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UM ENSAIO SOBRE O AUTISMO: UM DESAFIO PARA O EDUCADOR

CONTEMPORÂNEO

Auricleide Correa Castro1

Resumo: O presente ensaio tem por objetivo fazer uma discussão sobre um novo desafio que
se instaura para o educador contemporâneo, processo de desenvolvimento da aprendizagem
do discente portador de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), o qual ainda é pouco
conhecido pelos profissionais da Neurociência, e se torna um desafio para o pedagogo já que
leva esse profissional a buscar formação que traga conhecimento sobre essa temática. Para
tanto foi feito uma abordagem sobre o contexto histórico que converge para o engendramento
do portador de TEA na sala de aula. Como metodologia utilizou-se uma revisão de literatura
sobre o assunto. Por fim, conclui-se, o trabalho entendeu que o autismo ainda requer muito
estudo na área que possa subsidiar o trabalho dos educadores.

Palavras-chave: aprendizagem, autismo, educadores

1. Introdução

A inclusão dos discentes portadores de necessidades educacionais especial, os


portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido um dos mais emblemáticos
quando se trata de desafio para seus familiares, visto que as características específica desses
alunos ainda não são de conhecimento dos educadores quando se trata de entender as formas
de inseri-lo no contexto da sala de aula sem, sem torna-lo um excluído do processo de ensino
e aprendizagem, o que requer dos seus familiares uma luta contínua para que tal fato não
possa ocorrer.
O repensar sobre a problemática dos portadores de necessidades educacionais
especiais foi iniciado em 1994 na Espanha quando ocorreu a Conferência Mundial sobre

1
Discente do Curso de Pós-graduação em Cidades Territórios e Identidades (PPGCITI), Universidade Federal do
Pará (UFPA), Campus de Abaetetuba. Matrícula: 201775370002.
Educação Especial, em Salamanca, cujo tema primordial foi a inclusão social fundamentada
pela Declaração de Salamanca que tem entre suas diretrizes

Neste caso, esta comunicação visar fazer uma abordagem do estado da arte sobre o
desafio do processo de ensino e aprendizagem da criança com autismo na atualidade levando
em consideração as diversas discussões que vem sendo travadas sobre essa temática na cidade
de Santarém,
Para cumprir esse objetivo, o presente trabalho foi dividido em quatro partes, sendo
que a primeira corresponde a introdução, a segunda faz uma a cronologia do autismo, a
terceira apresenta o estado da arte do referido tema na atualidade, o quarto e último
corresponde a notas não conclusivas do trabalho.

2. Aspectos das discussões cronológicas do autismo


Esta seção tem por objetivo apresentar os aspectos cronológicos do
desenvolvimento das discussões sobre o autismo em âmbito global. Dessa forma, será
apresentado o Quadro 01, no são demonstrados os aspectos cronológicos que emergiram sobre
essa questão.
Quadro 01: Cronologia do autismo
Nº ANO EVENTO
1 1908 Eugen Bleuler inventou a palavra “autismo” em 1908 entre pacientes esquizofrénicos
severamente retraídos.
2 1943 O americano Léo Kanner, psiquiatra da criança estudou 11 crianças. As crianças
tiveram características das dificuldades em interações sociais, a dificuldade na
adaptação às mudanças nas rotinas, boa memória, sensibilidade aos estímulos
(especialmente som), resistência e alergias ao alimento, bom potencial intelectual,
oecolalia2 ou a propensão para repetir palavras do orador e dificuldades na atividade
espontânea.
3 1944 Hans Asperger, trabalhando separada, estudou um grupo de crianças. Suas crianças
igualmente assemelharam-se às descrições de Kanner. As crianças que estudou,
contudo, não teve o ecolalia como um problema linguístico mas o raio como adulto.
Igualmente mencionou que muitas das crianças eram desajeitadas e diferentes das
crianças normais em termos das habilidades de motor finas.
4 Bruno seguinte Bettelheim estudou o efeito de três sessões de terapia com crianças que
chamou autísticas. Reivindicou que o problema nas crianças era devido à frialdade de
suas matrizes. Separou as crianças de seus pais. Kanner e Bettelheim ambos
trabalharam para a factura da hipótese que mostrou que as crianças autísticas tiveram
matrizes frígidos.
5 1964 Rimland de Bernard era um psicólogo e um pai de uma criança com autismo.
Discordou com o Bettelheim. Não concordou que a causa do autismo do seu filho era
devido a sua ou às habilidades de parenting da sua esposa.
Em 1964, o Rimland de Bernard publicou, autismo infantil: A síndrome e suas
implicações para uma teoria neural do comportamento
6 1970/ O autismo veio ser melhor - entendido nos anos 70.
1980 A fundação de Erica começou a educação e a terapia para crianças dementes no início
2
Para melhor entendimento sobre essa questão consultar: Saad, Goldfeld (2009, p. 255).
dos anos 80. Muitos pais ainda confundiram o autismo com o atraso mental e a psicose.
7 1980 Era in 1980 que o trabalho de Asperger foi traduzido ao inglês e publicado e entrava o
conhecimento.
8 1980 Realizava-se nos anos 80 que pesquisam no impulso ganhado autismo.
Acreditou-se cada vez mais que parenting não teve nenhum papel na causa do autismo e
havia uns distúrbios neurológicos e outras doenças genéticas como a esclerose tuberosa,
uns distúrbios metabólicos como PKU ou umas anomalias cromossomáticas como a
síndrome frágil de X
9 1980/ Lorna, junto com Christopher Gillberg em BNK (a clínica neuropsiquiátrica das
1990 crianças) na Suécia nos anos 80 encontrou a tríade da asa do contato mútuo perturbado,
de uma comunicação mútua perturbada e da imaginação limitada.
Nos anos 90 adicionaram um outro fator que faz lhe um quadrado. O fator era
capacidade limitada do planeamento.
10 1981 / Ivar velho Lovaas estudou e promoveu a análise comportável e o tratamento das
2002 crianças com autismo. Lovaas conseguiu sucesso limitado no início com sua análise
experimental do comportamento.
Desenvolveu-o para visar em casa umas crianças mais novas (menos de 5 anos da
idade) e o tratamento executado e aumentou-o a intensidade (uma medida da quantidade
da “de tempo terapia ") a aproximadamente 40 horas semanal.
Lovaas escreveu o ensino de crianças desenvolvente deficientes em 1981.
Em 2002, Lovaas escreveu, ensinando indivíduos com atrasos desenvolventes: Técnicas
básicas da intervenção.
Fonte: MANDAL, (2011, n.p.). Elaboração: Auricleide Correa Castro (2019).

Como pode ser observado no Quadro 01, as discussões sobre o TEA não são recentes,
pois teve seu início em 1908, quando Bleuler utilizou o termo pela primeira vez,
posteriormente Kanner em 1943, já promove estudos sobre comportamentos pertinentes as
crianças com dificuldades d interação social, sendo que, Asperger em 1944, também estudava
crianças com características semelhantes a de Kanner. Com base nos estudos de Bleuler e
Kanner, Bettelheim, atribuiu tais comportamentos ao distanciamento dos pais, teoria refutada
depois. Novos estudos foram surgindo em nos anos 70, 80, 81 prosseguindo até 2002, sendo
que atualmente no âmbito social é um dos temas mais proeminentes no que diz respeita a
inclusão do portador de TEA e o espaço de ensino aprendizagem direcionado ao atendimento
de desse público no Brasil, que acredita-se que seja em torno de 200 milhões no Brasil
(MANDAL, 2011; ).

3. O processo de ensino aprendizagem do autista

4. Notas não conclusivas


A presente comunicação teve por objetivo fazer um estudo da arte sobre a expansão da
dendecultura na Amazônia a partir das políticas públicas do biodiesel. Desta forma, o que tem
sido observado nos diversos estudos são as transformações que essa palma de óleo exótica a
Amazônia vem ocasionando na região, ou seja, sua inserção não passa despercebida, ao
contrário, o território do dendê cria condições específicas para sua manutenção alterando a
vida dos habitantes da região, subordinando-os por completo aos seus anseios sendo o estado
o ente condutor destas ações, já que a gênese das políticas do biodiesel ocorre mediante a
formação do grupo de trabalho interministerial, designado para a expansão da palma de óleo.

A priori em uma das pesquisas se verifica uma contradição quando se faz uma análise
das políticas de biodiesel na qual uma das principais vertentes prima pela diminuição dos
impactos ambientais através da emissão de GEE e busca mecanismos de energia limpa, e se
têm uma pesquisa que constata mediante uma metodologia específica como a Metodologia
Cramer que a longo prazo a palma de dendê pelas suas características edafoclimáticas é
insustentável, já que na área de plantação a emissão de GEE é maior do que o emitido por
combustíveis fósseis, então como se recomenda uma planta que é insustentável
ambientalmente para ser impulsionada como solução de uma política que em suas diretrizes
prima pela sustentabilidade ambiental? Se é insustentável então porque recomendar? Quais
os interesses que estão por traz? Ora interesses estatais de uma política agroenergética,
projetada para resolução de impactos negativos na balança de pagamento e de geração lucro
no âmbito do agronegócio.

Outro impacto observado refere-se a são as transformações do modo de vida do


agricultor familiar, posto que, este passa a ser integrado aos mecanismos de mercado
passando a ter carteira assinada, deixando de ser produzir para o próprio consumo, o que o
leva também a “descaracterização dos seus saberes”, já que deixam suas práticas tradicionais
para serem inseridos no processo de produção do agronegócio do dendê.

Verificou-se ainda que a subordinação dos agricultores familiares devido a integração


às empresas dendecultoras é um mecanismo de transferência de terras dos trabalhadores ao
grande capital, o que se dá no momento em que estes não conseguem cumprir os
financiamentos obtidos para investir na dendecultura.

A vinculação dos preços da commodity do dendê a Bolsa de Roterdam transfere os


riscos da produção aos agricultores e torna-os subordinados ao mercado financeiro,
impactando diretamente suas vidas, além de possibilitar a perda de suas terras no caso do não
pagamento de suas dívidas. Outro ponto é a constatação no caso da Agropalma, que as
políticas do biodiesel possibilitam que esta empresa se beneficia das medidas implementadas
por essas políticas. Diante disso, se verifica que as políticas do biodiesel, possibilitaram o
novo boon da dendecultura na Região Amazônica com o intuito de atender aos anseios das
políticas agroenergéticas, alterando as dinâmicas aqui presentes, e causando diversos
impactos no modo de vida dos povos da região, bem como subordinação dos territórios dos
agricultores, conflitos socioambientais, a perda das terras dos agricultores familiares para os
agentes financeiros.

Deste modo, levando-se em consideração o estado da arte sobre a dendecultura, é


necessário que seja feito uma analise pautada em cenários prospectivos para os territórios da
dendecultura a longo prazo, já que essa ferramenta possibilita um conhecimento mais
aproximado do que poderá ocorrer na região, principalmente em termos de impactos
socioambientais.

REFERÊNCIA

MANDAL, Ananya. História do autismo. In: News Medical Life Sciences. 2011. Disponível
em: https://www.news-medical.net/health/Autism-History-(Portuguese).aspx. Acesso em:
08.05.2019. [online]

MELLO, Ana Maria S. Ros de; ANDRADE, Maria América; Ho, Helena; SOUZA DIAS,
Inês de. Retratos do Autismo no Brasil. 1ª Edição, 2013. Disponível em:
https://www.autismo.org.br/site/images/Downloads/RetratoDoAutismo-20131001.pdf.
Acesso em: 08.08.2019. [online]

RODRIGUES, Maria Assumpção. Política Pública. São Paulo: Publifolha, Folha Especial.
2013.

SAAD, Andressa Gouveia de Faria; GOLDFELD, Marcia. A ecolalia no desenvolvimento da


linguagem de pessoas autistas: uma revisão bibliográfica In: Pró-Fono Revista de
Atualização Científica. 2009 jul-set;21(3). Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/pfono/v21n3/en_13.pdf. Acesso em: 08.05.2019. [online]

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