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Universidade Federal do Oeste do Pará

Formação Interdisciplinar I

Origem e Evolução do Conhecimento

Rodrigues

Trabalho: Texto Heresia da verdade

ORIENTAÇÕES:

PARTE UM: Descrever as principais teses (ideias) que Rubem Alves


aponta sobre o problema da verdade. Pode ser na forma Redacional ou em
tópicos focais. (Descreva não mais que 07 (sete) ideias que você
julgar fundamentais para a compreensão do texto.

PARTE DOIS: Tendo feito a leitura e selecionado essas sete teses, faça
uma APRECIAÇÃO CRÍTICA DO TEXTO, tomando uma posição clara,
evidente,
definida ao pensamento de Rubem Alves sobre o problema da Verdade.
Considere também o que foi estudado em aula.

Principais teses de Rubem Alves.

1 - O papel do teólogo perante a verdade.

2 – O jogo da verdade na visão da ciência e da filosofia.

3 – O ideal para a linguagem filosófica é falar sobre o imutável e que


permanece para sempre.

4 – Na natureza tudo é transitório.

5 – Embora os filósofos gregos soubessem que as percepções e sensações


nada mais são que sombras da realidade, não possuim um metodo que
permitisse traduzir tal intuição.

6 - A história é sempre interpretada e escrita pelos vitoriosos. E neste processo


os derrotados são sempre silenciados.
7 – Em função da história ser sempre dos dominadores os “heregs foram
mortos; não podem falar; seus escritos foram queimados e proibidos. “E quem
os classificou co’mo hereges?”

O texto de Heresia da verdade de Rubem Alves aborda temas um tanto


quanto polêmicos na questão filosófica, inicialmente questiona o papel do
teólogo perante a verdade, as proibiçoes colocadas perante a “liberdade e o
prazer”, pressupõe que as probições estão ligadas aos desejos. Despontanto
para isso ao que ele considera o “desejo mais profundo do teólogo” que seria
dizer a verdade, ou seja a “verdade sobre Deus”, de falar sobre o que é o
“sagrado”, ainda que ele não tenha permissão para falar sobre isso.

Outro ponto que também é discutido refere-se a que consiste o jogo da


verdade, essa busca pela verdade remonta os pensamentos iniciais da filosofia
grega quando eles percebem que há uma “contradição da nossa percepção da
natureza e o nosso pensamento sobre ela”, onde tudo é efêmero. Quanto a
consistencia do “jogo da verdade”, o autor afirma que deve ter se perdido no
tempo.

Nas colocações do autor, e nas idéias dos pensadores essa


transitoriedade é aparente, pois a realidade na verdade é imutável. Foi esse
fator que levou os filósofos gregos a busca incessante pelo “ser”, como
fundamento da realidade, sugerindo que esse ser está no centro de todas as
coisas. Coube ainda a Filosofia abordar não abordar o “ imutável e que
permanece para sempre”, e sim enveredar pelo “invisivel das coisas”.Sabe “o
que realmente existe”. Desse modo, ao filósofo não cabe a criação, mas o
entendimento a compreenção das coisas, a busca pelo conhecimento. Embora
os gregos tivessem uma percepção bem profunda na questão da realidade,
não puderam concluir suas idéias visto que não possuiam instrumentos para
isso.

A solução para essas respostas vieram com a ciencia moderna que


transformou a visão da realidade quando percebeu que “as respostas não eram
obtidas porque as perguntas não eram feitas de maneira correta”, embora em
um determinado momento em decorreência do “jogo da verdade” tenha sido
obrigada a mudar suas concepções. Vale ressaltar que “as leis são para a
ciência moderna aquilo que o ser era para os gregos antigos”.

Ainda falando sobre o tão discutido “jogo da verdade” na visão da


ciência a “verdade tem a ver com aquilo que afirmamos.Outro ponto discutido
no texto é quanto a relação entre “as coisas invisíveis e as coisas visíveis. Ou
seja o mundo real e o mundo das idéias. A ciência caberia o “conhecimento do
que está do lado de cá”, enquanto a que teologia seria responsável pelo
conhecimento que transpõe o horizonte. Verifica-se assim que ciência e
teologia impõe o seu discurso da maneira que lhe convem, desse modo a
teologia a qual busca explicar a sua “verdade” “divinizando dogmas”,
cristalizando doutrinas e até mesmo queimando na fogueira se possível.
buscou impor sua verdade a explicação desses fatos, quanto ao mundo real,
caberia a ciência, sua razão, suas leis.

Por fim, o que se verifica ao longo do texto e das idéias expostas pelo
autor, é a grande busca da “verdade” primeiro com os filósofos e no decorrer
da história com as ciências, sendo que nesse processo todo de discussão se
insere a igreja, silenciando aqueles que ousaram questioná-la de forma
horrenda.

Ao longo dos tempos, mudan-se formas de ver e pensar o mundo,


surgem novos paradigmas: a ciência também estabelece suas “verdades”,
sofre seus abalos, se renova, enfim a grande busca diante de todas essas
discussões é quanto essa “verdade”, o abstrato, o mundo das idéias, a alma, o
ineplicável. Mas o ponto central discutido no texto a “verdade” da igreja
católica, a qual para manter essa vededade não mensura esforços e
atrocidades para mantê-la, e aqueles que ousaram questioná-la sucumbiram
sob a denominação de “hereges”.

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