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GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ANDRESSA DOS SANTOS COSTA- RA: 00339234

ARQUIMEDES ALCANTARA DE SOUSA JÚNIOR- RA: 00339086

BRUNA HELOISA RODRIGUES DA SILVA - RA: 00214529

MILENA ALVES DE OLIVEIRA – RA: 00337497

RAQUEL SILVA NASCIMENTO- RA: 00340386

TALITA IBRAHIM DE OLIVEIRA CARDOSO – RA: 00337469

AUTISMO NA INFÂNCIA NO ÂMBITO ESCOLAR

São Paulo- SP

2022
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

AUTISMO NA INFÂNCIA NO ÂMBITO ESCOLAR

ORIENTADOR: PROF. MESTRE EDUARDO


FREIRE CAMPANELLI

São Paulo- SP

2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 4
2. SURGIMENTO DO AUTISMO........................................................................................................ 5
2.1 Primeiro Caso De Autismo No Mundo................................................................................................... 5
2.2 Como Se Diagnostica O Tea (Transtornos Do Espectro Autista).................................................7
3. SURGIMENTO DO ESTUDO DE AUTISMO NO BRASIL...........................................................9
3.1. Implementaçã o De Políticas No Tea Infantil................................................................................... 10
3.2.  Surgimento De Políticas E Leis Para Autistas No Brasil.............................................................11
4. A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TEA EM ESCOLAS DO ENSINO REGULAR..................13
4.1. O Papel Da Escola No Processo De Inclusã o.................................................................................... 17
4.1 Professor De Apoio Escolar..................................................................................................................... 17
5. MÉTODOS DE INTERVENÇÕES EDUCACIONAIS....................................................................... 19
6. PROCESSO DE FORMAÇÃO DE ALUNOS NO ENSINO REGULAR COM TEA
(TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA)..................................................................................... 21
7. CONCLUSÃO....................................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................................... 24
1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo identificar as dificuldades e avanço que os


educadores têm experimentado para incluir alunos com Transtorno do Espectro
Autista (TEA) nas escolas nos anos iniciais do ensino fundamental.
Apresentamos os seguintes pontos: Observação da rotina diária nas escolas
tidas por inclusivas, análise dos conhecimentos que os educadores possuem
sobre a inclusão desses alunos e avaliação de como estão desenvolvendo a
prática docente junto ao aluno com TEA.
Optar por este tema deve-se ao fato da percepção da necessidade de,
compreendermos o papel do psicólogo no processo de nas escolas regulares.
Nossas reflexões nos conduziram aos seguintes questionamentos: Quais
obstáculos os educadores têm enfrentado para incluir as crianças com TEA no
ensino regular? Quais possibilidades favorecem a inclusão? Quais
conhecimentos têm sobre o TEA, sobre a inclusão e como estes conhecimentos
contribuem na sua prática?
Partindo do pressuposto de que o educador enfrenta diversas dificuldades
parar incluir um aluno com TEA na escola e que estas dificuldades estão
relacionadas com a formação inicial, que não proporciona ao educador um
conhecimento adequado sobre o tema. Igualmente presumimos que, quando o
educador, de fato, tem o conhecimento adequado sobre o assunto,
consequentemente, consegue identificar um maior número de possibilidades para
incluir o aluno com TEA na escola, através dos meios adequados,
proporcionando-lhes sua socialização, aprendizagem e interação. Para a
realização deste trabalho foi desenvolvido uma pesquisa bibliográfica sobre o
Transtorno do Espectro Autista no âmbito escolar até a finalização do ensino
fundamental.

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2. SURGIMENTO DO AUTISMO

No ano de 1908, a expressão ‘’Autismo’’ foi utilizada pela primeira vez


através do Eugéne Bleuler (1857-1939), para caracterizar a perda de contato com
a realidade, o que promovia uma grande dificuldade ou impossibilidade de
comunicação. Leo kanner se desprende da noção de um ‘’autismo infantil
precoce’’ em 1943. O autismo deixa de ser um aspecto de esquizofrenia e passa
a adquirir especificidades clínicas.

O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943 pelo médico Leo Kanner,
em seu trabalho foram estudados 11 casos de pessoas que apresentavam certa
dificuldade de relacionar-se, essa dificuldade foi chamada de ‘’distúrbios
autisticos de contato afetivo’’. Já em 1944, o médico Hans Asperger realizou um
trabalho onde descrevia crianças semelhantes as descritas no trabalho feito por
Kanner, entretanto sua pesquisa demorou muito para ser conhecida. Nos dias
atuais, Kanner e Asperger são considerados os primeiros a identificarem o
autismo.

2.1 Primeiro Caso De Autismo No Mundo

O chamado caso 1 do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) trata-se


de Donald Grey Triplett, nascido em 1933 nos Estados Unidos. Seu quadro foi
notado primeiramente por seus pais que logo perceberam que seus
comportamentos fugiam dos padrões de uma criança da mesma idade: ele não
correspondia aos sorrisos da mãe, nem demonstrava reações ao ouvir a voz dela.
Apesar do comportamento do filho os pais nunca duvidaram da inteligência que
ele tinha, pois era capaz de cantar uma música inteira sozinho(aos dois anos e
meio de idade) mesmo tendo escutado sua mãe cantar uma única vez. Em 1937
foi internado por ordens médicas, com apenas 3 anos de idade, felizmente a
internação não durou muito e em 1938 os pais decidiram levá-lo de volta para
casa.

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Foi também em 1938 que os pais de Donald o levaram até o psiquiatra
Austríaco Leo Kanner, e ele veio se tornar o “caso 1” entre 11 crianças estudadas
pelo médico e diagnosticadas em uma nova condição ainda não relatadas em
livros, batizada na época de “autismo infantil”.
O apoio da família e até mesmo dos moradores da cidade de Forest
resultou na entrada de Donald em uma escola comum, durante a adolescência, e
suas duas graduações em francês e Matemática, com a soma de sua inteligência
e capacidade de aprendizado. Aos 82 anos, Donald é uma pessoa saudável e
independente, aprendeu a dirigir, viajou o mundo sozinho e já conhece grande
parte dos Estados Unidos.

O que a história de Donald sugere é que pais que escutam pela


primeira vez que seu filho é autista devem entender que, com este
diagnóstico, o destino nunca está definitivamente traçado. Cada
indivíduo tem uma capacidade própria de crescer e aprender,
como Donald fez, mesmo que ele leve mais tempo para fazer
certas coisas do que a maioria das pessoas (Donvan,John e
Zucker,Caren, 2016).

Segundo a AMA (associação de amigos do autista), o autismo é um


distúrbio do desenvolvimento caracterizado por alterações presentes desde a
primeira infância, mais especificamente antes dos 3 anos de idade, tendo um
impacto grande no desenvolvimento humano com a comunicação, interação
social, aprendizagem e capacidade de adaptação, entre outros sintomas que
podem aparecer e que são sinais de alerta, podemos destacar quando o bebê
não imita os gestos do adulto, tem o hábito de morder-se, recusa alimentar-se ou
tem restrição a poucos alimentos, falta de contato ocular. Essas manifestações
são comuns, mas não são suficientes para o diagnóstico do autismo e nem
ocorrem com a mesma intensidade em todas as pessoas.

O autismo é considerado como uma tríade de dificuldades, sendo elas,


dificuldade de comunicação, socialização e de uso da imaginação, sendo que a
dificuldade na socialização é um ponto crucial do autismo.

O TEA (Transtornos do Espectro Autista), é a denominação oficial, a partir


da mudança na Classificação Internacional de Doenças, publicada pela
Organização Mundial da Saúde, que está em vigor desde Janeiro de 2022.

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2.2 Como Se Diagnostica O Tea (Transtornos Do Espectro Autista)

Para diagnosticar o autismo, uma série de testes deve ser realizado, sendo
o diagnóstico basicamente clínico. O médico deverá avaliar o desenvolvimento,
as habilidades do paciente, a comunicação, entre outros fatores. Vale salientar
que cada pessoa autista apresenta uma dificuldade e uma habilidade diferente da
outra, portanto, é necessária uma análise por uma equipe multiprofissional.
Como dito anteriormente, o autista apresenta dificuldades e habilidades
que precisam ser exploradas. Uma equipe deverá atuar de maneira
interdisciplinar de modo a conseguir o melhor desenvolvimento do indivíduo.
Entre os profissionais que podem ajudar no acompanhamento do autista,
podemos citar o psicólogo, psiquiatra, pediatra, fonoaudiólogo, terapeuta
ocupacional e fisioterapeuta.
Um ponto importante no diagnóstico do autismo são os graus, sendo eles: 
Grau 1, o considerado ‘’Autismo leve’’, a pessoa tem problemas para iniciar
interações sociais e demonstra pouco interesse nos relacionamentos, possui
comportamentos inflexíveis, o que dificulta das atividades cotidianas. 
Já no grau 2, o autismo é considerado ‘’moderado’’, onde a pessoa possui
grande dificuldade verbal e não verbal, habilidades sociais mais estritas e maior
dificuldade nas atividades cotidianas, neste grau o autismo se trona mais
perceptível. 
O grau 3, é considerado autismo ‘’severo’’, a pessoa possui um nível mais
grave na interação social, incluindo modos verbais e não verbais, retardo mental,
dificuldade com contato visual e possui movimentos estereotipados como por
exemplo, ficar balançando o corpo. Nesse nível a pessoa necessidade de suporte
constante nas tarefas básicas do dia a dia.
Ao longo dos anos, documentos como o DSM (Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais), da Associação Americana de Psiquiatria, e o
CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde) sofreram diversas alterações, incluindo nas palavras
e termos usados para diagnosticar uma pessoa autista. Alguns deles foram:

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 Autismo infantil

 Síndrome de Asperger

 Transtorno Desintegrativo da Infância

 Transtorno Invasivo de Desenvolvimento Sem Definição Específica

Mello (2004, p.114-115), caracteriza a tríade de dificuldades que seriam as


manifestações comuns causadas pelo autismo, são elas:

• Dificuldade de comunicação - caracterizada pela dificuldade em utilizar


sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal. •
Dificuldade de sociabilização - este é o ponto crucial no autismo e o mais
fácil de gerar falsas interpretações. • Dificuldade no uso da imaginação -
se caracteriza por rigidez e inflexibilidade e se estende às várias áreas
do pensamento, linguagem e comportamento da criança. Exemplo:
comportamentos obsessivos e ritualísticos. Mello (2004, p.114-115)

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3. SURGIMENTO DO ESTUDO DE AUTISMO NO BRASIL

Até meados de 1980 temos poucos relatos sobre autismo no Brasil,


somente na década de 1940, quando o trabalho do psiquiatra Leo Kanner inseriu
o autismo enquanto diagnóstico independente, o Brasil já tinha influência
significativa da psicanálise no atendimento infantil. O campo psicanalítico iniciou
sua penetração no país nos anos de 1920 e alcançou predomínio dentro da
própria psiquiatria em meados de 1950. Ao mesmo tempo, a ideia de que a causa
do autismo era a falta de vínculo dos pais (especialmente mães) com a criança
surgiu com Kanner em 1948, mas foi o psicanalista Bruno Bettelheim quem
desenvolveu-a nas décadas de 1950 e 1960. 
No Brasil, as primeiras publicações jornalísticas sobre autismo eram
extraídas do exterior, de matérias traduzidas por agências de notícias de países
como os Estados Unidos e Reino Unido e caracterizavam o diagnóstico enquanto
doença. Parte dessas publicações era influenciada por um viés psicanalítico, ao
considerar crianças autistas como pertencentes a pais frios e distantes, outra
parte, como um dos sintomas da esquizofrenia. O pensamento de Bettelheim teve
influência significativa no conteúdo jornalístico destes períodos, com
pouquíssimas exceções que citam o trabalho de Kanner e até abordagens
comportamentalistas. 
Em 1956, foi criada a Associação Paulista de Psiquiatria Infantil e Higiene
Mental, e em 1965 a Associação Brasileira de Deficiência Mental. Para grande
parte da população, o atendimento de autistas ocorria em instituições não
especializadas, como a Sociedade Pestalozzi, fundada em 1932, e a Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), com unidades em todo o país, e
organizada em 1962.
Durante a década de 1970, os estudos e as discussões sobre o autismo no
Brasil começaram a se intensificar, o que resultaria, anos depois, na formação de
equipes multidisciplinares, com rodas de conversas baseadas em filmes sobre o
autismo, palestras, congressos e cursos promovidos por profissionais nacionais e
internacionais da psiquiatria e de outros campos do conhecimento, bem como a
publicação das primeiras pesquisas nacionais sobre o autismo. As publicações
jornalísticas deste período passaram a mencionar mais frequentemente a
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contribuição familiar no tratamento do autismo. No Rio de Janeiro, em 1978, foi
fundada a Casa Azul, provavelmente a primeira organização de atendimento
terapêutico exclusivo à crianças autistas no Brasil, com influência psicanalítica.
No mesmo ano e na mesma cidade, também foi fundado o Centro de Educação
Especial Casarão por uma mãe de uma criança autista. Neste sentido a (Figura 1)
a estimativa é que existam 70 milhões de pessoas no mundo com autismo, sendo
que se encontram 2 milhões delas no Brasil.
Figura 1: Prevalência do autismo no Brasil e no mundo

Fonte: Agência Senado /2020

3.1. Implementação De Políticas No Tea Infantil

No Brasil, a primeira associação de pais a surgir foi a Associação dos


Amigos dos Autistas de São Paulo (AMA-SP), em 1983. O principal objetivo era
promover a troca de experiências e buscas de conhecimentos sobre o autismo,
em um período em que o estado brasileiro não fornecia nenhuma estratégia para
o acolhimento de crianças e adolescentes com sofrimento mental, tal como o
autismo. A AMA-SP passou a desenvolver suas próprias estratégias assistenciais
e a buscar conhecimento, por meio de trocas e intercâmbios com instituições

10
internacionais (OLIVEIRA et al., 2016 p.3, apud MELLO, 2005; MELLO et al.,
2013). 

A formação de uma corrente de atenção para crianças e adolescentes com


transtornos mentais graves e persistentes, integrada à saúde mental no SUS, só
foi considerada e iniciada a partir da III Conferência Nacional de Saúde Mental,
em 2001 (BRASIL, 2002a), onde o ponto estratégico era a implantação de
Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), partindo da portaria
ministerial nº 336/02 (BRASIL, 2002b). Estas unidades têm como objetivo central
a construção de grupos ampliados de cuidado, promovendo os CAPSi como
responsáveis por toda a rede assistencial, embasadas por diretrizes de
acessibilidade, cuidado comunitário, social e territorial, reconhecendo as crianças
e adolescentes autistas como sujeitos psíquicos e de direitos (BRASIL, 2005;
AMSTALDEN; HOFFMANN; MONTEIRO, 2010). Ao mesmo tempo em que os
primeiros CAPSi foram construídos, algumas associações, como a AMA-SP,
foram conquistando maior visibilidade no âmbito político e assistencial, num
momento em que no Brasil apresenta ainda, grande escassez de recursos
públicos para o cuidado de autistas. A AMA se expandiu por diversos estados
brasileiros, influenciando assim o surgimento de muitas outras associações
similares, como a Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com
Autismo (ABRAÇA), Associação Brasileira de Autismo (ABRA), Fundação Mundo
Azul e outras. Nesse sentido Nunes (2014) afirma: 

“Desde a formação da AMA, grupos de familiares de autistas


vêm se consolidando pelo país, não apenas como fonte de
apoio emocional a outras famílias, mas como meio legítimo de
angariar recursos públicos, formular projetos de lei, buscar
novos tratamentos, pesquisas e atendimentos em saúde e
educação, além da produção de conhecimento”. (NUNES,
2014, p.15).

3.2.  Surgimento De Políticas E Leis Para Autistas No Brasil 

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A Lei nº 12.764 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”, foi sancionada em 27 de dezembro
de 2012 (BRASIL, 2012). Além de reconhecer a pessoa com transtorno do
espectro autista (TEA) como “pessoa com deficiência, para todos os efeitos
legais” (Lei nº 12.764, § 2o ), promovendo a atenção em diversos campos, como
na esfera assistencial, política, científica e educacional, assim como no âmbito
dos direitos básicos dos autistas. Essa Lei representou um marco histórico na luta
pelos direitos dos autistas, viabilizando politicamente o acesso a direitos previstos
na legislação já existente para pessoas com deficiência no país, como  no
exemplo de benefícios financeiros, garantia à educação em escolas dedicadas ou
inclusivas,  ingresso no mercado de trabalho, entre outros benefícios. Além disso,
essa lei promove também o acesso a atendimentos em serviços de saúde
especializados, em oposição aos ofertados pela rede de saúde mental. Nesse
contexto de socialização e definição de lei, Anache e Mitjáns Martinez enfatiza:
 
“[...] a deficiência é entendida como uma construção
social e o sujeito é considerado na sua singularidade.
Enfatizar o social no processo de construção da
deficiência não significa negá-la, mas entendê-la como
um fenômeno que precisa ser enfrentado por todos, já
que as funções psicológicas superiores se constituem por
intermédio das atividades humanas no contexto cultural.”
(Anache e Mitjáns Martinez, 2007, p. 44)

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4. A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM TEA EM ESCOLAS DO ENSINO
REGULAR

As discussões sobre a importância da educação inclusiva têm sido cada


vez mais abordada e estudada por educadores, acadêmicos, psicólogos e pela
sociedade em geral, em virtude disso, uma gama de políticas públicas têm sido
desenvolvidas
para promover a inclusão de crianças com deficiência em escolas de
ensino regular. A escola que antes excluía abertamente e rejeitava crianças com
deficiência, agora se vê desafiada a prover um ensino diversificado, criando
alternativas para enfrentar e superar as dificuldades encontradas. No ponto de
vista de Rodriguez (2006) a exclusão ocorre provavelmente relacionado a fatores
culturais, que nos induzem a pensar que qualquer diferença é perigosa. Klein
(2010) acredita que a palavra ‘’inclusão’’ tem sido utilizada como jargão na área
educacional, pois o ato de incluir vai além da adição corporal no aluno em sala,
faz-se necessário tornar o aluno parte de um todo, para que haja rótulos ou
exclusão por apresentar comportamentos e características diferenciadas. 
Sobre a construção e formação escolar, Melo, Lira e Facion (2008, p.65)
afirma: 
[...] impõe a construção de um projeto que não se dará ao
acaso nem de uma hora para outra e que não é uma tarefa
individual. Ao contrário, trata-se de um trabalho coletivo, que
envolve discussões e embates entre diferentes esferas
(governo, sociedade, escola e indivíduo) em que seja possível
refletir sobre que escola queremos construir e que indivíduos
pretendemos formar.

 Podemos perceber que a efetividade da inclusão, depende muito dos


sistemas de ensino, quanto a capacitação dos professores e funcionários, para
que entendam a singularidade de cada criança e aprendam a lidar, respeitar e
oferecer a mesma qualidade de ensino a todos, com as mesmas condições de
desenvolvimento. Contudo, nesse contexto,  Lopez (2011, p. 16) expõe: 

“Professores, orientadores, supervisores, direção escolar,


demais funcionários, famílias e alunos precisam estar
conscientes dessa singularidade de todos os estudantes e
suas demandas específicas. Essa tomada de consciência pode

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tornar a escola um espaço onde os processos de ensino e
aprendizagem estão disponíveis e ao alcance de todos e onde
diferentes conhecimentos e culturas são mediados de formas
diversas por todos os integrantes da comunidade escolar,
tornando a escola um espaço compreensível e inclusivo.”

Podemos considerar então, que a inclusão da criança com autismo na


escola, deve acontecer de forma consciente, a equipe escolar deve estar treinada
e fundamentada em um plano pedagógico sólido para incluir o aluno no contexto
educacional de forma que todos os envolvidos conheçam as metodologias a
serem trabalhadas visando à superação de limitações da criança com autismo,
pois, mais importante que inserir a criança com TEA na sala de aula regular, faz-
se necessário criar meios para que ela permaneça na escola, com quadro
evolutivo em seu desenvolvimento. Nesse aspecto Felício (2007, p. 25):

É importante salientar que, para se educar um autista é preciso


também promover sua integração social e, neste ponto, a
escola é, sem dúvidas, o primeiro passo para que aconteça
esta integração, sendo possível por meio dela a aquisição de
conceitos importantes para o curso da vida.Felício (2007, p.
25): 

A inclusão de crianças com TEA no ensino regular está prevista em lei e


assegura ao aluno o direito do acesso ao ensino, ficando à escolha dos pais
matricular ou não os filhos em escolas regulares. 
A proposta da educação inclusiva supõe que todos os alunos devem ter a
possibilidade de integrar-se ao ensino regular, mesmo aqueles com deficiências
sensoriais, mentais, cognitivas ou que apresentem transtornos severos de
comportamento, preferencialmente sem defasagem idade e série. A escola,
segundo essa proposta, deverá se adaptar para estar atendendo às
necessidades destes alunos inseridos em classe regulares. Na maioria dos
casos, as escolas acabam não favorecendo a educação inclusiva, pois é mais
confortável considerar a igualdade do que a diferença entre os alunos. A escola,
como território institucional com diversidades culturais, sofre pressões para
acompanhar os novos tempos e lidar melhor com a diversidade do público que
deve atender. Pessoas com suas especificidades que, se não forem respeitadas,

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acolhidas e atendidas em suas diferenças, jamais farão da escola espaços ricos
de formação e construção da cidadania e de uma sociedade mais justa.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva traz em
termos claros o público-alvo da inclusão: pessoas com deficiência; pessoas com
transtornos globais do desenvolvimento e pessoas com altas
habilidades/superdotação. Nesse contexto, enquadra-se o autismo como um
transtorno global do desenvolvimento, caracterizado por alterações qualitativas
nas interações sociais significativas. Baptista e Bosa (2002), descrevendo a
percepção dos professores sobre a inclusão de alunos autistas, alertam para as
noções um tanto distorcidas sobre o que significa basicamente o termo autismo,
assim como o trabalho com essas pessoas. Dessa maneira podemos destacar as
seguintes dificuldades do trabalho com crianças autistas: dificuldades na
compreensão da linguagem autista, dificuldades em compreender o significado
dos rituais, ausência de domínio da agressividade expressa pelo aluno,
sentimento de insegurança por parte do educador, dúvidas com relação às
práticas pedagógicas que deverão ser empregadas e a falta de uma estrutura
devidamente preparada para lidar com esses alunos. Essa estrutura refere-se à
utilização de materiais didáticos, recursos audiovisuais, publicações científicas,
espaço físico e outros recursos que poderiam incrementar a qualidade do ensino.
A maior dificuldade dos educadores, entretanto, seria com relação à identificação
do aluno com autismo e, também com a falta de preparo e especialização. 
Coll (1995) propõe que o tratamento mais eficaz e universal do autismo é a
educação. Esta atividade educativa tem, no final das contas os mesmos objetivos
que tem em relação a todas as crianças: desenvolver ao máximo suas
potencialidades e competências, favorecer um equilíbrio pessoal o mais
harmonioso possível, fomentar o bem estar emocional e aproximar as crianças
autistas do mundo humano de relações significativas.
No entanto, o professor não deve esquecer que nos casos de autismo, são
sempre necessários modelos educacionais que permitam abordar estes objetivos,
apesar das deficiências de interação, comunicação e linguagem e das
importantes alterações da atenção e da conduta que seus alunos podem
apresentar. Estes requerem, em geral, ambientes educacionais estruturados.

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Além de ambientes estruturados as crianças autistas têm um maior
aproveitamento, quando são educadas em grupos pequenos que possibilitem um
planejamento bastante personalizado dos objetivos e procedimentos
educacionais em um contexto de relação simples e, em grande parte bilaterais.
O ambiente deve facilitar a percepção e compreensão, por parte da criança
de relações contínuas entre suas próprias condutas e as contingências do meio,
ou seja, deve ser consistente em sua resposta às condutas. Além disso, o
educador deve estabelecer de forma clara seus objetivos e métodos de registro.
Quanto ao ensinar, de acordo com Vygotsky (1994), é necessário um
enfoque interacionista, que trata de compreender a atividade educacional como
um processo de relação, de interação comunicativa, de envolver o aluno em
experiências que lhes sejam significativas e promova uma atividade, realmente,
assimiladora, e não somente uma aprendizagem passiva.
No contexto educacional percebe-se, que muitos professores que atuam
no processo de escolarização junto às crianças com autismo, ainda demonstram
insegurança devido ao desconhecimento desta síndrome. Por este motivo, é
necessário que o educador repense a sua formação para que possa construir
uma nova concepção de ensino aprendizagem na mediação pedagógica.

A escola inclusiva é um local onde todos os educandos têm as mesmas


chances, onde as oportunidades, possibilidades educacionais e as características
individuais estão marcadas pela igualdade entre as pessoas.
O direito de todas as crianças à educação está proclamado na Declaração
Universal dos Direitos Humanos e foi reafirmado com veemência pela Declaração
sobre Educação para Todos. Pensando desta maneira é que este documento
começa a nortear Todas as pessoas com deficiência têm o direito de expressar
os seus desejos em relação à sua educação. Os pais têm o direito inerente de ser
consultados sobre a forma de educação que melhor se adapte às necessidades,
circunstâncias e aspirações dos seus filhos. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA).
A pessoa autista sente necessidade de seguir uma rotina rigorosa em seu
cotidiano, para que ele possa se encontrar mais tranquila em meio ao nosso
mundo social que cheio de informação ele não consegue compreender e
acompanhar. Sendo assim os primeiros métodos de aprendizagem a serem

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trabalhados com a criança autista é criar uma rotina escolar, para que ele se
encontre mais à vontade nesse espaço e dali possa desenvolver sua
aprendizagem, (SILVA, 2012, p.115.)
Portanto, é fundamental que o educador apresente uma base nos aspectos
teóricos e práticos, de modo, que tenham uma formação básica centrada numa
proposta inclusiva, para isso este profissional deve desenvolver atividades que
conduzam à criança a construção do conhecimento, oferecendo diferentes
possibilidades.

4.1. O Papel Da Escola No Processo De Inclusão

Cabe a instituição de ensino investir na capacitação do corpo docente e


nos demais colaboradores da escola para receber o aluno com TEA. Essa é a
melhor forma de facilitar a inserção da criança nesse novo ambiente.
A escola precisa traçar um plano de ensino respeitando a capacidade de
cada criança e estabelecer estratégias de aprendizagem diversificadas com o
suporte da sala de recursos.
A sala de recursos deve ser mais uma ferramenta que respeite as
limitações sociais e sensoriais da criança e contribua para promover atividades
que ajudem nesse processo de aprendizagem e inclusão social.

4.1 Professor De Apoio Escolar

O professor de apoio é um direito do aluno autista garantido por lei e ele


contribui para que quem tem TEA absorva o conteúdo apresentado em sala. O
aluno com TEA poderá ter acesso a um profissional de apoio escolar, como um
professor de apoio, para auxiliar no processo de aprendizagem em sala de
acordo com o que foi estabelecido na lei nº 12.764/2012.
Esse profissional participa da reintegração da pessoa com TEA na sala de
aula e ajuda na inclusão escolar. Cabe a ele, adaptar as atividades, auxiliar nas
interações sociais e aplicações didáticas.

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O professor de apoio atua juntamente com a equipe pedagógica e com o
professor regular. Eles definem as estratégias que serão utilizadas para que o
estudante autista tenha acesso ao aprendizado das disciplinas e das formas de
avaliação que permitam que a aprendizagem seja efetiva.
Ele contribui para melhorar as habilidades de leitura, escrita, matemática,
compreensão e comunicação do autista. E, define uma rotina, ensina sobre
regras e comportamentos adequados na sala de aula.
Em alguns casos, esse profissional também pode auxiliar o aluno nos
momentos de higiene, alimentação e locomoção. A instituição de ensino deve
providenciar um professor de apoio especializado diretamente na secretaria de
educação à qual está vinculada. Lembrando que essa contratação é um dever da
instituição de ensino.

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5. MÉTODOS DE INTERVENÇÕES EDUCACIONAIS

Os cuidados com o autismo envolvem diversas intervenções de


profissionais da saúde como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos além do cuidado
dos pais e cuidadores. Muito importante que uma equipe multidisciplinar que
avalia o grau e desenvolva um programa de intervenção personalizada, esse
programa não segue um padrão pois nenhuma pessoa com autismo é igual a
outra. Os métodos de intervenção mais utilizados e conhecidos
internacionalmente para desenvolvimento social cognitivo da pessoa com autismo
são:
TEACCHN que traduzido para o português significa (tratamento em
educação para autista e crianças com deficiência relacionadas a comunicação),
um programa educacional e clinico que prioriza a prática psicopedagogica que
veio de uma pesquisa que buscou observar comportamento das crianças autistas
em diversas situações com diferentes estímulos. O método TEACCH foi
desenvolvido na década de sessenta no departamento de psiquiatria da
faculdade de medicina da universidade da Carolina do Norte nos Estados Unidos,
vindo como resposta do governo para com os pais que reclamavam da falta da
forma de ensino com os alunos autistas na mesma Carolina do Norte. Com o
tempo foi conseguindo implantar esse método em salas especiais em muitas
escolas públicas dos estados unidos.
A base do TEACCH utiliza um método de avaliação chamada PEP-R (Perfil
Psicoeducacional Revisado) que avalia a criança para identificar os seus pontos
fortes e maiores interesses dela e as suas dificuldades a partir disso montar um
programa individualizado, assim ajudando na adaptação do local para ajudar o
entendimento da criança ao local de estudo e o que se espera dela.
Método ABA que acaba sendo uma ciência em português (analise do
comportamento aplicada), é uma abordagem da psicologia que é usada para o
entendimento do comportamento para crianças com autismo. O método de

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mudança comportamental tem mostrado grande aproveitamento na melhora das
crianças, principalmente em graus mais altos do autismo, o método ABA tem
como principal objetivo integrar a criança a comunidade com que ela faz parte,
com isso o método planejado e executado com cuidado abrangendo as atividades
das crianças em todos os lugares frequentados por ele: lazer, casa, escola etc.
Programas baseados em ABA são utilizados para apoiar as pessoas com
autismo em pelo menos seis maneiras: Para aumentar comportamentos (por
exemplo, procedimentos de reforço aumentar o comportamento on-tarefa, ou
interações sociais);Para ensinar novas habilidades (por exemplo, os
procedimentos de instrução e reforço sistemáticos ensinar habilidades
funcionais de vida, habilidades de comunicação e habilidades sociais);Para
manter comportamentos (por exemplo, o ensino de procedimentos de
autocontrole e auto-monitoramento para manter e generalizar as habilidades
sociais relacionadas com o trabalho);
Generalizar ou transferir o comportamento de uma situação ou resposta a
outra (por exemplo, de completar as tarefas em sala de recursos para um
desempenho tão bom na sala de aula regular);
Para restringir ou condições estreitas sob o qual ocorrem comportamentos
interferem (por exemplo, modificar o ambiente de aprendizagem); Para reduzir
comportamentos de interferência (por exemplo, auto-lesão ou estereotipias).
Dos métodos o mais usado em alunos com autismo é o PECS – sistema
de comunicação por troca de figuras e um sistema para ajudar pessoas de várias
idades que não conseguem se fazer entender através da fala, ou que tem uma
fala muito limitada. Desenvolvido nos Estados Unidos em 1985, o PECS foi
pensado para melhorar as capacidades físicas, cognitivas e de comunicação de
pessoas autistas, a ideia é fazer com que o autista crie independência na hora de
se comunicar e faça isso de forma mais funcional.
Por ser um método cuja principal matéria-prima é a imagem, ele é
aplicado, principalmente – mas não exclusivamente -, em autistas não verbais,
que são aqueles que não desenvolvem a capacidade de utilizar os códigos
linguísticos – muitas vezes, nem mesmo fazem gestos para compensar as
inconsistências da fala. Segundo o site da empresa que trouxe o PECS para o
Brasil, vários autistas que foram ensinados através desse método voltaram,

20
inclusive, a falar, passando e autista não verbal para alguém com capacidade de
usar as palavras de modo mais lógico.

6. PROCESSO DE FORMAÇÃO DE ALUNOS NO ENSINO REGULAR


COM TEA (TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA).

A criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), após a inserção


dentro de um ensino regular sendo dentro de uma escola pública ou particular
acaba enfrentando algumas situações que podem influenciar e impactar no seu
desenvolvimento e progresso, as propostas de políticas publicam sobre a
educação inclusiva é que haja equidade em todas as modalidades de ensino, e
com isso o número de alunos matriculados em escolas da educação infantil e
ensino fundamental tem aumentado constantemente desde 2015, sendo a grande
maioria alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas
habilidades, de acordo com índices do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP), conforme último censo escolar 294.394
alunos com autismo cursaram os ensinos infantil, fundamental ou médio das
redes pública e privada em 2021.
Com os números aumentando, se encontra a necessidade de capacitação
dos profissionais de ensino, para que estejam aptos para receber o aluno e
conseguir atender suas necessidades e fazer com que o ensino seja de forma
efetiva, pois se entende que o indivíduo com as condições do autismo pode ter
dificuldades no processo de aprendizagem, e o educador precisa estar preparado
para se relacionar, com essas realidades alternativas com intuito de incluí-las no
ambiente escolar e como consequência na sociedade.
De acordo com artigo de Camargo e col.(2020) sobre a as dificuldades
neste processo de inclusão é relatado que mesmo com as políticas públicas
implementada é evidente a que os educadores demonstram pouco domínio e
conhecimento mais aprofundado sobre o TEA, suas características e dificuldades
e, sobretudo, sobre as práticas que seriam necessárias e mais apropriadas para
indivíduos com autismo.
O processo de aprendizagem de uma criança com TEA necessita de uma
rede de apoio, a qual conta com a família, escola e o psicólogo neste âmbito

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precisam estar relacionados a essas duas áreas, a qual a criança está inserida,
conforme artigo de Galvão e Col.(2018) informa que:

“Fundamentada nesses pressupostos para atuação em Psicologia


Escolar, Marinho-Araujo (2014) apresenta uma proposta de
intervenção ancorada em quatro dimensões: mapeamento
institucional, espaço de escuta psicológica, assessoria ao trabalho
coletivo e acompanhamento ao processo ensino-aprendizagem.
Todos esses pontos da intervenção do psicólogo escolar podem
visar à inclusão da pessoa com autismo, PREVENTIVA DINÂMICA
PARTICIPATIVA RELACIONAL favorecendo medidas pedagógicas
que contribuam para sua permanência no ambiente escolar de
forma ativa e integral.” Galvão e Col. (2018)

E com isto é constatado que a além da profissionalização dos educadores


para conseguir auxiliar no desenvolvimento do aluno desde aprendizagem ao
convívio social, respeitando as características da criança, o psicólogo dentro
deste âmbito realiza o intermédio e auxílio para suporte ao educador e família,
pois a inclusão não é um processo fácil, mesmo com leis e políticas públicas a
escola não garante que a permanência em todos os seus quesitos será com
equidade, de acordo com Santana (2019):

“A educação demanda verdadeiros esforços para conhecer e


enxergar o outro, saber suas especificidades, conhecer de suas
demandas, produzir e processos, mesmo que os resultados não
sejam satisfatoriamente alcançados. A educação se dá no
processo e não nos resultados” Santana (2019)

22
7. CONCLUSÃO

O intuito deste trabalho fora apresentar os principais aspectos de uma


criança autista no âmbito escolar, visando seus aspectos como a identificação e o
grau do Autismo e quais dificuldades pode encontrar no seu processo de
aprendizagem e desenvolvimento. No desenvolvimento desta revisão bibliográfica
foi identificado que existem políticas públicas, como por exemplo, ONGs e Leis às
quais oferecem respaldo jurídico em questão da inclusão destas crianças em um
ambiente escolar regular, a fim de desenvolver o aluno nos aspectos sociais e
aprendizagem, porém, é perceptível que nem todas as escolas os profissionais,
como professores, possuem a capacitação para suprir esta demanda de alunos,
que está cada vez maior principalmente na cidade de São Paulo. Esta ausência
de capacitação acaba impactando tanto no desenvolvimento do aluno quanto no
professor, que muitas das vezes não consegue atuar de uma forma efetiva, tanto
com alunos sem alguma necessidade específica ou alunos com TEA.
Outro ponto importante de se citar é a ausência de informação sobre o
progresso efetivo desses alunos dentro de uma escola inclusiva, pois o número
de matrículas está evoluindo, com números aumentando a cada ano, porém, não
foram localizados artigos que mostram tal eficiência.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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crianças com autismo no contexto inclusivo:
Diretrizes para formação continuada na perspectiva dos professores.
Educação em Revista, 2020. Disponível
em:https://www.scielo.br/j/edur/a/6vvZKMSMczy9w5fDqfN65hd/?
format=pdf&lang=pt Acesso em: 22 maio 2022

CONHEÇA a história da primeira pessoa diagnosticada com autismo. sd.


Disponível em: https://tismoo.us/comunidade/conheca-a-historia-da-primeira-
pessoa-diagnosticada-com-autismo/. Acesso em: 14 maio 2022

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PODE AJUDAR. 2007. 56 f. TCC (Graduação) - Curso de Pedagogia, Faculdade
de Ciências Unesp, Bauru, 2007. Disponível em: https://docplayer.com.br/39188-
O-autismo-e-o-professor-um-saber-que.html. Acesso em: 20 maio 2022.

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Acesso em 15 de maio de 2022. 

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Acesso em 22 maio 2022

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implicações no ambiente escolar. In: FACION, J. R (Org.). Inclusão escolar e suas
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OLIVEIRA, Daliane. Materiais Psicopedagógicos para Autismo: materiais,


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