os nós são projeções de golpe por parte do estabelecimento comercial.
Atividade Prática:
Através das madeira dadas pelo professor idenfique os principais defeitos ocacionados por má condução e
armanagem das madeiras vista nesta aula.
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AULA
36 6 Formação Prática
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3) Seleção do material:
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4) Desdobro do material:
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AULA
7
Formação Humana e Cidadã:
Os jovens e o trabalho
Sérgio: “Trabalho é parte daquilo que fazemos Walace: “O melhor é arrumar um emprego de 37
no dia-a-dia para que possamos ter um futuro carteira assinada, porque trabalho assim, quan-
melhor.” do for mandado embora, tem direito de receber
alguma coisa. Quando ficar doente, tem direito
Rosivaldo: “Na minha idade, ter um trabalho é de receber auxílio doença.”
criar independência financeira e poder ajudar na
renda familiar.” Rosivaldo: “Hoje não vem, mas amanhã vem
AULA - 7
uma bala perdida e tu tá lá, de boberão, tu mes-
Cínthia: “No mercado de trabalho, quem tem mo se revolta: tu não trabalha, não estuda, tu vai
mais chance é o jovem que pode ter mais estudo meter a mão!”
e pode se profissionalizar.”
Carlos: “É que um amigo seu convida a fazer
Carlos: “O estudo é importante, porque para tra- aquele ‘breguete’ que não presta. Mas se você é
balhar em uma empresa pede-se escolaridade.” um jovem cidadão do futuro não vai fazer isso e
nem entrar na ideia destes moleques.”
Walace: “O meu trabalho neste projeto mudou
minha vida: agora eu sou uma pessoa mais séria, Walace: “Além de ter mais conhecimento, tenho
tenho compromisso comigo e uma profissão a uma profissão, sou eletricista.”
zelar. Sou mais mente.”
Thiago: “É melhor ter minha vida ocupada aqui
Carlos: “Se não tem nenhuma experiência em no complexo da Mangueira do que ficar de bobei-
nenhuma profissão, você só pode trabalhar em ra na comunidade.”
auxiliar de serviços gerais, é obrigado a fazer
qualquer coisa.”
ATIVIDADE
Compare seu ponto de vista pessoal sobre o trabalho com as declarações dos jovens da comunidade do com-
plexo da Mangueira.
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AULA
Formação Técnica:
7 Densidade e fio da madeira (veio)
O Brasil, por ser rico em florestas diversas, como brocas), dependendo exclusivamente do desdo-
a mata amazônica, a caatinga, o cerrado e a mata bro e principalmente do armazenamento, evi-
atlântica, nos proporciona grande diversidade de tando umidade e os defeitos da madeira, como
madeiras de alta qualidade. Contudo, devemos no- vimos na aula anterior.
tar que as diferentes espécies de madeira apresen-
tam diferentes densidades, afetando fortemente o Média densidade: a madeira com esta densi-
seu peso, o que indicará a finalidade para a qual a dade é considerada por muitos profissionais da
madeira é mais adequada. marcenaria a melhor para se trabalhar, pois não
Na marcenaria, de acordo com a espécie da é excessivamente dura nem mole demais, o que
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madeira, temos três classificações: baixa densi- proporciona um excelente manuseio, facilidade
dade, média densidade e alta densidade, cada de corte e usinagem. Também proporciona um
qual adequada a um tipo de utilização. Para que ótimo acabamento, pois permite trabalhar a ma-
possamos entender essas densidades, é preciso deira buscando as formas e encaixes mais criati-
compreender as características do fio (veio da vos, como entalhes, torneados, abaulados, etc.
AULA - 7
madeira), que irão nos revelar a real densidade da Madeiras como cerejeira, pinho de riga, imbuia,
madeira estudada. canela, cedro rosa e pinho do paraná são espécies
que possuem o veio meio fino e por isso acumu-
lam maior quantidade de material lenhoso entre
Atente-se as classificações abaixo: as seções dos veios. A maioria das madeiras que
possuem esta densidade são consideradas resis-
Baixa densidade: a madeira que apresenta esta tentes a xilófagos, porém um bom preservante
densidade comumente tem os veios médios, o nunca é dispensável.
que caracteriza uma madeira leve e mole, com
baixo acúmulo de material lenhoso entre as se- Alta densidade: estas madeiras são chamadas de
ções dos veios. Apresenta baixa resistência me- madeiras duras e são difíceis de trabalhar, prin-
cânica para trabalhos que exijam grandes esfor- cipalmente no corte, usinagem e acabamento.
ços concentrados (como vigas, portas, estruturas Isso porque possuem um veio fino a extra fino,
etc.). Por suas características físicas, estas madei- com grande acúmulo de material lenhoso entre
ras geralmente não garantem resistência ao uso seções dos veios. As madeiras de alta densidade
externo, tendo grande facilidade e adquirir fun- são consideradas as mais resistentes a xilófagos,
gos e mofos, mesmo com o uso de imunizante e sendo as mais conhecidas: ipê, cumaru, angelim
preservante (verniz e stain). Dentre estas madei- pedra, pau-roxo, peroba rosa, etc. Por serem natu-
ras, podemos destacar: pinus, cedrinho, caxeta, ralmente resistentes, são próprias para trabalhos
balsa e paricá. Contudo, é importante sabermos que requerem durabilidade e resistência (como
que em alguns casos não será a densidade fator estruturas de telhado, pergolados, móveis exter-
de possíveis infestações de xilófagos (cupins e nos, deques, assoalhos, etc.).
39
Diagrama do fio (veio) da madeira por densidade específica a partir do corte transversal. Observe que a
abertura dos anéis de crescimento de cada madeira, apresenta característica diferentes, revelando as suas
densidades. Lembre-se que os anéis de crescimento carregam o material lenhoso que forma o cerne e o
alburno, ou seja, o próprio lenho. Desta maneira, quanto mais espaçados os anéis, mais porosa a madeira
será, devido a uma menor compactação do lenho, neste caso revelando-se de baixo peso, pelo pouco
acúmulo de material lenhoso. Assim diminuindo essa distância entre anéis, teremos uma madeira de médio
AULA - 7
a alto peso, justamente pela maior compactação entre anéis de crescimento. Por meio disso, teremos a
separação por densidades de madeira.
Fotos: Google Imagens, 2015.
40
AULA - 7
3
Fotos: Google Imagens, 2015.
Atividade Prática:
Através das várias densidades apresentadas, escreva pelo o menos 4 especies de madeira para cada den-
sidade citada acima.
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AULA
7 Formação Prática
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AULA - 7
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AULA
8
Formação Humana e Cidadã:
O trabalho e a técnica
Todo trabalho exige uma maneira organizada e Nos diferentes lugares do planeta, as técnicas
eficiente de fazer. A eficiência das atividades dos vão passando de geração em geração; algu-
profissionais depende do saber fazer. A esse “saber mas foram sendo aperfeiçoadas e tornaram-se
fazer” denominamos TÉCNICA. conhecidas de outros povos. Atualmente, o in-
Existem muitas maneiras de desenvolver a técni- tercâmbio de técnicas e saberes tem um ritmo
ca: pode ser aprendida com alguém; pode ser apren- muito mais acelerado e atinge o mundo todo,
dida estudando sozinho; pode ser inventada, porém, devido às facilidades de comunicação.
deve ser aprovada para fazer parte da CULTURA.
ATIVIDADE
42 Converse com seus colegas e resuma o que você entendeu por técnica:
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AULA - 8
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AULA
Formação Técnica:
8 Resistência da madeira
Observando a madeira em relação à posição em tora é serrada em seu eixo (sentido) maior. Além dis-
que ela foi cortada, é possível obter dois sentidos so, o corte no eixo longitudinal serve para manter a
de veios: transversal e longitudinal. Os veios são ga- resistência da madeira, já que ao serrá-la neste senti-
rantia de permanência ou não da estrutura natural do, sua resistência natural a mantém sempre firme e
da madeira, pois dependendo do sentido escolhido sólida. Entretanto, se o corte for feito na direção con-
para o corte da mesma é que se manterá ou se elimi- trária (corte transversal), a madeira correrá sério risco
nará a resistência mecânica. Deste modo ao cortar de quebra por sua perda de força, ou seja, haverá a
uma madeira é preciso analisar qual utilidade terá quebra da continuidade do veio no sentido maior da
para que após o corte ela não enfraqueça e se torne mesma, comprometendo sua estrutura e propriedade
suscetível de quebra. física natural. Observe a diferença entre as imagens
Analisando a aula de desdobro, aprendemos que, abaixo com a representação de uma tábua cortada no
para melhor aproveitando do material lenhoso, a eixo longitudinal (caso A) e no eixo transversal (caso B).
Entendendo o corte
Caso A
Caso B
Imagens: Centro de Formação de Artesãos e Artefatos em Madeira: Projeto Artes Nascentes, 2015.
43
AULA - 8
Além deste importante ponto que sempre deve
ser respeitado, há também duas especificações de
veios para a superfície da madeira, partes estas que
servem apenas para finalidade estética: após fabri-
cação do artefato, a madeira apresentará o veio ra-
dial e tangencial.
Vale ressaltar também que, para cada tipologia
estética de veio, o profissional marceneiro deverá
conhecer as espécies ofertadas que garantam essas
variações para os dois tipos de veio. A escolha final
da madeira poderá dar ou não destaque ao produto
confeccionado, o valorizando ou simplesmente pas-
sando por despercebido. Vejamos:
Atividade Prática:
Responda: A partir da sua compreensão, por que não devemos executar o corte da madeira no sentido trans-
versal em relação ao veio?
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AULA
8 Formação Prática
AULA - 8
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Atividade Prática: .
Responda: Indefique o sentido Radial e Tangencial nas imagens das madeiras abaixo.
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AULA - 8
FIQUE ATENTO: Temos aqui quatro espécie de madeiras, itaúba, pau-roxo, taxi e amapá, onde cada
uma apresenta os dois tipo de veio estético, a esquerda radial e a direita tangencial. Essa forma pode
variar de espécie a outra, mas é comum termos formas orgânicas no veio tangencial e centa lineari-
dade no veio radial.
AULA
9
Formação Humana e Cidadã:
A finalidade do trabalho:
para que serve
Toda técnica é desenvolvida a partir de sua finalidade. Por isso, é importante que o trabalhador e
a trabalhadora saibam identificar para quê o trabalho deve ser feito, ou seja, qual a sua finalidade?
ATIVIDADE
Junto com os colegas, escolham duas ocupações e relacionem os saberes necessários à finalidade desses trabalhos.
46
AULA
Formação Técnica:
9 Classificação comercial - Parte 1
AULA - 9
A madeira talvez tenha sido a matéria mais ver- novos utensílios domésticos, móveis, estruturas e
sátil e mais utilizada pelo homem ao longo de sua até armas mais sofisticadas. Atualmente, o proces-
história. Pouco a pouco os artefatos foram se tor- so de exploração da madeira envolve diferentes
nando mais aprimorados, o que está relacionado atividades e produtos, organizados de tal maneira
ao desenvolvimento de ferramentas que ajudaram que o desperdício se torna inexistente ou mínimo.
os profissionais do passado a aperfeiçoar e criar Dessa maneira temos:
Existem inúmeras espécies de madeiras, cada qual com diferentes tonalidades e peso (densidade), caracte-
rizando sua resistência e qualidade para a finalidade a que será destinada. Para que possamos realizar uma
compra de madeira adequada, além de estarmos conscientes da quantidade de espécies ofertadas, deve-
mos ficar atentos para a classificação comercial, pois há um padrão estabelecido principalmente nas regiões
sul e sudeste para o corte/desdobro de madeiras maciças nobres ou não. Porém, importante ficarmos aten-
tos à questão das densidades das madeiras, pois para cada uma é dado um beneficiamento diferente para
o padrão comercial final, já que as madeiras são cortadas nos tamanhos padronizados, sendo classificadas
e codificadas independentemente da espécie e levando-se em conta sua utilização futura. Vejamos os prin-
cipais tipos de corte encontrados nas madeireiras: caibro, cruzeta, dormente, prancha, pilar, pontalete, ripa,
sarrafo, viga e tábua.
47
AULA - 9
INFORME-SE: Saiba que as madeiras comerciais beneficiadas foram desenvolvidas a partir de um pré-
-dimencionamento para suportar esforços de carga distribuída, isto é, para estruturas de telhado. Ou
seja, suas dimensões são prioritariamente pensadas para este uso, sem que haja um cálculo prévio da
estrutura. Mas além disto, esta diversidade de medidas é muito utilizada para outros fins na marcenaria,
agilizando confecções de móveis e afins.
Atividade Prática:
Responda: Identifique o sentido Radial e Tangencial nas imagens das madeiras acima.
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AULA
9 Formação Prática
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AULA - 9
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AULA
10
Formação Humana e Cidadã:
O trabalho como real�ação
Homens e mulheres sempre transformam a natureza por intermédio do trabalho, que pode ser visto de mui-
tas maneiras:
Mas certos trabalhos também têm aspectos e consequências negativos como o trabalho infantil. Vejamos ou- 49
tras situações em que o trabalho pode se tornar uma atividade opressiva:
AULA - 10
metida ao trabalho escravo, proibido no Brasil e no mundo.
ATIVIDADE
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AULA
Formação Técnica:
10 Classificação comercial - Parte 2
Caibro: o caibro é um elemento do madeiramento mesas, estruturas de armários maciços, etc. A seção
da estrutura do telhado, localizado sobre as terças transversal mais utilizada na confecção das madei-
e abaixo das ripas; juntos, estes elementos agem ras para um caibro é de 5 x 6 cm e 6 x 8 cm, porém
na distribuição das cargas (peso) sobre todo o ma- encontra-se também com as medidas: 5 x 6,5 cm e
deiramento. O caibro atua no sentido longitudinal 5 x 7,5 cm; com média de 2,5 m de comprimento.
da queda d’água do telhado, mas seu uso não se As madeiras mais utilizadas para beneficiamento
restringe apenas à estrutura, sendo largamente são: cedrinho, pinus, eucalipto, cedro arana, cedro
usado para movelaria, na confecção de cadeiras, rosa, tauari, peroba rosa e cambara.
50 Cruzeta: este elemento nada mais é que 1/3 (um caiu em desuso, sendo substituído por cruzetas
terço) de um caibro, e é utilizado na estrutura fi- de concreto e aço galvanizado. Desta forma as
nal em postes de energia elétrica, fixando várias demolidoras especializadas em madeiras reci-
amarras de fios de grande bitola e de enorme cladas estão interessadas neste tipo de material,
tensão de um poste a outro. A cruzeta foi pensa- pois tem ótima resistência e bom valor comer-
AULA - 10
da inicialmente em madeira por ser um material cial. As madeiras mais comuns encontradas nes-
de baixa condução elétrica, sendo portanto pou- te tipo de material são: peroba rosa, pau-ferro,
co vulnerável a raios. Este material atualmente pau-roxo e eucalipto vermelho.
Fotos: Google Imagens, 2015.
Dormentes ou travessas: são peças de madeira, metal ou concreto colocadas transversalmente à via férrea,
servindo de suporte para os trilhos que são fixados. As travessas desempenham a função de transmissão dos
esforços ao balastro ou lastro (terra com brita compactada) mantendo a distância entre os trilhos. Da mesma
maneira que houve uma supervalorização das cruzetas de madeira substituídas pelas de concreto, ocorreu
o mesmo com o dormente, comercializados também pelas demolidoras, tendo bastante procura por profis-
sionais da área da marcenaria rústica, transformando-os em móveis, assoalhos, pergolados, etc. As madeiras
mais comuns encontradas neste tipo de material são: peroba rosa, pau-ferro, pau-roxo e eucalipto vermelho.
Pilar: elemento utilizado na vertical, com a fina- que raramente encontraremos este tipo de ele-
lidade de receber cargas. Parecido com a coluna mento com madeiras de baixa densidade, pois o
de seção circular, a diferença está exatamente em objetivo principal é receber altas cargas concen-
sua forma, que é quadrangular. O pilar de madeira tradas. As principais madeira utilizadas são: ange-
é usado em diferentes trabalhos, como a constru- lim pedra, angelim vermelho, cambara, cumaru,
ção de casas, alpendres, pergolados, varandas e eucalipto vermelho, garapeira, ipê, pau-roxo, pe-
terraços. Muitas vezes é possível fabricá-lo com roba rosa, peroba do norte e sucupira.
duas vigas caso não encontre o pilar com as me- Comprimento médio: 4,00 m
didas necessárias ou simplesmente caso se queira Principais dimensões: 15 x 15 cm – 20 x 20 cm – 25 x
abaixar os custos da obra. É importante lembrar 25 cm – 30 x 30 cm.
51
AULA - 10
Pontalete: feito normalmente de madeira pinus, largamente utilizado em movelaria, com estru-
eucalipto, cedro e cambara, tem a função de es- turas, pernas, montantes, molduras, etc.
cora para suportar cargas por terminado tempo,
por exemplo, em uma concretagem de laje, no Comprimento médio: 5,00 m
escoramento de uma estrutura de telhado como Principais dimensões: 5 x 5 cm – 7,5 x 7,5 cm –
as tesouras estruturais e em andaimes. Porém é 10 x 10 cm.
Fotos: Google Imagens, 2015.
Prancha: geralmente confeccionada a partir de presentes para esta tipologia são: angelim pedra,
espécies de alta e média densidade, já que neces- angelim vermelho, cambara, cumaru, eucalipto
sitam ter resistência a torção e principalmente em- vermelho, garapeira, ipê, pau-roxo, peroba rosa,
penamento. As pranchas apresentam dimensões peroba do norte e sucupira.
volumosas, o que possibilita diversos trabalhos,
sobretudo ligados à construção de estruturas de Principais dimensões:
madeira, mas também em artefatos a partir do Comprimento médio: 7,00 m
corte, transformando-os em caibros, pontaletes, Prancha: 3,5 x 30 cm – 4 x 20 cm – 4 x 30 cm – 5 x 20
sarrafos e ripas. Possuem espessuras que podem cm – 5 x 30 cm – 6 x 30 cm.
variar de 3,5 a 6 cm; peças que ultrapassam es- Pranchões: 8 x 40 cm – 10 x 30 cm – 15 x 23 cm – 10 x
sas medidas são nomeadas pranchões, podendo 20 cm – 7,5 x 23 cm.
chegar a até 15 cm. As espécies de madeira mais
Ripa: a ripa é um elemento estrutural do telhado, estruturas para assentamento de telhas, venezia-
armado acima dos caibros, sendo o último com- nas, pequenas guarnições, além de excelente ar-
ponente para construção do telhado. Possui uma mação para móveis, formando estruturas rígidas
52 seção transversal pequena, se comparada com porém leves na união de montantes por seções.
uma terça ou caibro, e serve para melhor distri- As espécies de madeira de baixa a média densida-
buir as cargas geradas pela cobertura. Em telha- de são as mais utilizadas para a fabricação deste
dos de palha, comumente utilizados em regiões elemento. São elas: araucária, cambara, cedrinho,
praianas, as ripas servem para fixar as palhas no eucalipto grandis, pinus e tauari.
telhado, uma vez que a carga gerada pela mes- Comprimento médio: 5,00 m
AULA - 10
ma é muito pequena em relação à telha cerâmi- Principais dimensões: 5 x 1,2 cm – 3,8 x 1,6 cm – 5 x
ca. As ripas de madeira têm inúmeras aplicações: 2,5 cm – 5 x 2 cm – 5 x 1,5 cm – 4 x 2 cm.
Fotos: Google Imagens, 2015.
Sarrafo: esta tipologia de madeira muitas vezes podem variar de 10 a 25 mm. Com os sarrafos
é confundida com a ripa e vice-versa; para que são fabricados revestimentos de paredes com o
se reconheça corretamente o sarrafo, observe tradicional encaixe de lambri, forros para teto,
atentamente a seção transversal, sendo mais assoalhos, deques, painéis decorativos, tampos
larga em relação à ripa e com espessuras que diversos e portas. Na fabricação dos sarrafos, a
Tábua: confundida com a prancha por suas di- taria na concretagem de vigas e pilares. Por não
mensões longitudinal e transversal serem pare- exigir grande resistência, mesmo em estruturas
cidas, a tábua possui uma espessura mais fina, de concretagem, as espécies utilizadas para este
enquanto a prancha é mais grossa. Isto define fim são geralmente de baixa a média densidade:
suas utilidades estruturais, classificando-as para araucária, cedrinho, cedro rosa, cedro arana, eu-
determinados usos com maior ou menor busca calipto grandis e pinus.
de resistência. Assim, com esta tipologia é possí- Principais dimensões:
vel fabricar objetos diversos, como móveis, brin- Comprimento médio: 3,00 m
quedos, elementos decorativos e artesanatos; Tábuas aparelhadas: 2 x 15 cm – 2 x 20 cm – 2 x 30
ela tem também grande utilidade na construção cm – 2,5 x 15 – 2,5 x 20 cm – 2,5 x 25 cm – 2,5 x 30 cm.
53
civil, na área da carpintaria, para caixaria/caixo- Tábuas brutas: 3 x 20 cm – 3 x 25 cm – 3 x 30 cm.
AULA - 10
Viga: sendo um elemento estritamente es- uso na fabricação de portas, janelas, pergola-
trutural, esta tipologia de madeira é usada no dos, móveis rústicos, etc.
sistema conhecido como laje-viga-pilar, tendo
a função de receber altas cargas e distribuí-las Principais dimensões:
para os pilares. A viga de madeira bruta é muito Comprimento médio: 5,00 m
utilizada na construção civil, principalmente em 6 x 12 cm – 6 x 16 cm – 5 x 20 cm – 7,5 x 15.
estruturas de telhados para o madeiramento,
formando as treliças ou tesouras, as “terças”, so-
bre as quais são lançados os caibros e ripas. Por
Fotos: Google Imagens, 2015.
Atividade Prática:
Dinâmica: junto com os colegas, encontre cada tipologia com as madeiras trazidas pelo professor.
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AULA
10 Formação Prática
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12) Colagem:
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AULA
11
Formação Humana e Cidadã:
Qualidade de vida e qualidade
no trabalho
Nos trabalhos que se repetem muitas vezes a cada dia, nosso cor-
po ou mente é exigido de um modo especial. O trabalho repeti-
tivo causa doenças que podem limitar as pessoas, impedindo-as
de trabalhar e de viver com qualidade. O trabalho deve ser reco-
nhecido como direito individual e um dever social, que deve ser
exercido em condições justas.
55
ATIVIDADE
Com base em sua experiência ou de familiares, relate no espaço abaixo uma situação relacionada à qualidade
no trabalho.
AULA - 11
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AULA
Formação Técnica:
11 Madeiras de reflorestamento - Parte 1
Em vista do desaparecimento das madeiras ma- gerar avanços significativos para as indústrias de
ciças consideradas “nobres” para a fabricação geral celulose/papeleiras, madeiras maciças e madeiras
de artefatos, devido à intensa extração e exploração industrializadas. Há também a importante preocu-
nas grandes florestas, as indústrias do setor madei- pação com o meio ambiente, uma vez que a conti-
reiro passaram a enxergar grande benefício no plan- nuidade dessa exploração excessiva das matas pre-
tio de madeiras de menor valor agregado. Surgem judica nascentes, a flora e a fauna, afetando o ciclo
então as árvores de reflorestamento que buscam das chuvas, entre outros impactos ambientais.
Diferente das madeiras de lei, que têm maior ren- Desmatamento na região Norte do Brasil na flo-
tabilidade por tora, com quantidade generosa de le- resta amazônica, onde além da exploração ilegal de
nha (material lenhoso) para a fabricação de madeiras madeira há a abertura de hectares para agropecuá-
comerciais, as árvores de reflorestamento são consi- ria e para carvoarias ilegais.
deradas e classificadas em espécies de crescimento
acelerado, e por isso proporcionam um rendimento
ainda maior. Ou seja, se comparadas com as madei-
ras maciças tradicionais elas se mostram mais ágeis
56
para o abate, com períodos mais curtos de desenvol-
vimento, com média de 20 anos para sua extração.
Se analisarmos o tempo de crescimento das ár-
vores nobres, tanto no diâmetro quanto no compri-
mento, concluiremos que elas são inviáveis para o
AULA - 11
aglomerados e chapatex.
Algumas espécies de madeiras nobres continu-
am a ser exploradas, porém de maneira mais con-
trolada, no chamado “manejo sustentável”, em que
o Ibama concede permissão a empresas regulamen-
tadas para seguir atuando neste campo. Contudo, a
principal utilidade destas madeiras nobres está na Extração ilegal de madeira nativa (angelim pedra),
industrialização de madeira laminada (folhas), para na qual são utilizados equipamentos como motos-
o revestimento de chapas, proporcionando maior serras para o corte e o desdobro da tora no próprio
aproveitamento da tora por metro linear ao eixo local. Entretanto, a prática mais comum é a do trans-
longitudinal da mesma, processadas a partir de um porte ilegal para serrarias clandestinas, que destinam
torno laminador ou por faqueamento. tais madeiras para comércios fraudulentos.
Atividade Prática:
AULA - 11
Responda: Qual a importância destas árvores para o meio ambiente?
Qual o sentido destas espécies serem a melhor opção para este beneficiamento?
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AULA
11 Formação Prática
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14) Polimento:
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AULA
12
Formação Humana e Cidadã:
Relações de trabalho
Trabalhava-se, pois, nove horas por dia, inclusive aos sábados. E quando havia muitas encomendas,
também aos domingos (...). O ambiente era o pior possível. Calor intolerável, dentro de um barracão
coberto de zinco, sem janelas nem ventilação (...). Os meninos deviam estar na fábrica quase uma hora
antes dos oficiais (...). Assim, em dias normais, as horas de trabalho dos meninos eram 10 e, quando a
fusão do vidro retardava, aumentavam para 11, 12 e até 15 (...). Os meninos sempre foram indispensá-
veis nas fábricas de vidro. Muitas tarefas auxiliares só eles podiam executar, sem contar que represen-
tavam mão-de-obra, a preços dos mais vis (...).
(MACIEL, Laura Antunes. Trajetória do movimento operário. In: Matemática. Caderno do Aluno, Programa In-
tegrar. São Paulo: Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, 2001.)
59
O depoimento fala de relações de trabalho e tal- Foram muitos anos de luta e reivindicações,
vez ajude a explicar por que, desde que surgiram as com os movimentos operários sendo duramente
indústrias no Brasil, começaram a se formar entida- reprimidos pelos patrões e pelo governo. As rei-
des de defesa do trabalhador, como a Liga Operária vindicações e negociações com os patrões e os
AULA - 12
(1870) e a União Operária (1880). governos tinham sempre três pontos principais: as
A partir de 1910, o número de indústrias cresceu condições de trabalho, a jornada de trabalho e a
muito rapidamente, aumentando também a quanti- remuneração do trabalho.
dade de operários. E as entidades de trabalhadores
foram ganhando força. Nessa época não havia qual-
quer lei regulamentando os contratos de trabalho.
ATIVIDADE
Destaque do texto anterior as condições de trabalho no início da industrialização brasileira e registre suas
observações.
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AULA
Formação Técnica:
12 Madeiras de reflorestamento - Parte 2
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Paricá
Árvore nativa, encontrada em toda a floresta amazô-
nica com maior ênfase nas matas de terra firme. Possui
coloração branca a levemente amarelada, fibras grandes
de diâmetro e comprimento relativamente grande, que 61
pelo diâmetro do tronco possui um alto grau de aprovei-
tamento na indústria de laminado. O aproveitamento na
laminação é de 90%, sendo utilizada para confecção de
compensado de 4, 10, 15 e 20 mm. A grande vantagem
em relação ao compensado de eucalipto é que o paricá
AULA - 12
possui um peso praticamente 50% menor e tem cresci-
mento por volta de 8 a 12 anos.
O atual mercado de compensado é ótimo tanto para
a comercialização interna como para a exportação. No
Brasil, o eucalipto e o pinus ocupam quase 99% da área
total de florestas plantadas, restando apenas pouco mais
de 1% para todas as outras madeiras juntas. O paricá co-
meça a apresentar bons níveis de plantio, impulsiona-
do pelos atuais estudos que demonstram ser altamente
rentável e lucrativo, além de incentivar o cultivo de mais
espécies nativas. Assim, o paricá, pelas suas qualidades,
pode se tornar a primeira espécie brasileira a disputar
novos espaços num setor tão competitivo.
Fotos: Google Imagens, 2015.
Pinus: Originário da América do Norte e pioneiro porém com pouca expressividade de produção. Ou-
entre as madeiras de reflorestamento usadas pela tras subformas são comuns também para o apareci-
indústria moveleira, representa cerca de 30% da mento destas espécies de madeiras no Brasil, como:
madeira serrada produzida no Brasil, em especial paletes e caixotes para o transporte de cargas im-
nas regiões Sudeste portadas.
e Sul. No mercado A madeira de pinus é considerada uma das espé-
há várias espécies cies de reflorestamento mais rápidas no crescimento
disponíveis, nas for- para o plano de corte de tabuados, necessitando ape-
mas sólidas e lâmi- nas entre 13 a 17 anos para o abate, apresentando a
nas. A espécie mais partir daí ótimo rendimento, excelente acabamento
tradicional é elliotti, e fácil usinagem. No entanto, tem pouca resistência
com largo cultivo no mecânica. Desta forma, ao trabalhá-la é preciso to-
Brasil, mas é possí- mar os devidos cuidados, principalmente com seus
vel encontrar outras nós, já que podem variar sua quantidade indepen-
espécies de pinus dentemente da espécie. Por ser uma madeira leve
como a caribaea, ta- e muito resinosa, são necessários certos cuidados
dea, oocarpa, vindas para mantê-la longe de cupins e fungos causadores
da América Central de manchas (mofos), tanto em tabuados quanto em
e América do Norte, compensados.
Pinus elliottii: com plantações concentradas nos empenos. Com isso, pode ser utilizada na constru-
estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa ção até mesmo de estruturas de madeiramento de
Catarina, esta madeira de cor amarelo claro e resi- telhados e, pela facilidade de usinagem, proporciona
noso é caracterizada por ser de baixa densidade e ótimo acabamento a móveis.
por conter anéis de crescimento bem demarcados.
Após passar pelo processo de desdobro, formando Pinus taeda: com plantios no Planalto Catarinense
tabuados, pontaletes, caibros, sarrafos e ripas, a ma- e Serra Gaúcha, esta madeira apresenta uma colora-
62 deira pinus é largamente utilizada para fabricação de ção das mais claras entre as espécies de pinus culti-
móveis em geral, artesanatos, forros, molduras e cai- vadas em território brasileiro. Não apresenta muitos
xarias para concretagem de estruturas. Porém este nós, porém por conter pouca resina estes tendem a
pinus, por não apresentar boa resistência a fungos ressecar com facilidade, deixando a madeira com pou-
e mofos causadores de manchas, além de xilófagos ca resistência mecânica. Mesmo de baixa densidade,
(cupins e brocas), necessita de tratamento adequado se respeitado seu tempo de secagem e o adequado
AULA - 12
para manter-se firme e sólido. Contudo, plantios bem controle de armazenamento, proporciona madeiras
conduzidos para formação de madeiras selecionadas de boa qualidade, usada para móveis em geral.
podem garantir produtos de ótima qualidade.
Pinus oocarpa: cultivada em zonas quentes do
Pinus caribaea: com tímida expansão no sul do Brasil, sobretudo nas regiões Sudeste e Centro-O-
Brasil, sobretudo em Santa Cataria, suas plantações este, sua madeira possui coloração branca, com de-
ainda representam baixíssimos níveis em relação a marcações bem amareladas e com pouquíssimos
espécie Elliottii. Contudo, esta madeira de cor ama- nós. Tem resistência de média densidade e pode ser
relo escuro e pouco resinoso pode variar entre bai- utilizada na serraria, principalmente para a produção
xa e média densidade e apresenta maior resistência de caixas, mas também tem utilidade para a extração
a fungos e defeitos tradicionais como rachaduras e de resina.
INFORME-SE: A desramação consiste na técnica de poda de galhos para controle das árvores de
reflorestamento que terão a utilidade futura para o beneficiamento de madeiras comerciais, como tá-
buas, pranchas, vigas, etc. Com o uso desta técnica é possível controlar o desenvolvimento da árvore,
com uma poda adequada, a fim de adquirir uma tora limpa, livre de galhos causadores de nós sobre
a casca, favorecendo uma madeira de alta qualidade, livre de defeitos naturais.
Exemplos de toras de pinus já abatidas, a partir de uma plantação bem conduzida por processo de desrama- 63
ção que permite o controle dos galhos sobre as toras para garantir maior qualidade e aproveitamento.
AULA - 12
sidade, com boa resistência e estabilidade. Após
seu desdobro, permite secagem rápida, o que
possibilita ótima usinagem e acabamento. Cul-
tivada em média escala no Mato Grosso, região
Centro-Oeste, o plano de corte desta espécie é
por volta de 20 anos. Atualmente, começa a ser
cultivada também na região Sudeste, no sul de
Minas Gerais, com produção de madeiramento,
Fotos: Google Imagens, 2015.
Atividade Prática:
Juntamente com o professor conheça cada tipologia de madeira industrializada e suas características através
do mostruário e apostila.
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AULA
12 Formação Prática
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AULA
13
Formação Humana e Cidadã:
Técnica, tecnologia e ciência
AULA - 13
O QUE É CIÊNCIA? Os saberes da ciência são dife-
rentes dos saberes comuns, porque a ciência procura
explicar o mundo por meio de uma observação siste-
mática e organizada. Ela procura provar que certos fa-
tos, numa mesma situação, se repetem. ATIVIDADE
AULA
Formação Técnica:
13 Madeiras maciças comerciais
Conforme vimos na aula anterior, para frear a As lâminas faqueadas, de melhor aparência e qua-
extração de madeira maciça de espécies nobres, lidade são exclusivamente utilizadas para revesti-
foram realizados estudos para o cultivo de madei- mento de superfícies de madeira (compensados,
ras de crescimento acelerado, conhecidas popular- aglomerados ou MDF) para a fabricação de móveis
mente como madeiras sustentáveis ou madeiras gerais, sobretudo mesas de jantar, mesas de escri-
de reflorestamento. Contudo, ainda há uma singela tórios, painéis decorativos e roupeiros. A peça roliça
extração de madeiras nativas para o comércio ma- é dividida normalmente ao centro da tora e depois
deireiro, por meio de manejo sustentável, solicitadas muito bem aplainada, com o objetivo especial de
por oficinas de carpintaria, marcenaria e decoração se obter os desenhos mais agradáveis e destacados
em geral. Desta forma, teremos espécies que pela dos veios da madeira. A espessura é determinada
expressiva quantidade de reserva, apresentam boa pela natureza da madeira, ou seja, por sua densida-
demanda em caráter bruto (madeira maciça). Ou- de. A partir disso, podem-se conseguir lâminas finas
tras espécies, por terem baixo índice de reserva, são de madeiras como cabreúva, pinho de riga, imbuia
encaminhadas para as indústrias responsáveis pela e cerejeira ou lâminas mais grossas de madeiras
fabricação de laminados de madeira. como sucupira, ipê, pau-roxo e pau-marfim.
As lâminas de madeira são geralmente utilizadas para revestimento de chapas industrializadas, e atualmente
duas tipologias são muito empregadas na marcenaria: na imagem à esquerda temos um trabalho com lâmi-
na pré-composta, caracterizada por apresentar veios radiais ao sentido longitudinal da madeira. À direita, a
imagem revela a utilização da lâmina composta, onde a mesma se caracteriza por ser totalmente extraída do
lenho natural e por isso contém o veio conforme o desenvolvimento da tora, com fibras tangenciais.
67
Exemplos de lâminas compostas: cabreúva vermelha e cerejeira
AULA - 13
Madeira em extinção
Madeira reciclada (maciça de demolição)
Madeira em lâmina (folha)
Madeira nobre estrangeira (virgem ou de demolição)
Madeira nativa (virgem)
AULA
13 Formação Prática
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AULA - 13
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AULA
14
Formação Humana e Cidadã:
Necessidade da técnica
das chuvas não arrastarem suas plantações monta- entre a África e a Europa em razão de o euro-
nha abaixo. Povos que moram em planícies desen- peu ter subdesenvolvido o continente africano.
volvem outros tipos de técnicas. O Brasil, diferente de outros países, como os
Essas técnicas passaram de geração em geração, Estados Unidos ou o Peru, teve como única for-
foram sendo aperfeiçoadas e tornaram-se conhe- ma de trabalho o escravismo criminoso, e reali-
cidas de outros povos. Exatamente como acontece zado quase apenas com mão de obra africana.
hoje. Só que, atualmente, o intercâmbio de técnicas e Assim, os africanos ocuparam muitos dos cam-
saberes tem um ritmo muito mais acelerado e atinge pos da produção, como fonte de conhecimento
o mundo todo, devido às facilidades de comunicação. da base técnica e tecnológica. As imigrações for-
çadas de africanos para o trabalho compulsório,
As culturas africanas transplantadas para o no escravismo criminoso, foram realizadas du-
Brasil e as experiências históricas de sociedades rante um período de mais de 300 anos, tendo va-
agrárias e urbanas africanas são resultantes de riado de regiões, segundo as épocas, e também
milênios de aprimoramentos diversos vindos variado os ciclos de produção no Brasil. Estas
desde mais de 4 mil anos antes da era cristã, variações fizeram com que o Brasil tenha recebi-
das civilizações da antiguidade da região do do uma imensa diversidade de conhecimentos
vale do Rio Nilo, de povos como os núbios, os contidos na mão de obra africana de diferentes
egípcios e os etíopes, chegando aos reinos condições geográficas. Todos os ciclos de produ-
dos séculos 12 ao 15 na região do vale do Rio ção do Brasil eram de domínio de conhecimento
Níger, onde encontramos exemplos como os de diversas regiões africanas.4
do Gana, Mali e Songai, ou em outras regiões
(CUNHA JÚNIOR, Henrique. Tecnologia africana na formação
como o reino do Congo, na África Central, e os brasileira. Rio de Janeiro, 2010. http://www.ifrj.edu.br/
almorovitas, no norte africano. webfm_send/268.)
ATIVIDADE:
No Brasil podemos dizer que fomos influenciados culturalmente por quais povos?
A técnica é uma herança cultural?
Posso melhorá-la?
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AULA
Formação Técnica:
14 Madeiras industrial�adas - Parte 1
Primeiramente é importante saber que as madeiras industrializadas são provenientes de manejo susten-
tável, ou seja, de árvores de reflorestamento. Dentre as espécies mais comuns estão o pinus e o eucalipto,
porém há outras que começam a se destacar na indústria de madeiras, como o paricá, a virola, a virolinha
e outras madeiras tropicais. A fabricação destas madeiras é indispensável para a preservação do meio am- 71
biente, já que com uma árvore é possível confeccionar em média até 10 (dez) chapas de compensado.
Contudo, o profissional que adquire este produto deve ficar muito atento, observando se há o selo verde na
chapa dizendo: “madeira certificada/legal” e exigindo informações sobre a origem da mesma.
AULA - 14
Reconhecendo os materiais
– Aglomerado multissarrafeado
– Chapatex – MDF: comum e verde
– Compensado: flexível, laminado, – HDF
multilaminado, naval, resinado, – MDP
plastificado, sarrafeado e – OSB
Aglomerado cru
É uma chapa com composto de resíduo de serragem e pó de madeira
misturados com resina e cola que, após passar por processo de prensa, se
transforma em um grande painel de madeira. Não possui acabamento,
72 portanto, pode receber qualquer tipo de revestimento, isto após uma boa
retificação da superfície.
Utilizada na fabricação de móveis de baixa qualidade, devido à fragili-
dade que a madeira apresenta contra forças de tração, para sua montagem
utiliza-se cavilha e cola, e para fixação final, um parafuso especial denomi-
nado Mitoffix, que dá maior resistência e melhor aperto entre os módulos.
AULA - 14
Aglomerado folheado
Suas características estruturais são idênticas às do aglomerado tradicio-
nal, porém esta chapa possui revestimento com lâminas de diversos ma-
deirados, como mogno, cerejeira, sucupira, imbuia e pau-marfim, entre
outros, inclusive acabamentos sintéticos.
Fotos: Google Imagens, 2015.
Chapatex
Conhecida popularmente por Eucatex e Duratex, a chapatex é assim denominada por serem estes os seus
principais fabricantes. Esta madeira é feita da mistura de pó de serra com colas especiais e depois prensada,
formando uma chapa delgada. Muito utilizada como fundos de guarda-roupas, fundo de gavetas, paletes,
forros, divisórias de ambientes e artesanatos gerais, pode ser pregado ou parafusado. É possível encontrá-la
crua ou com acabamento, seja em lacas e madeirados e seu tamanho geralmente vem de um pré-corte com
as dimensões de 1,20 x 1,00 m para chapas simples, mas existem chapas maiores, com espessuras variadas
de 4 a 10 mm. Apesar de fina, esta madeira apresenta ótima resistência à compressão, evitando deformações.
AULA - 14
de madeira mais produzido e consumido no Brasil. Sul e Sudeste (particularmente o pinus e eucalipto).
Com instalação inicial no sul do país por volta dos Importante lembrar que em níveis atuais as chapas
anos 40, a indústria deste setor baseava-se nas flo- de compensado construídas com madeiras de reflo-
restas naturais de araucária, embora tenha atingido restamento começam a se tornar frequentes e alta-
níveis significativos de produção apenas na déca- mente lucrativas, devido a uma exploração mais efi-
da de 1970. Os compensados surgiram em escala ciente, acelerada e ecologicamente correta. Assim,
industrial após o desenvolvimento de um sistema este quadro do uso de florestas tropicais começa a
capaz de laminar ou folhear a madeira. Atualmente, baixar, não só por este importante avanço tecnoló-
existem dois métodos para a produção de lâminas, gico, mas também pelas novas demandas de prote-
como vimos na aula anterior. ção ambiental.
A chapa de compensado é composta por três ou As chapas de compensados apresentaram um
mais lâminas torneadas, unidas uma perpendicular- acentuado declínio em seu consumo nos anos 2000,
mente (cruzada) à outra com resina ou cola, sempre provocado pela perda de mercado para o MDF e
em número ímpar (pois em número par tende a em- para o aglomerado. O crescimento da produção foi
penar a chapa). Desta forma, as propriedades físicas absorvido pelas exportações, uma vez que o produ-
e mecânicas da chapa se tornam superiores às de to brasileiro tem expressiva participação no merca-
madeira original maciça, pois a força de contração, do mundial.
por exemplo, é praticamente eliminada, além de As razões para se usar a madeira compensada
ser mais leve em relação as demais chapas também em vez da madeira maciça está em sua resistência
industrializadas. Quanto à matéria-prima utilizada, a rachaduras, ao encolhimento, à torção e seu alto
estima-se que 60% do compensado nacional sejam nível de força. Por estas e outras qualidades, o com-
produzidos com madeira tropical, enquanto que pensado substitui com louvor muitos outros tipos de
madeira para diversas aplicações, até mesmo estru- as espécies tradicionais para a fabricação das chapas.
turais. No mercado atual há produtos tanto para uso Chapas finas de compensado apresentam al-
interno, com colagem a base de resina ureia-formol, gumas vantagens sobre as demais madeiras indus-
utilizados pela indústria moveleira; quanto exter- trializadas, sobretudo o fato de que são maleáveis e
no, com colagem à base de fenol-formol, utilizados podem ser curvadas. Na confecção de móveis, são
normalmente na construção civil. Entretanto, vale normalmente empregadas na produção de fundos
lembrar que normalmente as chapas de maior resis- de gaveta, armários, roupeiros, tampos de mesa, la-
tência podem receber lâminas de duas espécies dife- terais de móveis, braços de sofá, fundos de armários,
rentes, seja em eucalipto ou virola, juntamente com prateleiras, pisos e portas residenciais.
74
Torno Laminador Setor de classificação das lâminas Secagem de lâminas
Torno laminador no processo de laminação da tora de madeira para fabricação de chapas de compensado
Rolos de lâminas de madeira formadas a partir do torno laminador.
Compensado flexível
Este tipo de compensado destaca-se por proporcionar
médias a longas curvaturas com ótimo acabamento. Isto
se deve a ele trabalhar com o sentido do veio na direção
transversal em relação ao comprimento da chapa, po-
dendo assim se moldar conforme a estrutura de assenta-
mento, onde será pregado ou parafusado. Utilizado em
trabalhos especiais – como tambores, encostos e assen-
tos de cadeira, palcos, balcões e cenários, entre outros
–, apresenta ótima resistência a trincas e deformações.
Importante lembrar que a forma é dada pelo construtor
marceneiro, assim, sua criatividade associada ao domínio
técnico permitirá a confecção de peças únicas, de bom
gosto e alto valor agregado.
Tamanho padrão: 2,50 m x 1,60 m
Espessuras: 3 mm, 4 mm, 6 mm, 8 mm e 10 mm.
AULA - 14
ótima resistência mecânica. Além do compensado minas, só que mais grossas.
cru, também encontram-se chapas revestidas com Tamanho padrão: 2,20 m x 1,60 m – 2,50 m x 1,60 m
lâminas de madeira naturais (compostas). Espessuras: 4 mm, 6 mm, 8 mm, 10 mm, 15 mm, 18
Estes compensados são usados na confecção de mm, 20 mm, 22 mm e 25 mm
Fotos: Google Imagens, 2015.
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AULA - 14
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Compensado super-resinado
AULA - 14
naval plastificado
Contraplacado especial usado exclusi-
vamente na construção civil na montagem
de fôrmas para concretagem. Diferente
dos “madeirites” que não são resistentes à
umidade, este tipo de compensado tende
a durar mais tempo, já que em sua fabrica-
ção recebe uma resina altamente durável,
mesmo em contato com água. Por ter re-
vestimento plastificado e ser fabricada com
lâminas de madeiras selecionadas, cada
face pode ser utilizada até 10 (dez) vezes,
mesmo após o uso de concreto. O resulta-
do é uma obra mais limpa, com pouco des-
perdício, garantindo mais economia em
grandes construções. Importante destacar
que este material apresenta ótimo desem-
Fotos: Google Imagens, 2015.
dos sintéticos. Por ser uma chapa provida de minúsculas partículas compactadas,
é nitidamente solida, com baixíssima porosidade, de modo que não trinca nem
racha se bem usinada. Porém, não aceita prego, somente parafusos e sistemas de
montagem. Outras características do MDF são seu peso elevado e sua fragilidade
à umidade, não sendo indicado para confecções de móveis externos ou internos
de ambientes como banheiros, cozinhas e lavanderias. Entretanto, atualmente o
mercado oferece um novo material: o MDF verde, com maior resistência à umida-
de acumulada ou não, impedindo automaticamente o inchaço gradual da chapa.
Fotos: Google Imagens, 2015.
Atualmente o MDF é o
material mais empregado na
indústria moveleira e em mar-
cenarias de pequeno a médio
porte, principalmente nas fábri-
cas de modulados, tendo como
resultado móveis de excelente
qualidade. Por ser versátil, tem
amplo uso na cenografia para
usinagens diversas, molduras
e rodapés, colocando-se desta
maneira como a boa saída de-
pois da madeira maciça, além
de ser perfeito para laqueação
e para receber revestimentos.
Tamanho padrão: 2,75 m x
1,85. Espessuras: 3 mm, 4 mm, 6
mm, 10 mm, 15 mm, 18 mm, 20
mm, 25 mm e 30 mm
AULA - 14
Fotos: Google Imagens, 2015.
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AULA
14 Formação Prática
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15
Formação Humana e Cidadã:
Transformações socias
e o trabalho
OBJETIVO:
Com esta aula, pretendemos refletir um pouco so-
bre as transformações da sociedade e suas consequ-
ências no mundo do trabalho.
“A liberdade, que é uma conquista, e não
CONTEÚDO: uma doação, exige permanente busca. Bus-
Com a ajuda destes fragmentos do pensamento de ca permanente que só existe no ato respon-
Paulo Freire, vamos refletir sobre a importância de sável de quem a faz. Ninguém tem liberda-
cada um nesse processo de intensa transformação: de para ser livre: pelo contrário, luta por ela
precisamente porque não a tem. Ninguém
liberta ninguém, ninguém se liberta sozi-
82 “Se, na verdade, não estou no mundo para nho, as pessoas se libertam em comunhão.”6
simplesmente a ele me adaptar, mas para
transformá-lo; se não é possível mudá-lo “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É
sem um certo sonho ou projeto de mundo, preciso compreender qual a posição que
devo usar toda possibilidade que tenha Eva ocupa no seu contexto social, quem
para não apenas falar de minha utopia, mas trabalha para produzir a uva e quem lucra
AULA - 15
ATIVIDADE:
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(5) FREIRE Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática escolar, 29º. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
(6) FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, v. 3, 1987.
(7) Freire, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1991.)
AULA
Formação Técnica:
15 Madeiras industrial�adas - Parte 2
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Imagens: Google Imagens, 2015.
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15 Formação Prática
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Formação Empreendedora:
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O caminho adiante
tino comum nos conclama a buscar um novo começo Para construir uma comunidade global sustentá-
e tal renovação é a promessa dos princípios da Carta vel, as nações do mundo devem renovar seu com-
da Terra. Para cumpri-la, temos que nos comprometer promisso com as Nações Unidas, cumprir com suas
a adotar e promover os valores e objetivos da Carta. obrigações, respeitando os acordos internacionais
Isto requer mudança na mente e no coração; re- existentes e apoiar a implementação dos princípios
quer um novo sentido de interdependência global e da Carta da Terra com um instrumento internacional
de responsabilidade universal. Devemos desenvol- legalmente unificador quanto ao ambiente e ao de-
ver e aplicar com imaginação a visão de um modo senvolvimento.
de vida sustentável em nível local, nacional, regional Que o nosso tempo seja lembrado pelo desper-
e global. Nossa diversidade cultural é uma herança tar de uma nova reverência face à vida, pelo com-
preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas pró- promisso firme de alcançar a sustentabilidade, a
prias e distintas formas de realizar esta visão. Deve- intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a
mos aprofundar e expandir o diálogo global gerado alegre celebração da vida.
pela Carta da Terra, porque temos muito que apren-
der a partir da busca permanente e conjunta por ATIVIDADE
verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valo- Dividir os participantes em novos grupos, designan-
res importantes. Isto pode significar escolhas difí- do o tema (sugestão: “aquecimento global”) para
ceis; porém, necessitamos encontrar caminhos para discussão. Deverão construir um poema, uma letra
harmonizar a diversidade com a unidade, o exercí- de música ou qualquer produção escrita para ex-
cio da liberdade com o bem comum, os objetivos de pressar a visão de suas atuações no futuro. Abrir os
curto prazo com metas de longo prazo. Todo indi- resultados para a discussão coletiva.
víduo, família, organização e comunidade têm um
papel vital a desempenhar. Metodologia
As artes, as ciências, as religiões, as instituições Exposição dialogada acompanhada de dinâmicas
educativas, os meios de comunicação, as empresas, em grupo.
as organizações não-governamentais e os governos
são todos chamados a compor uma liderança criati- Avaliação
va. A parceria entre governo, sociedade civil e em- Observação qualitativa de participação e interação
85
presas é essencial para uma governabilidade efetiva. de aluno(a)s.
AULA
Formação Técnica:
16
AULA - 16
Degradação da madeira - Parte 1
Matéria-prima de origem biológica (natural), a ma- Há produtos que retardam passivamente o possível
deira é degradada não apenas por microrganismos, alastramento da chamas, com tempo de resistência
como fungos e xilófagos diversos, mas também por que fica entre 30 a 60 min. De acordo com o am-
outros fatores não-biológicos. Todos estes desgas- biente e com o local onde se encontra a construção,
tes levam o nome de patologias. recomenda-se aplicação de um produto específico,
que pode ser atuante somente na própria madeira
Causas não-biológicas ou juntamente com outros materiais. Assim, a es-
colha da madeira para alguns casos é muito impor-
INFORME-SE: Combustão – a madeira é al- tante, pois algumas que são muito úmidas emitem
tamente combustível (inflamável), e para um partículas com creosoto-carregado, substância que
melhor uso, o ideal é ser utilizada seca. No Bra- promove a rápida queima do material lenhoso em
sil, muito pouco se faz em relação à proteção ambientes confinados.
ou ao retardamento de chamas. Muitas vezes,
passam despercebidos locais onde a madeira Intemperismo
utilizada pode ter contato com ambientes pre-
cariamente confinados com pouca circulação A madeira utilizada em ambientes externos está
de ar e com alto grau de calor. sujeita há vários tipos de degradação, o que exige
dois cuidados essenciais: 1) adequada aplicação; e
Agente Efeito
Raios solares (ultravioleta) Retração (perda de umidade) superficial
Descoloramento (aspecto acinzentado)
Raios solares (infravermelho) Retração, perda de extrativos em profundidade, colapso
Chuva Umidade (água doce) - Degradação pelo ácido carbônico
Variação térmica e de umidade relativa do ar Fendilhamento da superfície, empenamento e o
aprofundamento das fendas, colapso
Além desses fatores não-biológicos, a madeira exposta também sofre a ação de fungos em cantos
abrigados e nas superfícies de contato entre peças nuas (cruas). Vejamos nas imagens a seguir:
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FATORES BIOLÓGICOS
Bactérias
As bactérias gram-positivas são as únicas com ca-
pacidade enzimática, ou seja, têm a faculdade de
decompor materiais que contêm celulose e hemi-
celulose, no nosso caso, a madeira. Ao penetrar na
madeira, este agente, por meio de suas enzimas,
acaba manchando a superfície adentro e se não Evolução do fungo:
houver intervenção sobre as bactérias elas são ca-
pazes de provocar o apodrecimento da madeira. 0 = sem crescimento;
As bactérias podem atuar como agentes auxiliares 1 = crescimento em até 10% da área da madeira;
dos fungos, sendo estes os maiores apodrecedo- 2 = 11 a 50% da área da madeira;
res. Observe na imagem abaixo o processo gradu- 3 = 51% a 100% da madeira infestada.
al da infestação de uma peça de madeira.
Insetos
Os agentes insetívoros são classificados tradicio-
nalmente pelos profissionais da madeira em bro-
cas e cupins. Estes podem ser diferenciados pelos
resíduos (fezes) que produzem. As brocas produ-
zem um pó claro e fino, enquanto que os cupins 87
produzem fezes granuladas e escuras. Desta ma-
neira, se torna mais eficiente o reconhecimento do
agente agressor que está penetrado na madeira,
podendo ser superficial ou em grande profundida-
de, causando maiores danos.
AULA - 16
Imagens: Google Imagens, 2015.
Fezes de broca
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Cupins
São insetos da ordem Isóptera, sendo os únicos que não pos-
AULA - 16
rentemente das brocas, vivem em grandes colônias, que a partir das castas (ciclo evolutivo) ganham funções
e denominações, sendo guiados pela rainha e pelo rei. Assim atuando em conjunto, tornam-se muito mais
agressivos, podendo se alastrar rapidamente de uma pequena área afetada para um área mais extensa, tendo
o potencial de degradar por completo o artefato ou conjunto de peças.
89
AULA - 16
alimentam de celulose em todas as formas encon- donadas nos pavimentos térreos e subsolos como
tradas na natureza. Por não possuírem quitina (subs- em lajes de “caixão-perdido”, onde estes tipos de
tância que endurece a pele dos insetos), não supor- pragas serão encontradas. Entretanto, cupins urba-
tam a luz solar e a maioria dos indivíduos é cega. nos podem atacar materiais de natureza bastante
Movimentam-se para fora do cupinzeiro em galerias diversa como: gesso, plástico, couros, tijolos, arga-
estruturadas com restos de alimentos, fezes e saliva. massa, mantas impermeabilizantes, etc., a fim de
Embora sejam de grande capacidade destruti- alcançar a madeira.
90 AULA
16 Formação Prática
AULA - 16
1) Desenho:
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2) Orçamento:
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Com base nas imagens abaixo, pesquise sobre o assunto, converse com os colegas e responda criticamente:
Qual tem sido o emprego das madeiras extraídas da Amazônia? Cite alguns exemplos de uso dessas madeiras:
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AULA
17
Formação Empreendedora:
Acertando o passo
Objetivo:
Discutir com os participantes o “perfil” de uma pessoa empreendedora enquanto princípio para viabilização
de seus objetivos, a partir do processo de desenvolvimento de habilidades, conhecimentos e atitudes, na ca-
racterização de seu comportamento.
Conteúdo:
Para que possamos bem desenvolver nossas atividades, é importante que nós saibamos o que esperar do
processo de aprendizado sobre o empreendedorismo.
Para que possamos desenvolver nossas atividades com qualidade e sucesso, é importante que nós saibamos
o que esperar, afinal, do processo de aprendizado sobre o empreendedorismo.
ATIVIDADE
91
O que esperamos desse tempo que estamos convivendo juntos?
Agora vamos pensar sobre o que esperamos desses próximos meses em que trabalharemos juntos.
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AULA - 17
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Para melhor organizar nossa discussão, vamos primeiro escrever na cartela que o educador vai dar a vocês a
resposta à pergunta: Qual a expectativa de vocês quanto ao aprendizado empreendedor?
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Lembre-se que a sua resposta deve ser curta (para caber na cartela), mas também deve expressar uma opinião
clara, permitindo que os seus colegas compreendam o que você quis dizer.
Após todos concluírem a atividade, o educador recolherá as cartelas para ler cada uma em voz alta. Em segui-
da serão fixadas em um local em que todos possam vê-las para que vocês possam debater.
Considerações...
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AULA
Formação Técnica:
17 Degradação da madeira - Parte 2
Rei e rainha
O rei e a rainha são os mais importantes membros da colô-
nia. Suas únicas funções são o acasalamento e a postura de
ovos. Os demais cupins alimentam e cuidam da rainha, capaz
de produzir um ovo a cada 28 segundos, no período de ferti-
lização, num total de até três milhões por ano durante o seu
período de vida que pode variar entre 25 a 50 anos.
Rei Rainha
Operário
Estéreis e cegos, buscam material ce- Soldado
lulósico para alimentar toda a colônia. Em seu estágio final, os soldados
Alguns cuidam da rainha, dos ovos, dos apresentam uma cabeça grande
soldados e das ninfas. Trabalham sem com fortes mandíbulas. São ge-
descanso, sendo os principais respon- neticamente programados para
sáveis pela total degradação causada proteger a colônia contra o ataque
adentro da madeira, com capacidade e de inimigos externos como as for-
agilidade de desgastar o material. migas. Em situações de risco para
a colônia, os soldados são os pri- Subterrâneo
meiros a interagir com o problema,
seja ele qual for, desde um animal
procurando por cupins para se ali-
Imagens: Google Imagens, 2015.
Reprodutor
Considerado “herdeiro do trono”, o reprodutor tem a
função natural de substituir a rainha ou rei em caso
de morte. Este inseto tem uma particularidade em re-
lação às demais castas da colônia, pois é um inseto
hermafrodita. Desta maneira, sua genética se adapta-
rá à situação que encontrar, podendo substituir tanto
o rei como a rainha.
Alado
Ocorre quando os reprodutores com asas (siriris) dei-
xam a colônia ajudados por operários a percorrer os tú-
neis até a saída. Não conseguem voar grandes distân-
cias e caem rapidamente no solo, arrancam suas asas
e formam casais. Apesar da imensa quantidade destes
insetos, pouquíssimos conseguem formar o casal, de
modo que ainda precisam percorrer variada distân-
cia até o local onde será estabelecida a nova colônia.
Por consequência, somente os casais que abateram
seu voo nupcial próximo do futuro ninho terão maior
chance de formar uma nova e forte colônia.
Casal
O casal recém-formado encontra um local apropriado
para formar sua própria colônia como rei e rainha. O 93
ciclo de vida dos cupins se repete quando a rainha co-
meça a postura de ovos que se tornarão ninfas, ope-
rários, soldados e demais castas. Porém, vale ressaltar
que as formas aladas de cupins reprodutores são curio-
samente distribuídas de um modo não igualitário, ou
AULA - 17
seja, há muito mais insetos do sexo masculino em re-
lação ao feminino, o que transforma a disputa em uma
verdade guerra ao encontro para o acasalamento final.
Regras básicas para a proteção da madeira Entretanto, é importante saber que para impedir
Use a madeira adequada. uma provável infestação de xilófagos, existem pro-
Proteja-a contra a chuva e os raios solares. dutos preservantes como vernizes e stain que con-
Facilite a secagem das peças úmidas, garantindo têm em sua composição essas bases para a proteção
rápido escoamento das águas. da madeira. Por isso é indispensável o uso destes
Imunize com preservantes que contêm duplo fil- produtos para maior longevidade dos artefatos de
tro solar e hidrorrepelente. madeira. Vejamos os principais tipos de tratamentos
Utilize preservantes – vernizes e stain – que apre- usados no mercado para controle desses agentes:
sentam ótimo desempenho, tendo em sua com-
posição além do filtro solar e hidrorrepelente, o Descupinização com tratamento em madeira-
cupinicida, bactericida e fungicida, que juntos mento: são feitas furações estratégicas para in-
irão combater e proteger a madeira contra agen- jeção do inseticida no madeiramento. Após este
tes não-biológicos e biológicos, como o efeito de procedimento, realiza-se uma pulverização exter-
intempéries, xilófagos e fungos manchadores. na, criando uma camada de proteção. Esta téc-
Execute e estabeleça uma manutenção da madei- nica pode ser utilizada em qualquer artefato de
ra periodicamente. madeira. Em móveis, para maior efeito, utiliza-se
um plástico para envolver a peça para uma ação
Tipos de tratamento: descupinização ainda mais intensa do produto, produzindo maior
bloqueio e penetração.
Atividade Prática:
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AULA
17 Formação Prática
3) Seleção do material:
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AULA - 17
4) Corte da madeira:
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São Paulo - SP - Brasil
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