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Lei de Licitações e Contratos Administrativos

O PREGÃO E AS DEMAIS MODALIDADES DE LICITAÇÃO - PARTE 3

● Consideração do pregão como lei consolidada em lei geral, não mais num
microssistema.
● Pregão como obrigatório quando diante de bens ou serviços comuns
● “Concorrência foi apregoada”, já que concorrência tem a mesma estrutura de
um pregão, mas com um único agente conduzindo a contratação
● O Pregão sai maior com a nova lei pois seu escopo fica mais amplo, é
essencialmente a mesma estrutura, mas a nova lei dá mais ferramentas para
mitigar riscos e disfuncionalidades da lei antiga.
● Contratação integrada agora é regime de execução.

● Inversão da habilitação, menor preço ou maior desconto.como parâmetro


● Facilita porque agora há apenas uma fase recursal, com prazo reduzido.
● A desinversão de ases pode ser desnecessária se houver pré-qualificação.
● A etapa recursal ocorrerá imediatamente após a habilitação
● Art. 58 - Garantia de proposta: pode ser exigida no momento da proposta
como requisito de pré-habilitação. Inibe a conduta de empresas de entrarem
em licitação e no final do procedimento desaparecer.
● Pré-qualificação serve para licitantes ou bens.
● Parece que não haverá benefício de ordem ou coisa do tipo em que a
inversão de fases afetará o sistema recursal único. Mas há divergências
sobre essa possibilidade única.

● Não há mais tomada de preços, convite e RDC.


● Diálogo competitivo:
● Concorrência x pregão: são modalidades com ritos idênticos (art 29)
● A concorrência tem mais possibilidades que o pregão.
● A concorrência hoje se assemelha mais ao RDC, pode contar com os modos
de disputa aberto e fechado, assim como a combinação de ambos; pode
adotar quase todos os critérios de julgamento, exceto o de maior lance; pode
ser precedida de PMI ou pré-qualificação; pode ser utilizada para registrar
preços; pode ter orçamento sigiloso; pode habilitar e depois julgar.
● Não caberá pregão para serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual, obras e serviços especiais de engenharia.
Entende que dada a definição de concorrência, para serviços comuns de
engenharia admite pregão ou concorrência.
CONCORRÊNCIA
● A concorrência parece o RDC, tem múltiplas possibilidades procedimentais.
O procedimento será feito para otimizar o incentivo que a Administração pode
dar ao mercado para que ele apresente a melhor proposta.
● Pode contar com os modos de disputa aberto e fechado, assim como a
combinação de ambos;
● Pode adotar quase todos os critérios de julgamento, exceto o de maior lance;
● Pode ser precedida de PMI ou de pré-qualificação;
● Pode ser utilizada para registrar preços;
● Pode ter orçamento sigiloso;
● Pode habilitar e depois julgar.
● Teoria do desenho dos mercados: os procedimentos concorrenciais são
montados de acordo a realidade do mercado

DIÁLOGO COMPETITIVO

● Atualmente o Direito Europeu prevê o diálogo competitivo na Diretiva


2014/24/UE, art. 26o e 30o.
● Modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e compras em
que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma
ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os
licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos (art. 6o,
XLII).
● A Administração, dentro de um procedimento licitatório já aberto, inclusive na
fase externa, ela dialoga com o mercado.
● É para obras, serviços e compras
● Necessariamente tem inversão de fases
● O termo de referência ou projeto básico é construído dentro do procedimento.
Há correlação com a contratação integrada, já que a especificação do que
seja executado é construída no procedimento.
● A Administração sabe de sua necessidade, mas não sabe a melhor solução
para sua necessidade, e por isso abre o diálogo a quem tenha interesse para
apresentar tal possibilidade
● Composto por 3 fases:
1) pré-seleção, que coincide com habilitação; a) entende ser possível a não
antecipação fiscal, habilitação trabalhista e social, já que não averiguam a
capacidade do licitante.
2) diálogo com os pré-selecionados para definição da solução - sigilo entre a
Administração e o licitante, mas sempre com a gravação das sessões de
negociação);
3) competição pela execução do contrato - é restrita aos pré-selecionados
● Hipóteses de cabimento (art 32): para licitar objetos com complexidade
relacionada a aspectos: Técnicos; Jurídicos; Financeiros.
● Cabíveis para PPP, contratos de facilities, serviços de engenharia;
● A complexidade hábil a ensejar o uso do diálogo competitivo é aquela que
impõe à Administração uma abertura ao mercado para que este contribua na
construção da solução da necessidade pública.
● As hipóteses previstas nos incisos do art. 32 não são exemplificativas, são
taxativas.
● O procedimento pode ser eletrônico ou presencial, neste último caso deve
haver justificativa e as reuniões devem ser gravadas em áudio e vídeo (art.
17);
● Deve ser conduzida por uma comissão composta por no mínimo 3 (três)
servidores ou empregados efetivos.
● Entende que o critério é a relação qualidade-preço
● Fluxograma:

● É recomendável que no diálogo competitivo ocorra a inversão de fase,


prevista no art. 17, § 1o, do PL, fazendo com que a habilitação aconteça
antes do julgamento. A pré-seleção dos licitantes deve ocorrer com base nos
critérios de habilitação técnica e econômico-financeira.
● A habilitação fiscal só deve ocorrer após o julgamento das propostas (art. 62,
III).
● Audiência pública, PMI, contratação integrada e semi-integrada, tudo pode
ser usado a depender do estímulo que se queira dar para o mercado chegar a
uma solução.
● PMI e diálogo competitivo: a finalidade de ambos é a mesma, só que é fase
prévia à licitação. O PMI tem menos incentivos que o DC.
● O DC requer planejamento, já que existe um tempo grande, como em lei, para
que ele se execute.
● Não entende que será um procedimento muito utilizado, por causa de suas
características.
● A Administração precisa se qualificar também para lidar com essa novidade,
com assessoria qualificada.

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