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EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO

ESSA É A COR DO SEU CADERNO DE PROVAS!


MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA
1º DIA
CADERNO

2
AMARELO

2010
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES

1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 1 a 90, 8 O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e trinta
dispostas da seguinte maneira: minutos.
a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de
Ciências Humanas e suas Tecnologias; 9 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os
rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não
b. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de serão considerados na avaliação.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
10 Quando terminar as provas, entregue ao aplicador este CADERNO DE
2 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, a opção QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA.
correspondente à cor desta capa: 1-Azul; 2-Amarela; 3-Branca ou 4-Rosa.
ATENÇÃO: se você assinalar mais de uma opção de cor ou deixar todos os 11 Você somente poderá deixar o local de prova após decorridas duas horas
campos em branco, sua prova não será corrigida. do início da sua aplicação. Caso permaneça na sala por, no mínimo,
quatro horas após o início da prova, você poderá levar este CADERNO DE
3 Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão registrados QUESTÕES.
corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente
12 Você será excluído do exame caso:
ao aplicador da sala.
a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou
4 Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do relógios de calcular, bem como rádios, gravadores,
CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfica de tinta preta. headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de
qualquer espécie;
5 Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá
ser substituído. b. se ausente da sala de provas levando consigo o
CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes
6 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, do prazo estabelecido;
identificadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde
corretamente à questão. c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer
participante do processo de aplicação das provas;
7 No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à
opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido d. se comunique com outro participante, verbalmente, por
no círculo, com caneta esferográfica de tinta preta. Você deve, portanto, escrito ou por qualquer outra forma;
assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma
opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. e. apresente dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal.
2010

LINGUAGENS E CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 93


Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção inglês)
Questão 91
Viva la Vida THE DEATH OF THE PC
I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word The days of paying for costly software
Now in the morning and I sleep alone
Sweep the streets I used to own upgrades are numbered. The PC will
I used to roll the dice soon be obsolete. And BusinessWeek
Feel the fear in my enemy’s eyes
Listen as the crowd would sing reports 70% of Americans are
“Now the old king is dead! Long live the king!”
One minute I held the key already using the technology that
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand will replace it. Merrill Lynch calls it
Upon pillars of salt and pillars of sand
[…]
“a $160 billion tsunami.” Computing
MARTIN, C. Viva la vida, Coldplay. In: Viva la vida or Death and all his friends. Parlophone, 2008. giants including IBM, Yahoo!, and
Letras de músicas abordam temas que, de certa forma, $PD]RQDUHUDFLQJWREHWKH¿UVWWR
podem ser reforçados pela repetição de trechos ou
palavras. O fragmento da canção Viva la vida, por cash in on this PC-killing revolution.
exemplo, permite conhecer o relato de alguém que

costumava ter o mundo aos seus pés e, de repente,


se viu sem nada. Yet, two little-known companies have
almeja o título de rei e, por ele, tem enfrentado
inúmeros inimigos. a huge head start. Get their names
causa pouco temor a seus inimigos, embora tenha
muito poder. in a free report from The Motley Fool
limpava as ruas e, com seu esforço, tornou-se rei de
seu povo.
called, “The Two Words Bill Gates
tinha a chave para todos os castelos nos quais 'RHVQW:DQW<RXWR+HDU´
desejava morar.
Questão 92
THE WEATHER MAN &OLFNKHUHIRULQVWDQWDFFHVVWRWKLV)5((UHSRUW

They say that the British love talking about the weather. For
other nationalities this can be a banal and boring subject %528*+772<28%<7+(027/(<)22/
of conversation, something that people talk about when
they have nothing else to say to each other. And yet the
weather is a very important part of our lives. That at least
LVWKHRSLQLRQRI%DUU\*URPHWWSUHVVRI¿FHUIRU7KH0HW Disponível em: http://www.fool.com. Acesso em: 21 jul. 2010.
2I¿FH7KLVLVORFDWHGLQ([HWHUDSUHWW\FDWKHGUDOFLW\LQWKH
VRXWKZHVWRI(QJODQG+HUHHPSOR\HHV±DQGFRPSXWHUV±
Ao optar por ler a reportagem completa sobre o assunto
supply weather forecasts for much of the world.
Speak Up. Ano XXIII, nº 275.
anunciado, tem-se acesso a duas palavras que Bill Gates
não quer que o leitor conheça e que se referem
Ao conversar sobre a previsão do tempo, o texto mostra
aos responsáveis pela divulgação desta informação
o aborrecimento do cidadão britânico ao falar sobre na internet.
banalidades. às marcas mais importantes de microcomputadores
a falta de ter o que falar em situações de avaliação
do mercado.
de línguas.
a importância de se entender sobre meteorologia aos nomes dos americanos que inventaram a
para falar inglês. suposta tecnologia.
as diferenças e as particularidades culturais no uso aos sites da internet pelos quais o produto já pode
de uma língua. ser conhecido.
 R FRQÀLWR HQWUH GLIHUHQWHV LGHLDV H RSLQL}HV DR VH às empresas que levam vantagem para serem suas
comunicar em inglês. concorrentes.
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2010
Questão 94

MILLENIUM GOALS

Disponível em: http://www.chris-alexander.co.uk/1191. Acesso em: 28 jul. 2010 (adaptado).

'H¿QLGDVSHORV países membros da Organização das Nações Unidas e por organizações internacionais, as metas de
desenvolvimento do milênio envolvem oito objetivos a serem alcançados até 2015. Apesar da diversidade cultural,
esses objetivos, mostrados na imagem, são comuns ao mundo todo, sendo dois deles:

O combate à AIDS e a melhoria do ensino universitário.


A redução da mortalidade adulta e a criação de parcerias globais.
A promoção da igualdade de gêneros e a erradicação da pobreza.
A parceria global para o desenvolvimento e a valorização das crianças.
A garantia da sustentabilidade ambiental e o combate ao trabalho infantil.
Questão 95

Os cartões-postais costumam ser


utilizados por viajantes que desejam
enviar notícias dos lugares que visitam
a parentes e amigos. Publicado no
site do projeto ANDRILL, o texto
em formato de cartão-postal tem o
propósito de

comunicar o endereço da nova sede


GRSURMHWRQRV(VWDGRV8QLGRV
convidar colecionadores de cartões-
postais a se reunirem em um evento.
anunciar uma nova coleção de
selos para angariar fundos para a
Antártica.
divulgar às pessoas a
possibilidade de receberem um
cartão-postal da Antártica.
solicitar que as pessoas visitem o
site do mencionado projeto com
Disponível em: http://www.meganbergdesigns.com/andrill/iceberg07/postcards/index.html.
Acesso em: 29 jul. 2010 (adaptado). maior frequência.
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LINGUAGENS E CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 92
Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção espanhol) (PDOJXQVSDtVHVELOtQJXHVRXVRGHXPDOtQJXDSRGH
se sobrepor à outra, gerando uma mobilização social em
Texto para as questões 91 e 92 prol da valorização da menos proeminente. De acordo
com o texto, no caso do Paraguai, esse processo se deu
Bilingüismo en la Educación Media pelo (a)
Continuidad, no continuismo
Aun sin escuela e incluso a pesar de la escuela, paraguayos falta de continuidade do ensino do guarani nos
y paraguayas se están comunicando en guaraní. La programas escolares.
preconceito existente contra o guarani principalmente
comunidad paraguaya ha encontrado en la lengua guaraní
nas escolas.
una funcionalidad real que asegura su reproducción y esperança acumulada na reforma educativa da
FRQWLQXLGDG(VWRVLQHPEDUJRQREDVWD/DLQFOXVLyQGHOD educação média.
lengua guaraní en el proceso de educación escolar fue sin inclusão e permanência do ensino do guarani nas
GXGDXQDYDQFHGHOD5HIRUPD(GXFDWLYD escolas.
continuísmo do ensino do castelhano nos centros
Gracias precisamente a los programas escolares,
urbanos.
aun en contextos urbanos, el bilingüismo ha sido
potenciado. Los guaraníhablantes se han acercado Questão 93
con mayor fuerza a la adquisición del castellano, y Los animales
algunos castellanohablantes perdieron el miedo al
guaraní y superaron los prejuicios en contra de él. (QOD8QLyQ(XURSHDGHVGHHOžGHRFWXEUHGHHO
'HMDU IXHUD GH OD (GXFDFLyQ 0HGLD DO JXDUDQt VHUtD uso de un pasaporte es obligatorio para los animales que
echar por la borda tanto trabajo realizado, tanta viajan con su dueño en cualquier compañía.
esperanza acumulada. $9,62 (63(&,$/ HQ (VSDxD ORV DQLPDOHV GHEHQ
haber sido vacunados contra la rabia antes de su dueño
Cualquier intento de marginación del guaraní en la solicitar la documentación. Consultar a un veterinario.
educación paraguaya merece la más viva y decidida Disponível em: http://www.agencedelattre.com. Acesso em: 2 maio 2009 (adaptado).

protesta, pero esta postura ética no puede encubrir el


De acordo com as informações sobre aeroportos e
continuismo de una forma de enseñanza del guaraní
HVWDo}HVIHUURYLiULDVQD(XURSDXPDSHVVRDTXHPRUH
que ya ha causado demasiados estragos contra la
QD(VSDQKDHTXHLUDYLDMDUSDUDD$OHPDQKDFRPRVHX
lengua, contra la cultura y aun contra la lealtad que
cachorro deve
las paraguayas y paraguayos sienten por su querida
OHQJXD (O JXDUDQt OHQJXD GH FRPXQLFDFLyQ Vt \ PLO
conVXOWDUDVDXWRULGDGHVSDUDYHUL¿FDUDSRVVLELOLGDGH
veces sí; lengua de imposición, no.
de viagem.
0(/,¬%'LVSRQtYHOHPKWWSZZZVWaff.uni-mainz.de. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado). WHU XP FHUWL¿FDGR HVSHFLDO WLUDGR HP RXWXEUR GH

Questão 91 tirar o passaporte do animal e logo vaciná-lo.
vacinar o animal contra todas as doenças.
No último parágrafo do fragmento sobre o bilinguismo
QR 3DUDJXDL R DXWRU D¿UPD TXH D OtQJXD JXDUDQL QDV vacinar o animal e depois solicitar o passaporte dele.
escolas, deve ser tratada como língua de comunicação Rascunho
e não de imposição. Qual dos argumentos abaixo foi
usado pelo autor para defender essa ideia?

O guarani continua sendo usado pelos paraguaios,


mesmo sem a escola e apesar dela.
O ensino médio no Paraguai, sem o guarani, des-
mereceria todo o trabalho realizado e as esperanças
acumuladas.
A língua guarani encontrou uma funcionalidade real
que assegura sua reprodução e continuidade, mas
só isso não basta.
A introdução do guarani nas escolas potencializou a
difusão da língua, mas é necessário que haja uma
postura ética em seu ensino.
O bilinguismo na maneira de ensinar o guarani tem
causado estragos contra a língua, a cultura e a
lealdade dos paraguaios ao guarani.
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2010
Questão 94 Questão 95
Dejar de fumar engorda, pero seguir haciéndolo, también.
(VDHVODFRQFOXVLyQDODTXHKDQOOHJDGRLQYHVWLJDGRUHV
de la Universidad de Navarra que han hecho un
seguimiento de 7.565 personas durante 50 meses. Los
datos “se han ajustado por edad, sexo, índice de masa
corporal inicial y estilo de vida”, ha explicado el director
del ensayo, Javier Basterra-Gortari, por lo que “el único
IDFWRU TXH TXHGD HV HO WDEDTXLVPR´ (O HVWXGLR VH KD
SXEOLFDGRHQOD5HYLVWD(VSDxRODGH&DUGLRORJtD
³(O WDEDFR HV XQ DQRUH[tJHQR >TXLWD HO DSHWLWR@ \ SRU
eso las personas que dejan de fumar engordan”, añade
%DVWHUUD*RUWDUL (VR KDFH PXFKR PiV UHOHYDQWH HO

¡BRINCANDO! hallazgo del estudio. Puesto en orden, los que más peso
ganan son los que dejan de fumar, luego, los que siguen
haciéndolo, y, por último, los que nunca han fumado,
indica el investigador. “Por eso lo mejor para mantener
KangaROOS llega a México una vida saludable es no fumar nunca”, añade.
%(1,72('LVSRQtYHOHPKWWSZZZHOSDLVFRPDUWLFXORVRFLHGDG$FHVVRHPDEU
con diseños atléticos, pero (fragmento).

muy fashion. Tienen un toque O texto jornalístico caracteriza-se basicamente por


apresentar informações a respeito dos mais variados
assuntos, e seu título antecipa o tema que será tratado.
vintage con diferentes formas Tomando como base o fragmento, qual proposição
LGHQWL¿FDRWHPDFHQWUDOHSRGHULDVHUXVDGDFRPRWtWXOR"
y combinaciones de colores.
(VWLORGHYLGa interfere no ganho de peso.
Lo más cool de estos tenis es (VWXGRPRVWUDH[SHFWDWLYDGHYLGDGRVIXPDQWHV
Pessoas que fumam podem se tornar anoréxicas.
que tienen bolsas para guardar Fumantes engordam mais que não fumantes.
Tabagismo como fator de emagrecimento.
llaves o dinero. Son ideales Rascunho
para hacer ejercicio y con unos
jeans obtendrás un look urbano.
www.kangaroos.com

Revista Glamour Latinoamérica. México, mar. 2010.

O texto publicitário utiliza diversas estratégias para


enfatizar as características do produto que pretende
vender. Assim, no texto, o uso de vários termos de outras
línguas, que não a espanhola, tem a intenção de

atrair a atenção do público alvo dessa propaganda.

popularizar a prática de exercícios esportivos.

agradar aos compradores ingleses desse tênis.

incentivar os espanhóis a falarem outras línguas.

enfatizar o conhecimento de mundo do autor do texto.


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2010
Questão 96 Questão 98

Câncer 21/06 a 21/07


O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua
autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você
IDOKD±VHDQGDHQJROLQGRVDSRVDiUHDJiVWULFDVHUHVVHQWLUi
2TXH¿FRXJXDUGDGRYLUijWRQDSDUDVHUWUDQVIRUPDGRSRLV
este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida
em suas ações, já que precisará de energia para se recompor.
+iSUHRFXSDomRFRPDIDPtOLDHDFRPXQLFDomRHQWUHRV
irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na
hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será
testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando
as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de
ROKDUDOpPGDVTXHVW}HVPDWHULDLV±VXDFRQ¿DQoDYLUiGD
intimidade com os assuntos da alma.
Revista Cláudia. NžDQRMXO

O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu


FRQWH[WRGHXVRVXDIXQomRVRFLDOHVSHFt¿FDVHXREMHWLYR
comunicativo e seu formato mais comum relacionam-
%(66,1+$'LVSRQtYHOHPKWWSSDWWLQGLFD¿OHVZRUGSUHVVFRPEHVVLQKD
MSJLPDJHBMSHJ DGDSWDGR  se aos conhecimentos construídos socioculturalmente.
A análise dos elementos constitutivos desse texto
As diferentes esferas sociais de uso da língua demonstra que sua função é
obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações
de comunicação. Uma das marcas linguísticas que vender um produto anunciado.
FRQ¿JXUDPDOLQJXDJHPRUDOLQIRUPDOXVDGDHQWUHDY{H informar sobre astronomia.
neto neste texto é ensinar os cuidados com a saúde.
expor a opinião de leitores em um jornal.
a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.
de “foi”.
a ausência de artigo antes da palavra “árvore”. Questão 99
o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal S.O.S Português
“está”.
o uso da contração “desse” em lugar da expressão Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito
“de esse”. GLIHUHQWHGDHVFULWD"3RGHVHUHÀHWLUVREUHHVVHDVSHFWR
a utilização do pronome “que” em início de frase da língua com base em duas perspectivas. Na primeira
exclamativa. GHODV IDOD H HVFULWD VmR GLFRW{PLFDV R TXH UHVWULQJH R
ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de
Questão 97 que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem
desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades a preocupação com situações de uso. Outra abordagem
menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma permite encarar as diferenças como um produto distinto
ÀRUHVWD XP GHVHUWR H DWp XP ODJR 8P HFRVVLVWHPD de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A
tem múltiplos mecanismos que regulam o número de questão é que nem sempre nos damos conta disso.
S.O.S Português. Nova Escola.6mR3DXOR$EULO$QR;;9QžDEU IUDJPHQWR
organismos dentro dele, controlando sua reprodução, adaptado).
crescimento e migrações.
'8$57(0O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. O assunto tratado no fragmento é relativo à língua
portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a
Predomina no texto a função da linguagem SURIHVVRUHV(QWUHDVFDUDFWHUtVWLFDVSUySULDVGHVVHWLSRGH
WH[WRLGHQWL¿FDPVHDVPDUFDVOLQJXtVWLFDVSUySULDVGRXVR
emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em
relação à ecologia. regional, pela presença de léxico de determinada
fática, porque o texto testa o funcionamento do canal região do Brasil.
de comunicação. literário, pela conformidade com as normas da
poética, porque o texto chama a atenção para os gramática.
recursos de linguagem. técnico, por meio de expressões próprias de textos
conativa, porque o texto procura orientar FLHQWt¿FRV
comportamentos do leitor. coloquial, por meio do registro de informalidade.
referencial, porque o texto trata de noções e oral, por meio do uso de expressões típicas da
informações conceituais. oralidade.
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Questão 100 Questão 102
Na busca constante pela sua evolução, o ser humano
02675(48(68$0(0Ï5,$e0(/+25 vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de
criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do
'248($'(&20387$'25(*8$5'( século XIX, os artistas criaram obras em que predominam
(67$&21',d­2;6(0-8526 o equilíbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo
um estilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade,
&DPSDQKDSXEOLFLWiULDGHORMDGHHOHWURHOHWU{QLFRVRevista Época.1ƒMXO GDVREULHGDGHGRFRQFUHWRHGRFLYLVPR(VVHVDUWLVWDV
misturaram o passado ao presente, retratando os
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas
FRPR SUiWLFDV GH OLQJXDJHP DVVXPLQGR FRQ¿JXUDo}HV míticas e histórias cheias de vigor.
HVSHFt¿FDV IRUPDLV H GH FRQWH~GR &RQVLGHUDQGR R RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas.3RVLJUDI
contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos,
básico é FKDUJHV JUD¿VPR H DWp GH LOXVWUDo}HV GH OLYURV SDUD
compor obras em que se misturam personagens de
LQÀXHQFLDU R FRPSRUWDPHQWR GR OHLWRU SRU PHLR GH diferentes épocas, como na seguinte imagem:
apelos que visam à adesão ao consumo.
GH¿QLUUHJUDVGHFRPSRUWDPHQWRVRFLDOSDXWDGDVQR
combate ao consumismo exagerado.
defender a importância do conhecimento de
informática pela população de baixo poder aquisitivo.
facilitar o uso de equipamentos de informática pelas
classes sociais economicamente desfavorecidas.
questionar o fato de o homem ser mais inteligente
Romero Brito.“Gisele
que a máquina, mesmo a mais moderna.
e Tom”.
Questão 101
Testes

Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da


internet. O nome do teste era tentador: “O que Freud diria
de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado
foi o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a Andy Warhol.
marcaram até os doze anos, depois disso você buscou “Michael Jackson”.
conhecimento intelectual para seu amadurecimento”.
Perfeito! Foi exatamente o que aconteceu comigo. Fiquei
radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal
com o pai da psicanálise, e ele acertou na mosca.
(VWDYDFRPWHPSRVREUDQGRHFXULRVLGDGHpDOJRTXH
não me falta, então resolvi voltar ao teste e responder
tudo diferente do que havia respondido antes. Marquei
umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver
FRPPLQKDSHUVRQDOLGDGH(IXLFRQIHULURUHVXOWDGRTXH
dizia o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a Funny Filez.“Monabean”.
marcaram até os 12 anos, depois disso você buscou
conhecimento intelectual para seu amadurecimento”.
0('(,5260Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).

4XDQWRjVLQÀXrQFLDVTXHDLQWHUQHWSRGHH[HUFHUVREUHRV
XVXiULRVDDXWRUDH[SUHVVDXPDUHDomRLU{QLFDQRWUHFKR

“Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada Andy Warhol.


tinham a ver”. “Marlyn Monroe”.
“Os acontecimentos da sua infância a marcaram até
os doze anos”.
“Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um
site da internet”.
“Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte”. Pablo Picasso. “Retrato
“Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta de Jaqueline Roque com
paranormal com o pai da psicanálise”. as Mãos Cruzadas”.

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2010
Questão 103 Questão 105
Transtorno do comer compulsivo

O transtorno do comer compulsivo vem sendo


reconhecido, nos últimos anos, como uma síndrome
caracterizada por episódios de ingestão exagerada e
compulsiva de alimentos, porém, diferentemente da
bulimia nervosa, essas pessoas não tentam evitar ganho
de peso com os métodos compensatórios. Os episódios
vêm acompanhados de uma sensação de falta de
controle sobre o ato de comer, sentimentos de culpa e
de vergonha.

Muitas pessoas com essa síndrome são obesas,


apresentando uma história de variação de peso,
pois a comida é usada para lidar com problemas
psicológicos. O transtorno do comer compulsivo é
encontrado em cerca de 2% da população em geral,
mais frequentemente acometendo mulheres entre 20 e
DQRVGHLGDGH3HVTXLVDVGHPRQVWUDPTXHGDV
pessoas que procuram tratamento para obesidade ou
para perda de peso são portadoras de transtorno do
comer compulsivo.
Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br. Acesso em: 1 maio 2009 (adaptado).

Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor,


FRQFOXLVHTXHRWH[WRWHPD¿QDOLGDGHGH

descrever e fornecer orientações sobre a síndrome


da compulsão alimentícia.
narrar a vida das pessoas que têm o transtorno do
comer compulsivo.
aconselhar as pessoas obesas a perder peso com 'LVSRQtYHOHPKWWSDOJDUYHWXULVWLFRFRPZSFRQWHQWXSORDGVSWPJLQDVWLFD
ritmica-01.jpg. Acesso em: 01 set. 2010.
métodos simples.
expor de forma geral o transtorno compulsivo por
alimentação. O desenvolvimento das capacidades físicas
encaminhar as pessoas para a mudança de hábitos (qualidades motoras passíveis de treinamento) ajuda
alimentícios.
na tomada de decisões em relação à melhor execução
Questão 104 do movimento. A capacidade física predominante no
A gentileza é algo difícil de ser ensinado e vai muito além movimento representado na imagem é
GD SDODYUD HGXFDomR (OD p GLItFLO GH VHU HQFRQWUDGD
PDV IiFLO GH VHU LGHQWL¿FDGD H DFRPSDQKD SHVVRDV a velocidade, que permite ao músculo executar uma
generosas e desprendidas, que se interessam em
sucessão rápida de gestos em movimentação de
FRQWULEXLU SDUD R EHP GR RXWUR H GD VRFLHGDGH e XPD
atitude desobrigada, que se manifesta nas situações intensidade máxima.
cotidianas e das maneiras mais prosaicas. a resistência, que admite a realização de movimentos
SIMURRO, S. A. B. Ser gentil é ser saudável. Disponível em: http://www.abqv.org.br.
Acesso em: 22 jun. 2006 (adaptado). durante considerável período de tempo, sem perda
da qualidade da execução.
No texto, menciona-se que a gentileza extrapola as regras
de boa educação. A argumentação construída  DÀH[LELOLGDGHTXHSHUPLWHDDPSOLWXGHPi[LPDGH
um movimento, em uma ou mais articulações, sem
apresenta fatos que estabelecem entre si relações causar lesões.
de causa e de consequência.
descreve condições para a ocorrência de atitudes a agilidade, que possibilita a execução de movimentos
educadas. rápidos e ligeiros com mudanças de direção.
LQGLFD D ¿QDOLGDGH SHOD TXDO D JHQWLOH]D SRGH VHU o equilíbrio, que permite a realização dos mais
praticada.
variados movimentos, com o objetivo de sustentar
enumera fatos sucessivos em uma relação temporal.
mostra oposição e acrescenta ideias. o corpo sobre uma base.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 8
2010
Questão 106 Questão 108
O folclore é o retrato da cultura de um povo. A dança
popular e folclórica é uma forma de representar a cultura
regional, pois retrata seus valores, crenças, trabalho
H VLJQL¿FDGRV 'DQoDU D FXOWXUD GH RXWUDV UHJL}HV p
conhecê-la, é de alguma forma se apropriar dela, é
enriquecer a própria cultura.
%5(*2/$725$Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007.

As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição


cultural, é obra de um povo que a cria, recria e a perpetua.
6REHVVDDERUGDJHPGHL[DVHGHLGHQWL¿FDUFRPRGDQoD
folclórica brasileira

o Bumba-meu-boi, que é uma dança teatral onde


personagens contam uma história envolvendo crítica
social, morte e ressurreição.
a Quadrilha das festas juninas, que associam
festejos religiosos a celebrações de origens pagãs
envolvendo as colheitas e a fogueira.
o Congado, que é uma representação de um reinado
africano onde se homenageia santos através de
música, cantos e dança.
o Balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e
YiULRV RXWURV SUR¿VVLRQDLV SDUD FRQWDU XPD KLVWyULD
em forma de espetáculo.
o Carnaval, em que o samba derivado do batuque
africano é utilizado com o objetivo de contar ou
recriar uma históULDQRVGHV¿OHV
Questão 107
Carnavália

Repique tocou
O surdo escutou
(RPHXFRUDVDPERULP 021(7&0XOKHUFRPVRPEULQKD[FP
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim? ,Q%(&.(77:História da Pintura. São Paulo: Ática, 1997.

[...]
$1781(6$%52:1&0217(0Tribalistas, 2002 (fragmento).
(P EXVFD GH PDLRU naturalismo em suas obras e
fundamentando-se em novo conceito estético, Monet,
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que
é a junção coração + samba + tamborim, refere-se, Degas, Renoir e outros artistas passaram a explorar
ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma novas formas de composição artística, que resultaram
escola de samba e à situação emocional em que se no estilo denominado Impressionismo. Observadores
encontra o autor da mensagem, com o coração no atentos da natureza, esses artistas passaram a
ritmo da percussão.
(VVDSDODYUDFRUUHVSRQGHDXP D  retratar, em suas obras, as cores que idealizavam de
DFRUGRFRPRUHÀH[RGDOX]VRODUQRVREMHWRV
estrangeirismo, uso de elementos linguísticos usar mais a cor preta, fazendo contornos nítidos, que
originados em outras línguas e representativos de PHOKRU GH¿QLDP DV LPDJHQV H DV FRUHV GR REMHWR
outras culturas. representado.
neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos retratar paisagens em diferentes horas do dia,
mecanismos que o sistema da língua disponibiliza. recriando, em suas telas, as imagens por eles
gíria, que compõe uma linguagem originada em idealizadas.
determinado grupo social e que pode vir a se
usar pinceladas rápidas de cores puras e dissociadas
disseminar em uma comunidade mais ampla.
regionalismo, por ser palavra característica de diretamente na tela, sem misturá-las antes na paleta.
GHWHUPLQDGDiUHDJHRJUi¿FD usar as sombras em tons de cinza e preto e com
termo técnico, dado que designa elemento de área efeitos esfumaçados, tal como eram realizadas no
HVSHFt¿Fa de atividade. Renascimento.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 9
2010
Questão 109 Questão 110
Texto I
O Chat e sua linguagem virtual

O significado da palavra chat vem do inglês e quer


GL]HU³FRQYHUVD´(VVDFRQYHUVDDFRQWHFHHPWHPSR
real, e, para isso, é necessário que duas ou mais
pessoas estejam conectadas ao mesmo tempo,
o que chamamos de comunicação síncrona. São
muitos os sites que oferecem a opção de bate-papo
na internet, basta escolher a sala que deseja “entrar”,
identificar - se e iniciar a conversa. Geralmente, as
salas são divididas por assuntos, como educação,
cinema, esporte, música, sexo, entre outros. Para
entrar, é necessário escolher um nick, uma espécie Época. 12 out. 2009 (adaptado).
de apelido que identificará o participante durante a
Texto II
conversa. Algumas salas restringem a idade, mas CONEXÃO SEM FIO NO BRASIL
não existe nenhum controle para verificar se a Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar
publicações para o Kindle
idade informada é realmente a idade de quem está
acessando, facilitando que crianças e adolescentes
acessem salas com conteúdos inadequados para
sua faixa etária.
$0$5$/6),QWHUQHWQRYRVYDORUHVHQRYRVFRPSRUWDPHQWRV,Q6,/9$(7 &RRUG 
A leitura nos oceanos da internet6mR3DXOR&RUWH] DGDSWDGR 

Segundo o texto, o chat proporciona a ocorrência


de diálogos instantâneos com linguagem específica,
uma vez que nesses ambientes interativos faz-se
uso de protocolos diferenciados de interação. O
Época. 12 out. 2009.
chat, nessa perspectiva, cria uma nova forma de
comunicação porque A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz
um anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil.
Já o texto II traz informações referentes à abrangência de
possibilita que ocorra diálogo sem a exposição acessibilidade das tecnologias de comunicação e informação
da identidade real dos indivíduos, que podem nas diferentes regiões do país. A partir da leitura dos dois
recorrer a apelidos fictícios sem comprometer o textos, infere-se que o advento do livro digital no Brasil
fluxo da comunicação em tempo real.
possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às
disponibiliza salas de bate-papo sobre diferentes
informações antes restritas, uma vez que eliminará as
assuntos com pessoas pré-selecionadas por distâncias, por meio da distribuição virtual.
meio de um sistema de busca monitorado e criará a expectativa de viabilizar a democratização da
atualizado por autoridades no assunto. OHLWXUDSRUpPHVEDUUDQDLQVX¿FLrQFLDGRDFHVVRj
seleciona previamente conteúdos adequados à LQWHUQHWSRUPHLRGDWHOHIRQLDFHOXODUDLQGDGH¿FLHQWH
no país.
faixa etária dos usuários que serão distribuídos
fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos,
nas faixas de idade organizadas pelo site que em razão da diminuição dos gastos com os produtos
disponibiliza a ferramenta. digitais gratuitamente distribuídos pela internet.
garante a gravação das conversas, o que garantirá a democratização dos usos da tecnologia
possibilita que um diálogo permaneça aberto, no país, levando em consideração as características
de cada região no que se refere aos hábitos de
independente da disposição de cada participante.
leitura e acesso à informação.
limita a quantidade de participantes conectados impulsionará o crescimento da qualidade da leitura
nas salas de bate-papo, a fim de garantir a dos brasileiros, uma vez que as características do
qualidade e eficiência dos diálogos, evitando produto permitem que a leitura aconteça a despeito
mal-entendidos. das adversidades geopolíticas.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 10
2010
Questão 111 Da comparação entre os textos, depreende-se que
o texto II constitui um passo a passo para interferir no
Texto I
Sob o olhar do Twitter comportamento dos usuários, dirigindo-se diretamente
aos leitores, e o texto I
Vivemos a era da exposição e do compartilhamento.
Público e privado começam a se confundir. A ideia de adverte os leitores de que a internet pode
privacidade vai mudar ou desaparecer.
2 WUHFKR DFLPD WHP  FDUDFWHUHV H[DWRV e XPD transformar-se em um problema porque expõe
mensagem curta que tenta encapsular uma ideia a vida dos usuários e, por isso, precisa ser
complexa. Não é fácil esse tipo de síntese, mas dezenas investigada.
de milhões de pessoas o praticam diariamente. No
PXQGR WRGR VmR GLVSDUDGRV  WULOK}HV GH 606 SRU ensina aos leitores os procedimentos necessários
PrVHQHOHVFDEHPWRTXHVRXSRXFRPDLV7DPEpP para que as pessoas conheçam, em profundidade,
é comum enviar e-mails, deixar recados no Orkut, falar os principais meios de comunicação da atualidade.
com as pessoas pelo MSN, tagarelar no celular, receber exemplifica e explica o novo serviço global de
FKDPDGRVHPTXDOTXHUSDUWHDTXDOTXHUKRUD(VWDPRV
conectados. Superconectados, na verdade, de várias mensagens rápidas que desafia os hábitos
formas. de comunicação e reinventa o conceito de
[...] O mais recente exemplo de demanda por total privacidade.
conexão e de uma nova sintaxe social é o Twitter, o novo
procura esclarecer os leitores a respeito dos
serviço de troca de mensagens pela internet. O Twitter
pode ser entendido como uma mistura de blog e celular. perigos que o uso do Twitter pode representar nas
$V PHQVDJHQV VmR GH  WRTXHV FRPR RV WRUSHGRV relações de trabalho e também no plano pessoal.
dos celulares, mas circulam pela internet , como os textos apresenta uma enquete sobre as redes sociais
GH EORJV (P YH] GH VHJXLU SDUD DSHQDV XPD SHVVRD
como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai mais usadas na atualidade e mostra que o Twitter
SDUD WRGRV RV ³VHJXLGRUHV´ ± JHQWH TXH DFRPSDQKD R é preferido entre a maioria dos internautas.
HPLVVRU3RGHPVHURXPLOVHJXLGRUHV
0$57,16,/($/5Época. 16 mar.2009 (fragmento adaptado). Questão 112

Texto II O dia em que o peixe saiu de graça

Uma operação do Ibama para combater a pesca ilegal


QD GLYLVD HQWUH RV (VWDGRV GR 3DUi 0DUDQKmR H
7RFDQWLQVLQFLQHURXTXLO{PHWURVGHUHGHVXVDGDV
por pescadores durante o período em que os peixes
VHUHSURGX]HP(PERUDWHQKDXPLPSDFWRWHPSRUiULR
QD DWLYLGDGH HFRQ{PLFD GD UHJLmR D PHGLGD YLVD
preservá-la ao longo prazo, evitando o risco de
extinção dos animais. Cerca de 15 toneladas de
peixes foram apreendidas e doadas para instituições
de caridade.
ÉpocaPDU DGDSWDGR 

A notícia, do ponto de vista de seus elementos


constitutivos,

apresenta argumentos contrários à pesca ilegal.


tem um título que resume o conteúdo do texto.
 LQIRUPDVREUHXPDDomRD¿QDOLGDGHTXHDPRWLYRX
e o resultado dessa ação.
dirige-se aos órgãos governamentais dos estados
envolvidos na referida operação do Ibama.
 LQWURGX] XP IDWR FRP D ¿QDOLGDGH GH LQFHQWLYDU
0$57,16,/($/5Época. 16 mar. 2009. movimentos sociais em defesa do meio ambiente.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 11
2010
Questão 113 Questão 115

Machado de Assis 5HVWD VDEHU R TXH ¿FRX GDV OtQJXDV LQGtJHQDV QR
SRUWXJXrV GR %UDVLO 6HUD¿P GD 6LOYD 1HWR D¿UPD ³1R
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, SRUWXJXrV EUDVLOHLUR QmR Ki SRVLWLYDPHQWH LQÀXrQFLD
dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e das línguas africanas ou ameríndias”. Todavia, é difícil
ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de aceitar que um longo período de bilinguismo de dois
de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, séculos não deixasse marcas no português do Brasil.
Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2003 (adaptado).
de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do
país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é
criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se 1R¿QDOGRVpFXOR;9,,,QRQRUWe do Egito, foi descoberta
dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que a Pedra de Roseta, que continha um texto escrito em
egípcio antigo, uma versão desse texto chamada
frequentou o autodidata Machado de Assis.
Disponível em: http://www.passeiweb.com. Acesso em: 1 maio 2009.
³GHPyWLFR´ H R PHVPR WH[WR HVFULWR HP JUHJR $Wp
então, a antiga escrita egípcia não estava decifrada. O
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros inglês Thomas Young estudou o objeto e fez algumas
textuais, o texto citado constitui-se de descobertas como, por exemplo, a direção em que
 IDWRV ¿FFLRQDLV UHODFLRQDGRV D RXWURV GH FDUiWHU a leitura deveria ser feita. Mais tarde, o francês Jean-
realista, relativos à vida de um renomado escritor. François Champollion voltou a estudá-la e conseguiu
representações generalizadas acerca da vida de decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego,
membros da sociedade por seus trabalhos e vida provando que, na verdade, o grego era a língua original
cotidiana. do texto e que o egípcio era uma tradução.
explicações da vida de um renomado escritor, com
estrutura argumentativa, destacando como tema Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as
seus principais feitos. línguas, que
questões controversas e fatos diversos da vida de
personalidade histórica, ressaltando sua intimidade cada língua é única e intraduzível.
familiar em detrimento de seus feitos públicos. elementos de uma língua são preservados, ainda
apresentação da vida de uma personalidade, organizada que não haja mais falantes dessa língua.
sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um a língua escrita de determinado grupo desaparece
estilo marcado por linguagem objetiva. quando a sociedade que a produzia é extinta.
o egípcio antigo e o grego apresentam a mesma
Questão 114 estrutura gramatical, assim como as línguas
indígenas brasileiras e o português do Brasil.
A Herança Cultural da Inquisição o egípcio e o grego apresentavam letras e palavras
A Inquisição gerou uma série de comportamentos humanos similares, o que possibilitou a comparação linguística,
defensivos na população da época, especialmente por ter o mesmo que aconteceu com as línguas indígenas
perdurado na Espanha e em Portugal durante quase 300 brasileiras e o português do Brasil.
anos, ou no mínimo quinze gerações.
Embora a Inquisição tenha terminado há mais de um Questão 116
VpFXORDSHUJXQWDTXH¿]DYiULRVVRFLyORJRVKLVWRULDGRUHV 2V ¿OKRV GH $QD HUDP ERQV XPD FRLVD YHUGDGHLUD H
e psicólogos era se alguns desses comportamentos sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para
culturais não poderiam ter-se perpetuado entre nós. si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A
Na maioria, as respostas foram negativas, ou seja, FR]LQKD HUD HQ¿P HVSDoRVD R IRJmR HQJXLoDGR GDYD
embora alterasse sem dúvida o comportamento da época,
nenhum comportamento permanece tanto tempo depois, estouros. O calor era forte no apartamento que estavam
sem reforço ou estímulo continuado. aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas
Não sou psicólogo nem sociólogo para discordar, mas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse
tenho a impressão de que existem alguns comportamentos podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte.
estranhos na sociedade brasileira, e que fazem sentido se Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha
você os considerar resquícios da era da Inquisição. [...] na mão, não outras, mas essas apenas.
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
KANITZ, S. A Herança Cultural da Inquisição. In: Revista Veja. Ano 38, nº 5, 2 fev. 2005 (fragmento).

Considerando-se o posicionamento do autor do fragmento A autora emprega por duas vezes o conectivo mas
a respeito de comportamentos humanos, o texto no fragmento apresentado. Observando aspectos
da organização, estruturação e funcionalidade dos
enfatiza a herança da Inquisição em comportamentos elementos que articulam o texto, o conectivo mas
culturais observados em Portugal e na Espanha. expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em
contesta sociólogos, psicólogos e historiadores sobre que aparece no texto.
a manutenção de comportamentos gerados pela TXHEUDDÀXLGH]GRWH[WRHSUHMXGLFDDFRPSUHHQVmR
Inquisição. se usado no início da frase.
contrapõe argumentos de historiadores e sociólogos a RFXSD SRVLomR ¿[D VHQGR LQDGHTXDGR VHX XVR QD
respeito de comportamentos culturais inquisidores. abertura da frase.
relativiza comportamentos originados na Inquisição e contém uma ideia de sequência temporal que
observados na sociedade brasileira. direciona a conclusão do leitor.
questiona a existência de comportamentos culturais assume funções discursivas distintas nos dois
brasileiros marcados pela herança da Inquisição. contextos de uso.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 12
2010
Questão 117 Texto II
¬PDUJHPHVTXHUGDGRULR%Hlém, nos fundos do mercado
A Internet que você faz GH SHL[H HUJXHVH R YHOKR LQJD]HLUR ± DOL RV ErEDGRV
são felizes. Curitiba os considera animais sagrados,
Uma pequena invenção, a Wikipédia, mudou o jeito de provê as suas necessidades de cachaça e pirão. No
lidarmos com informações na rede. Trata-se de uma trivial contentavam-se com as sobras do mercado.
enciclopédia virtual colaborativa, que é feita e atualizada 75(9,6$1'35 noites de paixão: contos escolhidos. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009
SRUTXDOTXHULQWHUQDXWDTXHWHQKDDOJRDFRQWULEXLU(P (fragmento).

resumo: é como se você imprimisse uma nova página


Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são
para a publicação desatualizada que encontrou na exemplos de uma abordagem literária recorrente na
biblioteca. OLWHUDWXUDEUDVLOHLUDGRVpFXOR;;(PDPERVRVWH[WRV
Antigamente, quando precisávamos de alguma
LQIRUPDomR FRQ¿iYHO WtQKDPRV D HQFLFORSpGLD FRPR a linguagem afetiva aproxima os narradores dos
fonte segura de pesquisa para trabalhos, estudos e personagens marginalizados.
pesquisa em geral. Contudo, a novidade trazida pela a ironia marca o distanciamento dos narradores em
Wikipédia nos coloca em uma nova circunstância, em relação aos personagens.
TXHQmRSRGHPRVFRQ¿DULQWHJUDOPHQWHQRTXHOHPRV o detalhamento do cotidiano dos personagens revela
a sua origem social.
Por ter como lema principal a escritura coletiva, seus o espaço onde vivem os personagens é uma das
textos trazem informações que podem ser editadas marcas de sua exclusão.
e reeditadas por pessoas do mundo inteiro. Ou seja, a crítica à indiferença da sociedade pelos
a relevância da informação não é determinada pela marginalizados é direta.
tradição cultural, como nas antigas enciclopédias, mas
pela dinâmica da mídia. Questão 119
Assim, questiona-se a possibilidade de serem
Soneto
encontradas informações corretas entre sabotagens
deliberadas e contribuições erradas. Já da morte o palor me cobre o rosto,
1e2$HWDO$,QWHUQHWTXHYRFrID],QRevista PENSE6HFUHWDULDGH(GXFDomRGR(VWDGR
GR&HDUi$QRQƒPDUDEU DGDSWDGR  Nos lábios meus o alento desfalece,
As novas Tecnologias de Informação e Comunicação, Surda agonia o coração fenece,
como a Wikipédia, têm trazido inovações que impactaram (GHYRUDPHXVHUPRUWDOGHVJRVWR
VLJQL¿FDWLYDPHQWHDVRFLHGDGH$UHVSHLWRGHVVHDVVXQWR
R WH[WR DSUHVHQWDGR PRVWUD TXH D IDOWD GH FRQ¿DQoD QD Do leito embalde no macio encosto
veracidade dos conteúdos registrados na Wikipédia Tento o sono reter!... já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
acontece pelo fato de sua construção coletiva
(LVRHVWDGRHPTXHDPiJRDPHWHPSRVWR
possibilitar a edição e reedição das informações por
qualquer pessoa no mundo inteiro.
limita a disseminação do saber, apesar do crescente O adeus, o teu adeus, minha saudade,
número de acessos ao site que a abriga, por falta de Fazem que insano do viver me prive
legitimidade (WHQKDRVROKRVPHXVQDHVFXULGDGH
ocorre pela facilidade de acesso à página, o que
torna a informação vulnerável, ou seja, pela dinâmica Dá-me a esperança com que o ser mantive!
da mídia. Volve ao amante os olhos por piedade,
ressalta a crescente busca das enciclopédias Olhos por quem viveu quem já não vive!
impressas para as pesquisas escolares.  $=(9('2$Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.

revela o desconhecimento do usuário, impedindo-o


de formar um juízo de valor sobre as informações. O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda
JHUDomR URPkQWLFD SRUpP FRQ¿JXUD XP OLULVPR TXH
Questão 118 R SURMHWD SDUD DOpP GHVVH PRPHQWR HVSHFt¿FR 2
Texto I fundamento desse lirismo é
Logo depois transferiram para o trapiche o depósito
dos objetos que o trabalho do dia lhes proporcionava. a angústia alimentada pela constatação da
(VWUDQKDV FRLVDV HQWUDUDP HQWmR SDUD R WUDSLFKH 1mR irreversibilidade da morte.
mais estranhas, porém, que aqueles meninos, moleques a melancolia que frustra a possibilidade de reação
de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os diante da perda.
nove aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo o descontrole das emoções provocado pela
assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, indiferentes
autopiedade.
ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes
à chuva que muitas vezes os lavava, mas com os olhos o desejo de morrer como alívio para a desilusão
puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos amorosa.
presos às canções que vinham das embarcações... o gosto pela escuridão como solução para o
AMADO, J. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento). sofrimento.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 13


2010
Questão 120

Figura 1: Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/blog/fotos/235151post_foto.jpg.


Figura 2: Disponível em: http://esporte.hsw.uol.com.br/volei-jogos-olimpicos.htm.
Figura 3: Disponível em: http://www.arel.com.br/eurocup/volei/
Acesso em: 27 abr. 2010.

O voleibol é um dos esportes mais praticados na atualidade. Está presente nas competições esportivas, nos jogos
HVFRODUHV H QD UHFUHDomR 1HVVH HVSRUWH RV SUDWLFDQWHV XWLOL]DP DOJXQV PRYLPHQWRV HVSHFt¿FRV FRPR VDTXH
PDQFKHWHEORTXHLROHYDQWDPHQWRWRTXHHQWUHRXWURV1DVHTXrQFLDGHLPDJHQVLGHQWL¿FDPVHRVPRYLPHQWRVGH

 VDFDUHFRORFDUDERODHPMRJRGHIHQGHUDERODHUHDOL]DUDFRUWDGDFRPRIRUPDGHDWDTXH
 DUUHPHVVDUDERODWRFDUSDUDSDVVDUDERODDROHYDQWDGRUHEORTXHDUFRPRIRUPDGHDWDTXH
tocar e colocar a bola em jogo, cortar para defender e levantar a bola para atacar.
passar a bola e iniciar a partida, lançar a bola ao levantador e realizar a manchete para defender.
 FRUWDUFRPRIRUPDGHDWDTXHSDVVDUDERODSDUDGHIHQGHUHEORTXHDUFRPRIRUPDGHDWDTXH
Questão 121
2SUHVLGHQWH/XODDVVLQRXHPGHVHWHPEURGHGHFUHWRVREUHR1RYR$FRUGR2UWRJUi¿FRGD/tQJXD3RUWXJXHVD
$VQRYDVUHJUDVDIHWDPSULQFLSDOPHQWHRXVRGRVDFHQWRVDJXGRHFLUFXQÀH[RGRWUHPDHGRKtIHQ
/RQJHGHXPFRQVHQVRPXLWDSROrPLFDWHPVHOHYDQWDGRHP0DFDXHQRVRLWRSDtVHVGHOtQJXDSRUWXJXHVD%UDVLO
$QJROD&DER9HUGH*XLQp%LVVDX0RoDPELTXH3RUWXJDO6mR7RPpH3UtQFLSHH7LPRU/HVWH

&RPSDUDQGRDVGLIHUHQWHVRSLQL}HVVREUHDYDOLGDGHGHVHHVWDEHOHFHURDFRUGRSDUD¿QVGHXQL¿FDomRRDUJXPHQWR
TXHHPJUDQGHSDUWHIRJHDHVVDGLVFXVVmRp

 ³$$FDGHPLD %UDVLOHLUDGH/HWUDV HQFDUDHVVDDSURYDomRFRPRXPPDUFRKLVWyULFR,QVFUHYHVH¿QDOPHQWHD


/tQJXD3RUWXJXHVDQRUROGDTXHODVTXHFRQVHJXLUDPEHQH¿FLDUVHKiPDLVWHPSRGDXQL¿FDomRGHVHXVLVWHPDGH
JUDIDUQXPDGHPRQVWUDomRGHFRQVFLrQFLDGDSROtWLFDGRLGLRPDHGHPDWXULGDGHQDGHIHVDGLIXVmRHLOXVWUDomR
da língua da Lusofonia.”
6$1'521,&3UHVLGHQWHGD$%/'LVSRQtYHOHPKWWSZZZDFDGHPLDRUJEU$FHVVRHPQRY

³$FRUGR RUWRJUi¿FR" 1mR REULJDGR 6RX FRQWUD 9LVFHUDOPHQWH FRQWUD )LORVR¿FDPHQWH FRQWUD /LQJXLVWLFDPHQWH
contra. Eu gosto do “c” do “actor” e o “p” de “cepticismo” 5HSUHVHQWDP XP SDWULPyQLR XPD SHJDGD HWLPROyJLFD
TXHID]SDUWHGHXPDLGHQWLGDGHFXOWXUDO$SOXUDOLGDGHpXPYDORUTXHGHYHVHUHVWXGDGRHUHVSHLWDGR$FHLWDUHVVD
DEHUUDomRVLJQL¿FDDSHQDVTXHDLUPDQGDGHHQWUH3RUWXJDOHR%UDVLOFRQWLQXDDVHUDLUPDQGDGHGRDWUDVR´
&287,1+2-3Folha de São Paulo. IlustradaVHW( DGDSWDGR 

³+i XP FRQMXQWR GH QHFHVVLGDGHV SROtWLFDV H HFRQ{PLFDV FRP YLVWD j LQWHUQDFLRQDOL]DomR GR SRUWXJXrV FRPR
LGHQWLGDGHHPDUFDHFRQ{PLFD´³eSRVVtYHOTXHR )HUQDQGR 3HVVRDFRPRSURGXWRGHH[SRUWDomRYDOKDPDLVGR
TXHD37 3RUWXJDO7HOHFRP 7HPXPYDORUHFRQ{PLFR~QLFR´
5,%(,52-$30LQLVWURGD&XOWXUDGH3RUWXJDO'LVSRQtYHOHPKWWSXOWLPDKRUDSXEOLFRFOL[SW$FHVVRHPQRY

³eXPDFWRFtYLFREDWHUPRQRVFRQWUDR$FRUGR2UWRJUi¿FR´³2DFRUGRQmROHYDDXQLGDGHQHQKXPD´³1mRVH
SRGHDSOLFDUQDRUGHPLQWHUQDXPLQVWUXPHQWRTXHQmRHVWiDFHLWRLQWHUQDFLRQDOPHQWH´HQHPDVVHJXUD³DGHIHVD
GDOtQJXDFRPRSDWULPyQLRFRPRSUHYrD&RQVWLWXLomRQRVDUWLJRVžHž´
0285$9*(VFULWRUHHXURGHSXWDGR'LVSRQtYHOHPZZZPXQGRSRUWXJXHVRUJ$FHVVRHPQRY

³6HpSDUDWHUXPDOXVRIRQLDRFRQFHLWR>XQLILFDomRGDOtQJXD@GHYHVHUPDLVDEUDQJHQWHHWHPRVGHHVWDU
HPSDULGDGH8QLGDGHQmRVLJQLILFDTXHWHPRVTXHDQGDUWRGRVDRPHVPRSDVVR1mRpQHFHVViULRTXHQRV
WRUQHPRVKRPRJpQHRV$WpSRUTXHRTXHHQULTXHFHDOtQJXDSRUWXJXHVDVmRDVGLYHUVDVOLWHUDWXUDVHIRUPDV
de utilização.”
52'5,*8(60+3UHVLGHQWHGR,QVWLWXWR3RUWXJXrVGR2ULHQWHVHGLDGRHP0DFDX'LVSRQtYHOHPKWWSWDLFKXQJSRXEORJVSRWFRP$FHVVRHPQRY DGDSWDGR 

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 14


2010
Questão 122 Questão 123
Texto I “Todas as manhãs quando acordo, experimento um
O chamado “fumante passivo” é aquele indivíduo que prazer supremo: o de ser Salvador Dalí.”
1e5(7*Salvador Dalí. Taschen, 1996.
não fuma, mas acaba respirando a fumaça dos cigarros
Assim escreveu o pintor dos “relógios moles” e das
fumados ao seu redor. Até hoje, discutem-se muito os ³JLUDIDV HP FKDPDV´ HP  (VVH DUWLVWD H[FrQWULFR
efeitos do fumo passivo, mas uma coisa é certa: quem deu apoio ao general Franco durante a Guerra Civil
não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros. (VSDQKRODHSRUHVVHPRWLYRIRLDIDVWDGRGRPRYLPHQWR
surrealista por seu líder, André Breton. Dessa forma, Dalí
O fumo passivo é um problema de saúde pública em criou seu próprio estilo, baseado na interpretação dos
WRGRV RV SDtVHV GR PXQGR 1D (XURSD HVWLPDVH TXH sonhos e nos estudos de Sigmund Freud, denominado
79% das pessoas estão expostas à fumaça “de segunda ³PpWRGR GH LQWHUSUHWDomR SDUDQRLFR´ (VVH PpWRGR HUD
PmR´ HQTXDQWR QRV (VWDGRV 8QLGRV  GRV QmR constituído por textos visuais que demonstram imagens
fumantes acabam fumando passivamente. A Sociedade do fantástico, impregnado de civismo pelo governo
do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo passivo espanhol, em que a busca pela emoção e pela
é a terceira entre as principais causas de morte no país, dramaticidade desenvolveram um estilo incomparável.
do onírico, que misturava sonho com realidade e
depois do fumo ativo e do uso de álcool. LQWHUDJLD UHÀHWLQGR D XQLGDGH HQWUH R FRQVFLHQWH H R
Disponível em: www.terra.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento).
Texto II inconsciente como um universo único ou pessoal.
GDOLQKDLQÀH[tYHOGDUD]mRGDQGRYD]mRDXPDIRUPD
de produção despojada no traço, na temática e nas
formas vinculadas ao real.
GR UHÀH[R TXH DSHVDU GR WHUPR ³SDUDQRLFR´ SRVVXL
sobriedade e elegância advindas de uma técnica de
cores discretas e desenhos precisos.
da expressão e intensidade entre o consciente e a
liberdade, declarando o amor pela forma de conduzir o
enredo histórico dos personagens retratados.
Questão 124
Choque a 36 000 km/h

$IDL[DTXHYDLGHTXLO{PHWURVGHDOWLWXGHHPYROWDGD
terra assemelha-se a uma avenida congestionada onde
RUELWDPVDWpOLWHVDWLYRV(OHVGLVSXWDPHVSDoRFRP
17 000 fragmentos de artefatos lançados pela Terra e que
VHGHVPDQFKDUDP±IRJXHWHVVDWpOLWHVGHVDWLYDGRVHDWp
ferramentas perdidas por astronautas. Com um tráfego
celeste tão intenso, era questão de tempo para que
Disponível em:http://rickjaimecomics.blogspot.com. Acesso em: 27 abr.2010. acontecesse um acidente de grandes proporções, como o
da semana passada. Na terça-feira, dois satélites em órbita
Ao abordar a questão do tabagismo, os textos I e II GHVGHRVDQRVFROLGLUDPHPXPSRQWRTXLO{PHWURV
procuram demonstrar que acima da Sibéria. A trombada dos satélites chama a atenção
para os riscos que oferece a montanha de lixo espacial
a quantidade de cigarros consumidos por pessoa, em órbita. Como os objetos viajam a grande velocidade,
diariamente, excede o máximo de nicotina mesmo um pequeno fragmento de 10 centímetros poderia
FDXVDUHVWUDJRVFRQVLGHUiYHLVQRWHOHVFySLR+XEEOHRXQD
recomendado para os indivíduos, inclusive para os
estação espacial Internacional — nesse caso pondo em
não fumantes. risco a vida dos astronautas que lá trabalham.
para garantir o prazer que o indivíduo tem ao fumar, Revista Veja. 18 set. 2009 (adaptado).

será necessário aumentar as estatísticas de fumo Levando-se em consideração os elementos


passivo. constitutivos de um texto jornalístico, infere-se que o
a conscientização dos fumantes passivos é uma autor teve como objetivo
maneira de manter a privacidade de cada indivíduo e H[DOWDURHPSUHJRGDOLQJXDJHP¿JXUDGD
garantir a saúde de todos. criar suspense e despertar temor no leitor.
os não fumantes precisam ser respeitados e LQÀXHQFLDUDRSLQLmRGRVOHLWRUHVVREUHRWHPDFRP
as marcas argumentativas de seu posicionamento.
poupados, pois estes também estão sujeitos às LQGX]LU R OHLWRU D SHQVDU TXH RV VDWpOLWHV DUWL¿FLDLV
doenças causadas pelo tabagismo. representam um grande perigo para toda a
o fumante passivo não é obrigado a inalar as humanidade.
mesmas toxinas que um fumante, portanto depende exercitar a ironia ao empregar “avenida
dele evitar ou não a contaminação proveniente da congestionada”; “tráfego celeste tão intenso”;
exposição ao fumo. “montanha de lixo”.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 15
2010
Texto para as questões 125 e 126 Questão 126
A carreira do crime Com base nos argumentos do autor, o texto aponta para

(VWXGRIHLWRSRUSHVTXLVDGRUHVGD)XQGDomR2VZDOGR uma denúncia de quadrilhas que se organizam em


&UX] VREUH DGROHVFHQWHV UHFUXWDGRV SHOR WUi¿FR GH WRUQRGRQDUFRWUi¿FR
drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais DFRQVWDWDomRGHTXHRQDUFRWUi¿FRUHVWULQJHVHDRV
dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as
centros urbanos.
GL¿FXOGDGHV TXH R (VWDGR HQIUHQWD QR FRPEDWH DR
crime organizado. a informação de que as políticas sociais
compensatórias eliminarão a atividade criminosa a
2 WUi¿FR RIHUHFH DRV MRYHQV GH HVFRODULGDGH SUHFiULD
(nenhum dos entrevistados havia completado o ensino longo prazo.
fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com o convencimento do leitor de que para haver a
VDOiULRVTXHYDULDPGH5D5PHQVDLV VXSHUDomR GR SUREOHPD GR QDUFRWUi¿FR p SUHFLVR
Para uma base de comparação, convém notar que, aumentar a ação policial.
VHJXQGR GDGRV GR ,%*( GH   GD SRSXODomR XPD H[SRVLomR QXPpULFD UHDOL]DGD FRP R ¿P GH
brasileira com mais de dez anos que declara ter uma PRVWUDUTXHRQHJyFLRGRQDUFRWUi¿FRpYDQWDMRVRH
atividade remunerada ganha no máximo o ‘piso salarial’
sem riscos.
RIHUHFLGR SHOR FULPH 'RV WUD¿FDQWHV RXYLGRV SHOD
pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000 mensais; já Questão 127
na população brasileira essa taxa não ultrapassa 6%.
Tais rendimentos mostram que as políticas sociais Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa
FRPSHQVDWyULDVFRPRR%ROVD(VFROD TXHSDJD5 ([FHOrQFLDSDUDTXHVHMDFRQMXUDGDXPDFDODPLGDGHTXH
mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes está prestes a desabar em cima da juventude feminina
GHLPSHGLUTXHRQDUFRWUi¿FRFRQWLQXHDOLFLDQGRFULDQoDV GR %UDVLO 5H¿URPH VHQKRU SUHVLGHQWH DR PRYLPHQWR
provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas entusiasta que está empolgando centenas de moças,
aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os
SDLV D PDQWHUHP RV ¿OKRV HVWXGDQGR R TXH GH PRGR atraindo-as para se transformarem em jogadoras de
algum impossibilita a opção pela deliquência. No mesmo futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá
sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis praticar este esporte violento sem afetar, seriamente,
DRFULPHRUJDQL]DGR FLUFRHVFRODVR¿FLQDVGHFXOWXUD R HTXLOtEULR ¿VLROyJLFR GDV VXDV IXQo}HV RUJkQLFDV
escolinhas de futebol) são importantes, mas não GHYLGRjQDWXUH]DTXHGLVS{VDVHUPmH$RTXHGL]HP
resolvem o problema. os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada
A única maneira de reduzir a atração exercida pelo PHQRV GH GH] TXDGURV IHPLQLQRV (P 6mR 3DXOR H
WUi¿FR p D UHSUHVVmR TXH DXPHQWD RV ULVFRV SDUD RV %HOR+RUL]RQWHWDPEpPMiHVWmRVHFRQVWLWXLQGRRXWURV
que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos
(QHVWHFUHVFHQGRGHQWURGHXPDQRpSURYiYHOTXH
aos adolescentes provam isso: eles são elevados
precisamente porque a possibilidade de ser preso não em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes
p GHVSUH]tYHO e SUHFLVR TXH R ([HFXWLYR IHGHUDO H femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados
os estaduais desmontem as organizações paralelas da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais,
erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição ¿FDUmRSUHVDVDXPD mentalidade depressiva e propensa
elimine o fascínio dos salários do crime. aos exibicionismos rudes e extravagantes.
(GLWRULDOFolha de São PauloMDQ Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.

Questão 125
O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro,
1R(GLWRULDORDXWRUGHIHQGHDWHVHGHTXH³DVSROtWLFDV -RVp)X]HLUDHQFDPLQKDGDHPDEULOGHDRHQWmR
sociais que procuram evitar a entrada dos jovens presidente da República Getúlio Vargas. As opções
QR WUi¿FR QmR WHUmR FKDQFH GH VXFHVVR HQTXDQWR D linguísticas de )X]HLUD mostram que seu texto foi
UHPXQHUDomR RIHUHFLGD SHORV WUD¿FDQWHV IRU WmR PDLV
elaborado em linguagem
compensatória que aquela oferecida pelos programas do
governo”. Para comprovar sua tese, o autor apresenta
regional, adequada à troca de informações na
instituições que divulgam o crescimento de jovens no situação apresentada.
crime organizado. jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio
sugestões que ajudam a reduzir a atração exercida do futebol.
pelo crime organizado. coloquial, considerando-se que ele era um cidadão
políticas sociais que impedem o aliciamento de
brasileiro comum.
crianças no crime organizado.
pesquisadores que se preocupam com os jovens culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação
envolvidos no crime organizado. de comunicação.
números que comparam os valores pagos entre os informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu
programas de governo e o crime organizado. interlocutor.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 16
2010
Questão 128 Quincas Borba situa-se entre as obras-primas do autor
e da literatura brasileira. No fragmento apresentado, a
Negrinha peculiaridade do texto que garante a universalização de
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, sua abordagem reside
mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros QRFRQÀLWRHQWUHRSDVVDGRSREUHHRSUHVHQWHULFRTXH
anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre simboliza o triunfo da aparência sobre a essência.
velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que no sentimento de nostalgia do passado devido
a patroa não gostava de crianças. à substituição da mão de obra escrava pela dos
([FHOHQWH VHQKRUD D SDWURD *RUGD ULFD GRQD GR imigrantes.
mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja QD UHIHUrQFLD D )DXVWR H 0H¿VWyIHOHV TXH
H FDPDURWH GH OX[R UHVHUYDGR QR FpX (QWDODGDV DV
banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de representam o desejo de eternização de Rubião.
jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando na admiração dos metais por parte de Rubião, que
audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora metaforicamente representam a durabilidade dos
HP VXPD ± ³GDPD GH JUDQGHV YLUWXGHV DSRVWyOLFDV bens produzidos pelo trabalho.
esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo. na resistência de Rubião aos criados estrangeiros,
ÏWLPDDGRQD,QiFLD
que reproduz o sentimento de xenofobia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os
nervos em carne viva. Questão 130
[...]
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto
crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos
± H GDTXHODV IHUR]HV DPLJDV GH RXYLU FDQWDU R EROR H o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no
HVWDODUREDFDOKDX1XQFDVHD¿]HUDDRUHJLPHQRYR± meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões,
essa indecência de negro igual. isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com
/2%$7201HJULQKD,Q025,&21(,Os cem melhores contos brasileiros do século.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento). mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha
JUDQGH GL¿FXOGDGH GH FKHJDU j iUHD DOYLQHJUD por
A narrativa focaliza um momento histórico-social de causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente
YDORUHV FRQWUDGLWyULRV (VVD FRQWUDGLomR LQIHUHVH QR
contexto, pela da sua área.
No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu
falta de aproximação entre a menina e a senhora,
preocupada com as amigas. o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga
receptividade da senhora para com os padres, mas alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da
deselegante para com as beatas. área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por
ironia do padre a respeito da senhora, que era
perversa com as crianças. cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu
resistência da senhora em aceitar a liberdade dos nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede
QHJURVHYLGHQFLDGDQR¿QDOGRWH[WR quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0.
rejeição aos criados por parte da senhora, que Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado).
preferia tratá-los com castigos.
O texto, que narUDXPDSDUWHGRMRJR¿QDOGR&DPSHRQDWR
Questão 129
Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários
Capítulo III conectivos, sendo que
Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquanto
lhe deitava açúcar, ia disfarçadamente mirando a bandeja, após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo
que era de prata lavrada. Prata, ouro, eram os metais que
amava de coração; não gostava de bronze, mas o amigo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça.
Palha disse-lhe que era matéria de preço, e assim se explica enquanto WHP XP VLJQL¿FDGR DOWHUQDWLYR SRUTXH
HVWHSDUGH¿JXUDVTXHDTXLHVWiQDVDODXP0H¿VWyIHOHV conecta duas opções possíveis para serem aplicadas
e um Fausto. Tivesse, porém, de escolher, escolheria a no jogo.
EDQGHMD±SULPRUGHDUJHQWDULDH[HFXomR¿QDHDFDEDGD
2FULDGRHVSHUDYDWHVRHVpULR(UDHVSDQKROHQmRIRLVHP no entantoWHPVLJQL¿FDGRGHWHPSRSRUTXHRUGHQD
resistência que Rubião o aceitou das mãos de Cristiano; por os fatos observados no jogo em ordem cronológica
mais que lhe dissesse que estava acostumado aos seus de ocorrência.
crioulos de Minas, e não queria línguas estrangeiras em casa, mesmo traz ideia de concessão, já que “com
o amigo Palha insistiu, demonstrando-lhe a necessidade de
PDLV SRVVH GH EROD´ WHU GL¿FXOGDGH QmR p DOJR
ter criados brancos. Rubião cedeu com pena. O seu bom
SDMHP TXH HOH TXHULD S{U QD VDOD FRPR XP SHGDoR GD naturalmente esperado.
SURYtQFLDQHPRS{GHGHL[DUQDFR]LQKDRQGHUHLQDYDXP por causa de indica consequência, porque as
francês, Jean; foi degradado a outros serviços. tentativas de ataque do Flamengo motivaram o
ASSIS, M. Quincas Borba. In: Obra completa95LRGH-DQHLUR1RYD$JXLODU
(fragmento). Botafogo a fazer um bloqueio.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 17
2010
Questão 131

Superinteressante(GVHW

Segundo pesquisas recentes, é irrelevante a diferença entre sexos para se avaliar a inteligência. Com relação às
tendências para áreas do conhecimento, por sexo, levando em conta a matrícula em cursos universitários brasileiros,
DVLQIRUPDo}HVGRJUi¿FRDVVHJXUDPTXH

os homens estão matriculados em menor proporção em cursos de Matemática que em Medicina por lidarem
melhor com pessoas.
as mulheres estão matriculadas em maior percentual em cursos que exigem capacidade de compreensão dos
seres humanos.
as mulheres estão matriculadas em percentual maior em Física que em Mineração por tenderem a trabalhar melhor
com abstrações.
as homens e as mulheres estão matriculados na mesma proporção em cursos que exigem habilidades semelhantes
na mesma área.
as mulheres estão matriculadas em menor número em Psicologia por sua habilidade de lidarem melhor com coisas
que com sujeitos.
Questão 132
$SyVHVWXGDUQD(XURSD$QLWD0DOIDWWLUHWRUQRXDR%UDVLOFRPXPDPRVWUDTXHDEDORXDFXOWXUDQDFLRQDOGRLQtFLRGR
VpFXOR;;(ORJLDGDSRUVHXVPHVWUHVQD(XURSD$QLWDVHFRQVLGHUDYDSURQWDSDUDPRVWUDUVHXWUDEDOKRQR%UDVLOPDV
enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira,
Anita Malfatti e outros artistas modernistas

buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando as cores, a originalidade e os
temas nacionais.
defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação artística
nacional.
 UHSUHVHQWDUDPDLGHLDGHTXHDDUWHGHYHULDFRSLDU¿HOPHQWHDQDWXUH]DWHQGRFRPR¿QDOLGDGHDSUiWLFDHGXFDWLYD
 PDQWLYHUDPGHIRUPD¿HODUHDOLGDGHQDV¿JXUDVUHWUDWDGDVGHIHQGHQGRXPDOLEHUGDGHDUWtVWLFDOLJDGDjWUDGLomR
acadêmica.
buscaram a liberdade na composição deVXDV¿JXUDVUHVSHLWDQGROLPLWHVGHWHPDVDERUGDGRV
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 18
2010
Questão 133 Texto II
$UXDGDYDOKHXPDIRUoDGH¿VLRQRPLDPDLVFRQVFLrQFLD
ePXLWRUDURTXHXPQRYR modo de comunicação ou de dela. Como se sentia estar no seu reino, na região em
expressão suplante completamente os anteriores. Fala- que era rainha e imperatriz. O olhar cobiçoso dos homens
e o de inveja das mulheres acabavam o sentimento de
se menos desde que a escrita foi inventada? Claro que sua personalidade, exaltavam-no até. Dirigiu-se para a
não. Contudo, a função da palavra viva mudou, uma rua do Catete com o seu passo miúdo e sólido. [...] No
parte de suas missões nas culturas puramente orais caminho trocou cumprimento com as raparigas pobres
tendo sido preenchida pela escrita: transmissão dos GHXPDFDVDGHF{PRGRVGDYL]LQKDQoD
conhecimentos e das narrativas, estabelecimento de >@ ( GHEDL[R GRV ROKDUHV PDUDYLOKDGRV GDV SREUHV
raparigas, ela continuou o seu caminho, arrepanhando a
contratos, realização dos principais atos rituais ou sociais saia, satisfeita que nem uma duquesa atravessando os
etc. Novos estilos de conhecimento (o conhecimento seus domínios.
“teórico”, por exemplo) e novos gêneros (o código de leis, %$55(72/8PHRXWUR,QClara dos anjos5LRGH-DQHLUR(GLWRUD0pULWR IUDJPHQWR 

o romance etc.) surgiram. A escrita não fez com que a


A experiêQFLDXUEDQDpXPWHPDUHFRUUHQWHHPFU{QLFDV
SDODYUDGHVDSDUHFHVVHHODFRPSOH[L¿FRXHUHRUJDQL]RX FRQWRV H URPDQFHV GR ¿QDO GR VpFXOR ;,; H LQtFLR
o sistema da comunicação e da memória social. do XX, muitos dos quais elegem a rua para explorar
$IRWRJUD¿DVXEVWLWXLXDSLQWXUD"1mRDLQGDKiSLQWRUHV essa experiência. Nos fragmentos I e II, a rua é vista,
ativos. As pessoas continuam, mais do que nunca, a visitar respectivamente, como lugar que
museus, exposições e galerias, compram as obras dos desperta sensações contraditórias e desejo de
DUWLVWDVSDUDSHQGXUiODVHPFDVD(PFRQWUDSDUWLGDp reconhecimento.
verdade que os pintores, os desenhistas, os gravadores, favorece o cultivo da intimidade e a exposição dos
RVHVFXOWRUHVQmRVmRPDLV±FRPRIRUDPDWpRVpFXOR dotes físicos.
;,;±RV~QLFRVSURGXWRUHVGHLmagens. possibilita vínculos pessoais duradouros e encontros
/e9<3Cibercultura6mR3DXOR(G IUDJPHQWR  casuais.
A substituição pura e simples do antigo pelo novo ou do propicia o sentido de comunidade e a exibição pessoal.
natural pelo técnico tem sido motivo de preocupação de promove o anonimato e a segregação social.
muita gente. O texto encaminha uma discussão em torno Questão 135
desse temor ao
Fora da ordem
considerar as relações entre o conhecimento teórico
e o conhecimento empírico e acrescenta que novos (PRHQJHQKHLURPLOLWDULWDOLDQR$JRVWLQKR5RPHOOL
gêneros textuais surgiram com o progresso. publicou /H 'LYHUVH HW $UWL¿FLRVH 0DFKLQH, no qual
observar que a língua escrita não é uma transcrição descrevia uma máquina de ler livros. Montada para girar
verticalmente, como uma roda de hamster, a invenção
¿HOGDOtQJXDRUDOHH[SOLFDTXHDVSDODYUDVDQWLJDV
permitia que o leitor fosse de um texto ao outro sem se
devem ser utilizadas para preservar a tradição. levantar de sua cadeira.
perguntar sobre a razão das pessoas visitarem +RMH SRGHPRV DOWHUQDU HQWUH GRFXPHQWRV FRP PXLWR
PXVHXVH[SRVLo}HVHWFHUHD¿UPDTXHRVIRWyJUDIRV PDLV IDFLOLGDGH ± XP FOLTXH QR PRXVH p VX¿FLHQWH
são os únicos responsáveis pela produção de obras para acessarmos imagens, textos, vídeos e sons
de arte. instantaneamente. Para isso, usamos o computador,
reconhecer que as pessoas temem que o avanço dos H SULQFLSDOPHQWH D LQWHUQHW ± WHFQRORJLDV TXH QmR
meios de comunicação, inclusive on-line, substitua o estavam disponíveis no Renascimento, época em que
KRPHPHOHYHDOJXQVSUR¿VVLRQDLVDRHVTXHFLPHQWR Romelli viveu.
%(5&,772'Revista Língua Portuguesa$QR,,1ƒ
revelar o receio das pessoas em experimentar novos
meios de comunicação, com medo de sentirem O inventor italiano antecipou, no século XVI, um dos
retrógradas. SULQFtSLRV GH¿QLGRUHV GR KLSHUWH[WR D TXHEUD GH
linearidade na leitura e a possibilidade de acesso ao texto
Questão 134 conforme o interesse do leitor. Além de ser característica
Texto I essencial da internet, do ponto de vista da produção
(XDPRDUXD(VVHVHQWLPHQWRGHQDWXUH]DWRGDtQWLPD do texto, a hipertextualidade se manifesta também em
não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões textos impressos, como
não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e dicionários, pois a forma do texto dá liberdade de
assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos acesso à informação.
irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, documentários, pois o autor faz uma seleção dos
nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a fatos e das imagens.
dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos relatos pessoais, pois o narrador apresenta sua
XQH QLYHOD H DJUHPLD R DPRU GD UXD e HVWH PHVPR R percepção dos fatos.
sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, editoriais, pois o editorialista faz uma abordagem
detalhada dos fatos.
como a própria vida, resiste às idades e às épocas.
RIO, J. A rua. In: A alma encantadora das ruas. São Paulo:
romances românticos, pois os eventos ocorrem em
Companhia das Letras, 2008 (fragmento). diversos cenários.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 19
2010

PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema O Trabalho na
Construção da Dignidade Humana, apresentando experiência ou proposta de ação social, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

O que é trabalho escravo


Escravidão contemporânea é o trabalho degradante que envolve cerceamento da liberdade

$ DVVLQDWXUD GD /HL ÈXUHD HP  GH PDLR GH  UHSUHVHQWRX R ¿P GR GLUHLWR GH
propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir
legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o
trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para
realizar derrubadas de matas nativas para formação de pastos, produzir carvão para a
indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades
agropecuárias, contratam mão de obra utilizando os contratadores de empreitada,
os chamados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os
fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.
7UDEDOKR HVFUDYR VH FRQ¿JXUD SHOR WUDEDOKR GHJUDGDQWH DOLDGR DR FHUFHDPHQWR GD
liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam
correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou
mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.

Disponível em: http://www.reporterbrasil.org.br. Acesso em: 02 set.2010 (fragmento).

O futuro do trabalho
(VTXHoDRVHVFULWyULRVRVVDOiULRV¿[RVHDDSRVHQWDGRULD(PYRFrWUDEDOKDUiHPFDVDVHXFKHIHWHUiPHQRVGHDQRVH
será uma mulher

Felizmente, nunca houve tantas ferramentas disponíveis para mudar o modo como trabalhamos e, consequentemente, como vivemos.
E as transformações estão acontecendo. A crise despedaçou companhias gigantes tidas até então como modelos de administração. Em
vez de grandes conglomerados, o futuro será povoado de empresas menores reunidas em torno de projetos em comum. Os próximos
anos também vão consolidar mudanças que vêm acontecendo há algum tempo: a busca pela qualidade de vida, a preocupação com
o meio ambiente, e a vontade de nos realizarmos como pessoas também em nossos trabalhos. “Falamos tanto em desperdício de
UHFXUVRVQDWXUDLVHHQHUJLDPDVHTXDQWRDRGHVSHUGtFLRGHWDOHQWRV"´GL]R¿OyVRIRHHQVDtVWDVXtoR$ODLQGH%RWWRQHPVHXQRYR
livro 7KH3OHDVXUHVDQG6RUURZVRI:RUNV (Os prazeres e as dores do trabalho, ainda inédito no Brasil).

Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 02 set. 2010 (fragmento).

INSTRUÇÕES:
‡ Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria.
‡ Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração, nem poema.
‡ O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.
‡ O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.
‡ O Rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 1


2010
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45

Questão 1 Questão 3

Antes, eram apenas as grandes cidades que se $PDLRULDGDVSHVVRDVGDTXLHUDGRFDPSR9LOD0DULD


p KRMH H[SRUWDGRUD GH WUDEDOKDGRUHV (PSUHViULRV GH
apresentavam como o império da técnica, objeto de 3ULPDYHUDGR/HVWH(VWDGRGH0DWR*URVVRSURFXUDP
PRGL¿FDo}HV VXVSHQV}HV DFUpVFLPRV FDGD YH] PDLV R EDLUUR GH 9LOD 0DULD SDUD FRQVHJXLU PmR GH REUD  e
VR¿VWLFDGDV H FDUUHJDGDV GH DUWLItFLR (VVH PXQGR JHQWH LQGR GLVWDQWH GDTXL   TXLO{PHWURV SDUD LU
WUDEDOKDU SDUD JDQKDU VHWH FRQWR SRU GLD &DUOLWR 
DUWL¿FLDOLQFOXLKRMHRPXQGRUXUDO DQRVPDUDQKHQVHHQWUHYLVWDGRHP 
6$17260A Natureza do Espaço6mR3DXOR+XFLWHF
RibHLUR+62PLJUDQWHHDFLGDGHGLOHPDVHFRQÀLWRV$UDUDTXDUD:XQGHUOLFK DGDSWDGR 

&RQVLGHUDQGR D WUDQVIRUPDomR PHQFLRQDGD QR WH[WR


2 WH[WR UHWUDWD XP IHQ{PHQR YLYHQFLDGR SHOD
XPDFRQVHTXrQFLDVRFLRHVSDFLDOTXHFDUDFWHUL]DRDWXDO DJULFXOWXUDEUDVLOHLUDQDV~OWLPDVGpFDGDVGRVpFXOR;;
PXQGRUXUDOEUDVLOHLURp consequência

 DUHGXomRGRSURFHVVRGHFRQFHQWUDomRGHWHUUDV  GRVLPSDFWRVVRFLDLVGDPRGHUQL]DomRGDDJULFXOWXUD
 RDXPHQWRGRDSURYHLWDPHQWRGHVRORVPHQRVIpUWHLV  GDUHFRPSRVLomRGRVVDOiULRVGRWUDEDOKDGRUUXUDO
 DDPSOLDomRGRLVRODPHQWRGRHVSDoRUXUDO  GDH[LJrQFLDGHTXDOL¿FDomRGRWUDEDOKDGRUUXUDO
 DHVWDJQDomRGDIURQWHLUDDJUtFRODGRSDtV  GDGLPLQXLomRGDLPSRUWkQFLDGDDJULFXOWXUD
 DGLPLQXLomRGRQtYHOGHHPSUHJRIRUPDO  GRVSURFHVVRVGHGHVYDORUL]DomRGHiUHDVUXUDLV

Questão 2 Questão 4
2VOL[}HVVmRRSLRUWLSRGHGLVSRVLomR¿QDOGRVUHVtGXRV
VyOLGRV GH XPD FLGDGH UHSUHVHQWDQGR XP JUDYH
SUREOHPDDPELHQWDOHGHVD~GHS~EOLFD1HVVHVORFDLV
ROL[RpMRJDGRGLUHWDPHQWHQRVRORHDFpXDEHUWRVHP
QHQKXPDQRUPDGHFRQWUROHRTXHFDXVDHQWUHRXWURV
SUREOHPDV D FRQWDPLQDomR GR VROR H GDV iJXDV SHOR
FKRUXPH OtTXLGR HVFXUR FRP DOWD FDUJD SROXLGRUD
SURYHQLHQWH GD GHFRPSRVLomR GD PDWpULD RUJkQLFD
presente QROL[R 
5,&$5'2%&$13$1,//,0Almanaque Brasil Socioambiental 2008.
6mR3DXOR,QVWLWXWR6RFLRDPELHQWDO

&RQVLGHUH XP PXQLFtSLR TXH GHSRVLWD RV UHVtGXRV


VyOLGRVSURGX]LGRVSRUVXDSRSXODomRHPXPOL[mR(VVH
SURFHGLPHQWR p FRQVLGHUDGR XP SUREOHPD GH VD~GH
S~EOLFDSRUTXHRVOL[}HV
)RQWH,QFUD(VWDWtVWLFDVFDGDVWUDLV
FDXVDP SUREOHPDV UHVSLUDWyULRV GHYLGR DR PDX
2 JUi¿FR UHSUHVHQWD D UHODomR HQWUH R WDPDQKR H D FKHLURTXHSURYpPGDGHFRPSRVLomR
WRWDOLGDGHGRVLPyYHLVUXUDLVQR%UDVLO4XHFDUDFWHUtVWLFD  VmR ORFDLV SURStFLRV D SUROLIHUDomR GH YHWRUHV GH
GD HVWUXWXUD IXQGLiULD EUDVLOHLUD HVWi HYLGHQFLDGD QR GRHQoDVDOpPGHFRQWDPLQDUHPRVRORHDViJXDV
 SURYRFDP R IHQ{PHQR GD FKXYD iFLGD GHYLGR DRV
JUi¿FRDSUHVHntado?
JDVHVRULXQGRVGDGHFRPSRVLomRGDPDWpULDRUJkQLFD
 VmR LQVWDODGRV SUy[LPRV DR FHQWUR GDV FLGDGHV
 $FRQFHQWUDomRGHWHUUDVQDVPmRVGHSRXFRV DIHWDQGR WRGD D SRSXODomR TXH FLUFXOD GLDULDPHQWH
 $H[LVWrQFLDGHSRXFDVWHUUDVDJULFXOWiYHLV QDiUHD
 2GRPtQLRWHUULWRULDOGRVPLQLI~QGLRV  VmR UHVSRQViYHLV SHOR GHVDSDUHFLPHQWR GDV
 $SULPD]LDGDDJULFXOWXUDIDPLOLDU QDVFHQWHVQDUHJLmRRQGHVmRLQVWDODGRVRTXHOHYD
 $GHELOLGDGHGRVplantationsPRGHUQRV jHVFDVVH]GHiJXD
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 1
2010
Figura para as questões 5 e 6 Questão 7
3HQVDQGRQDVFRUUHQWHVHSUHVWHVDHQWUDUQREUDoRTXH
GHULYDGD&RUUHQWHGR*ROIRSDUDRQRUWHOHPEUHLPHGH
XP YLGUR GH FDIp VRO~YHO YD]LR &RORTXHL QR YLGUR XPD
QRWDFKHLDGH]HURVXPDERODFRUURVDFKRTXH$QRWHL
DSRVLomRHGDWD/DWLWXGHž¶1/RQJLWXGHž¶:
7DPSHLHMRJXHLQDiJXD1XQFDLPDJLQHLTXHUHFHEHULD
XPD FDUWD FRP D IRWR GH XP PHQLQR QRUXHJXrV
VHJXUDQGRDEROLQKDHDHVWUDQKDQRWD
./,1.$ Parati: entre dois pólos6mR3DXOR&RPSDQKLDGDV/HWUDV DGDSWDGR 

1RWH[WRRDXWRUDQRWDVXDFRRUGHQDGDJHRJUi¿FDTXHp

 D UHODomR TXH VH HVWDEHOHFH HQWUH DV GLVWkQFLDV


UHSUHVHQWDGDV QR PDSD H DV GLVWkQFLDV UHDLV GD
VXSHUItFLHFDUWRJUDIDGD
 R UHJLVWUR GH TXH RV SDUDOHORV VmR YHUWLFDLV H
FRQYHUJHP SDUD RV SRORV H RV PHULGLDQRV VmR
FtUFXORVLPDJLQiULRVKRUL]RQWDLVHHTXLGLVWDQWHV
 DLQIRUPDomRGHXPFRQMXQWRGHOLQKDVLPDJLQiULDV
TXH SHUPLWHP ORFDOL]DU XP SRQWR RX DFLGHQWH
7(,;(,5$:HWDO 2UJV  Decifrando a Terra6mR3DXOR&RPSDQKLD(GLWRUD1DFLRQDO
JHRJUi¿FRQDVXSHUItFLHWHUUHVWUH
 DODWLWXGHFRPRGLVWkQFLDHPJUDXVHQWUHXPSRQWR
Questão 5 HR0HULGLDQR GH*UHHQZLFKHDORQJLWXGH FRPRD
GLVWkQFLDHPJUDXVHQWUHXPSRQWRHR(TXDGRU
Muitos processos erosivos se concentram nas encostas,  D IRUPD GH SURMHomR FDUWRJUi¿FD XVDGR SDUD
SULQFLSDOPHQWH DTXHOHV PRWLYDGRV SHOD iJXD H SHOR QDYHJDomR RQGH RV PHULGLDQRV H SDUDOHORV
YHQWR1RHQWDQWRRVUHÀH[RVWDPEpPVmRVHQWLGRVQDV GLVWRUFHPDVXSHUItFLHGRSODQHWD
iUHDVGHEDL[DGDRQGHJHUDOPHQWHKiRFXSDomRXUEDQD
8PH[HPSORGHVVHVUHÀH[RVQDYLGDFRWLGLDQDGHPXLWDV Questão 8
FLGDGHVEUDVLOHLUDVp
$HYROXomRGRSURFHVVRGHWUDQVIRUPDomRGHPDWpULDV
SULPDVHPSURGXWRVDFDEDGRVRFRUUHXHPWUrVHVWiJLRV
D PDLRU RFRUUrQFLD GH HQFKHQWHV Mi TXH RV ULRV DUWHVDQDWRPDQXIDWXUDHPDTXLQRIDWXUD
DVVRUHDGRVFRPSRUWDPPHQRViJXDHPVHXVOHLWRV
D FRQWDPLQDomR GD SRSXODomR SHORV VHGLPHQWRV 8PGHVVHVHVWiJLRVIRLRDUWHVDQDWRHPTXHVH
WUD]LGRVSHORULRHFDUUHJDGRVGHPDWpULDRUJkQLFD
R GHVJDVWH GR VROR QDV iUHDV XUEDQDV FDXVDGR WUDEDOKDYD FRQIRUPH R ULWPR GDV PiTXLQDV H GH
SHOD UHGXomR GR HVFRDPHQWR VXSHU¿FLDO SOXYLDO QD PDQHLUDSDGURQL]DGD
HQFRVWD WUDEDOKDYDJHUDOPHQWHVHPRXVRGHPiTXLQDVHGH
DPDLRUIDFLOLGDGHGHFDSWDomRGHiJXDSRWiYHOSDUD PRGRGLIHUHQWHGRPRGHORGHSURGXomRHPVpULH
RDEDVWHFLPHQWRS~EOLFRMiTXHpPDLRURHIHLWRGR HPSUHJDYDP IRQWHV GH HQHUJLD DEXQGDQWHV SDUD R
IXQFLRQDPHQWRGDVPiTXLQDV
HVFRDPHQWRVREUHDLQ¿OWUDomR
UHDOL]DYDSDUWHGDSURGXomRSRUFDGDRSHUiULRFRP
R DXPHQWR GD LQFLGrQFLD GH GRHQoDV FRPR D
XVRGHPiTXLQDVHWUDEDOKRDVVDODULDGR
DPHEtDVHQDSRSXODomRXUEDQDHPGHFRUUrQFLDGR ID]LDP LQWHUIHUrQFLDV GR SURFHVVR SURGXWLYR SRU
HVFRDPHQWRGHiJXDSROXtGDGRWRSRGDVHQFRVWDV técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo
GHSURGXomR
Questão 6
2 HVTXHPD UHSUHVHQWD XP SURFHVVR GH HURVmR HP Rascunho
HQFRVWD 4XH SUiWLFD UHDOL]DGD SRU XP DJULFXOWRU SRGH
UHVXOWDUHPDFHOHUDomRGHVVHSURFHVVR"

3ODQWLRGLUHWR
$VVRFLDomRGHFXOWXUDV
,PSODQWDomRGHFXUYDVGHQtYHO
$UDomRGRVRORGRWRSRDRYDOH
7HUUDFHDPHQWRQDSURSULHGDGH
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 2
2010
Questão 9 Questão 11
2*pRJUXSRTXHUH~QHRVSDtVHVGR*RVPDLV
LQGXVWULDOL]DGRV GR PXQGR (8$ -DSmR $OHPDQKD
)UDQoD5HLQR8QLGR,WiOLDH&DQDGi D8QLmR(XURSHLD
HRVSULQFLSDLVHPHUJHQWHV %UDVLO5~VVLDËQGLD&KLQD
ÈIULFD GR 6XO $UiELD 6DXGLWD $UJHQWLQD $XVWUiOLD
&RUHLDGR6XO,QGRQpVLD0p[LFRH7XUTXLD (VVHJUXSR
GHSDtVHVYHPJDQKDQGRIRUoDQRVIyUXQVLQWHUQDFLRQDLV
GHGHFLVmRHFRQVXOWD
$//$15Crise global'LVSRQtYHOHPKWWSFRQWHXGRFOLSSLQJPSSODQHMDPHQWRJRYEU
$FHVVRHPMXO

(QWUHRVSDtVHVHPHUJHQWHVTXHIRUPDPR*HVWmR
RVFKDPDGRV%5,& %UDVLO5~VVLDËQGLDH&KLQD WHUPR T(,;(,5$:HWDO 2UJV Decifrando a Terra.

FULDGRHPSDUDUHIHULUVHDRVSDtVHVTXH 6mR3DXOR&RPSDQKLD(GLWRUD1DFLRQDO DGDSWDGR 

2HVTXHPDPRVWUDGHSyVLWRVHPTXHDSDUHFHPIyVVHLV
 DSUHVHQWDP FDUDFWHUtVWLFDV HFRQ{PLFDV SURPLVVRUDV GHDQLPDLVGR3HUtRGR-XUiVVLFR$VURFKDVHPTXHVH
SDUDDVSUy[LPDVGpFDGDV HQFRQWUDPHVVHVIyVVHLVVmR
 SRVVXHPEDVHWHFQROyJLFDPDLVHOHYDGD
 DSUHVHQWDPtQGLFHVGHLJXDOGDGHVRFLDOHHFRQ{PLFD PDJPiWLFDV SRLV D DomR GH YXOF}HV FDXVRX DV
PDLVDFHQWXDGRV PDLRUHVH[WLQo}HVGHVVHVDQLPDLVMiFRQKHFLGDVDR
 DSUHVHQWDP GLYHUVLGDGH DPELHQWDO VX¿FLHQWH SDUD ORQJRGDKLVWyULDWHUUHVWUH
LPSXOVLRQDUDHFRQRPLDJOREDO sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados
 SRVVXHP VLPLODULGDGHV FXOWXUDLV FDSD]HV GH HOLWL¿FDGRVFRPRUHVWDQWHGRVVHGLPHQWRV
DODYDQFDUDHFRQRPLDPXQGLDO PDJPiWLFDV SRLV VmR DV URFKDV PDLV IDFLOPHQWH
HURGLGDV SRVVLELOLWDQGR D IRUPDomR GH WRFDV TXH
IRUDPSRVWHULRUPHQWHODFUDGDV
Questão 10 sedimentares, já que cada uma das camadas
HQFRQWUDGDVQD¿JXUDVLPEROL]DXPHYHQWRGHHURVmR
$VHUUDULDFRQVWUXtDUDPDLVIHUURYLiULRVTXHDGHQWUDYDP GHVVDiUHDUHSUHVHQWDGD
DV JUDQGHV PDWDV RQGH JUDQGHV ORFRPRWLYDV FRP PHWDPyU¿FDV SRLV RV DQLPDLV UHSUHVHQWDGRV
guindastes e correntes gigantescas de mais de 100 SUHFLVDYDPHVWDUSHUWRGHORFDLVTXHQWHV
PHWURV DUUDVWDYDP SDUD DV FRPSRVLo}HV GH WUHP DV
WRUDVTXHMD]LDPDEDWLGDVSRUHTXLSHVGHWUDEDOKDGRUHV Questão 12
TXH DQWHULRUPHQWH SDVVDYDP SHOR ORFDO 4XDQGR R $ ,QJODWHUUD SHGLD OXFURV H UHFHELD OXFURV 7XGR VH
JXLQGDVWH DUUDVWDYD DV JUDQGHV WRUDV HP GLUHomR j WUDQVIRUPDYD HP OXFUR $V FLGDGHV WLQKDP VXD VXMHLUD
FRPSRVLomRGHWUHPRVHUYDLVQDWLYRVTXHH[LVWLDPHP OXFUDWLYDVXDVIDYHODVOXFUDWLYDVVXDIXPDoDOXFUDWLYD
PHLRjVPDWDVHUDPGHVWUXtGRVSRUHVWHGHVORFDPHQWR VXD GHVRUGHP OXFUDWLYD VXD LJQRUkQFLD OXFUDWLYD VHX
0$&+$'233Lideranças do Contestado&DPSLQDV8QLFDPS DGDSWDGR 
GHVHVSHUR OXFUDWLYR  $V QRYDV IiEULFDV H RV QRYRV
DOWRVIRUQRVHUDPFRPRDV3LUkPLGHVPRVWUDQGRPDLVD
HVFUDYL]DomRGRKRPHPTXHVHXSRGHU
1RLQtFLRGRVpFXOR;;XPDVpULHGHHPSUHHQGLPHQWRV '($1(3A Revolução Industrial5LRGH-DQHLUR=DKDU DGDSWDGR 
FDSLWDOLVWDV FKHJRX j UHJLmR GR PHLRRHVWH GH 6DQWD
&DWDULQD²IHUURYLDVVHUUDULDVHSURMHWRVGHFRORQL]DomR 4XDO UHODomR p HVWDEHOHFLGD QR WH[WR HQWUH RV DYDQoRV
2VLPSDFWRVVRFLDLVJHUDGRVSRUHVVHSURFHVVRHVWmRQD WHFQROyJLFRV RFRUULGRV QR FRQWH[WR GD 5HYROXomR
RULJHP GD FKDPDGD *XHUUD GR &RQWHVWDGR (QWUH WDLV ,QGXVWULDO ,QJOHVD H DV FDUDFWHUtVWLFDV GDV FLGDGHV
LQGXVWULDLVQRLQtFLRGRVpFXOR;,;"
impactos, encontrava-se
 $ IDFLOLGDGH HP VH HVWDEHOHFHU UHODo}HV OXFUDWLYDV
D DEVRUomR GRV WUDEDOKDGRUHV UXUDLV FRPR WUDQVIRUPDYD DV FLGDGHV HP HVSDoRV SULYLOHJLDGRV
WUDEDOKDGRUHV GD VHUUDULD UHVXOWDQGR HP XP SDUD D OLYUH LQLFLDWLYD FDUDFWHUtVWLFD GD QRYD
SURFHVVRGHr[RGRUXUDO VRFLHGDGHFDSLWDOLVWD
R GHVHPSUHJR JHUDGR SHOD LQWURGXomR GDV QRYDV  2 GHVHQYROYLPHQWR GH PpWRGRV GH SODQHMDPHQWR
PiTXLQDVTXHGLPLQXtDPDQHFHVVLGDGHGHPmRGH XUEDQRDXPHQWDYDDH¿FLrQFLDGRWUDEDOKRLQGXVWULDO
REUD  $ FRQVWUXomR GH Q~FOHRV XUEDQRV LQWHJUDGRV SRU
D GHVRUJDQL]DomR GD HFRQRPLD WUDGLFLRQDO TXH PHLRV GH WUDQVSRUWH IDFLOLWDYD R GHVORFDPHQWR GRV
VXVWHQWDYDRVSRVVHLURVHRVWUDEDOKDGRUHVUXUDLVGD WUDEDOKDGRUHVGDVSHULIHULDVDWpDVIiEULFDV
UHJLmR  $ JUDQGLRVLGDGH GRV SUpGLRV RQGH VH ORFDOL]DYDP
D GLPLQXLomR GR SRGHU GRV JUDQGHV FRURQpLV GD DV IiEULFDV UHYHODYD RV DYDQoRV GD HQJHQKDULD H GD
UHJLmRTXHSDVVDYDPGLVSXWDURSRGHUSROtWLFRFRP DUTXLWHWXUDGRSHUtRGRWUDQVIRUPDQGRDVFLGDGHVHP
RVQRYRVDJHQWHV ORFDLVGHH[SHULPHQWDomRHVWpWLFDHDUWtVWLFD
R FUHVFLPHQWR GRV FRQÀLWRV HQWUH RV RSHUiULRV  2 DOWR QtYHO GH H[SORUDomR GRV WUDEDOKDGRUHV
LQGXVWULDLVRFDVLRQDYDRVXUJLPHQWRGHDJORPHUDGRV
empregados nesses empreendimentos e os seus XUEDQRV PDUFDGRV SRU SpVVLPDV FRQGLo}HV GH
SURSULHWiULRVOLJDGRVDRFDSLWDOLQWHUQDFLRQDO PRUDGLDVD~GHHKLJLHQH
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 3
2010
Questão 13 Questão 15
$VVHFDVHRDSHORHFRQ{PLFRGDERUUDFKD²SURGXWR 1R GLD  GH IHYHUHLUR GH  HUD LQDXJXUDGD D
TXH QR ¿QDO GR VpFXOR ;,; DOFDQoDYD SUHoRV DOWRV QRV (VWUDGD GH )HUUR &DUDMiV SHUWHQFHQWH H GLUHWDPHQWH
PHUFDGRVLQWHUQDFLRQDLV²PRWLYDUDPDPRYLPHQWDomR RSHUDGDSHOD&RPSDQKLD9DOHGR5LR'RFH &95' QD
GHPDVVDVKXPDQDVRULXQGDVGR1RUGHVWHGR%UDVLOSDUD UHJLmR1RUWHGRSDtVOLJDQGRRLQWHULRUDRSULQFLSDOSRUWR
R$FUH(QWUHWDQWRDWpRLQtFLRGRVpFXOR;;HVVDUHJLmR GD UHJLmR HP 6mR /XtV 3RU VHXV DSUR[LPDGDPHQWH
SHUWHQFLDj%ROtYLDHPERUDDPDLRULDGDVXDSRSXODomR TXLO{PHWURVGHOLQKDSDVVDPKRMHYDJ}HVH
IRVVHEUDVLOHLUDHQmRREHGHFHVVHjDXWRULGDGHEROLYLDQD ORFRPRWLYDV
3DUD UHDJLU j SUHVHQoD GH EUDVLOHLURV R JRYHUQR GH 'LVSRQtYHOHPKWWSZZZWUDQVSRUWHVJRYEU$FHVVRHPMXO DGDSWDGR 
/D 3D] QHJRFLRX R DUUHQGDPHQWR GD UHJLmR D XPD
HQWLGDGH LQWHUQDFLRQDO R Bolivian Syndicate, iniciando
$IHUURYLDHPTXHVWmRpGHH[WUHPDLPSRUWkQFLDSDUDD
YLROHQWDVGLVSXWDVGRVGRLVODGRVGDIURQWHLUD2FRQÀLWR
ORJtVWLFD GR VHWRU SULPiULR GD HFRQRPLD EUDVLOHLUD HP
Vy WHUPLQRX HP  FRP D DVVLQDWXUD GR7UDWDGR GH
HVSHFLDOSDUDSRUo}HVGRVHVWDGRVGR3DUiH0DUDQKmR
3HWUySROLVSHORTXDOR%UDVLOFRPSURXRWHUULWyULRSRU
8P DUJXPHQWR TXH GHVWDFD D LPSRUWkQFLD HVWUDWpJLFD
PLOK}HVGHOLEUDVHVWHUOLQDV
GHVVDSRUomRGRWHUULWyULRpD
'LVSRQtYHOHPZZZPUHJRYEU$FHVVRHPQRY DGDSWDGR 

Compreendendo o conWH[WR HP TXH RFRUUHUDP RV SURGXomR GH HQHUJLD SDUD DV SULQFLSDLV iUHDV
IDWRVDSUHVHQWDGRVR$FUHWRUQRXVHSDUWHGRWHUULWyULR LQGXVWULDLVGRSDtV
QDFLRQDOEUDVLOHLUR SURGXomRVXVWHQWiYHOGHUHFXUVRVPLQHUDLVQmRPHWiOLFRV
FDSDFLGDGHGHSURGXomRGHPLQHUDLVPHWiOLFRV
 SHOD IRUPDOL]DomR GR 7UDWDGR GH 3HWUySROLV TXH
ORJtVWLFDGHLPSRUWDomRGHPDWpULDVSULPDVLQGXVWULDLV
LQGHQL]DYDR%UDVLOSHODVXDDQH[DomR
 SRU PHLR GR DX[tOLR GR Bolivian Syndicate aos SURGXomRGHUHFXUVRVPLQHUDLVHQHUJpWLFRV
HPLJUDQWHVEUDVLOHLURVQDUHJLmR
GHYLGR j FUHVFHQWH HPLJUDomR GH EUDVLOHLURV TXH Questão 16
H[SORUDYDPRVVHULQJDLV
HP IXQomR GD SUHVHQoD GH LQ~PHURV LPLJUDQWHV 2 ,PSpULR ,QFD TXH FRUUHVSRQGH SULQFLSDOPHQWH DRV
HVWUDQJHLURVQDUHJLmR WHUULWyULRV GD %ROtYLD H GR 3HUX FKHJRX D HQJOREDU
SHOD LQGHQL]DomR TXH RV HPLJUDQWHV EUDVLOHLURV HQRUPH FRQWLQJHQWH SRSXODFLRQDO &X]FR D FLGDGH
SDJDUDPj%ROtYLD sagrada, era o centro administrativo, com uma sociedade
IRUWHPHQWH HVWUDWL¿FDGD H FRPSRVWD SRU LPSHUDGRUHV
Questão 14 QREUHV VDFHUGRWHV IXQFLRQiULRV GR JRYHUQR DUWHVmRV
&RXEH DRV ;DYDQWH H DRV 7LPELUD SRYRV LQGtJHQDV FDPSRQHVHV HVFUDYRV H VROGDGRV $ UHOLJLmR FRQWDYD
GR &HUUDGR XP UHFHQWH H PDUFDQWH JHVWR VLPEyOLFR D com vários deuses, e a base da economia era a
UHDOL]DomRGHVXDWUDGLFLRQDOFRUULGDGHWRUDV GHEXULWL  DJULFXOWXUDSULQFLSDOPHQWHRFXOWLYRGDEDWDWDHGRPLOKR
HPSOHQD$YHQLGD3DXOLVWD 63 SDUDGHQXQFLDURFHUFR
GH VXDV WHUUDV H D GHJUDGDomR GH VHXV HQWRUQRV SHOR $SULQFLSDOFDUDFWHUtVWLFDGDVRFLHGDGHLQFDHUDD
DYDQoRGRDJURQHJyFLR
5,&$5'2%5,&$5'2)Povos indígenas do Brasil: 2001-20056
 GLWDGXUDWHRFUiWLFDTXHLJXDODYDDWRGRV
mR3DXOR,QVWLWXWR6RFLRDPELHQWDO DGDSWDGR   H[LVWrQFLDGDLJXDOGDGHVRFLDOHGDFROHWLYL]DomRGDWHUUD
 HVWUXWXUD VRFLDO GHVLJXDO FRPSHQVDGD SHOD
$TXHVWmRLQGtJHQDFRQWHPSRUkQHDQR%UDVLOHYLGHQFLD FROHWLYL]DomRGHWRGRVRVEHQV
D UHODomR GRV XVRV VRFLRFXOWXUDLV GD WHUUD FRP RV
 H[LVWrQFLD GH PRELOLGDGH VRFLDO R TXH OHYRX j
DWXDLVSUREOHPDVVRFLRDPELHQWDLVFDUDFWHUL]DGRVSHODV
WHQV}HVHQWUH FRPSRVLomRGDHOLWHSHORPpULWR
 LPSRVVLELOLGDGH GH VH PXGDU GH H[WUDWR VRFLDO H D
 D H[SDQVmR WHUULWRULDO GR DJURQHJyFLR HP HVSHFLDO H[LVWrQFLDGHXPDDULVWRFUDFLDKHUHGLWiULD
QDV UHJL}HV &HQWUR2HVWH H 1RUWH H DV OHLV GH
SURWHomRLQGtJHQDHDPELHQWDO
 RVJULOHLURVDUWLFXODGRUHVGRDJURQHJyFLRHRVSRYRV Rascunho
LQGtJHQDVSRXFRRUJDQL]DGRVQR&HUUDGR
 DVOHLVPDLVEUDQGDVVREUHRXVRWUDGLFLRQDOGRPHLR
DPELHQWHHDVVHYHUDVOHLVVREUHRXVRFDSLWDOLVWDGR
PHLRDPELHQWH
 RVSRYRVLQGtJHQDVGR&HUUDGRHRVSRORVHFRQ{PLFRV
UHSUHVHQWDGRVSHODVHOLWHVLQGXVWULDLVSDXOLVWDV
 RFDPSRHDFLGDGHQR&HUUDGRTXHID]FRPTXHDV
WHUUDVLQGtJHQDVGDOLVHMDPDOYRGHLQYDV}HVXUEDQDV

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 4


2010
Questão 17 Questão 19
2V YHVWtJLRV GRV SRYRV 7XSLJXDUDQL HQFRQWUDPVH 2V WURSHLURV IRUDP ¿JXUDV GHFLVLYDV QD IRUPDomR GH
GHVGHDV0LVV}HVHRULRGD3UDWDDRVXODWpR1RUGHVWH YLODUHMRVHFLGDGHVGR%UDVLOFRORQLDO$SDODYUDWURSHLUR
FRP DOJXPDV RFRUUrQFLDV DLQGD PDO FRQKHFLGDV QR YHPGH³WURSD´TXHQRSDVVDGRVHUHIHULDDRFRQMXQWR
VXO GD $PD]{QLD $ OHVWH RFXSDYDP WRGD D IDL[D GHKRPHQVTXHWUDQVSRUWDYDJDGRHPHUFDGRULD3RU
OLWRUkQHD GHVGH R 5LR *UDQGH GR 6XO DWp R 0DUDQKmR
YROWD GR VpFXOR ;9,,, PXLWD FRLVD HUD OHYDGD GH XP
$RHVWHDSDUHFHP QRULRGD3UDWD QR3DUDJXDLHQDV
WHUUDV EDL[DV GD %ROtYLD (YLWDP DV WHUUDV LQXQGiYHLV OXJDUDRXWURQRORPERGHPXODV2WURSHLULVPRDFDERX
GR 3DQWDQDO H PDUFDP VXD SUHVHQoD GLVFUHWDPHQWH DVVRFLDGR j DWLYLGDGH PLQHUDGRUD FXMR DXJH IRL D
QRV FHUUDGRV GR %UDVLO FHQWUDO 'H IDWR RFXSDUDP GH H[SORUDomR GH RXUR HP 0LQDV *HUDLV H PDLV WDUGH
SUHIHUrQFLDDVUHJL}HVGHÀRUHVWDWURSLFDOHVXEWURSLFDO HP *RLiV $ H[WUDomR GH SHGUDV SUHFLRVDV WDPEpP
35286$ O Brasil antes dos brasileiros5LRGH-DQHLUR-RUJH=DKDU(GLWRU DWUDLX JUDQGHV FRQWLQJHQWHV SRSXODFLRQDLV SDUD DV
QRYDViUHDVHSRULVVRHUDFDGDYH]PDLVQHFHVViULR
2VSRYRVLQGtJHQDVFLWDGRVSRVVXtDPWUDGLo}HVFXOWXUDLV GLVSRUGHDOLPHQWRVHSURGXWRVEiVLFRV$DOLPHQWDomR
HVSHFt¿FDV TXH RV GLVWLQJXLDP GH RXWUDV VRFLHGDGHV GRVWURSHLURVHUDFRQVWLWXtGDSRUWRXFLQKRIHLMmRSUHWR
LQGtJHQDV H GRV FRORQL]DGRUHV HXURSHXV (QWUH DV IDULQKD SLPHQWDGRUHLQR FDIp IXEi H FRLWp XP
WUDGLo}HVWXSLJXDUDQLGHVWDFDYDVH PROKRGHYLQDJUHFRPIUXWRFiXVWLFRHVSUHPLGR 1RV
SRXVRVRVWURSHLURVFRPLDPIHLMmRTXDVHVHPPROKR
 DRUJDQL]DomRHPDOGHLDVSROLWLFDPHQWHLQGHSHQGHQWHV
FRP SHGDoRV GH FDUQH GH VRO H WRXFLQKR TXH HUD
GLULJLGDV SRU XP FKHIH HOHLWR SHORV LQGLYtGXRV PDLV
YHOKRVGDWULER VHUYLGR FRP IDURID H FRXYH SLFDGD 2 IHLMmR WURSHLUR
 D ULWXDOL]DomR GD JXHUUD HQWUH DV WULERV H R FDUiWHU p XP GRV SUDWRV WtSLFRV GD FR]LQKD PLQHLUD H UHFHEH
VHPLVVHGHQWiULRGHVXDRUJDQL]DomRVRFLDO HVVH QRPH SRUTXH HUD SUHSDUDGR SHORV FR]LQKHLURV
 DFRQTXLVWDGHWHUUDVPHGLDQWHRSHUDo}HVPLOLWDUHV GDVWURSDVTXHFRQGX]LDPRJDGR
RTXHSHUPLWLXVHXGRPtQLRVREUHYDVWRWHUULWyULR 'LVSRQtYHOHPKWWSZZZWULEXQDGRSODQDOWRFRPEU$FHVVRHPQRY
 R FDUiWHU SDVWRULO GH VXD HFRQRPLD TXH SUHVFLQGLD
GDDJULFXOWXUDSDUDLQYHVWLUQDFULDomRGHDQLPDLV $FULDomRGRIHLMmRWURSHLURQDFXOLQiULDEUDVLOHLUDHVWi
 R GHVSUH]R SHORV ULWXDLV DQWURSRIiJLFRV SUDWLFDGRV UHODFLRQDGDj
HPRXWUDVVRFLHGDGHVLQGtJHQDV
Questão 18  DWLYLGDGH FRPHUFLDO H[HUFLGD SHORV KRPHQV TXH
WUDEDOKDYDPQDVPLQDV
$XVLQDKLGUHOpWULFDGH%HOR0RQWHVHUiFRQVWUXtGDQRULR  DWLYLGDGH FXOLQiULD H[HUFLGD SHORV PRUDGRUHV
;LQJXQRPXQLFtSLRGH9LWyULDGH;LQJXQR3DUi$XVLQD
FR]LQKHLURVTXHYLYLDPQDVUHJL}HVGDVPLQDV
VHUi D WHUFHLUD PDLRU GR PXQGR H D PDLRU WRWDOPHQWH
EUDVLOHLUD FRP FDSDFLGDGH GH  PLO PHJDZDWWV 2V  DWLYLGDGH PHUFDQWLO H[HUFLGD SHORV KRPHQV TXH
tQGLRVGR;LQJXWRPDPDSDLVDJHPFRPVHXVFRFDUHV WUDQVSRUWDYDPJDGRHPHUFDGRULD
DUFRV H ÀHFKDV (P $OWDPLUD QR 3DUi DJULFXOWRUHV  DWLYLGDGH DJURSHFXiULD H[HUFLGD SHORV WURSHLURV
IHFKDUDP HVWUDGDV GH XPD UHJLmR TXH VHUi LQXQGDGD TXHQHFHVVLWDYDPGLVSRUGHDOLPHQWRV
SHODViJXDVGDXVLQD  DWLYLGDGH PLQHUDGRUD H[HUFLGD SHORV WURSHLURV QR
%$&2&&,1$'48(,52=*%25*(65)LPGROHLOmRFRPHoRGDFRQIXVmR
DXJHGDH[SORUDomRGRRXUR
Istoé Dinheiro.$QRQžDEU DGDSWDGR 
2VLPSDVVHVUHVLVWrQFLDVHGHVD¿RVDVVRFLDGRVjFRQVWUXomR
GD8VLQD+LGUHOpWULFDGH%HOR0RQWHHVWmRUHODFLRQDGRV Rascunho
DRSRWHQFLDOKLGUHOpWULFRGRVULRVQRQRUWHHQRUGHVWH
TXDQGR FRPSDUDGRV jV EDFLDV KLGURJUi¿FDV GDV
UHJL}HV6XO6XGHVWHH&HQWUR2HVWHGRSDtV
j QHFHVVLGDGH GH HTXLOLEUDU H FRPSDWLELOL]DU R
LQYHVWLPHQWRQRFUHVFLPHQWRGRSDtVFRPRVHVIRUoRV
SDUDDFRQVHUYDomRDPELHQWDO
jJUDQGHTXDQWLGDGHGHUHFXUVRVGLVSRQtYHLVSDUDDV
REUDVHjHVFDVVH]GRVUHFXUVRVGLUHFLRQDGRVSDUDR
SDJDPHQWRSHODGHVDSURSULDomRGDVWHUUDV
DR GLUHLWR KLVWyULFR GRV LQGtJHQDV j SRVVH GHVVDV
WHUUDVHjDXVrQFLDGHUHFRQKHFLPHQWRGHVVHGLUHLWR
SRUSDUWHGDVHPSUHLWHLUDV
DR DSURYHLWDPHQWR GD PmR GH REUD HVSHFLDOL]DGD
GLVSRQtYHO QD UHJLmR 1RUWH H R LQWHUHVVH GDV
FRQVWUXWRUDVQDYLQGDGHSUR¿VVLRQDLVGR6XGHVWHGR
SDtV

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 5


2010
Questão 20 Questão 21
,  3DUD FRQVROLGDUVH FRPR JRYHUQR D 5HS~EOLFD 1HJUR ¿OKR GH HVFUDYD H ¿GDOJR SRUWXJXrV R EDLDQR
SUHFLVDYD HOLPLQDU DV DUHVWDV FRQFLOLDUVH FRP R /XL]*DPDIH]GDOHLHGDVOHWUDVVXDVDUPDVQDOXWDSHOD
passado monarquista, incorporar distintas vertentes do OLEHUGDGH)RLYHQGLGRLOHJDOPHQWHFRPRHVFUDYRSHORVHX
UHSXEOLFDQLVPR 7LUDGHQWHV QmR GHYHULD VHU YLVWR FRPR SDLSDUDFREULUGtYLGDVGHMRJR6DEHQGROHUHHVFUHYHU
KHUyL UHSXEOLFDQR UDGLFDO PDV VLP FRPR KHUyL FtYLFR
DRV  DQRV GH LGDGH FRQVHJXLX SURYDV GH TXH KDYLD
UHOLJLRVR FRPR PiUWLU LQWHJUDGRU SRUWDGRU GD LPDJHP
GRSRYRLQWHLUR QDVFLGROLYUH$XWRGLGDWDDGYRJDGRVHPGLSORPDIH]GR
GLUHLWRRVHXR¿FLRHWUDQVIRUPRXVHHPSRXFRWHPSRHP
&$59$/+2-0&A formação das almas: O imaginário da República no Brasil
6mR3DXOR&RPSDQKLDGDV/HWUDV
SURHPLQHQWHDGYRJDGRGDFDXVDDEROLFLRQLVWD
$=(9('2(22UIHXGHFDUDSLQKD,QRevista de História. Ano1, no
5LRGH-DQHLUR%LEOLRWHFD1DFLRQDOMDQ DGDSWDGR 
,±(LORRJLJDQWHGDSUDoD2&ULVWRGDPXOWLGmR
e7LUDGHQWHVTXHPSDVVD'HL[HPSDVVDUR7LWmR $ FRQTXLVWD GD OLEHUGDGH SHORV DIUREUDVLOHLURV QD
$/9(6&*RQ]DJDRXDUHYROXomRGH0LQDV,Q&$59$/+2-0&A formação das VHJXQGDPHWDGHGRVpF;,;IRLUHVXOWDGRGHLPSRUWDQWHV
almas: O imaginário da República no Brasil. 6mR3DXOR&RPSDQKLDGDV/HWUDV
OXWDV VRFLDLV FRQGLFLRQDGDV KLVWRULFDPHQWH $ ELRJUD¿D
GH/XL]*DPDH[HPSOL¿FDD
$5HS~EOLFDEUDVLOHLUDQRVVHXVSULPyUGLRVSUHFLVDYD
FRQVWLWXLU XPD ¿JXUD KHURLFD FDSD] GH FRQJUHJDU  LPSRVVLELOLGDGHGHDVFHQVmRVRFLDOGRQHJURIRUURHPXPD
GLIHUHQoDV H VXVWHQWDU VLPEROLFDPHQWH R QRYR UHJLPH VRFLHGDGHHVFUDYRFUDWDPHVPRVHQGRDOIDEHWL]DGR
2SWDQGRSHOD¿JXUDGH7LUDGHQWHVGHL[RXGHODGR¿JXUDV  H[WUHPD GL¿FXOGDGH GH SURMHomR GRV LQWHOHFWXDLV
FRPR)UHL&DQHFDRX%HQWR*RQoDOYHV$WUDQVIRUPDomR QHJURVQHVVHFRQWH[WRHDXWLOL]DomRGR'LUHLWRFRPR
GR LQFRQ¿GHQWH HP KHUyL QDFLRQDO HYLGHQFLD TXH R FDQDOGHOXWDSHODOLEHUGDGH
HVIRUoR GH FRQVWUXomR GH XP VLPEROLVPR SRU SDUWH GD  ULJLGH] GH XPD VRFLHGDGH DVVHQWDGD QD HVFUDYLGmR
5HS~EOLFDHVWDYDUHODFLRQDGR TXHLQYLDELOL]DYDRVPHFDQLVPRVGHDVFHQVmRVRFLDO
 SRVVLELOLGDGH GH  DVFHQVmR VRFLDO YLDELOL]DGD SHOR
DRFDUiWHUQDFLRQDOLVWDHUHSXEOLFDQRGD,QFRQ¿GrQFLD DSRLR GDV HOLWHV GRPLQDQWHV D XP PHVWLoR ¿OKR GH
HYLGHQFLDGRQDVLGHLDVHQDDWXDomRGH7LUDGHQWHV SDLSRUWXJXrV
j LGHQWL¿FDomR GD &RQMXUDomR 0LQHLUD FRPR R  WURFD GH IDYRUHV HQWUH XP UHSUHVHQWDQWH QHJUR H
PRYLPHQWRSUHFXUVRUGRSRVLWLYLVPREUDVLOHLUR D HOLWH DJUiULD HVFUDYLVWD TXH RXWRUJDUD R GLUHLWR
DR IDWR GH D SURFODPDomR GD 5HS~EOLFD WHU VLGR DGYRFDWtFLRDRPHVPR
XP PRYLPHQWR GH SRXFDV UDt]HV SRSXODUHV TXH
Questão 22
SUHFLVDYDGHOHJLWLPDomR
j VHPHOKDQoD ItVLFD HQWUH 7LUDGHQWHV H -HVXV TXH 6XEVWLWXLVH HQWmR XPD KLVWyULD FUtWLFD SURIXQGD SRU
SURSRUFLRQDULDDXPSRYRFDWyOLFRFRPRREUDVLOHLUR XPDFU{QLFDGHGHWDOKHVRQGHRSDWULRWLVPRHDEUDYXUD
XPDIiFLOLGHQWL¿FDomR GRV QRVVRV VROGDGRV HQFREUHP D YLODQLD GRV PRWLYRV
DR IDWR GH )UHL &DQHFD H %HQWR *RQoDOYHV WHUHP TXHOHYDUDPD,QJODWHUUDDDUPDUEUDVLOHLURVHDUJHQWLQRV
OLGHUDGRPRYLPHQWRVVHSDUDWLVWDVQR1RUGHVWHHQR SDUD D GHVWUXLomR GD PDLV JORULRVD UHS~EOLFD TXH Mi VH
YLXQD$PpULFD/DWLQDDGR3DUDJXDL
6XOGRSDtV &+,$9(1$772--Genocídio americano: A Guerra do Paraguai.
6mR3DXOR%UDVLOLHQVH DGDSWDGR 

Rascunho 2LPSHULDOLVPRLQJOrV³GHVWUXLQGRR3DUDJXDLPDQWpPRVWDWXV
TXR QD $PpULFD 0HULGLRQDO LPSHGLQGR D DVFHQVmR GR VHX
~QLFR(VWDGRHFRQRPLFDPHQWHOLYUH´(VVDWHRULDFRQVSLUDWyULD
YDLFRQWUDDUHDOLGDGHGRVIDWRVHQmRWHPSURYDVGRFXPHQWDLV
&RQWXGRHVVDWHRULDWHPDOJXPDUHSHUFXVVmR
'25$7,272)Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai.
6mR3DXOR&LDGDV/HWUDV DGDSWDGR 

8PD OHLWXUD GHVVDV QDUUDWLYDV GLYHUJHQWHV GHPRQVWUD


TXHDPEDVHVWmRUHÀHWLQGRVREUH

DFDUrQFLDGHIRQWHVSDUDDSHVTXLVDVREUHRVUHDLV
PRWLYRVGHVVD*XHUUD
R FDUiWHU SRVLWLYLVWD GDV GLIHUHQWHV YHUV}HV VREUH
HVVD*XHUUD
RUHVXOWDGRGDVLQWHUYHQo}HVEULWkQLFDVQRVFHQiULRV
GHEDWDOKD
D GL¿FXOGDGH GH HODERUDU H[SOLFDo}HV FRQYLQFHQWHV
VREUHRVPRWLYRVGHVVD*XHUUD
RQtYHOGHFUXHOGDGHGDVDo}HVGRH[pUFLWREUDVLOHLUR
HDUJHQWLQRGXUDQWHRFRQÀLWR
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2010
Questão 23 Questão 25

4XHPFRQVWUXLXD7HEDVGHVHWHSRUWDV" (PIRUDPFRPHPRUDGRVRVDQRVGDPXGDQoD
GD IDPtOLD UHDO SRUWXJXHVD SDUD R %UDVLO RQGH IRL
1RVOLYURVHVWmRQRPHVGHUHLV LQVWDODGD D VHGH GR UHLQR 8PD VHTXrQFLD GH HYHQWRV
$UUDVWDUDPHOHVRVEORFRVGHSHGUD" LPSRUWDQWHV RFRUUHX QR SHUtRGR  GXUDQWH RV
DQRVHPTXH'-RmR9,HDIDPtOLDUHDOSRUWXJXHVD
(D%DELO{QLDYiULDVYH]HVGHVWUXtGD4XHPDUHFRQVWUXLX
SHUPDQHFHUDPQR%UDVLO
WDQWDVYH]HV"
(PTXHFDVDVGD/LPDGRXUDGDPRUDYDPRVFRQVWUXWRUHV" (QWUHHVVHVHYHQWRVGHVWDFDPVHRVVHJXLQWHV
3DUDRQGHIRUDPRVSHGUHLURVQDQRLWHHPTXHD0XUDOKD ‡ %DKLD±3DUDGDGRQDYLRTXHWUD]LDDIDPtOLD
GD&KLQD¿FRXSURQWD" UHDO SRUWXJXHVD SDUD R %UDVLO VRE D SURWHomR GD
$JUDQGH5RPDHVWiFKHLDGHDUFRVGRWULXQIR PDULQKD EULWkQLFD IXJLQGR GH XP SRVVtYHO DWDTXH
GH1DSROHmR
4XHPRVHUJXHX"6REUHTXHPWULXQIDUDPRVFpVDUHV" ‡ 5LRGH-DQHLUR±GHVHPEDUTXHGDIDPtOLDUHDO
%5(&+7%Perguntas de um trabalhador que lê.'LVSRQtYHOHPKWWSUHFDQWRGDVOHWUDVXROFRPEU portuguesa na cidade onde residiriam durante sua
$FHVVRHPDEU
SHUPDQrQFLDQR%UDVLO
‡ 6DOYDGRU±'-RmR9,DVVLQDDFDUWDUpJLDGH
3DUWLQGRGDVUHÀH[}HVGHXPWUDEDOKDGRUTXHOrXPOLYUR DEHUWXUDGRVSRUWRVDRFRPpUFLRGHWRGDVDVQDo}HV
GH+LVWyULDRDXWRUFHQVXUDDPHPyULDFRQVWUXtGDVREUH amigas, ato antecipadamente negociado com a
GHWHUPLQDGRVPRQXPHQWRVHDFRQWHFLPHQWRVKLVWyULFRV ,QJODWHUUD HP WURFD GD HVFROWD GDGD j HVTXDGUD
$FUtWLFDUHIHUHVHDRIDWRGHTXH SRUWXJXHVD
‡ 5LR GH -DQHLUR ±  ' -RmR 9, WRUQDVH UHL GR
%UDVLOHGH3RUWXJDOGHYLGRjPRUWHGHVXDPmH'
 RVDJHQWHVKLVWyULFRVGHXPDGHWHUPLQDGDVRFLHGDGH 0DULD,
GHYHULDPVHUDTXHOHVTXHUHDOL]DUDPIHLWRVKHURLFRV ‡ 3HUQDPEXFR ±  $V WURSDV GH ' -RmR 9,
RXJUDQGLRVRVHSRULVVR¿FDUDPQDPHPyULD VXIRFDPDUHYROXomRUHSXEOLFDQD
 D +LVWyULD GHYHULD VH SUHRFXSDU HP PHPRUL]DU RV *20(6/1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta
enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil
QRPHVGHUHLVRXGRVJRYHUQDQWHVGDVFLYLOL]Do}HV 6mR3DXOR(GLWRUD3ODQHWD DGDSWDGR 

TXHVHGHVHQYROYHUDPDRORQJRGRWHPSR
8PDGDVFRQVHTXrQFLDVGHVVHVHYHQWRVIRL
 RVJUDQGHVPRQXPHQWRVKLVWyULFRVIRUDPFRQVWUXtGRV
SRUWUDEDOKDGRUHVPDVVXDPHPyULDHVWiYLQFXODGD  D GHFDGrQFLD GR LPSpULR EULWkQLFR HP UD]mR GR
DRVJRYHUQDQWHVGDVVRFLHGDGHVTXHRVFRQVWUXtUDP FRQWUDEDQGRGHSURGXWRVLQJOHVHVDWUDYpVGRVSRUWRV
 RV WUDEDOKDGRUHV FRQVLGHUDP TXH D +LVWyULD p EUDVLOHLURV
XPD FLrQFLD GH GLItFLO FRPSUHHQVmR SRLV WUDWD GH  R ¿P GR FRPpUFLR GH HVFUDYRV QR %UDVLO SRUTXH D
VRFLHGDGHVDQWLJDVHGLVWDQWHVQRWHPSR ,QJODWHUUDGHFUHWDUDHPDSURLELomRGRWUi¿FR
GHHVFUDYRVHPVHXVGRPtQLRV
 DV FLYLOL]Do}HV FLWDGDV QR WH[WR HPERUD PXLWR  DFRQTXLVWDGDUHJLmRGRULRGD3UDWDHPUHSUHViOLDj
LPSRUWDQWHVSHUPDQHFHPVHPWHUHPVLGRDOYRVGH DOLDQoDHQWUHD(VSDQKDHD)UDQoDGH1DSROHmR
SHVTXLVDVKLVWyULFDV a abertura de estradas, que permitiu o rompimento do
LVRODPHQWRTXHYLJRUDYDHQWUHDVSURYtQFLDVGRSDtVR
TXHGL¿FXOWDYDDFRPXQLFDomRDQWHVGH
Questão 24  R JUDQGH GHVHQYROYLPHQWR HFRQ{PLFR GH 3RUWXJDO
DSyVDYLQGDGH'-RmR9,SDUDR%UDVLOXPDYH]
$VUXtQDVGRSRYRDGRGH&DQXGRVQRVHUWmRQRUWHGD TXHFHVVDUDPDVGHVSHVDVGHPDQXWHQomRGRUHLH
%DKLD DOpP GH VLJQL¿FDWLYDV SDUD D LGHQWLGDGH FXOWXUDO GHVXDIDPtOLD
GHVVDUHJLmRVmR~WHLVjVLQYHVWLJDo}HVVREUHD*XHUUD
GH&DQXGRVHRPRGRGHYLGDGRVDQWLJRVUHYROWRVRV
Rascunho
(VVDV UXtQDV IRUDP UHFRQKHFLGDV FRPR SDWULP{QLR
FXOWXUDO PDWHULDO SHOR ,SKDQ ,QVWLWXWR GR 3DWULP{QLR
+LVWyULFR H $UWtVWLFR 1DFLRQDO  SRUTXH UH~QHP XP
conjunto de

 REMHWRVDUTXHROyJLFRVHSDLVDJtVWLFRV
 DFHUYRVPXVHROyJLFRVHELEOLRJUi¿FRV
 Q~FOHRVXUEDQRVHHWQRJUi¿FRV
 SUiWLFDVHUHSUHVHQWDo}HVGHXPDVRFLHGDGH
 H[SUHVV}HVHWpFQLFDVGHXPDVRFLHGDGHH[WLQWD

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2010
Questão 26 Questão 28

2 DUWLJR  GR &yGLJR SHQDO %UDVLOHLUR GH  GL]LD 2 SUtQFLSH SRUWDQWR QmR GHYH VH LQFRPRGDU FRP D
)D]HUQDVUXDVHSUDoDVS~EOLFDVH[HUFtFLRVGHDJLOLGDGH UHSXWDomR GH FUXHO VH VHX SURSyVLWR p PDQWHU R SRYR
H GHVWUH]D FRUSRUDO FRQKHFLGRV SHOD GHQRPLQDomR
XQLGRHOHDO'HIDWRFRPXQVSRXFRVH[HPSORVGXURV
GH FDSRHLUDJHP DQGDU HP FRUUHULDV FRP DUPDV RX
SRGHUiVHUPDLVFOHPHQWHGRTXHRXWURVTXHSRUPXLWD
LQVWUXPHQWRV FDSD]HV GH SURGX]LU XPD OHVmR FRUSRUDO
SLHGDGHSHUPLWHPRVGLVW~UELRVTXHOHYHPDRDVVDVVtQLR
SURYRFDQGRWXPXOWRRXGHVRUGHQV
3HQD3ULVmRGHGRLVDVHLVPHVHV HDRURXER
M$48,$9(/1O Príncipe6mR3DXOR0DUWLQ&ODUHW
62$5(6&(/A Negregada instituição: os capoeiras no Rio de Janeiro: 1850-1890.
5LRGH-DQHLUR6HFUHWDULD0XQLFLSDOGH&XOWXUD DGDSWDGR 

2DUWLJRGRSULPHLUR&yGLJR3HQDO5HSXEOLFDQRQDWXUDOL]D 1R VpFXOR ;9, 0DTXLDYHO HVFUHYHX O Príncipe,


PHGLGDV VRFLDOPHQWH H[FOXGHQWHV 1HVVH FRQWH[WR WDO UHÀH[mR VREUH D 0RQDUTXLD H D IXQomR GR JRYHUQDQWH
UHJXODPHQWRH[SUHVVDYD $ PDQXWHQomR GD RUGHP VRFLDO VHJXQGR HVVH DXWRU
 DPDQXWHQomRGHSDUWHGDOHJLVODomRGR,PSpULRFRP baseava-se na
YLVWDVDRFRQWUROHGDFULPLQDOLGDGHXUEDQD
 DGHIHVDGRUHWRUQRGRFDWLYHLURHHVFUDYLGmRSHORV LQpUFLDGRMXOJDPHQWRGHFULPHVSROrPLFRV
SULPHLURVJRYHUQRVGRSHUtRGRUHSXEOLFDQR  ERQGDGHHPUHODomRDRFRPSRUWDPHQWRGRVPHUFHQiULRV
 R FDUiWHU GLVFLSOLQDGRU GH XPD VRFLHGDGH  FRPSDL[mRTXDQWRjFRQGHQDomRGHWUDQVJUHVV}HVUHOLJLRVDV
LQGXVWULDOL]DGD GHVHMRVD GH XP HTXLOtEULR HQWUH  QHXWUDOLGDGHGLDQWHGDFRQGHQDomRGRVVHUYRV
SURJUHVVRHFLYLOL]DomR  FRQYHQLrQFLDHQWUHRSRGHUWLUkQLFRHDPRUDOGRSUtQFLSH
 DFULPLQDOL]DomRGHSUiWLFDVFXOWXUDLVHDSHUVLVWrQFLD
GHYDORUHVTXHYLQFXODYDPFHUWRVJUXSRVDRSDVVDGR Questão 29
GHHVFUDYLGmR
(XR3UtQFLSH5HJHQWHIDoRVDEHUDRVTXHRSUHVHQWH
 R SRGHU GR UHJLPH HVFUDYLVWD TXH PDQWLQKD RV
$OYDUi YLUHP TXH GHVHMDQGR SURPRYHU H DGLDQWDU D
QHJURVFRPRFDWHJRULDVRFLDOLQIHULRUGLVFULPLQDGDH
ULTXH]D QDFLRQDO H VHQGR XP GRV PDQDQFLDLV GHOD DV
VHJUHJDGD
PDQXIDWXUDVHDLQG~VWULDVRXVHUYLGRDEROLUHUHYRJDU
Questão 27
WRGD H TXDOTXHU SURLELomR TXH KDMD D HVWH UHVSHLWR QR
$SROtWLFDIRLLQLFLDOPHQWHDDUWHGHLPSHGLUDVSHVVRDV
(VWDGRGR%UDVLO
GHVHRFXSDUHPGRTXHOKHVGL]UHVSHLWR3RVWHULRUPHQWH $OYDUiGHOLEHUGDGHSDUDDVLQG~VWULDV žGH$EULOGH ,Q%RQDYLGHV3$PDUDO5
Textos políticos da História do Brasil9RO%UDVtOLD6HQDGR)HGHUDO DGDSWDGR 
SDVVRXDVHUDDUWHGHFRPSHOLUDVSHVVRDVDGHFLGLUHP
VREUHDTXLORGHTXHQDGDHQWHQGHP
9$/e5<3&DGHUQRV$SXG%(1(9,'(6090 A cidadania ativa6mR3DXORÈWLFD
2SURMHWRLQGXVWULDOL]DQWHGH'-RmRFRQIRUPHH[SUHVVR
QRDOYDUiQmRVHFRQFUHWL]RX4XHFDUDFWHUtVWLFDVGHVVH
1HVVD GH¿QLomR R DXWRU HQWHQGH TXH D KLVWyULD GD SHUtRGRH[SOLFDPHVVHIDWR"
SROtWLFD HVWi GLYLGLGD HP GRLV PRPHQWRV SULQFLSDLV XP
SULPHLUR PDUFDGR SHOR DXWRULWDULVPR H[FOXGHQWH H XP $RFXSDomRGH3RUWXJDOSHODVWURSDVIUDQFHVDVHR
VHJXQGRFDUDFWHUL]DGRSRUXPDGHPRFUDFLDLQFRPSOHWD IHFKDPHQWRGDVPDQXIDWXUDVSRUWXJXHVDV
&RQVLGHUDQGRRWH[WRTXDOpRHOHPHQWRFRPXPDHVVHV $GHSHQGrQFLDSRUWXJXHVDGD,QJODWHUUDHRSUHGRPtQLR
GRLVPRPHQWRVGDKLVWyULDSROtWLFD" LQGXVWULDOLQJOrVVREUHVXDVUHGHVGHFRPpUFLR
$ GHVFRQ¿DQoD GD EXUJXHVLD LQGXVWULDO FRORQLDO
 $GLVWULEXLomRHTXLOLEUDGDGRSRGHU GLDQWHGDFKHJDGDGDIDPtOLDUHDOSRUWXJXHVD
 2LPSHGLPHQWRGDSDUWLFLSDomRSRSXODU 2FRQIURQWRHQWUHD)UDQoDHD,QJODWHUUDHDSRVLomR
 2FRQWUROHGDVGHFLV}HVSRUXPDPLQRULD G~ELDDVVXPLGDSRU3RUWXJDOQRFRPpUFLRLQWHUQDFLRQDO
 $YDORUL]DomRGDVRSLQL}HVPDLVFRPSHWHQWHV 2DWUDVRLQGXVWULDOGDFRO{QLDSURYRFDGRSHODSHUGD
 $VLVWHPDWL]DomRGRVSURFHVVRVGHFLVyULRV GHPHUFDGRVSDUDDVLQG~VWULDVSRUWXJXHVDV
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Questão 30 Questão 32
³3HFDGRQHIDQGR´HUDH[SUHVVmRFRUUHQWHPHQWHXWLOL]DGD 'H PDUoR GH  D IHYHUHLUR GH  IRUDP
SHORV LQTXLVLGRUHV SDUD D VRGRPLD 1HIDQGXV R TXH GHFUHWDGDV PDLV GH  OHLV QRYDV GH SURWHomR VRFLDO
QmRSRGHVHUGLWR$$VVHPEOHLDGHFOpULJRVUHXQLGDHP
6DOYDGRUHPFRQVLGHURXDVRGRPLD³WmRSpVVLPRH H GH UHJXODPHQWDomR GR WUDEDOKR HP WRGRV RV VHXV
KRUUHQGRFULPH´WmRFRQWUiULRjOHLGDQDWXUH]DTXH³HUD VHWRUHV7RGDVHODVWrPVLGRVLPSOHVPHQWHXPDGiGLYD
LQGLJQRGHVHUQRPHDGR´HSRULVVRPHVPRQHIDQGR GRJRYHUQR'HVGHDtRWUDEDOKDGRUEUDVLOHLURHQFRQWUD
129$,6)0(//2(628=$/História da Vida Privada no Brasil9 QRVTXDGURVJHUDLVGRUHJLPHRVHXYHUGDGHLUROXJDU
6mR3DXOR&RPSDQKLDGDV/HWUDV DGDSWDGR 
'$17$60$IRUoDQDFLRQDOL]DGRUDGR(VWDGR1RYR5LRGH-DQHLUR',3$SXG%(5&,726
51RVWHPSRVGH*HW~OLRGDUHYROXomRGHDR¿PGR(VWDGR1RYR6mR3DXOR$WXDO
2 Q~PHUR GH KRPRVVH[XDLV DVVDVVLQDGRV QR %UDVLO
EDWHX R UHFRUGH KLVWyULFR HP  'H DFRUGR FRP R
5HODWyULR$QXDOGH$VVDVVLQDWRGH+RPRVVH[XDLV /*%7 $ DGRomR GH QRYDV SROtWLFDV S~EOLFDV H DV PXGDQoDV
±/pVELFDV*D\V%LVVH[XDLVH7UDYHVWLV QHVVHDQR MXUtGLFRLQVWLWXFLRQDLVRFRUULGDVQR%UDVLOFRPDDVFHQVmR
IRUDPUHJLVWUDGRVPRUWRVSRUPRWLYDomRKRPRIyELFD GH*HW~OLR9DUJDVDRSRGHUHYLGHQFLDPRSDSHOKLVWyULFR
QR3DtV GHFHUWDVOLGHUDQoDVHDLPSRUWkQFLDGDVOXWDVVRFLDLVQD
'LVSRQtYHOHPZZZDOHPGDQRWLFLDFRPEUXOWLPDVBQRWLFLDVSKS"FRGQRWLFLD 
$FHVVRHPDEU DGDSWDGR  FRQTXLVWDGDFLGDGDQLD'HVVHSURFHVVRUHVXOWRXD
$ KRPRIRELD p D UHMHLomR H PHQRVSUH]R j RULHQWDomR
VH[XDOGRRXWURHPXLWDVYH]HVH[SUHVVDVHVREDIRUPD  FULDomR GR 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR ,QG~VWULD H
GHFRPSRUWDPHQWRVYLROHQWRV2VWH[WRVLQGLFDPTXHDV Comércio, que garantiu ao operariado autonomia
FRQGHQDo}HVS~EOLFDVSHUVHJXLo}HVHDVVDVVLQDWRVGH SDUDRH[HUFtFLRGHDWLYLGDGHVVLQGLFDLV
KRPRVVH[XDLVQRSDtVHVWmRDVVRFLDGDV  OHJLVODomR SUHYLGHQFLiULD TXH SURLELX PLJUDQWHV GH
 j EDL[D UHSUHVHQWDWLYLGDGH SROtWLFD GH JUXSRV RFXSDUHPFDUJRVGHGLUHomRQRVVLQGLFDWRV
RUJDQL]DGRVTXHGHIHQGHPRVGLUHLWRVGHFLGDGDQLD  FULDomRGD-XVWLoDGR7UDEDOKRSDUDFRLELULGHRORJLDV
GRVKRPRVVH[XDLV FRQVLGHUDGDVSHUWXUEDGRUDVGD³KDUPRQLDVRFLDO´
 j IDOrQFLD GD GHPRFUDFLD QR SDtV TXH WRUQD  OHJLVODomR WUDEDOKLVWD TXH DWHQGHX UHLYLQGLFDo}HV
LPSHGLWLYDDGLYXOJDomRGHHVWDWtVWLFDVUHODFLRQDGDV GRVRSHUiULRVJDUDQWLGROKHVYiULRVGLUHLWRVHIRUPDV
jYLROrQFLDFRQWUDKRPRVVH[XDLV
 j&RQVWLWXLomRGHTXHH[FOXLGRWHFLGRVRFLDO GHSURWHomR
RV KRPRVVH[XDLV DOpP GH LPSHGLORV GH H[HUFHU  GHFUHWDomR GD &RQVROLGDomR GDV /HLV GR 7UDEDOKR
VHXVGLUHLWRVSROtWLFRV &/7  TXH LPSHGLX R FRQWUROH HVWDWDO VREUH DV
 DXPSDVVDGRKLVWyULFRPDUFDGRSHODGHPRQL]DomRGR DWLYLGDGHVSROtWLFDVGDFODVVHRSHUiULD
FRUSRHSRUIRUPDVUHFRUUHQWHVGHWDEXVHLQWROHUkQFLD
 D XPD SROtWLFD HXJrQLFD GHVHQYROYLGD SHOR (VWDGR Questão 33
MXVWL¿FDGDDSDUWLUGRVSRVLFLRQDPHQWRVGHFRUUHQWHV
¿ORVy¿FRFLHQWt¿FDV 1mRpGLItFLOHQWHQGHURTXHRFRUUHXQR%UDVLOQRVDQRV
LPHGLDWDPHQWH DQWHULRUHV DR JROSH PLOLWDU GH  $
Questão 31 GLPLQXLomRGDRIHUWDGHHPSUHJRVHDGHVYDORUL]DomRGRV
$SyV D DEGLFDomR GH ' 3HGUR , R %UDVLO DWUDYHVVRX VDOiULRVSURYRFDGDVSHODLQÀDomROHYDUDPDXPDLQWHQVD
XP SHUtRGR PDUFDGR SRU LQ~PHUDV FULVHV DV GLYHUVDV PRELOL]DomR SROtWLFD SRSXODU PDUFDGD SRU VXFHVVLYDV
IRUoDV SROtWLFDV OXWDYDP SHOR SRGHU H DV UHLYLQGLFDo}HV RQGDVJUHYLVWDVGHYiULDVFDWHJRULDVSUR¿VVLRQDLVRTXH
SRSXODUHV HUDP SRU PHOKRUHV FRQGLo}HV GH YLGD H SHOR
GLUHLWRGHSDUWLFLSDomRQDYLGDSROtWLFDGRSDtV2VFRQÀLWRV DSURIXQGRX DV WHQV}HV VRFLDLV 'HVVD YH] DV FODVVHV
UHSUHVHQWDYDPWDPEpPRSURWHVWRFRQWUDDFHQWUDOL]DomR WUDEDOKDGRUDVVHUHFXVDUDPDSDJDURSDWRSHODV³VREUDV´
GRJRYHUQR1HVVHSHUtRGRRFRUUHXWDPEpPDH[SDQVmR GRPRGHORHFRQ{PLFRMXVFHOLQLVWD
GD FXOWXUD FDIHHLUD H R VXUJLPHQWR GR SRGHURVR JUXSR 0(1'21d$65A Industrialização Brasileira6mR3DXOR0RGHUQD DGDSWDGR 
GRV ³EDU}HV GR FDIp´ SDUD R TXDO HUD IXQGDPHQWDO D
PDQXWHQomRGDHVFUDYLGmRHGRWUi¿FRQHJUHLUR
6HJXQGRRWH[WRRVFRQÀLWRVVRFLDLVRFRUULGRVQRLQtFLR
2FRQWH[WRGR3HUtRGR5HJHQFLDOIRLPDUFDGR GRVDQRVGHFRUUHUDPSULQFLSDOPHQWH

 SRU UHYROWDV SRSXODUHV TXH UHFODPDYDP D YROWD da mDQLSXODomR SROtWLFD HPSUHHQGLGD SHOR JRYHUQR
GDPRQDUTXLD -RmR*RXODUW
 SRU YiULDV FULVHV H SHOD VXEPLVVmR GDV IRUoDV
SROtWLFDVDRSRGHUFHQWUDO  GDV FRQWUDGLo}HV HFRQ{PLFDV GR PRGHOR
 SHOD OXWD HQWUH RV SULQFLSDLV JUXSRV SROtWLFRV TXH GHVHQYROYLPHQWLVWD
UHLYLQGLFDYDPPHOKRUHVFRQGLo}HVGHYLGD  GRSRGHUSROtWLFRDGTXLULGRSHORVVLQGLFDWRVSRSXOLVWDV
 SHOR JRYHUQR GRV FKDPDGRV UHJHQWHV TXH  GDGHVPRELOL]DomRGDVFODVVHVGRPLQDQWHVIUHQWHDR
SURPRYHUDPDDVFHQVmRVRFLDOGRV³EDU}HVGRFDIp´
DYDQoRGDVJUHYHV
 SHOD FRQYXOVmR SROtWLFD H SRU QRYDV UHDOLGDGHV
HFRQ{PLFDV TXH H[LJLDP R UHIRUoR GH YHOKDV  GD UHFXVD GRV VLQGLFDWRV HP DFHLWDU PXGDQoDV QD
UHDOLGDGHVVRFLDLV OHJLVODomRWUDEDOKLVWD
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 9
2010
Questão 34 Questão 36
$OHLQmRQDVFHGDQDWXUH]DMXQWRGDVIRQWHVIUHTXHQWDGDV $SROXLomRHRXWUDVRIHQVDVDPELHQWDLVDLQGDQmRWLQKDP
SHORVSULPHLURVSDVWRUHVDOHLQDVFHGDVEDWDOKDVUHDLVGDV HVVHQRPHPDVMiHUDPODUJDPHQWHQRWDGDVQRVpFXOR
YLWyULDVGRVPDVVDFUHVGDVFRQTXLVWDVTXHWrPVXDGDWDH
;,; QDV JUDQGHV FLGDGHV LQJOHVDV H FRQWLQHQWDLV ( D
VHXVKHUyLVGHKRUURUDOHLQDVFHGDVFLGDGHVLQFHQGLDGDV
SUySULDFKHJDGDDRFDPSRGDVHVWUDGDVGHIHUURVXVFLWRX
GDVWHUUDVGHYDVWDGDVHODQDVFHFRPRVIDPRVRVLQRFHQWHV
TXHDJRQL]DPQRGLDTXHHVWiDPDQKHFHQGR SURWHVWRV $ UHDomR DQWLPDTXLQLVWD SURWDJRQL]DGD
)28&$8/70$XODGHGHMDQHLURGH,Q Em defesa da sociedade. SHORV GLYHUVRV OXGGLVPRV DQWHFLSD D EDWDOKD DWXDO GRV
6mR3DXOR0DUWLQV)RQWHV
DPELHQWDOLVWDV(VVHHUDHQWmRRFRPEDWHVRFLDOFRQWUD
2 ¿OyVRIR 0LFKHO )RXFDXOW VpF ;;  LQRYD DR SHQVDU RVPLDVPDVXUEDQRV
6$17260A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção
D SROtWLFD H D OHL HP UHODomR DR SRGHU H j RUJDQL]DomR
6mR3DXOR('863 DGDSWDGR 
VRFLDO &RP EDVH QD UHÀH[mR GH )RXFDXOW D ¿QDOLGDGH
GDVOHLVQDRUJDQL]DomRGDVVRFLHGDGHVPRGHUQDVp
O creVFHQWH GHVHQYROYLPHQWR WpFQLFRSURGXWLYR LPS}H
 FRPEDWHUDo}HVYLROHQWDVQDJXHUUDHQWUHDVQDo}HV PRGL¿FDo}HV QD SDLVDJHP H QRV REMHWRV FXOWXUDLV
 FRDJLUHVHUYLUSDUDUHIUHDUDDJUHVVLYLGDGHKXPDQD YLYHQFLDGRV SHODV VRFLHGDGHV 'H DFRUGR FRP R WH[WR
 FULDUOLPLWHVHQWUHDJXHUUDHDSD]SUDWLFDGDVHQWUH SRGHVHGL]HUTXHWDLVPRYLPHQWRVVRFLDLVHPHUJLUDPH
RVLQGLYtGXRVGHXPDPHVPDQDomR VHH[SUHVVDUDPSRUPHLR
 HVWDEHOHFHU SULQFtSLRV pWLFRV TXH UHJXODPHQWDP DV
Do}HVEpOLFDVHQWUHSDtVHVLQLPLJRV
GDV LGHRORJLDV FRQVHUYDFLRQLVWDV FRP PLOKDUHV GH
 RUJDQL]DUDVUHODo}HVGHSRGHUQDVRFLHGDGHHHQWUH
RV(VWDGRV DGHSWRVQRPHLRXUEDQR
GDV SROtWLFDV JRYHUQDPHQWDLV GH SUHVHUYDomR GRV
Questão 35
REMHWRVQDWXUDLVHFXOWXUDLV
(P QRVVR SDtV TXHUHPRV VXEVWLWXLU R HJRtVPR SHOD GDV WHRULDV VREUH D QHFHVVLGDGH GH KDUPRQL]DomR
PRUDODKRQUDSHODSURELGDGHRVXVRVSHORVSULQFtSLRV
DVFRQYHQLrQFLDVSHORVGHYHUHVDWLUDQLDGDPRGDSHOR HQWUHWpFQLFDHQDWXUH]D
LPSpULRGDUD]mRRGHVSUH]RjGHVJUDoDSHORGHVSUH]RDR dos boicotes aos produtos das empresas
YtFLRDLQVROrQFLDSHORRUJXOKRDYDLGDGHSHODJUDQGH]D H[SORUDGRUDVHSROXHQWHV
GH DOPD R DPRU DR GLQKHLUR SHOR DPRU j JOyULD D ERD
FRPSDQKLDSHODVERDVSHVVRDVDLQWULJDSHORPpULWRR GD FRQWHVWDomR j GHJUDGDomR GR WUDEDOKR GDV
HVSLULWXRVRSHORJrQLRREULOKRSHODYHUGDGHRWpGLRGD WUDGLo}HVHGDQDWXUH]D
YRO~SLDSHORHQFDQWRGDIHOLFLGDGHDPHVTXLQKDULDGRV
JUDQGHVSHODJUDQGH]DGRKRPHP Questão 37
+817/5HYROXomR)UDQFHVDH9LGD3ULYDGDLQ3(55270 2UJ História da Vida Privada: da
Revolução Francesa à Primeira Guerra9RO6mR3DXOR&RPSDQKLDGDV/HWUDV DGDSWDGR  Os meios de FRPXQLFDomRIXQFLRQDPFRPRXPHORHQWUH
O discurso de 5REHVSLHUUHGHGHIHYHUHLURGHGR RVGLIHUHQWHVVHJPHQWRVGHXPDVRFLHGDGH1DV~OWLPDV
TXDO R WUHFKR WUDQVFULWR p SDUWH UHODFLRQDVH D TXDO GRV GpFDGDVDFRPSDQKDPRVDLQVHUomRGHXPQRYRPHLRGH
JUXSRVSROtWLFRVRFLDLVHQYROYLGRVQD5HYROXomR)UDQFHVD" FRPXQLFDomRTXHVXSHUDHPPXLWRRXWURVMiH[LVWHQWHV
YLVWRTXHSRGHFRQWULEXLUSDUDDGHPRFUDWL]DomRGDYLGD
¬ DOWD EXUJXHVLD TXH GHVHMDYD SDUWLFLSDU GR SRGHU
OHJLVODWLYRIUDQFrVFRPRIRUoDSROtWLFDGRPLQDQWH VRFLDO H SROtWLFD GD VRFLHGDGH j PHGLGD TXH SRVVLELOLWD
 $R FOHUR IUDQFrV TXH GHVHMDYD MXVWLoD VRFLDO H HUD D LQVWLWXLomR GH PHFDQLVPRV HOHWU{QLFRV SDUD D HIHWLYD
OLJDGRjDOWDEXUJXHVLD SDUWLFLSDomRSROtWLFDHGLVVHPLQDomRGHLQIRUPDo}HV
 $PLOLWDUHVRULXQGRVGDSHTXHQDHPpGLDEXUJXHVLD
que derrotaram as potências rivais e queriam &RQVWLWXL R H[HPSOR PDLV H[SUHVVLYR GHVVH QRYR
UHRUJDQL]DUD)UDQoDLQWHUQDPHQWH FRQMXQWRGHUHGHVLQIRUPDFLRQDLVD
 ¬ QREUH]D HVFODUHFLGD TXH HP IXQomR GR VHX
FRQWDWR FRP RV LQWHOHFWXDLV LOXPLQLVWDV GHVHMDYD  ,QWHUQHW
H[WLQJXLURDEVROXWLVPRIUDQFrV  ¿EUDyWLFD
Aos representantes da pequena e média burguesia  79GLJLWDO
H GDV FDPDGDV SRSXODUHV TXH GHVHMDYDP MXVWLoD  WHOHIRQLDPyYHO
VRFLDOHGLUHLWRVSROtWLFRV  SRUWDELOLGDGHWHOHI{QLFD
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 10
2010
Questão 38 Questão 40
Opinião +RPHQV GD ,QJODWHUUD SRU TXH DUDU SDUD RV VHQKRUHV
que vos mantêm na miséria?
3RGHPPHSUHQGHU 3RU TXH WHFHU FRP HVIRUoRV H FXLGDGR DV ULFDV URXSDV
3RGHPPHEDWHU que vossos tiranos vestem?
3RGHPDWpGHL[DUPHVHPFRPHU 3RUTXHDOLPHQWDUYHVWLUHSRXSDUGREHUoRDWpRW~PXOR
4XHHXQmRPXGRGHRSLQLmR HVVHVSDUDVLWDVLQJUDWRVTXHH[SORUDPYRVVRVXRU²DK
$TXLGRPRUURHXQmRVDLRQmR que bebem vosso sangue?
$TXLGRPRUURHXQmRVDLRQmR 6+(//(<2VKRPHQVGD,QJODWHUUD

6HQmRWHPiJXD $SXG+8%(50$1/História da Riqueza do Homem. 5LRGH-DQHLUR=DKDU

(XIXURXPSRoR
$ DQiOLVH GR WUHFKR SHUPLWH LGHQWL¿FDU TXH R SRHWD
6HQmRWHPFDUQH URPkQWLFR6KHOOH\  UHJLVWURXXPDFRQWUDGLomR
(XFRPSURXPRVVRHSRQKRQDVRSD QDV FRQGLo}HV VRFLRHFRQ{PLFDV GD QDVFHQWH FODVVH
(GHL[DDQGDUGHL[DDQGDU WUDEDOKDGRUDLQJOHVDGXUDQWHD5HYROXomR,QGXVWULDO7DO
FRQWUDGLomRHVWiLGHQWL¿FDGD
)DOHPGHPLP
4XHPTXLVHUIDODU  QDSREUH]DGRVHPSUHJDGRVTXHHVWDYDGLVVRFLDGD
$TXLHXQmRSDJRDOXJXHO
6HHXPRUUHUDPDQKmVHXGRXWRU GDULTXH]DGRVSDWU}HV
(VWRXSHUWLQKRGRFpX  QR VDOiULR GRV RSHUiULRV TXH HUD SURSRUFLRQDO DRV
VHXVHVIRUoRVQDVLQG~VWULDV
=p.HWWLOpinião'LVSRQtYHOHPKWWSZZZPSEQHWFRPEU  QD EXUJXHVLD TXH WLQKD VHXV QHJyFLRV ¿QDQFLDGRV
$FHVVRHPDEU
SHORSUROHWDULDGR
 QRWUDEDOKRTXHHUDFRQVLGHUDGRXPDJDUDQWLDGH
(VVDP~VLFDIH]SDUWHGHXPLPSRUWDQWHHVSHWiFXORWHD-
OLEHUGDGH
WUDOTXHHVWUHRXQRDQRGHQR5LRGH-DQHLUR2SD-
SHOH[HUFLGRSHOD0~VLFD3RSXODU%UDVLOHLUD 03% QHVVH  QDULTXH]DTXHQmRHUDXVXIUXtGDSRUDTXHOHVTXHD
FRQWH[WRHYLGHQFLDGRSHODOHWUDGHP~VLFDFLWDGDIRLRGH SURGX]LDP

HQWUHWHQLPHQWRSDUDRVJUXSRVLQWHOHFWXDLV Questão 41
YDORUL]DomRGRSURJUHVVRHFRQ{PLFRGRSDtV A ética precisa ser compreendida como um
FUtWLFDjSDVVLYLGDGHGRVVHWRUHVSRSXODUHV HPSUHHQGLPHQWR FROHWLYR D VHU FRQVWDQWHPHQWH
GHQ~QFLDGDVLWXDomRVRFLDOHSROtWLFDGRSDtV UHWRPDGR H UHGLVFXWLGR SRUTXH p SURGXWR GD UHODomR
PRELOL]DomRGRVVHWRUHVTXHDSRLDYDPD'LWDGXUD0LOLWDU LQWHUSHVVRDOHVRFLDO$pWLFDVXS}HDLQGDTXHFDGDJUXSR
VRFLDOVHRUJDQL]HVHQWLQGRVHUHVSRQViYHOSRUWRGRVH
Questão 39 TXHFULHFRQGLo}HVSDUDRH[HUFtFLRGHXPSHQVDUHDJLU
DXW{QRPRV$UHODomRHQWUHpWLFDHSROtWLFDpWDPEpPXPD
A chegada da televisão TXHVWmRGHHGXFDomRHOXWDSHODVREHUDQLDGRVSRYRVe
$FDL[DGHSDQGRUDWHFQROyJLFDSHQHWUDQRVODUHVHOLEHUD necessária uma ética renovada, que se construa a partir
VXDVFDEHoDVIDODQWHVDVWURVQRYHODVQRWLFLiULRVHDV GDQDWXUH]DGRVYDORUHVVRFLDLVSDUDRUJDQL]DUWDPEpP
IDEXORVDV LUUHVLVWtYHLV JDURWDVSURSDJDQGD YHUV}HV XPDQRYDSUiWLFDSROtWLFD
PRGHUQL]DGDVGRWUDGLFLRQDOKRPHPVDQGXtFKH &25',HWDO3DUD¿ORVRIDU6mR3DXOR6FLSLRQH DGDSWDGR 

6(9&(1.21 2UJ História da Vida Privada no Brasil 3. República: da Belle Époque


à Era do Rádio6mR3DXOR&LDGDV/HWUDV
2 6pFXOR ;; WHYH GH UHSHQVDU D pWLFD SDUD HQIUHQWDU
QRYRV SUREOHPDV RULXQGRV GH GLIHUHQWHV FULVHV VRFLDLV
$ 79 D SDUWLU GD GpFDGD GH  HQWURX QRV ODUHV FRQÀLWRV LGHROyJLFRV H FRQWUDGLo}HV GD UHDOLGDGH
EUDVLOHLURV SURYRFDQGR PXGDQoDV FRQVLGHUiYHLV QRV 6RE HVVH HQIRTXH H D SDUWLU GR WH[WR D pWLFD SRGH VHU
KiELWRV GD SRSXODomR &HUWRV HSLVyGLRV GD KLVWyULD compreendida como
EUDVLOHLUD UHYHODUDP TXH D 79 HVSHFLDOPHQWH FRPR
HVSDoRGHDomRGDLPSUHQVDWRUQRXVHWDPEpPYHtFXOR instrumento de garantia da cidadania, porque através
GHXWLOLGDGHS~EOLFDDIDYRUGDGHPRFUDFLDQDPHGLGD GHODRVFLGDGmRVSDVVDPDSHQVDUHDJLUGHDFRUGR
em que FRPYDORUHVFROHWLYRV
 PHFDQLVPRGHFULDomRGHGLUHLWRVKXPDQRVSRUTXH
DPSOL¿FRXRVGLVFXUVRVQDFLRQDOLVWDVHDXWRULWiULRV pGDQDWXUH]DGRKRPHPVHUpWLFRHYLUWXRVR
GXUDQWHRJRYHUQR9DUJDV  PHLRSDUDUHVROYHURVFRQÀLWRVVRFLDLVQRFHQiULRGD
UHYHORX SDUD R SDtV FDVRV GH FRUUXSomR QD HVIHUD JOREDOL]DomR SRLV D SDUWLU GR HQWHQGLPHQWR GR TXH
SROtWLFDGHYiULRVJRYHUQRV p HIHWLYDPHQWH D pWLFD D SROtWLFD LQWHUQDFLRQDO VH
maquiou indicadores sociais negativos durante as UHDOL]D
GpFDGDVGHH  SDUkPHWURSDUDDVVHJXUDURH[HUFtFLRSROtWLFRSULPDQGR
DSRLRXQRJRYHUQR&DVWHOR%UDQFRDVLQLFLDWLYDVGH SHORVLQWHUHVVHVHDomRSULYDGDGRVFLGDGmRV
IHFKDPHQWRGRSDUODPHQWR  DFHLWDomR GH YDORUHV XQLYHUVDLV LPSOtFLWRV QXPD
FRUURERURXDFRQVWUXomRGHREUDVIDUD{QLFDVGXUDQWH VRFLHGDGHTXHEXVFDGLPHQVLRQDUVXDYLQFXODomRj
os govHUQRVPLOLWDUHV RXWUDVVRFLHGDGHV
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2010
Questão 42 Questão 44

Judiciário contribuiu com ditadura no Chile, diz Juiz


Guzmán Tapia
$VFRUWHVGHDSHODomRUHMHLWDUDPPDLVGHPLOhabeas
corpus QRV FDVRV GDV SHVVRDV GHVDSDUHFLGDV 1RV
WULEXQDLV PLOLWDUHV WRGDV DV FDXVDV IRUDP FRQFOXtGDV
FRP VXVSHQV}HV WHPSRUiULDV RX GH¿QLWLYDV H RV
GHVDSDUHFLPHQWRV SROtWLFRV WLYHUDP DSHQDV WUkPLWH
IRUPDO QD -XVWLoD$VVLP R 3RGHU -XGLFLiULR FRQWULEXLX
para que os agentes estataLV¿FDVVHPLPSXQHV 48,12Toda Mafalda6mR3DXOR0DUWLQV)RQWHV

'LVSRQtYHOHPKWWSZZZFDUWDPDLRUFRPEU$FHVVRHPMXO DGDSWDGR 

'HPRFUDFLD ³UHJLPH SROtWLFR QR TXDO D VREHUDQLD p


6HJXQGRRWH[WRGXUDQWHDGLWDGXUDFKLOHQDQDGpFDGDGH H[HUFLGDSHORSRYRSHUWHQFHDRFRQMXQWRGRVFLGDGmRV´
DUHODomRHQWUHRVSRGHUHV([HFXWLYRH-XGLFLiULR -$3,$66Ò+0$5&21'(6'DicioQiULR%iVLFRGH)LORVR¿D5LRGH-DQHLUR=DKDU

FDUDFWHUL]DYDVHSHOD
Uma suposta “vacina” contra o despotismo, em um
 SUHVHUYDomR GD DXWRQRPLD LQVWLWXFLRQDO HQWUH RV FRQWH[WRGHPRFUiWLFRWHPSRUREMHWLYR
SRGHUHV
 YDORUL]DomRGDDWXDomRLQGHSHQGHQWHGHDOJXQVMXt]HV  LPSHGLUDFRQWUDWDomRGHIDPLOLDUHVSDUDRVHUYLoRS~EOLFR
 PDQXWHQomR GD LQWHUIHUrQFLD MXUtGLFD QRV DWRV  UHGX]LUDDomRGDVLQVWLWXLo}HVFRQVWLWXFLRQDLV
H[HFXWLYRV  FRPEDWHUDGLVWULEXLomRHTXLOLEUDGDGHSRGHU
 WUDQVIHUrQFLDGDVIXQo}HVGRVMXt]HVSDUDRFKHIHGH
 HYLWDUDHVFROKDGHJRYHUQDQWHVDXWRULWiULRV
(VWDGR
 UHVWULQJLUDDWXDomRGR3DUODPHQWR
 VXERUGLQDomR GR SRGHU MXGLFLiULR DRV LQWHUHVVHV
SROtWLFRVGRPLQDQWHV Questão 45

Questão 43 Na étiFD FRQWHPSRUkQHD R VXMHLWR QmR p PDLV XP


VXMHLWR VXEVWDQFLDO VREHUDQR H DEVROXWDPHQWH OLYUH
8P EDQFR LQJOrV GHFLGLX FREUDU GH VHXV FOLHQWHV FLQFR QHP XP VXMHLWR HPStULFR SXUDPHQWH QDWXUDO (OH p
OLEUDVWRGDYH]TXHUHFRUUHVVHPDRVIXQFLRQiULRVGHVXDV VLPXOWDQHDPHQWH RV GRLV QD PHGLGD HP TXH p XP
sujeito histórico-social $VVLP D pWLFD DGTXLUH XP
DJrQFLDV(RPRWLYRGLVVRpTXHQDYHUGDGHQmRTXHUHP GLPHQVLRQDPHQWR SROtWLFR XPD YH] TXH D DomR GR
FOLHQWHV HP VXDV DJrQFLDV R TXH TXHUHP p UHGX]LU R VXMHLWRQmRSRGHPDLVVHUYLVWDHDYDOLDGDIRUDGDUHODomR
Q~PHURGHDJrQFLDVID]HQGRFRPTXHRVFOLHQWHVXVHP VRFLDO FROHWLYD 'HVVH PRGR D pWLFD VH HQWUHODoD
DVPiTXLQDVDXWRPiWLFDVHPWRGRRWLSRGHWUDQVDo}HV QHFHVVDULDPHQWHFRPDSROtWLFDHQWHQGLGDHVWDFRPR
D iUHD GH DYDOLDomR GRV YDORUHV TXH DWUDYHVVDP DV
(PVXPDHOHVTXHUHPVHOLYUDUGHVHXVIXQFLRQiULRV UHODo}HVVRFLDLVHTXHLQWHUOLJDRVLQGLYtGXRVHQWUHVL
+2%6%$:0(O novo século6mR3DXOR&RPSDQKLDGDV/HWUDV DGDSWDGR 
6(9(5,12$-)LORVR¿D6mR3DXOR&RUWH] DGDSWDGR 

2 H[HPSOR PHQFLRQDGR SHUPLWH LGHQWL¿FDU XP DVSHFWR 2 WH[WR DR HYRFDU D GLPHQVmR KLVWyULFD GR SURFHVVR GH
GDDGRomRGHQRYDVWHFQRORJLDVQDHFRQRPLDFDSLWDOLVWD IRUPDomRGDpWLFDQDVRFLHGDGHFRQWHPSRUkQHDUHVVDOWD
FRQWHPSRUkQHD8PDUJXPHQWRXWLOL]DGRSHODVHPSUHVDV
os conte~GRV pWLFRV GHFRUUHQWHV GDV LGHRORJLDV
HXPDFRQVHTXrQFLDVRFLDOGHWDODVSHFWRHVWmRHP
SROtWLFRSDUWLGiULDV
 TXDOLGDGHWRWDOHHVWDELOLGDGHQRWUDEDOKR  RYDORUGDDomRKXPDQDGHULYDGDGHSUHFHLWRVPHWDItVLFRV
 SOHQRHPSUHJRHHQIUDTXHFLPHQWRGRVVLQGLFDWRV  DVLVWHPDWL]DomRGHYDORUHVGHVDVVRFLDGRVGDFXOWXUD
 GLPLQXLomRGRVFXVWRVHLQVHJXUDQoDQRHPSUHJR  RVHQWLGRFROHWLYRHSROtWLFRGDVDo}HVKXPDQDVLQGLYLGXDLV
 UHVSRQVDELOLGDGHVRFLDOHUHGXomRGRGHVHPSUHJR  R MXOJDPHQWR GD DomR pWLFD SHORV SROtWLFRV HOHLWRV
 PD[LPL]DomRGRVOXFURVHDSDUHFLPHQWRGHHPSUHJRV GHPRFUDWLFDPHQWH
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 12
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO


ESSA É A COR DO SEU CADERNO DE PROVAS!
MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA
2º DIA
CADERNO

7
AZUL

2010
2ª APLICAÇÃO
PROVA DE REDAÇÃO E DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES

1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de Redação e 90 8 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
questões numeradas de 91 a 180, dispostas da seguinte maneira:
a. as questões de número 91 a 135 são relativas à área de 9 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não
b. as questões de número 136 a 180 são relativas à área de serão considerados na avaliação.
Matemática e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 91 a 95 são relativas à língua estrangeira. Você 10 Quando terminar as provas, entregue ao aplicador este CADERNO DE
deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. Confirme a sua opção de
língua estrangeira no CARTÃO-RESPOSTA.
11 Você somente poderá deixar o local de prova após decorridas duas horas
2 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, a opção do início da sua aplicação. Caso permaneça na sala por, no mínimo,
correspondente à cor desta capa: 5-Amarela; 6-Cinza; 7-Azul ou 8-Rosa. cinco horas após o início da prova, você poderá levar este CADERNO DE
ATENÇÃO: se você assinalar mais de uma opção de cor ou deixar todos os QUESTÕES.
campos em branco, sua prova não será corrigida.
12 Você será excluído do exame caso:
3 Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇÃO, que se
encontra no verso do CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou
imediatamente ao aplicador da sala. relógios de calcular, bem como rádios, gravadores,
headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de
4 Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do qualquer espécie;
CARTÃO-RESPOSTA e da FOLHA DE REDAÇÃO com caneta esferográfica de
tinta preta.
b. se ausente da sala de provas levando consigo o
5 Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes
ser substituído. do prazo estabelecido;
6 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções,
identificadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer
corretamente à questão. participante do processo de aplicação das provas;

7 No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à d. se comunique com outro participante, verbalmente, por
opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido
no círculo, com caneta esferográfica de tinta preta. Você deve, portanto, escrito ou por qualquer outra forma;
assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma
opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. e. apresente dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal.

*azul25dom0*
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2010
*azul25dom2*
LINGUAGENS E CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS O texto aborda uma temática inerente ao processo
de desenvolvimento do ser humano, a dentição.
Questões de 91 a 135 Há informação quantificada na mensagem quando
se diz que as cáries dos dentes mencionados
Questões de 91 a 95 (opção inglês)
A acontecem em mais de 25% das crianças entre seis
e sete anos.
Questão 91
The record industry B ocorrem em menos de 25% das crianças entre seis
e sete anos.
The record industry is undoubtedly in crisis, with labels
C surgem em uma pequena minoria das crianças.
laying off employees in continuation. This is because CD
sales are plummeting as youngsters prefer to download D começam em crianças acima dos 7 anos.
their music from the Internet, usually free of charge. E podem levar dezenas de anos para ocorrer.
And yet it´s not all gloom and doom. Some labels are
Questão 93
in fact thriving. Putumayo World Music, for example, is
growing, thanks to its catalogue of ethnic compilation Hip hop music
albums, featuring work by largely unknown artists from
Hip hop music is a musical genre which developed as
around the planet.
        !     + 8  
Putumayo, which takes its name from a valley in
elements such as rapping, DJing, sampling (or synthesis),
Colombia, was founded in New York in 1993. It began life
as an alternative clothing company, but soon decided to scratching and beatboxing. Hip hop began in the South
concentrate on music. Indeed its growth appears to have Bronx of New York City in the 1970s. The term rap is often
coincided with that of world music as a genre. used synonymously with hip hop, but hip hop denotes the
Speak Up. Ano XXIII, nº 275 (fragmento). practices of an entire subculture.
Disponível em: http://en.wikipedia.org. Acesso em: 8 jul. 2010.
A indústri 
    
 
no século XX e, como consequência, as empresas Brazilian hip hop is one of the world’s major hip hop
enfrentaram crises. Entre as causas, o texto da revista  !=   !+ 8 !   !
Speak Up aponta especially in São Paulo, where groups tend to have a
  !> +   
A o baixo interesse dos jovens por alguns gêneros
and gangsta rap.
musicais.
B o acesso a músicas, geralmente sem custo, pela ? @        >    !
Internet. social, and racial issues plaguing the disenfranchised
C a compilação de álbuns com diferentes estilos youth in the suburbs of São Paulo and Rio. The lyrical
musicais.
content, band names, and song names used by Brazilian
D a ausência de artistas populares entre as pessoas
mais jovens. hip hop artists often connote the socio-political issues
E o aumento do número de cantores desconhecidos. surrounding their communities.
Disponível em: http://en.wikipedia.org. Acesso em: 8 jul. 2010 (fragmento).

Questão 92 Sendo a música uma das formas de manifestação cultural


de um país, o rap brasileiro, a partir das informações do
The six-year molars texto, tem sido caracterizado
      
are the “keystone” of the dental arch. They are also A >ência internacional nos nomes de bandas e
extremely susceptible to decay. de músicas.
Parents have to understand that these teeth are very B      >F K   Z
important. Over 25% of 6 to 7 year old children have da periferia.
beginning cavities in one of the molars.
C pela irreverência dos cantores, adeptos e suas
The early loss of one of these molars causes serious vestimentas.
problems in childhood and adult life. It is never easy for
D como um gênero musical de menor prestígio na
parents to make kids take care of their teeth. Even so,
parents have to insist and never give up. sociedade.
Módulo do Ensino Integrado!"#!$  &'* E pela criatividade dos primeiros adeptos do gênero hip hop.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 2
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*azul25dom3* 2010

Questão 94 Questão 95
Crystal Ball
Come see your life in my crystal glass –
=   
Let me look into your past –
Here’s what you had for lunch today:
Tuna salad and mashed potatoes,
Collard greens pea soup and apple juice,
Chocolate milk and lemon mousse.
You admit I’ve got told it all?
Well, I know it, I confess,
Not by looking, in my ball,
But just by looking at your dress.
SILVERSTEIN, S. Falling up. New York: Harper Collins Publishers, 1996.

A curiosidade a respeito do futuro pode exercer um


fascínio peculiar sobre algumas pessoas, a ponto de
colocá-las em situações inusitadas. Na letra da música Disponível em: http://www.weblogcartoons.com. Acesso em: 13 jul. 2010.
Crystal Ball!  F   \ #
revelado à pessoa que ela Os aparelhos eletrônicos contam com um número cada
vez maior de recursos. O autor do desenho detalha os
A recebeu uma boa notícia. diferentes acessórios e características de um celular e, a
julgar pela maneira como os descreve, ele
B ganhou um colar de pedras.
A prefere os aparelhos celulares com , mecanismo
C se sujou durante o almoço. que se dobra, estando as teclas protegidas contra
eventuais danos.
D comprou vestidos novos.
B apresenta uma opinião sarcástica com relação aos
E encontrou uma moeda.
aparelhos celulares repletos de recursos adicionais.
Rascunho C escolhe seus aparelhos celulares conforme o
tamanho das teclas, facilitando o manuseio.
D acredita que o uso de aparelhos telefônicos portáteis
seja essencial para que a comunicação se dê a
qualquer instante.
E julga essencial a presença de editores de textos
nos celulares, pois ele pode concluir seus trabalhos
pendentes fora do escritório.

Rascunho

LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 3


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2010
*azul25dom4*
LINGUAGENS E CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 92

Questões de 91 a 135

Questões de 91 a 95 (opção espanhol)

Questão 91
La cueca chilena
La cueca es la danza nacional de Chile, la protagonista
de las celebraciones y festividades criollas. Su origen
 
    !  \   
vinculan a culturas como la española, africana, peruana,
así como también a la chilena.
La rutina de esta danza
encuentra — según algunos
folcloristas — una explicación
@]      El sistema que se ha estado utilizando es el de urna
“clueca”, concepto con el que
se hace referencia a los electrónica con teclado numérico para la emisión del voto.
movimientos que hace una +     ] ]
polla cuando es requerida acta inicial con activación por clave. La caja de balotas
por el gallo. Es por ello que el
rol del hombre, en el baile, se electrónicas es una computadora personal con un uso
asemeja a la rueda y al   K  \       K 
entusiasmo que pone el gallo en su conquista amorosa. resistente, pequeña en dimensión, liviana, con fuentes
La mujer, en cambio, sostiene una conducta más
defensiva y esquiva. autónomas de energía y recursos de seguridad. La
Disponível em: http://www.chile.com. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado). característica más destacable del sistema brasileño
Todos os países têm costumes, músicas e danças \         ]
típicos, que compõem o seu folclore e diferenciam a la identidad del elector, la emisión y el escrutinio de voto
sua cultura. Segundo o texto, na cueca, dança típica do
en una misma máquina.
Chile, o comportamento e os passos do homem e da
Voto electrónico en Brasil. Disponível em: http://www.votoelectronico.info/blog.
mulher, estão associados Acesso em: 12 abr. 2009 (adaptado).

A à postura defensiva da mulher. Pela observação da imagem e leitura do texto a respeito


B à origem espanhola da dança. F ^ ? !  
C ao cortejo entre galo e galinha.
D ao entusiasmo do homem. A a funcionalidade dos computadores, por meio
E ao nacionalismo chileno. das palavras-chave teclado, botones, impresión,
electrónicas e computadora.
Rascunho
B a evolução das máquinas modernas, por meio das
palavras-chave teclado, botones, electrónicas,
energia e máquina.

C a segurança da informação, por meio das palavras-


chave electrónica, clave, seguridad, 
 e
identidad.

D o sistema brasileiro de votação eletrônica, por meio


das palavras-chave urna, teclado, voto, botones e
elector.

E a linguagem matemática, por meio das palavras-


chave numérico, clave, pequeña, dimensión e
energia.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 4
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*azul25dom5* 2010
O texto traz informações acerca de um evento de grande
Questão 93
importância ocorrido em Ubrique — uma tourada. De
acordo com esse fragmento, alguns dos fatos que atestam
a vitória nesse evento típico da cultura espanhola são

A a realização de cortejo público ao toureiro e o abraço


do adversário.
B a hospedagem no Hotel Sierra de Ubrique e a
presença da família real.
C a formação de fã-clubes numerosos e o recebimento
de título de nobreza.
D o acúmulo de maior número de orelhas e a saída
pelo portão principal.
E a reunião de numerosos curiosos e o apreço de uma
Disponível em: www.gaturro.com. Acesso em: 10 ago. 2010. rica mulher.
O gênero textual história em quadrinhos pode ser usado
com a intenção de provocar humor. Na tira, o cartunista
Questão 95
Nik atinge o clímax dessa intenção quando
El Camino de la lengua nos lleva hasta el siglo X,
A apresenta, já no primeiro quadro, a contradição de época en la que aparecen las Glosas Emilianenses
humores nas feições da professora e do aluno. en el monasterio de Suso en San Millán (La Rioja).
B sugere, com os pontos de exclamação, a entonação Las Glosas Emilianenses están consideradas como
incrédula de Gaturro em relação à pergunta de Ágatha. el testimonio escrito más antiguo del castellano. Paso
C compõe um cenário irreal em que uma professora não a paso y pueblo a pueblo, el viajero llegará al siglo XV
percebe no texto de um aluno sua verdadeira intenção. para asistir al nacimiento de la primera Gramática de la
D aponta que Ágatha desconstrói a ideia inicial de Lengua Castellana, la de Nebrija. Más tarde, escritores
Gaturro a respeito das reais intenções da professora. como Miguel de Cervantes, Calderón de la Barca, Miguel
E congela a imagem de Ágatha, indicando seu de Unamuno, Santa Teresa de Jesús o el contemporáneo
desinteresse pela situação vivida por Gaturro. Miguel Delibes irán apareciendo a lo largo del itinerario.

Pero la literatura no es el único atractivo de este viaje


Questão 94
que acaba de comenzar.
Jesulín y Cayetano Rivera salieron a hombros por la
Nuestra ruta está llena de palacios, conventos, teatros y
puerta grande aplaudidos por María José Campanario y
restaurantes. La riqueza gastronómica de esta región es
la duquesa de Alba.
algo que el viajero debe tener muy en cuenta.
Expectación, mucha expectación fue la que se vivió el Revista Punto y Coma. Espanha, n°9, nov./dez. 2007.
pasado sábado en la localidad gaditana de Ubrique.
Un cartel de lujo para una tarde gloriosa formado por O “Camino de la lengua”, um percurso para turistas na
los diestros Jesulín, “El Cid”, y Cayetano Rivera. El de Espanha, conduz o viajante por um roteiro que, além da
Ubrique pudo presumir de haber sido “profeta en su temática original sobre a língua e a literatura espanholas,
tierra” en una tarde triunfal, con un resultado de tres envolve também os aspectos
orejas y salida por la puerta grande.
A turísticos e místicos.
Desde primera hora de la tarde, numerosos curiosos
             B culturais e educacionais.
plaza y al hotel Sierra de Ubrique, donde hubo un gran
C históricos e de enriquecimento.
ambiente previo a la cita taurina, dado que era el sitio
donde estaban hospedados los toreros. D 
 > 
Revista ¡Hola! nº 3.427, Barcelona, 7 abr. 2010 (fragmento).
E arquitetônicos e gastronômicos.
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2010
*azul25dom6*
Questão 98
Questão 96
Reclame

Se o mundo não vai bem


a seus olhos, use lentes
... ou transforme o mundo

Figura I Figura II Figura III ótica olho vivo


agradece a preferência
Figura I. Disponível em: http://zuperdido.wordpress.com. Acesso em: 27 abr. 2010.
Figura II. Disponível em: http://jornale.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010. CHACAL et al. Poesia marginal. São Paulo: Ática, 2006.
Figura III. Disponível em: http://www.alamedavirtual.com. Acesso em: 27 abr. 2010.
Chacal é um dos representantes da geração poética de
O salto, movimento natural do homem, está presente 1970. A produção literária dessa geração, considerada
em ações cotidianas e também nas artes, nas lutas, nos marginal e engajada, de que é representativo o poema
esportes, entre outras atividades. Com relação a esse apresentado, valoriza
movimento, considera-se que
A o experimentalismo em versos curtos e tom jocoso.
A é realizado para cima, sem que a impulsão determine B a sociedade de consumo, com o uso da linguagem
o tempo de perda de contato com o solo. publicitária.
B é na fase de voo que se inicia o impulso, que, dado C a construção do poema, em detrimento do conteúdo.
pelos braços, determina o tipo e o tempo de duração D a experimentação formal dos neossimbolistas.
do salto.
E o uso de versos curtos e uniformes quanto à métrica.
C #            
Questão 99
com o solo nas situações em que é praticado.
D é realizado após uma breve corrida para local mais Prima Julieta
alto, sem que se utilize apoio para o impulso. Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era
E é a perda momentânea de contato dos pés com o a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo
solo e apresenta as fases de impulsão, voo e queda. ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino,
teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade.
Questão 97
Apenas pelo seu andar percebia-se que era
Em uma reportagem a respeito da utilização do uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta
computador, um jornalista posicionou-se da seguinte caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás,
forma: A humanidade viveu milhares de anos sem o remando os belos braços brancos. A cabeleira loura
computador e conseguiu se virar. Um escritor brasileiro  K >
 `   {
um verde azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida,
disse com orgulho que ainda escreve a máquina ou a
em dois planos: voz de pessoa da alta sociedade.
mão; que precisa do contato físico com o papel. Um
MENDES, M. A idade do serrote. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968.
 +  >\   F
apenas a vida de algumas pessoas, ampliando a oferta Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o
de pesquisa e correspondência, mudou a carreira de todo modo como se organiza a própria composição textual,
mundo. Um professor arrematou que todas as disciplinas tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar,
hoje não podem ser imaginadas sem os recursos da descrever, argumentar, explicar, instruir. No trecho,
computação e, para um físico, ele é imprescindível para, reconhece-se uma sequência textual
por exemplo, investigar a natureza subatômica.
A explicativa, em que se expõem informações objetivas
Como era a vida antes do computador? OceanAir em Revista. n° 1, 2007 (adaptado).
referentes à prima Julieta.
Entre as diferentes estratégias argumentativas utilizadas B instrucional, em que se ensina o comportamento
na construção de textos, no fragmento, está presente feminino, inspirado em prima Julieta.
C narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer
A a comparação entre elementos. do tempo, envolvem prima Julieta.
B a reduplicação de informações. D descritiva, em que se constrói a imagem de prima
Julieta a partir do que os sentidos do enunciador
C o confronto de pontos de vista. captam.
D a repetição de conceitos. E argumentativa, em que se defende a opinião do
enunciador sobre prima Julieta, buscando-se a
E a citação de autoridade. adesão do leitor a essas ideias.
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*azul25dom7* 2010
Considerando a relação entre os usos oral e escrito da
Questão 100
K! !  \ 
Texto I
XLI A  €\\ 
Ouvia: seus textos registrados por outros.
Que não podia odiar
B permite, com mais facilidade, a propagação e a
E nem temer
permanência de ideias ao longo do tempo.
Porque tu eras eu.
E como seria C figura como um modo comunicativo superior ao
Odiar a mim mesma da oralidade.
E a mim mesma temer. D leva as pessoas a desacreditarem nos fatos narrados
HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento). por meio da oralidade.
Texto II
Transforma-se o amador na cousa amada E tem seu surgimento concomitante ao da oralidade.
Transforma-se o amador na cousa amada, Questão 102
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).

Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de


Camões, a temática comum é

A o “outro” transformado no próprio eu lírico, o que se


realiza por meio de uma espécie de fusão de dois
seres em um só.
B a fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos
 }}! FK  \
odeia a si mesmo.
C ~ \  K  !  
se, porém, nos versos de Camões, certa resistência
do ser amado.
D a dissociação entre o “outro” e o eu lírico, porque o
ódio ou o amor se produzem no imaginário, sem a
realização concreta.
E o “outro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados,
nos Textos I e II, respectivamente, o ódio e o amor.
Questão 101

APADRINHE. IGUAL AO JOÃO, MILHARES DE


CRIANÇAS TAMBÉM PRECISAM DE UM MELHOR
AMIGO. SEJA O MELHOR AMIGO DE UMA CRIANÇA.
Anúncio assinado pelo Fundo Cristão para Crianças CCF-Brasil. Revista IstoÉ. São Paulo:
Três, ano 32, n° 2079, 16 set. 2009.

Pela forma como as informações estão organizadas, observa-


se que, nessa peça publicitária, predominantemente, busca-se

A conseguir a adesão do leitor à causa anunciada.


B reforçar o canal de comunicação com o interlocutor.
C divulgar informações a respeito de um dado assunto.
D enfatizar os sentimentos e as impressões do
próprio enunciador.
E ressaltar os elementos estéticos, em detrimento do
conteúdo veiculado.
XAVIER, C. Disponível em: http://www.releituras.com. Acesso em: 03 set. 2010.

LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 7


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2010
*azul25dom8*
Questão 103 Questão 105
No Brasil colonial, os portugueses procuravam ocupar
e explorar os territórios descobertos, nos quais viviam CURRÍCULO
índios, que eles queriam cristianizar e usar como força
de trabalho. Os missionários aprendiam os idiomas dos
nativos para catequizá-los nas suas próprias línguas. Ao Ident

 !K>  { 
desse processo foi a formação de uma língua geral, [Nome Completo]
desdobrada em duas variedades: o abanheenga, ao sul, Brasileiro, [Estado Civil], [Idade] anos
e o nheengatu, ao norte. Quase todos se comunicavam
na língua geral, sendo poucos aqueles que falavam [Endereço – Rua/Av. + Número + Complemento]
apenas o português. [Bairro] – [Cidade] – [Estado]
De acordo com o texto, a língua geral formou-se e Telefone: [Telefone com DDD] / E-mail: [E-mail]
consolidou-se no contexto histórico do Brasil-Colônia.
Portanto, a formação desse idioma e suas variedades
foi condicionada Objetivo
A pelo interesse dos indígenas em aprender a religião [Cargo pretendido]
dos portugueses.
B pelo interesse dos portugueses em aprimorar o saber
linguístico dos índios.
C pela percepção dos indígenas de que as suas línguas Formação
precisavam aperfeiçoar-se.
D pelo interesse unilateral dos indígenas em aprender
uma nova língua com os portugueses.  
 
E pela distribuição espacial das línguas indígenas, que [Período] – Empresa
era anterior à chegada dos portugueses.
Cargo:
Questão 104 Principais atividades:
Por volta do ano de 700 a.C., ocorreu um importante
invento na Grécia: o alfabeto. Com isso, tornou-se
possível o preenchimento da lacuna entre o discurso  
 
oral e o escrito. Esse momento histórico foi preparado
ao longo de aproximadamente três mil anos de evolução [Descrição] ([Local], conclusão em [Ano de Conclusão
e da comunicação não alfabética até a sociedade grega do Curso ou Atividade]).
alcançar o que Havelock chama de um novo estado
de espírito, “o espírito alfabético”, que originou uma
transformação qualitativa da comunicação humana.
As tecnologias da informação com base na eletrônica Informações Adicionais
(inclusive a imprensa eletrônica) apresentam uma
[Descrição Informação Adicional]
capacidade de armazenamento. Hoje, os textos
 ^   >+feedback, interação
    F ! !
A busca por emprego faz parte da vida de jovens e
também alteram o próprio processo de comunicação.
CASTELLS, M. A. Era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: adultos. Para tanto, é necessário estruturar o currículo
Paz e Terra, 1999 (adaptado).

Com o advento do alfabeto, ocorreram, ao longo da adequadamente. Em que parte da estrutura do currículo
história, várias implicações socioculturais. Com a Internet, deve ser inserido o fato de você ter sido premiado com o título
as transformações na comunicação humana resultam
A da descoberta da mídia impressa, por meio da de “Aluno Destaque do Ensino Médio – Menção Honrosa”?
produção de livros, revistas, jornais.
B do esvaziamento da cultura alfabetizada, que, na era A † F 
da informação, está centrada no mundo dos sons e
das imagens.
C da quebra das fronteiras do tempo e do espaço na B Formação.
integração das modalidades escrita, oral e audiovisual.
D da audiência da informação difundida por meio da C ‡  ˆ $  
TV e do rádio, cuja dinâmica favorece o crescimento
da eletrônica. D Informações Adicionais.
E da penetrabilidade da informação visual, predominante
na mídia impressa, meio de comunicação de massa. E ‰ F$  onal.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 8
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*azul25dom9* 2010
Questão 106 Questão 107
Texto I
Š  > !
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!
Meu Deus, eu sinto e bem vês que eu morro
Respirando esse ar;
Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo
Os gozos do meu lar!

Dá-me os sítios gentis onde eu brincava


Lá na quadra infantil;
Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,
O céu de meu Brasil!
Š  > !
Meu Deus! Não seja já!
Eu quero ouvir cantar na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!
ABREU, C. Poetas românticos brasileiros. São Paulo: Scipione, 1993.
Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, ago. 2009.
Texto II
Esse texto é uma propaganda veiculada nacionalmente. A ideologia romântica, argamassada ao longo do século
Esse gênero textual utiliza-se da persuasão com uma XVIII e primeira metade do século XIX, introduziu-
se em 1836. Durante quatro decênios, imperaram o
    K  {    +Z 
“eu”, a anarquia, o liberalismo, o sentimentalismo, o
texto é nacionalismo, através da poesia, do romance, do teatro
e do jornalismo (que fazia sua aparição nessa época).
A comprovar que o avanço da dengue no país está MOISÉS, M. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1971 (fragmento).

relacionado ao fato de a população desconhecer os De acordo com as considerações de Massaud Moisés


no Texto II, o Texto I centra-se
agentes causadores.
A no imperativo do “eu”, reforçando a ideia de que
B convencer as pessoas a se mobilizarem, com o estar longe do Brasil é uma forma de estar bem, já
intuito de eliminar os agentes causadores da doença. que o país sufoca o eu lírico.
B no nacionalismo, reforçado pela distância da pátria e
C demonstrar que a propaganda tem um caráter pelo saudosismo em relação à paisagem agradável
institucional e, por essa razão, não pretende vender onde o eu lírico vivera a infância.

produtos. C na liberdade formal, que se manifesta na opção por


versos sem métrica rigorosa e temática voltada para
D informar à população que a dengue é uma doença o nacionalismo.
D no fazer anárquico, entendida a poesia como
que mata e que, por essa razão, deve ser combatida.
negação do passado e da vida, seja pelas opções
E sugerir que a sociedade combata a doença, formais, seja pelos temas.
E no sentimentalismo, por meio do qual se reforça a
observando os sintomas apresentados e procurando
alegria presente em oposição à infância, marcada
auxílio médico. pela tristeza.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 9
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2010
*azul25dom10*
Questão 109
Questão 108
{  os ~ Œ {   ~ FŒ O American Idol islâmico
Submergidos no interior da sociedade, sem reconhecimento
formal, esses grupos passam a ser vistos de diferentes Quem não gosta do Big Brother diz que os reality shows
são programas vazios, sem cultura. No mundo árabe,
perspectivas pelos seus intérpretes, a maioria das
esse problema já foi resolvido: em The Millions’ Poet (“O
vezes, engajados em discussões que se polarizam entre
Poeta dos Milhões”), líder de audiência no golfo pérsico,
artesanato, cultura erudita e cultura popular. o prêmio vai para o melhor poeta. O programa, que é
PORTO ALEGRE, M. S. Arte e ofício de artesão. São Paulo, 1985 (adaptado). transmitido pela Abu Dhabi TV e tem 70 milhões de
O texto aponta para uma discussão antiga e recorrente espectadores, é uma competição entre 48 poetas de 12
sobre o que é arte. Artesanato é arte ou não? De acordo países árabes — em que o vencedor leva um prêmio de
com uma tendência inclusiva sobre a relação entre arte US$ 1,3 milhão.
e educação, Mas lá, como aqui, o reality gera controvérsia. O BBB
teve a polêmica dos “coloridos” (grupo em que todos
A o artesanato é algo do passado e tem sua os participantes eram homossexuais). E Millions’ Poet
sobrevivência fadada à extinção por se tratar de detonou uma discussão sobre os direitos da mulher no
trabalho estático produzido por poucos. mundo árabe.
B os artistas populares não têm capacidade de pensar GARATTONI, B. O American Idol islâmico. SuperInteressante. Edição 278, maio 2010 (fragmento).
e conceber a arte intelectual, visto que muitos deles
sequer dominam a leitura. No trecho “Mas lá, como aqui, o reality gera controvérsia”,
o termo destacado foi utilizado para estabelecer uma
C o artista popular e o artesão, portadores de saber
ligação com outro termo presente no texto, isto é, fazer
cultural, têm a capacidade de exprimir, em seus
referência ao
trabalhos, determinada formação cultural.
D os artistas populares produzem suas obras pautados A vencedor, que é um poeta árabe.
em normas técnicas e educacionais rígidas, B poeta, que mora na região da Arábia.
aprendidas em escolas preparatórias.
C mundo árabe, local em que há o programa.
E o artesanato tem seu sentido limitado à região em
que está inserido como uma produção particular, D Brasil, lugar onde há o programa BBB.
sem expansão de seu caráter cultural. E programa, que há no Brasil e na Arábia.

Questão 110

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010.

Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimação) sua escultura na neve, fazendo uso de uma linguagem especializada.
Os quadrinhos rompem com a expectativa do leitor, porque

A Calvin, na sua última fala, emprega um registro formal e adequado para a expressão de uma criança.

B Haroldo, no último quadrinho, apropria-se do registro linguístico usado por Calvin na apresentação de sua obra de arte.

C Calvin emprega um registro de linguagem incompatível com a linguagem de quadrinhos.

D Calvin, no último quadrinho, utiliza um registro linguístico informal.

E Haroldo não compreende o que Calvin lhe explica, em razão do registro formal utilizado por este último.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 10
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*azul25dom11* 2010
Questão 111 Questão 112

Quincas Borba mal podia encobrir a satisfação do triunfo. Segundo o físico da USP, Cláudio Furukawa, é possível
Tinha uma asa de frango no prato, e trincava-a com ser um cidadão ecossustentável adotando atos simples.
]  ‡ @+Z€! É um argumento utilizado pelo físico, para sustentar
mas tão frouxas, que ele não gastou muito tempo em a ideia de que podemos contribuir para melhorar a
destruí-las. qualidade de vida no planeta,
— Para entender bem o meu sistema, concluiu ele, A tampar a panela para a comida não esfriar, seguindo
importa não esquecer nunca o princípio universal, os conselhos da mãe.
repartido e resumido em cada homem. Olha: a
guerra, que parece uma calamidade, é uma operação B reduzir a quantidade de calorias, fervendo a água em
recipientes tampados.
conveniente, como se disséssemos o estalar dos dedos
}‘’     C analisar o calor do GLP, enquanto a água estiver em
asa do frango), a fome é uma prova a que Humanitas processo de ebulição.
submete a própria víscera. Mas eu não quero outro D aquecer líquidos utilizando os botijões de 13 quilos,
documento da sublimidade do meu sistema, senão este pois consomem menos.
mesmo frango. Nutriu-se de milho, que foi plantado por
um africano, suponhamos, importado de Angola. Nasceu E diminuir a chama do fogão, para aquecer quantidades
esse africano, cresceu, foi vendido; um navio o trouxe, maiores de líquido.
um navio construído de madeira cortada no mato por
Questão 113
dez ou doze homens, levado por velas, que oito ou
dez homens teceram, sem contar a cordoalha e outras O contato com textos exercita a capacidade de
partes do aparelho náutico. Assim, este frango, que eu       \\#
almocei agora mesmo, é o resultado de uma multidão
@‡   
 !  “   
mate ao meu apetite. A apresentar um conteúdo de natureza cieK 
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Civilização Brasiliense, 1975.

`  ‰ ? +”}” # B divulgar informações da vida pessoal do pesquisador.
princípios que, conforme a explanação do personagem,
C anunciar um determinado tipo de botijão de gás.
consideram a cooperação entre as pessoas uma forma de
D solicitar soluções para os problemas apresentados.
A lutar pelo bem da coletividade.
B atender a interesses pessoais. E instruir o leitor sobre como utilizar corretamente o botijão.

C erradicar a desigualdade social. Questão 114


D minimizar as diferenças individuais. O Arlequim, o Pierrô, a Brighella ou a Colombina são
E estabelecer vínculos sociais profundos. personagens típicos de grupos teatrais da Commedia
dell’art, que, há anos, encontram-se presentes em
Texto para as questões 112 e 113. marchinhas e fantasias de carnaval. Esses grupos
Tampe a panela teatrais seguiam, de cidade em cidade, com faces e
Parece conselho de mãe para a comida não esfriar, disfarces, fazendo suas críticas, declarando seu amor
mas a ciência explica como é possível ser um cidadão     + Z !     F!
ecossustentável adotando o simples ato de tampar a despediam-se do público com músicas e poesias.
panela enquanto esquenta a água para o macarrão ou
para o cafezinho. Segundo o físico Cláudio Furukawa, A intenção desses atores era expressar sua mensagem
da USP, a cada minuto que a água ferve em uma panela voltada para a
sem tampa, cerca de 20 gramas do líquido evaporam.
Com o vapor, vão embora 11 mil calorias. Como o A crença na dignidade do clero e na divisão entre o
poder de conferir calor do GLP, aquele gás utilizado no mundo real e o espiritual.
botijão de cozinha, é de 11 mil calorias por grama, será
B ideologia de luta social que coloca o homem no
preciso 1 grama a mais de gás por minuto para aquecer
a mesma quantidade de água. Isso pode não parecer centro do processo histórico.
nada para você ou para um botijão de 13 quilos, mas C crença na espiritualidade e na busca incansável pela
imagine o potencial de devastação que um cafezinho
justiça social dos feudos.
despretensioso e sem os devidos cuidados pode provocar
em uma população como a do Brasil: 54,6 toneladas D ideia de anarquia expressa pelos trovadores
de gás desperdiçado por minuto de aquecimento da iluministas do início do século XVI.
água, considerando que cada família brasileira faça um
cafezinho por dia. Ou 4 200 botijões desperdiçados. E ideologia humanista com cenas centradas no
Superinteressante. São Paulo: Abril, n° 247, dez. 2007. homem, na mulher e no cotidiano.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 11
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2010
*azul25dom12*
Questão 117
Questão 115
Estamos em plena “Idade Mídia” desde os anos de
As doze cores do vermelho
1990, plugados durante muitas horas semanais (jovens
Você volta para casa depois de ter ido jantar com sua entre 13 e 24 anos passam 3h30 diárias na Internet,
amiga dos olhos verdes. Verdes. Às vezes quando você garante pesquisa Studio Ideias para o núcleo Jovem da
sai do escritório você quer se distrair um pouco. Você
não suporta mais tem seu trabalho de desenhista. Cópias Editora Abril), substituímos as cartas pelos e-mails, os
plantas réguas milímetros nanquim compasso 360º. diários intímos pelos blogs, os telegramas pelo Twitter,
de cercado cerco. Antes de dormir você quer estudar a enciclopédia pela Wikipédia, o álbum de fotos pelo
para a prova de história da arte mas sua menina menor Flickr. O YouTube é mais atraente do que a TV.
tem febre e chama você. A mão dela na sua mão é um PERISSÉ, G. A escrita na Internet. Especial Sala de Aula. São Paulo, 2010 (fragmento).
peixe sem sol em irradiações noturnas. Quentes ondas. '  F   
Seu marido se aproxima os pés calçados de meias nos No ciberespaço, os textos virtuais são produzidos
chinelos folgados. Ele olha as horas nos dois relógios combinando-se características de gêneros tradicionais.
  ‡    ˆ          Essa combinação representa,
dia todo até tarde da noite enquanto a menina ardia em A na redação do e-mail, o abandono da formalidade e
febre. Ponto e ponta. Dor perfume crescente... do rigor gramatical.
CUNHA, H. P. As doze cores do vermelho. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2009. B no uso do Twitter, a presença da concisão, que
A literatura brasileira contemporânea tem abordado, aproxima os textos às manchetes jornalísticas.
sob diferentes perspectivas, questões relacionadas C na produção de um blog, a perda da privacidade,
ao universo feminino. No fragmento, entre os recursos pois o blog  
K
expressivos utilizados na construção da narrativa, D no uso do Twitter, a falta de coerência nas mensagens
destaca-se a ali veiculadas, provocada pela economia de palavras.
A repetição de “você”, que se refere ao interlocutor da E na produção de textos em geral, a soberania da
personagem. autoria colaborativa no ciberespaço.
B ausência de vírgulas, que marca o discurso irritado Questão 118
da personagem.
C descrição minuciosa do espaço do trabalho, que se Não é raro ouvirmos falar que o Brasil é o país das
opõe ao da casa. danças ou um país dançante. Essa nossa “fama” é bem
D autoironia, que ameniza o sentimento de opressão
da personagem. pertinente, se levarmos em consideração a diversidade
E ausência de metáforas, que é responsável pela de manifestações rítmicas e expressivas existentes de
objetividade do texto. Norte a Sul. Sem contar a imensa repercussão de nível
internacional de algumas delas.
Questão 116
Diante do número de óbitos provocados pela gripe H1N1 Danças trazidas pelos africanos escravizados, danças
– gripe suína – no Brasil, em 2009, o Ministro da Saúde relativas aos mais diversos rituais, danças trazidas pelos
fez um pronunciamento público na TV e no rádio. Seu imigrantes etc. Algumas preservam suas características
objetivo era esclarecer a população e as autoridades e pouco se transformaram com o passar do tempo, como
locais sobre a necessidade do adiamento do retorno às o forró, o maxixe, o xote, o frevo. Outras foram criadas e
aulas, em agosto, para que se evitassem a aglomeração F   “ >ˆ F
de pessoas e a propagação do vírus. incorporadas, e as danças transformam-se, multiplicam-
Fazendo uso da norma padrão da língua, que se pauta se. Nos centros urbanos, existem danças como o funk, o
pela correção gramatical, seria correto o Ministro ler, em hip hop, as danças de rua e de salão.
seu pronunciamento, o seguinte trecho: É preciso deixar claro que não há jeito certo ou errado
de dançar. Todos podem dançar, independentemente
A Diante da gravidade da situação e do risco de de biótipo, etnia ou habilidade, respeitando-se as
que nos expomos, há a necessidade de se evitar
aglomerações de pessoas, para que se possa conter diferenciações de ritmos e estilos individuais.
GASPARI, T. C. Dança e educação física na escola: implicações para a prática pedagógica.
o avanço da epidemia.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 (adaptado).
B Diante da gravidade da situação e do risco a que
nos expomos, há a necessidade de se evitarem '+!  \! 
aglomerações de pessoas, para que se possam #  ! 
  !#
conter o avanço da epidemia. A prática corporal que conserva inalteradas suas
C Diante da gravidade da situação e do risco a que  ! >ˆ   
nos expomos, há a necessidade de se evitarem da sociedade.
aglomerações de pessoas, para que se possa conter B forma de expressão corporal baseada em gestos
o avanço da epidemia. padronizados e realizada por quem tem habilidade
D Diante da gravidade da situação e do risco os para dançar.
quais nos expomos, há a necessidade de se evitar C manifestação rítmica e expressiva voltada para as
aglomerações de pessoas, para que se possa conter apresentações artísticas, sem que haja preocupação
o avanço da epidemia. com a linguagem corporal.
E Diante da gravidade da situação e do risco com que D prática que traduz os costumes de determinado povo
nos expomos, tem a necessidade de se evitarem ou região e está restrita a este.
aglomerações de pessoas, para que se possa conter E representação das manifestações, expressões,
o avanço da epidemia. comunicações e características culturais de um povo.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 12
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*azul25dom13* 2010
Questão 120
Questão 119
Texto I
Chão de esmeralda

Me sinto pisando
Um chão de esmeraldas
Quando levo meu coração
À Mangueira
Sob uma chuva de rosas
Meu sangue jorra das veias
E tinge um tapete
Pra ela sambar
É a realeza dos bambas
Que quer se mostrar
Soberba, garbosa
Minha escola é um catavento a girar
É verde, é rosa
Oh, abre alas pra Mangueira passar
BUARQUE, C.; CARVALHO, H. B. Chico Buarque de Mangueira. Marola Edições Musicais
Ltda. BMG. 1997. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010.

Texto II

Quando a escola de samba entra na Marquês de Sapucaí,


a plateia delira, o coração dos componentes bate mais
forte e o que vale é a emoção. Mas, para que esse
verdadeiro espetáculo entre em cena, por trás da cortina
Disponível em: http://ziraldo.blogtv.uol.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010. de fumaça dos fogos de artifício, existe um verdadeiro
batalhão de alegria: são costureiras, aderecistas,
O cartaz de Ziraldo faz parte de uma campanha contra o diretores de ala e de harmonia, pesquisador de enredo e
uso de drogas. Essa abordagem, que se diferencia das de    \ \
Z    e.
   !   
AMORIM, M.; MACEDO, G. O espetáculo dos bastidores. Revista de Carnaval 2010:
Mangueira. Rio de Janeiro: Estação Primeira de Mangueira, 2010.

A pela seleção do público alvo da campanha, Ambos os textos exaltam o brilho, a beleza, a tradição e o
compromisso dos dirigentes e de todos os componentes
representado, no cartaz, pelo casal de jovens. com a escola de samba Estação Primeira de Mangueira.
Uma das diferenças que se estabelece entre os textos
B  
   @! Z    é que
ordem aos usuários e não usuários: diga não às drogas.
A o artigo jornalístico cumpre a função de transmitir
C pela ausência intencional do acento grave, que emoções e sensações, mais do que a letra de música.
constrói a ideia de que não é a droga que faz a B a letra de música privilegia a função social de
comunicar a seu público a crítica em relação ao
cabeça do jovem. samba e aos sambistas.
D pelo uso da ironia, na oposição imposta entre C a linguagem poética, no Texto I, valoriza imagens
metafóricas e a própria escola, enquanto a linguagem, no
a seriedade do tema e a ambiência amena que Texto II, cumpre a função de informar e envolver o leitor.
envolve a cena. D ao associar esmeraldas e rosas às cores da escola, o
Texto I acende a rivalidade entre escolas de samba,
E pela criação de um texto de sátira à postura dos enquanto o Texto II é neutro.
jovens, que não possuem autonomia para seguir E o Texto I sugere a riqueza material da Mangueira,
seus caminhos. enquanto o Texto II destaca o trabalho na escola
de samba.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 13
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2010
*azul25dom14*
Como qualquer outra variedade linguística, a norma
Questão 121
 F       › ! + 
Riqueza ameaçada se marcas da norma padrão que são determinadas
pelo veículo em que ele circula, que é a Revista Língua
Boa parte dos 180 idiomas sobreviventes está ameaçada Portuguesa. Entre essas marcas, evidencia-se
F—’˜˜™š#  
A a obediência às normas gramaticais, como a
de 500 pessoas. No passado, era comum pessoas
concordância em “um gênero que invade as livrarias”.
serem amarradas em árvores quando se expressavam
em suas línguas, lembra o cacique Felisberto Kokama, B a presença de vocabulário arcaico, como em “há de
um analfabeto para os nossos padrões e um guardião da ter alguma grandeza natural”.
pureza de seu idioma (caracterizado por uma diferença C  K  ! ~
marcante entre a fala masculina e a feminina), lá no viço qualquer que o destaque”.
Amazonas, no Alto Solimões. Outro Kokama, o professor
D o emprego de expressões regionais, como em “tem
Leonel, da região de Santo Antônio do Içá (AM), mostra
essa pegada”.
o problema atual: “Nosso povo se rendeu às pessoas
+    + ˆ {  E o uso de termos técnicos, como em “grandes títulos
K     do gênero infantil”.
a prática da nossa língua. Há poucos falantes, e com
vergonha de falar. A língua é muito preconceituada entre
nós mesmos”. Questão 123
Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento, nº 26 , 2007.
O novo boca a boca

O desaparecimento gradual ou abrupto de partes Tomara que não seja verdade, porque, se for, os críticos,
importantes do patrimônio linguístico e cultural do país comentaristas, os chamados formadores de opinião,
possui causas variadas. Segundo o professor Leonel, todos corremos o risco de perder nossa razão de ser e
da região de Santo Antônio do Içá (AM), os idiomas nossos empregos. Há uma nova ameaça à vista. Dizem
indígenas sobreviventes estão ameaçados de extinção que a Internet será em breve, já está sendo, o boca a
boca de milhões de pessoas, isto é, vai substituir aquele
devido ao
processo usado tradicionalmente para recomendar um
! ! # ›F
A medo que as pessoas tinham de serem castigadas a orientação transmitida pela imprensa e nem mesmo as
por falarem a sua língua. dicas dadas pessoalmente – tudo seria feito virtualmente
pelos mecanismos de mobilização da rede.
B número reduzido de índios que continuam falando
VENTURA, Z. O Globo, 19 set. 2009 (fragmento).
entre si nas suas reservas.
Segundo o texto, a Internet apresenta a possibilidade
C contato com falantes de outras línguas e a imposição
     €  !    \
de um outro idioma.
estabelece novos meios de realizar atividades cotidianas.
D desaparecimento das reservas indígenas em A preocupação do autor acerca do desaparecimento de
  ˆ >ˆ +      €

E descaso dos governantes em preservar esse


A às habilidades necessárias a um bom comunicador,
patrimônio cultural brasileiro.
que podem ser comprometidas por problemas
Questão 122 pessoais.

Maurício e o leão chamado Millôr B œ  +   €   
internautas, que superam as informações jornalísticas.
Livro de Flavia Maria ilustrado por cartunista nasce como
um dos grandes títulos do gênero infantil C ao número de pessoas conectadas à Internet, à
Um livro infantil ilustrado por Millôr há de ter alguma rapidez e à facilidade com que a informação acontece.
grandeza natural, um viço qualquer que o destaque de
um gênero que invade as livrarias (2 mil títulos novos, D aos boatos que atingem milhões de pessoas, levando
todo ano) nem sempre com qualidade. Uma pegada que a população a desacreditar nos formadores de
o afaste do risco de fazer sombra ao fato de ser ilustrado opinião.
por Millôr: Maurício - O Leão de Menino (CosacNaify, 24
páginas, R$ 35), de Flavia Maria, tem essa pegada. E         @  \ 
Disponível em: http://www.revistalingua.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010 (fragmento).    ara informar a sociedade.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 14
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*azul25dom15* 2010
Questão 124 A progressão textual realiza-se por meio de relações
semânticas que se estabelecem entre as partes do texto.
O “politicamente correto” tem seus exageros, como
chamar baixinho de “verticalmente prejudicado”, mas, Tais relações podem ser claramente apresentadas pelo
no fundo, vem de uma louvável preocupação em não emprego de elementos coesivos ou não ser explicitadas,
ofender os diferentes. É muito mais gentil chamar no caso da justaposição. Considerando-se o texto lido,
estrabismo de “idiossincrasia ótica” do que de vesguice.
O linguajar brasileiro está cheio de expressões racistas
e preconceituosas que precisam de uma correção, e até A no primeiro parágrafo, o conectivo já que marca uma
as várias denominações para bêbado (pinguço, bebo, relação de consequência entre os segmentos do texto.
pé-de-cana) poderiam ser substituídas por algo como
“contumaz etílico”, para lhe poupar os sentimentos. B no primeiro parágrafo, o conectivo mas explicita uma
relação de adição entre os segmentos do texto.
O tratamento verbal dado aos negros é o melhor
exemplo da condescendência que passa por tolerância C entre o primeiro e o segundo parágrafos, está
racial no Brasil. Termos como “crioulo”, “negão” etc. são implícita uma relação de causalidade.
até considerados carinhosos, do tipo de carinho que se
dá a inferiores, e, felizmente, cada vez menos ouvidos. D no quarto parágrafo, o conectivo enquanto estabelece
“Negro” também não é mais correto. Foi substituído por
  !   >ˆ   afro-americans, uma relação de explicação entre os segmentos do texto.
num caso de colonialismo cultural positivo. Está certo. E entre o quarto e o quinto parágrafos, está implícita
Enquanto o racismo que não quer dizer seu nome
continua no Brasil, uma integração real pode começar uma relação de oposição.
pela linguagem.
VERÍSSIMO, L. F. Peixe na cama. Diário de Pernambuco. 10 jun. 2006 (adaptado).
Questão 126
Ao comparar a linguagem cotidiana utilizada no Brasil e Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado,
as exigências do comportamento “politicamente correto”, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos
o autor tem a intenção de
A criticar o racismo declarado do brasileiro, que nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia
    F >    de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino
expressões linguísticas.
fala igual; contudo as variações são mais numerosas
B defender o uso de termos que revelam a
despreocupação do brasileiro quanto ao preconceito que as notas de uma escala musical. Pernambuco,
racial, que inexiste no Brasil. Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar
C mostrar que os problemas de intolerância racial, no de seus nativos muito mais variantes do que se imagina.
Brasil, já estão superados, o que se evidencia na
linguagem cotidiana. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo
D questionar a condenação de certas expressões mundo ri, porque parece impossível que um praiano de
consideradas “politicamente incorretas”, o que
impede os falantes de usarem a linguagem beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo
espontaneamente. de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se
E sugerir que o país adote, além de uma postura orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the;
linguística “politicamente correta”, uma política de
convivência sem preconceito racial. já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu
Questão 125 de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu...
Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me
Diego Souza ironiza torcida do Palmeiras
O Palmeiras venceu o Atlético-GO pelo placar de 1 a 0, chamava, afetuosamente, de Raquer.
        { 
       Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).
de alegria, já que a equipe do Verdão venceu e deu
um importante passo para conquistar a vaga para as Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de
 !mas não foi bem isso que aconteceu.
variação linguística que se percebe no falar de pessoas
O meia Diego Souza foi substituído no segundo tempo
debaixo de vaias dos torcedores palmeirenses e chegou de diferentes regiões. As características regionais
@ +   œ `  exploradas no texto manifestam-se
do jogo, o meia chegou a dizer que estava feliz por jogar
no Verdão. A na fonologia.
— Eu não estou pensando em sair do Palmeiras. Estou
muito feliz aqui — disse. B no uso do léxico.
Perguntado sobre as vaias da torcida enquanto era
substituído, Diego Souza ironizou a torcida do Palmeiras. C no grau de formalidade.
—Vaias? Que vaias? — ironiza o camisa 7 do Verdão, D na organização sintática.
antes de descer para os vestiários.
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 29 abr. 2010. E na estruturação morfológica.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 15
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2010
*azul25dom16*
As redes sociais compõem uma categoria de organização
Questão 127
social em que grupos de indivíduos utilizam a Internet com
Saúde objetivos comuns de comunicação e relacionamento.
` !+ Z !  Nesse contexto, os chamados blogueiros
à TV, insistentes são os apelos feitos em prol da atividade A promovem discussões sobre diversos assuntos,
física. A mídia não descansa; quer vender roupas
expondo seus pontos de vista particulares e
esportivas, propagandas de academias, tênis, aparelhos
de ginástica e musculação, vitaminas, dietas... uma incentivando a troca de opiniões e consolidação de
F 
 !\   grupos de interesse.
alimentares que, por trás de toda essa “parafernália”, B contribuem para o analfabetismo digital dos leitores
impõe um discurso do convencimento e do desejo de
de blog, uma vez que não se preocupam com os
um corpo belo, saudável e, em sua grande maioria, de
melhor saúde. usos padronizados da língua.
RODRIGUES,L. H.; GALVÃO, Z. Educação Física na escola: implicações para a prática C interferem nas rotinas de encontros e comemorações
pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. de determinados segmentos, porque supervalorizam
‡ @F>ˆ K   amento das o contato a distância.
pessoas, no que diz respeito ao padrão de corpo exigido, D      !   
podem ocorrer mudanças de hábitos corporais. A esse
respeito, infere-se do texto que é necessário evitar que pessoas que não compactuam com as
 € 
A reconhecer o que é indicado pela mídia como
determinados assuntos.
referência para alcançar o objetivo de ter um corpo
belo e saudável. E utilizam os blogs para exposição de mensagens
B valorizar o discurso da mídia, entendendo-o como particulares, sem se preocuparem em responder aos
incentivo à prática da atividade física, para o culto do comentários recebidos, e abdicam do uso de outras
corpo perfeito. ferramentas virtuais, como o correio eletrônico.
C diferenciar as práticas corporais veiculadas pela
Questão 129
mídia daquelas praticadas no dia a dia, considerando
a saúde e a integridade corporal. Expressões Idiomáticas
D atender aos apelos midiáticos em prol da prática
exacerbada de exercícios físicos, como garantia de Expressões idiomáticas ou idiomatismo são expressões
beleza.
\     @   F      
E      ! \    através de suas palavras individuais ou no sentido literal.
alimentares como o caminho para atingir o padrão
Não é possível traduzi-las em outra língua e se originam
de corpo idealizado pela mídia.
de gírias e culturas de cada região. Nas diversas regiões
Questão 128 do país, há várias expressões idiomáticas que integram
As redes sociais de relacionamento ganham força a os chamados dialetos.
cada dia. Uma das ferramentas que tem contribuído Disponível em: www.brasilescola.com. Acesso em: 24 abr. 2010 (adaptado).
    \     #   
e a consolidação da blogosfera, nome dado ao conjunto O texto esclarece o leitor sobre as expressões
de blogs e blogueiros que circulam pela Internet. Um idiomáticas, utilizando-se de um recurso metalinguístico
blog é um site com acréscimos dos chamados artigos, que se caracteriza por
ou posts. Estes são, em geral, organizados de forma
A >      +      
cronológica inversa, tendo como foco a temática
proposta do blog, podendo ser escritos por um número em relação ao preconceito contra os falantes que
variável de pessoas, de acordo com a política do blog. utilizam expressões idiomáticas.
Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre B externar atitudes preconceituosas em relação às
um assunto em particular; outros funcionam mais como
classes menos favorecidas que utilizam expressões
diários on-line. Um blog típico combina texto, imagens
e links para outros blogs, páginas da web e mídias idiomáticas.
relacionadas a seu tema. A possibilidade de leitores C divulgar as várias expressões idiomáticas existentes
deixarem comentários de forma a interagir com o autor e e controlar a atenção do interlocutor, ativando o
outros leitores é uma parte importante dos blogs. canal de comunicação entre ambos.
{ \           
D     \ F  € 
   
comunicação virou até referência para sugestões de
reportagem. A linguagem utilizada pelos blogueiros, elas fazem parte do cotidiano do falante pertencente
autores e leitores de blogs, foge da rigidez praticada nos a grupos regionais diferentes.
meios de comunicação e deixa o leitor mais próximo do E preocupar-se em elaborar esteticamente os sentidos
assunto, além de facilitar o diálogo constante entre eles.
das expressões idiomáticas existentes em regiões
Disponível em: http//pt.wikipedia.org. Acesso em: 21 maio 2010 (adaptado). distintas.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 16
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*azul25dom17* 2010
Questão 130 Todo texto apresenta uma intenção, da qual derivam as
escolhas linguísticas que o compõem. O texto da campanha
publicitária e o da charge apresentam, respectivamente,
composição textual pautada por uma estratégia

A expositiva, porque informa determinado assunto


de modo isento; e interativa, porque apresenta
intercâmbio verbal entre dois personagens.
B descritiva, pois descreve ações necessárias ao
combate à dengue; e narrativa, pois um dos
personagens conta um fato, um acontecimento.
C injuntiva, uma vez que, por meio do cartaz, diz como
se deve combater a dengue; e dialogal, porque
HAGAR, o horrível. O Globo, Rio de Janeiro, 12 out. 2008.
estabelece uma interação oral.
Pela evolução do texto, no que se refere à linguagem D narrativa, visto que apresenta relato de ações a serem
realizadas; e descritiva, pois um dos personagens
empregada, percebe-se que a garota
descreve a ação realizada.
A Z       #  E persuasiva, com o propósito de convencer o
interlocutor a combater a dengue; e dialogal, pois há
B utiliza expressões linguísticas próprias do discurso
a interação oral entre os personagens.
infantil.
Questão 132
C usa apenas expressões linguísticas presentes no
discurso formal.

D se expressa utilizando marcas do discurso formal e


do informal.

E usa palavras com sentido pejorativo para assustar o


interlocutor.

Questão 131

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB//USP.

{   +      >ˆ  


vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte
Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da
 +      ˆ 
Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 03 set. 2010.
o quadro O mamoeiro!   \!   
plásticas, a

A imagem passa a valer mais que as formas


vanguardistas.
B forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano.
C natureza passa a ser admirada como um espaço
utópico.
D imagem privilegia uma ação moderna e industrializada.

Disponível em: http://www.dukechargista.com.br. Acesso em: 03 set. 2010.


E forma apresenta contornos e detalhes humanos.
LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 17
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

2010
*azul25dom18*
A Literatura Brasileira desempenha papel importante
Questão 133
    >F +     ›
São 68 milhões num universo de 190 milhões de  ! >F    \K  
brasileiros conectados às redes virtuais. O e-mail ainda
é uma ferramenta imprescindível de comunicação, mas A descreve as propriedades do açúcar.
já começa a dar espaço para ferramentas mais ágeis de B se revela mero consumidor de açúcar.
interação, como MSN, Orkut, Facebook, Twitter e blogs.
C destaca o modo de produção do açúcar.
A campanha dos principais pré-candidatos à Presidência
da República, por exemplo, não chegou às ruas, mas já D exalta o trabalho dos cortadores de cana.
   E explicita a exploração dos trabalhadores.
O marco regulatório da Internet no Brasil é discutido pela
sociedade civil e parlamentares no Congresso Nacional, Questão 135
numa queda de braço pela garantia de um controle do
Assaltantes roub      
que alguns consideram “uma terra sem lei”.
Copa do Mundo
$ +   !      
as ferramentas de interação na troca de informações, a
Internet levanta preocupações em relação aos crimes '  + ˜ž  
+
+ # !  +   da Copa do Mundo 2010 na noite de quarta-feira (21),
em Santo André, no ABC. Segundo a assessoria da
F. JÚNIOR, H. Internet cresce no país e preocupa. Jornal Hoje em Dia. Brasília, 25 abr.
 ! \ + !# 
2010 (adaptado).
ferido durante a ação.
Ao tratar do controle à Internet, o autor usou a expressão
“uma terra sem lei” para indicar opinião sobre O roubo aconteceu por volta das 23h30. Armados, os
criminosos renderam 30 funcionários que estavam
A a falta de uma legislação que discipline o uso da no local, durante cerca de 30 minutos, e levaram 135
Internet e a forma de punição dos infratores. !        '
pacote com cinco cromos custa R$ 0,75.
B a liberdade que cada político tem de poder atingir um
número expressivo de eleitores via Internet. Procurada pelo G1, a Panini, editora responsável pelas
 ! \ 
C o constante crescimento do número de pessoas que
bancas não tem relação com o roubo. Segundo a editora,
possuem acesso à Internet no Brasil.
œ    
D o ponto de vista de parlamentares e da sociedade Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 23 abr. 2010 (adaptado).
civil que defendem um controle na Internet.
A notícia é um gênero jornalístico. No texto, o que
E os possíveis prejuízos que a Internet traz, apesar caracteriza a linguagem desse gênero é o uso de
dos benefícios proporcionados pelas redes sociais.
A expressões linguísticas populares.
Questão 134
B palavras de origem estrangeira.
Açúcar
C variantes linguísticas regionais.
O branco açúcar que adoçará meu café D  #   K 
Nesta manhã de Ipanema E formas da norma padrão da língua.
Não foi produzido por mim
Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Rascunho
[...]
Em lugares distantes,
Onde não há hospital,
Nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome
Aos 27 anos
Plantaram e colheram a cana
Que viraria açúcar.
Em usinas escuras, homens de vida amarga
E dura
Produziram este açúcar
Branco e puro
Com que adoço meu café esta manhã
Em Ipanema.
GULLAR, F. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1980 (fragmento).

LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 18


Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

*azul25dom1* 2010
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
um texto dissertativo-argumentativo, em norma culta escrita da língua portuguesa, sobre o tema Ajuda Humanitária,
apresentando experiência ou proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Comitê de Ajuda Humanitária da UEPB treina voluntários para atuar junto às vítimas de Palmares
Quinta, 01 de julho de 2010 16:19
Na manhã desta quinta-feira, cerca de 50 pessoas, entre alunos e professores da Universidade Estadual da Paraíba,
participaram do 1º Treinamento de Equipe Multidisciplinar para Atuação em Situação de Emergência, oferecido pelo
Comitê de Ajuda Humanitária, Social e da Saúde, criado recentemente pela Instituição.
A primeira atividade da equipe terá início já neste domingo, data em que viajarão para a cidade de Palmares (AL), onde
permanecerão por uma semana, para oferecer apoio humanitário aos moradores daquela localidade, uma das tantas
atingidas pelas chuvas e enchentes que assolaram os estados de Pernambuco e Alagoas nas últimas semanas.
Disponível em: http://www.uepb.edu.br. Acesso em: 23 ago. 2010 (adaptado).

TERREMOTO NO HAITI
Redes Sociais da Internet foram o principal meio de comunicação
14/01/2010 00:01h
Durante todo o dia de ontem, a Internet foi o principal meio
usado pelo Haiti para se comunicar com o mundo. Mensagens
ao exterior foram encaminhadas por estrangeiros no país e por
moradores locais. Apesar da instabilidade na rede – os sistemas
de luz e telefone também estavam intermitentes –, os sites de
relacionamento foram usados para acalmar familiares e clamar
por auxílio internacional.

No Brasil, usuários do Twitter divulgavam a ação da ONG Viva


Rio, que abriu uma conta para receber doações aos desabrigados
no Haiti. (OT, com Agência Estado)
Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010.

Disponível em: http://gcmandretavares.blogspot.com. Acesso em: 23 ago. 2010.

INSTRUÇÕES:
 Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria.
 Desenvolva seu texto em prosa; não redija narração, nem poema.
 O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.
 O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.
 O Rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

LC - 2º dia | Caderno 7 - AZUL - Página 1


*azul75sab1* 2010
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45

A relação entre a sociedade e a natureza vem sofrendo


Questão 1
profundas mudanças em razão do conhecimento
técnico. A partir da leitura do texto, identifique a possível
consequência do avanço da técnica sobre o meio natural.
A A sociedade aumentou o uso de insumos
químicos – agrotóxicos e fertilizantes – e, assim,
os riscos de contaminação.
B O homem, a partir da evolução técnica, conseguiu
Nova Escola, nº 226, out. 2009.
explorar a natureza e difundir harmonia na vida social.
C As degradações produzidas pela exploração dos
A tirinha mostra que o ser humano, na busca de atender recursos naturais são reversíveis, o que, de certa
forma, possibilita a recriação da natureza.
suas necessidades e de se apropriar dos espaços,
D O desenvolvimento técnico, dirigido para a
recomposição de áreas degradadas, superou os
A adotou a acomodação evolucionária como forma de
efeitos negativos da degradação.
sobrevivência ao se dar conta de suas deficiências
E As mudanças provocadas pelas ações humanas
impostas pelo meio ambiente. sobre a natureza foram mínimas, uma vez que os
B utilizou o conhecimento e a técnica para criar recursos utilizados são de caráter renovável.

equipamentos que lhe permitiram compensar as Questão 3


suas limitações físicas. Um fenômeno importante que vem ocorrendo nas últimas
quatro décadas é o baixo crescimento populacional
C levou vantagens em relação aos seres de menor
na Europa, principalmente em alguns países como
estatura, por possuir um físico bastante desenvolvido,
Alemanha e Áustria, onde houve uma brusca queda na
que lhe permitia muita agilidade. taxa de natalidade. Esse fenômeno é especialmente
preocupante pelo fato de a maioria desses países já
D dispensou o uso da tecnologia por ter um organismo
ter chegado a um índice inferior ao “nível de renovação
adaptável aos diferentes tipos de meio ambiente.
da população”, estimado em 2,1 filhos por mulher. A
E sofreu desvantagens em relação a outras espécies, diminuição da natalidade europeia tem várias causas,
algumas de caráter demográfico, outras de caráter
por utilizar os recursos naturais como forma de se
cultural e socioeconômico.
apropriar dos diferentes espaços. OLIVEIRA, P. S. Introdução à sociologia. São Paulo: Ática, 2004 (adaptado).

As tendências populacionais nesses países estão


Questão 2
relacionadas a uma transformação
A na estrutura familiar dessas sociedades, impactada por
Se, por um lado, o ser humano, como animal, é parte mudanças nos projetos de vida das novas gerações.
integrante da natureza e necessita dela para continuar B no comportamento das mulheres mais jovens, que têm
sobrevivendo, por outro, como ser social, cada dia mais imposto seus planos de maternidade aos homens.
C no número de casamentos, que cresceu nos últimos
sofistica os mecanismos de extrair da natureza recursos que,
anos, reforçando a estrutura familiar tradicional.
ao serem aproveitados, podem alterar de modo profundo a D no fornecimento de pensões de aposentadoria, em
funcionalidade harmônica dos ambientes naturais. queda diante de uma população de maioria jovem.
E na taxa de mortalidade infantil europeia, em contínua
ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005 (adaptado). ascensão, decorrente de pandemias na primeira infância.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 1
2010
*azul75sab2*
Sabendo que o acelerado crescimento populacional
Questão 4
urbano está articulado com a escassez de recursos
A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União financeiros e a dificuldade de implementação de leis
Europeia, mas também da unidade e da identidade de proteção ao meio ambiente, pode-se estabelecer o
da Europa em sentido mais lato. O círculo de estrelas estímulo a uma relação sustentável entre conservação e
douradas representa a solidariedade e a harmonia entre produção a partir
os povos da Europa. A do aumento do consumo, pela população mais
Disponível em: http://europa.eu/index_pt.htm.
Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
pobre, de produtos industrializados para o equilibrio
da capacidade de consumo entre as classes.
A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que
B da seleção e recuperação do lixo urbano, que já é
propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado
uma prática rotineira nos grandes centros urbanos
pelas nações integrantes da União Europeia? dos países em desenvolvimento.
A Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi C da diminuição acelerada do uso de recursos naturais,
forjada e em que se pretendia a fraternidade entre os ainda que isso represente perda da qualidade de
povos traumatizados pela Primeira Guerra Mundial. vida de milhões de pessoas.
D da fabricação de produtos reutilizáveis e
B Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na
biodegradáveis, evitando-se substituições e descartes,
bandeira nem sempre se coaduna com os conflitos e como medidas para a redução da degradação
rivalidades regionais tradicionais. ambiental.

C Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas E da transferência dos aterros sanitários para as partes
mais periféricas das grandes cidades, visando-se à
com desconfiança por Inglaterra e França mesmo
preservação dos ambientes naturais.
após décadas do final da Segunda Guerra Mundial.
Questão 6
D Ao fato de que a bandeira foi concebida por
O volume de matéria-prima recuperado pela reciclagem
portugueses e espanhóis, que possuem uma
do lixo está muito abaixo das necessidades da indústria.
convivência mais harmônica do que as demais
No entanto, mais que uma forma de responder ao
nações europeias.
aumento da demanda industrial por matérias-primas e
E Ao fato de que a bandeira representa as energia, a reciclagem é uma forma de reintroduzir o lixo
aspirações religiosas dos países de vocação no processo industrial.
SCARLATO, F. C.; PONTIN, J. A. Do nicho ao lixo. São Paulo: Atual, 1992 (adaptado).
católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações
protestantes. A prática abordada no texto corresponde, no contexto
global, a uma situação de sustentabilidade que
Questão 5
A reduz o buraco na camada de ozônio nos distritos
O crescimento rápido das cidades nem sempre é
industriais.
acompanhado, no mesmo ritmo, pelo atendimento de
B ameniza os efeitos das chuvas ácidas nos polos
infraestrutura para a melhoria da qualidade de vida.
petroquímicos.
A deficiência de redes de água tratada, de coleta
e tratamento de esgoto, de pavimentação de ruas, C diminui os efeitos da poluição atmosférica das
indústrias siderúrgicas.
de galerias de águas pluviais, de áreas de lazer, de
áreas verdes, de núcleos de formação educacional e D diminui a possibilidade de formação das ilhas de
profissional, de núcleos de atendimento médico-sanitário calor nas áreas urbanas.

é comum nessas cidades. E reduz a utilização de matérias-primas nas indústrias


ROSS, J. L. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2009 (adaptado). de bens de consumo.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 2
*azul75sab3* 2010
No texto, há informações sobre a prática da queimada
Questão 7
em diferentes períodos da história do Brasil. Segundo a
O mapa mostra a distribuição de bovinos no bioma
análise apresentada, os portugueses
amazônico, cuja ocupação foi responsável pelo
desmatamento de significativas extensões de terra na A evitaram emitir juízo de valor sobre a prática da
região. Verifica-se que existem municípios com grande queimada.
contingente de bovinos, nas áreas mais escuras do
B consideraram que a queimada era necessária em
mapa, entre 750 001 e 1 500 000 cabeças de bovinos.
certas circunstâncias.
Produção de Bovinos - Efetivos de Cabeças em 2004
C concordaram quanto à queimada ter sido uma prática
no Bioma Amazônico segundo municípios
agrícola insuficiente.
D entenderam que a queimada era uma prática
necessária no início do séc. XIX.
E relacionaram a queimada ao descaso dos agricultores
da época com a terra.

Questão 9

No século XIX, para alimentar um habitante urbano, eram


necessárias cerca de 60 pessoas trabalhando no campo.
Essa proporção foi se modificando ao longo destes dois
séculos. Em certos países, hoje, há um habitante rural
para cada dez urbanos.
Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 05 jul. 2008. SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: EDUSP, 2008.

A análise do mapa permite concluir que


O autor expõe uma tendência de aumento de produtividade
A os estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia detêm
a maior parte de bovinos em relação ao bioma agrícola por trabalhador rural, na qual menos pessoas
amazônico.
produzem mais alimentos, que pode ser explicada
B os municípios de maior extensão são responsáveis
pela maior produção de bovinos, segundo mostra a
A pela exigência de abastecimento das populações
legenda.
urbanas, que trabalham majoritariamente no setor
C a criação de bovinos é a atividade econômica
principal nos municípios mostrados no mapa. primário da economia.
D o efetivo de cabeças de bovinos se distribui
B pela imposição de governos que criam políticas
amplamente pelo bioma amazônico.
E as terras florestadas são as áreas mais favoráveis ao econômicas para o favorecimento do crédito agrícola.
desenvolvimento da criação de bovinos.
C pela incorporação homogênea dos agricultores às
Questão 8 técnicas de modernização, sobretudo na relação
De fato, que alternativa restava aos portugueses, ao latifúndio-minifúndio.
se verem diante de uma mata virgem e necessitando de
terra para cultivo, a não ser derrubar a mata e atear-lhe D pela dinamização econômica desse setor e utilização
fogo? Seria, pois, injusto reprová-los por terem começado de novas técnicas e equipamentos de produção
dessa maneira. Todavia, podemos culpar os seus
descendentes, e com razão, por continuarem a queimar pelos agricultores.
as florestas quando há agora, no início do século XIX,
E pelo acesso às novas tecnologias, o que fez com que
tanta terra limpa e pronta para o cultivo à sua disposição.
áreas em altas latitudes, acima de 66°, passassem a
SAINT-HILAIRE, A. Viagem às nascentes do rio S. Francisco [1847].
Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1975 (adaptado). ser grandes produtoras agrícolas.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 3
2010
*azul75sab4*
Questão 10 Questão 11
O gráfico mostra a relação da produção de cereais,
leguminosas e oleaginosas com a área plantada no
Brasil, no período de 1980 a 2008. Verifica-se uma
grande variação da produção em comparação à área
plantada, o que caracteriza o crescimento da
A economia.
B área plantada.
C produtividade.
D sustentabilidade.
E racionalização.
Questão 12
Que transformação ocorrida na agricultura brasileira,
nas últimas décadas, justifica as variações apresentadas
no gráfico?
A O aumento do número de trabalhadores e menor
necessidade de investimentos.
B O progressivo direcionamento da produção de grãos
para o mercado interno.
C A introdução de novas técnicas e insumos agrícolas, como
fertilizantes e sementes geneticamente modificadas.
D A introdução de métodos de plantio orgânico, altamente
produtivos, voltados para a exportação em larga escala.
E O aumento no crédito rural voltado para a produção
Disponível em: http://www4.fct.unesp.br. Acesso em: 20 abr. 2010. de grãos por camponeses da agricultura extensiva.
A interpretação do mapa indica que, entre 1990 e 2006, Questão 13
a expansão territorial da produção brasileira de soja
ocorreu da região Os últimos séculos marcam, para a atividade agrícola, com
a humanização e a mecanização do espaço geográfico,
A Sul em direção às regiões Centro-Oeste e Nordeste. uma considerável mudança em termos de produtividade:
B Sudeste em direção às regiões Sul e Centro-Oeste. chegou-se, recentemente, à constituição de um meio
técnico-científico-informacional, característico não
C Centro-Oeste em direção às regiões Sudeste e apenas da vida urbana, mas também do mundo rural,
Nordeste. tanto nos países avançados como nas regiões mais
D Norte em direção às regiões Sul e Nordeste. desenvolvidas dos países pobres.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.
E Nordeste em direção às regiões Norte e Centro- Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado).

Oeste. A modernização da agricultura está associada ao


desenvolvimento científico e tecnológico do processo
A partir do gráfico a seguir, responda às questões 11 e 12. produtivo em diferentes países. Ao considerar as novas
relações tecnológicas no campo, verifica-se que a
RELAÇÃO ENTRE PRODUÇÃO E ÁREA PLANTADA
NO BRASIL 1980-2008 A introdução de tecnologia equilibrou o desenvolvimento
econômico entre o campo e a cidade, refletindo
diretamente na humanização do espaço geográfico
nos países mais pobres.
B tecnificação do espaço geográfico marca o modelo
produtivo dos países ricos, uma vez que pretendem
transferir gradativamente as unidades industriais
para o espaço rural.
C construção de uma infraestrutura científica e
tecnológica promoveu um conjunto de relações que
geraram novas interações socioespaciais entre o
campo e a cidade.
D aquisição de máquinas e implementos industriais,
incorporados ao campo, proporcionou o aumento da
produtividade, libertando o campo da subordinação
à cidade.
E incorporação de novos elementos produtivos
oriundos da atividade rural resultou em uma relação
com a cadeia produtiva industrial, subordinando a
Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2010. cidade ao campo.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 4
*azul75sab5* 2010

Questão 14 Questão 16
Responda sem pestanejar: que país ocupa a liderança
mundial no mercado de etanol? Para alguns, a resposta
óbvia é o Brasil. Afinal, o país tem o menor preço de
produção do mercado, além de vastas áreas disponíveis
para o plantio de matéria-prima. Outros dirão que são os
EUA, donos da maior produção anual. Nos próximos anos,
essa pergunta não deve gerar mais dúvida, pois a disputa
não se dará em plantações de cana-de-açúcar ou nas
usinas, mas nos laboratórios altamente sofisticados.
TERRA, L. Conexões: estudos de geografia geral. São Paulo: Moderna, 2009 (adaptado).

A biotecnologia propicia, entre outras coisas, a produção


dos biocombustíveis, que vêm se configurando em
importantes formas de energias alternativas. Que
impacto possíveis pesquisas em laboratórios podem
Disponível em: http://img15.imageshack.us (adaptado).
provocar na produção de etanol no Brasil e nos EUA?
A Aumento na utilização de novos tipos de matérias- A maior frequência na ocorrência do fenômeno
primas para a produção do etanol, elevando a atmosférico apresentado na figura relaciona-se a
produtividade. A concentrações urbano-industriais.
B Crescimento da produção desse combustível, B episódios de queimadas florestais.
causando, porém, danos graves ao meio ambiente
pelo excesso de plantações de cana-de-açúcar. C atividades de extrativismo vegetal.
C Estagnação no processo produtivo do etanol D índices de pobreza elevados.
brasileiro, já que o país deixou de investir nesse tipo E climas quentes e muito úmidos.
de tecnologia.
D Elevação nas exportações de etanol para os EUA, Questão 17
já que a produção interna brasileira é maior que a A Convenção da ONU sobre Direitos das Pessoas com
procura, e o produto tem qualidade superior.
Deficiências, realizada, em 2006, em Nova York, teve
E Aumento da fome em ambos os países, em virtude da
produção de cana-de-açucar prejudicar a produção como objetivo melhorar a vida da população de 650
de alimentos. milhões de pessoas com deficiência em todo o mundo.
Dessa convenção foi elaborado e acordado, entre os
Questão 15 países das Nações Unidas, um tratado internacional para
O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao garantir mais direitos a esse público.
grito do homem miserável no princípio do século XIX.
A resposta foi a consciência de classe e a ambição de Entidades ligadas aos direitos das pessoas com
classe. Os pobres então se organizavam em uma classe deficiência acreditam que, para o Brasil, a ratificação do
específica, a classe operária, diferente da classe dos tratado pode significar avanços na implementação de
patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu leis no país.
confiança; a Revolução Industrial trouxe a necessidade Disponível em: http//www.bbc.co.uk. Acesso em: 18 mai. 2010 (adaptado).
da mobilização permanente.
HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.
No Brasil, as políticas públicas de inclusão social
apontam para o discurso, tanto da parte do governo
No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa quanto da iniciativa privada, sobre a efetivação da
e Industrial para a organização da classe operária. cidadania. Nesse sentido, a temática da inclusão social
Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa de pessoas com deficiência
era originária do significado da vitória revolucionária sobre
as classes dominantes, a “necessidade da mobilização A vem sendo combatida por diversos grupos sociais,
permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria em virtude dos elevados custos para a adaptação e
da compreensão de que
manutenção de prédios e equipamentos públicos.
A a competitividade do trabalho industrial exigia
um permanente esforço de qualificação para o B está assumindo o status de política pública bem
enfrentamento do desemprego. como representa um diferencial positivo de marketing
B a completa transformação da economia capitalista institucional.
seria fundamental para a emancipação dos operários. C reflete prática que viabiliza políticas compensatórias
C a introdução das máquinas no processo produtivo voltadas somente para as pessoas desse grupo que
diminuía as possibilidades de ganho material para estão socialmente organizadas.
os operários.
D o progresso tecnológico geraria a distribuição de D associa-se a uma estratégia de mercado que objetiva
riquezas para aqueles que estivessem adaptados atrair consumidores com algum tipo de deficiência,
aos novos tempos industriais. embora esteja descolada das metas da globalização.
E a melhoria das condições de vida dos operários seria E representa preocupação isolada, visto que o Estado
conquistada com as manifestações coletivas em ainda as discrimina e não lhes possibilita meios de
favor dos direitos trabalhistas. integração à sociedade sob a ótica econômica.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 5
2010
*azul75sab6*
atividades desempenhadas por esses trabalhadores eram
Questão 18
diversas, os escravos de aluguel representados na pintura
Gregório de Matos definiu, no século XVII,
A vendiam a produção da lavoura cafeeira para os
o amor e a sensualidade carnal. moradores das cidades.
O Amor é finalmente um embaraço de pernas, união de B trabalhavam nas casas de seus senhores e
barrigas, um breve tremor de artérias. acompanhavam as donzelas na rua.
Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um C realizavam trabalhos temporários em troca de
rebuliço de ancas, quem diz outra coisa é besta. pagamento para os seus senhores.
VAINFAS, R. Brasil de todos os pecados. Revista de História. Ano1, no 1. Rio de Janeiro:
D eram autônomos, sendo contratados por outros
Biblioteca Nacional, nov. 2003. senhores para realizarem atividades comerciais.
E aguardavam a sua própria venda após
Vilhena descreveu ao seu amigo Filopono, no desembarcarem no porto.
século XVIII, a sensualidade nas ruas de Salvador.
Causa essencial de muitas moléstias nesta cidade é a Questão 20
desordenada paixão sensual que atropela e relaxa o rigor Chegança
da Justiça, as leis divinas, eclesiásticas, civis e criminais.
Logo que anoutece, entulham as ruas libidinosos, vadios Sou Pataxó,
e ociosos de um e outro sexo. Vagam pelas ruas e, sem Sou Xavante e Carriri,
pejo, fazem gala da sua torpeza. Ianomâmi, sou Tupi
Guarani, sou Carajá.
VILHENA, L.S. A Bahia no século XVIII. Coleção Baiana. v. 1. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado).
Sou Pancaruru,
A sensualidade foi assunto recorrente no Brasil Carijó, Tupinajé,
colonial. Opiniões se dividiam quando o tema afrontava Sou Potiguar, sou Caeté,
diretamente os “bons costumes”. Nesse contexto, Ful-ni-ô, Tupinambá.
contribuía para explicar essas divergências
Eu atraquei num porto muito seguro,
A a existência de associações religiosas que defendiam Céu azul, paz e ar puro...
a pureza sexual da população branca. Botei as pernas pro ar.
B a associação da sensualidade às parcelas mais Logo sonhei que estava no paraíso,
Onde nem era preciso dormir para sonhar.
abastadas da sociedade.
C o posicionamento liberal da sociedade oitocentista, que Mas de repente me acordei com a surpresa:
reivindicava mudanças de comportamento na sociedade. Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.
Da grande-nau,
D a política pública higienista, que atrelava a
Um branco de barba escura,
sexualidade a grupos socialmente marginais. Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.
E a busca do controle do corpo por meio de discurso E assustado dei um pulo da rede,
ambíguo que associava sexo, prazer, libertinagem e Pressenti a fome, a sede,
pecado. Eu pensei: “vão me acabar”.
Levantei-me de Borduna já na mão.
Questão 19 Aí, senti no coração,
O Brasil vai começar.
NóBREGA, A; e FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.

A letra da canção apresenta um tema recorrente na


história da colonização brasileira, as relações de poder
entre portugueses e povos nativos, e representa uma
crítica à ideia presente no chamado mito
A da democracia racial, originado das relações cordiais
estabelecidas entre portugueses e nativos no período
anterior ao início da colonização brasileira.
B da cordialidade brasileira, advinda da forma como
os povos nativos se associaram economicamente
aos portugueses, participando dos negócios
coloniais açucareiros.
C do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que
os nativos brasileiros aceitaram as regras impostas pelo
colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização.
D da natural miscigenação, resultante da forma como a
metrópole incentivou a união entre colonos, ex-escravas
DEBRET, J. B.; SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: e nativas para acelerar o povoamento da colônia.
cotidiano e vida privada na América Portuguesa, v. 1.
São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
E do encontro, que identifica a colonização portuguesa
como pacífica em função das relações de troca
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos estabelecidas nos primeiros contatos entre
urbanos no início do século XIX. Lembrando que as portugueses e nativos.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 6
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Contrapondo o fenômeno da hibridez à ideia de “pureza”
Questão 21
cultural, observa-se que ele se manifesta quando
Ó sublime pergaminho
A criações originais deixam de existir entre os grupos
Libertação geral de artistas, que passam a copiar as essências das
A princesa chorou ao receber obras uns dos outros.
A rosa de ouro papal B civilizações se fecham a ponto de retomarem os
seus próprios modelos culturais do passado, antes
Uma chuva de flores cobriu o salão
abandonados.
E o negro jornalista
C populações demonstram menosprezo por seu
De joelhos beijou a sua mão patrimônio artístico, apropriando-se de produtos
culturais estrangeiros.
Uma voz na varanda do paço ecoou:
D elementos culturais autênticos são descaracterizados
“Meu Deus, meu Deus
e reintroduzidos com valores mais altos em seus
Está extinta a escravidão” lugares de origem.
MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponível em http:// E intercâmbios entre diferentes povos e campos de
www. letras.terra.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
produção cultural passam a gerar novos produtos e
O samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma manifestações.
concepção acerca do fim da escravidão ainda viva em
Questão 23
nossa memória, mas que não encontra respaldo nos
estudos históricos mais recentes. Nessa concepção A dependência regional maior ou menor da mão de
ultrapassada, a abolição é apresentada como obra escrava teve reflexos políticos importantes no
encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a
A conquista dos trabalhadores urbanos livres, que possibilidade e a habilidade de lograr uma solução
demandavam a redução da jornada de trabalho. alternativa – caso típico de São Paulo – desempenharam,
B concessão do governo, que ofereceu benefícios aos ao mesmo tempo, papel relevante.
negros, sem consideração pelas lutas de escravos FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.

e abolicionistas. A crise do escravismo expressava a difícil questão em


C ruptura na estrutura socioeconômica do país, torno da substituição da mão de obra, que resultou
sendo responsável pela otimização da inclusão
social dos libertos. A na constituição de um mercado interno de mão
de obra livre, constituído pelos libertos, uma vez
D fruto de um pacto social, uma vez que agradaria que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a
os agentes históricos envolvidos na questão: superexploração do trabalho.
fazendeiros, governo e escravos.
B no confronto entre a aristocracia tradicional, que
E forma de inclusão social, uma vez que a abolição defendia a escravidão e os privilégios políticos, e
possibilitaria a concretização de direitos civis e os cafeicultores, que lutavam pela modernização
sociais para os negros. econômica com a adoção do trabalho livre.
Questão 22 C no “branqueamento” da população, para afastar
o predomínio das raças consideradas inferiores
A hibridez descreve a cultura de pessoas que mantêm e concretizar a ideia do Brasil como modelo de
suas conexões com a terra de seus antepassados, civilização dos trópicos.
relacionando-se com a cultura do local que habitam. D no tráfico interprovincial dos escravos das áreas
Eles não anseiam retornar à sua “pátria” ou recuperar decadentes do Nordeste para o Vale do Paraíba,
para a garantia da rentabilidade do café.
qualquer identidade étnica “pura” ou absoluta; ainda
assim, preservam traços de outras culturas, tradições e E na adoção de formas disfarçadas de trabalho
compulsório com emprego dos libertos nos cafezais
histórias e resistem à assimilação. paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar
CASHMORE, E. Dicionário de relações étnicas e raciais. São Paulo: Selo Negro, 2000 (adaptado). em outras regiões do país.

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2010
*azul75sab8*
Questão 24 Questão 26
O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos
foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei.
declarava que “Todos os brasileiros se fizessem LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega.
franceses, para viverem em igualdade e abundância”.
Esse discurso, típico do contexto histórico da República
MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. (Org.)
O império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.
Velha e usado por chefes políticos, expressa uma
realidade caracterizada
O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto
da crise do sistema colonial, esse movimento se A pela força política dos burocratas do nascente Estado
diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos republicano, que utilizavam de suas prerrogativas
no Brasil por
para controlar e dominar o poder nos municípios.
A defender a igualdade econômica, extinguindo a
B pelo controle político dos proprietários no interior
propriedade, conforme proposto nos movimentos
liberais da França napoleônica. do país, que buscavam, por meio dos seus currais
eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira.
B introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal
que moveram os revolucionários ingleses na luta C pelo mandonismo das oligarquias no interior do
contra o absolutismo monárquico. Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos
C propor a instalação de um regime nos moldes da assistencialistas e de favorecimento para garantir o
república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem controle dos votos.
socioeconômica escravista e latifundiária.
D pelo domínio político de grupos ligados às velhas
D apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que instituições monárquicas e que não encontraram
sofrera influência direta da Revolução Francesa,
espaço de ascensão política na nascente república.
propondo o sistema censitário de votação.
E defender um governo democrático que garantisse E pela aliança política firmada entre as oligarquias
a participação política das camadas populares, do Norte e Nordeste do Brasil, que garantiria
influenciado pelo ideário da Revolução Francesa. uma alternância no poder federal de presidentes
originários dessas regiões.
Questão 25
Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como Questão 27
destino, castigo e justiça. Muitos gregos sabiam de cor A ética exige um governo que amplie a igualdade entre
inúmeros versos das peças dos seus grandes autores. os cidadãos. Essa é a base da pátria. Sem ela, muitos
Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, Shakespeare indivíduos não se sentem “em casa”, experimentam-se
produziu peças nas quais temas como o amor, o poder, como estrangeiros em seu próprio lugar de nascimento.
o bem e o mal foram tratados. Nessas peças, os grandes SILVA, R. R. Ética, defesa nacional, cooperação dos povos. OLIVEIRA, E. R (Org.)
personagens falavam em verso e os demais em prosa. Segurança & Defesa Nacional: da competição à cooperação regional. São Paulo:

No Brasil colonial, os índios aprenderam com os jesuítas Fundação Memorial da América Latina, 2007 (adaptado).

a representar peças de caráter religioso. Os pressupostos éticos são essenciais para a


Esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos estruturação política e integração de indivíduos em uma
e situações, o teatro é uma forma sociedade. De acordo com o texto, a ética corresponde a

A de manipulação do povo pelo poder, que controla A valores e costumes partilhados pela maioria da
o teatro. sociedade.
B de diversão e de expressão dos valores e problemas B preceitos normativos impostos pela coação das
da sociedade. leis jurídicas.
C de entretenimento popular, que se esgota na sua C normas determinadas pelo governo, diferentes das
função de distrair. leis estrangeiras.
D de manipulação do povo pelos intelectuais que D transferência dos valores praticados em casa para a
compõem as peças. esfera social.
E de entretenimento, que foi superada e hoje é E proibição da interferência de estrangeiros em
substituída pela televisão. nossa pátria.
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Questão 28 Questão 30
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra A solução militar da crise política gerada pela sucessão
de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos do presidente Washington Luis em 1929-1930 provoca
traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso profunda ruptura institucional no país. Deposto o presidente,
de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm o Governo Provisório (1930-1934) precisa administrar
tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam as diferenças entre as correntes políticas integrantes da
os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos composição vitoriosa, herdeira da Aliança Liberal.
brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios. LEMOS, R. A revolução constitucionalista de 1932. SILVA, R. M.; CACHAPUZ, P. B.;
LAMARÃO, S. (Org). Getúlio Vargas e seu tempo. Rio de Janeiro: BNDES.
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos.
São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adaptado).
No contexto histórico da crise da Primeira República,
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, verifica-se uma divisão no movimento tenentista. A
documento fundamental para a formação da identidade atuação dos integrantes do movimento liderados por
brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro Juarez Távora, os chamados “liberais” nos anos 1930,
contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas, deve ser entendida como
esse trecho da carta revela a
A a aliança com os cafeicultores paulistas em defesa
A preocupação em garantir a integridade do colonizador
diante da resistência dos índios à ocupação da terra. de novas eleições.
B o retorno aos quartéis diante da desilusão política
B postura etnocêntrica do europeu diante das
com a “Revolução de 30”.
características físicas e práticas culturais do indígena.
C o compromisso político-institucional com o governo
C orientação da política da Coroa Portuguesa quanto provisório de Vargas.
à utilização dos nativos como mão de obra para
D a adesão ao socialismo, reforçada pelo exemplo do
colonizar a nova terra.
ex-tenente Luís Carlos Prestes.
D oposição de interesses entre portugueses e índios, E o apoio ao governo provisório em defesa da
que dificultava o trabalho catequético e exigia amplos
descentralização do poder político.
recursos para a defesa da posse da nova terra.
Questão 31
E abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua
O mestre-sala dos mares
incorporação aos interesses mercantis portugueses,
por meio da exploração econômica dos índios. Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Questão 29 Na figura de um bravo marinheiro
Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela A quem a história não esqueceu
sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
severo para uma economia de base tão estreita. Lopez Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse Jovens polacas e por batalhões de mulatas
vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca. Rubras cascatas jorravam nas costas
LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai. BETHELL, Leslie (Org). dos negros pelas pontas das chibatas...
História da América Latina: da Independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004.
BLANC, A.; BOSCO, J. O mestre-sala dos mares. Disponível em: www.usinadeletras.com.br.
Acesso em: 19 jan. 2009.

A Guerra do Paraguai teve consequências políticas Na história brasileira, a chamada Revolta da Chibata,
importantes para o Brasil, pois liderada por João Cândido, e descrita na música, foi

A representou a afirmação do Exército Brasileiro como A a rebelião de escravos contra os castigos físicos,
ocorrida na Bahia, em 1848, e repetida no Rio de
um ator político de primeira ordem. Janeiro.
B confirmou a conquista da hegemonia brasileira B a revolta, no porto de Salvador, em 1860, de
marinheiros dos navios que faziam o tráfico negreiro.
sobre a Bacia Platina. C o protesto, ocorrido no Exército, em 1865, contra o
castigo de chibatadas em soldados desertores na
C concretizou a emancipação dos escravos negros. Guerra do Paraguai.
D incentivou a adoção de um regime constitucional D a rebelião dos marinheiros, negros e mulatos, em
1910, contra os castigos e as condições de trabalho
monárquico. na Marinha de Guerra.
E o protesto popular contra o aumento do custo de vida
E solucionou a crise financeira, em razão das no Rio de Janeiro, em 1917, dissolvido, a chibatadas,
indenizações recebidas. pela polícia.
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Os impactos e efeitos dessa universalização, conforme
Questão 32
descritos no texto, podem ser analisados do ponto de
Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados
vista moral, o que leva à defesa da criação de normas
como sínteses das transformações que levaram à
consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro universais que estejam de acordo com
lugar, porque sua especialização exigiu uma articulação
A os valores culturais praticados pelos diferentes
fundamental com o mercado. Como se concentravam
na atividade de produção de lã, a realização da renda povos em suas tradições e costumes locais.
dependeu dos mercados, de novas tecnologias de B os pactos assinados pelos grandes líderes políticos,
beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de
ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-se na inter-relação os quais dispõem de condições para tomar decisões.
do campo com a cidade e, num primeiro momento, também C os sentimentos de respeito e fé no cumprimento de
se vinculou à liberação de mão de obra.
valores religiosos relativos à justiça divina.
RODRIGUES, A. E. M. Revoluções burguesas. In: REIS FILHO, D. A. et al (Orgs.) O Século XX,
v. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado). D os sistemas políticos e seus processos consensuais
Outra consequência dos cercamentos que teria e democráticos de formação de normas gerais.
contribuído para a Revolução Industrial na Inglaterra foi o
E os imperativos técnico-científicos, que determinam
A aumento do consumo interno. com exatidão o grau de justiça das normas.
B congelamento do salário mínimo.
Questão 35
C fortalecimento dos sindicatos proletários.
D enfraquecimento da burguesia industrial.
E desmembramento das propriedades improdutivas.

Questão 33

Sozinho vai descobrindo o caminho


O rádio fez assim com seu avô
Rodovia, hidrovia, ferrovia
E agora chegando a infovia
Para alegria de todo o interior
GIL, G. Banda larga cordel. Disponível em: www.uol.vagalume.com.br.
Acesso em: 16 abr. 2010 (fragmento).

O trecho da canção faz referência a uma das dinâmicas


centrais da globalização, diretamente associada ao
processo de
Disponível em: www.culturabrasil.org.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
A evolução da tecnologia da informação.
A foto revela um momento da Guerra do Vietnã
B expansão das empresas transnacionais.
(1965-1975), conflito militar cuja cobertura jornalística
C ampliação dos protecionismos alfandegários. utilizou, em grande escala, a fotografia e a televisão. Um
D expansão das áreas urbanas do interior. dos papéis exercidos pelos meios de comunicação na
E evolução dos fluxos populacionais. cobertura dessa guerra, evidenciado pela foto, foi

Questão 34 A demonstrar as diferenças culturais existentes entre


norte-americanos e vietnamitas.
No século XX, o transporte rodoviário e a aviação civil
aceleraram o intercâmbio de pessoas e mercadorias, B defender a necessidade de intervenções armadas
em países comunistas.
fazendo com que as distâncias e a percepção subjetiva das
mesmas se reduzissem constantemente. É possível apontar C denunciar os abusos cometidos pela intervenção
uma tendência de universalização em vários campos, por militar norte-americana.
exemplo, na globalização da economia, no armamentismo D divulgar valores que questionavam as ações do
nuclear, na manipulação genética, entre outros. governo vietnamita.
HABERMAS, J. A constelação pós-nacional: ensaios políticos. São Paulo: E revelar a superioridade militar dos Estados Unidos
Littera Mundi, 2001 (adaptado).
da América.
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Questão 36 Questão 38
Os generais abaixo-assinados, de pleno acordo com o A América se tornara a maior força política e financeira
Ministro da Guerra, declaram-se dispostos a promover do mundo capitalista. Havia se transformado de país
uma ação enérgica junto ao governo no sentido de devedor em país que emprestava dinheiro. Era agora
contrapor medidas decisivas aos planos comunistas uma nação credora.
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1962.
e seus pregadores e adeptos, independentemente
da esfera social a que pertençam. Assim procedem Em 1948, os EUA lançavam o Plano Marshall, que
no exclusivo propósito de salvarem o Brasil e suas consistiu no empréstimo de 17 bilhões de dólares para
instituições políticas e sociais da hecatombe que se que os países europeus reconstruíssem suas economias.
mostra prestes a explodir. Um dos resultados desse plano, para os EUA, foi
Ata de reunião no Ministério da Guerra, 28/09/1937. BONAVIDES, P.; AMARAL, R.
Textos políticos da história do Brasil, v. 5. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
A o aumento dos investimentos europeus em indústrias
sediadas nos EUA.
Levando em conta o contexto político-institucional dos B a redução da demanda dos países europeus por
anos 1930 no Brasil, pode-se considerar o texto como produtos e insumos agrícolas.
uma tentativa de justificar a ação militar que iria C o crescimento da compra de máquinas e veículos
estadunidenses pelos europeus.
A debelar a chamada Intentona Comunista, acabando D o declínio dos empréstimos estadunidenses aos
com a possibilidade da tomada do poder pelo PCB. países da América Latina e da Ásia.
B reprimir a Aliança Nacional Libertadora, fechando E a criação de organismos que visavam regulamentar
todos os seus núcleos e prendendo os seus líderes. todas as operações de crédito.

C desafiar a Ação Integralista Brasileira, afastando o Questão 39


perigo de uma guinada autoritária para o fascismo. Ato Institucional nº 5 de 13 de dezembro de 1968

D instituir a ditadura do Estado Novo, cancelando as Art. 10 – Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos
eleições de 1938 e reescrevendo a Constituição do país. casos de crimes políticos, contra a segurança nacional,
a ordem econômica e social e a economia popular.
E combater a Revolução Constitucionalista, evitando
que os fazendeiros paulistas retomassem o poder Art. 11 – Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os
perdido em 1930. atos praticados de acordo com este Ato Institucional e seus
Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
Questão 37 Disponível em: http://www.senado.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010.

Eu não tenho hoje em dia muito orgulho do Tropicalismo. O Ato Institucional nº 5 é considerado por muitos
Foi sem dúvida um modo de arrombar a festa, mas
autores um “golpe dentro do golpe”. Nos artigos do
arrombar a festa no Brasil é fácil. O Brasil é uma pequena
sociedade colonial, muito mesquinha, muito fraca. AI-5 selecionados, o governo militar procurou limitar a
atuação do Poder Judiciário, porque isso significava
VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60.
São Paulo: Brasiliense, 1995 (adaptado).
A a substituição da Constituição de 1967.
O movimento tropicalista, consagrador de diversos
músicos brasileiros, está relacionado historicamente B o início do processo de distensão política.
C a garantia legal para o autoritarismo dos juízes.
A à expansão de novas tecnologias de informação,
D a ampliação dos poderes nas mãos do Executivo.
entre as quais, a Internet, o que facilitou imensamente
a sua divulgação mundo afora. E a revogação dos instrumentos jurídicos implantados
durante o golpe de 1964.
B ao advento da indústria cultural em associação com
um conjunto de reivindicações estéticas e políticas Rascunho
durante os anos 1960.
C à parceria com a Jovem Guarda, também considerada
um movimento nacionalista e de crítica política ao
regime militar brasileiro.
D ao crescimento do movimento estudantil nos anos
1970, do qual os tropicalistas foram aliados na crítica ao
tradicionalismo dos costumes da sociedade brasileira.
E à identificação estética com a Bossa Nova, pois
ambos os movimentos tinham raízes na incorporação
de ritmos norte-americanos, como o blues.
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Questão 40 Questão 41
A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dentes
Tem gringo pensando que nóis é indigente
Inútil
A gente somos inútil
MOREIRA, R. Inútil. 1983 (fragmento).

O fragmento integra a letra de uma canção gravada em


momento de intensa mobilização política. A canção foi
censurada por estar associada

A ao rock nacional, que sofreu limitações desde o início


da ditadura militar.
B a uma crítica ao regime ditatorial que, mesmo em sua
fase final, impedia a escolha popular do presidente.
C à falta de conteúdo relevante, pois o Estado buscava,
naquele contexto, a conscientização da sociedade
por meio da música.
D à dominação cultural dos Estados Unidos da América
sobre a sociedade brasileira, que o regime militar
Disponível em:http://pimentacomlimao.files.wordpress.com. Acesso em: 17 abr. 2010 (adaptado). pretendia esconder.
A charge remete ao contexto do movimento que ficou E à alusão à baixa escolaridade e à falta de consciência
conhecido como Diretas Já, ocorrido entre os anos política do povo brasileiro.
de 1983 e 1984. O elemento histórico evidenciado na
imagem é Questão 42
A a insistência dos grupos políticos de esquerda em
realizar atos políticos ilegais e com poucas chances A primeira instituição de ensino brasileira que inclui disciplinas
de serem vitoriosos. voltadas ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e
B a mobilização em torno da luta pela democracia frente transexuais) abriu inscrições na semana passada. A grade
ao regime militar, cada vez mais desacreditado. curricular é inspirada em similares dos Estados Unidos da
C o diálogo dos movimentos sociais e dos partidos América e da Europa. Ela atenderá jovens com aulas de
políticos, então existentes, com os setores do
governo interessados em negociar a abertura. expressão artística, dança e criação de fanzines. É aberta a
D a insatisfação popular diante da atuação dos partidos todo o público estudantil e tem como principal objetivo impedir
políticos de oposição ao regime militar criados no a evasão escolar de grupos socialmente discriminados.
início dos anos 80.
Época, 11 jan. 2010 (adaptado).
E a capacidade do regime militar em impedir que as
manifestações políticas acontecessem. O texto trata de uma política pública de ação afirmativa
voltada ao público LGBT. Com a criação de uma instituição
Rascunho de ensino para atender esse público, pretende-se

A contribuir para a invisibilidade do preconceito ao


grupo LGBT.
B copiar os modelos educacionais dos EUA e da
Europa.
C permitir o acesso desse segmento ao ensino técnico.
D criar uma estratégia de proteção e isolamento
desse grupo.
E promover o respeito à diversidade sexual no sistema
de ensino.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 12
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A biblioteca de Alexandria exerceu durante certo tempo
Questão 43
um papel fundamental para a produção do conhecimento
O meu lugar,
e memória das civilizações antigas, porque
Tem seus mitos e seres de luz,
A eternizou o nome de Alexandre, o Grande, e zelou
É bem perto de Oswaldo Cruz,
pelas narrativas dos seus grandes feitos.
Cascadura, Vaz Lobo, Irajá.
B funcionou como um centro de pesquisa acadêmica e
O meu lugar, deu origem às universidades modernas.
É sorriso, é paz e prazer, C preservou o legado da cultura grega em diferentes
O seu nome é doce dizer, áreas do conhecimento e permitiu sua transmissão
a outros povos.
Madureira, ia, Iaiá.
Madureira, ia, Iaiá D transformou a cidade de Alexandria no centro urbano
mais importante da Antiguidade.
Em cada esquina um pagode um bar, E reuniu os principais registros arqueológicos até
Em Madureira. então existentes e fez avançar a museologia antiga.
Império e Portela também são de lá, Questão 45
Em Madureira. Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis
E no Mercadão você pode comprar de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o
Por uma pechincha você vai levar, filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la,
ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém,
Um dengo, um sonho pra quem quer sonhar,
penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um
Em Madureira.
casal de camponeses que morava longe de Tebas para
CRUZ, A. Meu lugar. Disponível em: www.vagalume.uol.com.br. Acesso em: 16 abr. 2010 (fragmento).
que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou
A análise do trecho da canção indica um tipo de interação adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a
entre o indivíduo e o espaço. Essa interação explícita na tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da
canção expressa um processo de Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,
insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo
A autossegregação espacial. reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber
B exclusão sociocultural. que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a
C homogeneização cultural. viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge.
Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e
D expansão urbana.
casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia.
E pertencimento ao espaço.
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado).

Questão 44
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do
Alexandria começou a ser construída em 332 a.C., por destino e do determinismo. Ambos são características do
Alexandre, o Grande, e, em poucos anos, tornou-se um mito grego e abordam a relação entre liberdade humana
e providência divina. A expressão filosófica que toma
polo de estudos sobre matemática, filosofia e ciência
como pressuposta a tese do determinismo é:
gregas. Meio século mais tarde, Ptolomeu II ergueu uma
enorme biblioteca e um museu — que funcionou como A “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu
tinha de mim mesmo.” Jean Paul Sartre
centro de pesquisa. A biblioteca reuniu entre 200 mil e
B “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que
500 mil papiros e, com o museu, transformou a cidade no Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho
maior núcleo intelectual da época, especialmente entre C “Quem não tem medo da vida também não tem medo
os anos 290 e 88 a.C. A partir de então, sofreu sucessivos da morte.” Arthur Schopenhauer
ataques de romanos, cristãos e árabes, o que resultou na D “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para
permanecer o mesmo.” Michel Foucault
destruição ou perda de quase todo o seu acervo.
RIBEIRO, F. Filósofa e mártir. Aventuras na história. E “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua
São Paulo: Abril. ed. 81, abr. 2010 (adaptado). imagem e semelhança.” Friedrich Nietzsche
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EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
A COR DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AMARELA.
MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA

1º DIA
CADERNO

2 AMARELO
2011
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões 10 O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e
numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: trinta minutos.
a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área
de Ciências Humanas e suas Tecnologias; 11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-
b. as questões de número 46 a 90 são relativas à RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no
área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a
quantidade de questões e se essas questões estão na 12 Quando terminar as provas, acene para chamar o
ordem mencionada na instrução anterior. Caso o caderno aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente CARTÃO-RESPOSTA.
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele 13 Você poderá deixar o local de prova somente após
tome as providências cabíveis. decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
3 Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o
comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. término da prova.
4 ATENÇÃO: após a conferência, escreva e assine seu nome 14 Você será excluído do exame no caso de:
nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta a) prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou
esferográfica de tinta preta.
inexata;
5 ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO- b) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer
RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras participante ou pessoa envolvida no processo de
maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: aplicação das provas;
Há um frio e um vácuo no ar. c) perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de
aplicação das provas, incorrendo em comportamento
indevido durante a realização do Exame;
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, a
opção correspondente à cor desta capa. ATENÇÃO: se você d) se comunicar, durante as provas, com outro
assinalar mais de uma opção de cor ou deixar todos os participante verbalmente, por escrito ou por qualquer
campos em branco, sua prova não será corrigida. outra forma;
7 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, e) utilizar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de
pois ele não poderá ser substituído. comunicação durante a realização do Exame;
f) utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em
8 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções benefício próprio ou de terceiros, em qualquer etapa
identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma
responde corretamente à questão. do Exame;
g) utilizar livros, notas ou impressos durante a realização
9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço do Exame;
compreendido no círculo correspondente à opção
escolhida para a resposta. A marcação em mais de uma h) se ausentar da sala de provas levando consigo o
opção anula a questão, mesmo que uma das respostas CADERNO DE QUESTÕES antes do prazo estabelecido
esteja correta. e/ou o CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo.

*AMAR75SAB0*
*AMAR25dom2*

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Em relação às pesquisas, a utilização da expressão


university graduates evidencia a intenção de informar que
Questões de 91 a 135
-(.%/0.%&+.&12&3&14&5"678"&9:;<=%> A as doenças do coração atacam dez mil pacientes.
B as doenças do coração ocorrem na faixa dos
QUESTÃO 91 dezesseis anos.
C as pesquisas sobre doenças são divulgadas no meio
acadêmico.
D jovens americanos são alertados dos riscos de
doenças do coração.
E maior nível de estudo reduz riscos de ataques do
coração.
QUESTÃO 93
!"#$%&'"()&*""+,

For an interesting attempt to measure cause and


effect try Mappiness, a project run by the London School
of Economics, which offers a phone app that prompts
you to record your mood and situation.
!"#$ %&''()#**$ +#,*(-#$ *&.*/$ 01#23#$ '&3-(456&36.$
()-#3#*-#7$()$"8+$'#8'6#2*$"&''()#**$(*$&99#4-#7$,.$-"#(3$
GLASBERGEN, R. ?"+3'$%&@3)/"":. 684&6$#):(38);#)-$<$&(3$'8665-(8)=$)8(*#=$>3##)$*'&4#*=$
Disponível em: http://www.glasbergen.com. Acesso em: 23 jul. 2010. &)7$ *8$ 8)$ <$ +"(4"$ -"#$ 7&-&$ 938;$ %&''()#**$ +(66$ ,#$
absolutely great for investigating.”
Na fase escolar, é prática comum que os professores
passem atividades extraclasse e marquem uma data 1(66$(-$+83?@$1(-"$#)85>"$'#8'6#=$(-$;(>"-A$B5-$-"#3#$
&3#$ 8-"#3$ '38,6#;*A$ 1#2:#$ ,##)$ 5*()>$ "&''()#**$ &)7$
para que as mesmas sejam entregues para correção.
+#66C,#()>$ ()-#34"&)>#&,6.A$ D*$ -"&-$ 8?@$ !"#$ 7(99#3#)4#$
No caso da cena da charge, a professora ouve uma 48;#*$85-$()$&$*#)-(;#)-$6(?#/$01#$+#3#$"&''(#3$753()>$
estudante apresentando argumentos para -"#$+&3AE$B5-$+&*$853$+#66C,#()>$&6*8$>3#&-#3$-"#)@
A discutir sobre o conteúdo do seu trabalho já entregue. F(*'8)G:#6$#;/$"--'/HH+++A,,4A48A5?A$I4#**8$#;/$JK$L5)A$JMNN$O&7&'-&78PA
B #68>(&3$8$-#;&$'38'8*-8$'&3&$8$3#6&-U3(8$*86(4(-&78A
C *5>#3(3$-#;&*$'&3&$)8:&*$'#*V5(*&*$#$3#6&-U3(8*A O projeto Mappiness, idealizado pela London School of
D reclamar do curto prazo para entrega do trabalho. Economics, ocupa-se do tema relacionado
E 48):#)4#3$7#$V5#$9#W$8$3#6&-U3(8$*86(4(-&7o. A ao nível de felicidade das pessoas em tempos de
guerra.
QUESTÃO 92 B Q$ 7(R4567&7#$ 7#$ ;#7(3$ 8$ )G:#6$ 7#$ 9#6(4(7&7#$ 7&*$
X8()>$ -8$ 5)(:#3*(-.$ *##;*$ -8$ 3#754#$ -"#$ 3(*?$ 89$ pessoas a partir de seu humor.
dying from coronary heart disease. An American study C ao nível de felicidade das pessoas enquanto falam
that involved 10 000 patients from around the world has ao celular com seus familiares.
found that people who leave school before the age of 16 D à relação entre o nível de felicidade das pessoas e o
&3#$R:#$-(;#*$;83#$6(?#6.$-8$*599#3$&$"#&3-$&--&4?$&)7$7(#$ ambiente no qual se encontram.
than university graduates. E Q$ ()S5T)4(&$ 7&*$ (;&>#)*$ >3&R-&7&*$ '#6&*$ 35&*$ )8$
18367$Y#'83-$Z#+*A$A3;3B9:.&C6.3D&E6. Ano XIV, nº 170. Editora Camelot, 2001. aumento do nível de felicidade das pessoas.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 2
*AMAR25dom3*

QUESTÃO 94
War
Until the philosophy which holds one race superior @&,#/%#.7+#+&".3#6&,#/%#.7+#6+".3
And another inferior @&,#B*#%2,.73#6&,#)26%#"2B.7#8
!"#$%&''(#&%)#*+,-&%+%.'(#)/"0,+)/.+)#&%)#&1&%)2%+)3 @&,#8#6&,#8#]B-2,"#2<#6&,:
45+,(67+,+#/"#6&,#8#9+#"&(#6&,: O%)#B%./'#.7&.#)&(3#.7+#O<,/0&%#02%./%+%.#6/''#%2.#>%26#*+&0+:
@+3#O<,/0&%"3#6/''#$?7.#8#6+#$%)#/.#%+0+""&,(#8
That until there is no longer O%)#6+#>%26#6+#"7&''#6/%
First class and second class citizens of any nation, O"#6+#&,+#02%$)+%.#/%#.7+#5/0.2,(:
;%./'#.7+#02'2,#2<#&#-&%="#">/% […]
!"#2<#%2#-2,+#"/?%/$0&%0+#.7&%#.7+#02'2,#2<#7/"#+(+"#8# MARLEY, B. Disponível em: http://www.sing365.com. Acesso em: 30 jun. 2011 (fragmento).
Me say war.
[…]

And until the ignoble and unhappy regimes


that hold our brothers in Angola, in Mozambique,
South Africa, sub-human bondage have been toppled,
;..+,'(#)+".,2(+)#8
@+''3#+5+,(67+,+#/"#6&,#8#9+#"&(#6&,:
Bob Marley foi um artista popular e atraiu mu/.2"#<A"#02-#"B&"#0&%CD+":#E/+%.+#)+#"B&#/%FBG%0/&#"20/&'3#%&#-H"/0&#
War, o cantor se utiliza de sua arte para alertar sobre

A a inércia do continente africano diante das injustiças sociais.


B a persistência da guerra enquanto houver diferenças raciais e sociais.
C as acentuadas diferenças culturais entre os países africanos.
D &"#)/"0,+*I%0/&"#"20/&/"#+%.,+#-2C&-1/0&%2"#+#&%?2'&%2"#02-2#0&B"&#)+#02%F/.2":
E a fragilidade das diferenças raciais e sociai"#02-2#JB"./$0&./5&"#*&,&#2#/%K0/o de uma guerra.
QUESTÃO 95

L/"*2%K5+'#+-M#7..*MNN666:?&,$+'):02-:#O0+""2#+-M#PQ#JB':#PRSR:

O#./,&3#)+$%/)&#02-2#B-#"+?-+%.2#)+#7/".T,/&#+-#UB&),/%72"3#*2)+#.,&%"-/./,#B-& mensagem com efeito de humor.


O#*,+"+%C&#)+""+#+<+/.2#%2#)/V'2?2#+%.,+#W2%#+#X&,$+')#&02%.+0+#*2,UB+
A W2%#*+%"&#UB+#"B&#+YZ%&-2,&)&#[#-&'B0&#+#UB+#X&,$+')#%A2#"&1/&#)/""2:
B W2)+''#[#&#H%/0&#%&-2,&)&#-&'B0&#UB+#W2%#.+5+3#+#X&,$+')#&07&#/""2#+".,&%72:
C X&,$+')#.+-#0+,.+\&#)+#UB+#&#+YZ%&-2,&)&#)+#W2%#[#"+%"&.&3#2#-&'B02#[#2#&-/?2:
D X&,$+')#02%7+0+#&"#+YZ%&-2,&)&"#)+#W2%#+#02%"/)+,&#-&/"#)+#B-&#02-2#-&'B0&:
E W2%#0&,&0.+,/\&#&#+YZ%&-2,&)&#02-2#-&'B0&#+#%A2#+%.+%)+#&#0&,&#)+#X&,$+'):

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 3


*AMAR25dom4*

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS O Comitê do Patrimônio Mundial reúne-se regularmente


Questões de 91 a 135 para deliberar sobre ações que visem à conservação e
!"#$%&#$'(#')*'+'),'-./01.'#$/+23.45 à preservação do patrimônio mundial. Entre as tarefas
atribuídas às delegações nacionais que participaram
QUESTÃO 91
da 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial,
Los fallos de software en aparatos médicos, como destaca-se a
marcapasos, van a ser una creciente amenaza para la
salud pública, según el informe de Software Freedom Law A participação em reuniões do Conselho Internacional
Center (SFLC) que ha sido presentado hoy en Portland de Monumentos e Sítios.
(EEUU), en la Open Source Convention (OSCON). B realização da cerimônia de recepção da Convenção
!"# $%&'&()"# *+,'-.%# $%-# '/# (01)2%3# .-"&4$"-'&()"# do Patrimônio Mundial.
de software en los dispositivos médicos implantables” C organização das análises feitas pelo Ministério da
aborda el riesgo potencialmente mortal de los defectos
informáticos en los aparatos médicos implantados en las Cultura brasileiro.
personas. D discussão sobre o estado de conservação dos bens
já declarados patrimônios mundiais.
Según SFLC, millones de personas con condiciones
(-0&)("4# 1'/# (%-"50&6# '$)/'$4)"6# 1)"7'.'46# %7'4)1"1# '6# E '4.-,.,-"VW%# 1"# $-0X)8"# -',&)W%# 1%# >%8).Y# 1%#
)&(/,4%6# /"# 1'$-'4)0&# 1'$'&1'&# 1'# )8$/"&.'46# $'-%# '/# Patrimônio Mundial.
software permanece oculto a los pacientes y sus médicos.
QUESTÃO 93
La SFLC recuerda graves fallos informáticos
ocurridos en otros campos, como en elecciones, en la ;<#$=+>3"/7?+9@'#4'%"97$=.
9"7-)("()0&#1'#(%(:'46#'&#/"4#/;&'"4#"<-'"4#(%8'-()"/'4#
%#'&#/%4#8'-("1%4#=&"&cieros. Es ya un lugar común escuchar aquello de que
Disponível em: http://www.elpais.com. Acesso em: 24 jul. 2010 (adaptado). hay que desmachupizar el turismo en Perú y buscar
visitantes en las demás atracciones (y son muchas) que
O título da palestra, citado no texto, antecipa o tema que
.)'&'#'/#$";46#&".,-"/'4#?#"-Z,'%/02)("46#$'-%#/"#(),1"1'/"#
será tratado e mostra que o autor tem a intenção de
inca tiene un imán innegable. La Cámara Nacional de
A relatar novas experiências em tratamento de saúde.
B alertar sobre os riscos mortais de determinados [,-)48%# (%&4)1'-"# Z,'# +"(:,# A)((:,# 4)2&)=("# '/# P\]#
softwares de uso médico para o ser humano. de los ingresos por turismo en Perú, ya que cada turista
C denunciar falhas médicas na implantação de que tiene como primer destino la ciudadela inca visita
softwares em seres humanos. entre tres y cinco lugares más (la ciudad de Cuzco, la
D divulgar novos softwares presentes em aparelhos de Arequipa, las líneas de Nazca, el Lago Titicaca y la
médicos lançados no mercado. 4'/M"U#?#1'^"#'&#'/#$";4#,&#$-%8'1)%#1'#Q#Q\\#10/"-'4#
E apresentar os defeitos mais comuns de softwares
em aparelhos médicos. (unos 1 538 euros).

QUESTÃO 92 Carlos Canales, presidente de#>"&".,-6#4'_"/0#Z,'#


la ciudadela tiene capacidad para recibir más visitantes
67#28#2id.'+'69+$:47+
que en la actualidad (un máximo de 3 000) con un sistema
El Gobierno de Brasil, por medio del Ministerio de la $/"&)=("1%# 1'# :%-"-)%4# ?# -,."46# $'-%# &%# Z,)4%# "M"&5"-#
>,/.,-"#?#1'/#@&4.).,.%#1'/#A".-)8%&)%#B)4.0-)(%#?#C-.;4.)(%# una cifra. Sin embargo, la Unesco ha advertido en varias
Nacional (IPHAN), da la bienvenida a los participantes
ocasiones que el monumento se encuentra cercano al
1'# /"# DEF# G'4)0&# 1'/# >%8).<# 1'/# A".-)8%&)%# +,&1)"/6#
'&(,'&.-%#-'"/)5"1%#$%-#/"#H-2"&)5"()0&#1'#/"4#I"()%&'4# $,&.%#1'#4".,-"()0&#?#'/#`%7)'-&%#&%#1'7'#'8$-'&1'-#
J&)1"4# $"-"# /"# K1,("()0&6# /"# >)'&()"# ?# /"# >,/.,-"# &)&2,&"#$%/;.)("#1'#("$."()0&#1'#&,'M%4#M)4)."&.'46#"/2%#
(UNESCO). con lo que coincide el viceministro Roca Rey.
L'4$"/1"1%# $%-# /"# >%&M'&()0&# 1'/# A".-)8%&)%# Disponível em: http://www.elpais.com. Acesso em: 21 jun. 2011.

+,&1)"/6#1'#NOPQ6#'/#>%8).<#-'R&'#'&#4,#DEF#4'4)0&#8S4#
de 180 delegaciones nacionales para deliberar sobre las A reportagem do jornal espanhol mostra a preocupação
&,'M"4#("&1)1".,-"4#?#'/#'4."1%#1'#(%&4'-M"()0&#?#1'# diante de um problema no Peru, que pode ser resumido
riesgo de los bienes ya declarados Patrimonio Mundial, $'/%#M%(S7,/%#*1'48"(:,$)5"-a6#-'9'-)&1%b4'
con base en los análisis del Consejo Internacional de
A à escassez de turistas no país.
Monumentos y Sitios (Icomos), del Centro Internacional
$"-"#'/#K4.,1)%#1'#/"#A-'4'-M"()0&#?#/"#L'4.",-"()0&#1'/# B ao difícil acesso ao lago Titicaca.
A".-)8%&)%#>,/.,-"/#T@>>LH+U#?#1'#/"#J&)0&#@&.'-&"()%&"/# C à destruição da arqueologia no país.
$"-"#/"#>%&4'-M"()0&#1'#/"#Naturaleza (IUCN). D ao excesso de turistas na terra dos incas.
Disponível em: http://www.34whc.brasilia2010.org.br. Acesso em: 28 jul. 2010. E à falta de atrativos turísticos em Arequipa.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 4


*AMAR25dom5*

QUESTÃO 94 QUESTÃO 95
!"#$%&'( !)#*()+,"-#.-/01+.#"%#,%)0.%
Ya sea como danza, música, poesía o cabal En México se producen más de 10 millones de m3
!"#$!%&'()*!)+(,)-./%/01,)*!)2&*,3)!.)4,(5/)#/%!!)+(,) de basura mensualmente, depositados en más de 50 mil
larga y valiosa trayectoria, jalonada de encuentros y tiraderos de basura legales y clandestinos, que afectan
desencuentros, amores y odios, nacida desde lo más de manera directa nuestra calidad de vida, pues nuestros
hondo de la historia argentina. recursos naturales son utilizados desproporcionalmente,
El nuevo ambiente es el cabaret, su nuevo cultor como materias primas que luego desechamos y tiramos
la clase media porteña, que ameniza sus momentos convirtiéndolos en materiales inútiles y focos de
*!) *&2!$%&'() 6/() (+!2,%) 6/7#/%&6&/(!%3) %+%4&4+8!(*/) &(0!66&'(A)
el carácter malevo del tango primitivo por una nueva Todo aquello que compramos y consumimos tiene
poesía más acorde con las concepciones estéticas +(,) $!.,6&'() *&$!64,) 6/() ./) B+!) 4&$,7/%A) C/(%+7&!(*/)
provenientes de Londres y París. $,6&/(,.7!(4!3) !2&4,(*/) !.) *!$$/6;!) 8) +%,(*/) %'./) ./)
Ya en la década del ‘20 el tango se anima incluso indispensable, directamente colaboramos con el cuidado
a traspasar las fronteras del país, recalando en lujosos del ambiente.
salones parisinos donde es aclamado por públicos
Si la basura se compone de varios desperdicios
selectos que adhieren entusiastas a la sensualidad
del nuevo baile. Ya no es privativo de los bajos fondos y si como desperdicios no fueron basura, si los
porteños; ahora se escucha y se baila en salones separamos adecuadamente, podremos controlarlos
elegantes, clubs y casas particulares. y evitar posteriores problemas. Reciclar se traduce
en importantes ahorros de energía, ahorro de agua
El tango revive con juveniles fuerzas en ajironadas potable, ahorro de materias primas, menor impacto en
2!$%&/(!%) *!) 5$+#/%) $/69!$/%3) #$!%!(4,6&/(!%) !() los ecosistemas y sus recursos naturales y ahorro de
elegantes reductos de San Telmo, Barracas y La Boca y tiempo, dinero y esfuerzo.
películas foráneas que lo divulgan por el mundo entero.
Disponível em: http://www.elpolvorin.over-blog.es. Acesso em: 22 jun. 2011 (adaptado).
Es necesario saber para empezar a actuar...
Disponível em: http://www.tododecarton.com. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).
Sabendo-se que a produção cultural de um país
#/*!) &(:+!(6&,$3) $!4$,4,$) /+3) &(6.+%&2!3) %!$) $!:!"/) *!) D) #,$4&$) */) B+!) %!) ,-$7,) (/) ?.4&7/) #,$E5$,0/F) GH%)
,6/(4!6&7!(4/%) *!) %+,) ;&%4'$&,3) /) 4,(5/3) *!(4$/) */) necesario saber para empezar a actuar...”, pode-se
constatar que o texto foi escrito com a intenção de
6/(4!"4/);&%4'$&6/),$5!(4&(/3)<)$!6/(;!6&*/)#/$
A informar o leitor a respeito da importância da
A 7,(4!$=%!) &(,.4!$,*/) ,/) ./(5/) *!) %+,) ;&%4'$&,) (/)
reciclagem para a conservação do meio ambiente.
país.
B indicar os cuidados que se deve ter para não consumir
B &(:+!(6&,$) /%) %+>?$>&/%3) %!7) 6;!5,$) ,) /+4$,%) alimentos que podem ser focos de infecção.
regiões. C denunciar o quanto o consumismo é nocivo, pois é o
C sobreviver e se difundir, ultrapassando as fronteiras gerador dos dejetos produzidos no México.
do país. D ensinar como economizar tempo, dinheiro e esforço
D manifestar seu valor primitivo nas diferentes ,)#,$4&$)*/%)IJ)7&.)*!#'%&4/%)*!).&"/).!5,.&K,*/%A
camadas sociais. E alertar a população mexicana para os perigos
E &5(/$,$) ,) &(:+@(6&,) *!) #,1%!%) !+$/#!+%3) 6/7/) causados pelos consumidores de matéria-prima
Inglaterra e França. reciclável.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 5


*AMAR25dom6*

QUESTÃO 96
Na modernidade, o corpo foi descoberto, despido e modelado pelos exercícios físicos da moda. Novos espaços
e práticas esportivas e de ginástica passaram a convocar as pessoas a modelarem seus corpos. Multiplicaram-se
as academias de ginástica, as salas de musculação e o número de pessoas correndo pelas ruas.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. !"#$%&'"&'($&)#**&$: educação física. São Paulo, 2008.

Diante do exposto, é possível perceber que houve um aumento da procura por


A exercícios físicos aquáticos (natação/hidroginástica), que são exercícios de baixo impacto, evitando o atrito
(não prejudicando as articulações), e que previnem o envelhecimento precoce e melhoram a qualidade de vida.
B mecanismos que permitem combinar alimentação e exercício físico, que permitem a aquisição e manutenção de
níveis adequados de saúde, sem a preocupação com padrões de beleza instituídos socialmente.
C !"#!$%$&'&$()*+,-&'),',%$#!,.-%,/0"1'2(,',+-0$%'"&' !,3(45"&'.$(&$)"&'/$'!,#(6$78"'%,0$9:6-.$1';(/78"'
-%(/"6:#-.$1'-/0,#!-)$),':&&,$','%$/(0,/78"')$'.$ $.-)$),';(/.-"/$6'$"'6"/#"')"',/+,6<,.-%,/0"='''
D exercícios de relaxamento, reeducação postural e alongamentos, que permitem um melhor funcionamento do
organismo como um todo, bem como uma dieta alimentar e hábitos saudáveis com base em produtos naturais.
E dietas que preconizam a ingestão excessiva ou restrita de um ou mais macronutrientes (carboidratos, gorduras
ou proteínas), bem como exercícios que permitem um aumento de massa muscular e/ou modelar o corpo.
QUESTÃO 97

COSTA, C. +,(#$-%.#$#**!%.#. Fev. 2011 (adaptado).

Os amigos são um dos principais indicadores de bem-estar na vida social das pessoas. Da mesma forma que em
"(0!$&'*!,$&1'$'-/0,!/,0'0$%9>%'-/"+"('$&'%$/,-!$&'),'+-+,/.-$!'$'$%-5$),='?$'6,-0(!$')"'-/;"#!*@."1'), !,,/),%A&,'
)"-&'0- "&'),'$%-5$),'+-!0($61'$'&-%>0!-.$','$'$&&-%>0!-.$1'$%9$&'."%'&,(&' !:&','."/0!$&='B/2($/0"'$' !-%,-!$'&,'
baseia na relação de reciprocidade, a segunda
A reduz o número de amigos virtuais, ao limitar o acesso à rede.
B $!0,')"'$/"/-%$0"'"9!-#$0:!-"' $!$'&,')-;(/)-!=
C !,;"!7$'$'."/@#(!$78"'),'6$7"&'%$-&' !";(/)"&'),'$%-5$),=
D facilita a interação entre pessoas em virtude de interesses comuns.
E tem a responsabilidade de promover a proximidade física.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 6


*AMAR25dom7*

QUESTÃO 98 !"# $%&%'($# )"*$%# a possível extinção do livro impresso


e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o
>+%-#J#Bobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que
vago dos gerais, que nem os pássaros de rios e lagoas. O
A o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo,
senhor vê: o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, risonho que será extinto com o avanço da tecnologia.
%#<0*(2(/")"9#K%$,+.'"L#M#NJON(-C#B"$#?+%#J#?+%#8"4P# B o livro impresso permanecerá como objeto cultural
.Q"#4$(0#,02(.<0)O/R0.,"20C#4"-"#'"/"#"#-+./"#@0S=#M# veiculador de impressões e de valores culturais.
>+%$"#4$(0$#.0/0#.Q"999#M#-%#/%+#$%)B")'0L#M#T+#,")'"# C "#)+$,(-%.'"#/0#-1/(0#%2%'$3.(40#/%4$%'"+#"#5-#/"#
muito de mudar... [...] Belo um dia, ele tora. Ninguém prazer de se ler textos em livros e suportes impressos.
discrepa. Eu, tantas, mesmo digo. Eu dou proteção. D os textos continuarão vivos e passíveis de
[...] Essa não faltou também à minha mãe, quando eu reprodução em novas tecnologias, mesmo que os
era menino, no sertãozinho de minha terra. [...] Gente livros desapareçam.
E os livros impressos desaparecerão e, com eles,
melhor do lugar eram todos dessa família Guedes,
a possibilidade de se ler obras literárias dos mais
Jidião Guedes; quando saíram de lá, nos trouxeram diversos gêneros.
U+.'"C#-(.<0#-Q%#%#%+9#V(40-")#%W()'(./"#%-#'%$$('7$("#
baixio da Sirga, da outra banda, ali onde o de-Janeiro vai QUESTÃO 100
no São Francisco, o senhor sabe. TEXTO I
ROSA, J. G. ./)"#$%0$/'1+: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio (fragmento). !"#$%$&'(%)%*+"$&',#)#$-
Na passagem citada, Riobaldo expõe uma situação Você tem palacete reluzente
decorrente de uma desigualdade social típica das áreas Tem joias e criados à vontade
rurais brasileiras marcadas pela concentração de terras Sem ter nenhuma herança ou parente
e pela relação de dependência entre agregados e 67#0./0#/%#0+'"-78%2#.0#4(/0/%999
fazendeiros. No texto, destaca-se essa relação porque E o povo pergunta com maldade:
o personagem-narrador :./%#%)';#0#<".%)'(/0/%=
A $%20'0# 0# )%+# (.'%$2"4+'"$# 0# <()'7$(0# /%# NJON(-C# :./%#%)';#0#<".%)'(/0/%=
demonstrando sua pouca disposição em ajudar seus O seu dinheiro nasce de repente
agregados, uma vez que superou essa condição E embora não se saiba se é verdade
graças à sua força de trabalho. Você acha nas ruas diariamente
B descreve o processo de transformação de um meeiro Anéis, dinheiro e felicidade...
— espécie de agregado — em proprietário de terra. Vassoura dos salões da sociedade
C denuncia a falta de compromisso e a desocupação >+%#80$$%#"#?+%#%.4".'$0$#%-#)+0#@$%.'%
dos moradores, que pouco se envolvem no trabalho Promove festivais de caridade
da terra. Em nome de qualquer defunto ausente...
D mostra como a condição material da vida do ROSA, N. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010.
)%$'0.%U"# J# /(54+2'0/0# B%20# )+0# /+B20# 4"./(XQ"# /%# TEXTO II
homem livre e, ao mesmo tempo, dependente.
Um vulto da hist7$(0# /0# -A)(40# B"B+20$# *$0)(2%($0C#
E mantém o distanciamento narrativo condizente com
reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu
sua posição social, de proprietário de terras. %-#DEDFC#."#G("#/%#H0.%($"I#B"$'0.'"C#)%#%)'(8%))%#8(8"C#
QUESTÃO 99 estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos 26 anos
de idade, vítima de tuberculose, deixando um acervo de
!# /()4+))Q"# )"*$%# Y"# 5-# /"# 2(8$"# /%# B0B%2Z# 4"-# 0# grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas
chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão de suas letras representam a sociedade contemporânea,
idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os como se tivessem sido escritas no século XXI.
folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010.
anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Um texto pertencente ao patrimônio literário-cultural
Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos brasileiro é atualizável, na medida em que ele se
continuarão sendo publicados e lidos — em CD-ROM, refere a valores e situações de um povo. A atualidade
%-#2(8$"#%2%'$3.(4"C#%-#Y4<(B)#?+[.'(4")ZC#)%(#2;#"#?+P9#:# da canção Onde está a honestidade?, de Noel Rosa,
texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar evidencia-se por meio
em corpos variados: página impressa, livro em Braille, A da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem
@"2<%'"C# Ycoffee-table bookZC# 47B(0# -0.+)4$('0C# 0$?+(8"# duvidosa de alguns.
K\V999# >+02?+%$# '%W'"# B"/%# )%# $%%.40$.0$# .%))%)# ]%# B da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm
em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou herança.
Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O livro de piadas C da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade.
de Casseta & Planeta. D do privilégio de alguns em clamar pela honestidade.
TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com. E da insistência e-#B$"-"8%$#%8%.'")#*%.%54%.'%)9###

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 7


*AMAR25dom8*

QUESTÃO 101 QUESTÃO 102


TEXTO I
O meu nome é Severino,
não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria, Disponível em: www.ccsp.com.br. Acesso em: 26 jul. 2010 (adaptado).
!"#$%&'$()*&*&)+&,+-%+
O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário
)*&!(+)*&.+/+-%+'0 de consumo quando sua função é vender um produto.
mas isso ainda diz pouco: No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos
há muitos na freguesia, $& $U?-+8%(7#V'?%/*'& C+-+& )%A#87+-& +& +?-+DG*& KW*%?$'& )*&
por causa de um coronel Terror”, de um parque de diversões. O entendimento da
que se chamou Zacarias propaganda requer do leitor
e que foi o mais antigo A +&%)$(?%!/+DG*&/*>&*&CXE8%/*R+8A*&+&"#$&'$&)$'?%(+&
senhor desta sesmaria. o anúncio.
Como então dizer quem fala B a avaliação da imagem como uma sátira às atrações
ora a Vossas Senhor%+'1 de terror.
C a atenção para a imagem da parte do corpo humano
MELO NETO, J. C. !"#$%&'()*+,$2&3%*&)$&4+($%-*5&67#%8+-0&9::;&<=-+7>$(?*@2
selecionada aleatoriamente.
TEXTO II D o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e
um dito popular.
João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, E +&C$-/$CDG*&)*&'$(?%)*&8%?$-+8&)+&$UC-$''G*&K(*%?$'&
transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como do terror”, equivalente à exp-$''G*&K(*%?$'&de terror”.
o Capibaribe, também segue no caminho do Recife.
A autoapresentação do personagem, na fala inicial
do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais
'$& )$!($0& >$(*'& '$& %()%A%)#+8%B+0& C*%'& '$#'& ?-+D*'&
E%*7-F!/*'&'G*&'$>C-$&C+-?%8H+)*'&C*-&*#?-*'&H*>$('2
SECCHIN, A. C. -'.'%/$"#$*: a poesia do menos.
3%*&)$&4+($%-*5&I*CE**J'0&9:::&<=-+7>$(?*@2

Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I)


e na análise crítica (Texto II), observa-se que a relação
entre o texto poético e o contexto social a que ele faz
referência aponta para um problema social expresso
8%?$-+-%+>$(?$& C$8+& C$-7#(?+& KL*>*& $(?G*& )%B$-& "#$>&
=+8+&M&*-+&+&N*''+'&O$(H*-%+'1P2&6&-$'C*'?+&Q&C$-7#(?+&
expressa no poema é dada por meio da
A )$'/-%DG*& >%(#/%*'+& )*'& ?-+D*'& E%*7-F!/*'& )*&
personagem-narrador.
B /*('?-#DG*& )+& !7#-+& )*& -$?%-+(?$& (*-)$'?%(*& /*>*&
um homem resignado com a sua situação.
C -$C-$'$(?+DG*0& (+& !7#-+& )*& C$-'*(+7$>R(+--+)*-0&
de outros Severinos que compartilham sua condição.
D apresentação do personagem-narrador como uma
C-*S$DG*&)*&C-TC-%*&C*$?+0&$>&'#+&/-%'$&$U%'?$(/%+82
E descrição de Severino, que, apesar de humilde,
orgulha-se de ser descendente do coronel Zacarias.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 8
*AMAR25dom9*

QUESTÃO 103 Utilizadas desde a Antiguidade, as colunas, elementos


O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não A+,:(<)(?# '+# ?C?:+-:)=N.L# [.,);# ?.[,+-'.# ;.'(@<)=>+?#
sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao leitor o e incorporando novos materiais com ampliação de
acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a possibilidades. Ainda que as clássicas colunas gregas
partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, sejam retomadas, notáveis inovações são percebidas,
.#9+(:.,#:+;#<.-'(=>+?#'+#'+@-(,#(-:+,):(A);+-:+#.#BCD.#'+#?C)# por exemplo, nas obras de Oscar Niemeyer, arquiteto
leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender I,)?(9+(,.# -)?<('.# -.# 2(.# '+# _)-+(,.# +;# Y8X`J# # \.#
)# C;)# ?+ECF-<()# @D)# .C# )# :GH(<.?# +?:)I+9+<('.?# H.,# C;#
desenho de Niemeyer, das colunas do Palácio da
autor. Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz
'.#9+(:.,#?(;C9:)-+);+-:+#<.)C:.,#'.#:+D:.#@-)9J#4#K(H+,:+D:.# Alvorada, observa-se
se caracteriza, pois, como um processo de escritura/leitura A a presença de um capitel muito simples, reforçando
eletrônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, a sustentação.
realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir B o traçado simples de amplas linhas curvas opostas,
vários níveis de tratamento de um tema, o hipertexto resultando em formas marcantes.
oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundidade C a disposição simétrica das curvas, conferindo
?(;C9:)-+);+-:+L# M6# EC+# -N.# :+;# ?+ECF-<()# '+@-(')L# ;)?#
saliência e distorção à base.
liga textos não necessariamente correlacionados.
102"OP"QRL#!J#0J#S(?H.-TA+9#+;U#K::HUVVWWWJHC<?HJI,J#0<+??.#+;U#%8#MC-J#%XYYJ D )# .H.?(=N.# '+# <C,A)?# +;# <.-<,+:.L# <.-@7C,)-'.#
O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e certo peso e rebuscamento.
o hipertexto pode ser considerado como um novo espaço E o excesso de linhas curvas, levando a um exagero
'+#+?<,(:)#+#9+(:C,)J#S+@-('.#<.;.#C;#<.-MC-:.#'+#I9.<.?# na ornamentação.
autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico
QUESTÃO 105
computadorizado e no qual há remissões associando
entre si diversos elementos, o hipertexto -,+./'0,$(/('12,"03+.'#(4#$(&50#$
A é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos
Antes de se tornarem esporte, as lutas ou as artes
totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao confundir
os conceitos cristalizados tradicionalmente. marciais tiveram duas conotações principais: eram
B Z# C;)# [.,;)# ),:(@<()9# '+# H,.'C=N.# ')# +?<,(:)L# praticadas com o objetivo guerreiro ou tinham um apelo
que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como @9.?G@<.#<.;.#<.-<+H=N.#'+#A(')#I)?:)-:+#?(7-(@<):(A.J
consequência o menosprezo pela escrita tradicional.
C exige do leitor um maior grau de conhecimentos Atualmente, nos deparamos com a grande expansão
prévios, por isso deve ser evitado pelos estudantes das artes marciais em nível mundial. As raízes orientais
nas suas pesquisas escolares. foram se disseminando, ora pela necessidade de luta
D facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação H+9)#?.I,+A(AF-<()#.C#H),)#)#a'+[+?)#H+??.)9bL#.,)#H+9)#
+?H+<T@<)L#?+7C,)#+#A+,')'+(,)L#+;#EC)9EC+,#site de H.??(I(9(')'+# '+# :+,# )?# ),:+?# ;),<()(?# <.;.# H,GH,()#
busca ou blog oferecidos na internet.
E H.??(I(9(:)# ).# 9+(:.,# +?<.9K+,# ?+C# H,GH,(.# H+,<C,?.# @9.?.@)#'+#A(')J
de leitura, sem seguir sequência predeterminada, CARREIRO, E. A. 645.#78,(9%$'.#(+#(/$.,&#: R;H9(<)=>+?#H),)#)#H,6:(<)#H+')7G7(<)J
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 (fragmento).
constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa.
Um dos problemas da violência que está presente
QUESTÃO 104 principalmente nos grandes centros urbanos são as
brigas e os enfrentamentos de torcidas organizadas, além
da formação de gangues, que se apropriam de gestos
das lutas, resultando, muitas vezes, em fatalidades.
Portanto, o verdadeiro objetivo da aprendizagem desses
;.A(;+-:.?#[.(#;)9#<.;H,++-'('.L#)@-)9#)?#9C:)?
A se tornaram um esporte, mas eram praticadas com
.#.IM+:(A.#7C+,,+(,.#)#@;#'+#7),)-:(,#)#?.I,+A(AF-<()J
B apresentam a possibilidade de desenvolver o
autocontrole, o respeito ao outro e a formação do
caráter.
C H.??C+;#<.;.#.IM+:(A.#H,(-<(H)9#)#a'+[+?)#H+??.)9b#
por meio de golpes agressivos sobre o adversário.
D ?.[,+,);#:,)-?[.,;)=>+?#+;#?+C?#H,(-<TH(.?#@9.?G@<.?#
em razão de sua disseminação pelo mundo.
E se disseminaram pela necessidade de luta pela
!"#$%&'#()*(#+,$. VejaJ#\&#%#Y]^L#-.AJ#%XX8J sobrevivência ou co;.#@9.?.@)#H+??.)9#'+#A(')J
!"#$#%&#'()#*#")'+,-.#/#$#01023!4#$#567(-)#8
*AMAR25dom10*

QUESTÃO 106 As canções de Noel Rosa, compositor brasileiro de Vila


Isabel, apesar de revelarem uma aguçada preocupação
O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes
do artista com seu tempo e com as mudanças político-
!"#$%&%$'(%'"%)*%'+%$',-./%$0'1.'+%$'.-"2%3-$'"453%$' 76",63(4$' )%' B3($4"@' )%' 4)C74%' +%$' ()%$' DEFG@' (4)+('
sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador são modernas. Nesse fragmento do samba Não tem
romano Cícero: A Arte do Envelhecimento. Cícero nota, tradução, por meio do recurso da metalinguagem, o
primeiramente, que todas as idades têm seus encantos poeta propõe
-'$6($'+4!76"+(+-$0'8'+-/%4$'(/%),('/(3('6.'/(3(+%9%' A incorporar novos costumes de origem francesa e
da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, americana, juntamente com vocábulos estrangeiros.
%' :6-' $4*)4!7(' 545-3' .64,%$' ()%$0' ;6()+%' 3-("4<(.%$' B respeitar e preservar o português padrão como
a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um forma de fortalecimento do idioma do Brasil.
estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de C valorizar a fala popular brasileira como patrimônio
Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar linguístico e forma legítima de identidade nacional.
melhor a passagem do tempo. D mudar os valores sociais vigentes à época, com o
NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. !"#$%. 28 abr. 2008.
advento do novo e quente ritmo da música popular
brasileira.
O autor discute problemas relacionados ao E ironizar a malandragem carioca, aculturada pela
envelhecimento, apresentando argumentos que levam a invasão de valores étnicos de sociedades mais
inferir que seu objetivo é desenvolvidas.
A esclarecer que a velhice é inevitável. QUESTÃO 108
B contar fatos sobre a arte de envelhecer.
C defender a ideia de que a velhice é desagradável. A dança é um importante componente cultural da
D 4)=6-)74(3' %' "-4,%3' /(3(' :6-' "6,-' 7%),3(' %' humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que
envelhecimento. representam as tradições e a cultura de várias regiões
E mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem do país. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas,
angústia, o envelhecimento. "-)+($@'&(,%$'24$,#347%$@'(7%),-74.-),%$'+%'7%,4+4()%'-'
brincadeiras e caracterizam-se pelas músicas animadas
QUESTÃO 107
H7%.' "-,3($' $4./"-$' -' /%/6"(3-$I@' !*634)%$' -' 7-)?34%$'
&'#()*+(),%-./'# representativos.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. 8,#"#3)%(9.,,2$.:%,(-#(;3)%-#(-*(<'#(8%.:#:
8+67(JK%'LC$47(0'AK%'M(6"%N'FGGE'H(+(/,(+%I0
[...]
A dança, como manifestação e representação da cultura
>?')%'.%33%@'$-'-6'!<-3'6.('&("$-,(
3C,.47(@' -)5%"5-' (' -9/3-$$K%' 7%3/%3("' /3#/34(' +-' 6.'
A Risoleta desiste logo do francês e do inglês /%5%0' O%)$4+-3()+%P(' 7%.%' -"-.-),%' &%"7"#347%@' ('
A gíria que o nosso morro criou dança revela
Bem cedo a cidade aceitou e usou A .()4&-$,(JQ-$' (&-,45($@' 24$,#347($@' 4+-%"#*47($@'
4),-"-7,6(4$'-'-$/434,6(4$'+-'6.'/%5%@'3-=-,4)+%'$-6'
[...]
modo de expressar-se no mundo.
Essa gente hoje em dia que tem mania de exibição B aspectos eminentemente afetivos, espirituais e de
Não entende que o samba não tem tradução no idioma entretenimento de um povo, desconsiderando fatos
francês 24$,#347%$0
Tudo aquilo que o malandro pronuncia C (7%),-74.-),%$' +%' 7%,4+4()%@' $%R' 4)=6S)74('
.4,%"#*47(' -' 3-"4*4%$(' +-' 7(+(' 3-*4K%@' $%R3-/%)+%'
Com voz macia é brasileiro, já passou de português
aspectos políticos.
Amor lá no morro é amor pra chuchu D tradições culturais de cada região, cujas
As rimas do samba não são I love you .()4&-$,(JQ-$' 3C,.47($' $K%' 7"($$4!7(+($' -.' 6.'
ranking das mais originais.
8'-$$-')-*#74%'+-'alô, alô boy e alô Johnny
E "-)+($@':6-'$-'$6$,-),(.'-.'4)5-3+(+-$'24$,#347($@'
A#'/%+-'$-3'7%)5-3$('+-',-"-&%)- uma vez que são inventadas, e servem apenas para
ROSA, N. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos bambas. 0*123)%(4567.%(8#,).7.*3%.
Ano 4, nº 54. São Paulo: Segmento, abr. 2010 (fragmento).
a vivência lúdica de um povo.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 10


*AMAR25dom11*

QUESTÃO 109 L# 2%*4-"# ,&3-")$&%âneo, considerado em alguns


Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente momentos como uma arte marginal, tem sido
importante para diminuir o risco de infarto, mas também comparado às pinturas murais de várias épocas e
!"# $%&'(")*+# ,&)&# )&%-"# +.'/-*# "# !"%%*)"0# 1/23/4,*# M+# "+,%/-*+# $%HBN/+-=%/,*+0# L'+"%5*3!&# *+# /)*2"3+#
que manter uma alimentação saudável e praticar apresentadas, é possível reconhecer elementos comuns
*-/5/!*!"# 67+/,*# %"28(*%)"3-"# 9:# %"!8;<# $&%# +/# +=<# *+#
entre os tipos de pinturas murais, tais como
chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é
importante para o controle da pressão arterial, dos níveis A a preferência por tintas naturais, em razão de seu
de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda efeito estético.
a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, B a inovação na técnica de pintura, rompendo com
fatores que, somados, reduzem as chances de infarto.
modelos estabelecidos.
Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento
médico e moderação, é altamente recomendável. C o registro do pensamento e das crenças das
ATALIA, M. Nossa vida. !"#$%0#>?#)*%0#>@@A0 sociedades em várias épocas.
D a repetição dos temas e a restrição de uso pelas
As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo
relações que atuam na construção do sentido. A esse classes dominantes.
%"+$"/-&<#/!"3-/4,*B+"<#3&#6%*2)"3-&<#C8" E o uso exclusivista da arte para atender aos interesses
A *#"D$%"++E&#FG(H)#!/++&I#)*%,*#8)*#+"C8"3,/*JE&# da elite.
de ideias.
B &#,&3",-/5&#F)*+#-*)'H)I#/3/,/*#&%*JE&#C8"#"D$%/)"# QUESTÃO 111
ideia de contraste.
C &#-"%)&#F,&)&I<#")#F,&)&#)&%-"#+.'/-*#"#!"%%*)"I<#
introduz uma generalização.
D &#-"%)&#FK*)'H)I#"D$%/)"#8)*#98+-/4,*-/5*0##
E &# -"%)&# F6*-&%"+I# %"-&)*# ,&"+/5*)"3-"# F375"/+# !"#
colesterol e de glicose no sangue”.
QUESTÃO 110
TEXTO I

LEIRNER, N. Tronco com cadeira (de-*(N"O<#PAQR0


Disponível em: http://www.itaucultural.org.br. Acesso em: 27 jul. 2010.

Nessa estranha dignidade e nesse abandono, o objeto


Toca do Salitre - Piauí
Disponível em: http://www.fumdham.org.br. Acesso em: 27 jul. 2010.
6&/#"D*(-*!&#!"#)*3"/%*#/(/)/-*!*#"#2*3N&8#8)#+/23/4,*!&#
C8"#+"#$&!"#,&3+/!"%*%#):2/,&0#S*7#+8*#F5/!*#/3C8/"-*3-"#
TEXTO II e absurda”. Tornou-se ídolo e, ao mesmo tempo, objeto de
zombaria. Sua realidade intrínseca foi anulada.
JAFFÉ, A. O simbolismo nas artes plásticas. In: JUNG, C.G. (org.).
&'(#)*)'*'#+'+*,+'+-).#/#+. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

A relação observada entre a imagem e o texto


apresentados permite o entendimento da intenção de
um artista contemporâneo. Neste caso, a obra apresenta
características
A 683,/&3*/+#"#!"#+&4+-/,*JE&#!",&%*-/5*0
B futuristas e do abstrato geométrico.
C construtivistas e de estruturas modulares.
D abstracionistas e de releitura do objeto.
Arte Urbana. Foto: Diego Singh
Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010. E 428%*-/5*+#"#!"#%"$%"+"3-*JE&#!&#,&-/!/*3&0
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 11
*AMAR25dom12*

QUESTÃO 112 A o desejo do eu lírico de resgatar a movimentação


!"#$%&'($)" dos centros urbanos, o que revela sua nostalgia com
relação à cidade.
O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava B a percepção do caráter efêmero da vida, possibilitada
pelo delegado, olhava para um quadro, a pintura de
pela observação da aparente inércia da vida rural.
uma senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo que
!"#$%&#!"$'()*$+$",$-"./0*$1"23*/04,!05"6703",$-8"9!:,$" C $" !2=G!" '!" 30" -R*)#!" 23-!" 3:2$=!" %0#J-)#!" #!(!"
'3::3";0$'*!8<"" possibilidade de meditação sobre a sua juventude.
D a visão negativa da passagem do tempo, visto que
E o Adãozinho, com toda a sinceridade que Deus dá
esta gera insegurança.
$!"#$%&#!"'$"*!=$5"6>$:"23-!"$(!*"'3"?30:1"@3)41"'!,&A"
703" (0)B" C3)$A" D$*3#3" .!,3" '3" #*0):E#*3'!1" 2$*34,3" '!" E $"2*!C04'$":34:$=G!"'3"(3'!"/3*$'$"23-$"*3S3TG!"
deus-me-livre, mais horríver que briga de cego no escuro.” acerca da morte.

Ao que o delegado não teve como deixar de QUESTÃO 114


#!4C3::$*1" 0(" 2!0#!" :3#$(34,35" 6F" $" ()4@$" (G3H<" I"
!"#$%&#!1"3("#)($"'$"%0#@$1"4G!"23*'3"$"-)4@$5"6>$):"
dotô, inté que é uma feiura caprichada.”
BOLDRIN, R. *+,%-%./0#1'%2(+#30#4/+5/'%#6"&/+%'.
São Paulo: Andreato Comunicação e Cultura, nº 62, 2004 (adaptado).

Por suas características formais, por sua função e uso,


o texto pertence ao gênero
A anedota, pelo enredo e humor característicos.
B crônica, pela abordagem literária de fatos do cotidiano.
C depoimento, pela apresentação de experiências
pessoais.
D relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos.
E reportagem, pelo registro impessoal de situações reais.
QUESTÃO 113 PICASSO, P. GuernicaH"U-3!":!%*3",3-$H"VWO"X"QQQ"#(H">0:30"K3)4$"Y!.$1"I:2$4@$1"NOVQH
?):2!4R+3-"3(5"@,,25ZZ[[[HC''*3):H.-3:H[!*'2*3::H#!(H"M#3::!"3(5"\P"]0-H"\^N^H
Estrada
O pintor espanhol Pablo Pic$::!" _N``NENOQVa1" 0(" '!:"
Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho, mais valorizados no mundo artístico, tanto em termos
Interessa mais que uma avenida urbana. .4$4#3)*!:" ;0$4,!" @):,J*)#!:1" #*)!0" $" !%*$" Guernica
Nas cidades todas as pessoas se parecem. em protesto ao ataque aéreo à pequena cidade basca
Todo mundo é igual. Todo mundo é toda a gente. de mesmo nome. A obra, feita para integrar o Salão
Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma. Internacional de Artes Plásticas de Paris, percorreu toda
a Europa, chegando aos EUA e instalando-se no MoMA,
Cada criatura é única.
'3" !4'3" :$)*)$" $234$:" 3(" NO`NH" I::$" !%*$" #0%):,$"
Até os cães.
apresenta elementos plást)#!:")'34,).#$'!:"23-!
I:,3:"#G3:"'$"*!=$"2$*3#3("@!(34:"'3"43/J#)!:5
A 2$)43-")'3!/*b.#!1"(!4!#*!(b,)#!1";03"34C!#$"+b*)$:"
Andam sempre preocupados.
dimensões de um evento, renunciando à realidade,
I";0$4,$"/34,3"+3("3"+$)A colocando-se em plano frontal ao espectador.
E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar: B @!**!*" '$" /03**$" '3" C!*($" C!,!/*b.#$1" #!(" !" 0:!"
Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um da perspectiva clássica, envolvendo o espectador
bodezinho manhoso. nesse exemplo brutal de crueldade do ser humano.
Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz C uso das formas geométricas no mesmo plano, sem
dos símbolos, emoção e expressão, despreocupado com o volume,
703"$"+)'$"2$::$A";03"$"+)'$"2$::$A $"23*:23#,)+$"3"$":34:$=G!"3:#0-,J*)#$H
E que a mocidade vai acabar. D esfacelamento dos objetos abordados na mesma
BANDEIRA, M. 7#'(5,"#3(22"+/5"H"K)!"'3"L$43)*!5"M/0)-$*1"NOPQH narrativa, minimizando a dor humana a serviço da
A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão objetividade, observada pelo uso do claro-escuro.
'3" :)/4).#$'!:" 2*!C04'!:" $" 2$*,)*" '3" 3-3(34,!:" '!" E uso de vários ícones que representam personagens
cotidiano. No poema Estrada, o lirismo presente no fragmentados bidimensionalmente, de forma fotográ-
contraste entre campo e cidade aponta para .#$"-)+*3"'e sentimentalismo.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 12
*AMAR25dom13*

QUESTÃO 115 Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação


No Brasil, a condição cidadã, embora dependa da da função poética da linguagem, que é percebida na
leitura e da escrita, não se basta pela enunciação do elaboração artística e criativa da mensagem, por meio
direito, nem pelo domínio desses instrumentos, o que, sem de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do
dúvida, viabiliza melhor participação social. A condição texto, entretanto, percebe-se, também, a presença
cidadã depende, seguramente, da ruptura com o ciclo da marcante da função emotiva ou expressiva, por meio da
pobreza, que penaliza um largo contingente populacional.
qual o emissor
!"#$%&'"()*(+*,-"#*.(*(/"0.-#1&'"()%(/,)%)%0,%2($*$3#,%(*(4#*.*0&%()"(567896.
A imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal,
Rio de Janeiro: FBN, 2008.

Ao argumentar que a aquisição das habilidades de leitura seus sentimentos.


!"!#$%&'(")*+"#*+"#,-$&!)'!#".(%("/(%()'&%"+"!0!%$1$&+"2(" B transmite informações objetivas sobre o tema de
cidadania, o autor que trata a canção.
A critica os processos de aquisição da leitura e da escrita. C busca persuadir o receptor da canção a adotar um
B fala sobre o domínio da leitura e da escrita no Brasil. certo comportamento.
C incentiva a participação efetiva na vida da D .%+$,%("!0.5&$(%"(".%=.%&("5&)/,(/!3"9,!",'&5&4(".(%("
comunidade.
construir a canção.
D faz uma avaliação crítica a respeito da condição
cidadã do brasileiro. E +DP!'&6(" 6!%&-$(%" +," :+%'(5!$!%" (" !-$&R)$&(" 2("
E 2!-)!"&)#'%,3!)'+#"!-$(4!#".(%("!5!6(%"("$+)2&7*+" mensagem veiculada.
social da população do Brasil.
QUESTÃO 118
QUESTÃO 116
S,()2+" +#" .+%',/,!#!#" #!" &)#'(5(%(3" )+" T%(#&5>"
:(;<1%(=1*(0'"(%/%>%($%,. o país era povoado de índios. Importaram, depois, da
Dados preliminares divulgados por pesquisadores África, grande número de escravos. O Português, o
da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram Índio e o Negro constituem, durante o período colonial,
+" 89,1:!%+" 85'!%" 2+" ;<*+" $+3+" +" 3(&+%" 2!.=#&'+" 2!"
água potável do planeta. Com volume estimado em as três bases da população brasileira. Mas no que se
86 000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva refere à cultura, a contribuição do Português foi de longe
subterrânea está localizada sob os estados do a mais notada.
83(4+)(#>" ?(%@" !"83(.@A" BC##(" 9,()'&2(2!" 2!" @/,("
#!%&(" #,-$&!)'!" .(%(" (D(#'!$!%" (" .+.,5(7*+" 3,)2&(5" Durante muito tempo o português e o tupi viveram
2,%()'!"EFF"()+#G>"2&4"H&5'+)"H(''(>"/!=5+/+"2("IJ?8A"" lado a lado como línguas de comunicação. Era o tupi
Em termos comparativos, Alter do Chão tem quase o
dobro do volume de água do Aquífero Guarani (com que utilizavam os bandeirantes nas suas expedições.
45 000 quilômetros cúbicos). Até então, Guarani era a C3"QUOV>"2&4&("+"?(2%!"8)'W)&+"X&!&%("9,!"B(#":(315&(#"
maior reserva subterrânea do mundo, distribuída por dos portugueses e índios em São Paulo estão tão
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. ligadas hoje umas com as outras, que as mulheres e os
:4"/%. Nº 623, 26 abr. 2010.
-5<+#"#!"$%&(3"31#'&$("!"2+3!#'&$(3!)'!>"!"("51)/,("9,!"
Essa notícia, publicada em uma revista de grande nas ditas famílias se fala é a dos Índios, e a portuguesa
circulação, apresenta resultados de uma pesquisa
$&!)'1-$(" %!(5&4(2(" .+%" ,3(" ,)&6!%#&2(2!" D%(#&5!&%(A" a vão os meninos aprender à escola.”
K!##(" #&',(7*+" !#.!$1-$(" 2!" $+3,)&$(7*+>" (" :,)7*+" TEYSSIER, P. @,.-3#,%()%(+A0<1%(4"#-1<1*.%. Lisboa:
referencial da linguagem predomina, porque o autor do Y&6%(%&("Z@"2(";+#'(>"QO[V"\(2(.'(2+]A
texto prioriza
A as suas opiniões, baseadas em fatos. A identidade de uma nação está diretamente ligada à
B os aspectos objetivos e precisos. cultura de seu povo. O texto mostra que, no período
C os elementos de persuasão do leitor. colonial brasileiro, o Português, o Índio e o Negro
D os elementos estéticos na construção do texto. formaram a base da população e que o patrimônio
E os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.
linguístico brasileiro é resultado da
QUESTÃO 117 A contribuição dos índios na escolarização dos
5*=1*0"(/"0/*#-"(=1*(?,#"1(/%0&'" brasileiros.
Não, não há por que mentir ou esconder B diferença entre as línguas dos colonizadores e as
A dor que foi maior do que é capaz meu coração dos indígenas.
K*+>")!3"<@".+%"9,!"#!/,&%"$()'()2+"#=".(%("!0.5&$(% C importância do padre Antônio Vieira para a literatura
Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar
de língua portuguesa.
Ah, eu vou voltar pra mim
Seguir sozinho assim D origem das diferenças entre a língua portuguesa e
Até me consumir ou consumir toda essa dor as línguas tupi.
Até sentir de novo o coração capaz de amor E &)'!%(7*+".($1-$(")+",#+"2("51)/,(".+%',/,!#("!"2("
VANDRÉ, G. Disponível em: http://wwLA5!'%(#A'!%%(A$+3AD%A"8$!##+"!3M"NO"P,)A"NFQQA língua tupi.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 13
*AMAR25dom14*

QUESTÃO 119 K" 1,1L.($ é um importante recurso do patrimônio


Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos cultural de uma nação. Ela está presente nas lembranças
desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se do passado e no acervo cultural de um povo. Ao tratar o
concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, fazer poético como uma das maneiras de se guardar o
!" #$%$&'()*!" +," -!./.!0" $#!12$)*$+!" 2,3!" %(!34!" que se quer, o texto
do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado
A .,55$36$"$"(12!.6M)#($"+!5",56'+!5"*(56L.(#!5"2$.$"$"
baiano. Nada mais que os primeiros acordes da
música crioula para que o sangue de toda aquela gente #!)56.'N4!"+$"1,1L.($"5!#($3"+,"'1"2!%!:"
despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o B valoriza as lembranças individuais em detrimento
corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, das narrativas populares ou coletivas.
e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já C reforça a capacidade da literatura em promover a
não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos subjetividade e os valores humanos.
gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem D destaca a importância de reservar o texto literário
5,.2,)6,$)+!0" #!1!" #!7.$5" )'1$" 8!.,56$" ()#,)+($+$9"
O&',3,5"&',"2!55',1"1$(!.".,2,.6L.(!"#'36'.$3:
eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor:
música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de E revela a superioridade da escrita poética como forma
fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo. (+,$3"+,"2.,5,.%$N4!"+$"1,1L.($"#'36'.$3:
AZEVEDO, A. !"#$%&'($:";4!"-$'3!<"=6(#$0">?@A"BC.$D1,)6!E:
QUESTÃO 121
No romance O Cortiço" B>@?FE0" de Aluízio Azevedo, as )*+',-"."/.0.
personagens são observadas como elementos coletivos
caracterizados por condicionantes de origem social, Língua do meu Amor velosa e doce,
sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto que me convences de que sou frase,
entre brasileiros e portugueses revela prevalência do
elemento brasileiro, pois que me contornas, que me vestes quase,
A destaca o nome de personagens brasileiras e omite como se o corpo meu de ti vindo me fosse.
o de personagens portuguesas. Língua que me cativas, que me enleias
B exalta a força do cenário natural brasileiro e os surtos de ave estranha,
considera o do português inexpressivo. em linhas longas de invisíveis teias,
C mostra o poder envolvente da música brasileira, que
de que és, há tanto, habilidosa aranha...
cala o fado português.
D destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à [...]
tristeza dos portugueses. Amo-te as sugestões gloriosas e funestas,
E atribui aos brasileiros uma habilidade maior com amo-te como todas as mulheres
instrumentos musicais. 6,"$1$10"L"3P)D'$J3$1$0"L"3P)D'$J.,523,)+!.0
QUESTÃO 120 pela carne de som que à ideia emprestas
Guardar e pelas frases mudas que proferes
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. )!5"5(3Q)#(!5"+,"K1!.R:::
Em cofre não se guarda coisa alguma. MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). !1"2.3"3./4$%.1"+$.3-1"5%-1'/.'%$1",$"1*26/$.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento).
Em cofre perde-se a coisa à vista.
G'$.+$."'1$"#!(5$"H"!3*IJ3$0"/6IJ3$0"1(.IJ3$"2!. K" 2!,5($" +," G(3S$" T$#*$+!" (+,)6(/#$J5," #!1" $5"
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. concepções artísticas simbolistas. Entretanto, o texto
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por selecionado incorpora referências temáticas e formais
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, modernistas, já que, nele, a poeta
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro A 2.!#'.$" +,5#!)56.'(." $" %(54!" 1,6$CL.(#$" +!" $1!." ,"
Do que um pássaro sem voos. abandona o cuidado formal.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, B concebe a mulher como um ser sem linguagem e
por isso se declara e declama um poema: questiona o poder da palavra.
Para guardá-lo: C questiona o trabalho intelectual da mulher e antecipa
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda: a construção do verso livre.
Guarde o que quer que guarda um poema: D propõe um modelo novo de erotização na lírica
Por isso o lance do poema: $1!.!5$","2.!2U,"$"5(123(/#$N4!"%,.7$3:
Por guardar-se o que se quer guardar. E explora a construção da essência feminina, a partir
MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). !"#$%&#&%'()*%"#+)%&,"#-*,".'%.*)"#/)#"0$1').
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. da poliss,1($"+,"V3P)D'$W0","()!%$"!"3HX(#!:

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*AMAR25dom15*

!"#$%&'()(&(*&+,"*$-"*&.//&"&./0 QUESTÃO 123


X$(+8*(#'$B(FW8'$*0/4/9%&'$3'$%3Y38/'$-*>4/8/0F(/'$Z$&+$
&+#0%8%($ %$ -'0+38/%4$ #*-(+##7'$ &+$ 0(+8E'$ &'$ 0+A0'$ Z$
(+.'([%$%$+W8F8/%$-(+0+3&/&%=$(+6+4%&%$3%$+#0(%0\B/%$&+
A ressaltar a informação no título, em detrimento do
restante do conteúdo associado.
B incluir o leitor por meio do uso da 1ª pessoa do plural
!"#$ %&'(aríamos dize($ )*+$ #','#$ -+(.+/0'#1$ 2*+$ no discurso.
#','#$ /3.%456+/#1$ 2*+$ 37'$ 8',+0+,'#$ 3+,$ ,+#,'$ '$ C 8'30%($%$E/#0"(/%$&%$8(/%[7'$&'$"(B7'$8','$%(B*,+30'$
de autoridade.
,+3'($&+#4/9+1$:$#"$37'$.%4%,'#$/##'$-'($*,$-+)*+3'$
D subverter o fazer publicitário pelo uso de sua
detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra metalinguagem.
;,+30/(%<=$ 8','$ %8%>%,'#$ &+$ .%9+(=$ -'&+(5%,'#$ '-0%($ E impressionar o leitor pelo jogo de palavras no texto.
-'($*,$+*.+,/#,'1$;?+/%@6+(&%&+<=$-'($+A+,-4'=$#+(/%$ QUESTÃO 124
*,$0+(,'$,*/0'$,+3'#$%B(+##/6'1$?%#$3"#$37'$*#%,'#$
esta palavra simplesmente porque não acreditamos que
+A/#0%$ *,%$ ;?+/%@6+(&%&+<1$ C%(%$ '$ D'3%(=$ D'3#+4E'$
Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem
a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a
desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar
3%#8+*$EF$GH$%3'#$I6/*$#"J$37'$%((+&'3&%,'#$-%(%$KLM$
com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não
fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de
dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos
isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo
&+$ 8(+&/>/4/&%&+1$ :=$ 8F$ +30(+$ 3"#=$ -%(%$ )*+$ #+(6/(/%$ %$
-('-%B%3&%$#+$'$8'3#*,/&'($37'$%8(+&/0%##+$3+4%J
2*%4)*+($ -+##'%$ )*+$ #+$ #/3ta enganada por uma
peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar.
Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e,
quando é o caso, aplica a punição.
Anúncio veiculado na Revista Veja.$N7'$C%*4'O$P>(/41$:&1$GQGL=$%3'$RG=$3S$GT=$U$V*41$GLLH1

QUESTÃO 122 Disponível em: http://www.ccsp.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).

Considerando a autoria e a seleção lexical desse texto, O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o
#+B*/30+$,'0+O$;?*&+$#*%$+,>%4%B+,<1$P$+#0(%0\B/%$)*+$
bem como os argumentos nele mobilizados, constata-se o autor utiliza para o convencimento do leitor baseia-se
que o objetivo do autor do texto é no emprego de recursos expressivos, verbais e não
verbais, com vistas a
A informar os consumidores em geral sobre a atuação
A ridicularizar a forma física do possível cliente do
do Conar. produto anunciado, aconselhando-o a uma busca de
B conscientizar publicitários do compromisso ético ao mudanças estéticas.
elaborar suas peças publicitárias. B enfatizar a tendência da sociedade contemporânea
de buscar hábitos alimentares saudáveis, reforçando
C %4+(0%($8E+.+#$&+$.%,54/%=$-%(%$)*+$+4+#$W#8%4/9+,$'$ tal postura.
conteúdo das propagandas veiculadas pela mídia. C criticar o consumo excessivo de produtos
D chamar a atenção de empresários e anunciantes em industrializados por parte da população, propondo a
redução desse consumo.
geral para suas responsabilidades ao contratarem D %##'8/%($'$6'8F>*4'$;%[Y8%(<$]$/,%B+,$&'$8'(-'$.'(%$
publicitários sem ética. de forma, sugerindo a substituição desse produto
E chamar a atenção de empresas para os efeitos pelo adoçante.
E relacionar a imagem do saco de açúcar a um corpo
nocivos que elas podem causar à sociedade, se humano que não desenvolve atividades físicas,
compactuarem com propagandas enganosas. incentivando a prática esportiva.

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*AMAR25dom16*

QUESTÃO 125 QUESTÃO 126


TEXTO I
-.)/0)!/1.2/0)3)4!56&!7)8&024829))))))))))))))
O Brasil sempre deu respostas rápidas através da IMAGINE DORMIR.
solidariedade do seu povo. Mas a mesma força que nos Com a chegada do inverno, muitas pessoas
!"#$%&'&'&()*&+'"',+-.$!"'*/%/+$&'#&!01!'2"3'!"#$%&+' perdem o sono. São milhões de necessitados que
a ter atitudes cidadãs. Não podemos mais transferir a lutam contra a fome e o frio. Para vencer esta
batalha, eles precisam de você. Deposite qualquer
4)5,&',&+&'6)/!'1'%7#$!&'")'&#1'!/3!"',&+&'&',+-,+$&'
quantia. Você ajuda milhares de pessoas a terem
2&#)+/8&9' 4"!"' 3/' /33&' 3/:)$33/' &' 5-:$4&' ;)!&2&<' uma boa noite e dorme com a consciência tranquila.
Sobram desculpas esfarrapadas e falta competência da
classe política. Veja<'NO'3/#<'PQQQ'R&*&,#&*"S<
Cartas. !"#$%. 28 abr. 2010.
O produtor de anúncios publicitários utiliza-se de estra-
TEXTO II #1:$&3',/+3)&3$%&3',&+&'$2T)/24$&+'"'4"!,"+#&!/2#"'*/'
seu leitor. Entre os recursos argumentativos mobilizados
Não podemos negar ao povo sofrido todas as
pelo autor para obter a adesão do público à campanha,
;$,-#/3/3' */' ,+/%$3="' *"3' */3&3#+/3<' >/!&:":"3'
destaca-se nesse texto
culpam os moradores; o governo e a prefeitura apelam
A a oposição entre individual e coletivo, trazendo um
para as pessoas saírem das áreas de risco e agora
ideário populista para o anúncio.
*$8/!' 6)/' 3/+?' 4"!,)53-+$&' &' +/&5"4&@="<' A2#="'
B a utilização de tratamento informal com o leitor, o
#/!"3' &' +/&5"4&+' "' B+&3$5' $2#/$+"C' D+$/!"3' )!' 3/+%$@"9'
que suaviza a seriedade do problema.
3$!$5&+' &"' EFE9' 4"!' &5"4&@="' "0+$:&#-+$&' */' +/4)+3"3'
C "' /!,+/:"' */' 5$2:)&:/!' J:)+&*&9' "' 6)/' */3%$&' &'
orçamentários com rede de atendimento preventivo,
&#/2@="'*&',",)5&@="'*"'&,/5"'J2&24/$+"<'
"2*/' ,&+#$4$,&+$&!' &+6)$#/#"39' /2:/2;/$+"39' :/-5":"3<'
D "' )3"' *"3' 2)!/+&$3' G!$5;&+/3H' /' G!$5;U/3H9'
B/!'")'!&59'/33/'GEFEH'"+:&2$8&+$&'0+$:&*&3'2"3'5"4&$3<'
responsável pela supervalorização das condições
I"3'4&3"3'*&'*/2:)/9',"+'/./!,5"9',"*/+$&'%/+$J4&+'&3'
dos necessitados.
condições de acontecer epidemias. Seriam boas ações E "'(":"'*/',&5&%+&3'/2#+/'G&4"+*&+H'/'G*"+!$+H9'"'6)/'
preventivas. relativiza o problema do leitor em relação ao dos
Carta do Leitor. &'(#')&'*+#',. 28 abr. 2010 (adaptado).
necessitados.
Os textos apresentados expressam opiniões de leitores QUESTÃO 127
acerca de relevante assunto para a sociedade brasileira.
Os autores dos dois textos apontam para a Entre ide+'):)#:;<$,$=+'
A necessidade de trabalho voluntário contínuo para a O grande conceito por trás do Museu da Língua é
resolução das mazelas sociais. apresentar o idioma como algo vivo e fundamental para
B importância de ações preventivas para evitar o entendimento do que é ser brasileiro. Se nada nos
catástrofes, indevidamente atribuídas aos políticos. */J2/'4"!'45&+/8&9'&'M"+!&'4"!"'M&5&!"3'"',"+#):)K3'
C incapacidade política para agir de forma diligente na nas mais diversas situações cotidianas é talvez a melhor
resolução das mazelas sociais. expressão da brasilidade.
D )+:K24$&'*/'3/'4+$&+/!'2"%"3'-+:="3',L05$4"3'4"!'
SCARDOVELI, E. 2:>+"#')7?<=@')A$(#@=@:"'. São Paulo: Segmento, Ano II, nº 6, 2006.
as mesmas características do SUS.
E $!,"33$0$5$*&*/'*/'"';"!/!'&:$+'*/'M"+!&'/J4&8'")' V'#/.#"',+",U/')!&'+/T/.="'&4/+4&'*&'572:)&',"+#):)/3&9'
preventiva diante das ações da natureza. ressaltando para o leitor a
A inauguração do museu e o grande investimento em
cultura no país.
B importância da língua para a construção da
identidade nacional.
C afetividade tão comum ao brasileiro, retratada
através da língua.
D relação entre o idioma e as políticas públicas na
área de cultura.
E *$%/+3$*&*/'1#2$4&'/'5$2:)73#$4&'/.$3#/2#/'2"'#/++$#-+$"'
nacional.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 16
*AMAR25dom17*

QUESTÃO 128 QUESTÃO 129


!"#"$%"&'()*+,(" Há certos usos consagrados na fala, e até mesmo
na escrita, que, a depender do estrato social e do nível
A história da tribo Sapucaí, que traduziu para o
de escolaridade do falante, são, sem dúvida, previsíveis.
idioma guarani os artefatos da era da computação que
Ocorrem até mesmo em falantes que dominam a
ganharam importância em sua vida, como mouse (que
variedade padrão, pois, na verdade, revelam tendências
eles chamam de angojhá) e windows (oventã)
existentes na língua em seu processo de mudança
!"#$%&'#'($)*+$*)',-*.&"'/0"*1#',&2"$(%#%*3'0"*' 0"*'$<&'7&%*2'4*+'C1&0"*#%#4'*2'$&2*'%*'"2':(%*#1'
abriga em torno de 400 guaranis, há quatro anos, por linguístico” que estaria representado pelas regras da
meio de um projeto do Comitê para Democratização gramática normativa. Usos como ter por haver em
da Informática (CDI), em parceria com a ONG Rede construções existenciais (tem muitos livros na estante),
Povos da Floresta e com antena cedida pela Star One o do pronome objeto na posição de sujeito (para mim
(da Embratel), Potty e sua aldeia logo vislumbraram as fazer o trabalho), a não-concordância das passivas com
possibilidades de comunicação que a web traz. se (aluga-se casas) são indícios da existência, não de
Ele conta que usam a rede, por enquanto, somente uma norma única, mas de uma pluralidade de normas,
para preparação e envio de documentos, mas entendida, mais uma vez, norma como conjunto de
perceberam que ela pode ajudar na preservação da hábitos linguísticos, sem implicar juízo de valor.
cultura indígena. CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs).
-(.'(/&),&+%"012'3": descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento).
A apropriação da rede se deu de forma gradual,
2#4'&4'."#+#$(4'56'($,&+7&+#+#2'#'$&8(%#%*')*,$&19.(,#' D&$4(%*+#$%&'#'+*E*@<&')+#F(%#'$&')*@)&'#'+*47*()&'%#'
ao seu estilo de vida. A importância da internet e da 2"1)(71(,(%#%*'%&'%(4,"+4&3'8*+(G,#H4*'0"*
computação para eles está expressa num caso de rara A estudantes que não conhecem as diferenças
incorporação: a do vocabulário. entre língua escrita e língua falada empregam,
— Um dia, o cacique da aldeia Sapucaí me ligou. indistintamente, usos aceitos na conversa com
:;' .*$)*' $<&' *4)6' 0"*+*$%&' ,-#2#+' ,&27")#%&+' %*' amigos quando vão elaborar um texto escrito.
:,&27")#%&+=>'?".*+('#'*1*4'0"*',+(#44*2'"2#'7#1#8+#' B falantes que dominam a variedade padrão do
em guarani. E criaram aiú irú rive3':,#(@#'7+#'#,"2"1#+'#' português do Brasil demonstram usos que
1A$."#=>'B943'C+#$,&43'"4#2&4'mouse, windows e outros ,&$G+2#2' #' %(I*+*$J#' *$)+*' #' $&+2#' (%*#1(F#%#' *'
termos, que eles começaram a adaptar para o idioma a efetivamente praticada, mesmo por falantes mais
deles, como angojhá (rato) e oventã (janela) — conta escolarizados.
Rodrigo Baggio, diretor do CDI. C moradores de diversas regiões do país que enfrentam
Disponível em: http://www.revistalingua.uol.com.br. Acesso em: 22 jul. 2010. %(G,"1%#%*4' #&' 4*' *@7+*44#+' $#' *4,+()#' +*8*1#2' #'
,&$4)#$)*' 2&%(G,#J<&' %#4' +*.+#4' %*' *27+*.&' %*'
O uso das novas tecnologias de informação e
pronomes e os casos especiais de concordância.
comunicação fez surgir uma série de novos termos
D pessoas que se julgam no direito de contrariar a
que foram acolhidos na sociedade brasileira em sua
gramática ensinada na escola gostam de apresentar
forma original, como: mouse, windows, download, site,
usos não aceitos socialmente para esconderem seu
homepage, entre outros. O texto trata da adaptação
desconhecimento da norma padrão.
de termos da informática à língua indígena como uma
E usuários que desvendam os mistérios e sutilezas da
reação da tribo Sapucaí, o que revela
língua portuguesa empregam formas do verbo ter
A a possibilidade que o índio Potty vislumbrou em quando, na verdade, deveriam usar formas do verbo
relação à comunicação que a web pode trazer a seu haver, contrariando as regras gramaticais.
povo e à facilidade no envio de documentos e na
conversação em tempo real.
B o uso da internet para preparação e envio de documentos,
bem como a contribuição para as atividades relacionadas
aos trabalhos da cultura indígena.
C a preservação da identidade, demonstrada pela
conservação do idioma, mesmo com a utilização
de novas tecnologias características da cultura de
outros grupos sociais.
D adesão ao projeto do Comitê para Democratização
da Informática (CDI), que, em parceria com a ONG
Rede Povos da Floresta, possibilitou o acesso à
web3'2*42&'*2'#2C(*$)*'($947()&>
E a apropriação da nova tecnologia de forma gradual,
evidente quando os guaranis incorporaram a
$&8(%#%*' )*,$&19.(,#' #&' 4*"' *4)(1&' %*' 8(%#' ,&2' #'
possibilidade de acesso à internet.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 17
*AMAR25dom18*

QUESTÃO 130 QUESTÃO 132


MANDIOCA – mais um!"#$%$&'$!()!*+),-&.)
Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As
designações da Manihot utilissima podem variar de região,
no Brasil, mas uma delas deve ser levada em conta em todo
!"#$%%&#'%&!"()*&!()+,"pão-de-pobre"-"$".!%"/!#&0!1"'20&!13
Rica em fécula, a mandioca — uma planta rústica e nativa VERÍSSIMO, L. F. *%!:24#)%!$+;!<$!=$6%!$>.%'$!?6$!$6!%$@)!)'.&8.(2!"2#!6+!#).2.
da Amazônia disseminada no mundo inteiro, especialmente D!%#!"M+$=%$,"NODP?"QRRS3
pelos colonizadores portugueses — é a base de sustento de
muitos brasileiros e o único alimento disponível para mais de O humor da tira decorre da reação de uma das cobras
600 milhões de pessoas em vários pontos do planeta, e em com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez
particular em algumas regiões da África. de pronome oblíquo. De acordo com a norma padrão da
/!+$012#!(2!30242!56#)0. Fev. 2005 (fragmento). língua, esse uso é inadequado, pois
De acordo com o texto, há no Brasil uma variedade de A contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
nomes para a Manihot utilissima, (!/$" *&$(#45*!" 6)" B contraria a marcação das funções sintáticas de
mandioca. Esse fenômeno revela que
sujeito e objeto.
A existem variedades regionais para nomear uma
mesma espécie de planta. C gera inadequação na concordância com o verbo.
B /)(6&!*)"7"(!/$"$1.$*45*!".)%)")"$1.7*&$"$8&1#$(#$" D gera ambiguidade na leitura do texto.
na região amazônica. E apresenta dupla marcação de sujeito.
C 9.:!;6$;.!2%$<" 7" 6$1&=()>:!" $1.$*45*)" .)%)" )"
planta da região amazônica.
D os nomes designam espécies diferentes da planta,
conforme a região.
E a planta é nomeada conforme as particularidades
que apresenta.
QUESTÃO 131
Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas
ou estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao
+!(=!"6!"#$%%&#'%&!?"1$@)"(A/)"%$+)>:!"6$"!.!1&>:!?"1$@)"6$"
complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de
A1!1" BA$" *!(5=A%)/" A/)" (!%/)" ()*&!()+" 6&1#&(#)" 6)" 6!"
português europeu. Ao focalizar essa questão, que opõe
(:!"1'")1"(!%/)1"6!".!%#A=AC1"6$"D!%#A=)+"E1"(!%/)1"6!"
português brasileiro, mas também as chamadas normas
cultas locais às populares ou vernáculas, deve-se insistir
na ideia de que essas normas se consolidaram em
6&F$%$(#$1"/!/$(#!1"6)"(!11)"G&1#'%&)"$"BA$"1'")".)%#&%"6!"
século XVIII se pode começar a pensar na bifurcação das
variantes continentais, ora em consequência de mudanças
ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos
!1"#$%%&#'%&os.
CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs).
7&%.&2!($!8#)+9'.:): descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado).

O português do Brasil não é uma língua uniforme. A


variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas
as línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades
linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser
aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a
atenção do leitor para a
A desconsideração da existência das normas
populares pelos falantes da norma culta.
B difusão do português de Portugal em todas as
%$=&H$1"6!"I%)1&+"1'")".)%#&%"6!"17*A+!"JKLLL3
C existência de usos da língua que caracterizam uma
norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal.
D inexistência de normas cultas locais e populares ou
vernáculas em um determinado país.
E necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos
frequentes de uma língua devem ser aceitos.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 18
*AMAR25dom19*

!"#$%"&'#(#&#)&*+%),-%)&.//&%&./0

Disponível em: http://www.wordinfo.info. Acesso em: 27 abr. 2010.

QUESTÃO 133
O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvolvimento
:+;-.<=7(;.>#".-?('+,)-'.#.#;.-:+@:.#)A,+?+-:)'.B#C+,(D;)$?+#EF+#.#(GA);:.#:+;-.<=7(;.#A.'+#.;)?(.-),#
A .#?F,7(G+-:.#'+#FG#H.G+G#'+A+-'+-:+#'+#FG#-.C.#G.'+<.#:+;-.<=7(;.>
B a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua realidade.
C a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina.
D )#(-C+-IJ.#'+#+EF(A)G+-:.?#EF+#'(D;F<:)G#.#:,)K)<H.#'.#H.G+GB#+G#?F)#+?L+,)#?.;()<>#
E o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criação de ferramentas como lança, máquina e
computador.
QUESTÃO 134
O homem evoluiu. Independentemente de teoria, essa evolução ocorreu de várias formas. No que concerne à
evolução digital, o homem percorreu longo trajeto da pedra lascada ao mundo virtual. Tal fato culminou em um
problema físico habitual, ilustrado na imagem, que propicia uma piora na qualidade de vida do usuário, uma vez que
A a evolução ocorreu e com ela evoluíram as dores de cabeça, o estresse e a falta de atenção à família.
B a vida sem o computador tornou-se quase inviável, mas se tem diminuído problemas de visão cansada.
C a utilização demasiada do computador tem proporcionado o surgimento de cientistas que apresentam lesão por
esforço repetitivo.
D o homem criou o computador, que evoluiu, e hoje opera várias ações antes feitas pelas pessoas, tornando-as
sedentárias ou obesas.
E o uso contínuo do computador de forma inadequada tem ocasionado má postura corporal.
QUESTÃO 135
1&*+%&2&'3))45%6&789%(&%"&.0:&;#(#;,%(%)<
Sucesso do Twitter no Brasil é oportunidade única de compreender a importância da concisão nos gêneros de escrita
0#G6@(G)#MG+-.?#N#G)(?O#-F-;)#L+P#:)-:.#?+-:('.#;.G.#-.#;)?.#'.#microblog Twitter, cuja premissa é dizer
algo — não importa o quê — em 140 caracteres. Desde que o serviço foi criado, em 2006, o número de usuários
')#L+,,)G+-:)#N#;)')#C+P#G)(.,B#)??(G#;.G.#)#'(C+,?(')'+#'+#F?.?#EF+#?+#L)P#'+<)>#Q.#+?:(<.#MEF+,('.#'(6,(.O#R#
literatura concisa, passando por aforismos, citações, jornalismo, fofoca, humor etc., tudo ganha o espaço de um
tweet#SMA(.O#+G#(-7<T?UB#+#+-:+-'+,#?+F#?F;+??.#A.'+#(-'(;),#FG#;)G(-H.#A),)#.#)A,(G.,)G+-:.#'+#FG#,+;F,?.#C(:)<#
à escrita: a concisão.
Disponível em: http://www.revistalingua.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado).

4#VW(::+,#?+#A,+?:)#)#'(C+,?)?#D-)<(')'+?B#+-:,+#+<)?B#R#;.GF-(;)IJ.#;.-;(?)B#A.,#(??.#+??)#,+'+#?.;()<
A é um recurso elitizado, cujo público precisa dominar a língua padrão.
B ;.-?:(:F(#,+;F,?.#A,=A,(.#A),)#)#)EF(?(IJ.#')#G.')<(')'+#+?;,(:)#')#<X-7F)>
C N#,+?:,(:)#R#'(CF<7)IJ.#'+#:+@:.?#;F,:.?#+#A.F;.#?(7-(D;):(C.?#+B#A.,:)-:.B#N#A.F;.#Y:(<>
D (-:+,L+,+#-+7):(C)G+-:+#-.#A,.;+??.#'+#+?;,(:)#+#);)K)#A.,#,+C+<),#FG)#;F<:F,)#A.F;.#,+Z+@(C)>
E estimula a produção de frases com clareza e objetividade, fatores que potencializam a comunicação interativa.

!"#$#%&#'()#*#")'+,-.#/#$#01023!4#$#567(-)#89
*AMAR25dom1*

PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema VIVER EM REDE NO
SÉCULO XXI: OS LIMITES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO, apresentando proposta de conscientização social
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.

!"#$%&'&$()$*(+,
A ONU acaba de declarar o acesso à rede um direito fundamental do ser humano – assim como saúde, moradia
e educação. No mundo todo, pessoas começam a abrir seus sinais privados de !"#$, organizações e governos se
mobilizam para expandir a rede para espaços públicos e regiões onde ela ainda não chega, com acesso livre e gratuito.
ROSA, G.; SANTOS, P. Galileu. Nº 240, jul. 2011 (fragmento).

-("./$%.$/(/$*(,01"&,)($(*$*2%"'
Uma pesquisa da consultoria Forrester Research revela que, nos Estados Unidos, a população já passou
mais tempo conectada à internet do que em frente à televisão. Os hábitos estão mudando. No Brasil, as pessoas
já gastam cerca de 20% de seu tempo on-line em redes sociais. A grande maioria dos internautas (72%, de
!"#$%#&"#'&#&()#*+&,-%.!/&*$+0+1%+&"$.!$2&!"+33!$&+&'!10+$&4'&*+$56&+'&$+%+7&89!:&*!$0+&%!&*$;*$.!&3#".!6.:!<=#&
do indivíduo do século XXI estar numa rede social. Não estar equivale a não ter uma identidade ou um número
de telefone no passado”, acredita Alessandro Barbosa Lima, CEO da e.Life, empresa de monitoração e análise
de mídias.
>3&$+%+3&3#".!.3&3=#&;0.'!3&*!$!&%.33+'.1!$&.%+.!32&0#$1!$&!6?4@'&*#*46!$&+&0!')@'&!$$4.1!$&$+*40!<A+37&B'&
%#3&'!.#$+3&%+3!5#3&%#3&434C$.#3&%+&.10+$1+0&@&3!)+$&*#1%+$!$&#&D4+&3+&*4)6."!&1+6!7&E3*+".!6.30!3&$+"#'+1%!'&
que não se deve publicar o que não se fala em público, pois a internet é um ambiente social e, ao contrário do que
se pensa, a rede não acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem se esconde atrás de um pseudônimo pode
3+$&$!30$+!%#&+&.%+10.5"!%#7&>D4+6+3&D4+2&*#$&.'*463#2&3+ exaltam e cometem gafes podem pagar caro.
Disponível em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 30 jun. 2011 (adaptado).

DAHMER, A. Disponível em: http://malvados.wordpress.com. Acesso em: 30 jun. 2011.

INSTRUÇÕES:
F& G&%')30.4, da redação deve ser feito no espaço apropriado.
F& G&/$5/,(&$+."/"1, deve ser escrito à tinta, na 6,74'(8%28%"', em até 30 linhas.
F& >&$+%!<=#&"#'&!0@&H&I3+0+/&6.1J!3&+3"$.0!3&3+$C&"#13.%+$!%!&8.1345".+10+K&+&$+"+)+$C&1#0!&:+$#7&
F& >&$+%!<=#&D4+&L4?.$&!#&0+'!&#4&D4+&1=#&!0+1%+$&!#&/"8,(&"))$%/'/"1,9'%:0*$./'/"1, receberá nota zero.
F& >& $+%!<=#& D4+& !*$+3+10!$& ";*.!& %#3& 0+M0#3& %!& N$#*#30!& %+& O+%!<=#& #4& %#& P!%+$1#& %+& Q4+30A+3& 0+$C& #&
número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 1


*AMAR75sab1*

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir”


TECNOLOGIAS efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade
Questões de 1 a 45 inerente ao humano, porque as normas morais são
A decorrentes da vontade divina e, por esse motivo,
QUESTÃO 01
utópicas.
Movimento dos Caras-Pintadas B parâmetros idealizados, cujo cumprimento é
destituído de obrigação.
C amplas e vão além da capacidade de o indivíduo
conseguir cumpri-las integralmente.
D criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei
à qual deve se submeter.
E cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente
a observar as normas jurídicas.

QUESTÃO 03

No mundo árabe, países governados há décadas por


regimes políticos centralizadores contabilizam metade
da população com menos de 30 anos; desses, 56%
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (adaptado).
têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas
O movimento representado na imagem, do início dos de futuro e diante da estagnação da economia, esses
anos de 1990, arrebatou milhares de jovens no Brasil. jovens incubam vírus sedentos por modernidade e
democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano
Nesse contexto, a juventude, movida por um forte
de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio
sentimento cívico,
corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma
A aliou-se aos partidos de oposição e organizou a
série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma
campanha Diretas Já.
epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos
B manifestou-se contra a corrupção e pressionou pela
países vizinhos, derrubando em seguida o presidente
aprovação da Lei da Ficha Limpa.
do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais –
C engajou-se nos protestos relâmpago e utilizou a
como o Facebook e o Twitter – ajudaram a mobilizar
internet para agendar suas manifestações.
D espelhou-se no movimento estudantil de 1968 e manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
protagonizou ações revolucionárias armadas. SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. Istoé Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).

E !"#$"%&'() *"#!+&,"-) .+) '"/0(.+.() () 0$1%($/0"%) $")


Considerando os movimentos políticos mencionados no
processo de impeachment do então presidente Collor.
texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes
QUESTÃO 02
A reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
O brasileiro tem noção clara dos comportamentos B tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da C manter o distanciamento necessário à sua
corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos segurança.
padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria D disseminar vírus capazes de destruir programas dos
mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga computadores.
2/"##"3*0.+)$+45")6/!7/0+).()803+)9+##(!":; E difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a
FRAGA, P. Ninguém é inocente. Folha de S. Paulo. 4 out. 2009 (adaptado). população.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 1
*AMAR75sab2*

QUESTÃO 04

TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Nacional, 2009 (adaptado).

!"#$%&'("$)*+',(-+".,/)$0+0"/+$,%/),0"+("1$(')00(".)"2($3+45(".)"0(*(06"7",-8)$1$)8+45(".(0".+.(0"3(08$+"9:)"+"
água é um dos importantes fatores de pedogênese, pois nas áreas
A de clima temperado ocorrem alta pluviosidade e grande profundidade de solos.
B tropicais ocorre menor pluviosidade, o que se relaciona com a menor profundidade das rochas inalteradas.
C de latitudes em torno de 30° ocorrem as maiores profundidades de solo, visto que há maior umidade.
D tropicais a profundidade do solo é menor, o que evidencia menor intemperismo químico da água sobre as rochas.
E de menor latitude ocorrem as maiores precipitações, assim como a maior profundidade dos solos.
QUESTÃO 05
O Centro-Oeste apresentou-se como extremamente receptivo aos novos fenômenos da urbanização, já que era
1$+8,'+3)-8)"/,$#)3;"-5("1(00:,-.(",-2$+)08$:8:$+".)"3(-8+;"-)3"(:8$(0",-/)08,3)-8(0"&<(0"/,-.(0".("1+00+.(6"
Pôde, assim, receber uma infraestrutura nova, totalmente a serviço de uma economia moderna.
SANTOS, M. A Urbanização Brasileira. São Paulo: EdUSP, 2005 (adaptado).

O texto trata da ocupação de uma parcela do território brasileiro. O processo econômico diretamente associado a
essa ocupação foi o avanço da
A industrialização voltada para o setor de base.
B economia da borracha no sul da Amazônia.
C fronteira agropecuária que degradou parte do cerrado.
D exploração mineral na Chapada dos Guimarães.
E extrativismo na região pantaneira.
QUESTÃO 06
A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso alcançar toda essa
taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na última década do século XX, para que uma
pequena parcela de brasileiros se desse conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo torrado.
AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EdUSP, 1996.

Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambiental descrito é:
A Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas mineradoras.
B Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas.
C Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de interligar a região Norte ao restante do país.
D =$,+45(".)"%$)+0")<8$+8,/,08+0".("*%8)<".+0"0)$,-#:),$+0"1+$+"(0"'>+3+.(0"1(/(0".+"?($)08+6
E Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais e estrangeiras.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 2
*AMAR75sab3*

QUESTÃO 07 O texto ex'!12+,$"( 6!" importante alteração


socioambiental, comum aos centros urbanos. A
maximização desse fenômeno ocorre
A pela reconstrução dos leitos originais dos cursos
d’água antes canalizados.
B pela recomposição de áreas verdes nas áreas
centrais dos centros urbanos.
C pelo uso de materiais com alta capacidade de
#'7'8.*(%*(&*1*()*/(')+9:$+*/;
D pelo processo de impermeabilização do solo nas
áreas centrais das cidades.
E pela construção de vias expressas e gerenciamento
de tráfego terrestre.
QUESTÃO 09

Como os combustíveis energéticos, as tecnologias


da informação são, hoje em dia, indispensáveis em
Disponível em: http://www.ra-bugio.org.br. Acesso em: 28 jul. 2010.
todos os setores econômicos. Através delas, um
A imagem retrata a araucária, árvore que faz parte de maior número de produtores é capaz de inovar e a
obsolescência de bens e serviços se acelera. Longe
um importante bioma brasileiro que, no entanto, já foi
de estender a vida útil dos equipamentos e a sua
bastante degradado pela ocupação humana. Uma
capacidade de reparação, o ciclo de vida desses
das formas de intervenção humana relacionada à produtos diminui, resultando em maior necessidade de
degradação desse bioma foi matéria-prima para a fabricação de novos.
GROSSARD, C. Le Monde Diplomatique Brasil. Ano 3, nº 36, 2010 (adaptado).
A o avanço do extrativismo de minerais metálicos
voltados para a exportação na região Sudeste. A postura consumista de nossa sociedade indica
B a contínua ocupação agrícola intensiva de grãos na a crescente produção de lixo, principalmente nas
áreas urbanas, o que, associado a modos incorretos
região Centro-Oeste do Brasil.
de deposição,
C o processo de desmatamento motivado pela
A provoca a contaminação do solo e do lençol
expansão da atividade canavieira no Nordeste freático, ocasionando assim graves problemas
brasileiro. socioambientais, que se adensarão com a
D o avanço da indústria de papel e celulose a partir da continuidade da cultura do consumo desenfreado.
B produz efeitos perversos nos ecossistemas, que são
exploração da madeira, extraída principalmente no
sanados por cadeias de organismos decompositores
Sul do Brasil. que assumem o papel de eliminadores dos resíduos
E o adensamento do processo de favelização sobre depositados em lixões.
áreas da Serra do Mar na região Sudeste. C multiplica o número de lixões a céu aberto,
considerados atualmente a ferramenta capaz de
QUESTÃO 08 #'/*2<'#()'(9*#!"(/+!12+,$")"('(="#"&"(*(1#*=2'!"(
de deposição de resíduos nas grandes cidades.
O fenômeno de ilha de calor é o exemplo mais D estimula o empreendedorismo social, visto que um
!"#$"%&'( )"( !*)+,$"-.*( )"/( $*%)+-0'/( +%+$+"+/( )*( grande número de pessoas, os catadores, têm livre
clima pelo processo de urbanização, caracterizado acesso aos lixões, sendo assim incluídos na cadeia
1'2"( !*)+,$"-.*( )*( /*2*( '( 1'2*( $"2*#( "%&#*1*34%+$*5( produtiva dos resíduos tecnológicos.
E possibilita a ampliação da quantidade de rejeitos
o qual inclui todas as atividades humanas inerentes à
que podem ser destinados a associações e
sua vida na cidade. cooperativas de catadores de materiais recicláveis,
BARBOSA, R. V. R. Áreas verdes e qualidade térmica em ambientes urbanos: ,%"%$+")*/( 1*#( +%/&+&6+-0'/( )"( /*$+')")'( $+<+2( *6(
estudo em microclimas em Maceió. São Paulo: EdUSP, 2005. pelo poder público.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 3
*AMAR75sab4*

QUESTÃO 10 QUESTÃO 12

O professor Paulo Saldiva pedala 6 km em 22 Uma empresa norte-americana de bioenergia está


expandindo suas operações para o Brasil para explorar
minutos de casa para o trabalho, todos os dias. Nunca
o mercado de pinhão manso. Com sede na Califórnia,
foi atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima
a empresa desenvolveu sementes híbridas de pinhão
diária do trânsito de São Paulo: a cada minuto sobre manso, oleaginosa utilizada hoje na produção de
a bicicleta, seus pulmões são envenenados com biodiesel e de querosene de aviação.
3,3 microgramas de poluição particulada – poeira, MAGOSSI, E. O Estado de São Paulo. 19 maio 2011 (adaptado).

fumaça, fuligem, partículas de metal em suspensão, A partir do texto, a melhoria agronômica das sementes
sulfatos, nitratos, carbono, compostos orgânicos e de pinhão manso abre para o Brasil a oportunidade
outras substâncias nocivas. econômica de

ESCOBAR, H. Sem Ar. O Estado de São Paulo. Ago. 2008. A ampliar as regiões produtoras pela adaptação do
cultivo a diferentes condições climáticas.
A população de uma metrópole brasileira que vive nas B !"#"$%&'()*+),"-."#*+),(*/.0*("+)%'1,*#"+"+)/")
mesmas condições socioambientais das do professor óleo pela venda direta ao varejo.
C abandonar a energia automotiva derivada do
citado no texto apresentará uma tendência de
petróleo em favor de fontes alternativas.
A ampliação da taxa de fecundidade. D baratear cultivos alimentares substituídos pelas

B diminuição da expectativa de vida. culturas energéticas de valor econômico superior.


E reduzir o impacto ambiental pela não emissão de
C elevação do crescimento vegetativo.
gases do efeito estufa para a atmosfera.
D aumento na participação relativa de idosos.
QUESTÃO 13
E redução na proporção de jovens na sociedade.
Um dos principais objetivos de se dar continuidade às
QUESTÃO 11 pesquisas em erosão dos solos é o de procurar resolver
os problemas oriundos desse processo, que, em última
SOBRADINHO
análise, geram uma série de impactos ambientais.
O homem chega, já desfaz a natureza Além disso, para a adoção de técnicas de conservação
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar dos solos, é preciso conhecer como a água executa
O São Francisco lá pra cima da Bahia seu trabalho de remoção, transporte e deposição de
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar sedimentos. A erosão causa, quase sempre, uma série
de problemas ambientais, em nível local ou até mesmo
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que
em grandes áreas.
dizia que o Sertão ia alagar. GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B.
Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos.
SÁ E GUARABYRA. Disco Pirão de peixe com pimenta. Som Livre, 1977 (adaptado). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007 (adaptado).

O trecho da música faz referência a uma importante A preservação do solo, principalmente em áreas de
obra na região do rio São Francisco. Uma consequência encostas, pode ser uma solução para evitar catástrofes
socioespacial dessa construção foi "1) 2.#34*) /') &#0"#+&/'/") /") 5.6*) 78/(&%*9) :) ,(;0&%')
humana que segue no caminho contrário a essa solução é
A a migração forçada da população ribeirinha.
A a aração.
B o rebaixamento do nível do lençol freático local.
B o terraceamento.
C a preservação da memória histórica da região.
C o pousio.
D a ampliação das áreas de clima árido. D a drenagem.
E a redução das áreas de agricultura irrigada. E o desmatamento.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 4
*AMAR75sab5*

QUESTÃO 14 QUESTÃO 15
Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo
“chuva ácida”, descrevendo precipitações ácidas em
Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do
acúmulo demasiado de dióxido de carbono e enxofre
na atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa
camada, formam gotículas de chuva ácida e partículas
de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente
ocorre no local poluidor, pois tais poluentes, ao serem
lançados na atmosfera, são levados pelos ventos,
podendo provocar a reação em regiões distantes. A
água de forma pura apresenta pH 7, e, ao contatar
!"#$%#&'()*+,-).#&/'.#!"#'0)-,12!$-)'&#+'(3'(!.!'4/5'
e até menos que isso, o que provoca reações, deixando
consequências.
Disponível em: http://www.brasilescola.com. Acesso em: 18 maio 2010 (adaptado). SILVA, E. S. O. Circuito espacial de produção e comercialização da produção familiar de
tomate no município de São José de Ubá (RJ). In: RIBEIRO, M. A.; MARAFON, G. J. (orgs.).
!"#$%&'()*$"$")"+,%$&+)&"-.#+,$,/$='&,0#%.,!&'#'!&&,0#%.,!&'"#)".>12!&8'
O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador Rio de Janeiro: Gramma, 2009 (adaptado).
de graves problemas ao meio ambiente: a chuva ácida
(pluviosidade com pH baixo). Esse fenômeno tem como O organograma apresenta os diversos atores que
consequência integram uma cadeia agroindustrial e a intensa relação
A a corrosão de metais, pinturas, monumentos entre os setores primário, secundário e terciário. Nesse
históricos, destruição da cobertura vegetal e sentido, a disposição dos atores na cadeia agroindustrial
!2,-,12!67)'-)&'*!")&8 demonstra
B a diminuição do aquecimento global, já que esse tipo
A a autonomia do setor primário.
de chuva retira poluentes da atmosfera.
C !' -#&%.+,67)' -!' 9!+$!' #' -!' :).!/' #' .#-+67)' -)&' B !',0().%?$2,!'-)'&#%).'1$!$2#,.)8
recursos hídricos, com o assoreamento dos rios. C o distanciamento entre campo e cidade.
D as enchentes, que atrapalham a vida do cidadão D a subordinação da indústria à agricultura.
urbano, corroendo, em curto prazo, automóveis e E a horizontalidade das relações produtivas.
1)&'-#'2);.#'-!'.#-#'#*<%.,2!8
E a degradação da terra nas regiões semiáridas, QUESTÃO 16
localizadas, em sua maioria, no Nordeste do nosso país.
Na década de 1990, os movimentos sociais
camponeses e as ONGs tiveram destaque, ao lado de
outros sujeitos coletivos. Na sociedade brasileira, a ação
dos movimentos sociais vem construindo lentamente
um conjunto de práticas democráticas no interior das
escolas, das comunidades, dos grupos organizados e
na interface da sociedade civil com o Estado. O diálogo,
)'2)$9.)$%)'#')'2)$:,%)'%@0'&,-)')&'0)%).#&'$)'(.)2#&&)'
de construção democrática.
SOUZA, M. A. Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: participação e possibilidades das
práticas democráticas. Disponível em: http://www.ces.uc.pt. Acesso em: 30 abr. 2010 (adaptado).

Segundo o texto, os movimentos sociais contribuem


para o processo de construção democrática, porque
A determinam o papel do Estado nas transformações
socioeconômicas.
B aumentam o clima de tensão social na sociedade
civil.
C pressionam o Estado para o atendimento das
demandas da sociedade.
D privilegiam determinadas parcelas da sociedade em
detrimento das demais.
E propiciam a adoção de valores éticos pelos órgãos
do Estado.
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*AMAR75sab6*

QUESTÃO 17 QUESTÃO 19
Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Estamos testemunhando o reverso da tendência
Paroquiais: histórica da assalariação do trabalho e socialização
da produção, que foi característica predominante
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais
na era industrial. A nova organização social e
!"#$ %&$ '#()*&&!+,($ #%$ ',%,+#%-$ &$ ./'0,0%$ 10203,*&%-$
que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis econômica baseada nas tecnologias da informação
Formados e Clérigos de Ordens Sacras. visa à administração descentralizadora, ao trabalho
individualizante e aos mercados personalizados. As
IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em novas tecnologias da informação possibilitam, ao
Comunidade claustral. mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil coordenação em uma rede interativa de comunicação
réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. em tempo real, seja entre continentes, seja entre os
andares de um mesmo edifício.
Constituição Política do Império do Brasil (1824).
Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado). CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006 (adaptado).

A legislação espelha os c#!403#%$ )#2530'#%$ &$ %#'0,0%$ +#$ No contexto descrito, as sociedades vivenciam
contexto histórico de sua formulação. A Constituição mudanças constantes nas ferramentas de comunicação
de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos que afetam os processos produtivos nas empresas. Na
brasileiros” com o objetivo de garantir esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado
A #$/($+,$0!%)0*,6"#$207&*,2$%#7*&$,$&%3*838*,$)#2530',$ A o aprofundamento dos vínculos dos operários com
brasileira. ,%$20!<,%$+&$(#!3,;&($%#7$0!48=!'0,$+#%$(#+&2#%$
B a ampliação do direito de voto para maioria dos orientais de gestão.
brasileiros nascidos livres. B o aumento das formas de teletrabalho como solução de
C a concentração de poderes na região produtora de larga escala para o problema do desemprego crônico.
C #$,:,!6#$+#$3*,7,2<#$4&>5:&2$&$+,$3&*'&0*0?,6"#$'#(#$
café, o Sudeste brasileiro.
respostas às demandas por inovação e com vistas à
D o controle do poder político nas mãos dos grandes
mobilidade dos investimentos.
proprietários e comerciantes.
D a autonomização crescente das máquinas e
E a diminuição da interferência da Igreja Católica nas
computadores em substituição ao trabalho dos
decisões político-administrativas.
especialistas técnicos e gestores.
QUESTÃO 18 E o fortalecimento do diálogo entre operários,
gerentes, executivos e clientes com a garantia de
Completamente analfabeto, ou quase, sem harmonização das relações de trabalho.
assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas
98,0%$ %&$ 20(03,$ ,$ :&*$ ,%$ /;8*,%-$ #$ 3*,7,2<,+#*$ *8*,2-$ ,$
não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta
de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel”
e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que
resultam, em grande parte, da nossa organização
econômica rural.
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).

O coronelismo, fenômeno político da Primeira República


(1889-1930), tinha como uma de suas principais
características o controle do voto, o que limitava,
portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta
prática estava vinculada a uma estrutura social
A igualitária, com um nível satisfatório de distribuição
da renda.
B estagnada, com uma relativa harmonia entre as
classes.
C tradicional, com a manutenção da escravidão nos
engenhos como forma produtiva típica.
D ditatorial, perturbada por um constante clima de
opressão mantido pelo exército e polícia.
E agrária, marcada pela concentração da terra e do
poder político local e regional.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 6
*AMAR75sab7*

QUESTÃO 20 QUESTÃO 22

Até que ponto, a partir de posturas e interesses


diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram
a cena política nacional na Primeira República? A união
de ambas foi um traço fundamental, mas que não
conta toda a história do período. A união foi feita com a
preponderância de uma ou de outra das duas frações.
Com o tempo, surgiram as discussões e um grande
+#9!.#'*1%-,!$:
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).

A imagem de um bem-sucedido acordo café com


GOMES, A. et al. A República no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância
A análise da t!"#$!% &#'()*#% )+#,*)-.!'% /(% ),*#'0!$1% +#%
de presidência entre os dois estados, não passa de
tempo no qual uma alteração na proporção de eleitores
inscritos resultou de uma luta histórica de setores da uma idealização de um processo muito mais caótico
sociedade brasileira. O intervalo de tempo e a conquista #% .J#)1% +#% .1,K)*19:% L'1M/,+!9% +)0#'=N,.)!9% &1$G*).!9%
estão associados, respectivamente, em
colocavam-nos em confronto por causa de diferentes
A 1940-1950 – direito de voto para os ex-escravos.
B 234562375%8%-(%+1%01*1%9#.'#*1: graus de envolvimento no comércio exterior.
TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930.
C 1960-1970 – direito de voto para as mulheres. Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).
D 23;5623<5%8%-(%+1%01*1%1"')=!*>')1:
E 1980-1996 – direito de voto para os analfabetos. Para a caracterização do processo político durante
QUESTÃO 21 a Primeira República, utiliza-se com frequência a

É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação expressão Política do Café com Leite. No entanto, os
+!% ?#&@"$).!% ,1% A'!9)$% B/#% ,C1% .)*#% !% !-'(!DC1% +#% textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:
Aristides Lobo, no Diário Popular de São Paulo, de que
“o povo assistiu àquilo bestializado”. Essa versão foi A A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista
relida pelos enaltecedores da Revolução de 1930, que
não descuidaram da forma republicana, mas realçaram a prerrogativa de indicar os candidatos à presidência,
a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo sem necessidade de alianças.
da fórmula implantada em 1889. Isto porque o Brasil
brasileiro teria nascido em 1930. B As divisões políticas internas de cada estado da
MELLO, M. T. C. A república consentidaE%./$*/'!%+#(1.'F*).!%#%.)#,*G-.!%,1%-,!$%+1%H(&I')1:%
Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado). federação invalidavam o uso do conceito de aliança
O texto defende que a consolidação de uma determinada entre estados para este período.
memória sobre a Proclamação da República no Brasil
teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos C As disputas políticas do período contradiziam a
mais importantes. Os defensores da Revolução de suposta estabilidade da aliança entre mineiros
1930 procuraram construir uma visão negativa para os
eventos de 1889, porque esta era uma maneira de e paulistas.
A valorizar as propostas políticas democráticas e D A centralização do poder no executivo federal
liberais vitoriosas.
B '#9=!*!'%9)("1$).!(#,*#%!9%-=/'!9%&1$G*).!9%$)=!+!9% impedia a formação de uma aliança duradoura entre
à Monarquia. as oligarquias.
C criticar a política educacional adotada durante a
República Velha. E O% +)0#'9)-.!DC1% +!% &'1+/DC1% #% !% &'#1./&!DC1%
D legitimar a ordem política inaugurada com a chegada
desse grupo ao poder. .1(% 1% (#'.!+1% ),*#',1% /,)-.!0!(% 19% ),*#'#99#9%
E destacar a ampla participação popular obtida no das oligarquias.
processo da Proclamação.
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*AMAR75sab8*

QUESTÃO 23 QUESTÃO 25

O acidente nuclear de Chernobyl revela brutalmente Embora o Brasil seja signatário de convenções
e tratados internacionais contra a tortura e tenha
!"#$%&%'("#)!"#*!)(+("#',-.%-!/-%(.'01-!"#)2#34&2.%)2)(#
incorporado em seu ordenamento jurídico uma lei
e as “marchas-à-ré” que a “natureza” nos pode reservar. '%*%1-2.)!# !# -+%&(:# ($(# -!.'%.42# 2# !-!++(+# (&# $2+;2#
É evidente que uma gestão mais coletiva se impõe ("-2$29# <("&!# 64(# 2# $(%# 64(# '%*%1-2# 2# '!+'4+2# ("'(=2#
para orientar as ciências e as técnicas em direção a vigente desde 1997, até o ano 2000 não se conhece
nenhum caso de condenação de torturadores julgado
1.2$%)2)("#&2%"#3umanas. em última instância, embora tenham sido registrados
GUATTARI, F. As três ecologias. São Paulo: Papirus, 1995 (adaptado). nesse período centenas de casos, além de numerosos
O texto tra'2# )!# 2*2+2'!# ',-.%-!/-%(.'01-!# (# "42"# outros presumíveis, mas não registrados.
Disponível em: http://www.dhnet.org.br. Acesso em: 16 jun. 2010 (adaptado).
consequências para a humanidade, propondo que esse
O texto destaca a questão da tortura no país, apontando que
desenvolvimento
A )(1.2#"(4"#projetos a partir dos interesses coletivos. A a justiça brasileira, por meio de tratados e leis, tem
conseguido inibir e, inclusive, extinguir a prática da
B guie-se por interesses econômicos, prescritos pela
tortura.
lógica do mercado. B a existência da lei não basta como garantia de justiça
C priorize a evolução da tecnologia, se apropriando para as vítimas e testemunhas dos casos de tortura.
da natureza. C 2"#)(.>.-%2"#2.?.%&2"#)%1-4$'2&#2#278!#)2#=4"'%72:#
D promova a separação entre natureza e sociedade impedindo que torturadores sejam reconhecidos e
%)(.'%1-2)!"#*($!#-+%&(#-!&('%)!9
tecnológica.
D a falta de registro da tortura por parte das autoridades
E tenha gestão própria, com o objetivo de melhor policiais, em razão do desconhecimento da tortura
apropriação da natureza. como crime, legitima a impunidade.
E a justiça tem esbarrado na precária existência de
QUESTÃO 24
jurisprudência a respeito da tortura, o que a impede
A introdução de novas tecnologias desencadeou uma de atuar nesses casos.
série de efeitos sociais que afetaram os trabalhadores QUESTÃO 26
e sua organização. O uso de novas tecnologias trouxe TEXTO I
a diminuição do trabalho necessário que se traduz na
A ação democrática consiste em todos tomarem
economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que, parte do processo decisório sobre aquilo que terá
com a presença da automação microeletrônica, começou consequência na vida de toda coletividade.
GALLO, S. et al. Ética e Cidadania. @2&%.3!"#)2#A%$!"!129#
a ocorrer a diminuição dos coletivos operários e uma Campinas: Papirus, 1997 (adaptado).
mudança na organização dos processos de trabalho. TEXTO II
!"#$%&'()*"&+,-$.'(/"(0"12+'3'(4(5$6-.$'%(71.$'*"%.
Universidad de Barcelona. Nº 170(9), 1 ago. 2004. É necessário que haja liberdade de expressão,
1"-2$%B278!#"!5+(#C+;8!"#;!D(+.2&(.'2%"#(#2-(""!#*!+#
A utilização de novas tecnologias tem causado inúmeras parte da população às informações trazidas a público
alterações no mundo do trabalho. Essas mudanças são pela imprensa.
Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 24 abr. 2010.
observadas em um modelo de produção caracterizado
Partindo da perspectiva de democracia apresentada
A pelo uso intensivo do trabalho manual para no Texto I, os meios de comunicação, de acordo com o
Texto II, assumem um papel relevante na sociedade por
desenvolver produtos autênticos e personalizados.
A orientarem os cidadãos na compra dos bens
B pelo ingresso tardio das mulheres no mercado de
necessários à sua sobrevivência e bem-estar.
trabalho no setor industrial. B fornecerem informações que fomentam o debate
C pela participação ativa das empresas e dos próprios político na esfera pública.
'+252$32)!+("#.!#*+!-(""!#)(#642$%1-278!#$25!+2$9 C 2*+("(.'2+(&# 2!"# -%)2)8!"# 2# D(+"8!# !1-%2$# )!"#
D pelo aumento na oferta de vagas para trabalhadores fatos.
D propiciarem o entretenimento, aspecto relevante
especializados em funções repetitivas.
para conscientização política.
E pela manutenção de estoques de larga escala em E promoverem a unidade cultural, por meio das
função da alta produtividade. transmissões esportivas.
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*AMAR75sab9*

QUESTÃO 27 O texto indica qu'# '<*(,'# 34/# (*=+*-./,*2/# $)%&3:>%#


.*'+,?-./#(%@)'#%(#*4$/.,%(#(%.*%.31,3)/*(#&/#,'1'2*(>%#
na vida do ser humano. E as crianças, em particular, são
/(#4/*(#231+')02'*(#/#'((/(#*+A3B+.*/(C#$%)D3'#
A .%&*-./4# *+E%)4/:F'(# ,)/+(4*,*&/(# +%(# $)%=)/4/(#
infantis por meio da observação.
B adquirem conhecimentos variados que incentivam o
processo de interação social.
C interiorizam padrões de comportamento e papéis
sociais com menor visão crítica.
D observam formas de convivência social baseadas
na tolerância e no respeito.
E apreendem modelos de sociedade pautados na
observância das leis.

QUESTÃO 29

Foto de Militão, São Paulo, 1879.


Subindo morros, margeando córregos ou penduradas
ALENCASTRO, L. F. (org). História da vida privada no Brasil.
Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1997. '4# $/1/-,/(C# /(# E/2'1/(# E/8'4# $/),'# &/# $/*(/='4# &'#
um terço dos municípios do país, abrigando mais de
Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc.
!"!#$%&'#(')#*&'+,*-./&%#/#$/),*)#&/#/+01*('#&%#2'(,30)*%# 10 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto
do casal retratado acima? G)/(*1'*)%#&'#H'%=)/-/#'#I(,/,?(,*./#J"GHIKL
A O uso de trajes simples indica a rápida incorporação MARTINS, A. R. A favela como um espaço da cidade.

dos ex-escravos ao mundo do trabalho urbano. Disponível em: http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 31 jul. 2010.

B A presença de acessórios como chapéu e sombrinha


aponta para a manutenção de elementos culturais A situação das favelas no país reporta a graves
de origem africana. problemas de desordenamento territorial. Nesse sentido,
C O uso de sapatos é um importante elemento de uma característica comum a esses espaços tem sido
diferenciação social entre negros libertos ou em
A o planejamento para a implantação de infraestruturas
melhores condições na ordem escravocrata.
D A utilização do paletó e do vestido demonstra a urbanas necessárias para atender as necessidades
tentativa de assimilação de um estilo europeu como básicas dos moradores.
forma de distinção em relação aos brasileiros. B a organização de associações de moradores
E A adoção de roupas próprias para o trabalho interessadas na melhoria do espaço urbano e
&%45(,*.%# ,*+6/# .%4%# -+/1*&/&'# &'4/)./)# /(#
-+/+.*/&/(#$'1%#$%&')#$M@1*.%L
fronteiras da exclusão social naquele contexto.
C a presença de ações referentes à educação
QUESTÃO 28
ambiental com consequente preservação dos
Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido espaços naturais circundantes.
para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão.
D a ocupação de áreas de risco suscetíveis a
7# 4/*%)*/# &'(('(# '(,3&%(# &*8# )'($'*,%# 9(# .)*/+:/(# ;#
o que é bastante compreensível pela quantidade de enchentes ou desmoronamentos com consequentes
tempo que elas passam em frente ao aparelho e pelas perdas materiais e humanas.
possíveis implicações desse comportamento para a E o isolamento socioeconômico dos moradores
socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o
ocupantes desses espaços com a resultante
impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e
a natureza das notícias exibidas na televisão. multiplicação de políticas que tentam reverter
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. esse quadro.
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*AMAR75sab10*

QUESTÃO 30 QUESTÃO 32

Em geral, !"#$!""!"#%&'($)*+,"#-.)*#+/*#)0*(1)0!"# A Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no


ao ver os franceses e os outros dos países longínquos currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental e
*50(!6#!-.()("#/#')1%(.&7)1/"6#)#!+1(3)%!1(/0)0/#0!#/$"($!#
terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é,
sobre História e Cultura Afro-Brasileira e determina que
pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez
o conteúdo programático incluirá o estudo da História
esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e perós da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil,
(franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe a cultura negra brasileira e o negro na formação da
para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?” sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. negro nas áreas social, econômica e política pertinentes
Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974. à História do Brasil, além de instituir, no calendário
O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz escolar, o dia 20 de novembro como data comemorativa
um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinambá, do “Dia da Consciência Negra”.
o qual demonstra uma diferença entre a sociedade Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).
europeia e a indígena no sentido
A do destino dado ao produto do trabalho nos seus A referida lei representa um avanço não só para a
sistemas culturais. educação nacional, mas também para a sociedade
B da preocupação com a preservação dos recursos brasileira, porque
ambientais. A legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.
C do interesse de ambas em uma exploração comercial B divulga conhecimentos para a população afro-brasileira.
mais lucrativa do pau-brasil.
C reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e
D da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas.
sua cultura.
E da preocupação com o armazenamento de madeira
para os períodos de inverno. D garante aos afrodescendentes a igualdade no
acesso à educação.
QUESTÃO 31 E impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-
O açúcar e suas técnicas de produção foram levados racial do país.
à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade QUESTÃO 33
Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas
Os três tipos de poder representam três diversos
(séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando.
tipos de motivações: no poder tradicional, o motivo da
Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio
obediência é a crença na sacralidade da pessoa do
e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas
soberano; no poder racional, o motivo da obediência
continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro,
deriva da crença na racionalidade do comportamento
.2/3)$0!#)#-3&1)1#$!"#dotes de princesas casadoiras. conforme a lei; no poder carismático, deriva da crença
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.
nos dotes extraordinários do chefe.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política.
São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado).
o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar
início à colonização brasileira, em virtude de O texto apresenta três tipos de poder que podem
"/1# (0/$%(-.)0!"# /*# *!*/$%!"# 2("%81(.!"# 0("%($%!"4#
A o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso. 90/$%(-:&/# !# '/1;!0!# /*# :&/# )# !+/0(<$.()# /"%/=/#
B os árabes serem aliados históricos dos portugueses. associada predominantemente ao poder carismático:
C a mão de obra necessária para o cultivo ser
A República Federalista Norte-Americana.
($"&-.(/$%/4
B República Fascista Italiana no século XX.
D as feitorias africanas facilitarem a comercialização
C Monarquia Teocrática do Egito Antigo.
desse produto.
D Monarquia Absoluta Francesa no século XVII.
E os nativos da América dominarem uma técnica de
E Monarquia Constitucional Brasileira no século XIX.
cultivo semelhante.
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QUESTÃO 34 O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das


propostas das lideranças populares da Conjuração
Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira
a novas posturas diante das reivindicações populares.
No período da Independência, parte da elite participou
ativamente do processo, no intuito de

A instalar um partido nacional, sob sua liderança,


garantindo participação controlada dos afro-
brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.
B atender aos clamores apresentados no movimento
baiano, de modo a inviabilizar novas rebeliões,
garantindo o controle da situação.
C 6+1'+( '-!'">'*( &01( '*( -!),+'">'*( ,*&+'?'*9(
permitindo a promoção de mudanças exigidas pelo
povo sem a profundidade proposta inicialmente.
D impedir que o povo conferisse ao movimento um
teor libertário, o que terminaria por prejudicar seus
interesses e seu projeto de nação.
E rebelar-se contra as representações metropolitanas,
SMITH, D. Atlas da Situação Mundial. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2007 (adaptado). isolando politicamente o Príncipe Regente,
instalando um governo conservador para controlar
Uma explicação de caráter histórico para o percentual da
o povo.
religião com maior número de adeptos declarados no Brasil
foi a existência, no passado colonial e monárquico, da QUESTÃO 36

A incapacidade do cristianismo de incorporar aspectos Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da


de outras religiões. mentalidade medieval nascido talvez de um profundo
B incorporação da ideia de liberdade religiosa na sentimento de insegurança, estava difundida no mundo
esfera pública. rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que
C permissão para o funcionamento de igrejas não cristãs. uma das características da cidade era de ser limitada
D relação de integração entre Estado e Igreja. por portas e por uma muralha.
E !"#$%"&!'()'*(+,-!.!/,*(),(0+!.,1('2+!&'"'3 DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da
Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
QUESTÃO 35
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes
No clima das ideias que se seguiram à revolta de São
1$)'">'*( "0( 6"'-( )'( @)'),( AB)!'9( C$'")0( ,-'*(
Domingos, o descobrimento de planos para um levante
assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos.
'+1')0()0*('+456&,*(1$-'40*("'(7'8!'9("0('"0(),(:;<=9(
teve impacto muito especial; esses planos demonstravam Este processo está diretamente relacionado com
aquilo que os brancos conscientes tinham já começado
A o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
a compreender: as ideias de igualdade social estavam
a propagar-se numa sociedade em que só um terço da B a migração de camponeses e artesãos.
população era de brancos e iriam inevitavelmente ser C a expansão dos parques industriais e fabris.
interpretados em termos raciais. D o aumento do número de castelos e feudos.
MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.)
O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986. E a contenção das epidemias e doenças.
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*AMAR75sab12*

QUESTÃO 37 A postura dos clérigos e do papa Clemente VIII diante


da introdução do café na Europa Ocidental pode ser
Os chineses não atrelam nenhuma condição para explicada pela associação dessa bebida ao
efetuar investimentos nos países africanos. Outro A ateísmo.
ponto interessante é a venda e compra de grandes B judaísmo.
somas de áreas, posteriormente cercadas. Por se C hinduísmo.
tratar de países instáveis e com governos ainda não D islamismo.
consolidados, teme-se que algumas nações da África E protestantismo.
tornem-se literalmente protetorados. QUESTÃO 39
BRANCOLI, F. China e os novos investimentos na África:
neocolonialismo ou mudanças na arquitetura global?
No Estado de São Paulo, a mecanização da
Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado). colheita da cana-de-açúcar tem sido induzida também
pela legislação ambiental, que proíbe a realização de
A presença econômica da China em vastas áreas do queimadas em áreas próximas aos centros urbanos. Na
globo é uma realidade do século XXI. A partir do texto, região de Ribeirão Preto, principal polo sucroalcooleiro
como é possível caracterizar a relação econômica da do país, a mecanização da colheita já é realizada em
China com o continente africano? 516 mil dos 1,3 milhão de hectares cultivados com
cana-de-açúcar.
A Pela presença de órgãos econômicos internacionais
BALSADI, O. et al. Transformações Tecnológicas e a força de trabalho na agricultura
como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o brasileira no período de 1990-2000. Revista de economia agrícola. V. 49 (1), 2002.
Banco Mundial, que restringem os investimentos
O texto aborda duas questões, uma ambiental e
chineses, uma vez que estes não se preocupam
com a preservação do meio ambiente. outra socioeconômica, que integram o processo de
B Pela ação de ONGs (Organizações Não Governamen- modernização da produção canavieira. Em torno da
tais) que limitam os investimentos estatais chineses, associação entre elas, uma mudança decorrente desse
uma vez que estes se mostram desinteressados em processo é a
relação aos problemas sociais africanos. A perda de nutrientes do solo devido à utilização
C Pela aliança com os capitais e investimentos diretos constante de máquinas.
realizados pelos países ocidentais, promovendo o B +-5'7#5'&* +* 8&5'"#&)'6&6+* #"* ()&#%'"* 5".* .&'"8*
crescimento econômico de algumas regiões desse produtividade na colheita.
continente. C ampliação da oferta de empregos nesse tipo de
D Pela presença cada vez maior de investimentos diretos, ambiente produtivo.
o que pode representar uma ameaça à soberania dos D menor compactação do solo pelo uso de maquinário
países africanos ou manipulação das ações destes agrícola de porte.
governos em favor dos grandes projetos. E poluição do ar pelo consumo de combustíveis fósseis
E Pela presença de um número cada vez maior de pelas máquinas.
diplomatas, o que pode levar à formação de um
Mercado Comum Sino-Africano, ameaçando os QUESTÃO 40
interesses ocidentais. Acompanhando a intenção da burguesia
renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e
QUESTÃO 38 $"98+*"*+$(&:"*2+"28;-5",*&%8&<=$*6&*(+$>4'$&*5'+#%?-5&*
e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam
O café tem origem na região onde hoje se encontra se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o
a Etiópia, mas seu cultivo e consumo se disseminaram movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão
a partir da Península Árabe. Aportou à Europa por e o sentimento.
SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.
!"#$%&#%'#"()&*+,*-#&).+#%+,*+.*/0/1,*2&#3"4*&*5'6&6+*
de Veneza. Quando o café chegou à região europeia, O texto apresenta um espírito de época que afetou
alguns clérigos sugeriram que o produto deveria também a produção artística, marcada pela constante
ser excomungado, por ser obra do diabo. O papa relação entre
Clemente VIII (1592-1605), contudo, resolveu provar A fé e misticismo.
a bebida. Tendo gostado do sabor, decidiu que ela B ciência e arte.
deveria ser batizada para que se tornasse uma “bebida C cultura e comércio.
verdadeiramente cristã”. D política e economia.
THORN, J. Guia do café. Lisboa: Livros e livros, 1998 (adaptado). E astronomia e religião.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 12
*AMAR75sab13*

QUESTÃO 41 Nos anos 1960 eram comuns as dis23)$&'2*0"'&-4(-/!$5"'


de termos usados no debate político, como democracia
e reforma. Se, para os setores aglutinados em torno da
UDN, as reformas deveriam assegurar o livre mercado,
para aqueles organizados no CGT, elas deveriam
resultar em
A /,'5$'-()*#6*(78"'*&)$)$0'($'*!"(",-$1
B crescimento do setor de bens de consumo.
C controle do desenvolvimento industrial.
D atração de investimentos estrangeiros.
E limitação da propriedade privada.

QUESTÃO 43

Charge capa da revista “O Malho”, de 1904. Disponível em: http://1.bp.blogspot.com. Em meio às turbulências vividas na primeira
A imagem representa as manifestações nas ruas da metade dos anos 1960, tinha-se a impressão de que
cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do século as tendências de esquerda estavam se fortalecendo
XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando na área cultural. O Centro Popular de Cultura (CPC)
o contexto político-social da época, essa revolta revela da União Nacional dos Estudantes (UNE) encenava
A a insatisfação da população com os benefícios de peças de teatro que faziam agitação e propaganda em
uma modernização urbana autoritária.
B a consciência da população pobre sobre a favor da luta pelas reformas de base e satirizavam o
necessidade de vacinação para a erradicação “imperialismo” e seus “aliados internos”.
das epidemias. KONDER, L. História das Ideias Socialistas no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2003.
C a garantia do processo democrático instaurado com
a República, através da defesa da liberdade de No início da década de 1960, enquanto vários
expressão da população. setores da esquerda brasileira consideravam
D o planejamento do governo republicano na área de que o CPC da UNE era uma importante forma
saúde, que abrangia a população em geral.
de conscientização das classes trabalhadoras,
E o apoio ao governo republicano pela atitude de
vacinar toda a população em vez de privilegiar os setores conservadores e de direita (políticos
a elite. vinculados à União Democrática Nacional - UDN -,
Igreja Católica, grandes empresários etc.) entendiam
QUESTÃO 42
que esta organização
A consolidação do regime democrático no Brasil
contra os extremismos da esquerda e da direita exige A constituía mais uma ameaça para a democracia
ação enérgica e permanente no sentido do aprimoramento brasileira, ao difundir a ideologia comunista.
das instituições políticas e da realização de reformas B contribuía com a valorização da genuína cultura
!"#$%"&$&'("')*##*("'*!"(+,-!".'/($(!*-#"'*'&"!-$01
nacional, ao encenar peças de cunho popular.
Mensagem programática da União Democrática Nacional (UDN) – 1957.
C realizava uma tarefa que deveria ser exclusiva do
Os trabalhadores deverão exigir a constituição de um Estado, ao pretender educar o povo por meio da cultura.
governo nacionalista e democrático, com participação
D prestava um serviço importante à sociedade
dos trabalhadores para a realização das seguintes
medidas: a) Reforma bancária progressista; b) Reforma brasileira, ao incentivar a participação política dos
agrária que extinga o latifúndio; c) Regulamentação da mais pobres.
Lei de Remessas de Lucros. E diminuía a força dos operários urbanos, ao substituir
Manifesto do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) – 1962. os sindicatos como instituição de pressão política
BONAVIDES, P; AMARAL, R. Textos políticos da história do Brasil.
Brasília: Senado Federal, 2002. sobre o governo.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 13


*AMAR75sab14*

QUESTÃO 44 Considerando esse objetivo interpretativo, tal distribuição


espacial aponta para

A a estagnação dos Estados com forte identidade cultural.


B o alcance da racionalidade anticapitalista.
C !&)0'(10,)!&*!/&2"!0*$/& +#10,)!/&$,+03-),!/4
D a dissolução de blocos políticos regionais.
E o alargamento da força econômica dos países
islâmicos.

QUESTÃO 45

5/& -)2"!67$/& #"!0/0!,)+0!)/%& )0#$0/)8,!*!/& $&


generalizadas nas últimas décadas do século XX,
expressam aspectos particularmente importantes da
problemática racial, visto como dilema também mundial.
Deslocam-se indivíduos, famílias e coletividades para
lugares próximos e distantes, envolvendo mudanças
mais ou menos drásticas nas condições de vida
e trabalho, em padrões e valores socioculturais.
Deslocam-se para sociedades semelhantes ou
radicalmente distintas, algumas vezes compreendendo
culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas.
IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

A mobilidade populacional da segunda metade do


século XX teve um papel importante na formação
social e econômica de diversos estados nacionais.
Uma razão para os movimentos migratórios nas
O espaço mundial sob a “nova des-ordem” é um últimas décadas e uma política migratória atual dos
emaranhado de zonas, redes e “aglomerados”, espaços países desenvolvidos são
hegemônicos e contra-hegemônicos que se cruzam de
forma complexa na face da Terra. Fica clara, de saída, a A a busca de oportunidades de trabalho e o aumento
polêmica que envolve uma nova regionalização mundial. de barreiras contra a imigração.
Como regionalizar um espaço tão heterogêneo e, em B !& 0$,$//)*!*$& *$& 9(!:)8,!6;+& "+8//)+0!:& $& !&
!"#$%&'()*+%&,+-+&.&+&$/ !ço mundial contemporâneo? abertura das fronteiras para os imigrantes.
HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C.W. A nova des-ordem mundial.
São Paulo: UNESP, 2006.
C o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o
O mapa procura representar a lógica espacial do mundo acautelamento dos bens dos imigrantes.
contemporâneo pós-União Soviética, no contexto de
D a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos
avanço da globalização e do neoliberalismo, quando a
divisão entre países socialistas e capitalistas se desfez e )-)2"!0#$/&9(!:)8,!*+/4
as categorias de “primeiro” e “terceiro” mundo perderam E !& <(2!& *$,+""$0#$& *$& ,+0')#+/& +:=#),+/& $& +&
sua validade explicativa. fortalecimento de políticas sociais.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 14


EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
A COR DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É BRANCA
MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA

1º DIA
CADERNO

3 BRANCO
2011 2ª APLICAÇÃO

PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões 10 O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e
numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: trinta minutos.
a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área
de Ciências Humanas e suas Tecnologias; 11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-
b. as questões de número 46 a 90 são relativas à RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no
área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a
quantidade de questões e se essas questões estão na 12 Quando terminar as provas, acene para chamar o
ordem mencionada na instrução anterior. Caso o caderno aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente CARTÃO-RESPOSTA.
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele 13 Você poderá deixar o local de prova somente após
tome as providências cabíveis. decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
3 Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o
comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. término da prova.
4 ATENÇÃO: após a conferência, escreva e assine seu nome 14 Você será excluído do exame no caso de:
nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta a) prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou
esferográfica de tinta preta.
inexata;
5 ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO- b) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer
RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras participante ou pessoa envolvida no processo de
maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: aplicação das provas;
São os passos que fazem os caminhos. c) perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de
aplicação das provas, incorrendo em comportamento
indevido durante a realização do Exame;
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, a
opção correspondente à cor desta capa. ATENÇÃO: se você d) se comunicar, durante as provas, com outro
assinalar mais de uma opção de cor ou deixar todos os participante verbalmente, por escrito ou por qualquer
campos em branco, sua prova não será corrigida. outra forma;
7 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, e) utilizar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de
pois ele não poderá ser substituído. comunicação durante a realização do Exame;
f) utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em
8 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções benefício próprio ou de terceiros, em qualquer etapa
identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma
responde corretamente à questão. do Exame;
g) utilizar livros, notas ou impressos durante a realização
9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço do Exame;
compreendido no círculo correspondente à opção
escolhida para a resposta. A marcação em mais de uma h) se ausentar da sala de provas levando consigo o
opção anula a questão, mesmo que uma das respostas CADERNO DE QUESTÕES antes do prazo estabelecido
esteja correta. e/ou o CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo.

*BRAN75SAB0*
*cinZ25dom2*

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS


Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção inglês)
QUESTÃO 91

GLASBERGEN, R. Today’s cartoon. Disponível em: http://www.glasbergen.com. Acesso em: 23 jul. 2010.

Ao estabelecer uma relação entre a Matemática e o blues a partir da opinião pessoal de um dos rapazes, a charge
sugere que
A as canções iniciadas com a contagem de 1 a 4 fazem lembrar o blues.
B o blues, com seu ritmo depressivo, alivia o sentimento causado pela Matemática.
C as canções devem se iniciar com a contagem de 1 a 4 para se tornarem tristes.
D o blues, assim como a Matemática, consegue despertar um sentimento inspirador.
E o sentimento despertado pela Matemática serve como motivação para o blues.
QUESTÃO 92

Disponível em: http://www.comics.com. Acesso em: 28 abr. 2011.

A tirinha é um gênero textual que, além de entreter, trata de diferentes temas sociais. No caso dessa tirinha, as falas
no 3º quadrinho revelam o foco do tema, que é
A a curiosidade dos filhos ao interpelarem os pais.
B a desobediência dos filhos em relação aos pais.
C a paciência dos pais ao conversarem com os filhos.
D a postura questionadora dos filhos em relação aos pais.
E o cansaço dos pais em repetir as coisas para os filhos.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 2
*cinZ25dom3*

QUESTÃO 93 QUESTÃO 95
Last Monday was a really awful day. I got to school Slumdog Millionaire
late because I had missed the bus. Then I had a Math
test and did badly because I hadn’t studied for it. Things Danny Boyle’s “Slumdog Millionaire” hits the
went from bad to worse: while I was waiting for the bus
home I realised I had lost my money so I had to walk ground running. This is a breathless, exciting story,
home. I really wanted to go to the cinema with my parents heartbreaking and exhilarating at the same time, about
that evening but by the time I got home they had already a Mumbai orphan who rises from rags to riches on the
gone out. I put my dinner in the oven, went to watch TV
and fell asleep. When I woke up an hour later, there was strength of his lively intelligence. The film’s universal
a terrible smell and smoke coming up the stairs: I had appeal presents the real India to millions of moviegoers
forgotten to take my dinner out of the oven. for the first time.
ACEVEDO, A.; GOWER, M. High Flyer. Longman, 1996.

A intenção do narrador, nesse texto, é The real India, supercharged with a plot as reliable
A descrever o incidente na cozinha. and eternal as the hills. The film’s surface is so dazzling
B justificar a perda de uma prova. that you hardly realize how traditional it is underneath.
C lamentar a perda da aula.
But it’s the buried structure that pulls us through the story
D reclamar do atraso do ônibus.
E relatar um dia de problemas. like a big engine on a short train.
QUESTÃO 94 By the real India, I don’t mean an unblinking
Mary Mac’s mother’s making Mary Mac marry me. documentary like Louis Malle’s “Calcutta” or the recent
My mother’s making me marry Mary Mac. “Born Into Brothels.” I mean the real India of social levels
Will I always be so Merry when Mary’s taking care of me?
Will I always be so merry when I marry Mary Mac? that seem to be separated by centuries. What do people
(from a song by Carbon Leaf) think of when they think of India? On the one hand,
Disponível em: http://www.uebersetzung.at. Acesso em: 27 jun. 2011.
Mother Teresa, “Salaam Bombay!” and the wretched of
O trava-língua, além de funcionar como um exercício de the earth. On the other, the “Masterpiece Theater”-style
pronúncia, também pode abordar assuntos relacionados
à sociedade. No texto, o tema abordado refere-se images of “A Passage to India,” “Gandhi” and “The Jewel
A à união de duas pessoas que se amam há anos. in the Crown.”
B à decisão de Mary Mac de se casar com seu amor.
C aos cuidados de Mary Mac com seu futuro esposo. The film uses dazzling cinematography, breathless
D às dúvidas do filho sobre a felicidade após o editing, driving music and headlong momentum to
casamento. explode with narrative force, stirring in a romance at the
E à felicidade da mãe com relação ao casamento da
filha. same time.
EBERT, R. Disponível em: http://rogerebert.suntimes.com. Acesso em: 11 abr. 2011 (adaptado).

O texto trata do premiado filme indiano “Slumdog


Millionaire”. Segundo a resenha apresentada, a história
retrata uma Índia real, uma vez que

A retrata sentimentos universais compartilhados por


algumas culturas.
B revela a tradicional separação de classes sociais em
um cenário inovador.
C se assemelha a documentários anteriormente
produzidos por outros cineastas.
D representa o caráter romântico da cultura indiana
expressa em suas produções.
E aproxima a nova cinematografia indiana de filmes
grandiosos produzidos em outros países.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 3
*cinZ25dom4*

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS


Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção espanhol)
QUESTÃO 91
En la Edad Media el rey Felipe IV de Francia, con el apoyo del papa Clemente V, ordenó las redadas para
detener a todos los Templarios del país el viernes 13 de octubre de 1307, hecho al que se atribuye la leyenda de
los malos augurios asociados a este día de la semana cuando cae en 13. El asalto a los Templarios alcanzó una
gran notoriedad a causa de las escabrosas acusaciones que se les imputaron, la tortura a los que los sometieron
los inquisidores.
Otros historiadores sugieren que el origen de la superstición es cristiano y se remonta a la Última Cena, que tuvo
trece comensales (Jesús y sus doce discípulos), y tras la cual se produjo lugar la crucifixión de Jesús, precisamente
en viernes.
Disponível em: http://www.muyinteresante.es. Acesso em: 23 jun. 2011 (adaptado).

Vários fatos ocorridos ao longo da história da humanidade foram reunidos sob um aspecto comum que vem a ser
o tema do texto, a saber,
A a perseguição aos Templários.
B a superstição na sexta-feira 13.
C as torturas dos inquisidores.
D a crucificação de Jesus.
E a última ceia de Jesus.
QUESTÃO 92
Algunos días feriados en España

Enero 1 Año Nuevo Festividad Oficial

Domingo de Ramos, jueves y viernes Santo, y domingo de Pascua:


Marzo o Abril Festividad Oficial
actividades religiosas y procesiones en la mayoría de los pueblos y ciudades

Mayo 1 Día del Trabajador Festividad Oficial

No se festeja en
Julio 25 Día de Santiago Apóstol Patrono de España para la Iglesia Católica
todo el país

Agosto 15 Día de la Ascensión de la Virgen María Festividad Oficial

Día Nacional de España, Fecha del Descubrimiento de América, Día de la


Octubre 12 Festividad Oficial
Hispanidad y de Nuestra Señora del Pilar

Noviembre 1 Día de Todos los Santos Festividad Oficial

Diciembre 6 Día de la Constitución Festividad Oficial

Día de la Inmaculada Concepción: Patrona de España para la Iglesia


Diciembre 8 Festividad Oficial
Católica

Diciembre 25 Día de Navidad Festividad Oficial


Disponível em: http://www.franklin.com. Acesso em: 1 maio 2009 (adaptado).

Suponha que uma pessoa queira visitar a Espanha e deseje planejar sua visita de acordo com os feriados nacionais
espanhóis. Ao observar o calendário com alguns dos principais feriados espanhóis, essa pessoa constatará que,
na Espanha,
A poucos feriados são oficiais.
B a Semana Santa tem uma data precisa.
C no décimo mês do ano inexistem feriados.
D poucos feriados têm relação com a religião.
E quase todos os feriados ocorrem na segunda metade do ano.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 4
*cinZ25dom5*

QUESTÃO 93 QUESTÃO 95
El peso y el olor a rancio de los libros de tapa dura El día de los muertos en México (2 de noviembre)
están a un paso más cerca de convertirse en reliquia de
museo. Es que Amazon.com, una de las librerías más Este día se celebra la máxima festividad de los muertos
grandes de Estados Unidos, anunció que en los tres en México. La celebración está llena de muchas
últimos meses las ventas de libros electrónicos para costumbres. A las personas les gusta ir y llevar flores a
Kindle, el e-reader de Amazon, superaron por primera las tumbas de sus muertos pero para otras representa
vez a las de volúmenes de papel.
todo un rito que comienza en la madrugada cuando
El hecho de que los e-books se vendan hoy más muchas familias hacen altares de muertos sobre las
que los de papel es algo “asombroso si se tiene en lápidas de sus difuntos familiares. Estos altares tienen
cuenta que vendemos libros de tapa dura desde hace
15 años y (libros) Kindle desde hace 33 meses”, indicó un gran significado ya que con ellos se cree que se
en una declaración Jeffrey Bezos, principal ejecutivo de ayuda a sus muertos a llevar un buen camino durante la
Amazon.com. muerte. Esta creencia es una mezcla de las tradiciones
Disponível em: http://www.clarin.com. Acesso em: 24 jul. 2010 (adaptado). religiosas precolombinas y la católica. Otros altares
Extraída de um jornal argentino, a reportagem enfatiza más complejos, según la tradición, deben de constar
uma mudança causada pelas novas tecnologias. de 7 niveles o escalones que representan los niveles
Tomando-se como base os dados apresentados e a fala que tiene que pasar el alma de un muerto para poder
do entrevistado, constata-se que a intenção do autor ao descansar. Estos altares se realizan generalmente en
produzir essa reportagem foi
lugares con gran espacio.
A anunciar que a venda de livros eletrônicos superou a Disponível em: http://www.sanmiguelguide.com. Acesso em: 22 maio 2009 (adaptado).
de impressos na Amazon.com.
B informar que a Amazon.com está em primeiro lugar
na venda de livros eletrônicos.
C comunicar que a Amazon.com interrompeu a venda
de livros de capa dura.
D divulgar o lançamento de novos livros eletrônicos no
site da Amazon.com.
E apresentar as expectativas da Amazon.com sobre
novas vendas.
QUESTÃO 94
En América, los incas y aztecas cultivaban la planta
que llamaban tomatl ya desde 700 años a. de C. Cuando
fue llevada a Europa se destacó por su valor ornamental
y por la belleza de sus frutos, que en su versión amarilla
merecieron un nombre en italiano: pomodoro, esto es,
manzana de oro. Utilizada como planta ornamental en
patios y jardines, por entonces quedó asociada a otras
solanáceas venenosas, como la belladona, así que se
consideraba que también lo era. No en vano, sus hojas
contienen, como las de la planta de la papa, un alcaloide
llamado solanina. Hasta el siglo XIX los tomates no Disponível em: http://www.educima.com. Acesso em: 22 maio 2009.
fueron universalmente aceptados como alimento, e
incluso entonces todavía se cocían durante horas para Como no Brasil, o México também homenageia seus
eliminar sus “venenos”. Hoy están entre los vegetales mortos no dia 2 de novembro, mas cada lugar tem suas
más consumidos y deben su prestigio nutricional, sobre próprias características. Baseando-se no texto, a origem
todo, al contenido en vitamina C y betacaroteno. dessa celebração no México deve-se
Muy interesante. N° 212. Buenos Aires: GF, mar. 2005 (adaptado).
A à mistura entre a tradição cristã e as religiões que
Considerando-se as informações apresentadas e o existiam antes no país.
provável público-alvo, o texto foi construído com a B à família mexicana, que gosta de levar flores aos
intenção de cemitérios.
A alertar sobre as características tóxicas do tomate. C à festa que ajuda os mortos a irem por um bom
B destacar a importância do tomate de cor amarela. caminho no além.
C discorrer sobre a origem do tomate e seus usos no
mundo. D aos altares que têm a função de enfeitar os cenários
D incentivar o consumo do tomate por seus benefícios da festa.
para a saúde. E às cerimônias que são celebradas dentro das casas
E estimular o uso do tomate como objeto ornamental. das famílias.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 5


*cinZ25dom6*

QUESTÃO 96

O Ensino no Novo Milênio

Tecnicamente, o e-learning é o ensino realizado através de meios eletrônicos. É basicamente um sistema


hospedado no servidor de uma empresa de qualquer tamanho — ou de pessoa física — que vai transmitir, pela
internet ou intranet, informações e instruções aos alunos, visando agregar conhecimento específico. O sistema
pode substituir total ou, o que é mais comum, parcialmente, o instrutor como o condutor do processo de ensino.
PEREIRA, J. Meu Próprio Negócio. São Paulo, nº 87, maio 2010.

A utilização de meios eletrônicos no processo de ensino e aprendizagem é uma realidade da vida contemporânea.
O aluno acessa informações e segue instruções visando agregar conhecimento na aprendizagem por meio da
educação a distância, a qual
A promove, no âmbito da educação profissional, a reflexão teórica em detrimento da prática.
B potencializa a autonomia dos sujeitos de aprendizagem e o caráter colaborativo do processo.
C prescinde da atuação de um profissional da área pedagógica, substituído pelas ferramentas tecnológicas.
D proporciona mudança de status social aos estudantes no novo milênio, pela facilidade de interação.
E depende de conhecimento técnico específico da área de informática, o que demonstra sua ineficácia atual.

QUESTÃO 97

Figura I: Disponível em: http://www.dicasdedanca.com.br. Figura II: Disponível em: http://www.canalkids.com.br.


Figura III: Disponível em: http://2.bp.blogspot.com. Figura IV: Disponível em: http://esporaprata.zip.net. Acessos em: 1 maio 2010.

Cada região do país, por meio de suas danças populares, expressa sua cultura, que envolve aspectos sociais,
econômicos, históricos, entre outros. As danças provocam a associação entre música e ritmo e o desenvolvimento
de maior sensibilidade dos órgãos sensoriais. A ampliação da intensidade da audição aumenta a concentração,
possibilitando o processo de transformação do ritmo musical em movimento espontâneo. Como exemplo de danças,
tem-se o carimbó, na região Norte, e as danças gaúchas, na região Sul.

Nesse contexto, as danças populares permitem a descontração, o desenvolvimento e o descanso por serem
atividades lúdicas que
A promovem a interação, o conhecimento de diferentes ritmos e permitem minimizar o estresse da vida diária.
B reduzem a participação, promovem competições em festivais e o conhecimento de outros ritmos.
C impedem a socialização de todos, reduzindo a expressividade, por exigir habilidades corporais e espontaneidade.
D permitem o desligamento dos elementos históricos, relacionando-as com os movimentos políticos e sociais.
E reduzem a expressão corporal e as experiências, por utilizarem símbolos de outras culturas.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 6
*cinZ25dom7*

QUESTÃO 98 Diante do exposto, é possível perceber que as diferenças


entre sexo masculino e feminino se encontram em todos
O esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais,
os campos de atividades. Atualmente, no campo da
as práticas de aptidão física tornam-se, cada vez mais, prática de atividades físicas, percebe-se
produtos de consumo (mesmo que apenas como A um aumento da participação, tanto do sexo feminino
imagens) e objetos de conhecimento e informação como do sexo masculino, na prática de exercícios
amplamente divulgados ao grande público. Jornais, e jogos que eram exclusivamente pertencentes a
revistas, videogames, rádio e televisão difundem ideias um determinado sexo, incluindo as pessoas com
sobre a cultura corporal do movimento. deficiência.
B uma manutenção na prática de exercícios
Betti, M.; Zuliani, L. R. Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas.
direcionados ao uso de força física somente
Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. São Paulo, 2002.
para os homens e outros que exigem delicadeza
Essa difusão possibilitou o acesso a uma diversidade exclusivamente para as mulheres.
de atividades físicas e esportes coletivos praticados ao C um aumento da oferta por espaços que permitem
redor do mundo, que praticar exercícios ao ar livre e/ou em academias
A promoveu um aumento, no Brasil, da prática de direcionados a recreação e jogos, voltados para
esportes como a ginástica e uma diminuição da homens e mulheres, separando-os em razão de
prática do voleibol e basquetebol. suas diferenças.
B permitiu uma maior compreensão de esportes D uma manutenção das diferenças entre os sexos
praticados em alguns países e/ou comunidades, feminino e masculino, porém com um aumento
de acordo com as suas características sociais e significativo de mulheres que deixaram de praticar
regionais. exercícios por não encontrar uma atividade
C diminuiu a prática de esportes desse tipo em adequada ao seu corpo.
algumas regiões do Brasil, pois são considerados E um aumento da procura por parte do sexo masculino
excessivamente agressivos e necessitam de muitos de exercícios que propiciam relaxamento, educação
jogadores. postural e alongamento, com o objetivo de melhorar
D aumentou o número de pessoas ao redor do mundo o desempenho na prática da musculação.
que praticam esportes desse tipo e diminuiu a prática
QUESTÃO 100
das artes marciais como o karatê.
E estimulou o ensino de algumas lutas, como, por O esporte de alto rendimento envolve atividades
exemplo, a capoeira, por ser considerada étnica e físicas de caráter competitivo, no qual os atletas
envolver um único grupo social. competem consigo mesmos ou com outros, sujeitando-se
a regras preestabelecidas aprovadas pelos organismos
QUESTÃO 99
internacionais ou nacionais de cada modalidade.
Como a ideia de gênero está fundada nas diferenças
As grandes competições são reservadas aos grandes
biológicas entre os sexos, ela aponta para o caráter
talentos e possibilitam a promoção de espetáculos que
implicitamente relacional do feminino e do masculino.
Assim, gênero é uma categoria relacional porque leva A geram modelos de atletas, que passam a ser
em conta o outro sexo, em presença ou ausência. Além exemplos seguidos por jovens e crianças.
disso, relaciona-se com outras categorias, pois não B permitem aos espectadores assistirem às partidas,
somos vistos(as) de acordo apenas com nosso sexo ou fazendo parte de equipes.
com o que a cultura fez dele, mas de uma maneira muito C minimizam as possibilidades de participação e
mais ampla: somos classificados(as) de acordo com procura pelas práticas esportivas.
nossa idade, raça, etnia, classe social, altura e peso D incentivam o abandono das práticas esportivas,
corporal, habilidades motoras, entre muitas outras. além do sedentarismo nos indivíduos.
SOUSA, E. S.; ALTMANN, H. Meninos e meninas: expectativas corporais e implicações na
E possibilitam aos espectadores desenvolvimento
educação física escolar. Cadernos Cedes. Ano XIX, nº 48, ago.1999. tático e participação nas equipes.
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*cinZ25dom8*

QUESTÃO 101 QUESTÃO 103


Brazil, capital Buenos Aires Ele se aproximou e com a voz cantante de nordestino
que a emocionou, perguntou-lhe:
No dia em que a bossa nova inventou o Brazil
Teve que fazer direito, senhores pares, ― E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a
Porque a nossa capital era Buenos Aires, passear?
A nossa capital era Buenos Aires. ― Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa,
E na cultura-Hollywood o cinema dizia antes que ele mudasse de ideia.
Que em Buenos Aires havia uma praia
Chamada Rio de Janeiro ― E se me permite, qual é mesmo a sua graça?
Que como era gelada só podia ter ― Macabea.
Carnaval no mês de fevereiro.
Naquele Rio de Janeiro o tango nasceu ― Maca ― o quê?
E Mangueira o imortalizou na avenida
Originária das tangas ― Bea, foi ela obrigada a completar.
Com que as índias fingiam ― Me desculpe mas até parece doença, doença
Cobrir a graça sagrada da vida. de pele.
Tom Zé. Disponível em http://letras.terra.com.br. Acesso em: abr. 2010.
― Eu também acho esquisito mas minha mãe botou
O texto de Tom Zé, crítico de música, letrista e cantor, ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se
insere-se em um contexto histórico e cultural que, dentro eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada
da cultura literária brasileira, define-se como porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser
A contemporâneo à poesia concretista e por ela chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas
influenciado. parece que deu certo — parou um instante retomando o
B sucessor do Romantismo e de seus ideais fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor
nacionalistas. ― pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
C expressão do modernismo brasileiro influenciado
pelas vanguardas europeias. [...]
D representante da literatura engajada, de resistência Numa das vezes em que se encontraram ela afinal
ao Estado Novo. perguntou-lhe o nome.
E precursor do movimento de afirmação nacionalista,
o Tropicalismo. ― Olímpico de Jesus Moreira Chaves ― mentiu
ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus,
QUESTÃO 102 sobrenome dos que não têm pai. [...]
― Eu não entendo o seu nome ― disse ela. ―
Olímpico?
Macabea fingia enorme curiosidade escondendo
dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso
era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era,
arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não
sabia responder. Disse aborrecido:
― Eu sei mas não quero dizer!
― Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente
não precisa entender o nome.
Michelangelo. Vicente do Rego Monteiro. LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1978 (fragmento).
Pietà, século XV. Pietà, 1924.
Na passagem transcrita, a caracterização das
Vicente do Rego Monteiro foi um dos pintores, cujas telas personagens e o diálogo que elas estabelecem revelam
foram expostas durante a Semana de Arte Moderna. Tal alguns aspectos centrais da obra, entre os quais se
como Michelangelo, ele se inspirou em temas bíblicos, destaca a
porém com um estilo peculiar. Considerando-se as obras
apresentadas, o artista brasileiro A ênfase metalinguística nas falas dos personagens,
conscientes de sua limitação linguística e discursiva.
A estava preocupado em retratar detalhes da cena. B relação afetiva dos personagens, por meio da qual
B demonstrou irreverência ao retratar a cena bíblica. tentam superar as dificuldades de comunicação.
C optou por fazer uma escultura minimalista, C expressividade poética dos personagens, que
diferentemente de Michelangelo. procuram compreender a origem de seus nomes.
D deu aos personagens traços cubistas, em vez dos D privação da palavra, que denota um dos fatores da
traços europeus, típicos de Michelangelo. exclusão social vivida pelos personagens.
E reproduziu o estilo da famosa obra de Michelangelo, E consciência dos personagens de que o fingimento é
uma vez que retratou a mesma cena bíblica. uma estratégia argumentativa de persuasão.
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*cinZ25dom9*

QUESTÃO 104 QUESTÃO 105


Gravuras e pinturas são duas modalidades da Morte e vida Severina
prática gráfica rupestre, feitas com recursos técnicos
diferentes. Existem vastas áreas nas quais há Somos muitos Severinos
dominância de uma ou outra técnica no Brasil, o que iguais em tudo na vida:
não impede que ambas coexistam no mesmo espaço. na mesma cabeça grande
Mas em todas as regiões há mãos, pés, antropomorfos que a custo é que se equilibra,
e zoomorfos. Os grafismos realizados em blocos ou no mesmo ventre crescido
paredes foram gravados por meio de diversos recursos: sobre as mesmas pernas finas,
picoteamento, entalhes e raspados. e iguais também porque o sangue
DANTAS, M. Antes: história da pré-história. Brasília: CCBB, 2006.
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte Severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia.
MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio Janeiro: Nova Aguilar, 1994 (fragmento).

Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta


retrata uma situação marcada pela
A presença da morte, que universaliza os sofrimentos
dos nordestinos.
B figura do homem agreste, que encara ternamente
sua condição de pobreza.
C descrição sentimentalista de Severino, que divaga
sobre questões existenciais.
D miséria, à qual muitos nordestinos estão expostos,
simbolizada na figura de Severino.
E opressão socioeconômica a que todo ser humano se
encontra submetido.
QUESTÃO 106
O acesso à educação profissional e tecnológica
pode mudar a vida de milhões de jovens em todo o país:
há uma nova lei do estágio. Com a nova lei, o governo
federal define o estágio profissional como ato educativo
e determina medidas para que esta atividade contribua
para familiarizar o futuro profissional com o mundo do
trabalho. Entre as medidas estabelecidas, estão: a
obrigatoriedade da supervisão por parte do professor da
Disponível em: http://www.scipione.com.br. Acesso em: 30 abr. 2009.
instituição de origem do estudante com o auxílio de um
profissional no local de trabalho, a definição de jornada
Nas figuras que representam a arte da pré-história máxima de trabalho de quatro a seis horas.
brasileira e estão localizadas no sítio arqueológico da Carta na Escola. Nº 32, dez. 2008/jan. 2009 (adaptado).
Serra da Capivara, estado do Piauí, e, com base no
Ao listar as mudanças ocorridas na legislação referente
texto, identificam-se
ao estágio, o autor do texto tem como objetivo
A imagens do cotidiano que sugerem caçadas, danças, A familiarizar milhões de jovens estudantes com o seu
manifestações rituais. futuro profissional.
B cenas nas quais prevalece o grafismo entalhado em B mostrar que as políticas públicas favorecem os
superfícies previamente polidas. trabalhadores da educação.
C aspectos recentes, cujo procedimento de datação C incentivar a obrigatoriedade da supervisão por parte
indica o recuo das cronologias da prática pré-histórica. do professor.
D situações ilusórias na reconstituição da pré-história, D familiarizar o leitor com as instituições que definem o
pois se localizam em ambientes degradados. ensino profissionalizante.
E grafismos rupestres que comprovam que foram E apresentar as novas normas que definem o estágio
realizados por pessoas com sensibilidade estética. profissional para estudantes.

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*cinZ25dom10*

Imagem para as questões 107 e 108 E tudo era silêncio, e mistério... Corriam... corriam. E
o mundo parecia sem fim, e a terra do Amor mergulhada,
sumida na névoa incomensurável... E Milkau, num
sofrimento devorador, ia vendo que tudo era o mesmo;
horas e horas, fatigados de voar, e nada variava, e nada
lhe aparecia... Corriam... corriam...
ARANHA, G. Canaã. São Paulo: Ática, 1998 (fragmento).

O sonho da terra prometida revela-se como valor humano


que faz parte do imaginário literário brasileiro desde a
chegada dos portugueses. Ao descrever a situação final
das personagens Milkau e Maria, Graça Aranha resgata
esse desejo por meio de uma perspectiva
A subjetiva, pois valoriza a visão exótica da pátria
brasileira.
B simbólica, pois descreve o amor de um estrangeiro
pelo Brasil.
C idealizada, pois relata o sonho de uma pátria
LÉGER, F. Soldados jogando cartas. 1917. acolhedora de todos.
FARTHING, S. Coleção Grandes Artistas. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. D realista, pois traz dados de uma terra geograficamente
QUESTÃO 107 situada.
E crítica, pois retrata o desespero de quem não
As vanguardas europeias não devem ser vistas
isoladamente, uma vez que elas apresentam alguns alcançou sua terra.
conceitos estéticos e visuais que se aproximam. Com QUESTÃO 110
base nos conceitos vanguardistas, entre eles o de
exploração de formas geometrizadas do Cubismo, no O RETIRANTE ENCONTRA DOIS HOMENS CARRE-
início do século XX, o quadro Soldados jogando cartas GANDO UM DEFUNTO NUMA REDE, AOS GRITOS
explora uma DE: “Ó IRMÃOS DAS ALMAS! IRMÃOS DAS ALMAS!
A abordagem sentimentalista do homem. NÃO FUI EU QUE MATEI NÃO”
B imagem plana para expressar a industrialização. — A quem estais carregando,
C aproximação impossível entre máquina e homem. Irmãos das almas,
D uniformidade de tons como crítica à industrialização. Embrulhado nessa rede?
Dizei que eu saiba.
E mecanização do homem expressa por formas
— A um defunto de nada,
tubulares. Irmão das almas,
QUESTÃO 108 Que há muitas horas viaja
À sua morada.
Fernand Léger, artista francês envolvido com o — E sabeis quem era ele,
movimento cubista, tinha como princípio transformar
imagens em figuras geométricas, especialmente cones, Irmãos das almas,
esferas e cilindros. A obra apresentada mostra o homem Sabeis como ele se chama
em uma alusão à Revolução Industrial e ao pós I Guerra Ou se chamava?
Mundial e explora — Severino Lavrador,
A as formas retilíneas e mecanizadas, sem valorização Irmão das almas,
da questão espacial. Severino Lavrador,
B as formas delicadas e sutis, para humanizar o Mas já não lavra.
operário da indústria têxtil. MELO NETO, J. C. Morte e vida Severina e outros poemas para vozes.
C a força da máquina na vida do trabalhador pelo jogo Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994 (fragmento).

de formas, luz/sombra. O personagem teatral pode ser construído tanto por


D os recursos oriundos de um mesmo plano visual meio de uma tradição oral quanto escrita. A interlocução
para dar sentido a sua proposta. entre oralidade regional e tradição religiosa, que serve
E a forma robótica dada aos operários, privilegiando de inspiração para autores brasileiros, parte do teatro
os aspectos triangulares. português. Dessa forma, a partir do texto lido, identificam-
QUESTÃO 109 se personagens que
— Adiante... Adiante... Não pares... Eu vejo. Canaã! A se comportam como caricaturas religiosas do teatro
Canaã! regional.
Mas o horizonte da planície se estendia pelo seio da B apresentam diferentes características físicas e
noite e se confundia com os céus. psicológicas.
Milkau não sabia para onde o impulso os levava: C incorporam elementos da tradição local em um
era o desconhecido que os atraía com a poderosa contexto teatral.
e magnética força da Ilusão. Começava a sentir a D estão construídos por meio de ações limitadas a um
angustiada sensação de uma corrida no Infinito... momento histórico.
— Canaã! Canaã!... suplicava ele em pensamento, E fazem parte de uma cultura local que restringe a
pedindo à noite que lhe revelasse a estrada da Promissão. dimensão estética.
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QUESTÃO 111
Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria
a janela e encontrava um. Quando não encontrava,
dava no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo
e comunicava que não havia assunto. Fazia isso com
tanto engenho e arte que também dava no mesmo: a
crônica estava feita. Não tenho nem o engenho nem
a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre
a Lagoa ― posso não ver melhor, mas vejo mais. [...]
Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não
havia assunto, ele inventava. Uma tarde, estacionei
ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal.
Ele estava com o papel na máquina e provisoriamente
sem assunto. Inventou que eu descia de um reluzente
Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equivalente
à suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve, eu
tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda não BORGES, J. Iemanjá. Xilogravura.

aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa A xilogravura é um meio de expressão de grande força
e sem a mulher. Nelson não ficou sem assunto. artística e literária no Brasil, especialmente no Nordeste
CONY, C. H. Folha de S. Paulo. 2 jan. 1998 (adaptado).
brasileiro, onde os artistas populares talham a madeira,
O autor lançou mão de recursos linguísticos que o transformando-a em verdadeiras obras de arte. Com total
auxiliaram na retomada de informações dadas sem liberdade artística, hoje já conquistaram espaço entre os
repetir textualmente uma referência. Esses recursos diversos setores culturais do país, retratando cenas
pertencem ao uso da língua e ganham sentido nas A do seu próprio universo, revelando personagens
práticas de linguagem. É o que acontece com os usos com aparência humilde em vestes requintadas.
do pronome “ele” destacados no texto. Com essa B com temas de personagens do folclore popular,
estratégia, o autor conseguiu crenças e futilidades dos mais necessitados.
A confundir o leitor, que fica sem saber quando o texto C de conteúdo histórico e político do Nordeste brasileiro,
se refere a um ou a outro cronista. com a intenção de valorizar as diferenças sociais.
B comparar Rubem Braga com Nelson Rodrigues, D das grandes cidades, com a preocupação de uma
dando preferência ao primeiro. representação realista da figura humana nordestina.
C referir-se a Rubem Braga e a Nelson Rodrigues E com personagens fantasiosos, beatos e cangaceiros
usando igual recurso de articulação textual. presentes nas crenças da população nordestina.
D sugerir que os dois autores escrevem crônicas sobre QUESTÃO 113
assuntos semelhantes.
E produzir um texto obscuro, cujas ambiguidades Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova,
impedem a compreensão do leitor. seja velha, é um ser muito compreensivo, que dança
conforme a música: se está no Maracanã, numa decisão
QUESTÃO 112 de título, ela rola e quiçá com um ar dramático, mantendo
sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson
Nascido em 1935, José Francisco Borges ou J.
ou nas mãos de um gandula. Em compensação, num
Borges, como prefere ser chamado, é um dos mais racha de menino, ninguém é mais sapeca: ela corre
expressivos artistas populares do Brasil. Considerado para cá, corre para lá, quiçá no meio-fio, para de estalo
por Ariano Suassuna o maior gravador popular do no canteiro, lambe a canela de um, deixa-se espremer
país, o artista foi um dos ilustradores do calendário da entre mil canelas, depois escapa, rolando, doida, pela
ONU do ano de 2002. Autodidata, J. Borges publicou calçada. Parece um bichinho.
seu primeiro cordel em 1964, intitulado O Encontro de NOGUEIRA, A. Peladas. Os melhores da crônica brasileira.
Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, seguido de O Rio de Janeiro: José Olympio, 1977 (fragmento).

Verdadeiro Aviso de Frei Damião Sobre os Castigos O texto expressa a visão do cronista sobre a bola de
que Vêm, cuja publicação deu início à sua carreira futebol. Entre as estratégias escolhidas para dar colorido
de gravador. Na década de 1970, artistas plásticos, a sua expressão, identifica-se, predominantemente,
intelectuais e marchands passaram a encomendar uma função da linguagem caracterizada pela intenção
suas xilogravuras, o que levou as imagens a ganharem do autor em
cada vez mais autonomia em relação ao cordel. Desde A manifestar o seu sentimento em relação ao objeto bola.
então, o itinerário do artista vem se fortalecendo pela B buscar influenciar o comportamento dos adeptos do
transmissão dos conhecimentos da xilogravura às novas futebol.
gerações de sua família, com quem mantém a Casa de C descrever objetivamente uma determinada realidade.
Cultura Serra Negra, no sertão pernambucano. D explicar o significado da bola e as regras para seu uso.
Disponível em: http://msn.onne.com.br. Acesso em: 21 maio 2010. E ativar e manter o contato dialógico com o leitor.
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QUESTÃO 114 Sabe-se que as funções da linguagem são reconhecidas


por meio de recursos utilizados segundo a produção do
Mudança
autor, que, nesse texto, centra seu objetivo
Na planície avermelhada os juazeiros alargavam A na linguagem utilizada, ao enfatizar a maneira como
duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o o texto foi escrito, sua estrutura e organização.
dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente B em si mesmo, ao enfocar suas emoções e
andavam pouco, mas como haviam repousado bastante sentimentos diante das descobertas feitas.
na areia do rio seco, a viagem progredira bem três C no leitor do texto, ao tentar convencê-lo a praticar
léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A uma ação, após sua leitura.
folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos D no canal de comunicação utilizado, ao querer
galhos pelados da catinga rala. certificar-se do entendimento do leitor.
Arrastaram-se para lá, devagar, sinhá Vitória com o E no conteúdo da mensagem, ao transmitir uma
filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha informação ao leitor.
na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio. As manchas
QUESTÃO 116
dos juazeiros tornaram a aparecer, Fabiano aligeirou
o passo, esqueceu a fome, a canseira e os ferimentos. O nascimento da crônica
Deixaram a margem do rio, acompanharam a cerca,
subiram uma ladeira, chegaram aos juazeiros. Fazia Há um meio certo de começar a crônica por uma
tempo que não viam sombra. trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor!
RAMOS, G. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2008 (fragmento).
Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como
um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca.
Valendo-se de uma narrativa que mantém o Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-
distanciamento na abordagem da realidade social em se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre
questão, o texto expõe a condição de extrema carência a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La
dos personagens acuados pela miséria.
glace est rompue; está começada a crônica.
O recurso utilizado na construção dessa passagem, o Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do
qual comprova a postura distanciada do narrador, é a que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes
A caracterização pitoresca da paisagem natural. de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e
B descrição equilibrada entre os referentes físicos e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No
psicológicos dos personagens. paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e
C narração marcada pela sobriedade lexical e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão
sequência temporal linear.
andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial.
D caricatura dos personagens, compatível com o
A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer
aspecto degradado que apresentam.
E metaforização do espaço sertanejo, alinhada com o casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão
projeto de crítica social. andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial,
porque as nossas províncias estão nas circunstâncias
QUESTÃO 115 do primeiro homem.
ASSIS, M. In: SANTOS, J .F. As cem melhores crônicas brasileiras.
Uma luz na evolução Rio de Janeiro: Objetiva, 2007 (fragmento).

Dois fósseis descobertos na África do Sul, dotados de Um dos traços fundamentais da vasta obra literária
inusitada combinação de características arcaicas e de Machado de Assis reside na preocupação com
modernas, podem ser ancestrais diretos do homem a expressão e com a técnica de composição. Em O
Os últimos quinze dias foram excepcionais para o nascimento da crônica, Machado permite ao leitor
estudo das origens do homem. No fim de março, uma entrever um escritor ciente das características da
falange fossilizada encontrada na Sibéria revelou uma crônica, como
espécie inteiramente nova de hominídeo que existia A texto breve, diálogo com o leitor e registro pessoal
há 50 000 anos. Na semana passada, cientistas da de fatos do cotidiano.
Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, B síntese de um assunto, linguagem denotativa,
anunciaram uma descoberta similar. São duas as exposição sucinta.
ossadas bastante completas ― a de um menino de C linguagem literária, narrativa curta e conflitos
12 anos e a de uma mulher de 30 ― encontradas na internos.
caverna Malapa, a 40 quilômetros de Johannesburgo. D texto ficcional curto, linguagem subjetiva e criação
Devido à abundância de fósseis, a região é conhecida de tensões.
como Berço da Humanidade. E priorização da informação, linguagem impessoal e
Veja. Abr. 2010 (adaptado). resumo de um fato.
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QUESTÃO 117
Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro, viajando a 288 mil quilômetros por hora, passou a uma
distância insignificante ― em termos cósmicos ― da Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa da
Lua. Segundo os cálculos matemáticos, o asteroide cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu porque ela não
estava naquele ponto de interseção. Se ele tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso planeta e
colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhões de toneladas de TNT ou o equivalente à explosão de 40 mil bombas
de hidrogênio, conforme calcularam os computadores operados pelos astrônomos do programa de Exploração do
Sistema Solar da Nasa; se caísse no continente, abriria uma cratera de cinco quilômetros, no mínimo, e destruiria
tudo o que houvesse num raio de milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria maremotos que
devastariam imensas regiões costeiras. Enfim, uma visão do Apocalipse.
Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento).

Com base na leitura do fragmento, percebe-se que o texto foi construído com o objetivo de
A destacar o seu processo de construção, dando enfoque, principalmente, a recursos expressivos.
B manter um canal de comunicação entre leitor e autor por meio de mensagens subjetivas.
C transmitir informações, fazendo referência a acontecimentos observados no mundo exterior.
D persuadir o leitor, levando-o a tomar medidas para evitar os problemas ambientais.
E transmitir os receios e reflexões do autor no que se refere ao fim do mundo.
QUESTÃO 118

Disponível em: http://www.clubedamafalda.blogspot.com. Acesso em: 24 set. 2007.

A língua é um patrimônio cultural indispensável para a preservação da memória e da identidade de um povo. Nesse
contexto, percebe-se, na tirinha, uma crítica
A à falta de assistência familiar no que se refere à educação escolar dos filhos.
B à língua em si, cheia de regras e normas gramaticais desnecessárias.
C à escrita dos livros em linguagem muito rebuscada, o que dificulta o entendimento dos leitores.
D à influência dos estrangeirismos na língua, em especial, daqueles provenientes do inglês.
E ao ensino da língua que, devido à metodologia utilizada, desestimula os alunos.
QUESTÃO 119
Na sociedade moderna, a maioria das relações humanas é medida e mediada pelo dinheiro. O dinheiro que
você tem define onde você mora, o que come, como se veste e se desloca, sua educação e sua saúde. Por isso,
ricos e pobres, materialistas e desprendidos, avarentos e perdulários, portadores ou não de cartões de crédito,
todos têm de saber lidar com o dinheiro, pois ele permeia todos os aspectos da vida.
Vida simples. Ed. 74, dez. 2008 (adaptado).

O texto trata de um tema relevante para o cotidiano de todas as pessoas: a relação pessoal com o dinheiro. A
enumeração apresentada no último período demonstra a
A preocupação com as classes menos favorecidas.
B importância do desprendimento em relação ao dinheiro.
C igualdade diante da relação pessoal com o dinheiro.
D relevância dos cartões de crédito para as pessoas atualmente.
E inquietação em relação ao materialismo.
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QUESTÃO 120 A língua falada no Brasil apresenta vasta diversidade,


que se manifesta de acordo com o lugar, a faixa etária, a
História do contato entre línguas no Brasil
classe social, entre outros elementos. No fragmento do
No Brasil, o contato dos colonizadores portugueses texto literário, a variação linguística destaca-se
com milhões de falantes de mais de mil línguas A por inovar na organização das estruturas sintáticas.
autóctones e de cerca de duzentas línguas que vieram B pelo uso de vocabulário marcadamente regionalista.
na boca de cerca de quatro milhões de africanos trazidos C por distinguir, no diálogo, a origem social dos
para o país como escravos é, sem sombra de dúvida, falantes.
o principal parâmetro histórico para a contextualização D por adotar uma grafia típica do padrão culto, na
das mudanças linguísticas que afetaram o português escrita.
brasileiro. E processos como esses não devem ser E pelo entrelaçamento de falas de crianças e adultos.
levados em conta apenas para a compreensão das
diferenças entre as variedades linguísticas nacionais. QUESTÃO 122
O próprio mapeamento das variedades linguísticas
contemporâneas do português europeu e, sobretudo, do
português brasileiro, tanto no plano diatópico quanto no
plano diastrático, depende crucialmente de uma apurada
compreensão do processo histórico de sua formação.
LUCCCHESI, D.; BAXTER, A.; RIBEIRO, I. (orgs.). O português afro-brasileiro.
Salvador: EdUFBA, 2009 (adaptado).

Glossário:
Autóctone: nativo de uma região.
Diatópico: referente à variação de uma mesma língua no plano
regional (país, estado, cidade etc.).
Diastrático: referente à variação de uma mesma língua em
função das diversas classes sociais.
Do ponto de vista histórico, as mudanças linguísticas Disponível em: http://www.mt.gov.br. Acesso em: 28 jun. 2011 (adaptado).

que afetaram o português do Brasil têm sua origem O texto publicitário tem como objetivo principal o
no contato dos colonizadores com inúmeras línguas convencimento do seu público-leitor e, para alcançar
indígenas e africanas. Considerando as reflexões esse objetivo, utiliza diferentes tipos de linguagem.
apresentadas no texto, verifica-se que esse processo, Na peça publicitária, que foi divulgada na ocasião da
iniciado no começo da colonização, teve como resultado aprovação da Lei Seca, os elementos verbais e não
A a aceitação da escravidão, em que seres humanos verbais foram usados a fim de levar a população a
foram reduzidos à condição de objeto por seus A reduzir gradativamente a ingestão de álcool antes
senhores. de dirigir.
B a constituição do patrimônio linguístico, uma vez que B associar o consumo de bebidas à ideia de morte na
representa a identidade nacional do povo brasileiro. juventude.
C o isolamento de um número enorme de índios C prevenir-se quanto aos efeitos do álcool no
durante todo o período da colonização. organismo humano.
D a separação entre pessoas que desfrutavam bens e D incompatibilizar as bebidas alcoólicas com a direção
outras que não tinham acesso aos bens de consumo. de automóveis.
E a supremacia dos colonizadores portugueses, que E reconhecer que tipo de bebida alcoólica deve ser
muito se empenharam para conquistar os indígenas. evitada no trânsito.
QUESTÃO 121
Foi sempre um gaúcho quebralhão, e despilchado
sempre, por ser muito de mãos abertas. Se numa mesa
de primeira ganhava uma ponchada de balastracas,
reunia a gurizada da casa, fazia pi! pi! pi! como pra
galinhas e semeava as moedas, rindo-se do formigueiro
que a miuçada formava, catando as pratas no terreiro.
Gostava de sentar um laçaço num cachorro, mas desses
laçaços de apanhar da palheta à virilha, e puxado a
valer, tanto que o bicho que o tomava, de tanto sentir
dor, e lombeando-se, depois de disparar um pouco é
que gritava, num caim! caim! caim! de desespero.
LOPES NETO, J. S. Contrabandista. In: SALES, H. (org). Antologia de contos brasileiros.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2001 (adaptado).

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*cinZ25dom15*

QUESTÃO 123 As modernas técnicas de comunicação estão associadas


TEXTO I aos impactos da mensagem. Nesse texto, a intenção é
Brasil africano A alertar para os perigos dos animais domésticos.
De várias partes da África, veio a metade dos B mostrar os cuidados com os cães de estimação.
nossos antepassados no período da escravidão, entre C registrar um protesto contra a prisão de animais.
os séculos XVII e XIX. As muitas línguas que falavam D sugerir brincadeiras de crianças com os cães.
mudaram o português existente no Brasil. Da estética à E valorizar a adoção como saída para dramas sociais.
culinária, dos costumes à religião, as influências também
foram numerosas e permanecem. Os estudos africanos QUESTÃO 125
no país remontam ao começo do século XX, mas há,
ainda, muito para ser descoberto e compreendido Diz-se, em termos gerais, que é preciso “falar a
dessas tantas trocas culturais. mesma língua”: o português, por exemplo, que é a língua
TEXTO II que utilizamos. Mas trata-se de uma língua portuguesa
ou de várias línguas portuguesas? O português da
Bahia é o mesmo português do Rio Grande do Sul?
Não está cada um deles sujeito a influências diferentes
― linguísticas, climáticas, ambientais? O português do
médico é igual ao do seu cliente? O ambiente social e o
cultural não determinam a língua? Estas questões levam
à constatação de que existem níveis de linguagem. O
vocabulário, a sintaxe e mesmo a pronúncia variam
segundo esses níveis.
VANOYE, F. Usos da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1981 (fragmento).

Cais em Salvador, em foto de Gaensly & Lindermann, século XX Na fala e na escrita, são observadas variações de uso,
Revista Biblioteca Entre Livros: Vozes da África. São Paulo: Ediouro.
motivadas pela classe social do indivíduo, por sua
Ao relacionar-se a temática dos Textos I e II, sobre a região, por seu grau de escolaridade, pelo gênero, pela
influência africana no Brasil, constata-se que intencionalidade do ato comunicativo, ou seja, pelas
A fazem alusão ao fato de que a contribuição do povo situações linguísticas e sociais em que a linguagem é
africano para a cultura brasileira não é comprovada.
empregada. A variedade linguística adequada à situação
B revelam que os estudos referentes à contribuição do
povo africano na formação do Brasil é incipiente. específica de uso social está expressa
C demonstram que a construção da identidade nacional A na fala de um professor ao iniciar a aula no ensino
é marcada pela presença da cultura africana. superior: “Fala galerinha do mal! Hoje vamos estudar
D informam que os negros foram os responsáveis pela
um negócio muito importante”.
formação cultural do nosso país.
E remetem à ideia de que essa influência inexistiu no B na leitura de um discurso de uma autoridade
âmbito linguístico. pública na inauguração de um estabelecimento
QUESTÃO 124 educacional: “Senhores cidadões do Brasil, com
alegria, inauguramos mais uma escola para a melhor
educação de nosso país”.
C no memorando da diretora da escola ao responsável
por um aluno: “Responsável pelo aluno Henrique, dê
uma chegadinha na diretoria da escola para saber o
que o seu filhinho anda fazendo de besteira”.
D na fala de uma criança, na tentativa de convencer a
mãe a entregar-lhe a mesada: “Mãe, assim não dá
para ser feliz! Dá pra liberar minha mesada? Prometo
que só vou tirar notão nas próximas provas”.
E na fala de uma mãe em resposta ao filho que solicitou
a mesada: “Caro descendente, por obséquio,
antecipe a prestação de suas contas, a fim de fazer
Veja. Nº 14, 7 abr. 2010. jus ao solicitado”.
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*cinZ25dom16*

QUESTÃO 126

Veja. 27 abr. 2011 (adaptado).

Os textos pertencem a gêneros em razão de configurações e de propósitos comunicativos específicos, os quais


revelam sua função social. O texto em análise apresenta-se como
A uma peça publicitária, uma vez que promove o produto de uma instituição financeira.
B um panfleto, porque visa a orientar a população para desenvolver práticas ecológicas.
C um manifesto de ambientalistas, já que denuncia o desperdício de água pela população.
D uma reportagem, pois busca conscientizar a população para a necessidade de poupar água.
E uma notícia, pois informa a criação de um banco para cuidar de recursos hídricos.
QUESTÃO 127
Nas sociedades urbanas, desde que nascemos, estamos imersos em um ambiente dominado pela tecnologia
da informação e da comunicação e por produtos tecnológicos como o rádio, a TV, o cinema e a internet, com
os quais criamos redes sociais via web, MSN, sites de relacionamento e Orkut. Utilizamos a tecnologia tanto
para entrar em contato com amigos, quanto para o trabalho e para operações comerciais. Enquanto circulamos
pelas cidades, nossos sentidos são tomados por informações medidas pela tecnologia, estampadas em outdoors,
cartazes e bancas de jornais.
De acordo com o texto, a vida moderna é profundamente influenciada pela tecnologia da informação e da
comunicação. Com base nessa assertiva, conclui-se que as pessoas
A passaram a se relacionar com os amigos exclusivamente por meio da tecnologia de informação e comunicação.
B se encontram imersas em um mundo que promove um rápido fluxo de informação, o que afeta suas relações
sociais.
C perdem a capacidade de se comunicar de outras maneiras, ficando limitadas ao ambiente virtual em suas
relações sociais.
D se familiarizam completamente com as tecnologias na vida adulta, quando passam a consumir mais produtos
tecnológicos.
E dão mais importância ao MSN, aos sites de relacionamento e ao Orkut que a outras maneiras de se informarem
e de se comunicarem.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 16


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QUESTÃO 128
Texto I

DRUMMOND, B. Revista O Globo. Nº 248, 26 abr. 2009.

Texto II
São 68 milhões num universo de 190 milhões de brasileiros conectados nas redes virtuais. O e-mail, irmão
moderno da carta, ainda é uma ferramenta imprescindível de comunicação, mas já começa a dar espaço para
ferramentas mais ágeis de interação, como MSN, Orkut, Facebook, Twitter e blogs.
FERREIRA JÚNIOR, H. (adaptado).

Da leitura dos dois textos, depreende-se que a internet tem se expandido muito nos últimos anos. Apesar disso, a
atitude do rapaz no Texto I revela a
A constatação da importância do acesso à internet para a comunicação com outras pessoas.
B opinião de quem necessita das ferramentas da internet para realizar novas conquistas.
C demonstração de uma postura resistente à interferência das tecnologias na comunicação.
D adequação dos jovens às redes sociais como Twitter, Facebook, Msn, Orkut, blog etc.
E aceitação das redes sociais pela internet como veículo de relacionamentos pessoais.
QUESTÃO 129
Piraí, Piraí, Piraí
Piraí bandalargou-se um pouquinho
Piraí infoviabilizou
Os ares do município inteirinho
Com certeza a medida provocou
Um certo vento de redemoinho

Diabo de menino agora quer


Um ipod e um computador novinho
Certo é que o sertão quer virar mar
Certo é que o sertão quer navegar
No micro do menino internetinho
GIL, G. Banda larga cordel. Geleia Geral. 2008.
Disponível em: http://www.gilbertogil.com.br. Acesso em: 24 abr. 2010 (fragmento).

No texto, encontram-se as expressões “bandalargou-se”, “infoviabilizou” e “internetinho”, que indicam a influência da


tecnologia digital na língua. Em relação à dinamicidade da língua no processo de comunicação, essas expressões
representam
A a expansão vocabular influenciada pelo uso cotidiano de ferramentas da cultura digital.
B o desconhecimento das regras de formação de palavras na língua.
C a derivação de palavras sob a influência de falares arcaicos.
D a incorporação de palavras estrangeiras sem adaptações à língua portuguesa.
E a apropriação de conceitos ultrapassados disseminados pelas influências estrangeiras.
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*cinZ25dom18*

QUESTÃO 130 A relação entre texto e imagem potencializa a força de


persuasão desse anúncio, que apresenta como principal
Sacolas
objetivo
Por que optar pelas duráveis, A informar as pessoas de que elas podem perder 70%
como faziam nossos avós?
do seu corpo.
O mundo produz sacolas plásticas desde a década B confrontar opiniões acerca do descaso para com o
de 1950. Como não se degradam facilmente na natureza, meio ambiente.
grande parte delas ainda vão continuar por mais de 300 C enumerar fatos que possam trazer mais informações
anos em algum lugar do planeta. ao contexto.
Calcula-se que até 1 trilhão de sacolas plásticas são D conscientizar de que o consumismo de água agride
produzidas anualmente em todo mundo. O Brasil produz o planeta.
mais de 12 bilhões todos os anos, e 80% delas são E sensibilizar quanto à situação dos que vivem sem
utilizadas uma única vez. água em sacrifício pelo planeta.

Sacolas plásticas são leves e voam ao vento. QUESTÃO 132


Por isso, elas entopem esgotos e bueiros, causando
enchentes. São encontradas até no estômago de
tartarugas marinhas, baleias, focas e golfinhos mortos
por sufocamento.
Várias redes de supermercados do Brasil e do
mundo já estão sugerindo o uso de caixas de papelão
e colocando à venda sacolas de pano ou de plástico
duráveis para transportar as mercadorias.
Sacolas plásticas descartáveis são gratuitas para
os consumidores, mas têm um custo incalculável para
o meio ambiente.
Anúncio publicitário veiculado na revista Veja. N° 27, 8 jul. 2009.

Os argumentos utilizados no texto indicam que seu


público-alvo é o consumidor e seu objetivo é estimular
BAGNO, M. Não é errado falar assim!: em defesa do português brasileiro.
A o abandono do uso de sacolas de plástico. São Paulo: Parábola, 2009 (adaptado).
B a compra de sacolas de pano em supermercados.
C o engajamento em campanhas de consumo consciente. A situação social em que o falante está inserido é
D a divulgação dos perigos das sacolas plásticas para determinante para o uso da língua. Dessa forma,
os animais marinhos. cabe ao usuário adequar-se a cada contexto, a
E a reutilização das sacolas de plástico. seus condicionantes: formalidade/informalidade,
QUESTÃO 131 intimidade/hierarquias etc. Considerando-se a
situação comunicativa, há, na charge,
A displicência de ambos os falantes, já que
desconsideram a situação em que estão inseridos e
usam um registro inadequado ao contexto.
B dualidade de registros entre os dois falantes, já que
ambos usam regras distintas quanto à concordância.
C inobservância do personagem vestido de preto
quanto à informalidade da situação e o consequente
uso de um registro bastante formal.
D inadequação, do ponto de vista da norma padrão, do
registro de um e de outro falante.
E consenso entre os registros dos dois falantes no
tocante à norma padrão, já que ambos usam as
Disponível em: http://www.wwf.org.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado). mesmas regras de regência.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 18
*cinZ25dom19*

QUESTÃO 133 QUESTÃO 135

Árvore da Língua
Ao longo dos três andares, uma instalação de 16
metros de altura mostra palavras com mais de 6 mil
anos, projetadas em folhas da Árvore da Língua. Ela
faz os significados dançarem para falar da evolução do
indo-europeu ao latim e, dele, ao português. Criada pelo
designer Rafic Farah, a escultura é pontuada por um
mantra de Arnaldo Antunes, com os termos “língua” e
“palavra” cantados em vários idiomas.
SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. Ano II, nº 6. São Paulo: Segmento, 2006.

O texto apresentado pertence ao domínio jornalístico. Sua


finalidade e sua composição estrutural caracterizam-no
como
A quadro informativo, pois apresenta dados sobre um
objeto.
B notícia, já que leva informação atual a um público Luscar. Cartum.
específico.
C reportagem, porque enfoca um assunto de forma Nesse cartum, o artista lança mão do recurso da
intertextualidade para construir o texto. Esse recurso se
abrangente. constitui pela presença de informações que remetem
D legenda, porque descreve elementos e retoma uma a outros textos. O emprego desse recurso no cartum
informação. revela uma crítica
E entrevista, pois apresenta uma opinião sobre o local A à qualidade da informação prestada pela mídia
inaugurado. brasileira.
B aos altos níveis de violência no país veiculados pela
QUESTÃO 134 mídia.
C à imparcialidade dos telejornais na veiculação de
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CPI) informações.
Biblioteca Goiandira Ayres de Couto D à ausência de critérios para divulgação de notícias
em telejornais.
E ao incentivo da mídia a atos violentos na sociedade.
Departamento Estadual de Trânsito de Goiás.
Manual de primeiros socorros no trânsito / DETRAN-Go;
(org.) Clives Pereira Sanches. Goiânia: DETRAN-Go, 2005
25 p. ; il.

1. Primeiros Socorros. 2. Trânsito. 3. Acidentes. 4.


Emergências. I. Sanches, Clives Pereira. II. Título.

CDU: 351.88:656.11(81)

Disponível em: http://www.scg.goias.gov.br. Acesso em: 28 jul. 2010.

O exemplo de gênero textual citado é largamente


utilizado em bibliotecas. Suas características o definem
como pertencente ao gênero
A aviso, por instruir o leitor a identificar o autor.
B ficha, que é utilizada para identificar uma obra.
C formulário, que contém informações sobre o autor.
D lista, por relacionar os assuntos da obra.
E manual, que define os passos da busca.

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*cinZ25dom1*

PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema CULTURA E MUDANÇA
SOCIAL, apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Fundado em 21 de janeiro de 1993, o Grupo Cultural AfroReggae foi criado para transformar a realidade de jovens
moradores de favelas utilizando a educação, a arte e a cultura como instrumentos de inserção social. O embrião
do projeto foi o jornal AfroReggae Notícias, cuja primeira edição circulou em agosto de 1992. O informativo —
distribuído gratuitamente e sem anunciantes — logo se tornou um canal aberto para o debate de ideias e de
problemas que afetam a vida de negros e pobres.
Desde então, o Grupo Cultural AfroReggae investe no potencial de jovens favelados, levando educação, cultura
e arte a territórios marcados pela violência policial e pelo narcotráfico. Ao longo de seus 18 anos, o AfroReggae vem
utilizando atividades artísticas, como percussão, circo, grafite, teatro e dança para tentar diminuir os abismos que
separam negros e brancos, ricos e pobres, a favela e o asfalto, a fim de criar pontes de união entre os diferentes
segmentos da sociedade.
Disponível em: http://www.afroreggae.org.br. Acesso em: 18 nov. 2010 (adaptado).

“Um país não muda pela sua


economia, sua política e nem
mesmo sua ciência; muda sim,
pela sua cultura.”

Disponível em: http://www.ibase.br. Acesso em: 18 nov. 2010.

Betinho: uma trajetória de luta

Herbert José de Souza, o Betinho, buscou a vida de forma intensa para si e para os outros, particularmente para
os excluídos da sociedade. Seu humor e sua ironia juntavam-se a uma forte indignação diante da mínima injustiça.
Ele afirmava que a democracia não é um modelo ou uma estrutura acabada; é algo que constantemente deve
ser sonhado, imaginado ou recriado. A busca de ser livre, igual, diverso, solidário e participante é um princípio que
deve fermentar nosso constante sonhar e imaginar a democracia como guia de intervenção cidadã.
GRZYBOWSKI, C. Disponível em: http://www.comitebetinho.org.br. Acesso em: 18 nov. 2010 (adaptado).

Instruções:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o
número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 1


*BRAN75sab1*

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS QUESTÃO 03


TECNOLOGIAS
Planejada ainda na Ditadura, a hidrelétrica de
Questões de 1 a 45 Belo Monte, que será a terceira maior do mundo, virou
um retrato do dilema a respeito do futuro do Brasil.
QUESTÃO 01
Para crescer, gerar empregos e reduzir a alarmante
Desde épocas remotas, a interação da sociedade
com a natureza gera impactos diversificados, que desigualdade social, o país precisará de energia em
transformam a complexidade do ambiente natural. A abundância. O que vozes respeitadas perguntam,
evolução progressiva do homem como ser social mostra porém, é se uma grande usina no meio da Amazônia é
que, quanto mais ele evolui tecnicamente, mais interfere
na dinâmica da natureza. a melhor saída.
ROSS, J. L. S. A sociedade industrial e o ambiente. In: ROSS, J. L. S. (Org.).
Geografia do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2005 (adaptado). SIQUEIRA, A. Carta Capital. Ano XV, nº 593, 2010 (adaptado).

A partir da relação apresentada entre a sociedade Os impactos decorrentes da construção da hidrelétrica de


e a natureza, é possível identificar uma causa e uma
consequência da interferência humana no ambiente Belo Monte sobre os diversos atores que vivem na região
natural, a saber: onde se pretende construí-la estão relacionados com
A A extração de matérias-primas para setores como o A a promoção do desenvolvimento das atividades
siderúrgico, o que tende a promover degradação de
certos ecossistemas. tradicionais possibilitada pela disponibilidade de
B A redução dos níveis de investimento do energia.
agronegócio, o que resulta diretamente na B a ampliação das oportunidades de emprego, que
diminuição de espécies nativas.
C A extração de recursos naturais, gerando uma absorve as populações que são prejudicadas por
aproximação entre os ambientes naturais e sua construção.
humanizados. C os riscos de deterioração das atividades tradicionais,
D A interrupção dos incentivos públicos à indústria
causados pelas transformações no território.
do turismo, o que implica a ampliação do equilíbrio
ecológico. D os prejuízos econômicos, que serão superados
E O aumento da produtividade agrícola, contribuindo pelos benefícios trazidos para a população local.
para uma menor diversificação da fauna e da flora. E as transformações sociais, que são necessárias em
QUESTÃO 02 qualquer processo de desenvolvimento.
A problemática ambiental surgiu nas últimas
décadas do século XX como uma crise de civilização, QUESTÃO 04
questionando a racionalidade econômica e tecnológica
dominantes. Com isso, novas organizações da sociedade Os impactos positivos da biotecnologia na agricultura
civil despontaram, interessadas em um alternativo de
relação sociedade e natureza. envolvem o aprimoramento das práticas de cultivo, a
MIGUEL, K. G. A expressão dos movimentos ambientais na atualidade: mídia, diversidade redução da quantidade e melhoria na qualidade dos
e igualdade. Disponível em: http://www.intercom.org.br. Acesso em: 22 set. 2010.
produtos agrícolas e o aumento da renda dos produtores.
Os movimentos sociais, em especial o movimento
ambientalista, têm participado de forma decisiva na Disponível em: www.cib.org.br. Acesso em: 26 jul.2011 (adaptado).
mudança de postura por parte das grandes empresas,
principalmente no que diz respeito Um argumento que mostra uma desvantagem da
A ao sistema produtivo, que considera os custos utilização da biotecnologia para a sociedade, de modo
ambientais, já que muitos recursos são retirados
da natureza e apresentam um meio adequado de geral, é
reposição. A a criação de produtos com propriedades nutritivas
B à observação dos direitos civis, que são conquistas
diferenciadas.
do poder público e resultam na observação de toda
a legislação ambiental existente nos países. B o desenvolvimento de novas variedades de um
C à diminuição da poluição emitida, porque essas determinado produto agrícola.
empresas detêm grande parte da riqueza e tecnologia
C a maior resistência das plantas geneticamente
e utilizam cada vez menos recursos naturais.
D ao final da produção, quando os dejetos são devolvidos modificadas ao ataque de insetos.
ao meio ambiente após a verificação dos efeitos D o desconhecimento acerca de seus possíveis efeitos
negativos que poderiam causar ao longo do tempo.
sobre a saúde humana.
E à adoção de medidas sustentáveis, a fim de que
essas empresas atuem com responsabilidade nos E a criação ou adaptação de culturas em solos e
locais em que estão instaladas. climas diferentes daqueles originais.
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*BRAN75sab2*

QUESTÃO 05 QUESTÃO 07
Podeis interrogar, talvez: quais são as aspirações Vivemos nessa era interligada em que pessoas
das massas obreiras, quais os seus interesses? E
de todo o planeta participam de uma única ordem
eu vos responderei: ordem e trabalho! Em primeiro
lugar, a ordem, porque na desordem nada se constrói; informacional das comunicações modernas. Graças
porque num país como o nosso, onde há tanto trabalho à globalização e ao poder da internet, quem estiver
a realizar, onde há tantas iniciativas a adotar, onde em Caracas ou no Cairo conseguirá receber as
há tantas possibilidades a desenvolver, só a ordem mesmas músicas populares, notícias, filmes e
assegura a confiança e a estabilidade. O trabalho só se programas de televisão.
pode desenvolver em ambiente de ordem.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005 (fragmento).
Discurso de Getúlio Vargas, pronunciado no Palácio da Guanabara, no dia do Trabalho
(1º de Maio, 1938). BONAVIDES, P.; AMARAL, R. Textos políticos da História do Brasil.
O texto faz referência à revolução informacional, que
Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
vem produzindo uma série de alterações no cotidiano
O discurso de Getúlio Vargas, proferido durante o Estado dos indivíduos. Nessa perspectiva, a vida social das
Novo, envolve uma estratégia política na qual se evidencia pessoas está sofrendo grandes alterações devidas
A o estímulo à ação popular, que poderia tomar para si
A à diminuição na interação social entre os indivíduos
o poder político.
B o disfarce das posições socialistas como anseios mais informatizados.
populares. B à velocidade com que as informações são
C a dissimulação do nazifascismo, para sua aceitação disponibilizadas em todo o mundo.
pela elite política. C ao baixo fluxo de informações disponibilizadas pelos
D o debate sobre as políticas do Estado, objetivando o meios convencionais de comunicação.
consenso entre os partidos.
E a apresentação do projeto político do governo como D à maior disponibilidade de tempo para atividades
uma demanda popular. relacionadas ao lazer.
E ao aumento nos níveis de desemprego entre os
QUESTÃO 06
mais jovens.
As relações sociais, produzidas a partir da
expansão do mercado capitalista ― e o sistema de QUESTÃO 08
fábrica é seu “estágio superior” ―, tornaram possível o
desenvolvimento de uma determinada tecnologia, isto é, Há 500 anos, desde a chegada do colonizador
aquela que supõe a priori a expropriação dos saberes português, começaram as lutas contra o cativeiro e
daqueles que participam do processo de trabalho. consequentemente contra o cativeiro da terra, contra
Nesse sentido, foi no sistema de fábrica que uma dada a expulsão, que marcam as lutas dos trabalhadores.
tecnologia pôde se impor, não apenas como instrumento Das lutas dos povos indígenas, dos escravos e dos
para incrementar a produtividade do trabalho, mas, trabalhadores livres e, desde o final do século passado,
muito principalmente, como instrumento para controlar,
dos imigrantes, desenvolveram-se as lutas camponesas
disciplinar e hierarquizar esse processo de trabalho.
pela terra.
DECCA, E. S. O Nascimento das Fábricas. São Paulo: Brasiliense, 1986 (fragmento).
FERNANDES, B. M. Brasil: 500 anos de luta pela terra.
Revista de Cultura Vozes. Nº 2, 1999 (adaptado).
Mais do que trocar ferramentas pela utilização de
máquinas, o capitalismo, por meio do “sistema de Os processos sociais e econômicos que deram
fábrica”, expropriou o trabalhador do seu “saber fazer”, origem e conformaram a identidade do Movimento dos
provocando, assim, Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) têm em suas
A a desestruturação de atividades lucrativas praticadas raízes mudanças relacionadas
pelos artesãos ingleses desde a Baixa Idade Média.
B a divisão e a hierarquização do processo laboral, A à distribuição de terras expropriadas dos grupos
que ocasionaram o distanciamento do trabalhador multinacionais e partilhadas entre os trabalhadores
do seu produto final. rurais.
C o movimento dos trabalhadores das áreas urbanas B à política neoliberal, que proporcionou investimentos
em direção às rurais, devido à escassez de postos no campo e reduziu os conflitos fundiários.
de trabalho nas fábricas. C à migração de trabalhadores rurais brasileiros para o
D a organização de grupos familiares em galpões Paraguai, com o objetivo de cultivar soja.
para elaboração e execução de manufaturas que
D ao crescimento da luta pela terra e da implantação
seriam comercializadas.
E a associação da figura do trabalhador à do de assentamentos.
assalariado, fato que favorecia a valorização do seu E à luta pelo acesso e permanência na terra, que
trabalho e a inserção no processo fabril. passou da esfera nacional para a local.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 2
*BRAN75sab3*

QUESTÃO 09 QUESTÃO 11

A exploração de recursos naturais e a ocupação do Enchente no Rio está entre as mais fatais dos
território brasileiro têm uma longa história de degradação
últimos 12 meses no mundo
de áreas naturais. É resultado, entre outros fatores, da
ausência de uma cultura de ocupação que respeitasse As enchentes no Rio de Janeiro esta semana já
as características de seus biomas. causaram mais mortes do que qualquer outro incidente
Disponível em: http://www.comciencia.br. Acesso em: 19 abr. 2010 (fragmento).
semelhante em 2010 em qualquer parte do mundo. Nos
Ao longo da história, a apropriação da natureza e de últimos 12 meses, a inundação no Rio foi a quinta mais
seus recursos pelas sociedades humanas alterou os fatal do mundo.
biomas do planeta. Em relação aos biomas brasileiros, Disponível em: http://www.bbcbrasil.com. Acesso em: 16 abr. 2010.
em qual deles esse tipo de processo se fez sentir de
forma mais profunda e irreversível? Além do grande volume de chuva, um fator de ordem
A Na Floresta Amazônica, especialmente a partir da socioespacial que provoca a ocorrência de eventos
década de 1980, devastada pela construção de como o citado no trecho da reportagem é
rodovias e expansão urbana. A a coleta seletiva de resíduos urbanos.
B No Cerrado, que abriga muitas espécies de árvores B a reconstituição de áreas de várzea degradadas.
sob risco de extinção, atingido pela mineração e C a dragagem de rios, canais e lagoas assoreados.
agricultura.
D a impermeabilização dos solos das grandes cidades.
C No Pantanal, que abrange parte dos estados de
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, degradado pela E o ordenamento urbano, com a construção de
mineração e pecuária. condomínios populares.
D Na Mata Atlântica, que hoje abriga 7% da área
QUESTÃO 12
original, devastada pela exploração da madeira e
pelo crescimento urbano. Após as três primeiras décadas, marcadas pelo
E Na Mata dos Cocais, localizada no Nordeste do
esforço de garantir a posse da nova terra, a colonização
país, desmatada pelo assoreamento e pelo cultivo
da cana-de-açúcar. começou a tomar forma. A política da metrópole
portuguesa consistirá no incentivo à empresa comercial
QUESTÃO 10 com base em uns poucos produtos exportáveis em
A Mata Atlântica perdeu 31 195 hectares de sua grande escala, assentada na grande propriedade. Essa
cobertura vegetal. Segundo o levantamento, os dados diretriz deveria atender aos interesses de acumulação
apontam uma redução de 55% na taxa média anual de de riqueza na metrópole lusa, em mãos dos grandes
desmatamento, comparando com o período anterior comerciantes, da Coroa e de seus afilhados
analisado, o triênio 2005 a 2008. Essa diminuição pode FAUSTO, B. História Concisa do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2002 (adaptado).

ser explicada pelo avanço da legislação e também pelo Para concretizar as aspirações expansionistas e
trabalho dos órgãos de fiscalização.
VIALLI, A. O Estado de São Paulo, 27 maio 2011.
mercantis estabelecidas pela Coroa Portuguesa para a
América, a estratégia lusa se constituiu em
Dada a sua grande extensão, é difícil e caro fiscalizar o
bioma em questão, no entanto, uma forma de vigilância A disseminar o modelo de colonização já utilizado com
eficiente e que vem sendo utilizada no Brasil para esse sucesso pela Grã-Bretanha nas suas treze colônias
fim é: na América do Norte.
A O aperfeiçoamento profissional dos fiscais, já B apostar na agricultura tropical em grandes
que a modernização da sua atuação diminui o propriedades e no domínio da Colônia pelo
desmatamento. monopólio comercial e pelo povoamento.
B A implantação de Reservas de Preservação, que C intensificar a pecuária como a principal cultura capaz
tornam as áreas intocáveis e, assim, isentas de de forçar a penetração do homem branco no interior
degradação. do continente.
C A formação de Reservas de Conservação,
D acelerar a desocupação da terra e transferi-la
cujos proprietários, extrativistas, impedem o
para mãos familiarizadas ao trabalho agrícola de
desmatamento.
D A constituição de reservas indígenas, já que as culturas tropicais.
terras passam a ser propriedade dos índios. E desestimular a escravização do indígena e incentivar
E O uso de equipamentos de sensoriamento remoto, sua integração na sociedade colonial por meio da
por meio de imagens de satélites. atividade comercial.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 3


*BRAN75sab4*

QUESTÃO 13 ocorreram em 1821. Desde 1824, quando aconteceu


a primeira eleição pós-independência, foram eleitas 52
A memória não é um simples lembrar ou recordar, legislaturas para a Câmara dos Deputados. E, somente
mas revela uma das formas fundamentais de nossa durante o Estado Novo (1937-1945), as eleições para a
existência, que é a relação com o tempo, e, no tempo, Câmara foram suspensas.
com aquilo que está invisível, ausente e distante, isto NICOLAU, J. História do voto no Brasil.
é, o passado. A memória é o que confere sentido ao Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004 (adaptado).

passado como diferente do presente (mas fazendo ou Embora o Brasil tenha um longo histórico de eleições
podendo fazer parte dele) e do futuro (mas podendo para o Poder Legislativo, em diversas oportunidades
permitir esperá-lo e compreendê-lo). os pleitos ocorreram com sérias restrições ao pleno
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995 (fragmento). exercício da cidadania. Um período da história brasileira
com eleições legislativas e uma restrição à cidadania
Com base no texto, qual é o significado da memória?
política estão elencados, respectivamente, em:
A É a prospecção e retenção de lembranças e
A I Reinado (1822-1831) – exclusão dos analfabetos.
recordações.
B II Reinado (1840-1889) – exigência de renda.
B É a perda de nossa relação com o presente,
C Primeira República (1889-1930) – exclusão dos
preservando o passado.
escravos.
C É a capacidade mais alargada para lembrar e
D República Liberal (1945-1964) – exigência de curso
recordar fatos passados.
superior.
D É o esforço de apagar o passado e inaugurar o
E Nova República (após 1985) – exclusão das
presente.
mulheres.
E É o potencial de evocar o passado apontando para
o futuro. QUESTÃO 16
QUESTÃO 14 O Brasil oferece grandes lucros aos portugueses.
Em relação ao nosso país, verificar-se-á que esses
Como tratar com os índios lucros e vantagens são maiores para nós. Os açúcares
A experiência de trezentos anos tem feito ver que a do Brasil, enviados diretamente ao nosso país, custarão
aspereza é um meio errado para domesticar os índios; bem menos do que custam agora, pois que serão
parece, pois, que brandura e afago são os meios que libertados dos impostos que sobre eles se cobram em
nos restam. Perdoar-lhes alguns excessos, de que sem Portugal, e, dessa forma, destruiremos seu comércio de
dúvida seria causa a sua barbaridade e longo hábito açúcar. Os artigos europeus, tais como tecidos, pano
com a falta de leis. Os habitantes da América são menos etc., poderão, pela mesma razão, ser fornecidos por
sanguinários do que os negros d’África, mais mansos, nós ao Brasil muito mais baratos; o mesmo se dá com a
tratáveis e hospitais. madeira e o fumo.
WALBEECK, J. Documentos Holandeses. Disponível em: http://www.mc.unicamp.br.
VILHENA, L. S. A Bahia no século XVIII. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado).

O escritor português Luís Vilhena escreve, no século XVIII, O texto foi escrito por um conselheiro político holandês
sobre um tema recorrente para os homens da sua época. no contexto das chamadas Invasões Holandesas
Seu posicionamento emerge de um contexto em que (1624-1654), no Nordeste da América Portuguesa,
que resultaram na ocupação militar da capitania de
A o índio, pela sua condição de ingenuidade, representava Pernambuco. O conflito se inicia em um período em
uma possibilidade de mão de obra nas indústrias. que Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil, se
B a abolição da escravatura abriu uma lacuna na encontravam sob domínio da Espanha (1580-1640).
cadeia produtiva, exigindo, dessa forma, o trabalho A partir do texto, qual o objetivo dos holandeses com
do nativo. essa medida?
C o nativo indígena, estereotipado como um papel em
branco, deveria adequar-se ao mundo do trabalho A Construir uma rede de refino e distribuição do açúcar
compulsório. no Brasil, levando vantagens sobre os concorrentes
D a escravidão do indígena apresentou-se como portugueses.
alternativa de mão de obra assalariada para a B Garantir o abastecimento de açúcar no mercado
lavoura açucareira. europeu e oriental, ampliando as áreas produtoras
E a escravidão do negro passa a ser substituída pela de cana fora dos domínios lusos.
indígena, sob a alegação de os primeiros serem C Romper o embargo espanhol imposto aos
selvagens. holandeses depois da União Ibérica, ampliando os
lucros obtidos com o comércio açucareiro.
QUESTÃO 15
D Incentivar a diversificação da produção do Nordeste
Poucos países têm uma história eleitoral tão brasileiro, aumentando a inserção dos holandeses
rica quanto a do Brasil. Durante o período colonial, a no mercado de produtos manufaturados.
população das vilas e cidades elegia os representantes E Dominar uma região produtora de açúcar mais
dos Conselhos Municipais. As primeiras eleições gerais próxima da Europa do que as Antilhas Holandesas,
para escolha dos representantes à Corte de Lisboa facilitando o escoamento dessa produção.
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QUESTÃO 17 QUESTÃO 18

Texto I
A escravidão não é algo que permaneça apesar do
sucesso das três revoluções liberais, a inglesa, a norte-
americana e a francesa; ao contrário, ela conhece o seu
máximo desenvolvimento em virtude desse sucesso.
O que contribui de forma decisiva para o crescimento
dessa instituição, que é sinônimo de poder absoluto do
homem sobre o homem, é o mundo liberal.
Losurdo, D. Contra-história do liberalismo. Aparecida: Ideias & Letras, 2006 (adaptado).

Texto II
E, sendo uma economia de exploração do homem,
o capitalismo tanto comercializou escravos para o Brasil,
o Caribe e o sul dos Estados Unidos, nas décadas
de 30, 40, 50 e 60 do século XIX, como estabeleceu o
Disponível em: http://www.infoescola.com. Acesso em: 3 de jun. 2011.
comércio de trabalhadores chineses para Cuba e o fluxo
de emigrantes europeus para os Estados Unidos e
Os mapas árabes ainda desenhavam o sul em o Canadá. O tráfico negreiro se manteve para o Brasil
cima e o norte embaixo, mas no século XIII a Europa depois de sua proibição, pela lei de 1831, porque ainda
já havia restabelecido a ordem natural do universo. O ofereceu respostas ao capitalismo.
Tavares, L. H. D. Comércio proibido de escravos. São Paulo: Ática, 1988 (adaptado).
norte estava em cima e o sul embaixo. O mundo era um
corpo, ao norte estava o rosto, limpo, que olhava o céu. Ambos os textos apontam para uma relação entre
escravidão e capitalismo no século XIX. Que relação
Ao sul estavam as partes baixas, sujas, onde iam parar é essa?
as imundícies e os seres escuros que eram a imagem A A imposição da escravidão à América pelo
invertida dos luminosos habitantes do norte. capitalismo.
B A escravidão na América levou à superação do
GALEANO, E. Espelhos: Sul. Porto Alegre: L &PM, 2008 (adaptado).
capitalismo.
A confecção de um mapa pode significar uma leitura C A contribuição da escravidão para o desenvolvimento
do sistema capitalista.
ideológica do espaço. Assim, a Projeção de Mercator, D A superação do ideário capitalista em razão do
muito utilizada para a visualização dos continentes, regime escravocrata.
caracteriza-se por E A fusão dos sistemas escravocrata e capitalista,
originando um novo sistema.
A apresentar um hemisfério terrestre envolvido por
QUESTÃO 19
um cone. As deformações aumentam na direção da
base do cone. O despotismo é o governo em que o chefe do
Estado executa arbitrariamente as leis que ele dá a si
B partir de um plano tangente sobre a esfera terrestre.
mesmo e em que substitui a vontade pública por sua
Seus paralelos e meridianos são projetados a partir vontade particular.
do centro do plano. KANT, I. Despotismo. In: JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de Filosofia.
Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
C conservar as formas, mas distorcer as superfícies das
O conceito de despotismo elaborado pelo filósofo
massas continentais. Seus paralelos e meridianos
Immanuel Kant pode ser aplicado na interpretação
formam ângulos retos. do contexto político brasileiro posterior ao AI-5,
D alterar a forma dos continentes, preservando a área. porque descreve
Seus paralelos e meridianos formam ângulos retos. A o autoritarismo nas relações de poder.
E representar as formas e as superfícies dos B as relações democráticas de poder.
C a usurpação do poder pelo povo.
continentes proporcionais à realidade. As linhas de D a sociedade sem classes sociais.
meridianos acompanham a curvatura da terra. E a divisão dos poderes de Estado.
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QUESTÃO 20 Na França, em 1871, após a derrota de Napoleão III na


guerra contra a Rússia e a presidência de Louis Adolphe
Os principais distúrbios começaram em
Nottingham, em 1811. Uma grande manifestação de Thiers, os trabalhadores franceses organizaram uma
malharistas, gritando por trabalho e por um preço rebelião que levou à tomada de Paris e à organização de
mais liberal, foi dissolvida pelo exército. Naquela um governo popular, denominado de Comuna de Paris.
noite, sessenta armações de malha foram destruídas Este processo é considerado como uma importante
na grande vila de Arnold por amotinados que não experiência política, porque
tomaram nenhuma precaução em se disfarçar e foram A extinguiu definitivamente o voto censitário e instituiu
aplaudidos pela multidão. o voto por categoria profissional.
THOMPSON, E.P. A formação da classe operária inglesa. B foi a mais duradoura experiência de governo popular
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987 (fragmento).
na História contemporânea.
Esse texto diz respeito à nova realidade socioeconômica C criou um Estado dos trabalhadores formado por
da Inglaterra implantada a partir da Revolução Industrial. comunas livres e autônomas.
A principal consequência para os trabalhadores nas D definiu um Estado voltado para atender os interesses
primeiras décadas do século XIX se manifestou por meio de todas as classes sociais.
A de petições enviadas ao Parlamento inglês na E substituiu o exército por milícias comandadas
defesa de direitos coletivos. pelos antigos generais, mas subordinadas ao
B do descontentamento pelo aumento de preços dos poder das comunas.
alimentos básicos e moradia.
C da conquista de direitos trabalhistas pela atuação QUESTÃO 23
combativa dos sindicatos.
D da destruição de máquinas que deterioravam as “As tendências da moda, literatura, música, cinema,
condições de vida e de trabalho. esportes, política, vida familiar refletem a mentalidade
E da vitória sobre a burguesia, com a redução da de uma época. E os mercados de ações registram,
jornada de trabalho para oito horas. da mesma forma, essa mentalidade prevalecente. Os
preços das ações são o melhor indicador do grau de
QUESTÃO 21 otimismo, da disposição, da psicologia das multidões,”
A cada 80 dias, 20 mil gravatas chegam a uma lojinha afirma Robert Prechter, em Cultura Popular e o Mercado
do Brás, bairro comercial de São Paulo. É o fim de uma de Ações (1985).
viagem e tanto para elas ― navegam por um mês desde Época. Ed. 549, 24 nov. 2008.
Shengzhou, uma cidade no leste chinês. Mas a parada
no Brás não deve demorar. Pelo menos se depender de O texto mostra como as práticas sociais estão
Márcio, o dono da loja. Ele costuma vender todo o estoque relacionadas com os valores predominantes em uma
até a chegada da carga seguinte. Márcio não conhece determinada época, em que os fatores influenciadores
muito de Shengzhou, mas sabe de algo importante: “Lá são ações
estão as gravatas mais baratas do mundo. Na Índia, são A econômicas isoladas.
15% mais caras. Na Europa, 300%”. B sociais interativas.
Superinteressante. Nº 271, nov. 2009. C psicológicas individuais.
A coesão é uma estratégia espacial adotada pelas D intuitivas herdadas.
indústrias para reduzir o custo de comercialização. E culturais locais.
No caso chinês, a interação socioespacial ocorre com QUESTÃO 24
diversas partes do mundo, inclusive com São Paulo. De
acordo com as informações da reportagem, é possível Subjaz na propaganda tanto política quanto
identificar essa coesão na comercial a ideia de que as massas podem ser
A diminuição do custo da mão de obra intelectualizada. conquistadas, dominadas e conduzidas, e, por isso, toda
B redução das redes de telecomunicações mundiais. e qualquer propaganda tem um traço de coerção. Nesse
C distribuição global da montagem do produto. sentido, a filósofa Hanna Arendt diz que “não apenas a
D ampliação das distâncias continentais. propaganda política, mas toda a moderna publicidade
E especialização produtiva da indústria local. de massa contém um elemento de coerção”.
QUESTÃO 22 AGUIAR, O. A. Veracidade e propaganda em Hannah Arendt.
In: Cadernos de Ética e Filosofia Política 10. São Paulo: EdUSP, 2007 (adaptado).
É uma mudança profunda na estrutura social, isto
é, uma transformação que atinge todos os níveis da À luz do texto, qual a implicação da publicidade de
realidade social: o econômico, o político, o social e o massa para a democracia contemporânea?
ideológico. Uma revolução é uma luta entre forças A O fortalecimento da sociedade civil.
de transformação e forças de conservação de uma B A transparência política das ações do Estado.
sociedade. Quando ocorre uma revolução, a vida das
pessoas sofre uma mudança radical no próprio dia a dia. C A dissociação entre os domínios retóricos e a política.
AQUINO, R. S.L. et al. História das Sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais.
D O combate às práticas de distorção de informações.
Rio de Janeiro: Record, 1999 (fragmento). E O declínio do debate político na esfera pública.
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QUESTÃO 25 QUESTÃO 27

Em uma das reuniões do GPH (Grupo de Pais de Texto I


Homossexuais) na rua Major Sertório, no centro de São
Paulo, mais de 80 jovens ocupam uma sala. Sentados em
cadeiras, sofás ou em almofadas no chão, conversam,
esclarecem dúvidas e falam sobre as dificuldades e
prazeres típicos desta fase da vida. No final, participam
de uma confraternização com lanche e música. O que
os une nesta tarde de domingo não é política ou religião,
mas a orientação sexual: eles são LGBT (lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais) ou querem conhecer
pessoas que sejam, por conta de dúvidas quanto à
própria sexualidade.
FUHRMANN, L. Mães e filhos: um grupo em São Paulo ajuda familiares a lidar com a
homossexualidade de jovens e adolescentes. Carta Capital. Nº 589,
São Paulo: Confiança, mar. 2010.

Tendo em conta as formas de incompreensão e


intolerância que ainda marcam certas visões sobre o ALVES, E. Brasília: Ministério da Cultura; Secretaria da Identidade Cultural (SID), 2009.
tema da diversidade sexual, o que embasa a criação Disponível em: http://www.minc.gov.br. Acesso em: 01 maio 2010.

de movimentos sociais como o GPH e de outros grupos Texto II


LGBT com o mesmo perfil?
Em sentido antropológico, não falamos em Cultura,
A A liberalidade frequente dos pais de homossexuais.
no singular, mas em culturas, no plural, pois a lei, os
B As normas legais que amparam os homossexuais.
valores, as crenças, as práticas, as instituições variam
C A participação político-partidária dos grupos LGBT.
de formação social para formação social. Além disso,
D A necessidade de superar o medo e a discriminação.
uma mesma sociedade, por ser temporal e histórica,
E As tentativas de atrair os consumidores gays.
passa por transformações culturais amplas.
QUESTÃO 26 CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995 (fragmento).

A Unesco define como Patrimônio Cultural A concepção que perpassa a imagem e o texto parte da
Imaterial “as práticas, representações, expressões, premissa de que o respeito à diversidade cultural significa
conhecimentos e técnicas ― junto com os instrumentos, A exaltar os elementos de uma cultura.
objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são B proteger as minorias culturais.
associados ― que as comunidades, os grupos e, em C estimular as religiões monoteístas.
alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte D incentivar a divisão de classes.
integrante de seu patrimônio cultural.” São exemplos E promover a aceitação do outro.
de bens registrados como Patrimônio Imaterial no
QUESTÃO 28
Brasil: o Círio de Nazaré no Pará, o Samba de Roda do
Recôncavo Baiano, o Ofício das Baianas de Acarajé, o A confusão era grande e ficou ainda maior depois
Jongo no Sudeste, entre outros. do discurso do presidente norte-americano Barack
Disponível em: http://www.portal.iphan.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010 (adaptado).
Obama em defesa da guerra, ao receber o Prêmio
É bastante recente no Brasil o registro de determinadas Nobel da Paz de 2009. Como liberal, Obama poderia
manifestações culturais como integrantes de seu ter utilizado os argumentos do filósofo alemão Immanuel
Patrimônio Cultural Imaterial. O objetivo de se realizar e Kant (1724-1804), que também defendeu, na sua época,
divulgar este tipo de registro é a legitimidade das guerras como meio de difusão da
A reconhecer o valor da cultura popular para torná-la civilização européia.
equivalente à cultura erudita. FIORI, J. L. A moral internacional e o poder. Revista CULT. Nº 145.
São Paulo: Bregantini, abr. 2010.
B recuperar as características originais das
manifestações culturais dos povos nativos do Brasil. O argumento utilizado por Barack Obama ao defender
C promover o respeito à diversidade cultural por meio a guerra em nome da paz constitui um tipo de raciocínio
da valorização das manifestações populares. A indutivo.
D possibilitar a absorção das manifestações culturais B dedutivo.
populares pela cultura nacional brasileira. C paradoxal.
E inserir as manifestações populares no mercado, D metafórico.
proporcionando retorno financeiro a seus produtores. E analógico.
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QUESTÃO 29 QUESTÃO 31

Em Brasília, foram mais de cem mil pessoas Texto I


saudando os campeões. A seleção voou diretamente
A bandeira no estádio é um estandarte/A flâmula
da Cidade do México para Brasília. Na festa da vitória,
pendurada na parede do quarto/ O distintivo na camisa
Médici presenteou os jogadores com dinheiro e posou
do uniforme/ Que coisa linda é uma partida de futebol/
para os fotógrafos com a taça Jules Rimet nas mãos. Até
Posso morrer pelo meu time/ Se ele perder, que dor,
uma Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP) imenso crime/ Posso chorar se ele não ganhar/ Mas se
chegou a ser criada para mudar a imagem do governo ele ganha, não adianta/ Não há garganta que não pare
e cristalizar, junto à opinião pública, a imagem de um de berrar/ A chuteira veste o pé descalço/ O tapete da
país vitorioso, alavancando campanhas que criavam o realeza é verde/ Olhando para a bola eu vejo o sol/ Está
mito do “Brasil grande” que “vai para frente”. Todos os rolando agora, é uma partida de futebol
jogadores principais da Copa de 70 foram usados como SKANK. Uma partida de futebol. Disponível em: www.letras.terra.com.br.
garotos-propaganda. Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento).

Bahiana, A. M. Almanaque Anos 70. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006 (adaptado). Texto II
A visibilidade dos esportes, especialmente do futebol, O “gostar de futebol” no Brasil existe fora das
nos meios de comunicação de massa, tornou-os uma consciências individuais dos brasileiros. O gosto ou
questão de Estado para os governos militares no Brasil, a paixão por um determinado esporte não existe
que buscavam, assim, naturalmente em nosso “sangue”, como supõe o senso
A legitimar o Estado autoritário por meio de vitórias comum. Ele existe na coletividade, em nosso meio
social, que nos transmite esse sentimento da mesma
esportivas nacionais.
forma que a escola nos ensina a ler e a escrever.
B mostrar que os governantes estavam entre seus HELAL, R. O que é Sociologia do Esporte? São Paulo: Brasiliense, 1990.
primeiros praticantes.
C controlar o uso de garotos-propaganda pelas Chamado de ópio do povo por uns, paixão nacional por
outros, o futebol, além de esporte mais praticado no
agências de publicidade.
Brasil, pode ser considerado fato social, culturalmente
D valorizar os atletas, integrando-os como funcionários
apreendido, seja por seus praticantes, seja pelos
ao aparelho de Estado. torcedores. Nesse sentido, as fontes acima apresentam
E incentivar a expansão da propaganda e do consumo ideias semelhantes, pois o
de artigos esportivos. A futebol aparece como elemento integrante da cultura
QUESTÃO 30 brasileira.
B lazer aparece em ambos como a principal função
O processo de modernização da agricultura brasileira social do futebol.
que vem se processando nas últimas décadas tem C “tapete verde” e a “bola–sol” são metáforas do
causado grandes transformações no campo. A principal nacionalismo.
delas é a privatização de grandes parcelas de terras, D esporte é visto como instrumento de divulgação de
fato que não é recente na história brasileira. valores sociais.
RIBEIRO, H. S. O migrante e a cidade: dilemas e conflitos. E futebol é visto como um instante de supressão da
Araraquara: Wunderlich, 2001 (fragmento).
desigualdade social.
Embora esteja associado à ampliação do PIB e ao
aumento das exportações, o processo de modernização
da agricultura vivido pelo Brasil nas últimas décadas
contribuiu para a exclusão social no campo, porque
A ampliou os salários e a concorrência pelas vagas de
trabalho no agronegócio.
B revelou a inadaptação dos trabalhadores rurais à
modernidade capitalista.
C contribuiu para a especulação fundiária e o êxodo de
trabalhadores rurais.
D impediu a participação dos pequenos agricultores no
mercado de exportações.
E significou uma expressiva diminuição da
infraestrutura produtiva nas cidades do interior.
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QUESTÃO 32 QUESTÃO 34
Hoje, o Brasil produz cerca de 16 bilhões de litros
de álcool por ano, em quase 3 milhões de hectares, A aceleração da taxa de extinção de espécies é
o suficiente para atender a 40% da frota de veículos um grave e irreversível problema global causado pelos
nacionais. Para substituir completamente a gasolina, danos às reservas florestais. As previsões das taxas
essa produção teria mais que dobrar. De acordo com
de extinção variam enormemente e, segundo alguns
a Embrapa, há espaço para isso: cerca de 90 milhões
de hectares disponíveis para a expansão da agricultura. autores, poderão variar entre 20% e 50% de todas as
GIRARDI, G. O país do etanol. Revista Horizonte Geográfico. Nº 112, 2010. espécies existentes até o final do século, essencialmente,
O Brasil apresenta grande potencialidade para a pela destruição do hábitat nos trópicos.
produção de biocombustíveis, visto que As Reservas Florestais pedem Socorro. Revista Geografia. Ed. 30, abr. 2010 (adaptado).

A estimula a produção do etanol a partir do milho, que


se apresenta como alternativa de fonte renovável de As taxas atuais de extinção nos países desenvolvidos
maior rentabilidade. são baixas em comparação com as das florestas
B desenvolve nas áreas agricultáveis de grande porte tropicais e isso se deve à
o cultivo da cana-de-açúcar amparado por técnicas
A exploração sustentável da enorme diversidade
e tecnologias tradicionais.
C disponibiliza, na maior parte das áreas agricultáveis natural existente nesses países.
de cana, novos recursos tecnológicos substitutivos B introdução de modernas tecnologias capazes de
de técnicas antigas e poluidoras. conter o avanço do desmatamento.
D promove a exploração de energias renováveis de C degradação já causada anteriormente por pressões
segunda geração, já que garantem produtividade
similar ao do álcool. advindas do processo de industrialização.
E oferece a combinação de solo, clima e fontes D conservação de superfícies significativas de
renováveis capazes de favorecer uma cadeia de ecossistemas pouco alterados pela ação antrópica.
produção com potencial de abastecer o mercado. E incorporação dos recursos florestais à riqueza
QUESTÃO 33 nacional desses países, favorecendo o extrativismo.
QUESTÃO 35

Os dados do recenseamento geral do Brasil de 1991


parecem confirmar a tendência ao movimento que, nos
anos de 1970, já se vinha registrando, com o aumento
do número de cidades médias. Os municípios com
população entre 200 mil e 500 mil habitantes passam de
33 para 85, em 1991.
Santos, M. A Urbanização Brasileira. São Paulo: EdUSP, 2005 (adaptado).

O aumento do número de cidades médias, retratado pelo


autor Milton Santos, ainda persiste nos dias atuais no
território brasileiro. Uma justificativa para este fato seria:
A A chegada de multinacionais na região amazônica
com a criação da Zona Franca de Manaus, no início
dos anos de 1970.
B O processo de criação de novas cidades planejadas
no interior do país, baseadas em uma economia
Uma família partiu de Porto Alegre (RS), às 8h do dia extrativista mineral.
1° de janeiro de 2010, portanto, dentro do período de C A expansão do agronegócio nas regiões litorâneas
vigência do horário de verão, com destino a Belém (PA). do país, como no caso da cana-de-açúcar e do
Apesar da distância, a viagem será feita de automóvel cacau no litoral nordestino.
e terá duração de 56 horas. Qual o dia e a hora de
chegada dessa família à capital paraense? D O processo de desconcentração das atividades
econômicas como a indústria e a agricultura intensiva
A Dia 2 de janeiro de 2010, às 15h.
B Dia 3 de janeiro de 2010, às 15h. para áreas do interior do país.
C Dia 2 de janeiro de 2010, às 16h. E A desconcentração das atividades industriais e
D Dia 3 de janeiro de 2010, às 16h. agropecuárias, que se concentravam na porção
E Dia 3 de janeiro de 2010, às 17h. central do país e hoje atingem áreas litorâneas.
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QUESTÃO 36 QUESTÃO 38

As modificações naturais e artificiais na cobertura A questão agrária e as lutas de hoje pela terra são
vegetal das bacias hidrográficas influenciam o seu herdeiras de processos transcorridos nas décadas
de 1940 a 1960. Contudo, se no contexto anterior
comportamento hidrológico. A alteração da superfície da
a questão agrária tinha em sua base o arcaísmo do
bacia tem impactos significativos sobre o escoamento. mundo rural, hoje ela é resultante dos processos de
Esse impacto normalmente é caracterizado quanto ao modernização da agricultura.
efeito que provoca no comportamento das enchentes, GRYNSZPAN, M. Tempo de Plantar, tempo de colher. In: Nossa História. Ano 1, nº 9,
São Paulo: Vera Cruz, jul. 2004 (adaptado).
nas vazões mínimas e na vazão média.
TUCCI, C.E.M.; CLARKE, R.T. Impacto das mudanças da cobertura vegetal no escoamento: A modernização da agricultura no Brasil aprofundou as
erosão. Revista Brasileira de Recursos Hídricos. V. 2, n°. 1 jan./jun. 1997 (fragmento).
causas da luta pela terra a partir dos anos 1970, pois
Ao analisar três rios com coberturas vegetais distintas A piorou as relações de trabalho no campo, mas
― agrícola, floresta regenerada e floresta natural ― conteve o êxodo rural.
de uma mesma bacia hidrográfica, após uma mesma B elevou a produtividade agrícola, mas intensificou a
concentração fundiária.
precipitação, conclui-se que a vegetação é fundamental
C introduziu novas máquinas na agricultura, mas não
no comportamento da vazão dos rios, uma vez que a criou condições para o escoamento da produção.
A cobertura mais densa no ambiente agrícola D aumentou a competitividade da agricultura, mas a
proporciona o menor pico de vazão. desvinculou dos produtos primários.
E implementou relações capitalistas no campo, mas
B cobertura mais espaçada na floresta natural
impediu a sindicalização dos trabalhadores rurais.
ocasiona o maior pico de vazão.
QUESTÃO 39
C floresta regenerada, por possuir mais densidade de
biomassa, possui o menor pico de vazão. Escrevendo em jornais, entrando para a política,
D vegetação agrícola proporciona o mais demorado e fugindo para quilombos, montando pecúlios para
comprar alforrias... Os negros brasileiros não esperaram
o segundo maior pico de vazão.
passivamente pela libertação. Em vez disso, lutaram
E vegetação de floresta natural possui o menor pico em diversas frentes contra a escravidão, a ponto de
de vazão. conseguir que, à época em que a Lei Áurea foi assinada,
apenas uma pequena minoria continuasse formalmente
QUESTÃO 37 a ser propriedade.
Antes da Lei Áurea. Liberdade Conquistada. Revista Nossa História. Ano 2, nº 19.
“Não à liberdade para os inimigos da liberdade”, São Paulo: Vera Cruz, 2005.

dizia Saint-Just. Isso significa dizer: não à tolerância No que diz respeito à Abolição, o texto apresenta uma
para os intolerantes. análise historiográfica realizada nas últimas décadas
Héritier, F. O eu, o outro e a tolerância. In: Héritier, F.; CHANGEUX, J. P. (orgs.).
Uma ética para quantos? São Paulo: Edusc, 1999 (fragmento).
por historiadores, brasileiros e brasilianistas, que se
diferencia das análises mais tradicionais. Essa análise
A contemporaneidade abriga conflitos éticos e políticos, recente apresenta a extinção do regime escravista, em
dos quais o racismo, a discriminação sexual e a grande parte, como resultado
intolerância religiosa são exemplos históricos. Com base A da ação benevolente da Princesa Isabel, que,
no texto, qual é a principal contribuição da Ética para a assessorada por intelectuais e políticos negros,
estruturação política da sociedade contemporânea? tomou a abolição como uma causa pessoal.
B da ação da imprensa engajada que, controlada por
A Revisar as leis e o sistema político como mecanismo intelectuais brancos sensíveis à causa da liberdade,
de adequação às novas demandas éticas. levantou a bandeira abolicionista.
B Propor modelos de conduta fundados na justiça, na C das necessidades do capitalismo inglês de substituir
liberdade e na diversidade humana. o trabalho escravo pelo assalariado, visando ampliar
C Criar novas leis éticas com a finalidade de punir os o mercado consumidor no Brasil.
sujeitos racistas e intolerantes. D da luta dos próprios negros, escravos ou libertos, que
empreenderam um conjunto de ações que tornaram
D Instaurar um programa de reeducação ética fundado
o regime escravista incapaz de se sustentar.
na prevenção da violência e na restrição da liberdade. E do espírito humanitário de uma moderna camada
E Instituir princípios éticos que correspondam ao proprietária que, influenciada pelo liberalismo, tomou
interesse de cada grupo social. atitudes individuais, libertando seus escravos.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 10
*BRAN75sab11*

QUESTÃO 40 QUESTÃO 42

Parece-me bastante significativo que a questão Antes de tomar posse no seu cargo, ainda na Europa,
muito discutida sobre se o homem deve ser “ajustado” à Rio Branco agira no sentido de afastar o perigo imediato
máquina ou se a máquina deve ser ajustada à natureza do Bolivian Syndicate, empresa estadunidense, e
do homem nunca tenha sido levantada a respeito dos propusera a compra do território do Acre. Recusada essa
meros instrumentos e ferramentas. E a razão disto é
ideia, propôs o Governo brasileiro a troca de territórios e
que todas as ferramentas da manufatura permanecem
a serviço da mão, ao passo que as máquinas realmente ofereceu compensação, como a de favorecer, por uma
exigem que o trabalhador as sirva, ajuste o ritmo natural estrada de ferro, o tráfego comercial pelo rio Madeira,
do seu corpo ao movimento mecânico delas. entendendo-se diretamente com o Bolivian Syndicate.
ARENDT, H. Trabalho, Obra e Ação. In: Cadernos de Ética e Filosofia Política 7. RODRIGUES, J. H.; SEITENFUS, R. Uma História Diplomática do Brasil: 1531-1945.
São Paulo: EdUSP, 2005 (fragmento). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995 (adaptado).

Com base no texto, as principais consequências da O texto aborda uma das questões fronteiriças
substituição da ferramenta manual pela máquina são enfrentadas no período em que José da Silva Paranhos
A o adestramento do corpo e a perda da autonomia do Júnior, o Barão do Rio Branco, esteve à frente do
trabalhador. Ministério das Relações Exteriores (1902-1912).
B a reformulação dos modos de produção e o
A estratégia de entendimento direto do Brasil com a
engajamento político do trabalhador.
empresa Bolivian Syndicate, que havia arrendado o
C o aperfeiçoamento da produção manufatureira
Acre junto ao governo boliviano, explica-se pela
criativa e a rejeição do trabalho repetitivo.
D a flexibilização do controle ideológico e a A proteção à população indígena.
manutenção da liberdade do trabalhador. B consolidação das guerras de conquista.
E o abandono da produção manufatureira e o C implementação da indústria de borracha.
aperfeiçoamento da máquina. D negociação com seringueiros organizados.
QUESTÃO 41 E preocupação com intervenção imperialista.
QUESTÃO 43
Eleições, no Império, eram um acontecimento
muito especial. Nesses dias o mais modesto cidadão Atualmente, a noção de que o bandido não está
vestia sua melhor roupa, ou a menos surrada, e exibia
protegido pela lei tende a ser aceita pelo senso comum.
até sapatos, peças do vestuário tão valorizadas entre
aqueles que pouco tinham. Em contraste com essa Urge mobilizar todas as forças da sociedade para
maioria, vestimentas de gala de autoridades civis, reverter essa noção letal para o Estado Democrático de
militares e eclesiásticas ― tudo do bom e do melhor Direito, pois, como dizia o grande Rui Barbosa, “A lei que
compunha a indumentária de quem era mais que um não protege o meu inimigo, não me serve”.
cidadão qualquer e queria exibir em público essa sua SAMPAIO, P. A. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
In.: Os Direitos Humanos desafiando o século XXI. Brasília: OAB;
privilegiada condição. Conselho Federal; Comissão Nacional de Direitos Humanos, 2010.
CAVANI, S. Às urnas, cidadãos! In: Revista de História da Biblioteca Nacional.
Ano 3, nº 26, nov. 2007. No texto, o autor estabelece uma relação entre
No Brasil do século XIX, a noção de cidadania estava democracia e direito que remete a um dos mais valiosos
vinculada à participação nos processos eleitorais. As princípios da Revolução Francesa: a lei deve ser igual
eleições revelavam um tipo de cidadania carente da para todos. A inobservância desse princípio é uma
igualdade jurídica defendida nesse mesmo período por ameaça à democracia, porque
muitos movimentos europeus herdeiros do Iluminismo
A resulta em uma situação em que algumas pessoas
devido à
possuem mais direitos do que outras.
A exclusão dos analfabetos, que impedia a maioria da
população de participar das eleições. B diminui o poder de contestação dos movimentos
B raridade das eleições, que criava apenas a ilusão de sociais organizados.
participação entre os cidadãos. C favorece a impunidade e a corrupção por meio dos
C vigência da Constituição do Império, que definia privilégios de nascimento.
como cidadãos apenas aqueles que eram eleitos.
D consagra a ideia de que as diferenças devem se
D presença do Poder Moderador, que significava, na
prática, a inutilidade das eleições legislativas. basear na capacidade de cada um.
E existência do voto censitário, que reafirmava as E restringe o direito de voto a apenas uma parcela da
hierarquias sociais. sociedade civil.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 11
*BRAN75sab12*

QUESTÃO 44
De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram
decretadas mais de 150 leis novas de proteção social
e de regulamentação do trabalho em todos os setores.
Todas elas têm sido simplesmente uma dádiva do
governo. Desde aí, o trabalhador brasileiro encontra nos
quadros gerais do regime o seu verdadeiro lugar.
DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942.

De que maneira as políticas e as mudanças jurídico-


institucionais implementadas pelo governo de Getúlio
Vargas nas décadas de 1930-1940 responderam às
lutas e às reivindicações dos trabalhadores?
A A criação do Ministério do Trabalho garantiu ao
operariado urbano e aos trabalhadores rurais
liberdade e autonomia para organizar suas atividades
sindicais.
B A legislação do trabalho e previdência passou a
impedir que imigrantes substituíssem brasileiros
natos no serviço público, na indústria, no comércio
e na agricultura.
C A Justiça do Trabalho passou a arbitrar os conflitos
entre capital e trabalho e, sistematicamente, a apurar
e punir os casos de trabalho escravo e infantil no
interior do país.
D A legislação e as instituições criadas atendiam às
reivindicações dos trabalhadores urbanos, mas
dentro de estruturas jurídicas e sindicais tuteladas e
corporativistas.
E A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) suprimiu
o arbítrio oficial dos empresários e fazendeiros sobre
as atividades políticas de operários e camponeses.
QUESTÃO 45
A atuação do Judiciário deve ser avaliada mais por
seu aspecto geral, pois sua missão-mor transcende os
processos vistos isoladamente. Sua tarefa é produzir
uma ordem estável que paire sobre a sociedade.
Independentemente da matéria-prima que tenha em
mãos, o Judiciário deve produzir uma ordem que permita
à sociedade, com suas diferenças e paradoxos, viver
e se desenvolver de modo seguro. Por esse prisma,
decisões questionáveis quando vistas isoladamente se
justificam quando olhadas sistemicamente, pois foram
proferidas tendo em vista a importância que trariam para
a construção da ordem.
VILELA, H. O. T. O ativismo judicial e o jogo dos três poderes.
Valor Econômico. 14 jun. 2011 (adaptado).

Considerando que a sociedade é uma estrutura


complexa, com interesses contraditórios, segundo o
texto, as decisões do Poder Judiciário
A são inquestionáveis.
B devem ser infalíveis e imparciais.
C interferem na organização da sociedade.
D eliminam as contradições e as diferenças.
E constroem a ponte entre os demais poderes.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 12
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
A COR DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AMARELO.
MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA

1º DIA
CADERNO

2 AMARELO

PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES

1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões 9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço


numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: compreendido no círculo correspondente à opção escolhida
a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a
Ciências Humanas e suas Tecnologias; questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
b. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de 10 O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e
Ciências da Natureza e suas Tecnologias. trinta minutos.
2 11
quantidade de questões e se essas questões estão na ordem RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no
CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja
incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, 12 Quando terminar as provas, acene para chamar o
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
providências cabíveis. CARTÃO-RESPOSTA.
3 13 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO
comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.
30 minutos que antecedem o término da prova.
4 ATENÇÃO: após a conferência, escreva e assine seu nome
14 Você será excluído do exame no caso de:
nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta
a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
5 ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu b. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação
das provas, incorrendo em comportamento indevido
as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: durante a realização do Exame;
c. se comunicar, durante as provas, com outro participante
verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
Ler é experimentar os deslimites da liberdade.
d. utilizar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de
comunicação durante a realização do Exame;
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, a e. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício
opção correspondente à cor desta capa. próprio ou de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
f. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização
7 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA,
do Exame;
pois ele não poderá ser substituído.
g. se ausentar da sala de provas levando consigo o
8 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas CADERNO DE QUESTÕES antes do prazo estabelecido
5 opções identificadas com as letras A , B , C , D e E . e/ou o CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo;
Apenas uma responde corretamente à questão. h. não cumprir com o disposto no edital do Exame.

*AMAR75SAB0*
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br *amar25dom2*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Aproveitando-se de seu status social e da possível
influência sobre seus fãs, o famoso músico Jimi Hendrix
Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção inglês) associa, em seu texto, os termos love, power e peace
para justificar sua opinião de que
QUESTÃO 91
A a paz tem o poder de aumentar o amor entre os homens.
Quotes of the Day
B o amor pelo poder deve ser menor do que o poder
Friday, Sep. 02, 2011
do amor.
“There probably was a shortage of not just respect C o poder deve ser compartilhado entre aqueles que
and boundaries but also love. But you do need, when they se amam.
cross the line and break the law, to be very tough.” D o amor pelo poder é capaz de desunir cada vez mais
as pessoas.
British Prime Minister DAVID CAMERON, arguing
E a paz será alcançada quando a busca pelo poder
that those involved in the recent riots in England need
“tough love” as he vows to “get to grips” with the country’s deixar de existir.
problem families.
QUESTÃO 93
Disponível em: www.time.com. Acesso em: 5 nov. 2011 (adaptado).

A respeito dos tumultos causados na Inglaterra em agosto


de 2011, as palavras de alerta de David Cameron têm
como foco principal

A enfatizar a discriminação contra os jovens britânicos


e suas famílias.
B criticar as ações agressivas demonstradas nos
tumultos pelos jovens.
C estabelecer relação entre a falta de limites dos jovens
e o excesso de amor.
D reforçar a ideia de que os jovens precisam de amor,
DONAR. Disponível em: http://politicalgraffiti.wordpress.com. Acesso em: 17 ago. 2011.
mas também de firmeza.
E descrever o tipo de amor que gera problemas às Cartuns são produzidos com o intuito de satirizar
famílias de jovens britânicos. comportamentos humanos e assim oportunizam a reflexão

QUESTÃO 92 sobre nossos próprios comportamentos e atitudes. Nesse


cartum, a linguagem utilizada pelos personagens em uma
conversa em inglês evidencia a

A predominância do uso da linguagem informal sobre a


língua padrão.
B dificuldade de reconhecer a existência de diferentes
usos da linguagem.
C aceitação dos regionalismos utilizados por pessoas
de diferentes lugares.
D necessidade de estudo da língua inglesa por parte
dos personagens.
E facilidade de compreensão entre falantes com
sotaques distintos.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 2
*amar25dom3* Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 94 QUESTÃO 95
I, too 23 February 2012 Last update at 16:53 GMT
BBC World Service
I, too, sing America.
J. K. Rowling to pen first novel for adults
I am the darker brother.
They send me to eat in the kitchen
When company comes,
But I laugh,
And eat well,
And grow strong.

Tomorrow,
I’ll be at the table
When company comes.
Nobody’ll dare
Say to me,
“Eat in the kitchen,”
Then.

Besides, Author J. K. Rowling has announced plans to publish


They’ll see how beautiful I am her first novel for adults, which will be “very different” from
And be ashamed the Harry Potter books she is famous for.

I, too, am America. The book will be published worldwide although no


HUGHES, L. In: RAMPERSAD, A.; ROESSEL, D. (Ed.) The collected poems of Langston date or title has yet been released. “The freedom to
Hughes. New York: Knopf, 1994.
explore new territory is a gift that Harry’s sucess has
Langston Hughes foi um poeta negro americano que brought me,” Rowling said.
viveu no século XX e escreveu I, too em 1932. No poema,
a personagem descreve uma prática racista que provoca All the Potter books were published by Bloomsbury,
nela um sentimento de but Rowling has chosen a new publisher for her debut into
adult fiction. “Although I’ve enjoyed writing it every bit as
A coragem, pela superação.
much, my next book will be very different to the Harry Potter
B vergonha, pelo retraimento.
series, which has been published so brilliantly by Bloomsbury
C compreensão, pela aceitação.
and my other publishers around the world,” she said, in a
D superioridade, pela arrogância.
statement. “I’m delighted to have a second publishing home
E resignação, pela submissão. in Little, Brown, and a publishing team that will be a great
partner in this new phase of my writing life.”
Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado).

J. K. Rowling tornou-se famosa por seus livros sobre o


bruxo Harry Potter e suas aventuras, adaptados para o
cinema. Esse texto, que aborda a trajetória da escritora
britânica, tem por objetivo

A informar que a famosa série Harry Potter será


adaptada para o público adulto.
B divulgar a publicação do romance por J. K. Rowling
inteiramente para adultos.
C promover a nova editora que irá publicar os próximos
livros de J. K. Rowling.
D informar que a autora de Harry Potter agora pretende
escrever para adultos.
E anunciar um novo livro da série Harry Potter publicado
por editora diferente.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 3
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br *amar25dom4*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Desde el descubrimiento hasta nuestros días, todo
se ha trasmutado siempre en capital europeo o, más
Questões de 91 a 135 tarde, norteamericano, y como tal se ha acumulado y se
Questões de 91 a 95 (opção espanhol) acumula en los lejanos centros del poder. Todo: la tierra,
sus frutos y sus profundidades ricas en minerales, los
QUESTÃO 91 hombres y su capacidad de trabajo y de consumo, los
Excavarán plaza ceremonial del frontis norte de recursos naturales y los recursos humanos. El modo de
huaca de la Luna
producción y la estructura de clases de cada lugar han
Trujillo, feb. 25 (ANDINA). Tras limpiar los escombros sido sucesivamente determinados, desde fuera, por su
del saqueo colonial y de las excavaciones de los últimos
años en huaca de la Luna, este año se intervendrá la incorporación al engranaje universal del capitalismo.
plaza ceremonial del frontis norte, en donde se ubica la Nuestra derrota estuvo siempre implícita en la victoria
gran fachada del sitio arqueológico ubicado en Trujillo, ajena; nuestra riqueza ha generado siempre nuestra
La Libertad, informaron hoy fuentes culturales. Después pobreza para alimentar la prosperidad de otros: los
de varias semanas de trabajo, el material fue sacado del
sitio arqueológico para poder apreciar mejor la extensión imperios y sus caporales nativos.
y forma del patio que, según las investigaciones, sirvió GALEANO, E. Las venas abiertas de América Latina.
Buenos Aires: Siglo Veintiuno Argentina, 2010 (adaptado).
hace unos 1 500 como escenario de extraños rituales.
El codirector del Proyecto Arqueológico Huacas
del Sol y la Luna, Ricardo Morales Gamarra, sostuvo A partir da leitura do texto, infere-se que, ao longo da
que con la zona limpia de escombros, los visitantes história da América Latina,
conocerán la verdadera proporción de la imponente
fachada, tal y como la conocieron los moches. Por su A suas relações com as nações exploradoras sempre
parte, el arqueólogo Santiago Uceda, también codirector se caracterizaram por uma rede de dependências.
del proyecto, dijo que las excavaciones se iniciarán este
año para determinar qué otros elementos componían B seus países sempre foram explorados pelas mesmas
dicha área. “Hace poco nos sorprendió encontrar un altar nações desde o início do processo de colonização.
semicircular escalonado. Era algo que no esperábamos.
Por lo tanto, es difícil saber qué es lo que aún está C sua sociedade sempre resistiu à aceitação do
escondido en la zona que exploraremos”, señaló Uceda capitalismo imposto pelo capital estrangeiro.
a la Agencia Andina.
La huaca de la Luna se localiza en el distrito trujillano D suas riquezas sempre foram acumuladas longe dos
de Moche. Es una pirámide de adobe adornada, en sus centros de poder.
murales, con impresionantes imágenes mitológicas,
E suas riquezas nunca serviram ao enriquecimento das
muchas de ellas en alto relieve.
elites locais.
Disponível em: www.andina.com.pe. Acesso em: 23 fev. 2012 (adaptado).
QUESTÃO 93
O texto apresenta informações sobre um futuro trabalho Obituario*
de escavação de um sítio arqueológico peruano. Sua
Lo enterraron en el corazón de un bosque de pinos
leitura permite inferir que y sin embargo
el ataúd de pino fue importado de Ohio;
A a pirâmide huaca de la Luna foi construída durante o lo enterraron al borde de una mina de hierro
período colonial peruano. y sin embargo
los clavos de su ataúd y el hierro de la pala
B o sítio arqueológico contém um altar semicircular fueron importados de Pittsburg;
bastante deteriorado. lo enterraron junto al mejor pasto de ovejas del mundo
y sin embargo
C a pirâmide huaca de la Luna foi construída com cerâmica. las lanas de los festones del ataúd eran de California.
D o sítio arqueológico possui um pátio que foi palco Lo enterraron con un traje de New York,
un par de zapatos de Boston,
de rituais. una camisa de Cincinatti
E o sítio arqueológico mantém escombros deixados y unos calcetines de Chicago.
Guatemala no facilitó nada al funeral,
pela civilização moche. excepto el cadáver.
QUESTÃO 92 * Paráfrasis de un famoso texto norteamericano.
NOGUERAS, L. R. Las quince mil vidas del caminante. La Habana: Unea,1977.
Nuestra comarca del mundo, que hoy llamamos
América Latina perfeccionó sus funciones. Este ya no es O texto de Luis Rogelio Nogueras faz uma crítica
el reino de las maravillas donde la realidad derrotaba a A à dependência de produtos estrangeiros por uma nação.
la fábula y la imaginación era humillada por los trofeos B ao comércio desigual entre Guatemala e Estados Unidos.
de la conquista, los yacimientos de oro y las montañas C à má qualidade das mercadorias guatemaltecas.
de plata. Pero la región sigue trabajando de sirvienta. D às dificuldades para a realização de um funeral.
Es América Latina, la región de las venas abiertas. E à ausência de recursos naturais na Guatemala.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 4


*amar25dom5* Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 94

ME REVIENTAN LOS TIPOS Y BUENO, ES QUE PARA


!
ESO ESTAMOS LAS MUJERES! AH, SEGÚN VOS, UNA MOMENTITO!...UNA
!
QUE PIENSAN QUE LA
AL FIN DE CUENTAS UNA MU- MUJER QUE TENGA
!
MUJER ES INFERIOR COSA ES LA MUJEREZ
JER QUE NO COCINA, QUE COCINERA, LAVANDERA, Y OTRA EL STATUS
SERÁ QUE, MAS NO PLANCHA, QUE NO LAVA, MUCAMA Y DEMÁS,
QUE NADA, LA VEN NI LIMPIA, NI NADA DE ESO, ?
ES POCO MUJER?
EN TAREAS DOMÉS- ES MENOS MUJER, QUÉ
TICAS DIABLOS!

QUINO.Disponível em: http://mafalda.dreamers.com. Acesso em: 27 fev. 2012.

A personagem Susanita, no último quadro, inventa o vocábulo mujerez, utilizando-se de um recurso de formação de
palavra existente na língua espanhola. Na concepção da personagem, o sentido do vocábulo mujerez remete à

A falta de feminilidade das mulheres que não se dedicam às tarefas domésticas.


B valorização das mulheres que realizam todas as tarefas domésticas.
C inferioridade das mulheres que praticam as tarefas domésticas.
D relevância social das mulheres que possuem empregados para realizar as tarefas domésticas.
E independência das mulheres que não se prendem apenas às tarefas domésticas.
QUESTÃO 95
Las Malvinas son nuestras

Sí, las islas son nuestras. Esta afirmación no se basa en sentimientos nacionalistas, sino en normas y principios
del derecho internacional que, si bien pueden suscitar interpretaciones en contrario por parte de los británicos, tienen
la fuerza suficiente para imponerse.

Los británicos optaron por sostener el derecho de autodeterminación de los habitantes de las islas, invocando
la resolución 1514 de las Naciones Unidas, que acordó a los pueblos coloniales el derecho de independizarse de los
Estados colonialistas. Pero esta tesitura es también indefendible. La citada resolución se aplica a los casos de pueblos
sojuzgados por una potencia extranjera, que no es el caso de Malvinas, donde Gran Bretaña procedió a expulsar a
los argentinos que residían en las islas, reemplazándolos por súbditos de la corona que pasaron a ser kelpers y luego
ciudadanos británicos. Además, según surge de la misma resolución, el principio de autodeterminación no es de
aplicación cuando afecta la integridad territorial de un país.

Finalmente, en cuanto a qué haría la Argentina con los habitantes británicos de las islas en caso de ser
recuperadas, la respuesta se encuentra en la cláusula transitoria primera de la Constitución Nacional sancionada
por la reforma de 1994, que impone respetar el modo de vida de los isleños, lo que además significa respetar
sus intereses.
MENEM, E. Disponível em: www.lanacion.com.ar. Acesso em: 18 fev. 2012 (adaptado).

O texto apresenta uma opinião em relação à disputa entre e a Argentina e o Reino Unido pela soberania sobre as
Ilhas Malvinas, ocupadas pelo Reino Unido em 1833. O autor dessa opinião apoia a reclamação argentina desse
arquipélago, argumentando que

A a descolonização das ilhas em disputa está contemplada na lei comum britânica.


B as Nações Unidas estão desacreditadas devido à ambiguidade das suas resoluções.
C o princípio de autodeterminação carece de aplicabilidade no caso das Ilhas Malvinas.
D a população inglesa compreende a reivindicação nacionalista da administração argentina.
E os cidadãos de origem britânica assentados nas ilhas seriam repatriados para a Inglaterra.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 5
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br *amar25dom6*
QUESTÃO 96 No trecho apresentado, o sociólogo Roger Chartier
caracteriza o texto eletrônico como um poderoso suporte
que coloca ao alcance da humanidade o antigo sonho de
universalidade e interatividade, uma vez que cada um
passa a ser, nesse espaço de interação social, leitor e
autor ao mesmo tempo. A universalidade e a interatividade
que o texto eletrônico possibilita estão diretamente
relacionadas à função social da internet de

A propiciar o livre e imediato acesso às informações e


ao intercâmbio de julgamentos.
B globalizar a rede de informações e democratizar o
acesso aos saberes.
C expandir as relações interpessoais e dar visibilidade
aos interesses pessoais.
D propiciar entretenimento e acesso a produtos e serviços.
E expandir os canais de publicidade e o espaço
mercadológico.
Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 27 fev. 2012.
QUESTÃO 98
O efeito de sentido da charge é provocado pela
combinação de informações visuais e recursos O senhor
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida Carta a uma jovem que, estando em uma roda em
recorre à que dava aos presentes o tratamento de você, se dirigiu
ao autor chamando-o “o senhor”:
A polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da
Senhora:
expressão “rede social” para transmitir a ideia que
pretende veicular. Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito
B ironia para conferir um novo significado ao termo magoado e cara triste, para vos dizer que senhor ele não
“outra coisa”. é, de nada, nem de ninguém.

C homonímia para opor, a partir do advérbio de Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do
lugar, o espaço da população pobre e o espaço da plebeu está em não querer esconder sua condição, e
população rica. esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores
ricos e nobres a quem chamáveis você escolhestes a mim
D personificação para opor o mundo real pobre ao para tratar de senhor, é bem de ver que só poderíeis ter
mundo virtual rico. encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na
E antonímia para comparar a rede mundial de prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o
computadores com a rede caseira de descanso território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa
da família. palavra “senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós
um muro frio e triste.
QUESTÃO 97
Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que
Com o texto eletrônico, enfim, parece estar ao me acontece essa tristeza; mas também não era a
alcance de nossos olhos e de nossas mãos um sonho vez primeira.
muito antigo da humanidade, que se poderia resumir em
BRAGA, R. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Record, 1991.
duas palavras, universalidade e interatividade.
A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém
As luzes, que pensavam que Gutenberg tinha
geralmente considera as situações específicas de uso
propiciado aos homens uma promessa universal, social. A violação desse princípio causou um mal-estar no
cultivavam um modo de utopia. Elas imaginavam poder, autor da carta. O trecho que descreve essa violação é:
a partir das práticas privadas de cada um, construir um
espaço de intercâmbio crítico das ideias e opiniões. O A “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu
sonho de Kant era que cada um fosse ao mesmo tempo entre nós um muro frio e triste.”
leitor e autor, que emitisse juízos sobre as instituições de B “A única nobreza do plebeu está em não querer
seu tempo, quaisquer que elas fossem e que, ao mesmo esconder a sua condição.”
tempo, pudesse refletir sobre o juízo emitido pelos outros. C “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas
Aquilo que outrora só era permitido pela comunicação de minha testa.”
manuscrita ou a circulação dos impressos encontra hoje
D “O território onde eu mando é no país do tempo que foi.”
um suporte poderoso com o texto eletrônico.
E “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza;
CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo:
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Unesp, 1998. mas também não era a vez primeira.”
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 6
*amar25dom7* Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 99

LAERTE. Disponível em: http://blog.educacional.com.br. Acesso em: 8 set. 2011.

Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora?

A Prova concreta, ao expor o produto ao consumidor.


B Consenso, ao sugerir que todo vendedor tem técnica.
C Raciocínio lógico, ao relacionar uma fruta com um produto eletrônico.
D Comparação, ao enfatizar que os produtos apresentados anteriormente são inferiores.
E Indução, ao elaborar o discurso de acordo com os anseios do consumidor.
QUESTÃO 100
Não somos tão especiais

Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são


compartilhadas por outros animais, ainda que em menor grau.

INTELIGÊNCIA
A ideia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída
desde os anos 40. A maioria das aves e mamíferos tem algum tipo
de raciocínio.

AMOR
O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias
espécies, como os corvos, que também criam laços duradouros, se
preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte.

CONSCIÊNCIA
Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam
e enganam humanos distraídos. Sinais de que sabem quem são e se
distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes.

CULTURA
O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e
primatas que são capazes de aprender novos hábitos e de transmiti-los
para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso?
Extra, extra. Este macaco é humano.
BURGIERMAN, D. Superinteressante, n. 190, jul. 2003.

O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos outros
animais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são

A definição e hierarquia.
B exemplificação e comparação.
C causa e consequência.
D finalidade e meios.
E autoridade e modelo.

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QUESTÃO 101 QUESTÃO 103
Das irmãs Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de
os meus irmãos sujando-se amor, feitas diante de Deus, serem quebradas por traição,
na lama interesses financeiros e sexuais. Casais se separam
e eis-me aqui cercada como inimigos, quando poderiam ser bons amigos, sem
de alvura e enxovais traumas. Bastante interessante a reportagem sobre
separação. Mas acho que os advogados consultados,
eles se provocando e provando por sua competência, estão acostumados a tratar de
do fogo grandes separações. Será que a maioria dos leitores da
e eu aqui fechada revista tem obras de arte que precisam ser fotografadas
provendo a comida antes da separação? Não seria mais útil dar conselhos
eles se lambuzando e arrotando mais básicos? Não seria interessante mostrar que a
na mesa separação amigável não interfere no modo de partilha
e eu a temperada dos bens? Que, seja qual for o tipo de separação, ela não
servindo, contida vai prejudicar o direito à pensão dos filhos? Que acordo
amigável deve ser assinado com atenção, pois é bastante
os meus irmãos jogando-se complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são
na cama dicas que podem interessar ao leitor médio.
e eis-me afiançada Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
por dote e marido
QUEIROZ, S. O sacro ofício. Belo Horizonte: Comunicação, 1980. O texto foi publicado em uma revista de grande circulação
na seção de carta do leitor. Nele, um dos leitores manifesta-
O poema de Sonia Queiroz apresenta uma voz lírica feminina se acerca de uma reportagem publicada na edição anterior.
que contrapõe o estilo de vida do homem ao modelo reservado Ao fazer sua argumentação, o autor do texto
à mulher. Nessa contraposição, ela conclui que
A faz uma síntese do que foi abordado na reportagem.
A a mulher deve conservar uma assepsia que a B discute problemas conjugais que conduzem à separação.
distingue de homens, que podem se jogar na lama. C aborda a importância dos advogados em processos
B a palavra “fogo” é uma metáfora que remete ao ato de de separação.
cozinhar, tarefa destinada às mulheres. D oferece dicas para orientar as pessoas em processos
C a luta pela igualdade entre os gêneros depende da de separação.
ascensão financeira e social das mulheres. E rebate o enfoque dado ao tema pela reportagem,
D a cama, como sua “alvura e enxovais”, é um símbolo lançando novas ideias.
da fragilidade feminina no espaço doméstico. QUESTÃO 104
E os papéis sociais destinados aos gêneros produzem E-mail com hora programada
efeitos e graus de autorrealização desiguais. Redação INFO, 28 de agosto de 2007.
QUESTÃO 102 Agende o envio de e-mails no Thunderbird com a
O sedutor médio extensão SendLater
Vamos juntar
Nossas rendas e Nem sempre é interessante mandar um e-mail na
expectativas de vida hora. Há situações em que agendar o envio de uma
querida, mensagem é útil, como em datas comemorativas ou
o que me dizes? quando o e-mail serve para lembrar o destinatário de
Ter 2, 3 filhos
e ser meio felizes? algum evento futuro. O Thunderbird, o ótimo cliente de
e-mail do grupo Mozilla, conta com uma extensão para
VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
esse fim. Trata-se do SendLater. Depois de instalado,
No poema O sedutor médio, é possível reconhecer a ele cria um item no menu de criação de mensagens
presença de posições críticas que permite marcar o dia e a hora exatos para o envio
A nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas do e-mail. Só há um ponto negativo: para garantir que a
de vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mensagem seja enviada na hora, o Thunderbird deverá
mais, o que faz do casamento uma convenção benéfica. estar em execução. Senão, ele mandará o e-mail somente
B na mensagem veiculada pelo poema, em que na próxima vez que for rodado.
os valores da sociedade são ironizados, o que é Disponível em: http://info.abril.com.br. Acesso em: 18 fev. 2012 (adaptado).
acentuado pelo uso do adjetivo “médio” no título e do
advérbio “meio” no verso final. Considerando-se a função do SendLater, o objetivo do
C no verso “e ser meio felizes?”, em que “meio” é autor do texto E-mail com hora programada é
sinônimo de metade, ou seja, no casamento, apenas A eliminar os entraves no envio de mensagens via e-mail.
um dos cônjuges se sentiria realizado. B viabilizar a aquisição de conhecimento especializado
D nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas” pelo usuário.
indica que o sujeito poético passa por dificuldades C permitir a seleção dos destinatários dos textos enviados.
financeiras e almeja os rendimentos da mulher. D controlar a quantidade de informações constantes do
E no título, em que o adjetivo “médio” qualifica o sujeito corpo do texto.
poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil E divulgar um produto ampliador da funcionalidade de
em termos de conquistas amorosas. um recurso comunicativo.

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QUESTÃO 105 QUESTÃO 107


Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos Aquele bêbado
nas oficinas dos cursos da área automotiva fornecidos
pela Prefeitura, a presença feminina tem aumentado — Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz
ano a ano. De cinco mulheres matriculadas em 2005, com os indicadores. Acrescentou: — Álcool.
a quantidade saltou para 79 alunas inscritas neste ano O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens,
nos cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou
injeção eletrônica, repintura e funilaria. A presença um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedava-
feminina nos cursos automotivos da Prefeitura — que são se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.
gratuitos — cresceu 1 480% nos últimos sete anos e tem — Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos.
aumentado ano a ano. Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá.
Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado). Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma carraspana
Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes de pôr do sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras
a sua estrutura, que possibilitam inferir o objetivo do coroas de ex-alcoólatras anônimos.
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.
autor. Nesse sentido, no trecho apresentado, o enunciado
“Lugar de mulher também é na oficina” corrobora o A causa mortis do personagem, expressa no último
objetivo textual de parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque, ao
longo da narrativa, ocorre uma
A demonstrar que a situação das mulheres mudou na
sociedade contemporânea. A metaforização do sentido literal do verbo “beber”.
B defender a participação da mulher na sociedade atual. B aproximação exagerada da estética abstracionista.
C comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher C apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.
é na cozinha”. D exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.
D criticar a presença de mulheres nas oficinas dos
E citação aleatória de nomes de diferentes artistas.
cursos da área automotiva.
E distorcer o sentido da frase “lugar de mulher é na cozinha”. QUESTÃO 108
QUESTÃO 106 O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo...
Cantabona! Cantabona!
Dlorom...
Sou um tupi tangendo um alaúde!
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade.
Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.

Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é


recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em
O trovador, esse aspecto é
A abordado subliminarmente, por meio de expressões
como “coração arlequinal” que, evocando o carnaval,
remete à brasilidade.
B verificado já no título, que remete aos repentistas
Disponível em: www.portaldapropaganda.com.br. Acesso em: 1 mar. 2012.
nordestinos, estudados por Mário de Andrade em
A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais suas viagens e pesquisas folclóricas.
e imagéticos na constituição de seus textos. Nessa
C lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões
peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor
procura convencer o leitor a como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1),
“frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste
A assumir uma atitude reflexiva diante dos do alaúde “Dlorom” (v. 9).
fenômenos naturais. D problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde
B evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis. (civilizado), apontando a síntese nacional que seria
C aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo. proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.
D abraçar a campanha, desenvolvendo projetos E exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos
sustentáveis. homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho
E consumir produtos de modo responsável e ecológico. brasileiro por suas raízes indígenas.
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QUESTÃO 109 No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do
personagem no manejo de discursos diferentes segundo
Verbo ser a posição do interlocutor na sociedade. A crítica à conduta
do personagem está centrada
QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando
A na imagem do títere ou fantoche em que o personagem
em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? acaba por se transformar, acreditando dominar os
Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? jogos de poder na linguagem.
Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia B na alusão à falta de articulações e reflexos do
personagem, dando a entender que ele não possui o
a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? manejo dos jogos discursivos em todas as situações.
É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas C no comentário, feito em tom de censura pelo autor,
coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando sobre as frases obscenas que o personagem emite
em determinados ambientes sociais.
crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para
D nas expressões que mostram tons opostos nos
entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim discursos empregados aleatoriamente pelo personagem
mesmo. Sem ser. Esquecer. em conversas com interlocutores variados.
E no falso elogio à originalidade atribuída a esse
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. personagem, responsável por seu sucesso no
aprendizado das regras de linguagem da sociedade.
A inquietação existencial do autor com a autoimagem
QUESTÃO 111
corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões
Labaredas nas trevas
existenciais que têm origem Fragmentos do diário secreto de
Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski
A no conflito do padrão corporal imposto contra as 20 DE JULHO [1912]
convicções de ser autêntico e singular. Peter Sumerville pede-me que escreva um artigo sobre
B na aceitação das imposições da sociedade seguindo Crane. Envio-lhe uma carta: “Acredite-me, prezado senhor,
nenhum jornal ou revista se interessaria por qualquer coisa
a influência de outros. que eu, ou outra pessoa, escrevesse sobre Stephen Crane.
Ririam da sugestão. [...] Dificilmente encontro alguém,
C na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e agora, que saiba quem é Stephen Crane ou lembre-se de
culturas familiares. algo dele. Para os jovens escritores que estão surgindo ele
simplesmente não existe.”
D no anseio de divulgar hábitos enraizados,
negligenciados por seus antepassados. 20 DE DEZEMBRO [1919]
Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal. Sou
E na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de reconhecido como o maior escritor vivo da língua inglesa. Já
seus pares. se passaram dezenove anos desde que Crane morreu,
mas eu não o esqueço. E parece que outros também não.
QUESTÃO 110 The London Mercury resolveu celebrar os vinte e cinco
anos de publicação de um livro que, segundo eles, foi “um
E como manejava bem os cordéis de seus títeres, fenômeno hoje esquecido” e me pediram um artigo.
ou ele mesmo, títere voluntário e consciente, como FONSECA, R. Romance negro e outras histórias. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992 (fragmento).

entregava o braço, as pernas, a cabeça, o tronco, como Na construção de textos literários, os autores recorrem
se desfazia de suas articulações e de seus reflexos com frequência a expressões metafóricas. Ao empregar
quando achava nisso conveniência. Também ele soubera o enunciado metafórico “Muito peixe foi embrulhado
pelas folhas de jornal”, pretendeu-se estabelecer, entre
apoderar-se dessa arte, mais artifício, toda feita de os dois fragmentos do texto em questão, uma relação
sutilezas e grosserias, de expectativa e oportunidade, semântica de
de insolência e submissão, de silêncios e rompantes, A causalidade, segundo a qual se relacionam as partes
de anulação e prepotência. Conhecia a palavra exata de um texto, em que uma contém a causa e a outra,
para o momento preciso, a frase picante ou obscena no a consequência.
B temporalidade, segundo a qual se articulam as partes
ambiente adequado, o tom humilde diante do superior de um texto, situando no tempo o que é relatado nas
útil, o grosseiro diante do inferior, o arrogante quando partes em questão.
o poderoso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer C condicionalidade, segundo a qual se combinam duas
situações equívocas, e armar intrigas das quais se saía partes de um texto, em que uma resulta ou depende
de circunstâncias apresentadas na outra.
sempre bem, e sabia, por experiência própria, que a D adversidade, segundo a qual se articulam duas partes
fortuna se ganha com uma frase, num dado momento, de um texto em que uma apresenta uma orientação
que este momento único, irrecuperável, irreversível, exige argumentativa distinta e oposta à outra.
um estado de alerta para a sua apropriação. E finalidade, segundo a qual se articulam duas partes de
um texto em que uma apresenta o meio, por exemplo,
RAWET, S. O aprendizado. In: Diálogo. Rio de Janeiro: GRD, 1963 (fragmento). para uma ação e a outra, o desfecho da mesma.
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QUESTÃO 112 Na letra da canção Aqui é o país do futebol, de Wilson


Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal de
movimento e expressão da tradição nacional, é apresentado
de forma crítica e emancipada devido ao fato de
A reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba.
B ser apresentado como uma atividade de lazer.
C ser identificado com a alegria da população brasileira.
D promover a reflexão sobre a alienação provocada
pelo futebol.
E ser associado ao desenvolvimento do país.
QUESTÃO 114
LXXVIII (Camões, 1525?-1580)
Leda serenidade deleitosa,
Que representa em terra um paraíso;
Entre rubis e perlas doce riso;
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa;
Presença moderada e graciosa,
Onde ensinando estão despejo e siso
Que se pode por arte e por aviso,
Como por natureza, ser fermosa;
Fala de quem a morte e a vida pende,
Rara, suave; enfim, Senhora, vossa;
Repouso nela alegre e comedido:
Cartaz afixado nas bibliotecas centrais e setoriais da Universidade Federal de Goiás (UFG), 2011.
Estas as armas são com que me rende
Considerando-se a finalidade comunicativa comum do E me cativa Amor; mas não que possa
gênero e o contexto específico do Sistema de Biblioteca Despojar-me da glória de rendido.
CAMÕES, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.
da UFG, esse cartaz tem função predominantemente
A socializadora, contribuindo para a popularização
da arte.
B sedutora, considerando a leitura como uma obra de arte.
C estética, propiciando uma apreciação despretensiosa
da obra.
D educativa, orientando o comportamento de usuários
de um serviço.
E contemplativa, evidenciando a importância de
artistas internacionais.
QUESTÃO 113
Aqui é o país do futebol
SANZIO, R. (1483-1520) A mulher com o unicórnio. Roma, Galleria Borghese.
Brasil está vazio na tarde de domingo, né? Disponível em: www.arquipelagos.pt. Acesso em: 29 fev. 2012.
Olha o sambão, aqui é o país do futebol A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas
[...] linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo
No fundo desse país contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos
Ao longo das avenidas A apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo
Nos campos de terra e grama unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados
Brasil só é futebol no poema.
Nesses noventa minutos
B valorizarem o excesso de enfeites na apresentação
De emoção e alegria pessoal e na variação de atitudes da mulher,
Esqueço a casa e o trabalho evidenciadas pelos adjetivos do poema.
A vida fica lá fora
C apresentarem um retrato ideal de mulher marcado
Dinheiro fica lá fora
pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela
A cama fica lá fora
postura, expressão e vestimenta da moça e os
A mesa fica lá fora
adjetivos usados no poema.
Salário fica lá fora
A fome fica lá fora D desprezarem o conceito medieval da idealização da
A comida fica lá fora mulher como base da produção artística, evidenciado
pelos adjetivos usados no poema.
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora E apresentarem um retrato ideal de mulher marcado
SIMONAL, W. Aqui é o país do futebol. Disponível em: www.vagalume.com.br.
pela emotividade e o conflito interior, evidenciados
Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento). pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 11


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QUESTÃO 115 QUESTÃO 116
HAGAR DIK BROWNE
TEXTO I É COMO SE ELES
VEJA QUANTOS SOUBESSEM QUE ALGO
Antigamente TUBARÕES RUIM VAI ACONTECER!
ESTÃO SEGUINDO
A GENTE!
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante
dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de
cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro.
Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir
BROWNE, D. Folha de S. Paulo, 13 ago. 2011.
nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de
debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, As palavras e as expressões são mediadoras dos
aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a
Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, expressão “é como se” ajuda a conduzir o conteúdo
mesmo que não entendesse patavina da instrução moral enunciado para o campo da
e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões A conformidade, pois as condições meteorológicas
para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que evidenciam um acontecimento ruim.
no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. B reflexibilidade, pois o personagem se refere aos
Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau tubarões usando um pronome reflexivo.
de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de C condicionalidade, pois a atenção dos personagens é
a condição necessária para a sua sobrevivência.
galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de
D possibilidade, pois a proximidade dos tubarões leva à
um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os suposição do perigo iminente para os homens.
coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele E impessoalidade, pois o personagem usa a terceira
abria o arco. pessoa para expressar o distanciamento dos fatos.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
QUESTÃO 117
TEXTO II Cabeludinho
Palavras do arco da velha Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me
apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar
Expressão Significado no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu.
Cair nos braços de Morfeu Dormir Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu.
Como quem dissesse no Carnaval: aquele menino
Debicar Zombar, ridicularizar está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de
Tunda Surra regências verbais. Ela falava de sério. Mas todo-mundo
riu. Porque aquela preposição deslocada podia fazer de
Mangar Escarnecer, caçoar uma informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que
Tugir Murmurar buscar a beleza nas palavras é uma solenidade de amor.
E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da
Liró Bem-vestido pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho.
Copo d’água Lanche oferecido pelos amigos Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo novo
Convescote Piquenique
trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi
nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar
Bilontra Velhaco com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada.
Treteiro de topete Tratante atrevido Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar
mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que
Abrir o arco Fugir elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com
saudade: Ai morena, não me escreve / que eu não sei a
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado). ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava
Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, a solidão do vaqueiro.
BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003.
pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais
outrora produtivos não mais o são no português brasileiro No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes
possibilidades de uso da língua e sobre os sentidos que
atual. Esse fenômeno revela que esses usos podem produzir, a exemplo das expressões
“voltou de ateu”, “disilimina esse” e “eu não sei a ler”. Com
A a língua portuguesa de antigamente carecia de termos
essa reflexão, o autor destaca
para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
A os desvios linguísticos cometidos pelos personagens
B o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do texto.
do léxico proveniente do português europeu. B a importância de certos fenômenos gramaticais para
C a heterogeneidade do português leva a uma o conhecimento da língua portuguesa.
estabilidade do seu léxico no eixo temporal. C a distinção clara entre a norma culta e as outras
D o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para variedades linguísticas.
ser reconhecido como língua independente. D o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho
durante as suas férias.
E o léxico do português representa uma realidade
E a valorização da dimensão lúdica e poética presente
linguística variável e diversificada. nos usos coloquiais da linguagem.
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QUESTÃO 118 QUESTÃO 119


Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe A marcha galopante das tecnologias teve por primeiro
absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. resultado multiplicar em enormes proporções tanto a
massa das notícias que circulam quanto as ocasiões de
Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que
sermos solicitados por elas. Os profissionais têm tendência
fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber a considerar esta inflação como automaticamente
o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante favorável ao público, pois dela tiram proveito e tornam-
é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se se obcecados pela imagem liberal do grande mercado
das coisas do tupi, do folk-lore, das suas tentativas em que cada um, dotado de luzes por definição iguais,
agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma pode fazer sua escolha em toda liberdade. Isso jamais
foi realizado e tende a nunca ser. Na verdade, os leitores,
satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
ouvintes, telespectadores, mesmo se se abandonam a sua
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a bulimia*, não são realmente nutridos por esta indigesta
sopa de informações e sua busca finaliza em frustração.
mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção.
Cada vez mais frequentemente, até, eles ressentem
E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela
esse bombardeio de riquezas falsas como agressivo e se
não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, refugiam na resistência a toda ou qualquer informação.
quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que
O verdadeiro problema das sociedades pós-
achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa
industriais não é a penúria**, mas a abundância. As
gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois
sociedades modernas têm a sua disposição muito mais
não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. do que necessitam em objetos, informações e contatos.
A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um Ou, mais exatamente, disso resulta uma desarmonia
encadeamento de decepções. entre uma oferta, não excessiva, mas incoerente, e uma
demanda que, confusamente, exige uma escolha muito
A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma mais rápida a absorver. Por isso os órgãos de informação
criado por ele no silêncio de seu gabinete. devem escolher, uma vez que o homem contemporâneo
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. apressado, estressado, desorientado busca uma linha
Acesso em: 8 nov. 2011.
diretriz, uma classificação mais clara, um condensado do
O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima que é realmente importante.
Barreto, foi publicado em 1911. No fragmento destacado, (*) fome excessiva, desejo descontrolado.
a reação do personagem aos desdobramentos de suas (**) miséria, pobreza.
iniciativas patrióticas evidencia que VOYENNE, B. Informação hoje. Lisboa: Armand Colin, 1975 (adaptado).

A a dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento Com o uso das novas tecnologias, os domínios
da natureza brasileira levou-o a estudar inutilidades, midiáticos obtiveram um avanço maior e uma presença
mas possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país. mais atuante junto ao público, marcada ora pela quase
simultaneidade das informações, ora pelo uso abundante
B a curiosidade em relação aos heróis da pátria
de imagens. A relação entre as necessidades da
levou-o ao ideal de prosperidade e democracia que o sociedade moderna e a oferta de informação, segundo
personagem encontra no contexto republicano. o texto, é desarmônica, porque
C a construção de uma pátria a partir de elementos
míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza do solo A o jornalista seleciona as informações mais importantes
e a pureza linguística, conduz à frustração ideológica. antes de publicá-las.
B o ser humano precisa de muito mais conhecimento do
D a propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio,
que a tecnologia pode dar.
justifica a reação de decepção e desistência de
Policarpo Quaresma, que prefere resguardar-se em C o problema da sociedade moderna é a abundância de
seu gabinete. informações e de liberdade de escolha.

E a certeza da fertilidade da terra e da produção D a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas têm
para digerir a quantidade de informação disponível.
agrícola incondicional faz parte de um projeto
ideológico salvacionista, tal como foi difundido na E a utilização dos meios de informação acontece de
época do autor. maneira desorganizada e sem controle efetivo.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 13


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QUESTÃO 120 QUESTÃO 121
TEXTO I Ai, palavras, ai, palavras
que estranha potência a vossa!
A característica da oralidade radiofônica, então,
seria aquela que propõe o diálogo com o ouvinte: a Todo o sentido da vida
simplicidade, no sentido da escolha lexical; a concisão principia a vossa porta:
e coerência, que se traduzem em um texto curto, em o mel do amor cristaliza
linguagem coloquial e com organização direta; e o ritmo, seu perfume em vossa rosa;
marcado pelo locutor, que deve ser o mais natural (do sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
diálogo). É esta organização que vai “reger” a veiculação
da mensagem, seja ela interpretada ou de improviso, com A liberdade das almas,
objetivo de dar melodia à transmissão oral, dar emoção, ai! Com letras se elabora...
personalidade ao relato de fato. E dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
VELHO, A. P. M. A linguagem do rádio multimídia. Disponível em: www.bocc.ubi.pt.
Acesso em: 27 fev. 2012. frágil, frágil, como o vidro
e mais que o aço poderosa!
TEXTO II Reis, impérios, povos, tempos,
A dois passos do paraíso pelo vosso impulso rodam...
MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985 (fragmento).
A Rádio Atividade leva até vocês
O fragmento destacado foi transcrito do Romanceiro
Mais um programa da séria série da Inconfidência, de Cecília Meireles. Centralizada no
“Dedique uma canção a quem você ama” episódio histórico da Inconfidência Mineira, a obra,
Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta no entanto, elabora uma reflexão mais ampla sobre a
Uma carta d’uma ouvinte que nos escreve seguinte relação entre o homem e a linguagem:
E assina com o singelo pseudônimo de A A força e a resistência humanas superam os danos
“Mariposa Apaixonada de Guadalupe” provocados pelo poder corrosivo das palavras.
Ela nos conta que no dia que seria B As relações humanas, em suas múltiplas esferas, têm
seu equilíbrio vinculado ao significado das palavras.
o dia mais feliz de sua vida
C O significado dos nomes não expressa de forma justa
Arlindo Orlando, seu noivo e completa a grandeza da luta do homem pela vida.
Um caminhoneiro conhecido da pequena e D Renovando o significado das palavras, o tempo permite
Pacata cidade de Miracema do Norte às gerações perpetuar seus valores e suas crenças.
Fugiu, desapareceu, escafedeu-se E Como produto da criatividade humana, a linguagem
Oh! Arlindo Orlando volte tem seu alcance limitado pelas intenções e gestos.
Onde quer que você se encontre QUESTÃO 122
Volte para o seio de sua amada Pote Cru é meu pastor. Ele me guiará.
Ela espera ver aquele caminhão voltando Ele está comprometido de monge.
De faróis baixos e para-choque duro... De tarde deambula no azedal entre torsos de
BLITZ. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (fragmento).
cachorro, trampas, trapos, panos de regra, couros,
de rato ao podre, vísceras de piranhas, baratas
Em relação ao Texto I, que analisa a linguagem do rádio, albinas, dálias secas, vergalhos de lagartos,
o Texto II apresenta, em uma letra de canção, linguetas de sapatos, aranhas dependuradas em
gotas de orvalho etc. etc.
A estilo simples e marcado pela interlocução com o Pote Cru, ele dormia nas ruínas de um convento
Foi encontrado em osso.
receptor, típico da comunicação radiofônica.
Ele tinha uma voz de oratórios perdidos.
B lirismo na abordagem do problema, o que o afasta de BARROS, M. Retrato do artista quando coisa. Rio de Janeiro: Record, 2002.
uma possível situação real de comunicação radiofônica.
Ao estabelecer uma relação com o texto bíblico nesse
C marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato de poema, o eu lírico identifica-se com Pote Cru porque
o texto pertencer a uma modalidade de comunicação
A entende a necessidade de todo poeta ter voz de
diferente da radiofônica. oratórios perdidos.
D direcionamento do texto a um ouvinte específico, B elege-o como pastor a fim de ser guiado para a
divergindo da finalidade de comunicação do rádio, salvação divina.
que é atingir as massas. C valoriza nos percursos do pastor a conexão entre as
ruínas e a tradição.
E objetividade na linguagem caracterizada pela D necessita de um guia para a descoberta das coisas
ocorrência rara de adjetivos, de modo a diminuir as da natureza.
marcas de subjetividade do locutor. E acompanha-o na opção pela insignificância das coisas.

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QUESTÃO 123 QUESTÃO 125


Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles
muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por
alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas
eruditas com precisas informações sobre as regras
da gramática, que eu não respeitava, e sobre a grafia
correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo
uso errado que fiz de uma palavra num desses meus
badulaques. Acontece que eu, acostumado a conversar
com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção” —
do verbo “varrer”. De fato, trata-se de um equívoco
que, num vestibular, poderia me valer uma reprovação.
Picasso, P. Les Demoiselles d’Avignon. Nova York, 1907.
Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se
ARGAN, G. C. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do
São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
dicionário, aquela que tem, no topo, a fotografia de uma
O quadro Les Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo
Picasso, representa o rompimento com a estética clássica “varroa”(sic!) (você não sabe o que é uma “varroa”?)
e a revolução da arte no início do século XX. Essa nova para corrigir-me do meu erro. E confesso: ele está certo.
tendência se caracteriza pela O certo é “varrição” e não “varreção”. Mas estou com
A pintura de modelos em planos irregulares. medo de que os mineiros da roça façam troça de mim
B mulher como temática central da obra. porque nunca os vi falar de “varrição”. E se eles rirem de
C cena representada por vários modelos.
D oposição entre tons claros e escuros. mim não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página
E nudez explorada como objeto de arte. do dicionário com a “varroa” no topo. Porque para eles
QUESTÃO 124 não é o dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo,
lá nas montanhas de Minas Gerais, fala “varreção”
quando não “barreção”. O que me deixa triste sobre
esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o
que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha
sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que
o prato está rachado.
ALVES, R. Mais badulaques. São Paulo: Parábola, 2004 (fragmento).

De acordo com o texto, após receber a carta de um


amigo “que se deu ao trabalho de fazer um xerox da
página 827 do dicionário” sinalizando um erro de grafia,
o autor reconhece
Capa do LP Os Mutantes, 1968.
A a supremacia das formas da língua em relação ao
Disponível em: http://mutantes.com. Acesso em: 28 fev. 2012.
seu conteúdo.
A capa do LP Os Mutantes, de 1968, ilustra o movimento
da contracultura. O desafio à tradição nessa criação B a necessidade da norma padrão em situações formais
musical é caracterizado por
de comunicação escrita.
A letras e melodias com características amargas
e depressivas. C a obrigatoriedade da norma culta da língua, para a
B arranjos baseados em ritmos e melodias nordestinos. garantia de uma comunicação efetiva.
C sonoridades experimentais e confluência de
elementos populares e eruditos. D a importância da variedade culta da língua, para a
D temas que refletem situações domésticas ligadas à preservação da identidade cultural de um povo.
tradição popular.
E ritmos contidos e reservados em oposição aos E a necessidade do dicionário como guia de adequação
modelos estrangeiros. linguística em contextos informais privados.

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QUESTÃO 126 QUESTÃO 128
Logia e mitologia Entrevista com Marcos Bagno
Meu coração
de mil e novecentos e setenta e dois Pode parecer inacreditável, mas muitas das
já não palpita fagueiro
prescrições da pedagogia tradicional da língua até hoje
sabe que há morcegos de pesadas olheiras
que há cabras malignas que há se baseiam nos usos que os escritores portugueses do
cardumes de hienas infiltradas século XIX faziam da língua. Se tantas pessoas condenam,
no vão da unha na alma por exemplo, o uso do verbo “ter” no lugar de “haver”,
um porco belicoso de radar como em “hoje tem feijoada”, é simplesmente porque os
e que sangra e ri
e que sangra e ri portugueses, em dado momento da história de sua língua,
a vida anoitece provisória deixaram de fazer esse uso existencial do verbo “ter”.
centuriões sentinelas No entanto, temos registros escritos da época
do Oiapoque ao Chuí. medieval em que aparecem centenas desses usos. Se
CACASO. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7Letras; São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
nós, brasileiros, assim como os falantes africanos de
O título do poema explora a expressividade de termos português, usamos até hoje o verbo “ter” como existencial
que representam o conflito do momento histórico vivido é porque recebemos esses usos de nossos ex-
pelo poeta na década de 1970. Nesse contexto, é correto
afirmar que colonizadores. Não faz sentido imaginar que brasileiros,
angolanos e moçambicanos decidiram se juntar para
A o poeta utiliza uma série de metáforas zoológicas “errar” na mesma coisa. E assim acontece com muitas
com significado impreciso.
outras coisas: regências verbais, colocação pronominal,
B “morcegos”, “cabras” e “hienas” metaforizam as
vítimas do regime militar vigente. concordâncias nominais e verbais etc. Temos uma
C o “porco”, animal difícil de domesticar, representa os língua própria, mas ainda somos obrigados a seguir uma
movimentos de resistência. gramática normativa de outra língua diferente. Às vésperas
D o poeta caracteriza o momento de opressão através de comemorarmos nosso bicentenário de independência,
de alegorias de forte poder de impacto. não faz sentido continuar rejeitando o que é nosso para só
E “centuriões” e “sentinelas” simbolizam os agentes que aceitar o que vem de fora.
garantem a paz social experimentada.
Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões de
QUESTÃO 127
brasileiros para só considerar certo o que é usado por menos
Desabafo de dez milhões de portugueses. Só na cidade de São Paulo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma temos mais falantes de português que em toda a Europa!
cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não Informativo Parábola Editorial, s/d.
tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-
feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci Na entrevista, o autor defende o uso de formas linguísticas
ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na coloquiais e faz uso da norma padrão em toda a extensão
secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar do texto. Isso pode ser explicado pelo fato de que ele
que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). A adapta o nível de linguagem à situação comunicativa,
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea uma vez que o gênero entrevista requer o uso da
de várias funções da linguagem, com o predomínio, norma padrão.
entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da B apresenta argumentos carentes de comprovação
crônica Desabafo, a função da linguagem predominante científica e, por isso, defende um ponto de vista difícil
é a emotiva ou expressiva, pois
de ser verificado na materialidade do texto.
A o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. C propõe que o padrão normativo deve ser usado por
B a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está falantes escolarizados como ele, enquanto a norma
sendo dito. coloquial deve ser usada por falantes não escolarizados.
C o interlocutor é o foco do enunciador na construção D acredita que a língua genuinamente brasileira está em
da mensagem. construção, o que o obriga a incorporar em seu cotidiano
D o referente é o elemento que se sobressai em a gramática normativa do português europeu.
detrimento dos demais. E defende que a quantidade de falantes do português
E o enunciador tem como objetivo principal a brasileiro ainda é insuficiente para acabar com a
manutenção da comunicação. hegemonia do antigo colonizador.
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QUESTÃO 129 Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito


O léxico e a cultura só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais
perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma
Potencialmente, todas as línguas de todos os única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma
tempos podem candidatar-se a expressar qualquer com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação
conteúdo. A pesquisa linguística do século XX crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos
demonstrou que não há diferença qualitativa entre usuários? Substitui-se uma norma por outra?
os idiomas do mundo — ou seja, não há idiomas
gramaticalmente mais primitivos ou mais desenvolvidos. CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o
passado. In: Cadernos de Letras da UFF, n. 36, 2008. Disponível em: www.uff.br.
Entretanto, para que possa ser efetivamente utilizada, Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
essa igualdade potencial precisa realizar-se na prática
histórica do idioma, o que nem sempre acontece. Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em
Teoricamente, uma língua com pouca tradição escrita diferentes contextos evidencia que
(como as línguas indígenas brasileiras) ou uma língua
já extinta (como o latim ou o grego clássicos) podem A o estabelecimento de uma norma prescinde de uma
ser empregadas para falar sobre qualquer assunto, pesquisa histórica.
como, digamos, física quântica ou biologia molecular. B os estudos clássicos de sintaxe histórica enfatizam a
Na prática, contudo, não é possível, de uma hora para variação e a mudança na língua.
outra, expressar tais conteúdos em camaiurá ou latim,
simplesmente porque não haveria vocabulário próprio C a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua
para esses conteúdos. É perfeitamente possível fundamenta a definição da norma.
desenvolver esse vocabulário específico, seja por D a adoção de uma única norma revela uma atitude
meio de empréstimos de outras línguas, seja por meio adequada para os estudos linguísticos.
da criação de novos termos na língua em questão, mas E os comportamentos puristas são prejudiciais à
tal tarefa não se realizaria em pouco tempo nem com compreensão da constituição linguística.
pouco esforço.
BEARZOTI FILHO, P. Miniaurélio: o dicionário da língua portuguesa. Manual do professor. QUESTÃO 131
Curitiba: Positivo, 2004 (fragmento).

Estudos contemporâneos mostram que cada língua


possui sua própria complexidade e dinâmica de
funcionamento. O texto ressalta essa dinâmica, na
medida em que enfatiza

A a inexistência de conteúdo comum a todas as línguas,


pois o léxico contempla visão de mundo particular
específica de uma cultura.
B a existência de línguas limitadas por não permitirem
ao falante nativo se comunicar perfeitamente a
respeito de qualquer conteúdo.
C a tendência a serem mais restritos o vocabulário e a
gramática de línguas indígenas, se comparados com
outras línguas de origem europeia.
D a existência de diferenças vocabulares entre os
idiomas, especificidades relacionadas à própria
cultura dos falantes de uma comunidade. BARDI, P. M. Em torno da escultura no Brasil. São Paulo: Banco Sudameris Brasil, 1989.

E a atribuição de maior importância sociocultural às Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas
línguas contemporâneas, pois permitem que sejam vestes e nas feições, a escultura barroca no Brasil tem
abordadas quaisquer temáticas, sem dificuldades. forte influência do rococó europeu e está representada
QUESTÃO 130 aqui por um dos profetas do pátio do Santuário do Bom
A substituição do haver por ter em construções Jesus de Matosinho, em Congonhas (MG), esculpido em
existenciais, no português do Brasil, corresponde a um pedra-sabão por Aleijadinho. Profundamente religiosa,
dos processos mais característicos da história da língua sua obra revela
portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à
ampliação do domínio de ter na área semântica de “posse”, A liberdade, representando a vida de mineiros à
no final da fase arcaica. Mattos e Silva (2001:136) analisa procura da salvação.
as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de B credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres
ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de de Minas Gerais.
João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta C simplicidade, demonstrando compromisso com a
e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, contemplação do divino.
embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado
pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto D personalidade, modelando uma imagem sacra com
de haver como verbo existencial com concordância, feições populares.
lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no E singularidade, esculpindo personalidades do reinado
século XVIII por Said Ali. nas obras divinas.
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QUESTÃO 132 QUESTÃO 134
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo,
Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava
desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando
o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o
conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai
do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura
brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele
foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças
de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da
Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas
desse personagem do século XIX, parte de seu acervo
inédito será digitalizada.
História Viva, n. 99, 2011.

Com base no texto, que trata do papel do escritor


NIEMAN, D. Exercício e saúde. São Paulo: Manole, 1999 (adaptado).
José de Alencar e da futura digitalização de sua obra,
depreende-se que
A partir dos efeitos fisiológicos do exercício físico no
organismo, apresentados na figura, são adaptações A a digitalização dos textos é importante para que os
benéficas à saúde de um indivíduo: leitores possam compreender seus romances.

A Diminuição da frequência cardíaca em repouso e B o conhecido autor de O guarani e Iracema foi


importante porque deixou uma vasta obra literária
aumento da oxigenação do sangue.
com temática atemporal.
B Diminuição da oxigenação do sangue e aumento da
C a divulgação das obras de José de Alencar, por meio
frequência cardíaca em repouso.
da digitalização, demonstra sua importância para a
C Diminuição da frequência cardíaca em repouso e história do Brasil Imperial.
aumento da gordura corporal.
D a digitalização dos textos de José de Alencar terá
D Diminuição do tônus muscular e aumento do importante papel na preservação da memória
percentual de gordura corporal. linguística e da identidade nacional.
E Diminuição da gordura corporal e aumento da E o grande romancista José de Alencar é importante
frequência cardíaca em repouso. porque se destacou por sua temática indianista.
QUESTÃO 133 QUESTÃO 135
eu gostava muito de passeá... saí com as minhas
colegas... brincá na porta di casa di vôlei... andá de
patins... bicicleta... quando eu levava um tombo ou
outro... eu era a::... a palhaça da turma... ((risos))... eu
acho que foi uma das fases mais... assim... gostosas da
minha vida foi... essa fase de quinze... dos meus treze
Disponível em: www.assine.abril.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado). aos dezessete anos...
A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental.
Com o advento da internet, as versões de revistas e livros Projeto Fala Goiana, UFG, 2010 (inédito).

também se adaptaram às novas tecnologias. A análise Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato
do texto publicitário apresentado revela que o surgimento pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é
das novas tecnologias
A predomínio de linguagem informal entrecortada
A proporcionou mudanças no paradigma de consumo e por pausas.
oferta de revistas e livros. B vocabulário regional desconhecido em outras
B incentivou a desvalorização das revistas e livros variedades do português.
impressos. C realização do plural conforme as regras da
tradição gramatical.
C viabilizou a aquisição de novos equipamentos digitais.
D ausência de elementos promotores de coesão entre
D aqueceu o mercado de venda de computadores. os eventos narrados.
E diminuiu os incentivos à compra de eletrônicos. E presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.

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PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O MOVIMENTO
IMIGRATÓRIO PARA O BRASIL NO SÉCULO XXI, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Ao desembarcar no Brasil, os imigrantes trouxeram muito mais do que o anseio de refazer suas vidas trabalhando nas
lavouras de café e no início da indústria paulista. Nos séculos XIX e XX, os representantes de mais de 70 nacionalidades
e etnias chegaram com o sonho de “fazer a América” e acabaram por contribuir expressivamente para a história do país
e para a cultura brasileira. Deles, o Brasil herdou sobrenomes, sotaques, costumes, comidas e vestimentas.
A história da migração humana não deve ser encarada como uma questão relacionada exclusivamente ao
passado; há a necessidade de tratar sobre deslocamentos mais recentes. 
Disponível em: http://www.museudaimigracao.org.br. Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).

Acre sofre com invasão de imigrantes do Haiti

Nos últimos três dias de 2011, uma leva de 500 haitianos


entrou ilegalmente no Brasil pelo Acre, elevando para 1 400 a
quantidade de imigrantes daquele país no município de Brasileia
(AC). Segundo o secretário-adjunto de Justiça e Direitos Humanos
do Acre, José Henrique Corinto, os haitianos ocuparam a praça da
cidade. A Defesa Civil do estado enviou galões de água potável e
alimentos, mas ainda não providenciou abrigo.
A imigração ocorre porque o Haiti ainda não se recuperou dos
estragos causados pelo terremoto de janeiro de 2010. O primeiro
grande grupo de haitianos chegou a Brasileia no dia 14 de janeiro
de 2011. Desde então, a entrada ilegal continua, mas eles não são
expulsos: obtêm visto humanitário e conseguem tirar carteira de
trabalho e CPF para morar e trabalhar no Brasil.
Segundo Corinto, ao contrário do que se imagina, não são
haitianos miseráveis que buscam o Brasil para viver, mas pessoas da
classe média do Haiti e profissionais qualificados, como engenheiros,
professores, advogados, pedreiros, mestres de obras e carpinteiros.
Porém, a maioria chega sem dinheiro.
Os brasileiros sempre criticaram a forma como os países
europeus tratavam os imigrantes. Agora, chegou a nossa vez —
afirma Corinto.
Disponível em: http://mg1.com.br. Acesso em: 19 jul. 2012. Disponível em: http://www.dpf.gov.br. Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).

Trilha da Costura
Os imigrantes bolivianos, pelo último censo, são mais de 3 milhões, com população de aproximadamente
9,119 milhões de pessoas. A Bolívia em termos de IDH ocupa a posição de 114º de acordo com os parâmetros
estabelecidos pela ONU. O país está no centro da América do Sul e é o mais pobre, sendo 70% da população
considerada miserável. Os principais países para onde os bolivianos imigrantes dirigem-se são: Argentina, Brasil,
Espanha e Estados Unidos.
Assim sendo, este é o quadro social em que se encontra a maioria da população da Bolívia, estes dados já
demonstram que as motivações do fluxo de imigração não são políticas, mas econômicas. Como a maioria da população
tem baixa qualificação, os trabalhos artesanais, culturais, de campo e de costura são os de mais fácil acesso.
OLIVEIRA, R.T. Disponível em: http://www.ipea.gov.br. Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).

INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o
número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 1


*Amar75SAB1*
CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 02
E SUAS TECNOLOGIAS
testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá]
Questões de 1 a 45
maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que
QUESTÃO 01 na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região
não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali,
Na regulação de matérias culturalmente delicadas,
se quiserem podem mandar extrair à vontade.
como, por exemplo, a linguagem oficial, os currículos
da educação pública, o status das Igrejas e das Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C.
Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
comunidades religiosas, as normas do direito penal
(por exemplo, quanto ao aborto), mas também em O documento permite ide
assuntos menos chamativos, como, por exemplo, a espanhol na colonização da América a partir do século XV.
posição da família e dos consórcios semelhantes ao A implicação desse interesse na ocupação do espaço
matrimônio, a aceitação de normas de segurança ou a americano está indicada na
delimitação das esferas pública e privada — em tudo
isso reflete-se amiúde apenas o autoentendimento A expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico.
ético-político de uma cultura majoritária, dominante B promoção das guerras justas para conquistar o território.
por motivos históricos. Por causa de tais regras,
C imposição da catequese para explorar o trabalho africano.
implicitamente repressivas, mesmo dentro de uma
D opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico.
comunidade republicana que garanta formalmente
a igualdade de direitos para todos, pode eclodir um E fundação de cidades para controlar a circulação
conflito cultural movido pelas minorias desprezadas de riquezas.
contra a cultura da maioria.
QUESTÃO 03
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002.

Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade


A reivindicação dos direitos culturais das minorias,
real para suspender as leis ou seu cumprimento.
como exposto por Habermas, encontra amparo nas
democracias contemporâneas, na medida em que Que é ilegal toda cobrança de impostos para a
se alcança Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto
A a secessão, pela qual a minoria discriminada de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos
obteria a igualdade de direitos na condição designados por ele próprio.
da sua concentração espacial, num tipo de
Que é indispensável convocar com frequência os
independência nacional.
Parlamentos para satisfazer os agravos, assim como para
B da sociedade que se encontra
co
fragmentada em grupos de diferentes comunidades
Declaração de Direitos. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br.
Acesso em: 20 dez. 2011 (adaptado).
torno da coesão de uma cultura política nacional.
No documento d
C a coexistência das diferenças, considerando a
da Inglaterra diante dos demais Estados europeus na
possibilidade de os discursos de autoentendimento
se submeterem ao debate público, cientes de que Época Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime
estarão vinculados à coerção do melhor argumento. político que predominavam na Europa continental estão
indicados, respectivamente, em:
D a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à
vida adulta, tenham condições de se libertar das A eocracia.
tradições de suas origens em nome da harmonia da
B Limitação do poder do soberano – Absolutismo.
política nacional.
C Ampliação da dominação da nobreza – República.
E o desaparecimento de quaisquer limitações, tais
D Expansão da força do presidente – Parlamentarismo.
como linguagem política ou distintas convenções
de comportamento, para compor a arena política a E Restrição da competência do congresso –
ser compartilhada. Presidencialismo.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 1


*Amar75SAB2*
QUESTÃO 04 QUESTÃO 06

Em um engenh O uso da água aumenta de acordo com as


porque padeceis em um modo muito semelhante o que necessidades da população no mundo. Porém,
diferentemente do que se possa imaginar, o aumento do
o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda a
consumo de água superou em duas vezes o crescimento
sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, populacional durante o século XX.
e a vossa em um engenho é de três. Também ali não
TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2009.
faltaram as canas, porque duas vezes entraram na
Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, Uma estratégia socioespacial que pode contribuir para
alterar a lógica de uso da água apresentada no texto é a
e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A
Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi A ampliação de sistemas de reutilização hídrica.
de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os B expansão da irrigação por aspersão das lavouras.
vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem C controle do desmatamento de
comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós
maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as D adoção de técnicas tradicionais de produção.
chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a E criação de
vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, produtos orgânicos.
também terá merecimento de martírio.
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado).

O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece


uma relação entre a Paixão de Cristo e

A a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos


brasileiros.
B a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana.
C o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.
D o papel dos senhores na administração dos engenhos.
E o trabalho dos escravos na produção de açúcar.

QUESTÃO 05

Fugindo à luta de classes, a nossa organização


sindical tem sido um instrumento de harmonia e de
cooperação entre o capital e o trabalho. Não se limitou
a um sindicalismo puramente “operário”, que conduziria
certamente a luta contra o “patrão”, como aconteceu com
outros povos.
FALCÃO, W. Cartas sindicais. In: Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Rio de Janeiro, 10 (85), set. 1941 (adaptado).

1945), é apresentada uma concepção de organização


sindical que

A elimina os co
B limita os direitos associativos do segmento patronal.
C orienta a busca do consenso entre trabalhadores
e patrões.
D proíbe o registro de estrangeiros nas entidades

E desobriga o Estado quanto aos direitos e deveres da


classe trabalhadora.

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*Amar75SAB3*
QUESTÃO 07 QUESTÃO 08

Esclarecimento é a saída do homem de sua


menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade
é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a
direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado
dessa menoridade se a causa dela não se encontra na
falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem
de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem
coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é
o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as
causas pelas quais uma tão grande parte dos homens,
depois que a natureza de há muito os libertou de uma
condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado
Charge anônima. BURKE, P. A fabricação do rei. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
menores durante toda a vida.
Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).
um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma
determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento,
apresentada demonstra
da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado
A a humanidade do rei, pois retrata um homem comum,
sem os adornos próprios à vestimenta real. por Kant, representa
B a unidad A a reivindicação de autonomia da capacidade racional
rei com a vestimenta real representa o público e sem
como expressão da maioridade.
a vestimenta real, o privado.
B o exercício da racionalidade como pressuposto menor
C o vínculo entre monarquia e povo, pois leva
diante das verdades eternas.
despretensioso e distante do poder político. C a imposição de verdades matemáticas, com caráter
D o gosto objetivo, de forma heterônoma.
elegância dos trajes reais em relação aos de outros D a compreensão de verdades religiosas que libertam o
membros da corte.
homem da falta de entendimento.
E a importância da vestimenta para a constituição
simbólica do rei, pois o corpo político adornado E a emancipação da subjetividade humana de ideologias
esconde os defeitos do corpo pessoal. produzidas pela própria razão.

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*Amar75SAB4*
QUESTÃO 09 QUESTÃO 11

Torna-se claro que quem descobriu a África no É verdade que nas democracias o povo parece
Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste
africanos trazidos como escravos. E esta descoberta nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é
não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito
de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão
também a outras áreas culturais, inclusive à da religião.
pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais
Há razões para pensar que os africanos, quando
liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
misturados e transportados ao Brasil, não demoraram
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).
em perceber a existência entre si de elos culturais
mais profundos. A característica de democracia ressaltada por
Montesquieu diz respeito
SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil.
Revista USP, n. 12, dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado).
A ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao
Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos tomar as decisões por si mesmo.
de diferentes partes da África, a experiência da escravidão B ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à
no Brasil tornou possível a conformidade às leis.
C à possibilidade de o cidadão participar no poder e,
A formação de uma identidade cultural afro-brasileira. nesse caso, livre da submissão às leis.
B superação de aspectos culturais africanos por antigas D ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é
tradições europeias. proibido, desde que ciente das consequências.
C E ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo
D manutenção das com seus valores pessoais.
de cada etnia. QUESTÃO 12
E resistência à incorporação de elementos culturais
indígenas.

QUESTÃO 10

Nós nos recusamos a acreditar que o banco da


justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há

nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos


dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a
segurança da justiça.
KING Jr., M. L. Eu tenho um sonho, 28 ago. 1963.
Disponível em: www.palmares.gov.br. Acesso em: 30 nov. 2011 (adaptado).

O cenário vivenciado pela população negra, no sul dos Disponível em: www.gandhiserve.org. Acesso em: 21 nov. 2011.

Estados Unidos nos anos 1950, conduziu à mobilização O cartum, publicado em 1932, ironiza as consequências
social. Nessa época, surgiram reivindicações que tinham sociais das constantes prisões de Mahatma Gandhi pelas
como expoente Martin Luther King e objetivavam autoridades britânicas, na Índia, demonstrando

A a conquista de direitos civis para a população negra. A a ineficiência do sistema judiciário inglês no
território indiano.
B o apoio aos atos violentos patrocinados pelos negros
em espaço urbano. B o apoio da população hindu à prisão de Gandhi.
C o caráter violento das manifestações hindus frente à
C a supremacia das instituições religiosas em meio à
ação inglesa.
comunidade negra sulista.
D a impossibilidade de deter o movimento liderado
D a incorporação dos negros no mercado de trabalho. por Gandhi.
E a aceitação da cultura negra como representante do E a indiferença das autoridades britânicas frente ao
modo de vida americano. apelo popular hindu.

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*Amar75SAB5*
QUESTÃO 13 QUESTÃO 14

TEXTO I
O que vemos no país é uma espécie de espraiamento
e a manifestação da agressividade através da violência.
Isso se desdobra de maneira evidente na criminalidade,
que está presente em todos os redutos — seja nas áreas
abandonadas pelo poder público, seja na política ou no
futebol. O brasileiro não é mais violento do que outros
povos, mas a fragilidade do exercício e do reconhecimento
da cidadania e a ausência do Estado em vários territórios
do país se impõem como um caldo de cultura no qual a

Entrevista com Joel Birman. A Corrupção é um crime sem rosto. IstoÉ. Edição 2099, 3 fev. 2010.

TEXTO II
Nenhuma sociedade pode sobreviver sem canalizar
as pulsões e emoções do indivíduo, sem um controle

desse tipo é possível sem que as pessoas anteponham


limitações umas às outras, e todas as limitações são
convertidas, na pessoa a quem são impostas, em medo
de um ou outro tipo.
ELIAS, N. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

Considerando-se a dinâmica do processo civilizador, tal Disponível em: http://quadro-a-quadro.blog.br. Acesso em: 27 jan. 2012.

como descrito no Texto II, o argumento do Texto I acerca


Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão
da violência e agressividade na sociedade brasileira
chegaria para apaziguar a agonia, o autoritarismo militar
expressa a
e combater a tirania. Claro que, em tempos de guerra,
A incompatibilidade entre os modos democráticos um gibi de um herói com uma bandeira americana no
de convívio social e a presença de aparatos de peito aplicando um sopapo no Fürer só poderia ganhar
controle policial. destaque, e o sucesso não demoraria muito a chegar.
B manutenção de práticas repressivas herdadas COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: crítica. Disponível em: www.revistastart.com.br.
dos períodos ditatoriais sob a forma de leis e atos Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).

administrativos. A capa da primeira edição norte-americana da revista

C inabilidade das forças militares em conter a violência do Capitão América demonstra sua associação com a
decorrente das ondas migratórias nas grandes participação dos Estados Unidos na luta contra
cidades brasileiras.
A a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial.
D da sociedade brasileira em
B os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.
institucionalizar formas de controle social compatíveis
com valores democráticos. C o poder soviético, durante a Guerra Fria.
E incapacidade das instituições político-legislativas em D o movimento comunista, na Guerra do Vietnã.

E o terrorismo internacional, após 11 de setembro


realidade social brasileira.
de 2001.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 5
*Amar75SAB6*
QUESTÃO 15 QUESTÃO 16

Nossa cultura lipofóbica muito contribui para a


distorção da imagem corporal, gerando gordos que se
veem magros e magros que se veem gordos, numa
quase unanimidade de que todos se sentem ou se
veem “distorcidos”.

Engordamos quando somos gulosos. É pecado da


gula que controla a relação do homem com a balança.
Todo obeso declarou, um dia, guerra à balança. Para
emagrecer é preciso fazer as pazes com a dita cuja,
visando adequar-se às necessidades para as quais
ela aponta.
FREIRE, D. S. Obesidade não pode ser pré-requisito. Disponível em: http//gnt.globo.com.
Acesso em: 3 abr. 2012 (adaptado).

O texto apresenta um discurso de disciplinarização dos


corpos, que tem como consequência

A a ampliação dos tratamentos médicos alternativos,


reduzindo os gastos com remédios.
B a democratização do padrão de beleza, tornando-o
acessível pelo esforço individual.
C o controle do consumo, impulsionando uma crise
econômica na indústria de alimentos.
D a culpabilização individual, associando obesidade à
fraqueza de caráter.
Texto do Cartaz: “Amor e não guerra”
E o aumento da longevidade, resultando no crescimento
Foto de Jovens em protesto contra a Guerra do Vietnã. Disponível em: populacional.
http://goldenyears66to69.blogspot.com. Acesso em: 10 out. 2011.

Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra, movimentos


como o Maio de 1968 ou a campanha contra a Guerra
do Vietnã culminaram no estabelecimento de diferentes
formas de participação política. Seus slogans, tais como
“Quando penso em revolução quero fazer amor”, se
tornaram símbolos da agitação cultural nos anos 1960,
cuja inovação relacionava-se

A à contestação da crise econômica europeia, que fora


provocada pela manutenção das guerras coloniais.
B à organização partidária da juventude comunista,
visando o estabelecimento da ditadura do proletariado.
C das noções de libertação social e

político ao uso do corpo.


D à defesa
reprodução, que era tomado como solução para os

E ao reconhecimento da cultura das gerações passadas,


que conviveram com a emergência do rock e outras
mudanças nos costumes.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 6


*Amar75SAB7*
QUESTÃO 17 QUESTÃO 18

A maior parte dos veículos de transporte atualmente As mulheres quebradeiras de coco-babaçu dos
é movida por motores a combustão que utilizam derivados Estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins, na
de petróleo. Por causa disso, esse setor é o maior sua grande maioria, vivem numa situação de exclusão
consumidor de petróleo do mundo, com altas taxas de e subalternidade. O termo quebradeira de coco
crescimento ao longo do tempo. Enquanto outros setores assume o caráter de identidade coletiva na medida
têm obtido bons resultados na redução do consumo, os em que as mulheres que sobrevivem dessa atividade
transportes tendem a concentrar ainda mais o uso de e reconhecem sua posição e condição desvalorizada
derivados do óleo. pela lógica da dominação, se organizam em
MURTA, A. Energia: o vício da civilização. Rio de Janeiro: Garamond, 2011 (adaptado).
movimentos de resistência e de luta pela conquista da
Um impacto ambiental da tecnologia mais empregada terra, pela libertação dos babaçuais, pela autonomia
pelo setor de transportes e uma medida para do processo produtivo. Passam a atribuir significados
promover a redução do seu uso, estão indicados, ao seu trabalho e as suas experiências, tendo como
respectivamente, em: principal referência sua condição preexistente de
acesso e uso dos recursos naturais.
A Aumento da poluição sonora – construção de barreiras
ROCHA, M. R. T. A luta das mulheres quebradeiras de coco-babaçu, pela libertação do
acústicas. coco preso e pela posse da terra. In: Anais do VII Congresso Latino-Americano
de Sociologia Rural, Quito, 2006 (adaptado).

B Incidência da chuva ácida – estatização da indústria A organização do movimento das quebradeiras de coco
automobilística. de babaçu é resultante da

C Derretimento das calotas polares – incentivo aos A constante


transportes de massa. de terras maranhenses, piauienses, paraenses e
tocantinenses, região com elevado índice de homicídios.
D Propagação de doenças respiratórias – distribuição
de medicamentos gratuitos. B falta de identidade coletiva das trabalhadoras,

E Elevação das temperaturas médias – criminalização migrantes das cidades e com pouco vínculo histórico

da emissão de gás carbônico. com as áreas rurais do interior do Tocantins, Pará,


Maranhão e Piauí.

C escassez de água nas regiões de veredas, ambientes


naturais dos babaçus, causada pela construção
de açudes particulares, impedindo o amplo acesso
público aos recursos hídricos.

D progressiva devastação das matas dos cocais, em


função do avanço da sojicultura nos chapadões do
Meio-Norte brasileiro.

E pelos fazendeiros e posseiros


no acesso aos babaçuais localizados no interior de
suas propriedades.

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*Amar75SAB8*
QUESTÃO 19 QUESTÃO 21

Diante dessas inconsistências e de outras que Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais,
ainda preocupam a opinião pública, nós, jornalistas, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus
estamos encaminhando este documento ao Sindicato partidários prepararam uma série de manifestações a
favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras
e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março,
para que o entregue à Justiça; e da Justiça esperamos
a realização de novas diligências capazes de levar
a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros”
à completa elucidação desses fatos e de outros que apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as
porventura vierem a ser levantados. casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de
Em nome da verdade. In: O Estado de São Paulo, 3 fev. 1976. Apud. FILHO, I. A. garrafas jogadas das janelas.
Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.
VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).
A morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida durante o
regime militar, em 1975, levou a medidas como o abaixo- pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise
dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de
Paulo. A análise dessa medida tomada indica a Janeiro revela

A certeza do cumprimento das leis. A estímulos ao racismo.


B apoio ao xenofobismo.
B superação do governo de exceção.
C críticas ao federalismo.
C violência dos terroristas de esquerda.
D repúdio ao republicanismo.
D punição dos torturadores da polícia. E questionamentos ao autoritarismo.
E expectativa da investigação dos culpados.
QUESTÃO 22
QUESTÃO 20
Portadora de memória, a paisagem ajuda a construir
os sentimentos de pertencimento; ela cria uma atmosfera
que convém aos momentos fortes da vida, às festas, às
comemorações.
CLAVAL, P. Terra dos homens:

No texto, é apresentada uma forma de integração da

paisagem, além de existir como forma concreta, apresenta


uma dimensão

A política de apropriação efetiva do espaço.


B econômica de uso de recursos do espaço.
C privada de limitação sobre a utilização do espaço.
D natural de composição por elementos físicos do espaço.
E simbólica de relação subjetiva do indivíduo com o
espaço.

Disponível em: www.metmuseum.org. Acesso em: 14 set. 2011.

volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual


Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que
representam uma característica política dos romanos no
período, indicada em:
A Cruzadismo – conquista da terra santa.
B Patriotismo – exaltação da cultura local.
C Helenismo – apropriação da estética grega.
D Imperialismo – selvageria dos povos dominados.
E Expansionismo – diversidade dos territórios conquistados.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 8


*Amar75SAB9*
QUESTÃO 23 QUESTÃO 25

TEXTO I

por obscuras forças econômicas sem rosto ou localização


física conhecida que não prestam contas a ninguém e se
espalham pelo globo por meio de milhões de transações
diárias no ciberespaço.
Folha de São Paulo, 11 dez. 2011 (adaptado).

TEXTO II

tínhamos visto desde a Grande Depressão iniciada em


1929 nos Estados Unidos.
Entrevista de George Soros. Disponível em: www.nybooks.com.
Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado).

cados da atual crise


Disponível em: http://primeira-serie.blogspot.com.br. Acesso em: 07 dez. 2011 (adaptado).
econômica e do crash de 1929 oculta a principal diferença
entre essas duas crises, pois
Na imagem do iní
produtivo cuja forma de organização fabril baseava-se na A o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento
A autonomia do produtor direto. dos EUA na I Guerra Mundial e a atual crise é o
B adoção da divisão sexual do trabalho. resultado dos gastos militares desse país nas guerras
C exploração do trabalho repetitivo. do Afeganistão e Iraque.
D B a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de
E incentivo à criatividade dos funcionários. superprodução industrial nos EUA e a atual crise

QUESTÃO 24 desmedida do crédito bancário.


A singularidade da questão da terra na África C a crise de 1929 foi o resultado da concorrência dos
Colonial é a expropriação por parte do colonizador e países europeus reconstruídos após a I Guerra e a
as desigualdades raciais no acesso à terra. Após a atual crise se associa à emergência dos BRICS como
independência, as populações de colonos brancos novos concorrentes econômicos.
tenderam a diminuir, apesar de a proporção de
terra em posse da minoria branca não ter diminuído D o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de
proporcionalmente. proteções ao setor produtivo estadunidense e a atual
MOYO, S. A terra africana e as questões agrárias: o caso das lutas pela terra no Zimbábue. crise tem origem na internacionalização das empresas
In: FERNANDES, B. M.; MARQUES, M. I. M.; SUZUKI, J. C. (Org.).
teoria e poder. São Paulo: Expressão Popular, 2007.
e no avanço da política de livre mercado.
E a crise de 1929 decorreu da política intervencionista
Com base no texto, uma característica socioespacial e um
consequente desdobramento que marcou o processo de norte-americana sobre o sistema de comércio mundial
ocupação do espaço rural na África subsaariana foram: e a atual crise resultou do excesso de regulação do
governo desse país sobre o sistema monetário.
A Exploração do campesinato pela elite proprietária –
Domínio das instituições fundiárias pelo poder público.
B Adoção de práticas discriminatórias de acesso à
terra – Controle do uso especulativo da propriedade
fundiária.
C Desorganização da economia rural de subsistência
– Crescimento do consumo interno de alimentos
pelas famílias camponesas.
D Crescimento dos assentamentos rurais com mão de
obra familiar – Avanço crescente das áreas rurais
sobre as regiões urbanas.
E Concentração das áreas cultiváveis no setor
agroexportador – Aumento da ocupação da população
pobre em territórios agrícolas marginais.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 9


*Amar75SAB10*
QUESTÃO 26 A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio Histórico
Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi orientada por
ideias como as descritas no texto, que visavam

A submeter a memória e o patrimônio nacional ao


controle dos órgãos públicos, de acordo com a
tendência autoritária do Estado Novo.
B transferir para a iniciativa privada a responsabilidade
de preservação do patrimônio nacional, por meio de

C fatos e personagens históricos a serem


cultuados pela sociedade brasileira, de acordo com o
interesse público.
D resguardar da destruição as obras representativas
da cultura nacional, por meio de políticas públicas
preservacionistas.
E determinar as responsabilidades pela destruição
do patrimônio nacional, de acordo com a
legislação brasileira.
Cartaz da Revolução Constitucionalista.
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jun. 2012.
QUESTÃO 28
Elaborado pelos partidários da Revolução
Constitucionalista de 1932, o cartaz apresentado
A soma do tempo gasto por todos os navios de
pretendia mobilizar a população paulista contra o
governo federal. carga na espera para atracar no porto de Santos é
igual a 11 anos — isso, contando somente o intervalo
Essa mobilização utilizou-se de uma referência histórica,
associando o processo revolucionário de janeiro a outubro de 2011. O problema não foi
registrado somente neste ano. Desde 2006 a perda de
A à experiência francesa, expressa no chamado à luta
contra a ditadura. tempo supera uma década.
B aos ideais republicanos, indicados no destaque à Folha de S. Paulo, 25 dez. 2011 (adaptado).

bandeira paulista.
A situação descrita gera consequências em cadeia, tanto
C ao protagonismo das Forças Armadas, representadas
pelo militar que empunha a bandeira. para a produção quanto para o transporte. No que se refere
D ao bandeirantismo, símbolo paulista apresentado em à territorialização da produção no Brasil contemporâneo,
primeiro plano.
uma dessas consequências é a
E ao papel
A realocação das exportações para o modal aéreo em
QUESTÃO 27 função da rapidez.
O que o projeto governamental tem em vista é B dispersão dos
poupar à Nação o prejuízo irreparável do perecimento e busca de novos pontos de importação.
da evasão do que há de mais precioso no seu patrimônio.
Grande parte das obras de arte até mais valiosas e dos C redução da exportação de gêneros agrícolas em
bens de maior interesse histórico, de que a coletividade
brasileira era depositária, têm desaparecido ou se
arruinado irremediavelmente. As obras de arte típicas e D priorização do comércio com países vizinhos em
as relíquias da história de cada país não constituem o seu função da existência de fronteiras terrestres.
patrimônio privado, e sim um patrimônio comum de todos
os povos. E estagnação da indústria de alta tecnologia em função
ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico e histórico. O Jornal, 30 out. 1936.
In: ALVES FILHO, I. Brasil, 500 anos em documentos. da concentração de investimentos na infraestrutura
Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).
de circulação.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 10


*Amar75SAB11*
QUESTÃO 29 QUESTÃO 31

Minha vida é andar


Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
GONZAGA, L.; CORDOVIL. H. A vida de viajante, 1953. Disponível em: www.recife.pe.gov.br.
Acesso em: 20 fev. 2012 (fragmento).

representam a

A valorização das características naturais do Sertão


nordestino.
B denúncia da precariedade social provocada pela seca.
C experiência de deslocamento vivenciada pelo migrante.
D profunda desigualdade social entre as regiões
brasileiras. Disponível em: http://nutriteengv.blogspot.com.br. Acesso em: 28 dez. 2011.

E discriminação dos nordestinos nos grandes


centros urbanos. ocorrida na agricultura. Uma contradição presente no
QUESTÃO 30 produtiva está presente em:
Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos A Expansão das terras agricultáveis, com manutenção
deparamos com uma impressionante multidão que de desigualdades sociais.
dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o Vice- B Modernização técnica do território, com redução do
Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pular, exercício nível de emprego formal.
violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto C Valorização de atividades de subsistência, com
posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, redução da produtividade da terra.
por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante D Desenvolvimento de núcleos policultores, com
ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e ampliação da concentração fundiária.
escravos a dançar e pular misturados, e a gritar a plenos E Melhora da qualidade dos produtos, com retração na
pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”. exportação de produtos primários.
BARBINAIS, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde. Apud: TINHORÃO, J. R.
As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 (adaptado).

O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre


uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra

manifestações religiosas do período colonial, ela


A seguia os preceitos advindos da hierarquia
católica romana.
B demarcava a submissão do povo à autoridade
constituída.
C definia o pertencimento dos padres às camadas
populares.
D afirmava um sentido comunitário de partilha da
devoção.
E harmonizava as relações sociais entre escravos
e senhores.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 11


*Amar75SAB12*
QUESTÃO 32 QUESTÃO 33

Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides


Composição da população residente urbana por sexo,
segundo os grupos de idade - Brasil - 1991/2010 era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e
100
não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação
95 Homens Mulheres
90
85
entre objeto racional e objeto sensível ou material que
80
75
70
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta,
65
60
55
mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se
50
45
40
em sua mente.
45
30 ZINGANO, M. Platão e Aristóteles:
25
20
15
São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
10
5
0
8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0
%
O texto faz referência à relação entre razão e sensação,
um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão
1991 2010
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991/2010 (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão
se situa diante dessa relação?
Composição da população residente rural por sexo,
segundo os grupos de idade - Brasil - 1991/2010 A Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
100
95
Homens Mulheres B Privilegiando os sentidos e subordinando o
90
85
80 conhecimento a eles.
75
70
65
60
C Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e
55
50
45
sensação são inseparáveis.
40
45
30 D a razão é capaz de gerar conhecimento,
25
20
15 mas a sensação não.
10
5
0
8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0
% E Rejeitando a posição de Parmênides de que a
sensação é superior à razão.
1991 2010

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991/2010

BRASIL. IBGE. Rio de Janeiro, 2011.

A interpretação e a correlação da

A menor proporção de fecundidade na área urbana.


B menor proporção de homens na área rural.
C aumento da proporção de fecundidade na área rural.
D queda da longevidade na área rural.
E queda do número de idosos na área urbana.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 12


*Amar75SAB13*
QUESTÃO 34 QUESTÃO 36

As plataformas ou crátons correspondem aos TEXTO I


terrenos mais antigos e arrasados por muitas fases Ao se emanciparem da tutela senhorial, muitos
de erosão. Apresentam uma grande complexidade camponeses foram desligados legalmente da antiga
terra. Deveriam pagar, para adquirir propriedade ou
antigas (Pré-Cambriano Médio e Inferior). Também arrendamento. Por não possuírem recursos, engrossaram
ocorrem rochas intrusivas antigas e resíduos de rochas
a camada cada vez maior de jornaleiros e trabalhadores
sedimentares. São três as áreas de plataforma de
volantes, outros, mesmo tendo propriedade sobre um
crátons no Brasil: a das Guianas, a Sul-Amazônica e a
pequeno lote, suplementavam sua existência com o
do São Francisco.
assalariamento esporádico.
ROSS, J. L. S. . São Paulo: Edusp, 1998.
MACHADO, P. P. Política e colonização no Império. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999 (adaptado).

As regiões cratônicas das Guianas e a Sul-Amazônica


TEXTO II
têm como arcabouço geológico vastas extensões de
escudos cristalinos, ricos em minérios, que atraíram Com a globalização da economia ampliou-se a
a ação de empresas nacionais e estrangeiras do hegemonia do modelo de desenvolvimento agropecuário,
setor de mineração e destacam-se pela sua história com seus padrões tecnológicos, caracterizando o
geológica por agronegócio. Essa nova face da agricultura capitalista
também mudou a forma de controle e exploração da terra.
A apresentarem áreas de intrusões graníticas, ricas em
Ampliou-se, assim, a ocupação de áreas agricultáveis e
jazidas minerais (ferro, manganês).
as fronteiras agrícolas se estenderam.
B corresponderem ao principal evento geológico do SADER, E.; JINKINGS, I. Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe.
São Paulo: Boitempo, 2006 (adaptado).
Cenozoico no território brasileiro.
C apresentarem áreas arrasadas pela erosão, que Os textos demonstram que, tanto na Europa do século XIX
originaram a maior planície do país. quanto no contexto latino-americano do século XXI, as
D possuírem em sua extensão terrenos cristalinos ricos alterações tecnológicas vivenciadas no campo interferem
em reservas de petróleo e gás natural. na vida das populações locais, pois

E serem esculpidas pela ação do intemperismo físico, A induzem os jovens ao estudo nas grandes cidades,
decorrente da variação de temperatura. causando o êxodo rural, uma vez que formados, não
retornam à sua região de origem.
QUESTÃO 35
B impulsionam as populações locais a buscar linhas
A irrigação da agricultura é responsável pelo
consumo de mais de 2/3 de toda a água retirada dos rios,
lagos e lençóis freáticos do mundo. Mesmo no Brasil,
onde achamos que temos muita água, os agricultores C ampliam o protagonismo do Estado, possibilitando
que tentam produzir alimentos também enfrentam secas a grupos econômicos ruralistas produzir e impor
periódicas e uma competição crescente por água. políticas agrícolas, ampliando o controle que tinham
MARAFON, G. J. et al. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e sociedade. dos mercados.
Rio de Janeiro: Garamond, 2011.
D aumentam a produção e a produtividade de
No Brasil, as técnicas de irrigação utilizadas na agricultura
produziram impactos socioambientais como
da mecanização, do uso de agrotóxicos e cultivo de
A redução do custo de produção. plantas transgênicas.
B agravamento da poluição hídrica. E desorganizam o modo tradicional de vida impelindo-
C compactação do material do solo. as à busca por melhores condições no espaço
D aceleração da fertilização natural. urbano ou em outros países em situações muitas
E redirecionamento dos cursos vezes precárias.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 13


*Amar75SAB14*
QUESTÃO 37 O primeiro eixo geográfico de ocupação das terras
amazônicas demonstra um padrão relacionado à
A interface clima/sociedade pode ser considerada em criação de
termos de ajustamento à extensão e aos modos como as
A núcleos urbanos em áreas litorâneas.
sociedades funcionam em uma relação harmônica com
seu clima. O homem e suas sociedades são vulneráveis B centros agrícolas modernos no interior.
às variações climáticas. A vulnerabilidade é a medida C vias férreas entre espaços de mineração.
pela qual uma sociedade é suscetível de sofrer por D faixas de povoamento ao longo das estradas.
causas climáticas. E povoados interligados próximos a grandes rios.

AYOADE, J. O. Introdução a climatologia para os trópicos. QUESTÃO 40


Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010 (adaptado).
A experiência que tenho de lidar com aldeias de
Considerando o tipo de relação entre ser humano e diversas nações me tem feito ver, que nunca índio fez
condição climática apresentado no texto, uma sociedade
torna-se mais vulnerável quando estão já civilizados, como não sucederá o mesmo com
esses que estão ainda brutos.
A concentra suas atividades no setor primário. NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan.1751. Apud CHAIM, M. M.
Aldeamentos indígenas (Goiás: 1749-1811). São Paulo:
B apresenta estoques elevados de alimentos. Nobel, Brasília: INL, 1983 (adaptado).

C possui um sistema de transportes articulado. Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capitania de


D Goiás foi governada por D. Marcos de Noronha, que
atendeu às diretrizes da política indigenista pombalina
E introduz tecnologias à produção agrícola. que incentivava a criação de aldeamentos em função
QUESTÃO 38 A das constantes rebeliões indígenas contra os brancos
colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro
Uma mesma empresa pode ter sua sede
nas regiões mineradoras.
administrativa onde os impostos são menores, as
B da propagação de doenças originadas do contato
unidades de produção onde os salários são os mais
com os colonizadores, que dizimaram boa parte da
baixos, os capitais onde os juros são os mais altos população indígena.
e seus executivos vivendo onde a qualidade de vida
C do empenho das ordens religiosas em proteger
é mais elevada. o indígena da exploração, o que garantiu a sua
SEVCENKO, N. A corrida para o século XXI: no loop da montanha russa. supremacia na administração colonial.
São Paulo: Companhia das Letras, 2001 (adaptado).
D da política racista da Coroa Portuguesa, contrária à
No texto estão apresentadas estratégias empresariais miscigenação, que organizava a sociedade em uma
no contexto da globalização. Uma consequência social hierarquia dominada pelos brancos.
derivada dessas estratégias tem sido E da necessidade de controle dos brancos sobre a
população indígena, objetivando sua adaptação às
A o crescimento da carga tributária. exigências do trabalho regular.
B o aumento da mobilidade ocupacional. QUESTÃO 41
C a redução da competitividade entre as empresas.
A partir dos anos 70, impõe-se um movimento
D o direcionamento das vendas para os mercados de desconcentração da produção industrial, uma das
regionais. manifestações do desdobramento da divisão territorial
E a ampliação do poder de planejamento dos do trabalho no Brasil. A produção industrial torna-se
Estados nacionais. mais complexa, estendendo-se, sobretudo, para novas
áreas do Sul e para alguns pontos do Centro-Oeste, do
QUESTÃO 39 Nordeste e do Norte.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI.
A moderna “conquista da Amazônia” inverteu o eixo Rio de Janeiro: Record, 2002 (fragmento).

Um fator g
colonial até meados do século XIX, as correntes principais
de população movimentaram-se no sentido Leste-Oeste,
estabelecendo uma ocupação linear articulada. Nas A Obsolescência dos portos.
B Estatização de empresas.
C
à Amazônia.
D Ampliação de políticas protecionistas.
OLIC, N. B. Ocupação da Amazônia, uma epopeia inacabada.
Jornal Mundo, ano 16, n. 4, ago. 2008 (adaptado). E Desenvolvimento dos meios de comunicação.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 14


*Amar75SAB15*
QUESTÃO 42 QUESTÃO 44
TEXTO I TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento Experimentei algumas vezes que os sentidos eram
originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e
que outras coisas provêm de sua descendência. em quem já nos enganou uma vez.
Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

passo que os ventos são ar condensado. As nuvens


TEXTO II
formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais
condensadas, transformam-se em água. A água, Sempre que alimentarmos alguma suspeita de
que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum
quando mais condensada, transforma-se em terra, e
quando condensada ao máximo possível, transforma-
impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível
se em pedras.
atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá
BURNET, J. . Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

TEXTO II HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).

Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a
“Deus, como criador de todas as coisas, está no natureza do conhecimento humano. A comparação dos
princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas excertos permite assumir que Descartes e Hume
de conteúdo se nos apresentam, em face desta
concepção, as especulações contraditórias dos A defendem os sentidos como critério originário para
filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de considerar um conhecimento legítimo.
algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, B entendem que
ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade,
dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa C são legítimos representantes do criticismo quanto à
teia de aranha.” gênese do conhecimento.
GILSON, E.; BOEHNER, P. .
São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). D concordam que conhecimento humano é impossível
em relação às ideias e aos sentidos.
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram
teses para explicar a origem do universo, a partir de uma E atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no
processo de obtenção do conhecimento.

QUESTÃO 45
comum na sua fundamentação teorias que
A eram baseadas nas ciências da natureza. Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de
B que o que acontece no mundo é decidido por Deus e
pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias,
C tinham origem nos mitos das civilizações antigas. devido às grandes transformações ocorridas, e que
D postulavam um princípio originário para o mundo. ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura
E defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o
nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte
QUESTÃO 43 decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos
De repente, sente-se uma vibração que aumenta permite o controle sobre a outra metade.
rapidamente; lustres balançam, objetos se movem MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).
sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de
Em O Príncipe
medo do imprevisto. Segundos parecem horas, poucos
minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra
de um terremoto, um tipo de abalo sísmico. o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo
renascentista ao
ASSAD, L. Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra. ComCiência:

Disponível em: http://comciencia.br. Acesso em: 2 mar. 2012. A valorizar a interferência divina nos acontecimentos
O fenômeno físico descrito no texto afeta intensamente as
populações que ocupam espaços próximos às áreas de B rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
C
A alívio da tensão geológica.
fundamento da ação humana.
B
D romper com a tradição que valorizava o passado
C atuação do intemperismo químico. como fonte de aprendizagem.
D formação de aquíferos profundos. E ação política com base na unidade entre
E acúmulo de depósitos sedimentares. fé e razão.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 15
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
A COR DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É BRANCO.
MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA

1º DIA
CADERNO

3 BRANCO

2ª APLICAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES

1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões 9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço


numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: compreendido no círculo correspondente à opção escolhida
a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a
Ciências Humanas e suas Tecnologias; questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
b. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de 10 O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e
Ciências da Natureza e suas Tecnologias. trinta minutos.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a 11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-
quantidade de questões e se essas questões estão na ordem RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no
CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja
incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, 12 Quando terminar as provas, acene para chamar o
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
providências cabíveis. CARTÃO-RESPOSTA.
3 Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão 13 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO
comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de provas nos
30 minutos que antecedem o término da prova.
4 ATENÇÃO: após a conferência, escreva e assine seu nome
14 Você será excluído do exame no caso de:
nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta
esferográfica de tinta preta. a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
5 ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu b. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação
CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando das provas, incorrendo em comportamento indevido
as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: durante a realização do Exame;
c. se comunicar, durante as provas, com outro participante
verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
Ler é apossar-se da fantasia.
d. utilizar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de
comunicação durante a realização do Exame;
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, a e. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício
opção correspondente à cor desta capa. próprio ou de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
f. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização
7 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA,
do Exame;
pois ele não poderá ser substituído.
g. se ausentar da sala de provas levando consigo o
8 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas CADERNO DE QUESTÕES antes do prazo estabelecido
5 opções identificadas com as letras A, B, C, D e E. e/ou o CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo;
Apenas uma responde corretamente à questão. h. não cumprir com o disposto no edital do Exame.

*BRAN75SAB0*
*cinz25dom2*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção inglês)
QUESTÃO 91

BELL, D. Disponível em: www.candorville.com. Acesso em: 29 fev. 2012.

Com base nas informações verbais e no contexto social da tirinha, infere-se que o cliente
A constrange e intimida o garçom, a fim de não pagar a conta devida.
B está indisposto para conversar com o garçom sobre assuntos pessoais.
C explica ao garçom que vai aguardar outra pessoa chegar ao restaurante.
D mostra descontentamento com o serviço para não ter que pagar por ele.
E demonstra bom humor, fazendo piada no momento de fechar a conta.
QUESTÃO 92
Home is where the heart is
The heart of psychosocial care is to be found in the home and it is here that the main trust of external
efforts to improve the wellbeing of vulnerable children must be directed. The best way to support the wellbeing
of young children affected by HIV/AIDS is to strengthen and reinforce the circles of care that surround children.
Some children — especially those living outside families, on the streets or institutions, with chronically ill caregivers,
and orphans — are more vulnerable and especially require psychosocial care and support. However, this social
support needs to be provided in family settings, with the same characteristics of commitment, stability, and
individualized affectionate care. The primary aim of all psychosocial support programmes should be an encouraging
and enabling family support, including foster care, and placing and maintaining young children in stable and
affectionate family environments. Only secondarily should direct services be provided to affected children.
RICHTER, L.; FOSTER, G.; SHERR, L. Where the heart is: meeting the psychosocial needs of young children in the context of HIV/AIDS. Holanda: Bernard van Leer Foundation, 2006 (adaptado).

Ao tratar dos problemas psicossociais dos portadores do vírus HIV/AIDS, o texto argumenta que
A as crianças em ambiente familiar enfrentam melhor a doença.
B o suporte das instituições traz mais benefícios que o familiar.
C as famílias dos portadores do HIV aprendem umas com as outras.
D a recuperação dos portadores do vírus HIV exige internamento.
E o tratamento dos pacientes depende de financiamento externo.
QUESTÃO 93
Scared fit
My body was telling me things I did not want to hear. In February 2010, my doctor confirmed what my body was
telling me. My not feeling well was a result of years of neglecting my body and diet. At 62, I had developed high blood
pressure, type 2 diabetes, and my cholesterol was going through the roof. At 4’ 10” and weighing 227 pounds, the
problem was in the mirror looking back at me. My doctor said, “lose weight, start eating healthy, and start exercising if you
want to live to a ripe old age”. Needless to say, I was scared I wouldn’t see my grandkids and great-grandkids grow up.
PAZ, A. Disponível em: www.healthandfitnessmag.com. Acesso em: 28 fev. 2012.

No texto Scared fit, que relata a experiência de Amanda de la Paz relacionada aos cuidados com a saúde, a palavra
scared faz referência ao seu medo de
A emagrecer mais que o necessário.
B encarar exercícios físicos pesados.
C enfrentar sua aparência no espelho.
D sofrer as consequências de seu descuido.
E enfrentar uma dieta com restrição de doces.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 2
*cinz25dom3*
QUESTÃO 94 A linguística é a ciência que se interessa pela linguagem
Our currency humana em seus mais diferentes aspectos, e assim nos
ajuda a pensar sobre a diversidade cultural e linguística.
Australia was the first country in the world to have a Nesse texto, a questão da diversidade linguística é
complete system of bank notes made from plastic (polymer). discutida por meio
These notes provide much greater security against A da polêmica em torno da legitimação do ebônico
counterfeiting. They also last four times as long as como uma língua.
conventional paper (fibrous) notes. B da dificuldade de aceitação do ebônico como uma
mistura de línguas.
The innovative technology with which Australian bank C do reconhecimento conquistado pelos afro-
notes are produced — developed entirely in Australia — americanos falantes do ebônico.
offers artists brilliant scope for the creation of images that D do desprestígio do dialeto ebônico socialmente
reflect the history and natural environment of Australia. At the marcado pelos linguistas.
same time, the polymer notes are cleaner than paper notes E do impedimento de compreensão entre falantes de
and easily recyclable. Australia’s currency comprises coins of dialetos distintos.
5, 10, 20 and 50 cent and one and two dollar denominations;
and notes of 5, 10, 20, 50 and 100 dollar denominations.
AUSTRALIA GOVERNMENT. About Australia. Disponível em: www.newzealand.com.
Acesso em: 7 dez. 2011.

O governo da Austrália, por meio de seu Departamento


de Assuntos Estrangeiros, divulga inovações tecnológicas
desse país. Associando as informações apresentadas na
busca pelo tema, percebe-se que o texto se refere

A à educação ambiental na Austrália.


B ao sistema monetário australiano.
C aos expoentes da arte australiana.
D à situação econômica da Austrália.
E ao controle bancário australiano.
QUESTÃO 95
Ebonics

The word ebonics is made up of two words. Ebony,


which means black and phonics, which refers to sound.
It is a systematic rule-governed natural speech that is
consistent as any other language in sentence structure.
This is referred to as syntax. What makes this speech
pattern uniquely different to “so called” American Standard
English is its verb tense or lack of it. An example of this
can be seen in the sentence, “He is sick today”. This same
sentence translated in ebonics would read, “He sick today”.
As you can see the verb has been omitted. However, this
speech pattern is consistently used. Major controversy
has arisen whether or not ebonics is a separate language
or simply a dialect. In doing my research, I have found that
most linguists take the position that ebonics is a dialect.
What distinguishes dialect from language is that in dialect
two speakers share most or some of the same vocabulary
and is recognizable and understandable. In contrast,
separate languages are present only when the inability to
communicate verbally occurs.
Disponível em: www.writework.com. Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado).

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 3


*cinz25dom4*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Os sefarditas são descendentes dos judeus expulsos
da Espanha em 1492. O autor do texto, ao vincular a
Questões de 91 a 135 melancolia à identidade dos sefarditas, destaca a
Questões de 91 a 95 (opção espanhol) A conservação de um modo de vida próprio da nação
QUESTÃO 91 da qual eles foram desmembrados.
B fidelidade à língua hebraica que era falada pelos seus
AL TRAER EL CAFÉ,
TE OFRECEN SACARINA A TI.
CUANDO LLEGA LA CUENTA,
SE LA DAN A ÉL.
antepassados na Península Ibérica.
... no, gracias, el
C lealdade por eles demonstrada às autoridades que os
señorita!
baniram dos territórios castelhanos.
!
que está a régimen señor...
es él...

D manutenção feita pelos judeus das casas que


possuíam na Espanha, no final do século XV.
E observação das tradições impostas aos judeus nas
cidades orientais para onde migraram.
QUESTÃO 93
MAITENA. Todas las mujeres alteradas. Barcelona: Debolsillo, 2008. El idioma español en África subsahariana:
aproximación y propuesta
Considere que, em cada sociedade, os indivíduos estão
inseridos em um sistema de sexo-gênero, isto é, atuam La inexistencia de un imperio colonial español
de acordo com determinados padrões de comportamento. contemporáneo en África subsahariana durante los siglos
Desse modo, o texto é irônico por meio XIX y XX es la causa de la ausencia actual de la lengua
española en ese espacio como seña lingüística, con la
A da demonstração da inexistência de padrões de excepción del Estado ecuatoguineano. En consecuencia,
comportamento feminino em situações cotidianas la lengua española es, en ese subcontinente, un idioma
relacionadas ao universo gastronômico. muy poco conocido y promovido. Por otro lado, la
importante presencia colonial portuguesa en África tuvo
B da divulgação de estereótipos com vistas a consolidar como consecuencia el nacimiento de cinco Estados
padrões de comportamento socialmente aceitáveis. oficialmente lusófonos. Convendrá, en esos países del
C do rechaço da importância assumida pelo homem África subsahariana, la promoción del español a partir de
la afinidad con el portugués, lengua consolidada ya en
nos relacionamentos contemporâneos em detrimento
ese espacio.
da mulher.
DURÁNTEZ PRADOS, F. A. Disponível em: www.realinstitutoelcano.org.
D da denúncia do desconforto feminino ao deparar- Acesso em: 20 jan. 2012 (adaptado).

se com situações do cotidiano consideradas No artigo, após um esboço sobre a presença do espanhol
marcadamente machistas. na África subsaariana, propõe-se
E da contraposição de um estereótipo de comportamento
A projetar o espanhol no território africano lusófono.
feminino em relação às mudanças vividas pela
sociedade contemporânea. B reforçar o ensino do espanhol na Guiné Equatorial.
C substituir o português pelo espanhol em cinco Estados.
QUESTÃO 92
D amparar a promoção da fusão entre línguas próximas.
Sefarditas o la melancolía de ser judío español E desenvolver o conhecimento sobre o português da África.
El nombre de Sefarad, como es denominada España
en lengua hebrea, despierta en gentes de Estambul o de
Nueva York, de Sofía o de Caracas, el vago recuerdo de
una casa abandonada precipitadamente bajo la noche.
Por eso muchas de estas gentes, descendientes de
los judíos españoles expulsados en 1492, conservan
las viejas llaves de los hogares de sus antepasados en
España. Se ha escrito que jamás una nación ha tenido
unos hijos tan fieles como ellos, que después de quinientos
años de exilio siguen llamándose “sefarditas” (españoles)
y mantienen celosamente el idioma “sefardita” y las
costumbres de sus orígenes. En la cocina y en los lances
de amor, en las fiestas y en las ceremonias religiosas, los
sefarditas viven todavía la melancolía de ser españoles.
CORRAL, P.; ALCALDE, J. Sefardíes o la melancolía de ser judío español. Disponível em:
http://sefaradilaculturasefardi.blogspot.com. Acesso em: 17 fev. 2012 (adaptado).

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 4


*cinz25dom5*
QUESTÃO 94 QUESTÃO 95
¿Están locos los españoles? Si hay una palabra que llama a la unanimidad en el
¿Están locos los españoles? Esa fue la pregunta mundo de la política contemporánea, fuera de la palabra
que me hizo un alemán en el año 1991. “Ni siquiera este “democracia”, es la palabra “integración”. Obviamente
próspero país podría permitirse organizar unos Juegos detrás de esta palabra vienen interpretaciones muy
Olímpicos y una Expo al mismo tiempo”, me dijo. Desde diversas, cuando no totalmente contradictorias.
entonces hemos creado una red de trenes de alta velocidad La Alternativa Bolivariana de las Américas (ALBA), por
envidia de los alemanes, tenemos más kilómetros per
capita de autopistas que ellos, el metro de Madrid es ejemplo, es un proceso de integración, al centro del cual
considerado el segundo mejor del mundo, se han invertido se encuentra una perspectiva de solidaridad de los países
cantidades fabulosas en enriquecer a los constructores, latinoamericanos, y de resistencia anti-hegemónica de sus
a los partidos políticos y a no pocos bolsillos de políticos. pueblos, pero igualmente llaman proceso de integración al
Mientras, los sobrios alemanes seguían inyectando dinero Tratado de Libre Comercio de América del Norte (TLCAN)
en investigación y desarrollo, con lo cual se mantienen
que involucra a EEUU, Canadá y México, un TLC que
como el primer país exportador de la UE.
representa una verdadera anexión económica de México
Señores políticos, yo no gasto lo que no tengo. Es su
responsabilidad el habernos metido en esta situación y por parte de los Estados Unidos, mediante el comercio,
espero que las urnas les castiguen a todas las formaciones que ha llevado a la quiebra y a la miseria a millones de
políticas en la medida de su responsabilidad. campesinos, ha profundizado la brecha social y acelera la
ESCÓS, F. A. Disponível em: www.elpaís.com. destrucción del medio ambiente.
A afirmativa que esclarece a opinião do autor da carta MARKOV, H. Integración sí, ¿pero cuál? América Latina en movimiento.Disponível em:

a respeito das escolhas de investimento feitas pelos www.alainet.org. Acesso em: 23 fev. 2012 (adaptado).

administradores espanhóis é: Conforme o texto, a palavra “integración” representa


A A Alemanha, mesmo sendo um próspero país, um chamado à união no mundo contemporâneo,
não foi capaz de realizar dois grandes eventos embora receba interpretações bastante diversas.
simultaneamente. A crítica suscitada no texto em relação a um dos
B A Espanha, assim como a Alemanha, também sentidos assumidos por essa palavra reside nas
injetou capital em ações que visassem ao seu consequências que derivam
desenvolvimento econômico.
C A Espanha, dona de uma invejável rede de trens A da condição de miséria de inúmeras pessoas do campo.
de alta velocidade, investiu na modernização das
B da destruição do meio ambiente em ritmo acelerado.
estradas e vias de metrô.
D A Alemanha, diferentemente da Espanha, investe C da solidariedade crescente entre os países da
recursos na pesquisa e se mantem líder no ranking América Latina.
dos países exportadores da União Europeia.
D do aprofundamento da crise econômica e das
E A Espanha, apesar da escassez de recursos públicos,
diferenças sociais.
aplicou capital em obras de infraestrutura, o que, hoje,
justifica a crise em que se encontra. E do enlace comercial dos países da América do Norte

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*cinz25dom6*
QUESTÃO 96 . QUESTÃO 98
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de
fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar
para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma
a não abrir todas as cortinas. E, porque não abre as
cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E,
à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar,
esquece a amplidão.

COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.

A progressão é garantida nos textos por determinados


recursos linguísticos, e pela conexão entre esses
Disponível em: www.itaucultural.org.br. Acesso em: 26 jul. 2010.
recursos e as ideias que eles expressam. Na crônica, a
Sem formação acadêmica específica em artes visuais, continuidade textual é construída, predominantemente,
Heitor dos Prazeres, que também é compositor e
instrumentista, é reconhecido artista popular do Rio de por meio
Janeiro. Suas pinturas de perspectivas imprecisas e
com traços bem demarcados são figurativas e sugerem A do emprego de vocabulário rebuscado, possibilitando
movimento. Essa obra retrata a elegância do raciocínio.
A a confraternização de uma população socialmente B da repetição de estruturas, garantindo o paralelismo
marginalizada.
sintático e de ideias.
B o inconformismo da população de baixa renda da capital.
C o cotidiano da burguesia contemporânea da capital. C da apresentação de argumentos lógicos, constituindo
D a instabilidade de uma realidade rural do Brasil. blocos textuais independentes.
E a solidariedade da população nordestina. D da ordenação de orações justapostas, dispondo as
QUESTÃO 97 informações de modo paralelo.
Buscar melhorar as habilidades de movimento,
encarar as dificuldades que se apresentam em um jogo, E da estruturação de frases ambíguas, construindo
propor-se a correr o risco de ganhar ou de perder são efeitos de sentido opostos.
requisitos que tornam um jogador mais hábil a cada dia e
um ser humano mais competente. Saber lidar com o erro e QUESTÃO 99
a derrota como processo de evolução para vencer e atingir
metas é outro fator positivo da competição esportiva. ÀS VEZES NA
Ao participar de um jogo acontece de se errar um VIDA TEMOS
QUE PARAR
arremesso, um chute a gol, um passe ao colega, mas PARA UM
pode-se dizer que é possível crescer através das falhas BALANÇO.
e da derrota, com as quais se aprende a superar as
decepções e tirar proveito do erro como aprendizado
para novas tentativas.
BREGOLATO, R. A. Cultura corporal do esporte. São Paulo: Ícone, 2007 (adaptado).
LAERTE. Disponível em: http://claudiagiron.blog.terra.com.br. Acesso em: 8 set. 2011.
O esporte é um fenômeno social que pode ser praticado
nos mais variados contextos. O texto o apresenta como Na tira, o recurso utilizado para produzir humor é a
uma forma de manifestação da atividade física que
A transformação da inércia em movimento por meio
A direciona para os riscos resultantes das situações
vivenciadas no jogo, tendo em vista a necessidade do balanço.
de vitória.
B universalização do enunciador por meio do uso da
B visa à performance e ao rendimento, pois exige
resultados cada vez melhores dos atletas nele primeira pessoa do plural.
envolvidos. C polissemia da palavra balanço, ou seja, seus
C valoriza os princípios de educação, colaboração e
autonomia, numa perspectiva de crescimento pessoal. múltiplos sentidos.
D prioriza o espetáculo e o rendimento na competição D pressuposição de que o ócio é melhor que o trabalho.
esportiva, como processo de melhoria das habilidades.
E metaforização da vida como caminho a ser seguido
E retrata a importância de vencer em uma situação  de
competição, como forma de aprimorar o aprendizado. continuamente.
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*cinz25dom7*
QUESTÃO 100
A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo
a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Esses pronomes podem
assumir três posições na oração em relação ao verbo. Próclise, quando o pronome é colocado antes do verbo, devido a
partículas atrativas, como o pronome relativo. Ênclise, quando o pronome é colocado depois do verbo, o que acontece
quando este estiver no imperativo afirmativo ou no infinitivo impessoal regido da preposição “a” ou quando o verbo
estiver no gerúndio. Mesóclise, usada quando o verbo estiver flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
A mesóclise é um tipo de colocação pronominal raro no uso coloquial da língua portuguesa. No entanto, ainda é encontrada
em contextos mais formais, como se observa em:
A Não lhe negou que era um improviso.
B Faz muito tempo que lhe falei essas coisas.
C Nunca um homem se achou em mais apertado lance.
D Referia-se à D. Evarista ou tê-la-ia encontrado em algum outro autor?
E Acabou de chegar dizendo-lhe que precisava retornar ao serviço imediatamente.
QUESTÃO 101
No Brasil de hoje são falados por volta de 200 idiomas. As nações indígenas do país falam cerca de 180 línguas,
e as comunidades de descendentes de imigrantes cerca de 30 línguas. Há uma ampla riqueza de usos, práticas e
variedades no âmbito da própria língua portuguesa falada no Brasil, diferenças estas de caráter diatópico (variações
regionais) e diastrático (variações de classes sociais) pelo menos. Somos, portanto, um país de muitas línguas, tal qual
a maioria dos países do mundo (em 94% dos países são faladas mais de uma língua).
Fomos no passado, ainda muito mais do que hoje, um território plurilíngue. Cerca de 1078 línguas indígenas
eram faladas quando aqui aportaram os portugueses, há 500 anos, segundo estimativas de Rodrigues (1993).
Porém, o Estado português e, depois da independência, o Estado brasileiro, que o sucedeu, tiveram por política impor
o português como a única língua legítima, considerando-a “companheira do Império”. A política linguística principal do
Estado sempre foi a de reduzir o número de línguas, num processo de glotocídio (eliminação de línguas) por meio do
deslocamento linguístico, isto é, de sua substituição pela língua portuguesa. Somente na primeira metade do século XX,
segundo Darcy Ribeiro, 67 línguas indígenas desapareceram no Brasil — mais de uma por ano, portanto. Das cerca
de 1 078 línguas indígenas faladas em 1 500, ficamos com aproximadamente 180 em 2000 (um decréscimo de 85%),
e várias destas 180 encontram-se em estado avançado de desaparecimento.
Disponível em: www.cultura.gov. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado).

As línguas indígenas contribuíram, entre outros aspectos, para a introdução de novas palavras no português do Brasil.
De acordo com o texto apresentado, infere-se que a redução do número de línguas indígenas
A ocasionou graves consequências para a preservação do nosso patrimônio linguístico e cultural, uma vez que a
redução dessas línguas significa a perda da herança cultural de um povo.
B manteve a preservação de nosso patrimônio linguístico e cultural, porque, assim como algumas línguas morrem,
outras nascem de tempos em tempos, o que contribui para a conservação do idioma.
C foi um processo natural pelo qual a língua portuguesa passou, não significando, portanto, prejuízos para o
patrimônio linguístico do Brasil, que se conservou inalterado até nossos dias.
D contribuiu para a mudança de posicionamento da política linguística do Estado, que passou a desconsiderar as
línguas indígenas como um importante meio de comunicação dos primeiros habitantes.
E representou uma fase do desenvolvimento da língua portuguesa, que, como qualquer outra língua, passou pelo
processo de renovação vocabular, que exige a redução das línguas.
QUESTÃO 102
VOSMECÊ ESTÁ
A MINHA FILHA SÓ VOCÊ DEVE SER MUITO MAIS
VELHO QUE A MINHA FILHA! EMITINDO UMA
TEM 18 ANINHOS! PARVOÍCE!

Disponível em: http://blog.educacional.com.br. Acesso em: 30 set. 2011.

As variações e as mudanças nas línguas estão correlacionadas a fatores sociais. Na tira, a dedução do pai da garota
é confirmada e gera o efeito de humor, pois seu interlocutor apresenta um vocabulário
A urbano, típico de quem nasce nas grandes metrópoles brasileiras.
B formal, relativo a quem frequenta a escola por muitos anos.
C elitizado, encontrado entre falantes de classe socioeconômica alta.
D especial, restrito a quem frequenta os espaços da juventude.
E conservador, representado por uma fala arcaica para a geração atual.
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*cinz25dom8*
QUESTÃO 103 Em variados momentos de nossa vida, precisamos
Entrevista interpretar as diferentes linguagens dos sistemas de
Almir Suruí comunicação. O gráfico é um desses sistemas, que, no
Não temos o direito de ficar isolados caso apresentado, indica que as habilidades associadas
Soa contraditório, mas a mesma modernidade que à inteligência humana variam de acordo com a idade.
quase dizimou os suruís nos tempos do primeiro contato Considerando essa informação, constata-se que
promete salvar a cultura e preservar o território desse
povo. Em 2007, o líder Almir Suruí, de 37 anos, fechou A as habilidades verbal e de resolução de problemas
uma parceria inédita com o Google e levou a tecnologia destacam-se entre 40 e 60 anos.
às tribos. Os índios passaram a valorizar a história dos
anciãos. E a resguardar, em vídeos e fotos on-line, as B a habilidade numérica diminui consideravelmente
tradições da aldeia. Ainda se valeram de smartphones entre 20 e 40 anos.
e GPS para delimitar suas terras e identificar os
desmatamentos ilegais. Em 2011, Almir Suruí foi eleito C a habilidade de resolução de problemas piora
pela revista americana Fast Company um dos 100 líderes consideravelmente a partir dos 30 anos.
mais criativos do mundo dos negócios. D as habilidades humanas, em geral, declinam
ÉPOCA - Quando o senhor percebeu que a internet consideravelmente a partir dos 40 anos.
poderia ser uma aliada do povo suruí?
Almir Suruí - Meu povo acredita no diálogo. Para nós, E a habilidade numérica melhora muito na faixa etária
é uma ferramenta muito importante. Sem a tecnologia, entre 60 e 80 anos.
não teríamos como dialogar suficientemente para QUESTÃO 105
propor e discutir os direitos e territórios de nosso povo.
Nós, povos indígenas, não temos mais o direito de ficar Cantora afirma que não faz questão de lançar moda,
isolados. Ao usar a tecnologia, valorizamos a floresta e mas gosta de estar “bonitona” e de se vestir bem
criamos um novo modelo de desenvolvimento. Se a gente
usasse a tecnologia de qualquer jeito, seria um risco. Em entrevista concedida a um jornal televisivo, a
Mas hoje temos a pretensão de usar a ferramenta para cantora Adele disse que gosta de estar bonitona quando se
valorizar nosso povo, buscar nossa autonomia e ajudar veste, mas é profissional: “não faço questão de lançar moda.
na implementação das políticas públicas a favor do meio Música é para os ouvidos, não para os olhos. Vocês nunca
ambiente e das pessoas. RIBEIRO, A. Época, 20 fev. 2012 (fragmento).
vão me ver cantando de biquíni”.
As tecnologias da comunicação e informação podem
ser consideradas como artefatos culturais. No fragmento Com edição de imagens rápidas, cujos trechos da
de entrevista, Almir Suruí argumenta com base no entrevista exclusiva se mesclavam com os de clipes, e
pressuposto de que texto cheio de adjetivos, o jornal disse que a fuga de Adele
A as tecnologias da informação presentes nas aldeias para o sofrimento é colocar na partitura das músicas todo
revelam-se contraditórias com a memória coletiva seu rancor.
baseada na oralidade.
B as tradições culturais e os modos de transmiti-las não O rompimento de dois namoros deu origem aos
são afetados pelas tecnologias da informação. álbuns 19 (2008) e 21 (2010): “é o meu jeito de superar
C as tecnologias da informação inviabilizam o a dor... funcionou”.
desenvolvimento sustentável nas aldeias.
Disponível em: www.jb.com.br. Acesso em: 30 set. 2011 (adaptado).
D as tecnologias da informação trazem novas
possibilidades para a preservação de uma cultura. As declarações da cantora ao jornal expressam sua
E as tecnologias da informação permitem que os opinião a respeito do comportamento dos artistas. Suas
povos indígenas se mantenham isolados em
palavras sugerem que
suas comunidades.
QUESTÃO 104 A a mídia rejeita uma imagem artística elaborada
IDADE

25 32 39 46 53 60 67 74 81 88
para atender às cobranças do público e para
55
Habilidade Habilidade
explorar a sensualidade.
numérica verbal
B uma cantora competente constrói sua carreira pelo
desempenho vocal, sendo pouco relevante o figurino
50
Capacidade usado em apresentações.
de resolver
problemas C uma pessoa pública está atenta às últimas tendências
45 do mundo fashion, pois o vestuário de grife agrega
valor à sua personalidade.
HABILIDADE
(PONTUAÇÃO D uma plateia exigente despreza o exibicionismo
NOS TESTES)
40 e valoriza o ídolo comedido e desligado das
tendências da moda.
E a artista oculta o seu estado de espírito valendo-
35
se de regras ditadas por um grupo e de um
BUSCATO, M.; SEGADILHA, B.; PEROSA, T. Disponível em: www.revistaepoca.globo.com.
Acesso em: 28 fev. 2012. figurino excêntrico.
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*cinz25dom9*
QUESTÃO 106 QUESTÃO 107
Os conhecimentos de fisiologia são aqueles básicos
Só é meu para compreender as alterações que ocorrem durante as
O país que trago dentro da alma. atividades físicas (frequência cardíaca, queima de calorias,
Entro nele sem passaporte perda de água e sais minerais) e aquelas que ocorrem
em longo prazo (melhora da condição cardiorrespiratória,
Como em minha casa.
aumento da massa muscular, da força e da flexibilidade
[...] e diminuição de tecido adiposo). A bioquímica abordará
As ruas me pertencem. conteúdos que subsidiam a fisiologia: alguns processos
Mas não há casas nas ruas. metabólicos de produção de energia, eliminação e
As casas foram destruídas desde a minha infância. reposição de nutrientes básicos. Os conhecimentos de
Os seus habitantes vagueiam no espaço biomecânica são relacionados à anatomia e contemplam,
À procura de um lar. principalmente, a adequação dos hábitos posturais, como,
[...] por exemplo, levantar um peso e equilibrar objetos.
Só é meu BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997.
O mundo que trago dentro da alma. Em um exercício físico, são exemplos da abordagem
BANDEIRA, M. Um poema de Chagall. In: Estrela da vida inteira: poemas traduzidos. fisiológica, bioquímica e biomecânica, respectivamente,
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993 (fragmento).
A a quebra da glicose na célula para produção de
energia no ciclo de Krebs; o aumento da frequência
cardíaca e da pressão arterial; o tamanho da passada
durante a execução da corrida.
B a quebra da glicose na célula para produção de
energia no ciclo de Krebs; o tamanho da passada
durante a execução da corrida; o aumento da
frequência cardíaca e da pressão arterial.
C o tamanho da passada durante a execução da corrida;
o aumento da frequência cardíaca e da pressão
arterial; a quebra da glicose na célula para produção
de energia no ciclo de Krebs.
D o aumento da frequência cardíaca e da pressão
arterial; a quebra da glicose na célula para produção
de energia no ciclo de Krebs;  o tamanho da passada
durante a execução da corrida.
E o aumento da frequência cardíaca e pressão arterial;
o tamanho da passada durante a execução da
corrida; a quebra da glicose na célula para produção
de energia no ciclo de Krebs.
QUESTÃO 108
MORUMBI PRÓXIMA AO COL. PIO XII
Linda residência rodeada por maravilhoso
jardim com piscina e amplo espaço gourmet.
1 000 m² construídos em 2 000 m² de terreno, 6 suítes.
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Folha de S. Paulo. Classificados, 27 fev. 2012 (adaptado).

Os gêneros textuais nascem emparelhados a


necessidades e atividades da vida sociocultural.
CHAGALL, M. Eu e a aldeia. Nova York, 1911. Disponível em: pintoresonline.com.br. Por isso, caracterizam-se por uma função social
específica, um contexto de uso, um objetivo
A arte, em suas diversas manifestações, desperta comunicativo e por peculiaridades linguísticas e
sentimentos que atravessam fronteiras culturais. estruturais que lhes conferem determinado formato.
Relacionando a temática do texto com a imagem, Esse classificado procura convencer o leitor a
percebe-se a ligação entre a comprar um imóvel e, para isso, utiliza-se

A alegria e a satisfação na produção das obras A da predominância das formas imperativas dos verbos
e de abundância de substantivos.
modernistas.
B de uma riqueza de adjetivos que modificam os
B memória e a lembrança passadas no íntimo do substantivos, revelando as qualidades do produto.
enunciador. C de uma enumeração de vocábulos, que visam conferir
C saudade e o refúgio encontrados pelo homem na ao texto um efeito de certeza.
natureza. D do emprego de numerais, quantificando as
D lembrança e o rancor relacionados ao seu ofício original. características e aspectos positivos do produto.
E da exposição de opiniões de corretores de imóveis no
E exaustão e o medo impostos ao corpo de todo artista. que se refere à qualidade do produto.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 9
*cinz25dom10*
QUESTÃO 109 QUESTÃO 111
“Eu quero ter um milhão de amigos” é o famoso Cientistas solucionam origem de partículas de água
verso da linda canção Eu quero apenas, de Roberto em Saturno
Carlos. Adaptado aos nossos tempos, o verso representa
o anseio que está na base do atual sucesso das redes
sociais. Desde que Orkut, Facebook, MySpace, Twitter, O telescópio espacial Herschel resolveu um
LinkedIn e outros estão entre nós, precisamos mais do problema que ficou sem solução durante 14 anos.
que nunca ficar atentos ao sentido das nossas relações. A origem dos vapores de água na atmosfera
Sentido que é alterado pelos meios a partir dos quais são superior de Saturno encontra-se nas partículas que
promovidas essas mesmas relações. 5 saem de uma de suas luas, a Enceladus, e chegam
O fato é que as redes brincam com a promessa que até o planeta.
estava contida na música do Rei apenas como metáfora. A descoberta faz com que a Enceladus torne-
O que a canção põe em cena é da ordem do desejo cuja se conhecida, a partir de agora, como a única lua do
característica é ser oceânico e inespecífico. Desejar Sistema Solar capaz de influenciar a composição
é desejar tudo, é mais que querer. Mas quem participa 10 química do planeta que orbita.
de uma rede social ultrapassa o limite do desejo e entra O volume despejado a cada segundo
na esfera da potencialidade de uma realização que vem não é pouco. A Enceladus chega a expelir
tornar problemática a relação entre o real e o imaginário. aproximadamente 250 kg de vapores de água
TIBURI, M. Complexo de Roberto Carlos. In: Revista Cult,
São Paulo: Bregantini, n. 154, fev. 2011(fragmento).
que se formam na região polar sul. Desse total,
15 uma parte é perdida no espaço e entre 3% a 5%
O verso da canção de Roberto Carlos é usado no artigo deslocam-se até Saturno.
para explicar o sucesso mundial das redes sociais. Para O fenômeno, de certo modo, pôde ser
a autora, essas redes são eficazes, pois compreendido graças ao avanço da tecnologia.
A resolvem os problemas de solidão vivida pelos Os astrônomos não conseguiram detectá-lo até o
internautas. 20 momento por causa da transparência dos vapores.
Coube às ondas infravermelhas do Herschel esse
B promovem a idealização exacerbada de vontades
individuais. encargo e achado.
A primeira vez que um telescópio da ESA
C ajudam na preservação de sentimentos básicos da
(Agência Espacial Europeia) detectou água na
pessoa humana.
25 atmosfera superior de Saturno foi em 1997.
D favorecem as relações interpessoais baseadas em
vínculos afetivos fortes. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 26 jul. 2011.

E confirmam os significados atribuídos a Um texto é construído pela articulação dos vários


relacionamentos iniciados no mundo real.
elementos que o compõem. Tal articulação pode se dar
QUESTÃO 110 por meio de palavras ou de expressões que remetem a
Agora eu era herói outras ou, ainda, a segmentos maiores já apresentados
E o meu cavalo só falava inglês.
ou a serem ainda apresentados no decorrer do texto.
A noiva do cowboy
Era você, além das outras três.
A análise do modo como esse texto foi construído revela
Eu enfrentava os batalhões,
Os alemães e seus canhões. que a expressão
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês. A “um problema” (ℓ. 1) remete o leitor para “A origem dos
vapores de água na atmosfera superior de Saturno”
CHICO BUARQUE. João e Maria, 1977 (fragmento).
(ℓ. 3), segmento que se encontra na frase seguinte.
Nos terceiro e oitavo versos da letra da canção, constata-
se que o emprego das palavras cowboy e rock expressa a B “A descoberta” (ℓ. 7) retoma “um problema que ficou
influência de outra realidade cultural na língua portuguesa. sem solução durante 14 anos.” (ℓ. 1), segmento que
Essas palavras constituem evidências de aparece na primeira frase do texto.
A regionalismo, ao expressar a realidade sociocultural C “O volume despejado” (ℓ. 11) retoma “a composição
de habitantes de uma determinada região. química do planeta que orbita.” (ℓ. 9), segmento
B neologismo, que se caracteriza pelo aportuguesamento apresentado na frase imediatamente anterior.
de uma palavra oriunda de outra língua. D “O fenômeno” (ℓ. 17) remete o leitor para “transparência
C jargão profissional, ao evocar a linguagem de uma dos vapores” (ℓ. 20), segmento que é apresentado na
área específica do conhecimento humano.
frase seguinte.
D arcaísmo, ao representar termos usados em outros
períodos da história da língua. E “esse encargo e achado” (ℓ. 21) retoma “avanço da
E estrangeirismo, que significa a inserção de termos de tecnologia” (ℓ. 18), segmento presente na porção
outras comunidades linguísticas no português. anterior do texto.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 10
*cinz25dom11*
QUESTÃO 112 QUESTÃO 113
O futebol na Pop Arte brasileira

Disponível em: www.petba.org.br. Acesso em: 8 nov. 2011.

A unidade de sentido de um texto se constrói a partir


daquilo que é dito, daquilo que não é dito, a partir do modo
de se dizer, dos motivos, das aparências, do contexto. LEIRNER, N. Futebol.
Nesse sentido, a partir da leitura do anúncio, depreende- FONSECA, M. O. Nelson Leirner: 2011-1961 = 50 anos.
se que

A a referência à proibição de beber no trânsito é feita


a partir da intertextualidade entre a placa de trânsito,
que normalmente remete à ideia de proibição, tendo
ao fundo a imagem de uma garrafa.
B a relação estabelecida entre a frase “novo sinal de
trânsito” e a parte não verbal permite estabelecer um
público-alvo específico, ou seja, pessoas envolvidas
com o álcool.
C o adjetivo “novo”, seguido do substantivo “sinal”
empregado no anúncio, remete à ideia de que agora
existe uma nova placa de trânsito que deve ser
respeitada pelos motoristas.
D o anúncio tem uma finalidade específica
interrelacionada, nesse caso, à ideia de persuadir as GERCHMAN, R. Superhomens.
pessoas a não consumirem bebidas alcoólicas, pois
ALENCAR, V. P. Cultura popular e crítica.
elas fazem mal à saúde.
E a conexão estabelecida entre a placa de trânsito e As imagens representam, respectivamente, as obras
a imagem da garrafa é construída com o objetivo Futebol, do artista plástico Nelson Leirner; e Superhomens,
de evidenciar quais são os motivos que levam as de Rubens Gerchman. São obras representativas de um
pessoas a não ingerirem bebida alcoólica enquanto movimento denominado Pop Art, que ecoou no Brasil
estão dirigindo. na década de 1960, no qual artistas se apropriaram de
imagens da vida diária e da cultura de massa, tornando-
as objetos de arte. A partir de uma perspectiva ampliada
e crítica sobre o esporte, interpretada como um elemento
da cultura corporal de movimento, as imagens

A banalizam o esporte ao misturar o futebol e a pintura


em um mesmo campo.
B deixam transparecer a preferência de ambos os
artistas pelo futebol enquanto esporte.
C permitem refletir sobre como as artes visuais se
apropriaram do futebol como uma tradição nacional.
D fazem uma reflexão crítica sobre o futebol e a violência
como temas circulantes na sociedade.
E destacam a importância do esporte como atividade
física de lazer para a sociedade.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 11
*cinz25dom12*
QUESTÃO 114
Cegueira Categorias em que a influência da propaganda na troca
de marcas atinge mais de 20% dos consumidores
Afastou-me da escola, atrasou-me, enquanto os
Creme dental 31%
filhos de seu José Galvão se internavam em grandes
Biscoito 29%
volumes coloridos, a doença de olhos que me perseguia
Margarina 29%
na meninice. Torturava-me semanas e semanas, eu vivia
Bebida energética 27%
na treva, o rosto oculto num pano escuro, tropeçando
nos móveis, guiando-me às apalpadelas, ao longo das Condicionador 26%

paredes. As pálpebras inflamadas colavam-se. Para Shampoo 26%

descerrá-las, eu ficava tempo sem fim mergulhando a Sabonete 26%


cara na bacia de água, lavando-me vagarosamente, pois Prato congelado 21%
o contato dos dedos era doloroso em excesso. Finda a Achocolatado líquido 21%
operação extensa, o espelho da sala de visitas mostrava- Disponível em: www.riovermelho.net. Acesso em: 3 mar. 2012 (adaptado).
me dois bugalhos sangrentos, que se molhavam depressa De acordo com o texto e com as informações fornecidas
e queriam esconder-se. Os objetos surgiam empastados pelo gráfico, para aumentar as vendas de produtos, é
e brumosos. Voltava a abrigar-me sob o pano escuro, necessário que
mas isto não atenuava o padecimento. Qualquer luz me
deslumbrava, feria-me como pontas de agulha [...]. A a campanha seja centrada em produtos alimentícios,
Sem dúvida o meu espectro era desagradável, inspirava a fim de aumentar o percentual de troca atual que se
repugnância. E a gente da casa se impacientava. Minha apresenta como o mais baixo.
mãe tinha a franqueza de manifestar-me viva antipatia. B a preferência de um produto ocorra por influência
Dava-me dois apelidos: bezerro-encourado e cabra-cega. da propaganda devido à necessidade emocional
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1984 (fragmento).
das marcas.
O impacto da doença, na infância, revela-se no texto C a propaganda influencie na troca de marca e que o
memorialista de Graciliano Ramos através de uma atitude consumidor valorize a qualidade do produto.
marcada por D os produtos mais vendidos pelo comércio não sejam
divulgados para o público como tal.
A uma tentativa de esquecer os efeitos da doença.
E as marcas de qualidade inferior constituam o foco da
B preservar a sua condição de vítima da negligência publicidade por serem mais econômicas.
materna.
QUESTÃO 116
C apontar a precariedade do tratamento médico no sertão.
D registrar a falta de solidariedade dos amigos e familiares.
E recompor, em minúcias e sem autopiedade, a
sensação da dor.
QUESTÃO 115
Quando a propaganda é decisiva na troca de marcas
Se você quiser ver esta paisagem

Todo supermercadista sabe que, quando um produto que parece uma pintura, aonde
você tem que ir?

está na mídia, a procura pelos consumidores aumenta. A) ( ) Florianópolis, SC


B) ( ) Búzios, RJ
C) ( ) Maragogi, AL
Mas, em algumas categorias, a influência da propaganda D) ( ) Aracaju, SE
Se você é brasileiro e não sabe a

é maior, de acordo com pesquisa feita com 400 pessoas resposta, está na hora de conhecer
melhor o Brasil. RESPOSTA: B - BÚZIOS, RJ

pela consultoria YYY e com exclusividade para o NAS FÉRIAS, VIAJE PELO
BRASIL. É BOM PRA VOCÊ.

supermercado XXX.
É BOM PARA O PAÍS.

O levantamento mostrou que, mesmo não sendo a


razão o fator mais apontado para trocar de marca, não BRASIL. Ministério do Turismo. Disponível em: www.turismo.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2012.
se pode ignorar a força das campanhas publicitárias. Em Essa peça publicitária foi construída relacionando
algumas categorias, um terço dos respondentes atribuem elementos verbais e não verbais. Considerando-se
a mudança à publicidade. Para Nicanor Guerreiro, a as estratégias argumentativas utilizadas pelo seu
propaganda estabelece uma relação mais “emocional” autor, percebe-se que a linguagem verbal explora,
da marca com o público. “Todos sentimos necessidade predominantemente, a função apelativa da linguagem, pois
de consumir produtos que sejam ‘aceitos’ pelas outras
pessoas. Por isso, a comunicação faz o papel de endosso A imprime no texto a posição pessoal do autor em
das marcas”, afirma. O executivo ressalta, no entanto, relação ao lugar descrito, objeto da propaganda.
que nada disso adianta se o produto não cumprir as B utiliza o artifício das repetições para manter a atenção
promessas transmitidas nas ações de comunicação. do leitor, potencial consumidor de seu produto.
Um dos objetivos da propaganda é tornar o produto C mantém o foco do texto no leitor, pelo emprego
aspiracional, despertando o desejo de experimentá-lo. repetido de “você”, marca de interlocução.
O que o consumidor deseja é o que a loja vende. E é isso D veicula informações sobre as características físicas
o que o supermercadista precisa ter sempre em mente. do lugar, balneário com grande potencial turístico.
Veja o gráfico: E estabelece uma comparação entre a paisagem e uma
pintura, artifício geralmente eficaz em propagandas.
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QUESTÃO 117 Segundo o texto, a interação virtual favoreceu o
Devemos dar apoio emocional específico, trabalhando surgimento da modalidade linguística conhecida como
o sentimento de culpa que as mães têm de infectar o filho. internetês. Quanto à influência do internetês no uso da
O principal problema que vivenciamos é quanto ao forma culta da língua, infere-se que
aleitamento materno. Além do sentimento muito forte A a ocorrência de termos do internetês em situações
manifestado pelas gestantes de amamentar seus filhos, formais de escrita aponta a necessidade de a língua ser
existem as cobranças da família, que exige explicações vista como herança cultural que merece ser bem cuidada.
pela recusa em amamentar, sem falar nas companheiras B a dificuldade dos adolescentes para produzirem
na maternidade que estão amamentando. Esses conflitos textos mais complexos é evidente, sendo
constituem nosso maior desafio. Assim, criamos a técnica consequência da expansão do uso indiscriminado
de mamadeirar. O que é isso? É substituir o seio materno da internet por esse público.
por amor, oferecendo a mamadeira, e não o peito! C a carência de vocabulário culto na fala de jovens
tem sido um alerta quanto ao uso massivo da
PADOIN, S. M. M. et al. (Org.) Experiências interdisciplinares em Aids: internet, principalmente no que concerne a
interfaces de uma epidemia. Santa Maria: UFSM, 2006 (adaptado).
mensagens instantâneas.
O texto é o relato de uma enfermeira no cuidado de D a criação de neologismos no campo cibernético é
gestantes e mães soropositivas. Nesse relato, em meio ao inevitável e restringe a capacidade de compreensão
drama de mães que não devem amamentar seus recém- dos internautas quando precisam lidar com leitura de
textos formais.
nascidos, observa-se um recurso da língua portuguesa,
E a alternância de variante linguística é uma habilidade
presente no uso da palavra “mamadeirar”, que consiste dos usuários da língua e é acionada  pelos jovens de
acordo com suas necessidades discursivas.
A na manifestação do preconceito linguístico.
QUESTÃO 119
B na recorrência a um neologismo.
Uma tuiteratura?
C no registro coloquial da linguagem.
As novidades sobre o Twitter já não cabem em
D na expressividade da ambiguidade lexical. 140 toques. Informações vindas dos EUA dão conta de
E na contribuição da justaposição na formação de palavras. que a marca de 100 milhões de adeptos acaba de ser
alcançada e que a biblioteca do Congresso, um dos
QUESTÃO 118 principais templos da palavra impressa, vai guardar em
O internetês na escola seu arquivo todos os tweets, ou seja, as mensagens
do microblog. No Brasil o fenômeno não chega a tanto,
O internetês — expressão grafolinguística criada mas já somos o segundo país com o maior número de
na internet pelos adolescentes na última década — foi, tuiteiros. Também aqui o Twitter está sendo aceito em
durante algum tempo, um bicho de sete cabeças para territórios antes exclusivos do papel. A própria Academia
Brasileira de Letras abriu um concurso de microcontos
gramáticos e estudiosos da língua. Eles temiam que as
para textos com apenas 140 caracteres. Também se fala
abreviações fonéticas (onde “casa” vira ksa; e “aqui” das possibilidades literárias desse meio que se caracteriza
vira aki) comprometessem o uso da norma culta do pela concisão. Já há até um neologismo, “tuiteratura”,
português para além das fronteiras cibernéticas. para indicar os “enunciados telegráficos com criações
Mas, ao que tudo indica, o temido internetês não originais, citações ou resumos de obras impressas”. Por
passa de um simpático bichinho de uma cabecinha só. ora, pergunto como se estivesse tuitando: querer fazer
Ainda que a maioria dos professores e educadores literatura com palavras de menos não é pretensão demais?
se preocupe com ele, a ocorrência do internetês VENTURA, Z. O Globo, 17 abr. 2010 (adaptado).

nas provas escolares, vestibulares e em concursos As novas tecnologias estão presentes na sociedade
públicos é insignificante. Essa forma de expressão moderna, transformando a comunicação por meio de
parece ainda estar restrita a seu hábitat natural. inovadoras linguagens. O texto de Zuenir Ventura mostra
Aliás, aí está a questão: saber separar bem a hora que o Twitter tem sido acessado por um número cada vez
maior de internautas e já se insere até na literatura. Neste
em que podemos escrever de qq jto, da hora em que contexto de inovações linguísticas, a linguagem do Twitter
não podemos escrever de “qualquer jeito”. Mas, e para apresenta como característica relevante
um adolescente que fica várias horas “teclando” que
nem louco nos instant messengers e chats da vida, é A a concisão relativa ao texto ao adotar como regra o
fácil virar a “chavinha” no cérebro do internetês para o uso de uma quantidade predefinida de toques.
português culto? “Essa dificuldade será proporcional ao B a frequência de neologismos criados com a finalidade
contato que o adolescente tenha com textos na forma de tornar a mensagem mais popular.
culta, como jornais ou obras literárias. Dependendo C o uso de expressões exclusivas da nova forma literária
deste contato, ele terá mais facilidade para abrir mão para substituir palavras usuais do português.
do internetês” — explica Eduardo de Almeida Navarro, D o emprego de palavras pouco usuais no dia a dia
para reafirmar a originalidade e o espírito crítico dos
professor livre-docente de língua tupi e literatura
usuários desse tipo de rede social.
colonial da USP.
E o uso de palavras e expressões próprias da mídia
RAMPAZZO, F. Disponível em: www.revistalingua.com.br. Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado). eletrônica para restringir a participação de usuários.
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QUESTÃO 120 O fragmento do poema de Castro Alves exemplifica a
Era uma vez afirmação de João Cabral de Melo Neto porque
Um rei leão que não era rei. A exalta o nacionalismo, embora lhe imprima um fundo
Um pato que não fazia quá-quá. ideológico retórico.
Um cão que não latia.
B canta a paisagem local, no entanto, defende ideais
Um peixe que não nadava.
do liberalismo.
Um pássaro que não voava.
Um tigre que não comia. C mantém o canto saudosista da terra pátria, mas
Um gato que não miava. renova o tema amoroso.
Um homem que não pensava... D explora a subjetividade do eu lírico, ainda que tematize
E, enfim, era uma natureza sem nada. a injustiça social.
Acabada. Depredada. E inova na abordagem de aspecto social, mas mantém
Pelo homem que não pensava.
a visão lírica da terra pátria.
Laura Araújo Cunha QUESTÃO 122
CUNHA, L. A. In: KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. Notícias do além
São Paulo: Contexto, 2011.

São as relações entre os elementos e as partes do Aquele que morrer primeiro e for para o céu deverá
texto que promovem o desenvolvimento das ideias. No voltar à Terra para contar ao outro como é a vida lá
poema, a estratégia linguística que contribui para esse no paraíso. Assim ficou combinado entre Francisco e
desenvolvimento, estabelecendo a continuidade do texto, é a Sebastião, amigos inseparáveis e apaixonados pelo
A escolha de palavras de diferentes campos semânticos. futebol. Francisco teve morte súbita e, passado algum
B negação contundente das ações praticadas pelo homem. tempo, no meio da noite, sua alma apareceu ao colega:
C intertextualidade com o gênero textual fábula infantil. — Nossa Senhora, Chico! Você veio mesmo!
D repetição de estrutura sintática com novas informações.
E utilização de ponto final entre termos de uma — Estou aqui, Tião, para cumprir a minha promessa,
mesma oração. trazendo-lhe duas notícias.
QUESTÃO 121 — Então me fala.
TEXTO I
A canção do africano — O céu é uma maravilha, um colosso, uma beleza.
Tem futebol todo dia.
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala, — E a outra?
Junto ao braseiro, no chão,
entoa o escravo o seu canto, — A outra é que você está escalado para jogar no
E ao cantar correm-lhe em pranto meu time amanhã cedo.
Saudades do seu torrão...
DIAS, M. V. R. Humor na Marolândia. In: ILARI, R. Introdução à semântica: brincando com
De um lado, uma negra escrava a gramática. São Paulo: Contexto, 2001.
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar... Esse texto pode ser analisado sob dois pontos de vista que
E à meia-voz lá responde incluem situações diferentes de interlocução: a primeira,
Ao canto, e o filhinho esconde, considerando seu produtor e seus potenciais leitores; e
Talvez p’ra não o escutar! a segunda, considerando os interlocutores Francisco e
“Minha terra é lá bem longe, Sebastião. Para cada uma dessas situações o produtor
Das bandas de onde o sol vem;
do texto tem um objetivo específico que se determina, não
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem.” só pela situação, mas também pelo gênero textual.
ALVES, C. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995 (fragmento).
Os verbos que sintetizam os objetivos do produtor nas
TEXTO II duas situações propostas são, respectivamente,
No caso da Literatura Brasileira, se é verdade que
prevalecem as reformas radicais, elas têm acontecido A entreter e seduzir.
mais no âmbito de movimentos literários do que de B divertir e informar.
gerações literárias. A poesia de Castro Alves em relação
à de Gonçalves Dias não é a de negação radical, mas de C distrair e comover.
superação, dentro do mesmo espírito romântico. D recrear e assustar.
MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003 (fragmento). E alegrar e intimidar.
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QUESTÃO 123 A leitura do trecho mostra que textos jornalísticos
O que a internet esconde de você produzidos em determinados gêneros mobilizam recursos
linguísticos com o objetivo de conduzir seu público-alvo a
Para cada site que você pode visitar, existem aceitar suas ideias. Para envolver o leitor no retrato que
pelo menos 400 outros que não consegue acessar. faz da cidade, a autora
Eles existem, estão lá, mas são invisíveis. Estão presos
A inicia o texto com a informação mais importante a ser
num buraco negro digital maior do que a própria internet. conhecida, a estação de trem de Mariana.
A cada vez que você interage com um amigo nas redes B descreve de forma parcial e objetiva a estação de
sociais, vários outros são ignorados e têm as mensagens trem da cidade, seus detalhes e características.
enterradas num enorme cemitério on-line. E, quando você C apresenta com cuidado e precisão os recursos da
faz uma pesquisa no Google, não recebe os resultados cidade, sua infraestrutura e singularidade.
de fato — e sim uma versão maquiada, previamente D faz uma crítica indireta à desconfiança dos mineiros,
modificada de acordo com critérios secretos. Sim, tudo mostrando conhecimento do tema.
isso é verdade — e não é nenhuma grande conspiração. E dirige-se a ele por meio de verbos e expressões
Acontece todos os dias sem que você perceba. Pegue seu verbais, convidando-o a partilhar das belezas do local.
chapéu de Indiana Jones e vamos explorar a web perdida. QUESTÃO 125
GRAVATÁ, A. Superinteressante, nov. 2011 (fragmento).

Os gêneros do discurso jornalístico, geralmente a ESSA SEI NÃO, DOTÔ...


manchete, a notícia e a reportagem, exigem um repórter ESTRADA MAIS SI ELA FÔ
que não diz “eu”, nem mesmo que se refira ao leitor VAI PRA VAI FAZÊ UMA
do texto explicitamente. No trecho lido, ao contrário, é SÃO PAULO? FALTA DANADA
PRA NÓIS!
recorrente o emprego de “você”, o qual

A remete a um sujeito “eu” que se prende ao próprio


dizer, fortalecendo a subjetividade.
B explicita uma construção metalinguística que se volta
para o próprio dizer.
C deixa claro o leitor esperado para o texto, aquele que
visita redes sociais e sites de busca no dia a dia.
D estabelece conexão entre o fatual e o opinativo, o que
descaracteriza o texto como reportagem.
E revela a intenção de tornar a leitura mais fácil, a partir
de um texto em que se emprega vocabulário simples.
QUESTÃO 124
Pode chegar de mansinho, como é costume por ali, e Disponível em: www.humortadela.com.br. Acesso em: 20 set. 2011.

observar sem pressa cada detalhe da estação ferroviária Conflitos de interação ajudam a promover o efeito de
de Mariana. Repare na arquitetura recém-revitalizada humor. No cartum, o recurso empregado para promover
do casarão, e como os detalhes em madeira branca, as esse efeito é a
delicadas arandelas de luzes amarelas e os elementos A intertextualidade, sugerida pelos traços identificadores
barrocos da torre já começam a dar o gostinho da viagem do homem urbano e do homem rural.
aguardada. Vindo lá de longe, o apito estridente anuncia B ambiguidade, produzida pela interpretação da fala do
que logo, logo o cenário estará completo para a partida. locutor a partir da variedade do interlocutor.
E não tarda para o trem de fato surgir. Pequenino a C conotação, atribuidora de sentidos figurados a
princípio, mas de repente, em toda aquela imensidão palavras relativas às ações e aos seres.
que desliza pelos trilhos. Arrancando sorrisos e deixando D negação enfática, elaborada para reforçar o lamento
boquiaberto até o mais desconfiado dos mineiros. do interlocutor pela perda da estrada.
TIUSSU, B. Raízes mineiras. Disponível em: www.estadao.com.br.
E pergunta retórica, usada pelo motorista para
Acesso em: 15 nov. 2011 (fragmento). estabelecer interação com o homem do campo.
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QUESTÃO 126 QUESTÃO 127
Sambinha

Vêm duas costureirinhas pela rua das Palmeiras.


Afobadas braços dados depressinha
Bonitas, Senhor! que até dão vontade pros homens da rua.
As costureirinhas vão explorando perigos...
Vestido é de seda.
Roupa-branca é de morim.

Falando conversas fiadas


As duas costureirinhas passam por mim.
— Você vai?
— Não vou não! STUCKERT, R. Palácio da Alvorada.
Disponível em: www.g1.globo.com. Acesso em: 28 abr. 2010.
Parece que a rua parou pra escutá-las.
Nem trilhos sapecas Rompendo com as paredes retas e com a geometrização
clássica acadêmica, os arquitetos modernistas
Jogam mais bondes um pro outro. desenvolveram seus projetos graças também a um
E o Sol da tardinha de abril momento de industrialização e modernização do Brasil.
Espia entre as pálpebras sapiroquentas de duas nuvens. Observando a imagem apresentada, analisa-se que
As nuvens são vermelhas.
A Niemeyer projetou os edifícios de Brasília com a
A tardinha cor-de-rosa. intenção de impor a arquitetura sobre a natureza,
seguindo os princípios da arquitetura moderna.
Fiquei querendo bem aquelas duas costureirinhas...
B o Palácio da Alvorada, em Brasília, na posição
Fizeram-me peito batendo
horizontal permite fazer uma integração do edifício
Tão bonitas, tão modernas, tão brasileiras! com a paisagem do cerrado e o horizonte, um conceito
Isto é... de vanguarda para a arquitetura da época.
Uma era ítalo-brasileira. C Niemeyer projetou o Palácio da Alvorada com colunas
Outra era áfrico-brasileira. de linhas quebradas e rígidas, com o propósito de
Uma era branca. unir as tendências recentes da arquitetura moderna,
Outra era preta. criando um novo estilo.
D os prédios de Brasília são elevados e sustentados por
ANDRADE, M. Os melhores poemas. São Paulo: Global, 1988. colunas, deixando um espaço livre sob o edifício, com
o objetivo de separar o ambiente externo do interno,
Os poetas do Modernismo, sobretudo em sua primeira trazendo mais harmonia à obra.
fase, procuraram incorporar a oralidade ao fazer poético,
E Niemeyer projetou os edifícios de Brasília com
como parte de seu projeto de configuração de uma espaços amplos, colunas curvas, janelas largas e
identidade linguística e nacional. No poema de Mário de grades de proteção, separando os jardins e praças da
Andrade esse projeto revela-se, pois área útil do prédio.
QUESTÃO 128
A o poema capta uma cena do cotidiano — o caminhar
de duas costureirinhas pela rua das Palmeiras — mas A escolha de uma forma teatral implica a escolha
de um tipo de teatralidade, de um estatuto de ficção
o andamento dos versos é truncado, o que faz com
com relação à realidade. A teatralidade dispõe de meios
que o evento perca a naturalidade. específicos para transmitir uma cultura-fonte a um
B a sensibilidade do eu poético parece captar público-alvo; é sob esta única condição que temos o
o movimento dançante das costureirinhas — direito de falar em interculturalidade teatral.
depressinha — que, em última instância, representam PAVIS, P. O teatro no cruzamento de culturas. São Paulo: Perspectiva, 2008.
um Brasil de “todas as cores”. A partir do texto, o meio especificamente cênico utilizado
C o excesso de liberdade usado pelo poeta ao para transmitir uma cultura estrangeira implica
desrespeitar regras gramaticais, como as de
pontuação, prejudica a compreensão do poema. A buscar nos gestos, compreender e explicitar
conceitos ou comportamentos.
D a sensibilidade do artista não escapa do viés machista
B procurar na filosofia a tradução verdadeira
que marcava a sociedade do início do século XX, daquela cultura.
machismo expresso em “que até dão vontade pros
C apresentar o videodocumentário sobre a cultura-
homens da rua”. fonte durante o espetáculo.
E o eu poético usa de ironia ao dizer da emoção de D eliminar a distância temporal ou espacial entre o
ver moças “tão modernas, tão brasileiras”, pois faz espetáculo e a cultura-fonte.
questão de afirmar as origens africana e italiana E empregar um elenco constituído de atores
das mesmas. provenientes da cultura-fonte.
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QUESTÃO 129 QUESTÃO 131
— É o diabo!... praguejava entre dentes o brutalhão, A rua
enquanto atravessava o corredor ao lado do Conselheiro,
enfiando às pressas o seu inseparável sobretudo de casimira Bem sei que, muitas vezes,
alvadia. — É o diabo! Esta menina já devia ter casado! O único remédio
— Disso sei eu... balbuciou o outro. — E não é por É adiar tudo. É adiar a sede, a fome, a viagem,
falta de esforços de minha parte; creia! A dívida, o divertimento,
— Diabo! Faz lástima que um organismo tão rico e O pedido de emprego, ou a própria alegria.
tão bom para procriar, se sacrifique desse modo! Enfim — A esperança é também uma forma
ainda não é tarde; mas, se ela não se casar quanto antes De contínuo adiamento.
— hum... hum!... Não respondo pelo resto! Sei que é preciso prestigiar a esperança,
— Então o Doutor acha que...? Numa sala de espera.
Lobão inflamou-se: Oh! o Conselheiro não podia imaginar Mas sei também que espera significa luta e não, apenas,
o que eram aqueles temperamentozinhos impressionáveis!... Esperança sentada.
eram terríveis, eram violentos, quando alguém tentava Não abdicação diante da vida.
contrariá-los! Não pediam — exigiam — reclamavam!
A esperança
AZEVEDO, A. O homem. Belo Horizonte: UFMG, 2003 (fragmento).
Nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da espera.
O romance O homem, de Aluísio Azevedo, insere-se Nunca é figura de mulher
no contexto do Naturalismo, marcado pela visão do Do quadro antigo.
cientificismo. No fragmento, essa concepção aplicada à Sentada, dando milho aos pombos.
mulher define-se por uma RICARDO, C. Disponível em: www.revista.agulha.nom.br. Acesso em: 2 jan. 2012.

A conivência com relação à rejeição feminina de assumir O poema de Cassiano Ricardo insere-se no Modernismo
um casamento arranjado pelo pai. brasileiro. O autor metaforiza a crença do sujeito lírico
B caracterização da personagem feminina como um numa relação entre o homem e seu tempo marcada por
estereótipo da mulher sensual e misteriosa.
A um olhar de resignação perante as dificuldades
C convicção de que a mulher é um organismo frágil e materiais e psicológicas da vida.
condicionado por seu ciclo reprodutivo.
B uma ideia de que a esperança do povo brasileiro está
D submissão da personagem feminina a um processo vinculada ao sofrimento e às privações.
que a infantiliza e limita intelectualmente.
C uma posição em que louva a esperança passiva para
E incapacidade de resistir às pressões socialmente que ocorram mudanças sociais.
impostas, representadas pelo pai e pelo médico.
D um estado de inércia e de melancolia motivado pelo
QUESTÃO 130 tempo passado “numa sala de espera”.
TEXTO I E uma atitude de perseverança e coragem no contexto
Poema de sete faces de estagnação histórica e social.
QUESTÃO 132
Mundo mundo vasto mundo,
Se eu me chamasse Raimundo Todo bom escritor tem o seu instante de graça, possui
seria uma rima, não seria uma solução. a sua obra-prima, aquela que congrega numa estrutura
Mundo mundo vasto mundo, perfeita os seus dons mais pessoais. Para Dias Gomes
mais vasto é meu coração. essa hora de inspiração veio-lhe no dia que escreveu
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2001 (fragmento).
O pagador de promessas. Em torno de Zé-do-Burro —
herói ideal, por unir o máximo de caráter ao mínimo de
TEXTO II inteligência, naquela zona fronteiriça entre o idiota e o
CDA (imitado) santo — o enredo espalha a malícia e a maldade de uma
capital como Salvador, mitificada pela música popular
Ó vida, triste vida! e pela literatura, na qual o explorador de mulheres se
Se eu me chamasse Aparecida chama inevitavelmente Bonitão, o poeta popular, Dedé
dava na mesma. Cospe-Rima, e o mestre de capoeira, Manuelzinho Sua
FONTELA, O. Poesia reunida. São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: 7Letras, 2006. Mãe. O colorido do quadro contrasta fortemente com a
simplicidade da ação, que caminha numa linha reta da
Orides Fontela intitula seu poema CDA, sigla de Carlos chegada de Zé-do-Burro à sua entrada trágica e triunfal na
Drummond de Andrade, e entre parênteses indica igreja — não sob a cruz, conforme prometera, mas sobre
“imitado” porque, como nos versos de Drummond, ela, carregado pelos capoeiras, “como um crucifixado”.
A apresenta o receio de colocar os dramas pessoais no PRADO, D. A. O teatro brasileiro moderno. São Paulo: Perspectiva, 2008 (fragmento).

mundo vasto. A avaliação crítica de Décio de Almeida Prado destaca as


B expõe o egocentrismo de sentir o coração maior que qualidades de O pagador de promessas. Com base nas
o mundo. ideias defendidas por ele, uma boa obra teatral deve
C aponta a insuficiência da poesia para solucionar os
problemas da vida. A valorizar a cultura local como base da estrutura estética.
D adota tom melancólico para evidenciar a desesperança B ressaltar o lugar do oprimido por uma forma religiosa.
com a vida. C dialogar a tradição local com elementos universais.
E invoca a tristeza da vida para potencializar a ineficácia D romper com a estrutura clássica da encenação.
da rima. E reproduzir abordagens trágicas e pessimistas.
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QUESTÃO 133 QUESTÃO 135
Não há crenças que Nelson Leirner não destrua. TEXTO I
Do dinheiro à religião, do esporte à fé na arte, nada Pessoas e sociedades
resiste ao deboche desse iconoclasta. O principal
mérito da retrospectiva aberta em setembro na Galeria do Pessoa, no seu conceito jurídico, é todo ente capaz
SESI-SP é justamente demonstrar que as provocações de direitos e obrigações. As pessoas podem ser físicas
arquitetadas durante as últimas cinco décadas pelo ou jurídicas.
artista quase octogenário continuam vigorosas.
Bravo, n. 170, out. 2011 (adaptado). Pessoa física - É a pessoa natural; é todo ser
humano, é todo indivíduo (sem qualquer exceção).
Um dos elementos importantes na constituição do texto
A existência da pessoa física termina com a morte.
é o desenvolvimento do tema por meio, por exemplo,
do encadeamento de palavras em seu interior. A clareza É o próprio ser humano. Sua personalidade começa com
do tema garante ao autor que seus objetivos — narrar, o seu nascimento (artigo 4º do Código Civil Brasileiro).
descrever, informar, argumentar, opinar — sejam No decorrer da sua vida, a pessoa física constituirá um
atingidos. No parágrafo do artigo informativo, os termos patrimônio, que será afastado, por fim, em caso de morte,
em negrito para transferência aos herdeiros.

A evitam a repetição de termos por meio do emprego Pessoa jurídica - É a existência legal de uma
de sinônimos. sociedade, associação ou instituição, que aferiu o direito
B fazem referências a outros artistas que trabalham de ter vida própria e isolada das pessoas físicas que a
com Nelson Leirner. constituíram. É a união de pessoas capazes de possuir e
C estabelecem relação entre traços da personalidade exercitar direitos e contrair obrigações, independentemente
do artista e suas obras. das pessoas físicas, através das quais agem. É, portanto,
D garantem a progressão temática do texto pelo uso de uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus
formas nominais diferentes. membros (da pessoa natural). Sua existência legal dá-
E introduzem elementos novos, que marcam mudança se em decorrência de leis e só nascerá após o devido
na direção argumentativa do texto. registro nos órgãos públicos competentes (Cartórios ou
Juntas Comerciais).
QUESTÃO 134
O bonde abre a viagem, POLONI, A. S. Disponível em: http://uj.novaprolink.com.br. Acesso em: 30 ago. 2011 (adaptado).

No banco ninguém,
TEXTO II
Estou só, stou sem.
Depois sobe um homem,
No banco sentou, EU SOU EU SOU
Companheiro vou. ADVOGADO, ATLETA.
LOGO EU LOGO EU
O bonde está cheio, SOU UMA SOU UMA
De novo porém PESSOA PESSOA
JURÍDICA! FÍSICA!
Não sou mais ninguém.
ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.

Em um texto literário, é comum que os recursos poéticos e


linguísticos participem do significado do texto, isto é, forma
e conteúdo se relacionam significativamente. Com relação
ao poema de Mário de Andrade, a correlação entre um
recurso formal e um aspecto da significação do texto é Disponível em: www.respirandodireito.blogspot.com. Acesso em: 30 ago. 2011.

A a sucessão de orações coordenadas, que remete à Os textos I e II tratam da definição de pessoa física e
sucessão de cenas e emoções sentidas pelo eu lírico de pessoa jurídica. Considerando sua função social, o
ao longo da viagem. cartum faz uma paródia do artigo científico, pois
B a elisão dos verbos, recurso estilístico constante
no poema, que acentua o ritmo acelerado da A explica o conceito de pessoa física em linguagem
modernidade. coloquial e informal.
C o emprego de versos curtos e irregulares em sua B compara pessoa física e jurídica ao explorar dois
métrica, que reproduzem uma viagem de bonde, com tipos de profissão.
suas paradas e retomadas de movimento. C subverte o conceito de pessoa física com uma escolha
D a sonoridade do poema, carregada de sons nasais, lexical equivocada.
que representa a tristeza do eu lírico ao longo de toda
a viagem. D acrescenta conhecimento jurídico ao definir
pessoa física.
E a ausência de rima nos versos, recurso muito utilizado
pelos modernistas, que aproxima a linguagem do E complementa as definições promovidas por
poema da linguagem cotidiana. Antonio Poloni.
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PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
O GRUPO FORTALECE O INDIVÍDUO? Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Nasce um grande movimento

A Associação dos Funcionários de Bancos de São Paulo teve seu estatuto aprovado em 16 de abril de 1923, em
assembleia da qual participaram 84 bancários. A preocupação inicial era credenciar os bancários à entidade e criar
uma identidade da categoria, até então integrada aos comerciários. Menos de 10 anos depois aconteceu a primeira
greve de bancários da história, iniciada em Santos, em 18 de abril de 1932. Eram os funcionários do Banespa que
reivindicavam melhorias salariais e das condições sanitárias — havia grande incidência de tuberculose à época. Essa
greve foi vitoriosa; entretanto, a conquista que marcou a década de 30 foi a redução da jornada de trabalho para seis
horas, em novembro de 1933. A Associação passou a chamar-se Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Disponível em: www.spbancarios.com.br. Acesso em: 19 jul. 2012.

Corinthians Campeão da Libertadores — Jorge Henrique: ‘O grupo é maravilhoso’

Contendo as lágrimas após o término da final da Libertadores, Jorge Henrique falou primeiro sobre a Fiel.
“Eu sei que essa nação me ama pelo que faço em campo”, disse o atacante emocionado.

Mostrando a união, o camisa 23 elogiou a equipe. “O grupo é maravilhoso, humilde, não tem estrela.
Fomos conquistando nosso espaço”, disse o corinthiano.
Disponível em: www.mennel.com.br. Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).

Marcha das vadias

A 2ª edição brasileira da Marcha das Vadias aconteceu simultaneamente em 14 cidades do país, entre elas
São Paulo (SP), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Recife (PE), Salvador (BA)
e Natal (RN). Além de chamar a atenção aos diversos tipos de violência sofridos pelas mulheres — verbal, física ou
sexual —, a mobilização pretende combater a responsabilização das vítimas pela violência sofrida e ressaltar os
direitos do sexo feminino.

A manifestação é inspirada no movimento mundial intitulado “Slut Walk”, criado em abril do ano passado, após
um oficial da polícia de Toronto, no Canadá, dizer que, para evitar estupros, as mulheres deveriam deixar de se
“vestir como vadias”.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado).

INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
• A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o
número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 1
*bran75SAB1*
CIÊNCIAS HUMANAS A pintura-mural de Picasso e a fotografia retratam os
efeitos do bombardeio, ressaltando, respectivamente:
E SUAS TECNOLOGIAS
A Crítica social – conformismo político.
Questões de 1 a 45 B Percepção individual – registro histórico.
QUESTÃO 01 C Realismo acrítico – idealização romântica.
A necessidade de se especializar, de forma talvez D Sofrimento humano – destruição material.
indireta, aproximou significativamente o campo e a cidade, E Objetividade artística – subjetividade jornalística.
na medida em que vários aparatos tecnológicos advindos
do espaço urbano foram incorporados às práticas QUESTÃO 03
agrícolas. Maquinários altamente modernos, insumos
industrializados na lavoura são fatores que contribuíram
para uma nova forma de produzir no campo, cada vez
com maior rapidez e especialização.
OLIVEIRA, E. B. S. Nova relação campo-cidade: tendências do novo rural brasileiro.
Revista Geografia. São Paulo: Escala Educacional, maio 2011 (adaptado).

Com base na aproximação indicada no texto, uma


consequência da modernização técnica para os sistemas
produtivos dos espaços rurais encontra-se em:
A Exigência de mão de obra com qualificação.
B Implementação da atividade do ecoturismo.
C Aumento do número de famílias assentadas.
D Demarcação de terras para povos indígenas.
E Ampliação do crédito à agricultura familiar.
ZIRALDO. 20 anos de prontidão, 1984.
QUESTÃO 02
Os aparelhos televisores se multiplicam nas residências
Em 1937, Guernica, na Espanha, foi bombardeada do Brasil a partir da década de 1960. A partir da charge,
sob o comando da força aérea da Alemanha nazista, que os programas televisivos eram controlados para atender
apoiou os franquistas durante a Guerra Civil Espanhola interesses dos
(1936-1939).
A artistas críticos.
B grupos terroristas.
C governos autoritários.
D partidos oposicionistas.
E intelectuais esquerdistas.

 PICASSO, P. Guernica. Pintura-mural. Disponível em: www.museoreinasofia.es.

Disponível em: http://mrzine.monthlyreview.org.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 1


*bran75SAB2*
QUESTÃO 04 QUESTÃO 06

A primeira produção cinematográfica de propaganda Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar
nitidamente antissemita foi Os Rotschilds (1940), de crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-
Erich Waschneck. Ambientado na Europa conturbada se desprezar as evidências empíricas. No entanto,
depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto
pelas guerras napoleônicas, o filme mostrava como essa pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi
importante família de banqueiros judeus beneficiou-se experimentada, a de adotar crenças com base em
das discórdias entre as nações europeias, acumulando razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de
fortuna à custa da guerra, do sofrimento e da morte de descobrir seu sentido último.
milhões de pessoas. O judeu é retratado como uma ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
criatura perigosa, de mãos aduncas, rosto encarniçado e
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação
olhar sádico e maléfico. do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado
PEREIRA, W. Cinema e genocídio judaico: dimensões da memória audiovisual do nazismo e importante aspecto filosófico de ambos os autores que,
do holocausto. In: Educando para a cidadania e a democracia. 6ª Jornada Interdisciplinar. em linhas gerais, refere-se à
Rio de Janeiro: SME; UERJ, jun. 2008 (fragmento).
A adoção da experiência do senso comum como critério
Os Rotschilds foi produzido na Alemanha nazista. A partir de verdade.
do texto e naquela conjuntura política, o principal objetivo B incapacidade de a razão confirmar o conhecimento
do filme foi resultante de evidências empíricas.
C pretensão de a experiência legitimar por si mesma
A defender a liberdade religiosa. a verdade.
B controlar o genocídio racial. D defesa de que a honestidade condiciona a
possibilidade de se pensar a verdade.
C aprofundar a intolerância étnica.
E compreensão de que a verdade deve ser
D legitimar o expansionismo territorial. justificada racionalmente.
E contestar o nacionalismo autoritário.

QUESTÃO 05

“É para abrir mesmo e quem quiser que eu não abra


eu prendo e arrebento.”
Frase pronunciada pelo presidente João Baptista Figueiredo. Apud RIBEIRO, D. Aos trancos
e barrancos e o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

A frase do último presidente do regime militar indicava a


ambiguidade da transição política no país. Neste contexto,
houve resistências internas ao processo de distensão
planejado pela alta cúpula militar, que se manifestaram
com

A as campanhas no rádio, TV e jornais em favor da lei


de anistia.
B as posições de prefeitos e governadores em apoio à
instalação de eleições diretas.
C as articulações no Congresso pela convocação de
uma nova Assembleia Nacional Constituinte.
D os atos criminosos, como a explosão de bombas, de
militares inconformados com o fim da ditadura.
E as articulações dos parlamentares do PDS, PMDB
e PT em prol da candidatura de Tancredo Neves
à presidência.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 2


*bran75SAB3*
QUESTÃO 07

WATTERSON, B. Calvin e Haroldo: O Progresso Científico deu “Tilt”. São Paulo: Best News, 1991.

De acordo com algumas teorias políticas, a formação do Estado é explicada pela renúncia que os indivíduos fazem de
sua liberdade natural quando, em troca da garantia de direitos individuais, transferem a um terceiro o monopólio do
exercício da força. O conjunto dessas teorias é denominado de

A liberalismo.
B despotismo.
C socialismo.
D anarquismo.
E contratualismo.

QUESTÃO 08

Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de possíveis deliberações?
Ou será a deliberação impossível no que tange a algumas coisas? Ninguém delibera sobre coisas eternas e imutáveis,
tais como a ordem do universo; tampouco sobre coisas mutáveis como os fenômenos dos solstícios e o nascer do sol,
pois nenhuma delas pode ser produzida por nossa ação.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2007 (adaptado).

O conceito de deliberação tratado por Aristóteles é importante para entender a dimensão da responsabilidade humana.
A partir do texto, considera-se que é possível ao homem deliberar sobre
A coisas imagináveis, já que ele não tem controle sobre os acontecimentos da natureza.
B ações humanas, ciente da influência e da determinação dos astros sobre as mesmas.
C fatos atingíveis pela ação humana, desde que estejam sob seu controle.
D fatos e ações mutáveis da natureza, já que ele é parte dela.
E coisas eternas, já que ele é por essência um ser religioso.

QUESTÃO 09

No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos, definida pelo confronto
de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto esse que concedia a essas convenções a
qualidade de instituições públicas.
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais de compromisso dos deputados fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010.

No texto, está relatado um exemplo de exercício da cidadania associado ao seguinte modelo de prática democrática:
A Direta.
B Sindical.
C Socialista.
D Corporativista.
E Representativa.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 3


*bran75SAB4*
QUESTÃO 10

“Enquanto houver um só assassino pelas ruas, nossos filhos viverão para condená-lo por nossas bocas.”
Hebe de Bonafini, líder das Mães da Praça de Maio, apud SOSNOWLKI, A. O Estado de São Paulo, 27 maio 2000.

O movimento das Mães da Praça de Maio foi criado na Argentina durante o período da Ditadura Militar (1976-1983).
A declaração resume o objetivo do movimento, demonstrando que sua causa foi
A a fuga dos artistas, provocada pela censura estatal.
B a escalada das mortes, provocada pela guerrilha urbana.
C o aumento da violência, provocado pelo desemprego estrutural.
D o desaparecimento de cidadãos, provocado pela ação repressora.
E o aprofundamento da miséria, provocado pela política econômica.

QUESTÃO 11

De um ponto de vista político, achávamos que a ditadura militar era a antessala do socialismo e a última forma de
governo possível às classes dominantes no Brasil. Diante de nossos olhos apocalípticos, ditadura e sistema capitalista
cairiam juntos num único e harmonioso movimento. A luta especificamente política estava esgotada.
GABEIRA, F. Carta sobre a anistia: a entrevista do Pasquim. Conversação sobre 1968. Rio de Janeiro: Ed. Codecri, 1980.

Compartilhando da avaliação presente no texto, vários grupos de oposição ao Regime Militar, nos anos 1960 e 1970,
lançaram-se na luta política seguindo a estratégia de

A aliança com os sindicatos e incitação de greves.


B organização de guerrilhas no campo e na cidade.
C apresentação de acusações junto à Anistia Internacional.
D conquista de votos para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
E mobilização da imprensa nacional a favor da abertura do sistema partidário.

QUESTÃO 12

QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Cada uma das personagens adota uma forma diferente de designar os países “não desenvolvidos”, porém, atualmente
tem-se adotado a terminologia “países em desenvolvimento” porque

A representa melhor a ausência de desigualdades econômicas que se observa hoje entre essas nações.
B facilita as relações comerciais no mercado globalizado, ao aproximar países mais e menos desenvolvidos.
C indica que os países estão em processo de desenvolvimento, reduzindo o estigma inerente ao termo
“subdesenvolvidos”.
D demonstra o crescimento econômico desses países, que vem sendo maior ao longo dos anos, erradicando as
desigualdades.
E reafirma que durante a Guerra Fria os países que eram subdesenvolvidos alcançaram estágios avançados de
desenvolvimento.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 4


*bran75SAB5*
QUESTÃO 13 QUESTÃO 15

Outro importante método de racionalização do Na União Europeia, buscava-se coordenar políticas


trabalho industrial foi concebido graças aos estudos domésticas, primeiro no plano do carvão e do aço, e
desenvolvidos pelo engenheiro norte-americano em seguida em várias áreas, inclusive infraestrutura e
Frederick Winslow Taylor. Uma de suas preocupações políticas sociais. E essa coordenação de ações estatais
fundamentais era conceber meios para que a capacidade
cresceu de tal maneira, que as políticas sociais e as
produtiva dos homens e das máquinas atingisse seu
macropolíticas passaram a ser coordenadas, para,
patamar máximo. Para tanto, ele acreditava que estudos
finalmente, a própria política monetária vir a ser também
científicos minuciosos deveriam combater os problemas
objeto de coordenação com vistas à adoção de uma
que impediam o incremento da produção.
moeda única. No Mercosul, em vez de haver legislações
Taylorismo e Fordismo. Disponível em: www.brasilescola.com. Acesso em: 28 fev. 2012.
e instituições comuns e coordenação de políticas
O Taylorismo apresentou-se como um importante modelo
domésticas, adotam-se regras claras e confiáveis para
produtivo ainda no início do século XX, produzindo
garantir o relacionamento econômico entre esses países.
transformações na organização da produção e, também,
ALBUQUERQUE, J. A. G. Relações internacionais contemporâneas: a ordem mundial
na organização da vida social. A inovação técnica trazida depois da Guerra Fria. Petrópolis: Vozes, 2007 (adaptado).

pelo seu método foi a


Os aspectos destacados no texto que diferenciam os
A utilização de estoques mínimos em plantas industriais estágios dos processos de integração da União Europeia
de pequeno porte. e do Mercosul são, respectivamente:
B cronometragem e controle rigoroso do trabalho para A Consolidação da interdependência econômica −
evitar desperdícios. aproximação comercial entre os países.
C produção orientada pela demanda enxuta atendendo B Conjugação de políticas governamentais −
a específicos nichos de mercado. enrijecimento do controle migratório.
D flexibilização da hierarquia no interior da fábrica para C Criação de inter-relações sociais − articulação de
estreitar a relação entre os empregados. políticas nacionais.
E polivalência dos trabalhadores que passaram a D Composição de estratégias de comércio exterior −
realizar funções diversificadas numa mesma jornada. homogeneização das políticas cambiais.
QUESTÃO 14 E Reconfiguração de fronteiras internacionais −
padronização das tarifas externas.
O fechamento de seis unidades de uma empresa
calçadista na Bahia deve resultar na demissão de 1 800
funcionários. Enquanto demite no Brasil, a empresa abre
uma fábrica na Índia. Nas seis unidades fechadas na
Bahia eram produzidos cabedais de calçados esportivos
que serão fabricados também na Índia.

O Globo, 17 dez. 2011 (adaptado).

A estratégia produtiva adotada pela empresa, que explica


o processo econômico descrito, está indicada na:

A Redução dos custos logísticos.


B Expansão dos benefícios sociais.
C Planificação da produção industrial.
D Modificação da estrutura societária.
E Ampliação da qualificação profissional.
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*bran75SAB6*
QUESTÃO 16 QUESTÃO 18

Um Estado é uma multidão de seres humanos


submetida a leis de direito. Todo Estado encerra três
poderes dentro de si, isto é, a vontade unida em geral
consiste de três pessoas: o poder soberano (soberania)
na pessoa do legislador; o poder executivo na pessoa
do governante (em consonância com a lei) e o poder
judiciário (para outorgar a cada um o que é seu de acordo
com a lei) na pessoa do juiz.
KANT, I. A metafísica dos costumes. Bauru: EDIPRO, 2003.

De acordo com o texto, em um Estado de direito

A a vontade do governante deve ser obedecida, pois é


ele que tem o verdadeiro poder.
B a lei do legislador deve ser obedecida, pois ela é a
RIBEIRO, L. C. Q.; SANTOS JUNIOR, O. A. Desafios da questão urbana. Le Monde Diplomatique
Brasil. Ano 4, n. 45, abr. 2010. Disponível em: http://diplomatique.uol.com.br.
representação da vontade geral.
Acesso em: 22 ago. 2011. 
C o Poder Judiciário, na pessoa do juiz, é soberano,
pois é ele que outorga a cada um o que é seu.
A imagem registra uma especificidade do contexto urbano
D o Poder Executivo deve submeter-se ao Judiciário,
em que a ausência ou ineficiência das políticas públicas pois depende dele para validar suas determinações.
resultou em E o Poder Legislativo deve submeter-se ao Executivo,
na pessoa do governante, pois ele que é soberano.
A garantia dos direitos humanos.
QUESTÃO 19
B superação do déficit habitacional.
C controle da especulação imobiliária. A cultura ocidental acentuadamente
antropocêntrica foi marcada por processos
D mediação dos conflitos entre classes. convergentes de desenvolvimento técnico-científico e
E aumento da segregação socioespacial. acumulação de riquezas, propiciados pela expansão
colonial, que resultaram na revolução industrial, no
QUESTÃO 17 fortalecimento da ideia de progresso e no processo de
ocidentalização do mundo.
O mundo entrou na era do globalismo. Todos estão FERREIRA, L. C. Dilemas do século XX: ideias para uma sociologia da questão ecológica. In:
SILVA, J. P. (Org.) Por uma Sociologia do século XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
sendo desafiados pelos dilemas e horizontes que se abrem
Esse processo de acumulação de riquezas no Ocidente,
com a formação da sociedade global. Um processo de
por longos séculos, se fez à custa da degradação do
amplas proporções envolvendo nações e nacionalidades, meio natural. Do ponto de vista da cultura e do imaginário
regimes políticos e projetos nacionais, grupos e classes ocidental moderno, isso se deveu à

sociais, economias e sociedades, culturas e civilizações. A ideologia revolucionária burguesa, que pregava a
IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997.
repartição igualitária do direito de acesso aos recursos
naturais e agrícolas.
No texto, é feita referência a um momento do B ideia de Renascimento, que representava os
benefícios técnicos de transformação da natureza
desenvolvimento do capitalismo. A expansão do
como salutares para a preservação de ecossistemas.
sistema capitalista de produção nesse momento está C concepção sacralizada de que a natureza, enquanto
fundamentada na obra da criação de Deus, devia servir à contemplação
estética e religiosa.
A difusão de práticas mercantilistas. D perspectiva desenvolvimentista, que atrelava o
progresso ao meio ambiente e difundia amplamente
B propagação dos meios de comunicação.
um entendimento da relação harmoniosa entre
C ampliação dos protecionismos alfandegários. sociedade e natureza.
E crença nos poderes da ciência e do desenvolvimento
D manutenção do papel controlador dos Estados. tecnológico, que contribuiu para tratar a natureza como
E conservação das partilhas imperialistas europeias. objeto de quantificação, manipulação e dominação.

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*bran75SAB7*
QUESTÃO 20 QUESTÃO 22

Apesar de todo o esforço em prol de um língua O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade
internacional artificial, até o momento a sensação é de numérica, o inteiro absoluto, que só se relaciona consigo
relativo fracasso. Praticamente nenhum país adotou o
mesmo ou com seu semelhante. O homem civil é apenas
ensino obrigatório de uma língua artificial, a comunidade
científica continua a se comunicar em inglês, e as línguas uma unidade fracionária que se liga ao denominador, e
mais difundidas internacionalmente continuam a ser as cujo valor está em sua relação com o todo, que é o corpo
de países política ou economicamente dominantes, como social. As boas instituições sociais são as que melhor
inglês, francês, espanhol, russo e chinês. Nem mesmo sabem desnaturar o homem, retirar-lhe sua existência
organismos supranacionais como a ONU e a União absoluta para dar-lhe uma relativa, e transferir o eu para
Europeia, onde reina uma babel de línguas, se mostraram
a unidade comum, de sorte que cada particular não se
até agora inclinados a adotar uma língua artificial.
julgue mais como tal, e sim como uma parte da unidade,
BIZZOCCH, A. Línguas de laboratório. Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br.
Acesso em: 19 ago. 2011(adaptado). e só seja percebido no todo.
O esperanto, inventado no século XIX, é a língua artificial ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

mais difundida atualmente. Entretanto, como o texto


A visão de Rousseau em relação à natureza humana,
sugere, o desequilíbrio atual de poder entre os países
conforme expressa o texto, diz que
impõe a

A busca de nova língua global. A o homem civil é formado a partir do desvio de sua
B recuperação das línguas mortas. própria natureza.
C adoção de uma língua unificada. B as instituições sociais formam o homem de acordo
D valorização das línguas nacionais. com a sua essência natural.
E supremacia de algumas línguas naturais. C o homem civil é um todo no corpo social, pois as
instituições sociais dependem dele.
QUESTÃO 21
D o homem é forçado a sair da natureza para se
Ao longo dos anos 1990, a luta pelas condições tornar absoluto.
de circulação por parte das pessoas com necessidades E as instituições sociais expressam a natureza humana,
especiais foi uma constante na sociedade. Tal
pois o homem é um ser político.
mobilização ocasionou ações como o rebaixamento das
calçadas, construção de rampas para acesso a pisos QUESTÃO 23
superiores, para possibilitar o acesso ao transporte
coletivo, entre outras. Dos senhores dependem os lavradores que têm
SOUZA, M. A. Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: participação e possibilidades partidos arrendados em terras do mesmo engenho;
das práticas democráticas. Disponível em: http://ces.uc.pt. Acesso em: 30 abr. 2010.
e quanto os senhores são mais possantes e bem
As lutas pelo direito à acessibilidade, movidas, aparelhados de todo o necessário, afáveis e verdadeiros,
principalmente, a partir dos anos de 1990, visavam
tanto mais são procurados, ainda dos que não têm a cana
garantir a
cativa, ou por antiga obrigação, ou por preço que para
A igualdade jurídica. isso receberam.
B inclusão social. ANTONIL, J. A. Cultura e opulência do Brasil [1711]. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1967 (adaptado).
C participação política.
D distribuição de renda. Segundo o texto, a produção açucareira no Brasil colonial era
E liberdade de expressão.
A baseada no arrendamento de terras para a obtenção
da cana a ser moída nos engenhos centrais.
B caracterizada pelo funcionamento da economia de
livre mercado em relação à compra e venda de cana.
C dependente de insumos importados da Europa nas
frotas que chegavam aos portos em busca do açúcar.
D marcada pela interdependência econômica entre os
senhores de engenho e os lavradores de cana.
E sustentada no trabalho escravo desempenhado pelos
lavradores de cana em terras arrendadas.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 7
*bran75SAB8*
QUESTÃO 24 QUESTÃO 26
Em teoria, as pessoas livres da Colônia foram O Ofício das Baianas de Acarajé constitui um bem
enquadradas em uma hierarquia característica do Antigo cultural de natureza imaterial, inscrito no Livro dos Saberes
Regime. A transferência desse modelo, de sociedade de em 2005, que consiste em uma prática tradicional de
privilégios, vigente em Portugal, teve pouco efeito prático produção e venda, em tabuleiro, das chamadas comidas
no Brasil. Os títulos de nobreza eram ambicionados.
de baiana, feitas com azeite de dendê e ligadas ao culto
Os fidalgos eram raros e muita gente comum tinha
pretensões à nobreza. dos orixás, amplamente disseminadas na cidade de
Salvador, Bahia.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp; Fundação do Desenvolvimento da
Educação, 1995 (adaptado). Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).

Ao reelaborarem a lógica social vigente na metrópole, os O texto contém a descrição de um bem cultural que
sujeitos do mundo colonial construíram uma distinção que foi reconhecido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio
ordenava a vida cotidiana a partir da
Histórico Artístico Nacional) como patrimônio imaterial,
A concessão de títulos nobiliárquicos por parte da pois representa
Igreja Católica.
A uma técnica culinária com valor comercial e
B afirmação de diferenças fundadas na posse de terras atratividade turística.
e de escravos.
B um símbolo da vitalidade dessas mulheres e de
C imagem do Rei e de sua Corte como modelo a
suas comunidades.
ser seguido.
D miscigenação associada a profissões de elevada C uma manifestação artística antiga e de
qualificação. abrangência nacional.
E definição do trabalho como princípio ético da vida D um modo de fazer e viver ligado a uma identidade
em sociedade. étnica e regional.
E uma fusão de ritos das diferentes heranças e tradições
QUESTÃO 25 religiosas do país.
TEXTO I QUESTÃO 27
Já existe, em nosso país, uma consciência nacional
que vai introduzindo o elemento da dignidade humana
em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma
verdadeira mancha. Essa consciência resulta da mistura
de duas correntes diversas: o arrependimento dos
descendentes de senhores e a afinidade de sofrimento
dos herdeiros de escravos.
NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 12 out. 2011 (adaptado).

TEXTO II

Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como


verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos bastidores FREYRE, G. Casa-Grande & Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.
para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando com
O desenho retrata a fazenda de São Joaquim da
maestria a imprensa de sua época. Criou repercussão
internacional para a causa abolicionista, publicando Grama com a casa-grande, a senzala e outros edifícios
em jornais estrangeiros lidos e respeitados pelas elites representativos de uma estrutura arquitetônica
brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a característica do período escravocrata no Brasil. Esta
escravidão se tornou um constrangimento, uma vergonha organização do espaço representa uma
nacional, caminhando assim para o seu fim.
A estratégia econômica e espacial para manter os
COSTA e SILVA, P. Um abolicionista bom de marketing. Disponível em:
www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).
escravos próximos do plantio.
B tática preventiva para evitar roubos e agressões por
Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema
escravista no Brasil ocorreria como resultado da: escravos fugidos.
C forma de organização social que fomentou o
A Evolução moral da sociedade. patriarcalismo e a miscigenação.
B Vontade política do Imperador. D maneira de evitar o contato direto entre os escravos
C Atuação isenta da Igreja Católica. e seus senhores.
D Ineficácia econômica do trabalho escravo. E particularidade das fazendas de café das regiões Sul
E Implantação nacional do movimento republicano. e Sudeste do país.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 8
*bran75SAB9*
QUESTÃO 28 QUESTÃO 30

Seria até engraçado, se não fosse trágico, porque na


Mirem-se no exemplo
hora que a pessoa tem uma doença, ela fica se achando
responsável por ter a doença. E se você pegar na história Daquelas mulheres de Atenas
da medicina, sempre foi feito isso ― os que tinham lepra
eram considerados ímpios; tinham lepra porque não eram Vivem pros seus maridos
tementes a Deus, porque não eram homens e mulheres
que tinham uma vida religiosa. Os tuberculosos, no Orgulho e raça de Atenas.
início do século, na epidemia de tuberculose na Europa
inteira, aqui em São Paulo, no Brasil todo, eram pessoas BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas. In: Meus caros Amigos, 1976. Disponível
em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento).
devassas, jovens devassos. Com a Aids nós vimos a
mesma coisa. Quem tinha Aids, quem eram? Eram os Os versos da composição remetem à condição das
promíscuos e os viciados em drogas, não é? mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela
Entrevista de Dráuzio Varella no programa Roda Viva em 30 ago. 2004. Disponível em: época, em razão de
www.rodaviva.fapesp.br. Acesso em: 30 jan. 2012 (adaptado).

Dráuzio Varella discute a associação entre doença A sua função pedagógica, exercida junto às
e costumes cotidianos. De acordo com o argumento crianças atenienses.
apresentado, essa associação indica B sua importância na consolidação da democracia,
A a culpabilização de hábitos considerados como pelo casamento.
desregrados, adequando comportamentos. C seu rebaixamento de status social frente aos homens.
B o desejo de estender a qualidade de vida, controlando D seu afastamento das funções domésticas em
as populações mais jovens.
períodos de guerra.
C a classificação dos grupos de risco, buscando impedir
o contágio. E sua igualdade política em relação aos homens.
D a diminuição da fé religiosa, na modernidade,
QUESTÃO 31
rejeitando a vida celibatária.
E o desenvolvimento da medicina, propondo
terapêuticas que melhorem a vida do doente.

QUESTÃO 29

Assentado, portanto, que a Escritura, em muitas


passagens, não apenas admite, mas necessita de
exposições diferentes do significado aparente das
palavras, parece-me que, nas discussões naturais,
deveria ser deixada em último lugar.
GALILEI, G. Carta a Dom Benedetto Castelli. In: Ciência e fé: cartas de Galileu sobre o
acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São Paulo: Unesp, 2009 (adaptado).

O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-1642)


cerca de trinta anos antes de sua condenação pelo
Tribunal do Santo Ofício, discute a relação entre ciência
e fé, problemática cara no século XVII. A declaração de
Galileu defende que Lucio Costa. Plano Piloto de Brasília.
Disponível em: www.vitruvius.es. Acesso em: 7 dez. 2011.
A a bíblia, por registrar literalmente a palavra divina,
apresenta a verdade dos fatos naturais, tornando-se O arrojado projeto arquitetônico e urbanista da nova
guia para a ciência. capital federal fez com que Brasília fosse, no ano de
B o significado aparente daquilo que é lido acerca da 1987, considerada Patrimônio da Humanidade pela
natureza na bíblia constitui uma referência primeira. Unesco, porque o Plano Piloto de Brasília concretizava
C as diferentes exposições quanto ao significado das os princípios do
palavras bíblicas devem evitar confrontos com os
dogmas da Igreja. A urbanismo modernista internacional.
D a bíblia deve receber uma interpretação literal porque, B modelo da arquitetura sacra europeia.
desse modo, não será desviada a verdade natural.
C pensamento organicista das metrópoles brasileiras.
E os intérpretes precisam propor, para as passagens
bíblicas, sentidos que ultrapassem o significado D plano de interiorização da capital.
imediato das palavras. E projeto nacional desenvolvimentista do governo JK.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 9
*bran75SAB10*
QUESTÃO 32 QUESTÃO 34
Ao final do Ano da França no Brasil, aconteceu na Na Serra do Navio (AP), uma empresa construiu uma
Bahia um encontro único entre a bossa nova brasileira e a usina de beneficiamento, um porto, uma estrada de ferro e
música francesa, no show do cantor e compositor baiano
radicado na França, Paulo Costa. O show se chama vilas. Entretanto, depois que as reservas foram exauridas,
“Toulouse em Bossa” por conta da versão da música a companhia fechou a mina e as vilas se esvaziaram.
Toulouse, de Claude Nougaro, que é uma espécie de hino Sobrou uma pequena comunidade de pescadores.
deles, tal como é para nós Garota de Ipanema, explica São 1,8 mil moradores que sofrem com graves problemas
Paulo Costa. Nougaro é famoso na França e conhecido
nos rins, dores no corpo, diarreia, e vômitos decorrentes
por suas versões de músicas brasileiras, como O Que
Será que Será e Berimbau. da contaminação do solo e da água por arsênio.
MILANEZ, B. Impactos da Mineração. Le Monde Diplomatique. São Paulo, ano 3, n. 36 (adaptado).
Disponível em: http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010. (adaptado).

O que representam encontros como o ocorrido na Bahia A existência de práticas de exploração mineral predatórias
em 2009 para o patrimônio cultural das sociedades no Brasil tem provocado o(a)
brasileira e francesa?
A criação de estruturas e práticas geradoras de
A Ocasião para identificar qual das duas culturas é
impactos socioambientais pouco favoráveis à vida
mais cosmopolita e deve ser difundida entre os
demais países. das comunidades.
B Oportunidade de se apreciar a riqueza da B adequação da infraestrutura local dos municípios
diversidade cultural e a possibilidade de fazer e regiões exploráveis à recepção dos grandes
dialogar culturas diferentes. empreendimentos de exploração.
C Mostra das diferenças entre as duas culturas e
C ampliação do número de empresas mineradoras de
o desconhecimento dos brasileiros em relação à
cultura francesa. grande porte que têm sua atuação prejudicada pelo
D Demonstração da heterogeneidade das composições atendimento às normas ambientais brasileiras.
e da distância cultural entre os dois países. D distanciamento geográfico das áreas exploráveis em
E Tentativa de se evidenciar a semelhança linguística relação às demarcações de terras indígenas que são
do francês e do português, com o intuito de unir as pouco apropriadas à extração dos recursos.
diferentes sociedades.
E estabelecimento de projetos e ações por parte das
QUESTÃO 33 empresas mineradoras em áreas de atuação nas
quais as reservas mineralógicas foram exauridas.
De acordo com a Organização das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), daqui a QUESTÃO 35
aproximadamente 20 anos, 2/3 da população do mundo
podem enfrentar falta d’água. Ainda de acordo com a A urbanização afeta o funcionamento do
FAO, o consumo mundial de água cresceu no século XX ciclo hidrológico, pois interfere no rearranjo dos
duas vezes mais do que a população. Com isso, para armazenamentos e na trajetória das águas.
cada 6 pessoas no planeta, 1 não tem acesso à água
CHRISTOFOLETTI, A. Aplicabilidade do Conhecimento Geomorfológico nos Projetos de
limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas Planejamento. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Org.). Geomorfologia: uma
diárias e 3 não têm saneamento básico adequado. atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

MARAFON, G. J. O desencanto da terra. Rio de Janeiro: Garamond, 2011 (adaptado). Os efeitos da urbanização sobre os corpos hídricos
Uma causa para a mudança verificada no consumo de apresentados no texto resultam em
água no século XX e uma medida que possa contribuir
para evitar o problema descrito estão indicadas, A circulação difusa da água pela superfície, provocada
respectivamente, em: pelas edificações urbanas.

A Avanço da produção agrícola – reutilização dos B redução da quantidade da água do rio, em virtude do
recursos pluviais. aprofundamento do seu leito.
B Elevação da temperatura média – estímulo ao C alteração do mecanismo de evaporação, dada a
consumo consciente. pouca profundidade do lençol freático.
C Descontrole da taxa de natalidade – privatização das
D redução da capacidade de infiltração da água no solo,
nascentes fluviais.
em decorrência da sua impermeabilização.
D Aumento da concentração de renda – irrigação
racional das empresas rurais. E assoreamento no curso superior dos rios, trecho
E Intensificação da produtividade industrial – de maior declividade, em função do transporte e
sustentabilidade da exploração marítima. deposição dos sedimentos.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 10
*bran75SAB11*
QUESTÃO 36 QUESTÃO 38
A integração do espaço amazônico ao espaço Estima-se que cerca de 80% da área cultivada do
nacional se deu no contexto das questões de fronteiras estado de São Paulo esteja sofrendo processo erosivo,
de políticas, no sentido do dinamismo pioneiro causando uma perda de mais de 200 milhões de toneladas
da integração. Essas fronteiras foram elementos de solo por ano. 70% desse solo chegam aos mananciais,
fundamentais para a compreensão da geopolítica dos causando assoreamento e poluição.
militares, que não apenas objetivavam a posse do vazio ZOCCAL, J. C. Adequação de erosões: causas, consequências e controle da erosão rural.
Soluções cadernos de estudos em conservação do solo e água. Presidente Prudente:
demográfico, mas representavam os interesses do Codasp, v. 1, n. 1, maio 2007 (adaptado).
governo brasileiro em manter sob sua influência uma
grande área no interior do continente. Como São Paulo, todo o Brasil sofre com o problema da
deflagração e aceleração da erosão hídrica em áreas
MELLO, N. A. Políticas territoriais na Amazônia. São Paulo: Annablume, 2006. cultivadas, sendo que a perda de solos por esse tipo de
No texto, são apresentados fundamentos da política de erosão caracteriza-se por ser
colonização de uma importante região brasileira, ao longo A mais intensa em solos onde se utiliza a técnica de
do período dos governos militares. Uma estratégia estatal associação de culturas, em comparação com cultivos
para a ocupação desse espaço foi: que deixam a maior parte do solo exposto às intempéries.
B menos intensa em solos que, revolvidos, ficam
A Demarcação de reservas para preservação da floresta.
expostos às chuvas, em comparação àqueles onde
B Criação de restrições para exploração de recursos são aplicadas técnicas de plantio direto.
minerais. C mais intensa nos solos onde são realizados cultivos
C Adoção de estímulos para expansão de grupos temporários, em comparação àqueles sobre os quais
econômicos privados. as coberturas de mata são preservadas.
D Concessão de incentivos fiscais para instalação da D mais intensa em solos expostos a chuvas bem
indústria automobilística. distribuídas, em comparação àqueles sobre os quais a
E Construção de uma densa rede de transporte para quantidade de chuvas é concentrada ao longo do ano.
escoamento da produção agrícola. E menos intensa nos solos cujos alinhamentos dos
cultivos seguem as linhas de maior inclinação, em
QUESTÃO 37 comparação àqueles onde são aplicadas técnicas
de terraceamento.
Distribuição da derrubada no bioma Caatinga
QUESTÃO 39

Vegetação
TEXTO I
MA
CE Desmatamento O Estado sou eu.
RN Frase atribuída a Luís XIV, Rei Sol, 1638-1715. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.
Municípios que gov.br. Acesso em: 30 nov. 2011.
PB mais desmataram
PI PE 1 Acopiara (CE) TEXTO II
2 Tauá (CE)
AL 3 Bom Jesus da Lapa (BA) A nação é anterior a tudo. Ela é a fonte de tudo. Sua
SE 4 Campo Formoso (BA) vontade é sempre legal; na verdade é a própria lei.
5 Boa Viagem (CE) SIEYÈS, E-J. O que é o Terceiro Estado. Apud. ELIAS, N. Os alemães: a luta pelo poder e a
BA 6 Tucano (BA) evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
7 Mucugê (BA)
8 Serra Talhada (PE) Os textos apresentados expressam alteração na relação
9 Crateús (CE) entre governantes e governados na Europa. Da frase
10 São José do Belmonte (PE) atribuída ao rei Luís XIV até o pronunciamento de Sieyès,
MG
representante das classes médias que integravam
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 16 jun. 2011 (adaptado). o Terceiro Estado Francês, infere-se uma mudança
decorrente da
O mapa representa um problema ambiental que tem se
agravado no bioma brasileiro da Caatinga. As causas A ampliação dos poderes soberanos do rei,
considerado guardião da tradição e protetor de
desse problema estão associadas ao
seus súditos e do Império.
A uso da lenha para obtenção de energia pela B associação entre vontade popular e nação, composta
indústria local. por cidadãos que dividem uma mesma cultura nacional.
B extrativismo vegetal da madeira pelas indústrias C reforma aristocrática, marcada pela adequação dos nobres
moveleiras. aos valores modernos, tais como o princípio do mérito.
C uso da terra pelas fazendas monocultoras mecanizadas. D organização dos Estados centralizados, acompanhados
pelo aprofundamento da eficiência burocrática.
D extrativismo mineral praticado pelas empresas
E crítica ao movimento revolucionário, tido como
mineradoras.
ilegítimo em meio à ascensão popular conduzida pelo
E uso do solo para pastagem pela agropecuária extensiva. ideário nacionalista.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 11


*bran75SAB12*
QUESTÃO 40 QUESTÃO 42

Desde a sua formação, há quase 4,5 bilhões de anos, Uma gigante empresa taiwanesa do setor de
a Terra sofreu várias modificações em seu clima, com tecnologia vai substituir parte de seus funcionários por um
períodos alternados de aquecimento e resfriamento e
milhão de robôs em até três anos, segundo a agência de
elevação ou decréscimo de pluviosidade, sendo algumas
em escala global e outras em nível menor. notícias chinesa. O objetivo é cortar despesas. Os robôs
serão usados para fazer trabalhos simples e de rotina,
ROSS, J. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2003 (adaptado). como limpeza, soldagem e montagem, atividades que
Um dos fenômenos climáticos conhecidos no planeta atualmente são feitas por funcionários. A empresa já tem
atualmente é o El Niño que consiste 10 mil robôs e o número deve chegar a 300 mil em 2012
e a um milhão em três anos.
A na mudança da dinâmica da altitude e da temperatura.
B nas temperaturas suavizadas pela proximidade Fabricante do Ipad vai trocar trabalhadores por um milhão de robôs em três anos.
Disponível em: http://noticias.r7.com. Acesso em: 21 ago. 2011 (adaptado).
com o mar.
C na modificação da ação da temperatura em relação Em relação aos efeitos da decisão da empresa, uma
à latitude. divergência entre o empresário e os funcionários, no
D no aquecimento das águas do Oceano Pacífico, que exemplo citado, encontra-se nos respectivos argumentos:
altera o clima.
E na interferência de fatores como pressão e ação dos A Aumento da eficiência − Perda dos postos de trabalho.
ventos do Oceano Atlântico. B Reforço da produtividade − Ampliação das negociações.
QUESTÃO 41 C Diminuição dos custos − Redução da competitividade.

A sociedade em movimento tem gestado algumas D Inovação dos investimentos − Flexibilização da produção.
alternativas. Surgem novas experiências de luta no E Racionalização do trabalho − Modernização das atividades.
campo, nas quais os movimentos sociais têm buscado
formas para permanecer na terra, afirmando sua QUESTÃO 43
territorialidade. Estes novos sujeitos sociais, de que são
exemplo os seringueiros no Acre e as quebradeiras de Por Vias Seguras Mortos em acidentes de trânsito Setembro 2011

coco no Maranhão, Pará, Tocantins e Piauí, têm lutado


38000
por seu reconhecimento, chegando em certos casos a 36000
obter mudanças na legislação. 34000
32000
30000
MARQUES, M. O conceito de espaço rural em questão. 28000
São Paulo: Terra Livre, ano 18, v. 2, jul./dez. 2002. 26000
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

De acordo com o debate apresentado no texto, e visando Fonte: Ministério da Saúde, DATASUS
à permanência digna no campo, a organização social e
política dos seringueiros busca Disponível em:www.vias-seguras.com/. Acesso em: 28 fev. 2012.

O gráfico divulgado pela Associação por Vias


A a implementação de estratégias de geração de
Seguras traça objetivamente, a partir de dados
emprego e renda apoiadas na automação produtiva
do Ministério da Saúde, um histórico do número
de ponta.
de vítimas fatais em decorrência de acidentes de
B a efetivação de políticas públicas para a
trânsito no Brasil ao longo de catorze anos. As
preservação das florestas como condição de
informações nele dispostas demonstram que o número
garantia de sustentabilidade.
de vítimas fatais
C a distribuição de grandes extensões de terra com
financiamentos voltados à produção agroindustrial A aumentou de forma progressiva ao longo do período.
em larga escala.
B teve sua maior redução no final da década de noventa.
D o estímulo à implantação generalizada de indústrias
do setor de papel e celulose focadas na Amazônia. C estabilizou-se nos cinco primeiros anos do século XXI.

E o aprofundamento de políticas governamentais que D sofreu mais redução que aumento ao longo do período.
potencializem os fluxos sociais para as cidades. E estabilizou-se na passagem do século XX ao século XXI.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 12
*bran75SAB13*
QUESTÃO 44 QUESTÃO 45

TEXTO I
Em março de 2004, o Brasil reconheceu na
Organização das Nações Unidas a existência, no país,
de pelo menos 25 mil pessoas em condição análoga à
escravidão ― e esse é um índice considerado otimista.
De 1995 a agosto de 2009, cerca de 35 mil pessoas foram
libertadas em ações dos grupos móveis de fiscalização do
Ministério do Trabalho e Emprego.
Mentiras mais contadas sobre trabalho escravo. Disponível em: www.reporterbrasil.com.br.
Acesso em: 22 ago. 2011 (adaptado).

TEXTO II
O Brasil subiu quatro posições entre 2009 e 2010
no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) divulgado pelo Programa das Nações Unidas
para Desenvolvimento. Mas, se o IDH levasse em conta
apenas a questão da escolaridade, a posição do Brasil
no ranking mundial ficaria pior, passando de 73 para 93.
UCHINAKA, F.; CHAVES-SCARELLI, T. Brasil é o país que mais avança, apesar da
 Cenas do filme Tempos Modernos (Modern Times), EUA, 1936, variável “educação” puxar IDH para baixo. Disponível em: http://noticias.uol.com.br.
Direção: Charles Chaplin, Produção: Continental. Acesso em: 22 ago. 2011 (adaptado).

A figura representada por Charles Chaplin critica o


Estão sugeridas nos textos duas situações de exclusão
modelo de produção do início do século XX, nos Estados
Unidos da América, que se espalhou por diversos países social, cuja superação exige, respectivamente, medidas de
e setores da economia e teve como resultado
A redução de impostos e políticas de ações afirmativas.
A a subordinação do trabalhador à máquina, levando o
homem a desenvolver um trabalho repetitivo. B geração de empregos e aprimoramento do poder
B a ampliação da capacidade criativa e da polivalência judiciário.
funcional para cada homem em seu posto de trabalho.
C fiscalização do Estado e incremento da educação
C a organização do trabalho que possibilitou ao
trabalhador o controle sobre a mecanização do nacional.
processo de produção. D nacionalização de empresas e aumento da distribuição
D o rápido declínio do absenteísmo, o grande aumento
de renda.
da produção conjugado com a diminuição das áreas
de estoque. E sindicalização dos trabalhadores e contenção da
E as novas técnicas de produção que provocaram migração interna.
ganhos de produtividade, repassados aos
trabalhadores como forma de eliminar as greves.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 13


EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AMARELO.


MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA

1º DIA
CADERNO

AMARELO
2
2013
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES

1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões 9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço


numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira: compreendido no círculo correspondente à opção escolhida
a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a
Ciências Humanas e suas Tecnologias; questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
b. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de 10 O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e
Ciências da Natureza e suas Tecnologias. trinta minutos.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a 11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-
quantidade de questões e se essas questões estão na ordem RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no
CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja
incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, 12 Quando terminar as provas, acene para chamar o
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
providências cabíveis. CARTÃO-RESPOSTA.
3 Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão 13 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO
comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos
30 minutos que antecedem o término das provas.
4 ATENÇÃO: após a conferência, escreva e assine seu nome
14 Você será eliminado do Exame, a qualquer tempo, no caso de:
nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta
esferográfica de tinta preta. a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
5 ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu b. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação
CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando das provas, incorrendo em comportamento indevido
as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: durante a realização do Exame;
c. se comunicar, durante as provas, com outro participante
verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
A realidade é simples e isto apenas.
d. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de
comunicação após ingressar na sala de provas;
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, a e. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício
opção correspondente à cor desta capa. próprio ou de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
f. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização
7 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA,
do Exame;
pois ele não poderá ser substituído.
g. se ausentar da sala de provas levando consigo o
8 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas CADERNO DE QUESTÕES antes do prazo estabelecido
5 opções identificadas com as letras A, B, C, D e E. e/ou o CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo;
Apenas uma responde corretamente à questão. h. não cumprir com o disposto no edital do Exame.

*AMAR75SAB1*
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br
2013 *AMAR25DOM3*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção inglês)
QUESTÃO 91

Disponível em: www.gocomics.com. Acesso em: 26 fev. 2012.

A partir da leitura dessa tirinha, infere-se que o discurso de Calvin teve um efeito diferente do pretendido, uma vez que ele
A decide tirar a neve do quintal para convencer seu pai sobre seu discurso.
B culpa o pai por exercer influência negativa na formação de sua personalidade.
C comenta que suas discussões com o pai não correspondem às suas expectativas.
D conclui que os acontecimentos ruins não fazem falta para a sociedade.
E reclama que é vítima de valores que o levam a atitudes inadequadas.
QUESTÃO 92
Do one thing for diversity and inclusion
The United Nations Alliance of Civilizations (UNAOC) is launching a campaign aimed at engaging people around
the world to Do One Thing to support Cultural Diversity and Inclusion. Every one of us can do ONE thing for diversity
and inclusion; even one very little thing can become a global action if we all take part in it.
Simple things YOU can do to celebrate the World Day for Cultural Diversity for Dialogue and Development
on May 21.
1. Visit an art exhibit or a museum dedicated to other cultures.
2. Read about the great thinkers of other cultures.
3. Visit a place of worship different than yours and participate in the celebration.
4. Spread your own culture around the world and learn about other cultures.
5. Explore music of a different culture.
 There are thousands of things that you can do, are you taking part in it?
UNITED NATIONS ALLIANCE OF CIVILIZATIONS. Disponível em: www.unaoc.org. Acesso em: 16 fev. 2013 (adaptado).

Internautas costumam manifestar suas opiniões sobre artigos on-line por meio da postagem de comentários.
O comentário que exemplifica o engajamento proposto na quarta dica da campanha apresentada no texto é:
A “Lá na minha escola, aprendi a jogar capoeira para uma apresentação no Dia da Consciência Negra.”
B “Outro dia assisti na TV uma reportagem sobre respeito à diversidade. Gente de todos os tipos, várias tribos.
Curti bastante.”
C “Eu me inscrevi no Programa Jovens Embaixadores para mostrar o que tem de bom em meu país e conhecer
outras formas de ser.”
D “Curto muito bater papo na internet. Meus amigos estrangeiros me ajudam a aperfeiçoar minha proficiência em
língua estrangeira.”
E “Pesquisei em sites de culinária e preparei uma festa árabe para uns amigos da escola. Eles adoraram,
principalmente, os doces!”
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 3
*AMAR25DOM4* 2013
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 93 QUESTÃO 94

After prison blaze kills hundreds in Honduras, National Geographic News


UN warns on overcrowding Christine Dell’Amore
Published April 26, 2010
15 February 2012
Our bodies produce a small steady amount of natural
A United Nations human rights official today called on morphine, a new study suggests. Traces of the chemical
Latin American countries to tackle the problem of prison are often found in mouse and human urine, leading
overcrowding in the wake of an overnight fire at a jail in scientists to wonder whether the drug is being made
Honduras that killed hundreds of inmates. More than naturally or being delivered by something the subjects
300 prisoners are reported to have died in the blaze at consumed. The new research shows that mice produce
the prison, located north of the capital, Tegucigalpa, with the “incredible painkiller” — and that humans and other
dozens of others still missing and presumed dead. Antonio mammals possess the same chemical road map for
Maldonado, human rights adviser for the UN system in making it, said study co-author Meinhart Zenk, who studies
Honduras, told UN Radio today that overcrowding may plant-based pharmaceuticals at the Donald Danforth Plant
have contributed to the death toll. “But we have to wait until Science Center in St. Louis, Missouri.
a thorough investigation is conducted so we can reach a
precise cause,” he said. “But of course there is a problem of Disponível em: www.nationalgeographic.com. Acesso em: 27 jul. 2010.

overcrowding in the prison system, not only in this country, Ao ler a matéria publicada na National Geographic,
but also in many other prisons in Latin America.” para a realização de um trabalho escolar, um estudante
Disponível em: www.un.org. Acesso em: 22 fev. 2012 (adaptado). descobriu que
Os noticiários destacam acontecimentos diários, que são A os compostos químicos da morfina, produzidos por
veiculados em jornal impresso, rádio, televisão e internet. humanos, são manipulados no Missouri.
Nesse texto, o acontecimento reportado é a B os ratos e os humanos possuem a mesma via
A ocorrência de um incêndio em um presídio superlotado metabólica para produção de morfina.
em Honduras. C a produção de morfina em grande quantidade
B questão da superlotação nos presídios em Honduras minimiza a dor em ratos e humanos.
e na América Latina. D os seres humanos têm uma predisposição genética
C investigação da morte de um oficial das Nações para inibir a dor.
Unidas em visita a um presídio. E a produção de morfina é um traço incomum entre os
D conclusão do relatório sobre a morte de mais de animais.
trezentos detentos em Honduras.
QUESTÃO 95
E causa da morte de doze detentos em um presídio
superlotado ao norte de Honduras. Steve Jobs: A Life Remembered 1955-2011
Readersdigest.ca takes a look back at Steve Jobs,
and his contribution to our digital world.
CEO. Tech-Guru. Artist. There are few corporate
figures as famous and well-regarded as former-Apple
CEO Steve Jobs. His list of achievements is staggering,
and his contribution to modern technology, digital media,
and indeed the world as a whole, cannot be downplayed.
With his passing on October 5, 2011, readersdigest.ca
looks back at some of his greatest achievements, and
pays our respects to a digital pioneer who helped pave
the way for a generation of technology, and possibilities,
few could have imagined.
Disponível em: www.readersdigest.ca. Acesso em: 25 fev. 2012.

Informações sobre pessoas famosas são recorrentes na


mídia, divulgadas de forma impressa ou virtualmente.
Em relação a Steve Jobs, esse texto propõe
A expor as maiores conquistas da sua empresa.
B descrever suas criações na área da tecnologia.
C enaltecer sua contribuição para o mundo digital.
D lamentar sua ausência na criação de novas tecnologias.
E discutir o impacto de seu trabalho para a geração digital.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 4


Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br
2013 *AMAR25DOM5*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS Malinche, ou Malintzin, foi uma figura chave na história da
conquista espanhola na América, ao atuar como
TECNOLOGIAS
A intérprete do conquistador, possibilitando-lhe
Questões de 91 a 135 conhecer as fragilidades do Império.
B escrava dos espanhóis, colocando-se a serviço dos
Questões de 91 a 95 (opção espanhol) objetivos da Coroa.
C amante do conquistador, dando origem à
QUESTÃO 91 miscigenação étnica.
D voz do seu povo, defendendo os interesses políticos
do Império asteca.
Cabra sola
E maldição dos astecas, infundindo a corrupção no
Hay quien dice que soy como la cabra; governo de Montezuma.
Lo dicen lo repiten, ya lo creo; QUESTÃO 93
Pero soy una cabra muy extraña
Que lleva una medalla y siete cuernos. Pensar la lengua del siglo XXI
¡Cabra! En vez de mala leche yo doy llanto. Aceptada la dicotomía entre “español general”
¡Cabra! Por lo más peligroso me paseo. académico y “español periférico” americano, la capacidad
¡Cabra! Me llevo bien con alimañas todas, financiera de la Real Academia, apoyada por la corona
¡Cabra! Y escribo en los tebeos. y las grandes empresas transnacionales españolas, no
Vivo sola, cabra sola, promueve la conservación de la unidad, sino la unificación
— que no quise cabrito en compañía — del español, dirigida e impuesta desde España (la
cuando subo a lo alto de este valle Fundación Español Urgente: Fundeu). Unidad y unificación
siempre encuentro un lirio de alegría. no son lo mismo: la unidad ha existido siempre y con ella
Y vivo por mi cuenta, cabra sola; la variedad de la lengua, riqueza suprema de nuestras
Que yo a ningún rebaño pertenezco. culturas nacionales; la unificación lleva a la pérdida de
las diferencias culturales, que nutren al ser humano y son
Si sufrir es estar como una cabra,
tan importantes como la diversidad biológica de la Tierra.
Entonces sí lo estoy, no dudar de ello.
FUERTES, G. Poeta de guardia. Barcelona: Lumen, 1990.
Culturas nacionales: desde que nacieron los
primeros criollos, mestizos y mulatos en el continente
No poema, o eu lírico se compara à cabra e no quinto verso hispanoamericano, las diferencias de colonización, las
utiliza a expressão “mala leche” para se autorrepresentar improntas que dejaron en las nacientes sociedades
como uma pessoa americanas los pueblo aborígenes, la explotación de las
A influenciável pela opinião das demais. riquezas naturales, las redes comerciales coloniales fueron
creando culturas propias, diferentes entre sí, aunque con
B consciente de sua diferença perante as outras. el fondo común de la tradición española. Después de las
C conformada por não pertencer a nenhum grupo. independencias, cuando se instituyeron nuestras naciones,
D corajosa diante de situações arriscadas. bajo diferentes influencias, ya francesas, ya inglesas;
E capaz de transformar mau humor em pranto. cuando los inmigrantes italianos, sobre todo, dieron su
pauta a Argentina, Uruguay o Venezuela, esas culturas
nacionales se consolidaron y con ellas su español, pues la
QUESTÃO 92
lengua es, ante todo, constituyente. Así, el español actual
Pero un día, le fue presentado a Cortés un tributo bien de España no es sino una más de las lenguas nacionales
distinto: un obsequio de veinte esclavas llegó hasta el del mundo hispánico. El español actual es el conjunto de
campamento español y entre ellas, Cortés escogió a una. veintidós españoles nacionales, que tienen sus propias
características; ninguno vale más que otro. La lengua del
Descrita por el cronista de la expedición, Bernal siglo XXI es, por eso, una lengua pluricéntrica.
Díaz del Castillo, como mujer de “buen parecer y LARA, L. F. Disponível em: www.revistaenie.clarin.com. Acesso em: 25 fev. 2013.
entremetida y desenvuelta”, el nombre indígena de
O texto aborda a questão da língua espanhola no século
esta mujer era Malintzin, indicativo de que había XXI e tem como função apontar que
nacido bajo signos de contienda y desventura. Sus
A as especificidades culturais rompem com a unidade
padres la vendieron como esclava; los españoles hispânica.
la llamaron doña Marina, pero su pueblo la llamó la
B as variedades do espanhol têm igual relevância
Malinche, la mujer del conquistador, la traidora a los linguística e cultural.
indios. Pero con cualquiera de estos nombres, la mujer
C a unidade linguística do espanhol fortalece a
conoció un extraordinario destino. Se convirtió en “mi identidade cultural hispânica.
lengua”, pues Cortés la hizo su intérprete y amante, la
D a consolidação das diferenças da língua prejudica
lengua que habría de guiarle a lo largo y alto del Imperio sua projeção mundial.
azteca, demostrando que algo estaba podrido en el reino
E a unificação da língua enriquece a competência
de Moctezuma, que en efecto existía gran descontento y linguística dos falantes.
que el Imperio tenía pies de barro.
FUENTES, C. El espejo enterrado. Ciudad de México: FCE, 1992 (fragmento).

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*AMAR25DOM6* 2013
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QUESTÃO 94 QUESTÃO 95
Duerme negrito
Duerme, duerme, negrito,
que tu mamá está en el campo,
negrito...
Te va a traer
codornices para ti.
Te va a traer
rica fruta para ti.
Te va a traer
carne de cerdo para ti.
Te va a traer
muchas cosas para ti [...]
Duerme, duerme, negrito,
que tu mamá está en el campo,
negrito...
Trabajando, trabajando duramente, trabajando sí.
Trabajando y no le pagan,
trabajando sí.
TUTE. Tutelandia. Disponível em: www.gocomics.com. Acesso em: 20 fev. 2012. Disponível em: http://letras.mus.br. Acesso em: 26 jun. 2012 (fragmento).

A charge evoca uma situação de disputa. Seu efeito Duerme negrito é uma cantiga de ninar da cultura popular
humorístico reside no(a) hispânica, cuja letra problematiza uma questão social, ao
A destacar o orgulho da mulher como provedora do lar.
A aceitação imediata da provocação.
B evidenciar a ausência afetiva da mãe na criação do filho.
B descaracterização do convite a um desafio.
C retratar a precariedade das relações de trabalho no campo.
C sugestão de armas não convencionais para um duelo.
D ressaltar a inserção da mulher no mercado de trabalho rural.
D deslocamento temporal do comentário lateral.
E exaltar liricamente a voz materna na formação cidadã
E posicionamento relaxado dos personagens.
do filho.

Questões de 96 a 135
QUESTÃO 96

Grupo Escolar de Palmeiras


3º anno 18-11-911
Descripção J B Pereira

A nossa bandeira

“Auri verde pendão de minha terra


Que a brisa do Brazil beija e balança
Estandarte que a luz do sol encerra
As promessas divinas da Esperança.”

A bandeira brazileira é a mais bonita de


todas; vou descrevel-a. O rectangulo verde
indica a cor de nossas mattas. O losango
amarello indica a cor das riquezas naturais
que o nosso caro Brazil encerra como o
ouro. No centro da bandeira vê-se uma esphera azul que indica a
terra, e as estrellas que se acham dentro da esphera representam
os estados. Na faixa dentro da esphera está escripto o lema
Ordem e Progresso, o qual representa a base da republica e a GRUPO ESCOLAR DE PALMEIRAS. Redações
de Maria Anna de Biase e J. B. Pereira sobre a
organização do povo brazileiro. Salve! Bandeira Brazileira Bandeira Nacional. Palmeiras (SP), 18 nov. 1911.
Acervo APESP. Coleção DAESP. C10279.
Disponível em: www.arquivoestado.sp.gov.br.
Acesso em: 15 maio 2013.

O documento foi retirado de uma exposição on-line de manuscritos do estado de São Paulo do início do século XX.
Quanto à relevância social para o leitor da atualidade, o texto
A funciona como veículo de transmissão de valores patrióticos próprios do período em que foi escrito.
B cumpre uma função instrucional de ensinar regras de comportamento em eventos cívicos.
C deixa subentendida a ideia de que o brasileiro preserva as riquezas naturais do país.
D argumenta em favor da construção de uma nação com igualdade de direitos.
E apresenta uma metodologia de ensino restrita a uma determinada época.
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2013 *AMAR25DOM7*
QUESTÃO 97 QUESTÃO 98
TEXTO I Querô
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; DELEGADO — Então desce ele. Vê o que arrancam
e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que desse sacana.
viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos SARARÁ — Só que tem um porém. Ele é menor.
e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que DELEGADO — Então vai com jeito. Depois a gente
todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa entrega pro juiz.
que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem-dispostos, (Luz apaga no delegado e acende no repórter, que se
tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito dirige ao público.)
agradavam. REPÓRTER — E o Querô foi espremido, empilhado,
esmagado de corpo e alma num cubículo imundo, com
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).
outros meninos. Meninos todos espremidos, empilhados,
TEXTO II esmagados de corpo e alma, alucinados pelos seus
desesperos, cegados por muitas aflições. Muitos
meninos, com seus desesperos e seus ódios, empilhados,
espremidos, esmagados de corpo e alma no imundo
cubículo do reformatório. E foi lá que o Querô cresceu.
MARCOS, P. Melhor teatro. São Paulo: Global, 2003 (fragmento).

No discurso do repórter, a repetição causa um efeito de


sentido de intensificação, construindo a ideia de
A opressão física e moral, que gera rancor nos meninos.
B repressão policial e social, que gera apatia nos meninos.
C polêmica judicial e midiática, que gera confusão entre
os meninos.
D concepção educacional e carcerária, que gera
comoção nos meninos.
E informação crítica e jornalística, que gera indignação
entre os meninos.
QUESTÃO 99
Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
 PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil. 1956. Óleo sobre tela, 199 x 169 cm O coração, no rosto se estampasse;
Disponível em: www.portinari.org.br. Acesso em: 12 jun. 2013. Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Quanta gente, talvez, que inveja agora
Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a Nos causa, então piedade nos causasse!
chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, Quanta gente que ri, talvez, consigo
constata-se que Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
A a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das
Quanta gente que ri, talvez existe,
primeiras manifestações artísticas dos portugueses Cuja ventura única consiste
em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a Em parecer aos outros venturosa!
estética literária. CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995.

B a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal
pintados, cuja grande significação é a afirmação da e racionalidade na condução temática, o soneto de
arte acadêmica brasileira e a contestação de uma Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções
linguagem moderna. do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção
C a carta, como testemunho histórico-político, mostra do eu lírico, esse julgamento revela que
o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a A a necessidade de ser socialmente aceito leva o
pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação indivíduo a agir de forma dissimulada.
dos nativos. B o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando
D as duas produções, embora usem linguagens compartilhado por um grupo social.
diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a C a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças
neutraliza o sentimento de inveja.
mesma função social e artística.
D o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a
E a pintura e a carta de Caminha são manifestações de apiedar-se do próximo.
grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo E a transfiguração da angústia em alegria é um artifício
momento histórico, retratando a colonização. nocivo ao convívio social.

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*AMAR25DOM8* 2013
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QUESTÃO 100 da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da


Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os estudos
projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário
Secretaria de Cultura atual as doenças que viriam na velhice já são parte da
rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com
EDITAL hipertensão e diabete”, exemplifica Claudia.
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br.
NOTIFICAÇÃO — Síntese da resolução publicada Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).
no Diário Oficial da Cidade, 29/07/2011 — página 41
— 511ª Reunião Ordinária, em 21/06/2011. Sobre a relação entre os hábitos da população
adolescente e as suas condições de saúde, as
Resolução nº 08/2011 — TOMBAMENTO dos informações apresentadas no texto indicam que
imóveis da Rua Augusta, nº 349 e n° 353, esquina
com a Rua Marquês de Paranaguá, nº 315, n° 327 A a falta de atividade física somada a uma alimentação
e n° 329 (Setor 010, Quadra 026, Lotes 0016-2 nutricionalmente desequilibrada constituem fatores
e 00170-0), bairro da Consolação, Subprefeitura relacionados ao aparecimento de doenças crônicas
da Sé, conforme o processo administrativo entre os adolescentes.
nº 1991-0.005.365-1. B a diminuição do consumo de alimentos fontes de
carboidratos combinada com um maior consumo de
Folha de S. Paulo, 5 ago. 2011 (adaptado). alimentos ricos em proteínas contribuíram para o
Um leitor interessado nas decisões governamentais aumento da obesidade entre os adolescentes.
escreve uma carta para o jornal que publicou o edital, C a maior participação dos alimentos industrializados e
concordando com a resolução sintetizada no Edital gordurosos na dieta da população adolescente tem
da Secretaria de Cultura. Uma frase adequada para tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o
expressar sua concordância é: que prejudica o equilíbrio metabólico.
A Que sábia iniciativa! Os prédios em péssimo estado D a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes
de conservação devem ser derrubados. entre os adolescentes advém das condições de
B Até que enfim! Os edifícios localizados nesse trecho alimentação, enquanto que na população adulta os
descaracterizam o conjunto arquitetônico da Rua fatores hereditários são preponderantes.
Augusta. E a prática regular de atividade física é um importante
C Parabéns! O poder público precisa mostrar sua força fator de controle da diabetes entre a população
como guardião das tradições dos moradores locais. adolescente, por provocar um constante aumento da
D Justa decisão! O governo dá mais um passo rumo pressão arterial sistólica.
à eliminação do problema da falta de moradias QUESTÃO 102
populares.
E Congratulações! O patrimônio histórico da cidade
merece todo empenho para ser preservado.

QUESTÃO 101
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
A oferta de produtos industrializados e a falta de
tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento
da silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares,
de modo geral, mudaram muito”, observa Vivian Ellinger,
presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas
mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal
e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos
frutas e feijão. KUCZYNSKIEGO, P. Ilustração, 2008.
Disponível em: http://capu.pl. Acesso em: 3 ago. 2012.
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em
excesso de gordura por causa da gula, surge como 1976 e recebeu diversos prêmios por suas ilustrações.
marca da nova geração: a preguiça. “Cem por cento das Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego
meninas que participam do Programa não praticavam usa sua arte para
nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que A difundir a origem de marcantes diferenças sociais.
monitora o desenvolvimento emocional das voluntárias. B estabelecer uma postura proativa da sociedade.
Você provavelmente já sabe quais são as C provocar a reflexão sobre essa realidade.
consequências de uma rotina sedentária e cheia de D propor alternativas para solucionar esse problema.
gordura. “E não é novidade que os obesos têm uma E retratar como a questão é enfrentada em vários países
sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, endocrinologista do mundo.

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2013 *AMAR25DOM9*
QUESTÃO 103 QUESTÃO 105
O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, Olá! Negro
exercida dentro de certos e determinados limites de tempo
e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos
absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor
acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e tentarão apagar a tua cor!
de uma consciência de ser diferente da “vida quotidiana”.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2004.
E as gerações dessas gerações quando apagarem
a tua tatuagem execranda,
Segundo o texto, o jogo comporta a possibilidade de não apagarão de suas almas, a tua alma, negro!
fruição. Do ponto de vista das práticas corporais, essa
fruição se estabelece por meio do(a) Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi,
negro-fujão, negro cativo, negro rebelde
A fixação de táticas, que define a padronização para
maior alcance popular. negro cabinda, negro congo, negro ioruba,
negro que foste para o algodão de USA
B competitividade, que impulsiona o interesse pelo sucesso.
para os canaviais do Brasil,
C refinamento técnico, que gera resultados satisfatórios.
para o tronco, para o colar de ferro, para a canga
D caráter lúdico, que permite experiências inusitadas.
de todos os senhores do mundo;
E uso tecnológico, que amplia as opções de lazer. eu melhor compreendo agora os teus blues
QUESTÃO 104 nesta hora triste da raça branca, negro!
Olá, Negro! Olá, Negro!
Novas tecnologias A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro!
Atualmente, prevalece na mídia um discurso de LIMA, J. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958 (fragmento).
exaltação das novas tecnologias, principalmente aquelas
ligadas às atividades de telecomunicações. Expressões O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na
frequentes como “o futuro já chegou”, “maravilhas visão do eu lírico, um contexto social assinalado por
tecnológicas” e “conexão total com o mundo” “fetichizam”
A modernização dos modos de produção e consequente
novos produtos, transformando-os em objetos do desejo,
enriquecimento dos brancos.
de consumo obrigatório. Por esse motivo carregamos
hoje nos bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado. B preservação da memória ancestral e resistência
negra à apatia cultural dos brancos.
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas
de um aparelho midiático perverso, ou de um aparelho C superação dos costumes antigos por meio da
capitalista controlador. Há perversão, certamente, incorporação de valores dos colonizados.
e controle, sem sombra de dúvida. Entretanto, D nivelamento social de descendentes de escravos e de
desenvolvemos uma relação simbiótica de dependência senhores pela condição de pobreza.
mútua com os veículos de comunicação, que se estreita E antagonismo entre grupos de trabalhadores e lacunas
a cada imagem compartilhada e a cada dossiê pessoal de hereditariedade.
transformado em objeto público de entretenimento.
Não mais como aqueles acorrentados na caverna de QUESTÃO 106
Platão, somos livres para nos aprisionar, por espontânea
vontade, a esta relação sadomasoquista com as Até quando?
estruturas midiáticas, na qual tanto controlamos quanto
somos controlados. Não adianta olhar pro céu
SAMPAIO, A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br. Com muita fé e pouca luta
Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado).
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
Ao escrever um artigo de opinião, o produtor precisa criar E muita greve, você pode, você deve, pode crer
uma base de orientação linguística que permita alcançar Não adianta olhar pro chão
os leitores e convencê-los com relação ao ponto de vista Virar a cara pra não ver
defendido. Diante disso, nesse texto, a escolha das
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
formas verbais em destaque objetiva
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
A criar relação de subordinação entre leitor e autor, já
que ambos usam as novas tecnologias. GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
B enfatizar a probabilidade de que toda população
brasileira esteja aprisionada às novas tecnologias. As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
C indicar, de forma clara, o ponto de vista de que hoje A caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
as pessoas são controladas pelas novas tecnologias.
B cunho apelativo, pela predominância de imagens
D tornar o leitor copartícipe do ponto de vista de que metafóricas.
ele manipula as novas tecnologias e por elas é
manipulado. C tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
E demonstrar ao leitor sua parcela de responsabilidade por D espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
deixar que as novas tecnologias controlem as pessoas. E originalidade, pela concisão da linguagem.

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*AMAR25DOM10* 2013
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QUESTÃO 107 QUESTÃO 109


Jogar limpo
Argumentar não é ganhar uma discussão a qualquer
preço. Convencer alguém de algo é, antes de tudo, uma
alternativa à prática de ganhar uma questão no grito ou na
violência física — ou não física. Não física, dois pontos. Um
político que mente descaradamente pode cativar eleitores.
Uma publicidade que joga baixo pode constranger multidões a
consumir um produto danoso ao ambiente. Há manipulações
psicológicas não só na religião. E é comum pessoas agirem
emocionalmente, porque vítimas de ardilosa — e cangoteira —
sedução. Embora a eficácia a todo preço não seja argumentar,
CAULOS. Disponível em: www.caulos.com. Acesso em: 24 set. 2011. tampouco se trata de admitir só verdades científicas —
formar opinião apenas depois de ver a demonstração e as
O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está evidências, como a ciência faz. Argumentar é matéria da vida
em oposição às outras e representa a cotidiana, uma forma de retórica, mas é um raciocínio que
A opressão das minorias sociais. tenta convencer sem se tornar mero cálculo manipulativo, e
pode ser rigoroso sem ser científico.
B carência de recursos tecnológicos.
Língua Portuguesa, São Paulo, ano 5, n. 66, abr. 2011 (adaptado).
C falta de liberdade de expressão.
No fragmento, opta-se por uma construção linguística
D defesa da qualificação profissional. bastante diferente em relação aos padrões normalmente
E reação ao controle do pensamento coletivo. empregados na escrita. Trata-se da frase “Não física, dois
pontos”. Nesse contexto, a escolha por se representar por
QUESTÃO 108 extenso o sinal de pontuação que deveria ser utilizado
A enfatiza a metáfora de que o autor se vale para
Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como desenvolver seu ponto de vista sobre a arte de
dança aristocrática, oriunda dos salões franceses, depois argumentar.
difundida por  toda a Europa.
B diz respeito a um recurso de metalinguagem,
No Brasil, foi introduzida como dança de salão evidenciando as relações e as estruturas presentes
e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto no enunciado.
popular. Para sua ocorrência, é importante a presença C é um recurso estilístico que promove satisfatoriamente
de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem a sequenciação de ideias, introduzindo apostos
determina as figurações diversas que os dançadores exemplificativos.
desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes D ilustra a flexibilidade na estruturação do gênero textual, a
marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez des dames”, qual se concretiza no emprego da linguagem conotativa.
“Chez des chevaliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, E prejudica a sequência do texto, provocando
“Caminho da roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, estranheza no leitor ao não desenvolver explicitamente
“Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc. o raciocínio a partir de argumentos.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta QUESTÃO 110
transformações: surgem novas figurações, o francês
aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui A diva
a música ao vivo, além do aspecto de competição, que Vamos ao teatro, Maria José?
sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por órgãos Quem me dera,
de turismo. desmanchei em rosca quinze kilos de farinha,
tou podre. Outro dia a gente vamos.
CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1976. Falou meio triste, culpada,
As diversas formas de dança são demonstrações da e um pouco alegre por recusar com orgulho.
TEATRO! Disse no espelho.
diversidade cultural do nosso país. Entre elas, a quadrilha TEATRO! Mais alto, desgrenhada.
é considerada uma dança folclórica por TEATRO! E os cacos voaram
A possuir como característica principal os atributos sem nenhum aplauso.
Perfeita.
divinos e religiosos e, por isso, identificar uma nação PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999.
ou região.
Os diferentes gêneros textuais desempenham funções
B abordar as tradições e costumes de determinados sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em
povos ou regiões distintas de uma mesma nação. suas características específicas, bem como na situação
C apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva
sendo, também, considerada dança-espetáculo. A narra um fato real vivido por Maria José.
D necessitar de vestuário específico para a sua prática, B surpreende o leitor pelo seu efeito poético.
o qual define seu país de origem. C relata uma experiência teatral profissional.
D descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora.
E acontecer em salões e festas e ser influenciada por
E defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral.
diversos gêneros musicais.

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2013 *AMAR25DOM11*
QUESTÃO 111 algum percentual na gordura do peixe, a vitamina D
não está em nossas dietas, a não ser que os humanos
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula artificialmente incrementem um produto alimentar, como
disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da o leite enriquecido com vitamina D. A natureza planejou
pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o que você a produzisse em sua pele, e não a colocasse
nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas direto em sua boca.
sei que o universo jamais começou.
Então, seria a vitamina D realmente uma vitamina?
[...]
Disponível em: www.umaoutravisao.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta
continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as Frequentemente circulam na mídia textos de divulgação
coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré- científica que apresentam informações divergentes
pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta sobre um mesmo tema. Comparando os dois textos,
história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. constata-se que o Texto II contrapõe-se ao I quando
Sentir é um fato. Os dois juntos — sou eu que escrevo o A comprova cientificamente que a vitamina D não é
que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi palavra uma vitamina.
mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por
aí aos montes. B demonstra a verdadeira importância da vitamina D
para a saúde.
Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado
de uma visão gradual — há dois anos e meio venho aos C enfatiza que a vitamina D é mais comumente produzida
poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. pelo corpo que absorvida por meio de alimentos.
De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que D afirma que a vitamina D existe na gordura dos peixes
estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não e no leite, não em seus derivados.
inicio pelo fim que justificaria o começo — como a morte E levanta a possibilidade de o corpo humano produzir
parece dizer sobre a vida — porque preciso registrar os artificialmente a vitamina D.
fatos antecedentes.
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (fragmento). QUESTÃO 113
A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha
a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada com O bit na galáxia de Gutenberg
a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da Neste século, a escrita divide terreno com diversos
escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade meios de comunicação. Essa questão nos faz pensar
porque o narrador na necessidade da “imbricação, na coexistência e
A observa os acontecimentos que narra sob uma interpretação recíproca dos diversos circuitos de produção
ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às e difusão do saber...”.
personagens.
É necessário relativizar nossa postura frente às
B relata a história sem ter tido a preocupação de modernas tecnologias, principalmente à informática. Ela é
investigar os motivos que levaram aos eventos que um campo novidativo, sem dúvida, mas suas bases estão
a compõem. nos modelos informativos anteriores, inclusive, na tradição
C revela-se um sujeito que reflete sobre questões oral e na capacidade natural de simular mentalmente os
existenciais e sobre a construção do discurso. acontecimentos do mundo e antecipar as consequências
D admite a dificuldade de escrever uma história em razão de nossos atos. A impressão é a matriz que deflagrou
da complexidade para escolher as palavras exatas. todo esse processo comunicacional eletrônico. Enfatizo,
E propõe-se a discutir questões de natureza filosófica e assim, o parentesco que há entre o computador e os outros
metafísica, incomuns na narrativa de ficção. meios de comunicação, principalmente a escrita, uma
visão da informática como um “desdobramento daquilo
QUESTÃO 112 que a produção literária impressa e, anteriormente, a
tradição oral já traziam consigo”.
TEXTO I NEITZEL, L. C. Disponível em: www.geocities.com. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).
É evidente que a vitamina D é importante — mas como
Ao tecer considerações sobre as tecnologias da
obtê-la? Realmente, a vitamina D pode ser produzida
contemporaneidade e os meios de comunicação do
naturalmente pela exposição à luz do sol, mas ela também
existe em alguns alimentos comuns. Entretanto, como passado, esse texto concebe que a escrita contribui para
fonte dessa vitamina, certos alimentos são melhores do uma evolução das novas tecnologias por
que outros. Alguns possuem uma quantidade significativa A se desenvolver paralelamente nos meios tradicionais
de vitamina D, naturalmente, e são alimentos que talvez de comunicação e informação.
você não queira exagerar: manteiga, nata, gema de ovo B cumprir função essencial na contemporaneidade por
e fígado. meio das impressões em papel.
Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
C realizar transição relevante da tradição oral para o
TEXTO II progresso das sociedades humanas.
Todos nós sabemos que a vitamina D (colecalciferol) D oferecer melhoria sistemática do padrão de vida e do
é crucial para sua saúde. Mas a vitamina D é realmente desenvolvimento social humano.
uma vitamina? Está presente nas comidas que os
humanos normalmente consomem? Embora exista em E fornecer base essencial para o progresso das
tecnologias de comunicação e informação.
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*AMAR25DOM12* 2013
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QUESTÃO 114 organizacional que tanto pode ser concebida para o


papel como para os ambientes digitais. É claro que o
Manta que costura causos e histórias no seio de texto virtual permite concretizar certos aspectos que, no
uma família serve de metáfora da memória em obra papel, são praticamente inviáveis: a conexão imediata,
escrita por autora portuguesa a comparação de trechos de textos na mesma tela, o
“mergulho” nos diversos aprofundamentos de um tema,
O que poderia valer mais do que a manta para como se o texto tivesse camadas, dimensões ou planos.
aquela família? Quadros de pintores famosos? Joias
RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem.
de rainha? Palácios? Uma manta feita de centenas de Porto Alegre: Artmed, 2002.
retalhos de roupas velhas aquecia os pés das crianças
e a memória da avó, que a cada quadrado apontado por Considerando-se a linguagem específica de cada sistema
seus netos resgatava de suas lembranças uma história. de comunicação, como rádio, jornal, TV, internet, segundo
Histórias fantasiosas como a do vestido com um bolso o texto, a hipertextualidade configura-se como um(a)
que abrigava um gnomo comedor de biscoitos; histórias A elemento originário dos textos eletrônicos.
de traquinagem como a do calção transformado em
farrapos no dia em que o menino, que gostava de andar B conexão imediata e reduzida ao texto digital.
de bicicleta de olhos fechados, quebrou o braço; histórias C novo modo de leitura e de organização da escrita.
de saudades, como o avental que carregou uma carta D estratégia de manutenção do papel do leitor com
por mais de um mês... Muitas histórias formavam aquela perfil definido.
manta. Os protagonistas eram pessoas da família, um tio, E modelo de leitura baseado nas informações da
uma tia, o avô, a bisavó, ela mesma, os antigos donos superfície do texto.
das roupas. Um dia, a avó morreu, e as tias passaram
a disputar a manta, todas a queriam, mais do que aos QUESTÃO 116
quadros, joias e palácios deixados por ela. Felizmente, as
tias conseguiram chegar a um acordo, e a manta passou
a ficar cada mês na casa de uma delas. E os retalhos,
à medida que iam se acabando, eram substituídos por
outros retalhos, e novas e antigas histórias foram sendo
incorporadas à manta mais valiosa do mundo.
LASEVICIUS, A. Língua Portuguesa, São Paulo, n. 76, 2012 (adaptado).

A autora descreve a importância da manta para aquela


família, ao verbalizar que “novas e antigas histórias foram
sendo incorporadas à manta mais valiosa do mundo”.
Essa valorização evidencia-se pela
A oposição entre os objetos de valor, como joias,
palácios e quadros, e a velha manta.
B descrição detalhada dos aspectos físicos da manta,
como cor e tamanho dos retalhos.
C valorização da manta como objeto de herança familiar
disputado por todos.
D comparação entre a manta que protege do frio e a
manta que aquecia os pés das crianças.
E correlação entre os retalhos da manta e as muitas
histórias de tradição oral que os formavam.
Disponível em: http://orion-oblog.blogspot.com.br. Acesso em: 6 jun. 2012 (adaptado).

QUESTÃO 115 O cartaz aborda a questão do aquecimento global.


A relação entre os recursos verbais e não verbais
O hipertexto permite — ou, de certo modo, em nessa propaganda revela que
alguns casos, até mesmo exige — a participação de
diversos autores na sua construção, a redefinição A o discurso ambientalista propõe formas radicais de
dos papéis de autor e leitor e a revisão dos modelos resolver os problemas climáticos.
tradicionais de leitura e de escrita. Por seu enorme B a preservação da vida na Terra depende de ações de
potencial para se estabelecerem conexões, ele facilita dessalinização da água marinha.
o desenvolvimento de trabalhos coletivamente, o C a acomodação da topografia terrestre desencadeia o
estabelecimento da comunicação e a aquisição de natural degelo das calotas polares.
informação de maneira cooperativa.
D o descongelamento das calotas polares diminui a
Embora haja quem identifique o hipertexto quantidade de água doce potável do mundo.
exclusivamente com os textos eletrônicos, produzidos E a agressão ao planeta é dependente da posição
em determinado tipo de meio ou de tecnologia, ele não assumida pelo homem frente aos problemas
deve ser limitado a isso, já que consiste numa forma ambientais.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 12


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QUESTÃO 117 QUESTÃO 119
Mesmo tendo a trajetória do movimento interrompida
com a prisão de seus dois líderes, o tropicalismo não
deixou de cumprir seu papel de vanguarda na música
popular brasileira. A partir da década de 70 do século
passado, em lugar do produto musical de exportação
de nível internacional prometido pelos baianos com a
“retomada da linha evolutória”, instituiu-se nos meios de
comunicação e na indústria do lazer uma nova era musical.
TINHORÃO, J. R. Pequena história da música popular: da modinha ao tropicalismo.
São Paulo: Art, 1986 (adaptado).

A nova era musical mencionada no texto evidencia um


gênero que incorporou a cultura de massa e se adequou
à realidade brasileira. Esse gênero está representado Disponível em: http://clubedamafalda.blogspot.com.br. Acesso em: 21 set. 2011.

pela obra cujo trecho da letra é: Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora
A A estrela d'alva / No céu desponta / E a lua anda tonta / para o efeito de humor está indicado pelo(a)
Com tamanho esplendor. (As pastorinhas, Noel Rosa e
João de Barro) A emprego de uma oração adversativa, que orienta a
B Hoje / Eu quero a rosa mais linda que houver / Quero quebra da expectativa ao final.
a primeira estrela que vier / Para enfeitar a noite do B uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de
meu bem. (A noite do meu bem, Dolores Duran) causa e efeito entre as ações.
C No rancho fundo / Bem pra lá do fim do mundo / Onde C retomada do substantivo "mãe", que desfaz a
a dor e a saudade / Contam coisas da cidade. (No
ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos.
rancho fundo, Ary Barroso e Lamartine Babo)
D Baby Baby / Não adianta chamar / Quando alguém D utilização da forma pronominal "la", que reflete um
está perdido / Procurando se encontrar. (Ovelha tratamento formal do filho em relação à "mãe".
negra, Rita Lee) E repetição da forma verbal "é", que reforça a relação
E Pois há menos peixinhos a nadar no mar / Do que de adição existente entre as orações.
os beijinhos que eu darei / Na sua boca. (Chega de
saudade, Tom Jobim e Vinicius de Moraes) QUESTÃO 120
QUESTÃO 118
Futebol: “A rebeldia é que muda o mundo”
Conheça a história de Afonsinho, o primeiro
jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a
conquistar o Passe Livre, há exatos 40 anos
Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira
vez, então com a camisa do Santos (porque depois
voltaria a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados
Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente,
sentia-se um homem livre. O Rei respondeu sem titubear:
— Homem livre no futebol só conheço um: o
Afonsinho. Este sim pode dizer, usando as suas palavras,
que deu o grito de independência ou morte. Ninguém
mais. O resto é conversa.
Apesar de suas declarações serem motivo de
chacota por parte da mídia futebolística e até dos Disponível em: www.filosofia.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010.
torcedores brasileiros, o Atleta do Século acertou.
E provavelmente acertaria novamente hoje. Pelas características da linguagem visual e pelas
Pela admiração por um de seus colegas de clube escolhas vocabulares, pode-se entender que o
daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e texto possibilita a reflexão sobre uma problemática
personalidade de um dos jogadores mais contestadores contemporânea ao
do futebol nacional. E principalmente em razão da história
de luta — e vitória — de Afonsinho sobre os cartolas. A criticar o transporte rodoviário brasileiro, em razão da
ANDREUCCI, R. Disponível em: http://carosamigos.terra.com.br. Acesso em: 19 ago. 2011. grande quantidade de caminhões nas estradas.
O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um B ironizar a dificuldade de locomoção no trânsito urbano,
caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em: devida ao grande fluxo de veículos.
A “[...] o Atleta do Século acertou.” C expor a questão do movimento como um problema
B “O Rei respondeu sem titubear [...]”. existente desde tempos antigos, conforme frase citada.
C “E provavelmente acertaria novamente hoje.”
D “Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira D restringir os problemas de tráfego a veículos particulares,
vez [...]”. defendendo, como solução, o transporte público.
E “Pela admiração por um de seus colegas de clube E propor a ampliação de vias nas estradas, detalhando
daquele ano.” o espaço exíguo ocupado pelos veículos nas ruas.

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*AMAR25DOM14* 2013
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QUESTÃO 121 Naquela noite não padeci essa triste sensação de


enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias tumultuavam-
Gripado, penso entre espirros em como a palavra me cá dentro, vinham umas sobre outras, à semelhança
gripe nos chegou após uma série de contágios entre de devotas que se abalroam para ver o anjo-cantor das
línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os
que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente minutos ganhados.
dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento).

grippe. O primeiro era um termo derivado do latim O capítulo apresenta o instante em que Brás Cubas
medieval influentia, que significava “influência dos astros revive a sensação do beijo trocado com Virgília, casada
sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal com Lobo Neves. Nesse contexto, a metáfora do relógio
do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse desconstrói certos paradigmas românticos, porque
referência ao modo violento como o vírus se apossa do A o narrador e Virgília não têm percepção do tempo em
organismo infectado. seus encontros adúlteros.
RODRIGUES, S. Sobre palavras.Veja, São Paulo, 30 nov. 2011. B como “defunto autor”, Brás Cubas reconhece a
Para se entender o trecho como uma unidade de inutilidade de tentar acompanhar o fluxo do tempo.
sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre C na contagem das horas, o narrador metaforiza o
seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída desejo de triunfar e acumular riquezas.
predominantemente pela retomada de um termo por outro D o relógio representa a materialização do tempo e
e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há redireciona o comportamento idealista de Brás Cubas.
coesão por elipse do sujeito é: E o narrador compara a duração do sabor do beijo à
A “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de perpetuidade do relógio.
contágios entre línguas.” QUESTÃO 123
B “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
C “O primeiro era um termo derivado do latim medieval Para Carr, internet atua no comércio da distração
influentia, que significava ‘influência dos astros sobre Autor de “A Geração Superficial” analisa a influência
os homens’.” da tecnologia na mente
D “O segundo era apenas a forma nominal do verbo O jornalista americano Nicholas Carr acredita que a
gripper [...]”. internet não estimula a inteligência de ninguém. O autor
E “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento explica descobertas científicas sobre o funcionamento do
como o vírus se apossa do organismo infectado.” cérebro humano e teoriza sobre a influência da internet
em nossa forma de pensar.
QUESTÃO 122 Para ele, a rede torna o raciocínio de quem navega
mais raso, além de fragmentar a atenção de seus usuários.
Capítulo LIV — A pêndula Mais: Carr afirma que há empresas obtendo lucro
Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei- com a recente fragilidade de nossa atenção. “Quanto
me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada. Ouvi mais tempo passamos on-line e quanto mais rápido
as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o passamos de uma informação para a outra, mais dinheiro
as empresas de internet fazem”, avalia.
sono, o bater da pêndula fazia-me muito mal; esse tique-
taque soturno, vagaroso e seco parecia dizer a cada “Essas empresas estão no comércio da distração e
golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava são experts em nos manter cada vez mais famintos por
então um velho diabo, sentado entre dois sacos, o da vida informação fragmentada em partes pequenas. É claro
e o da morte, e a contá-las assim: que elas têm interesse em nos estimular e tirar vantagem
da nossa compulsão por tecnologia.”
— Outra de menos... ROXO, E. Folha de S. Paulo, 18 fev. 2012 (adaptado).

— Outra de menos... A crítica do jornalista norte-americano que justifica o título


do texto é a de que a internet
— Outra de menos...
A mantém os usuários cada vez menos preocupados
— Outra de menos... com a qualidade da informação.
O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava- B torna o raciocínio de quem navega mais raso, além de
lhe corda, para que ele não deixasse de bater nunca, e fragmentar a atenção de seus usuários.
eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. C desestimula a inteligência, de acordo com
Invenções há, que se transformam ou acabam; as descobertas científicas sobre o cérebro.
mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e D influencia nossa forma de pensar com a
perpétuo. O derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio superficialidade dos meios eletrônicos.
e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a E garante a empresas a obtenção de mais lucro com a
hora exata em que morre. recente fragilidade de nossa atenção.
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QUESTÃO 124 QUESTÃO 125
Na verdade, o que se chama genericamente de índios
é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, falam
mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos
possui diferentes histórias, lendas, tradições, conceitos
e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo
e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades
apresentam a profunda comunhão com o ambiente em que
vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a CURY, C. Disponível em: http://tirasnacionais.blogspot.com. Acesso em: 13 nov. 2011.

preocupação com as futuras gerações, e o senso de que A tirinha denota a postura assumida por seu produtor
a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para frente ao uso social da tecnologia para fins de interação e
eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma
Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são argumentativa, por meio de uma atitude
indispensáveis para construir qualquer noção moderna de A crítica, expressa pelas ironias.
civilização. Os verdadeiros representantes do atraso no B resignada, expressa pelas enumerações.
nosso país não são os índios, mas aqueles que se pautam C indignada, expressa pelos discursos diretos.
D agressiva, expressa pela contra-argumentação.
por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”.
E alienada, expressa pela negação da realidade.
AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: www.outraspalavras.net.
Acesso em: 7 dez. 2012. QUESTÃO 126
Considerando-se as informações abordadas no texto, ao Dúvida
iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como
Dois compadres viajavam de carro por uma estrada
objetivo principal de fazenda quando um bicho cruzou a frente do carro.
A expor as características comuns entre os povos Um dos compadres falou:
indígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas. — Passou um largato ali!
B trazer uma abordagem inédita sobre os povos O outro perguntou:
indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido como — Lagarto ou largato?
especialista no assunto. O primeiro respondeu:
C mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão — Num sei não, o bicho passou muito rápido.
Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gênero, 2006.
com a natureza, e, por isso, sugerir que se deve
respeitar o meio ambiente e esses povos. Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir
D usar a conhecida oposição entre moderno e antigo o efeito de humor. Esse efeito ocorre porque um dos
personagens
como uma forma de respeitar a maneira ultrapassada
como vivem os povos indígenas em diferentes regiões A reconhece a espécie do animal avistado.
do Brasil. B tem dúvida sobre a pronúncia do nome do réptil.
E apresentar informações pouco divulgadas a respeito C desconsidera o conteúdo linguístico da pergunta.
dos indígenas no Brasil, para defender o caráter D constata o fato de um bicho cruzar a frente do carro.
desses povos como civilizações, em contraposição a E apresenta duas possibilidades de sentido para a
visões preconcebidas. mesma palavra.

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QUESTÃO 127 Os objetivos que motivam os seres humanos a


estabelecer comunicação determinam, em uma situação
de interlocução, o predomínio de uma ou de outra função
de linguagem. Nesse texto, predomina a função que se
caracteriza por
A tentar persuadir o leitor acerca da necessidade de se
tomarem certas medidas para a elaboração de um livro.
B enfatizar a percepção subjetiva do autor, que projeta
para sua obra seus sonhos e histórias.
C apontar para o estabelecimento de interlocução de
modo superficial e automático, entre o leitor e o livro.
D fazer um exercício de reflexão a respeito dos princípios
que estruturam a forma e o conteúdo de um livro.
E retratar as etapas do processo de produção de um
livro, as quais antecedem o contato entre leitor e obra.

QUESTÃO 129
(Tradução da placa: “Não me esqueçam quando eu for um nome importante.”)
NAZARETH, P. Mercado de Artes / Mercado de Bananas. Miami Art Basel, EUA, 2011.
Disponível em: www.40forever.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.

A contemporaneidade identificada na performance /


instalação do artista mineiro Paulo Nazareth reside
principalmente na forma como ele
A resgata conhecidas referências do modernismo
mineiro.
B utiliza técnicas e suportes tradicionais na construção
das formas.
C articula questões de identidade, território e códigos de
linguagens.
D imita o papel das celebridades no mundo
contemporâneo.
E camufla o aspecto plástico e a composição visual de
sua montagem.

QUESTÃO 128
Quadrinho quadrado

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o culpado de tudo.


27 set. 2011 a 29 jan. 2012. São Paulo: Prol Gráfica, 2012.

O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a


brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à questão
da identidade nacional, as anotações em torno dos versos
constituem
A direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de
dados histórico-culturais.
B forma clássica da construção poética brasileira.
C rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol.
D intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de
leitura poética.
E lembretes de palavras tipicamente brasileiras
XAVIER, C. Disponível em: www.releituras.com. Acesso em: 24 abr. 2010.
substitutivas das originais.
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QUESTÃO 130 Dessa forma, o anonimato pode aumentar a
crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos
O que a internet esconde de você podem ser tão graves ou piores. “O autor, assim como
o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar
Sites de busca manipulam resultados. Redes sociais valores esquecidos ou formar novos”, explica Luciene
decidem quem vai ser seu amigo — e descartam as Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora
pessoas sem avisar. E, para cada site que você pode da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de
acessar, há 400 outros invisíveis. Prepare-se para Campinas (Unicamp).
conhecer o lado oculto da internet.
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br.  Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado).

Segundo o texto, com as tecnologias de informação e


comunicação, a prática do bullying ganha novas nuances
de perversidade e é potencializada pelo fato de
A atingir um grupo maior de espectadores.
B dificultar a identificação do agressor incógnito.
C impedir a retomada de valores consolidados pela vítima.
D possibilitar a participação de um número maior de autores.
E proporcionar o uso de uma variedade de ferramentas
da internet.

QUESTÃO 132

Casados e independentes
Um novo levantamento do IBGE mostra que o número de
casamentos entre pessoas na faixa dos 60 anos cresce,
desde 2003, a um ritmo 60% maior que o observado na
população brasileira como um todo...

Aumento no número de casamentos (entre 2003 e 2008)


Entre pessoas Na população
GRAVATÁ, A. Superinteressante, São Paulo, ed. 297, nov. 2011 (adaptado). acima dos 60 brasileira

Analisando-se as informações verbais e a imagem associada


a uma cabeça humana, compreende-se que a venda
44% 28%
A representa a amplitude de informações que compõem ...e um fator determinante é que cada vez mais pessoas nessa
a internet, às quais temos acesso em redes sociais e idade estão no mercado de trabalho, o que lhes garante a
sites de busca. independência financeira necessária para o matrimônio.
B faz uma denúncia quanto às informações que são População com mais de 60 anos no mercado de trabalho
omitidas dos usuários da rede, sendo empregada no
sentido conotativo. Em 2003 Hoje*

C diz respeito a um buraco negro digital, onde estão


escondidas as informações buscadas pelo usuário
nos sites que acessa.
31% 38%
D está associada a um conjunto de restrições sociais Fontes: IBGE e Organização Internacional do Trabalho (OIT)
presentes na vida daqueles que estão sempre * Com base no último dado disponível, de 2008

conectados à internet. Veja, São Paulo, 21 abr. 2010 (adaptado).

E remete às bases de dados da web, protegidas por Os gráficos expõem dados estatísticos por meio de
senhas ou assinaturas e às quais o navegador não linguagem verbal e não verbal. No texto, o uso desse recurso
tem acesso.
A exemplifica o aumento da expectativa de vida da
QUESTÃO 131 população.
B explica o crescimento da confiança na instituição do
O que é bullying virtual ou cyberbullying? casamento.
É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com  C mostra que a população brasileira aumentou nos
mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por últimos cinco anos.
e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e D indica que as taxas de casamento e emprego
celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem cresceram na mesma proporção.
na escola, mas com o agravante de que as pessoas E sintetiza o crescente número de casamentos e de
envolvidas não estão cara a cara. ocupação no mercado de trabalho.

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*AMAR25DOM18* 2013
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QUESTÃO 133 QUESTÃO 134


Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a
Lusofonia
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...]
(Brasil), meretriz. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos
os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
no café, em frente da chávena de café, enquanto assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas
as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social,
poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra em condições de liberdade e de dignidade.
rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então, Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café, em geral e do poder público assegurar, com absoluta
a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
fique estragada para sempre quando este poema atravessar o liberdade e à convivência familiar e comunitária. [...]
atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo BRASIL. Lei n. 8 069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente.
Disponível em: www.planalto.gov.br (fragmento).
sem pensar em áfrica, porque aí lá terei
Para cumprir sua função social, o Estatuto da criança
de escrever sobre a moça do café, para e do adolescente apresenta características próprias
evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é desse gênero quanto ao uso da língua e quanto à
uma palavra que já me está a pôr com dores composição textual. Entre essas características,
de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria destaca-se o emprego de
era escrever um poema sobre a rapariga do A repetição vocabular para facilitar o entendimento.
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a B palavras e construções que evitem ambiguidade.
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma C expressões informais para apresentar os direitos.
rapariga se D frases na ordem direta para apresentar as informações
pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão. mais relevantes.
E exemplificações que auxiliem a compreensão dos
JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.
conceitos formulados.
O texto traz em relevo as funções metalinguística e
QUESTÃO 135
poética. Seu caráter metalinguístico justifica-se pela
O sociólogo espanhol Manuel Castells sustenta que
A discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora “a comunicação de valores e a mobilização em torno
no mundo contemporâneo. do sentido são fundamentais. Os movimentos culturais
(entendidos como movimentos que têm como objetivo
B defesa do movimento artístico da pós-modernidade, defender ou propor modos próprios de vida e sentido)
típico do século XX. constroem-se em torno de sistemas de comunicação —
essencialmente a internet e os meios de comunicação
C abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se
— porque esta é a principal via que esses movimentos
volta para assuntos rotineiros. encontram para chegar àquelas pessoas que podem
D tematização do fazer artístico, pela discussão do ato eventualmente partilhar os seus valores, e a partir daqui
atuar na consciência da sociedade no seu conjunto”.
de construção da própria obra.
Disponível em: www.compolitica.org. Acesso em: 2 mar. 2012 (adaptado).
E valorização do efeito de estranhamento causado no
Em 2011, após uma forte mobilização popular via redes
público, o que faz a obra ser reconhecida.
sociais, houve a queda do governo de Hosni Mubarak, no
Egito. Esse evento ratifica o argumento de que
A a internet atribui verdadeiros valores culturais aos
seus usuários.
B a consciência das sociedades foi estabelecida com o
advento da internet.
C a revolução tecnológica tem como principal objetivo a
deposição de governantes antidemocráticos.
D os recursos tecnológicos estão a serviço dos opressores
e do fortalecimento de suas práticas políticas.
E os sistemas de comunicação são mecanismos
importantes de adesão e compartilhamento de
valores sociais.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 18


*AMAR25DOM2* 2013
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PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto
de vista.
Qual o objetivo da “Lei Seca ao volante”?
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a utilização de bebidas alcoólicas é
responsável por 30% dos acidentes de trânsito. E metade das mortes, segundo o Ministério da Saúde, está relacionada
ao uso do álcool por motoristas. Diante deste cenário preocupante, a Lei 11.705/2008 surgiu com uma enorme missão:
alertar a sociedade para os perigos do álcool associado à direção.
Para estancar a tendência de crescimento de mortes no trânsito, era necessária uma ação enérgica. E coube
ao Governo Federal o primeiro passo, desde a proposta da nova legislação à aquisição de milhares de etilômetros.
Mas para que todos ganhem, é indispensável a participação de estados, municípios e sociedade em geral.
Porque para atingir o bem comum, o desafio deve ser de todos.
Disponível em: www.dprf.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013.

LEI SECA EM NÚMEROS

- 13% 97%
Atendimento Aprovaram o uso
Hospitalar dos bafômetros
Fonte: Secretaria Municipal
de Saúde (RJ) Fonte: IBPS

-6,2%
-27%
Vítimas de acidente Média Nac. de
no Grande Rio redução
vítimas fatais
Fonte: ISP - RJ Fonte: DataSUS

Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013. Disponível em: www.operacaoleisecarj.rj.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013 (adaptado).

Repulsão magnética a beber e dirigir


A lei da física que comprova que dois polos opostos se atraem em um campo magnético é um dos conceitos
mais populares desse ramo do conhecimento. Tulipas de chope e bolachas de papelão não servem, em condições
normais, como objetos de experimento para confirmar essa proposta. A ideia de uma agência de comunicação em
Belo Horizonte foi bem simples. Ímãs foram inseridos em bolachas utilizadas para descansar os copos, de forma
imperceptível para o consumidor. Em cada lado, há uma opção para o cliente: dirigir ou chamar um táxi depois de
beber. Ao mesmo tempo, tulipas de chope também receberam pequenos pedaços de metal mascarados com uma
pequena rodela de papel na base do copo. Durante um fim de semana, todas as bebidas servidas passaram a pregar
uma peça no cliente. Ao tentar descansar seu copo com a opção dirigir virada para cima, os ímãs apresentavam a
mesma polaridade e, portanto, causando repulsão, fazendo com que o descanso fugisse do copo; se estivesse virada
mostrando o lado com o desenho de um táxi, ela rapidamente grudava na base do copo. A ideia surgiu da necessidade
de passar a mensagem de uma forma leve e no exato momento do consumo.
Disponível em: www.operacaoleisecarj.rj.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2013 (adaptado).
INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 2
*AMAR75SAB2* 2013
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CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 03


E SUAS TECNOLOGIAS
Modelo 1
Questões de 1 a 45

QUESTÃO 01

Na produção social que os homens realizam, eles Fornecedor Estoque Produção Estoque Cliente
entram em determinadas relações indispensáveis e Modelo 2
independentes de sua vontade; tais relações de produção
correspondem a um estágio definido de desenvolvimento Requisição Requisição
das suas forças materiais de produção. A totalidade
dessas relações constitui a estrutura econômica da Entrega Entrega
Cliente Produção Fornecedor
sociedade — fundamento real, sobre o qual se erguem as
superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem Disponível em: http://ensino.univates.br. Acesso em: 11 maio 2013 (adaptado).
determinadas formas de consciência social.
Na imagem, estão representados dois modelos
MARX, K. Prefácio à Crítica da economia política. In: MARX, K.; ENGELS, F. de produção. A possibilidade de uma crise de
Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 1977 (adaptado).
superprodução é distinta entre eles em função do
Para o autor, a relação entre economia e política seguinte fator:
estabelecida no sistema capitalista faz com que A Origem da matéria-prima.
A o proletariado seja contemplado pelo processo de B Qualificação da mão de obra.
mais-valia. C Velocidade de processamento.
B o trabalho se constitua como o fundamento real da D Necessidade de armazenamento.
produção material. E Amplitude do mercado consumidor.
C a consolidação das forças produtivas seja compatível
com o progresso humano. QUESTÃO 04
D a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao A África também já serviu como ponto de partida
desenvolvimento econômico. para comédias bem vulgares, mas de muito sucesso,
E a burguesia revolucione o processo social de como Um príncipe em Nova York e Ace Ventura: um
formação da consciência de classe. maluco na África; em ambas, a África parece um
lugar cheio de tribos doidas e rituais de desenho
QUESTÃO 02 animado. A animação O rei Leão, da Disney, o mais
bem-sucedido filme americano ambientado na África,
Um trabalhador em tempo flexível controla o não chegava a contar com elenco de seres humanos.
local do trabalho, mas não adquire maior controle LEIBOWITZ, E. Filmes de Hollywood sobre África ficam no clichê.
sobre o processo em si. A essa altura, vários estudos Disponível em: http://notícias.uol.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010.

sugerem que a supervisão do trabalho é muitas vezes A produção cinematográfica referida no texto
maior para os ausentes do escritório do que para os contribui para a constituição de uma memória sobre
presentes. O trabalho é fisicamente descentralizado e a África e seus habitantes. Essa memória enfatiza e
o poder sobre o trabalhador, mais direto. negligencia, respectivamente, os seguintes aspectos
SENNETT, R. A corrosão do caráter: consequências pessoais do novo capitalismo. do continente africano:
Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
A A história e a natureza.
Comparada à organização do trabalho característica do B O exotismo e as culturas.
taylorismo e do fordismo, a concepção de tempo analisada
C A sociedade e a economia.
no texto pressupõe que
D O comércio e o ambiente.
A as tecnologias de informação sejam usadas para
E A diversidade e a política.
democratizar as relações laborais.
B as estruturas burocráticas sejam transferidas da
empresa para o espaço doméstico.
C os procedimentos de terceirização sejam aprimorados
pela qualificação profissional.
D as organizações sindicais sejam fortalecidas com a
valorização da especialização funcional.
E os mecanismos de controle sejam deslocados dos
processos para os resultados do trabalho.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 2
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2013 *AMAR75SAB3*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07

Tendo encarado a besta do passado olho no olho,


tendo pedido e recebido perdão e tendo feito correções,
viremos agora a página — não para esquecê-lo,
mas para não deixá-lo aprisionar-nos para sempre.
Avancemos em direção a um futuro glorioso de uma
nova sociedade sul-africana, em que as pessoas valham
não em razão de irrelevâncias biológicas ou de outros
estranhos atributos, mas porque são pessoas de valor
infinito criadas à imagem de Deus.
Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. Disponível em:
http://td.camara.leg.br. Acesso em: 17 dez. 2012 (adaptado).

No texto, relaciona-se a consolidação da democracia na


África do Sul à superação de um legado
MOREAUX, F. R. Proclamação da Independência.
A populista, que favorecia a cooptação de
dissidentes políticos. Disponível em: www.tvbrasil.org.br. Acesso em: 14 jun. 2010.

B totalitarista, que bloqueava o diálogo com os


movimentos sociais.
C segregacionista, que impedia a universalização
da cidadania.
D estagnacionista, que disseminava a pauperização
social.
E fundamentalista, que engendrava conflitos religiosos.

QUESTÃO 06

Ninguém desconhece a necessidade que todos


os fazendeiros têm de aumentar o número de seus
trabalhadores. E como até há pouco supriam-se os
fazendeiros dos braços necessários? As fazendas eram
alimentadas pela aquisição de escravos, sem o menor
auxílio pecuniário do governo. Ora, se os fazendeiros se
FERREZ, M. D. Pedro II.
supriam de braços à sua custa, e se é possível obtê-los
ainda, posto que de outra qualidade, por que motivo não SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.
hão de procurar alcançá-los pela mesma maneira, isto é, São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
à sua custa?
As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram
Resposta de Manuel Felizardo de Sousa e Mello, diretor geral das Terras Públicas,
transmitir determinadas representações políticas acerca
ao Senador Vergueiro. In: ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil.
São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia
que cada imagem evoca é, respectivamente:
O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar do
Império refere-se às mudanças então em curso no campo A Habilidade militar — riqueza pessoal.
brasileiro, que confrontaram o Estado e a elite agrária em B Liderança popular — estabilidade política.
torno do objetivo de C Instabilidade econômica — herança europeia.
A fomentar ações públicas para ocupação das terras D Isolamento político — centralização do poder.
do interior. E Nacionalismo exacerbado — inovação administrativa.
B adotar o regime assalariado para proteção da mão de
obra estrangeira.
C definir uma política de subsídio governamental para o
fomento da imigração.
D regulamentar o tráfico interprovincial de cativos para
sobrevivência das fazendas.
E financiar a fixação de famílias camponesas para
estímulo da agricultura de subsistência.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 3


*AMAR75SAB4* 2013
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QUESTÃO 08

Mapa 1 Mapa 2

Distribuição espacial atual da população brasileira Conflitos em terras indígenas

PRINCIPAIS ENVOLVIDOS EM
CONFRONTOS COM ÍNDIOS
NOS ÚLTIMOS ANOS
TERRA INDÍGENA

GARIMPEIROS E MADEIREIROS

FAZENDEIROS, POSSEIROS E
PRESSÃO DE POLÍTICOS LOCAIS
(Conflito de terras)

THÉRY, H. As boas-novas sobre a população brasileira. Conhecimento Prático SIMIELLI, M. E. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2009 (adaptado).
Geográfico, n. 41, jan. 2012 (adaptado).

Os mapas representam distintos padrões de distribuição de processos socioespaciais. Nesse sentido, a menor
incidência de disputas territoriais envolvendo povos indígenas se explica pela
A fertilização natural dos solos.
B expansão da fronteira agrícola.
C intensificação da migração de retorno.
D homologação de reservas extrativistas.
E concentração histórica da urbanização.

QUESTÃO 09

Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento residencial


dessa população, bem como de suas necessidades de trabalho, abastecimento, transportes, saúde, energia, água
etc. Ainda que o rumo tomado pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a todas essas
necessidades, o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.
MARICATO, E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis: Vozes, 2001.

A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como consequência a expansão das áreas
periféricas pelo(a)
A crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.
B direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços.
C delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida.
D implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores.
E reurbanização de moradias nas áreas centrais, mantendo o trabalhador próximo ao seu emprego, diminuindo os
deslocamentos para a periferia.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 4
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2013 *AMAR75SAB5*
QUESTÃO 10

Disponível em: http://blig.ig.com.br. Acesso em: 23 ago. 2011 (adaptado).

No esquema, o problema atmosférico relacionado ao ciclo da água acentuou-se após as revoluções industriais.
Uma consequência direta desse problema está na
A redução da flora.
B elevação das marés.
C erosão das encostas.
D laterização dos solos.
E fragmentação das rochas.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 5


*AMAR75SAB6* 2013
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QUESTÃO 11 QUESTÃO 13

Empresa vai fornecer 230 turbinas para o segundo Tenho 44 anos e presenciei uma transformação
complexo de energia à base de ventos, no sudeste da impressionante na condição de homens e mulheres
Bahia. O Complexo Eólico Alto Sertão, em 2014, terá gays nos Estados Unidos. Quando nasci, relações
capacidade para gerar 375 MW (megawatts), total homossexuais eram ilegais em todos os Estados Unidos,
suficiente para abastecer uma cidade de 3 milhões menos Illinois. Gays e lésbicas não podiam trabalhar no
de habitantes. governo federal. Não havia nenhum político abertamente
MATOS, C. GE busca bons ventos e fecha contrato de R$ 820 mi na Bahia. gay. Alguns homossexuais não assumidos ocupavam
Folha de S. Paulo, 2 dez. 2012.
posições de poder, mas a tendência era eles tornarem as
A opção tecnológica retratada na notícia proporciona coisas ainda piores para seus semelhantes.
a seguinte consequência para o sistema energético
ROSS, A. Na máquina do tempo. Época, ed. 766, 28 jan. 2013.
brasileiro:
A Redução da utilização elétrica. A dimensão política da transformação sugerida no texto
teve como condição necessária a
B Ampliação do uso bioenergético.
C Expansão das fontes renováveis. A ampliação da noção de cidadania.
D Contenção da demanda urbano-industrial. B reformulação de concepções religiosas.
E Intensificação da dependência geotérmica. C manutenção de ideologias conservadoras.
QUESTÃO 12 D implantação de cotas nas listas partidárias.
E alteração da composição étnica da população.
A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma
guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados
locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil,
como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer,
talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na
França, sendo essa revolução obra exclusiva da população
livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos
do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há
de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira;
São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).

No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político


sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil,
no qual
A copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
B incentivava a conquista de alforrias por meio de
ações judiciais.
C optava pela via legalista de libertação.  
D priorizava a negociação em torno das indenizações
aos senhores.
E antecipava a libertação paternalista dos cativos.

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2013 *AMAR75SAB7*
QUESTÃO 14 QUESTÃO 16

Nos estados, entretanto, se instalavam as oligarquias,


de cujo perigo já nos advertia Saint-Hilaire, e sob o
disfarce do que se chamou “a política dos governadores”.
Em círculos concêntricos esse sistema vem cumular no
próprio poder central que é o sol do nosso sistema.
PRADO, P. Retrato do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1972.

A crítica presente no texto remete ao acordo que


fundamentou o regime republicano brasileiro durante as
três primeiras décadas do século XX e fortaleceu o(a)
A poder militar, enquanto fiador da ordem econômica.
B presidencialismo, com o objetivo de limitar o poder
dos coronéis.
C domínio de grupos regionais sobre a ordem federativa.
D intervenção nos estados, autorizada pelas normas
constitucionais.
E isonomia do governo federal no tratamento das
disputas locais.

QUESTÃO 15 PEDERNEIRAS, R. Revista da Semana, ano 35, n. 40, 15 set. 1934. In: LEMOS, R. (Org.).
Uma história do Brasil através das caricaturas (1840-2001).
No final do século XIX, as Grandes Sociedades Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras e Expressões, 2001.

carnavalescas alcançaram ampla popularidade entre os Na imagem, da década de 1930, há uma crítica à conquista
foliões cariocas. Tais sociedades cultivavam um pretensioso de um direito pelas mulheres, relacionado com a
objetivo em relação à comemoração carnavalesca em A redivisão do trabalho doméstico.
si mesma: com seus desfiles de carros enfeitados pelas
B liberdade de orientação sexual.
principais ruas da cidade, pretendiam abolir o entrudo
C garantia da equiparação salarial.
(brincadeira que consistia em jogar água nos foliões) e
outras práticas difundidas entre a população desde os D aprovação do direito ao divórcio.
tempos coloniais, substituindo-os por formas de diversão E obtenção da participação eleitoral.
que consideravam mais civilizadas, inspiradas nos QUESTÃO 17
carnavais de Veneza. Contudo, ninguém parecia disposto
a abrir mão de suas diversões para assistir ao carnaval Então, a travessia das veredas sertanejas é mais
das sociedades. O entrudo, na visão dos seus animados exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos,
o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a
praticantes, poderia coexistir perfeitamente com os desfiles.
perspectiva das planuras francas. Ao passo que a outra
 PEREIRA, C. S. Os senhores da alegria: a presença das mulheres nas Grandes Sociedades o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o;
carnavalescas cariocas em fins do século XIX. In: CUNHA, M. C. P. Carnavais e outras
frestas: ensaios de história social da cultura. Campinas: Unicamp; Cecult, 2002 (adaptado). enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o
com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos
Manifestações culturais como o carnaval também têm estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e
sua própria história, sendo constantemente reinventadas léguas, imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas,
ao longo do tempo. A atuação das Grandes Sociedades, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados,
descrita no texto, mostra que o carnaval representava um apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos
momento em que as pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da
A distinções sociais eram deixadas de lado em nome flora agonizante...
da celebração. CUNHA, E. Os sertões. Disponível em: http://pt.scribd.com. Acesso em: 2 jun. 2012.
B aspirações cosmopolitas da elite impediam a
Os elementos da paisagem descritos no texto
realização da festa fora dos clubes.
correspondem a aspectos biogeográficos presentes na
C liberdades individuais eram extintas pelas regras das
autoridades públicas. A composição de vegetação xerófila.
D tradições populares se transformavam em matéria de B formação de florestas latifoliadas.
disputas sociais. C transição para mata de grande porte.
E perseguições policiais tinham caráter xenófobo por D adaptação à elevada salinidade.
repudiarem tradições estrangeiras. E homogeneização da cobertura perenifólia.
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QUESTÃO 18 QUESTÃO 20

Taxa de fecundidade total – Brasil – 1940-2010 De todas as transformações impostas pelo meio
técnico-científico-informacional à logística de transportes,
6,21
interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por
6,16 6,28
uma razão muito simples: o potencial que tal “ferramenta
5,76 logística” ostenta permite que haja, de fato, um sistema de
transportes condizente com a escala geográfica do Brasil.
HUERTAS, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira agrícola brasileira.
4,35
Revista Transporte y Territorio, Universidade de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado).

A necessidade de modais de transporte interligados, no


2,85 território brasileiro, justifica-se pela(s)
2,38
A variações climáticas no território, associadas à
1,90 interiorização da produção.
B grandes distâncias e a busca da redução dos custos
de transporte.
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
C formação geológica do país, que impede o uso de um
único modal.
IBGE. Censo demográfico 2010: resultados gerais da amostra.
Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br. Acesso em: 12 mar. 2013. D proximidade entre a área de produção agrícola
intensiva e os portos.
O processo registrado no gráfico gerou a seguinte
consequência demográfica: E diminuição dos fluxos materiais em detrimento de
fluxos imateriais.
A Decréscimo da população absoluta.
B Redução do crescimento vegetativo. QUESTÃO 21
C Diminuição da proporção de adultos. Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado
D Expansão de políticas de controle da natalidade. que temido ou temido que amado. Responde-se que
E Aumento da renovação da população ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é
economicamente ativa. difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que
amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque
QUESTÃO 19 dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que
são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos
As Brigadas Internacionais foram unidades de de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente
combatentes formadas por voluntários de 53 nacionalidades teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos,
dispostos a lutar em defesa da República espanhola. quando, como acima disse, o perigo está longe; mas
Estima-se que cerca de 60 mil cidadãos de várias quando ele chega, revoltam-se.
partes do mundo – incluindo 40 brasileiros – tenham se
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
incorporado a essas unidades. Apesar de coordenadas
pelos comunistas, as Brigadas contaram com A partir da análise histórica do comportamento humano
membros socialistas, liberais e de outras correntes em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o
político-ideológicas. homem como um ser
SOUZA, I. I. A Guerra Civil Europeia. História Viva, n. 70, 2009 (fragmento). A munido de virtude, com disposição nata a praticar
o bem a si e aos outros.
A Guerra Civil Espanhola expressou as disputas em curso
na Europa na década de 1930. A perspectiva política B possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas
comum que promoveu a mobilização descrita foi o(a) para alcançar êxito na política.
C guiado por interesses, de modo que suas ações
A crítica ao stalinismo.
são imprevisíveis e inconstantes.
B combate ao fascismo.
D naturalmente racional, vivendo em um estado
C rejeição ao federalismo. pré-social e portando seus direitos naturais.
D apoio ao corporativismo. E sociável por natureza, mantendo relações
E adesão ao anarquismo. pacíficas com seus pares.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 8


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2013 *AMAR75SAB9*
QUESTÃO 22 QUESTÃO 24

Disneylândia Um gigante da indústria da internet, em gesto


simbólico, mudou o tratamento que conferia à sua
Multinacionais japonesas instalam empresas em página palestina. O site de buscas alterou sua página
Hong-Kong quando acessada da Cisjordânia. Em vez de “territórios
E produzem com matéria-prima brasileira palestinos”, a empresa escreve agora “Palestina” logo
Para competir no mercado americano abaixo do logotipo.
[...] BERCITO, D. Google muda tratamento de territórios palestinos.
Folha de S. Paulo, 4 maio 2013 (adaptado).
Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos
ingleses na Nova Guiné O gesto simbólico sinalizado pela mudança no status dos
territórios palestinos significa o
Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na
África do Sul A surgimento de um país binacional.
[...] B fortalecimento de movimentos antissemitas.
Crianças iraquianas fugidas da guerra C esvaziamento de assentamentos judaicos.
Não obtêm visto no consulado americano do Egito D reconhecimento de uma autoridade jurídica.
Para entrarem na Disneylândia E estabelecimento de fronteiras nacionais.
ANTUNES, A. Disponível em: www.radio.uol.com.br. Acesso em: 3 fev. 2013 (fragmento).
QUESTÃO 25
Na canção, ressalta-se a coexistência, no contexto
Para que não haja abuso, é preciso organizar as
internacional atual, das seguintes situações:
coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder.
A Acirramento do controle alfandegário e estímulo ao Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo
capital especulativo. corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo,
exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de
B Ampliação das trocas econômicas e seletividade dos executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes
fluxos populacionais. ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os
C Intensificação do controle informacional e adoção de poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando
de forma independente para a efetivação da liberdade,
barreiras fitossanitárias.
sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou
D Aumento da circulação mercantil e desregulamentação grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.
do sistema financeiro. MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (adaptado).

E Expansão do protecionismo comercial e A divisão e a independência entre os poderes são


descaracterização de identidades nacionais. condições necessárias para que possa haver liberdade
em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo
QUESTÃO 23 político em que haja
A exercício de tutela sobre atividades jurídicas e
PSD - PTB - UDN políticas.
B consagração do poder político pela autoridade
PSP - PDC - MTR religiosa.
C concentração do poder nas mãos de elites
PTN - PST - PSB técnico-cientifícas.
D estabelecimento de limites aos atores públicos e às
PRP - PR - PL - PRT instituições do governo.
E reunião das funções de legislar, julgar e executar nas
Finados mãos de um governante eleito.

FORTUNA. Correio da Manhã, ano 65, n. 22 264, 2 nov. 1965.

A imagem foi publicada no jornal Correio da Manhã, no dia


de Finados de 1965. Sua relação com os direitos políticos
existentes no período revela a
A extinção dos partidos nanicos.
B retomada dos partidos estaduais.
C adoção do bipartidarismo regulado.
D superação do fisiologismo tradicional.
E valorização da representação parlamentar.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 9
*AMAR75SAB10* 2013
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QUESTÃO 28
QUESTÃO 26
Vida social sem internet?
Quando ninguém duvida da existência de um outro
mundo, a morte é uma passagem que deve ser celebrada
entre parentes e vizinhos. O homem da Idade Média tem a E NO MSN,
VOCÊ NO MYSPACE EM
convicção de não desaparecer completamente, esperando ESTÁ NO ESTOU ! E FACEBOOK? TODOS!
ORKUT?
a ressurreição. Pois nada se detém e tudo continua
na eternidade. A perda contemporânea do sentimento
religioso fez da morte uma provação aterrorizante, um
trampolim para as trevas e o desconhecido.
DUBY, G. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos.
São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).
VOCÊ ESTÁ EM
ATÉ NO
Ao comparar as maneiras com que as sociedades têm TWITTER?
TANTOS LUGARES, POR
ISSO RARAMENTE TE VEJO
lidado com a morte, o autor considera que houve um CLARO!
NO MUNDO REAL !

processo de
A mercantilização das crenças religiosas.
B transformação das representações sociais.
C disseminação do ateísmo nos países de maioria cristã.
D diminuição da distância entre saber científico e Disponível em: http://tv-video-edc.blogspot.com. Acesso em: 30 maio 2010.

eclesiástico. A charge revela uma crítica aos meios de comunicação,


E amadurecimento da consciência ligada à em especial à internet, porque
civilização moderna.
A questiona a integração das pessoas nas redes virtuais
QUESTÃO 27 de relacionamento.
B considera as relações sociais como menos
O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros importantes que as virtuais.
ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se C enaltece a pretensão do homem de estar em todos os
quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o lugares ao mesmo tempo.
centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento D descreve com precisão as sociedades humanas no
do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a mundo globalizado.
indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos E concebe a rede de computadores como o espaço
públicos aliviados; a economia assentada, como deve mais eficaz para a construção de relações sociais.
ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres
QUESTÃO 29
não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples ideia
de arquitetura! Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos,
BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para
Essa é a proposta de um sistema conhecido como outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos
panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas patrícios manipular a justiça conforme seus interesses.
sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger
por mecanismos uma comissão de dez pessoas — os decênviros — para
A religiosos, que se constituem como um olho divino escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia,
controlador que tudo vê. para estudar a legislação de Sólon.
B ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

impedindo a visão da dominação sofrida. A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo,
C repressivos, que perpetuam as relações de dominação descrita no texto, esteve relacionada à
entre os homens por meio da tortura física. A adoção do sufrágio universal masculino.
D sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por B extensão da cidadania aos homens livres.
meio do olhar como instrumento de controle. C afirmação de instituições democráticas.
E consensuais, que pactuam acordos com base na D implantação de direitos sociais.
compreensão dos benefícios gerais de se ter as
E tripartição dos poderes políticos.
próprias ações controladas.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 10
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2013 *AMAR75SAB11*
QUESTÃO 30 QUESTÃO 32

A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e
mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não montados em soberbos cavalos; depois destes, marchava
devem estar separados como na inscrição existente o Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado
em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, de seda azul para anunciar ao Senado que a vinda do
e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que Rei estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta
amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas obteve repetidas vivas do povo que concorreu alegre e
mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a admirado de tanta grandeza.
identificamos como felicidade. Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro, Bahia apud DEL PRIORE, M. Festas e utopias
no Brasil colonial. In: CATELLI JR., R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. São Paulo: Brasiliense, 1994 (adaptado).

Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do
atributos, Aristóteles a identifica como Rei do Congo evidencia um processo de
A busca por bens materiais e títulos de nobreza. A exclusão social.
B plenitude espiritual e ascese pessoal. B imposição religiosa.
C finalidade das ações e condutas humanas. C acomodação política.
D conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. D supressão simbólica.
E expressão do sucesso individual e reconhecimento E ressignificação cultural.
público.
QUESTÃO 33
QUESTÃO 31
TEXTO I
A nossa luta é pela democratização da propriedade
da terra, cada vez mais concentrada em nosso país.
Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46%
das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de
latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não
cumprem a função social, como determina a Constituição
de 1988. Também ocupamos as fazendas que têm origem
na grilagem de terras públicas.
Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).

TEXTO II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno
proprietário de loja: quanto menor o negócio mais difícil
de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são
Disponível em: http://BP.blogspot.com. Acesso em: 24 ago. 2011. difíceis de arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e
sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa
Na imagem, visualiza-se um método de cultivo e as
transformações provocadas no espaço geográfico. produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera
O objetivo imediato da técnica agrícola utilizada é muito mais do que apoiar a reforma agrária.
LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolitico.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).
A controlar a erosão laminar.
Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em
B preservar as nascentes fluviais.
relação à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque
C diminuir a contaminação química. os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à
D incentivar a produção transgênica.
A redução do inchaço urbano e à crítica ao
E implantar a mecanização intensiva.
minifúndio camponês.
B ampliação da renda nacional e à prioridade ao
mercado externo.
C contenção da mecanização agrícola e ao combate
ao êxodo rural.
D privatização de empresas estatais e ao estímulo
ao crescimento econômico.
E correção de distorções históricas e ao prejuízo
ao agronegócio.

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*AMAR75SAB12* 2013
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QUESTÃO 34 QUESTÃO 36
A recuperação da herança cultural africana deve TEXTO I
levar em conta o que é próprio do processo cultural: seu Ela acorda tarde depois de ter ido ao teatro e à dança;
movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, ela lê romances, além de desperdiçar o tempo a olhar
portanto, do resgate ingênuo do passado nem do seu para a rua da sua janela ou da sua varanda; passa horas
cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio no toucador a arrumar o seu complicado penteado; um
rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu número igual de horas praticando piano e mais outras na
movimento para melhor compreendê-lo historicamente. sua aula de francês ou de dança.
MINAS GERAIS. Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais.
Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988. Comentário do Padre Lopes da Gama acerca dos costumes femininos [1839] apud SILVA, T.
V. Z. Mulheres, cultura e literatura brasileira. Ipotesi — Revista de Estudos Literários,
Com base no texto, a análise de manifestações culturais Juiz de Fora, v. 2. n. 2, 1998.
de origem africana, como a capoeira ou o candomblé, TEXTO II
deve considerar que elas As janelas e portas gradeadas com treliças não eram
A permanecem como reprodução dos valores e cadeias confessas, positivas; mas eram, pelo aspecto e
costumes africanos. pelo seu destino, grandes gaiolas, onde os pais e maridos
B perderam a relação com o seu passado histórico. zelavam, sonegadas à sociedade, as filhas e as esposas.
MACEDO, J. M. Memórias da Rua do Ouvidor [1878]. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
C derivam da interação entre valores africanos e a Acesso em: 20 maio 2013 (adaptado).
experiência histórica brasileira.
A representação social do feminino comum aos dois
D contribuem para o distanciamento cultural entre textos é o(a)
negros e brancos no Brasil atual. A submissão de gênero, apoiada pela concepção
E demonstram a maior complexidade cultural dos patriarcal de família.
africanos em relação aos europeus. B acesso aos produtos de beleza, decorrência da
QUESTÃO 35 abertura dos portos.
C ampliação do espaço de entretenimento, voltado às
distintas classes sociais.
D proteção da honra, mediada pela disputa masculina
em relação às damas da corte.
E valorização do casamento cristão, respaldado pelos
interesses vinculados à herança.
QUESTÃO 37
Os produtos e seu consumo constituem a meta
declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta
foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade,
como expectativa de que o homem poderia dominar a
natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em
programa anunciado por pensadores como Descartes e
Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de
Meta de Faminto um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”,
JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer
em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com sua vida, física e culturalmente.
gazolina brasileira. Que mais quer? CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques.
Scientiae Studia, São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).
JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!
THÉO. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001).
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e
Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras & Expressões, 2001. Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como
A charge ironiza a política desenvolvimentista do governo uma forma de saber que almeja libertar o homem das
Juscelino Kubitschek, ao intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação
científica consiste em
A evidenciar que o incremento da malha viária diminuiu
A expor a essência da verdade e resolver definitivamente
as desigualdades regionais do país. as disputas teóricas ainda existentes.
B destacar que a modernização das indústrias dinamizou B oferecer a última palavra acerca das coisas que
a produção de alimentos para o mercado interno. existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
C enfatizar que o crescimento econômico implicou C ser a expressão da razão e servir de modelo para
aumento das contradições socioespaciais. outras áreas do saber que almejam o progresso.
D ressaltar que o investimento no setor de bens duráveis D explicitar as leis gerais que permitem interpretar a
incrementou os salários de trabalhadores. natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
E mostrar que a ocupação de regiões interioranas abriu E explicar a dinâmica presente entre os fenômenos
frentes de trabalho para a população local. naturais e impor limites aos debates acadêmicos.

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2013 *AMAR75SAB13*
QUESTÃO 38 QUESTÃO 40
No dia 1º de julho de 2012, a cidade do Rio de Janeiro De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e
tornou-se a primeira do mundo a receber o título da muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar,
Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural. muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos
A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi aprovada longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro,
durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial. nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho
O presidente do Iphan explicou que “a paisagem carioca vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...].
é a imagem mais explícita do que podemos chamar de Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece
civilização brasileira, com sua originalidade, desafios, que será salvar esta gente.
contradições e possibilidades”. A partir de agora, os
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R.
locais da cidade valorizados com o título da Unesco serão História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
alvo de ações integradas visando a preservação da sua
paisagem cultural. A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o
Disponível em: www.cultura.gov.br. Acesso em: 7 mar. 2013 (adaptado). projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o
O reconhecimento da paisagem em questão como relato enfatiza o seguinte objetivo:
patrimônio mundial deriva da A Valorizar a catequese a ser realizada sobre os
A presença do corpo artístico local. povos nativos.
B imagem internacional da metrópole. B Descrever a cultura local para enaltecer a
C herança de prédios da ex-capital do país. prosperidade portuguesa.
D diversidade de culturas presente na cidade. C Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o
E relação sociedade-natureza de caráter singular. potencial econômico existente.
QUESTÃO 39 D Realçar a pobreza dos habitantes nativos para
demarcar a superioridade europeia.
TEXTO I E Criticar o modo de vida dos povos autóctones para
Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde evidenciar a ausência de trabalho.
meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões
como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei QUESTÃO 41
em princípios tão mal assegurados não podia ser senão
mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, O canto triste dos conquistados:
uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões
a que até então dera crédito, e começar tudo novamente os últimos dias de Tenochtitlán
a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.
Nos caminhos jazem dardos quebrados;
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia.
São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
os cabelos estão espalhados.
TEXTO II
Destelhadas estão as casas,
É o caráter radical do que se procura que exige a
radicalização do próprio processo de busca. Se todo o Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém
espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que as tivesse tingido,
aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada
pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma Nos escudos esteve nosso resguardo,
daquelas que foram anteriormente varridas por essa mas os escudos não detêm a desolação...
mesma dúvida.
PINSKY, J. et al. História da América através de textos.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento).  

A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, O texto é um registro asteca, cujo sentido está
para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, relacionado ao(à)
deve-se
A retomar o método da tradição para edificar a ciência A tragédia causada pela destruição da cultura
com legitimidade. desse povo.
B questionar de forma ampla e profunda as antigas B tentativa frustrada de resistência a um poder
ideias e concepções. considerado superior.
C investigar os conteúdos da consciência dos homens C extermínio das populações indígenas pelo
menos esclarecidos. Exército espanhol.
D buscar uma via para eliminar da memória saberes D dissolução da memória sobre os feitos de seus
antigos e ultrapassados. antepassados.
E encontrar ideias e pensamentos evidentes que E profetização das consequências da colonização
dispensam ser questionados. da América.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 13


*AMAR75SAB14* 2013
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QUESTÃO 42 QUESTÃO 44

Embora haja dados comuns que dão unidade ao Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia
fenômeno da urbanização na África, na Ásia e na América regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para
Latina, os impactos são distintos em cada continente e descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso
mesmo dentro de cada país, ainda que as modernizações conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto.
se deem com o mesmo conjunto de inovações. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se
ELIAS, D. Fim do século e urbanização no Brasil. Revista Ciência Geográfica, resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que
ano IV, n. 11, set./dez. 1988. os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.
O texto aponta para a complexidade da urbanização KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).
nos diferentes contextos socioespaciais. Comparando
O trecho em questão é uma referência ao que ficou
a organização socioeconômica das regiões citadas, a
conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele,
unidade desse fenômeno é perceptível no aspecto
confrontam-se duas posições filosóficas que
A espacial, em função do sistema integrado que envolve
A assumem pontos de vista opostos acerca da natureza
as cidades locais e globais.
do conhecimento.
B cultural, em função da semelhança histórica e da
B defendem que o conhecimento é impossível,
condição de modernização econômica e política.
restando-nos somente o ceticismo.
C demográfico, em função da localização das maiores
C revelam a relação de interdependência entre os dados
aglomerações urbanas e continuidade do fluxo
da experiência e a reflexão filosófica.
campo-cidade.
D apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia,
D territorial, em função da estrutura de organização
na primazia das ideias em relação aos objetos.
e planejamento das cidades que atravessam as
fronteiras nacionais. E refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso
conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
E econômico, em função da revolução agrícola que
transformou o campo e a cidade e contribuiu para QUESTÃO 45
fixação do homem ao lugar.
Nos últimos decênios, o território conhece grandes
QUESTÃO 43 mudanças em função de acréscimos técnicos que
renovam a sua materialidade, como resultado e condição,
Rua Preciados, seis da tarde. Ao longe, a massa ao mesmo tempo, dos processos econômicos e sociais
humana que abarrota a Praça Puerta Del Sol, em Madri, em curso.
se levanta. Um grupo de garotas, ao ver a cena, corre em SANTOS, M.; SILVEIRA; M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI.
Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado).
direção à multidão. Milhares de pessoas fazem ressoar o
slogan: “Que não, que não, que não nos representem”. A partir da última década, verifica-se a ocorrência
Um garoto fala pelo megafone: “Demandamos submeter no Brasil de alterações significativas no território,
a referendo o resgate bancário”. ocasionando impactos sociais, culturais e econômicos
sobre comunidades locais, e com maior intensidade, na
RODRÍGUEZ, O. Puerta Del Sol, o grande alto-falante. Brasil de Fato, Amazônia Legal, com a
São Paulo, 26 maio-1 jun. 2011(adaptado).
A reforma e ampliação de aeroportos nas capitais
Em 2011, o acampamento dos Indignados espanhóis
dos estados.
expressou todo o descontentamento político da
juventude europeia. Que proposta sintetiza o conjunto de B ampliação de estádios de futebol para a realização de
reivindicações políticas destes jovens? eventos esportivos.
C construção de usinas hidrelétricas sobre os rios
A Voto universal.
Tocantins, Xingu e Madeira.
B Democracia direta.
D instalação de cabos para a formação de uma rede
C Pluralidade partidária. informatizada de comunicação.
D Autonomia legislativa. E formação de uma infraestrutura de torres que
E Imunidade parlamentar. permitem a comunicação móvel na região.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 14


EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É CINZA.
MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA

2º DIA
CADERNO

6
CINZA
2013 2ª APLICAÇÃO
PROVA DE REDAÇÃO E DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de 9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço
Redação e 90 questões numeradas de 91 a 180, dispostas da compreendido no círculo correspondente à opção escolhida
seguinte maneira: para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a
a. as questões de número 91 a 135 são relativas à área de questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
10 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e
b. as questões de número 136 a 180 são relativas à área de
trinta minutos.
Matemática e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 91 a 95 são relativas à língua 11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-
estrangeira. Você deverá responder apenas às questões RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
ato de sua inscrição. 12 Somente serão corrigidas as redações transcritas na
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a FOLHA DE REDAÇÃO.
quantidade de questões e se essas questões estão na ordem 13 Quando terminar as provas, acene para chamar o
mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as
providências cabíveis. 14 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas
duas horas do início da aplicação e poderá levar seu
3 Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇÃO, CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de
que se encontra no verso do CARTÃO-RESPOSTA, se os prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.
seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma
divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. 15 Você será eliminado do Exame, a qualquer tempo, no caso de:
4 ATENÇÃO: após a conferência, escreva e assine seu a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA e da b. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação
FOLHA DE REDAÇÃO com caneta esferográfica de tinta preta. das provas, incorrendo em comportamento indevido
5 ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu durante a realização do Exame;
CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando c. se comunicar, durante as provas, com outro participante
as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
d. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de
A vida necessita de pausas.
comunicação após ingressar na sala de provas;
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, a e. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício
opção correspondente à cor desta capa. próprio ou de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
7 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, f. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Exame;
pois ele não poderá ser substituído. g. se ausentar da sala de provas levando consigo o
8 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas CADERNO DE QUESTÕES antes do prazo estabelecido e/ou o
5 opções identificadas com as letras A , B , C , D e E . CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO a qualquer tempo;
Apenas uma responde corretamente à questão. h. não cumprir com o disposto no edital do Exame.

*CINZ25DOM1*
2013 *CINZ25DOM3*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS towards happiness”. How to get there has always been
TECNOLOGIAS the question. He’s tried to answer it before, but he’s never
had the help of a psychiatrist to get the message across in
Questões de 91 a 135 a context we can easily understand.
LAMA, D.; CUTLER, H. The Art of Happiness: a handbook for living. Putnam Books, 1998.
Questões de 91 a 95 (opção inglês)
Pelo título e pela sinopse do livro de Lama e Cutler,
QUESTÃO 91 constata-se que o tema da obra é
A o sucesso dos autores no Tibet.
B a busca da felicidade no cotidiano.
C o Prêmio Nobel recebido por Lama.
D a liderança de Dalai Lama no Tibet.
E a discussão de Lama e seu psiquiatra.

QUESTÃO 93
Cyberbullying is harassment through electronic
means such as telephone text messages, social media
such as Facebook and Twitter or online blogs and bulletin
boards. In normal bullying, students are given a daily
break from the torment as bully and victim each go to their
separate homes. But for victims of cyberbullying, there is
no reprieve, as the abuse enters into their private lives. In
the US, there are at least 44 states that have anti-bullying
laws on the books. While only six of them use the actual
word “cyberbullying”, 31 others have laws that specifically
mention “electronic harassment”.
Prosecution in the UK is a little more difficult. While
all schools are required to have anti-bullying policies
in place, cyberbullying itself is not named as a criminal
offence. Offenders in the UK would have to be charged
Disponível em: www.seton.com. Acesso em: 28 fev. 2012. under various other laws, including the Protection from
Harassment Act of 2003. This makes prosecution much
Placas como a da gravura são usadas para orientar more difficult.
os usuários de um espaço urbano. Essa placa,
Authorities agree that in order to stop cyberbullying,
especificamente, tem a função de avisar que somente
there has to be parental involvement. Parents need to
A as despesas feitas com estacionamento são be vigilant about their children’s access to technology.
deduzidas. They should monitor their children’s use of social media,
B os donos de carro entram no estacionamento do especially children under the age of 14. Bullies are not
parque. going to simply disappear, but parents can go a long way
C o proprietário autoriza a validação do estacionamento. in protecting their children from being bullied.
D os rebocadores precisam de permissão para entrar Go! English, ano II, n. 14 (fragmento).

no local. De acordo com o texto, nos Estados Unidos, alguns estados


E os veículos autorizados podem estacionar naquela têm leis específicas para assédio via meios eletrônicos.
área. Já no Reino Unido, a instauração de processos contra
praticantes de cyberbullying é mais difícil porque
QUESTÃO 92
A as vítimas precisam recorrer a outras leis existentes,
The art of happiness pois o cyberbullying não é considerado crime.
Nearly every time you see him, he’s laughing or at B as leis que regulamentam o uso da internet e dos
least smiling. And he makes everyone else around him meios eletrônicos de comunicação são inexistentes.
feel like smiling. He’s the Dalai Lama, the spiritual and C os pais das vítimas não têm interesse em denunciar
temporal leader of Tibet, a Nobel Prize winner, and an os agressores de seus filhos às autoridades
increasingly popular speaker and statesman. Why is he competentes.
so popular? Even after spending only a few minutes in D os estudantes com idade inferior a 18 anos não
his presence you can’t help feeling happier. If you ask podem sofrer acusações de prática de cyberbullying
him if he’s happy, even though he’s suffered the loss of ou bullying.
his country, the Dalai Lama will give you an unconditional
E as leis como a de Proteção contra Atos de Assédio de
yes. What’s more, he’ll tell you that happiness is the
2003 estabelecem que o cyberbullying não é crime.
purpose of life, and that “the very motion of our life is
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 3
*CINZ25DOM4* 2013

QUESTÃO 94

Disponível em: www.arcamax.com. Acesso em: 26 fev. 2012.

Tirinhas são construídas a partir de contextos sociais e podem promover reflexões diversas. Essa tirinha provoca no
leitor uma reflexão acerca da
A divisão de espaço com os pais.
B perda da atenção dos pais.
C submissão aos pais.
D ausência dos pais.
E semelhança com os pais.

QUESTÃO 95

Movie: Hijras – The Third Gender


Director: Devika Urvashi Bhisé
Duration: 29 minutes
Hijras are the outcastes of Indian society and live on its fringes. These eunuchs (originally only castrated males)
were once employed by sultans and maharajas to guard the women in their harems. Now shunned by society, they
are treated with less respect than the Dalits, or untouchables. Considered neither men nor women, Hijras have no
constitutional rights. Currently, there is an ongoing debate in India regarding whether or not they should be granted the
status of a third gender.
Most hijras are genetically born as men, but believe they are women within. The rest are hermaphrodites with some
abnormality in genitalia. For those born men, becoming a hijra is a painful process that involves removing the entire
genitalia in a secret ceremony that is often undergone without any anesthetic.
Currently, most hijras have only three ways in which they can make a living: prostitution, begging, and as performing
shamans removing bad luck and/or spells from suspicious Indian households. Sex work is one of the only options for
hijras because there are few employment opportunities available to them. Hijras are most commonly seen knocking on
car windows, begging for money at stoplights. Although hijras are feared for their dissimilarities, they are also revered
for their alleged mystical abilities. Most Indian families seek their blessings during any auspicious ceremony such as a
birth, a wedding, or the building of a new house.
As pariahs of society, they are subjected to prejudice that is often translated into verbal abuse, humiliation, extreme
discrimination, and violence in public as well as private venues. I have documented a short film to create awareness of
the plight of this segment of society and allow their voices to be heard. I was privileged to share this community’s inner
life and have tried to capture its stark reality as a friend rather than a voyeur. The filming took place from June 2008 to
September 2008 in various cities and locations in India.
Disponível em: www.engendered.org. Acesso em: 25 fev. 2012.

O filme Hijras – The Third Gender tem como objetivo chamar atenção para a situação vivida por um segmento da
sociedade indiana, os hijras. De acordo com o que se captura dessas vozes no filme e do que se lê no texto, esse
segmento reivindica
A os mesmos direitos dos dalits, ou intocáveis.
B o direito constitucional de sair da marginalidade.
C um processo mais humano de mudança de sexo.
D a regulamentação de suas atuais funções sociais.
E o reconhecimento de suas habilidades místicas.

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2013 *CINZ25DOM5*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS QUESTÃO 93
TECNOLOGIAS Adicciones y broncas: ¿Por qué dejé Facebook?
Questões de 91 a 135 Pese al indudable éxito de la marea azul de Facebook,
Questões de 91 a 95 (opção espanhol) algunas personas optan por un mundo menos conectado.
“Yo lo dejé porque era increíblemente adictivo y perdía
QUESTÃO 91 muchísimo tiempo”, explica Sonia (nombre ficticio), una
médica madrileña de 35 años. En cada visita los usuarios
de la red suelen pasar 20 minutos en media.
Las personas que deciden abandonar el lugar suelen
argumentar parecidas razones: pérdida de tiempo,
relaciones superficiales o falta de privacidad. La última
parte es en la que la red social ha avanzado más, en gran
parte obligada por las autoridades de diferentes países.
Desde hace un tiempo, el usuario tiene más opciones
sobre qué quiere compartir y con quién.
“En mi caso hubo un motivo concreto, una bronca
con un familiar muy cercano. Después del enfado, fui a
excluirlo de la lista de amigos. Pero, en el momento de
hacerlo, me sentí ridículo al reparar en lo enganchado que
yo estaba a esa red y pensé que mejor me eliminaba a mí
mismo. Suena a broma pero ocurrió así”, explica Alberto
Disponível em: www.maitena.com.ar. Acesso em: 19. ago. 2011. (nombre ficticio), que afirma que se mantiene en otras
redes, como Twitter, por motivos laborales.
A charge faz uma crítica
A a uma sociedade em que tudo tem um preço. NAVAS, J. A. Disponível em: www.elmundo.es. Acesso em: 21 fev. 2012 (adaptado).

B ao individualismo da sociedade contemporânea. Por meio de depoimentos, o texto exemplifica as razões


C ao preço elevado dos produtos comercializados. de alguns usuários do Facebook para abandonar essa
D à desvalorização que as pessoas sofrem no mundo atual. rede social. Com relação a Alberto, nome fictício de uma
E ao valor exagerado que se dá às coisas nos dias de hoje. das pessoas citadas, o abandono do Facebook ocorreu
porque
QUESTÃO 92
A soube que investia vinte minutos diariamente na rede
social.
B percebeu que a sua rotina começara a perder
interesse.
C notou a dependência que tinha desenvolvido a essa
rede.
D compreendeu que ele expunha a intimidade da sua
família.
E descobriu a falta de utilidade da internet para
conseguir emprego.

Disponível em: www.fotolog.com.br. Acesso em: 21 ago. 2011.

Esse anúncio faz parte de uma campanha de


conscientização que pretende
A chamar a atenção para o perigo de extinção de alguns
animais.
B alertar sobre o risco do consumo abusivo de bebidas
enlatadas.
C denunciar o impacto ambiental causado pelo ser humano.
D fazer um catálogo com as pegadas das variadas espécies.
E promover uma marca de refrigerante usando a sua
embalagem.
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*CINZ25DOM6* 2013

QUESTÃO 94
El diario La Tercera, en su edición online, resalta que son “150 mil los asistentes a la marcha” y que “exigen
plebiscito” si el Gobierno no responde a las demandas. Además, rescata que para los organizadores la movilización
fue “exitosa” y remarca que: “Un amplio porcentaje de los asistentes marchó en orden. Sólo al final de la movilización,
grupos encapuchados quemaron un automóvil y atacaron edificios en el sector Paseo Bulnes”.
En tanto, el periódico La Hora titula: “Con incidentes culmina nueva marcha por la Educación”. Pero aclara que
la manifestación, “que había sido pacífica desde temprano”, finalizó “con disturbios”. Y repite la información del auto
quemado en Paseo Bulnes que marca La Tercera, aunque aclara que el Ministro del Interior, Rodrigo Hinzpeter, criticó
los “desórdenes”.
Mientras que la edición online de El Mercurio destacó que “incidentes aislados protagonizados por encapuchados se
han producido en esta jornada en las principales ciudades del país, una vez concluidas las marchas por la educación”.
Disponível em: www.clarin.com. Acesso em: 3 set. 2011.

O texto resume informações divulgadas por três meios jornalísticos chilenos sobre manifestações estudantis ocorridas
nesse país em função da melhoria da educação. Comparando essas informações, constata-se que os três fragmentos
A destacam o incêndio de um automóvel durante a passeata.
B assinalam tumultos no desfecho das manifestações.
C reconhecem o sucesso das mobilizações realizadas.
D evidenciam o descontentamento de políticos com o evento.
E responsabilizam grupos encapuzados pelos incidentes.
QUESTÃO 95
Convergencia tecnológica y participación popular
Se están cumpliendo 20 años del “boom” de las radios comunitarias en Argentina, que entre 1985 y 1990
sorprendió al país con la creación de casi 3 mil radios de baja potencia. Estas emisoras lograron, en poco tiempo,
abrir los micrófonos a miles de radialistas populares, a la participación del vecindario y de la gente común e influir
sustancialmente en la programación radial comercial, con la creación de nuevos formatos en los que tenía un papel
central la opinión ciudadana, sin jerarquías ni condicionamientos. Siendo la radio en Argentina el medio más popular
y con un alto grado de credibilidad por parte del público, las emisoras comunitarias jugaron un rol fundamental para el
fortalecimiento del debate democrático en el país.
PLOU, D. S. América Latina en Movimiento, n. 421, jun. 2007. Disponível em: http://alainet.org. Acesso em: 23 fev. 2012 (adaptado).

O texto destaca a importância das emissoras de rádio comunitárias na Argentina. Considerando especificamente a
época do denominado boom, as emissoras populares
A criaram milhares de fontes de emprego para radialistas.
B surpreenderam o país com a oferta de rádios de baixo custo.
C convocaram a comunidade para a participação em comerciais.
D incutiram um novo paradigma centralizado na opinião pública.
E tiveram um papel preponderante no condicionamento dos ouvintes.
Questões de 96 a 135
QUESTÃO 96

Disponível em: http://picasaweb.google.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010.

No processo de modernização apresentado na tirinha, Mafalda depara-se com um contraponto entre


A o domínio dos modos de produção e a geração de novas ferramentas com a tecnologia de informação e comunicação.
B o acompanhamento das mudanças na sociedade e o surgimento de novas opções de vida e trabalho com a
cibernética.
C a constatação do avanço da tecnologia e a proposição de reprodução de velhas práticas com novas máquinas.
D a apresentação de novas perspectivas de vida e trabalho para a mulher com os avanços das tecnologias de
informação.
E a aplicação da cibernética e o descontentamento com a passividade do cotidiano das mulheres no trabalho de
corte e costura.
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2013 *CINZ25DOM7*
QUESTÃO 97 QUESTÃO 99
Usei uma conexão via computador, pela primeira Em um mundo onde o “boca a boca” tornou-se
vez, em 1988. Morava na França, trabalhando como virtual, é de extrema importância que a empresa se faça
correspondente da Folha de S. Paulo e concordei em presente e tenha um bom canal de comunicação com o
utilizar um laptop Toshiba T1000, equipado com um modem consumidor. Enfim, a empresa deve saber interagir com o
de 1 200 bauds, para transmitir minhas reportagens. O
seu consumidor, atender às suas necessidades, dúvidas
texto entrava direto nos terminais da redação, digitalizado,
segundos depois de composto na tela de cristal líquido e estabelecer um contato direto, claro e contínuo com os
do pequeno Toshiba. O laptop sequer tinha disco rígido, consumidores cada vez mais exigentes.
era tudo comandado por disquete e gravado em disquete. Disponível em: www.agenciars.com.br. Acesso em: 26 fev. 2012.

Permitiu-me aposentar não só a Olivetti como o vetusto O texto apresenta um assunto interessante e atual,
telex de casa. Em seguida, eu pegava o telefone e uma vez que a internet constitui-se como um meio de
chamava a redação para saber se o texto “entrara” bem. comunicação eficiente. Nesse contexto, “boca a boca” é
Até que, um dia, o engenheiro de informática do jornal me uma expressão indicadora de que
disse que, dali em diante, não precisaríamos usar mais
a ligação telefônica internacional tradicional, muito cara, A as redes sociais se tornaram recurso de comunicação
para saber se o texto havia chegado corretamente ou tirar de fácil acesso e baixo custo para o consumidor de
dúvidas sobre o manuseio do computador. Poderíamos variados produtos.
fazer aquilo via chat, uma conversa textual na tela do
próprio laptop. Essa maravilha seria possível por meio de B as redes sociais se tornaram fonte fundamental para
um programinha de conversação. indicações de amigos e divulgação de produtos,
SPYE, J. Conectado. São Paulo: Martins Fontes, 2006 (adaptado). marcas e serviços das empresas.
O texto apresenta uma situação de uso das tecnologias C as redes sociais são sistemas de comunicação que
de comunicação e informação por um jornalista. A agrupam empresas e indivíduos semelhantes com
mudança do uso do telefone para o uso do chat evidencia objetivos diferentes.
a transformação na dinâmica D as redes sociais permitem às empresas buscarem
A do trabalho, em função das tecnologias de novos profissionais para seu quadro de pessoal.
comunicação e informação. E as redes sociais possibilitam aos usuários se fazerem
B do acesso às informações divulgadas pela mídia presentes e atuantes na internet.
digital aos internautas. QUESTÃO 100
C da divulgação das notícias pela mídia digital e os
impactos provocados no cotidiano.
D da valorização de profissionais da imprensa com a
chegada das mídias digitais.
E dos avanços na área de telejornalismo na ascensão
da imprensa internacional.
QUESTÃO 98
Aptidão física é a capacidade de realizar as tarefas do
dia a dia com o mínimo de fadiga e desconforto. E isso é
obtido a partir da constituição física, incluída aí a herança
genética. Ter aptidão física é estar com coração, pulmões,
vasos sanguíneos e músculos prontos para suportar, sem
problemas, as atividades que o corpo realiza. Trata-se de
uma condição relativa e mutável, que pode ser melhorada
e ampliada conforme o interesse de cada um. Um artista
de circo precisa de aptidão para pedalar com o monociclo PAULINO, R. Bastidores (detalhe),1997. Xerox transferida e costurada sobre tecido
na corda bamba sem cair; alguém na plateia pode querer montado em bastidor.
apenas acompanhar sua turma em um passeio de Disponível em: www.galeriavirgilio.com.br. Acesso em: 29 out. 2010.
bicicleta até uma cachoeira. Ou seja, é você quem decide
quão apto quer estar para suas atividades. Nas últimas décadas, a ruptura, o efêmero, o descartável
SABA, F. Mexa-se: atividade física, saúde e bem-estar. São Paulo: Phorte, 2008. incorporam-se cada vez mais ao fazer artístico, em
A busca por uma melhoria da qualidade de vida exige consonância com a pós-modernidade. No detalhe da obra
que as pessoas procurem por um aprimoramento da sua Bastidores, percebe-se a
aptidão física, e para isso é necessário que A utilização de objetos do cotidiano como tecido,
A sejam incorporadas as atividades cotidianas de bastidores, agulha, linha e fotocópia, que tornam a
trabalho a séries de exercício físico. obra de abrangência regional.
B sejam adotados horários fixos para a execução de B ruptura com meios e suportes tradicionais por utilizar
exercícios corporais, além da genética apropriada. objetos do cotidiano, dando-lhes novo sentido condizente.
C haja dedicação predominante à prática de exercícios
C apropriação de materiais e objetos do cotidiano, que
de musculação em relação aos exercícios aeróbicos.
D haja estímulo ao indivíduo para o desempenho de conferem à obra um resultado inacabado.
atividades consonantes com suas necessidades e D apropriação de objetos de uso cotidiano das mulheres,
capacidades físicas. o que confere à obra um caráter feminista.
E tenham prioridade, no programa de treinamento, as E aplicação de materiais populares, o que a caracteriza
modalidades esportivas de caráter individual. como obra de arte utilitária.
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*CINZ25DOM8* 2013

QUESTÃO 101 QUESTÃO 103


Concurso de microcontos no Twitter
A nona edição do Simpósio Internacional de
Contadores de História promove concurso de microcontos
baseado no Twitter. Os interessados devem ter uma
conta no Twitter, seguir o @simposioconta e escrever um
microconto de gênero suspense, com tema livre. O conto
deve seguir as regras do Twitter: apenas 140 caracteres.
ELINA, R. Disponível em: www.consuladosocial.com.br. Acesso em: 28 jul. 2010.

Na atualidade, o texto traz uma proposta de utilização do


Twitter como ferramenta que proporciona uma construção
rápida, sintética e definida pelo gênero suspense. Isso
demonstra que essa rede social pode ser uma forma de
inovação tecnológica que
CABRAL, I. Disponível em: http://ivancabral.blogspot.com. Acesso em: 26 jul. 2010. A define uma dinâmica diferente de construção de
A cada verão, o Aedes aegypti, mosquito transmissor da texto, condensando as ideias principais sem perder
dengue, traz preocupação para os brasileiros. A charge a criatividade.
retrata essa situação a que o país está submetido. B conceitua uma nova vertente de texto, na qual a
Considerando os objetivos da charge, sua posição crítica rapidez supera o enredo e as outras características
se dá na medida em que do texto.
C considera que a utilização da escrita com caneta e
A compara o mosquito a um esportista. papel seja primitiva para os dias atuais.
B enfatiza o poder de resistência do inseto. D caracteriza um texto de tema livre, no qual o número
C elege o mosquito como o vilão da saúde. de caracteres importa mais que a criatividade do autor.
D atribui características humanas ao mosquito. E propõe um novo traço à escrita, pois garante a
E ignora a gravidade da questão por meio do humor. eficiência dos processos de comunicação.

QUESTÃO 102 QUESTÃO 104


Logo todos na cidade souberam: Halim se embeiçara
por Zana. As cristãs maronitas de Manaus, velhas e
moças, não aceitavam a ideia de ver Zana casar-se com
um muçulmano. Ficavam de vigília na calçada do Biblos,
encomendavam novenas para que ela não se casasse
com Halim. Diziam a Deus e ao mundo fuxicos assim: que
ele era um mascate, um teque-teque qualquer, um rude,
um maometano das montanhas do sul do Líbano que se
vestia como um pé rapado e matraqueava nas ruas e
praças de Manaus. Galib reagiu, enxotou as beatas: que
deixassem sua filha em paz, aquela ladainha prejudicava
o movimento do Biblos. Zana se recolheu ao quarto. Os
clientes queriam vê-la, e o assunto do almoço era só este:
Disponível em: http://euvoudebike.com.br. Acesso em: 23 ago. 2011.
a reclusão da moça, o amor louco do “maometano”.
HATOUM, M. Dois irmãos. São Paulo: Cia. das Letras, 2006 (fragmento).
Dois ciclistas profissionais chocaram-se em um parque
público e culparam a ineficiência da sinalização local, Dois irmãos narra a história da família que Halim e
uma vez que ambos leram e respeitaram a placa dirigida Zana formaram na segunda metade do século XX.
a esse tipo de esportista. Considerando o perfil sociocultural das personagens e os
valores sociais da época, a oposição ao casamento dos
Os fatos relatados e a leitura da referida placa revelam que dois evidencia
A a obediência às regras de segurança é fundamental A as fortes barreiras erguidas pelas diferenças de nível
na prática de esportes. financeiro.
B a prática de esporte dificulta a concentração do ciclista B o impacto dos preceitos religiosos no campo das
em outras informações. escolhas afetivas.
C a interpretação dos textos pode ser prejudicada por C a divisão das famílias em castas formadas pela
equívocos em sua elaboração. origem geográfica.
D a capacidade de leitura do ciclista é fundamental para D a intolerância com atos litúrgicos, aqui representados
o alcance de um bom rendimento físico. pelas novenas e ladainhas.
E a responsabilidade pelas informações produzidas E a importância atribuída à ocupação exercida por um
pelas placas de trânsito é de quem vai usar a via pública. futuro chefe de família.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 8


2013 *CINZ25DOM9*
QUESTÃO 105 A entidade apresentou ontem estudo sobre a
Tronos cobertura florestal no mundo e o resultado é preocupante:
em apenas dez anos, uma área de floresta do tamanho
de dois estados de São Paulo desapareceu do país.
De forma geral, a queda no ritmo da perda de cobertura
florestal foi de 37% em dez anos. Entre 1990 e 1999,
16 milhões de hectares por ano sumiram. Entre 2000 e
2009, esse número caiu para 13 milhões de hectares.
Mas o número é considerado alto. A América do Sul
é apontada como a maior responsável pela perda de
florestas do mundo, com cortes anuais de 4 milhões de
hectares. A África vem em seguida, com 3,4 milhões de
hectares/ano.
O Estado de São Paulo, 26 mar. 2010.

Na notícia lida, o conectivo “mas” (terceiro parágrafo)


Lucio, Beto e Oscar: a cadeira e as poltronas de Sérgio Rodrigues, de linhas inspiradas na
simplicidade brasiliense.
estabelece uma relação de oposição entre as sentenças:
Foto: Acervo Sérgio Rodrigues. “Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões
de hectares” e “o número é considerado alto”. Uma das
A revolução estética brasiliense empurrou os
formas de se reescreverem esses enunciados, sem que
designers de móveis dos anos 1950 e início dos 60 para
lhes altere o sentido inicial, é:
o novo. Induzidos a abandonar o gosto rebuscado pelo
colonial, a trocar Ouro Preto por Brasília, eles criaram A Porque, entre 2000 e 2009, esse número caiu para
um mobiliário contemporâneo que ainda hoje vemos nas 13 milhões de hectares, o número é considerado alto.
lojas e nas salas de espera de consultórios e escritórios. B Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões
Colada no uso de madeiras nobres, como o jacarandá e de hectares, por isso o número é considerado alto.
a peroba, e em materiais de revestimento como o couro e
C Entre 2000 e 2009, esse número caiu para 13 milhões
a palhinha, desenvolveu-se uma tendência feita de linhas
de hectares, uma vez que o número é considerado alto.
retas e curvas suaves, nos moldes da capital no Cerrado.
D Embora, entre 2000 e 2009, esse número tenha
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jul. 2010 (adaptado).
caído para 13 milhões de hectares, o número é
A reportagem e a fotografia apresentam os móveis considerado alto.
elaborados pelo artista Sérgio Rodrigues, com um estilo E Visto que, entre 2000 e 2009, esse número caiu para
que norteou o pensamento de uma geração, desafiando 13 milhões de hectares, o número é considerado alto.
a arte a
A evidenciar um novo conceito estético por meio de QUESTÃO 107
formas e texturas inovadoras. — Ora dizeis, não é verdade? Pois o Sr. Lúcio queria
B adaptar os móveis de Brasília aos modelos das esse cravo, mas vós lho não podíeis dar, porque o velho
escolas europeias do início do século XX. militar não tirava os olhos de vós; ora, conversando com
C elaborar a decoração dos palácios da nova capital do o Sr. Lúcio, acordastes ambos que ele iria esperar um
Brasil com conceitos de linha e perspectiva. instante no jardim...
D projetar para os palácios e edifícios da nova capital do MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em: www.dominiopublico.com.br.
Acesso em: 17 abr. 2010 (fragmento).
Brasil a beleza do mobiliário típico de Minas Gerais.
E criar o mobiliário para a capital do país com base no O trecho faz parte do romance A moreninha, de Joaquim
luxo e na riqueza dos edifícios públicos brasileiros. Manuel de Macedo. Nessa parte do romance, há um
diálogo entre dois personagens. A fala transcrita revela
QUESTÃO 106 um falante que utiliza uma linguagem
A informal, com estruturas e léxico coloquiais.
Brasil é o maior desmatador, mostra estudo da ONU
B regional, com termos característicos de uma região.
O Brasil reduziu sua taxa de desmatamento em
vinte anos, mas continua líder entre os países que C técnica, com termos de áreas específicas.
mais desmatam, segundo a FAO (órgão da ONU para D culta, com domínio da norma padrão.
a agricultura). E lírica, com expressões e termos empregados em
sentido figurado.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 9
*CINZ25DOM10* 2013

QUESTÃO 108 TEXTO II


ABC do Nordeste flagelado
O – Outro tem opinião
de deixar mãe, deixar pai,
porém para o Sul não vai,
procura outra direção.
Vai bater no Maranhão
onde nunca falta inverno;
outro com grande consterno
deixa o casebre e a mobília
e leva a sua família
pra construção do governo.
Disponível em: www.revista.agulha.com.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento).

Os Textos I e II são de autoria do escritor nordestino


Patativa do Assaré, que, em sua obra, retrata de forma
bastante peculiar os problemas de sua região. Esses
textos têm em comum o fato de abordarem
A a falta de esperança do povo nordestino, que se deixa
vencer pela seca.
B a dúvida de que a ajuda do governo chegará ao povo
nordestino.
C o êxodo do homem nordestino à procura de melhores
condições de vida.
Veja, São Paulo, 29 set. 2009 (adaptado). D o sentimento de tristeza do povo nordestino devido à
falta de chuva.
O texto apresentado emprega uma estratégia de
E o sofrimento dos animais durante os longos períodos
argumentação baseada em recursos verbais e não de estiagem.
verbais, com a intenção de
QUESTÃO 110
A desaconselhar a ingestão de biscoitos, taxados de
“vilões”, inimigos de uma alimentação saudável. Televisão x cinema
B associar a imagem da guloseima a um traço negativo, Mais uma vez, reacende-se o desgastante debate
que se concretiza na utilização do termo “desafio”. sobre “linguagem de televisão” e “linguagem de cinema”.
No mesmo país em que pagar ingresso ainda é luxo
C alertar para um problema mundial, como se prevê em para milhões de pessoas, alguns críticos utilizam o termo
“globesidade”, relacionando o açúcar, representado “televisivo” para depreciar uma obra. E “cinematográfico”
pelo doce, a um vilão. para enaltecê-la.
D ironizar a importância do problema, por meio do tom Como se houvesse um juiz onipotente a permitir
dramático da linguagem empregada, como se vê no ou não que se sinta uma história da maneira que se
pretende senti-la.
uso de “culpado” e “vilão”.
Todos os sentidos ficam de fora da análise ignorante,
E atestar a redução do consumo de alimentos calóricos, tipicamente política, que divorcia a técnica da percepção
como o biscoito, desencadeada pelas recentes sensorial. E é exatamente aí que reside o único interesse
divulgações de pesquisas comprobatórias do de um realizador: o momento do encontro do espectador
malefício que eles fazem à saúde. com a obra.
MONJARDIM, J. O Globo, Rio de Janeiro, 24 set. 2004 (adaptado).

QUESTÃO 109 Ao comentar o ressurgimento do debate sobre “linguagem


TEXTO I de televisão” e “linguagem de cinema”, o autor mostra a

Dois quadros A importância do debate para o entendimento destes dois


diferentes meios de linguagem: a televisão e o cinema.
Na seca inclemente do nosso Nordeste, B atitude prepotente dos críticos ao julgarem
O sol é mais quente e o céu mais azul preconceituosamente as escolhas do público.
E o povo se achando sem pão e sem veste, C validade do debate para o aprimoramento da
Viaja à procura das terras do Sul. linguagem do cinema e da televisão.
De nuvem no espaço, não há um farrapo, D neutralidade dos críticos no uso das palavras
Se acaba a esperança da gente roceira, “televisivo” e “cinematográfico”.
Na mesma lagoa da festa do sapo, E contribuição dos críticos na valorização dos
Agita-se o vento levando a poeira. sentimentos do espectador.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 10
2013 *CINZ25DOM11*
QUESTÃO 111 QUESTÃO 113

O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a imagem
de um vidro mole que fazia uma volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta que o rio faz
por trás de sua casa se chama enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia
uma volta atrás da casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.
BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Manoel de Barros desenvolve uma poética singular,


marcada por “narrativas alegóricas”, que transparecem
nas imagens construídas ao longo do texto. No poema,
essa característica aparece representada pelo uso do
recurso de Disponível em: www.quiosqueazul.blogspot.com. Acesso em: 25 out. 2011.

A resgate de uma imagem da infância, com a cobra O cartão-postal é um gênero textual geralmente usado
de vidro.
por turistas quando estão viajando, para enviar, aos
B apropriação do universo poético pelo olhar objetivo.
que ficaram, imagens dos lugares visitados. Entretanto,
C transfiguração do rio em um vidro mole e cobra de
vidro. o cartão-postal apresentado é uma peça publicitária, e
D rejeição da imagem de vidro e de cobra no reconhece-se nela a intenção de
imaginário poético.
A apresentar uma paisagem de um local específico,
E recorte de elementos como a casa e o rio no
conteúdo recorrente em um cartão-postal.
subconsciente.
B incentivar as pessoas de uma cidade a enviar cartões-
QUESTÃO 112 postais umas para as outras.
Mar português C instituir um novo tipo de cartão-postal, o virtual, a ser
Ó mar salgado, quanto do teu sal comercializado em um site da internet.
São lágrimas de Portugal! D fazer propaganda de um ponto turístico romântico
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, específico, atraindo a visitação por casais.
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar E comemorar a data da instituição do cartão-postal no
Para que fosses nosso, ó mar! Brasil, ainda na época do Império.

Valeu a pena? Tudo vale a pena QUESTÃO 114


Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador A aptidão física, em termos gerais, pode ser definida
Tem que passar além da dor. como a capacidade que um indivíduo possui para realizar
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, atividades físicas. Ter uma boa amplitude nos movimentos
Mas nele é que espelhou o céu. das diversas partes corporais é um dos componentes da
PESSOA, F. Mensagens. São Paulo: Difel, 1986.
aptidão física relacionada à saúde, pois permite maior
Nos versos 1 e 2, a hipérbole e a metonímia foram disposição para atividades da vida diária, como, por
utilizadas para subverter a realidade. Qual o objetivo exemplo, maior facilidade para alcançar os próprios pés.
dessa subversão para a constituição temática do poema?
NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um
A Potencializar a importância dos feitos lusitanos estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2006 (adaptado).
durante as grandes navegações.
B Criar um fato ficcional ao comparar o choro das mães O componente da aptidão física destacado no texto é
ao choro da natureza.
A força.
C Reconhecer as dificuldades técnicas vividas pelos
navegadores portugueses. B agilidade.
D Atribuir as derrotas portuguesas nas batalhas às C equilíbrio.
fortes correntes marítimas.
D velocidade.
E Relacionar os sons do mar ao lamento dos derrotados
nas batalhas do Atlântico. E flexibilidade.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 11


*CINZ25DOM12* 2013

Recomenda-se utilizar Nimesulida depois das refeições.


QUESTÃO 115
Agite antes de usar.
Grupo escolar
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA
Sonhei com um general de ombros largos DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
que fedia
Disponível em: www.bulas.med.br. Acesso em: 3 ago. 2012 (fragmento).
e que no sonho me apontava a poesia
enquanto um pássaro pensava suas penas O fragmento de bula apresenta informações ao paciente
e já sem resistência resistia. sobre as propriedades do medicamento e sobre o modo
O general acordou e eu que sonhava adequado de administrá-lo. Pela leitura desse texto,
face a face deslizei à dura via o paciente obtém a informação de que o medicamento
vi seus olhos que tremiam, ombros largos, deve ser
vi seu queixo modelado a esquadria A mantido dentro da geladeira, preferencialmente.
vi que o tempo galopando evaporava
(deu para ver qual a sua dinastia) B ingerido num intervalo de seis em seis horas.
mas em tempo fixei no firmamento C administrado em horários específicos.
esta imagem que rebenta em ponta fria: D tomado por pelo menos uma semana.
poesia, esta química perversa, E utilizado somente por adultos.
este arco que desvela e me repõe
nestes tempos de alquimia. QUESTÃO 117
BRITO, A. C. In: HOLLANDA, H. B. (Org.). 26 Poetas Hoje: antologia.
Rio de Janeiro: Aeroplano, 1998. TEXTO I
O poema de Antônio Carlos Brito está historicamente
inserido no período da ditadura militar no Brasil. A forma
encontrada pelo eu lírico para expressar poeticamente
esse momento demonstra que
A a ênfase na força dos militares não é afetada por
aspectos negativos, como o mau cheiro atribuído
ao general.
B a descrição quase geométrica da aparência física do
general expõe a rigidez e a racionalidade do governo.
C a constituição de dinastias ao longo da história parece
não fazer diferença no presente em que o tempo
evapora.
Disponível em: www.cefivasf.univasf.edu.br. Acesso em: 6 jun. 2013.
D a possibilidade de resistir está dada na renovação
e transformação proposta pela poesia, química que TEXTO II
desvela e repõe. Partindo do chão coletivo da comunidade rural ou
E a resistência não seria possível, uma vez que as das cidades, à medida que se impregna de um ethos
vítimas, representadas pelos pássaros, pensavam urbano — seja por migração, seja pela difusão de novos
apenas nas próprias penas. conteúdos midiáticos —, irão surgindo indivíduos que, na
área da visualidade, gerarão uma obra de feição original,
QUESTÃO 116
autoral, única. O indivíduo-sujeito recorre à memória para
Informações ao paciente — Nimesulida a construção de uma biografia, a fim de criar seu projeto
artístico, a sua identidade social.
Ação esperada do medicamento: Nimesulida FROTA, L. C. Pequeno dicionário da arte do povo brasileiro (século XX).
possui propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e Rio de Janeiro: Aeroplano, 2005.
antipiréticas.
A partir dos textos apresentados, os trabalhos que são
Cuidados de armazenamento: Nimesulida gotas deve pertinentes à criação popular caracterizam-se por
ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC),
protegido da luz. A temática nacionalista que abrange áreas regionais
amplas.
Gravidez e lactação: Informe a seu médico a B produção de obras utilizando materiais e técnicas
ocorrência de gravidez durante o tratamento ou após o tradicionais da arte acadêmica.
seu término. Informe ao médico se está amamentando.
O uso de Nimesulida não é recomendado para gestantes C ligação estrutural com a arte canônica pela exposição
e mulheres em fase de amamentação. e recepção em museus e galerias.
D abordagem peculiar da realidade e do contexto,
Cuidados de administração: Siga a orientação do seguindo criação pessoal particular.
seu médico, respeitando sempre os horários, as doses
e a duração do tratamento. Caso os sintomas não E criação de técnicas e temas comuns a determinado
melhorem em 5 dias, entre em contato com o seu médico. grupo ou região, gerando movimentos artísticos.

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2013 *CINZ25DOM13*
QUESTÃO 118
Músculos impossíveis e invejáveis
Claramente, nas últimas duas décadas, constituiu-se uma cultura masculina da modificação corporal. Por que não
aplaudir? Pessoalmente, levanto ferro há 35 anos e acho ótimo tanto para a saúde quanto para o humor. Então qual
é o problema?
Acontece que uma parte não negligenciável dos malhadores não encontra saúde nenhuma. Só nos Estados
Unidos, as pesquisas mostram que, para quase 1 milhão deles, a insatisfação com seu corpo deixa de ser um incentivo
e transforma-se numa obsessão doentia. Eles sofrem de uma verdadeira alteração da percepção da forma de seu
próprio corpo. Por mais que treinem, “sequem” e fiquem fortes, desenvolvem preocupações irrealistas, constantes
e angustiadas de que seu corpo seja feio, desproporcionado, miúdo ou gordo etc. Passam o tempo verificando
furtivamente o espelho. São as primeiras vítimas do uso desregrado de qualquer substância que prometa facilitar o
crescimento muscular. CALLIGARIS, C. Folha de S. Paulo, 8 fev. 2001 (fragmento).

O modelo de corpo perseguido pelos sujeitos descritos no texto possui como característica principal o(a)
A agilidade, com o intuito de realizar ações com maior performance atlética.
B equilíbrio, com o intuito de impedir oscilações ou desvios posturais.
C hipertrofia, com o intuito de ampliar o delineamento da massa corporal.
D relaxamento, com o intuito de alcançar uma sensação de satisfação, beneficiando a autoestima.
E flexibilidade, com o intuito de evitar lesões musculares e outros riscos da atividade física.

QUESTÃO 119

Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 29 fev. 2012.

As propagandas fazem uso de diferentes recursos para garantir o efeito apelativo, isto é, o convencimento do público
em relação ao que apresentam. O cartaz da campanha promovida pelo Ministério da Saúde utiliza vários recursos,
verbais e não verbais, como estratégia persuasiva, dentre os quais se destaca

A a ligação estabelecida entre as palavras “hábito” e “hemocentro”, explorando a ideia de frequência.


B a relação entre a palavra “corrente”, a imagem das pessoas de mãos dadas e a mão estendida ao leitor.
C o emprego da expressão “Um grande ato”, despertando a consciência das pessoas para o sentimento de
solidariedade.
D a apresentação da imagem de pessoas saudáveis, estratégia adequada ao público-alvo da campanha.
E a associação entre o grande número de pessoas no cartaz e o número de pessoas que precisam receber sangue
em nosso país.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 13


*CINZ25DOM14* 2013

O sol caía sobre as marquises e a cabeça dos curiosos


QUESTÃO 120
na rua. Um senhor dizia para uma mulher passando ali:
História da máquina que faz o mundo rodar — Eles se suicidaram.
Cego, aleijado e moleque, Uma comerciária acrescentava:
Padre, doutor e soldado, — Dizem que eles se gostavam muito.
Inspetor, juiz de direito,
Comandante e delegado, — Que coisa!
Tudo, tudo joga o dinheiro Enquanto isso, o solteirão, na janela do seu
Esperando bom resultado. apartamento, vendo todos lá embaixo, mordia com sabor
a carne acesa de uma enorme goiaba.
Matuto, senhor de engenho, FERNANDES, R. O caçador. João Pessoa: UFPB, 1997 (fragmento).
Praciano e mandioqueiro,
Do agreste ao sertão TEXTO II
Todos jogam seu dinheiro Invejoso
Se um diz que é mentiroso
Outro diz que é verdadeiro. O carro do vizinho é muito mais possante
E aquela mulher dele é tão interessante
Na opinião do povo Por isso ele parece muito mais potente
Não tem quem possa mandar
Faça ou não faça a máquina Sua casa foi pintada recentemente
O povo tem que esperar
Por que quem joga dinheiro E quando encontra o seu colega de trabalho
Só espera mesmo é ganhar.
Só pensa em quanto deve ser o seu salário

Assim é que muitos pensam Queria ter a secretária do patrão


Que no abismo não cai Mas sua conta bancária já chegou ao chão
Que quem não for no Juazeiro
Depois de morto ainda vai, [...]
Assim também é crença
Que a dita máquina sai.
Invejoso
Quando um diz: ele não faz, Querer o que é dos outros é o seu gozo
Já outro fica zangado E fica remoendo até o osso
Dizendo: assim como Cristo
Morreu e foi ressuscitado Mas sua fruta só lhe dá o caroço
Ele também faz a máquina
E seu dinheiro é lucrado. Invejoso
CRUZ, A. F. Disponível em: www.jangadabrasil.org. Acesso em: 5 ago. 2012 (fragmento). O bem alheio é o seu desgosto
No fragmento, as escolhas lexicais remetem às Queria um palácio suntuoso
origens geográficas e sociais da literatura de cordel.
Exemplifica essa remissão o uso de palavras como Mas acabou no fundo desse poço...
ANTUNES, A. Iê Iê Iê. São Paulo: Rosa Celeste, 2009 (fragmento).
A cego, aleijado, moleque, soldado, juiz de direito.
O conto e a letra de canção abordam o mesmo tema,
B agreste, sertão, Juazeiro, matuto, senhor de engenho.
a inveja. Embora empreguem recursos linguísticos
C comandante, delegado, dinheiro, resultado, praciano. diferentes, ambos lançam mão de um mecanismo em
D mentiroso, verdadeiro, joga, ganhar. comum, que consiste em
E morto, crença, zangado, Cristo. A referir-se, em terceira pessoa, a um indivíduo
qualificado como invejoso.
QUESTÃO 121
B conferir à inveja aspectos humanos ao fazer dela
TEXTO I personagem de narrativa.
Eles se beijavam no elevador, nos corredores do C expressar o ponto de vista do invejoso por meio da
prédio. Se amavam tanto, que o vizinho solteirão da fala de uma personagem.
esquerda guardava por eles uma vermelha inveja. Uma D dissertar sobre a inveja, apresentando argumentos
tarde, sem que ninguém soubesse por que, eles se contrários e favoráveis.
enforcaram no banheiro. Houve muito tumulto, carros da E fazer uma descrição do perfil psicológico de alguém
polícia parados em frente ao edifício, as equipes de TV. caracterizado como invejoso.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 14
2013 *CINZ25DOM15*
QUESTÃO 122

Disponível em: http://portal.rpc.com.br. Acesso em: 13 jun. 2011.

A tirinha faz referência a uma situação muito comum nas famílias brasileiras: a necessidade de estudar para o vestibular.
Buscando convencer o seu interlocutor, os personagens da tira fazem uso das seguintes estratégias argumentativas:
A Comoção e chantagem.
B Comoção e ironia.
C Intimidação e chantagem.
D Intimidação e sedução.
E Sedução e ironia.

QUESTÃO 123
Como os gêneros são históricos e muitas vezes estão ligados às tecnologias, eles permitem que surjam novidades
nesse campo, mas são novidades com algum gosto do conhecido. Observem-se as respectivas tecnologias e alguns de seus
gêneros: telegrama; telefonema; entrevista televisiva; entrevista radiofônica; roteiro cinematográfico e muitos outros
que foram surgindo com tecnologias específicas. Neste sentido, é claro que a tecnologia da computação, por oferecer uma
nova perspectiva de uso da escrita num meio eletrônico muito maleável, traz mais possibilidades de inovação.
MARCUSCHI, L. A. Disponível em: www.progesp.ufba.br. Acesso em: 23 jul. 2012 (fragmento).

O avanço das tecnologias de comunicação e informação fez, nas últimas décadas, com que surgissem novos gêneros
textuais. Esses novos gêneros, contudo, não são totalmente originais, pois eles inovam em alguns pontos, mas
remetem a outros gêneros textuais preexistentes, como ocorre no seguinte caso:
A O gênero e-mail mantém características dos gêneros carta e bilhete.
B O gênero aula virtual mantém características do gênero reunião de grupo.
C O gênero bate-papo virtual mantém características do gênero conferência.
D O gênero videoconferência mantém características do gênero aula presencial.
E O gênero lista de discussão mantém características do gênero palestra.
QUESTÃO 124
O Grandescompras é um site de compras coletivas do Brasil e surgiu devido a esta nova modalidade de comércio
eletrônico que vem crescendo a cada dia no mundo, e também aqui no Brasil. As compras coletivas são a moda da
vez, e para quem ainda não conhece esse sistema, ele já é bem popular nos Estados Unidos há muito tempo, vindo
a se destacar aqui no Brasil após o início de 2010. O Grandescompras possui ofertas especiais que podem variar de
50% a 90%, de acordo com a quantidade de pessoas interessadas em adquirir o produto/serviço. Para se ter uma
ideia, existem descontos em bares, restaurantes, salões de beleza e muitos outros lugares.
Disponível em: www.noticiaki.com. Acesso em: 12 jan. 2012 (adaptado).

O advento da internet produziu mudanças no comportamento dos consumidores e nas relações de compra e venda.
Segundo o texto, a adesão dos consumidores ao site de compras coletivas pela internet está relacionada ao fato de que
A a venda eletrônica constitui um modismo característico dos dias atuais.
B o consumidor deseja realizar uma compra recorrendo a um meio fácil e seguro.
C a diminuição do preço de um produto está relacionada ao aumento de sua procura.
D os descontos em produtos exclusivos aumentam o prestígio social dos internautas.
E a compra pela internet é uma prática recorrente entre moradores de países ricos.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 15
*CINZ25DOM16* 2013

QUESTÃO 125 QUESTÃO 127


Uma língua é um sistema social reconhecível em
diferentes variedades e nos muitos usos que as pessoas
fazem dela em múltiplas situações de comunicação. O
texto que se apresenta na variedade padrão formal da
língua é

Quando você quis eu não quis


Qdo eu quis você ñ quis
A Pensando mal quase q fui
Feliz
(Cacaso)

— Aonde é que você vai, rapaz?!


— Tá louco, bicho, vou cair fora!
B — Mas, qual é, rapaz?! Uma simples operação de Disponível em: www.flogao.com.br. Acesso: 28 fev. 2012.
apendicite!
(Ziraldo)
Os textos relativos ao mundo do trabalho, geralmente,
são elaborados no padrão normativo da língua. No
Eu, hoje, acordei mais cedo anúncio, apesar de o enunciador ter usado uma variedade
e, azul, tive uma ideia clara. linguística não padrão, ele atinge seus propósitos
C Só existe um segredo. comunicativos porque
Tudo está na cara. A os fazendeiros podem contar com a comodidade de
(Paulo Leminski)
serem atendidos em suas fazendas.
Com deus mi deito com deus mi levanto B a parede de uma casa é um suporte eficiente para a
comigo eu calo comigo eu canto divulgação escrita de um anúncio.
D eu bato um papo eu bato um ponto C a letra de forma torna a mensagem mais clara, de
eu tomo um drink eu fico tonto. modo a facilitar a compreensão.
(Chacal) D os mecânicos especializados em máquinas pesadas
são raros na zona rural.
O tempo é um fio E o contexto e a seleção lexical permitem que se
por entre os dedos. alcance o sentido pretendido.
E Escapa o fio,
perdeu-se o tempo. QUESTÃO 128
(Henriqueta Lisboa)
O cordelista por ele mesmo

QUESTÃO 126 Aos doze anos eu era


forte, esperto e nutrido.
Vinha do Sítio de Piroca
muito alegre e divertido
vender cestos e balaios
que eu mesmo havia tecido.
Passava o dia na feira
e à tarde regressava
levando umas panelas
que minha mãe comprava
e bebendo água salgada
nas cacimbas onde passava.
BORGES, J. F. Dicionário dos sonhos e outras histórias de cordel.
Porto Alegre: LP&M, 2003 (fragmento).

Literatura de cordel é uma criação popular em verso,


cuja linguagem privilegia, tematicamente, histórias de
CAZES, H. Choro: do quintal ao Municipal. São Paulo: Editora 34, 1998.
cunho regional, lendas, fatos ocorridos para firmar certas
A foto mostra integrantes de um grupo de choro tocando crenças e ações destacadas nas sociedades locais.
instrumentos de diferentes classificações. Nessa A respeito do uso das formas variantes da linguagem no
formação, o instrumento que representa a família Brasil, o verso do fragmento que permite reconhecer uma
região brasileira é
A das madeiras é a flauta transversal.
A “muito alegre e divertido”.
B das cordas friccionadas é o bandolim.
B “Passava o dia na feira”.
C dos metais é o pandeiro. C “levando umas panelas”.
D das percussões com membrana é o afoxé. D “que minha mãe comprava”.
E das cordas percurtidas é o cavaquinho. E “nas cacimbas onde passava”.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 16
2013 *CINZ25DOM17*
Reconhecer os diversos gêneros textuais que circulam na
QUESTÃO 129
sociedade constitui-se uma característica fundamental do
leitor competente. A análise das características presentes
Como ganhar qualquer discussão no fragmento de Um gramático contra a gramática, de
A verdade nem sempre depende de fatos — nos Gilberto Scarton, revela que o texto em questão pertence
jornais, no Congresso ou no boteco, ela é frequentemente ao seguinte gênero textual:
empacotada com táticas perversas e milenares. Conhecer A Artigo científico, uma vez que o fragmento contém
essas técnicas é um bom jeito de se defender contra elas título, nome completo do autor, além de ter sido
(e fazer a sua opinião prevalecer). redigido em uma linguagem clara e objetiva.
1. Capte a benevolência — Siga a dica da retórica B Relatório, pois o fragmento em questão apresenta
romana (captatio benevolentiae) e adule o interlocutor. informações sobre o autor, bem como descreve com
2. Exagere o argumento do adversário — É a detalhes o conteúdo da obra original.
“técnica do espantalho”, também chamada de ampliação
indevida pelo filósofo Arthur Schopenhauer. C Resenha, porque além de apresentar características
3. Entre na onda — Concorde com parte dos estruturais da obra original, o texto traz ainda o
argumentos do outro para, a partir daí, traçar a própria posicionamento crítico do autor do fragmento.
conclusão. D Texto publicitário, pois o fragmento apresenta dados
Outras dicas do mal: essenciais para a promoção da obra original, como
informações sobre o autor e o conteúdo.
• Mantenha a calma (o tom de fala vale mais que bons E Resumo, visto que, no fragmento, encontram-se
argumentos). informações detalhadas sobre o currículo do autor e
• Invalide as opiniões do adversário, desqualificando-o sobre o conteúdo da obra original.
sem questioná-lo.
• Repita o argumento do outro, mas agora a seu favor.
QUESTÃO 131
• Revele que está usando uma tática para ganhar a
discussão (aproveite para fingir que você venceu). Para as pessoas que estudam a inserção das
NARLOCH, L. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento). tecnologias da informação e da comunicação (TICs) na
sociedade, não é suficiente dar acesso ao hardware (com
O fragmento, retirado de uma revista de divulgação
softwares instalados). Deve-se, também, disponibilizar
científica, constrói-se em tom de humor, a partir de
recursos físicos, digitais, humanos e sociais. Além disso,
uma linguagem lúdica e despojada. O apelo a esse
deve-se considerar conteúdo, linguagem, alfabetização e
recurso expressivo é adequado para essa situação
educação, comunidade e estrutura institucional, para se
comunicativa, porque
permitir o acesso significativo às tecnologias digitais.
A converge para a subjetividade, característica desse Por acesso significativo, entende-se não só a possibilidade
tipo de periódico. de manejo do computador, de suas ferramentas e do
B segue parâmetros textuais semelhantes aos das acesso à internet, mas, sobretudo, a capacidade de
publicações científicas. utilizar esses conhecimentos para o acesso a conteúdos
que tenham influência direta para a melhoria da qualidade
C confirma o próprio periódico como meio de de vida da pessoa, de seu grupo e de sua comunidade.
comunicação de massa.
WARSCHAUER, M. Tecnologia e inclusão social: a exclusão digital em debate.
D atende a um leitor interessado em expandir São Paulo: Senac, 2006.
conhecimento teórico.
O uso significativo dos recursos ligados às tecnologias
E contraria o uso previsto para o registro formal da da informação e da comunicação faz-se presente na
língua portuguesa. hipótese de
QUESTÃO 130 A distribuição de laptops aos alunos para que possam
Um gramático contra a gramática registrar o conteúdo passado em sala de aula em
meio digital, diminuindo, assim, o tempo gasto com
O gramático Celso Pedro Luft era formado em atividades feitas em papel.
Letras Clássicas e Vernácula pela PUCRS e fez curso
B criação de uma rádio web escolar com programas
de especialização em Portugal. Foi professor na UFRGS
gravados, editados e organizados pelos alunos e
e na Faculdade Porto-Alegrense de Ciências e Letras.
professores, com utilização de mídias como gravador
Suas obras mais relevantes são: Gramática resumida, de som, computador e internet.
Moderna gramática brasileira, Dicionário gramatical
da língua portuguesa, Novo manual de português, C inserção, na grade curricular do ensino médio, de
Minidicionário Luft, Língua e liberdade e O romance disciplina que tenha o objetivo de ensinar o uso de
das palavras. Na obra Língua e liberdade, Luft traz um aplicativos de edição de texto, planilhas eletrônicas,
conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida navegadores, editores de imagem etc.
no ensino da língua materna, por combater, de forma D liberação do uso dos laboratórios de informática em
veemente, o ensino da gramática em sala de aula. horários extraclasse para que os alunos possam
Nos seis pequenos capítulos que integram a obra, o utilizar as tecnologias da forma que precisarem.
gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma E incentivo ao uso da internet para realização de
tecla — uma variação sobre o mesmo tema: a maneira pesquisas escolares, pela grande quantidade de
tradicional e errada de ensinar a língua materna. fontes e imagens que poderão enriquecer os trabalhos
SCARTON, G. Disponível em: www.portugues.com.br. Acesso em: 26 out. 2011 (fragmento). dos alunos.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 17


*CINZ25DOM18* 2013

QUESTÃO 132 QUESTÃO 134


Pesquisa da Faculdade de Educação da USP mostrou A DOSE DO PERIGO
que quase metade dos alunos que ingressam nos cursos Os principais resultados da pesquisa
de licenciatura em Física e Matemática da universidade realizada pelo Ibope em maio passado,
não estão dispostos a tornar-se professores. O detalhe com 1 008 adolescentes, 321 pais de
inquietante é que licenciaturas foram criadas exatamente adolescentes e 1 204 adultos de todo
para formar docentes. o estado de São Paulo
A dificuldade é que, se os estudantes não querem 13 anos
virar professores, fica difícil conseguir bons profissionais. é a idade com que atualmente os
Resolver essa encrenca é o desafio. Salários são adolescentes, começam a beber
por certo uma parte importante do problema, mas outros Na década de 90, a iniciação ocorria
elementos, como estabilidade na carreira e prestígio por volta dos 18 anos
social, também influem.
SCHWARTSMAN, H. Folha de S. Paulo, 13 out. 2012. Aos 14 anos,
o consumo de álcool torna-se um
Identificar o gênero do texto é um passo importante na hábito
caminhada interpretativa do leitor. Para isso, é preciso
observar elementos ligados à sua produção e recepção. Na década de 90, isso só ocorria por
volta dos 21 anos
Reconhece-se que esse texto pertence ao gênero artigo Veja, São Paulo, 10 ago. 2011 (adaptado).
de opinião devido ao(à)
Os resultados da pesquisa realizada a respeito do consumo
A suporte do texto: um jornal de grande circulação. de álcool por adolescentes chamam a atenção para
B lugar atribuído ao leitor: interessados no magistério. A os efeitos maléficos do álcool nos adolescentes.
C tema tratado: o problema da escassez de professores. B o consumo exagerado de álcool entre adolescentes.
D função do gênero: refletir sobre a falta de professores. C o risco do consumo de álcool cada vez mais precoce.
E linguagem empregada pelo autor: formal e denotativa. D a problemática do consumo de álcool na década de 1990.
E a diferença de comportamento entre adolescentes e
QUESTÃO 133 adultos.
QUESTÃO 135
Meu povo, meu poema
Meu povo e meu poema crescem juntos
Como cresce no fruto
A árvore nova
No povo meu poema vai nascendo
Como no canavial
Nasce verde o açúcar
No povo meu poema está maduro
Como o sol
Na garganta do futuro
Meu povo em meu poema
Se reflete
Como espiga se funde em terra fértil
Ao povo seu poema aqui devolvo
Menos como quem canta
Do que planta
Época, São Paulo, n. 698, 3 out. 2011.
FERREIRA GULLAR. Toda poesia. José Olympio: Rio de Janeiro, 2000.
Os anúncios publicitários, em geral, utilizam as linguagens
verbal e não verbal com a intenção de influenciar O texto Meu povo, meu poema, de Ferreira Gullar, foi
comportamentos. Os recursos linguísticos e imagéticos escrito na década de 1970. Nele, o diálogo com o contexto
presentes na propaganda da ABP convergem para sociopolítico em que se insere expressa uma voz poética que
A reforçar o caráter informativo do anúncio sobre a A precisa do povo para produzir seu texto, mas se
realização do evento de publicidade. esquiva de enfrentar as desigualdades sociais.
B mostrar que ideias ruins ou mal elaboradas também B dilui a importância das contingências políticas e
podem causar algum tipo de poluição. sociais na construção de seu universo poético.
C definir os critérios para a participação no Festival C associa o engajamento político à grandeza do fazer
Brasileiro de Publicidade de 2011. poético, fator de superação da alienação do povo.
D comparar a poluição ocasionada por ideias ruins e a D afirma que a poesia depende do povo, mas esse nem
originada pela ação humana. sempre vê a importância daquela nas lutas de classe.
E estimular os publicitários a se inscreverem no Festival E reconhece, na identidade entre o povo e a poesia,
Brasileiro de Publicidade de 2011. uma etapa de seu fortalecimento humano e social.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 18


*CINZ25DOM2* 2013

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“Cooperativismo como alternativa social”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Cooperativas e desenvolvimento sustentável

A Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou 2012 o Ano Internacional das Cooperativas, como
reconhecimento do papel fundamental das Cooperativas na promoção do desenvolvimento sócio-econômico de
centenas de milhões de pessoas em todo o mundo.

Com este propósito, a Assembléia Geral da ONU apela para a comunidade internacional a fim de que medidas
sejam tomadas para a criação de um ambiente favorável e capacitante para o fomento à instalação de cooperativas,
objetivando a promoção da conscientização dos povos em relação às importantes contribuições das cooperativas para
a geração de empregos e para a consequente melhoria qualitativa de vida dos povos.
Disponível em: www.peaunesco.com.br. Acesso em: 20 jun. 2013.

AS COOPERATIVAS AJUDAM A CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR

Disponível em: www.peaunesco.com.br. Acesso em: 20 jun. 2013.

“Porque nós somos os médicos do planeta, o planeta está doente e o ser


humano está adoecendo cada vez mais. Quanto menos ele trata o lixo, mais
ele adoece o planeta. E nós estamos aqui fazendo um trabalho digno. De fazer

DOE com que aquelas pessoas que ainda não têm consciência, bem, vamos esperar
que elas tenham, mas enquanto isso nós vamos fazendo esse trabalho”.
SEU Marli, membro de uma cooperativa de catadores de lixo instalada no centro de
São Paulo.
LIXO Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 20 jun. 2013 (adaptado).

Disponível em: www.doeseulixo.org.br.


Acesso em: 20 jun. 2013.

INSTRUÇÕES:
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 2


*BRAN75SAB2* 2013

CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 03


E SUAS TECNOLOGIAS
Embora o aspecto mais óbvio da Guerra Fria fosse
Questões de 1 a 45 o confronto militar e a cada vez mais frenética corrida
armamentista, não foi esse o seu grande impacto. As
QUESTÃO 01 armas nucleares nunca foram usadas. Muito mais óbvias
Ao longo das três últimas décadas, houve uma foram as consequências políticas da Guerra Fria.
explosão de movimentos sociais pelo mundo. Essa HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991.
diversidade de movimentos — que vão desde os São Paulo: Cia. das Letras, 1999 (adaptado).

movimentos por direitos civis e os movimentos O conflito entre as superpotências teve sua expressão
feministas dos anos de 1960 e 1970, até os movimentos emblemática no(a)
antinucleares e ecológicos dos anos de 1980 e a
campanha pelos direitos homossexuais da década de A formação do mundo bipolar.
1990 — é normalmente denominado pelos comentadores B aceleração da integração regional.
do tema como novos movimentos sociais. C eliminação dos regimes autoritários.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005 (adaptado). D difusão do fundamentalismo islâmico.
Uma explicação para a expansão dos chamados novos E enfraquecimento dos movimentos nacionalistas.
movimentos sociais nas últimas três décadas é a
QUESTÃO 04
A fragilidade das redes globais comunicacionais, como
internet e telefonia.
B garantia dos direitos sociais constitucionais, como
educação e previdência.
C crise das organizações representativas tradicionais,
como partidos e sindicatos.
D instabilidade das instituições políticas democráticas,
como eleições e parlamentos.
E consolidação das corporações transnacionais
monopolistas, como petrolíferas e mineradoras.

QUESTÃO 02
A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor;
o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não
são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e
continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos AP Wide World Photos/ William Kratzke, 2001.
o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; Disponível em: http://nymag.com. Acesso em: 29 fev. 2012.
elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.
SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).
Os eventos ocorridos no dia 11 de setembro de 2001
geraram mudanças sociais nos Estados Unidos, que
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências
europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, A ampliaram o isolacionismo e autossuficiência da
a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações economia norte-americana.
imperialistas, concebendo-as como parte de uma B mitigaram o patriotismo e os laços familiares em razão
das mortes causadas.
A cruzada religiosa.
C atenuaram o xenofobismo e a tensão política entre os
B catequese cristã. países do Oriente e Ocidente.
C missão civilizatória. D aumentaram o preconceito contra os indivíduos de
D expansão comercial ultramarina. origem árabe e religião islâmica.
E política exterior multiculturalista. E diminuíram a popularidade e legitimidade imediata do
chefe de Estado para lidar com o evento.

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2013 *BRAN75SAB3*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07

Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao TEXTO I


contrato uma soberania absoluta e indivisível. Ensina O aparecimento da máquina movida a vapor foi
que, por um único e mesmo ato, os homens naturais o nascimento do sistema fabril em grande escala,
constituem-se em sociedade política e submetem-se a representando um aumento tremendo na produção,
um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do
esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo.
proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado).
nocivos à paz.
CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias.
TEXTO II
Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado).
Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à
A proposta de organização da sociedade apresentada no concentração de numerosa mão de obra, reunida
texto encontra-se fundamentada na para longos dias de trabalho, numa situação árdua e
insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o sistema
A imposição das leis e na respeitabilidade ao soberano.
doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças
B abdicação dos interesses individuais e na legitimidade deixavam os lugares onde moravam para trabalhar em
do governo. diferentes fábricas.
C alteração dos direitos civis e na representatividade do LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea.
São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado).
monarca.
D cooperação dos súditos e na legalidade do poder As estratégias empregadas pelos textos para abordar o
democrático. impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que
E mobilização do povo e na autoridade do parlamento. se industrializavam são, respectivamente,
A ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no
QUESTÃO 06
trabalho doméstico.
Há dois pilares para a concepção multilateral de B acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as
justiça: a ideia de que a relação entre Estados é baseada mudanças no mundo do trabalho.
na igualdade jurídica e a noção de que a Carta da ONU C debater as consequências sociais e valorizar a
deveria promover os direitos humanos e o progresso reorganização do trabalho.
social. Do primeiro pilar derivam as normas de não
D indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais.
intervenção, de respeito à integridade territorial e de não
ingerência. São as normas que garantem as condições E minimizar as transformações sociais e criticar os
dos processos deliberativos justos entre iguais. avanços tecnológicos.
FONSECA JR., G. Justiça e direitos humanos. In: NASSER, R. (Org.). Novas perspectivas
sobre os conflitos internacionais. São Paulo: Unesp, 2010 (adaptado).

Nessa concepção de justiça, o cumprimento das normas


jurídicas mencionadas é a condição indispensável para a
efetivação do seguinte aspecto político:
A Voto censitário.
B Sufrágio universal.
C Soberania nacional.
D Nacionalismo separatista.
E Governo presidencialista.

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*BRAN75SAB4* 2013

QUESTÃO 08 A mudança na distribuição das classes de 2005 a 2010


implicou uma expressiva alteração no formato do primeiro
Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente.
para o segundo gráfico. Um processo associado a essa
A classe média europeia não está acostumada com a
mudança está indicado no(a)
moleza. Toda pessoa normal que se preze esfria a barriga
no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a padaria A expansão do mercado interno.
para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de B concentração da renda nacional.
gasolina com as próprias mãos. C persistência da crise internacional.
SETTI, A. Disponível em: http://colunas.revistaepoca.globo.com.
Acesso em: 21 maio 2013 (fragmento). D crescimento demográfico acelerado.
E fracasso das políticas redistributivas.
A diferença entre os costumes assinalados no texto e os
da classe média brasileira é consequência da ocorrência
QUESTÃO 10
no Brasil de
A automação do trabalho nas fábricas, relacionada à Ninguém vive sem ocupar espaço, sem respirar,
expansão tecnológica. sem alimentar-se, sem ter um teto para abrigar-se e, na
B ampliação da oferta de empregos, vinculada à Modernidade, sem o que se incorporou na vida cotidiana:
concessão de direitos sociais. luz, telefone, televisão, rádio, refrigeração dos alimentos
C abertura do mercado nacional, associada à etc. A humanidade não vive sem ocupar espaço, sem
modernização conservadora.
utilizar-se cada vez mais intensamente das riquezas
D oferta de mão de obra barata, conjugada à herança naturais que são apropriadas privadamente.
patriarcal.
RODRIGUES, A. M. Desenvolvimento sustentável: dos conflitos de classes para os conflitos
E consolidação da estabilidade econômica, ligada à de gerações. In: SILVA. J. B. et al. (Orgs.). Panorama da geografia brasileira.
São Paulo: Annablume, 2006 (fragmento).
industrialização acelerada.
O texto defende que duas mudanças provocadas pela
QUESTÃO 09 ação humana na Modernidade são o(a)
Classes sociais no Brasil (2005-2010) A alteração no modo de vida das comunidades e a
delimitação dos problemas ambientais em escala
2005 local.
Classes AB
26 421 B surgimento de novas formas de apropriação dos
milhões (15%) territórios e a utilização pública dos recursos naturais.

Classes C C incorporação de novas tecnologias no processo


62 702 produtivo e a aceleração dos problemas ambientais.
milhões (34%)
D aumento do consumo de bens e mercadorias e a
Classes DE utilização de mão de obra nas unidades produtivas.
92 936 E esgotamento das reservas naturais e a desaceleração
milhões (51%)
da produção de bens de consumo humano.
População Total 182 060 108

2010
Classes AB
42 195
milhões (22%)

Classes C
101 651
milhões (53%)

Classes DE
47 948
milhões (25%)
População Total 191 795 854
Fonte: Cetelem-Ipsos, 2010. O Globo, 23 mar. 2011(adaptado).

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2013 *BRAN75SAB5*
QUESTÃO 11 QUESTÃO 12

O papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte Depois de dez anos de aparente imobilidade,
(Otan) alterou-se desde sua origem em 1949. A Otan é
77 950 operários estavam em greve em São Bernardo,
uma aliança militar que se funda sobre um tratado de
segurança coletiva, o qual, por sua vez, indica a criação de Santo André, São Caetano e Diadema – o chamado
uma organização internacional com o objetivo de manter ABCD, coração industrial do país. Em todas as fábricas,
a democracia, a paz e a segurança dos seus integrantes.
os operários cruzaram os braços em silêncio. Apanhado
No começo dos anos de 1990, em função dos de surpresa, o governo militar ficou por algum tempo
conflitos nos Bálcãs, a Otan declarou que a instabilidade
sem ação. Os empregadores, por sua vez, sofriam sérios
na Europa Central afetava diretamente a segurança dos
seus membros. Foi então iniciada a primeira operação prejuízos a cada dia de greve.
ALVES, M. H. M. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Petrópolis: Vozes, 1984 (adaptado).
militar fora do território dos países-membros. Desde então
ela expandiu sua área de interesse para África, Oriente O movimento sindical, em fins dos anos 1970, começou
Médio e Ásia. a se rearticular e a patrocinar greves de significativa
BERTAZZO, J. Atuação da Otan no Pós-Guerra Fria: implicações para a segurança nacional
e para a ONU. Contexto Internacional, Rio de Janeiro, jan.-jun. 2010 (adaptado). repercussão. Essas greves aconteceram em um contexto
Os objetivos dessa organização, nos diferentes períodos político-institucional de
descritos, são, respectivamente:
A revogação da negociação coletiva entre patrões e
A Financiar a indústria bélica – garantir atuação global. empregados.
B Conter a expansão socialista – realizar ataques B afirmação dos direitos individuais por parte de minorias.
preventivos.
C suspensão da legislação trabalhista forjada durante a
C Combater a ameaça soviética – promover auxílio
Era Vargas.
humanitário.
D limitação à liberdade das organizações sindicais e
D Minimizar a influência estadunidense – apoiar
populares.
organismos multilaterais.
E Reconstruir o continente devastado – assegurar E discordância dos empresários com as políticas
estabilidade geopolítica. industriais.

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*BRAN75SAB6* 2013

QUESTÃO 13 QUESTÃO 14

Fronteira. Condição antidemocrática de existência O contrário de um fato qualquer é sempre possível,


pois, além de jamais implicar uma contradição, o espírito
das democracias, distinguindo os cidadãos dos
o concebe com a mesma facilidade e distinção como se
estrangeiros, afirma que não pode haver democracia sem ele estivesse em completo acordo com a realidade.
território. Em princípio, portanto, nada de democracia sem Que o Sol não nascerá amanhã é tão inteligível e não
implica mais contradição do que a afirmação de que ele
fronteiras. E, no entanto, as fronteiras perdem o sentido
nascerá. Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua
no que diz respeito às mercadorias, aos capitais, aos falsidade de maneira absolutamente precisa. Se ela fosse
homens e às informações que as atravessam. As nações demonstrativamente falsa, implicaria uma contradição e
o espírito nunca poderia concebê-la distintamente, assim
não podem mais ser definidas por fronteiras rígidas. Será
como não pode conceber que 1 + 1 seja diferente de 2.
necessário aprender a construir nações sem fronteiras, HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano.
São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
autorizando a filiação a várias comunidades, o direito de
O filósofo escocês David Hume refere-se a fatos, ou seja,
voto múltiplo, a multilealdade.
a eventos espaço-temporais, que acontecem no mundo.
ATTALI, J. Dicionário do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001 (adaptado). Com relação ao conhecimento referente a tais eventos,
Hume considera que os fenômenos
No texto, a análise da relação entre democracia, cidadania
A acontecem de forma inquestionável, ao serem
e fronteira apresenta sob uma perspectiva crítica a apreensíveis pela razão humana.
necessidade de B ocorrem de maneira necessária, permitindo um saber
próximo ao de estilo matemático.
A reestruturação efetiva do Estado-nação.
C propiciam segurança ao observador, por se basearem
B liberalização controlada dos mercados. em dados que os tornam incontestáveis.
C contestação popular do voto censitário. D devem ter seus resultados previstos por duas
modalidades de provas, com conclusões idênticas.
D garantia jurídica da lealdade nacional.
E exigem previsões obtidas por raciocínio, distinto do
E afirmação constitucional dos territórios. conhecimento baseado em cálculo abstrato.

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2013 *BRAN75SAB7*
QUESTÃO 15 QUESTÃO 16

TEXTO I É preciso ressaltar que, de todas as capitanias


brasileiras, Minas era a mais urbanizada. Não havia ali
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”, mas a hegemonia de um ou dois grandes centros. A região era
Ordem de Deus. repleta de vilas e arraiais, grandes e pequenos, em cujas
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes celestes [1543]. ruas muita gente circulava.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.
PAIVA, E. F. O ouro e as transformações na sociedade colonial. São Paulo: Atual, 1998.
TEXTO II
As regiões da América portuguesa tiveram distintas lógicas
Não vejo nenhum motivo para que as ideias expostas de ocupação. Uma explicação para a especificidade da
neste livro (A origem das espécies) se choquem com as região descrita no texto está identificada na
ideias religiosas. A apropriação cultural diante das influências externas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. São Paulo: Escala, 2009.
B produção manufatureira diante do exclusivo comercial.
Os textos expressam a visão de dois pensadores — C insubordinação religiosa diante da hierarquia
Copérnico e Darwin — sobre a questão religiosa e suas eclesiástica.
relações com a ciência, no contexto histórico de construção D fiscalização estatal diante das particularidades
econômicas.
e consolidação da Modernidade. A comparação entre
E autonomia administrativa diante das instituições
essas visões expressa, respectivamente: metropolitanas.
A Articulação entre ciência e fé — pensamento científico
QUESTÃO 17
independente.
B Poder secular acima do poder religioso — defesa dos A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão
uma sentença definitiva. Mais cedo ou mais tarde estaria
dogmas católicos.
extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os
C Ciência como área autônoma do saber — razão escravos eram extremamente baixos e os de mortalidade,
humana submetida à fé. elevados. Era necessário melhorar as condições de vida
D Moral católica acima da protestante — subordinação da escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa
da ciência à religião. outra solução para o problema da mão de obra.
COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 2010.
E Autonomia do pensamento religioso — fomento à fé
por meio da ciência. Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção
do tráfico transatlântico de cativos e colocou em evidência
o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para
os cafeicultores paulistas, a medida que representou uma
solução efetiva desse problema foi o (a)
A valorização dos trabalhadores nacionais livres.
B busca por novas fontes fornecedoras de cativos.
C desenvolvimento de uma economia urbano-industrial.
D incentivo à imigração europeia.
E escravização das populações indígenas.

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*BRAN75SAB8* 2013

QUESTÃO 18 QUESTÃO 19

Imagine uma festa. São centenas de pessoas A substância é um Ser capaz de Ação. Ela é simples
ou composta. A substância simples é aquela que não
aparentemente viajadas, inteligentes, abertas a novas
tem partes. O composto é a reunião das substâncias
amizades. Você seleciona uma delas e começa um simples ou Mônadas. Monas é uma palavra grega que
diálogo. Apesar do assunto envolvente, você olha para significa unidade ou o que é uno. Os compostos ou os
corpos são Multiplicidades, e as Substâncias simples,
o lado, perde o foco e dá início a um novo bate-papo.
as Vidas, as Almas, os Espíritos são unidades. É preciso
Trinta segundos depois, outra pessoa desperta a sua que em toda parte haja substâncias simples porque sem
atenção. Você repete a mesma ação. Lá pelas tantas as simples não haveria as compostas, nem movimento.
Por conseguinte, toda natureza está plena de vida.
você se dá conta de que não lembra o nome de nenhuma
LEIBNIZ, G. W. Discurso de metafísicas e outros textos.
São Paulo: Matins Fontes, 2004 (adaptado).
das pessoas com quem conversou. A internet é mais
ou menos assim, repleta de coisas legais, informações Dentre suas diversas reflexões, Leibniz voltou
sua atenção para o tema da metafísica, que trata
relevantes. São janelas e mais janelas abertas. basicamente do fundamento de realidade das coisas do
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 19 fev. 2013 (adaptado). mundo. A busca por esse fundamento muitas vezes é
resumida a partir do conceito de substância, que para
Refletindo sobre a correlação entre meios de comunicação ele se refere a algo que é
e vida social, o texto associa a internet a um padrão de A complexo por natureza, constituindo a unidade
sociabilidade que se caracteriza pelo(a) mínima do cosmo.
B estabilizador da realidade, dada a exigência de
A isolamento das pessoas. permanência desta.

B intelectualização dos internautas. C desdobrado no composto, em vez de gerá-lo unindo-


se a outras substâncias simples.
C superficialidade das interações. D considerado simples e múltiplo a um só tempo, por
D mercantilização das relações. ser um todo indecomponível constituído de partes.
E essencial na estrutura do que existe no mundo, sem
E massificação dos gostos. deixar de contribuir para o movimento.

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2013 *BRAN75SAB9*
QUESTÃO 20 QUESTÃO 21

TEXTO I
Devem ser bons serviçais e habilidosos, pois noto
Não é sem razão que o ser humano procura de
que repetem logo o que a gente diz e creio que depressa boa vontade juntar-se em sociedade com outros que
estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua
se fariam cristãos; me pareceu que não tinham nenhuma conservação da vida, da liberdade e dos bens a que
chamo de propriedade.
religião. Eu, comprazendo a Nosso Senhor, levarei daqui, LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: ensaio relativo à verdadeira origem,
extensão e objetivo do governo civil. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (adaptado).
por ocasião de minha partida, seis deles para Vossas
TEXTO II
Majestades, para que aprendam a falar. Para que essas classes com interesses econômicos
COLOMBO, C. Diários da descoberta da América: as quatro viagens e o testamento.
em conflitos não destruam a si mesmas e à sociedade
Porto Alegre: L&PM, 1984. numa luta estéril, surge a necessidade de um poder que,
na aparência, esteja acima da sociedade, que atenue o
O documento destaca um aspecto cultural relevante conflito, mantenha-o dentro dos limites da ordem.
em torno da conquista da América, que se encontra ENGELS, F. In: GALLINO, L. Dicionário de sociologia.
São Paulo: Paulus, 2005 (adaptado).
expresso em:
Os textos expressam duas visões sobre a forma como
A Deslumbramento do homem branco diante do os indivíduos se organizam socialmente. Tais visões
comportamento exótico das tribos autóctones. apontam, respectivamente, para as concepções:
B Violência militarizada do europeu diante da A Liberal, em defesa da liberdade e da propriedade privada
necessidade de imposição de regras aos ameríndios. — Conflituosa, exemplificada pela luta de classes.
C Cruzada civilizacional frente à tarefa de educar os B Heterogênea, favorável à propriedade privada —
Consensual, sob o controle de classes com interesses
povos nativos pelos parâmetros ocidentais.
comuns.
D Comportamento caridoso dos governos europeus
C Igualitária, baseada na filantropia — Complementar,
diante da receptividade das comunidades indígenas. com objetivos comuns unindo classes antagônicas.
E Compromisso dos agentes religiosos diante da D Compulsória, na qual as pessoas possuem papéis
necessidade de respeitar a diversidade social dos que se complementam — Individualista, na qual as
índios. pessoas lutam por seus interesses.
E Libertária, em defesa da razão humana —
Contraditória, na qual vigora o estado de natureza.

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*BRAN75SAB10* 2013

QUESTÃO 22 QUESTÃO 23
Foi lento o processo de transferência da população
para as cidades, pois durante séculos o Brasil foi um país
agrário. Foi necessário mais de um século (século XVIII
a século XIX) para que a urbanização brasileira atingisse
a maturidade; e mais um século para que assumisse as
características atuais.
ENDLICH, A. M. Perspectivas sobre o urbano e o rural. In: SPOSITO, M. E. B.;
WHITACKER, A. M. (Orgs.). Cidade e campo: relações e contradições entre
o urbano e o rural. São Paulo: Expressão Popular, 2006 (adaptado).

A dinâmica populacional descrita indica a ocorrência do


seguinte processo:
A Migração intrarregional.
B Migração pendular.
C Transumância.
D Êxodo rural.
E Nomadismo.

QUESTÃO 24
O antropólogo americano Marius Barbeau escreveu o
seguinte: sempre que se cante a uma criança uma cantiga
de ninar; sempre que se use uma canção, uma adivinha,
uma parlenda, uma rima de contar, no quarto das crianças
ou na escola; sempre que ditos e provérbios, fábulas,
histórias bobas e contos populares sejam representados;
aí veremos o folclore em seu próprio domínio, sempre em
ação, vivo e mutável, sempre pronto a agarrar e assimilar
novos elementos em seu caminho.
UTLEY, F. L. Uma definição de folclore. In: BRANDÃO, C. R. O que é folclore.
São Paulo: Brasiliense, 1984 (adaptado).

O texto tem como objeto a construção da identidade


cultural, reconhecendo que o folclore, mesmo sendo uma
manifestação associada à preservação das raízes e da
memória dos grupos sociais,
A está sujeito a mudanças e reinterpretações.
B deve ser apresentado de forma escrita.
C segue os padrões de produção da moderna indústria
cultural.
D tende a ser materializado em peças e obras de arte
eruditas.
E expressa as vivências contemporâneas e os anseios
futuros desses grupos.

Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 3 dez. 2012 (adaptado).

Nos mapas, está representada a região dos Bálcãs, em


dois momentos do século XX. Uma causa para a mudança
geopolítica representada foi a
A adoção do euro como moeda única.
B suspensão do apoio econômico soviético.
C intervenção internacional liderada pela Otan.
D intensificação das tensões étnicas regionais.
E formação de um Estado islâmico unificado.

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2013 *BRAN75SAB11*
QUESTÃO 25 QUESTÃO 28
Eu mesmo me apresento: sou Antônio: O geoturismo é um segmento turístico recente que
sou Antônio Vicente Mendes Maciel busca priorizar os aspectos naturais negligenciados pelo
(provim da batalha de Deus versus demônio
Com a res publica marca de Caim). ecoturismo: geologia e geomorfologia, como cavernas,
Moisés, do Êxodo ao Deuteronômio, sítios paleontológicos, maciços rochosos, quedas d’água
Sou natural de Quixeramobim, etc., proporcionando uma experiência turística que vai
O Antônio Conselheiro deste chão além da contemplação, agregando informações sobre a
Que vai ser mar e o mar vai ser sertão.
origem e formação dos locais visitados.
ACCIOLY, M. Antônio Conselheiro. In: FERNANDES, R. (Org.). O clarim e a oração: BENTO, L. C. M.; RODRIGUES, S. C. Geoturismo e geomorfossítios: refletindo sobre o
cem anos de Os sertões. São Paulo: Geração Editorial, 2001. potencial turístico de quedas d’água – um estudo de caso do município de Indianápolis-MG.
In: Revista Geográfica Acadêmica, v. 4, n. 2, 2010.
O poema, escrito em 2001, contribui para a construção
de uma determinada memória sobre o movimento de Atualmente, no Brasil, a utilização de pequenas
Canudos, ao retratar seu líder como propriedades rurais para a prática descrita pelo texto é
A crítico do regime político recém-proclamado. indicada como método que
B partidário da abolição da escravidão. A possibilita a exploração de recursos minerais sem
C contrário à distribuição da terra para os humildes. degradação da fauna e da flora locais.
D defensor da autonomia política dos municípios.
B associa a conservação do bioma a ganhos financeiros
E porta-voz do catolicismo ortodoxo romano.
para o proprietário da terra.
QUESTÃO 26 C permite a migração da população rural sem perda de
sua identidade cultural.
Sou um partidário da Comuna de Paris, que, por ter
sido massacrada, sufocada no sangue pelos carrascos da D impede o uso das áreas de mata para cultivos
reação monárquica e clerical, tornou-se ainda mais viva, dependentes de sombreamento.
mais poderosa na imaginação e no coração do proletariado
E viabiliza a produção agrícola com a utilização de
da Europa; sou seu partidário sobretudo porque ela foi
uma negação audaciosa, bem pronunciada, do Estado. culturas comerciais.
BAKUNIN, M. apud SAMIS, A. Negras tormentas: o federalismo e o internacionalismo na
Comuna de Paris. São Paulo: Hedra, 2011. QUESTÃO 29
A Comuna de Paris despertou a reação dos setores Há cinco anos as plantações de algodão de Burkina
sociais mencionados no texto, porque Faso, as maiores da África Ocidental, vêm sendo
A instituiu a participação política direta do povo. contaminadas por organismos geneticamente modificados
B consagrou o princípio do sufrágio universal. (OGMs). E ao que tudo indica, o país é apenas o ponto
C encerrou o período de estabilidade política europeia. de partida para a expansão dessa tecnologia, que traz
D simbolizou a vitória do ideário marxista. enormes benefícios às empresas.
E representou a retomada dos valores do liberalismo. GÉRARD, F. O pesado jogo dos transgênicos [2009]. Disponível em: www.diplomatique.org.br.
Acesso em: 19 mar. 2010 (adaptado).

QUESTÃO 27 Com relação ao lucro obtido pelas empresas produtoras


Com um longo histórico de desencontros, o dos organismos geneticamente modificados, este tende a
desenvolvimento econômico e o meio ambiente andam ser maximizado por meio do(a)
às turras no país. O noticiário dá a impressão de que se
trata de diferenças irreconciliáveis, e talvez sejam. A propriedade intelectual, que rende royalties sobre as
CINTRA, L. A.; MARTINS, R. Revista Carta na Escola, ago. 2009 (fragmento).
patentes de sementes e insumos.
B produção das sementes e insumos nos países
Nesse início de século XXI, um exemplo dos desencontros
entre natureza e economia é o(a) consumidores, acarretando economia em logística.

A replantio de espécies da Mata Atlântica em C elaboração de produtos adaptados às culturas


substituição às lavouras de café. específicas, abandonando as vendas de produtos
B derrubada de trechos de floresta para a conclusão de uniformizados.
viadutos na Rodovia Transamazônica. D manutenção, nos países menos desenvolvidos, de
C expansão da fronteira agrícola na Amazônia, a fim de grandes fazendas voltadas para o abastecimento
expandir as áreas de plantio de soja. interno.
D redução da Mata de Araucárias devido à urbanização
descontrolada nas diferentes regiões do país. E cultivo de plantas com maiores índices de
E diminuição do Pantanal, tendo em vista a expansão produtividade, o que lhes renderia maior publicidade
dos latifúndios, que cumprem sua função social. no combate à fome.

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*BRAN75SAB12* 2013

QUESTÃO 30 QUESTÃO 31

Queixume das operárias da seda TEXTO I


Sempre tecemos panos de seda É notório que o universo do futebol caracteriza-se
E nem por isso vestiremos melhor [...] por ser, desde sua origem, um espaço eminentemente
masculino; como esse espaço não é apenas esportivo,
Nunca seremos capazes de ganhar tanto mas sociocultural, os valores nele embutidos e dele
Que possamos ter melhor comida [...] derivados estabelecem limites que, embora nem sempre
Pois a obra de nossas mãos tão claros, devem ser observados para a perfeita
Nenhuma de nós terá para se manter [...] manutenção da “ordem”, ou da “lógica’” que se atribui ao
jogo e que nele se espera ver confirmada. A entrada das
E estamos em grande miséria mulheres em campo subverteria tal ordem, e as reações
Mas, com os nossos salários, enriquece aquele para daí decorrentes expressam muito bem as relações
quem trabalhamos presentes em cada sociedade: quanto mais machista, ou
Grande parte das noites ficamos acordadas sexista, ela for, mais exacerbadas as suas réplicas.
E todo o dia para isso ganhar FRANZINI, F. Futebol é “coisa pra macho”? Pequeno esboço para uma história das mulheres
no país do futebol. Revista Brasileira de História, v. 25, n. 50, jul.-dez. 2005 (adaptado).
Ameaçam-nos de nos moer de pancada
Os membros quando descansamos TEXTO II
Com o Estado Novo, a circularidade de uma prática
E assim, não nos atrevemos a repousar. cultural nascida na elite e transformada por sua aceitação
CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civilização do Ocidente Medieval. popular completou o ciclo ao ser apropriada pelo Estado
Lisboa: Edições 70, 1992.
como parte do discurso oficial sobre a nacionalidade.
Tendo em vista as transformações socioeconômicas da A partir daí, o Estado profissionalizou o futebol e passou
Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média, o texto a ser o grande promotor do esporte, descrito como uma
apresenta a seguinte situação: expressão da nacionalidade. O futebol brasileiro refletiria
A Uso da coerção no mundo do trabalho artesanal. as qualidades e os defeitos da nação.
B Deslocamento das trabalhadoras do campo para as SANTOS, L. C. V. G. O dia em que adiaram o carnaval: política externa e a construção do
Brasil. São Paulo: EdUNESP, 2010.
cidades.
C Desorganização do trabalho pela introdução do Os dois aspectos ressaltados pelos textos sobre a história
assalariamento. do futebol na sociedade brasileira são respectivamente:
D Enfraquecimento dos laços que ligavam patrões e A Simbolismo político — poder manipulador.
empregadas. B Caráter coletivo — ligação com as demandas
E Ganho das artífices pela introdução da remuneração populares.
pelo seu trabalho. C Potencial de divertimento — contribuição para a
alienação popular.
D Manifestação de relações de gênero — papel
identitário.
E Dimensão folclórica — exercício da dominação de
classes.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 12


2013 *BRAN75SAB13*
QUESTÃO 32 QUESTÃO 34
A década de 1970 marcou o início das preocupações Há cerca de um ano, 248 famílias de baixa renda
com a relação entre a atividade produtiva no campo e a que moravam em área de deslizamento do Morro do
preservação do meio ambiente no Brasil. Essa mesma Preventório, em Niterói (RJ), ganharam apartamentos
década se destaca pelo avanço das tecnologias de ponta, em um condomínio. Com uma renda média mensal de
que passam a ocupar cada vez mais espaço junto à dois salários mínimos e um apartamento com padrão de
agricultura e, ainda que numa dimensão menor, também, classe média, as famílias foram às compras de móveis
na agricultura familiar. e eletrodomésticos. Mas acabaram surpreendidas com
SILVA, P.S. Tecnologia e meio ambiente: o processo de modernização da agricultura familiar. as primeiras contas que não pagavam na favela: a maior
Revista da Fapese, v. 3, n. 2, jul.-dez., 2007. parte está endividada.
O avanço tecnológico e os impactos socioambientais no SPITZ, C. Entre o céu e o purgatório da inclusão social. O Globo, 10 jun. 2011 (adaptado).

campo brasileiro após a década de 1970 evidenciam uma Uma política pública relacionada com a contradição
relação de equivalência entre descrita e uma ação que reduziria seus efeitos estão
A investimento em maquinários e geração de empregos. identificadas, respectivamente, em:
B expansão das técnicas de cultivo e distribuição A Financeira – expansão das linhas de crédito para as
fundiária. classes médias.
C crescimento da produtividade e redistribuição espacial B Habitacional – apoio a geração de emprego e renda
do cultivo. entre os mais pobres.
D inovações nos pesticidas e redução da contaminação C Demográfica – restrição à migração e incentivo ao
dos trabalhadores. retorno das famílias de migrantes.
E utilização da engenharia genética e conservação dos D Ambiental – preservação de encostas e parques
biomas ameaçados. ecológicos.
E Educacional – combate ao analfabetismo e a evasão
QUESTÃO 33
escolar em comunidades pobres.
Os solos tropicais são naturalmente ácidos, em
QUESTÃO 35
razão da pobreza do material de origem ou devido aos
processos de gênese. Além disso, o manejo das áreas No alvorecer do século XX, o Rio de Janeiro sofreu,
agrícolas pode conduzir os solos à acidificação. de fato, uma intervenção que alterou profundamente
SOUZA, H. A. et al. Calagem e adubação boratada na produção de feijoeiro. sua fisionomia e estrutura, e que repercutiu como um
Revista Ciência Agronômica, v. 42, n. 2, abr.-jun. 2011.
terremoto nas condições de vida da população.
Em solos ácidos como os brasileiros, o método mais BENCHIMOL, J. Reforma urbana e Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro.
indicado, com o elemento utilizado para a correção do In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A.N. O Brasil republicano: o tempo do liberalismo
excludente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
problema descrito no texto é o(a)
O texto refere-se à reforma urbanística ocorrida na capital
A descanso do solo a partir da técnica de pousio.
da República, na qual a ação governamental e seu
B uso da calagem pela introdução de calcário no solo. resultado social encontram-se na:
C aração do solo para realizar a sua descompactação.
A Cobrança de impostos — ocupação da periferia.
D plantio direto para diversificar as culturas.
B Destruição de cortiços — revolta da população pobre.
E rotação de culturas para manter os nutrientes no solo.
C Criação do transporte de massa — ampliação das
favelas.
D Construção de hospitais públicos — insatisfação da
elite urbana.
E Edificação de novas moradias — concentração de
trabalhadores.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 13


*BRAN75SAB14* 2013

QUESTÃO 36 QUESTÃO 38

Brasileiros de 5 anos ou mais de idade que viviam no A crise do modelo de desenvolvimento brasileiro,
exterior entre 31/07/1995 e 31/07/2005 e retornaram perverso e excludente, foi marcada, especialmente,
para o Brasil pela concentração de renda. As consequências dessa
agravante são observadas por alguns problemas
163 017 caóticos, como gastos infinitos com segurança pública,
180 000 vias saturadas e mal planejadas, poluição hídrica e
160 000
aglomerados urbanos sem infraestrutura.
140 000 SOUZA, J. A. et. al. Ocupação Desordenada. In: Revista Conhecimento Prático
Geografia, abr. 2010 (adaptado).
120 000 78 460
100 000 Brasil No espaço urbano brasileiro, vêm se agravando os
80 000 problemas socioambientais relacionados a um modelo
60 000 de desenvolvimento que configurou formas diversas de
40 000 exclusão social. Uma ação capaz de colaborar com a
20 000 solução desses problemas é
0 A investir de forma eficiente em melhorias na qualidade
2000 2010
de vida no campo para impedir o êxodo rural.
B integrar necessidades econômicas e sociais na
Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 2000 e 2010. Disponível em: www.sidra.ibge.gov.br.
Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).
formulação de estratégias de planejamento para as
cidades.
Um fator no Brasil que explica a situação social
C transferir as populações das favelas para áreas não
demonstrada no gráfico está expresso em:
suscetíveis à erosão em outros estados.
A Declínio do trabalho formal. D considerar a organização dos espaços urbanos de
B Subsídio econômico do governo. acordo com as condições culturais dos grupos que
C Aumento do controle da migração. os ocupam.
D Decréscimo da renda dos empregados. E facilitar o assentamento de populações nas áreas
fluviais urbanas para incentivar a formação de
E Expansão da demanda de mão de obra.
espaços produtivos democráticos.
QUESTÃO 37

O trabalho de recomposição que nos espera não admite


medidas contemporizadoras. Implica o reajustamento
social e econômico de todos os rumos até aqui seguidos.
Comecemos por desmontar a máquina do favoritismo
parasitário, com toda sua descendência espúria.
Discurso de posse de Getúlio Vargas como chefe do
governo provisório, pronunciado em 03 de novembro de 1930.
FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em documento. Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).

Em seu discurso de posse, como forma de legitimar


o regime político implantado em 1930, Getúlio Vargas
estabelece uma crítica ao
A funcionamento regular dos partidos políticos.
B controle político exercido pelas oligarquias estaduais.
C centralismo presente na Constituição então em vigor.
D mecanismo jurídico que impedia as fraudes eleitorais.
E imobilismo popular nos processos político-eleitorais.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 14


2013 *BRAN75SAB15*
QUESTÃO 39 QUESTÃO 41

Pense no crescimento tecnológico de sua cidade O Baile Charme, uma das mais conhecidas
nos últimos 10 ou 15 anos e perceberá que, embora ela manifestações culturais do povo carioca, fica cadastrado
como bem cultural de natureza imaterial da cidade.
tenha crescido, a maioria dos novos bairros é moradia de
O decreto considera o Baile Charme uma genuína
pessoas humildes que, ou foram expulsas da área mais invenção carioca, e destaca a riqueza de sua origem na
central pelo progresso técnico-científico, ou vieram do musicalidade africana, que abriga ritmos como o soul,
campo ou de outras regiões buscando melhores condições o funk e o rythim’n blues, da fonte norte-americana, e o
de vida, mas agora residem em lugares desprovidos dos choro, o samba e a bossa-nova, criações nascidas no
Rio. O Baile Charme é cultuado, principalmente na Zona
serviços básicos.
Norte da cidade, seja em clubes, agremiações recreativas
SOUZA, A. J. Texto e sugestões de atividades para abordar os conceitos de progresso e
desenvolvimento. In: Ciência Geográfica, AGB, dez. 1995 (adaptado). e espaços públicos como a área do Viaduto de Madureira.
Disponível em: www.jb.com.br. Acesso em: 2 mar. 2013 (adaptado).
Com as transformações ocorridas nas áreas rurais e
urbanas das cidades pelo advento das tecnologias, as Segundo o texto, o cadastramento do Baile Charme como
bem imaterial da cidade do Rio de Janeiro ocorreu porque
pessoas procuram se beneficiar de novas formas de
essa manifestação cultural
sobrevivência. Para isso, apropriam-se dos espaços
irregularmente. Diante dessa situação, o poder público A possui um grande apelo de público.
deve criar políticas capazes de gerar B simboliza uma região de relevância social.
C contém uma pluralidade de gêneros musicais.
A adaptação das moradias para oferecer qualidade de
D reflete um gosto fonográfico de camadas pobres.
vida às pessoas.
E representa uma diversidade de costumes populares.
B locais de moradia dignos e infraestrutura adequada
para esses novos moradores.
C mutirões entre os moradores para o melhoramento
estético das moradias populares.
D financiamentos para novas construções e
acompanhamento dos serviços técnicos.
E situações de regularização de seus terrenos, mesmo
que em áreas inadequadas.

QUESTÃO 40

O governo de Cingapura, que vem enfrentando


reclamações de residentes que precisam competir com
estrangeiros por emprego, endureceu as regras para que
empresas contratem funcionários de outros países para
posições de nível médio. A partir de janeiro de 2012, um
estrangeiro precisa ganhar 3 000 dólares cingapurianos
(2 493 dólares americanos) ou mais por mês antes de
se qualificar para um visto de trabalho que lhe permitirá
trabalhar em Cingapura.
Cingapura endurece regras para contratação de estrangeiros. Disponível em:
www.estadao.com.br. Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado).

As medidas adotadas pelo governo de Cingapura


objetivam favorecer a
A inserção da mão de obra local no mercado de trabalho.
B participação de população imigrante no setor terciário.
C ação das empresas estatais na economia nacional.
D expansão dos trabalhadores estrangeiros no setor
primário.
E captação de recursos financeiros internacionais.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 15


*BRAN75SAB16* 2013

QUESTÃO 42 QUESTÃO 44
A vinda da família real deslocou definitivamente o Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil
eixo da vida administrativa da Colônia para o Rio de para quem por tal se interesse, pareceu-me mais
Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade. conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e
A presença da Corte implicava uma alteração do não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam
acanhado cenário urbano da Colônia, mas a marca do repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos
absolutismo acompanharia a alteração. como tendo realmente existido.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995 (fragmento). MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br.
Acesso em: 4 abr. 2013.
As transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro
em decorrência da presença da Corte estavam limitadas A partir do texto, é possível perceber a crítica
à superfície das estruturas sociais porque maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há nesta a

A a pujança do desenvolvimento comercial e industrial A elaboração de um ordenamento político com


retirava da agricultura de exportação a posição de fundamento na bondade infinita de Deus.
atividade econômica central na Colônia. B explicitação dos acontecimentos políticos do período
B a expansão das atividades econômicas e o clássico de forma imparcial.
desenvolvimento de novos hábitos conviviam com a C utilização da oratória política como meio de convencer
exploração do trabalho escravo. os oponentes na ágora.
C a emergência das práticas liberais, com a abertura D investigação das constituições políticas de Atenas
dos portos, impedia uma renovação política em prol pelo método indutivo.
da formação de uma sociedade menos desigual. E idealização de um mundo político perfeito existente
D a integração das elites políticas regionais, sob a no mundo das ideias.
liderança do Rio de Janeiro, ensejava a formação de
um projeto político separatista de cunho republicano. QUESTÃO 45
E a dinamização da economia urbana retardava o O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da
letramento de mulatos e imigrantes, importante para terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se
as necessidades do trabalho na cidade. a si mesmo e, além disso, por partes. Vende em leilão
8,10,12,15 horas da sua vida, dia após dia, a quem
QUESTÃO 43
melhor pagar, ao proprietário das matérias-primas, dos
O termo injusto se aplica tanto às pessoas que instrumentos de trabalho e dos meios de subsistência,
infringem a lei quanto às pessoas ambiciosas (no sentido isto é, ao capitalista.
de quererem mais do que aquilo a que têm direito) MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro.
São Paulo: Expressão Popular, 2010.
e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as
pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo O texto indica que houve uma transformação dos espaços
conforme à lei e o injusto é o ilegal e iníquo. urbanos e rurais com a implementação do sistema capitalista,
ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado).
devido às mudanças tecnossociais ligadas ao

Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação justa A desenvolvimento agrário e ao regime de servidão.
quando ela observa o B aumento da produção rural, que fixou a população
nesse meio.
A compromisso com os movimentos desvinculados da
legalidade. C desenvolvimento das zonas urbanas e às novas
relações de trabalho.
B benefício para o maior número possível de indivíduos.
D aumento populacional das cidades associado ao
C interesse para a classe social do agente da ação.
regime de servidão.
D fundamento na categoria de progresso histórico.
E desenvolvimento da produção urbana associada às
E princípio de dar a cada um o que lhe é devido. relações servis de trabalho.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 16


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EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO


PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

1º DIA
CADERNO

2
2014 AMARELO

A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AMARELO. MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 8 5HVHUYHRVPLQXWRV¿QDLVSDUDPDUFDUVHX&$57­25(63267$


2VUDVFXQKRVHDVPDUFDo}HVDVVLQDODGDVQR&$'(512'(
1 9HUL¿TXH QR &$57­25(63267$ VH RV VHXV GDGRV HVWmR 48(67®(6QmRVHUmRFRQVLGHUDGRVQDDYDOLDomR
UHJLVWUDGRV FRUUHWDPHQWH &DVR KDMD DOJXPD GLYHUJrQFLD
FRPXQLTXHDLPHGLDWDPHQWHDRDSOLFDGRUGDVDOD 9 4XDQGR WHUPLQDU DV SURYDV DFHQH SDUD FKDPDU R
DSOLFDGRUHHQWUHJXHHVWH&$'(512'(48(67®(6HR
2 ATENÇÃO DSyV D FRQIHUrQFLD HVFUHYD H DVVLQH VHX QRPH &$57­25(63267$
QRV HVSDoRV SUySULRV GR &$57­25(63267$ FRP FDQHWD
HVIHURJUi¿FDGHWLQWDSUHWD 10 9RFrSRGHUiGHL[DURORFDOGHSURYDVRPHQWHDSyVGHFRUULGDV
3 ATENÇÃO WUDQVFUHYD QR HVSDoR DSURSULDGR GR VHX GXDV KRUDV GR LQtFLR GD DSOLFDomR H SRGHUi OHYDU VHX
&$57­25(63267$FRPVXDFDOLJUD¿DXVXDOFRQVLGHUDQGR &$'(512'(48(67®(6DRGHL[DUHPGH¿QLWLYRDVDODGH
DVOHWUDVPDL~VFXODVHPLQ~VFXODVDVHJXLQWHIUDVH SURYDQRVPLQXWRVTXHDQWHFHGHPRWpUPLQRGDVSURYDV

11 9RFrVHUiHOLPLQDGRGR([DPHDTXDOTXHUWHPSRQRFDVRGH
Quem faz um poema abre uma janela.
D SUHVWDUHPTXDOTXHUGRFXPHQWRGHFODUDomRIDOVDRXLQH[DWD
4 (VWH &$'(512 '( 48(67®(6 FRQWpP  TXHVW}HV E SHUWXUEDUGHTXDOTXHUPRGRDRUGHPQRORFDOGHDSOLFDomR
QXPHUDGDVGHDGLVSRVWDVGDVHJXLQWHPDQHLUD GDV SURYDV LQFRUUHQGR HP FRPSRUWDPHQWR LQGHYLGR
D DV TXHVW}HV GH Q~PHUR  D  VmR UHODWLYDV j iUHD GH GXUDQWHDUHDOL]DomRGR([DPH
&LrQFLDV+XPDQDVHVXDV7HFQRORJLDV
F VH FRPXQLFDU GXUDQWH DV SURYDV FRP RXWUR SDUWLFLSDQWH
E DV TXHVW}HV GH Q~PHUR  D  VmR UHODWLYDV j iUHD GH YHUEDOPHQWHSRUHVFULWRRXSRUTXDOTXHURXWUDIRUPD
&LrQFLDVGD1DWXUH]DHVXDV7HFQRORJLDV
G SRUWDU TXDOTXHU WLSR GH HTXLSDPHQWR HOHWU{QLFR H GH
5 &RQ¿UD VH R VHX &$'(512 '( 48(67®(6 FRQWpP D FRPXQLFDomRDSyVLQJUHVVDUQDVDODGHSURYDV
TXDQWLGDGH GH TXHVW}HV H VH HVVDV TXHVW}HV HVWmR QD RUGHP
PHQFLRQDGD QD LQVWUXomR DQWHULRU &DVR R FDGHUQR HVWHMD H XWLOL]DU RX WHQWDU XWLOL]DU PHLR IUDXGXOHQWR HP EHQHItFLR
LQFRPSOHWR WHQKD TXDOTXHU GHIHLWR RX DSUHVHQWH GLYHUJrQFLD SUySULRRXGHWHUFHLURVHPTXDOTXHUHWDSDGR([DPH
FRPXQLTXH DR DSOLFDGRU GD VDOD SDUD TXH HOH WRPH DV I XWLOL]DU OLYURV QRWDV RX LPSUHVVRV GXUDQWH D UHDOL]DomR
SURYLGrQFLDVFDEtYHLV GR([DPH
6 3DUD FDGD XPD GDV TXHVW}HV REMHWLYDV VmR DSUHVHQWDGDV J VH DXVHQWDU GD VDOD GH SURYDV OHYDQGR FRQVLJR R
RSo}HV$SHQDVXPDUHVSRQGHFRUUHWDPHQWHjTXHVWmR &$'(512'(48(67®(6DQWHVGRSUD]RHVWDEHOHFLGR
HRXR&$57­25(63267$DTXDOTXHUWHPSR
7 2 WHPSR GLVSRQtYHO SDUD HVWDV SURYDV p GH quatro horas e
trinta minutos K QmRFXPSULUFRPRGLVSRVWRQRHGLWDOGR([DPH

*Amar75SAB1*
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br 2014 *AMAR25DOM3*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção inglês)
QUESTÃO 91

Disponível em: http://wefeedback.org. Acesso em: 30 jul. 2012.

A internet tem servido a diferentes interesses, ampliando, muitas vezes, o contato entre pessoas e instituições. Um
exemplo disso é o site WeFeedback, no qual a internauta Kate Watts
A comprou comida em promoção.
B inscreveu-se em concurso.
C fez doação para caridade.
D participou de pesquisa de opinião.
E voluntariou-se para trabalho social.
QUESTÃO 92
If You Can’t Master English, Try Globish
PARIS — It happens all the time: during an airport delay the man to the left, a Korean perhaps, starts talking to the
man opposite, who might be Colombian, and soon they are chatting away in what seems to be English. But the native
English speaker sitting between them cannot understand a word.
They don’t know it, but the Korean and the Colombian are speaking Globish, the latest addition to the 6,800
languages that are said to be spoken across the world. Not that its inventor, Jean-Paul Nerrière, considers it a proper
language.
“It is not a language, it is a tool,” he says. “A language is the vehicle of a culture. Globish doesn’t want to be that at
all. It is a means of communication.”
Nerrière doesn’t see Globish in the same light as utopian efforts such as Kosmos, Volapuk, Novial or staunch
Esperanto. Nor should it be confused with barbaric Algol (for Algorithmic language). It is a sort of English lite: a means
of simplifying the language and giving it rules so it can be understood by all.
BLUME, M. Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 28 out. 2013 (fragmento).

Considerando as ideias apresentadas no texto, o Globish (Global English) é uma variedade da língua inglesa que
A tem status GHOtQJXDSRUUHÀHWLUXPDFXOWXUDJOREDO
B facilita o entendimento entre o falante nativo e o não nativo.
C tem as mesmas características de projetos utópicos como o esperanto.
D altera a estrutura do idioma para possibilitar a comunicação internacional.
E apresenta padrões de fala idênticos aos da variedade usada pelos falantes nativos.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 3
*AMAR25DOM4* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 93 QUESTÃO 94
Masters of War
A Tall Order Come you masters of war
The sky isn’t the limit for an architect building the You that build all the guns
ZRUOG¶V¿UVWLQYLVLEOHVN\VFUDSHU You that build the death planes
You that build all the bombs
Charles Wee, one of the world’s leading high-rise You that hide behind walls
architects, has a confession to make: he’s bored with You that hide behind desks
skyscrapers. After designing more than 30, most of which I just want you to know
I can see through your masks.
punctuate the skylines of rapidly expanding Asian cities,
KH KDV VWUXFN XSRQ D QRYHO FRQFHSW WKH ¿UVW LQYLVLEOH You that never done nothin’
skyscraper. But build to destroy
You play with my world
$V WKH WDOOHVW VWUXFWXUH LQ 6RXWK .RUHD KLV ,Q¿QLW\ Like it’s your little toy
Tower will loom over Seoul until somebody pushes a You put a gun in my hand
button and it completely disappears. And you hide from my eyes
And you turn and run farther
When he entered a 2004 competition to design a WheQWKHIDVWEXOOHWVÀ\
landmark tower, the Korean-American architect rejected
Like Judas of old
the notion of competing with Dubai, Toronto, and Shanghai You lie and deceive
to reach the summit of man-made summits. “I thought, A world war can be won
let’s not jump into this stupid race to build another ‘tallest’ You want me to believe
tower,” he says in a phone conversation. “Let’s take an But I see through your eyes
opposite approach — let’s make an anti-tower.” And I see through your brain
Like I see through the water
The result will be a 150-story building that fades from That runs down my drain.
YLHZ DW WKH ÀLFN RI D VZLWFK 7KH WRZHU ZLOO HIIHFWLYHO\ BOB DYLAN. The Freewheelin’ Bob Dylan. Nova York: Columbia Records, 1963 (fragmento).
function as an enormous television screen, being able to Na letra da canção Masters of War, há questionamentos e
project an exact replica of whatever is happening behind it UHÀH[}HVTXHDSDUHFHPQDIRUPDGHSURWHVWRFRQWUD
onto its façade. To the human eye, the building will appear
to have melted away. A o envio de jovens à guerra para promover a expansão
territorial dos Estados Unidos.
It will be the most extraordinary achievement of Wee’s B o comportamento dos soldados norte-americanos nas
stellar architectural career. After graduating from UCLA, guerras de que participaram.
KHZRUNHGXQGHU$QWKRQ\/XPVGHQDSUROL¿F&DOLIRUQLDQ C o sistema que recruta soldados para guerras
architect who helped devise the modern technique of motivadas por interesses econômicos.
wrapping buildings inside smooth glass skins. D o desinteresse do governo pelas famílias dos soldados
HINES, N. Disponível em: http://mag.newsweek.com. Acesso em: 13 out. 2013 (adaptado). mortos em campos de batalha.
E as Forças Armadas norte-americanas, que enviavam
No título e no subtítulo desse texto, as expressões A Tall homens despreparados para as guerras.
Order e The sky isn’t the limit são usadas para apresentar
uma matéria cujo tema é: QUESTÃO 95

A Inovações tecnológicas usadas para a construção de The Road Not Taken (by Robert Frost)
um novo arranha-céu em Seul. Two roads diverged in a wood, and I —
I took the one less traveled by,
B &RQ¿VV}HVGHXPDUTXLWHWRTXHEXVFDVHGHVWDFDUQD And that has made all the difference.
construção de arranha-céus. Disponível em: www.poetryfoundation.org. Acesso em: 29 nov. 2011 (fragmento).

C Técnicas a serem estabelecidas para a construção de (VWHVVmRRVYHUVRV¿QDLVGRIDPRVRSRHPD The Road


edifícios altos na Califórnia. Not Taken, do poeta americano Robert Frost. Levando-se
D Competição entre arquitetos para a construção do em consideração que a vida é comumente metaforizada
como uma viagem, esses versos indicam que o autor
edifício mais alto do mundo.
A festeja o fato de ter sido ousado na escolha que fez
E Construção de altas torres de apartamentos nas em sua vida.
grandes metrópoles da Ásia.
B lamenta por ter sido um viajante que encontrou muitas
bifurcações.
C viaja muito pouco e que essa escolha fez toda a
diferença em sua vida.
D UHFRQKHFH TXH DV GL¿FXOGDGHV HP VXD YLGD IRUDP
todas superadas.
E percorre várias estradas durante as diferentes fases
de sua vida.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 4
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br 2014 *AMAR25DOM5*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS Rafael Barret nasceu na Espanha e, ainda jovem, foi viver
TECNOLOGIAS no Paraguai. O fragmento do texto /RTXHKHYLVWR revela
um pouco da percepção do escritor sobre a realidade
Questões de 91 a 135 paraguaia, marcada, em essência, pelo(a)

Questões de 91 a 95 (opção espanhol) A desalento frente às adversidades naturais.


B DPSORFRQKHFLPHQWRGDÀRUDSDUDJXDLD
QUESTÃO 91
C impossibilidade de cultivo da terra.

Emigrantes D necessidade de se construírem novos caminhos.


E despreparo do agricultor no trato com a terra.
En todo emigrante existen dos posibles actitudes
vitales: una la de considerar su experiencia como QUESTÃO 93
aventura pasajera, vivir mental y emocionalmente
en la patria de origen, cultivando su nostalgia, y
definir la realidad presente por comparación con el
mundo que se ha dejado; la otra es vivir el presente
tal como viene dado, proyectarlo en el futuro, cortar
raíces y dominar nostalgias, sumergirse en la nueva
cultura, aprenderla y asimilarla. El drama personal del
emigrante reside en el hecho de que casi nunca es
posible esa elección en términos absolutos y, al igual
que el mestizo, se siente parte de dos mundos sin
integrarse por completo en uno de ellos con exclusión
del otro.
DEL CASTILLO, G. C. América hispánica (1492-1892). In: DE LARA, M. T. Historia de

España. Barcelona: Labor, 1985.

2 WH[WR DSUHVHQWD XPD UHÀH[mR VREUH D FRQGLomR GR


imigrante, o qual, para o autor, tem de lidar com o
dilema da

A constatação de sua existência no entrelugar.


B instabilidade da vida em outro país.
C ausência de referências do passado.
D apropriação dos valores do outro. Disponível em: http://azaral-canarias.blogspot.com. Acesso em: 28 maio 2014 (adaptado).

E ruptura com o país de origem. As marcas de primeira pessoa do plural no texto da


FDPSDQKDGHDPDPHQWDomRWrPFRPR¿QDOLGDGH
QUESTÃO 92 A incluir o enunciador no discurso para expressar
formalidade.
En un año de campaña paraguaya, he visto muchas
B agregar diversas vozes para impor valores às lactantes.
cosas tristes...
C forjar uma voz coletiva para garantir adesão à campanha.
He visto la tierra, con su fertilidad incoercible y salvaje, D SURPRYHU XPD LGHQWL¿FDomR HQWUH R HQXQFLDGRU H R
sofocar al hombre, que arroja una semilla y obtiene cien leitor para aproximá-los.
plantas diferentes y no sabe cuál es la suya. He visto E remeter à voz institucional promotora da campanha
para conferir-lhe credibilidade.
los viejos caminos que abrió la tiranía devorados por la
vegetación, desleídos por las innundaciones, borrados
por el abandono.
BARRET, R. Lo que he visto. Cuba: XX Feria Internacional del Libro de la Habana, 2011.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 5


*AMAR25DOM6* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 94 QUESTÃO 96
Aunque me cuesta mucho trabajo y me hace sudar
TEXTO I
la gota gorda, y, como todo escritor, siento a veces la
amenaza de la parálisis, de la sequía de la imaginación, Seis estados zeram ¿Oa de espera
nada me ha hecho gozar en la vida tanto como pasarme para transplante da córnea
los meses y los años construyendo una historia, desde
su incierto despuntar, esa imagen que la memoria Seis estados brasileiros aproveitaram o aumento no
almacenó de alguna experiencia vivida, que se volvió un número de doadores e de transplantes feitos no primeiro
desasosiego, un entusiasmo, un fantaseo que germinó semestre de 2012 no país e entraram para uma lista
luego en un proyecto y en la decisión de intentar convertir privilegiada: a de não ter mais pacientes esperando por
esa niebla agitada de fantasmas en una historia. “Escribir uma córnea.
es una manera de vivir”, dijo Flaubert.
Discurso de Mario Vargas Llosa al recibir el Premio Nobel de Literatura 2010.
Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal, Espírito
Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo
Disponível em: www.nobelprize.org. Acesso em: 7 maio 2014 (fragmento).
eliminaram a lista de espera no transplante de córneas, de
O trecho apresentado trata do fazer literário, a partir da acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde,
perspectiva de Vargas Llosa. Com base no fragmento no Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Em
“me hace sudar la gota gorda”, infere-se que o artifício da
2011, só São Paulo e Rio Grande do Norte conseguiram
escritura, para o escritor,
]HUDUHVVD¿OD
A ativa a memória e a fantasia.
B baseia-se na imaginação inspiradora. TEXTO II
C fundamenta-se nas experiências de vida.
D requer entusiasmo e motivação.
E demanda expressiva dedicação.
QUESTÃO 95
El robo
Para los niños
anchos espacios tiene el día
y las horas
son calles despejadas
abiertas avenidas.

A nosotros, se estrecha
el tiempo de tal modo
que todo está apretado y oprimido.

Se atropellan los tiempos


Casi no da lugar un día a otro.
No bien ha amanecido
cae la luz a pique
en veloz mediodía
y apenas la contemplas
huye en atardeceres
hacia pozos de sombra. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 11 ago. 2013 (adaptado).

A notícia e o cartaz abordam a questão da doação de


Dice una voz:
entre vueltas y vueltas órgãos. Ao relacionar os dois textos, observa-se que o
se me fue el día. cartaz é
A contraditório, pois a notícia informa que o país superou
Algún ladrón a necessidade de doação de órgãos.
oculto roba mi vida.
MAIA, C. Obra poética. Montevidéu: Rebecalinke, 2010. B complementar, pois a notícia diz que a doação de
órgãos cresceu e o cartaz solicita doações.
O poema El robo, de Circe Maia, poetisa uruguaia
contemporânea, trata do(a) C redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção
GHLQÀXHQFLDUDVSHVVRDVDGRDUHPVHXVyUJmRV
A problema do abandono de crianças nas ruas.
D LQGLVSHQViYHO SRLV D QRWtFLD ¿FD LQFRPSOHWD VHP R
B excesso de trabalho na sociedade atual. cartaz, que apela para a sensibilidade das pessoas.
C angústia provocada pela fugacidade do tempo.
E discordante, pois ambos os textos apresentam
D violência nos grandes centros urbanos. posições distintas sobre a necessidade de doação
E repressão dos sentimentos e da liberdade. de órgãos.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 6
Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br 2014 *AMAR25DOM7*
QUESTÃO 97 Considerando-se o surgimento da espionagem corporativa
em decorrência do amplo uso da internet, o texto aponta uma
Óia eu aqui de novo xaxando necessidade advinda desse impacto, que se resume em
Óia eu aqui de novo para xaxar
A alertar a sociedade sobre os riscos de ser espionada.
Vou mostrar pr’esses cabras B promover a indústria de segurança da informação.
Que eu ainda dou no couro C discutir a espionagem em fóruns internacionais.
Isso é um desaforo D incentivar o aparecimento de delatores.
Que eu não posso levar
E treinar o país em segurança digital.
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando QUESTÃO 99
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar

Vem cá morena linda


Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que eu tou aqui com alegria
BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www.luizluagonzaga.mus.br.
Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento).

A letra da canção de Antônio de Barros manifesta


aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil.
O verso que singulariza uma forma característica do
falar popular regional é:
A “Isso é um desaforo”.
B “Diz que eu tou aqui com alegria”.
C “Vou mostrar pr’esses cabras”.
D “Vai, chama Maria, chama Luzia”.
E “Vem cá morena linda, vestida de chita”.

QUESTÃO 98

Em uma escala de 0 a 10, o Brasil está entre 3 e 4 no


quesito segurança da informação. “Estamos começando WILL. Disponível em: www.willtirando.com.br. Acesso em: 7 nov. 2013.
a acordar para o problema. Nessa história de espionagem
corporativa, temos muita lição a fazer. Falta consciência Opportunity é o nome de um veículo explorador que
aterrissou em Marte com a missão de enviar informações
institucional e um longo aprendizado. A sociedade caiu
à Terra. A charge apresenta uma crítica ao(à)
em si e viu que é uma coisa que nos afeta”, diz S.P.,
pós-doutor em segurança da informação. Para ele, devem A gasto exagerado com o envio de robôs a outros planetas.
ser estabelecidos canais de denúncia para esse tipo de B exploração indiscriminada de outros planetas.
situação. De acordo com o conselheiro do Comitê Gestor C circulação digital excessiva de autorretratos.
da Internet (CGI), o Brasil tem condições de desenvolver
D vulgarização das descobertas espaciais.
tecnologia própria para garantir a segurança dos dados
do país, tanto do governo quanto da população. “Há E mecanização das atividades humanas.
uma massa de conhecimento dentro das universidades
e em empresas inovadoras que podem contribuir
propondo medidas para que possamos mudar isso
[falta de segurança] no longo prazo”. Ele acredita que o
governo tem de usar o seu poder de compra de softwares
e hardwares para a área da segurança cibernética,
de forma a fomentar essas empresas, a produção de
conhecimento na área e a construção de uma cadeia de
produção nacional.
SARRES, C. Disponível em: www.ebc.com.br. Acesso em: 22 nov. 2013 (adaptado).

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*AMAR25DOM8* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 100 Os meios de comunicação podem contribuir para a


resolução de problemas sociais, entre os quais o da
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser
violência sexual infantil. Nesse sentido, a propaganda usa
mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como
a metáfora do pesadelo para
XP IDWR ,VVR GHYH VLJQL¿FDU TXH D HVFROD GHYH DFHLWDU
qualquer forma da língua em suas atividades escritas? A informar crianças vítimas de abuso sexual sobre os
Não deve mais corrigir? Não! perigos dessa prática, contribuindo para erradicá-la.

Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no B denunciar ocorrências de abuso sexual contra
meninas, com o objetivo de colocar criminosos na
mundo real da escrita, não existe apenas um português
cadeia.
correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos
contratos não é o mesmo do dos manuais de instrução; C dar a devida dimensão do que é o abuso sexual para
o dos juízes do Supremo não é o mesmo do dos uma criança, enfatizando a importância da denúncia.
cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo D destacar que a violência sexual infantil predomina
do dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do durante a noite, o que requer maior cuidado dos
de seus colunistas. responsáveis nesse período.
POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 (adaptado). E chamar a atenção para o fato de o abuso infantil
ocorrer durante o sono, sendo confundido por
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único
algumas crianças com um pesadelo.
“português correto”. Assim sendo, o domínio da língua
portuguesa implica, entre outras coisas, saber QUESTÃO 102
A descartar as marcas de informalidade do texto.
eu acho um fato interessante... né... foi como meu
B reservar o emprego da norma padrão aos textos de pai e minha mãe vieram se conhecer... né... que... minha
circulação ampla. mãe morava no Piauí com toda família... né... meu... meu
C moldar a norma padrão do português pela linguagem avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu um
do discurso jornalístico. acidente... infelizmente morreu... minha mãe tinha cinco
D adequar as formas da língua a diferentes tipos de anos... né... e o irmão mais velho dela... meu padrinho...
texto e contexto. tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar
no banco... e... ele foi... o banco... no caso... estava...
E desprezar as formas da língua previstas pelas
com um número de funcionários cheio e ele teve que ir
gramáticas e manuais divulgados pela escola.
para outro local e pediu transferência prum local mais
QUESTÃO 101 perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam
e por engano o... o... escrivão entendeu Paraíba... né...
e meu... e minha família veio parar em Mossoró que
era exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra
funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do
meu pai... né... e começaram a se conhecer... namoraram
onze anos... né... pararam algum tempo... brigaram... é
lógico... porque todo relacionamento tem uma briga... né...
e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma
coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer...
namoraram e hoje... e até hoje estão juntos... dezessete
anos de casados…
CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e
escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998.

Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência


pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”.
Essa repetição é um(a)
A índice de baixa escolaridade do falante.
B estratégia típica de manutenção da interação oral.
C marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
D manifestação característica da fala regional nordestina.
E recurso enfatizador da informação mais relevante da
Disponível em: www.portaldapropaganda.com.br. Acesso em: 29 out. 2013 (adaptado).
narrativa.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 8


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QUESTÃO 103 Sobre a associação entre a prática de atividades físicas e
O boxe está perdendo cada vez mais espaço para o uso de suplementos alimentares, o texto informa que a
um fenômeno relativamente recente do esporte, o MMA. ingestão desses suplementos
E o maior evento de Artes Marciais Mistas do planeta é o A é indispensável para as pessoas que fazem atividades
8OWLPDWH )LJKWLQJ &KDPSLRQVKLS, ou simplesmente UFC.
O ringue, com oito cantos, foi desenhado para deixar físicas regularmente.
os lutadores com mais espaço para as lutas. Os atletas B é estimulada pela indústria voltada para adolescentes
podem usar as mãos e aplicar golpes de jiu-jitsu. Muitos que buscam um corpo ideal.
podem falar que a modalidade é uma espécie de vale-
WXGRPDVLVVRMi¿FRXQRSDVVDGRDJRUDDPRGDOLGDGH C é indicada para atividades físicas como a musculação
tem regras e acompanhamento médico obrigatório para FRP¿QVGHSURPRomRGDVD~GH
que o esporte apague o estigma negativo. D direciona-se para adolescentes com distúrbios
CORREIA, D. UFC: saiba como o MMA nocauteou o boxe em oito golpes.
Veja, 10 jun. 2011 (fragmento).
metabólicos e que praticam atividades físicas.
E melhora a saúde do indivíduo que não tem uma dieta
2 SURFHVVR GH PRGL¿FDomR GDV UHJUDV GR 00$ UHWUDWD
a tendência de redimensionamento de algumas práticas balanceada e nem pratica atividades físicas.
corporais, visando enquadrá-las em um determinado
formato. Qual o sentido atribuído a essas transformações QUESTÃO 105
incorporadas historicamente ao MMA?
TEXTO I
A $ PRGL¿FDomR GDV UHJUDV EXVFD DVVRFLDU YDORUHV
lúdicos ao MMA, possibilitando a participação de João Guedes, um dos assíduos frequentadores do
diferentes populações como atividade de lazer. boliche do capitão, mudara-se da campanha havia três
B As transformações do MMA aumentam o grau de anos. Três anos de pobreza na cidade bastaram para o
violência das lutas, favorecendo a busca de emoções degradar. Ao morrer, não tinha um vintém nos bolsos e
mais fortes tanto aos competidores como ao público. fazia dois meses que saíra da cadeia, onde estivera preso
C As mudanças de regras do MMA atendem à por roubo de ovelha.
necessidade de tornar a modalidade menos violenta,
visando sua introdução nas academias de ginástica A história de sua desgraça se confunde com a da
na dimensão da saúde. maioria dos que povoam a aldeia de Boa Ventura, uma
D $V PRGL¿FDo}HV LQFRUSRUDGDV DR 00$ WrP SRU cidadezinha distante, triste e precocemente envelhecida,
¿QDOLGDGH DSULPRUDU DV WpFQLFDV GDV GLIHUHQWHV VLWXDGDQRVFRQ¿QVGDIURQWHLUDGR%UDVLOFRPR8UXJXDL
artes marciais, favorecendo o desenvolvimento da MARTINS, C. Porteira fechada. Porto Alegre: Movimento, 2001 (fragmento).
modalidade enquanto defesa pessoal.
E As transformações do MMA visam delimitar a violência TEXTO II
das lutas, preservando a integridade dos atletas e Comecei a procurar emprego, já topando o que desse
enquadrando a modalidade no formato do esporte de
espetáculo. e viesse, menos complicação com os homens, mas não
tava fácil. Fui na feira, fui nos bancos de sangue, fui
QUESTÃO 104 nesses lugares que sempre dão para descolar algum,
fui de porta em porta me oferecendo de faxineiro, mas
Uso de suplementos alimentares por adolescentes tava todo mundo escabreado pedindo referências, e
Evidências médicas sugerem que a suplementação referências eu só tinha do diretor do presídio.
DOLPHQWDUSRGHVHUEHQp¿FDSDUDXPSHTXHQRJUXSRGH FONSECA, R. Feliz Ano Novo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (fragmento).
pessoas, aí incluídos atletas competitivos, cuja dieta não
seja balanceada. Tem-se observado que adolescentes A oposição entre campo e cidade esteve entre as temáticas
envolvidos em atividade física ou atlética estão usando tradicionais da literatura brasileira. Nos fragmentos dos
cada vez mais tais suplementos. A prevalência desse uso dois autores contemporâneos, esse embate incorpora um
varia entre os tipos de esportes, aspectos culturais, faixas
elemento novo: a questão da violência e do desemprego.
etárias (mais comum em adolescentes) e sexo (maior
prevalência em homens). Poucos estudos se referem a $VQDUUDWLYDVDSUHVHQWDPFRQÀXrQFLDSRLVQHODVR D
frequência, tipo e quantidade de suplementos usados, A criminalidade é algo inerente ao ser humano, que
mas parece ser comum que as doses recomendadas
sucumbe a suas manifestações.
sejam excedidas.
B meio urbano, especialmente o das grandes cidades,
A mídia é um dos importantes estímulos ao uso de
suplementos alimentares ao veicular, por exemplo, o mito estimula uma vida mais violenta.
do corpo ideal. Em 2001, a indústria de suplementos C falta de oportunidades na cidade dialoga com a
alimentares investiu globalmente US$ 46 bilhões pobreza do campo rumo à criminalidade.
em propaganda, como meio de persuadir potenciais
consumidores a adquirir seus produtos. Na adolescência, D êxodo rural e a falta de escolaridade são causas da
SHUtRGR GH DXWRD¿UPDomR PXLWRV GHOHV QmR PHGHP violência nas grandes cidades.
esforços para atingir tal objetivo. E complacência das leis e a inércia das personagens
ALVES, C.; LIMA, R. J. Pediatr. v.85, n.4, 2009 (fragmento). são estímulos à prática criminosa.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 9


*AMAR25DOM10* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 106 Na organização do poema, os empregos da conjunção


“mas” articulam, para além de sua função sintática,
A a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.
B a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis.
C a introdução do argumento mais forte de uma
sequência.
D o reforço da causa apresentada no enunciado
introdutório.
E a intensidade dos problemas sociais presentes no
mundo.

QUESTÃO 108

Linotipos
O Museu da Imprensa exibe duas linotipos. Trata-se
de um tipo de máquina de composição de tipos de
Jornal Zero Hora, 2 mar. 2006. chumbo, inventada em 1884 em Baltimore, nos Estados
Unidos, pelo alemão Ottmar Mergenthaler. O invento
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um IRL GH JUDQGH LPSRUWkQFLD SRU WHU VLJQL¿FDGR XP QRYR
intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, H IXQGDPHQWDO DYDQoR QD KLVWyULD GDV DUWHV JUi¿FDV
painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a
A linotipia provocou, na verdade, uma revolução
destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena
porque venceu a lentidão da composição dos textos
cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de
H[HFXWDGDQDWLSRJUD¿DWUDGLFLRQDOHPTXHRWH[WRHUD
FDUQDYDO UHFHEH GHVWDTXH D ¿JXUD GR FDUUR HOHPHQWR
LQWURGX]LGR SRU ,RWWL QR LQWHUWH[WR $OpP GHVVD ¿JXUD D composto à mão, juntando tipos móveis um por um.
linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo Constituía-se, assim, no principal meio de composição
entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar WLSRJUi¿FD DWp  $ OLQRWLSR D SDUWLU GR ¿QDO GR
século XIX, passou a produzir impressos a baixo custo,
A uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, o que levou informação às massas, democratizou a
esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti informação. Promoveu uma revolução na educação.
quanto da obra de Picasso. Antes da linotipo, os jornais e revistas eram escassos,
B uma referência ao tempo presente, com o emprego com poucas páginas e caros. Os livros didáticos eram
da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do também caros, pouco acessíveis.
tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo
Disponível em: http://portal.in.gov.br. Acesso em: 23 fev. 2013 (adaptado).
chargista brasileiro.
C um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a O texto apresenta um histórico da linotipo, uma máquina
imagem negativa de mundo caótico presente tanto WLSRJUi¿FD LQYHQWDGD QR VpFXOR ;,; H UHVSRQViYHO
em Guernica quanto na charge. pela dinamização da imprensa. Em termos sociais, a
D uma referência temporal, “sempre”, referindo-se contribuição da linotipo teve impacto direto na
à permanência de tragédias retratadas tanto em A produção vagarosa de materiais didáticos.
Guernica quanto na charge.
B composição aprimorada de tipos de chumbo.
E uma expressão polissêmica, “quadro dramático”,
remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao C montagem acelerada de textos para impressão.
contexto do trânsito brasileiro. D produção acessível de materiais informacionais.
QUESTÃO 107 E impressão dinamizada de imagens em revistas.
Tarefa
Morder o fruto amargo e não cuspir
Mas avisar aos outros quanto é amargo
Cumprir o trato injusto e não falhar
Mas avisar aos outros quanto é injusto
Sofrer o esquema falso e não ceder
Mas avisar aos outros quanto é falso
Dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a não pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
HQWmRFRQ¿DUjJHQWHH[DXVWDRSODQR
de um mundo novo e muito mais humano.
CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 10


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QUESTÃO 109 A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes
VRFLRFXOWXUDLV2WH[WRH[HPSOL¿FDHVVDFDUDFWHUtVWLFDGD
&RUGHOUHVLVWHjWHFQRORJLDJUi¿FD língua, evidenciando que
O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da A o uso de palavras novas deve ser incentivado em
cultura popular. É a literatura de cordel, que atravessa os detrimento das antigas.
séculos sem ser destruída pela avalanche de modernidade B a utilização de inovações no léxico é percebida na
que invade o sertão lírico e telúrico. Na contramão do comparação de gerações.
SURJUHVVR TXH LQIRUPDWL]RX D LQG~VWULD JUi¿FD D /LUD
C o emprego de palavras com sentidos diferentes
Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos
FDUDFWHUL]DGLYHUVLGDGHJHRJUi¿FD
&RUGHOLVWDVGR&UDWRFRQVHUYDPHPVXDVR¿FLQDVYHOKDV
máquinas para impressão dos seus cordéis. D DSURQ~QFLDHRYRFDEXOiULRVmRDVSHFWRVLGHQWL¿FDGRUHV
da classe social a que pertence o falante.
A chapa para impressão do cordel é feita à mão,
letra por letra, um trabalho artesanal que dura cerca de E RPRGRGHIDODUHVSHFt¿FRGHSHVVRDVGHGLIHUHQWHV
uma hora para confecção de uma página. Em seguida, faixas etárias é frequente em todas as regiões.
a chapa é levada para a impressora, também manual,
para imprimir. A manutenção desse sistema antigo de QUESTÃO 111
LPSUHVVmRID]SDUWHGD¿ORVR¿DGRWUDEDOKR$RXWUDHWDSD
é a confecção da xilogravura para a capa do cordel.
As xilogravuras são ilustrações populares obtidas por
gravuras talhadas em madeira. A origem da xilogravura
nordestina até hoje é ignorada. Acredita-se que os
missionários portugueses tenham ensinado sua técnica
aos índios, como uma atividade extra-catequese,
partindo do princípio religioso que defende a necessidade
GH RFXSDU DV PmRV SDUD TXH D PHQWH QmR ¿TXH OLYUH
sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura
antecedeu ao clichê, placa fotomecanicamente gravada
em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada
nos jornais impressos em rotoplanas.
VICELMO, A. Disponível em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado).

$HVWUDWpJLDJUi¿FDFRQVWLWXtGDSHODXQLmRHQWUHDVWpFQLFDV
da impressão manual e da confecção da xilogravura na
produção de folhetos de cordel
A realça a importância da xilogravura sobre o clichê.
B oportuniza a renovação dessa arte na modernidade.
C demonstra a utilidade desses textos para a catequese.
D revela a necessidade da busca das origens dessa
literatura.
E auxilia na manutenção da essência identitária dessa
tradição popular.
QUESTÃO 110
Em bom português
CLARK, L. Bicho de bolso. Placas de metal, 1966.
No Brasil, as palavras envelhecem e caem como
folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é O objeto escultórico produzido por Lygia Clark,
apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, UHSUHVHQWDQWH GR 1HRFRQFUHWLVPR H[HPSOL¿FD R LQtFLR
tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria de uma vertente importante na arte contemporânea, que
linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma amplia as funções da arte. Tendo como referência a obra
parte do léxico cai em desuso. Bicho de bolsoLGHQWL¿FDVHHVVDYHUWHQWHSHOR D
Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas,
A participação efetiva do espectador na obra, o que
chamou minha atenção para os que falam assim:
determina a proximidade entre arte e vida.
²$VVLVWL D XPD ¿WD GH FLQHPD FRP XP DUWLVWD TXH
B percepção do uso de objetos cotidianos para a
representa muito bem.
confecção da obra de arte, aproximando arte e
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não realidade.
VDEHUmR GL]HU TXH YLUDP XP ¿OPH FRP XP DWRU TXH
C reconhecimento do uso de técnicas artesanais na arte,
trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia,
o que determina a consolidação de valores culturais.
vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando
guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel D UHÀH[mR VREUH D FDSWDomR DUWtVWLFD GH LPDJHQV FRP
HPYH]GHFRPSUDUXPFDUURSHJDUmRXPGHÀX[RHPYH] meios óticos, revelando o desenvolvimento de uma
de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear linguagem própria.
na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua E entendimento sobre o uso de métodos de produção
esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. em série para a confecção da obra de arte, o que
atualiza as linguagens artísticas.
SABINO, FFolha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado).

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 11


*AMAR25DOM12* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 112 QUESTÃO 114

Por onde houve colonização portuguesa, a música A História, mais ou menos


popular se desenvolveu basicamente com o mesmo
instrumental. Podemos ver cavaquinho e violão atuarem Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um
juntos aqui, em Cabo Verde, em Jacarta, na Indonésia, ou plá de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no
em Goa. O caráter nostálgico, sentimental, é outro ponto 2ULHQWH H WDO H VH ÀDJUDUDP TXH R *XUL WLQKD SLQWDGR
comum da música das colônias portuguesas em todo o por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já
mundo. O kronjong, a música típica de Jacarta, é uma tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer
espécie de lundu mais lento, tocado comumente com o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se mandaram.
ÀDXWDFDYDTXLQKRHYLROmR(P*RDQmRpPXLWRGLIHUHQWH Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para
Belém, como mandava o catálogo, resolveram dar
De acordo com o texto de Henrique Cazes, grande parte da
uma incerta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê!
música popular desenvolvida nos países colonizados por
Portugal compartilham um instrumental, destacando-se o Chegaram lá de boca aberta e entregaram toda a trama.
cavaquinho e o violão. No Brasil, são exemplos de música Perguntaram: Onde está o rei que acaba de nascer?
popular que empregam esses mesmos instrumentos: 9LPRV VXD HVWUHOD QR 2ULHQWH H YLHPRV DGRUiOR Quer
dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era
A Maracatu e ciranda. XP ROLJmR ¿FRX JULODGR 4XH UHL HUD DTXHOH" (OH p TXH
B Carimbó e baião. era o dono da praça. Mas comeu em boca e disse: -RLD
C Choro e samba. 2QGHpTXHHVVHJXULYDLVHDSUHVHQWDU"(PTXHFDQDO"
D Chula e siriri. 4XHPpRHPSUHViULR"7HPEDL[RHOpWULFR"4XHURVDEHU
E Xote e frevo. WXGR2VPDJULQKRVGLVVHUDPTXHLDPÀDJUDUR*XULHQD
volta dicavam tudo para o coroa.
QUESTÃO 113 VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.

Vida obscura Na crônica de Verissimo, a estratégia para gerar o efeito


de humor decorre do(a)
Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
ó ser humilde entre os humildes seres, A linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no
embriagado, tonto de prazeres, tratamento do assunto.
o mundo para ti foi negro e duro. B inserção de perguntas diretas acerca do acontecimento
narrado.
Atravessaste no silêncio escuro C caracterização dos lugares onde se passa a história.
a vida presa a trágicos deveres
e chegaste ao saber de altos saberes D emprego de termos bíblicos de forma
tornando-te mais simples e mais puro. descontextualizada.
E contraste entre o tema abordado e a linguagem
Ninguém te viu o sentimento inquieto, utilizada.
magoado, oculto e aterrador, secreto,
que o coração te apunhalou no mundo, QUESTÃO 115

Mas eu que sempre te segui os passos FABIANA, DUUHSHODQGRVHGHUDLYD — Hum! Ora, eis aí
sei que cruz infernal prendeu-te os braços HVWiSDUDTXHVHFDVRXPHX¿OKRHWURX[HDPXOKHUSDUD
e o teu suspiro como foi profundo! minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor
PHX¿OKRTXHTXHPFDVDTXHUFDVD-iQmRSRVVRQmR
SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961.
posso, não posso! %DWHQGRFRPRSp). Um dia arrebento,
Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo e então veremos!
brasileiro, Cruz e Sousa transpôs para seu lirismo uma PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 dez. 2012.
VHQVLELOLGDGHHPFRQÀLWRFRPDUHDOLGDGHYLYHQFLDGD1R
soneto, essa percepção traduz-se em As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de
Martins Pena, em uma atuação teatral, constituem
A sofrimento tácito diante dos limites impostos pela
discriminação. A necessidade, porque as encenações precisam ser
B tendência latente ao vício como resposta ao ¿pLVjVGLUHWUL]HVGRDXWRU
isolamento social. B possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim
C extenuação condicionada a uma rotina de tarefas como outros elementos.
degradantes. C preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou
D frustração amorosa canalizada para as atividades para a encenação.
intelectuais. D exigência, porque elas determinam as características
E vocação religiosa manifesta na aproximação com a do texto teatral.
fé cristã. E imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 12


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QUESTÃO 116 Ela sorriu, olhinho baixo. Abílio espreitou o cometa
partir. Manhã cedinho saltou a cerca. Sinal combinado,
Psicologia de um vencido duas batidas na porta da cozinha. A dona saiu para o
TXLQWDOFXLGDGRVDGHQmRDFRUGDURV¿OKRV(OHWUD]LDD
(X¿OKRGRFDUERno e do amoníaco, capa de viagem, estendida na grama orvalhada.
Monstro de escuridão e rutilância, O vizinho espionou os dois, aprendeu o sinal. Decidiu
Sofro, desde a epigênesis da infância, imitar a proeza. No crepúsculo, pum-pum, duas pancadas
$LQÀXrQFLDPiGRVVLJQRVGR]RGtDFR fortes na porta. O marido em viagem, mas não era dia do
$EtOLR'HVFRQ¿DGDDPRoDVXUJLXjMDQHODHRYL]LQKRUHSHWLX
Profundíssimamente hipocondríaco,
— Como é o negócio?
Este ambiente me causa repugnância... Diante da recusa, ele ameaçou:
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia — Então você quer o velho e não quer o moço? Olhe
Que se escapa da boca de um cardíaco. que eu conto!
TREVISAN, D. Mistérios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979 (fragmento).
Já o verme — este operário das ruínas —
4XHRVDQJXHSRGUHGDVFDUQL¿FLQDV Quanto à abordagem do tema e aos recursos expressivos,
Come, e à vida em geral declara guerra, essa crônica tem um caráter
A ¿ORVy¿FRSRLVUHÀHWHVREUHDVPD]HODVVRIULGDVSHORV
Anda a espreitar meus olhos para roê-los, vizinhos.
E há de deixar-me apenas os cabelos, B lírico, pois relata com nostalgia o relacionamento da
Na frialdade inorgânica da terra! vizinhança.
ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
C irônico, pois apresenta com malícia a convivência
A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma entre vizinhos.
literatura de transição designada como pré-modernista. D crítico, pois deprecia o que acontece nas relações de
Com relação à poética e à abordagem temática presentes vizinhança.
QR VRQHWR LGHQWL¿FDPVH PDUFDV GHVVD OLWHUDWXUD GH E didático, pois expõe uma conduta a ser evitada na
transição, como relação entre vizinhos.
A D IRUPD GR VRQHWR RV YHUVRV PHWUL¿FDGRV D QUESTÃO 118
presença de rimas e o vocabulário requintado, além
do ceticismo, que antecipam conceitos estéticos A última edição deste periódico apresenta mais uma
vigentes no Modernismo. vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro,
B o empenho do eu lírico pelo resgate da poesia aquele que produzimos no dia a dia. A informação agora
simbolista, manifesta em metáforas como “Monstro passa pelo problema do material jogado na estrada vicinal
GHHVFXULGmRHUXWLOkQFLD´H³LQÀXrQFLDPiGRVVLJQRV que liga o município de Rio Claro ao distrito de Ajapi.
do zodíaco”. Infelizmente, no local em questão, a reportagem encontrou
C D VHOHomR OH[LFDO HPSUHVWDGD DR FLHQWL¿FLVPR FRPR mais uma forma errada de destinação do lixo: material
se lê em “carbono e amoníaco”, “epigênesis da atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos
infância” e “frialdade inorgânica”, que restitui a visão moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências
naturalista do homem. e, em vez de um destino correto, procuram dispensá-lo
em outras regiões. Uma situação no mínimo incômoda. Se
D a manutenção de elementos formais vinculados você sai de casa para jogar o lixo em outra localidade, por
à estética do Parnasianismo e do Simbolismo, que não o fazer no local ideal? É muita falta de educação
dimensionada pela inovação na expressividade achar que aquilo que não é correto para sua região possa
poética, e o desconcerto existencial.
ser para outra. A reciclagem do lixo doméstico é um passo
E a ênfase no processo de construção de uma poesia inteligente e de consciência. Olha o exemplo que passamos
GHVFULWLYDHDRPHVPRWHPSR¿ORVy¿FDTXHLQFRUSRUD aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática
YDORUHV PRUDLV H FLHQWt¿FRV PDLV WDUGH UHQRYDGRV o errado. Um perigo!
pelos modernistas.
Disponível em: http://jornaldacidade.uol.com.br. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado).

QUESTÃO 117 Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia
veiculada no jornal. Tal diferença traz à tona uma das
O negócio funções sociais desse gênero textual, que é
Grande sorriso do canino de ouro, o velho Abílio A apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo
propõe às donas que se abastecem de pão e banana: próprio veículo.
— Como é o negócio? B chamar a atenção do leitor para temas raramente
De cada três dá certo com uma. Ela sorri, não abordados no jornal.
responde ou é uma promessa a recusa:
C provocar a indignação dos cidadãos por força dos
— Deus me livre, não! Hoje não...
argumentos apresentados.
Abílio interpelou a velha:
— Como é o negócio? D interpretar criticamente fatos noticiados e
(ODFRQFRUGRXHRTXHIRLPHOKRUD¿OKDWDPEpPDFHLWRX considerados relevantes para a opinião pública.
o trato. Com a dona Julietinha foi assim. Ele se chegou: E trabalhar uma informação previamente apresentada
— Como é o negócio? com base no ponto de vista do autor da notícia.

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QUESTÃO 119 QUESTÃO 121


O exercício da crônica
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa
¿DGDFRPRID]XPFURQLVWDQmRDSURVDGHXP¿FFLRQLVWD
na qual este é levado meio a tapas pelas personagens
e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um
SURVDGRU GR FRWLGLDQR D FRLVD ¿D PDLV ¿QR 6HQWDVH
ele diante de sua máquina, olha através da janela e
busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, de
preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera,
em que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar
um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de
olhar em torno e esperar que, através de um processo
associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos
fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados
pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer
ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do
qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado.
Disponível em: http://info.abril.com.br. Acesso em: 9 maio 2013 (adaptado).
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.

Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui O texto introduz uma reportagem a respeito do futuro
da televisão, destacando que as tecnologias a ela
A QDVGLIHUHQoDVHQWUHRFURQLVWDHR¿FFLRQLVWD incorporadas serão responsáveis por
B nos elementos que servem de inspiração ao cronista. A estimular a substituição dos antigos aparelhos de TV.
C nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica. B contemplar os desejos individuais com recursos de
D no papel da vida do cronista no processo de escrita ponta.
da crônica. C transformar a televisão no principal meio de acesso
E QDVGL¿FXOGDGHVGHVHHVFUHYHUXPDFU{QLFDSRUPHLR às redes sociais.
de uma crônica. D renovar técnicas de apresentação de programas e de
QUESTÃO 120 captação de imagens.
E minimizar a importância dessa ferramenta como meio
E se a água potável acabar? O que aconteceria se a de comunicação de massa.
água potável do mundo acabasse?
As teorias mais pessimistas dizem que a água potável QUESTÃO 122
deve acabar logo, em 2050. Nesse ano, ninguém mais
Quando Deus redimiu da tirania
tomará banho todo dia. Chuveiro com água só duas vezes
Da mão do Faraó endurecido
por semana. Se alguém exceder 55 litros de consumo
O Povo Hebreu amado, e esclarecido,
(metade do que a ONU recomenda), seu abastecimento será
3iVFRD¿FRXGDUHGHQomRRGLD
interrompido. Nos mercados, não haveria carne, pois, se não
há água para você, imagine para o gado. Gastam-se 43 mil
3iVFRDGHÀRUHVGLDGHDOHJULD
litros de água para produzir 1 kg de carne. Mas, não é só ela
¬TXHOH3RYRIRLWmRDÀLJLGR
que faltará. A Região Centro-Oeste do Brasil, maior produtor
O dia, em que por Deus foi redimido;
de grãos da América Latina em 2012, não conseguiria manter
Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia.
D SURGXomR$¿QDO QR SDtV D DJULFXOWXUD H D DJURSHFXiULD
são, hoje, as maiores consumidoras de água, com mais de
Pois mandado pela alta Majestade
70% do uso. Faltariam arroz, feijão, soja, milho e outros grãos.
Nos remiu de tão triste cativeiro,
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012. Nos livrou de tão vil calamidade.
A língua portuguesa dispõe de vários recursos para
indicar a atitude do falante em relação ao conteúdo de seu Quem pode ser senão um verdadeiro
enunciado. No início do texto, o verbo “dever” contribui Deus, que veio estirpar desta cidade
para expressar O Faraó do povo brasileiro.
DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.
A uma constatação sobre como as pessoas administram
os recursos hídricos. Com uma elaboração de linguagem e uma visão de
B a habilidade das comunidades em lidar com problemas mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de
ambientais contemporâneos. Gregório de Matos apresenta temática expressa por
C a capacidade humana de substituir recursos naturais A visão cética sobre as relações sociais.
renováveis. B preocupação com a identidade brasileira.
D uma previsão trágica a respeito das fontes de água C crítica velada à forma de governo vigente.
potável.
D UHÀH[mRVREUHRVGRJPDVGRFULVWLDQLVPR
E XPD VLWXDomR ¿FFLRQDO FRP EDVH QD UHDOLGDGH
ambiental brasileira. E questionamento das práticas pagãs na Bahia.

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QUESTÃO 123 QUESTÃO 124

O Brasil é sertanejo
Que tipo de música simboliza o Brasil? Eis uma
questão discutida há muito tempo, que desperta opiniões
extremadas. Há fundamentalistas que desejam impor ao
público um tipo de som nascido das raízes socioculturais
do país. O samba. Outros, igualmente nacionalistas,
desprezam tudo aquilo que não tem estilo. Sonham com
o império da MPB de Chico Buarque e Caetano Veloso.
Um terceiro grupo, formado por gente mais jovem, escuta
e cultiva apenas a música internacional, em todas as
vertentes. E mais ou menos ignora o resto.
A realidade dos hábitos musicais do brasileiro agora
está claro, nada tem a ver com esses estereótipos.
O gênero que encanta mais da metade do país é o
sertanejo, seguido de longe pela MPB e pelo pagode.
Outros gêneros em ascensão, sobretudo entre as classes
C, D e E, são o funk e o religioso, em especial o JRVSHO.
Rock e música eletrônica são músicas de minoria.
É o que demonstra uma pesquisa pioneira feita entre
agosto de 2012 e agosto de 2013 pelo Instituto Brasileiro
de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A pesquisa Tribos
PXVLFDLV²RFRPSRUWDPHQWRGRVRXYLQWHVGHUiGLRVRE
XPDQRYDyWLFDfaz um retrato do ouvinte brasileiro e traz
algumas novidades. Para quem pensava que a MPB e o 6FLHQWL¿F$PHULFDQ Brasil, ano 11, n. 134, jul. 2013 (adaptado).

samba ainda resistiam como baluartes da nacionalidade, Para atingir o objetivo de recrutar talentos, esse texto
uma má notícia: os dois gêneros foram superados em publicitário
SRSXODULGDGH 2 %UDVLO PRGHUQR QmR WHP PDLV R SHU¿O
A D¿UPDFRPDIUDVH³4XHUHPRVVHXWDOHQWRH[DWDPHQWH
sonoro dos anos 1970, que muitos gostariam que se
como ele é”, que qualquer pessoa com talento pode
eternizasse. A cara musical do país agora é outra. fazer parte da equipe.
GIRON, L. A. Época, n. 805, out. 2013 (fragmento).
B DSUHVHQWD FRPR HVWUDWpJLD D IRUPDomR GH XP SHU¿O
2WH[WRREMHWLYDFRQYHQFHUROHLWRUGHTXHDFRQ¿JXUDomR por meio de perguntas direcionadas, o que dinamiza
da preferência musical dos brasileiros não é mais a a interação texto-leitor.
mesma da dos anos 1970. A estratégia de argumentação C utiliza a descrição da empresa como argumento
para comprovar essa posição baseia-se no(a) principal, pois atinge diretamente os interessados em
informática.
A apresentação dos resultados de uma pesquisa que D XVDHVWHUHyWLSRQHJDWLYRGHXPD¿JXUDFRQKHFLGDR
retrata o quadro atual da preferência popular relativa nerd, pessoa introspectiva e que gosta de informática.
à música brasileira.
E recorre a imagens tecnológicas ligadas em rede, para
B caracterização das opiniões relativas a determinados simbolizar como a tecnologia é interligada.
gêneros, considerados os mais representativos da
brasilidade, como meros estereótipos.
C uso de estrangeirismos, como rock, funk e JRVSHO,
para compor um estilo próximo ao leitor, em sintonia
com o ataque aos nacionalistas.
D ironia com relação ao apego a opiniões superadas,
tomadas como expressão de conservadorismo e
anacronismo, com o uso das designações “império”
e “baluarte”.
E contraposição a impressões fundadas em elitismo e
preconceito, com a alusão a artistas de renome para
melhor demonstrar a consolidação da mudança do
gosto musical popular.

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QUESTÃO 125 Uma das diretrizes do Modernismo foi a percepção de


elementos do cotidiano como matéria de inspiração
Blog é concebido como um espaço onde o blogueiro SRpWLFD2SRHPDGH0DQXHO%DQGHLUDH[HPSOL¿FDHVVD
é livre para expressar e discutir o que quiser na atividade tendência e alcança expressividade porque
da sua escrita, com a escolha de imagens e sons que
compõem o todo do texto veiculado pela internet, por A realiza um inventário dos elementos lúdicos
meio dos SRVWV. Assim, essa ferramenta deixa de ter tradicionais da criança brasileira.
como única função a exposição de vida e/ou rotina de B SURPRYHXPDUHÀH[mRVREUHDUHDOLGDGHGHSREUH]D
alguém — como em um diário pessoal —, função para dos centros urbanos.
qual serviu inicialmente e que o popularizou, permitindo C traduz em linguagem lírica o mosaico de elementos
também que seja um espaço para a discussão de ideias, GHVLJQL¿FDomRFRUULTXHLUD
trocas e divulgação de informações.
D introduz a interlocução como mecanismo de
A produção dos blogs requer uma relação de troca, construção de uma poética nova.
que acaba unindo pessoas em torno de um ponto de E constata a condição melancólica dos homens
interesse comum. A força dos blogs está em possibilitar distantes da simplicidade infantil.
que qualquer pessoa, sem nenhum conhecimento técnico,
publique suas ideias e opiniões na web e que milhões de QUESTÃO 127
outras pessoas publiquem comentários sobre o que foi
escrito, criando um grande debate aberto a todos. Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem
não souber que ele possuía um caráter ferozmente honrado.
LOPES, B. O. A linguagem dos blogs e as redes sociais. Disponível em: www.fateczl.edu.br.
Acesso em: 29 abr. 2013 (adaptado). Eu mesmo fui injusto com ele durante os anos que se
seguiram ao inventário de meu pai. Reconheço que era um
De acordo com o texto, o blog ultrapassou sua função modelo. Arguíam-no de avareza, e cuido que tinham razão;
inicial e vem se destacando como mas a avareza é apenas a exageração de uma virtude, e
A estratégia para estimular relações de amizade. as virtudes devem ser como os orçamentos: melhor é o
VDOGRTXHRGp¿FLW&RPRHUDPXLWRVHFRGHPDQHLUDVWLQKD
B espaço para exposição de opiniões e circulação de
inimigos que chegavam a acusá-lo de bárbaro. O único fato
ideias.
alegado neste particular era o de mandar com frequência
C gênero discursivo substituto dos tradicionais diários escravos ao calabouço, donde eles desciam a escorrer
pessoais. sangue; mas, além de que ele só mandava os perversos
D ferramenta para aperfeiçoamento da comunicação e os fujões, ocorre que, tendo longamente contrabandeado
virtual escrita. em escravos, habituara-se de certo modo ao trato um
E recurso para incentivar a ajuda mútua e a divulgação pouco mais duro que esse gênero de negócio requeria, e
da rotina diária. não se pode honestamente atribuir à índole original de um
homem o que é puro efeito de relações sociais. A prova
QUESTÃO 126 de que o Cotrim tinha sentimentos pios encontrava-se no
Camelôs VHXDPRUDRV¿OKRVHQDGRUTXHSDGHFHXTXDQGRPRUUHX
Sara, dali a alguns meses; prova irrefutável, acho eu, e não
Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão: única. Era tesoureiro de uma confraria, e irmão de várias
O que vende balõezinhos de cor irmandades, e até irmão remido de uma destas, o que não
O macaquinho que trepa no coqueiro
O cachorrinho que bate com o rabo se coaduna muito com a reputação da avareza; verdade é
Os homenzinhos que jogam boxe que o benefício não caíra no chão: a irmandade (de que ele
A perereca verde que de repente dá um pulo que fora juiz) mandara-lhe tirar o retrato a óleo.
engraçado ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
E as canetinhas-tinteiro que jamais escreverão coisa
alguma. Obra que inaugura o Realismo na literatura brasileira,
0HPyULDV SyVWXPDV GH %UiV &XEDV condensa uma
Alegria das calçadas expressividade que caracterizaria o estilo machadiano:
Uns falam pelos cotovelos: a ironia. Descrevendo a moral de seu cunhado, Cotrim,
²³2FDYDOKHLURFKHJDHPFDVDHGL]0HX¿OKRYDL R QDUUDGRUSHUVRQDJHP %UiV &XEDV UH¿QD D SHUFHSomR
buscar um irônica ao
pedaço de banana para eu acender o charuto.
Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...” A acusar o cunhado de ser avarento para confessar-se
injustiçado na divisão da herança paterna.
Outros, coitados, têm a língua atada.
B atribuir a “efeito de relações sociais” a naturalidade
Todos porém sabem mexer nos cordéis como o tino com que Cotrim prendia e torturava os escravos.
ingênuo de C considerar os “sentimentos pios” demonstrados pelo
demiurgos de inutilidades. SHUVRQDJHPTXDQGRGDSHUGDGD¿OKD6DUD
E ensinam no tumulto das ruas os mitos heroicos da
meninice... D menosprezar Cotrim por ser tesoureiro de uma
E dão aos homens que passam preocupados ou tristes confraria e membro remido de várias irmandades.
uma lição de infância. E insinuar que o cunhado era um homem vaidoso e
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. egocêntrico, contemplado com um retrato a óleo.

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QUESTÃO 128 QUESTÃO 130
TEXTO I A forte presença de palavras indígenas e africanas e
Ditado popular é uma frase sentenciosa, concisa, de de termos trazidos pelos imigrantes a partir do século XIX
verdade comprovada, baseada na secular experiência do é um dos traços que distinguem o português do Brasil e o
povo, exposta de forma poética, contendo uma norma de português de Portugal. Mas, olhando para a história dos
conduta ou qualquer outro ensinamento. empréstimos que o português brasileiro recebeu de línguas
WEITZEL, A. H. Folclore literário e linguístico. Juiz de Fora: Esdeva, 1984 (fragmento).
europeias a partir do século XX, outra diferença também
TEXTO II aparece: com a vinda ao Brasil da família real portuguesa
Rindo brincalhona, dando-lhe tapinhas nas costas, (1808) e, particularmente, com a Independência, Portugal
prima Constança disse isto, dorme no assunto, ouça o deixou de ser o intermediário obrigatório da assimilação
travesseiro, não tem melhor conselheiro. desses empréstimos e, assim, Brasil e Portugal começaram
Enquanto prima Biela dormia no assunto, toda a casa DGLYHUJLUQmRVySRUWHUHPVRIULGRLQÀXrQFLDVGLIHUHQWHV
se alvoroçava. mas também pela maneira como reagiram a elas.
ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que
[Prima Constança] ia rezar, pedir a Deus para falamos. São Paulo: Contexto, 2006.
iluminar prima Biela. Mas ia também tomar suas
providências. Casamento e mortalha, no céu se talha. Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas
Deus escreve direito por linhas tortas. O que for soará. línguas, são importantes na constituição do português do
Dizia os ditados todos, procurando interpretar os Brasil porque
desígnios de Deus, transformar os seus desejos nos
desígnios de Deus. Se achava um instrumento de Deus. A deixaram marcas da história vivida pela nação, como
DOURADO, A. Uma vida em segredo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990 (fragmento).
a colonização e a imigração.
B transformaram em um só idioma línguas diferentes,
O uso que prima Constança faz dos ditados populares, no como as africanas, as indígenas e as europeias.
Texto II, constitui uma maneira de utilizar o tipo de saber
GH¿QLGRQR7H[WR,SRUTXH C promoveram uma língua acessível a falantes de
origens distintas, como o africano, o indígena e o
A cita-os pela força do hábito. europeu.
B aceita-os como verdade absoluta.
D guardaram uma relação de identidade entre os
C DFLRQDRVSDUDMXVWL¿FDUVXDVDo}HV falantes do português do Brasil e os do português de
D toma-os para solucionar um problema. Portugal.
E considera-os como uma orientação divina. E tornaram a língua do Brasil mais complexa do que
as línguas de outros países que também tiveram
QUESTÃO 129 colonização portuguesa.
No Brasil, a origem do funk e do KLSKRS remonta
QUESTÃO 131
aos anos 1970, quando da proliferação dos chamados
“bailes black” nas periferias dos grandes centros urbanos.
Embalados pela black music americana, milhares de
MRYHQVHQFRQWUDYDPQRVEDLOHVGH¿QDOGHVHPDQDXPD
alternativa de lazer antes inexistente. Em cidades como
o Rio de Janeiro ou São Paulo, formavam-se equipes de
som que promoviam bailes onde foi se disseminando um
estilo que buscava a valorização da cultura negra, tanto
na música como nas roupas e nos penteados. No Rio
GH-DQHLUR¿FRXFRQKHFLGRFRPR³Black Rio”. A indústria
IRQRJUi¿FD GHVFREULX R ¿OmR H ODQoDQGR GLVFRV GH
“equipe” com as músicas de sucesso nos bailes, difundia
a moda pelo restante do país.
DAYRELL, J. A música entra em cena: o UDS e o funk na socialização da juventude.
Belo Horizonte: UFMG, 2005. Disponível em: www.portaldapropaganda.com.br. Acesso em: 28 jul. 2013.

A presença da cultura KLSKRS no Brasil caracteriza-se Essa propaganda defende a transformação social e
como uma forma de a diminuição da violência por meio da palavra. Isso se
A lazer gerada pela diversidade de práticas artísticas evidencia pela
nas periferias urbanas.
A predominância de tons claros na composição da peça
B HQWUHWHQLPHQWR LQYHQWDGD SHOD LQG~VWULD IRQRJUi¿FD publicitária.
nacional.
B associação entre uma arma de fogo e um megafone.
C subversão de sua proposta original já nos primeiros
bailes. C JUD¿DFRPLQLFLDOPDL~VFXODGDSDODYUD³YR]´QRslogan.
D D¿UPDomRGHLGHQWLGDGHGRVMRYHQVTXHDSUDWLFDP D imagem de uma mão segurando um megafone.
E reprodução da cultura musical norte-americana. E UHSUHVHQWDomRJUi¿FDGDSURSDJDomRGRVRP

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 17


*AMAR25DOM18* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 132 QUESTÃO 134

O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: Era um dos meus primeiros dias na sala de música.
esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois $¿PGHGHVFREULUPRVRTXHGHYHUtDPRVHVWDUID]HQGR
desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. ali, propus à classe um problema. Inocentemente
perguntei: — O que é música?
ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
Passamos dois dias inteiros tateando em busca de
No romance *UDQGH VHUWmR YHUHGDV, o protagonista XPD GH¿QLomR 'HVFREULPRV TXH WtQKDPRV GH UHMHLWDU
WRGDV DV GH¿QLo}HV FRVWXPHLUDV SRUTXH HODV QmR HUDP
Riobaldo narra sua trajetória de jagunço. A leitura do
VX¿FLHQWHPHQWHDEUDQJHQWHV
WUHFKRSHUPLWHLGHQWL¿FDUTXHRGHVDEDIRGH5LREDOGRVH
O simples fato é que, à medida que a crescente
aproxima de um(a)
margem a que chamamos de vanguarda continua suas
A diário, por trazer lembranças pessoais. H[SORUDo}HV SHODV IURQWHLUDV GR VRP TXDOTXHU GH¿QLomR
se torna difícil. Quando John Cage abre a porta da sala
B fábula, por apresentar uma lição de moral. de concerto e encoraja os ruídos da rua a atravessar suas
C notícia, por informar sobre um acontecimento. composições, ele ventila a arte da música com conceitos
novos e aparentemente sem forma.
D aforismo, por expor uma máxima em poucas palavras. SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. São Paulo: Unesp, 1991 (adaptado).
E crônica, por tratar de fatos do cotidiano. A frase “Quando John Cage abre a porta da sala de
concerto e encoraja os ruídos da rua a atravessar suas
QUESTÃO 133 composições”, na proposta de Schafer de formular uma
nova conceituação de música, representa a
Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara
na janela em crônica de jornal — eu não fazia isso há A acessibilidade à sala de concerto como metáfora,
PXLWRVDQRVHQTXDQWRPHHVFRQGLDHPSRHVLDH¿FomR num momento em que a arte deixou de ser elitizada.
Crônica algumas vezes também é feita, intencionalmente, B abertura da sala de concerto, que permitiu que a
música fosse ouvida do lado de fora do teatro.
para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o
escritor mais escolado não está lá grande coisa. Tem C postura inversa à música moderna, que desejava se
enquadrar em uma concepção conformista.
os que mostram sua cara escrevendo para reclamar:
moderna demais, antiquada demais. Alguns discorrem D intenção do compositor de que os sons extramusicais
sejam parte integrante da música.
sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os
textos que parecem passar despercebidos, outros rendem E necessidade do artista contemporâneo de atrair maior
público para o teatro.
um montão de recados: “Você escreveu exatamente o
que eu sinto”, “Isso é exatamente o que falo com meus QUESTÃO 135
pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei Censura moralista
com minha namorada”. Os estímulos são valiosos pra Há tempos que a leitura está em pauta. E, diz-se, em
quem nesses tempos andava meio assim: é como me crise. Comenta-se esta crise, por exemplo, apontando a
botarem no colo — também eu preciso. Na verdade, precariedade das práticas de leitura, lamentando a falta
nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do de familiaridade dos jovens com livros, reclamando da
jornal. De modo que está sendo ótima, essa brincadeira falta de bibliotecas em tantos municípios, do preço dos
séria, com alguns textos que iam acabar neste livro, livros em livrarias, num nunca acabar de problemas
e de carências. Mas, de um tempo para cá, pesquisas
outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser acadêmicas vêm dizendo que talvez não seja exatamente
sério... mesmo quando parece que estou brincando: essa assim, que brasileiros leem, sim, só que leem livros que
é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há as pesquisas tradicionais não levam em conta. E, também
muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras de um tempo para cá, políticas educacionais têm tomado
são meu jeito mais secreto de calar. a peito investir em livros e em leitura.
LAJOLO, M. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 2 dez. 2013 (fragmento).
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Os falantes, nos textos que produzem, sejam orais ou
Os textos fazem uso constante de recursos que permitem escritos, posicionam-se frente a assuntos que geram
a articulação entre suas partes. Quanto à construção do consenso ou despertam polêmica. No texto, a autora
fragmento, o elemento
A ressalta a importância de os professores incentivarem
A “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela os jovens às práticas de leitura.
em crônica de jornal”. B critica pesquisas tradicionais que atribuem a falta de
B “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no leitura à precariedade de bibliotecas.
colo”. C rebate a ideia de que as políticas educacionais são
H¿FD]HVQRFRPEDWHjFULVHGHOHLWXUD
C ³LVVR´UHPHWHD³HVFRQGLDHPSRHVLDH¿FomR´
D questiona a existência de uma crise de leitura com
D “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para base nos dados de pesquisas acadêmicas.
meus pais”. E atribui a crise da leitura à falta de incentivos e ao
E “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”. desinteresse dos jovens por livros de qualidade.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 18


*AMAR25DOM2* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
Publicidade infantil em questão no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO I
A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil, emitida pelo
Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um verdadeiro cabo de guerra
envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados na continuidade das propagandas
dirigidas a esse público.
Elogiada por pais, ativistas e entidades, a resolução estabelece como abusiva toda propaganda dirigida à criança
que tem “a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” e que utilize aspectos como
desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas infantis, oferta de prêmios, brindes ou
artigos colecionáveis que tenham apelo às crianças.
Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução. E associações de anunciantes,
emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não
reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor a resolução tanto às
famílias quanto ao mercado publicitário. Além disso, defendem que a autorregulamentação pelo Conselho Nacional de
Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma forma de controlar e evitar abusos.
IDOETA, P. A.; BARBA, M. D. A publicidade infantil deve ser proibida? Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 23 maio 2014 (adaptado).

TEXTO II
A PUBLICIDADE PARA CRIANÇAS NO MUNDO
QUÉBEC (Canadá) NORUEGA
REINO UNIDO
SUÉCIA
ESTADOS UNIDOS IRLANDA
DINAMARCA COREIA DO SUL

FRANÇA
BÉLGICA

ITÁLIA

Autorregula-
mentação BRASIL
Não há leis
nacionais,
o setor cria
normas e faz CHILE
acordos com AUSTRÁLIA
o governo
Alerta Proibição parcial Personagens Proibido
Mensagens Comerciais são Famosos e persona- Não é permitido
recomendam proibidos em gens de desenhos nenhum tipo de
consumo moderado certos horários ou não podem aparecer publicidade para
e alimentação para determinadas em anúncios de crianças
saudável faixas etárias alimentos infantis
Fontes: OMS e Conar/2013
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 24 jun. 2014 (adaptado).
TEXTO III
Precisamos preparar a criança, desde pequena, para receber as informações do mundo exterior, para
compreender o que está por trás da divulgação de produtos. Só assim ela se tornará o consumidor do futuro,
aquele capaz de saber o que, como e por que comprar, ciente de suas reais necessidades e consciente de suas
responsabilidades consigo mesma e com o mundo.
SILVA, A. M. D.; VASCONCELOS, L. R. A criança e o marketing: informações essenciais para proteger
as crianças dos apelos do marketing infantil. São Paulo: Summus, 2012 (adaptado).

INSTRUÇÕES:
‡ O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
‡ 2WH[WRGH¿QLWLYRGHYHVHUHVFULWRjWLQWDQDIROKDSUySULDHPDWpOLQKDV
‡ A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
‡ WLYHUDWp VHWH OLQKDVHVFULWDVVHQGRFRQVLGHUDGD³LQVX¿FLHQWH´
‡ fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
‡ apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
‡ apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 2


*AMAR75SAB2* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

CIÊNCIAS HUMANAS QUESTÃO 03


E SUAS TECNOLOGIAS
(PFHUFDGHFLQFRPLOSHVVRDVUHXQLUDPVH
Questões de 1 a 45 SDUD VROLFLWDU D ' 3HGUR ,, D UHYRJDomR GH XPD WD[D
GH  UpLV XP YLQWpP VREUH R WUDQVSRUWH XUEDQR
QUESTÃO 01 2 YLQWpP HUD D PRHGD GH PHQRU YDORU GD pSRFD $
SROtFLD QmR SHUPLWLX TXH D PXOWLGmR VH DSUR[LPDVVH GR
Parecer CNE/CP nº 3/2004, que instituiu as Diretrizes SDOiFLR $R JULWR GH ³)RUD R YLQWpP´ RV PDQLIHVWDQWHV
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações HVSDQFDUDP FRQGXWRUHV HVIDTXHDUDP PXODV YLUDUDP
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura ERQGHV H DUUDQFDUDP WULOKRV 8P R¿FLDO RUGHQRX IRJR
Afro-Brasileira e Africana. contra a multidão. As estatísticas de mortos e feridos são
LPSUHFLVDV0XLWRVLQWHUHVVHVVHIXQGLUDPQHVVDUHYROWD
Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área de grandes e de políticos, de gente miúda e de simples
da educação, à demanda da população afrodescendente, FLGDGmRV'HVPRUDOL]DGRRPLQLVWpULRFDLX8PDJUDQGH
QR VHQWLGR GH SROtWLFDV GH Do}HV D¿UPDWLYDV 3URS}H D H[SORVmRVRFLDOGHWRQDGDSRUXPSREUHYLQWpP
GLYXOJDomRHDSURGXomRGHFRQKHFLPHQWRVDIRUPDomR 'LVSRQtYHOHPZZZUHYLVWDGHKLVWRULDFRPEU$FHVVRHPDEU DGDSWDGR 
GHDWLWXGHVSRVWXUDVTXHHGXTXHPFLGDGmRVRUJXOKRVRV
de seu pertencimento étnico-racial — descendentes de $ OHLWXUD GR WUHFKR LQGLFD TXH D FRLELomR YLROHQWD GDV
DIULFDQRV SRYRV LQGtJHQDV GHVFHQGHQWHV GH HXURSHXV PDQLIHVWDo}HVUHSUHVHQWRXXPDWHQWDWLYDGH
de asiáticos — para interagirem na construção de uma A FDSWXUDURVDWLYLVWDVUDGLFDLV
QDomR GHPRFUiWLFD HP TXH WRGRV LJXDOPHQWH WHQKDP B SURWHJHURSDWULP{QLRSULYDGR
seus direitos garantidos.
C VDOYDJXDUGDURHVSDoRS~EOLFR
%5$6,/&RQVHOKR1DFLRQDOGH(GXFDomR'LVSRQtYHOHPZZZVHPHVSRUJEU
$FHVVRHPQRY DGDSWDGR  D FRQVHUYDURH[HUFtFLRGRSRGHU
A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma E sustentar o regime democrático.
SROtWLFDS~EOLFDHDVVRFLDRSULQFtSLRGDLQFOXVmRVRFLDOD QUESTÃO 04
A SUiWLFDVGHYDORUL]DomRLGHQWLWiULD
([LVWH XPD FXOWXUD SROtWLFD TXH GRPLQD R VLVWHPD
B medidas de compensação econômica. H p IXQGDPHQWDO SDUD HQWHQGHU R FRQVHUYDGRULVPR
C GLVSRVLWLYRVGHOLEHUGDGHGHH[SUHVVmR EUDVLOHLUR+iXPDUJXPHQWRSDUWLOKDGRSHODGLUHLWDHSHOD
D HVWUDWpJLDVGHTXDOL¿FDomRSUR¿VVLRQDO HVTXHUGDGHTXHDVRFLHGDGHEUDVLOHLUDpFRQVHUYDGRUD
,VVR OHJLWLPRX R FRQVHUYDGRULVPR GR VLVWHPD SROtWLFR
E instrumentos de modernização jurídica.
H[LVWLULDP OLPLWHV SDUD WUDQVIRUPDU R SDtV SRUTXH D
QUESTÃO 02 VRFLHGDGHpFRQVHUYDGRUDQmRDFHLWDPXGDQoDVEUXVFDV
,VVR MXVWL¿FD R FDUiWHU YDJDURVR GD UHGHPRFUDWL]DomR H
A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior GDUHGLVWULEXLomRGDUHQGD0DVQmRpDVVLP$VRFLHGDGH
SUDoDS~EOLFDGH3DULV,QDXJXUDGDHPWLQKDHPVHX p PXLWR PDLV DYDQoDGD TXH R VLVWHPD SROtWLFR (OH VH
centro uma estátua do rei. Situada ao longo do Sena, ela PDQWpPSRUTXHFRQVHJXHFRQYHQFHUDVRFLHGDGHGHTXH
pDLQWHUVHFomRGHGRLVHL[RVPRQXPHQWDLV%HPQHVVH pDH[SUHVVmRGHODGHVHXFRQVHUYDGRULVPR
FUX]DPHQWR HVWi R 2EHOLVFR GH /X[RU GHFRUDGR FRP NOBRE, M. Dois ismos que não rimam'LVSRQtYHOHPZZZXQLFDPSEU
$FHVVRHPPDU DGDSWDGR 
KLHUyJOLIRVTXHFRQWDPRVUHLQDGRVGRVIDUDyV5DPVpV,,
H5DPVpV,,,(PIRLRIHUHFLGRSHORYLFHUHLGR(JLWR $FDUDFWHUtVWLFDGRVLVWHPDSROtWLFREUDVLOHLURUHVVDOWDGD
DRSRYRIUDQFrVHHPLQVWDODGRQDSUDoDGLDQWHGH QRWH[WRREWpPVXDOHJLWLPLGDGHGD
mais de 200 mil espectadores e da família real. A dispersão regional do poder econômico.
12%/$75'LVSRQtYHOHPZZZRJORERFRP$FHVVRHPGH]
B polarização acentuada da disputa partidária.
$FRQVWLWXLomRGRHVSDoRS~EOLFRGD3UDoDGD&RQFyUGLD C RULHQWDomRUDGLFDOGRVPRYLPHQWRVSRSXODUHV
DRORQJRGRVDQRVPDQLIHVWDR D D FRQGXomRH¿FLHQWHGDVDo}HVDGPLQLVWUDWLYDV
A OXJDUGDPHPyULDQDKLVWyULDQDFLRQDO E VXVWHQWDomRLGHROyJLFDGDVGHVLJXDOGDGHVH[LVWHQWHV
B caráter espontâneo das festas populares.
C OHPEUDQoDGDDQWLJXLGDGHGDFXOWXUDORFDO
D WULXQIRGDQDomRVREUHRVSDtVHVDIULFDQRV
E GHFOtQLRGRUHJLPHGHPRQDUTXLDDEVROXWLVWD

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 2


Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br 2014 *AMAR75SAB3*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07
Compreende-se assim o alcance de uma 4XDQGRpPHLRGLDQRV(VWDGRV8QLGRVR6ROWRGR
UHLYLQGLFDomR TXH VXUJH GHVGH R QDVFLPHQWR GD FLGDGH PXQGR VDEH HVWi VH GHLWDQGR QD )UDQoD %DVWDULD LU j
QD*UpFLDDQWLJDDUHGDomRGDVOHLV$RHVFUHYrODVQmR França num minuto para assistir ao pôr do sol.
VH ID] PDLV TXH DVVHJXUDUOKHV SHUPDQrQFLD H ¿[LGH]
6$,17(;83e5<$O Pequeno Príncipe5LRGH-DQHLUR$JLU
$VOHLVWRUQDPVHEHPFRPXPUHJUDJHUDOVXVFHWtYHOGH
ser aplicada a todos da mesma maneira. A diferença espacial citada é causada por qual
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego5LRGH-DQHLUR característica física da Terra?
%HUWUDQG%UDVLO DGDSWDGR 
A $FKDWDPHQWRGHVXDVUHJL}HVSRODUHV
3DUDRDXWRUDUHLYLQGLFDomRDWHQGLGDQD*UpFLDDQWLJD
DLQGDYLJHQWHQRPXQGRFRQWHPSRUkQHREXVFDYDJDUDQWLU B 0RYLPHQWRHPWRUQRGHVHXSUySULRHL[R
RVHJXLQWHSULQFtSLR C Arredondamento de sua forma geométrica.
A Isonomia — igualdade de tratamento aos cidadãos. D Variação periódica de sua distância do Sol.
B 7UDQVSDUrQFLD — acesso às informações E ,QFOLQDomRHPUHODomRDRVHXSODQRGHyUELWD
JRYHUQDPHQWDLV
C Tripartição — separação entre os poderes políticos QUESTÃO 08
estatais.
8PD QRUPD Vy GHYH SUHWHQGHU YDOLGH] TXDQGR WRGRV
D (TXLSDUDomR²LJXDOGDGHGHJrQHURQDSDUWLFLSDomR
política. RV TXH SRVVDP VHU FRQFHUQLGRV SRU HOD FKHJXHP RX
SRVVDPFKHJDU HQTXDQWRSDUWLFLSDQWHVGHXPGLVFXUVR
E (OHJLELOLGDGH ² SHUPLVVmR SDUD FDQGLGDWXUD DRV
SUiWLFRDXPDFRUGRTXDQWRjYDOLGDGHGHVVDQRUPD
FDUJRVS~EOLFRV
HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. 5LRGH-DQHLUR7HPSR%UDVLOHLUR
QUESTÃO 06
6HJXQGR +DEHUPDV D YDOLGH] GH XPD QRUPD GHYH VHU
3DQD\LRWLV=DYRV³TXHEURX´R~OWLPRWDEXGDFORQDJHP HVWDEHOHFLGDSHOR D
KXPDQD²WUDQVIHULXHPEUL}HVSDUDR~WHURGHPXOKHUHV
que os gerariam. Esse procedimento é crime em inúmeros A OLEHUGDGHKXPDQDTXHFRQVDJUDDYRQWDGH
SDtVHV$SDUHQWHPHQWHRPpGLFRSRVVXtDXPODERUDWyULR B UD]mRFRPXQLFDWLYDTXHUHTXHUXPFRQVHQVR
VHFUHWR QR TXDO ID]LD VHXV H[SHULPHQWRV ³1mR WHQKR C FRQKHFLPHQWR¿ORVy¿FRTXHH[SUHVVDDYHUGDGH
QHQKXPDG~YLGDGHTXHXPDFULDQoDFORQDGDLUiDSDUHFHU
HPEUHYH3RVVRQmRVHUHXRPpGLFRTXHLUiFULiODPDV D WpFQLFDFLHQWt¿FDTXHDXPHQWDRSRGHUGRKRPHP
YDL DFRQWHFHU´ GHFODURX =DYRV ³6H QRV HVIRUoDUPRV E poder político, que se concentra no sistema partidário.
SRGHPRVWHUXPEHErFORQDGRGDTXLDXPDQRRXGRLV
mas não sei se é o caso. Não sofremos pressão para QUESTÃO 09
HQWUHJDUXPEHErFORQDGRDRPXQGR6RIUHPRVSUHVVmR
SDUDHQWUHJDUXPEHErFORQDGRVDXGiYHODRPXQGR´ 2tQGLRHUDR~QLFRHOHPHQWRHQWmRGLVSRQtYHOSDUD
&211256'LVSRQtYHOHPZZZLQGHSHQGHQWFRXN$FHVVRHPDJR DGDSWDGR  ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia,
FRQKHFHGRU GD QDWXUH]D WURSLFDO H SDUD WXGR LVVR
$ FORQDJHP KXPDQD p XP LPSRUWDQWH DVVXQWR GH
GHYHULD VHU WUDWDGR FRPR JHQWH WHU UHFRQKHFLGDV VXD
UHÀH[mR QR FDPSR GD ELRpWLFD TXH HQWUH RXWUDV
questões, dedica-se a LQRFrQFLD H DOPD QD PHGLGD GR SRVVtYHO $ GLVFXVVmR
UHOLJLRVD H MXUtGLFD HP WRUQR GRV OLPLWHV GD OLEHUGDGH
A UHÀHWLU VREUH DV UHODo}HV HQWUH R FRQKHFLPHQWR GD dos índios se confundiu com uma disputa entre
YLGDHRVYDORUHVpWLFRVGRKRPHP MHVXtWDV H FRORQRV 2V SDGUHV VH DSUHVHQWDYDP
B OHJLWLPDURSUHGRPtQLRGDHVSpFLHKXPDQDVREUHDV FRPR GHIHQVRUHV GD OLEHUGDGH HQIUHQWDQGR D FRELoD
demais espécies animais no planeta. desenfreada dos colonos.
C UHODWLYL]DUQRFDVRGDFORQDJHPKXPDQDRXVRGRV
CALDEIRA, J. A nação mercantilista6mR3DXOR(GLWRUD DGDSWDGR 
YDORUHVGHFHUWRHHUUDGRGHEHPHPDO
D legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os (QWUH RV VpFXORV ;9, H ;9,,, RV MHVXtWDV EXVFDUDP
SURFHVVRVGHUHSURGXomRKXPDQDHDQLPDO D FRQYHUVmR GRV LQGtJHQDV DR FDWROLFLVPR (VVD
E fundamentar técnica e economicamente as pesquisas DSUR[LPDomRGRVMHVXtWDVHPUHODomRDRPXQGRLQGtJHQD
VREUHFpOXODVWURQFRSDUDXVRHPVHUHVKXPDQRV foi mediada pela
A demarcação do território indígena.
B manutenção da organização familiar.
C YDORUL]DomRGRVOtGHUHVUHOLJLRVRVLQGtJHQDV
D SUHVHUYDomRGRFRVWXPHGDVPRUDGLDVFROHWLYDV
E FRPXQLFDomRSHODOtQJXDJHUDOEDVHDGDQRWXSL

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 3


*AMAR75SAB4* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 10 2SURFHVVRKLVWóricRFLWDGRFRQWULEXLXSDUDDHFORVmRGD
Primeira Grande Guerra na medida em que
Estatuto da Frente Negra Brasileira (FNB) A difundiu as teorias socialistas.
Art. 1º - Fica fundada nesta cidade de São Paulo, para B acirrou as disputas territoriais.
se irradiar por todo o Brasil, a Frente Negra Brasileira, C superou as crises econômicas.
união política e social da Gente Negra Nacional, para a D PXOWLSOLFRXRVFRQÀLWRVUHOLJLRVRV
D¿UPDomR GRV GLUHLWRV KLVWyULFRV GD PHVPD HP YLUWXGH E FRQWHYHRVVHQWLPHQWRV[HQyIRERV
GD VXD DWLYLGDGH PDWHULDO H PRUDO QR SDVVDGR H SDUD
UHLYLQGLFDomRGHVHXVGLUHLWRVVRFLDLVHSROtWLFRVDWXDLV QUESTÃO 13
QD&RPXQKmR%UDVLOHLUD
Alguns dos desejos são naturais e necessários;
'LiULR2¿FLDOGR(VWDGRGH6mR3DXORQRY outros, naturais e não necessários; outros, nem
4XDQGR IRL IHFKDGD SHOD GLWDGXUD GR (VWDGR 1RYR HP QDWXUDLVQHPQHFHVViULRVPDVQDVFLGRVGHYmRSLQLmR
D)1%FDUDFWHUL]DYDVHFRPRXPDRUJDQL]DomR Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos
não são necessários, mas o seu impulso pode ser
A política, engajada na luta por direitos sociais para a IDFLOPHQWHGHVIHLWRTXDQGRpGLItFLOREWHUVXDVDWLVIDomR
população negra no Brasil. ou parecem geradores de dano.
B EHQH¿FHQWH GHGLFDGD DR DX[tOLR GRV QHJURV SREUHV (3,&852'(6$026'RXWULQDVSULQFLSDLV,Q6$16219)7H[WRVGH¿ORVR¿D.
5LRGH-DQHLUR(GXII
EUDVLOHLURVGHSRLVGDDEROLomR
1RIUDJPHQWRGDREUD¿ORVy¿FDGH(SLFXURRKRPHPWHP
C SDUDPLOLWDUYROWDGDSDUDRDOLVWDPHQWRGHQHJURVQD FRPR¿P
luta contra as oligarquias regionais.
A alcançar o prazer moderado e a felicidade.
D GHPRFUiWLFROLEHUDO HQYROYLGD QD 5HYROXomR
B YDORUL]DURVGHYHUHVHDVREULJDo}HVVRFLDLV
Constitucionalista conduzida a partir de São Paulo.
C DFHLWDU R VRIULPHQWR H R ULJRULVPR GD YLGD FRP
E LQWHUQDFLRQDOLVWD OLJDGD j H[DOWDomR GD LGHQWLGDGH resignação.
das populações africanas em situação de diáspora. D UHÀHWLU VREUH RV YDORUHV H DV QRUPDV GDGDV SHOD
GLYLQGDGH
QUESTÃO 11 E GHIHQGHU D LQGLIHUHQoD H D LPSRVVLELOLGDGH GH VH
DWLQJLURVDEHU
No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados
no centro das cidades é causa da especialização dos QUESTÃO 14
EDLUURV H GH VXD GLIHUHQFLDomR VRFLDO 0XLWDV SHVVRDV
TXHQmRWrPPHLRVGHSDJDURVDOWRVDOXJXpLVGRVEDLUURV
HOHJDQWHV VmR SURJUHVVLYDPHQWH UHMHLWDGDV SDUD D
SHULIHULDFRPRRVVXE~UELRVHRVEDLUURVPDLVDIDVWDGRV
RÉMOND, R. O século XIX6mR3DXOR&XOWUL[ DGDSWDGR 

8PDFRQVHTXrQFLDJHRJUi¿FDGRSURFHVVRVRFLRHVSDFLDO
GHVFULWRQRWH[WRpD
A FULDomRGHFRQGRPtQLRVIHFKDGRVGHPRUDGLD
B GHFDGrQFLDGDViUHDVFHQWUDLVGHFRPpUFLRSRSXODU
C DFHOHUDomRGRSURFHVVRFRQKHFLGRFRPRFHUFDPHQWR
D ampliação do tempo de deslocamento diário da
população.
E contenção da ocupação de espaços sem
infraestrutura satisfatória.
6$1=,25'HWDOKHGRDIUHVFRA Escola de Atenas'LVSRQtYHOHPKWWS¿OFIKXIVFEU
$FHVVRHPPDU
QUESTÃO 12
No centro GD LPDJHP R ¿OyVRIR 3ODWmR p UHWUDWDGR
7UrVGpFDGDV²GHD²VHSDUDPRVpFXOR;,; DSRQWDQGR SDUD R DOWR (VVH JHVWR VLJQL¿FD TXH R
— que terminou com a corrida dos países europeus para a FRQKHFLPHQWR VH HQFRQWUD HP XPD LQVWkQFLD QD TXDO R
ÈIULFDHFRPRVXUJLPHQWRGRVPRYLPHQWRVGHXQL¿FDomR KRPHPGHVFREUHD
nacional na Europa — do século XX, que começou com A VXVSHQVmRGRMXt]RFRPRUHYHODGRUDGDYHUGDGH
a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, B UHDOLGDGHLQWHOLJtYHOSRUPHLRGRPpWRGRGLDOpWLFR
da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos C VDOYDomRGDFRQGLomRPRUWDOSHORSRGHUGH'HXV
empolgantes na Ásia e na África. D HVVrQFLDGDVFRLVDVVHQVtYHLVQRLQWHOHFWRGLYLQR
ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São PaXOR&LDGDV/HWUDV E RUGHPLQWUtQVHFDDRPXQGRSRUPHLRGDVHQVLELOLGDGH

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 4


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QUESTÃO 15 QUESTÃO 17

2V GRLV SULQFLSDLV ULRV TXH DOLPHQWDYDP R 0DU GH


$UDO $PXUGDU\D H 6\GDU\D PDQWLYHUDP R QtYHO H R
YROXPHGRPDUSRUPXLWRVVpFXORV(QWUHWDQWRRSURMHWR
GH HVWDEHOHFHU H H[SDQGLU D SURGXomR GH DOJRGmR
LUULJDGR DXPHQWRX D GHSHQGrQFLD GH YiULDV UHS~EOLFDV
da Ásia Central da irrigação e monocultura. O aumento
GDGHPDQGDUHVXOWRXQRGHVYLRFUHVFHQWHGHiJXDSDUD
D LUULJDomR DFDUUHWDQGR UHGXomR GUiVWLFD GR YROXPH GH
WULEXWiULRVGR0DUGH$UDO)RLFULDGRQDÈVLD&HQWUDOXP
QRYRGHVHUWRFRPPDLVGHPLOK}HVGHKHFWDUHVFRPR
UHVXOWDGRGDUHGXomRHPYROXPH
781',6,-*. Água no século XXIHQIUHntando a escassez. 6mR&DUORV5LPD.

$ LQWHQVD LQWHUIHUrQFLD KXPDQD QD UHJLmR GHVFULWD NEVES, E. Engraxate'LVSRQtYHOHPZZZJUDIDUEORJVSRWFRP$FHVVRHPIHY

SURYRFRX R VXUJLPHQWR GH XPD iUHD GHVpUWLFD HP Considerando-se a dinâmica entre tecnologia e
GHFRUUrQFLDGD RUJDQL]DomR GR WUDEDOKR D UHSUHVHQWDomR FRQWLGD QR
A erosão. cartum é caracterizada pelo pessimismo em relação à
B salinização. A ideia de progresso.
C laterização. B concentração do capital.
D compactação. C QRomRGHVXVWHQWDELOLGDGH
E sedimentação. D organização dos sindicatos.
E REVROHVFrQFLDGRVHTXLSDPHQWRV
QUESTÃO 16
QUESTÃO 18
e R FDUiWHU UDGLFDO GR TXH VH SURFXUD TXH H[LJH D
UDGLFDOL]DomR GR SUySULR SURFHVVR GH EXVFD 6H WRGR R $R GHÀDJUDUVH D FULVH PXQGLDO GH  D VLWXDomR
HVSDoR IRU RFXSDGR SHOD G~YLGD TXDOTXHU FHUWH]D TXH GD HFRQRPLD FDIHHLUD VH DSUHVHQWDYD FRPR VH VHJXH
$ SURGXomR TXH VH HQFRQWUDYD HP DOWRV QtYHLV
aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada
teria que seguir crescendo, pois os produtores
SHOD SUySULD G~YLGD H QmR VHUi VHJXUDPHQWH QHQKXPD
KDYLDP FRQWLQXDGR D H[SDQGLU DV SODQWDo}HV DWp
GDTXHODV TXH IRUDP DQWHULRUPHQWH YDUULGDV SRU HVVD DTXHOH PRPHQWR &RP HIHLWR D SURGXomR Pi[LPD
PHVPDG~YLGD VHULD DOFDQoDGD HP  RX VHMD QR SRQWR PDLV EDL[R
SILVA, F. L. DescartesDPHWDItVLFDGDPRGHUQLGDGH GD GHSUHVVmR FRPR UHÀH[R GDV JUDQGHV SODQWDo}HV GH
6mR3DXOR0RGHUQD DGDSWDGR   (QWUHWDQWR HUD WRWDOPHQWH LPSRVVtYHO REWHU
Apesar de questionarRVFRQFHLWRVGDWUDGLomRDG~YLGD FUpGLWR QR H[WHULRU SDUD ¿QDQFLDU D UHWHQomR GH QRYRV
estoques, pois o mercado internacional de capitais
UDGLFDO GD ¿ORVR¿D FDUWHVLDQD WHP FDUiWHU SRVLWLYR SRU
VH HQFRQWUDYD HP SURIXQGD GHSUHVVmR H R FUpGLWR GR
FRQWULEXLUSDUDR D
JRYHUQRGHVDSDUHFHUDFRPDHYDSRUDomRGDVUHVHUYDV
A GLVVROXomRGRVDEHUFLHQWt¿FR )857$'2&Formação econômica do Brasil6mR3DXOR
&LD(GLWRUD1DFLRQDO DGDSWDGR 
B recuperação dos antigos juízos.
C H[DOWDomRGRSHQVDPHQWRFOiVVLFR 8PD UHVSRVWD GR (VWDGR EUDVLOHLUR j FRQMXQWXUD
HFRQ{PLFDPHQFLRQDGDIRLR D
D VXUJLPHQWRGRFRQKHFLPHQWRLQDEDOiYHO
A atração de empresas estrangeiras.
E fortalecimento dos preconceitos religiosos.
B reformulação do sistema fundiário.
C LQFUHPHQWRGDPmRGHREUDLPLJUDQWH
D GHVHQYROYLPHQWRGHSROtWLFDLQGXVWULDO
E ¿QDQFLDPHQWRGHSHTXHQRVDJULFXOWRUHV

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 5


*AMAR75SAB6* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 19 QUESTÃO 21

TEXTO I
2OKDPRV R KRPHP DOKHLR jV DWLYLGDGHV S~EOLFDV
não como alguém que cuida apenas de seus próprios
interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses,
GHFLGLPRV DV TXHVW}HV S~EOLFDV SRU QyV PHVPRV QD
FUHQoDGHTXHQmRpRGHEDWHTXHpHPSHFLOKRjDomRH
VLPRIDWRGHQmRVHHVWDUHVFODUHFLGRSHORGHEDWHDQWHV
GHFKHJDUDKRUDGDDomR
78&Ë','(6História da Guerra do Peloponeso%UDVtOLD8Q% DGDSWDGR 

TEXTO II
8PFLGDGmRLQWHJUDOSRGHVHUGH¿QLGRSRUQDGDPDLV
nada menos que pelo direito de administrar justiça e
H[HUFHU IXQo}HV S~EOLFDV DOJXPDV GHVWDV WRGDYLD VmR
OLPLWDGDVTXDQWRDRWHPSRGHH[HUFtFLRGHWDOPRGRTXH
QmR SRGHP GH IRUPD DOJXPD VHU H[HUFLGDV GXDV YH]HV
SHODPHVPDSHVVRDRXVRPHQWHSRGHPVrORGHSRLVGH
FHUWRVLQWHUYDORVGHWHPSRSUH¿[DGRV
ARISTÓTELES. Política%UDVtOLD8Q%

3$,9$0'LVSRQtYHOHPZZZUHGHVXQEEU$FHVVRHPPDLR
&RPSDUDQGR RV WH[WRV , H ,, WDQWR SDUD 7XFtGLGHV
$GLVFXVVmROHYDQWDGDQDFKDUJHSXEOLFDGDORJRDSyVD QRVpFXOR9D& TXDQWRSDUD$ULVWyWHOHV QRVpFXOR,9D& 
promulgação da &RQVWLWXLomRGHID]UHIHUrQFLDDR DFLGDGDQLDHUDGH¿QLGDSHOR D
VHJXLQWHFRQMXQWRGHGLUHLWRV A prestígio social.
A &LYLVFRPRRGLUHLWRjYLGDjOLEHUGDGHGHH[SUHVVmR B acúmulo de riqueza.
e à propriedade. C participação política.
B 6RFLDLV FRPR GLUHLWR j HGXFDomR DR WUDEDOKR H j D local de nascimento.
proteção à maternidade e à infância.
E grupo de parentesco.
C 'LIXVRV FRPR GLUHLWR j SD] DR GHVHQYROYLPHQWR
VXVWHQWiYHOHDRPHLRDPELHQWHVDXGiYHO QUESTÃO 22
D &ROHWLYRV FRPR GLUHLWR j RUJDQL]DomR VLQGLFDO j
SDUWLFLSDomRSDUWLGiULDHjH[SUHVVmRUHOLJLRVD $QWHVGHRVROFRPHoDUDHVTXHQWDUDVWHUUDVGDIDL[D
DRVXOGR6DDUDFRQKHFLGDFRPR6DKHOGXDVGH]HQDVGH
E 3ROtWLFRV FRPR R GLUHLWR GH YRWDU H VHU YRWDGR j PXOKHUHVGDDOGHLDGH:LGRXQRQRUWHGR6HQHJDOUHJDP
VREHUDQLDSRSXODUHjSDUWLFLSDomRGHPRFUiWLFD D KRUWD FXMDV IUXWDV H YHUGXUDV DOLPHQWDP D SRSXODomR
QUESTÃO 20 ORFDOeXPSHTXHQRWHUUHQRTXHYLVWRGRFpXIRUPDXPD
PDQFKDYHUGH²XPGRVSULPHLURVSHGDoRVGD³*UDQGH
7RGRKRPHPGHERPMXt]RGHSRLVTXHWLYHUUHDOL]DGR 0XUDOKD 9HUGH´ EDUUHLUD YHJHWDO TXH VH HVWHQGHUi SRU
VXDYLDJHPUHFRQKHFHUiTXHpXPPLODJUHPDQLIHVWRWHU   NP GR 6HQHJDO DR 'MLEXWL H p SDUWH GH XP SODQR
podido escapar de todos os perigos que se apresentam FRQMXQWRGHYLQWHSDtVHVDIULFDQRV
HP VXD SHUHJULQDomR WDQWR PDLV TXH Ki WDQWRV RXWURV *,25*,-0XUDOKDYHUGHFolha de S. PauloPDLR DGDSWDGR 

acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria


2 SURMHWR DPELHQWDO GHVFULWR SURSRUFLRQD D VHJXLQWH
FRLVD SDYRURVD jTXHOHV TXH Dt QDYHJDP TXHUHU S{ORV
FRQVHTXrQFLDUHJLRQDOLPHGLDWD
WRGRV GLDQWH GRV ROKRV TXDQGR TXHUHP HPSUHHQGHU
VXDVYLDJHQV A Facilita as trocas comerciais.
-37+LVWRLUHGHSOXVLHXUVYR\DJHVDYHQWXUHX[,Q'(/80($8-História do B 6ROXFLRQDRVFRQÀLWRVIXQGLiULRV
medo no Ocidente6mR3DXOR&LDGDV/HWUDV DGDSWDGR 
C 5HVWULQJHDGLYHUVLGDGHELROyJLFD
(VVH UHODWR DVVRFLDGR DR LPDJLQiULR GDV YLDJHQV
D )RPHQWDDDWLYLGDGHGHSDVWRUHLR
PDUtWLPDVGDpSRFDPRGHUQDH[SUHVVDXPVHQWLPHQWRGH
E (YLWDDH[SDQVmRGDGHVHUWL¿FDomR
A JRVWRSHODDYHQWXUD
B fascínio pelo fantástico.
C WHPRUGRGHVFRQKHFLGR
D interesse pela natureza.
E purgação dos pecados.

&+žGLD_&DGHUQR$0$5(/23iJLQD
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QUESTÃO 23

Fon-Fon!DQR,9QVHW'LVSRQtYHOHPREMGLJLWDOEQEU$FHVVRHPDEU

$FKDUJHGDWDGDGHDRUHWUDWDUDLPSODQWDomRGDUHGHWHOHI{QLFDQR%UDVLOLQGLFDTXHHVWD
A SHUPLWLULDDRVtQGLRVVHDSURSULDUHPGDWHOHIRQLDPyYHO
B DPSOLDULDRFRQWDWRHQWUHDGLYHUVLGDGHGHSRYRVLQGtJHQDV
C faria a comunicação sem ruídos entre grupos sociais distintos.
D restringiria a sua área de atendimento aos estados do norte do país.
E SRVVLELOLWDULDDLQWHJUDomRGDVGLIHUHQWHVUHJL}HVGRWHUULWyULRQDFLRQDO

QUESTÃO 24

6RXXPDSREUHHYHOKDPXOKHU
0XLWRLJQRUDQWHTXHQHPVDEHOHU
0RVWUDUDPPHQDLJUHMDGDPLQKDWHUUD
8P3DUDtVRFRPKDUSDVSLQWDGR
(R,QIHUQRRQGHIHUYHPDOPDVGDQDGDV
8PHQFKHPHGHM~ELORRRXWURPHDWHUUD
9,//21),Q*20%5,&+(História da arte/LVERD/7&

2VYHUVRVGRSRHWDIUDQFrV)UDQoRLV9LOORQID]HPUHIHUrQFLDjVLPDJHQVSUHVHQWHVQRVWHPSORVFDWyOLFRVPHGLHYDLV
1HVVHFRQWH[WRDVLPDJHQVHUDPXVDGDVFRPRREMHWLYRGH
A UH¿QDURJRVWRGRVFULVWmRV
B LQFRUSRUDULGHDLVKHUpWLFRV
C HGXFDURV¿pLVDWUDYpVGRROKDU
D GLYXOJDUDJHQLDOLGDGHGRVDUWLVWDVFDWyOLFRV
E YDORUL]DUHVWHWLFDPHQWHRVWHPSORVUHOLJLRVRV

&+žGLD_&DGHUQR$0$5(/23iJLQD
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QUESTÃO 25 QUESTÃO 27

'LVSRQtYHOHPZZZEDQNWUDFNRUJ$FHVVRHPPDLR DGDSWDGR 

A imagem indica SRQWRV FRP DWLYR XVR GH WHFQRORJLD


FRUUHVSRQGHQWHV D TXH SURFHVVR GH LQWHUYHQomR QR
espaço?
A ([SDQVmRGDViUHDVDJULFXOWiYHLVFRPXVRLQWHQVLYR
de maquinário e insumos agrícolas.
B 5HFXSHUDomRGHiJXDVHXWUR¿]DGDVHPGHFRUUrQFLD
da contaminação por esgoto doméstico.
C Ampliação da capacidade de geração de energia,
com alteração do ecossistema local.
D ,PSHUPHDELOL]DomRGRVRORSHODFRQVWUXomRFLYLOQDV
iUHDVGHH[SDQVmRXUEDQD
E Criação recente de grandes parques industriais de
mediano potencial poluidor.
'LVSRQtYHOHPZZZWHOHVFRSLRQDHVFRODSUREU$FHVVRHPDEU DGDSWDGR 
QUESTÃO 26
A partir da análise da imagem, o aparecimento da Dorsal
$FRQYHFomRQD5HJLmR$PD]{QLFDpXPLPSRUWDQWH 0HVRDWOkQWLFDHVWiDVVRFLDGDDR j
PHFDQLVPR GD DWPRVIHUD WURSLFDO H VXD YDULDomR
em termos de intensidade e posição, tem um papel A separação da Pangeia a partir do período Permiano.
importante na determinação do tempo e do clima dessa B deslocamento de fraturas no período Triássico.
UHJLmR $ QHEXORVLGDGH H R UHJLPH GH SUHFLSLWDomR C afastamento da Europa no período Jurássico.
determinam o clima amazônico. D formação do Atlântico Sul no período Cretáceo.
),6&+*0$5(1*2-$12%5(&$8PDUHYLVmRJHUDOVREUHRFOLPDGD$PD]{QLD E FRQVWLWXLomRGHRURJrQHVHVQRSHUtRGR4XDWHUQiULR
Acta AmazônicaYQ DGDSWDGR 

O mecanismo climático regional descrito está associado


à característica do espaço físico de
A resfriamento da umidade da superfície.
B YDULDomRGDDPSOLWXGHGHWHPSHUDWXUD
C GLVSHUVmRGRVYHQWRVFRQWUDDOtVLRV
D H[LVWrQFLDGHEDUUHLUDVGHUHOHYR
E FRQYHUJrQFLDGHÀX[RVGHDU

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 8


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QUESTÃO 28 QUESTÃO 29

$ &RPLVVmR 1DFLRQDO GD 9HUGDGH &19  UHXQLX $ILORVRILDHQFRQWUDVHHVFULWDQHVWHJUDQGHOLYUR


UHSUHVHQWDQWHV GH FRPLVV}HV HVWDGXDLV H GH YiULDV TXH FRQWLQXDPHQWH VH DEUH SHUDQWH QRVVRV ROKRV
LQVWLWXLo}HV SDUD DSUHVHQWDU XP EDODQoR GRV WUDEDOKRV LVWR p R XQLYHUVR  TXH QmR VH SRGH FRPSUHHQGHU
feitos e assinar termos de cooperação com quatro DQWHV GH HQWHQGHU D OtQJXD H FRQKHFHU RV FDUDFWHUHV
com os quais está escrito. Ele está escrito em
organizações. O coordenador da CNV estima que, até
língua matemática, os caracteres são triângulos,
RPRPHQWRDFRPLVVmRH[DPLQRX³SRUEDL[R´FHUFDGH
FLUFXQIHUrQFLDV H RXWUDV ¿JXUDV JHRPpWULFDV VHP
 PLOK}HV GH SiJLQDV GH GRFXPHQWRV H IH] FHQWHQDV FXMRV PHLRV p LPSRVVtYHO HQWHQGHU KXPDQDPHQWH DV
GHHQWUHYLVWDV SDODYUDV VHP HOHV YDJDPRV SHUGLGRV GHQWUR GH XP
'LVSRQtYHOHPZZZMEFRPEU$FHVVRHPPDU DGDSWDGR  REVFXURODELULQWR
GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores6mR3DXOR$EULO&XOWXUDO
$ QRWtFLD GHVFUHYHXPDLQLFLDWLYDGR(VWDGRTXHUHVXOWRX
GDDomRGHGLYHUVRVPRYLPHQWRVVRFLDLVQR%UDVLOGLDQWH 1R FRQWH[WR GD 5HYROXomR &LHQWt¿FD GR VpFXOR ;9,,
GHHYHQWRVRFRUULGRVHQWUHH2REMHWLYRGHVVD DVVXPLUDSRVLomRGH*DOLOHXVLJQL¿FDYDGHIHQGHUD
LQLFLDWLYDp A FRQWLQXLGDGHGRYtQFXORHQWUHFLrQFLDHIpGRPLQDQWH
A DQXODUDDQLVWLDFRQFHGLGDDRVFKHIHVPLOLWDUHV na Idade Média.
B UHYHUDVFRQGHQDo}HVMXGLFLDLVDRVSUHVRVSROtWLFRV B QHFHVVLGDGHGHRHVWXGROLQJXtVWLFRVHUDFRPSDQKDGR
GRH[DPHPDWHPiWLFR
C SHUGRDU RV FULPHV DWULEXtGRV DRV PLOLWDQWHV
C RSRVLomRGDQRYDItVLFDTXDQWLWDWLYDDRVSUHVVXSRVWRV
esquerdistas.
GD¿ORVR¿DHVFROiVWLFD
D FRPSURYDU R DSRLR GD VRFLHGDGH DRV JROSLVWDV
D LPSRUWkQFLD GD LQGHSHQGrQFLD GD LQYHVWLJDomR
anticomunistas. FLHQWt¿FDSUHWHQGLGDSHOD,JUHMD
E HVFODUHFHUDVFLUFXQVWkQFLDVGHYLRODo}HVDRVGLUHLWRV E LQDGHTXDomR GD PDWHPiWLFD SDUD HODERUDU XPD
KXPDQRV H[SOLFDomRUDFLRQDOGDQDWXUH]D

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 9


*AMAR75SAB10* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 30 QUESTÃO 32
$ WUDQVIHUrQFLD GD FRUWH WURX[H SDUD D $PpULFD
SRUWXJXHVDDIDPtOLDUHDOHRJRYHUQRGD0HWUySROH7URX[H
WDPEpPHVREUHWXGRERDSDUWHGRDSDUDWRDGPLQLVWUDWLYR
SRUWXJXrV3HUVRQDOLGDGHVGLYHUVDVHIXQFLRQiULRVUpJLRV
FRQWLQXDUDPHPEDUFDQGRSDUDR%UDVLODWUiVGDFRUWHGRV
seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.
129$,6)$$/(1&$6752/) 2UJ História da vida privada no Brasil.
6mR3DXOR&LDGDV/HWUDV

Os fatos apresentados se relacionam ao processo de


LQGHSHQGrQFLDGD$PpULFDSRUWXJXHVDSRUWHUHP
A LQFHQWLYDGRRFODPRUSRSXODUSRUOLEHUGDGH
B enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
C PRWLYDGRDVUHYROWDVHVFUDYDVFRQWUDDHOLWHFRORQLDO
D REWLGRRDSRLRGRJUXSRFRQVWLWXFLRQDOLVWDSRUWXJXrV
E SURYRFDGRRVPRYLPHQWRVVHSDUDWLVWDVGDVSURYtQFLDV

QUESTÃO 31
5HVSHLWDU D GLYHUVLGDGH GH FLUFXQVWkQFLDV HQWUH
as pequenas sociedades locais que constituem uma
PHVPDQDFLRQDOLGDGHWDOGHYHVHUDUHJUDVXSUHPDGDV
leis internas de cada Estado. As leis municipais seriam
DV FDUWDV GH FDGD SRYRDomR GRDGDV SHOD DVVHPEOHLD
SURYLQFLDO DODUJDGDV FRQIRUPH R VHX GHVHQYROYLPHQWR
DOWHUDGDV VHJXQGR RV FRQVHOKRV GD H[SHULrQFLD (QWmR
DGPLQLVWUDUVHLDGHSHUWRJRYHUQDUVHLDGHORQJHDOYR
a que jamais se atingirá de outra sorte. De volta do Paraguai
BASTOS, T. A província (1870)6mR3DXOR&LD(GLWRUD1DFLRQDO DGDSWDGR 
&KHLR GH JOyULD FREHUWR GH ORXURV GHSRLV GH
O discurso do autor, no período do Segundo Reinado no ter derramado seu sangue em defesa da pátria e
%UDVLOWLQKDFRPRPHWDDLPSODQWDomRGR OLEHUWDGRXPSRYRGDHVFUDYLGmRRYROXQWiULRYROWD
A UHJLPHPRQiUTXLFRUHSUHVHQWDWLYR DRVHXSDtVQDWDOSDUDYHUVXDPmHDPDUUDGDDXP
WURQFRKRUUtYHOGH UHDOLGDGH
B sistema educacional democrático.
C modelo territorial federalista. $*267,1,$YLGDÀXPLQHQVHDQRQMXQ,Q/(0265 2UJ 
Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001)5LRGH-DQHLUR
D padrão político autoritário. /HWUDV ([SUHVV}HV DGDSWDGR 

E poder oligárquico regional. 1D FKDUJH LGHQWL¿FDVH XPD FRQWUDGLomR QR UHWRUQR GH
SDUWHGRV³9ROXQWiULRVGD3iWULD´TXHOXWDUDPQD*XHUUD
GR3DUDJXDL  HYLGHQFLDGDQD
A QHJDomRGDFLGDGDQLDDRVIDPLOLDUHVFDWLYRV
B FRQFHVVmRGHDOIRUULDVDRVPLOLWDUHVHVFUDYRV
C SHUVHJXLomRGRVHVFUDYLVWDVDRVVROGDGRVQHJURV
D punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente.
E suspensão das indenizações aos proprietários
prejudicados.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 10


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QUESTÃO 33 QUESTÃO 35

2 SUREOHPD FHQWUDO D VHU UHVROYLGR SHOR 1RYR (P  R SUHVLGHQWH 'H *DXOOH DSHORX FRP r[LWR
Regime era a organização de outro pacto de poder que aos recrutas franceses contra o golpe militar dos seus
SXGHVVHVXEVWLWXLURDUUDQMRLPSHULDOFRPJUDXVX¿FLHQWH FRPDQGDGRV SRUTXH RV VROGDGRV SRGLDP RXYLOR HP
GH HVWDELOLGDGH 2 SUySULR SUHVLGHQWH &DPSRV 6DOHV
UiGLRV SRUWiWHLV 1D GpFDGD GH  RV GLVFXUVRV GR
UHVXPLXFODUDPHQWHVHXREMHWLYR³eGHOiGRVHVWDGRV
TXH VH JRYHUQD D 5HS~EOLFD SRU FLPD GDV PXOWLG}HV DLDWROi .KRPHLQL OtGHU H[LODGR GD IXWXUD 5HYROXomR
TXHWXPXOWXDPDJLWDGDVQDVUXDVGDFDSLWDOGD8QLmR ,UDQLDQDHUDPJUDYDGRVHP¿WDPDJQpWLFDHSURQWDPHQWH
$SROtWLFDGRVHVWDGRVpDSROtWLFDQDFLRQDO´ OHYDGRVSDUDR,UmFRSLDGRVHGLIXQGLGRV
CARVALHO, J. M. Os BestializadosR5LRGH-DQHLURHD5HS~EOLFDTXHQmRIRL +2%6%$:0(Era dos extremosREUHYHVpFXOR;;  
6mR3DXOR&RPSDQKLDGDV/HWUDV DGDSWDGR  6mR3DXOR&LDGDV/HWUDV

1HVVDFLWDomRRSUHVLGHQWHGR%UDVLOQRSHUtRGRH[SUHVVD 2VH[HPSORVPHQFLRQDGRVQRWH[WRHYLGHQFLDPXPXVR
uma estratégia política no sentido de GRVPHLRVGHFRPXQLFDomRLGHQWL¿FDGRQD
A JRYHUQDUFRPDDGHVmRSRSXODU A PDQLSXODomRGDYRQWDGHSRSXODU
B atrair o apoio das oligarquias regionais. B SURPRomRGDPRELOL]DomRSROtWLFD
C conferir maior autonomia às prefeituras. C LQVXERUGLQDomRGDVWURSDVPLOLWDUHV
D GHPRFUDWL]DURSRGHUGRJRYHUQRFHQWUDO D LPSODQWDomRGHJRYHUQRVDXWRULWiULRV
E DPSOLDUDLQÀXrQFLDGDFDSLWDOQRFHQiULRQDFLRQDO E YDORUL]DomRGRVVRFLDOPHQWHGHVIDYRUHFLGRV
QUESTÃO 34 QUESTÃO 36
A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que começa TEXTO I
a ser construída apenas em 1905, foi criada, ao contrário O presidente do jornal de maior circulação do país
GDV RXWUDV JUDQGHV IHUURYLDV SDXOLVWDV SDUD VHU XPD GHVWDFDYD WDPEpP RV DYDQoRV HFRQ{PLFRV REWLGRV
IHUURYLD GH SHQHWUDomR EXVFDQGR QRYDV iUHDV SDUD D QDTXHOHV YLQWH DQRV PDV DR MXVWL¿FDU VXD DGHVmR DRV
DJULFXOWXUD H SRYRDPHQWR $Wp  R FDIp HUD TXHP PLOLWDUHV HP  GHL[DYD FODUD VXD FUHQoD GH TXH D
GLWDYD R WUDoDGR GDV IHUURYLDV TXH HUDP YLVWDV DSHQDV LQWHUYHQomR IRUD LPSUHVFLQGtYHO SDUD D PDQXWHQomR GD
FRPRDX[LOLDGRUDVGDSURGXomRFDIHHLUD democracia.
CARVALHO, D. F. Café, ferrovias e crescimento populacionalRÀRUHVFLPHQWRGDUHJLmR
QRURHVWHSDXOLVWD'LVSRQtYHOHPZZZKLVWRULFDDUTXLYRHVWDGRVSJRYEU 'LVSRQtYHOHPKWWSRJORERJORERFRP$FHVVRHPVHW DGDSWDGR 
$FHVVRHPDJR

TEXTO II
(VVD QRYD RULHQWDomR GDGD j H[SDQVmR IHUURYLiULD
GXUDQWHD3ULPHLUD5HS~EOLFDWLQKDFRPRREMHWLYRD Nada pode ser colocado em compensação à
SHUGDGDVOLEHUGDGHVLQGLYLGXDLV1mRH[LVWHQDGDGHERP
A DUWLFXODomRGHSRORVSURGXWRUHVSDUDH[SRUWDomR quando se aceita uma solução autoritária.
B FULDomRGHLQIUDHVWUXWXUDSDUDDWLYLGDGHLQGXVWULDO FICO, C. A educação e o golpe de 1964'LVSRQtYHOHPZZZEUDVLOUHFHQWHFRP
$FHVVRHPDEU DGDSWDGR 
C integração de pequenas propriedades policultoras.
D YDORUL]DomRGHUHJL}HVGHEDL[DGHQVLGDGHGHPRJUi¿FD (PERUDHQIDWL]HPDGHIHVDGDGHPRFUDFLDDVYLV}HVGR
PRYLPHQWRSROtWLFRPLOLWDUGHGLYHUJHPDRIRFDUHP
E SURPRomR GH ÀX[RV PLJUDWyULRV GR FDPSR SDUD D
UHVSHFWLYDPHQWH
cidade.
A 5D]}HVGH(VWDGR²6REHUDQLDSRSXODU
B 2UGHQDomRGD1DomR²3UHUURJDWLYDVUHOLJLRVDV
C ,PSRVLomRGDV)RUoDV$UPDGDV²'HYHUHVVRFLDLV
D Normatização do Poder Judiciário — Regras morais.
E &RQWHVWDomR GR VLVWHPD GH JRYHUQR ² 7UDGLo}HV
culturais.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 11


*AMAR75SAB12* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 37

Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro


2PRGRDUWHVDQDOGDIDEULFDomRGRTXHLMRHP0LQDV*HUDLVIRLUHJLVWUDGRQHVWDTXLQWDIHLUD  FRPRSDWULP{QLR
FXOWXUDOLPDWHULDOEUDVLOHLURSHOR&RQVHOKR&RQVXOWLYRGR,QVWLWXWRGR3DWULP{QLR+LVWyULFRH$UWtVWLFR1DFLRQDO ,SKDQ 
2YHUHGLFWRIRLGDGRHPUHXQLmRGRFRQVHOKRUHDOL]DGDQR0XVHXGH$UWHVH2ItFLRVHP%HOR+RUL]RQWH2SUHVLGHQWH
GR,SKDQHGRFRQVHOKRUHVVDOWRXTXHDWpFQLFDGHIDEULFDomRDUWHVDQDOGRTXHLMRHVWi³LQVHULGDQDFXOWXUDGRTXHp
VHUPLQHLUR´ Folha de S. Paulo, 15 maio 2008.

(QWUH RV EHQV TXH FRPS}HP R SDWULP{QLR QDFLRQDO R TXH SHUWHQFH j PHVPD FDWHJRULD FLWDGD QR WH[WR HVWi
UHSUHVHQWDGRHP

A D

0RVWHLURGH6mR%HQWR 5- &RQMXQWR DUTXLWHW{QLFR H XUEDQtVWLFR GD FLGDGH


GH2XUR3UHWR 0*

B E

6tWLR DUTXHROyJLFR H SDLVDJtVWLFR GD ,OKD GR


&DPSHFKH 6&
Tiradentes esquartejado  GH3HGUR$PpULFR

2ItFLRGDVSDQHOHLUDVGH*RLDEHLUDV (6

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 12


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QUESTÃO 38

'LVSRQtYHOHPZZZLSHDJRYEU$FHVVRHPDJR

Na imagem, é ressaltado, em tom mais escuro, um grupo de países que na atualidade possuem características
político-econômicas comuns, no sentido de
A DGRWDUHPROLEHUDOLVPRSROtWLFRQDGLQkPLFDGRVVHXVVHWRUHVS~EOLFRV
B FRQVWLWXtUHPPRGHORVGHDo}HVGHFLVyULDVYLQFXODGDVjVRFLDOGHPRFUDFLD
C LQVWLWXtUHPIyUXQVGHGLVFXVVmRVREUHLQWHUFkPELRPXOWLODWHUDOGHHFRQRPLDVHPHUJHQWHV
D SURPRYHUHPDLQWHJUDomRUHSUHVHQWDWLYDGRVGLYHUVRVSRYRVLQWHJUDQWHVGHVHXVWHUULWyULRV
E DSUHVHQWDUHPXPDIUHQWHGHGHVDOLQKDPHQWRSROtWLFRDRVSRORVGRPLQDQWHVGRVLVWHPDPXQGR

QUESTÃO 39

'LVSRQtYHOHPKWWSV\VVEJIRUJEU $FHVVRHPPDLR DGDSWDGR 

$SUHVHUYDomRGDVXVWHQWDELOLGDGHGRUHFXUVRQDWXUDOH[SRVWRSUHVVXS}H
A impedir a perfuração de poços.
B FRLELURXVRSHORVHWRUUHVLGHQFLDO
C VXEVWLWXLUDVOHLVDPELHQWDLVYLJHQWHV
D reduzir o contingente populacional na área.
E LQWURGX]LUDJHVWmRSDUWLFLSDWLYDHQWUHRVPXQLFtSLRV

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 13


*AMAR75SAB14* 2014 Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br

QUESTÃO 40

Região Metropolitana
de Belo Horizonte

Confins

Ribeirão Vespasiano
das Santa Luzia
Neves

Contagem Sabará
Belo Horizonte
Betim

Ibirité

Nova Lima

Saldo do
deslocamento Fluxo de pessoas

–75 275 a –31 400 15 000 a 31 400


–31 399 a 0 31 401 a 58 300
0 a 19 168 58 301 a 103 200
Itabirito
19 169 a 293 119 limite de município

Nota: O saldo considera apenas as pessoas que se deslocavam para o trabalho e retornavam aos seus municípios diariamente.

BRASIL. IBGE. $WODVGRFHQVRGHPRJUi¿FR DGDSWDGR 

2ÀX[RPLJUDWyULRUHSUHVHQWDGRHVWiDVVRFLDGRDRSURFHVVRGH
A fuga de áreas degradadas.
B LQYHUVmRGDKLHUDUTXLDXUEDQD
C EXVFDSRUDPHQLGDGHVDPELHQWDLV
D FRQXUEDomRHQWUHPXQLFtSLRVFRQWtJXRV
E GHVFRQFHQWUDomRGRVLQYHVWLPHQWRVSURGXWLYRV

QUESTÃO 41

$XUEDQL]DomREUDVLOHLUDQRLQtFLRGDVHJXQGDPHWDGHGRVpFXOR;;SURPRYHXXPDUDGLFDODOWHUDomRQDVFLGDGHV
5XDVIRUDPDODUJDGDVW~QHLVHYLDGXWRVIRUDPFRQVWUXtGRV2ERQGHIRLDSULPHLUDYtWLPDIDWDO2GHVWLQRGRVLVWHPD
IHUURYLiULRQmRIRLPXLWRGLIHUHQWH2WUDQVSRUWHFROHWLYRVDLXGH¿QLWLYDPHQWHGRVWULOKRV
JANOT, L. F. A caminho de Guaratiba'LVSRQtYHOHPZZZLDERUJEU$FHVVRHPMDQ DGDSWDGR 

$UHODomRHQWUHWUDQVSRUWHVHXUEDQL]DomRpH[SOLFDGDQRWH[WRSHOD
A UHWLUDGDGRVLQYHVWLPHQWRVHVWDWDLVDSOLFDGRVHPWUDQVSRUWHGHPDVVD
B GHPDQGDSRUWUDQVSRUWHLQGLYLGXDORFDVLRQDGDSHODH[SDQVmRGDPDQFKDXUEDQD
C SUHVHQoDKHJHP{QLFDGRWUDQVSRUWHDOWHUQDWLYRORFDOL]DGRQDVSHULIHULDVGDVFLGDGHV
D DJORPHUDomRGRHVSDoRXUEDQRPHWURSROLWDQRLPSHGLQGRDFRQVWUXomRGRWUDQVSRUWHPHWURYLiULR
E SUHGRPLQkQFLDGRWUDQVSRUWHURGRYLiULRDVVRFLDGRjSHQHWUDomRGDVPXOWLQDFLRQDLVDXWRPRELOtVWLFDV

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 14


Prova disponível em: www.vestibulandoweb.com.br 2014 *AMAR75SAB15*
QUESTÃO 42 QUESTÃO 44

0DVSODQWDUSUDGLYLGLU TEXTO I
Não faço mais isso, não.
(XVRXXPSREUHFDERFOR
*DQKRDYLGDQDHQ[DGD
2TXHHXFROKRpGLYLGLGR
Com quem não planta nada.
Se assim continuar
YRXGHL[DURPHXVHUWmR
PHVPRRVROKRVFKHLRVG¶iJXD
e com dor no coração.
Vou pro Rio carregar massas
pros pedreiros em construção. 'LVSRQtYHOHPKWWSWZLVWHGVLIWHUFRP$FHVVRHPQRY DGDSWDGR 

'HXVDWpHVWiDMXGDQGR
HVWiFKRYHQGRQRVHUWmR TEXTO II
0DVSODQWDUSUDGLYLGLU $ËQGLDGHXXPSDVVRDOWRQRVHWRUGHWHOHDWHQGLPHQWR
Não faço mais isso, não. SDUDSDtVHVPDLVGHVHQYROYLGRVFRPRRV(VWDGRV8QLGRV
9$/(-$48,12-%Sina de caboclo. 6mR3DXOR3RO\JUDP IUDJPHQWR  e as nações europeias. Atualmente mais de 245 mil
indianos realizam ligações para todas as partes do mundo
1R WUHFKR GD FDQomR FRPSRVWD QD GpFDGD GH 
D¿PGHRIHUHFHUFDUW}HVGHFUpGLWRVRXWHOHIRQHVFHOXODUHV
UHWUDWDVHDLQVDWLVIDomRGRWUDEDOKDGRUUXUDOFRP RXFREUDUFRQWDVHPDWUDVR
A DGLVWULEXLomRGHVLJXDOGDSURGXomR 'LVSRQtYHOHPZZZFRQHFWDFDOOFHQWHUFRPEU$FHVVRHPQRY DGDSWDGR 

B RV¿QDQFLDPHQWRVIHLWRVDRSURGXWRUUXUDO $RUHODFLRQDURVWH[WRVDH[SOLFDomRSDUDRSURFHVVRGH
C DDXVrQFLDGHHVFRODVWpFQLFDVQRFDPSR WHUULWRULDOL]DomRGHVFULWRHVWiQR D
D RVHPSHFLOKRVDGYLQGRVGDVVHFDVSURORQJDGDV A aceitação das diferenças culturais.
E DSUHFDULHGDGHGHLQVXPRVQRWUDEDOKRGRFDPSR B DGHTXDomRGDSRVLomRJHRJUi¿FD
C incremento do ensino superior.
QUESTÃO 43
D qualidade da rede logística.
O cidadão norte-americano desperta num leito E FXVWRGDPmRGHREUDORFDO
FRQVWUXtGRVHJXQGRSDGUmRRULJLQiULRGR2ULHQWH3Uy[LPR
PDV PRGL¿FDGR QD (XURSD 6HWHQWULRQDO DQWHV GH VHU QUESTÃO 45
WUDQVPLWLGR j $PpULFD 6DL GHEDL[R GH FREHUWDV IHLWDV 2 MRYHP HVSDQKRO 'DQLHO VH VHQWH SHUGLGR
GH DOJRGmR FXMD SODQWD VH WRUQRX GRPpVWLFD QD ËQGLD 6HX GLSORPD GH GHVHQKLVWD LQGXVWULDO H VHX DOWR
No restaurante, toda uma série de elementos tomada de FRQKHFLPHQWR GH LQJOrV GHYHP DMXGiOR D WRPDU XP
empréstimo o espera. O prato é feito de uma espécie de UXPR 0DV D WD[D GH GHVHPSUHJR TXH VXSHUD 
FHUkPLFDLQYHQWDGDQD&KLQD$IDFDpGHDoROLJDIHLWD HQWUH RV TXH WrP PHQRV GH  DQRV R GHVQRUWHLD
SHODSULPHLUDYH]QDËQGLDGR6XORJDUIRpLQYHQWDGR (OH HVWi FRQYHQFLGR GH TXH VHX IXWXUR SURILVVLRQDO
QD,WiOLDPHGLHYDODFROKHUYHPGHXPRULJLQDOURPDQR QmRHVWiQD(VSDQKDFRPRRGHSHORPHQRVPLO
/r QRWtFLDV GR GLD LPSUHVVDV HP FDUDFWHUHV LQYHQWDGRV conterrâneos que emigraram nos últimos dois anos.
SHORVDQWLJRVVHPLWDVHPPDWHULDOLQYHQWDGRQD&KLQDH 2LUPmRGHOHTXHpHQJHQKHLURDJU{QRPRFRQVHJXLX
HPSUHJR QR &KLOH $WXDOPHQWH 'DQLHO SDUWLFLSD GH
SRUXPSURFHVVRLQYHQWDGRQD$OHPDQKD
XPD³RILFLQDGHSURFXUDGHHPSUHJR´HPSDtVHVFRPR
LINTON, R. O homemXPDLQWURGXomRjDQWURSRORJLD6mR3DXOR0DUWLQV DGDSWDGR 
%UDVLO $OHPDQKD H &KLQD $ RILFLQD p RIHUHFLGD SRU
$VLWXDomRGHVFULWDpXPH[HPSORGHFRPRRVFRVWXPHV XPDXQLYHUVLGDGHHVSDQKROD
resultam da *8,/$<131D(VSDQKDXQLYHUVLGDGHHQVLQDDHPLJUDUO GloboIHY DGDSWDGR 

A DVVLPLODomRGHYDORUHVGHSRYRVH[yWLFRV A situação ilustra uma crise econômica que implica


B H[SHULPHQWDomRGHKiELWRVVRFLDLVYDULDGRV A YDORUL]DomRGRWUDEDOKRIDEULO
C UHFXSHUDomRGHKHUDQoDVGD$QWLJXLGDGH&OiVVLFD B H[SDQVmRGRVUHFXUVRVWHFQROyJLFRV
D fusão de elementos de tradições culturais diferentes. C H[SRUWDomRGHPmRGHREUDTXDOL¿FDGD
E YDORUL]DomR GH FRPSRUWDPHQWR GH JUXSRV D GLYHUVL¿FDomRGRVPHUFDGRVSURGXWLYRV
SULYLOHJLDGRV E LQWHQVL¿FDomRGRVLQWHUFkPELRVHVWXGDQWLV

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 15


EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE REDAÇÃO E DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

2º DIA
CADERNO

6
2014 CINZA
2ª APLICAÇÃO
A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É CINZA. MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 7 2 WHPSR GLVSRQtYHO SDUD HVWDV SURYDV p GH cinco horas e
trinta minutos
1 9HUL¿TXHQR&$57­25(63267$HQD)2/+$'(5('$d­2 8 5HVHUYHRVPLQXWRV¿QDLVSDUDPDUFDUVHX&$57­25(63267$
TXH VH HQFRQWUD QR YHUVR GR &$57­25(63267$ VH RV 2VUDVFXQKRVHDVPDUFDo}HVDVVLQDODGDVQR&$'(512'(
VHXVGDGRVHVWmRUHJLVWUDGRVFRUUHWDPHQWH&DVRKDMDDOJXPD 48(67®(6QmRVHUmRFRQVLGHUDGRVQDDYDOLDomR
GLYHUJrQFLDFRPXQLTXHDLPHGLDWDPHQWHDRDSOLFDGRUGDVDOD
9 6RPHQWH VHUmR FRUULJLGDV DV UHGDo}HV WUDQVFULWDV QD )2/+$
2 ATENÇÃO DSyV D FRQIHUrQFLD HVFUHYD H DVVLQH VHX QRPH '(5('$d­2
QRV HVSDoRV SUySULRV GR &$57­25(63267$ H GD )2/+$
'(5('$d­2FRPFDQHWDHVIHURJUi¿FDGHWLQWDSUHWD 10 4XDQGR WHUPLQDU DV SURYDV DFHQH SDUD FKDPDU R
DSOLFDGRUHHQWUHJXHHVWH&$'(512'(48(67®(6HR
3 ATENÇÃO WUDQVFUHYD QR HVSDoR DSURSULDGR GR VHX &$57­25(63267$)2/+$'(5('$d­2
&$57­25(63267$FRPVXDFDOLJUD¿DXVXDOFRQVLGHUDQGR
DVOHWUDVPDL~VFXODVHPLQ~VFXODVDVHJXLQWHIUDVH 11 9RFrSRGHUiGHL[DURORFDOGHSURYDVRPHQWHDSyVGHFRUULGDV
GXDV KRUDV GR LQtFLR GD DSOLFDomR H SRGHUi OHYDU VHX
&$'(512'(48(67®(6DRGHL[DUHPGH¿QLWLYRDVDODGH
Tenho de fechar meus olhos para ver-te.
SURYDQRVPLQXWRVTXHDQWHFHGHPRWpUPLQRGDVSURYDV

4 (VWH &$'(512 '( 48(67®(6 FRQWpP D 3URSRVWD GH 12 9RFrVHUiHOLPLQDGRGR([DPHDTXDOTXHUWHPSRQRFDVRGH


5HGDomRHTXHVW}HVQXPHUDGDVGHDGLVSRVWDVGD D SUHVWDUHPTXDOTXHUGRFXPHQWRGHFODUDomRIDOVDRXLQH[DWD
VHJXLQWHPDQHLUD E SHUWXUEDUGHTXDOTXHUPRGRDRUGHPQRORFDOGHDSOLFDomR
D DVTXHVW}HVGHQ~PHURDVmRUHODWLYDVjiUHDGH GDV SURYDV LQFRUUHQGR HP FRPSRUWDPHQWR LQGHYLGR
/LQJXDJHQV&yGLJRVHVXDV7HFQRORJLDV GXUDQWHDUHDOL]DomRGR([DPH
E DVTXHVW}HVGHQ~PHURDVmRUHODWLYDVjiUHDGH F VH FRPXQLFDU GXUDQWH DV SURYDV FRP RXWUR SDUWLFLSDQWH
0DWHPiWLFDHVXDV7HFQRORJLDV YHUEDOPHQWHSRUHVFULWRRXSRUTXDOTXHURXWUDIRUPD
ATENÇÃO DV TXHVW}HV GH  D  VmR UHODWLYDV j OtQJXD G SRUWDU TXDOTXHU WLSR GH HTXLSDPHQWR HOHWU{QLFR H GH
HVWUDQJHLUD 9RFr GHYHUi UHVSRQGHU DSHQDV jV TXHVW}HV FRPXQLFDomRDSyVLQJUHVVDUQDVDODGHSURYDV
UHODWLYDVjOtQJXDHVWUDQJHLUD LQJOrVRXHVSDQKRO HVFROKLGDQR
DWRGHVXDLQVFULomR H XWLOL]DU RX WHQWDU XWLOL]DU PHLR IUDXGXOHQWR HP EHQHItFLR
SUySULRRXGHWHUFHLURVHPTXDOTXHUHWDSDGR([DPH
5 &RQ¿UD VH R VHX &$'(512 '( 48(67®(6 FRQWpP D
TXDQWLGDGH GH TXHVW}HV H VH HVVDV TXHVW}HV HVWmR QD RUGHP I XWLOL]DU OLYURV QRWDV RX LPSUHVVRV GXUDQWH D UHDOL]DomR
PHQFLRQDGD QD LQVWUXomR DQWHULRU &DVR R FDGHUQR HVWHMD GR([DPH
LQFRPSOHWR WHQKD TXDOTXHU GHIHLWR RX DSUHVHQWH GLYHUJrQFLD J VH DXVHQWDU GD VDOD GH SURYDV OHYDQGR FRQVLJR R
FRPXQLTXH DR DSOLFDGRU GD VDOD SDUD TXH HOH WRPH DV &$'(512'(48(67®(6DQWHVGRSUD]RHVWDEHOHFLGR
SURYLGrQFLDVFDEtYHLV HRX R &$57­25(63267$)2/+$ '( 5('$d­2 D
6 3DUD FDGD XPD GDV TXHVW}HV REMHWLYDV VmR DSUHVHQWDGDV TXDOTXHUWHPSR
RSo}HV$SHQDVXPDUHVSRQGHFRUUHWDPHQWHjTXHVWmR K QmRFXPSULUFRPRGLVSRVWRQRHGLWDOGR([DPH

*cinz25dom1*
2014 *CINZ25DOM3*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS QUESTÃO 92

TECNOLOGIAS Languages and cultures use non-verbal communication


which conveys meaning. Although many gestures are
Questões de 91 a 135 VLPLODULQ7KDLDQG(QJOLVKVXFKDVQRGGLQJIRUDI¿UPDWLRQ
many others are not shared. A good example of this is
Questões de 91 a 95 (opção inglês) the ubiquitous “Thai smile”. The “smile” carries a far wider
range of meanings in Thai than it does in English culture.
This can sometimes lead to serious communication
QUESTÃO 91 breakdowns between Thais and English speakers.
An example from my own early experience in Thailand
illustrates the point. When confronting the Thai owner of a
language school with administrative problems, complaints
regarding student numbers in the class were met by a
beaming smile and little else. I took this to mean lack of
concern or an attempt to trivialise or ignore the problem.
I left the discussion upset and angry by what appeared to
be the owner’s offhand attitude to my problems.
It was only later when another native speaking English
teacher, with considerably more experience of Thailand,
explained that a smile meant an apology and the fact that
the following day all my complaints had been addressed,
that I fully understood the situation.
Disponível em: www.spring.org.uk. Acesso em: 11 jul. 2011 (fragmento).

Viver em um país estrangeiro pode ser uma experiência


HQULTXHFHGRUD HPERUD SRVVD WDPEpP VHU XP GHVD¿R
pelo choque cultural. A experiência relatada pelo autor
do texto revela diferentes atribuições de sentido a um
determinado comportamento, mostrando que naquela
situação o sorriso indicava um(a)
A forma educada de fazer uma reclamação.
B modo irônico de reagir a uma solicitação.
C jeito de reconhecer um erro e se desculpar.
D tentativa de minimizar um problema.
E estratégia para esconder a verdade.

QUESTÃO 93

Tennesse Mountain Properties


'LVSRQtYHOHPKWWSESEORJVSRWFRP$FHVVRHPMXO

Description
Implementar políticas adequadas de alimentação e
nutrição é uma meta prioritária em vários países do Own a renovated house for less than $290 per
mundo. A partir da campanha If you can´t read it, why PRQWK 1HZ ZLQGRZV VLGLQJ ÀRRULQJ ODPLQDWH
throughout and tile in entry way and bathroom), kitchen
eat it?, os leitores são alertados para o perigo de
cabinets, counter top, back door, fresh paint and laundry
A acessarem informações equivocadas sobre a RQPDLQÀRRU+HDWELOOVDUHYHU\ORZGXHWRDJRRGVROLG
formulação química de alimentos empacotados. KRXVHDQGDQHQHUJ\HI¿FLHQWIXUQDFH
'LVSRQtYHOHPZZZIUHHUHDOHVWDHDGVQHW$FHVVRHPQRY DGDSWDGR 
B consumirem alimentos industrializados sem o
interesse em conhecer a sua composição. Em jornais, há diversos anúncios que servem aos
leitores. O conteúdo do anúncio veiculado por este texto
C desenvolverem problemas de saúde pela falta de interessará a alguém que esteja procurando
conhecimento a respeito do teor dos alimentos.
A emprego no setor imobiliário.
D incentivarem crianças a ingerirem grande quantidade
B imóvel residencial para compra.
de alimentos processados e com conservantes.
C serviço de reparos em domicílio.
E ignorarem o aumento constante da obesidade D pessoa para trabalho doméstico.
causada pela má alimentação na fase de E curso de decorador de interiores.
desenvolvimento da criança.

/&žGLD_&DGHUQR&,1=$3iJLQD
*CINZ25DOM4* 2014

QUESTÃO 94 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS


, UHDG D VWXG\ WKDW PHDVXUHG WKH HI¿FLHQF\ RI TECNOLOGIAS
locomotion for various species on the planet. The condor
XVHGWKHOHDVWHQHUJ\WRPRYHDNLORPHWHU+XPDQVFDPH
in with a rather unimpressive showing about a third of the Questões de 91 a 135
way down the list ... That didn’t look so good, but then
someone at Scientific American had the insight to test Questões de 91 a 95 (opção espanhol)
the efficiency of locomotion for a man on a bicycle.
And a man on a bicycle blew the condor away. That’s what QUESTÃO 91
a computer is to me: the computer is the most remarkable
tool that we’ve ever come up with. It’s the equivalent of a El candombe es participación
bicycle for our minds.
Bastaría nombrar al tambor en nuestro país, y ya
JOBS, S. Disponível em: www.msnbc.msn.com. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado).
estaría implícita la referencia al candombe, patrimonio
Ao abordar o deslocamento de várias espécies, com cultural uruguayo y, desde setiembre del 2009,
base em um estudo que leu, Steve Jobs apresenta o
computador como uma ferramenta que 3DWULPRQLR ,QPDWHULDO GH OD +XPDQLGDG UHFRQRFLGR SRU
las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la
A amplia a quantidade de energia gasta no planeta.
Cultura — Unesco. Proceso que se remonta a la época
B alcança a mesma velocidade de uma bicicleta.
colonial, cuando era tenido como un mero baile de negros
C altera a velocidade com a qual nos movemos.
HVFODYRVUXLGRVR\REVFHQRGH¿QLFLyQTXHWRPDQLQFOXVR
D WRUQDRVPHLRVGHWUDQVSRUWHPDLVH¿FLHQWHV algunos diccionarios antiguos y no tanto, viéndolo como
E aumenta o potencial de nossas mentes. divertimento de pésima categoría por su procedencia
QUESTÃO 95 racial. Esto fue cambiando merced al combate sin tregua
a los prejuicios, siempre en crecimiento su aceptación por
Turning Brown el conjunto de la sociedad, hasta llegar a nuestros días,
A four-year-old boy was eating an apple in the back cuando el Gobierno progresista en el 2006 promovió la
seat of the car, when he asked, “Daddy, why is my apple OH\FRQVDJUDQGRORVGHGLFLHPEUHFRPR'tDGHO
turning brown?” Candombe, la Cultura Afrouruguaya y la Equidad Racial,
“Because,” his dad explained, “after you ate the skin TXHHQVXDUWtFXORWR\¿QDOGLFH³'HFOiUHVHSDWULPRQLR
off, the meat of the apple came into contact with the air, cultural de la República Oriental del Uruguay al candombe,
which caused it to oxidize, thus changing the molecular
caracterizado por el toque de los tambores denominados
structure and turning it into a different color.”
chico, repique y piano, su danza y canto, creado por los
There was a long silence. Then the son asked softly, afrouruguayos a partir del legado ancestral africano, sus
“Daddy, are you talking to me?”
orígenes rituales y su contexto social como comunidad.”
Disponível em: http://hayspost.com. Acesso em: 10 nov. 2011.
ANDRADE, S. Disponível em: http://alainet.org. Acesso em: 22 fev. 2012 (adaptado).
Considerando os participantes da conversa nessa
piada, nota-se que o efeito de humor é obtido em funçãoO status atual do candombe, resultante de um conjunto
A GDGL¿FXOGDGHTXHRSDLHVWDYDHQIUHQWDQGRSDUDGDU de mudanças ocorridas no país, contrasta com um
XPDUHVSRVWDDR¿OKR passado marcado por preconceitos. Segundo o texto,
B de o pai dizer que a maçã tem carne e que muda de esse status VHGHYHj
cor em contato com o ar.
A GH¿QLomRGDGDSRUGLFLRQiULRVDWXDLV
C de um menino de quatro anos entender uma
H[SOLFDomRFLHQWt¿FDVREUHDR[LGDomR B receptividade crescente pela sociedade.
D do fato de a criança não saber por que a maçã que C FUtWLFDjVIHVWDVEDUXOKHQWDV
estava comendo era marrom.
D conservação da herança africana.
E da escolha inadequada do tipo de linguagem para se
conversar com uma criança. E visão da dança como obscena.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 4


2014 *CINZ25DOM5*
QUESTÃO 92 QUESTÃO 94

Disponível em: www.mec.es. Acesso em: 27 fev. 2012.

Gracias por no fumar é o título de um texto publicitário


produzido pelo Ministério da Educação e Cultura da
Espanha. Esse título, associado ao conteúdo do texto,
WHPFRPR¿QDOLGDGH
A proibir o consumo de cigarro em ambientes públicos.
B informar os sintomas do tabagismo.
C convencer os fumantes a abandonar o vício.
D questionar a qualidade de vida do fumante. 'LVSRQtYHOHPKWWSRIXHQDZRUGSUHVVFRP$FHVVRHPDJR
E DJUDGHFHUjVSHVVRDVTXHQmRIXPDP
A charge é um gênero textual que possui caráter
QUESTÃO 93 humorístico e crítico. Ao abordar o tema do uso da
tecnologia, essa charge critica o(a)
Al ingresar a la ciudad de Trevelín a través de un A postura das pessoas que não respeitam a opinião
gran valle cobijado por montañas elevadas y grandes dos outros.
VXSHU¿FLHV FRQ iUHDV FXOWLYDGDV OODPD OD DWHQFLyQ HO B tendência de algumas pessoas a interferir em
colorido de sus jardines y la huella que ha dejado la conversa alheia.
colonia galesa en cada rincón del pueblo y del área rural. C forma como a tecnologia ampliou a comunicação e a
Un ejemplo de ello es el primer molino harinero accionado interação entre as pessoas.
a caballo que se muestra en el museo regional junto a D hábito das pessoas que passam muitas horas
maquinarias, herramientas y vestimenta de la vida diaria conectadas.
en época de la colonia. E indivíduo cujo comportamento destoa de seu discurso.
Enclavada en un típico paisaje andino patagónico,
con sus vientos predominantes del sudoeste y su
naturaleza pródiga en vegetación y arroyos, Trevelín
sirve como punto de partida para hermosos paseos.
En la serenidad de sus calles, innumerables casas
de té ofrecen la clásica merienda galesa con sus tortas,
SDQHVFDVHURV\¿DPEUHVGHODUHJLyQSDUDDGHQWUDUVHHQ
esa gastronomía que no ha claudicado con el paso del
tiempo. Se aconseja probar su torta negra.
Disponível em: www.welcomeargentina.com. Acesso em: 25 jul. 2012 (adaptado).

Trevelín está localizada na Patagônia argentina. O destaque


das características da cidade, no texto, tem a função de
A narrar fatos do cotidiano da cidade e de seus
habitantes.
B despertar no leitor o desejo de conhecer a região.
C desenvolver o interesse pela gastronomia local.
D GLYXOJDULQIRUPDo}HVDFHUFDGDJHRJUD¿DGDUHJLmR
E FRPSDUWLOKDULPSUHVV}HVFROKLGDVHPXPDYLVLWDjFLGDGH

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 5


*CINZ25DOM6* 2014

QUESTÃO 95 (VWDLQÀXrQFLDWDPEpPpGHYLGDDRIDWRGHDPHPyULD
humana, segundo estudos da psicologia cognitiva,
Retomando la inquietud propia y de tanta gente compreender e reter melhor as informações organizadas,
contraria a la denominación racista y xenófoba “Día de especialmente em diagramas e em mapas conceituais
la Raza” usada para el feriado 12 de octubre, donde se manipuláveis. Por isso, imagina-se que o hipertexto deva
recuerda el arribo de los primeros europeos a tierras favorecer o domínio mais rápido e fácil das informações,
posteriormente nombradas América, reforzamos la em contraponto a um audiovisual tradicional, por exemplo.
idea sumando agrupaciones e independientes de la Disponível em: vsites.unb.br. Acesso em: 1 ago. 2012.
militancia ciudadana motivados por lo mismo. Puede
parecer menor, pero un nombre dice mucho. Es un O texto informa como as interfaces são reaproveitadas
símbolo, una representación, un código que resume SHOR KLSHUWH[WR YLUWXDO LQÀXHQFLDQGR DV WHFQRORJLDV GH
LQ¿QLGDGGHFRVDVGHVGHORREMHWLYR\GHVGHORVXEMHWLYR informação e comunicação. De acordo com o texto, qual
Y lamentablemente no hubo “descubrimiento” sino pD¿QDOLGDGHGRXVRGRKLSHUWH[WRTXDQWRjDEVRUomRH
despojo y apropiación. No hubo “encuentro” sino saqueo manipulação das informações?
y masacre. La propuesta es que la sociedad uruguaya A Mesclar antigas interfaces com mecanismos virtuais.
logre una frase sustantiva que guarde memoria de los
hechos, apostando a un presente y futuro fraternal B Auxiliar os estudos de psicologia cognitiva com base
e igualitario, y a una convivencia sin hegemonías ni nos hipertextos.
predominios culturales aunque así haya sido el origen C Amparar a pesquisa de mapas e diagramas
de nuestra historia. UHODFLRQDGRVjFDUWRJUD¿D
ANDRADE, S. No más Día de la Raza. América Latina en movimiento. Disponível em: D Salientar a importância das tecnologias de informação
http://alainet.org. Acesso em: 22 fev. 2012 (adaptado). e comunicação.
Com a expressão Día de la Raza ID]VH UHIHUrQFLD j E Ajudar na apreensão das informações de modo mais
chegada dos primeiros europeus em território americano H¿FD]HIDFLOLWDGR
e denomina-se a comemoração desse dia. A autora do
WH[WR VXJHUH R ¿P GHVVD GHQRPLQDomR QR 8UXJXDL QUESTÃO 97
acreditando que
Liberada, judoca árabe faz história nos Jogos
A a nomenclatura adotada será esquecida, porque é de Olímpicos de Londres
conhecimento geral que não houve descoberta. Aos 16 anos de idade, a judoca Wojdan Ali Seraj
B a reivindicação convencerá outros grupos e adeptos, Shaherkani, da categoria pesado (acima de 78 kg), fez
porque muitos desconhecem esse nome. história nos Jogos Olímpicos de Londres. Ela se tornou a
C D VRFLHGDGH GHYH HQFRQWUDU XPD IUDVH VLJQL¿FDWLYD primeira mulher da Arábia Saudita a disputar uma Olimpíada.
para a preservação da lembrança dos fatos. Isso depois de superar não só o preconceito em seu país
como também o quase veto da Federação Internacional de
D o convívio permitirá o esquecimento dos massacres,
Judô (FIJ), que não queria permitir que a atleta competisse
porque não houve encontro no passado.
vestindo o hijab, o tradicional véu islâmico.
E o presente e o futuro são e serão fraternais e
igualitários para o estímulo do predomínio cultural.

QUESTÃO 96

Interfaces
Um dos mais importantes componentes do hipertexto
é a sua interface. As interfaces permitem a visualização
do conteúdo, determinam o tipo de interação que se
estabelece entre as pessoas e a informação, direcionando
sua escolha e o acesso ao conteúdo.
O hipertexto retoma e transforma antigas interfaces
GDHVFULWD DQRomRGHLQWHUIDFHQmRGHYHVHUOLPLWDGDjV
técnicas de comunicação contemporânea). Constitui-se,
na verdade, em uma poderosa rede de interfaces que se Disponível em: www.lancenet.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (adaptado).

conectam a partir de princípios básicos e que permitem No âmbito do esporte de alto rendimento, o uso do véu
uma “interação amigável”. pela lutadora saudita durante os Jogos Olímpicos de
As particularidades do hipertexto virtual, como sua Londres 2012 representa o(a)
dinamicidade e seus aspectos multimidiáticos, devem- A GHVFXPSULPHQWRGDUHJUDR¿FLDOGRMXG{
VH DR VHX VXSRUWH yWLFR PDJQpWLFR GLJLWDO H j VXD B risco para a integridade física das atletas adversárias.
LQWHUIDFH DPLJiYHO $ LQÀXrQFLD GR KLSHUWH[WR p WDQWD
TXH DV UHSUHVHQWDo}HV GH WLSR FDUWRJUi¿FR JDQKDP C vantagem para a atleta saudita na competição de judô.
cada vez mais importância nas tecnologias intelectuais D LQÀXrQFLDGHDVSHFWRVFXOWXUDLVHUHOLJLRVRVQRHVSRUWH
de suporte informático. E GL¿FXOGDGHGDPXOKHULVOkPLFDSDUDYHQFHUSUHFRQFHLWRV
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 6
2014 *CINZ25DOM7*
QUESTÃO 98 QUESTÃO 100

Soneto
Oh! Páginas da vida que eu amava,
Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!...
Ardei, lembranças doces do passado!
Quero rir-me de tudo que eu amava!

E que doido que eu fui! como eu pensava


Em mãe, amor de irmã! em sossegado
Adormecer na vida acalentado
Pelos lábios que eu tímido beijava!

Embora — é meu destino. Em treva densa


'HQWURGRSHLWRDH[LVWrQFLD¿QGD
Pressinto a morte na fatal doença!

$PLPDVROLGmRGDQRLWHLQ¿QGD
Possa dormir o trovador sem crença. Giocondas gêmeas
Perdoa minha mãe — eu te amo ainda!
A existência de uma segunda pintura da Mona Lisa
AZEVEDO, A. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
— a Gioconda GH /HRQDUGR GD 9LQFL ² IRL FRQ¿UPDGD
A produção de Álvares de Azevedo situa-se na década pelo Museu do Prado, em Madri, em fevereiro. O quadro
de 1850, período conhecido na literatura brasileira como era conhecido desde o século XVIII, mas tido como uma
Ultrarromantismo. Nesse poema, a força expressiva da reprodução tardia do original. Um trabalho de restauração
H[DFHUEDomRURPkQWLFDLGHQWL¿FDVHFRPR D revelou que seu fundo de cor negra na verdade recobria
A amor materno, que surge como possibilidade de a reprodução de uma típica paisagem da Toscana,
salvação para o eu lírico. FRPR D SLQWDGD SRU 'D 9LQFL 5DGLRJUD¿DV PRVWUDUDP
B VDXGRVLVPR GD LQIkQFLD LQGLFDGR SHOD PHQomR jV que a tela é irmã gêmea do original, provavelmente
¿JXUDVGDPmHHGDLUPm pintada por discípulos do mestre, sob supervisão de
C construção de versos irônicos e sarcásticos, apenas 'D9LQFLQRVHXDWHOLrGH)ORUHQoDHQWUHH
com aparência melancólica. Os dois quadros serão, agora, expostos no Louvre.
D presença do tédio sentido pelo eu lírico, indicado pelo +i HQWUHWDQWR GLIHUHQoDV D ÀRUHQWLQD /LVD *KHUDUGLQL
seu desejo de dormir. (Mona Lisa), aparentemente na meia-idade, parece mais
moça na nova tela. O manto sobre o ombro esquerdo
E ¿[DomRGRHXOtULFRSHODLGHLDGDPRUWHRTXHROHYDD
do quadro original surge como um véu transparente, e o
sentir um tormento constante.
decote aparece com mais nitidez. A descoberta reforça
QUESTÃO 99 a tese de estudiosos, como o inglês Martin Kemp, de
que assistentes de Da Vinci ajudaram na composição de
Ave a raiva desta noite telas importantes do mestre.
A baita lasca fúria abrupta
Revista Planeta, ano 40, ed. 474, mar. 2012.
Louca besta vaca solta
Ruiva luz que contra o dia Para cumprir sua função social, o gênero notícia precisa
Tanto e tarde madrugada. divulgar informações novas. No texto Giocondas gêmeas,
LEMINSKI, P. Distraídos venceremos. São Paulo: Brasiliense, 2002 (fragmento). DOpPGHVHUFRQ¿UPDGDDH[LVWrQFLDGHXPDWHODJrPHD
de Mona Lisa e de serem destacadas as diferenças entre
No texto de Leminski, a linguagem produz efeitos sonoros
elas, o valor informativo do texto está centrado na
e jogos de imagens. Esses jogos caracterizam a função
poética da linguagem, pois A D¿UPDomRGHTXHDGioconda genuína estava na fase
da meia-idade.
A objetivam convencer o leitor a praticar uma
determinada ação. B revelação da identidade da mulher pintada por
B transmitem informações, visando levar o leitor a Da Vinci, a florentina Lisa Gherardini.
adotar um determinado comportamento. C consideração de que as produções artísticas de
C visam provocar ruídos para chamar a atenção do Da Vinci datam do período renascentista.
leitor. D descrição do fato de que a tela original mostra um
D apresentam uma discussão sobre a própria linguagem, manto sobre o ombro esquerdo da personagem.
explicando o sentido das palavras. E confirmação da hipótese de que Da Vinci teve
E representam um uso artístico da linguagem, com o assistentes que o auxiliaram em algumas de
objetivo de provocar prazer estético no leitor. suas obras.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 7


*CINZ25DOM8* 2014

QUESTÃO 101 QUESTÃO 103

Saiba impedir que os cavalos de troia abram a O veneno do bem


guarda de seu computador
Imagine que você cortou o rosto e, em vez de dar
A lenda da Guerra de Troia conta que gregos pontos, o seu médico passa uma supercola feita de
FRQVHJXLUDPHQWUDUQDFLGDGHFDPXÀDGRVHPXPFDYDOR sangue de boi e veneno de cascavel. Isso pode mesmo
e, então, abriram as portas da cidade para mais guerreiros acontecer. Mas não se assuste. A história moderna das
entrarem e vencerem a batalha. Silencioso, o cavalo de serpentes não tem nada a ver com o medo ancestral
troia é um programa malicioso que abre as portas do que inspiram. Para a ciência, elas guardam produtos
computador a um invasor, que pode utilizar como quiser o utilíssimos nas glândulas letais. O mais recente é uma
privilégio de estar dentro de uma máquina. Esse malware cola de pele genuinamente brasileira, que, segundo os
p LQVWDODGR HP XP FRPSXWDGRU GH IRUPD FDPXÀDGD testes já feitos, dá uma cicatrização perfeita.
sempre com o “consentimento” do usuário. A explicação
é que essa praga está dentro de um arquivo que parece $ GHVFREHUWD SHUWHQFH j HTXLSH GR SURIHVVRU
ser útil, como um programa ou proteção de tela — que, Benedito Barraviera, da Universidade Estadual
ao ser executado, abre caminho para o cavalo de troia. Paulista, em Botucatu. E não é a primeira feita no
A intenção da maioria dos cavalos de troia (trojans) não é Brasil. Nos anos 1960, o médico Sérgio Ferreira, atual
contaminar arquivos ou hardwares. Atualmente, o objetivo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da
principal dos cavalos de troia é roubar informações de Ciência, descobriu na jararaca uma molécula que em
uma máquina. O programa destrói ou altera dados com 1977 virou remédio contra a hipertensão.
intenção maliciosa, causando problemas ao computador Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 2 mar. 2012 (fragmento).
RXXWLOL]DQGRRSDUD¿QVFULPLQRVRVFRPRHQYLDUspams.
A primeira regra para evitar a entrada dos cavalos de troia Nos diferentes textos, pode-se inferir, entre outras
é: não abra arquivos de procedência duvidosa. informações, quais são os objetivos de seu produtor e
quem é seu público-alvo. No trecho, para aproximar-se
Disponível em: http://idgnow.uol.com.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
do interlocutor, o autor
Cavalo de troia é considerado um malware que
invade computadores, com intenção maliciosa. Pelas A emprega uma linguagem técnica de domínio do leitor.
informações apresentadas no texto, depreende-se que a B enfatiza informações importantes para a vida do leitor.
¿QDOLGDGHGHVVHSURJUDPDp C introduz o tema antecipando possíveis reações do
A roubar informações ou alterar dados de arquivos de leitor.
procedência duvidosa. D explora um tema sobre o qual o leitor tem reconhecido
B inserir senhas para enviar spams, através de um interesse.
rastreamento no computador.
E apresenta ao leitor, de forma minuciosa, a descoberta
C rastrear e investigar dados do computador sem o dos médicos.
conhecimento do usuário.
D induzir o usuário a fazer uso criminoso e malicioso de QUESTÃO 104
seu computador.
E usurpar dados do computador, mediante sua 2V HVSRUWHV SRGHP VHU FODVVL¿FDGRV OHYDQGRVH
execução pelo usuário. em consideração diversos critérios, como a quantidade
de competidores, a relação com os companheiros de
QUESTÃO 102 equipe, a interação com o adversário, o ambiente, o
desempenho comparado e os objetivos táticos da ação.
Abrimos o Brasil a todo o mundo: mas queremos que
o Brasil seja Brasil! Queremos conservar a nossa raça, Os chamados esportes de invasão ou territoriais são
a nossa história, e, principalmente, a nossa língua, que aqueles nos quais os competidores entram no setor
é toda a nossa vida, o nosso sangue, a nossa alma, a defendido pelo adversário, objetivando atingir a meta
nossa religião. contrária para pontuar, além de se preocupar em proteger
BILAC, O. Últimas conferências e discursos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1927. simultaneamente a sua própria meta.
GONZALEZ, F. J. Revista Digital, Buenos Aires, n. 71, abr. 2004 (adaptado).
Nesse trecho, Olavo Bilac manifesta seu engajamento
na constituição da identidade nacional e linguística, São exemplos de esportes de invasão ou territoriais:
ressaltando a
A +DQGHEROEDVTXHWHEROIXWHEROHYROHLERO
A transformação da cultura brasileira.
B Rúgbi, futsal, natação e futebol americano.
B religiosidade do povo brasileiro.
C abertura do Brasil para a democracia. C Tênis de mesa, vôlei de praia, badminton e futevôlei.
D importância comercial do Brasil. D Basquetebol, handebol, futebol e futsal.
E autorreferência do povo como brasileiro. E Ginástica olímpica, beisebol, judô e tae kwon do.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 8


2014 *CINZ25DOM9*
QUESTÃO 105 QUESTÃO 106

Futebol de rua
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio.
Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do
que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de
rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o
Maracanã em jogo noturno. Se você é brasileiro e criado
1
Nada de pegar namorada do amigo.
No máximo, pegue uma carona com ela. em cidade, sabe do que eu estou falando. Futebol de rua
é tão humilde que chama pelada de senhora.

2
Já pegou uma ou duas
ou três cervejas? Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia,
Então pegue um táxi.
botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam
mais ou menos assim:
3 Pegar carona com a gatinha que não bebeu
pega muito bem.
'2&$032²2FDPSRSRGHVHUVyDWpR¿RGDFDOoDGD
calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e — nos
4 Pegou no copo,
não pegue na direção.
clássicos — o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se
só no meio da rua.

5 Pega muito mal exagerar na bebida. DA DURAÇÃO DO JOGO — Até a mãe chamar ou
escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até
alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
6
Pro bicho não pegar, pegue táxi, ônibus
ou carona. Só não pegue no volante
depois de beber. DA FORMAÇÃO DOS TIMES — O número de jogadores
em cada equipe varia, de um a setenta para cada lado.

´ DO JUIZ — Não tem juiz.


DO INTERVALO PARA DESCANSO — Você deve estar
brincando.
VERISSIMO, L. F. In: Para gostar de ler: crônicas 6. São Paulo: Ática, 2002 (fragmento).
Disponível em: http://blog.planalto.gov.br. Acesso em: 29 fev. 2012.

Anúncios publicitários geralmente fazem uso de Nesse trecho de crônica, o autor estabelece a seguinte
elementos verbais e não verbais. Nessa peça publicitária, UHODomRHQWUHRIXWHEROGHUXDHRIXWHEROR¿FLDO
a imagem, que simula um manual, e o texto verbal, A As regras do futebol de rua descaracterizam o futebol
TXH ID] XVR GH XPD YDULHGDGH GH OtQJXD HVSHFt¿FD de campo, uma vez que entre as duas práticas não
combinados, pretendem há similaridades.
A fazer a gradação de comportamentos e de atitudes em B As condições materiais do futebol de rua impedem
termos da gravidade de efeitos da bebida alcoólica. o envolvimento das pessoas e o caráter prazeroso
B aconselhar o leitor da peça publicitária a não “pegar” desta prática.
a namorada do amigo para o “bicho não pegar”. C O futebol de rua expressa a possibilidade de autoria
C promover a mudança de comportamento dos jovens das pessoas para a prática de esporte e de lazer.
HPUHODomRDRFRQVXPRGRiOFRROHjGLUHomR D O futebol de rua é necessariamente um futebol de
D demonstrar que a viagem de ônibus ou de táxi é mais PHQRUYDORUHLPSRUWkQFLDHPUHODomRDRIXWHEROR¿FLDO
segura, independentemente do consumo de álcool. E A ausência de regras formalizadas no futebol de rua
E incentivar a prática da carona em carros de motoristas faz com que o jogo seja desonesto em comparação
do sexo feminino. FRPRIXWHEROR¿FLDO

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 9


*CINZ25DOM10* 2014

QUESTÃO 107 No gênero crônica, Machado de Assis legou inestimável


contribuição para o conhecimento do contexto social
O termo Foco equivale ao ponto de concentração
de seu tempo e seus hábitos culturais. O fragmento
do ator. O nível de concentração é determinado pelo
destacado comprova que o escritor avalia o(a)
envolvimento com o problema a ser solucionado.
Tomemos o exemplo do jogo teatral Cabo de Guerra: A manipulação inconsequente dos remédios pela
o Foco desse jogo reside em dar realidade ao objeto, população.
que nesse caso é a corda imaginária. A dupla de B uso de animais em testes com remédios
jogadores no palco mobiliza toda sua atenção desconhecidos.
H HQHUJLD SDUD GDU UHDOLGDGH j FRUGD 4XDQGR D C IDWR GH DV GURJDV PDQLSXODGDV QmR WHUHP H¿FiFLD
concentração é plena, a dupla sai do jogo com toda garantida.
evidência de ter realmente jogado o Cabo de Guerra
— sem fôlego, com dor nos músculos do braço etc. D hábito coletivo de experimentar drogas com objetivos
A plateia observa em função do Foco. terapêuticos.
KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1990.
E ausência de normas jurídicas para regulamentar a
venda nas boticas.
De acordo com o texto, a autora argumenta que o uso
do foco da cena teatral permite QUESTÃO 109
A transformar um objeto imaginário em um objeto
Mães
concreto, produzindo sobre o espectador uma
VHQVDomR LJXDO j TXH HOH WHULD HP XP HVSHWiFXOR Triste, mas verdadeira, a constatação de Jairo
de mágica. Marques — colunista que tem um talento raro — em seu
B produzir sobre a plateia, por meio do envolvimento WH[WR³(DPmH¿FRXYHOKLQKD´ ³&RWLGLDQR´RQWHP 
dos atores, imagens e/ou situações capazes de ativar Aqueles que percebem que a mãe envelheceu
seu imaginário e seu conhecimento de mundo. sempre têm atitudes diversas. Ou não a procuram mais,
C provocar efeito físico no ator, o que lhe confere porque essa é uma forma de negar que um dia perderão
a certeza de que seu corpo foi trabalhado o amparo materno, ou resolvem estar ao lado dela o
adequadamente para a produção da cena. maior tempo possível, pois têm medo de perdê-la sem ter
D acionar no ator a atenção a múltiplas ações que retribuído plenamente o amor que receberam.
ocorrem concomitantemente, tornando-o mais Leonor Souza (São Paulo, SP) — Painel do Leitor. Folha de S. Paulo, 29 fev. 2012.

disponível para a atuação em cena. Os gêneros textuais desempenham uma função social
E determinar uma única leitura da ação proposta, HVSHFt¿FDHPGHWHUPLQDGDVVLWXDo}HVGHXVRGDOtQJXD
explicitando qual entendimento o espectador deve em que os envolvidos na interação verbal têm um objetivo
ter da cena. comunicativo. Considerando as características do gênero,
a análise do texto Mães revela que sua função é
QUESTÃO 108
A ensinar sobre os cuidados que se deve ter com as
O Jornal do Commércio deu um brado esta semana mães, especialmente na velhice.
contra as casas que vendem drogas para curar a gente, B LQÀXHQFLDURkQLPRGDVSHVVRDVOHYDQGRDVDTXHUHU
DFXVDQGRDV GH DV YHQGHU SDUD RXWURV ¿QV PHQRV agir segundo um modelo sugerido.
humanos. Citou os envenenamentos que tem havido
na cidade, mas esqueceu de dizer, ou não acentuou C informar sobre os idosos e sobre seus sentimentos e
bem, que são produzidos por engano das pessoas que necessidades.
manipulam os remédios. Um pouco mais de cuidado, D avaliar matéria publicada em edição anterior de jornal
um pouco menos de distração ou de ignorância, evitarão ou de revista.
males futuros. Mas todo ofício tem uma aprendizagem, e E apresentar nova publicação, visando divulgá-la para
não há benefício humano que não custe mais ou menos leitores de jornal.
duras agonias. Cães, coelhos e outros animais são
vítimas de estudos que lhes não aproveitam, e sim aos
homens; por que não serão alguns destes, vítimas do
que há de aproveitar aos contemporâneos e vindouros?
+i XP DUJXPHQWR TXH GHVID] HP SDUWH WRGRV HVVHV
DWDTXHVjVERWLFDVpTXHRKRPHPpHPVLPHVPRXP
laboratório. Que fundamento jurídico haverá para impedir
que eu manipule e venda duas drogas perigosas? Se elas
matarem, o prejudicado que exija de mim a indenização
que entender; se não matarem, nem curarem, é um
DFLGHQWHHXPERPDFLGHQWHSRUTXHDYLGD¿FD
ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1967 (fragmento).

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 10


2014 *CINZ25DOM11*
QUESTÃO 110 QUESTÃO 111

TEXTO I A leitura nos tempos do e-book


Não é só nas bibliotecas e livrarias que se encerra
R FRQKHFLPHQWR $ LQWHUQHW SRU PHLR GH VHX LQ¿QLWR
conteúdo, e através de sites como Domínio Público e
muitos outros similares, demonstra as transformações
ocorridas na disponibilização de obras literárias ou
de todas as outras áreas. Sites, como o citado acima,
contêm arquivos com textos digitalizados dos mais
variados autores, dos clássicos aos contemporâneos.
Antes, esse conteúdo todo só seria passível de consulta
em suporte material. O suporte virtual, também conhecido
como e-book, é, digamos, semimaterial, pois nos põe em
contato com o texto através do computador, mas não nos
põe o livro nas mãos, a não ser que queiramos imprimir
o texto digital.
Nossa geração passa por um período de transição
lento que transformará profundamente o hábito da leitura.
Paradoxalmente, a alta velocidade com que se proliferam
as informações faz com que também seja aumentada a
nossa velocidade de captação dessas informações, ou
VHMD DRV SRXFRV H GH PRGR JHUDO D OHLWXUD YDL ¿FDQGR
BANKSY. Disponível em: www.banksy.co.uk. Acesso em: 4 ago. 2012.
FDGD YH] PDLV IUDJPHQWDGD ,VVR Mi DSUHVHQWD UHÀH[RV
TEXTO II no modo como lemos os diversos textos contidos em
Só Deus pode me julgar revistas, jornais ou internet, e igualmente na produção
Soldado da guerra a favor da justiça literária contemporânea.
,JXDOGDGHSRUDTXLpFRLVD¿FWtFLD Disponível em: www.tecnosapiens.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado).
Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo
Mas tenta me imitar se olhando no espelho A criação dos e-books oferece vantagens e facilidades
Preconceito sem conceito que apodrece a nação SDUD D OHLWXUD 1R WH[WR UHVVDOWDVH D LQÀXrQFLD GHVVH
Filhos do descaso mesmo pós-abolição meio virtual, sobretudo no contexto atual, pois
A as livrarias e bibliotecas estão se tornando lugares
MV BILL. Declaração de guerra. Manaus:BMG, 2002 (fragmento).

O trecho do rap H R JUD¿WH HYLGHQFLDP R SDSHO VRFLDO pouco atrativos para os leitores, uma vez que os livros
das manifestações artísticas e provocam a impressos estão em desuso.
B a semimaterialidade dos e-books garante maior
A consciência do público sobre as razões da interação entre o leitor e o texto.
desigualdade social.
C os e-books possibilitam maior difusão da leitura,
B UHMHLomRGRS~EOLFRDOYRjVLWXDomRUHSUHVHQWDGDQDV tendo em vista a velocidade e a dinamicidade da
obras. informação.
C UHÀH[mRFRQWUDDLQGLIHUHQoDQDVUHODo}HVVRFLDLVGH D DV REUDV FOiVVLFDV H FRQWHPSRUkQHDV ¿FDUDP
forma contundente. JUDWXLWDVGHYLGRjVGLJLWDOL]Do}HVSURSLFLDGDVFRPR
D ideia de que a igualdade é atingida por meio da surgimento da internet.
violência. E a velocidade de proliferação e captação de
E mobilização do público contra o preconceito racial em informações transforma a leitura fragmentada em
contextos diferentes. XPDVROXomRSDUDRDFHVVRjVREUDV

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 11


*CINZ25DOM12* 2014

QUESTÃO 112 O uso da expressão “ainda assim” presente nesse texto


WHPFRPR¿QDOLGDGH
Evocação do Recife
A criticar o teor das informações fatuais até ali
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros veiculadas.
Vinha da boca do povo na língua errada do povo B questionar a validade das ideias apresentadas
Língua certa do povo anteriormente.
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil C comprovar a veracidade das informações expressas
Ao passo que nós anteriormente.
O que fazemos D introduzir argumentos que reforçam o que foi dito
anteriormente.
É macaquear
E enfatizar o contrassenso entre o que é dito antes e o
A sintaxe lusíada… que vem em seguida.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. QUESTÃO 114
Segundo o poema de Manuel Bandeira, as variações Cena
linguísticas originárias das classes populares devem ser
O canivete voou
A satirizadas, pois as várias formas de se falar o
E o negro comprado na cadeia
português no Brasil ferem a língua portuguesa
autêntica. Estatelou de costas
E bateu coa cabeça na pedra
B questionadas, pois o povo brasileiro esquece a
ANDRADE, O. Pau-brasil. São Paulo: Globo, 2001.
sintaxe da língua portuguesa.
C subestimadas, pois o português “gostoso” de Portugal O Modernismo representou uma ruptura com os
deve ser a referência de correção linguística. padrões formais e temáticos até então vigentes na
literatura brasileira. Seguindo esses aspectos, o que
D reconhecidas, pois a formação cultural brasileira é
caracteriza o poema Cena como modernista é o(a)
garantida por meio da fala do povo.
E reelaboradas, pois o povo “macaqueia” a língua A construção linguística por meio de neologismo.
portuguesa original. B estabelecimento de um campo semântico inusitado.
C FRQ¿JXUDomR GH XP VHQWLPHQWDOLVPR FRQFLVR H
QUESTÃO 113 irônico.
D subversão de lugares-comuns tradicionais.
Miss Universo: “As pessoas racistas devem procurar
E uso da técnica de montagem de imagens justapostas.
ajuda”
SÃO PAULO — Leila Lopes, de 25 anos, não é a QUESTÃO 115
primeira negra a receber a faixa de Miss Universo. Se observarmos o maxixe brasileiro, a beguine da
A primazia coube a Janelle “Penny” Commissiong, de Martinica, o danzón de Santiago de Cuba e o ragtime
Trinidad e Tobago, vencedora do concurso em 1977. norte-americano, vemos que todos são adaptações
Depois dela vieram Chelsi Smith, dos Estados Unidos, da polca. A diferença de resultado se deve ao sotaque
LQHUHQWH j P~VLFD GH FDGD FRORQL]DGRU SRUWXJXrV
em 1995; Wendy Fitzwilliam, também de Trinidad e espanhol, francês e inglês) e, em alguns casos, a uma
Tobago, em 1998, e Mpule Kwelagobe, de Botswana, PDLRULQÀXrQFLDGDP~VLFDUHOLJLRVD
em 1999. Em 1986, a gaúcha Deise Nunes, que foi a &$=(6+ChoroGRTXLQWDODR0XQLFLSDO6mR3DXOR(GLWRUD DGDSWDGR 
SULPHLUD QHJUD D VH HOHJHU 0LVV %UDVLO ¿FRX HP VH[WR
$OpPGRVRWDTXHLQHUHQWHjP~VLFDGHFDGDFRORQL]DGRU
OXJDU QD FODVVL¿FDomR JHUDO $LQGD DVVLP D HVWXSLGH] H GD LQÀXrQFLD UHOLJLRVD TXH RXWUR HOHPHQWR DX[LOLRX D
humana faz com que, vez ou outra, surjam manifestações constituir os gêneros de música popular citados no texto?
preconceituosas como a de um site EUDVLOHLUR TXH jV A A região da África de origem dos escravos, trazendo
vésperas da competição, e se valendo do anonimato tradições musicais e religiosas de tribos distintas.
de quem o criou, emitiu opiniões do tipo “Como alguém B O relevo dos países, favorecendo o isolamento de
consegue achar uma preta bonita?”Após receber o título, comunidades, aumentando o número de gêneros
a mulher mais linda do mundo — que tem o português musicais surgidos.
FRPROtQJXDPDWHUQDHWDPEpPIDODÀXHQWHPHQWHRLQJOrV C O conjunto de portos, que favorecem o trânsito de
— disse o que pensa de atitudes como essa e também GLIHUHQWHVLQÀXrQFLDVPXVLFDLVHFUHGRVUHOLJLRVRV
sobre como sua conquista pode ajudar os necessitados D A agricultura das regiões, pois o que é plantado exerce
de Angola e de outros países. LQÀXrQFLDQDVFDQo}HVGHWUDEDOKRGXUDQWHRSODQWLR
E O clima dos países em questão, pois as temperaturas
COSTA, D. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 10 set. 2011 (adaptado).
LQÀXHQFLDPQDFRPSRVLomRHYLYDFLGDGHGRVULWPRV
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 12
2014 *CINZ25DOM13*
QUESTÃO 116 Quais as vantagens e desvantagens do ensino da
língua por meio das letras de música?
6HPÀHFKDQDULPD Não sou pedagogo ou educador, então só vejo
vantagens, porque as letras de música usam uma
2JUXSRGHUDS%U{0&VFULDGRQR¿QDOGHp
linguagem que é a do dia a dia, principalmente, dos jovens.
formado pelos pares de irmãos (daí o “bro”, de brother)
A música é algo que lhes dá prazer e, didaticamente,
Bruno/Clemerson e Kelvin/Charles, jovens que cresceram
pode fazer as vezes de algo que o aluno tem a noção de
ouvindo hip hop nas rádios da aldeia Jaguapiru Bororo, ser entediante — estudo da língua, sentar e abrir um livro.
em Dourados, Mato Grosso do Sul. Ao ouvir uma música, os exemplos surgem. É a grande
— Desde o começo a gente não queria impor uma vantagem e sempre foi a ideia do programa.
cultura estranha que invadisse a cultura indígena — Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (fragmento).
D¿UPD R SURGXWRU FKDPDQGR D DWHQomR SDUD R JUDQGH 2V JrQHURV WH[WXDLV VmR GH¿QLGRV SRU PHLR GH VXD
destaque do Brô MCs: as letras em língua indígena. estrutura, função e contexto de uso.Tomando por base a
Expressar-se em língua originária e fazer com que os estrutura dessa entrevista, observa-se que
jovens indígenas percebam a vitalidade do idioma nativo
é uma das motivações do grupo. A a organização em turnos de fala reproduz o diálogo
que ocorre entre os interlocutores.
$GL¿FXOGDGHPDLRUYHPGRVFUtWLFRVTXHQmRDFHLWDP B R WHPD H R VXSRUWH RQGH IRL SXEOLFDGD MXVWL¿FDP D
o fato de que a cultura indígena é dinâmica e sempre ausência de traços da linguagem informal.
incorpora novidades.
C a ausência de referências sobre o entrevistado é uma
— “Mas índio cantando rap?”, tem gente que HVWUDWpJLDSDUDLQGX]LUjOHLWXUDGRWH[WRQDtQWHJUD
questiona. O rap é de quem canta, é de quem gosta, não D RXVRGRGHVWDTXHJUi¿FRpXPUHFXUVRGHHGLomRSDUD
é só dos americanos — avalia Dani [o vocal feminino]. ressaltar a importância do tema para o entrevistador.
BONFIM, E. Revista Língua Portuguesa, n. 81, jul. 2012 (adaptado). E o entrevistado é um especialista em abordagens
educacionais alternativas para o ensino da língua
Considerando-se as opiniões apresentadas no texto, a
portuguesa.
indagação “Mas índio cantando rap?” traduz um ponto de
vista que evidencia QUESTÃO 118
A GHVTXDOL¿FDomR GRV LQGtJHQDV FRPR P~VLFRV Fogo frio
desmerecendo sua capacidade musical devido a O Poeta
sua cultura. A névoa que sobe
B desvalorização da cultura rap HP FRQWUDSDUWLGD jV dos campos, das grotas, do fundo dos vales,
tradições musicais indígenas, motivo pelo qual os é o hálito quente da terra friorenta.
índios não devem cantar rap. O Lavrador
C preconceito por parte de quem não concebe que os Engana-se, amigo.
índios possam conhecer o rap e, menos ainda, cantar Aquilo é fumaça que sai da geada.
esse gênero musical.
O Poeta
D equívoco por desconsiderar as origens culturais do Fumaça, que eu saiba,
gênero musical, ligadas ao contexto urbano. somente de chama e brasa é que sai!
E entendimento do rap como um gênero ultrapassado O Lavrador
HPUHODomRjOLQJXDJHPPXVLFDOGRVLQGtJHQDV E, acaso, a geada não é
fogo branco caído do céu,
QUESTÃO 117
tostando tudinho, crestando tudinho, queimando tudinho,
Entrevista — Tony Bellotto sem pena, sem dó?
FORNARI, E. Trem da serra. Porto Alegre: Acadêmica, 1987.
A língua é rock
Neste diálogo poético, encena-se um embate de ideias
Guitarrista do Titãs e escritor completa dez anos à entre o Poeta e o Lavrador, em que
frente de programa televisivo em que discute a língua
A a vitória simbólica é dada ao discurso do lavrador
portuguesa por meio da música
e tem como efeito a renovação de uma linguagem
2TXHRDWUDLXQDSURSRVWDGH$¿QDQGRD/tQJXD" poética cristalizada.
No começo, em 1999, a ideia era fazer um programa B as duas visões têm a mesma importância e
que falasse de língua portuguesa usando a música como são equivalentes como experiência de vida e a
atrativo, principalmente, para os jovens. Com o passar capacidade de expressão.
do tempo, ele foi se transformando num programa sobre C o autor despreza a sabedoria popular e traça uma
a linguagem usada em letras de música, no jornalismo, caricatura do discurso do lavrador, simplório e repetitivo.
QD OLWHUDWXUD GH ¿FomR H QD SRHVLD &RPR QmR VRX XP D DV LPDJHQV FRQWUDGLWyULDV GH IULR H IRJR UHIHULGDV j
cara de TV, trago a experiência de escritor e músico, e geada compõem um paradoxo que o poema não é
sempre participo de forma mais ativa do que como um capaz de organizar.
mero apresentador. Estou nas reuniões de pauta e faço E R GLVFXUVR GR ODYUDGRU ID] XPD SHUVRQL¿FDomR
sugestões nos roteiros. Mas o conteúdo é feito pelo da natureza para explicar o fenômeno climático
pessoal do Futura. observado pelos personagens.

/&žGLD_&DGHUQR&,1=$3iJLQD
*CINZ25DOM14* 2014

QUESTÃO 119 QUESTÃO 121


Hipertextualidade
O papel do hipertexto é exatamente o de reunir, não
apenas os textos, mas também as redes de associações,
DQRWDo}HV H FRPHQWiULRV jV TXDLV HOHV VmR YLQFXODGRV
pelas pessoas. Ao mesmo tempo, a construção do senso
comum encontra-se exposta e como que materializada:
a elaboração coletiva de um hipertexto.
Trabalhar, viver, conversar fraternalmente com outros
'$+0(5$'LVSRQtYHOHPKWWSURXQG¿QDOEORJVSRWFRPEU VHUHV FUX]DU XP SRXFR SRU VXD KLVWyULD LVWR VLJQL¿FD
Acesso em: 14 dez. 2012.
entre outras coisas, construir uma bagagem de referências
Na tirinha, o autor utiliza estratégias para atingir sua HDVVRFLDo}HVFRPXQVXPDUHGHKLSHUWH[WXDOXQL¿FDGD
¿QDOLGDGH FRPXQLFDWLYD &RQVLGHUDQGR RV HOHPHQWRV um texto compartilhado, capaz de diminuir os riscos de
verbais e não verbais que constituem o texto, seu objetivo é incompreensão.
LEVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática.
A incentivar o uso da tecnologia na comunicação 6mR3DXOR(GLWRUD DGDSWDGR 
contemporânea. O texto evidencia uma relação entre o hipertexto e a
B mostrar o empenho do homem na resolução de sociedade em que essa tecnologia se insere. Constata-se
problemas sociais. que, nessa relação, há uma
C atrair a atenção do leitor para a generosidade das A estratégia para manutenção do senso comum.
pessoas.
B prioridade em sanar a incompreensão.
D chamar a atenção para o constante abandono de
C necessidade de publicidade das informações.
animais.
D forma de construção colaborativa de conhecimento.
E ID]HUXPDFUtWLFDjVLWXDomRVRFLDOFRQWHPSRUkQHD
E urgência em se estabelecer o diálogo entre pessoas.
QUESTÃO 120
QUESTÃO 122
Você se preocupa com sua família,
Mãos dadas
com seu trabalho e com sua casa.
Não serei o poeta de um mundo caduco.
E com você? Também não cantarei o mundo futuro.
(VWRXSUHVRjYLGDHROKRPHXVFRPSDQKHLURV
A mulher conquistou um espaço de destaque no
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
DPELHQWH SUR¿VVLRQDO DOpP GH FXLGDU GD FDVD H GR Entre eles, considero a enorme realidade.
bem-estar da família. Acompanhada por essa mudança, O presente é tão grande, não nos afastemos.
também veio uma nova vida, com antigos hábitos Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
tipicamente masculinos, como o estresse, a falta de Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
tempo para se cuidar, o tabagismo e a maior incidência Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
de obesidade e depressão. Isso aumentou muito os casos Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
de infarto e doenças cardiovasculares. Elas já respondem 1mRIXJLUHLSDUDLOKDVQHPVHUHLUDSWDGRSRUVHUD¿QV
SRU  GR Q~PHUR WRWDO GRV FDVRV TXH PDWDP VHLV O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os
vezes mais do que o câncer de mama. homens presentes,
a vida presente.
Cuide-se. Preocupe-se com sua saúde. Visite e
ANDRADE, C. D. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012.
incentive quem você gosta a visitar um cardiologista.
Escrito em 1940, o poema Mãos dadas revela um eu lírico
Cláudia,DQRQIHY DGDSWDGR 
marcado pelo contexto de opressão política no Brasil e
Esse texto, publicado em uma revista, inicialmente aponta da Segunda Guerra Mundial. Em face dessa realidade,
PRGL¿FDo}HVRFRUULGDVQDVRFLHGDGHHHPVHJXLGD o eu lírico
A descreve as diferentes atividades das mulheres hoje A considera que em sua época o mais importante é a
em dia. independência dos indivíduos.
B estimula as leitoras a buscar sua realização na vida B desvaloriza a importância dos planos pessoais na
SUR¿VVLRQDO vida em sociedade.
C alerta as mulheres para a possibilidade de problemas C UHFRQKHFH D WHQGrQFLD j DXWRGHVWUXLomR HP XPD
cardíacos. sociedade oprimida.
D informa as leitoras sobre mortes por câncer de mama D escolhe a realidade social e seu alcance individual
e por infarto. como matéria poética.
E valoriza as mulheres preocupadas com o bem-estar E critica o individualismo comum aos românticos e
da família. aos excêntricos.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 14
2014 *CINZ25DOM15*
QUESTÃO 123 O advento da escrita como tecnologia intelectual está
diretamente ligado a uma série de mudanças na forma
Sermão da Sexagésima de pensar e de construir o conhecimento nas sociedades.
A partir do texto, constata-se que, na elaboração do
Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações,
GLVFXUVRFLHQWt¿FRDHVFULWD
nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se
semeia a palavra de Deus, como é tão pouco o fruto? A GHWHUPLQRX GH TXH PRGR D VRFLHGDGH FLHQWt¿FD
Não há um homem que em um sermão entre em si e se deveria se organizar para avançar.
resolva, não há um moço que se arrependa, não há um B possibilitou que os pesquisadores se distanciassem
velho que se desengane. Que é isto? Assim como Deus de informações presentes na memória.
não é hoje menos onipotente, assim a sua palavra não C permitiu que fossem documentados conceitos e
é hoje menos poderosa do que dantes era. Pois se a saberes advindos de experiências realizadas.
palavra de Deus é tão poderosa; se a palavra de Deus D IDFLOLWRX TXH DV LQIRUPDo}HV ¿FDVVHP DUPD]HQDGDV
tem hoje tantos pregadores, por que não vemos hoje igualmente na memória e no papel.
nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, tão grande e E consentiu que a atenção dos homens se desviasse
tão importante dúvida, será a matéria do sermão. Quero para os saberes antigamente inalcançáveis.
começar pregando-me a mim. A mim será, e também
a vós; a mim, para aprender a pregar; a vós, que QUESTÃO 125
aprendais a ouvir.
VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965.
O mulato
No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira Ana Rosa cresceu; aprendera de cor a gramática do
TXHVWLRQDDH¿FiFLDGDVSUHJDo}HV3DUDWDQWRDSUHVHQWD Sotero dos Reis; lera alguma coisa; sabia rudimentos
como estratégia discursiva sucessivas interrogações, as de francês e tocava modinhas sentimentais ao violão e
quais têm por objetivo principal ao piano. Não era estúpida; tinha a intuição perfeita da
virtude, um modo bonito, e por vezes lamentara não ser
A SURYRFDUDQHFHVVLGDGHHRLQWHUHVVHGRV¿pLVVREUH mais instruída. Conhecia muitos trabalhos de agulha;
o conteúdo que será abordado no sermão. bordava como poucas, e dispunha de uma gargantazinha
B FRQGX]LURLQWHUORFXWRUjVXDSUySULDUHÀH[mRVREUHRV de contralto que fazia gosto de ouvir.
temas abordados nas pregações. 8PD Vy SDODYUD ERLDYD j VXSHUItFLH GRV VHXV
C apresentar questionamentos para os quais a Igreja pensamentos: “Mulato”. E crescia, crescia, transformando-
não possui respostas. se em tenebrosa nuvem, que escondia todo o seu
passado. Ideia parasita, que estrangulava todas as outras
D LQVHULU DUJXPHQWRV j WHVH GHIHQGLGD SHOR SUHJDGRU
ideias.
VREUHDH¿FiFLDGDVSUHJDo}HV
E questionar a importância das pregações feitas pela — Mulato!
Igreja durante os sermões. Esta só palavra explicava-lhe agora todos os
mesquinhos escrúpulos, que a sociedade do Maranhão
QUESTÃO 124 usara para com ele. Explicava tudo: a frieza de certas
famílias a quem visitara; as reticências dos que lhe falavam
A escrita é uma tecnologia intelectual que vem
de seus antepassados; a reserva e a cautela dos que, em
auxiliar o trabalho biológico. É como uma nova memória, sua presença, discutiam questões de raça e de sangue.
situada fora do sujeito, e ilimitada. Com ela não é mais
AZEVEDO, A. O Mulato. São Paulo: Ática, 1996 (fragmento).
necessário reter todos os relatos – este auxiliar cognitivo
vem, portanto, relativizar a memória para que a mente O texto de Aluísio Azevedo é representativo do
humana possa desviar sua atenção consciente para 1DWXUDOLVPR YLJHQWH QR ¿QDO GR VpFXOR ;,; 1HVVH
outros recursos e faculdades. IUDJPHQWR R QDUUDGRU H[SUHVVD ¿GHOLGDGH DR GLVFXUVR
naturalista, pois
Se é arriscado associar diretamente o surgimento
A relaciona a posição social a padrões de comportamento
da ciência ao da escrita, podemos, de qualquer forma,
HjFRQGLomRGHUDoD
D¿UPDU TXH D HVFULWD GHX LPSXOVR H GHVHPSHQKRX XP
SDSHO IXQGDPHQWDO QD FRQVWUXomR GR GLVFXUVR FLHQWt¿FR B apresenta os homens e as mulheres melhores do que
eram no século XIX.
2GLVWDQFLDPHQWRSRVVLELOLWDGRSHODJUD¿DQRSDSHOWUD]R
registro das experiências e das hipóteses, o conhecimento C mostra a pouca cultura feminina e a distribuição de
especulativo, o documentário de comprovações, a saberes entre homens e mulheres.
compilação de teorias e de paradigmas em torno dos D ilustra os diferentes modos que um indivíduo tinha de
TXDLVDVFRPXQLGDGHVFLHQWt¿FDVYmRVHDJUXSDU ascender socialmente.
RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. E FULWLFD D HGXFDomR RIHUHFLGD jV PXOKHUHV H RV
Porto Alegre: Artmed, 2002. maus-tratos dispensados aos negros.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 15
*CINZ25DOM16* 2014

QUESTÃO 126 Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa,


A internet amplia o que queremos e desejamos. depreende-se a predominância de uma das funções da
Pessoas alienadas se alienam mais na internet. Pessoas OLQJXDJHPLGHQWL¿FDGDFRPR
interessantes tornam a comunicação com a internet mais
A metalinguística, pois o trecho tem como propósito
interessante. Pessoas abertas utilizam a internet para
promover mais interação e compartilhamento. Pessoas essencial usar a língua portuguesa para explicar
individualistas se fecham mais ainda nos ambientes a própria língua, por isso a utilização de vários
GLJLWDLV3HVVRDVTXHWrPGL¿FXOGDGHVGHUHODFLRQDPHQWR VLQ{QLPRVHGH¿QLo}HV
na vida real muitas vezes procuram mil formas de fuga
B referencial, pois o trecho tem como principal objetivo
para o virtual. Aproveitaremos melhor as possibilidades
da internet, se equilibrarmos a qualidade das interações discorrer sobre um fato que não diz respeito ao
SUHVHQFLDLV²QDYLGDSHVVRDOSUR¿VVLRQDOHPRFLRQDO² escritor ou ao leitor, por isso o predomínio da terceira
com as interações digitais correspondentes. pessoa.
025$1-0'LVSRQtYHOHPZZZHFDXVSEU$FHVVRHPMXO DGDSWDGR 
C fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de
O texto expressa um posicionamento a respeito do estabelecimento de conexão com o leitor, por isso
uso da internet e suas repercussões na vida cotidiana. o emprego dos termos “sabe-se lá” e “tome-se
Na opinião do autor, esse sistema de informação e hipotrélico”.
comunicação
D poética, pois o trecho trata da criação de palavras
A aumenta o número de pessoas alienadas.
novas, necessária para textos em prosa, por isso o
B resolve problemas de relacionamento.
emprego de “hipotrélico”.
C soluciona a questão do individualismo.
E expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a
D equilibra as interações presenciais.
subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de
E potencializa as características das pessoas.
dúvida “talvez”.
QUESTÃO 127
QUESTÃO 129
A tendência dos nomes
O nome é uma das primeiras coisas que não Eu vô transmiti po sinhô logo uma passage muito
escolhemos na vida. Estará inscrito nos registros: na importante, qu’ eu iscutei um velho de nome Ricardo
PDWHUQLGDGH QR 5* QR &3) QR RELWXiULR HWF (Q¿P Caetano Alves, que era neto do propietário da Fazenda
XPDHVFROKDTXHQmR¿]HPRVQRVDFRPSDQKDGREHUoR do Buraca. O pai dele, ele contava que o pai dele assistiu
ao túmulo, pois na lápide se dirá que ali jaz Fulano de Tal. uma cena muito importante aonde ele tava, do Jacarandá,
SILVA, D. Língua, n. 77, mar. 2012.
o chefe dos iscravo do Joaquim de Paula, com o chefe
Algumas palavras atuam no desenvolvimento de um texto dos iscravo do Vidigal, que chamava, era tratado Pai
FRQWULEXLQGR SDUD D VXD SURJUHVVmR $ SDODYUD ³HQ¿P´ Urubu. O Jacarandá era tratado Jacarandá purque ele
promove o encadeamento do texto, tendo sido utilizada
era um negro mais vermelho, tá intendeno com’ é que
com a intenção de
é, né? Intão é uma imitância de cerno de Jacarandá,
A explicar que os nomes das pessoas são escolhidos intão eles apilidaro ele de Pai Jacarandá. Agora, o Pai
no nascimento.
Urubu, diz que era o mais preto de todos os iscravo que
B UDWL¿FDUTXHRVQRPHVUHJLVWUDGRVQRQDVFLPHQWRVmR HUDFXQKLFLGRQHVVDpSRFD,QWmRHOH¿F{FRPRQRPH3DL
imutáveis.
8UXEX e TXHP GLULJLD GH WRGD FRQ¿DQoD GRV VLQKRUHV
C reiterar que os nomes recebidos são importantes até
Intão os sinhores cunhiciam eles como “pai”: Pai Urubu,
a morte.
Pai Jacarandá, Pai Francisco, que é o chefe da Fazenda
D concluir que os nomes acompanham os indivíduos
até a morte. das Abóbra, Pai Dumingo, que era da Fazenda do Buraca.
E acrescentar que ninguém pode escolher o próprio nome. SOUZA, J. Negros pelo vale%HOR+RUL]RQWH)DOH8)0*

QUESTÃO 128 O texto é uma transcrição da narrativa oral contada


+i R KLSRWUpOLFR 2 WHUPR p QRYR GH LPSHQVDGD por Pedro Braga, antigo morador do povoado Vau, de
RULJHPHDLQGDVHPGH¿QLomRTXHOKHDSDQKHHPWRGDV Diamantina (MG). Com base no registro da fala do
DV SpWDODV R VLJQL¿FDGR 6DEHVH Vy TXH YHP GR ERP narrador, entende-se que seu relato
português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo
dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou talvez, vice- A perpetua a memória e os saberes dos antepassados.
dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falta de respeito B constrói uma voz dissonante da identidade nacional.
para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de
palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando C demonstra uma visão distanciada da cultura negra.
o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por D revela uma visão unilateral dos fazendeiros.
se negar nominalmente a própria existência. E transmite pouca experiência e sabedoria.
ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001 (fragmento).

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 16


2014 *CINZ25DOM17*
QUESTÃO 130 A variação linguística afeta o processo de produção dos
sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o
emprego das marcas de variação objetiva
A evidenciar a importância de marcas linguísticas
valorizadoras da linguagem coloquial.
B demonstrar incômodo com a variedade característica
de pessoas pouco escolarizadas.
C HVWDEHOHFHU XP MRJR GH SDODYUDV D ¿P GH SURGX]LU
efeito de humor.
D criticar a linguagem de pessoas originárias de fora
dos centros urbanos.
E HVWDEHOHFHUXPDSROtWLFDGHLQFHQWLYRjHVFULWDFRUUHWD
das palavras.

QUESTÃO 132

Reciclar é só parte da solução


O lixo é um grande problema da sustentabilidade.
Literalmente: todos os anos, cada brasileiro produz
NJGHUHVtGXRV²GiPLOK}HVGHWRQHODGDVQRWRWDO
O certo seria tentar diminuir ao máximo essa quantidade
de lixo. Ou seja, em vez de ter objetos recicláveis, o ideal
seria produzir sempre objetos reutilizáveis, o que diminui
os resíduos. Mas, enquanto isso não acontece, temos
que nos contentar com a reciclagem. E é aí que vem um
detalhe perigoso: reciclar o lixo também polui o ambiente
HJDVWDHQHUJLD5HFLFODUYLGURSRUH[HPSORpPDLV
caro do que produzi-lo a partir de matérias-primas virgens.
$¿QDO, é feito basicamente de areia, soda e calcário,
Disponível em: http://vicostudio.blogspot.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012. que são abundantes na natureza. Então, nenhuma
Essa propaganda visa convencer as mães de que o empresa tem interesse em reciclá-lo. Já o alumínio é um
FDQDOGHWHOHYLVmRpDGHTXDGRDRVVHXV¿OKRV3DUDWDQWR supernegócio, porque economiza muita energia.
o locutor dirige-se ao interlocutor por meio de estratégias +257$0'LVSRQtYHOHPKWWSVXSHUDEULOFRPEU$FHVVRHPPDLR
argumentativas de
O emprego adequado dos elementos de coesão
A manipulação, ao detalhar os programas infantis que contribui para a construção de um texto argumentativo
compõem a grade da emissora. e para que os objetivos pretendidos pelo autor possam
B persuasão, ao evidenciar as características da ser alcançados. A análise desses elementos no texto
programação dirigida ao público infantil. mostra que o conectivo
C LQWLPLGDomR DR GLULJLUVH GLUHWDPHQWH jV PmHV SDUD A “ou seja” introduz um esclarecimento sobre a
FKDPiODVjUHÀH[mR diminuição da quantidade de lixo.
D comoção, ao tranquilizar as mães sobre a qualidade
B ³PDV´LQVWDXUDMXVWL¿FDWLYDVSDUDDFULDomRGHQRYRV
dos programas da emissora.
tipos de reciclagem.
E comparação, ao elencar os serviços oferecidos por
outras emissoras ao público infantil. C “também” antecede um argumento a favor da
reciclagem.
QUESTÃO 131 D ³D¿QDO´UHWRPDXPD¿QDOLGDGHSDUDRXVRGHPDWpULDV
primas.
Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa
VDLXjVUXDVGDFLGDGHHVHDVVXVWRXFRPDTXDQWLGDGH E “então” reforça a ideia de escassez de matérias-
de erros existentes nas placas das casas comerciais primas na natureza.
e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em
dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu
estabelecimento grafado corretamente. Dias depois,
5XL %DUERVD VDLX j SURFXUD GR YHQFHGRU 6DWLVIHLWR
encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”.
No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da
alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate
premiado, que disse:
— Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!
O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em:
http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 17


*CINZ25DOM18* 2014

QUESTÃO 133 QUESTÃO 135


Senhora E-mail no ambiente de trabalho
²0mHQRRRRVVVD(VVHVHXFDEHORQRYR¿FRXOLQGR T. C., consultor e palestrante de assuntos ligados
Parece que você é, tipo, mais jovem! ao mercado de trabalho, alerta que a objetividade, a
²-XUDPLQKD¿OKD"2EULJDGD RUJDQL]DomR GD PHQVDJHP VXD FRHUrQFLD H RUWRJUD¿D
são pontos de atenção fundamentais para uma
— Mas aí você vira de frente e aí a gente vê que, tipo,
FRPXQLFDomRYLUWXDOH¿FD]
não é, né?
E, para evitar que erros e falta de atenção resultem
— Coisa linda da mamãe! HPVDLDVMXVWDVHVLWXDo}HVFRQVWUDQJHGRUDVFRQ¿UDFLQFR
Esse diálogo é real. Claro que achei graça, mas o fato dicas para usar o e-mail com bom senso e organização:
de envelhecer já não é mais segredo para ninguém. 5HVSRQGD jV PHQVDJHQV LPHGLDWDPHQWH DSyV
Um belo dia, a vendedora da loja te pergunta: “A recebê-las.
senhora quer pagar como?” Senhora? Como assim? 2. Programe sua assinatura automática em todas as
Eu sempre fui a Marcinha! Agora eu sou a dona respostas e encaminhamentos.
Márcia! Sim, o porteiro, o motorista de táxi, o jornaleiro, $R¿QDOGRGLDH[FOXDDVPHQVDJHQVVHPLPSRUWkQFLD
o garçom, o mundo inteiro resolveu ter um respeito HDUTXLYHDVGHPDLVHPSDVWDVSUHYLDPHQWHGH¿QLGDV
comigo que eu não pedi! 8WLOL]H R UHFXUVR GH ³FRQ¿UPDomR GH OHLWXUD´ VRPHQWH
CABRITA, M. Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 11 ago. 2012 (fragmento). quando necessário.
5. Evite mensagens do tipo “corrente”.
A exploração de registros linguísticos é importante
'LVSRQtYHOHPKWWSQRWLFLDVXROFRPEU$FHVVRHPMXO IUDJPHQWR 
estratégia para o estabelecimento do efeito de sentido
pretendido em determinados textos. No texto, o recurso O texto apresenta algumas sugestões para o leitor.
a diferentes registros indica Esse caráter instrucional é atribuído, principalmente,
pelo emprego
A mudança na representação social do locutor.
B UHÀH[mRVREUHDLGHQWLGDGHSUR¿VVLRQDOGDPmH A do modo verbal imperativo, como em “responda” e
“programe”.
C referência ao tradicionalismo linguístico da autora do
texto. B GDV PDUFDV GH TXDOL¿FDomR GR HVSHFLDOLVWD FRPR
“consultor” e “palestrante”.
D HORJLR jV VLWXDo}HV YLYHQFLDGDV SHOD SHUVRQDJHP
mãe. C GHWHUPRVHVSHFt¿FRVGRGLVFXUVRQRPXQGRYLUWXDO
E compreensão do processo de envelhecimento como D GHDUJXPHQWRVIDYRUiYHLVjFRPXQLFDomRH¿FD]
algo prazeroso. E da palavra “dica” no desenvolvimento do texto.

QUESTÃO 134
História de assombração
Ah! Eu alembro uma história que aconteceu com
meu tii. Era dia de Sexta-Feira da Paixão, diz que eles
falava pra meu tii não num vai pescá não. Ele foi assim
mesmo, aí chegô lá, ele tá pescano... tá pescano... e
nada de pexe. Aí saiu um mundo véi de cobra em cima
dele, aí ele foi embora... Aí até ele memo contava isso e
falava É... nunca mais eu vou pescar no dia de Sexta-Feira
da Paixão...
COSTA, S. A. S. Narrativas tradicionais tapuias. Goiânia: UFG, 2011 (adaptado).

4XDQWR DR JrQHUR GR GLVFXUVR H j ¿QDOLGDGH VRFLDO GR


texto História de assombração, a organização textual e as
escolhas lexicais do locutor indicam que se trata de um(a)
A FULDomR OLWHUiULD HP SURVD TXH SURYRFD UHÀH[mR
acerca de problemas cotidianos.
B texto acadêmico, que valoriza o estudo da linguagem
regional e de suas variantes.
C relato oral, que objetiva a preservação da herança
cultural da comunidade.
D conversa particular, que favorece o compartilhar de
informações e experiências pessoais.
E anedota regional, que evidencia a fala e o vocabulário
exclusivo de um grupo social.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 18


*CINZ25DOM2* 2014

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de
sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
O que o fenômeno social dos “rolezinhos” representa?, apresentando proposta de intervenção, que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.

TEXTO I TEXTO II
Segundo o MC Daniel de Souza, a origem do
“rolezinho” remete aos chamados encontros de
admiradores, em que fãs dos cantores de funk iam aos
shoppings para encontrar os ídolos. “Antes do ‘rolezinho’
tinha o encontro de admiradores, que era com os
famosinhos das redes sociais, que faziam o seu encontro
e reuniam o povo no shopping”, declarou. “É o único
lugar que todo mundo conhece e é público”. O jovem
acredita que os encontros de admiradores cresceram e
se tornaram os “rolezinhos” de hoje, atraindo também
pessoas que aproveitam a situação para causar tumulto.

ANTONIO, T. Disponível em: http://memoria.ebc.com.br.


Acesso em: 16 jun. 2014 (adaptado).

Disponível em: http://altamiroborges.blogspot.com.br.


Acesso em: 16 jun. 2014.

TEXTO III
O funk da ostentação, surgido na Baixada Santista e Região Metropolitana de São Paulo nos últimos anos, evoca
o consumo, o luxo, o dinheiro e o prazer que tudo isso dá. Em seus clipes, os MCs aparecem com correntes e anéis
de ouro, vestidos com roupas de grife, em carros caros, cercado por mulheres. Diferentemente do núcleo duro do hip
hop paulista dos anos 80 e 90, que negava o sistema, e também do movimento de literatura periférica e marginal que,
no início dos anos 2000, defendia que, se é para consumir, que se comprem as marcas produzidas pela periferia, para
a periferia, o funk da ostentação coloca os jovens, ainda que para a maioria só pelo imaginário, em cenários até então
reservados para a juventude branca das classes média e alta. Esta, talvez, seja a sua transgressão. Em seus clipes,
os MCs têm vida de rico, com todos os signos dos ricos.
Esta exaltação do luxo e do consumo, interpretada como adesão ao sistema, tornou o funk da ostentação
desconfortável para uma parcela dos intelectuais brasileiros e mesmo para parte das lideranças culturais das periferias
de São Paulo. Agora, os rolezinhos – e a repressão que se seguiu a eles – deram a esta vertente do funk uma marca
de insurgência. Ao ocupar os shoppings, a juventude pobre e negra das periferias não estava apenas se apropriando
dos valores simbólicos, como já fazia pelas letras do funk da ostentação, mas também dos espaços físicos, o que
marca uma diferença.
BRUM, E. Disponível em: http://arquivo.geledes.org.br. Acesso em: 16 jun. 2014 (fragmento).

INSTRUÇÕES:
‡ O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
‡ 2WH[WRGH¿QLWLYRGHYHVHUHVFULWRjWLQWDQDIROKDSUySULDHPDWpOLQKDV
‡ A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
‡ WLYHUDWp VHWH OLQKDVHVFULWDVVHQGRFRQVLGHUDGD³LQVX¿FLHQWH´
‡ fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
‡ apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
‡ apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 2


*BRAN75SAB2* 2014

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS QUESTÃO 03


TECNOLOGIAS FIGURA 1
Questões de 1 a 45
QUESTÃO 01
Maria da Penha
Você não vai ter sossego na vida, seu moço
Se me der um tapa
Da dona “Maria da Penha”
Você não escapa
O bicho pegou, não tem mais a banca
De dar cesta básica, amor
Vacilou, tá na tranca
5HVSHLWRD¿QDOpERPHHXJRVWR
[...]
3ULQFHVD$OH[DQGUD'LVSRQtYHOHPZZZGHPRFUDFLDIDVKLRQFRPEU$FHVVRHPDJR
Não vem que eu não sou
0XOKHUGH¿FDUHVFXWDQGRHVFXODFKR FIGURA 2
$TXLREXUDFRpPDLVHPEDL[R
$QRVVDSDL[mRMiIRLWDUGH
[...]
Se quer um conselho, não venha
&RPHVVDDUURJkQFLDIHUUHQKD
Vai dar com a cara
Bem na mão da “Maria da Penha”
ALCIONE. De tudo o que eu gosto. Rio de Janeiro: Indie; Warner, 2007.

$OHWUDGDFDQomRID]UHIHUrQFLDDXPDLQLFLDWLYDGHVWLQDGD
D FRPEDWHU XP WLSR GH GHVUHVSHLWR H H[FOXVmR VRFLDO
associado, principalmente, à(s)
A mudanças decorrentes da entrada da mulher no
mercado de trabalho.
B IRUPDV GH DPHDoD GRPpVWLFD TXH VH UHVWULQJHP j
YLROrQFLDItVLFD
C UHODo}HVGHJrQHURVRFLDOPHQWHFRQVWUXtGDVDRORQJR
da história. 'XTXHVDGH&DPEULGJH.DWH0LGGOHWRQ'LVSRQtYHOHPKWWSURFNDQGJODPRXUEORJVSRWFRP

D YLROrQFLD GRPpVWLFD FRQWUD D PXOKHU UHODFLRQDGD $FHVVRHPDJR

jSREUH]D $V¿JXUDVLQGLFDPPXGDQoDVQRXQLYHUVRIHPLQLQRFRPRD
E LQJHVWmRH[FHVVLYDGHiOFRROSHORVKRPHQV
A decadência da Monarquia, revelada pela aparição
QUESTÃO 02 VROLWiULDHLQIRUPDOGDVQREUHV
Sempre teceremos panos de seda B UHGXomR QD HVFRODULGDGH VLPEROL]DGD SHOD YLGD
E nem por isso vestiremos melhor dinâmica e sem dedicação à leitura.
Seremos sempre pobres e nuas C ampliação do status, FRQIHULGD SHOD SDVVDJHP GR
(WHUHPRVVHPSUHIRPHHVHGH ORFDOU~VWLFRSDUDRVMDUGLQVGRSDOiFLR
1XQFDVHUHPRVFDSD]HVGHJDQKDUWDQWR
Que possamos ter melhor comida. D LQFOXVmR QD SROtWLFD UHSUHVHQWDGD SHOD GLIHUHQoD
CHRÉTIEN DE TROYES. Yvain ou le chevalier au lion (1177-1181). Apud MACEDO, J. R.
entre o espaço privado e o espaço público.
A mulher na Idade Média6mR3DXOR&RQWH[WR DGDSWDGR  E YDORUL]DomRGRFRUSRVDOLHQWDGDSHORXVRGHURXSDV
2WHPDGRWUDEDOKRIHPLQLQRYHPVHQGRDERUGDGRSHORV PDLVFXUWDVHSHODSRVWXUDPDLVUHOD[DGD
HVWXGRV KLVWyULFRV PDLV UHFHQWHV $OJXPDV IRQWHV VmR
importantes para essa abordagem, tal como o poema
apresentado, que alude à
A inserção das mulheres em atividades tradicionalmente
masculinas.
B ambição das mulheres em ocupar lugar preponderante
na sociedade.
C possibilidade de mobilidade social das mulheres na
LQG~VWULDWr[WLOPHGLHYDO
D H[SORUDomRGDVPXOKHUHVQDVPDQXIDWXUDVWr[WHLVQR
mundo urbano medieval.
E VHUYLGmRIHPLQLQDFRPRWLSRGHPmRGHREUDYLJHQWH
nas tecelagens europeias.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 2


2014 *BRAN75SAB3*
QUESTÃO 04 QUESTÃO 05
Quem acompanhasse os debates na Câmara dos 2SUySULRPRYLPHQWRRSHUiULRQmRSRGHVHUUHGX]LGR
DepXWDGRV HP  SRGHULD RXYLU D OHLWXUD GH XPD DXPFRQÀLWRGHLQWHUHVVHVHFRQ{PLFRVRXDXPDUHDomR
PRomRGHID]HQGHLURVGR5LRGH-DQHLUR³1LQJXpPQR FRQWUDDSUROHWDUL]DomR(OHpDQLPDGRSRUXPDLPDJHP
Brasil sustenta a escravidão pela escravidão, mas não GH³FLYLOL]DomR´LQGXVWULDOSHODLGHLDGHXPSURJUHVVRGDV
há um só brasileiro que não se oponha aos perigos da IRUoDVGHSURGXomRXWLOL]DGRSDUDREHPGHWRGRV2TXH
GHVRUJDQL]DomR GR DWXDO VLVWHPD GH WUDEDOKR´ /LYUHV p EHP GLIHUHQWH GD XWRSLD LJXDOLWDULVWD VLPSOHV SRXFR
os negros, as cidades seriam invadidas por “turbas preocupada com as condições de crescimento.
LJQDUDV´ ³JHQWH UHIUDWiULD DR WUDEDOKR H iYLGD GH TOURAINE, A. Os movimentos sociais. In: FORRACHI, M. M.; MARTINS, J. S. (Org.).
Sociologia e sociedade5LRGH-DQHLUR/LYURV7pFQLFRVH&LHQWt¿FRV
RFLRVLGDGH´$SURGXomRVHULDGHVWUXtGDHDVHJXUDQoD
GDV IDPtOLDV HVWDULD DPHDoDGD 9HLR D $EROLomR R &RQVLGHUDQGRDFDUDFWHUL]DomRDSUHVHQWDGDSHORWH[WRD
$SRFDOLSVH ¿FRX SDUD GHSRLV H R %UDVLO PHOKRURX RX busca pela igualdade pressupõe o(a)
VHUi TXH DOJXpP GXYLGD"  3DVVDGRV GH] DQRV GR A HVWtPXORGDOXWDSROtWLFD
LQtFLR GR GHEDWH HP WRUQR GDV Do}HV D¿UPDWLYDV H GR
B DGRomRGDLGHRORJLDPDU[LVWD
UHFXUVRjVFRWDVSDUDIDFLOLWDURDFHVVRGRVQHJURVjV
XQLYHUVLGDGHVS~EOLFDVEUDVLOHLUDVIHOL]PHQWHpSRVVtYHO C FROHWLYL]DomRGRVPHLRVGHSURGXomR
FRQIHULU D FRQVLVWrQFLD GRV DUJXPHQWRV DSUHVHQWDGRV D DSURIXQGDPHQWRGRVFRQÀLWRVVRFLDLV
FRQWUD HVVD LQLFLDWLYD 'H VDtGD YHLR D DGYHUWrQFLD E LQWHQVL¿FDomRGRFUHVFLPHQWRHFRQ{PLFR
GH TXH DV FRWDV H[DFHUEDULDP D TXHVWmR UDFLDO (VVD
ameaça vai completar 18 anos e não se registraram QUESTÃO 06
FDVRVVLJQL¿FDWLYRVGHH[DFHUEDomR $RIDODUGRFDUiWHUGHXPKRPHPQmRGL]HPRVTXH
GASPARI, E. As cotas e a urucubaca. Folha de S. PauloMXQ HOHpViELRRXTXHSRVVXLHQWHQGLPHQWRPDVTXHpFDOPR
RX WHPSHUDQWH 1R HQWDQWR ORXYDPRV WDPEpP R ViELR
O argumento elaborado pelo autor sugere que as
UHIHULQGRVH DR KiELWR H DRV KiELWRV GLJQRV GH ORXYRU
censuras às cotas raciais são chamamos virtude.
A politicamente ignoradas. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco6mR3DXOR1RYD&XOWXUDO

B VRFLDOPHQWHMXVWL¿FDGDV (P$ULVWyWHOHVRFRQFHLWRGHYLUWXGHpWLFDH[SUHVVDD
C FXOWXUDOPHQWHTXDOL¿FDGDV A H[FHOrQFLDGHDWLYLGDGHVSUDWLFDGDVHPFRQVRQkQFLD
D historicamente equivocadas. com o bem comum.
E HFRQRPLFDPHQWHIXQGDPHQWDGDV B FRQFUHWL]DomR XWLOLWiULD GH Do}HV TXH UHYHODP D
PDQLIHVWDomRGHSURSyVLWRVSULYDGRV
C concordância das ações humanas aos preceitos
emanados da divindade.
D UHDOL]DomRGHDo}HVTXHSHUPLWHPDFRQ¿JXUDomRGD
SD]LQWHULRU
E PDQLIHVWDomRGHDo}HVHVWpWLFDVFRURDGDVGHDGRUQR
HEHOH]D

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 3


*BRAN75SAB4* 2014

QUESTÃO 07 QUESTÃO 09
No sistema democrático de Schumpeter, os únicos TEXTO I
SDUWLFLSDQWHV SOHQRV VmR RV PHPEURV GH HOLWHV SROtWLFDV
em partidos e em instituições públicas. O papel dos 'HSXWDGR GH¿QLomRGRVpFXOR;9,,, 
FLGDGmRVRUGLQiULRVpQmRDSHQDVDOWDPHQWHOLPLWDGRPDV Substant. Aquele a quem se deu alguma comissão
IUHTXHQWHPHQWHUHWUDWDGRFRPRXPDLQWUXVmRLQGHVHMDGD GH MXULVGLomR RX FRQKHFLPHQWR 0DQGDGR GD SDUWH GH
QR IXQFLRQDPHQWR WUDQTXLOR GR SURFHVVR ³S~EOLFR´ GH alguma República, ou soberano. O que tem comissão do
tomada de decisões. ministro próprio.
HELD, D. Modelos de democracia%HOR+RUL]RQWH3DLGHLD
SILVA, A. M. Diccionario da lingua portugueza. Lisboa:
2I¿FLQDGH6LPmR7KDGGHR)HUUHLUD DGDSWDGR 
2PRGHORGHVLVWHPDGHPRFUiWLFRDSUHVHQWDGRSHORWH[WR
pressupõe a TEXTO II
A consolidação da racionalidade comunicativa. 'HSXWDGR GH¿QLomRGRVpFXOR;;, 
B DGRomRGRVLQVWLWXWRVGRSOHELVFLWRHGRUHIHUHQGR
[...]
C condução de debates entre cidadãos iguais e o
Estado. $TXHOHTXHUHSUHVHQWDRVLQWHUHVVHVGHRXWUHPHP
D VXEVWLWXLomR GD GLQkPLFD UHSUHVHQWDWLYD SHOD FtYLFR UHXQL}HVHGHFLV}HVR¿FLDLV
participativa. $TXHOHTXHpHOHLWRSDUDOHJLVODUHUHSUHVHQWDURV
E GHOLEHUDomR GRV OtGHUHV SROtWLFRV FRP UHVWULomR GD interesses dos cidadãos.
participação das massas.
$TXHOHTXHpFRPLVVLRQDGRSDUDWUDWDUGRVQHJyFLRV
QUESTÃO 08 alheios.
AULETE, C. Minidicionário contemporâneo da língua portuguesa.
As relações do Estado brasileiro com o movimento 6mR3DXOR/H[LNRQ DGDSWDGR 
RSHUiULR H VLQGLFDO EHP FRPR DV SROtWLFDV S~EOLFDV
$ PXGDQoD PDLV VLJQL¿FDWLYD QR VHQWLGR GD SDODYUD
voltadas para as questões sociais durante o primeiro
³GHSXWDGR´HQWUHRVpFXOR;9,,,HRVGLDVGHKRMHGiVH
JRYHUQR GD (UD 9DUJDV   VmR WHPDV pelo(a)
amplamente estudados pela academia brasileira em seus
YiULRVDVSHFWRV6mRWDPEpPRVWHPDVPDLVOHPEUDGRV A DXPHQWRQDLPSRUWkQFLDFRPRUHSUHVHQWDomRSROtWLFD
pela sociedade quando se pensa no legado varguista. dos cidadãos.
'¶$5$Ò-20&(VWDGRFODVVHWUDEDOKDGRUDHSROtWLFDVVRFLDLV,Q)(55(,5$-'(/*$'2 B FUHVFHQWHSDUWLFLSDomRGRVIXQFLRQiULRVQRSRGHUGR
L. A. (Org.).O tempo do nacional-estatismoGRLQtFLRDRDSRJHXGR(VWDGR1RYR Estado.
5LRGH-DQHLUR&LYLOL]DomR%UDVLOHLUD
C incentivo à intermediação dos interesses de
'XUDQWHRJRYHUQRGH*HW~OLR9DUJDVIRUDPGHVHQYROYLGDV particulares.
ações de cunho social, dentre as quais se destaca a D criação de diversas pequenas cidades-repúblicas.
A GLVVHPLQDomR GH RUJDQL]Do}HV SDUDPLOLWDUHV E diminuição do poder das assembleias.
LQVSLUDGDVQRVUHJLPHVIDVFLVWDVHXURSHXV
B aprovação de normas que buscavam garantir a posse
das terras aos pequenos agricultores.
C FULDomRGHXPFRQMXQWRGHOHLVWUDEDOKLVWDVDVVRFLDGDV
ao controle das representações sindicais.
D implementação de um sistema de previdência e
seguridade para atender aos trabalhadores rurais.
E LPSODQWDomRGHDVVRFLDo}HVFLYLVFRPRXPDHVWUDWpJLD
SDUDDSUR[LPDUDVFODVVHVPpGLDVHRJRYHUQR

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB5*
QUESTÃO 10 QUESTÃO 12
'HVGH  R ,QVWLWXWR GR 3DWULP{QLR +LVWyULFR H 6HQGRRVKRPHQVSRUQDWXUH]DWRGRVOLYUHVLJXDLV
$UWtVWLFR 1DFLRQDO ,SKDQ  WHP UHJLVWUDGR FHUWRV EHQV H LQGHSHQGHQWHV QLQJXpP SRGH VHU H[SXOVR GH VXD
LPDWHULDLV FRPR SDWULP{QLR FXOWXUDO GR SDtV (QWUH DV SURSULHGDGH H VXEPHWLGR DR SRGHU SROtWLFR GH RXWUHP
PDQLIHVWDo}HVTXHMiJDQKDUDPHVVHstatusHVWiRRItFLR sem dar consentimento. A maneira única em virtude da
GDVEDLDQDVGRDFDUDMp(QIDWL]HVHRRItFLRGDVEDLDQDV qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural
QmR D UHFHLWD GR DFDUDMp 4XDQGR XPD EDLDQD SUHSDUD e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em
R DFDUDMp Ki XPD VpULH GH FyGLJRV LPSHUFHSWtYHLV SDUD FRQFRUGDU FRP RXWUDV SHVVRDV HP MXQWDUVH H XQLUVH
TXHPROKDGHIRUD$FRUGDURXSDDDPDUUDGRVSDQRV HP FRPXQLGDGH SDUD YLYHUHP FRP VHJXUDQoD FRQIRUWR
e os adereços mudam de acordo com o santo e com H SD] XPDV FRP DV RXWUDV JR]DQGR JDUDQWLGDPHQWH
D KLHUDUTXLD GHOD QR FDQGRPEOp 2 ,SKDQ FRQWD TXH GDV SURSULHGDGHV TXH WLYHUHP H GHVIUXWDQGR GH PDLRU
UHJLVWUDQGR R RItFLR ³HVVH H RXWURV PXQGRV OLJDGRV DR SURWHomRFRQWUDTXHPTXHUTXHQmRIDoDSDUWHGHOD
SUHSDURGRDFDUDMpSRGHPVHUGHVFRUWLQDGRV´
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores6mR3DXOR1RYD&XOWXUDO
.$=5$GLIHUHQoDHQWUHRDFDUDMpHRVDQGXtFKHGH%DXUXRevista de História da
Biblioteca Nacional, n. 13, out. 2006 (adaptado). 6HJXQGRD7HRULDGD)RUPDomRGR(VWDGRGH-RKQ/RFNH
De acordo com o autor, o Iphan evidencia a necessidade para viver em sociedade, cada cidadão deve
GH VH SURWHJHUHP FHUWDV PDQLIHVWDo}HV KLVWyULFDV SDUD A PDQWHU D OLEHUGDGH GR HVWDGR GH QDWXUH]D GLUHLWR
TXHFRQWLQXHPH[LVWLQGRGHVWDFDQGRVHQHVVHFDVRD inalienável.
A PLVWXUD GH WUDGLo}HV DIULFDQDV LQGtJHQDV H B abrir mão de seus direitos individuais em prol do bem
portuguesas no preparo do alimento por parte das comum.
FR]LQKHLUDVEDLDQDV
C abdicar de sua propriedade e submeter-se ao poder
B relação com o sagrado no ato de preparar o alimento, GRPDLVIRUWH
VREUHVVDLQGRVHRXVRGHVtPERORVHLQVtJQLDVSHODV
D concordar com as normas estabelecidas para a vida
FR]LQKHLUDV
em sociedade.
C XWLOL]DomR GH FHUWRV LQJUHGLHQWHV TXH VH PRVWUDP
FDGDYH]PDLVUDURVGHHQFRQWUDUFRPDVPXGDQoDV E UHQXQFLDUjSRVVHMXUtGLFDGHVHXVEHQVPDVQmRj
nos hábitos alimentares. sua independência.
D necessidade de preservação dos locais tradicionais QUESTÃO 13
GH SUHSDUR GR DFDUDMp DPHDoDGRV FRP DV
WUDQVIRUPDo}HVXUEDQDVQRSDtV $ LQWURGXomR GD RUJDQL]DomR FLHQWt¿FD WD\ORULVWD
E LPSRUWkQFLD GH VH WUHLQDUHP DV FR]LQKHLUDV EDLDQDV GR WUDEDOKR H VXD IXVmR FRP R IRUGLVPR DFDEDUDP SRU
D ¿P GH UHVJDWDU R PRGR WUDGLFLRQDO GH SUHSDUR GR UHSUHVHQWDU D IRUPD PDLV DYDQoDGD GD UDFLRQDOL]DomR
DFDUDMpTXHUHPRQWDjHVFUDYLGmR capitalista do processo de trabalho ao longo de várias
GpFDGDVGRVpFXOR;;
QUESTÃO 11 ANTUNES, R. Os sentidos do trabalhoHQVDLRVREUHDD¿UPDomRHDQHJDomRGRWUDEDOKR
6mR3DXOR%RLWHPSR DGDSWDGR 
$MXVWLoDpDSULPHLUDYLUWXGHGDVLQVWLWXLo}HVVRFLDLV
FRPRDYHUGDGHRpGRVVLVWHPDVGHSHQVDPHQWR&DGD 2 REMHWLYR GHVVH PRGHOR GH RUJDQL]DomR GR WUDEDOKR p
SHVVRDSRVVXLXPDLQYLRODELOLGDGHIXQGDGDQDMXVWLoDTXH R DOFDQFH GD H¿FLrQFLD Pi[LPD QR SURFHVVR SURGXWLYR
nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo industrial que, para tanto,
SRGHLJQRUDU3RUHVVDUD]mRDMXVWLoDQHJDTXHDSHUGD
GH OLEHUGDGH GH DOJXQV VH MXVWL¿TXH SRU XP EHP PDLRU A DGRWD HVWUXWXUDV GH SURGXomR KRUL]RQWDOL]DGDV
partilhado por todos. SULYLOHJLDQGRDVWHUFHLUL]Do}HV
HAWLS, J. 8PDWHRULDGDMXVWLoD. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (adaptado). B UHTXHU WUDEDOKDGRUHV TXDOL¿FDGRV SROLYDOHQWHV H
aptos para as oscilações da demanda.
2 ¿OyVRIR D¿UPD TXH D LGHLD GH MXVWLoD DWXD FRPR XP
LPSRUWDQWH IXQGDPHQWR GD RUJDQL]DomR VRFLDO H DSRQWD C procede à produção em pequena escala, mantendo
FRPRVHXHOHPHQWRGHDomRHIXQFLRQDPHQWRR RVHVWRTXHVEDL[RVHDGHPDQGDFUHVFHQWH
D GHFRPS}H D SURGXomR HP WDUHIDV IUDJPHQWDGDV
A povo.
e repetitivas, complementares na construção do
B Estado. produto.
C governo. E RXWRUJDDRVWUDEDOKDGRUHVDH[WHQVmRGDMRUQDGDGH
D LQGLYtGXR WUDEDOKRSDUDTXHHOHVGH¿QDPRULWPRGHH[HFXomR
E magistrado. GHVXDVWDUHIDV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB6* 2014

QUESTÃO 14 QUESTÃO 15
Número de imigrantes
Perfil do comércio Brasil-China internacionais do Brasil
Em 2010 268 000

Vendas do Brasil para a China 143 000

Básicos Semimanufaturados
83,7% 11,8%
Entre 1995 e 2000 Entre 2005 e 2010
US$
30,785 ,%*('LVSRQtYHOHPZZZLEJHJRYEU$FHVVRHPDJR
bilhões
A variação do número de imigrantes internacionais no
4,5% %UDVLO YHUL¿FDGD SHOD DQiOLVH GR JUi¿FR p UHVXOWDGR
Manufaturados direto da
A VLWXDomRLQWHUQDFLRQDOGHFULVHHFRQ{PLFD
B limitação europeia à entrada de estrangeiros.
Vendas da China para o Brasil C DWUDomRH[HUFLGDSHODVEHODVSDLVDJHQVQDWXUDLV
D OHJLVODomRIDFLOLWDGRUDGDHQWUDGDGHHVWUDQJHLURV
Manufaturados Básicos
E HVFROKD GR SDtV FRPR VHGH GH JUDQGHV HYHQWRV
97,5% 2,1% esportivos.

US$ QUESTÃO 16
25,593
bilhões
Participação das regiões no PIB do país, em %
0,4%
Semimanufaturados

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Norte


Indústria e Comércio Exterior.
4,7 5,3
$/9$5(1*$''LVSRQtYHOHPKWWSJJORERFRP$FHVVRHPGH] IUDJPHQWR  Nordeste
1DV ~OWLPDV GpFDGDV WHP VH REVHUYDGR XP LQFUHPHQWR 13 13,5
QRFRPpUFLRHQWUHR%UDVLOHD&KLQD$FRPSDUDomRHQWUH
RVJUi¿FRVGHPRQVWUDD
Centro-Oeste
A SRVLomR GR %UDVLO FRPR JUDQGH H[SRUWDGRU GH 8,8 9,3
commodities. Sudeste
B IDOWD GH FRPSOHPHQWDULGDGH SURGXWLYD HQWUH RV GRLV
SDtVHV 2002 56,7 55,4
C vantagem competitiva da China no setor de produção 2010
DJUtFROD Sul
D proporcionalidade entre as trocas de bens de alto
16,9 16,5
valor agregado.
E restrita participação de bens de alta tecnologia no
Fonte: IBGE.
FRPpUFLRELODWHUDO
'LVSRQtYHOHPZZZDFHUYRIROKDFRPEU$FHVVRHPGH] IUDJPHQWR 

$V WUDMHWyULDV GH SDUWLFLSDomR GDV UHJL}HV 6XGHVWH H


Nordeste, apresentadas no mapa, estão, respectivamente,
associadas ao(à)
A UHGXomR GD UHQGD PpGLD H j ÀH[LELOL]DomR GDV OHLV
ambientais.
B HQFDUHFLPHQWR GD PmR GH REUD H j SROtWLFD GH
LQFHQWLYRV¿VFDLV
C H[SDQVmR GD PDOKD URGRYLiULD H j LQVWDODomR GH
JUDQGHVSURMHWRVKLGUHOpWULFRV
D diminuição da participação do setor de serviços e à
ampliação do agronegócio.
E DXPHQWR GR ÀX[R PLJUDWyULR LQWHUUHJLRQDO H j
GHVFREHUWDGHQRYDVMD]LGDVGHFDUYmRPLQHUDO

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 6


2014 *BRAN75SAB7*
QUESTÃO 17 QUESTÃO 18

TEXTO I $ PLWRORJLD FRPSDUDGD VXUJH QR VpFXOR ;9,,, (VVD


WHQGrQFLDLQÀXHQFLRXRHVFULWRUFHDUHQVH-RVpGH$OHQFDU
TXHLQVSLUDGRSHORHVWLORGDHSRSHLDKRPpULFDQDIlíada,
propõe em Iracema XPD HVSpFLH GH PLWR IXQGDGRU GR
povo brasileiro. Assim como a Ilíada vincula a constituição
GR SRYR KHOrQLFR j *XHUUD GH 7URLD GHÀDJUDGD SHOR
romance proibido de Helena e Páris, Iracema vincula a
IRUPDomR GR SRYR EUDVLOHLUR DRV FRQÀLWRV HQWUH tQGLRV H
FRORQL]DGRUHV DWUDYHVVDGRV SHOR DPRU SURLELGR HQWUH
XPDtQGLD²,UDFHPD²HRFRORQL]DGRUSRUWXJXrV0DUWLP
Soares Moreno.
DETIENNE, M. $LQYHQomRGDPLWRORJLD5LRGH-DQHLUR-RVp2O\PSLR DGDSWDGR 

A comparação estabelecida entre a Ilíada e Iracema


demonstra que essas obras
A FRPELQDP IROFORUH H FXOWXUD HUXGLWD HP VHXV HVWLORV
HVWpWLFRV
B articulam resistência e opressão em seus gêneros
literários.
C associam história e mito em suas construções
$EDSRUX'LVSRQtYHOHPZZZIROKDXROFRPEU$FHVVRHPDJR identitárias.
TEXTO II D UHÀHWHP SDFL¿VPR H EHOLFLVPR HP VXDV HVFROKDV
(PMDQHLURGH7DUVLODTXHULDGDUXPSUHVHQWHGH ideológicas.
DQLYHUViULRHVSHFLDODRVHXPDULGR2VZDOGGH$QGUDGH E WUDGX]HP UHYROWD H FRQIRUPLVPR HP VHXV SDGU}HV
Pintou o Abaporu(OHVDFKDUDPTXHSDUHFLDXPD¿JXUD alegóricos.
LQGtJHQDDQWURSyIDJDH7DUVLODOHPEURXVHGRGLFLRQiULR
WXSLJXDUDQLGHVHXSDL%DWL]RXVHRTXDGURGHAbaporu, QUESTÃO 19
TXH VLJQL¿FD KRPHP TXH FRPH FDUQH KXPDQD R
DQWURSyIDJR(2VZDOGHVFUHYHXR0DQLIHVWR$QWURSyIDJR ÈUHDVHPHVWDEHOHFLPHQWRGHDWLYLGDGHVHFRQ{PLFDV
HIXQGDUDPR0RYLPHQWR$QWURSRIiJLFR VHPSUHVHFRORFDUDPFRPRJUDQGHFKDPDUL])RLDVVLP
QR OLWRUDO QRUGHVWLQR QR LQtFLR GD FRORQL]DomR FRP R
'LVSRQtYHOHPZZZWDUVLODGRDPDUDOFRPEU$FHVVRHPDJR DGDSWDGR 
SDXEUDVLO D FDQDGHDo~FDU R IXPR DV SURGXo}HV
O movimento originado da obra Abaporu pretendia GH DOLPHQWRV H R FRPpUFLR 2 HQULTXHFLPHQWR UiSLGR
se apropriar H[DFHUERXRHVStULWRGHDYHQWXUDGRKRPHPPRGHUQR
A da cultura europeia, para originar algo brasileiro. FARIA, S. C. A Colônia em movimento5LRGH-DQHLUR1RYD)URQWHLUD DGDSWDGR 

B GDDUWHFOiVVLFDSDUDFRSLDURVHXLGHDOGHEHOH]D 2SURFHVVRGHVFULWRQRWH[WRWURX[HFRPRHIHLWRR D
C do ideário republicano, para celebrar a modernidade. A DFXPXODomR GH FDSLWDLV QD &RO{QLD SURSLFLDQGR D
D GDV WpFQLFDV DUWtVWLFDV QDWLYDV SDUD FRQVDJUDU VXD FULDomRGHXPDPELHQWHLQWHOHFWXDOHIHUYHVFHQWH
tradição. B surgimento de grandes cidades coloniais, voltadas
E da herança colonial brasileira, para preservar sua SDUD R FRPpUFLR H FRP JUDQGH FRQFHQWUDomR
identidade. monetária.
C concentração da população na região litorânea, pela
IDFLOLGDGHGHHVFRDPHQWRGDSURGXomR
D IDYRUHFLPHQWRGRVQDWXUDLVGD&RO{QLDQDFRQFHVVmR
GHWtWXORVGHQREUH]DH¿GDOJXLDSHOD0RQDUTXLD
E construção de relações de trabalho menos
desiguais que as da Metrópole, inspiradas pelo
empreendedorismo.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 7


*BRAN75SAB8* 2014

QUESTÃO 20 QUESTÃO 22
(PGH]HPEURGHFRPHoRXXPDJUHYHGHGRLV 3DVVDGD D IHVWD GD DEROLomR RV H[HVFUDYRV
PHVHV QR SULQFLSDO SRUWR GD ÈIULFD 2FLGHQWDO )UDQFHVD procuraram distanciar-se do passado de escravidão,
Dacar. As autoridades só conseguiram levar os grevistas negando-se a se comportar como antigos cativos.
de volta ao trabalho com grandes aumentos de salário e, Em diversos engenhos do Nordeste, negaram-se a
RTXHpDLQGDPDLVLPSRUWDQWHSRQGRHPSUiWLFDWRGRR receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração.
DSDUDWR GH UHODo}HV LQGXVWULDLV XVDGR QD )UDQoD ² HP 4XDQGR GHFLGLUDP ILFDU LVVR QmR VLJQLILFRX TXH
UHVXPRDJLQGRFRPRVHRVJUHYLVWDVIRVVHPPRGHUQRV concordassem em se submeter às mesmas condições
operários industriais. de trabalho do regime anterior.
COOPER, F.; HOLT, T.; SCOTT, R. $OpPGDHVFUDYLGmR.
FRAGA, W.; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira.
5LRGH-DQHLUR&LYLOL]DomR%UDVLOHLUD DGDSWDGR 
6mR3DXOR0RGHUQD DGDSWDGR 

'XUDQWHRQHRFRORQLDOLVPRRWUDEDOKRIRUoDGR²TXHQmR 6HJXQGR R WH[WR RV SULPHLURV DQRV DSyV D DEROLomR GD


VHFRQIXQGHFRPDHVFUDYLGmR²IRLXPDFRQVWDQWHHP HVFUDYLGmRQR%UDVLOWLYHUDPFRPRFDUDFWHUtVWLFDR D
GLYHUVDVUHJL}HVGRFRQWLQHQWHDIULFDQRDWpRVpFXOR;;
'HDFRUGRFRPRWH[WRVXDVXSHUDomRGHULYDGD A FDUiWHURUJDQL]DWLYRGRPRYLPHQWRQHJUR
A FUtWLFDPRUDOGDLQWHOHFWXDOLGDGHPHWURSROLWDQD B equiparação racial no mercado de trabalho.
B pressão articulada dos organismos multilaterais. C EXVFDSHORUHFRQKHFLPHQWRGRH[HUFtFLRGDFLGDGDQLD
C UHVLVWrQFLDRUJDQL]DGDGRVWUDEDOKDGRUHVQDWLYRV D HVWDEHOHFLPHQWR GR VDOiULR PtQLPR SRU SURMHWR
D concessão pessoal dos empresários imperialistas. legislativo.
E EDL[DOXFUDWLYLGDGHGRVHPSUHHQGLPHQWRVFDSLWDOLVWDV E HQWXVLDVPRFRPDH[WLQomRGDVSpVVLPDVFRQGLo}HV
de trabalho.
QUESTÃO 21
QUESTÃO 23
Os escravos, obviamente, dispunham de poucos
UHFXUVRV SROtWLFRV PDV QmR GHVFRQKHFLDP R TXH VH 9HQH]D HPHUJLQGR REVFXUDPHQWH DR ORQJR GR
passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se LQtFLR GD ,GDGH 0pGLD GDV iJXDV jV TXDLV GHYLD VXD
das divisões entre estes, selecionaram temas que lhes imunidade a ataques, era nominalmente submetida
LQWHUHVVDYDPGRLGHiULROLEHUDOHDQWLFRORQLDOWUDGX]LUDPH DR ,PSpULR %L]DQWLQR PDV QD SUiWLFD HUD XPD FLGDGH
HPSUHVWDUDPVLJQL¿FDGRVSUySULRVjVUHIRUPDVRSHUDGDV HVWDGR LQGHSHQGHQWH QD DOWXUD GR VpFXOR ; 9HQH]D
QRHVFUDYLVPREUDVLOHLURDRORQJRGRVpFXOR;,; era única na cristandade por ser uma comunidade
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil comercial: “Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas”,
oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). 9LDJHPLQFRPSOHWDDH[SHULrQFLDEUDVLOHLUD FRPR XP VXUSUHVR REVHUYDGRU GR VpFXOR ;, FRQVWDWRX
  6mR3DXOR6HQDF
&RPHUFLDQWHV YHQH]LDQRV SXGHUDP QHJRFLDU WHUPRV
$R ORQJR GR VpFXOR ;,; RV QHJURV HVFUDYL]DGRV IDYRUiYHLV SDUD FRPHUFLDU FRP &RQVWDQWLQRSOD PDV
FRQVWUXtUDPYDULDGDVIRUPDVSDUDUHVLVWLUjHVFUDYLGmRQR WDPEpPVHUHODFLRQDUDPFRPPHUFDGRUHVGRLVOm
%UDVLO$HVWUDWpJLDGHOXWDFLWDGDQRWH[WREDVHDYDVHQR FLETCHER, R. A cruz e o crescenteFULVWLDQLVPRHLVOmGH0DRPpj5HIRUPD
aproveitamento das 5LRGH-DQHLUR1RYD)URQWHLUD

A estruturas urbanas como ambiente para escapar do $H[SDQVmRGDVDWLYLGDGHVGHWURFDVQD%DL[D,GDGH


cativeiro. 0pGLD GLQDPL]DGDV SRU FHQWURV FRPR 9HQH]D
B GLPHQV}HVWHUULWRULDLVFRPRHOHPHQWRSDUDIDFLOLWDUDV UHIOHWHR D
IXJDV A importância das cidades comerciais.
C OLPLWDo}HV HFRQ{PLFDV FRPR SUHVVmR SDUD R ¿P GR B integração entre a cidade e o campo.
escravismo.
C GLQDPLVPRHFRQ{PLFRGD,JUHMDFULVWm
D FRQWUDGLo}HVSROtWLFDVFRPREUHFKDSDUDDFRQTXLVWD
da liberdade. D FRQWUROHGDDWLYLGDGHFRPHUFLDOSHODQREUH]DIHXGDO
E LGHRORJLDVRULJLQiULDVFRPRDUWLItFLRSDUDUHVJDWDUDV E ação reguladora dos imperadores durante as trocas
UDt]HVDIULFDQDV comerciais.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 8


2014 *BRAN75SAB9*
QUESTÃO 24 QUESTÃO 25
TEXTO I 4XDQGR 'HXV FRQIXQGLX DV OtQJXDV QD WRUUH GH
2 SUtQFLSH ' -RmR 9, SRGLD WHU GHFLGLGR ¿FDU HP %DEHO SRQGHURX )LOR +HEUHX TXH WRGRV ¿FDUDP PXGRV
3RUWXJDO1HVVHFDVRR%UDVLOFRPFHUWH]DQmRH[LVWLULD H VXUGRV SRUTXH DLQGD TXH WRGRV IDODVVHP H WRGRV
$ &RO{QLD VH IUDJPHQWDULD FRPR VH IUDJPHQWRX D SDUWH ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel,
HVSDQKROD GD $PpULFD 7HUtDPRV HP YH] GR %UDVLO GH KRXYH VHWHQWD H GXDV OtQJXDV QD %DEHO GR ULR GDV
KRMH FLQFR RX VHLV SDtVHV GLVWLQWRV -RVp 0XULOR GH $PD]RQDVMiVHFRQKHFHPPDLVGHFHQWRHFLQTXHQWD
Carvalho) E assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos
e todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto
TEXTO II WUDEDOKRVHUmRQHFHVViULRVSDUDTXHHVVHVPXGRVIDOHP
+i QR %UDVLO XPD LQVLVWrQFLD HP UHIRUoDU R OXJDU e esses surdos ouçam.
FRPXPVHJXQGRRTXDOIRL'-RmR9,RUHVSRQViYHOSHOD VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES, J. H. História viva.
6mR3DXOR*OREDO DGDSWDGR 
XQLGDGHGRSDtV,VVRQmRpYHUGDGH$XQLGDGHGR%UDVLO
IRLFRQVWUXtGDDRORQJRGRWHPSRHpDQWHVGHWXGRXPD 1R GHFRUUHU GD FRORQL]DomR SRUWXJXHVD QD$PpULFD DV
IDEULFDomRGD&RURD$LGHLDGHTXHHUDSUHFLVRIRUWDOHFHU tentativas de resolução do problema apontado pelo padre
XP,PSpULRFRPRVWHUULWyULRVGH3RUWXJDOH%UDVLOFRPHoRX $QW{QLR9LHLUDUHVXOWDUDPQD
MiQRVpFXOR;9,,, (YDOGR&DEUDOGH0HOOR
A ampliação da violência nas guerras intertribais.
1808 – O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. PauloQRY DGDSWDGR 
B GHVLVWrQFLDGDHYDQJHOL]DomRGRVSRYRVQDWLYRV
(P  IRL FRPHPRUDGR R ELFHQWHQiULR GD FKHJDGD
C LQGLIHUHQoDGRVMHVXtWDVHPUHODomRjGLYHUVLGDGHGH
GD IDPtOLD UHDO SRUWXJXHVD DR %UDVLO 1RV WH[WRV GRLV
OtQJXDVDPHULFDQDV
importantes historiadores brasileiros se posicionam
GLDQWHGHXPGRVSRVVtYHLVOHJDGRVGHVVHHSLVyGLRSDUD D pressão da Metrópole pelo abandono da catequese
D KLVWyULD GR SDtV 2 OHJDGR GLVFXWLGR H XP DUJXPHQWR QDVUHJL}HVGHGLItFLODFHVVR
TXHVXVWHQWDDGLIHUHQoDGRSULPHLURSRQWRGHYLVWDSDUD E VLVWHPDWL]DomR GDV OtQJXDV QDWLYDV QXPD HVWUXWXUD
o segundo estão associados, respectivamente, em: JUDPDWLFDOIDFLOLWDGRUDGDFDWHTXHVH
A ,QWHJULGDGH WHUULWRULDO ² &HQWUDOL]DomR GD
DGPLQLVWUDomRUpJLDQD&RUWH QUESTÃO 26
B 'HVLJXDOGDGHVRFLDO²&RQFHQWUDomRGDSURSULHGDGH (P EXVFD GH PDWpULDVSULPDV H GH PHUFDGRV SRU
IXQGLiULDQRFDPSR
FDXVD GD DFHOHUDGD LQGXVWULDOL]DomR RV HXURSHXV
C +RPRJHQHLGDGH LQWHOHFWXDO ² 'LIXVmR GDV LGHLDV
liberais nas universidades. UHWDOKDUDP HQWUH VL D ÈIULFD 0DLV GR TXH DOHJDo}HV
HFRQ{PLFDV KDYLD MXVWL¿FDWLYDV SROtWLFDV FLHQWt¿FDV
D 8QLIRUPLGDGHFXOWXUDO²0DQXWHQomRGDPHQWDOLGDGH
HVFUDYLVWDQDVID]HQGDV LGHROyJLFDV H DWp ¿ODQWUySLFDV 2 UHL EHOJD /HRSROGR ,,
E &RQWLQXLGDGHHVSDFLDO²&RRSWDomRGRVPRYLPHQWRV GHIHQGLDRWUDEDOKRPLVVLRQiULRHDFLYLOL]DomRGRVQDWLYRV
VHSDUDWLVWDVQDVSURYtQFLDV do Congo, argumento desmascarado pelas atrocidades
praticadas contra a população.
NASCIMENTO, C. PartilhDGDÈIULFDRDVVRPEURGRFRQWLQHQWHPXWLODGRRevista de
História da Biblioteca NacionalDQRQGH] DGDSWDGR 

$ DWXDomR GRV SDtVHV HXURSHXV FRQWULEXLX SDUD TXH D


ÈIULFD²HQWUHH²VHWUDQVIRUPDVVHHPXPD
HVSpFLHGHJUDQGH³FROFKDGHUHWDOKRV´(VVHSURFHVVRIRL
motivado pelo(a)
A EXVFD GH DFHVVR j LQIUDHVWUXWXUD HQHUJpWLFD GRV
SDtVHVDIULFDQRV
B tentativa de regulação da atividade comercial com os
SDtVHVDIULFDQRV
C UHVJDWH KXPDQLWiULR GDV SRSXODo}HV DIULFDQDV HP
VLWXDomRGHH[WUHPDSREUH]D
D GRPtQLRVREUHRVUHFXUVRVFRQVLGHUDGRVHVWUDWpJLFRV
SDUDRIRUWDOHFLPHQWRGDVQDo}HVHXURSHLDV
E QHFHVVLGDGH GH H[SDQGLU DV IURQWHLUDV FXOWXUDLV GD
(XURSDSHORFRQWDWRFRPRXWUDVFLYLOL]Do}HV

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
*BRAN75SAB10* 2014

QUESTÃO 27 QUESTÃO 29
Os holandeses desembarcaram em Pernambuco O enclave supõe a presença de “muros sociais”
no ano de 1630, em nome da Companhia das Índias internos que separam e distanciam populações e grupos
2FLGHQWDLV :,& HIRUDPDRVSRXFRVRFXSDQGRDFRVWD de um mesmo lugar. Tais muros revelam as grandes
TXHLDGDIR]GR5LR6mR)UDQFLVFRDR0DUDQKmRQRDWXDO
contradições e discrepâncias presentes nas cidades
Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir
Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para brasileiras. É aqui que o território merece ser considerado
HUJXHUQR5HFLIHXPDSHTXHQD$PVWHUGm XP QRYR HOHPHQWR QDV SROtWLFDV S~EOLFDV HQTXDQWR
1$6&,0(1725/;$WRTXHGHFDL[DVRevista de História da Biblioteca Nacional,
XP VXMHLWR FDWDOLVDGRU GH SRWrQFLDV QR SURFHVVR GH
DQRQMXO UHIXQGDomRGRVRFLDO
'RSRQWRGHYLVWDHFRQ{PLFRDVUD]}HVTXHOHYDUDPRV KOGA, D. Medidas de cidades: entre territórios de vida e territórios vividos.
KRODQGHVHVDLQYDGLUHPRQRUGHVWHGD&RO{QLDGHFRUULDP 6mR3DXOR&RUWH]

GRIDWRGHTXHHVVDUHJLmR 1R FRQWH[WR DWXDO GDV P~OWLSODV WHUULWRULDOL]Do}HV


A era a mais importante área produtora de açúcar na DSRQWDGDV QR IUDJPHQWR D IRUPDomR GH HQFODYHV
$PpULFDSRUWXJXHVD IRUWL¿FDGRVQRHVSDoRXUEDQRpUHVXOWDGRGD
B SRVVXtD DV PDLV ULFDV PDWDV GH SDXEUDVLO QR OLWRUDO A autossegregação elitista em prol de garantia de
GDV$PpULFDV
segurança.
C FRQWDYD FRP R SRUWR PDLV HVWUDWpJLFR SDUD D
navegação no Atlântico Sul. B VHJPHQWDomRVRFLDOGDVSROtWLFDVS~EOLFDVSRUQtYHLV
de carência.
D representava o principal entreposto de escravos
DIULFDQRVSDUDDV$PpULFDV C LQÀXrQFLD GH JUXSRV SROtWLFRV JOREDLV HP UHGH QR
E FRQVWLWXtDXPUHGXWRGHULFRVFRPHUFLDQWHVGHDo~FDU cotidiano urbano.
GHRULJHPMXGDLFD D ampliação dos territórios móveis nas áreas
residenciais tradicionais.
QUESTÃO 28
E necessidade da população em associar
2VPRYLPHQWRVVRFLDLVGRVpFXOR;;,Do}HVFROHWLYDV espacialmente trabalho e moradia.
GHOLEHUDGDV TXH YLVDP j WUDQVIRUPDomR GH YDORUHV H
LQVWLWXLo}HV GD VRFLHGDGH PDQLIHVWDPVH QD H SHOD QUESTÃO 30
internet. O mesmo pode ser dito do movimento ambiental,
o movimento das mulheres, vários movimentos pelos $ SULQFLSDO IRUPD GH UHODomR HQWUH R KRPHP H D
GLUHLWRV KXPDQRV PRYLPHQWRV GH LGHQWLGDGH pWQLFD QDWXUH]D RX PHOKRU HQWUH R KRPHP H R PHLR p GDGD
movimentos religiosos, movimentos nacionalistas e SHOD WpFQLFD ² XP FRQMXQWR GH PHLRV LQVWUXPHQWDLV H
GRV GHIHQVRUHVSURSRQHQWHV GH XPD OLVWD LQ¿QGiYHO GH VRFLDLVFRPRVTXDLVRKRPHPUHDOL]DVXDYLGDSURGX]
SURMHWRVFXOWXUDLVHFDXVDVSROtWLFDV e, ao mesmo tempo, cria espaço.
CASTELLS, M. A galáxia da internetUHÀH[}HVVREUHDLQWHUQHWRVQHJyFLRVHDVRFLHGDGH SANTOS, M. $QDWXUH]DGRHVSDoR. São Paulo: Edusp, 2002 (adaptado).
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

'H DFRUGR FRP R WH[WR D SRSXODomR HQJDMDGD HP $ UHODomR HVWDEHOHFLGD QR WH[WR DVVRFLDGD D XPD
SURFHVVRV SROtWLFRV SRGH XWLOL]DU D UHGH PXQGLDO GH SURIXQGDGHJUDGDomRDPELHQWDOpYHUL¿FDGDQD
FRPSXWDGRUHV FRPR UHFXUVR SDUD PRELOL]DomR SRLV D A UDFLRQDOL]DomRGRXVRGHUHFXUVRVKtGULFRVSDUD¿QV
LQWHUQHWFDUDFWHUL]DVHSRU de abastecimento residencial.
A diminuir a insegurança do sistema eleitoral. B DSURSULDomRGHUHVHUYDVH[WUDWLYLVWDVSDUDDWHQGHUj
B UHIRUoDU D SRVVLELOLGDGH GH PDLRU SDUWLFLSDomR demanda de subsistência.
TXDOL¿FDGD
C retirada da cobertura vegetal com o intuito de
C JDUDQWLU R FRQWUROH GDV LQIRUPDo}HV JHUDGDV QDV desenvolver a agricultura intensiva.
PRELOL]Do}HV
D ampliação da produção de alimentos orgânicos
D LQFUHPHQWDU R HQJDMDPHQWR FtYLFR SDUD DOpP GDV
IURQWHLUDVORFDLV SDUDPLQLPL]DUSUREOHPDVGDIRPH
E DPSOLDU D SDUWLFLSDomR SHOD VROXomR GD HVFDVVH] GH E UHRUGHQDomR GR HVSDoR UXUDO SDUD IDYRUHFHU R
tempo dos cidadãos. desenvolvimento do ecoturismo.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 10


2014 *BRAN75SAB11*
QUESTÃO 31

QUINO. Toda Mafalda6mR3DXOR0DUWLQV)RQWHV DGDSWDGR 

1RVTXDGULQKRVID]VHUHIHrência a um evento que correspondia a um dos grandes medos da população mundial no


SHUtRGRGD*XHUUD)ULD'XUDQWHHVVHSHUtRGRDSRVVLELOLGDGHGHRFRUUrQFLDGHVVHHYHQWRHUDJUDQGHHPIXQomRGR D
A acirramento da rivalidade Norte-Sul.
B LQWHQVL¿FDomRGDFRUULGDDUPDPHQWLVWD
C RFRUUrQFLDGHFULVHVHFRQ{PLFDVJOREDLV
D emergência de novas potências mundiais.
E DSURIXQGDPHQWRGHGHVLJXDOGDGHVVRFLDLV

QUESTÃO 32
'HPRGRJHUDORVORJUDGRXURVGH)RUWDOH]DDWpPHDGRVGRVpFXOR;,;HUDPFRQKHFLGRVSRUGHVLJQDo}HVVXUJLGDV
GDWUDGLomRRXGHIXQo}HVHHGL¿FDo}HV TXH OKHV FDUDFWHUL]DYDP$VVLP FKDPDYDVH7UDYHVVD GD 0XQLFLSDOLGDGH
DWXDO*XLOKHUPH5RFKD SRUODGHDURSUpGLRGD,QWHQGrQFLD0XQLFLSDO6%HUQDUGR KRMH3HGUR3HUHLUD SRUFRQWD
GHLJUHMDKRP{QLPD5XDGR&DMXHLUR DWXDO3HGUR%RUJHV SRUDEULJDUXPDGDVPDLVDQWLJDVHSRSXODUHViUYRUHVGD
FDSLWDO-iD3UDoD-RVpGH$OHQFDUQDGpFDGDGHHUDSRSXODUPHQWHGHVLJQDGDSRU3UDoDGR3DWURFtQLRSRLVHP
VHXODGRQRUWHVHHQFRQWUDYDXPDLJUHMDKRP{QLPD
SILVA FILHO, A. L. M. FortalezaLPDJHQVGDFLGDGH)RUWDOH]D0XVHXGR&HDUi6HFXOW&( DGDSWDGR 

Os atos de nomeação dos logradouros, analisados de uma perspectiva histórica, constituem


A IRUPDVGHSURPRYHURVQRPHVGDVDXWRULGDGHVLPSHULDLV
B PRGRVR¿FLDLVHSRSXODUHVGHSURGXomRGDPHPyULDQDVFLGDGHV
C UHFXUVRVDUTXLWHW{QLFRVIXQFLRQDLVjUDFLRQDOL]DomRGRHVSDoRXUEDQR
D PDQHLUDVGHKLHUDUTXL]DUHVWUDWRVVRFLDLVHGLYLGLUDVSRSXODo}HVXUEDQDV
E PHFDQLVPRVGHLPSRVLomRGRVLWLQHUiULRVVRFLDLVHÀX[RVHFRQ{PLFRVQDFLGDGH

QUESTÃO 33
1DSULPHLUDGpFDGDGRVpFXOR;;UHIRUPDUDFLGDGHGR5LRGH-DQHLURSDVVRXDVHURVLQDOPDLVHYLGHQWHGD
PRGHUQL]DomRTXHVHGHVHMDYDSURPRYHUQR%UDVLO2SRQWRFXOPLQDQWHGRHVIRUoRGHPRGHUQL]DomRVHGHXQDJHVWmR
GRSUHIHLWR3HUHLUD3DVVRVHQWUHH³25LRFLYLOL]DYDVH´HUDIUDVHFpOHEUHjpSRFDHFRQGHQVDYDRHVIRUoR
para iluminar as vielas escuras e esburacadas, controlar as epidemias, destruir os cortiços e remover as camadas
populares do centro da cidade.
OLIVEIRA, L. L. Sinais de modernidade na Era Vargas: vida literária, cinema e rádio. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. (Org.). O tempo do nacional-estatismoGRLQtFLRDRDSRJHXGR
(VWDGR1RYR5LRGH-DQHLUR&LYLOL]DomR%UDVLOHLUD

2SURFHVVRGHPRGHUQL]DomRPHQFLRQDGRQRWH[WRWUD]LDXPSDUDGR[RTXHVHH[SUHVVDYDQR D
A substituição de vielas por amplas avenidas.
B impossibilidade de se combaterem as doenças tropicais.
C LGHDOGHFLYLOL]DomRDFRPSDQKDGRGHPDUJLQDOL]DomR
D VREUHSRVLomRGHSDGU}HVDUTXLWHW{QLFRVLQFRPSDWtYHLV
E SURMHWRGHFLGDGHLQFRPSDWtYHOFRPDUXJRsidade do relevo.

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 11


*BRAN75SAB12* 2014

QUESTÃO 34 QUESTÃO 36

(QTXDQWRDVUHEHOL}HVDJLWDYDPRSDtVDVWHQGrQFLDV
SROtWLFDVQRFHQWURGLULJHQWHLDPVHGH¿QLQGR$SDUHFLDP
HP JHUPH RV GRLV JUDQGHV SDUWLGRV LPSHULDLV ² R
Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam
magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários
rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e
Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais
muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena
FODVVHPpGLDXUEDQDDOJXQVSDGUHVHSURSULHWiULRVUXUDLV
de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo,
Minas e Rio Grande do Sul.
FAUSTO, B. História do Brasil6mR3DXOR(GXVS

1R WH[WR R DXWRU FRPSDUD D FRPSRVLomR GDV IRUoDV


SROtWLFDVTXHDWXDUDPQR6HJXQGR5HLQDGR  
'RLVDVSHFWRVTXHFDUDFWHUL]DPRVSDUWLGRV&RQVHUYDGRU $ (VWiWXD GR /DoDGRU WRPEDGD FRPR SDWULP{QLR
e Liberal estão indicados, respectivamente, em: HP  p XP PRQXPHQWR GH 3RUWR $OHJUH56 TXH
UHSUHVHQWDRJD~FKR HPWUDMHVWtSLFRV 
A $EROLomR GD HVFUDYLGmR ² $GRomR GR WUDEDOKR
'LVSRQtYHOHPZZZSRUWRDOHJUHWXUEU$FHVVRHPDJR DGDSWDGR 
assalariado.
B 'LIXVmR GD LQGXVWULDOL]DomR ² &RQVHUYDomR GR 2PRQXPHQWRLGHQWL¿FDXP D
ODWLI~QGLRPRQRFXOWRU A H[HPSORGHEHPLPDWHULDO
C 3URPRomR GR SURWHFLRQLVPR ² 5HPRomR GDV B IRUPDGHH[SRVLomRGDLQGLYLGXDOLGDGH
EDUUHLUDVDOIDQGHJiULDV C modo de enaltecer os ideais de liberdadade.
D 3UHVHUYDomR GR XQLWDULVPR ² $PSOLDomR GD D PDQLIHVWDomRKLVWyULFRFXOWXUDOGHXPDSRSXODomR
GHVFHQWUDOL]DomRSURYLQFLDO
E maneira de propor mudanças nos costumes.
E ,PSOHPHQWDomR GR UHSXEOLFDQLVPR ² &RQWLQXDomR
da monarquia constitucional. QUESTÃO 37

QUESTÃO 35 Canto dos lavradores de Goiás


7HPID]HQGDHID]HQGD
4XHpJUDQGHSHUIHLWDPHQWH
Sobe serra desce serra
Salta muita água corrente
6HPODYRXUDHVHPQLQJXpP
O dono mora ausente.
Lá só tem caçambeiro
Tira onda de valente
,VVRpTXHpJUDQGHEDUUHLUD
4XHHVWiHPQRVVDIUHQWH
Tem muita gente sem terra
'LVSRQtYHOHPZZZLQGLDQDHGX!$FHVVRHPDJR DGDSWDGR  Tem muita terra sem gente.
As redes sociais tornaram-se espaços importantes de MARTINS, J. S. Cativeiro da terra6mR3DXOR&LrQFLDV+XPDQDV

relacionamento e comunicação. A charge apresenta o


No canto registraGRSHODFXOWXUDSRSXODUDFDUDFWHUtVWLFD
LPSDFWR GD LQWHUQHW QD YLGD GRV LQGLYtGXRV TXDQGR ID]
UHIHUrQFLDj GRPXQGRUXUDOEUDVLOHLURQRVpFXOR;;GHVWDFDGDpD

A DPSOLDomRGRSRGHUGRVFOpULJRVQRFRQWUROHGRV¿pLV A atuação da bancada ruralista.


B adequação dos ritos sacramentais ao cotidiano. B H[SDQVmRGDIURQWHLUDDJUtFROD
C perda de privacidade em ambiente virtual. C YDORUL]DomRGDDJULFXOWXUDIDPLOLDU
D reinterpretação da noção de pecado. D PDQXWHQomRGDFRQFHQWUDomRIXQGLiULD
E PRGHUQL]DomRGDVLQVWLWXLo}HVUHOLJLRVDV E implementação dDPRGHUQL]DomRFRQVHUYDGRUD

CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 12


2014 *BRAN75SAB13*
QUESTÃO 38
2XVRLQWHQVRGDViJXDVVXEWHUUkQHDVVHPSODQHMDPHQWRWHPFDXVDGRVpULRVSUHMXt]RVjVRFLHGDGHDRXVXiULR
HDRPHLRDPELHQWH(PYiULDVSDUWHVGRPXQGRSHUFHEHVHTXHDH[SORUDomRGHIRUPDLQFRUUHWDWHPOHYDGRD
SHUGDVGRSUySULRDTXtIHUR
7(,;(,5$:HWDODecifrando a Terra6mR3DXOR&LD(GLWRUD1DFLRQDO DGDSWDGR 

1RWH[WRDSRQWDPVHGL¿FXOGDGHVDVVRFLDGDVDRXVRGHXPLPSRUWDQWHUHFXUVRQDWXUDO8PSUREOHPDGHULYDGRGH
VXDXWLOL]DomRHXPDUHVSHFWLYDFDXVDSDUDVXDRFRUUrQFLDVmR
A &RQWDPLQDomRGRDTXtIHUR²&RQWHQomRLPSUySULDGRLQJUHVVRGLUHWRGHiJXDVXSHU¿FLDO
B ,QWUXVmRVDOLQD²([WUDomRUHGX]LGDGDiJXDGRFHGRVXEVROR
C 6XSHUH[SORUDomRGHSRoRV²&RQVWUXomRLQH¿FD]GHFDSWDo}HVVXEVXSHU¿FLDLV
D 5HEDL[DPHQWRGRQtYHOGDiJXD²%RPEHDPHQWRGRSRoRHTXLYDOHQWHjUHSRVLomRQDWXUDO
E (QFDUHFLPHQWRGDH[SORUDomRVXVWHQWiYHO²&RQVHUYDomRGDFREHUWXUDYHJHWDOORFDO

QUESTÃO 39

Escoamento das águas das chuvas


Precipitação
100%
Evapotranspiração

40%
Escoamento Precipitação
Superficial
10%

Água 50%
Subterrânea

Precipitação Escoamento
100% de telhados
Evapotranspiração
15%
25%

30%

Vazão
Esgoto
45%
Pluvial

Água 30%
Subterrânea

'LVSRQtYHOHPZZZHVVHQWLDHGLWRUDLIIHGXEU$FHVVRHPMXQ

Comparando o escoamento natural das águas de chuva com o escoamento em áreas urbanas, nota-se que a
XUEDQL]DomRSURPRYHPDLRU
A YD]mRKtGULFDQDVHVWUXWXUDVDUWL¿FLDLVFRQVWUXtGDVSHODVDWLYLGDGHVKXPDQDV
B DUPD]HQDJHPVXEWHUUkQHDXPDYH]TXHQDViUHDVXUEDQL]DGDVRFLFORKLGUROyJLFRpDOWHUDGRSHODVDWLYLGDGHV
antrópicas.
C evapotranspiração, pois, nas áreas urbanas, a diminuição da cobertura vegetal promove aumento no processo de
transpiração.
D WUDQVIHUrQFLDGHGHVFDUJDVXEWHUUkQHDSRLVDRDXPHQWDUDLPSHUPHDELOL]DomRWUD]VHFRPRFRQVHTXrQFLDPDLRU
DOLPHQWDomRGROHQoROIUHiWLFR
E LQ¿OWUDomRSRLVDRDXPHQWDUDLPSHUPHDELOL]DomRHVWDEHOHFHVHXPDUHODomRGLUHWDPHQWHSURSRUFLRQDOGHVVHV
elementos na composição do ciclo hidrológico.
CH - 1º dia | Caderno 3 - BRANCO - Página 13
*BRAN75SAB14* 2014

QUESTÃO 40 QUESTÃO 42
8PD FLGDGH TXH UHGX] HPLVV}HV HOHWUL¿FD FRP 2V GHVHTXLOtEULRV TXH VH UHJLVWUDP QDV HQFRVWDV
HQHUJLD VRODU VHXV HVWiGLRV PDV GHL[D EDLUURV VHP RFRUUHPQDPDLRULDGDVYH]HVHPIXQomRGDSDUWLFLSDomR
VDQHDPHQWR EiVLFR VHP DVVLVWrQFLD PpGLFD H VHP GR FOLPD H GH DOJXQV DVSHFWRV GDV FDUDFWHUtVWLFDV GDV
escola de qualidade nunca será sustentável. A mudança HQFRVWDV TXH LQFOXHP D WRSRJUD¿D JHRORJLD JUDX GH
GRUHJLPHGHFKXYDVTXHMiRFRUUHSRUFDXVDGDPXGDQoD intemperismo, solo e tipo de ocupação.
FOLPiWLFDID]FRPTXHLQXQGDo}HVHPiUHDVFRPHVJRWR CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. Degradação ambiental. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S.
H OL[}HV D FpX DEHUWR SURSDJXHP GRHQoDV GDV TXDLV R B. (Org.). Geomorfologia e meio ambiente5LRGH-DQHLUR%HUWUDQG%UDVLO
sistema de saúde não cuidará apropriadamente.
2V GHVHTXLOtEULRV UHVXOWDQWHV GD DWXDomR KXPDQD
$%5$1&+(66$VXVWHQWDELOLGDGHpKXPDQDHHFROyJLFD'LVSRQtYHOHPZZZHFRSROLWLFD MXQWRjVYHUWHQWHVtQJUHPHVGRUHOHYRVmRIRUWHPHQWH
FRPEU$FHVVRHPMXO DGDSWDGR 
ligados ao(à)
3UREOHPDWL]DQGR D QRomR GH VXVWHQWDELOLGDGH R
A aumento da atividade industrial.
DUJXPHQWRDSUHVHQWDGRQRWH[WRVXJHUHTXHR D
B crescimento populacional urbano desordenado.
A WHFQRORJLD YHUGH p QHFHVViULD DR SODQHMDPHQWR
C desconcentração das atividades comerciais e dos
urbano.
serviços.
B PXGDQoDFOLPiWLFDpSURYRFDGDSHORFUHVFLPHQWRGDV
D LQVWDODomR GH HTXLSDPHQWRV XUEDQRV QD SHULIHULD GD
cidades.
cidade.
C FRQVXPR FRQVFLHQWH p FDUDFWHUtVWLFR GH FLGDGHV
E FRQVWUXomR GH SURMHWRV KDELWDFLRQDLV YROWDGRV j
sustentáveis.
SRSXODomRGHEDL[DUHQGD
D GHVHQYROYLPHQWR XUEDQR p LQFRPSDWtYHO FRP D
preservação ambiental. QUESTÃO 43
E GHVHQYROYLPHQWR VRFLDO p FRQGLomR SDUD R
desenvolvimento sustentável.

QUESTÃO 41
$ YRDGHLUD FDQRD GH DOXPtQLR FRP PRWRU GH SRSD
XVDGD FRPR PHLR GH WUDQVSRUWH ÀXYLDO SHORV ULEHLULQKRV
GD$PD]{QLDJDQKRXXPDYHUVmRPRYLGDDHQHUJLDVRODU
HPYH]GHFRPEXVWtYHO
%5$6,/.9RDGHLUDPRYLGDDHQHUJLDVRODUpRSomRSDUDRWUDQVSRUWHÀXYLDOQD$PD]{QLD Madeira para
Folha de S. Paulo, 12 maio 2012. celulose e papel

1R WH[WR HVWi GHVFULWD XPD VLWXDomR GH PXGDQoD QD Quantidade produzida em 2006
(metros cúbicos)
WHFQRORJLDGRWUDQVSRUWHÀXYLDOQD$PD]{QLD&RQ¿JXUDVH
2 624 058
como uma consequência ambiental derivada da mudança
apresentada a redução 1 500 000

A da área de mata ciliar. 650 000

B da erosão dos solos aluviais. 170 000

C GHGHVFDUJDVHOpWULFDVQDViJXDV 2

D GRDVVRUHDPHQWRGRVFXUVRVÀXYLDLV 'LVSRQtYHOHPZZZIFWXQHVSEU$FHVVRHPDJR

E GDHPLVVmRGHSROXHQWHVDWPRVIpULFRV A distribuição espacial de madeira para papel e celulose


QR%UDVLOSRVVXLXPDHVWUDWpJLDORJtVWLFDTXHUHVXOWDQD
A UHJLmRSURGXWLYDFRQWtQXDGHSHU¿OOLWRUkQHR
B LQWHJUDomRLQWHUPRGDOHQWUH6XO6XGHVWHH1RUWHGRSDtV
C FRQVWUXomR GH HL[RV URGRYLiULRV HQWUH DV ]RQDV
produtoras.
D RUJDQL]DomR GD SURGXomR SUy[LPD jV iUHDV GH
escoamento.
E ORFDOL]DomRGRVHWRUQRVOLPLWHVGDVXQLGDGHVSROtWLFR
administrativas.

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
2014 *BRAN75SAB15*
QUESTÃO 44
8PDPDLRUGLVSRQLELOLGDGHGHFRPEXVWtYHOIyVVLOFRPRDFRQWHFHFRPDVFUHVFHQWHVSRVVLELOLGDGHVEUDVLOHLUDV
p IRQWH GH LPSRUWDQWHV SHUVSHFWLYDV HFRQ{PLFDV SDUD R SDtV$R PHVPR WHPSR SRUpP QXPD pSRFD GH SUHVVmR
PXQGLDO SRU DOLPHQWRV H ELRFRPEXVWtYHLV DV UHVHUYDV QDFLRQDLV GH iJXD GRFH R FOLPD IDYRUiYHO H R GRPtQLR GH
WHFQRORJLDVGHSRQWDQRVHWRUFRQIHUHPjPDWUL]HQHUJpWLFDEUDVLOHLUDXPSDSHOFKDYHQDPXGDQoDGRSDUDGLJPD
HQHUJpWLFRSURGXWLYR
SODRÉ, M. 5HLQYHQWDQGRDHGXFDomRGLYHUVLGDGHGHVFRORQL]DomRHUHGHV3HWUySROLV9R]HV

1RWH[WRpUHVVDOWDGDDLPSRUWkQFLDGDPDWUL]HQHUJpWLFDEUDVLOHLUDHQTXDQWRUHIHUrQFLDGHFDUiWHUPDLVVXVWHQWiYHO
(VVDLPSRUWkQFLDpGHULYDGDGD
A FRQTXLVWDGDDXWRVVX¿FLrQFLDSHWUROtIHUDSHODGHVFREHUWDGHQRYDVMD]LGDV
B H[SDQVmRGDIURQWHLUDDJUtFRODLQWHQVLYDSDUDSURGXomRGHELRFRPEXVWtYHLV
C superação do uso de energia não renovável no setor de transporte de cargas.
D DSURSULDomRGDVFRQGLo}HVQDWXUDLVGRWHUULWyULRSDUDGLYHUVL¿FDomRGDVIRQWHV
E UHGXomRGRLPSDFWRVRFLDODGYLQGRGDVXEVWLWXLomRGHWHUPHOpWULFDVSRUKLGUHOpWULFDV

QUESTÃO 45

Território e territorialização da produção de soja

LEGENDA

Território da soja

Territorialização da produção
de soja

Área plantada de soja em 2006

597 858

330 000 (hectares)


150 000 Atlas da questão agrária brasileira
38 000 100 0 200 400 600 km

1
Dados: IBGE - Produção Agrícola Municipal

GIRARDI, E. P. $WODVGDTXHVWmRDJUiULDEUDVLOHLUD'LVSRQtYHOHPZZZIFWXQHVSEU$FHVVRHPDJR DGDSWDGR 

$IRUPDomRGRWHUULWyULRGDVRMDQR%UDVLOUHÀHWLXDVHJXLQWHFDUDFWHUtVWLFDHVSDFLDO
A Inclusão de regiões com elevadas concentrações populacionais.
B ,QFRUSRUDomRGHHVSDoRVFRPEDL[DIHUWLOLGDGHQDWXUDOGRVVRORV
C ,QWHJUDomRFRPHVSDoRVGHFRQVROLGDomRGHUHVHUYDVH[WUDWLYLVWDV
D 1HFHVVLGDGHGHSUR[LPLGDGHItVLFDFRPRVSULQFLSDLVSRUWRVGRSDtV
E 5HXWLOL]DomRGHiUHDVSURGXWLYDVGHFDGHQWHVGDWUDGLFLRQDOFXOWXUDFDQDYLHLUD

&+žGLD_&DGHUQR%5$1&23iJLQD
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE REDAÇÃO E DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

2º DIA
CADERNO

5
2015 AMARELO

A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AMARELO. MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA.

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,


FRPVXDFDOLJUD¿DXVXDOFRQVLGHUDQGRDVOHWUDVPDL~VFXODVHPLQ~VFXODVDVHJXLQWHIUDVH

A água triste cai como um sonho.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas
5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de
Redação e 90 questões numeradas de 91 a 180, dispostas 4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e
da seguinte maneira: trinta minutos.
a) as questões de número 91 a 135 são relativas à área de
5. 5HVHUYHRVPLQXWRV¿QDLVSDUDPDUFDUVHXCARTÃO-RESPOSTA.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE
b) as questões de número 136 a 180 são relativas à área de QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
Matemática e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 91 a 95 são relativas à língua 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA
estrangeira. Você deverá responder apenas às questões DE REDAÇÃO.
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador
no ato de sua inscrição.
e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-
2. &RQ¿UD VH R VHX &$'(512 '( 48(67®(6 FRQWpP D RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
quantidade de questões e se essas questões estão na ordem
mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas
incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, duas horas do início da aplicação e poderá levar seu
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as &$'(512'(48(67®(6DRGHL[DUHPGH¿QLWLYRDVDODGH
providências cabíveis. prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.

Ministério
da Educação *Amar25dom1*
2015 *AMAR25DOM3*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS QUESTÃO 92
TECNOLOGIAS My brother the star, my mother the earth
Questões de 91 a 135 my father the sun, my sister the moon,
Questões de 91 a 95 (opção inglês) to my life give beauty, to my

QUESTÃO 91 body give strength, to my corn give


goodness, to my house give peace, to
my spirit give truth, to my elders give
wisdom.
Disponível em: www.blackhawkproductions.com. Acesso em: 8 ago. 2012.

Produções artístico-culturais revelam visões de mundo


próprias de um grupo social. Esse poema demonstra a
estreita relação entre a tradição oral da cultura indígena
norte-americana e a
A transmissão de hábitos alimentares entre gerações.
B dependência da sabedoria de seus ancestrais.
C representação do corpo em seus rituais.
D importância dos elementos da natureza.
E preservação da estrutura familiar.

QUESTÃO 93

RIDGWAY, L. Disponível em: http://fborfw.com. Acesso em: 23 fev. 2012.

Na tira da série For better or for worse, a comunicação


HQWUH DV SHUVRQDJHQV ¿FD FRPSURPHWLGD HP XP
determinado momento porque
A as duas amigas divergem de opinião sobre futebol.
B uma das amigas desconsidera as preferências da
outra.
C uma das amigas ignora que o outono é temporada de
futebol.
D uma das amigas desconhece a razão pela qual a
Transportation Security Administration. Disponível em: www.tsa.gov.
Acesso em: 13 jan. 2010 (adaptado).
outra a maltrata.
As instituições públicas fazem uso de avisos como E as duas amigas atribuem sentidos diferentes à palavra
instrumento de comunicação com o cidadão. Esse aviso, season.
voltado a passageiros, tem o objetivo de
A solicitar que as malas sejam apresentadas para
inspeção.
B QRWL¿FDU R SDVVDJHLUR SHOR WUDQVSRUWH GH SURGXWRV
proibidos.
C LQIRUPDU TXH D PDOD IRL UHYLVWDGD SHORV R¿FLDLV GH
segurança.
D dar instruções de como arrumar malas de forma a
evitar inspeções.
E apresentar desculpas pelo dano causado à mala
durante a viagem.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 3
*AMAR25DOM4* 2015

QUESTÃO 94 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS


Why am I compelled to write? Because the writing TECNOLOGIAS
saves me from this complacency I fear. Because I have Questões de 91 a 135
no choice. Because I must keep the spirit of my revolt
and myself alive. Because the world I create in the writing Questões de 91 a 95 (opção espanhol)
compensates for what the real world does not give me.
By writing I put order in the world, give it a handle so I can QUESTÃO 91
grasp it.
ANZALDÚA, G. E. Speaking in tongues: a letter to third world women writers.
In: HERNANDEZ, J. B. (Ed.). Women writing resistance: essays on Atitlán
Latin America and the Caribbean. Boston: South End, 2003.
El lago Atitlán está situado en el centro de América, en
Gloria Evangelina Anzaldúa, falecida em 2004, foi uma Guatemala. Su belleza es extraordinaria y tiene un gran
escritora americana de origem mexicana que escreveu interés social. En sus márgenes conviven tres culturas:
sobre questões culturais e raciais. Na citação, o intuito da
la indígena, la española y la mestiza. Presididos por tres
autora é evidenciar as
majestuosos volcanes (el Atitlán, el Tolimán y el San
A razões pelas quais ela escreve. Pedro), trece pueblos bordean el lago. Los habitantes
B compensações advindas da escrita. del lago son en su mayoría indígenas, aunque crece el
C possibilidades de mudar o mundo real. porcentaje de ladinos (mestizos). Un buen número de
D maneiras de ela lidar com seus medos. extranjeros – misioneros o investigadores – comparte
en los pueblitos la forma de vida de los nativos. A partir
E escolhas que ela faz para ordenar o mundo. de los años setenta, numerosas colonias de hippies se
QUESTÃO 95 asientan en Atitlán. Jóvenes de todo el mundo, atraídos
por el paisaje, el clima semitropical y la sencillez de la
How fake images change our memory and behaviour vida de los indios, acampan cerca del lago. Además,
muchos comerciantes guatemaltecos y extranjeros se
For decades, researchers have been exploring han instalado en el pueblo de Panajachel para establecer
just how unreliable our own memories are. Not only is diversos negocios hoteleros, deportivos y artesanales.
PHPRU\¿FNOHZKHQZHDFFHVVLWEXWLW¶VDOVRTXLWHHDVLO\ A cada día el lago Atitlán atrae a sus costas a más
subverted and rewritten. Combine this susceptibility WXULVWDV\FLHQWt¿FRV8QRVOOHJDQEXVFDQGRVRVLHJRDQWH
ZLWKPRGHUQLPDJHHGLWLQJVRIWZDUHDWRXU¿QJHUWLSVOLNH el espejismo del lago; otros van a mezclarse con los
3KRWRVKRSDQGLW¶VDUHFLSHIRUGLVDVWHU,QDZRUOGZKHUH orgullosos y apacibles indígenas en iglesias y mercados;
we can witness news and world events as they unfold,
muchos atraviesan el lago para recorrer los diferentes
fake images surround us, and our minds accept these
pueblos y para recrearse en la variada indumentaria de
pictures as real, and remember them later. These fake
sus habitantes; otros estudian las diferentes lenguas y
PHPRULHV GRQ¶W MXVW GLVWRUW KRZ ZH VHH RXU SDVW WKH\
affect our current and future behaviour too – from what we dialectos que se hablan en la zona y muchos investigan
HDW WR KRZ ZH SURWHVW DQG YRWH7KH SUREOHP LV WKHUH¶V con pasión la rica fauna del lago y de las tierras
virtually nothing we can do to stop it. volcánicas. Realmente, es impresionante la convivencia
de tantas etnías y culturas. En el corazón de América
Old memories seem to be the easiest to manipulate.
KD\XQODJR\XQRVYROFDQHVTXHVRQVtPEROR\UHÀHMR
In one study, subjects were showed images from their
de lo que es Hispanoamérica: un mosaico de culturas y
childhood. Along with real images, researchers snuck
un ejemplo de convivencia.
in manipulated photographs of the subject taking a hot-
air balloon ride with his or her family. After seeing those SUÁREZ, M.; PICO DE COAÑA, M. Sobre iberoamérica. Madrid: Ediciones SM, 1998.

images, 50% of subjects recalled some part of that hot-air De acordo com o texto, a região do entorno do Lago
balloon ride – though the event was entirely made up. Atitlán, na Guatemala, é de grande relevância social por
EVELETH, R. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 16 jan. 2013 (adaptado).
representar o(a)
A reportagem apresenta consequências do uso de novas
tecnologias para a mente humana. Nesse contexto, a A SDWULP{QLRKLVWyULFRJHRJUi¿FRTXHDiUHDDEULJD
PHPyULDGDVSHVVRDVpLQÀXHQFLDGDSHOR D  B diversidade turística que atrai estrangeiros.
A alteração de imagens. C prosperidade econômica que advém de diferentes
B exposição ao mundo virtual. segmentos comerciais.
C acesso a novas informações. D multiculturalidade característica da identidade
hispano-americana.
D fascínio por softwares inovadores.
E valorização da cultura indígena observada entre as
E interferência dos meios de comunicação. comunidades locais.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 4


2015 *AMAR25DOM5*
QUESTÃO 92 QUESTÃO 94

En el día del amor, ¡no a la violencia contra la mujer!


Hoy es el día de la amistad y del amor. Pero, parece
TXH HVWH GtD HV SXUR ÀRUR SRUTXH HQ QXHVWUR SDtV D~Q
existen muchos casos de maltrato entre las parejas, sobre
todo hacia las mujeres. Por eso, el Ministerio de la Mujer y
Poblaciones Vulnerables (MIMP) lanza la segunda etapa
GHODFDPSDxD³6LWHTXLHUHQTXHWHTXLHUDQELHQ´
Esta campaña busca detener de una vez el maltrato
contra la mujer y para eso, concientizar sobre la
importancia de denunciar estos casos. Y es que las cifras
son preocupantes. Cada hora se denuncian 17 casos
de violencia contra la mujer y en total los Centros de
Emergencia de la Mujer (CEM) y el MIMP atendieron en
un año a más de 36 mil denuncias de las cuales 7 mil eran
de niñas y adolescentes menores de 17 años. Un abuso.
Si eres testigo o víctima de algún tipo de violencia ya
sea física, psicológica o sexual debes llamar gratuitamente
DODOtQHDGHVGHXQWHOpIRQR¿MRRFHOXODU
Disponível em: http://napa.com.pe. Acesso em: 14 fev. 2012 (adaptado).

Pela expressãoSXURÀRUR, infere-se que o autor considera


a comemoração pelo dia do amor e da amizade, no Peru,
como uma oportunidade para
A proteger as populações mais vulneráveis.
B HYLGHQFLDUDVH¿FD]HVDo}HVGRJRYHUQR
C FDPXÀDUDYLROrQFLDGHJrQHURH[LVWHQWHQRSDtV
D atenuar os maus-tratos cometidos por alguns homens.
E enaltecer o sucesso das campanhas de conscientização
feminina. Disponível em: www.lacronicadeleon.es. Acesso em: 12 mar. 2012 (adaptado).

A acessibilidade é um tema de relevância tanto na esfera


QUESTÃO 93
pública quanto na esfera privada. No cartaz, a exploração
desse tema destaca a importância de se
Caña
A estimular os cadeirantes na superação de barreiras.
El negro
junto al cañaveral. B respeitar o estacionamento destinado a cadeirantes.
El yanqui sobre el cañaveral. C LGHQWL¿FDUDVYDJDVUHVHUYDGDVDRVFDGHLUDQWHV
La tierra D eliminar os obstáculos para o trânsito de cadeirantes.
bajo el cañaveral. E facilitar a locomoção de cadeirantes em estacionamentos.
¡Sangre
que se nos va!
GUILLÉN, N. Sóngoro cosongo. Disponível em: www.cervantesvirtual.com.
Acesso em: 28 fev. 2012 (fragmento).

1HVVHSRHPDGH1LFROiV*XLOOpQQRTXDORSRHWDUHÀHWH
sobre o plantio da cana-de-açúcar na América Latina, as
preposições junto, sobre e bajo são usadas para indicar
metaforicamente
A desordens na organização da lavoura de cana-de-
açúcar.
B relações diplomáticas entre os países produtores
de cana-de-açúcar.
C localidades da América Latina nas quais a cana-de-
açúcar é cultivada.
D relações sociais dos indivíduos que vivem do plantio
da cana-de-açúcar.
E IXQo}HVSDUWLFXODUHVGHFDGDSUR¿VVLRQDOQDODYRXUD
da cana-de-açúcar.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 5


*AMAR25DOM6* 2015

QUESTÃO 95

Los guionistas estadounidenses introducen cada vez Questões de 96 a 135


más el español en sus diálogos
En los últimos años, la realidad cultural y la presencia QUESTÃO 96
creciente de migrantes de origen latinoamericano en
EE UU ha propiciado que cada vez más estadounidenses O rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and
alternen el inglés y el español en un mismo discurso. poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens da dança
Un estudio publicado en la revista Vial-Vigo (o break dancing  H GDV DUWHV SOiVWLFDV R JUD¿WH  VHULD
International Journal of Applied Linguistics se centra en difundido, para além dos guetos, com o nome de cultura
las estrategias que usan los guionistas de la versión hip hop. O break dancing surge como uma dança de rua.
original para incluir el español en el guión o a personajes 2JUD¿WHQDVFHGHDVVLQDWXUDVLQVFULWDVSHORVMRYHQVFRP
de origen latinoamericano.
sprays nos muros, trens e estações de metrô de Nova
Los guionistas estadounidenses suelen usar subtítulos York. As linguagens do rap, do break dancing HGRJUD¿WH
en inglés cuando el español que aparece en la serie o
película es importante para el argumento. Si esto no se tornaram os pilares da cultura hip hop.
DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude.
ocurre, y sólo hay interjecciones, aparece sin subtítulos. Belo Horizonte: UFMG, 2005 (adaptado).
En aquellas conversaciones que no tienen relevancia se
añade en ocasiones el subtítulo Speaks Spanish (habla Entre as manifestações da cultura hip hop apontadas no texto,
en español). o break se caracteriza como um tipo de dança que representa
“De esta forma, impiden al público conocer qué están aspectos contemporâneos por meio de movimentos
GLFLHQGRORVGRVSHUVRQDMHVTXHKDEODQHVSDxRO´H[SOLFD A retilíneos, como crítica aos indivíduos alienados.
la autora del estudio y profesora e investigadora en la
Universidad Pablo de Olavide (UPO) de Sevilla. B improvisados, como expressão da dinâmica da vida
Disponível em: www.agenciasinc.es. Acesso em: 23 ago. 2012 (adaptado).
urbana.
C suaves, como sinônimo da rotina dos espaços públicos.
'HDFRUGRFRPRWH[WRQRV¿OPHVQRUWHDPHULFDQRVQHP
todas as falas em espanhol são legendadas em inglês. D ritmados pela sola dos sapatos, como símbolo
Esse fato revela a de protesto.
E cadenciados, como contestação às rápidas mudanças
A assimetria no tratamento do espanhol como elemento
da diversidade linguística nos Estados Unidos. culturais.
B escassez de personagens de origem hispânica nas QUESTÃO 97
VpULHVH¿OPHVSURGX]LGRVQRV(VWDGRV8QLGRV
C desconsideração com o público hispânico que frequenta Primeiro surgiu o homem nu de cabeça baixa.
as salas de cinema norte-americanas. Deus veio num raio. Então apareceram os bichos que
D IDOWDGHXPDIRUPDomROLQJXtVWLFDHVSHFt¿FDSDUDRV comiam os homens. E se fez o fogo, as especiarias, a
roteiristas e tradutores norte-americanos.
URXSDDHVSDGDHRGHYHU(PVHJXLGDVHFULRXD¿ORVR¿D
E FDUrQFLD GH SHVTXLVDV FLHQWt¿FDV VREUH D LQÀXrQFLD
do espanhol na cultura norte-americana. que explicava como não fazer o que não devia ser feito.
Então surgiram os números racionais e a História,
organizando os eventos sem sentido. A fome desde
sempre, das coisas e das pessoas. Foram inventados o
calmante e o estimulante. E alguém apagou a luz. E cada
um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas
que alcança.
BONASSI, F. 15 cenas do descobrimento de Brasis. In: MORICONI, Í. (Org.).
Os cem melhores contos do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

A narrativa enxuta e dinâmica de Fernando Bonassi


FRQ¿JXUDXPSDLQHOHYROXWLYRGDKLVWyULDGDKXPDQLGDGH
Nele, a projeção do olhar contemporâneo manifesta uma
percepção que
A recorre à tradição bíblica como fonte de inspiração
para a humanidade.
B GHVFRQVWUyLRGLVFXUVRGD¿ORVR¿DD¿PGHTXHVWLRQDU
o conceito de dever.
C resgata a metodologia da história para denunciar as
atitudes irracionais.
D transita entre o humor e a ironia para celebrar o caos
da vida cotidiana.
E VDWLUL]DDPDWHPiWLFDHDPHGLFLQDSDUDGHVPLVWL¿FDU
RVDEHUFLHQWt¿FR

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2015 *AMAR25DOM7*
QUESTÃO 98 O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do
foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa da
linguagem, predomina também nele a função referencial,
que busca
A despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza,
induzindo-o a ter atitudes responsáveis que
EHQH¿FLDUmRDVXVWHQWDELOLGDGHGRSODQHWD
B informar o leitor sobre as consequências da destinação
inadequada do lixo, orientando-o sobre como fazer o
correto descarte de alguns dejetos.
C transmitir uma mensagem de caráter subjetivo,
mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do
autor do texto em relação ao planeta.
Zero Hora, jun. 2008 (adaptado). D estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando
Dia do Músico, do Professor, da Secretária, do FHUWL¿FDUVH GH TXH D PHQVDJHP VREUH Do}HV GH
Veterinário... Muitas são as datas comemoradas ao sustentabilidade está sendo compreendida.
longo do ano e elas, ao darem visibilidade a segmentos E explorar o uso da linguagem, conceituando
HVSHFt¿FRV GD VRFLHGDGH RSRUWXQL]DP XPD UHÀH[mR detalhadamente os termos utilizados de forma a
sobre a responsabilidade social desses segmentos. Nesse proporcionar melhor compreensão do texto.
contexto, está inserida a propaganda da Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), em que se combinam QUESTÃO 100
elementos verbais e não verbais para se abordar a estreita
relação entre imprensa, cidadania, informação e opinião. Embalagens usadas e resíduos devem ser
Sobre essa relação, depreende-se do texto da ABI que, descartados adequadamente
A para a imprensa exercer seu papel social, ela deve Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras
transformar opinião em informação. centenas de milhares de toneladas de lixo. Só nos 22,9 mil
B para a imprensa democratizar a opinião, ela deve
selecionar a informação. quilômetros das rodovias paulistas são 41,5 mil toneladas.
C para o cidadão expressar sua opinião, ele deve O hábito de descartar embalagens, garrafas, papéis e
democratizar a informação. bitucas de cigarro pelas rodovias persiste e tem aumentado
D para a imprensa gerar informação, ela deve nos últimos anos. O problema é que o lixo acumulado na
fundamentar-se em opinião. rodovia, além de prejudicar o meio ambiente, pode impedir
E para o cidadão formar sua opinião, ele deve ter o escoamento da água, contribuir para as enchentes,
acesso à informação.
provocar incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar
QUESTÃO 99 acidentes. Além dos perigos que o lixo representa para os
motoristas, o material descartado poderia ser devolvido
14 coisas que você não deve jogar na privada para a cadeia produtiva. Ou seja, o papel que está
sobrando nas rodovias poderia ter melhor destino. Isso
Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que
também vale para os plásticos inservíveis, que poderiam
contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais
difícil obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e até
produtos podem causar entupimentos: acessórios para os carros.
Disponível em: www.girodasestradas.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
‡ FRWRQHWHH¿RGHQWDO
Os gêneros textuais correspondem a certos padrões de
‡ medicamento e preservativo; composição de texto, determinados pelo contexto em
‡ óleo de cozinha; que são produzidos, pelo público a que eles se destinam,
SRU VXD ¿QDOLGDGH 3HOD OHLWXUD GR WH[WR DSUHVHQWDGR
‡ ponta de cigarro;
reconhece-se que sua função é
‡ poeira de varrição de casa;
A apresentar dados estatísticos sobre a reciclagem no
‡ ¿RGHFDEHORHSHORGHDQLPDLV país.
‡ tinta que não seja à base de água; B alertar sobre os riscos da falta de sustentabilidade do
mercado de recicláveis.
‡ querosene, gasolina, solvente, tíner.
C divulgar a quantidade de produtos reciclados retirados
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, das rodovias brasileiras.
como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem D revelar os altos índices de acidentes nas rodovias
ser levados a pontos de coleta especiais, que darão a brasileiras poluídas nos últimos anos.
GHVWLQDomR¿QDODGHTXDGD
E conscientizar sobre a necessidade de preservação
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável,
jul.-ago. 2013 (adaptado).
ambiental e de segurança nas rodovias.

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*AMAR25DOM8* 2015

QUESTÃO 101 QUESTÃO 103

(P MXQKR GH  HPEDUTXHL SDUD D (XURSD D ¿P


de me tratar num sanatório suíço. Escolhi o de Clavadel,
perto de Davos-Platz, porque a respeito dele me falara
João Luso, que ali passara um inverno com a senhora.
Mais tarde vim a saber que antes de existir no lugar um
sanatório, lá estivera por algum tempo Antônio Nobre. “Ao
FDLUGDVIROKDV´XPGHVHXVPDLVEHORVVRQHWRVWDOYH]R
PHXSUHGLOHWRHVWiGDWDGRGH³&ODYDGHORXWXEUR´
Fiquei na Suíça até outubro de 1914.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.

No relato de memórias do autor, entre os recursos usados


para organizar a sequência dos eventos narrados, destaca-se a
A FRQVWUXomR GH IUDVHV FXUWDV D ¿P GH FRQIHULU
dinamicidade ao texto.
B presença de advérbios de lugar para indicar a
progressão dos fatos.
C alternância de tempos do pretérito para ordenar os
acontecimentos.
D inclusão de enunciados com comentários e avaliações
Disponível em: www.behance.net. Acesso em: 21 fev. 2013 (adaptado). pessoais.
A rapidez é destacada como uma das qualidades do E alusão a pessoas marcantes na trajetória de vida do
serviço anunciado, funcionando como estratégia de escritor.
persuasão em relação ao consumidor do mercado
QUESTÃO 104
gráfico. O recurso da linguagem verbal que contribui
para esse destaque é o emprego
Por que as formigas não morrem quando postas em
A GR WHUPR ³IiFLO´ QR LQtFLR GR DQ~QFLR FRP IRFR QR forno de micro-ondas?
processo.
B de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão. As micro-ondas são ondas eletromagnéticas com
C das formas verbais no futuro e no pretérito, em frequência muito alta. Elas causam vibração nas moléculas
sequência. de água, e é isso que aquece a comida. Se o prato estiver
D GD H[SUHVVmR LQWHQVLILFDGRUD ³PHQRV GR TXH´ seco, sua temperatura não se altera. Da mesma maneira,
associada à qualidade. se as formigas tiverem pouca água em seu corpo, podem
E GD ORFXomR ³GR PXQGR´ DVVRFLDGD D ³PHOKRU´ TXH sair incólumes. Já um ser humano não se sairia tão bem
TXDQWL¿FDDDomR quanto esses insetos dentro de um forno de micro-ondas
superdimensionado: a água que compõe 70% do seu corpo
QUESTÃO 102
aqueceria. Micro-ondas de baixa intensidade, porém,
Riscar o chão para sair pulando é uma brincadeira estão por toda a parte, oriundas da telefonia celular, mas
que vem dos tempos do Império Romano. A amarelinha não há comprovação de que causem problemas para a
original tinha mais de cem metros e era usada como população humana.
WUHLQDPHQWR PLOLWDU $V FULDQoDV URPDQDV HQWmR ¿]HUDP
OKUNO, E. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 11 dez. 2013.
imitações reduzidas do campo utilizado pelos soldados e
acrescentaram numeração nos quadrados que deveriam Os textos constroem-se com recursos linguísticos que
ser pulados. Hoje as amarelinhas variam nos formatos
materializam diferentes propósitos comunicativos.
JHRPpWULFRVHQDTXDQWLGDGHGHFDVDV$VSDODYUDV³FpX´
H ³LQIHUQR´ SRGHP VHU HVFULWDV QR FRPHoR H QR ¿QDO GR Ao responder à pergunta que dá título ao texto, o autor
desenho, que é marcado no chão com giz, tinta ou graveto. tem como objetivo principal
Disponível em: www.biblioteca.ajes.edu.br. Acesso em: 20 maio 2015 (adaptado).
A defender o ponto de vista de que as ondas
Com base em fatos históricos, o texto retrata o processo eletromagnéticas são inofensivas.
de adaptação pelo qual passou um tipo de brincadeira.
Nesse sentido, conclui-se que as brincadeiras comportam o(a) B GLYXOJDUUHVXOWDGRVGHUHFHQWHVSHVTXLVDVFLHQWt¿FDV
para a sociedade.
A caráter competitivo que se assemelha às suas origens.
B delimitação de regras que se perpetuam com o tempo. C apresentar informações acerca das ondas
eletromagnéticas e de seu uso.
C GH¿QLomRDQWHFLSDGDGRQ~PHURGHJUXSRVSDUWLFLSDQWHV
D objetivo de aperfeiçoamento físico daqueles que a D alertar o leitor sobre os riscos de usar as micro-ondas
praticam. em seu dia a dia.
E possibilidade de reinvenção no contexto em que é E DSRQWDUGLIHUHQoDV¿VLROyJLFDVHQWUHIRUPLJDVHVHUHV
realizada. humanos.

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2015 *AMAR25DOM9*
QUESTÃO 105 QUESTÃO 106

5HGHVRFLDOSRGHSUHYHUGHVHPSHQKRSUR¿VVLRQDO As narrativas indígenas se sustentam e se


diz pesquisa perpetuam por uma tradição de transmissão
oral (sejam as histórias verdadeiras dos seus
Pense duas vezes antes de postar qualquer item
antepassados, dos fatos e guerras recentes ou
HPVHXSHU¿OQDVUHGHVVRFLDLV2FRQVHOKRUHSHWLGRj
antigos; sejam as histórias de ficção, como aquelas
exaustão por consultores de carreira por aí, acaba de
da onça e do macaco). De fato, as comunidades
ganhar um status GLJDPRV PDLV FLHQWt¿FR 'H DFRUGR
indígenas nas chamadas “terras baixas da América
com resultados da pesquisa, uma rápida análise do
GR 6XO´ R TXH H[FOXL DV PRQWDQKDV GRV $QGHV SRU
SHU¿O QDV UHGHV VRFLDLV SRGH SUHYHU R GHVHPSHQKR
exemplo) não desenvolveram sistemas de escrita como
SUR¿VVLRQDO GR FDQGLGDWR D XPD RSRUWXQLGDGH GH
os que conhecemos, sejam alfabéticos (como a escrita
emprego. Para chegar a essa conclusão, uma equipe de
do português), sejam ideogramáticos (como a escrita
pesquisadores da Northern Illinois University, University
dos chineses) ou outros. Somente nas sociedades
of Evansville e Auburn University pediu a um professor
LQGtJHQDVFRPHVWUDWL¿FDomRVRFLDO RXVHMDMiGLYLGLGDV
XQLYHUVLWiULRHGRLVDOXQRVSDUDDQDOLVDUHPSHU¿VGHXP
em classes), como foram os astecas e os maias, é que
grupo de universitários.
surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita parece
Após checar fotos, postagens, número de amigos e
mesmo mostrar claramente isso: que ela surge e se
interesses por 10 minutos, o trio considerou itens como
desenvolve – em qualquer das formas – apenas em
consciência, afabilidade, extroversão, estabilidade
VRFLHGDGHVHVWUDWL¿FDGDV VXPpULRVHJtSFLRVFKLQHVHV
emocional e receptividade. Seis meses depois, as
gregos etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil,
impressões do grupo foram comparadas com a análise
por exemplo, não empregavam um sistema de escrita,
de desempenho feita pelos chefes dos jovens que tiveram
mas garantiram a conservação e continuidade dos
VHXV SHU¿V DQDOLVDGRV 2V SHVTXLVDGRUHV HQFRQWUDUDP
conhecimentos acumulados, das histórias passadas e,
uma forte correlação entre as características descritas
também, das narrativas que sua tradição criou, através
a partir dos dados da rede e o comportamento dos
da transmissão oral. Todas as tecnologias indígenas se
universitários no ambiente de trabalho.
transmitiram e se desenvolveram assim. E não foram
Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).
poucas: por exemplo, foram os índios que domesticaram
As redes sociais são espaços de comunicação e interação plantas silvestres e, muitas vezes, venenosas, criando
on-line que possibilitam o conhecimento de aspectos da o milho, a mandioca (ou macaxeira), o amendoim,
privacidade de seus usuários. Segundo o texto, no mundo as morangas e muitas outras mais (e também as
do trabalho, esse conhecimento permite desenvolveram muito; por exemplo, somente do milho
criaram cerca de 250 variedades diferentes em toda
A LGHQWL¿FDUDFDSDFLGDGHItVLFDDWULEXtGDDRFDQGLGDWR a América).
B FHUWL¿FDUDFRPSHWrQFLDSUR¿VVLRQDOGRFDQGLGDWR '¶$1*(/,6:5Histórias dos índios lá em casa: narrativas indígenas e tradição oral popular
no Brasil. Disponível em: www.portalkaingang.org. Acesso em: 5 dez. 2012.
C controlar o comportamento virtual e real do candidato.
D avaliar informações pessoais e comportamentais A escrita e a oralidade, nas diversas culturas,
cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta
sobre o candidato.
que, nas sociedades indígenas brasileiras, a oralidade
E aferir a capacidade intelectual do candidato na resolução possibilitou
de problemas.
A a conservação e a valorização dos grupos detentores
de certos saberes.
B a preservação e a transmissão dos saberes e da
memória cultural dos povos.
C a manutenção e a reprodução dos modelos
HVWUDWL¿FDGRVGHRUJDQL]DomRVRFLDO
D a restrição e a limitação do conhecimento acumulado
a determinadas comunidades.
E o reconhecimento e a legitimação da importância da
fala como meio de comunicação.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 9


*AMAR25DOM10* 2015

QUESTÃO 107 QUESTÃO 109


Assum preto
Tudo em vorta é só beleza
Sol de abril e a mata em frô
Mas assum preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantá mió
Assum preto veve sorto
28
Mas num pode avuá d

a Hepati te

ej
Mil veiz a sina de uma gaiola

ulho Dia M
Desde que o céu, ai, pudesse oiá

ra
GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.br.
Hepatite é assim.
t un
d i a l Con
Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento).

As marcas da variedade regional registradas pelos Pode aparecer onde menos se espera e em cinco formas diferentes.
compositores de Assum preto resultam da aplicação de É por isso que o Dia Mundial Contra a Hepatite está aí para alertar você.
um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a As hepatites A, B, C, D e E têm diversas causas e muitas formas de chegar até você.
pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é Mas, evitar isso é bem simples. Você só precisa ficar atento aos
resultado de uma mesma regra a cuidados necessários para cuidar do maior bem que você tem:
A SUA SAÚDE!
A SURQ~QFLDGDVSDODYUDV³YRUWD´H³YHYH´
Algumas maneiras de se prevenir:
B SURQ~QFLDGDVSDODYUDV³WDUYH]´H³VRUWR´
t7BDJOFTFDPOUSa as hepatites A e B.
C ÀH[mRYHUEDOHQFRQWUDGDHP³IXUDUR´H³FDQWi´ t6TFÈHVBUSBUBEBFTJHBTFNQSFBTSFDPNFOEBÎÜFTRVBOUPËSFTUSJÎÍP
D UHGXQGkQFLD QDV H[SUHVV}HV ³FHJR GRV yLR´ H ³PDWD de banhos em locais públicos e ao uso de desinfetantes em piscinas.
HPIU{´ t-BWF4&.13&CFNPTBMJNFOUPTDPNPGSVUBT WFSEVSBTFMFHVNFT
t-BWF4&.13&CFNBTNÍPTBQØTVTBSPUPBMFUFFBOUFTEF
E SURQ~QFLDGDVSDODYUDV³LJQRUDQoD´H³DYXi´ se alimentar.
t"PVTBSBHVMIBTFTFSJOHBT DFSUJöRVFTFEBIJHJFOFEPMPDBMFEF
QUESTÃO 108 todos os acessórios.
t$FSUJöRVFTFEFRVFTFVNÏEJDPPVQSPöTTJPOBMEBTBÞEFFTUFKB
Exmº Sr. Governador: VTBOEPBQSPUFÎÍPOFDFTTÈSJB DPNPMVWBTFNÈTDBSBT RVBOEP
Trago a V. Exa. um resumo dos trabalhos realizados IPVWFSBQPTTJCJMJEBEFEFDPOUBUPEFTBOHVFPVTFDSFÎÜFT
pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em 1928. contaminadas com o vírus.
[…]
ADMINISTRAÇÃO
Relativamente à quantia orçada, os telegramas DiVSRQtYHOHPKWWSIDUPVWDWLFÀLFNUFRP$FHVVRHPRXW DGDSWDGR 
custaram pouco. De ordinário vai para eles dinheiro
considerável. Não há vereda aberta pelos matutos que Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e não
prefeitura do interior não ponha no arame, proclamando verbais são usados com o objetivo de atingir o público-
que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas
históricas ao Governo do Estado, que não precisa disso; DOYR LQÀXHQFLDQGR VHX FRPSRUWDPHQWR &RQVLGHUDQGR
todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque as informações verbais e não verbais trazidas no texto a
se derrubou a Bastilha – um telegrama; porque se deitou
pedra na rua – um telegrama; porque o deputado F. UHVSHLWRGDKHSDWLWHYHUL¿FDVHTXH
esticou a canela – um telegrama.
A o tom lúdico é empregado como recurso de consolidação
Palmeira dos Índios, 10 de janeiro de 1929.
GRACILIANO RAMOS GRSDFWRGHFRQ¿DQoDHQWUHRPpGLFRHDSRSXODomR
B D¿JXUDGRSUR¿VVLRQDOGDVD~GHpOHJLWLPDGDHYRFDQGRVH
RAMOS, G. Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins Fontes, 1962.

O relatório traz a assinatura de Graciliano Ramos, na o discurso autorizado como estratégia argumentativa.
época, prefeito de Palmeira dos Índios, e é destinado
DR JRYHUQR GR HVWDGR GH $ODJRDV 'H QDWXUH]D R¿FLDO C R XVR GH FRQVWUXo}HV FRORTXLDLV H HVSHFt¿FDV GD
o texto chama a atenção por contrariar a norma prevista oralidade são recursos de argumentação que simulam o
para esse gênero, pois o autor
discurso do médico.
A emprega sinais de pontuação em excesso.
B recorre a termos e expressões em desuso no D a empresa anunciada deixa de se autopromover ao
português.
mostrar preocupação social e assumir a responsabilidade
C apresenta-se na primeira pessoa do singular, para
conotar intimidade com o destinatário. pelas informações.
D privilegia o uso de termos técnicos, para demonstrar E o discurso evidencia uma cena de ensinamento didático,
conhecimento especializado.
E expressa-se em linguagem mais subjetiva, com forte projetado com subjetividade no trecho sobre as maneiras
carga emocional. de prevenção.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 10
2015 *AMAR25DOM11*
QUESTÃO 110 dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares,
fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido
concurso de professores prudentemente anônimos,
caixões e mais caixões de volumes cartonados em
Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte
com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas,
em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-
se ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos
FRQ¿QV GD SiWULD 2V OXJDUHV TXH RV QmR SURFXUDYDP
eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita,
espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a
farinha daquela marca para o pão do espírito.
POMPÉIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005.

Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o


narrador revela um olhar sobre a inserção social do
colégio demarcado pela
A ideologia mercantil da educação, repercutida nas vaidades
pessoais.
ÁVILA, A. Discurso da difamação do poeta. São Paulo: Summus, 1978. B interferência afetiva das famílias, determinantes no
O contexto histórico e literário do período barroco- processo educacional.
árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de 1975. C produção pioneira de material didático, responsável pela
A restauração de elementos daquele contexto por uma facilitação do ensino.
poética contemporânea revela que D ampliação do acesso à educação, com a negociação
A D GLVSRVLomR YLVXDO GR SRHPD UHÀHWH VXD GLPHQVmR dos custos escolares.
plástica, que prevalece sobre a observação da E cumplicidade entre educadores e famílias, unidos pelo
realidade social. interesse comum do avanço social.
B DUHÀH[mRGRHXOtULFRSULYLOHJLDDPHPyULDHUHVJDWDHP
IUDJPHQWRV IDWRV H SHUVRQDOLGDGHV GD ,QFRQ¿GrQFLD QUESTÃO 112
Mineira.
João Antônio de Barros (Jota Barros) nasceu
C DSDODYUD³HVFRQVR´ HVFRQGLGR GHPRQVWUDRGHVHQFDQWR
aos 24 de junho de 1935, em Glória de Goitá (PE).
do poeta com a utopia e sua opção por uma linguagem
erudita. Marceneiro, entalhador, xilógrafo, poeta repentista e
escritor de literatura de cordel, já publicou 33 folhetos e
D o eu lírico pretende revitalizar os contrastes barrocos, ainda tem vários inéditos. Reside em São Paulo desde
gerando uma continuidade de procedimentos estéticos
e literários. 1973, vivendo exclusivamente da venda de livretos de
cordel e das cantigas de improviso, ao som da viola.
E o eu lírico recria, em seu momento histórico, numa Grande divulgador da poesia popular nordestina no
linguagem de ruptura, o ambiente de opressão vivido Sul, tem dado frequentemente entrevistas à imprensa
SHORVLQFRQ¿GHQWHV
paulista sobre o assunto.
QUESTÃO 111 EVARISTO, M. C. O cordel em sala de aula. In: BRANDÃO, H. N. (Coord.).
Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político,
GLYXOJDomRFLHQWt¿FD6mR3DXOR&RUWH]
Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe
beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos $ ELRJUD¿D p XP JrQHUR WH[WXDO TXH GHVFUHYH D
e eu parti. trajetória de determinado indivíduo, evidenciando sua
Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha VLQJXODULGDGH 1R FDVR HVSHFt¿FR GH XPD ELRJUD¿D
instalação. como a de João Antônio de Barros, um dos principais
Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por elementos que a constitui é
um sistema de nutrido reclame, mantido por um diretor
que de tempos a tempos reformava o estabelecimento, A a estilização dos eventos reais de sua vida, para que
pintando-o jeitosamente de novidade, como os RUHODWRELRJUi¿FRVXUWDRVHIHLWRVGHVHMDGRV
negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de B o relato de eventos de sua vida em perspectiva
última remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado histórica, que valorize seu percurso artístico.
crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a
simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo C a narração de eventos de sua vida que demonstrem a
vistoso dos anúncios. qualidade de sua obra.
O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família D uma retórica que enfatize alguns eventos da vida
do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com o exemplar da pessoa biografada.
seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda
E uma exposição de eventos de sua vida que mescle
pelas províncias, conferências em diversos pontos da
cidade, a pedidos, à substância, atochando a imprensa REMHWLYLGDGHHFRQVWUXomR¿FFLRnal.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 11


*AMAR25DOM12* 2015

QUESTÃO 113 26XUUHDOLVPRFRQ¿gurou-se como uma das vanguardas


artísticas europeias do início do século XX. René Magritte,
A pátria pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! suas produções. Um traço do Surrealismo presente nessa
Criança! não verás nenhum país como este! pintura é o(a)
2OKDTXHFpXTXHPDUTXHULRVTXHÀRUHVWD
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, A justaposição de elementos díspares, observada na
É um seio de mãe a transbordar carinhos. imagem do homem no espelho.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, B crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos! homem olhando sempre para frente.
Vê que grande extensão de matas, onde impera, C construção de perspectiva, apresentada na sobreposição
Fecunda e luminosa, a eterna primavera! de planos visuais.
Boa terra! jamais negou a quem trabalha D processo de automatismo, indicado na repetição da
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...
imagem do homem.
Quem com o seu suor a fecunda e umedece, E SURFHGLPHQWRGHFRODJHPLGHQWL¿FDGRQRUHÀH[RGR
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
livro no espelho.
Criança! não verás país nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste! QUESTÃO 115
BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929.
Yaô
Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se
com um projeto ideológico em construção na Primeira Aqui có no terreiro
República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse Pelú adié
projeto, na medida em que Faz inveja pra gente
A a paisagem natural ganha contornos surreais, como o Que não tem mulher
projeto brasileiro de grandeza.
No jacutá de preto velho
B a prosperidade individual, como a exuberância da Há uma festa de yaô
terra, independe de políticas de governo.
C os valores afetivos atribuídos à família devem ser Ôi tem nêga de Ogum
aplicados também aos ícones nacionais. De Oxalá, de Iemanjá
D a capacidade produtiva da terra garante ao país a Mucama de Oxossi é caçador
ULTXH]DTXHVHYHUL¿FDQDTXHOHPRPHQWR Ora viva Nanã
E a valorização do trabalhador passa a integrar o Nanã Buruku
conceito de bem-estar social experimentado.
Yô yôo
QUESTÃO 114 Yô yôoo
No terreiro de preto velho iaiá
Vamos saravá (a quem meu pai?)
Xangô!
VIANA, G. Agô, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997.

A canção Yaô foi composta na década de 1930 por


Pixinguinha, em parceria com Gastão Viana, que escreveu
a letra. O texto mistura o português com o iorubá, língua
usada por africanos escravizados trazidos para o Brasil.
Ao fazer uso do iorubá nessa composição, o autor
A promove uma crítica bem-humorada às religiões afro-
brasileiras, destacando diversos orixás.
B ressalta uma mostra da marca da cultura africana,
que se mantém viva na produção musical brasileira.
C evidencia a superioridade da cultura africana e seu
caráter de resistência à dominação do branco.
D deixa à mostra a separação racial e cultural que
caracteriza a constituição do povo brasileiro.
MAGRITTE, R. A reprodução proibida. Óleo sobre tela, 81,3 x 65 cm. E expressa os rituais africanos com maior autenticidade,
Museum Boijmans Van Buningen, Holanda,1937. respeitando as referências originais.

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2015 *AMAR25DOM13*
QUESTÃO 116 O texto apresenta uma obra da artista Marina Abramovic,
cuja performance se alinha a tendências contemporâneas
e se caracteriza pela
A inovação de uma proposta de arte relacional que
adentra um museu.
B abordagem educacional estabelecida na relação da
artista com o público.
C redistribuição do espaço do museu, que integra
diversas linguagens artísticas.
D negociação colaborativa de sentidos entre a artista e
Máscara senufo0DOL0DGHLUDH¿EUDYHJHWDO$FHUYRGR0$(863
a pessoa com quem interage.
As formas plásticas nas produções africanas conduziram
artistas modernos do início do século XX, como Pablo E aproximação entre artista e público, o que rompe com
Picasso, a algumas proposições artísticas denominadas a elitização dessa forma de arte.
vanguardas. A máscara remete à
A preservação da proporção. QUESTÃO 119
B idealização do movimento.
TEXTO I
C estruturação assimétrica.
D sintetização das formas. Um ato de criatividade pode contudo gerar um modelo
E valorização estética. produtivo. Foi o que ocorreu com a palavra sambódromo,
criativamente formada com a terminação -(ó)dromo (= corrida),
QUESTÃO 117
TXH ¿JXUD HP KLSyGURPR DXWyGURPR FDUWyGURPR IRUPDV
Ao se apossarem do novo território, os europeus que designam itens culturais da alta burguesia. Não
ignoraram um universo de antiga sabedoria, povoado
demoraram a circular, a partir de então, formas populares
por homens e bens unidos por um sistema integrado.
A recusa em se inteirar dos valores culturais dos primeiros como rangódromo, beijódromo, camelódromo.
habitantes levou-os a uma descrição simplista desses AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008.
grupos e à sua sucessiva destruição.
Na verdade, não existe uma distinção entre a TEXTO II
nossa arte e aquela produzida por povos tecnicamente
menos desenvolvidos. As duas manifestações devem Existe coisa mais descabida do que chamar de
ser encaradas como expressões diferentes dos modos VDPEyGURPR XPD SDVVDUHOD SDUD GHV¿OH GH HVFRODV GH
de sentir e pensar das várias sociedades, mas também samba? Em grego, -dromo quer dizer “ação de correr,
como equivalentes, por resultarem de impulsos humanos OXJDUGHFRUULGD´GDtDVSDODYUDVDXWyGURPRHKLSyGURPR
comuns. e FHUWR TXH jV YH]HV GXUDQWH R GHV¿OH D HVFROD VH
SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia.
São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000.
atrasa e é obrigada a correr para não perder pontos, mas
não se desloca com a velocidade de um cavalo ou de um
De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes
carro de Fórmula 1.
produzidas pelos colonizadores e pelos colonizados, pois
ambas compartilham o(a) GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago. 2012.
A suporte artístico.
B nível tecnológico. Há nas línguas mecanismos geradores de palavras.
C base antropológica. Embora o Texto II apresente um julgamento de valor
D concepção estética. sobre a formação da palavra sambódromo, o processo de
E referencial temático. IRUPDomRGHVVDSDODYUDUHÀHWH

QUESTÃO 118 A o dinamismo da língua na criação de novas palavras.

1D H[SRVLomR ³$ $UWLVWD (VWi 3UHVHQWH´ QR 0R0$ B uma nova realidade limitando o aparecimento de
em Nova Iorque, a performer Marina Abramovic fez uma novas palavras.
retrospectiva de sua carreira. No meio desta, protagonizou C a apropriação inadequada de mecanismos de criação
uma performance marcante. Em 2010, de 14 de março a
de palavras por leigos.
31 de maio, seis dias por semana, num total de 736 horas,
ela repetia a mesma postura. Sentada numa sala, recebia D o reconhecimento da impropriedade semântica dos
os visitantes, um a um, e trocava com cada um deles um neologismos.
longo olhar sem palavras. Ao redor, o público assistia a
essas cenas recorrentes. E a restrição na produção de novas palavras com o
ZANIN, L. Marina Abramovic, ou a força do olhar. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br. radical grego.
Acesso em: 4 nov. 2013.

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*AMAR25DOM14* 2015

QUESTÃO 120 O mundo contemporâneo tem sido caracterizado pela


crescente utilização das novas tecnologias e pelo acesso
da sua memória à informação cada vez mais facilitado. De acordo com
o texto, a sociedade da informação corresponde a uma
mil mudança na organização social porque
e A representa uma alternativa para a melhoria da
mui qualidade de vida.
tos B associa informações obtidas instantaneamente por
out todos e em qualquer parte do mundo.
ros C propõe uma comunicação mais rápida e barata,
ros FRQWULEXLQGRSDUDDLQWHQVL¿FDomRGRFRPpUFLR
tos D propicia a interação entre as pessoas por meio de
sol redes sociais.
tos E representa um modelo em que a informação é
utilizada intensamente nos vários setores da vida.
pou
coa QUESTÃO 122
pou Embora particularidades na produção mediada pela
coa tecnologia aproximem a escrita da oralidade, isso não
pag VLJQL¿FD TXH DV SHVVRDV HVWHMDP HVFUHYHQGR HUUDGR
amo Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem
meu DRVXSRUWHXWLOL]DGR³2FRQWH[WRpTXHGH¿QHRUHJLVWURGH
ANTUNES, A. 2 ou + corpos no mesmo espaço. São Paulo: Perspectiva, 1998. língua. Se existe um limite de espaço, naturalmente, o sujeito
LUiXVDUPDLVDEUHYLDWXUDVFRPRIDULDQRSDSHO´D¿UPDXP
Trabalhando com recursos formais inspirados no
Concretismo, o poema atinge uma expressividade que se professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia
caracteriza pela do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a
capacidade do destinatário de interpretar corretamente a
A LQWHUUXSomR GD ÀXrQFLD YHUEDO SDUD WHVWDU RV OLPLWHV mensagem emitida. No entendimento do pesquisador, a
da lógica racional. escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado
B reestruturação formal da palavra, para provocar o DSHQDV HP FRQWH[WRV HVSHFt¿FRV R TXH DFDED SRU
estranhamento no leitor. desestimular o aluno, que não vê sentido em empregar
tal modelo em outras situações. Independentemente dos
C dispersão das unidades verbais, para questionar o
aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social
sentido das lembranças.
GD OtQJXD UHYHODVH PXLWR PDLV VLJQL¿FDWLYR GR TXH VHX
D fragmentação da palavra, para representar o uso escolar, conforme ressalta a diretora de Divulgação
estreitamento das lembranças. &LHQWt¿FDGD8)0*³$GLQkPLFDGDOtQJXDRUDOpVHPSUH
E renovação das formas tradicionais, para propor uma presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma
nova vanguarda poética. TXHQRVVRVDYyV´6RPHVHDLVVRRIDWRGHRVMRYHQVVH
revelarem os principais usuários das novas tecnologias, por
QUESTÃO 121 meio das quais conseguem se comunicar com facilidade.
A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam
A emergência da sociedade da informação está WHU GLVFHUQLPHQWR TXDQWR jV GLVWLQWDV VLWXDo}HV D ¿P GH
associada a um conjunto de profundas transformações dominar outros códigos.
ocorridas desde as últimas duas décadas do século XX. SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado).
Tais mudanças ocorrem em dimensões distintas da vida
Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de
humana em sociedade, as quais interagem de maneira informação e de comunicação, usos particulares da
VLQpUJLFD H FRQÀXHP SDUD SURMHWDU D LQIRUPDomR H R escrita foram surgindo. Diante dessa nova realidade,
conhecimento como elementos estratégicos, dos pontos segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a
de vista econômico-produtivo, político e sociocultural. A interagir por meio da linguagem formal no contexto
A sociedade da informação caracteriza-se pela digital.
crescente utilização de técnicas de transmissão, B buscar alternativas para estabelecer melhores contatos
armazenamento de dados e informações a baixo custo, on-line.
acompanhadas por inovações organizacionais, sociais e C adotar o uso de uma mesma norma nos diferentes
legais. Ainda que tenha surgido motivada por um conjunto suportes tecnológicos.
de transformações na base técnico-científica, ela se D desenvolver habilidades para compreender os textos
postados na web.
LQYHVWHGHXPVLJQL¿FDGREHPPDLVDEUDQJHQWH
E SHUFHEHUDVHVSHFL¿FLGDGHVGDVOLQJXDJHQVHPGLIHUHQWHV
LEGEY, L.-R.; ALBAGLI, S. Disponível em: www.dgz.org.br. Acesso em: 4 dez. 2012 (adaptado).
ambientes digitais.

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2015 *AMAR25DOM15*
QUESTÃO 123 normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar,
associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade
À garrafa
HUH¿QDPHQWRFLWDGLQRHVWiIDGDGRjH[WLQomR"
Contigo adquiro a astúcia É louvável que nos preocupemos com a extinção
de conter e de conter-me. de ararinhas-azuis ou dos micos-leão-dourados, mas a
Teu estreito gargalo extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção,
é uma lição de angústia. como não nos comovemos com a extinção de insetos, a
Por translúcida pões não ser dos extraordinariamente belos. Pelo contrário,
o dentro fora e o fora dentro muitas vezes a extinção das palavras é incentivada.
para que a forma se cumpra VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado).
e o espaço ressoe.
A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo
Até que, farta da constante ³SLQFKDU´QRVWUD]XPDUHÀH[mRVREUHDOLQJXDJHPHVHXV
prisão da forma, saltes usos, a partir da qual compreende-se que
da mão para o chão
e te estilhaces, suicida, A as palavras esquecidas pelos falantes devem ser
descartadas dos dicionários, conforme sugere o título.
numa explosão
de diamantes. B o cuidado com espécies animais em extinção é mais
PAES, J. P. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
urgente do que a preservação de palavras.
C o abandono de determinados vocábulos está associado
$UHÀH[mRDFHUFDGRID]HUSRpWLFRpXPGRVPDLVPDUFDQWHV a preconceitos socioculturais.
atributos da produção literária contemporânea, que, no
poema de José Paulo Paes, se expressa por um(a) D as gerações têm a tradição de perpetuar o inventário
de uma língua.
A reconhecimento, pelo eu lírico, de suas limitações
no processo criativo, manifesto na expressão “Por E o mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário
WUDQVO~FLGDS}HV´ das línguas.
B subserviência aos princípios do rigor formal e dos QUESTÃO 125
cuidados com a precisão metafórica, como se
REVHUYDHP³SULVmRGDIRUPD´ Poesia quentinha
C visão progressivamente pessimista, em face da
impossibilidade da criação poética, conforme Projeto literário publica poemas em sacos de pão na
H[SUHVVDRYHUVR³HWHHVWLOKDFHVVXLFLGD´ capital mineira
D processo de contenção, amadurecimento e Se a literatura é mesmo o alimento da alma, então os
transformação da palavra, representado pelos versos mineiros estão diante de um verdadeiro banquete. Mais do
³QXPDH[SORVmRGHGLDPDQWHV´ que um pãozinho com manteiga, os moradores do bairro
E necessidade premente de libertação da prisão de Barreiro, em Belo Horizonte (MG), estão consumindo
representada pela poesia, simbolicamente comparada poesia brasileira no café da manhã. Graças ao projeto
j³JDUUDID´DVHU³HVWLOKDoDGD´ ³3mRH3RHVLD´TXHID]GRVDTXLQKRGHSmRXPHVSDoR
QUESTÃO 124 para veiculação de poemas, escritores como Affonso
5RPDQRGH6DQW¶$QQDH)HUQDQGR%UDQWGLYLGHPHVSDoR
Palavras jogadas fora FRP HVWXGDQWHV TXH SDVVDUDP SRU R¿FLQDV GH HVFULWD
Quando criança, convivia no interior de São Paulo poética. São ao todo 250 mil embalagens, distribuídas
com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá em padarias da região de Belo Horizonte, que trazem a
HVSRUDGLFDPHQWH2VHQWLGRGDSDODYUDpRGH³MRJDUIRUD´ boa literatura para o cotidiano de pessoas, além de dar
SLQFKDIRUDHVVDSRUFDULD RX³PDQGDUHPERUD´ SLQFKD uma chance a escritores novatos de verem seus textos
esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras impressos. Criado em 2008 por um analista de sistemas
que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, DSDL[RQDGR SRU OLWHUDWXUD R ³3mR H 3RHVLD´ Mi UHFHEHX
deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem dois prêmios do Ministério da Cultura.
esse verbo, comumente escuto respostas como “minha Língua Portuguesa, n. 71, set. 2011.
DYyIDODLVVR´$SDUHQWHPHQWHSDUDPXLWRVIDODQWHVHVVH
verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo $SURSRVWDGHXPSURMHWRFRPRR³3mRH3RHVLD´REMHWLYD
essa geração antiga morrer. inovar em sua área de atuação, pois
As palavras são, em sua grande maioria, resultados A privilegia novos escritores em detrimento daqueles já
de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos. consagrados.
³7UDGLomR´ HWLPRORJLFDPHQWH p R DWR GH HQWUHJDU GH B resgata poetas que haviam perdido espaços de
passar adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). publicação impressa.
O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua C prescinde de critérios de seleção em prol da
extinção. A gramática normativa muitas vezes colabora popularização da literatura.
criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva D propõe acesso à literatura a públicos diversos.
os falantes a extinguirem uma palavra é associar a
E alavanca projetos de premiações antes esquecidos.
SDODYUDLQÀXHQFLDGRVGLUHWDRXLQGLUHWDPHQWHSHODYLVmR
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QUESTÃO 126 QUESTÃO 128


No ano de 1985 aconteceu um acidente muito grave Obesidade causa doença
em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, perto da aldeia A obesidade tornou-se uma epidemia global, segundo
guarani de Sapukai. Choveu muito e as águas pluviais a Organização Mundial da Saúde, ligada à Organização
provocaram deslizamentos de terras das encostas da das Nações Unidas. O problema vem atingindo um
Serra do Mar, destruindo o Laboratório de Radioecologia número cada vez maior de pessoas em todo o mundo,
da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, construída e entre as principais causas desse crescimento estão o
em 1970 num lugar que os índios tupinambás, há mais de modo de vida sedentário e a má alimentação.
500 anos, chamavam de Itaorna. O prejuízo foi calculado Segundo um médico especialista em cirurgia de
na época em 8 bilhões de cruzeiros. Os engenheiros redução de estômago, a taxa de mortalidade entre
responsáveis pela construção da usina nuclear não homens obesos de 25 a 40 anos é 12 vezes maior quando
sabiam que o nome dado pelos índios continha informação comparada à taxa de mortalidade entre indivíduos de
sobre a estrutura do solo, minado pelas águas da chuva. peso normal. O excesso de peso e de gordura no corpo
desencadeia e piora problemas de saúde que poderiam
Só descobriram que Itaorna, em língua tupinambá, quer ser evitados. Em alguns casos, a boa notícia é que a
GL]HUµSHGUDSRGUH¶GHSRLVGRDFLGHQWH perda de peso leva à cura, como no caso da asma, mas
FREIRE, J. R. B. Disponível em: www.taquiprati.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).
em outros, como o infarto, não há solução.
Considerando-se a história da ocupação na região de FERREIRA, T. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado).
Angra dos Reis mencionada no texto, os fenômenos
2WH[WRDSUHVHQWDXPDUHÀH[mRVobre saúde e aponta o
naturais que a atingiram poderiam ter sido previstos e excesso de peso e de gordura corporal dos indivíduos
suas consequências minimizadas se como um problema, relacionando-o ao
A o acervo linguístico indígena fosse conhecido e A padrão estético, pois o modelo de beleza dominante
valorizado. na sociedade requer corpos magros.
B as línguas indígenas brasileiras tivessem sido B equilíbrio psíquico da população, pois esse quadro
substituídas pela língua geral. interfere na autoestima das pessoas.
C o conhecimento acadêmico tivesse sido priorizado C quadro clínico da população, pois a obesidade é
pelos engenheiros. um fator de risco para o surgimento de diversas
D a língua tupinambá tivesse palavras adequadas para doenças crônicas.
descrever o solo. D preconceito contra a pessoa obesa, pois ela sofre
E o laboratório tivesse sido construído de acordo com discriminação em diversos espaços sociais.
as leis ambientais vigentes na época. E desempenho na realização das atividades cotidianas,
pois a obesidade interfere na performance.
QUESTÃO 127
QUESTÃO 129
Azeite de oliva e óleo de linhaça: uma dupla imbatível Posso mandar por e-mail?
Rico em gorduras do bem, ela combate a obesidade, $WXDOPHQWH p FRPXP ³GLVSDUDU´ FXUUtFXORV QD
dá um chega pra lá no diabete e ainda livra o coração internet com a expectativa de alcançar o maior número
de entraves possível de selecionadores. Essa, no entanto, é uma
Ninguém precisa esquentar a cabeça caso não seja ideia equivocada: é preciso saber quem vai receber seu
possível usar os dois óleos juntinhos, no mesmo dia. currículo e se a vaga é realmente indicada para seu
SHU¿O VRE R ULVFR GH HVWDU ³TXHLPDQGR R ¿OPH´ FRP XP
Individualmente, o duo também bate um bolão. Segundo futuro empregador. Ao enviar o currículo por e-mail, tente
um estudo recente do grupo EurOlive, formado por saber quem vai recebê-lo e faça um texto sucinto de
instituições de cinco países europeus, os polifenóis do apresentação, com a sugestão a seguir:
azeite de oliva ajudam a frear a oxidação do colesterol
LDL, considerado perigoso. Quando isso ocorre, reduz- Assunto: Currículo para a vaga de gerente de marketing
se o risco de placas de gordura na parede dos vasos, Mensagem: Boa tarde. Meu nome é José da Silva e
a temida aterosclerose – doença por trás de encrencas gostaria de me candidatar à vaga de gerente de marketing.
como o infarto. Meu currículo segue anexo.
MANARINI, T. Saúde é vital, n. 347, fev. 2012 (adaptado).
Guia da língua 2010: modelos e técnicas. Língua Portuguesa, 2010 (adaptado).
3DUDGLYXOJDUFRQKHFLPHQWRGHQDWXUH]DFLHQWt¿FDSDUDXP
público não especializado, Manarini recorre à associação O texto integra um guia de modelos e técnicas de
elaboração de textos e cumpre a função social de
entre vocabulário formal e vocabulário informal. Altera-se
o grau de formalidade do segmento no texto, sem alterar A GLYXOJDU XP SDGUmR R¿FLDO GH UHGDomR H HQYLR GH
o sentido da informação, com a substituição de currículos.
B indicar um modelo de currículo para pleitear uma
A ³GiXPFKHJDSUDOiQRGLDEHWH´SRU³PDQGDHPERUD vaga de emprego.
RGLDEHWH´ C LQVWUXLUROHLWRUVREUHFRPRVHUH¿FLHQWHQRHQYLRGH
B ³HVTXHQWDUDFDEHoD´SRU³TXHEUDUDFDEHoD´ currículo por e-mail.
C ³EDWHXPEROmR´SRU³pXPshow´ D responder a uma pergunta de um assinante da revista
sobre o envio de currículo por e-mail.
D ³MXQWLQKRV´SRU³PLVWXUDGLQKRV´
E orientar o leitor sobre como alcançar o maior número
E “por trás de encrencaV´SRU³FDXVDGRUDGHSUREOHPDV´ possível de selecionadores de currículos.

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2015 *AMAR25DOM17*
QUESTÃO 130 O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva
do enunciador, trabalhada em uma linguagem informal,
Cântico VI comum na música popular. Observa-se, como marca da
Tu tens um medo de variedade coloquial da linguagem presente no texto, o
Acabar. uso de
Não vês que acabas todo o dia. A palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso
Que morres no amor. inusitado no português.
Na tristeza. B expressões populares, que reforçam a proximidade
Na dúvida. entre o autor e o leitor.
No desejo.
C palavras polissêmicas, que geram ambiguidade.
Que te renovas todo dia.
No amor. D formas pronominais em primeira pessoa.
Na tristeza. E UHSHWLo}HVVRQRUDVQR¿QDOGRVYHUVRV
Na dúvida.
QUESTÃO 132
No desejo.
Que és sempre outro. Carta ao Tom 74
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas. Rua Nascimento Silva, cento e sete
Até não teres medo de morrer. Você ensinando pra Elizete
E então serás eterno.
MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1963 (fragmento).
As canções de canção do amor demais
A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o Lembra que tempo feliz
homem em seu aspecto existencial. Em Cântico VI, o eu Ah, que saudade,
lírico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente à
condição humana, Ipanema era só felicidade
A a sublimação espiritual graças ao poder de se Era como se o amor doesse em paz
emocionar.
Nossa famosa garota nem sabia
B o desalento irremediável em face do cotidiano
repetitivo. A que ponto a cidade turvaria
C o questionamento cético sobre o rumo das atitudes Esse Rio de amor que se perdeu
humanas.
D a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado Mesmo a tristeza da gente era mais bela
adolescente. E além disso se via da janela
E um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade
das coisas. Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza,
QUESTÃO 131
É preciso acabar com essa tristeza
Essa pequena
É preciso inventar de novo o amor
Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente.
São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento).
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes
Meu dia voa e ela não acorda apresenta marcas do gênero textual carta, possibilitando
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida que o eu poético e o interlocutor
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
A compartilhem uma visão realista sobre o amor em
Não canso de contemplá-la
sintonia com o meio urbano.
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai B troquem notícias em tom nostálgico sobre as
mudanças ocorridas na cidade.
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai C IDoDPFRQ¿GrQFLDVXPDYH]TXHQmRVHHQFRQWUDP
Às vezes ela pinta a boca e sai mais no Rio de Janeiro.
Fique à vontade, eu digo, take your time D tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas da vida citadina.
O blues já valeu a pena E aceitem as transformações ocorridas em pontos
CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 31 jun. 2012. WXUtVWLFRVHVSHFt¿FRV

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*AMAR25DOM18* 2015

QUESTÃO 133 5HSUHVHQWDQWHGD¿cção contemporânea, a prosa de Lygia


)DJXQGHV7HOOHVFRQ¿JXUDHGHVFRQVWUyLPRGHORVVRFLDLV
Aquarela No trecho, a percepção do núcleo familiar descortina um(a)
O corpo no cavalete A FRQYLYrQFLD IUiJLO OLJDQGR SHVVRDV ¿QDQFHLUDPHQWH
é um pássaro que agoniza dependentes.
exausto do próprio grito.
B tensa hierarquia familiar equilibrada graças à presença
As vísceras vasculhadas
da matriarca.
principiam a contagem
C pacto de atitudes e valores mantidos à custa de
regressiva.
ocultações e hipocrisias.
No assoalho o sangue
se decompõe em matizes D WUDGLFLRQDO FRQÀLWR GH JHUDo}HV SURWDJRQL]DGR SHOD
que a brisa beija e balança: narradora e seus tios.
o verde – de nossas matas E YHODGD GLVFULPLQDomR UDFLDO UHÀHWLGD QD SURFXUD GH
o amarelo – de nosso ouro casamentos com europeus.
o azul – de nosso céu
o branco o negro o negro QUESTÃO 135
CACASO. In: HOLLANDA, H. B (Org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007.
TEXTO I
Situado na vigência do Regime Militar que governou o
%UDVLO QD GpFDGD GH  R SRHPD GH &DFDVR HGL¿FD
uma forma de resistência e protesto a esse período,
metaforizando
A as artes plásticas, deturpadas pela repressão e censura.
B a natureza brasileira, agonizante como um pássaro
enjaulado.
C o nacionalismo romântico, silenciado pela perplexidade
com a Ditadura.
D R HPEOHPD QDFLRQDO WUDQV¿JXUDGR SHODV PDUFDV GR
medo e da violência.
E as riquezas da terra, espoliadas durante o aparelhamento
do poder armado.

QUESTÃO 134
Tudo era harmonioso, sólido, verdadeiro. No princípio.
As mulheres, principalmente as mortas do álbum, eram
maravilhosas. Os homens, mais maravilhosos ainda, ah,
difícil encontrar família mais perfeita. A nossa família, FREUD, L. Francis Wyndham. Óleo sobre tela, 64 x 52 cm. Coleção pessoal, 1993.
dizia a bela voz de contralto da minha avó. Na nossa
família, frisava, lançando em redor olhares complacentes, TEXTO II
lamentando os que não faziam parte do nosso clã. [...] Lucian Freud é, como ele próprio gosta de relembrar
às pessoas, um biólogo. Mais propriamente, tem querido
Quando Margarida resolveu contar os podres todos que
VDELDQDTXHODQRLWHQHJUDGDUHEHOLmR¿TXHLIXULRVD>@ UHJLVWUDUYHUGDGHVPXLWRHVSHFt¿FDVVREUHFRPRpWRPDU
posse deste determinado corpo nesta situação particular,
É mentira, é mentira!, gritei tapando os ouvidos. Mas QHVWHHVSHFt¿FRHVSDoRGHWHPSR
Margarida seguia em frente: tio Maximiliano se casou
SMEE, S. Freud. Köln: Taschen, 2010.
com a inglesa de cachos só por causa do dinheiro, não
passava de um pilantra, a loirinha feiosa era riquíssima. Considerando a intencionalidade do artista, mencionada
Tia Consuelo? Ora, tia Consuelo chorava porque sentia no Texto II, e a ruptura da arte no século XX com o
falta de homem, ela queria homem e não Deus, ou parâmetro acadêmico, a obra apresentada trata do(a)
o convento ou o sanatório. O dote era tão bom que o
convento abriu-lhe as portas com loucura e tudo. A H[DOWDomRGD¿JXUDPDVFXOLQD
³( WHP PDLV FRLVDV DLQGD PLQKD TXHULGLQKD´ DQXQFLRX B descrição precisa e idealizada da forma.
Margarida fazendo um agrado no meu queixo. Reagi com
violência: uma agregada, uma cria e, ainda por cima, C arranjo simétrico e proporcional dos elementos.
mestiça. Como ousava desmoralizar meus heróis? D representação do padrão do belo contemporâneo.
TELLES, L. F. A estrutura da bolha de sabão. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. E ¿GHOLGDGHjIRUPDUHDOLVWDLVHQWDGRLGHDOGHSHUIHLomR

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 18


*AMAR25DOM2* 2015

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na
última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%,
mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país.
WALSELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: www.mapadaviolencia.org.br. Acesso em: 8 jun. 2015.

TEXTO II TEXTO III


TIPO DE VIOLÊNCIA RELATADA
51,68%

Violência física
31,81% Violência psicológica
Violência moral
Violência sexual
9,68% Violência patrimonial
2,86% Cárcere privado
1,94% 1,76%
0,26%
Tráfico de pessoas

BRASIL. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Balanço 2014. Central de Atendimento à Mulher: Disponível em: www.compromissoeatitude.org.br.
Disque 180. Brasília, 2015. Disponível em: www.spm.gov.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado). Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado).

TEXTO IV
O IMPACTO EM NÚMEROS
Com base na Lei Maria da Penha, mais de 330 mil processos foram instaurados
apenas nos juizados e varas especializados

332.216 processos que envolvem a Lei


Maria da Penha chegaram, entre setembro de 2006 e
março de 2011, aos 52 juizados e varas especializados
em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
existentes no País. O que resultou em:
237 mil
relatos de violência foram feitos
ao Ligue 180, serviço telefônico da
33,4%
de processos julgados 58 mulheres e 2.777
Secretaria de Políticas para as Mulheres

homens enquadrados na

9.715
prisões em flagrante
Lei Maria da Penha estavam
presos no País em dezembro
de 2010. Ceará, Rio de Janeiro
e Rio Grande do Sul não

1.577 constam desse levantamento


feito pelo Departamento
Sete de cada dez vítimas que
telefonaram para o Ligue 180 afirmaram
prisões preventivas decretadas Penitenciário Nacional ter sido agredidas pelos companheiros
Fontes: Conselho Nacional de Justiça, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Políticas para as Mulheres
Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado).
INSTRUÇÕES:
x O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
x 2WH[WRGH¿QLWLYRGHYHVHUHVFULWRjWLQWDQDIROKDSUySULDHPDWpOLQKDV
x A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
x tiver até 7 (sete) linhas escritDVVHQGRFRQVLGHUDGD³WH[WRLQVX¿FLHQWH´
x fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
x apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
x apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 2


*AMAR75SAB2* 2015

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 03

4XHVW}HVGHD A crescente intelectualização e racionalização não


indicam um conhecimento maior e geral das condições
QUESTÃO 01 VRE DV TXDLV YLYHPRV 6LJQL¿FD D FUHQoD HP TXH VH
quiséssemos, poderíamos ter esse conhecimento
8P FDUUR HVSRUWLYR p ¿QDQFLDGR SHOR -DSmR a qualquer momento. Não há forças misteriosas
projetado na Itália e montado em Indiana, México e incalculáveis; podemos dominar todas as coisas pelo
França, usando os mais avançados componentes cálculo.
HOHWU{QLFRV TXH IRUDP LQYHQWDGRV HP 1RYD -pUVHL
WEBER, M. A ciência como vocação. In: GERTH, H.; MILLS, W. (Org.). 0D[:HEHU: ensaios
e fabricados na Coreia. A campanha publicitária é GHVRFLRORJLD5LRGH-DQHLUR=DKDU DGDSWDGR 
GHVHQYROYLGDQD,QJODWHUUD¿OPDGDQR&DQDGiDHGLomR
e as cópias, feitas em Nova York para serem veiculadas Tal como apresentada no texto, a proposição de Max
no mundo todo. Teias globais disfarçam-se com o Weber a respeito do processo de desencantamento do
uniforme nacional que lhes for mais conveniente. mundo evidencia o(a)
REICH, R. 2WUDEDOKRGDVQDo}HV: preparando-nos para o capitalismo no século XXI.
São Paulo: Educator, 1994 (adaptado). A progresso civilizatório como decorrência da expansão
do industrialismo.
A viabilidade do processo de produção ilustrado pelo texto
pressupõe o uso de B extinção do pensamento mítico como um
desdobramento do capitalismo.
A linhas de montagem e formação de estoques.
B empresas burocráticas e mão de obra barata. C emancipação como consequência do processo de
racionalização da vida.
C controle estatal e infraestrutura consolidada.
D organização em rede e tecnologia de informação. D afastamento de crenças tradicionais como uma
característica da modernidade.
E gestão centralizada e protecionismo econômico.
E ¿P GR PRQRWHtVPR FRPR FRQGLomR SDUD D
QUESTÃO 02 consolidação da ciência.
Na sociedade contemporânea, onde as relações QUESTÃO 04
sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas, a
imagem de um indivíduo, principalmente na indústria do Diante de ameaças surgidas com a engenharia
espetáculo, pode agregar valor econômico na medida
genética de alimentos, vários grupos da sociedade
de seu incremento técnico: amplitude do espelhamento
e da atenção pública. Aparecer é então mais do que civil conceberam o chamado “princípio da precaução”.
ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, O fundamento desse princípio é: quando uma tecnologia
a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que ou produto comporta alguma ameaça à saúde ou ao
acena democraticamente para as massas com supostos ambiente, ainda que não se possa avaliar a natureza
“ganhos distributivos” (a informação ilimitada, a quebra precisa ou a magnitude do dano que venha a ser causado
das supostas hierarquias culturais), afeta a velha cultura
disseminada na esfera pública. A participação nas redes por eles, deve-se evitá-los ou deixá-los de quarentena
sociais, a obsessão dos VHO¿HV, tanto falar e ser falado para maiores estudos e avaliações antes de sua liberação.
quanto ser visto são índices do desejo de “espelhamento”. SEVCENKO, N. $FRUULGDSDUDRVpFXOR;;,: no loop da montanha-russa.
São Paulo: Cia. das Letras, 2001 (adaptado).
SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado).

A crítica contida no texto sobre a sociedade O texto expõe uma tendência representativa do
contemporânea enfatiza pensamento social contemporâneo, na qual o
A a prática identitária autorreferente. desenvolvimento de mecanismos de acautelamento ou
B a dinâmica política democratizante. administração de riscos tem como objetivo
C a produção instantânea de notícias. A priorizar os interesses econômicos em relação aos
D os processos difusores de informações. seres humanos e à natureza.
E os mecanismos de convergência tecnológica. B QHJDUDSHUVSHFWLYDFLHQWt¿FDHVXDVFRQTXLVWDVSRU
causa de riscos ecológicos.
C instituir o diálogo público sobre mudanças
tecnológicas e suas consequências.
D combater a introdução de tecnologias para travar o
curso das mudanças sociais.
E romper o equilíbrio entre benefícios e riscos do
DYDQoRWHFQROyJLFRHFLHQWt¿FR
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 2
2015 *AMAR75SAB3*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07
Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum A Unesco condenou a destruição da antiga capital
GHVWLQR ELROyJLFR SVtTXLFR HFRQ{PLFR GH¿QH D IRUPD assíria de Nimrod, no Iraque, pelo Estado Islâmico, com
que a fêmea humana assume no seio da sociedade; a agência da ONU considerando o ato como um crime
é o conjunto da civilização que elabora esse produto de guerra. O grupo iniciou um processo de demolição
LQWHUPHGLiULRHQWUHRPDFKRHRFDVWUDGRTXHTXDOL¿FDP em vários sítios arqueológicos em uma área reconhecida
o feminino. como um dos berços da civilização.
BEAUVOIR, S. 2VHJXQGRVH[R5LRGH-DQHLUR1RYD)URQWHLUD 8QHVFRHHVSHFLDOLVWDVFRQGHQDPGHVWUXLomRGHFLGDGHDVVtULDSHOR(VWDGR,VOkPLFR.
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 30 mar. 2015 (adaptado).
Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir
contribuiu para estruturar um movimento social que teve O tipo de atentado descrito no texto tem como
como marca o(a) consequência para as populações de países como o
Iraque a desestruturação do(a)
A DomRGR3RGHU-XGLFLiULRSDUDFULPLQDOL]DUDYLROrQFLD
sexual. A homogeneidade cultural.
B pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla B patrimônio histórico.
jornada de trabalho. C controle ocidental.
C organização de protestos públicos para garantir a D unidade étnica.
igualdade de gênero. E UHOLJLmRR¿FLDO
D oposição de grupos religiosos para impedir os
casamentos homoafetivos. QUESTÃO 08
E estabelecimento de políticas governamentais para A questão ambiental, uma das principais pautas
SURPRYHUDo}HVD¿UPDWLYDV contemporâneas, possibilitou o surgimento de
concepções políticas diversas, dentre as quais se destaca
QUESTÃO 06
a preservação ambiental, que sugere uma ideia de
Só num sentido muito restrito, o indivíduo cria com intocabilidade da natureza e impede o seu aproveitamento
seus próprios recursos o modo de falar e de pensar que HFRQ{PLFRVRETXDOTXHUMXVWL¿FDWLYD
lhe são atribuídos. Fala o idioma de seu grupo; pensa PORTO-GONÇALVES, C. W. $JOREDOL]DomRGDQDWXUH]DHDQDWXUH]DGD
JOREDOL]DomR5LRGH-DQHLUR&LYLOL]DomR%UDVLOHLUD DGDSWDGR 
à maneira de seu grupo. Encontra a sua disposição
DSHQDVGHWHUPLQDGDVSDODYUDVHVLJQL¿FDGRV(VWDVQmR Considerando as atuais concepções políticas sobre a
só determinam, em grau considerável, as vias de acesso questão ambiental, a dinâmica caracterizada no texto
mental ao mundo circundante, mas também mostram, quanto à proteção do meio ambiente está baseada na
ao mesmo tempo, sob que ângulo e em que contexto
de atividade os objetos foram até agora perceptíveis ao A prática econômica sustentável.
grupo ou ao indivíduo. B contenção de impactos ambientais.
MANNHEIM, K. ,GHRORJLDHXWRSLD. Porto Alegre: Globo, 1950 (adaptado). C utilização progressiva dos recursos naturais.
Ilustrando uma proposição básica da sociologia do D proibição permanente da exploração da natureza.
conhecimento, o argumento de Karl Mannheim defende E GH¿QLomR GH iUHDV SULRULWiULDV SDUD D H[SORUDomR
que o(a) econômica.
A conhecimento sobre a realidade é condicionado
socialmente.
B submissão ao grupo manipula o conhecimento do
mundo.
C divergência é um privilégio de indivíduos excepcionais.
D educação formal determina o conhecimento do
idioma.
E domínio das línguas universaliza o conhecimento.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 3


*AMAR75SAB4* 2015

QUESTÃO 09 QUESTÃO 11

Algumas regiões do Brasil passam por uma crise $ ¿ORVR¿D JUHJD SDUHFH FRPHoDU FRP XPD LGHLD
de água por causa da seca. Mas, uma região de Minas absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz
Gerais está enfrentando a falta de água no campo tanto de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos
em tempo de chuva como na seca. As veredas estão nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro
secando no norte e no noroeste mineiro. Ano após ano, lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a
elas vêm perdendo a capacidade de ser a caixa-d’água origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem
do grande sertão de Minas. LPDJHP H IDEXODomR H HQ¿P HP WHUFHLUR OXJDU SRUTXH
nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido
VIEIRA, C. 'HJUDGDomRGRVRORFDXVDSHUGDGHIRQWHVGHiJXDGHIDPtOLDVGH0*.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 1 nov. 2014. o pensamento: Tudo é um.
1,(7=6&+()&UtWLFDPRGHUQD,Q2VSUpVRFUiWLFRV. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
As veredas têm um papel fundamental no equilíbrio
hidrológico dos cursos de água no ambiente do O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento
Cerrado, pois GD¿ORVR¿DHQWUHRVJUHJRV"
A FRODERUDPSDUDDIRUPDomRGHYHJHWDomR[HUy¿OD A 2 LPSXOVR SDUD WUDQVIRUPDU PHGLDQWH MXVWL¿FDWLYDV
B formam os leques aluviais nas planícies das bacias. os elementos sensíveis em verdades racionais.
C fornecem sumidouro para as águas de recarga B O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos
da bacia. seres e das coisas.
D contribuem para o aprofundamento dos talvegues C A necessidade de buscar, de forma racional, a causa
à jusante.
primeira das coisas existentes.
E constituem um sistema represador da água na
chapada. D A ambição de expor, de maneira metódica, as
diferenças entre as coisas.
QUESTÃO 10 E $ WHQWDWLYD GH MXVWL¿FDU D SDUWLU GH HOHPHQWRV
empíricos, o que existe no real.
7DQWR SRWHQFLDO SRGHULD WHU ¿FDGR SHOR FDPLQKR
se não fosse o reforço em tecnologia que um gaúcho QUESTÃO 12
buscou. Há pouco mais de oito anos, ele usava o bico
Quanto ao “choque de civilizações”, é bom lembrar
da botina para cavoucar a terra e descobrir o nível de a carta de uma menina americana de sete anos cujo pai
umidade do solo, na tentativa de saber o momento ideal era piloto na Guerra do Afeganistão: ela escreveu que —
para acionar os pivôs de irrigação. Até que conheceu uma embora amasse muito seu pai — estava pronta a deixá-lo
estação meteorológica que, instalada na propriedade, PRUUHUDVDFUL¿FiORSRUVHXSDtV4XDQGRRSUHVLGHQWH
ajuda a determinar a quantidade de água de que a planta Bush citou suas palavras, elas foram entendidas como
necessita. Assim, quando inicia um plantio, o agricultor manifestação “normal” de patriotismo americano; vamos
já entra no site do sistema e cadastra a área, o pivô, a conduzir uma experiência mental simples e imaginar uma
cultura, o sistema de plantio, o espaçamento entre linhas e menina árabe maometana pateticamente lendo para as
câmeras as mesmas palavras a respeito do pai que lutava
o número de plantas, para então receber recomendações
pelo Talibã — não é necessário pensar muito sobre qual
diretamente dos técnicos da universidade. teria sido a nossa reação.
CAETANO, M. O valor de cada gota. *ORER5XUDO, n. 312, out. 2011. =,=(.6%HPYLQGRDRGHVHUWRGRUHDO. São Paulo: Bom Tempo, 2003.

A implementação das tecnologias mencionadas no texto A situação imaginária proposta pelo autor explicita o
garante o avanço do processo de GHVD¿RFXOWXUDOGR D
A monitoramento da produção. A prática da diplomacia.
B valorização do preço da terra. B exercício da alteridade.
C correção dos fatores climáticos. C expansão da democracia.
D divisão de tarefas na propriedade. D universalização do progresso.
E estabilização da fertilidade do solo. E conquista da autodeterminação.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 4


2015 *AMAR75SAB5*
QUESTÃO 13 QUESTÃO 15

Bandeira do Brasil, és hoje a única. Hasteada a esta TEXTO I


hora em todo o território nacional, única e só, não há lugar Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a
QRFRUDomRGR%UDVLOSDUDRXWUDVÀkPXODVRXWUDVEDQGHLUDV história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido
outros símbolos. Os brasileiros se reuniram em torno do palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no
Brasil e decretaram desta vez com determinação de não dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos
consentir que a discórdia volte novamente a dividi-lo! defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas:
'LVFXUVRGR0LQLVWURGD-XVWLoD)UDQFLVFR&DPSRVQDFHULP{QLDGDIHVWDGDEDQGHLUDHPQRYHPEUR um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente
GH$SXG2/,9(1*5$SDUWHHRWRGR: a diversidade cultural do Brasil Nação.
Petrópolis: Vozes, 1992. dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
CUNHA, E. 2VVHUW}HV5LRGH-DQHLUR)UDQFLVFR$OYHV
O discurso proferido em uma celebração em que as
bandeiras estaduais eram queimadas diante da bandeira TEXTO II
nacional revela o pacto nacional proposto pelo Estado Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam
Novo, que se associa à
quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um
A supressão das diferenças socioeconômicas entre as velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda
regiões do Brasil, priorizando as regiões estaduais &DWyOLFD XP UDSD] GH  D  DQRV XP SUHWR DOWR H
carentes. magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem
B orientação do regime quanto ao reforço do as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava
federalismo, espelhando-se na experiência política terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra,
norte-americana. que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos
C adoção de práticas políticas autoritárias, considerando meses, naquele recanto do território nacional.
a contenção dos interesses regionais dispersivos. SOARES, H. M. $*XHUUDGH&DQXGRV5LRGH-DQHLUR$OWLQD
D propagação de uma cultura política avessa aos ritos
cívicos, cultivados pela cultura regional brasileira. Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem
uso de representações que se perpetuariam na memória
E defesa da unidade do território nacional, ameaçado
FRQVWUXtGD VREUH R FRQÀLWR 1HVVH VHQWLGR FDGD DXWRU
por movimentos separatistas contrários à política
varguista. caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente,
como fruto da
QUESTÃO 14
A manipulação e incompetência.
Atualmente, as represálias econômicas contra as B ignorância e solidariedade.
empresas de informática norte-americanas continuam. C hesitação e obstinação.
A Alemanha proibiu um aplicativo dos Estados Unidos
de compartilhamento de carros; na China, o governo D esperança e valentia.
explicou que os equipamentos e serviços de informática E bravura e loucura.
norte-americanos representam uma ameaça, pedindo
que as empresas estatais não recorram a eles.
SCHILLER, D. Disponível em: www.diplomatique.org.br. Acesso em: 11 nov. 2014 (adaptado).

As ações tomadas pelos países contra a espionagem


revelam preocupação com o(a)
A subsídio industrial.
B hegemonia cultural.
C protecionismo dos mercados.
D desemprego tecnológico.
E segurança dos dados.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 5


*AMAR75SAB6* 2015

QUESTÃO 16

)LJXUD'LDJUDPDGDVUHJL}HVGHLQWHPSHULVPRSDUD
DVFRQGLo}HVEUDVLOHLUDV DGDSWDGRGH3HOWLHU 
35

30

1. Muito Fraco
Temperatura (°C)
25 4. Forte

20 3. Moderado

15
10

5 2. Fraco

0
400 800 1200 1600 2000 2400 2800
Precipitação média anual (mm)

)LJXUD0DSDGDVUHJL}HVGHLQWHPSHULVPRGR%UDVLO
EDVHDGRQRGLDJUDPDGD)LJXUD

)217(603),QWHPSHULVPRGHURFKDVHPLQHUDLV,Q.(5-&HWDO 2UJ 3HGRORJLD: fundamentos. Viçosa (MG): SBCS, 2012 (adaptado).

'HDFRUGRFRPDV¿JXUDVDLQWHQVLGDGHGHLQWHPSHULVPRGHJUDXPXLWRIUDFRpFDUDFWHUtVWLFDGHTXDOWLSRFOLPiWLFR"
A Tropical.
B Litorâneo.
C Equatorial.
D Semiárido.
E Subtropical.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 6
2015 *AMAR75SAB7*
QUESTÃO 17 QUESTÃO 19

TEXTO I Não nos resta a menor dúvida de que a principal


(PWRGRRSDtVDOHLGHGHPDLRGHOLEHUWRX contribuição dos diferentes tipos de movimentos sociais
poucos negros em relação à população de cor. A maioria brasileiros nos últimos vinte anos foi no plano da
Mi KDYLD FRQTXLVWDGR D DOIRUULD DQWHV GH  SRU PHLR reconstrução do processo de democratização do país.
de estratégias possíveis. No entanto, a importância E não se trata apenas da reconstrução do regime político,
KLVWyULFDGDOHLGHQmRSRGHVHUPHQVXUDGDDSHQDV GDUHWRPDGDGDGHPRFUDFLDHGR¿PGR5HJLPH0LOLWDU
em termos numéricos. O impacto que a extinção da Trata-se da reconstrução ou construção de novos rumos
escravidão causou numa sociedade constituída a partir para a cultura do país, do preenchimento de vazios na
da legitimidade da propriedade sobre a pessoa não cabe condução da luta pela redemocratização, constituindo-se
em cifras. como agentes interlocutores que dialogam diretamente
ALBUQUERQUE, W. 2MRJRGDGLVVLPXODomR: Abolição e cidadania negra no Brasil. com a população e com o Estado.
São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
GOHN, M. G. M. 2VVHPWHUUDV21*VHFLGDGDQLa. São Paulo: Cortez, 2003 (adaptado).
TEXTO II
No processo da redemocratização brasileira, os novos
Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a movimentos sociais contribuíram para
SRSXODomROLYUHGR5LRGH-DQHLURVHWRUQRXPDLVQXPHURVD
A diminuir a legitimidade dos novos partidos políticos
HGLYHUVL¿FDGD2VHVFUDYRVEHPPHQRVQXPHURVRVTXH então criados.
antes, e com os africanos mais aculturados, certamente
B tornar a democracia um valor social que ultrapassa os
não se distinguiam muito facilmente dos libertos e dos momentos eleitorais.
pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também já C difundir a democracia representativa como objetivo
não é razoável presumir que uma pessoa de cor seja fundamental da luta política.
provavelmente cativa, pois os negros libertos e livres D ampliar as disputas pela hegemonia das entidades de
poderiam ser encontrados em toda parte. trabalhadores com os sindicatos.
CHALHOUB, S. VLV}HVGDOLEHUGDGH: uma história das últimas décadas da escravidão na E fragmentar as lutas políticas dos diversos atores
Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
sociais frente ao Estado.
6REUHR¿PGD escravidão no Brasil, o elemento destacado
QUESTÃO 20
no Texto I que complementa os argumentos apresentados
no Texto II é o(a) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às
A variedade das estratégias de resistência dos cativos. faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes
se encontre um homem manifestamente mais forte de
B controle jurídico exercido pelos proprietários.
corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo
C inovação social representada pela lei. assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a
D LQH¿FiFLDSUiWLFDGDOLEHUWDomR GLIHUHQoDHQWUHXPHRXWURKRPHPQmRpVX¿FLHQWHPHQWH
E VLJQL¿FDGRSROtWLFRGD$EROLomR considerável para que um deles possa com base
nela reclamar algum benefício a que outro não possa
QUESTÃO 18 igualmente aspirar.
HOBBES, T. /HYLDWm. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
A participação da África na Segunda Guerra Mundial
deve ser apreciada sob a ótica da escolha entre vários Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil,
demônios. O seu engajamento não foi um processo de quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles
colaboração com o imperialismo, mas uma luta contra A HQWUDYDPHPFRQÀLWR
uma forma de hegemonia ainda mais perigosa. B recorriam aos clérigos.
0$=58,$³3URFXUDLSULPHLUDPHQWHRUHLQRGRSROtWLFR´,Q0$=58,$:21'-,& C consultavam os anciãos.
(Org.). +LVWyULDJHUDOGDÈIULFD: África desde 1925. Brasília: Unesco, 2010.
D apelavam aos governantes.
Para o autor, a “forma de hegemonia” e uma de suas E exerciam a solidariedade.
características que explicam o engajamento dos africanos
no processo analisado foram:
A Comunismo / rejeição da democracia liberal.
B Capitalismo / devastação do ambiente natural.
C Fascismo / adoção do determinismo biológico.
D 6RFLDOLVPRSODQL¿FDomRGDHFRQRPLDQDFLRQDO
E Colonialismo / imposição da missão civilizatória.
&+žGLD_&DGHUQR$0$5(/23iJLQD
*AMAR75SAB8* 2015

QUESTÃO 21

6&+:$5&=/0$VEDUEDVGRLPSHUDGRU'3HGUR,,XPPRQDUFDQRVWUySLFRV6mR3DXOR&LDGDV/HWUDV DGDSWDGR 

Essas imagens de D. Pedro,,IRUDPIHLWDVQRLQtFLRGRVDQRVGHSRXFRPDLVGHXPDGpFDGDDSyVR*ROSHGD


Maioridade. Considerando o contexto histórico em que foram produzidas e os elementos simbólicos destacados, essas
imagens representavam um
A jovem imaturo que agiria de forma irresponsável.
B imperador adulto que governaria segundo as leis.
C líder guerreiro que comandaria as vitórias militares.
D soberano religioso que acataria a autoridade papal.
E monarca absolutista que exerceria seu autoritarismo.
QUESTÃO 22

No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média — no Ocidente — nasceu com elas. Foi com o
desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial — digamos modestamente artesanal — que ele
apareceu, como um desses homens de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho.
Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
SUR¿VVLRQDOPHQWHWHPXPDDWLYLGDGHGHSURIHVVRUHHUXGLWRHPUHVXPRXPLQWHOHFWXDO²HVVHKRPHPVyDSDUHFHUi
com as cidades.
/(*2))-2VLQWHOHFWXDLVQD,GDGH0pGLD5LRGH-DQHLUR-RVp2O\PSLR

O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a)


A apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.
B relação entre desenvolvimento urbano e divisão do trabalho.
C importância organizacional das corporações de ofício.
D progressiva expansão da educação escolar.
E acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.

&+žGLD_&DGHUQR$0$5(/23iJLQD
2015 *AMAR75SAB9*
QUESTÃO 23 QUESTÃO 25

O que implica o sistema da pólis é uma Os movimentos de massa constituem-se no


extraordinária preeminência da palavra sobre todos deslocamento de material (solo e rocha) vertente
os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o DEDL[R SHOD LQÀXrQFLD GD JUDYLGDGH $V FRQGLo}HV
debate contraditório, a discussão, a argumentação e a que favorecem os movimentos de massa dependem
polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim principalmente da estrutura geológica, da declividade da
como do jogo político. vertente, do regime de chuvas, da perda de vegetação e
9(51$17-3$VRULJHQVGRSHQVDPHQWRJUHJR5LRGH-DQHLUR%HUWUDQG DGDSWDGR  da atividade antrópica.
%,*$5(//$--(VWUXWXUDHRULJHPGDVSDLVDJHQVWURSLFDLVHVXEWURSLFDLV.
1D FRQ¿JXUDomR SROtWLFD GD GHPRFUDFLD JUHJD HP Florianópolis: UFSC, 2003 (adaptado).
especial a ateniense, a ágora tinha por função
Em relação ao processo descrito, sua ocorrência é
A agregar os cidadãos em torno de reis que governavam
minimizada em locais onde há
em prol da cidade.
B permitir aos homens livres o acesso às decisões do A exposição do solo.
Estado expostas por seus magistrados. B GUHQDJHPH¿FLHQWH
C constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia C rocha matriz resistente.
para deliberar sobre as questões da comunidade.
D agricultura mecanizada.
D reunir os exércitos para decidir em assembleias
fechadas os rumos a serem tomados em caso de E média pluviométrica elevada.
guerra.
QUESTÃO 26
E congregar a comunidade para eleger representantes
com direito a pronunciar-se em assembleias.

QUESTÃO 24
1R ¿QDO GR VpFXOR ;; H HP UD]mR GRV DYDQoRV GD
ciência, produziu-se um sistema presidido pelas técnicas
da informação, que passaram a exercer um papel de
elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo
sistema uma presença planetária. Um mercado que
utiliza esse sistema de técnicas avançadas resulta nessa
globalização perversa.
SANTOS, M. 3RUXPDRXWUDJOREDOL]DomR5LRGH-DQHLUR5HFRUG DGDSWDGR 

Uma consequência para o setor produtivo e outra para o


mundo do trabalho advindas das transformações citadas
no texto estão presentes, respectivamente, em:
A Eliminação das vantagens locacionais e ampliação da
legislação laboral.
B /LPLWDomR GRV ÀX[RV ORJtVWLFRV H IRUWDOHFLPHQWR GH
associações sindicais.
C Diminuição dos investimentos industriais e SUERTEGARAY, D. M. A. (Org.).7HUUD: feições ilustradas.
Porto Alegre: EdUFRGS, 2003 (adaptado).
GHVYDORUL]DomRGRVSRVWRVTXDOL¿FDGRV
D Concentração das áreas manufatureiras e redução da A imagem representa o resultado da erosão que ocorre
jornada semanal. em rochas nos leitos dos rios, que decorre do processo
E Automatização dos processos fabris e aumento dos natural de
níveis de desemprego.
A fraturamento geológico, derivado da força dos
agentes internos.
B solapamento de camadas de argilas, transportadas
pela correnteza.
C movimento circular de seixos e areias, arrastados por
águas turbilhonares.
D decomposição das camadas sedimentares, resultante
da alteração química.
E assoreamento no fundo do rio, proporcionado pela
chegada de material sedimentar.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 9


*AMAR75SAB10* 2015

QUESTÃO 27

&DOHQGiULRPHGLHYDOVpFXOR;9

Disponível em: www.ac-grenoble.fr. Acesso em: 10 maio 2012.

Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção de tempo das sociedades.
(VVDVLPDJHQVFRPS}HPXPFDOHQGiULRPHGLHYDO  HFDGDXPDGHODVUHSUHVHQWDXPPrVGHMDQHLURD
dezembro. Com base na análise do calendário, apreende-se uma concepção de tempo
A cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno.
B KXPDQLVWDLGHQWL¿FDGDSHORFRQWUROHGDVKRUDVGHDWLYLGDGHSRUSDUWHGRWUDEDOKDGRU
C escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho.
D natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano.
E URPkQWLFDGH¿QLGDSRUXPDYLVmREXFyOLFDGDVRFLHGDGH
QUESTÃO 28

O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve momentos de maior intensidade e,
ao que tudo indica, atualmente passa por uma desaceleração no ritmo de crescimento populacional nos grandes
centros urbanos.
BAENINGER, R. &LGDGHVHPHWUySROHV: a desaceleração no crescimento populacional e novos arranjos regionais. Disponível em: www.sbsociologia.com.br. Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).

Uma causa para o processo socioespacial mencionado no texto é o(a)


A carência de matérias-primas.
B degradação da rede rodoviária.
C aumento do crescimento vegetativo.
D centralização do poder político.
E realocação da atividade industrial.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 10
2015 *AMAR75SAB11*
QUESTÃO 29 QUESTÃO 31

2UD HP WRGDV DV FRLVDV RUGHQDGDV D DOJXP ¿P


é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja
GLUHWDPHQWH R GHYLGR ¿P &RP HIHLWR XP QDYLR TXH
se move para diversos lados pelo impulso dos ventos
FRQWUiULRVQmRFKHJDULDDR¿PGHGHVWLQRVHSRULQG~VWULD
do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem
XP¿PSDUDRTXDOVHRUGHQDPWRGDDVXDYLGDHDomR
Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos
HPYLVWDGR¿PRTXHDSUySULDGLYHUVLGDGHGRVHVIRUoRV
e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem
GHXPGLULJHQWHSDUDR¿P
AQUINO, T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. (VFULWRVSROtWLFRVGH
6mR7RPiVGH$TXLQR. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).

1RWUHFKRFLWDGR7RPiVGH$TXLQRMXVWL¿FDDPRQDUTXLD
como o regime de governo capaz de
A refrear os movimentos religiosos contestatórios.
B promover a atuação da sociedade civil na vida política.
C unir a sociedade tendo em vista a realização do
bem comum.
D reformar a religião por meio do retorno à tradição
helenística.
E dissociar a relação política entre os poderes temporal
e espiritual.

QUESTÃO 30
$-XVWLoD(OHLWRUDOIRLFULDGDHPFRPRSDUWHGH =,5$/'2DQRVGHSURQWLGmR,Q/(0265 2UJ 8PDKLVWyULDGR%UDVLODWUDYpVGD
FDULFDWXUD  5LRGH-DQHLUR/HWUDV ([SUHVV}HV
uma ampla reforma no processo eleitoral incentivada pela
Revolução de 1930. Sua criação foi um grande avanço 1RSHUtRGRGHDDHVWUDWpJLDGR5HJLPH0LOLWDU
institucional, garantindo que as eleições tivessem o abordada na charge foi caracterizada pela
DYDO GH XP yUJmR WHRULFDPHQWH LPXQH j LQÀXrQFLD GRV
mandatários. A priorização da segurança nacional.
7$</250-XVWLoD(OHLWRUDO,Q$95,7=(5/$1$67$6,$)5HIRUPDSROtWLFDQR%UDVLO. B FDSWDomRGH¿QDQFLDPHQWRVHVWUDQJHLURV
Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).
C execução de cortes nos gastos públicos.
Em relação ao regime democrático no país, a instituição D nacionalização de empresas multinacionais.
analisada teve o seguinte papel:
E promoção de políticas de distribuição de renda.
A Implementou o voto direto para presidente.
B Combateu as fraudes sistemáticas nas apurações.
C Alterou as regras para as candidaturas na ditadura.
D Impulsionou as denúncias de corrupção administrativa.
E ([SDQGLXDSDUWLFLSDomRFRPR¿PGRFULWpULRFHQVLWiULR

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 11


*AMAR75SAB12* 2015

QUESTÃO 32 QUESTÃO 33

9R]GRVDQJXH Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte


com representações de bandeirantes no acervo do
Palpitam-me Museu Paulista, mediante a aquisição de uma tela que
os sons do batuque homenageava o sertanista que comandara a destruição
e os ritmos melancólicos do blue. do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, viabilizada
Ó negro esfarrapado por verba estadual, foi simultânea à emergência de uma
do Harlem interpretação histórica que apontava o fenômeno do
ó dançarino de Chicago sertanismo paulista como o elo decisivo entre a trajetória
ó negro servidor do South territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa que
se consolidaria entre os historiadores ligados ao Instituto
Ó negro da África +LVWyULFR H *HRJUi¿FR GH 6mR 3DXOR DR ORQJR GDV WUrV
negros de todo o mundo primeiras décadas do século XX.
Eu junto MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a
tradição da retratística monárquica europeia. 5HYLVWDGR/(%QIHY
DRYRVVRPDJQt¿FRFDQWR
a minha pobre voz A prática governamental descrita no texto, com a escolha
os meus humildes ritmos. dos temas das obras, tinha como propósito a construção
de uma memória que
Eu vos acompanho
pelas emaranhadas áfricas A D¿UPDYD D FHQWUDOLGDGH GH XP HVWDGR QD SROtWLFD
do nosso Rumo. do país.
B resgatava a importância da resistência escrava
Eu vos sinto na história brasileira.
negros de todo o mundo
C evidenciava a importância da produção artística no
eu vivo a nossa história contexto regional.
meus irmãos.
D YDORUL]DYDDVDJDKLVWyULFDGRSRYRQDD¿UPDomRGH
Disponível em: www.agostinhoneto.org. Acesso em: 30 jun. 2015.
uma memória social.
Nesse poema, o líder angolano Agostinho Neto, na E destacava a presença do indígena no desbravamento
década de 1940, evoca o pan-africanismo com o do território colonial.
objetivo de
A LQFLWDU D OXWD SRU SROtWLFDV GH Do}HV D¿UPDWLYDV QD
América e na África.
B reconhecer as desigualdades sociais entre os negros
de Angola e dos Estados Unidos.
C descrever o quadro de pobreza após os processos de
independência no continente africano.
D solicitar o engajamento dos negros estadunidenses
na luta armada pela independência em Angola.
E conclamar as populações negras de diferentes países
a apoiar as lutas por igualdade e independência.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 12


2015 *AMAR75SAB13*
QUESTÃO 34 QUESTÃO 36

Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os 2 3URMHWR 1RYD &DUWRJUD¿D 6RFLDO GD $PD]{QLD
seus amigos presumiam que a justiça era algo real e ensina indígenas, quilombolas e outros grupos
importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, tradicionais a empregar o GPS e técnicas modernas de
as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas georreferenciamento para produzir mapas artesanais,
por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua mas bastante precisos, de suas próprias terras.
sociedade. No entanto, essas regras não passavam de /23(65-2QRYRPDSDGDÀRUHVWD)ROKDGH63DXORPDLR DGDSWDGR 
invenções humanas.
A existência de um projeto como o apresentado no
5$&+(/6-3UREOHPDVGD¿ORVR¿D. Lisboa: Gradiva, 2009.
WH[WRLQGLFDDLPSRUWkQFLDGDFDUWRJUD¿DFRPRHOHPHQWR
2VR¿VWD7UDVtPDFRSHUVRQDJHPLPRUWDOL]DGRQRGLiORJR promotor da
A República, de Platão, sustentava que a correlação entre
A expansão da fronteira agrícola.
justiça e ética é resultado de
B remoção de populações nativas.
A determinações biológicas impregnadas na natureza
C superação da condição de pobreza.
humana.
D valorização de identidades coletivas.
B verdades objetivas com fundamento anterior aos
interesses sociais. E implantação de modernos projetos agroindustriais.
C mandamentos divinos inquestionáveis legados das QUESTÃO 37
tradições antigas.
D convenções sociais resultantes de interesses Todo o poder criativo da mente se reduz a nada
humanos contingentes. mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar
ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos
E sentimentos experimentados diante de determinadas e a experiência. Quando pensamos em uma montanha
atitudes humanas. de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias
QUESTÃO 35 consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos.
Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos
Em sociedade de origens tão nitidamente capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios
personalistas como a nossa, é compreensível que os VHQWLPHQWRVHSRGHPRVXQLUDLVVRD¿JXUDHDIRUPDGH
simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e um cavalo, animal que nos é familiar.
até exclusivos de qualquer tendência para a cooperação HUME, D. ,QYHVWLJDomRVREUHRHQWHQGLPHQWRKXPDQR. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase sempre
os mais decisivos. As agregações e relações pessoais, Hume estabelece um vínculo entre pensamento e
embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lutas impressão ao considerar que
entre facções, entre famílias, entre regionalismos, A os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na
faziam dela um todo incoerente e amorfo. O peculiar sensação.
da vida brasileira parece ter sido, por essa época, uma B R HVStULWR p FDSD] GH FODVVL¿FDU RV GDGRV GD
acentuação singularmente enérgica do afetivo, do percepção sensível.
irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma
C as ideias fracas resultam de experiências sensoriais
DWUR¿D FRUUHVSRQGHQWH GDV TXDOLGDGHV RUGHQDGRUDV
determinadas pelo acaso.
disciplinadoras, racionalizadoras.
HOLANDA, S. B. 5Dt]HVGR%UDVLO. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
D os sentimentos ordenam como os pensamentos
devem ser processados na memória.
Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se,
E DV LGHLDV WrP FRPR IRQWH HVSHFt¿FD R VHQWLPHQWR
segundo a análise do historiador, na
cujos dados são colhidos na empiria.
A rigidez das normas jurídicas.
B prevalência dos interesses privados.
C solidez da organização institucional.
D legitimidade das ações burocráticas.
E estabilidade das estruturas políticas.

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*AMAR75SAB14* 2015

QUESTÃO 38 QUESTÃO 40

Apesar de seu disfarce de iniciativa e otimismo, o homem


moderno está esmagado por um profundo sentimento
GH LPSRWrQFLD TXH R ID] ROKDU ¿[DPHQWH H FRPR TXH
paralisado, para as catástrofes que se avizinham. Por isso,
desde já, saliente-se a necessidade de uma permanente
atitude crítica, o único modo pelo qual o homem realizará
sua vocação natural de integrar-se, superando a atitude
do simples ajustamento ou acomodação, apreendendo
temas e tarefas de sua época.
FREIRE, P. (GXFDomRFRPRSUiWLFDGDOLEHUGDGH5LRGH-DQHLUR3D]H7HUUD

3DXOR)UHLUHGHIHQGHTXHDVXSHUDomRGDVGL¿FXOGDGHVH
a apreensão da realidade atual será obtida pelo(a)
A desenvolvimento do pensamento autônomo.
B REWHQomRGHTXDOL¿FDomRSUR¿VVLRQDO
C resgate de valores tradicionais.
D realização de desejos pessoais.
E aumento da renda familiar.

QUESTÃO 41
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente/IBGE. %LRPDV. 2004 (adaptado).

No mapa estão representados os biomas brasileiros que,


em função de suas características físicas e do modo de
ocupação do território, apresentam problemas ambientais
distintos. Nesse sentido, o problema ambiental destacado
no mapa indica
A GHVHUWL¿FDomRGDViUHDVDIHWDGDV
B poluição dos rios temporários.
C queimadas dos remanescentes vegetais.
D desmatamento das matas ciliares.
E contaminação das águas subterrâneas.

QUESTÃO 39

Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico


quanto uma certa liberação dos ritmos cíclicos
AMARILDO. Disponível em: www.amarildo.com.br. Acesso em: 3 mar. 2013.
da natureza, com a passagem das estações e as
alternâncias de dia e noite. Com a iluminação noturna, a Na charge há uma crítica ao processo produtivo agrícola
escuridão vai cedendo lugar à claridade, e a percepção brasileiro relacionada ao
temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. A elevado preço das mercadorias no comércio.
Se a luz invade a noite, perde sentido a separação
B aumento da demanda por produtos naturais.
tradicional entre trabalho e descanso — todas as partes
do dia podem ser aproveitadas produtivamente. C crescimento da produção de alimentos.
SILVA FILHO, A. L. M. )RUWDOH]D: imagens da cidade. Fortaleza: D hábito de adquirir derivados industriais.
Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 (adaptado).
E uso de agrotóxicos nas plantações.
Em relação ao mundo do trabalho, a transformação
apontada no texto teve como consequência a
A melhoria da qualidade da produção industrial.
B redução da oferta de emprego nas zonas rurais.
C permissão ao trabalhador para controlar seus próprios
horários.
D diminuição das exigências de esforço no trabalho
com máquinas.
E ampliação do período disponível para a jornada
de trabalho.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 14
2015 *AMAR75SAB15*
QUESTÃO 42 QUESTÃO 44

A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, O principal articulador do atual modelo econômico
dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, chinês argumenta que o mercado é só um instrumento
HQ¿P WUDEDOKDP (VVDV WUrV SDUWHV TXH FRH[LVWHP QmR econômico, que se emprega de forma indistinta tanto
suportam ser separadas; os serviços prestados por uma no capitalismo como no socialismo. Porém os próprios
são a condição das obras das outras duas; cada uma por chineses já estão sentindo, na sua sociedade, o seu
sua vez encarrega-se de aliviar o conjunto... Assim a lei real significado: o mercado não é algo neutro, ou
um instrumental técnico que possibilita à sociedade
pode triunfar e o mundo gozar da paz.
XWLOL]iOR SDUD D FRQVWUXomR H HGL¿FDomR GR VRFLDOLVPR
ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. $QWRORJLDGHWH[WRVKLVWyULFRV
PHGLHYDLV/LVERD6iGD&RVWD
Ele é, ao contrário do que diz o articulador, um
instrumento do capitalismo e é inerente à sua estrutura
A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi como modo de produção. A sua utilização está levando a
produzida durante a Idade Média. Um objetivo de uma polarização da sociedade chinesa.
tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão OLIVEIRA, A. A Revolução Chinesa. &DURV$PLJRV, 31 jan. 2011 (adaptado).
indicados, respectivamente, em:
No texto, as reformas econômicas ocorridas na China são
A -XVWL¿FDUDGRPLQDomRHVWDPHQWDOUHYROWDVFDPSRQHVDV colocadas como antagônicas à construção de um país
B Subverter a hierarquia social / centralização monárquica. socialista. Nesse contexto, a característica fundamental
do socialismo, à qual o modelo econômico chinês atual se
C Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas. contrapõe é a
D &RQWURODUDH[SORUDomRHFRQ{PLFDXQL¿FDomRPRQHWiULD A desestatização da economia.
E Questionar a ordem divina / Reforma Católica. B instauração de um partido único.
QUESTÃO 43 C manutenção da livre concorrência.
D formação de sindicatos trabalhistas.
A língua de que usam, por toda a costa, carece E extinção gradual das classes sociais.
de três letras; convém a saber, não se acha nela F,
nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim QUESTÃO 45
não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem $Wp R ¿P GH  TXDVH  PLOK}HV GH SHVVRDV
desordenadamente, sem terem além disto conta, nem perderam suas casas e outros 4 milhões corriam o risco
peso, nem medida. de ser despejadas. Os valores das casas despencaram
GÂNDAVO, P. M. $SULPHLUDKLVWyULDGR%UDVLO: história da província de Santa Cruz a que em quase todos os EUA e muitas famílias acabaram
YXOJDUPHQWHFKDPDPRV%UDVLO5LRGH-DQHLUR=DKDU DGDSWDGR 
devendo mais por suas casas do que o próprio valor do
A observação do cronista português Pero de Magalhães imóvel. Isso desencadeou uma espiral de execuções
GH*kQGDYRHPVREUHDDXVrQFLDGDVOHWUDV)/H hipotecárias que diminuiu ainda mais os valores das
R na língua mencionada, demonstra a FDVDV(P&OHYHODQGIRLFRPRVHXP³.DWULQD¿QDQFHLUR´
atingisse a cidade. Casas abandonadas, com tábuas
A simplicidade da organização social das tribos em janelas e portas, dominaram a paisagem nos bairros
brasileiras. pobres, principalmente negros. Na Califórnia, também se
B dominação portuguesa imposta aos índios no início HQ¿OHLUDUDPFDVDVDEDQGRQDGDV
da colonização. HARVEY, D. 2HQLJPDGRFDSLWDO. São Paulo: Boitempo, 2011.

C superioridade da sociedade europeia em relação à Inicialmente restrita, a crise descrita no texto atingiu
sociedade indígena. proporções globais, devido ao(à)
D incompreensão dos valores socioculturais indígenas
A superprodução de bens de consumo.
pelos portugueses.
B colapso industrial de países asiáticos.
E GL¿FXOGDGH H[SHULPHQWDGD SHORV SRUWXJXHVHV QR
aprendizado da língua nativa. C interdependência do sistema econômico.
D isolamento político dos países desenvolvidos.
E DXVWHULGDGH¿VFDOGRVSDtVHVHPGHVHQYROYLPHQWR

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 15


EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE REDAÇÃO E DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

2º DIA
CADERNO

5
2015 AMARELO
2ª APLICAÇÃO

A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É AMARELO. MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA.

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,


FRPVXDFDOLJUD¿DXVXDOFRQVLGHUDQGRDVOHWUDVPDL~VFXODVHPLQ~VFXODVDVHJXLQWHIUDVH

O meu amanhecer vai ser de noite.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas
5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de
Redação e 90 questões numeradas de 91 a 180, dispostas 4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e
da seguinte maneira: trinta minutos.
a) as questões de número 91 a 135 são relativas à área de
5. 5HVHUYHRVPLQXWRV¿QDLVSDUDPDUFDUVHXCARTÃO-RESPOSTA.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE
b) as questões de número 136 a 180 são relativas à área de QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
Matemática e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 91 a 95 são relativas à língua 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA
estrangeira. Você deverá responder apenas às questões DE REDAÇÃO.
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador
no ato de sua inscrição.
e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-
2. &RQ¿UD VH R VHX &$'(512 '( 48(67®(6 FRQWpP D RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
quantidade de questões e se essas questões estão na ordem
mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas
incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, duas horas do início da aplicação e poderá levar seu
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as &$'(512'(48(67®(6DRGHL[DUHPGH¿QLWLYRDVDODGH
providências cabíveis. prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.

Ministério
da Educação *Amar25dom1*
2015 *Amar25dom3*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS A partir da leitura do texto sobre a comemoração do
Ano-novo na Escócia, observa-se que, com o tempo,
TECNOLOGIAS aspectos da cultura de um povo podem ser
Questões de 91 a 135 A passados para outros povos.
Questões de 91 a 95 (opção inglês) B substituídos por outras práticas.
C reforçados pelas novas gerações.
QUESTÃO 91 D valorizados pelas tradições locais.
E representados por festas populares.
Horse or cow
Prior to taking retirement and selling off his land, a QUESTÃO 93
farmer needed to get rid of all the animals he owned, so
he decided to call on every house in his village. At houses 36 hours in Buenos Aires
where the man was the boss, he gave a horse; at houses
where the woman was the boss, he gave a dairy cow. Contemporary Argentine history is a roller coaster of
Approaching one cottage, he saw a couple gardening ¿QDQFLDOERRPVDQGFUDFNVVHWWRJULSSLQJSROLWLFDOVRDS
and called out, ‘Who’s the boss around here?’ operas. But through all the highs and lows, one thing has
‘I am,’ said the man. remained constant: Buenos Aires’s graceful elegance
The farmer said: ‘I have a black horse and a brown and cosmopolitan cool. This attractive city continues to
horse. Which one would you like?’
The man thought for a minute and said, ‘The black one.’ draw food lovers, design buffs and party people with its
‘No, no, get the brown one,’ said his wife. riotous night life, fashion-forward styling and a favorable
The farmer said, ‘Here’s your cow.’ exchange rate. Even with the uncertain economy, the
TIBBALLS, G. The book of senior jokes. Great Britain: Michael O’Mara, 2009 (adaptado).
creative energy and enterprising spirit of Porteños, as
O texto relata o caso de um fazendeiro prestes a se residents are called, prevail ² just look to the growing
aposentar e vender sua fazenda. O aspecto cômico desse ranks of art spaces, boutiques, restaurants and hotels.
texto provém da
SINGER, P. Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 30 jul. 2012.
A constatação pelo fazendeiro da razão de sua
aposentadoria. Nesse artigo de jornal, Buenos Aires é apresentada como
B opinião dos vizinhos referente à forma de se livrar dos a capital argentina, que
animais.
C percepção do fazendeiro quanto à relação de poder A foi objeto de novelas televisivas baseadas em sua
entre o casal. vida noturna e artística.
D agressividade da esposa relacionada a um B manteve sua elegância e espírito cosmopolita, apesar
questionamento inocente. das crises econômicas.
E indecisão dos cônjuges quanto à melhor escolha a C teve sua energia e aspecto empreendedor ofuscados
ser feita no momento.
pela incerteza da economia.
QUESTÃO 92 D IRL PDUFDGD KLVWRULFDPHQWH SRU XPD YLGD ¿QDQFHLUD
First Footing estável, com repercussão na arte.
2QH RI WKH PDMRU +RJPDQD\ FXVWRPV ZDV ³¿UVW E parou de atrair apreciadores da gastronomia, devido
IRRWLQJ´6KRUWO\DIWHU³WKHEHOOV´²WKHVWURNHRIPLGQLJKW ao alto valor de sua moeda.
when public clocks would chime to signal the start of the
QHZ\HDU²QHLJKERXUVZRXOGYLVLWRQHDQRWKHU¶VKRXVHV QUESTÃO 94
to wish each other a good new year. This visiting was
NQRZQDV³¿UVWIRRWLQJ´DQGWKHOXFNLHVW¿UVWIRRWLQWRDQ\
Annual Greenhouse Gas Emissions by Sector
KRXVHZDVDWDOOGDUNDQGKDQGVRPHPDQ²SHUKDSVDV
a reward to the woman who traditionally had spent the Industrial
16.8%
previous day scrubbing her house (another Hogmanay processes
Power stations
ritual). Women or red heads, however, were always 21.3%
FRQVLGHUHGEDGOXFNDV¿UVWIRRWV
Transportation fuels
)LUVWIRRWV EURXJKW V\PEROLF JLIWV WR ³KDQGVHO´ WKH
14.0% Waste disposal
KRXVH FRDO IRU WKH ¿UH WR HQVXUH WKDW WKH KRXVH ZRXOG and treatment
be warm and safe, and shortbread or black bun (a type of 3.4%
fruit cake) to symbolise that the household would never go
Agricultural
hungry that year. by-products
12.5% 10.0%
Land use and
biomass burning
First-footing has faded in recent years, particularly with
the growth of the major street celebrations in Edinburgh Fossil fuel retrieval, 10.3% Residential, commercial,
and Glasgow, although not the Scots love of a good party, processing, and distribution 11.3% and other sources

of which there are plenty on the night!


Disponível em: www.visitscotland.com. Acesso em: 23 nov. 2011. Disponível em: www.globalwarming.org. Acesso em: 31 jul. 2012 (adaptado).

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 3


*Amar25dom4* 2015

A emissão de gases tóxicos na atmosfera traz diversas LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS


consequências para nosso planeta. De acordo com o TECNOLOGIAS
JUi¿FRUHWLUDGRGRWH[WRGlobal warming is an international
issue, observa-se que Questões de 91 a 135
A as queimadas poluem um pouco mais do que os
Questões de 91 a 95 (opção espanhol)
combustíveis usados nos meios de transporte.
QUESTÃO 91
B as residências e comércios são os menores emissores
de gases de efeito estufa na atmosfera. Las lenguas existen para comunicarse y para
mantener la diversidad cultural de las sociedades. Perder
C o processo de tratamento de água contribui para a
una lengua es perder parte del patrimonio cultural de los
emissão de gases poluentes no planeta.
pueblos, de ahí que un proyecto de colaboración on-line
D os combustíveis utilizados nos meios de transportes se haya puesto como meta la protección de la diversidad
poluem mais do que as indústrias. lingüística mundial.
E os maiores emissores de gases de efeito estufa na Según los expertos, en 2100 solo se hablará la mitad
atmosfera são as usinas elétricas. de las lenguas que siguen vivas en la actualidad, de ahí la
importancia de esta iniciativa.
QUESTÃO 95 En el mundo existen más de 3 000 idiomas en peligro
de extinción, pero la tecnología puede impulsar su
utilización y conservación. Gracias a la digitalización de
documentos, grabación de vídeos y audio en alta calidad,
y a la capacidad de compartirlos con el resto del mundo se
espera que muchas lenguas que solo hablan o escriben
unas miles de personas no caigan en el olvido y estén
avocadas a la desaparición.
Es el caso de la ya extinguida lengua Miami-Illinois,
que hablaban comunidades de indios americanos en el
actual Medio Oeste de Estados Unidos y cuyos últimos
parlantes murieron en la década de los 1960. Años
más tarde un ciudadano de la tribu Miami de Oklahoma
aprendió la lengua a través de manuscritos y ahora trata
de revitalizar el idioma a base de archivos de audio,
relatos. Se trata de solo un ejemplo, pero puede servir
como muestra de otros muchos trabajos y del uso de la
WHFQRORJtD\ODUHGFRQ¿QHVOLQJtVWLFRV
Disponível em: www.muyinteresante.es. Acesso em: 22 jul. 2012 (adaptado).

Disponível em: www.barhampc.kentparishes.gov.uk. Acesso em: 31 jul. 2012.


Mais que uma forma de comunicação, o idioma de um
povo é a marca de sua cultura. Nesse sentido, o texto
Uma campanha pode ter por objetivo conscientizar informa sobre o(a)
a população sobre determinada questão social.
A uso da tecnologia como ferramenta para a
Na campanha realizada no Reino Unido, a frase “A third
conservação de línguas em vias de extinção.
RIWKHIRRGZHEX\LQWKH8.HQGVXSEHLQJWKURZQDZD\´
foi utilizada para enfatizar o(a) B importância da valorização da língua oral para a
conservação da cultura de um povo.
A desigualdade social. C forma como a língua Miami-Illinois sobreviveu à
B escassez de plantações. ameaça de extinção.
C reeducação alimentar. D evolução natural das línguas, suas adaptações e seu
D desperdício de comida. possível desaparecimento.
E tendência à substituição dos meios de comunicação
E custo dos alimentos.
tradicionais por ferramentas digitais.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 4


2015 *Amar25dom5*
QUESTÃO 92 QUESTÃO 94
Soy madre de un pequeño de 3 años y a partir del Siete crisantemos
DUWtFXOR´'HVHQFK~IDOR«£\DMXJDU´PHSXVHDSHQVDU A las buenas costumbres nunca me he acostumbrado,
en el tiempo que le dedico a mi hijo. Todos los días, del calor de la lumbre del hogar me aburrí.
cuando llego a mi casa, mi prioridad es mi hijo y nos 7DPELpQHQHOLQ¿HUQROOXHYHVREUHPRMDGR
turnamos con mi marido para ver quién cocina y quién se lo sé porque he pasado más de una noche allí.
tira en el piso a jugar con Santiago. Nuestro hijo tiene toda SABINA, J. Esta boca es mía. Madri: Ariola, 1994 (fragmento).

tecnología a su disposición, porque su papá es técnico Nessa estrofe da canção Siete crisantemos, do cantor
en sistemas, pero cuando llegamos a casa después de espanhol Joaquín Sabina, a expressão “llueve sobre
un agotador día laboral, nos desenchufamos los tres y PRMDGR´ID]UHIHUrQFLDDR j
usamos cualquier cosa que tengamos a mano: una pelota A constância necessária para viver.
o una sábana para divertirnos. Esa pequeña terapia de B esperança de uma vida melhor.
risa es altamente curativa contra los bajones anímicos, C desprezo pelos bons costumes.
contra el estrés, contra los pequeños enojos cotidianos, D rotina entediante da vida.
contra todo. OVIEDO, P. Sophia, n. 130, ago. 2012 (adaptado). E rechaço a uma vida confortável.
O texto é uma carta de leitor sobre a reportagem QUESTÃO 95
³£'HVHQFK~IDOR \ D MXJDU´ SXEOLFDGD HP XPD UHYLVWD
Ao relatar sua experiência pessoal, a leitora retoma o
WHPDGDUHSRUWDJHPHFRQ¿UPDDQHFHVVLGDGHGH
A cercar as crianças da tecnologia disponível e
treiná-las a usá-la.
B desconectar as crianças dos aparelhos tecnológicos
e brincar com elas.
C oferecer às crianças uma variedade de brinquedos
não tecnológicos.
D revezar o tempo que cada um dedica às brincadeiras
Tapar bien los recipientes donde guardarmos el agua para nuestro consumo (1).
FRPRV¿OKRV
E FRQWURODURWHPSRGHTXHRV¿OKRVGLVS}HPSDUDXVDU Lavar periódicamente las pilas y en caso de almacenar el agua
utilizar bolsa matalarva (2).
os aparelhos tecnológicos. Eliminar de nuestro hogar cualquier objeto inservible: botellas, latas o
llantas donde se acumula agua (3).
QUESTÃO 93 Cambiar el agua del bebedero de los animales diariamente (4).
Desde luego que para quienes continuamos Limpiar canaletas y evitar cualquier agua estancada (5).
escribiendo en quechua, en aymara o en las lenguas Cambiar el agua de los floreros cada tres días (6).
amazónicas, o recreamos en castellano el subyugante
universo andino, el mayor obstáculo es, sin duda, el
lenguaje: cómo hacer verosímil ² mediante la palabra ²
lo que de por sí es increíble en ese arcano territorio donde las
fronteras entre vida/muerte, mundo natural/sobrenatural,
no existen y es común, más bien, toparse en un cruce
de caminos con un ángel andariego o recibir, tal vez, en
una siembra de papas, la visita inesperada de un familiar
muerto que viene ² del más allá ² a prevenirnos sobre
el clima o porque simplemente tiene sed y desea un poco
de chicha de maíz. No obstante a ello, la poesía quechua
contemporánea, la escrita por Alencastre por ejemplo,
tiene autor y códigos propios y ya no más ese carácter
colectivo, anónimo y oral de los inicios, cuando estaba
conformada por oraciones e himnos que, de acuerdo a su
naturaleza, eran wawakis (invocaciones para enterrar a
Disponível em: www.mspas.gob.sv. Acesso em: 14 dez. 2009.
un infante muerto), hayllis (poesía épica), harawis (poesía
amorosa), qhaswas (cantos de regocijo), wankas, entre Os programas de prevenção à dengue não estão restritos
otros. Ni siquiera la luminosa personalidad de José María a cidades brasileiras. No material elaborado sobre esse
$UJXHGDVFRQ¿QyDOOLPERDOSRHWD$OHQFDVWUHGHTXLHQ tema pelo Ministério da Saúde de El Salvador, país da
dijo era el más grande poeta quechua del siglo XX. América Central, objetiva-se
GONZÁLEZ, O. Disponível em: www.lenguandina.org. Acesso em: 30 jul. 2012. A apresentar a sequência de ações necessárias à
Segundo Odi González, embora seja difícil dar prevenção da doença.
verossimilhança ao universo cultural andino ao escrever B instruir o leitor sobre como impedir a formação de
em línguas indígenas ou em castelhano, nos dias de hoje, criadouros do mosquito.
a poesia quíchua C descrever como se dá a proliferação do Aedes aegypti
A baseia-se na tradição oral. em El Salvador.
B constitui-se de poemas cerimoniais. D convencer o leitor sobre a necessidade do tratamento
C costuma ter um caráter anônimo. da doença.
D possui marcas autorais. E relatar experiências sobre como lidar com a
E busca uma temática própria. multiplicação do Aedes aegypti.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 5


*Amar25dom6* 2015

a inveja, das folhas malhadas de um tajá que reproduz a


Questões de 96 a 135 fortuna de um homem, das receitas de curandeiros que
YHHPHPFHUWDVHUYDVGDÀRUHVWDRHQLJPDGDVGRHQoDV
QUESTÃO 96 mais temíveis, com as infusões de coloração sanguínea
aconselhadas para aliviar trinta e seis dores do corpo
O mundo das grandes inovações tecnológicas, dos
KXPDQR³(H[LVWHPHUYDVTXHQmRFXUDPQDGD´UHYHODYD
avanços das pesquisas médicas e que já presenciou o
a lavadeira, “mas assanham a mente da gente. Basta
envio de homens ao espaço é o mesmo lugar onde 1 bilhão
tomar um gole do líquido fervendo para que o cristão
de pessoas dormem e acordam com fome. A desnutrição
VRQKH XPD ~QLFD QRLWH PXLWDV YLGDV GLIHUHQWHV´ (VVH
ocupa o primeiro lugar no ranking dos 10 maiores riscos à
relato poderia ser de duvidosa veracidade para outras
saúde e mata mais do que a aids, a malária e a tuberculose
pessoas, mas não para Emilie.
combinadas. O equivalente às populações da Europa e
HATOUM, M. São Paulo: Cia. das Letras, 2008.
da América do Norte, juntas, está de barriga vazia. E um
futuro famélico aguarda a raça humana. Em 2050, apenas As representações da Amazônia na literatura brasileira
por razões ligadas às mudanças climáticas, o número de mantêm relação com o papel atribuído à região na
pessoas sem comida no prato vai aumentar em até 20%. construção do imaginário nacional. Pertencentes a
contextos históricos distintos, os fragmentos diferenciam-se
Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 22 jan. 2012.
ao propor uma representação da realidade amazônica em
Considerando a natureza do tema, a forma como está que se evidenciam
apresentado e o meio pelo qual é veiculado o texto,
A aspectos da produção econômica e da cura na
percebe-se que seu principal objetivo é
tradição popular.
A divulgar dados estatísticos recentes sobre a fome no B manifestações culturais autênticas e da resignação
mundo e sobre as inovações tecnológicas. familiar.
B HVFODUHFHU TXHVW}HV FLHQWt¿FDV DFHUFD GRV GDQRV C YDORUHV VRFLDLV DXWyFWRQHV H LQÀXrQFLD GRV
causados pela fome e pela aids nos indivíduos. estrangeiros.
C demonstrar que a fome, juntamente com as doenças D formas de resistência locais e do cultivo das
endêmicas, também é um problema de saúde pública. superstições.
E costumes domésticos e levantamento das tradições
D convidar o leitor a engajar-se em alguma ação indígenas.
positiva contra a fome, a partir da divulgação de
dados alarmantes. QUESTÃO 98
E alertar sobre o problema da fome, apresentando-o
como um contraste no mundo de tantos recursos
tecnológicos.

QUESTÃO 97

TEXTO I
Voluntário
Rosa tecia redes, e os produtos de sua pequena
indústria gozavam de boa fama nos arredores. A reputação
da tapuia crescera com a feitura de uma maqueira de
tucum ornamentada com a coroa brasileira, obra de
ingênuo gosto, que lhe valera a admiração de toda a
CABRAL, I. Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 30 jul. 2012.
comarca e provocara a inveja da célebre Ana Raimunda,
de Óbidos, a qual chegara a formar uma fortunazinha com $SDODYUDLQJOHVD³LQYROXWLRQ´WUDGX]VHFRPRLQYROXomR
aquela especialidade, quando a indústria norte-americana ou regressão. A construção da imagem com base
reduzira à inatividade os teares rotineiros do Amazonas. na combinação do verbal com o não verbal revela a
SOUSA, I. Contos amazônicos. São Paulo: Martins Fontes, 2004. intenção de
TEXTO II A denunciar o retrocesso da humanidade.
Relato de um certo oriente B criticar o consumo de bebida alcoólica pelos humanos.
Emilie, ao contrário de meu pai, de Dorner e dos C satirizar a caracterização dos humanos como
nossos vizinhos, não tinha vivido no interior do Amazonas. primatas.
Ela, como eu, jamais atravessara o rio. Manaus era o seu D elogiar a teoria da evolução humana pela seleção
mundo visível. O outro latejava na sua memória. Imantada natural.
por uma voz melodiosa, quase encantada, Emilie
E fazer um trocadilho com as palavras inovação e
maravilha-se com a descrição da trepadeira que espanta
involução.
LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 6
2015 *Amar25dom7*
QUESTÃO 99 A obra do artista plástico Leonilson (1953-1993) marca
Da timidez presença no panorama da arte brasileira e internacional.
Nessa obra, ele utilizou a habilidade técnica do bordado
Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem manual para
KRUURUDVHUQRWDGRTXDQWRPDLVDVHUQRWyULR6H¿FRX
QRWyULRSRUVHUWtPLGRHQWmRWHPTXHVHH[SOLFDU$¿QDO A obtenção das linhas retas paralelas.
que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? B valorização do tracejado retilíneo.
6H¿FRXQRWyULRDSHVDUGHVHUWtPLGRWDOYH]HVWLYHVVHVH
enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas C exploração de diferentes texturas.
um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem D obtenção do equilíbrio assimétrico.
ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico, só alguém E inscrição homogênea das formas e palavras.
que se acha muito superior procura o analista para tratar
um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se QUESTÃO 101
sentir inferior é doença. E: Diva ... tem algumas ... alguma experiência pessoal
[...]
que você passou e que você poderia me contar ... alguma
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas
coisa que marcou você? Uma experiência ... você poderia
com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido,
duas pessoas são uma multidão. Quando não consegue FRQWDUDJRUD«
escapar e se vê diante de uma plateia, o tímido não pensa I: É ... tem uma que eu vivi quando eu estudava o
nos membros da plateia como indivíduos. Multiplica-os WHUFHLURDQRFLHQWt¿FROiQR$WKHQHXQppHXJRVWDYD
por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois muito do laboratório de química ... eu ... eu ia ajudar os
ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. professores a limpar aquele material todo ... aqueles vidros
Não adianta pedir para a plateia fechar os olhos, ou tapar ... eu achava aquilo fantástico ... aquele monte de coisa ...
um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido né ... então ... todos os dias eu ia ... quando terminavam
pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma as aulas eu ajudava o professor a limpar o laboratório ...
pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que
nesse dia não houve aula e o professor me chamou pra
seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas
fazer uma limpeza geral no laboratório ... chegando lá
virarem pó.
... ele me fez uma experiência ... ele me mostrou uma
VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
coisa bem interessante que ... pegou um béquer com
Entre as estratégias de progressão textual presentes meio d’água e colocou um pouquinho de cloreto de sódio
QHVVH WUHFKR LGHQWL¿FDVH R HPSUHJR GH HOHPHQWRV SDVWRVRHQWmRIRLDTXHOHIRJDUpXGHV¿ODQGRDTXHOH
conectores. Os elementos que evidenciam noções fogaréu ... quando o professor saiu ... eu chamei umas
semelhantes estão destacados em: duas colegas minhas pra mostrar a experiência que eu
A “Se ¿FRXQRWyULRSRUVHUWtPLGR´H³>@HQWmRWHPTXH tinha achado fantástico ... só que ... eu achei o seguinte ...
se H[SOLFDU´ VHRSURIHVVRUFRORFRXXPSRXTXLQKRIRLDTXHOHGHV¿OH
B “[...] então WHP TXH VH H[SOLFDU´ H ³>@ quando as ... imagine se eu colocasse mais ... peguei o mesmo
HVWUHODVYLUDUHPSy´ béquer ... coloquei uma colher ... uma colher de cloreto
de sódio ... foi um fogaréu tão grande ... foi uma explosão
C ³>@¿FRXQRWyULRapesar de VHUWtPLGR>@´H³>@mas
LVWRQmRpYDQWDJHP>@´ ... quebrou todo o material que estava exposto em cima
GDPHVDHXEUDQFDHX¿TXHLROKDHXSHQVHLTXH
D “[...] um estratagema para VHU QRWDGR >@´ H ³7mR
eu fosse morrer sabe ... quando ... o colégio inteiro correu
secreto que QHPHOHVDEH´
pro laboratório pra ver o que tinha sido ...
E “[...] como QR SDUDGR[R SVLFDQDOtWLFR >@´ H ³>@
CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e
porque VyHOHDFKD>@´ escrita na cidade de Natal. Natal: EdUFRN, 1998.

Na transcrição de fala, especialmente, no trecho “eu


QUESTÃO 100
EUDQFD  HX ¿TXHL  ROKD  HX SHQVHL TXH HX IRVVH
PRUUHU VDEH´ Ki XPD HVWUXWXUD VLQWiWLFD IUDJPHQWDGD
embora facilmente interpretável. Sua presença na fala
revela
A distração e poucos anos de escolaridade.
B falta de coesão e coerência na apresentação das
ideias.
C afeto e amizade entre os participantes da conversação.
D desconhecimento das regras de sintaxe da norma
padrão.
E característica do planejamento e execução simultânea
LEONILSON. O recruta, o aranha e o penélope. Bordado sobre tecido, 1992.
Disponível em: www.projetoleonilson.com.br. Acesso em: 3 ago. 2012. desse discurso.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 7


*Amar25dom8* 2015

QUESTÃO 102 Considerando o texto em suas cinco partes, constata-se


que há o emprego de argumento de autoridade no trecho:
Conecte-se
Estabeleça relações com A “Seja curioso, saboreie os momentos da vida e tome
as pessoas a sua volta. Os FRQVFLrQFLD GH FRPR VH VHQWH 5HÀHWLU VREUH VXDV
relacionamentos são a base experiências ajuda a descobrir o que realmente
da vida diária e investir tempo neles
enriquecerá seu dia e garantirá apoio
LPSRUWD´
quando precisar. As pesquisas mostram B “As pesquisas mostram que quem tem menos de três
que quem tem menos de três pessoas pessoas em sua rede de contatos próxima [...] tem
em sua rede de contatos próxima — entre
PDLVFKDQFHVGHGHVHQYROYHUXPDGRHQoDPHQWDO´
família e amigos — tem mais chance de
desenvolver uma doença mental. C “Caminhe ou corra, ande de bicicleta, pratique um
esporte, dance. Os exercícios fazem as pessoas se
VHQWLUHPEHP´
Seja ativo
Caminhe ou corra, ande de D “Tente algo novo, matricule-se em um curso [...]
bicicleta, pratique um esporte, (VFROKDXPGHVD¿RTXHYRFrYDLJRVWDUGHSHUVHJXLU´
dance. Os exercícios fazem as
pessoas se sentirem bem — o importante é E “Fazer parte de uma comunidade traz benefícios ²
cada pessoa achar a atividade que lhe dá HQWUHHOHVUHODo}HVVRFLDLVPDLVVLJQL¿FDWLYDV´
prazer e que é adequada a seus limites.
Estudos de longo prazo sugerem que a QUESTÃO 103
prática de uma atividade física previne
o declínio das capacidades mentais e
protege contra a ansiedade e a depressão. Não adianta isolar o fumante
Se quiser mesmo combater o fumo, o governo precisa
Preste atenção ir além das restrições. É preciso apoiar quem quer largar
Seja curioso, saboreie os o cigarro.
momentos da vida e tome
consciência de como se sente.
Ao apoiar uma medida provisória para combater o
Refletir sobre suas experiências ajuda fumo em locais públicos nos 27 estados brasileiros, o
a descobrir o que realmente importa e 6HQDGR UHD¿UPRX XP YDORU IXQGDPHQWDO D GHIHVD GD
garantir que você viva o presente. Uma saúde e da vida.
pesquisa mostrou que pessoas treinadas
a prestar atenção em seus sentimentos Em pelo menos um aspecto a MP 540/2011 é ainda
durante oito a 12 semanas apresentaram mais rigorosa que as medidas em vigor em São Paulo,
melhora no bem-estar por anos.
no Rio de Janeiro e no Paraná, estados que até agora
adotaram as legislações mais duras contra o tabagismo.
Continue aprendendo Ela proíbe os fumódromos em 100% dos locais fechados,
Tente algo novo, matricule- incluindo até tabacarias, onde o fumo era autorizado sob
se em um curso, faça uma determinadas condições.
nova tarefa no trabalho. Tente
consertar algo em casa. Aprenda a tocar Uma das principais medidas atinge o fumante no
um instrumento ou a cozinhar. Escolha um EROVR 2 JRYHUQR ¿FD DXWRUL]DGR D ¿[DU XP QRYR SUHoR
desafio que você vai gostar de perseguir.
Os estudos sugerem que o bem-estar está
para o maço de cigarros. O Imposto sobre Produtos
ligado a ter metas — desde que elas sejam Industrializados (IPI) será elevado em 300%. Somando
estabelecidas pelos próprios indivíduos e uma coisa e outra, o sabor de fumar se tornará muito mais
tenham a ver com seus valores pessoais. ácido. Deverá subir 20% em 2012 e 55% em 2013.
A visão fundamental da MP está correta. Sabe-se, há
Doe-se muito, que o tabaco faz mal à saúde. É razoável, portanto,
Agradeça a alguém, ajude um que o Estado aja em nome da saúde pública.
amigo ou um estranho. Sorria,
Época, 28 nov. 2011 (adaptado).
faça trabalho voluntário, junte-
se à associação do bairro. Olhe para fora,
O autor do texto analisa a aprovação da MP 540/2011
além de olhar para dentro de si. Fazer parte
de uma comunidade traz benefícios — entre pelo Senado, deixando clara a sua opinião sobre o tema.
eles relações sociais mais significativas. O trecho que apresenta uma avaliação pessoal do autor
As pesquisas mostram que as pessoas como uma estratégia de persuasão do leitor é:
que têm um interesse maior pelo outro
tendem a se considerar mais felizes. A “Ela proíbe os fumódromos em 100% dos locais
IHFKDGRV´
B ³2JRYHUQR¿FDDXWRUL]DGRD¿[DUXPQRYRSUHoRSDUD
Disponível em: www.revistaepoca.globo.com. Acesso em: 27 fev. 2012. o maço de cigarros.’’
Ao interagirmos socialmente, é comum deixarmos C “O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será
claro nosso posicionamento a respeito do assunto HOHYDGRHP´
discutido. Para isso, muitas vezes, recorremos a D “Somando uma coisa e outra, o sabor de fumar se
determinadas estratégias argumentativas, dentre as WRUQDUiPXLWRPDLViFLGR´
quais se encontra o argumento de autoridade. E ³'HYHUiVXELUHPHHP´

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 8


2015 *Amar25dom9*
QUESTÃO 104 aceitável, SRU H[HPSOR DTXHOD GDV URPkQWLFDV ¿JXUDV
indígenas? A Carioca oferecia um corpo simultaneamente
ideal e obsceno: o alto ² uma beleza imaterial ² e o
baixo ² uma carnalidade excessiva. Sugeria uma mistura
de estilos que, sem romper com a regra do decoro
artístico, insinuava na tela algo inadequado ao repertório
VLPEyOLFRR¿FLDO$H[yWLFDPRUHQDTXHQmRptQGLD² nem
mulata ou negra ² poderia representar uma visualidade
feminina brasileira e desfrutar de um lugar de destaque no
LPDJLQiULRGDQRVVD³PRQDUTXLDWURSLFDO´"
OLIVEIRA, C. Disponível em: http://anpuh.org.br. Acesso em: 20 maio 2015.

O texto revela que a aceitação da representação do belo


na obra de arte está condicionada à
A incorporação de grandes correntes teóricas de uma
época, conferindo legitimidade ao trabalho do artista.
B atemporalidade do tema abordado pelo artista,
garantindo perenidade ao objeto de arte então
elaborado.
C inserção da produção artística em um projeto estético
e ideológico determinado por fatores externos.
D apropriação que o pintor faz dos grandes temas
universais já recorrentes em uma vertente artística.
E assimilação de técnicas e recursos já utilizados por
movimentos anteriores que trataram da temática.

QUESTÃO 106

&RPRHVWDPRVQD³(UD'LJLWDO´IRLQHFHVViULRUHYHURV
velhos ditados existentes e adaptá-los à nova realidade.
Disponível em: http://newsgerais.blogspot.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012. Veja abaixo...

Esse texto trata de uma campanha sobre o trânsito e visa 1. A pressa é inimiga da conexão.
a orientação dos motociclistas quanto ao(à) 2. Amigos, amigos, senhas à parte.
A intolerância com a morosidade do tráfego. 3. Para bom provedor uma senha basta.
B desconhecimento da legislação. 4. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.
C crescente número de motocicletas.
5. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.
D manutenção preventiva do veículo.
E cuidado com a própria segurança. 6. Quem clica seus males multiplica.
7. Quem semeia e-mails, colhe spams.
QUESTÃO 105
2V¿QVMXVWL¿FDPRVe-mails.
Em 1866, tendo encerrado seus estudos na Escola Disponível em: www.abusar.org.br. Acesso em: 20 maio 2015 (adaptado).
de Belas Artes, em Paris, Pedro Américo ofereceu a tela
A Carioca ao imperador Pedro II, em reconhecimento ao No texto, há uma reinterpretação de ditados populares
seu mecenas. O nu feminino obedecia aos cânones da com o uso de termos da informática. Essa reinterpretação
grande arte e pretendia ser uma alegoria feminina da A WRUQD R WH[WR DSURSULDGR SDUD SUR¿VVLRQDLV GD
nacionalidade. A tela, entretanto, foi recusada por imoral e informática.
licenciosa: mesmo não fugindo à regra oitocentista relativa
B atribui ao texto um caráter humorístico.
à nudez na obra de arte, A Carioca não pôde, portanto,
ser absorvida de imediato. A sensualidade tangível da C restringe o acesso ao texto por público não
¿JXUD IHPLQLQD SUy[LPD GR RULHQWDOLVPR WmR HP YRJD especializado.
na Europa, confrontou-se não somente com os limites D deixa a terminologia original mais acessível ao
morais, mas também com a orientação estética e cultural público em geral.
do Império. O que chocara mais: a nudez frontal ou um nu E GL¿FXOWD D FRPSUHHQVmR GR WH[WR SRU TXHP QmR
tão descolado do que se desejava como nudez nacional domina a língua inglesa.

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*Amar25dom10* 2015

QUESTÃO 107

Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012.

(VVHLQIRJUi¿FRUHVXPHDVFRQFOXV}HVGHGLYHUVDVSHVTXLVDVFLHQWt¿FDVVREUHDDGROHVFrQFLD7DLVFRQFOXV}HV
A desconstroem os estereótipos a respeito dos adolescentes.
B estabelecem novos limites de duração para essa fase da vida.
C reiteram a ideia da adolescência como um período conturbado.
D FRQ¿UPDPDSUR[LPLGDGHHQWUHRVXQLYHUVRVDGROHVFHQWHHDGXOWR
E apontam a insegurança como uma característica típica dos adolescentes.
QUESTÃO 108
Síntese entre erudito e popular
Na região mineira, a separação entre cultura popular (as artes mecânicas) e erudita (as artes liberais) é marcada
pela elite colonial, que tem como exemplo os valores europeus, e o grupo popular, formado pela fusão de várias
FXOWXUDV SRUWXJXHVHV DYHQWXUHLURV RX GHJUHGDGRV QHJURV H tQGLRV$OHLMDGLQKR XQLQGR DV VR¿VWLFDo}HV GD DUWH
HUXGLWDDRHQWHQGLPHQWRGRDUWt¿FHSRSXODUFRQVHJXHID]HUHVVDVtQWHVHFDUDFWHUtVWLFDGHVWHPRPHQWR~QLFRQD
história da arte brasileira: o barroco colonial. MAJORA, C. BrHistória, n. 3, mar. 2007 (adaptado).

1R VpFXOR ;9,,, D DUWH EUDVLOHLUD PDLV HVSHFL¿Famente a de Minas Gerais, apresentava a valorização da técnica
e um estilo próprio, incluindo a escolha dos materiais. Artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde têm suas obras
FDUDFWHUL]DGDVSRUSHFXOLDULGDGHVTXHVmRLGHQWL¿FDGDVSRUPHLR
A do emprego de materiais oriundos da Europa e da interpretação realista dos objetos representados.
B do uso de recursos materiais disponíveis no local e da interpretação formal com características próprias.
C da utilização de recursos materiais vindos da Europa e da homogeneização e linearidade representacional.
D da observação e da cópia detalhada do objeto representado e do emprego de materiais disponíveis na região.
E da utilização de materiais disponíveis no Brasil e da interpretação idealizada e linear dos objetos representados.

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2015 *Amar25dom11*
QUESTÃO 109 Nesse sentido, Machado de Assis, que foi o primeiro
Famigerado presidente desde a sua inauguração até a data de sua
morte, em 1908, imaginava que a nossa Academia deveria
Com arranco, [o sertanejo] calou-se. Como arrependido ser uma academia de Letras, portanto, de literatos.
de ter começado assim, de evidente. Contra que aí estava
BECHARA, E. Disponível em: www.academiagalega.org. Acesso em: 31 jul. 2012.
com o fígado em más margens; pensava, pensava.
Cabismeditado. Do que, se resolveu. Levantou as feições. No trecho da palestra proferida por Evanildo Bechara, na
Se é que se riu: aquela crueldade de dentes. Encarar, não $FDGHPLD *DOHJD GD /tQJXD 3RUWXJXHVD YHUL¿FDVH R
PHHQFDUDYDVyVH¿WRjPHLDHVJXHOKD/DWHMDYDOKHXP uso de estruturas gramaticais típicas da norma padrão da
orgulho indeciso. Redigiu seu monologar. língua. Esse uso
O que frouxo falava: de outras, diversas pessoas A torna a fala inacessível aos não especialistas no
e coisas, da Serra, do São Ão, travados assuntos,
LQVHTXHQWHV FRPR GL¿FXOWDomR $ FRQYHUVD HUD SDUD assunto abordado.
teias de aranha. Eu tinha de entender-lhe as mínimas B contribui para a clareza e a organização da fala no
entonações, seguir seus propósitos e silêncios. Assim no nível de formalidade esperado para a situação.
fechar-se com o jogo, sonso, no me iludir, ele enigmava. C atribui à palestra características linguísticas restritas
E, pá: à modalidade escrita da língua portuguesa.
² 9RVPHFr DJRUD PH IDoD D ERD REUD GH TXHUHU D GL¿FXOWDDFRPSUHHQVmRGRDXGLWyULRSDUDSUHVHUYDUR
me ensinar o que é mesmo que é: fasmisgerado... caráter rebuscado da fala.
faz-me-gerado... falmisgeraldo... familhas-gerado...?
E evidencia distanciamento entre o palestrante e o
ROSA, J. G. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
auditório para atender os objetivos do gênero palestra.
A linguagem peculiar é um dos aspectos que conferem
a Guimarães Rosa um lugar de destaque na literatura QUESTÃO 111
brasileira. No fragmento lido, a tensão entre a personagem
e o narrador se estabelece porque Mudança linguística
A o narrador se cala, pensa e monologa, tentando assim Ataliba de Castilho, professor de língua portuguesa
evitar a perigosa pergunta de seu interlocutor. da USP, explica que o internetês é parte da metamorfose
B o sertanejo emprega um discurso cifrado, com natural da língua.
enigmas, como se vê em “a conversa era para teias ² &RP D LQWHUQHW D OLQJXDJHP VHJXH R FDPLQKR
GHDUDQKD´ dos fenômenos da mudança, como o que ocorreu com
C entre os dois homens cria-se uma comunicação ³YRFr´ TXH VH WRUQRX R SURQRPH iWRQR ³Fr´ $JRUD
impossível, decorrente de suas diferenças o interneteiro pode ajudar a reduzir os excessos da
socioculturais. RUWRJUD¿DHEHPVDEHPRVTXHVmRPXLWRV3RUTXHR
D a fala do sertanejo é interrompida pelo gesto de acento gráfico é tão importante assim para a escrita?
impaciência do narrador, decidido a mudar o assunto Já tivemos no Brasil momentos até mais exacerbados por
da conversa. acentos e dispensamos muitos deles. Como toda palavra
E a palavra desconhecida adquire o poder de gerar é contextualizada pelo falante, podemos dispensar ainda
FRQÀLWR H VHSDUDU DV SHUVRQDJHQV HP SODQRV muitos outros. O interneteiro mostra um caminho, pois faz
incomunicáveis. um casamento curioso entre oralidade e escrituralidade.
O internetês pode, no futuro, até tornar a comunicação
QUESTÃO 110 PDLVH¿FLHQWH2XHYROXLUSDUDXPMDUJmRFRPSOH[RTXH
em vez de aproximar as pessoas em menor tempo, estimule
Em primeiro lugar gostaria de manifestar os meus o isolamento dos iniciados e a exclusão dos leigos.
agradecimentos pela honra de vir outra vez à Galiza e
conversar não só com os antigos colegas, alguns dos Para Castilho, no entanto, não será uma reforma
quais fazem parte da mesa, mas também com novos RUWRJUi¿FD TXH IDUi D PXGDQoD GH TXH SUHFLVDPRV QD
colegas, que pertencem à nova geração, em cujas mãos, língua. Será a internet. O jeito eh tc e esperar pra ver?
com toda certeza, está também o destino do Galego na Disponível em: http://revistalingua.com.br. Acesso em: 3 jun. 2015 (adaptado).
Galiza, e principalmente o destino do Galego incorporado
à grande família lusófona. Na entrevista, o fragmento “O jeito eh tc e esperar pra
E, portanto, é com muito prazer que teço algumas YHU"´WHPSRUREMHWLYR
considerações sobre o tema apresentado. Escolhi como A ilustrar a linguagem de usuários da internet que
tema como os fundadores da Academia Brasileira de SRGHUiSURPRYHUDOWHUDo}HVGHJUD¿DV
Letras viam a língua portuguesa no seu tempo. Como
B mostrar os perigos da linguagem da internet como
sabem, a nossa Academia, fundada em 1897, está agora
completando 110 anos, foi organizada por uma reunião de SRWHQFLDOL]DGRUDGHGL¿FXOGDGHVGHHVFULWD
jornalistas, literatos, poetas que se reuniam na secretaria C evidenciar uma forma de exclusão social para as
da Revista Brasileira, dirigida por um crítico literário e por SHVVRDVFRPEDL[DSUR¿FLrQFLDHVFULWD
um literato chamado José Veríssimo, natural do Pará, e D explicar que se trata de um erro linguístico por destoar
desse entusiasmo saiu a ideia de se criar a Academia do padrão formal apresentado ao longo do texto.
Brasileira, depois anexada ao seu título: Academia
Brasileira de Letras. E H[HPSOL¿FDUGL¿FXOGDGHVGHHVFULWDGRVLQWHUQHWHLURV
que desconhecem as estruturas da norma padrão.
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*Amar25dom12* 2015

QUESTÃO 112 HPFDVDHPGLDVHVSHFt¿FRVGDVHPDQDHQRVGHPDLV


dias, trabalhar no escritório. O local de trabalho pode
ser a casa ou, temporariamente, por motivo de viagem,
outros escritórios.
FERREIRA JR., J.C. Disponível em: www.ccuec.unicamp.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).

Com o advento das novas tecnologias, a sociedade tem


vivenciado mudanças de paradigmas em vários setores.
Nesse sentido, o telecommuting traz novidades para o
mundo do trabalho porque proporciona prioritariamente
o(a)
A aumento da produtividade do empregado.
B HTXLOtEULR HQWUH YLGD SHVVRDO H SUR¿VVLRQDO GR
trabalhador.
C fortalecimento da relação entre empregador e
empregado.
D SDUWLFLSDomR GR SUR¿VVLRQDO QDV GHFLV}HV GD
organização.
E PDOHDELOLGDGH GRV ORFDLV GH DWXDomR GR SUR¿VVLRQDO
da empresa.

QUESTÃO 114

Perder a tramontana
A expressão ideal para falar de desorientados e outras
palavras de perder a cabeça
Disponível em: http://fsindical-rs.org.br. Acesso em: 16 ago. 2012 (adaptado). É perder o norte, desorientar-se. Ao pé da letra,
³SHUGHU D WUDPRQWDQD´ VLJQL¿FD GHL[DU GH YHU D HVWUHOD
Nesse texto, associam-se recursos verbais e não verbais
polar, em italiano stella tramontana, situada do outro lado
na busca de mudar o comportamento das pessoas
dos montes, que guiava os marinheiros antigos em suas
quanto a uma questão de saúde pública. No cartaz, essa viagens desbravadoras.
associação é ressaltada no(a)
Deixar de ver a tramontana era sinônimo de
A destaque dado ao laço, símbolo do combate à aids, desorientação. Sim, porque, para eles, valia mais o céu
VHJXLGRGDIUDVH³8VHFDPLVLQKD´ estrelado que a terra. O Sul era região desconhecida,
B FHQWUDOL]DomRGDPHQVDJHP³3UHYLQDVH´ LPSUHYLVWDMiR1RUWHWLQKDFRPRUHIHUrQFLDQR¿UPDPHQWR
C foco dado ao objeto camisinha em imagem e em um ponto luminoso conhecido como a estrela Polar, uma
espécie de farol para os navegantes do Mediterrâneo,
palavra.
sobretudo os genoveses e os venezianos. Na linguagem
D laço como elemento de ligação entre duas GHOHVHOD¿FDYDWUDQVPRQWHVSDUDDOpPGRVPRQWHVRV
recomendações. Alpes. Perdê-la de vista era perder a tramontana, perder
E sobreposição da imagem da camisinha e da boia, o Norte.
UHODFLRQDGDjIUDVH³6DOYHYLGDV´ No mundo de hoje, sujeito a tantas pressões, muita
QUESTÃO 113 gente não resiste a elas e entra em parafuso. Além de
perder as estribeiras, perde a tramontana...
Telecommuting UHGH¿QH R WUDGLFLRQDO HQWHQGLPHQWR COTRIM, M. Língua Portuguesa, n. 15, jan. 2007.

sobre o espaço de trabalho. Atualmente, as organizações Nesse texto, o autor remonta às origens da expressão
estão se focando em novos valores, tais como, inovações, ³SHUGHU D WUDPRQWDQD´ $R WUDWDU GR VLJQL¿FDGR GHVVD
satisfação, responsabilidades, resultados e ambiente expressão, utilizando a função referencial da linguagem,
de trabalho familiar. A alternativa do telecommuting o autor busca
FRPSOHPHQWD HVVHV SULQFtSLRV H RIHUHFH ÀH[LELOLGDGH
aos patrões e empregados. É um conceito novo que, a A apresentar seus indícios subjetivos.
cada dia, ganha mais força ao redor do mundo. Grandes B convencer o leitor a utilizá-la.
empresas escolheram o trabalho de telecommuting pelas C expor dados reais de seu emprego.
facilidades que ele gera para o empregador. A implantação D explorar sua dimensão estética.
do telecommuting determina regras para se trabalhar E criticar sua origem conceitual.
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2015 *Amar25dom13*
QUESTÃO 115 brinquedos e suas ferramentas de aprendizado. Daqui
Ai se sêsse a 50 anos, talvez concluamos que não houve nenhuma
FULVH HGXFDFLRQDO QR PXQGR ² DSHQDV RFRUUHX XPD
Se um dia nois se gostasse incongruência crescente entre a maneira como as escolas
Se um dia nois se queresse do século XX ensinavam e a maneira como as crianças
Se nois dois se empareasse GR¿PGRVpFXOR;;DSUHQGLDP
Se juntim nois dois vivesse DRUCKER, P. O melhor de Peter Drucker: obra completa. São Paulo: Nobel, 2002.
Se juntim nois dois morasse 2 DUWLJR DSUHVHQWD XPD UHÀH[mR VREUH D 5HYROXomR GD
Se juntim nois dois drumisse Informação, que, assim como a Revolução Industrial,
Se juntim nois dois morresse SURYRFRX LPSDFWRV VLJQL¿FDWLYRV QDV VRFLHGDGHV
Se pro céu nois assubisse contemporâneas. Ao tratar da Revolução da Informação,
Mas porém se acontecesse o autor enfatiza que
De São Pedro não abrisse A o comércio eletrônico é um dos canais mais
A porta do céu e fosse importantes dessa revolução.
Te dizer qualquer tulice B o computador desenvolve na criança uma inteligência
E se eu me arriminasse maior que a dos pais.
E tu cum eu insistisse C o aumento no número de empregos via internet é uma
Pra que eu me arresolvesse realidade atualmente.
D o colapso educacional é fruto de uma incongruência
E a minha faca puxasse no ensino do século XX.
E o bucho do céu furasse E o advento da Revolução da Informação causará
7DUYrVTXHQRLVGRLV¿FDVVH impactos nos próximos 50 anos.
Tarvês que nois dois caísse
E o céu furado arriasse QUESTÃO 117
E as virgi toda fugisse Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que
DWUDYHVVRXR¿UPDPHQWRGDFRUWHFRPREULOKDQWHPHWHRUR
ZÉ DA LUZ. Cordel do Fogo Encantado. Recife: Álbum de estúdio, 2001.

O poema foi construído com formas do português não e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que
SDGUmRWDLVFRPR³MXQWLP´³QRLV´³WDUYrV´(VVDVIRUPDV produzira seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando
legitimam-se na construção do texto, pois apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam;
e logo buscaram todos com avidez informações acerca
A revelam o bom humor do eu lírico do poema. da grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não
B estão presentes na língua e na identidade popular. repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade,
C revelam as escolhas de um poeta não escolarizado. sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os
D tornam a leitura fácil de entender para a maioria dos noveleiros. Aurélia era órfã; tinha em sua companhia
brasileiros. uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que
sempre a acompanhava na sociedade. Mas essa parenta
E compõem um conjunto de estruturas linguísticas não passava de mãe de encomenda, para condescender
inovadoras. com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele
tempo não tinha admitido ainda certa emancipação
QUESTÃO 116 feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas
Além da Revolução da Informação j LGDGH D PRoD QmR GHFOLQDYD XP LQVWDQWH GR ¿UPH
propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como
O impacto da Revolução da Informação está entendesse. Constava também que Aurélia tinha um
apenas começando. Mas a força motriz desse impacto tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo
QmR p D LQIRUPiWLFD D LQWHOLJrQFLD DUWL¿FLDO R HIHLWR FDUiWHUGDSXSLODQmRGHYLDH[HUFHUPDLRULQÀXrQFLDHP
dos computadores sobre a tomada de decisões ou sua vontade, do que a velha parenta.
a elaboração de políticas ou de estratégias. É algo ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006.
que praticamente ninguém previu, nem mesmo se
IDODYD Ki  RX  DQRV R FRPpUFLR HOHWU{QLFR ² R O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em
aparecimento explosivo da internet como um canal 1875. No fragmento transcrito, a presença de D. Firmina
importante, talvez principal, de distribuição mundial 0DVFDUHQKDVFRPR³SDUHQWD´GH$XUpOLD&DPDUJRDVVLPLOD
de produtos, serviços e, surpreendentemente, de práticas e convenções sociais inseridas no contexto do
empregos de nível gerencial. Essa nova realidade está Romantismo, pois
PRGL¿FDQGR SURIXQGDPHQWH HFRQRPLDV PHUFDGRV H A RWUDEDOKR¿FFLRQDOGRQDUUDGRUGHVYDORUL]DDPXOKHU
HVWUXWXUDVVHWRULDLVRVSURGXWRVHVHUYLoRVHVHXÀX[R ao retratar a condição feminina na sociedade brasileira
a segmentação, os valores e o comportamento dos da época.
consumidores, o mercado de trabalho. B R WUDEDOKR ¿FFLRQDO GR QDUUDGRU PDVFDUD RV KiELWRV
O impacto, porém, pode ser ainda maior nas sociais no enredo de seu romance.
sociedades e nas políticas empresariais e, acima de tudo, C as características da sociedade em que Aurélia
na maneira como encaramos o mundo e nós mesmos vivia são remodeladas na imaginação do narrador
dentro dele. O impacto psicológico da Revolução da romântico.
Informação, como o da Revolução Industrial, foi enorme. D o narrador evidencia o cerceamento sexista à
Talvez tenha sido mais forte na maneira como as crianças DXWRULGDGHGDPXOKHU¿QDQFHLUDPHQWHLQGHSHQGHQWH
aprendem. Já aos 4 anos (e às vezes até antes), as E R QDUUDGRU LQFRUSRURX HP VXD ¿FomR KiELWRV PXLWR
crianças desenvolvem habilidades de computação, logo avançados para a sociedade daquele período
ultrapassando seus pais. Os computadores são seus histórico.
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*Amar25dom14* 2015

QUESTÃO 118 O modo como o ¿OKR TXDOL¿FD RV SUHVHQWHV p


incompreendido pela mãe, e essas escolhas lexicais
O peru de Natal revelam diferenças entre os interlocutores, que estão
relacionadas
O nosso primeiro Natal de família, depois da
morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi A à linguagem infantilizada.
de consequências decisivas para a felicidade familiar. B ao grau de escolaridade.
Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse C à dicotomia de gêneros.
sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem D jVHVSHFL¿FLGDGHVGHFDGDIDL[DHWiULD
FULPHV ODU VHP EULJDV LQWHUQDV QHP JUDYHV GL¿FXOGDGHV E à quebra de regras da hierarquia familiar.
econômicas. Mas, devido principalmente à natureza
cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, QUESTÃO 120
duma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre,
sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, TEXTO I
aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, Versos de amor
uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas
A um poeta erótico
assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático,
o puro-sangue dos desmancha-prazeres. Oposto ideal ao meu ideal conservas.
ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. Diverso é, pois, o ponto outro de vista
São Paulo: Objetiva, 2000 (fragmento).
Consoante o qual, observo o amor, do egoísta
No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom Modo de ver, consoante o qual, o observas.
confessional do narrador em primeira pessoa revela uma
Porque o amor, tal como eu o estou amando,
concepção das relações humanas marcada por
e(VStULWRppWHUpVXEVWkQFLDÀXLGD
A distanciamento de estados de espírito acentuado pelo É assim como o ar que a gente pega e cuida,
papel das gerações.
Cuida, entretanto, não o estar pegando!
B relevância dos festejos religiosos em família na
sociedade moderna. É a transubstanciação de instintos rudes,
C preocupação econômica em uma sociedade urbana Imponderabilíssima, e impalpável,
em crise. Que anda acima da carne miserável
Como anda a garça acima dos açudes!
D consumo de bens materiais por parte de jovens,
adultos e idosos. ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 (fragmento).

E pesar e reação de luto diante da morte de um familiar TEXTO II


querido. Arte de amar
QUESTÃO 119 Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua
alma.
²1mRPmH3HUGHDJUDoD(VWHDQRDVHQKRUDYDL A alma é que estraga o amor.
ver. Compro um barato.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
²%DUDWR"$GPLWRTXHYRFrFRPSUHXPDOHPEUDQFLQKD
Não noutra alma.
barata, mas não diga isso a sua mãe. É fazer pouco-caso
de mim. 6yHP'HXV²RXIRUDGRPXQGR
As almas são incomunicáveis.
² ,K PmH D VHQKRUD HVWi SRU IRUD PLO DQRV 1mR
sabe que barato é o melhor que tem, é um barato! Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
²'HL[HHXHVFROKHUGHL[H
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
²0mHpUXLPGHHVFROKD2OKDDTXHOHEOD]HUIXUDGR
Os Textos I e II apresentam diferentes pontos de vista
que a senhora me deu no Natal! VREUH R WHPD DPRU$SHVDU GLVVR DPERV GH¿QHP HVVH
²6HXSRUFDULDWHPFRUDJHPGHGL]HUTXHVXDPmH sentimento a partir da oposição entre
lhe deu um blazer furado? A satisfação e insatisfação.
B egoísmo e generosidade.
²9LX"1mRVDEHQHPRTXHpIXUDGR"$TXHODFRUMi
C felicidade e sofrimento.
era, mãe, já era!
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
D corpo e espírito.
E ideal e real.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 14


2015 *Amar25dom15*
QUESTÃO 121 Então passou Caiuanogue, a estrela da manhã.
Macunaíma já meio enjoado de tanto viver pediu pra ela
que o carregasse pro céu.
Caiuanogue foi se chegando porém o herói fedia muito.
²9iWRPDUEDQKR²HODIH](IRLVHHPERUD
$VVLP QDVFHX D H[SUHVVmR ³9i WRPDU EDQKR´
que os brasileiros empregam se referindo a certos
imigrantes europeus.
ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Agir, 2008.

O fragmento de texto faz parte do capítulo VII, intitulado


³9HL D 6RO´ GR OLYUR Macunaíma, de Mário de Andrade,
pertencente à primeira fase do Modernismo brasileiro.
Considerando a linguagem empregada pelo narrador, é
Disponível em: www.casualciclo.com. Acesso: 2 ago. 2012. SRVVtYHOLGHQWL¿FDU
A charge retrata um comportamento recorrente nos A resquícios do discurso naturalista usado pelos
dias atuais: a insatisfação das pessoas com o peso. escritores do século XIX.
No entanto, do ponto de vista orgânico, o peso corporal B ausência de linearidade no tratamento do tempo,
se torna um problema à saúde quando recurso comum ao texto narrativo da primeira fase
A estimula a adesão à dieta. modernista.
B aumenta conforme a idade. C referência à fauna como meio de denunciar o
primitivismo e o atraso de algumas regiões do país.
C expressa a inatividade da pessoa.
D descrição preconceituosa dos tipos populares
D SURYRFDPRGL¿FDo}HVQDDSDUrQFLD brasileiros, representados por Macunaíma e
E acomete o funcionamento metabólico. Caiuanogue.
E uso da linguagem coloquial e de temáticas do lendário
QUESTÃO 122
brasileiro como meio de valorização da cultura popular
O rap constitui-se em uma expressão artística por nacional.
meio da qual os MCs relatam poeticamente a condição
social em que vivem e retratam suas experiências QUESTÃO 124
cotidianas.
SOUZA, J.; FIALHO, V. M.; ARALDI, J. Hip hop: da rua para a escola. Porto Alegre: Sulina, 2008. Anfíbio com formato de cobra é descoberto
no Rio Madeira (RO)
2 ³UHODWR SRpWLFR´ p XPD FDUDFWHUtVWLFD IXQGDPHQWDO GHVVH
gênero musical, em que o Animal raro foi encontrado por biólogos em canteiro
de obras de usina. Exemplares estão no Museu Emilio
A MC canta de forma melodiosa as letras, que retratam Goeldi, no Pará
a complexa realidade em que se encontra.
B rap se limita a usar sons eletrônicos nas músicas, O trabalho de um grupo de biólogos no canteiro de
que seriam responsáveis por retratar a realidade da obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira,
periferia. em Porto Velho, resultou na descoberta de um anfíbio de
formato parecido com uma cobra. Atretochoana eiselti é o
C rap se caracteriza pela proximidade das notas na QRPHFLHQWt¿FRGRDQLPDOUDURGHVFREHUWRHP5RQG{QLD
melodia, em que a letra é mais recitada do que Até então, só havia registro do anfíbio no Museu de História
cantada, como em uma poesia. Natural de Viena e na Universidade de Brasília. Nenhum
D MC canta enquanto outros músicos o acompanham deles tem a descrição exata de localidade, apenas
com instrumentos, tais como o contrabaixo elétrico e ³$PpULFDGR6XO´$GHVFREHUWDRFRUUHXHPGH]HPEURGR
o teclado. ano passado, mas apenas agora foi divulgada.
E MC canta poemas amplamente conhecidos, XIMENES, M. Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 1 ago. 2012.
fundamentando sua atuação na memorização de
suas letras. A notícia é um gênero textual em que predomina a função
referencial da linguagem. No texto, essa predominância
evidencia-se pelo(a)
QUESTÃO 123
A recorrência de verbos no presente para convencer o
Vei, a Sol leitor.
Ora o pássaro careceu de fazer necessidade, fez B uso da impessoalidade para assegurar a objetividade
H R KHUyL ¿FRX HVFRUUHQGR VXMHLUD GH XUXEX -i HUD da informação.
de madrugadinha e o tempo estava inteiramente frio.
C questionamento do código linguístico na construção
Macunaíma acordou tremendo, todo lambuzado. Assim
da notícia.
mesmo examinou bem a pedra mirim da ilhota para vê
si não havia alguma cova com dinheiro enterrado. Não D utilização de expressões úteis que mantêm aberto o
havia não. Nem a correntinha encantada de prata que canal de comunicação com o leitor.
indica pro escolhido, tesouro de holandês. Havia só as E emprego dos sinais de pontuação para expressar as
formigas jaquitaguas ruivinhas. emoções do autor.
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*Amar25dom16* 2015

QUESTÃO 125 GHQJXH´ D Campanha Nacional de Combate à Dengue


objetiva convencer a população de que é preciso
0LQKDPmHDFKDYDHVWXGRDFRLVDPDLV¿QDGRPXQGR
A eliminar potenciais criadouros, quando aparecer a
Não é. doença.
$FRLVDPDLV¿QDGRPXQGRpRVHQWLPHQWR B posicionar-se criticamente sobre as ações de combate
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ao mosquito.
ela falou comigo: C prevenir-se permanentemente contra a doença.
³&RLWDGRDWpHVVDKRUDQRVHUYLoRSHVDGR´ D repensar as ações de prevenção da doença.
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com E preparar os agentes de combate ao mosquito.
água quente. QUESTÃO 127
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
PRADO, A. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.

Um dos procedimentos consagrados pelo Modernismo foi


a percepção de um lirismo presente nas cenas e fatos do
cotidiano. No poema de Adélia Prado, o eu lírico resgata
a poesia desses elementos a partir do(a)
DAHMER, A. Disponível em: www.malvados.com.br. Acesso em: 18 fev. 2013.
A UHÀH[mR LU{QLFD VREUH D LPSRUWkQFLD DWULEXtGD DRV
estudos por sua mãe. As redes sociais permitem que seus usuários facilmente
compartilhem entre si ideias e opiniões. Na tirinha, há um
B sentimentalismo, oposto à visão pragmática que tom de crítica àqueles que
reconhecia na mãe. A fazem uso inadequado das redes sociais para criticar
C olhar comovido sobre seu pai, submetido ao trabalho o mundo.
pesado. B são usuários de redes sociais e têm seus desejos
atendidos.
D reconhecimento do amor num gesto de aparente
C se supõem críticos, porém não apresentam ação
banalidade. efetiva.
E enfoque nas relações afetivas abafadas pela vida D são usuários das redes sociais e não criticam o
conjugal. mundo.
E se esforçam para promover mudanças no mundo.
QUESTÃO 126
QUESTÃO 128
Organizados pelo Comitê Intertribal Indígena,
com apoio do Ministério dos Esportes, os Jogos dos
Povos Indígenas têm o seguinte mote: “O importante
QmR p FRPSHWLU H VLP FHOHEUDU´ $ SURSRVWD p UHFHQWH
já que a primeira edição dos jogos ocorreu em 1996, e
tem como objetivo a integração das diferentes tribos,
assim como o resgate e a celebração dessas culturas
tradicionais. A edição dos jogos de 2003, por exemplo,
teve a participação de sessenta etnias, dentre elas os
kaiowá, guarani, bororo, pataxó e yanomami. A última
edição ocorreu em 2009, e foi a décima vez que o torneio
foi realizado. A periodicidade dos jogos é anual, com
exceção do intervalo ocorrido em 1997, 1998, 2006 e
2008, quando não houve edições.
RONDINELLI, P. Disponível em: www.brasilescola.com. Acesso em: 15 ago. 2013.

Considerando o texto, os Jogos dos Povos Indígenas


Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2012. assemelham-se aos Jogos Olímpicos em relação à
Campanhas educativas têm o propósito de provocar A TXDQWL¿FDomRGHPHGDOKDVHYLWyULDV
XPD UHÀH[mR HP WRUQR GH TXHVW}HV VRFLDLV GH JUDQGH B melhora de resultados e performance.
relevância, tais como as relacionadas à cidadania C realização anual dos eventos e festejos.
e também à saúde. Com a imagem de um relógio D renovação de técnicas e táticas esportivas.
despertador e o slogan “Sempre é hora de combater a E aproximação de diferentes sujeitos e culturas.

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2015 *Amar25dom17*
QUESTÃO 129 Brasil. É por isso que nós lançamos, pelo terceiro ano
Um relacionamento de grupo saudável exige um consecutivo, este especial com informações que ajudam
número de indivíduos trabalhando interdependentemente a encarar a situação de forma prática. Sem malabarismos
para completar um projeto, com total participação ² mas com boa dose de disciplina! ² é possível quitar
individual e contribuição pessoal. Se uma pessoa domina, as dívidas, organizar os gastos, fazer planos de consumo
os outros membros têm pouco crescimento ou prazer que caibam em seus rendimentos mensais e estruturar os
na atividade, não existe um verdadeiro relacionamento investimentos para fazer o dinheiro que sobra render mais.
no grupo. O teatro é uma atividade artística que exige Ter dinheiro para viver melhor está diretamente
R WDOHQWR H D HQHUJLD GH PXLWDV SHVVRDV ² GHVGH D relacionado a sua capacidade de se organizar e de
primeira ideia de uma peça ou cena até o último eco HOHJHUSULRULGDGHVQDKRUDGHJDVWDU$FHLWHRGHVD¿RH
de aplauso. Sem esta interação não há lugar para o boa leitura!
Você S/A, n. 16, 2011 (adaptado).
ator individualmente, pois sem o funcionamento do
grupo, para quem iria ele representar, que materiais No trecho apresentado, são utilizados vários argumentos
usaria e que efeitos poderia produzir? O aluno-ator deve que demonstram que o objetivo principal do produtor do
DSUHQGHU TXH ³FRPR DWXDU´ DVVLP FRPR QR MRJR HVWi texto, em relação ao público-alvo da revista, é
intrinsecamente ligado a todas as outras pessoas na
complexidade da forma da arte. O teatro improvisacional A conscientizar o leitor de que ele é capaz de
requer relacionamento de grupo muito intenso, pois é a economizar.
partir do acordo e da atuação em grupo que emerge o B levar o leitor a envolver-se com questões de ordem
material para as cenas e peças. econômica.
SPOLIN, V. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2008. C ajudar o leitor a quitar suas dívidas e organizar sua
Com base no texto, as diferenças e similaridades dos YLGD¿QDQFHLUD
atores são aceitas no teatro de improvisação quando D persuadir o leitor de que ele não é o único com
SUREOHPDV¿QDQFHLURV
A todos experimentam o teatro juntos e sem julgamentos.
E convencer o leitor da importância de ler essa edição
B uma parte do grupo comanda a outra, exercendo o
especial da revista.
poder.
C a opinião de alguns tem valor e demonstra a sua QUESTÃO 132
capacidade individual.
O primeiro contato dos suruís com o homem branco foi
D a individualidade se destaca e traz à tona o talento
em 1969. A população indígena foi dizimada por doenças
daquele que é o melhor. e matanças, mas, recentemente, voltou a crescer.
E uma pessoa precisa dominar, comandando as ações Soa contraditório, mas a mesma modernidade que
do grupo, sem acordos. quase dizimou os suruís nos tempos do primeiro contato
promete salvar a cultura e preservar o território desse
QUESTÃO 130 povo. Em 2007, o líder Almir Suruí, de 37 anos, fechou
uma parceria inédita e levou a tecnologia às tribos.
A dança moderna propõe em primeiro lugar o
Os índios passaram a valorizar a história dos anciãos.
conhecimento de si e o autodomínio. Minha proposta é
E a resguardar, em vídeos e fotos on-line, as tradições
esta: através do conhecimento e do autodomínio chego à da aldeia. Ainda se valeram de smartphones e GPS para
IRUPDjPLQKDIRUPD²HQmRRFRQWUiULReXPDLQYHUVmR GHOLPLWDU VXDV WHUUDV H LGHQWL¿FDU RV GHVPDWDPHQWRV
que muda toda a estética, toda a razão do movimento.
ilegais.
$WpFQLFDQDGDQoDWHPDSHQDVXPD¿QDOLGDGHSUHSDUDU
5,%(,52$1mRWHPRVRGLUHLWRGH¿FDULVRlados. Época, n. 718, 20 fev. 2012 (adaptado).
o corpo para responder à exigência do espírito artístico.
VIANNA, K.; CARVALHO, M. A. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990. Considerando-se as características históricas da relação
Na abordagem dos autores, a técnica, o autodomínio e o entre índios e não índios, a suposta contradição observada
conhecimento do bailarino estão a serviço da na relação entre suruís e recursos da modernidade
MXVWL¿FDVHSRUTXHRVtQGLRV
A padronização do movimento da dança.
A aderiram à tecnologia atual como forma de assimilar a
B subordinação do corpo a um padrão.
cultura do homem branco.
C concretização da criação pessoal.
B ¿]HUDPXVRGR*36SDUDLGHQWL¿FDUiUHDVSURStFLDVD
D ideia preconcebida de forma. novas plantações.
E busca pela igualdade entre os bailarinos. C usaram recursos tecnológicos para registrar a cultura
do seu povo.
QUESTÃO 131
D fecharam parceria para denunciar as vidas perdidas
0DQWHUDVFRQWDVVREFRQWUROHHDV¿QDQoDVVDXGiYHLV por doenças e matanças.
parece um objetivo inatingível para você? Tenha certeza E resguardaram as tradições da aldeia à custa do
de que você não está sozinho. A bagunça na vida isolamento provocado pela tecnologia moderna.
¿QDQFHLUD FRPSURPHWH RV VRQKRV GH PXLWD JHQWH QR
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*Amar25dom18* 2015

QUESTÃO 133 Tendo em vista seus elementos constitutivos e o meio de


GLYXOJDomRHVVHWH[WRLGHQWL¿FDVHFRPR
A YHUEHWHHQFLFORSpGLFRSRLVFRQWpPDGH¿QLomRGHXP
item lexical.
B cartaz, pois instrui sobre a localização de um ambiente
que oferece atrações turísticas.
C cartão-postal, pois a imagem mostra ao destinatário o
local onde se encontra o remetente.
D anúncio publicitário, pois busca persuadir o público-alvo
VEIGA, D. Disponível em: http://dirceuveiga.com.br. Acesso em: 3 maio 2012.
a visitar um determinado local.
E IRWRJUD¿D SRLV UHWUDWD XPD SDLVDJHP XUEDQD GH
&RQVLGHUDQGR TXH D LQWHUQHW LQÀXHQFLD RV PRGRV GH grande impacto.
comunicação contemporânea, a charge faz uma crítica
ao uso vicioso dessa tecnologia, pois QUESTÃO 135
A gera diminuição no tempo de descanso, substituído TEXTO I
pelo contato com outras pessoas. Quem sabe, devido às atividades culinárias da
B propicia a continuação das atividades de trabalho, esposa, nesses idílios Vadinho dizia-lhe “Meu manuê
ainda que em ambiente doméstico. de milho verde, meu acarajé cheiroso, minha franguinha
C promove o distanciamento nos relacionamentos, JRUGD´ H WDLV FRPSDUDo}HV JDVWURQ{PLFDV GDYDP MXVWD
PHVPRHQWUHSHVVRDVSUy[LPDV¿VLFDPHQWH ideia de certo encanto sensual e caseiro de dona Flor a
D tem impacto negativo no tempo disponível para o esconder-se sob uma natureza tranquila e dócil. Vadinho
conhecia-lhe as fraquezas e as expunha ao sol, aquela
lazer do casal.
ânsia controlada de tímida, aquele recatado desejo
E implica a adoção de atitudes agressivas entre os fazendo-se violência e mesmo incontinência ao libertar-
membros de uma mesma família. se na cama.
QUESTÃO 134 AMADO, J. Dona Flor e seus dois maridos. São Paulo: Martins, 1966.

TEXTO II
As suas mãos trabalham na braguilha das calças
do falecido. Dulcineusa me confessou mais tarde: era
assim que o marido gostava de começar as intimidades.
Um fazer de conta que era outra coisa, a exemplo do gato
que distrai o olhar enquanto segura a presa nas patas.
Esse o acordo silencioso que tinham: ele chegava em
casa e se queixava que tinha um botão a cair. Calada,
Dulcineusa se armava dos apetrechos da costura e se
posicionava a jeito dos prazeres e dos afazeres.
COUTO, M. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. São Paulo: Cia. das Letras, 2002.

7HPDUHFRUUHQWHQDREUDGH-RUJH$PDGRD¿JXUDIHPLQLQD
aparece, no fragmento, retratada de forma semelhante à
que se vê no texto do moçambicano Mia Couto. Nesses
dois textos, com relação ao universo feminino em seu
contexto doméstico, observa-se que
A o desejo sexual é entendido como uma fraqueza
moral, incompatível com a mulher casada.
B a mulher tem um comportamento marcado por
convenções de papéis sexuais.
C à mulher cabe o poder da sedução, expresso pelos
gestos, olhares e silêncios que ensaiam.
D a mulher incorpora o sentimento de culpa e age com
apatia, como no mito bíblico da serpente.
E a dissimulação e a malícia fazem parte do repertório
Caras, n. 34, ago. 2011. feminino nos espaços público e íntimo.

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*Amar25dom2* 2015

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “O histórico desafio de se valorizar o professor”, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I TEXTO II
$HVFROKDSUR¿VVLRQDOSDVVDYDQHFHVVDULDPHQWHSHOD
ideia de frequentar um curso de qualidade, que dava uma
excelente cultura geral e preparo adequado para exercer
XPDSUR¿VVmRTXHHUDUHSXWDGDFRPRGLJQDHSUHVWLJLDGD
IRVVHHODH[HUFLGDSRUKRPHQVRXSRUPXOKHUHV$¿JXUD
da mulher que lecionava era bem aceita e apontada
às moças como exemplo de honestidade e ideal a ser
seguido. O mesmo acontecia com o professor. A família
WLQKD D ¿JXUD GD SURIHVVRUD H GR SURIHVVRU HP JUDQGH
consideração e estes detinham um prestígio social que
estava em claro desacordo com a remuneração salarial
percebida. Eles desfrutavam um prestígio advindo do
saber, e não do poder aquisitivo.
ALMEIDA, J. S. D. Mulher e educação: a paixão pelo possível. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado). Disponível em: http://www.sinpro-rs.org.br. Acesso em: 26 jun. 2015 (adaptado).

TEXTO III
2HVWDWXWRVRFLDOHHFRQ{PLFRpDFKDYHSDUDRHVWXGRGRVSURIHVVRUHVHGDVXDSUR¿VVmR1XPROKDUUiSLGR
temos a impressão que a imagem social e a condição econômica dos professores se encontram num estado de
JUDQGH GHJUDGDomR VHQWLPHQWR TXH p FRQ¿UPDGR SRU FHUWRV GLVFXUVRV GDV RUJDQL]Do}HV VLQGLFDLV H PHVPR GDV
DXWRULGDGHVHVWDWDLV0DVFDGDYH]TXHDDQiOLVHpPDLV¿QDRVUHVXOWDGRVVmRPHQRVFRQFOXGHQWHVHDSUR¿VVmR
docente continua a revelar facetas atrativas. É evidente que há uma perda de prestígio, associada à alteração do
papel tradicional dos professores no meio local: os professores do ensino primário já não são, ao lado dos párocos,
os únicos agentes culturais nas aldeias e vilas da província; os professores do ensino secundário já não pertencem à
elite social das cidades. NÓVOA, A. O passado e o presente dos professores. In NÓVOA, A. (Ed.). 3UR¿VVmRSURIHVVRU. Porto: Porto Editora, 1995 (adaptado).

TEXTO IV

Disponível em: http://www.sinprodf.org.br. Acesso em: 26 jun.2015.


INSTRUÇÕES:
x O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
x 2WH[WRGH¿QLWLYRGHYHVHUHVFULWRjWLQWDQDIROKDSUySULDHPDWpOLQKDV
x A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
x tiver até 7 (sete) linhas escritDVVHQGRFRQVLGHUDGD³WH[WRLQVX¿FLHQWH´
x fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
x apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
x apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

LC - 2º dia | Caderno 5 - AMARELO - Página 2


*Amar75SAB2* 2015

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS No texto, faz-se referência a um tipo de pressão da


sociedade contemporânea sobre a agricultura. Essa
4XHVW}HVGHD pressão objetiva a seguinte transformação na atividade
agrícola:
QUESTÃO 01 A $PSOLDomR GH SROtWLFDV GH ¿QDQFLDPHQWR YROWDGDV
para a produção de transgênicos.
TEXTO I B Modernização do modo de produção focado na alta
Os problemas ambientais são consequência direta produtividade da terra.
da intervenção humana nos diferentes ecossistemas
da Terra, causando desequilíbrios no meio ambiente e C Expansão do agronegócio relacionado ao mercado
comprometendo a qualidade de vida. consumidor externo.
Disponível em: www.repository.utl.pt. Acesso em: 29 jul. 2012.
D Promoção de práticas destinadas à conservação de
recursos naturais.
TEXTO II E Inserção de modelos orientados ao uso intensivo de
agroquímicos.

QUESTÃO 03

8PD GLPHQVmR GD ÀH[LELOL]DomR GR WHPSR GH


trabalho é a sutileza cada vez maior das fronteiras
que separam o espaço de trabalho e o do lar, o tempo
de trabalho e o de não trabalho. Os mecanismos
modernos de comunicação permitem que, no horário
de descanso, os trabalhadores permaneçam ligados
à empresa. Mesmo não exercendo diretamente suas
DWLYLGDGHVSUR¿VVLRQDLVRWUDEDOKDGRU¿FDjGLVSRVLomR
GD HPSUHVD RX OHYD SUREOHPDV SDUD UHÀHWLU HP FDVD
É muito comum o trabalhador estar de plantão, para o
caso de a empresa ligar para o seu celular ou pager.
A remuneração para esse estado de alerta é irrisória
Disponível em: www.netuno.eco.br. Acesso em: 29 jul. 2012.
ou inexistente.
As imagens representam as geleiras da Groenlândia, KREIN, J. D. Mudanças e tendências recentes na regulação do trabalho. In: DEDECCA,
que sofreram e sofrem impactos, resultantes do(a) C. S.; PRONI, M. W. (Org.). 3ROtWLFDVS~EOLFDVHWUDEDOKR: textos para estudo dirigido.
Campinas: IE/Unicamp; Brasília: MTE, 2006 (adaptado).
A ilha de calor.
A relação entre mudanças tecnológicas e tempo de
B chuva ácida. trabalho apresentada pelo texto implica o
C erosão eólica.
A prolongamento da jornada de trabalho com a
D inversão térmica. LQWHQVL¿FDomRGDH[SORUDomR
E aquecimento global. B aumento da fragmentação da produção com a
racionalização do trabalho.
QUESTÃO 02
C privilégio de funcionários familiarizados com
A crescente conscientização sobre os efeitos do equipamentos eletrônicos.
modelo intensivo de produção, adotado de forma geral na D crescimento da contratação de mão de obra pouco
TXDOL¿FDGD
agricultura, tem gerado também uma série de reações.
De fato, a agricultura está cada vez mais pressionada E declínio dos salários pagos aos empregados mais
idosos.
pelo conjunto de relações que mantém com a sociedade
em geral, sendo emergente o que comumente se
denomina “questão ambiental”. Essas relações, às
YH]HV GH GHSHQGrQFLD jV YH]HV GH FRQÀLWR VmR DV
que determinam uma chamada ampla para mudanças
orientadas à sustentabilidade, não só da atividade
agrícola em si, senão que afete de maneira geral a todo o
entorno no qual a agricultura está inserida.
GOMES, J. C. C. Desenvolvimento rural, transição de formatos tecnológicos, elaboração
social da qualidade, interdisciplinaridade e participação. In: PORTO, V. H.; WIZNIEWSKY,
C. R. F. ; SIMICH, T. (Org.). $JULFXOWRUIDPLOLDU: sujeito de um novo método
de pesquisa, o participativo. Pelotas: Embrapa, 2004.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 2


2015 *Amar75SAB3*
QUESTÃO 04 QUESTÃO 06

Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou uma A população negra teve que enfrentar sozinha o
UHIRUPD QD OHL HOHLWRUDO EUDVLOHLUD D ¿P GH LQWURGX]LU R GHVD¿R GD DVFHQVmR VRFLDO H IUHTXHQWHPHQWH SURFXURX
fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a
YRWRGLUHWR$JUDQGHQRYLGDGHSRUpP¿FRXSRUFRQWDGD
dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o
exigência de que os eleitores soubessem ler e escrever.
samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais
$V FRQVHTXrQFLDV ORJR VH UHÀHWLUDP QDV HVWDWtVWLFDV canais de ascensão social dos negros até recentemente.
Em 1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade
1886, pouco mais de 100 mil cidadãos participaram das HIHWLYD(VVDLJXDOGDGHHUDD¿UPDGDQDVOHLVPDVQHJDGD
eleições parlamentares. Houve um corte de quase 90 por na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e
cento do eleitorado. arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento
e a humilhação de muitos.
CARVALHO, J. M. &LGDGDQLDQR%UDVLO: o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006 (adaptado). CARVALHO, J. M. &LGDGDQLDQR%UDVLO: o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).

Nas últimas décadas do século XIX, o Império do Brasil Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma
passou por transformações como as descritas, que democracia racial, o autor demonstra que
representaram a
A essa ideologia equipara a nação a outros países
A ascensão dos “homens bons”. modernos.
B restrição dos direitos políticos. B esse modelo de democracia foi possibilitado pela
miscigenação.
C superação dos currais eleitorais.
C essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade
D D¿UPDomRGRHOHLWRUDGRPRQDUTXLVWD social aos negros.
E ampliação da representação popular. D HVVH PLWR FDPXÀRX IRUPDV GH H[FOXVmR HP UHODomR
aos afrodescendentes.
QUESTÃO 05 E essa dinâmica política depende da participação ativa
de todas as etnias.
Em 1943, Getúlio Vargas criou o Departamento de
Propaganda e Difusão Cultural junto ao Ministério da QUESTÃO 07
Justiça, esvaziando o Ministério da Educação não só da
'HFUHWROHLGHGHVHWHPEURGH
propaganda, mas também do rádio e do cinema. A decisão
tinha como objetivo colocar os meios de comunicação Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si
apresentar outra pessoa para o serviço do Exército por
de massa a serviço direto do Poder Executivo, iniciativa
tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas
que tinha inspiração direta no recém-criado Ministério da OHLVPLOLWDUHV¿FDUiLVHQWRQmRVyGRUHFUXWDPHQWRVHQmR
Propaganda alemão. também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é
CAPELATO, M. H. 3URSDJDQGDSROtWLFDHFRQWUROHGRVPHLRVGHFRPXQLFDomR. responsável por o que o substituiu, no caso de deserção.
Rio de Janeiro: FGV, 1999. Arquivo Histórico do Exército. 2UGHPGRGLDGR([pUFLWR, n. 455, 1865 (adaptado).

No contexto citado, a transferência de funções entre No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos
PLQLVWpULRVWHYHFRPR¿QDOLGDGHR D “Voluntários da Pátria”, encaminhados para lutar na Guerra
do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita
A desativação de um sistema tradicional de frequência no Brasil nesse período e indica o(a)
comunicação voltado para a educação.
A forma como o Exército brasileiro se tornou o mais
B controle do conteúdo da informação por meio de bem equipado da América do Sul.
uma orientação política e ideológica. B incentivo dos grandes proprietários à participação dos
C subordinação do Ministério da Educação ao VHXV¿OKRVQRFRQÀLWR
Ministério da Justiça e ao Poder Executivo. C solução adotada pelo país para aumentar o
FRQWLQJHQWHGHHVFUDYRVQRFRQÀLWR
D ampliação do raio de atuação das emissoras de rádio
D HQYLRGHHVFUDYRVSDUDRVFRQÀLWRVDUPDGRVYLVDQGR
como forma de difusão da cultura popular.
VXDTXDOL¿FDomRSDUDRWUDEDOKR
E demonstração de força política do Executivo diante E fato de que muitos escravos passaram a substituir
de ministérios herdados do governo anterior. seus proprietários em troca de liberdade.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 3
*Amar75SAB4* 2015

48(67­2

SANTIAGO. O interior. In: LEMOS, R. (Org.). 8PDKLVWyULDGR%UDVLODWUDYpVGDFDULFDWXUD: 1840-2001. Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001 (adaptado).

O diálogo entre os personagens da charge evidencia, no Brasil, a(s)


A reinserção do país na economia globalizada.
B transformações políticas na vigência do Estado Novo.
C alterações em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país.
D suspensão das eleições legislativas durante o período da Ditadura Militar.
E volta da democracia após um período sem eleições diretas para o Executivo Federal.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 4


2015 *Amar75SAB5*
48(67­2 QUESTÃO 11
Suponha homens numa morada subterrânea, em
forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende
sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá
desde a infância, as pernas e o pescoço presos por
correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e
só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem
de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao
longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles;
entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho
ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno
muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores
de marionetes armam entre eles e o público e sobre os
quais exibem seus prestígios.
PLATÃO.$5HS~EOLFD. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.

Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação


Disponível em: www.rededemocratica.org. Acesso em: 28 set. 2012. cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central,
GRSRQWRGHYLVWD¿ORVy¿FRHYLGHQFLDR D
Na imagem, encontram-se referências a um momento de
intensa agitação estudantil no país. Tal mobilização se A caráter antropológico, descrevendo as origens do
homem primitivo.
explica pela
B sistema penal da época, criticando o sistema
A divulgação de denúncias de corrupção envolvendo o carcerário da sociedade ateniense.
presidente da República. C vida cultural e artística, expressa por dramaturgos
trágicos e cômicos gregos.
B criminalização dos movimentos sociais realizada pelo
D sistema político elitista, provindo do surgimento da
Governo Federal.
pólis e da democracia ateniense.
C adoção do arrocho salarial implementada pelo E teoria do conhecimento, expondo a passagem do
Ministério da Fazenda. mundo ilusório para o mundo das ideias.
D compra de apoio político promovida pelo Poder QUESTÃO 12
Executivo.
Se os nossos adversários, que admitem a existência
E violência da repressão estatal atribuída às Forças
de uma natureza não criada por Deus, o Sumo Bem,
Armadas. quisessem admitir que essas considerações estão certas,
deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de atribuir
QUESTÃO 10 a Deus tanto a autoria dos bens quanto dos males. Pois
sendo Ele fonte suprema da Bondade, nunca poderia ter
O reconhecimento da união homoafetiva levou o
criado aquilo que é contrário à sua natureza.
debate à esfera pública, dividindo opiniões. Apesar da
AGOSTINHO. $QDWXUH]DGR%HP. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005 (adaptado).
grande repercussão gerada pela mídia, a população ainda
QmR VH ID] VX¿FLHQWHPHQWH HVFODUHFLGD FRQIXQGLQGR Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do
o conceito de união estável com casamento. Apesar mal porque
de ter sido legitimado pelo Supremo Tribunal Federal A o surgimento do mal é anterior à existência de Deus.
(STF), o reconhecimento da união homoafetiva é fruto do B o mal, enquanto princípio ontológico, independe de
protagonismo dos movimentos sociais como um todo. Deus.
ARÊDES, N.; SOUZA, I.; FERREIRA, E. Disponível em: http://reporterpontocom.wordpress.com. C Deus apenas transforma a matéria, que é, por
Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).
natureza, má.
As decisões em favor das minorias, tomadas pelo Poder D por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto,
Judiciário, foram possíveis pela organização desses o mal.
grupos. Ainda que não sejam assimiladas por toda a E Deus se limita a administrar a dialética existente entre
população, essas mudanças o bem e o mal.
A contribuem para a manutenção da ordem social.
B reconhecem a legitimidade desses pleitos.
C dependem da iniciativa do Poder Legislativo Federal.
D resultam na celebração de um consenso político.
E excedem o princípio da isonomia jurídica.
CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 5
*Amar75SAB6* 2015

QUESTÃO 13 A mudança aSUHVHQWDGD QD WDEHOD p UHÀH[R GD /HL


Em 1960, os 20% mais ricos da população mundial Eusébio de Queiróz que, em 1850,
dispunham de um capital trinta vezes mais elevado do A aboliu a escravidão no território brasileiro.
que o dos 20% mais pobres, o que já era escandaloso.
Mas, ao invés de melhorar, a situação ainda se agravou. B GH¿QLXRWUi¿FRGHHVFUDYRVFRPRSLUDWDULD
Hoje, o capital dos ricos em relação ao dos pobres é, não C elevou as taxas para importação de escravos.
mais trinta, mas oitenta e duas vezes mais elevado.
D libertou os escravos com mais de 60 anos.
RAMONET, I. *XHUUDVGRVpFXOR;;,: novos temores e novas ameaças.
Petrópolis: Vozes, 2003 (adaptado). E garantiu o direito de alforria aos escravos.
Que característica socioeconômica está expressa no
texto? QUESTÃO 16
A ([SDQVmRGHPRJUi¿FD O acúmulo gradual de sais nas camadas superiores
B Homogeneidade social. do solo, um processo chamado salinização, retarda o
C Concentração de renda. crescimento das safras, diminui a produção das culturas
e, consequentemente, mata as plantas e arruína o solo.
D Desemprego conjuntural.
A salinização mais grave ocorre na Ásia, em especial na
E Desenvolvimento econômico. China, na Índia e no Paquistão.
QUESTÃO 14 MILLER, G. &LrQFLDDPELHQWDO. São Paulo: Thomson, 2007.

Mediante o Código de Posturas de 1932, o poder O fenômeno descrito no texto representa um grande
público enumera e prevê, para os habitantes de Fortaleza, impacto ambiental em áreas agrícolas e tem como causa
uma série de proibições condicionadas pela hora: após
direta o(a)
as 22 horas era vetada a emissão de sons em volume
acentuado. O uso de buzinas, sirenes, vitrolas, motores A rotação de cultivos.
ou qualquer objeto que produzisse barulho seria punido
com multa. No início dos anos 1940 o último bonde partia B associação de culturas.
da Praça do Ferreira às 23 horas. C plantio em curvas de nível.
SILVA FILHO, A. L. M. )RUWDOH]D: imagens da cidade. Fortaleza: D manipulação genética das plantas.
Museu do Ceará; Secult, 2001 (adaptado).
E instalação de sistemas de irrigação.
Como Fortaleza, muitas capitais brasileiras
experimentaram, na primeira metade do século XX, um QUESTÃO 17
novo tipo de vida urbana, marcado por condutas que
evidenciam uma
A experiência temporal regida pelo tempo orgânico e 138
pessoal. 140

B H[SHULrQFLD TXH ÀH[LELOL]DYD D REHGLrQFLD DR WHPSR 120 111


do relógio.
Milhões de habitantes

100
C relação de códigos que estimulavam o trânsito de 80,4
pessoas na cidade. 80

D normatização do tempo com vistas à disciplina dos 60 52,1


corpos na cidade. 38,8 41,1 38,6
35,8
33,2 31,3 31,8
E cultura urbana capaz de conviver com diferentes 40 28,3
18,8
experiências temporais. 20
12,9

QUESTÃO 15 0
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000

(VWLPDWLYDGRQ~PHURGHHVFUDYRVDIULFDQRV Urbana Rural

GHVHPEDUFDGRVQR%UDVLOHQWUHRV IBGE. 7HQGrQFLDVGHPRJUi¿FDV: uma análise da sinopse preliminar


DQRVGHD GRFHQVRGHPRJUi¿FR5LRGH-DQHLUR,%*(

2 SURFHVVR LQGLFDGR QR JUi¿FR GHPRQVWUD XP DXPHQWR


1~PHURGHHVFUDYRVDIULFDQRV VLJQL¿FDWLYRGDSRSXODomRXUEDQDHPUHODomRjSRSXODomR
$QR
GHVHPEDUFDGRVQR%UDVLO rural no Brasil. Esse fenômeno pode ser explicado pela
1846 64 262 A atração de mão de obra pelo setor produtivo
1847 75 893 concentrado nas áreas urbanas.
1848 76 338 B manutenção da instabilidade climática nas áreas
1849 70 827 rurais.
C concentração da oferta de ensino nas áreas urbanas.
1850 37 672
D inclusão da população das áreas urbanas em
1851 7 058 programas assistenciais.
1852 1 234 E redução dos subsídios para os setores da economia
Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado). localizados nas áreas rurais.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 6


2015 *Amar75SAB7*
48(67­2

Os nossos ancestrais dedicavam-se à caça, à pesca e à coleta de frutas e vegetais, garantindo sua subsistência,
porque ainda não conheciam as práticas de agricultura e pecuária. Uma vez esgotados os alimentos, viam-se
obrigados a transferir o acampamento para outro lugar.
HALL, P. P. *HVWmRDPELHQWDO. São Paulo: Pearson, 2011 (adaptado).

O texto refere-se ao movimento migratório denominado


A sedentarismo.
B transumância.
C êxodo rural.
D nomadismo.
E pendularismo.

48(67­2

48(,52=),/+2$3%,$6,07pFQLFDVGHFDUWRJUD¿D,Q9(1785,/$% 2UJ *HRJUD¿D: práticas de campo, laboratório e sala de aula. São Paulo: Sarandi, 2011 (adaptado).

$V¿JXUDVUHSUHVHQWDPDGLVWkQFLDUHDO D) entre duas residências e a distância proporcional (d) em uma representanção


FDUWRJUi¿FDDVTXDLVSHUPLWHPHVWDEHOHFHUUHODo}HVHVSDFLDLVHQWUHRPDSDHRWHUUHQR3DUDDLOXVWUDomRDSUHVHQWDGD
a escala numérica correta é

A 1/50.
B 1/5 000.
C 1/50 000.
D 1/80 000.
E 1/80 000 000.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 7


*Amar75SAB8* 2015

QUESTÃO 20 QUESTÃO 22

Dubai é uma cidade-estado planejada para estarrecer Na sociedade democrática, as opiniões de cada
um não são fortalezas ou castelos para que neles nos
os visitantes. São tamanhos e formatos grandiosos, em
encerremos como forma de autoafirmação pessoal.
hotéis e centros comerciais reluzentes, numa colagem de Não só temos de ser capazes de exercer a razão
estilos e atrações que parece testar diariamente os limites em nossas argumentações, como também devemos
da arquitetura voltada para o lazer. O maior shopping do desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas
tórrido Oriente Médio abriga uma pista de esqui, a orla do melhores razões. A partir dessa perspectiva, a verdade
buscada é sempre um resultado, não ponto de partida:
*ROIR3pUVLFRJDQKDPLOLRQiULDVLOKDVDUWL¿FLDLVRFHQWUR e essa busca inclui a conversação entre iguais, a
¿QDQFHLURDQXQFLDSDUDEUHYHDWRUUHPDLVDOWDGRPXQGR polêmica, o debate, a controvérsia.
(a Burj Dubai) e tem ainda o projeto de um campo de
SAVATER, F. $VSHUJXQWDVGDYLGD. São Paulo: Martins Fontes, 2001 (adaptado).
golfe coberto! Coberto e refrigerado, para usar com sol e
A ideia de democracia presente no texto, baseada na
chuva, inverno e verão.
concepção de Habermas acerca do discurso, defende
Disponível em: http://viagem.uol.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado). que a verdade é um(a)
No texto, são descritas algumas características da A alvo objetivo alcançável por cada pessoa, como
agente racional autônomo.
paisagem de uma cidade do Oriente Médio. Essas
características descritas são resultado do(a) B critério acima dos homens, de acordo com o qual
podemos julgar quais opiniões são as melhores.
A criação de territórios políticos estratégicos. C construção da atividade racional de comunicação
B preocupação ambiental pautada em decisões entre os indivíduos, cujo resultado é um consenso.
governamentais. D produto da razão, que todo indivíduo traz latente
GHVGHRQDVFLPHQWRPDVTXHVyVH¿UPDQRSURFHVVR
C utilização de tecnologia para transformação do educativo.
espaço. E resultado que se encontra mais desenvolvido nos
D demanda advinda da extração local de espíritos elevados, a quem cabe a tarefa de convencer
os outros.
combustíveis fósseis.
E emprego de recursos públicos na redução de QUESTÃO 23
desigualdades sociais.
&RORQL]DU D¿UPDYD HP  XP HPLQHQWH MXULVWD
QUESTÃO 21 “é relacionar-se com os países novos para tirar benefícios
dos recursos de qualquer natureza desses países,
Sabe-se o que era a mata do Nordeste, antes da
aproveitá-los no interesse nacional, e ao mesmo tempo
monocultura da cana: um arvoredo tanto e tamanho e tão levar às populações primitivas as vantagens da cultura
basto e de tantas prumagens que não podia homem dar LQWHOHFWXDO VRFLDO FLHQWt¿FD PRUDO DUWtVWLFD OLWHUiULD
conta. O canavial desvirginou todo esse mato grosso do comercial e industrial, apanágio das raças superiores.
modo mais cru: pela queimada. A fogo é que foram se A colonização é, pois, um estabelecimento fundado em
abrindo no mato virgem os claros por onde se estendeu país novo por uma raça de civilização avançada, para
o canavial civilizador, mas ao mesmo tempo devastador. UHDOL]DURGXSOR¿P que acabamos de indicar”.
FREYRE, G. 1RUGHVWH. São Paulo: Global, 2004 (adaptado). MÉRIGNHAC. Précis de législation et d´économie coloniales. Apud LINHARES, M. Y.
$OXWDFRQWUDD0HWUySROH (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, 1981.
Analisando os desdobramentos da atividade canavieira
$GH¿QLomRGHFRORQL]Domo apresentada no texto tinha a
sobre o meio físico, o autor salienta um paradoxo, função ideológica de
caracterizado pelo(a)
A dissimular a prática da exploração mediante a ideia
A demanda de trabalho, que favorecia a escravidão. de civilização.
B modelo civilizatório, que acarretou danos ambientais. B compensar o saque das riquezas mediante a
educação formal dos colonos.
C rudimento das técnicas produtivas, que eram
LQH¿FLHQWHV C formar uma identidade colonial mediante a
recuperação de sua ancestralidade.
D natureza da atividade econômica, que concentrou D reparar o atraso da Colônia mediante a incorporação
riqueza. dos hábitos da Metrópole.
E predomínio da monocultura, que era voltada para E promover a elevação cultural da Colônia mediante a
exportação. incorporação de tradições metropolitanas.
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2015 *Amar75SAB9*
QUESTÃO 24 QUESTÃO 26

TEXTO I Após ter examinado cuidadosamente todas as


Não é possível passar das trevas da ignorância para a FRLVDV FXPSUH HQ¿P FRQFOXLU H WHU SRU FRQVWDQWH TXH
esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente
luz da ciência a não ser lendo, com um amor sempre mais
verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a
vivo, as obras dos Antigos. Ladrem os cães, grunhem os
concebo em meu espírito.
porcos! Nem por isso deixarei de ser um seguidor dos
DESCARTES, R. Meditações. 3HQVDGRUHV. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
Antigos. Para eles irão todos os meus cuidados e, todos
os dias, a aurora me encontrará entregue ao seu estudo. A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos
BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. +LVWyULDGD,GDGH0pGLD:
PRPHQWRV PDLV LPSRUWDQWHV QD UXSWXUD GD ¿ORVR¿D GR
texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. VpFXOR;9,,FRPRVSDGU}HVGDUHÀH[mRPHGLHYDOSRU
TEXTO II A estabelecer o ceticismo como opção legítima.
A nossa geração tem arraigado o defeito de recusar B utilizar silogismos linguísticos como prova ontológica.
admitir tudo o que parece vir dos modernos. Por isso, C inaugurar a posição teórica conhecida como
quando descubro uma ideia pessoal e quero torná-la empirismo.
pública, atribuo-a a outrem e declaro: — Foi fulano de tal D estabelecer um princípio indubitável para o
que o disse, não sou eu. E para que acreditem totalmente conhecimento.
nas minhas opiniões, digo: — O inventor foi fulano de tal, E TXHVWLRQDU D UHODomR HQWUH D ¿ORVR¿D H R WHPD GD
não sou eu. existência de Deus.
BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. +LVWyULDGD,GDGH0pGLD: texto e testemunhas.
São Paulo: Unesp, 2000. QUESTÃO 27
Nos textos são apresentados pontos de vista distintos O impulso para o ganho, a perseguição do lucro, do
sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no
dinheiro, da maior quantidade possível de dinheiro não
Ocidente. Comparando os textos, os autores discutem tem, em si mesma, nada que ver com o capitalismo.
o(a) Tal impulso existe e sempre existiu. Pode-se dizer que
A produção do conhecimento face à manutenção dos tem sido comum a toda sorte e condição humanas em
argumentos de autoridade da Igreja. todos os tempos e em todos os países, sempre que se
B caráter dinâmico do pensamento laico frente à tenha apresentada a possibilidade objetiva para tanto.
estagnação dos estudos religiosos. O capitalismo, porém, identifica-se com a busca do
C VXUJLPHQWRGRSHQVDPHQWRFLHQWt¿FRHPRSRVLomRj lucro, do lucro sempre renovado por meio da empresa
tradição teológica cristã. permanente, capitalista e racional. Pois assim deve
D desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé ser: numa ordem completamente capitalista da
e razão. sociedade, uma empresa individual que não tirasse
vantagem das oportunidades de obter lucros estaria
E FRQVWUXomRGHXPVDEHUWHROyJLFRFLHQWt¿FR
condenada à extinção.
QUESTÃO 25 WEBER, M. $pWLFDSURWHVWDQWHHRHVStULWRGRFDSLWDOLVPR.
São Paulo: Martin Claret, 2001 (adaptado).

1mRDFKRTXHVHMDSRVVtYHOLGHQWL¿FDUDJOREDOL]DomR O capitalismo moderno, segundo Max Weber, apresenta


apenas com a criação de uma economia global, embora como característica fundamental a
este seja seu ponto focal e sua característica mais óbvia.
Precisamos olhar além da economia. Antes de tudo, A competitividade decorrente da acumulação de capital.
a globalização depende da eliminação de obstáculos B LPSOHPHQWDomRGDÀH[LELOLGDGHSURGXWLYDHFRPHUFLDO
técnicos, não de obstáculos econômicos. Isso tornou C ação calculada e planejada para obter rentabilidade.
possível organizar a produção, e não apenas o comércio,
D socialização das condições de produção.
em escala internacional.
HOBSBAWM, E. 2QRYRVpFXOR: entrevista a Antonio Polito.
E mercantilização da força de trabalho.
São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).

Um fator essencial para a organização da produção, na


conjuntura destacada no texto, é a
A criação de uniões aduaneiras.
B difusão de padrões culturais.
C melhoria na infraestrutura de transportes.
D supressão das barreiras para comercialização.
E organização de regras nas relações internacionais.
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*Amar75SAB10* 2015

48(67­2 A aproximação entre a letra da canção e a crítica de


Adorno indica o(a)
2¿OyVRIR$XJXVWH&RPWH  SUHHQFKHVXD
doutrina com uma imagem do progresso social na qual se A lado efêmero e restritivo da indústria cultural.
conjugam ciência e política: a ação política deve assumir B baixa renovação da indústria de entretenimento.
R DVSHFWR GH XPD DomR FLHQWt¿FD H D SROtWLFD GHYH VHU C LQÀXrQFLDGDP~VLFDDPHULFDQDQDFXOWXUDEUDVLOHLUD
HVWXGDGDGHPDQHLUDFLHQWt¿FD DItVLFDVRFLDO 'HVGHTXH D fusão entre elementos da indústria cultural e da
a Revolução Francesa favoreceu a integração do povo na cultura popular.
vida social, o positivismo obstina-se no programa de uma
E declínio da forma musical em prol de outros meios de
FRPXQLGDGH SDFt¿FD ( R (VWDGR LQVWLWXLomR GR ³UHLQR entretenimento.
absoluto da lei”, é a garantia da ordem que impede o
retorno potencial das revoluções e engendra o progresso. QUESTÃO 30
RUBY, C. ,QWURGXomRj¿ORVR¿DSROtWLFD. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).
A pura lealdade na amizade, embora até o presente
A característica do Estado positivo que lhe permite não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo
garantir não só a ordem, como também o desejado homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar
progresso das nações, é ser implicado como dever em geral, anteriormente a toda
experiência, na ideia de uma razão que determina a
A espaço coletivo, onde as carências e desejos da vontade segundo princípios a priori.
população se realizam por meio das leis.
KANT, I. )XQGDPHQWDomRGDPHWDItVLFDGRVFRVWXPHV. São Paulo: Barcarolla, 2009.
B SURGXWR FLHQWt¿FR GD ItVLFD VRFLDO WUDQVFHQGHQGR H
transformando as exigências da realidade. A passagem citada expõe um pensamento
caracterizado pela
C HOHPHQWR XQL¿FDGRU RUJDQL]DQGR H UHSULPLQGR VH
necessário, as ações dos membros da comunidade. A H¿FiFLDSUiWLFDGDUD]mRHPStULFD
D programa necessário, tal como a Revolução B transvaloração dos valores judaico-cristãos.
Francesa, devendo portanto se manter aberto a C recusa em fundamentar a moral pela experiência.
novas insurreições. D comparação da ética a uma ciência de rigor
E agente repressor, tendo um papel importante a cada matemático.
revolução, por impor pelo menos um curto período de E importância dos valores democráticos nas relações
ordem. de amizade.
48(67­2 QUESTÃO 31
TEXTO I A conquista pelos ingleses de grandes áreas da Índia
A melhor banda de todos os tempos da última semana deu o impulso inicial à produção e venda organizada
O melhor disco brasileiro de música americana de ópio. A Companhia das Índias Orientais obteve o
monopólio da compra do ópio indiano e depois vendeu
O melhor disco dos últimos anos de sucessos do
licenças para mercadores selecionados, conhecidos como
passado “mercadores nativos”. Depois de vender ópio na China,
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez esses mercadores depositavam a prata que recebiam
maiores fracassos por ele com agentes da companhia em Cantão, em troca
Não importa contradição de cartas de crédito; a companhia, por sua vez, usava a
O que importa é televisão prata para comprar chá, porcelana e outros artigos que
seriam vendidos na Inglaterra.
Dizem que não há nada que você não se acostume
SPENCE, J. (PEXVFDGD&KLQDPRGHUQD. São Paulo: Cia. das Letras, 1996 (adaptado).
Cala a boca e aumenta o volume então.
MELLO, B.; BRITTO, S. $PHOKRUEDQGDGHWRGRVRVWHPSRVGD~OWLPDVHPDQD. A análise das trocas comerciais citadas permite
São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento). interpretar as relações de poder que foram estabelecidas.
A partir desse pressuposto, o processo sócio-histórico
TEXTO II
LGHQWL¿FDGRQRWH[WRp
2IHWLFKLVPRQDP~VLFDHDUHJUHVVmRGDDXGLomR A a expansão político-econômica de países do Oriente,
Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a iniciada nas últimas décadas do século XX.
seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje B a consolidação do cenário político entreguerras, na
num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia primeira metade do século XX.
perguntar: para quem a música de entretenimento serve C o colonialismo europeu, que marcou a expansão
ainda como entretenimento? Ao invés de entreter, parece europeia no século XV.
que tal música contribui ainda mais para o emudecimento D o imperialismo, cujo ápice ocorreu na segunda
dos homens, para a morte da linguagem como expressão, metade do século XIX.
para a incapacidade de comunicação. E as libertações nacionais, ocorridas na segunda
ADORNO, T. 7H[WRVHVFROKLGRV. São Paulo: Nova Cultural, 1999. metade do século XX.

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2015 *Amar75SAB11*
QUESTÃO 32 QUESTÃO 33
É simplesmente espantoso que esses núcleos tão
desiguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados
numa só nação. Durante o período colonial, cada um
deles teve relação direta com a metrópole. Ocorreu o
H[WUDRUGLQiULR ¿]HPRV XP SRYRQDomR HQJOREDQGR
todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade
cívica e política.
RIBEIRO, D. 2SRYREUDVLOHLUR: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.

Após a conquista da autonomia, a questão primordial


do Brasil residia em como garantir sua unidade
político-territorial diante das características e práticas
herdadas da colonização. Relacionando o projeto
de independência à construção do Estado nacional
brasileiro, a sua particularidade decorreu da
A ordenação de um pacto que reconheceu os direitos
DUARTE, P. A. )XQGDPHQWRVGHFDUWRJUD¿D. Florianópolis: UFSC, 2002.
políticos aos homens, independentemente de cor,
$V GLIHUHQWHV UHSUHVHQWDo}HV FDUWRJUi¿FDV WUD]HP sexo ou religião.
consigo as ideologias de uma época. A representação
destacada se insere no contexto das Cruzadas por B estruturação de uma sociedade que adotou
os privilégios de nascimento como critério de
A UHYHODU DVSHFWRV GD HVWUXWXUD GHPRJUi¿FD GH XP hierarquização social.
povo.
C realização de acordos entre as elites regionais, que
B sinalizar a disseminação global de mitos e preceitos evitou confrontos armados contrários ao projeto
políticos. luso-brasileiro.
C utilizar técnicas para demonstrar a centralidade de D concessão da autonomia política regional, que
algumas regiões.
atendeu aos interesses socioeconômicos dos
D mostrar o território para melhor administração dos grandes proprietários.
recursos naturais.
E D¿UPDomR GH XP UHJLPH FRQVWLWXFLRQDO PRQiUTXLFR
E UHÀHWLUDGLQkPLFDVRFLRFXOWXUDODVVRFLDGDjYLVmRGH que garantiu a ordem associada à permanência da
mundo eurocêntrica. escravidão.

QUESTÃO 34

NANI. Disponível em: www.nanihumor.com. Acesso em: 7 ago. 2012.

$V QRYDV WHFQRORJLDV IRUDP PDVVL¿FDGDV DOFDQoDQGR


e impactando de diferentes formas os lugares. A ironia
proposta pela charge indica que o acesso à tecnologia está
A vinculado a mudanças na paisagem.
B garantido de forma equitativa aos cidadãos.
C priorizado para resolver as desigualdades.
D relacionado a uma ação redentora na vida social.
E dissociado de revoluções na realidade socioespacial.

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*Amar75SAB12* 2015

QUESTÃO 35 QUESTÃO 37

Se vamos ter mais tempo de lazer no futuro A humanidade conhece, atualmente, um fenômeno
espacial novo: pela primeira vez na história humana, a
automatizado, o problema não é como as pessoas vão
população urbana ultrapassa a rural no mundo. Todavia,
consumir essas unidades adicionais de tempo de lazer, a urbanização é diferenciada entre os continentes.
mas que capacidade para a experiência terão as pessoas DURAND, M. F. et al. $WODVGDPXQGLDOL]DomR: compreender o espaço mundial
contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009.
com esse tempo livre. Mas se a notação útil do emprego
do tempo se torna menos compulsiva, as pessoas talvez No texto, faz-se referência a um processo espacial de
tenham de reaprender algumas das artes de viver que escala mundial. Um indicador das diferenças continentais
desse processo espacial está presente em:
foram perdidas na Revolução Industrial: como preencher
os interstícios de seu dia com relações sociais e pessoais; A Orientação política de governos locais.
como derrubar mais uma vez as barreiras entre o trabalho B Composição religiosa de povos originais.
e a vida. C Tamanho desigual dos espaços ocupados.
THOMPSON, E. P. &RVWXPHVHPFRPXP: estudos sobre a cultura popular tradicional.
D Distribuição etária dos habitantes do território.
São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). E Grau de modernização de atividades econômicas.
A partir da reÀH[mRGRKLVWRULDGRUXPDUJXPHQWRFRQWUiULR
à transformação promovida pela Revolução Industrial na
relação dos homens com o uso do tempo livre é o(a)
A LQWHQVL¿FDomRGDEXVFDGROXFURHFRQ{PLFR
B ÀH[LELOL]DomRGRVSHUtRGRVGHIpULDVWUDEDOKLVWDV
C esquecimento das formas de sociabilidade
tradicionais.
D aumento das oportunidades de confraternização
familiar.
E multiplicação das possibilidades de entretenimento
virtual.

QUESTÃO 36

A razão principal que leva o capitalismo como sistema


a ser tão terrivelmente destrutivo da biosfera é que, na
maioria dos casos, os produtores que lucram com a
destruição não a registram como um custo de produção,
mas sim, precisamente ao contrário, como uma redução
no custo. Por exemplo, se um produtor joga lixo em um rio,
poluindo suas águas, esse produtor considera que está
economizando o custo de outros métodos mais seguros,
porém mais caros de dispor do lixo.
WALLERSTEIN, I. 8WRStVWLFDRXDVGHFLV}HVKLVWyULFDVGRVpFXORYLQWHHXP.
Petrópolis: Vozes, 2003.

A pressão dos movimentos socioambientais, na tentativa


de reverter a lógica descrita no texto, aponta para a
A emergência de um sistema econômico global que
secundariza os lucros.
B redução dos custos de tratamento de resíduos pela
LVHQomR¿VFDOGDVHPSUHVDV
C ÀH[LELOL]DomRGRWUDEDOKRFRPRHVWUDWpJLDSRVLWLYDGH
corte de custos empresariais.
D incorporação de um sistema normativo ambiental no
processo de produção industrial.
E minimização do papel do Estado em detrimento das
organizações não governamentais.

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2015 *Amar75SAB13*
48(67­2

Consumo de energia elétrica


per capita 2007 (tep)
0,0 a 1,5
1,5 a 3,0
3,0 a 4,5
4,5 a 6,0
>6,0

BRASIL. $WODVGDHQHUJLDHOpWULFDGR%UDVLO. Brasília: Agência Nacional de Energia Elétrica, 2008 (adaptado).

A distribuição do consumo de energia elétrica per capitaYHUL¿FDGDQRFDUWRJUDPDpUHVXOWDGRGD


A extensão territorial dos Estados-nação.
B GLYHUVL¿FDomRGDPDWUL]HQHUJpWLFDORFDO
C capacidade de integração política regional.
D proximidade com áreas de produção de petróleo.
E instalação de infraestrutura para atender à demanda.

48(67­2
2tFRQHGRVFRQÀLWRVTXHDVVRODPDUHJLmRGDEDFLDGR;LQJXQDDWXDOLGDGHpRSURMHWRGDKLGUHOpWULFDGH%HOR
Monte. Prevista para ser implantada no Médio Xingu, tem a capacidade de gerar, segundo os estudos da Eletronorte,
PLOPHJDZDWWVGHHQHUJLDRTXHIDULDGHODDVHJXQGDPDLRUKLGUHOpWULFDGR%UDVLO(QWUHDGHVLYRVTXHUHÀHWHPR
teor polêmico do projeto — “Eu quero Belo Monte” e “Fora Belo Monte” —, os moradores de Altamira, cidade polo da
região onde a usina deverá ser construída, se dividem.
MARTINHO, N. O coração do Brasil. +RUL]RQWH*HRJUi¿FR, n. 129, jun. 2010 (adaptado).

Na polêmica apresentada, de acordo com a perspectiva dos trabalhadores da região, um argumento favorável e outro
contrário à implementação do projeto estão, respectivamente, na
A urbanização da periferia e valorização dos imóveis rurais.
B UHFXSHUDomRGDDXWRHVWLPDHFULDomRGHHPSUHJRVTXDOL¿FDGRV
C expansão de lavouras e crescimento do assalariamento agrícola.
D captação de investimentos e expropriação dos posseiros pobres.
E adoção do preservacionismo e estabelecimento de reservas permanentes.

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*Amar75SAB14* 2015

QUESTÃO 40 QUESTÃO 41

As autoridades de Kiribati, arquipélago do Oceano (QHUJLDGH1RURQKDYLUiGDIRUoDGDViJXDV


3DFt¿FRIRUPDGRSRUDWyLVHXPDLOKDGHFRUDOHVWmR
A energia de Fernando de Noronha virá do mar, do
conscientizando sua população para que aceitem que,
ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e
nas próximas décadas, terão de fugir do país. A estimativa
visitantes. É o que promete o projeto de substituição da
é que, em um período de 50 anos, as ilhas podem
matriz energética da ilha, que prevê a troca dos geradores
desaparecer. O governo convocou os líderes de todas atuais, que consomem 310 mil litros de diesel por mês.
as ilhas para convencê-los da importância de mudar a GUIBU, F. )ROKDGH63DXOR, 19 ago. 2012 (adaptado).
mentalidade das pessoas, com pleno conhecimento que
é uma questão muito sensível porque ameaça a própria No texto, está apresentada a nova matriz energética do
Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
identidade de um país. Kiribati já antecipou convênios
A escolha por essa nova matriz prioriza o(a)
com Austrália e Nova Zelândia para enviar seus cidadãos
aos países vizinhos, algo que muitos dos moradores do A expansão da oferta de energia, para aumento da
arquipélago não aceitam. atividade turística.
Disponível em: http://noticias.terra.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012. B uso de fontes limpas, para manutenção das condições
ecológicas da região.
No texto, faz-se referência a um problema que se tornou
C barateamento dos custos energéticos, para estímulo
um tema recorrente na agenda global. Nesse sentido,
da ocupação permanente.
a preocupação apresentada pela população de Kiribati
fundamenta-se na previsão de D desenvolvimento de unidades complementares, para
solução da carência energética local.
A submersão de terras habitadas, decorrente da
E diminuição dos gastos operacionais de transporte,
elevação do nível do mar. para superação da distância do continente.
B ocorrência de tsunamis, derivada de mudanças no
eixo de rotação do planeta. QUESTÃO 42

C erupções vulcânicas frequentes, visto que estão Falava-se, antes, de autonomia da produção para
assentados sobre o Círculo do Fogo. VLJQL¿FDUTXHXPDHPSUHVDDRDVVHJXUDUXPDSURGXomR
D terremotos com magnitude extrema, devido à buscava também manipular a opinião pela via da
publicidade. Nesse caso, o fato gerador do consumo seria
proximidade de bordas de placas tectônicas.
a produção. Mas, atualmente, as empresas hegemônicas
E furacões de grande intensidade, em função de produzem o consumidor antes mesmo de produzirem
UHGXomRGDWHPSHUDWXUDPpGLDGR2FHDQR3DFt¿FR os produtos. Um dado essencial do entendimento do
consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede
a produção dos bens e dos serviços.
SANTOS, M. 3RUXPDRXWUDJOREDOL]DomR: do pensamento único à consciência universal.
Rio de Janeiro: Record, 2000 (adaptado).

O tipo de relação entre produção e consumo discutido no


texto pressupõe o(a)
A aumento do poder aquisitivo.
B estímulo à livre concorrência.
C criação de novas necessidades.
D formação de grandes estoques.
E implantação de linhas de montagem.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 14


2015 *Amar75SAB15*
QUESTÃO 43 QUESTÃO 44

&RQ¿GrQFLDGRLWDELUDQR
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Durval;
este couro de anta, estendido no sofá de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa.

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.


Hoje sou funcionário público.
,WDELUDpDSHQDVXPDIRWRJUD¿DQDSDUHGH
Mas como dói.
ANDRADE, C. D. 6HQWLPHQWRGRPXQGR. São Paulo: Cia. das Letras, 2012 (fragmento).

O poeta pensa a região como lugar, pleno de afetos.


A longa história da ocupação de Minas Gerais, iniciada
com a mineração, deixou marcas que se atualizam em
Itabira, pequena cidade onde nasceu o poeta. Nesse
sentido, a evocação poética indica o(a)
A pujança da natureza resistindo à ação humana.
B sentido de continuidade do progresso.
C cidade como imagem positiva da identidade mineira.
*,/0$5'LVSRQtYHOHPZZZGH¿FLHQWH¿VLFRFRP$FHVVRHPGH]
D percepção da cidade como paisagem da memória.
E valorização do processo de ocupação da região.
2 FDUWXP HYLGHQFLD XP GHVD¿R TXH R WHPD GD LQFOXVmR
social impõe às democracias contemporâneas. Esse QUESTÃO 45
GHVD¿RH[LJHDFRPELQDomRHQWUH
A utilidade do escravo é semelhante à do animal.
A SDUWLFLSDomR SROtWLFD H IRUPDomR SUR¿VVLRQDO Ambos prestam serviços corporais para atender às
diferenciada. necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo
B exercício da cidadania e políticas de transferência de e do homem livre de forma diferente. O escravo tem
renda. corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já
C modernização das leis e ampliação do mercado de o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho
trabalho. braçal, porém apto à vida do cidadão.
D universalização de direitos e reconhecimento das ARISTÓTELES. 3ROtWLFD. Brasília: UnB, 1985.

diferenças. O trabalho braçal é considerado, na filosofia


E FUHVFLPHQWRHFRQ{PLFRHÀH[LELOL]DomRGRVSURFHVVRV aristotélica, como
seletivos.
A indicador da imagem do homem no estado de
natureza.
B condição necessária para a realização da virtude
humana.
C atividade que exige força física e uso limitado da
racionalidade.
D referencial que o homem deve seguir para viver uma
vida ativa.
E mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por
meio da experiência.

CH - 1º dia | Caderno 2 - AMARELO - Página 15


EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE REDAÇÃO E DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

2º DIA
CADERNO

6
CINZA

A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É CINZA. MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA.

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,


FRPVXDFDOLJUD¿DXVXDOFRQVLGHUDQGRDVOHWUDVPDL~VFXODVHPLQ~VFXODVDVHJXLQWHIUDVH

Demito o verso como quem acena.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas
5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de
Redação e 90 questões numeradas de 91 a 180, dispostas 4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e
da seguinte maneira: trinta minutos.
a) as questões de número 91 a 135 são relativas à área de
5. 5HVHUYHRVPLQXWRV¿QDLVSDUDPDUFDUVHXCARTÃO-RESPOSTA.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE
b) as questões de número 136 a 180 são relativas à área de QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
Matemática e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 91 a 95 são relativas à língua 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA
estrangeira. Você deverá responder apenas às questões DE REDAÇÃO.
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador
no ato de sua inscrição.
e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-
2. CRQ¿UD VH R VHX &$'(512 '( 48(67®(6 FRQWpP D RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
quantidade de questões e se essas questões estão na ordem
mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas
incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, duas horas do início da aplicação e poderá levar seu
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as &$'(512'(48(67®(6DRGHL[DUHPGH¿QLWLYRDVDODGH
providências cabíveis. prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.

Ministério
da Educação *CINZ25dom1*
*CINZ25DOM3*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS QUESTÃO 93
TECNOLOGIAS
Questões de 91 a 135
Questões de 91 a 95 (opção inglês)
QUESTÃO 91
Ebony and ivory
Ebony and ivory live together in perfect harmony
Side by side on my piano keyboard, oh Lord, why don’t we?
We all know that people are the same wherever we go
There is good and bad in ev’ryone,
We learn to live, we learn to give
Each other what we need to survive together alive
McCARTNEY, P. Disponível em: www.paulmccartney.com. Acesso em: 30 maio 2016.

Em diferentes épocas e lugares, compositores têm


utilizado seu espaço de produção musical para expressar
e problematizar perspectivas de mundo. Paul McCartney,
na letra dessa canção, defende
A o aprendizado compartilhado. Disponível em: www.ct.gov. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).

B a necessidade de donativos. Orientações à população são encontradas também em


sitesR¿FLDLV$RFOLFDUQRHQGHUHoRHOHWU{QLFRPHQFLRQDGR
C as manifestações culturais. no cartaz disponível na internet, o leitor tem acesso aos(às)
D o bem em relação ao mal. A ações do governo local referentes a calamidades.
E o respeito étnico. B relatos de sobreviventes em tragédias marcantes.
C tipos de desastres naturais possíveis de acontecer.
QUESTÃO 92 D informações sobre acidentes ocorridos em Connecticut.
Italian university switches to English E medidas de emergência a serem tomadas em catástrofes.
By Sean Coughlan, BBC News education correspondent QUESTÃO 94
16 May 2012 Last updated at 09:49 GMT Frankentissue: printable cell technology
Milan is crowded with Italian icons, which makes In November, researchers from the University of
it even more of a cultural earthquake that one of Italy’s Wollongong in Australia announced a new bio-ink that is a
leading universities — the Politecnico di Milano — is step toward really printing living human tissue on an inkjet
going to switch to the English language. The university printer. It is like printing tissue dot-by-dot. A drop of bio-
has announced that from 2014 most of its degree courses ink contains 10,000 to 30,000 cells. The focus of much of
— including all its graduate courses — will be taught and this research is the eventual production of tailored tissues
assessed entirely in English rather than Italian. suitable for surgery, like living Band-Aids, which could be
The waters of globalisation are rising around higher printed on the inkjet.
education — and the university believes that if it remains However, it is still nearly impossible to effectively
Italian-speaking it risks isolation and will be unable to UHSOLFDWH QDWXUH¶V LQJHQLRXV SDWWHUQV RQ D KRPH RI¿FH
compete as an international institution. “We strongly believe accessory. Consider that the liver is a series of globules,
our classes should be international classes — and the only the kidney a set of pyramids. Those kinds of structures
way to have international classes is to use the English demand 3D printers that can build them up, layer by
ODQJXDJH´VD\VWKHXQLYHUVLW\¶VUHFWRU*LRYDQQL$]]RQH OD\HU$WWKHPRPHQWVNLQDQGRWKHUÀDWWLVVXHVDUHPRVW
&28*+/$16'LVSRQtYHOHPZZZEEFFRXN$FHVVRHPMXO promising for the inkjet.
Disponível em: http://discovermagazine.com. Acesso em: 2 dez. 2012.
As línguas têm um papel importante na comunicação entre
pessoas de diferentes culturas. Diante do movimento de O texto relata perspectivas no campo da tecnologia
internacionalização no ensino superior, a universidade para cirurgias em geral, e a mais promissora para este
Politecnico di Milano decidiu momento enfoca o(a)
A elaborar exames em língua inglesa para o ingresso A uso de um produto natural com milhares de células
na universidade. para reparar tecidos humanos.
B ampliar a oferta de vagas na graduação para alunos B criação de uma impressora especial para traçar
estrangeiros. mapas cirúrgicos detalhados.
C investir na divulgação da universidade no mercado C desenvolvimento de uma tinta para produzir pele e
internacional. WHFLGRVKXPDQRV¿QRV
D substituir a língua nacional para se inserir no contexto D reprodução de células em 3D para ajudar nas cirurgias
da globalização. de recuperação dos rins.
E estabelecer metas para melhorar a qualidade do E extração de glóbulos do fígado para serem
ensino de italiano. reproduzidos em laboratório.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 3


*CINZ25DOM4*
QUESTÃO 95 mejor que las otras, te regalan la tendencia de comparar tu
%2*2)LVXVHGDVDQRXQDVLQµ7KHUHDUHVRPHJUHDW reloj con los demás relojes. No te regalan un reloj, tú eres
bogofs on at the supermarket’ or an adjective, usually with el regalado, a ti te ofrecen para el cumpleaños del reloj.
D ZRUG VXFK DV µRIIHU¶ RU µGHDO¶ ² µWKHUH DUH VRPH JUHDW CORTÁZAR, J. Historias de cronopios y de famas. Buenos Aires: Sudamericana, 1963 (fragmento).

bogof offers in store’. Nesse texto, Júlio Cortázar transforma pequenas ações
:KHQ \RX FRPELQH WKH ¿UVW OHWWHUV RI WKH ZRUGV LQ cotidianas em criação literária,
a phrase or the name of an organisation, you have an A denunciando a má qualidade dos relógios modernos
acronym. Acronyms are spoken as a word so NATO (North em relação aos antigos.
Atlantic Treaty Organisation) is not pronounced N-A-T-O. B apresentando possibilidades de sermos presenteados
We say NATO. Bogof, when said out loud, is quite comical com um relógio.
IRUDQDWLYHVSHDNHUDVLWVRXQGVOLNHDQLQVXOWµ%RJRII¶ C FRQYLGDQGR R OHLWRU D UHÀHWLU VREUH D FRLVL¿FDomR GR
meaning go away, leave me alone, slightly childish and a ser humano.
little old-fashioned. D GHVD¿DQGR R OHLWRU D SHQVDU VREUH D HIHPHULGDGH
%2*2) LV WKH EHVWNQRZQ RI WKH VXSHUPDUNHW do tempo.
PDUNHWLQJVWUDWHJLHV7KHFRQFHSWZDV¿UVWLPSRUWHGIURP E criticando o leitor por ignorar os malefícios do relógio.
the USA during the 1970s recession, when food prices QUESTÃO 92
were very high. It came back into fashion in the late 1990s,
La Sala II de la Cámara de Casación Penal ordenó
led by big supermarket chains trying to gain a competitive
que Marcela y Felipe Noble Herrera, los hijos adoptivos
advantage over each other. Consumers were attracted by
de la dueña de Clarín, se sometan “a la extracción directa,
the idea that they could get something for nothing. Who con o sin consentimiento, de mínimas muestras de
FRXOGSRVVLEO\VD\µQR¶" VDQJUHVDOLYDSLHOFDEHOORXRWUDVPXHVWUDVELROyJLFDV´
Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado).
TXHOHVSHUWHQH]FDQGH³PDQHUDLQGXELWDEOH´SDUDSRGHU
Considerando-se as informações do texto, a expressão determinar si son hijos de desaparecidos. El tribunal, así,
³ERJRI´pXVDGDSDUD hizo lugar a un reclamo de las Abuelas de Plaza de Mayo
A anunciar mercadorias em promoção. y movió un casillero una causa judicial que ya lleva diez
DxRVGHLQGH¿QLFLyQ6LQHPEDUJRVLPXOWiQHDPHQWH¿My
B pedir para uma pessoa se retirar. XQ OtPLWH \ VyOR KDELOLWy OD FRPSDUDFLyQ GH ORV SHU¿OHV
C comprar produtos fora de moda. genéticos de los jóvenes con el ADN de las familias de
D indicar recessão na economia. SHUVRQDV³GHWHQLGDVRGHVDSDUHFLGDVFRQFHUWH]D´KDVWD
E chamar alguém em voz alta. el 13 de mayo de 1976, en el caso de Marcela, y hasta el
7 de julio del mismo año en el de Felipe. La obtención del
material genético no será inmediata, ya que algunas de las
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS partes apelarán y el tema inevitablemente desembocará
DOD&RUWH6XSUHPDTXHWHQGUiODSDODEUD¿QDOVREUHOD
TECNOLOGIAS discusión de fondo.
Questões de 91 a 135 “Es una de cal y otra de arena, es querer quedar bien
FRQ'LRV\FRQHOGLDEOR´UHVXPLyODSUHVLGHQWDGH$EXHODV
Questões de 91 a 95 (opção espanhol) Estela Carlotto, su primera impresión de la resolución
TXH ¿UPDURQ *XLOOHUPR <DFREXFFL /XLV *DUFtD \ 5D~O
QUESTÃO 91
0DGXHxR$XQ DVt OD HYDOXy FRPR ³XQ SDVR LPSRUWDQWH´
Preámbulo a las instrucciones para dar cuerda al reloj porque determina que “sí o sí la extracción de sangre o
Piensa en esto: cuando te regalan un reloj te regalan GH HOHPHQWRV TXH FRQWHQJDQ $'1 GHEH SURFHGHU´ ³/R
TXH QRV FD\y PDO´ DFRWy HV ³OD OLPLWDFLyQ´ WHPSRUDO
XQ SHTXHxR LQ¿HUQR ÀRULGR XQD FDGHQD GH URVDV XQ
que permitirá que la comparación se haga sólo con un
calabozo de aire. No te dan solamente el reloj, que los grupo de familias. “Seguimos con la historia de que acá
cumplas muy felices y esperamos que te dure porque es hay de primera y de segunda. ¿Por qué todos los demás
de buena marca, suizo con áncora de rubíes; no te regalan casos siempre se han comparado con el Banco (de Datos
solamente ese menudo picapedrero que te atarás a la *HQpWLFRV FRPSOHWR\HQpVWHQR"´VHSUHJXQWy
muñeca y pasearás contigo. Te regalan — no lo saben, lo HAUSER, I. Disponível em: www.pagina12.com.ar. Acesso em: 30 maio 2016.
terrible es que no lo saben —, te regalan un nuevo pedazo Nessa notícia, publicada no jornal argentino Página 12,
frágil y precario de ti mismo, algo que es tuyo pero no es citam-se comentários de Estela Carlotto, presidente da
tu cuerpo, que hay que atar a tu cuerpo con su correa associação Abuelas de Plaza de Mayo, com relação a
como un bracito desesperado colgándose de tu muñeca. uma decisão do tribunal argentino. No contexto da fala,
Te regalan la necesidad de darle cuerda todos los días, la DH[SUHVVmR³XQDGHFDO\RWUDGHDUHQD´pXWLOL]DGDSDUD
obligación de darle cuerda para que siga siendo un reloj; A referir-se ao fato de a decisão judicial não implicar a
te regalan la obsesión de atender a la hora exacta en las sua imediata aplicação.
vitrinas de las joyerías, en el anuncio por la radio, en el B destacar a inevitável execução da sentença.
servicio telefónico. Te regalan el miedo de perderlo, de que C ironizar a parcialidade da Justiça nessa ação.
te lo roben, de que se te caiga al suelo y se rompa. Te D criticar a coleta compulsória do material genético.
regalan su marca, y la seguridad de que es una marca E enfatizar a determinação judicial como algo consolidado.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 4
*CINZ25DOM5*
QUESTÃO 93 QUESTÃO 95
Inestabilidad estable
Los que llevan toda la vida esforzándose por conseguir
XQSHQVDPLHQWRHVWDEOHFRQVX¿FLHQWHVROLGH]FRPRSDUD
evitar que la incertidumbre se apodere de sus habilidades,
todas esas lecciones sobre cómo asegurarse el porvenir,
aquellos que nos aconsejaban que nos dejáramos de
EDJDWHODV SRpWLFDV \ HQFRQWUiUDPRV XQ WUDEDMR ¿MR \
etcétera, abuelos, padres, maestros, suegros, bancos y
seguradoras, nos estaban dando gato por liebre.
Y el mundo, este mundo que nos han creado, que
al tocarlo en la pantalla creemos estar transformando a
medida de nuestro deseo, nos está modelando según
XQ FRH¿FLHQWH GH UHQWDELOLGDG QRV HVWi OLFXDQGR SDUD
ACCIÓN POÉTICA LIMA. Disponível em: https://twitter.com. Acesso em: 30 maio 2016. LQWHJUDUQRVDVXPHWDEROLVPRUHÀHMR
)(51È1'(=52-$12*'LVSRQtYHOHPKWWSGLDULRMDHQHV$FHVVRHPPDLR
1HVVHJUD¿WHUHDOL]DGRSRUXPJUXSRTXHID]LQWHUYHQo}HV
artísticas na cidade de Lima, há um jogo de palavras com O título do texto antecipa a opinião do autor pelo uso de
RYHUER³SRQHU´1DSULPHLUDRFRUUrQFLDRYHUERHTXLYDOH dois termos contraditórios que expressam o sentido de
D³YHVWLUXPDURXSD´MiQDVHJXQGDLQGLFD A competitividade e busca do lucro, que caracterizam a
A início de ação. sociedade contemporânea.
B mudança de estado. B EXVFD GH HVWDELOLGDGH ¿QDQFHLUD H HPRFLRQDO TXH
C conclusão de ideia. marca o mundo atual.

D simultaneidade de fatos. C negação dos valores defendidos pelas gerações


anteriores em relação ao trabalho.
E continuidade de processo.
D QHFHVVLGDGHGHUHDOL]DomRSHVVRDOHSUR¿VVLRQDOQR
QUESTÃO 94 sistema vigente.
Agua E permanência da inconstância em uma sociedade
al soñar que un cántaro marcada por contínuas mudanças.

en la cabeza acarreas,
será éxito y triunfo lo que tú veas.
Questões de 96 a 135
Bañarse en un río
donde el agua escalda, QUESTÃO 96
es augurio de enemigos Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações,
y de cuchillo en la espalda. o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de
DWULEXLUOKHVLJQL¿FDGRFRQVHJXLUUHODFLRQiORDWRGRVRV
Bañarse en un río de agua puerca,
RXWURV WH[WRV VLJQL¿FDWLYRV SDUD FDGD XP UHFRQKHFHU
es perder a alguien cerca. nele o tipo de leitura que o seu autor pretendia e, dono da
ORTIZ, A.; FLORES FARFÁN, J. A. Sueños mexicanos. México: Artes de México, 2012. própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se
O poema retoma elementos da cultura popular contra ela, propondo uma outra não prevista.
PH[LFDQDTXHUHÀHWHPXPGRVDVSHFWRVTXHDFRQVWLWXL LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.

caracterizado pela 1HVVHWH[WRDDXWRUDDSUHVHQWDUHÀH[}HVVREUHRSURFHVVR


A percepção dos perigos de banhar-se em rios de de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem.
águas poluídas. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de
B crença na relevância dos sonhos como premonições o texto
ou conselhos. A ressaltar a importância da intertextualidade.
C necessidade de resgate da tradição de carregar água B propor leituras diferentes das previsíveis.
em cântaros. C apresentar o ponto de vista da autora.
D exaltação da importância da preservação da água. D discorrer sobre o ato de leitura.
E cautela no trato com inimigos e pessoas traiçoeiras. E focar a participação do leitor.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 5


*CINZ25DOM6*
QUESTÃO 97 QUESTÃO 99
O nome do inseto pirilampo (vaga-lume) tem uma Você pode não acreditar
interessante certidão de nascimento. De repente, no
¿P GR VpFXOR ;9,, RV SRHWDV GH /LVERD UHSDUDUDP TXH Você pode não acreditar: mas houve um tempo em
não podiam cantar o inseto luminoso, apesar de ele TXHRVOHLWHLURVGHL[DYDPDVJDUUD¿QKDVGHOHLWHGRODGR
ser um manancial de metáforas, pois possuía um nome de fora das casas, seja ao pé da porta, seja na janela.
³LQGHFRURVR´TXHQmRSRGLDVHU³XVDGRHPSDSpLVVpULRV´ A gente ia de uniforme azul e branco para o grupo,
caga-lume. Foi então que o dicionarista Raphael Bluteau de manhãzinha, passava pelas casas e não ocorria que
inventou a nova palavra, pirilampo, a partir do grego pyr, alguém pudesse roubar aquilo.
VLJQL¿FDQGRµIRJR¶HlampasµFDQGHLD¶ Você pode não acreditar: mas houve um tempo em
FERREIRA, M. B. Caminhos do português: exposição comemorativa do Ano Europeu
das Línguas. Portugal: Biblioteca Nacional, 2001 (adaptado).
que os padeiros deixavam o pão na soleira da porta ou na
janela que dava para a rua. A gente passava e via aquilo
O texto descreve a mudança ocorrida na nomeação do
como uma coisa normal.
inseto, por questões de tabu linguístico. Esse tabu diz
respeito à Você pode não acreditar: mas houve um tempo em
A UHFXSHUDomRKLVWyULFDGRVLJQL¿FDGR que você saía à noite para namorar e voltava andando
pelas ruas da cidade, caminhando displicentemente,
B ampliação do sentido de uma palavra. sentindo cheiro de jasmim e de alecrim, sem olhar para
C produção imprópria de poetas portugueses. trás, sem temer as sombras.
D GHQRPLQDomRFLHQWt¿FDFRPEDVHHPWHUPRVJUHJRV Você pode não acreditar: houve um tempo em que as
E restrição ao uso de um vocábulo pouco aceito socialmente. pessoas se visitavam airosamente. Chegavam no meio da
tarde ou à noite, contavam casos, tomavam café, falavam
QUESTÃO 98 da saúde, tricotavam sobre a vida alheia e voltavam de
Primeira lição bonde às suas casas.
Os gêneros de poesia são: lírico, satírico, didático, Você pode não acreditar: mas houve um tempo
épico, ligeiro. em que o namorado primeiro ficava andando com a
O gênero lírico compreende o lirismo. moça numa rua perto da casa dela, depois passava a
Lirismo é a tradução de um sentimento subjetivo, sincero namorar no portão, depois tinha ingresso na sala da
e pessoal. família. Era sinal de que já estava praticamente noivo
É a linguagem do coração, do amor. e seguro.
O lirismo é assim denominado porque em outros tempos os Houve um tempo em que havia tempo.
versos sentimentais eram declamados ao som da lira. Houve um tempo.
O lirismo pode ser: SANT’ANNA, A. R. Estado de Minas, 5 maio 2013 (fragmento).
a) Elegíaco, quando trata de assuntos tristes, quase
Nessa crônica, a repetição do trecho “Você pode não
sempre a morte.
DFUHGLWDU PDV KRXYH XP WHPSR HP TXH´ FRQ¿JXUDVH
b) Bucólico, quando versa sobre assuntos campestres.
como uma estratégia argumentativa que visa
c) Erótico, quando versa sobre o amor.
O lirismo elegíaco compreende a elegia, a nênia, a A surpreender o leitor com a descrição do que as pessoas
HQGHFKDRHSLWi¿RHRHSLFpGLR faziam durante o seu tempo livre antigamente.
Elegia é uma poesia que trata de assuntos tristes. B sensibilizar o leitor sobre o modo como as pessoas
Nênia é uma poesia em homenagem a uma pessoa morta. se relacionavam entre si num tempo mais aprazível.
Era declamada junto à fogueira onde o cadáver era C advertir o leitor mais jovem sobre o mau uso que se
incinerado. faz do tempo nos dias atuais.
Endecha é uma poesia que revela as dores do coração. D incentivar o leitor a organizar melhor o seu tempo sem
(SLWi¿RpXPSHTXHQRYHUVRJUDYDGRHPSHGUDVWXPXODUHV deixar de ser nostálgico.
Epicédio é uma poesia onde o poeta relata a vida de uma
E convencer o leitor sobre a veracidade de fatos
pessoa morta.
CESAR, A. C. Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. relativos à vida no passado.
No poema de Ana Cristina Cesar, a relação entre as
GH¿QLo}HVDSUHVHQWDGDVHRSURFHVVRGHFRQVWUXomRGR
texto indica que o(a)
A caráter descritivo dos versos assinala uma concepção
irônica de lirismo.
B tom explicativo e contido constitui uma forma peculiar
de expressão poética.
C seleção e o recorte do tema revelam uma visão
pessimista da criação artística.
D enumeração de distintas manifestações líricas produz
um efeito de impessoalidade.
E referência a gêneros poéticos clássicos expressa a
adesão do eu lírico às tradições literárias.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 6


*CINZ25DOM7*
QUESTÃO 100 MAIS UMA VEZ, CANSADO, DESISTE.) Bem, como eu
TEXTO I ia dizendo, pra viver bem com a solidão temos de ser
proprietários dela e não inquilinos, me entende? Quem
é inquilino da solidão não passa de um abandonado.
É isso aí.
ZORZETTI, H. Lições de motim*RLkQLD.HOSV DGDSWDGR 

Nesse trecho, o que caracteriza Lições de motim como


texto teatral?
A O tom melancólico presente na cena.
B As perguntas retóricas da personagem.
C A interferência do narrador no desfecho da cena.
D O uso de rubricas para construir a ação dramática.
E As analogias sobre a solidão feitas pela personagem.
BACON, F. Três estudos para um autorretrato. Óleo sobre tela, 37,5 x 31,8 cm (cada), 1974.
Disponível em: www.metmuseum.org. Acesso em: 30 maio 2016.
QUESTÃO 102
TEXTO II A obra de Túlio Piva poderia ser objeto de estudo nos
bancos escolares, ao lado de Noel, Ataulfo e Lupicínio.
Tenho um rosto lacerado por rugas secas e profundas, Se o criador optou por permanecer em sua querência
sulcos na pele. Não é um rosto desfeito, como acontece — Santiago, e depois Porto Alegre, a obra alçou voos
com pessoas de traços delicados, o contorno é o mesmo mais altos, com passagens na Rússia, Estados Unidos e
mas a matéria foi destruída. Tenho um rosto destruído. Venezuela. Tem que ter mulata, seu samba maior, é coisa
DURAS, M. O amante. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
de craque. Um retrato feito de ritmo e poesia, uma ode ao
Na imagem e no texto do romance de Marguerite gênero que amou desde sempre. E o paradoxo: misto de
Duras, os dois autorretratos apontam para o modo de gaúcho e italiano, nascido na fronteira com a Argentina,
representação da subjetividade moderna. Na pintura falando de samba, morro e mulata, com categoria. E que
e na literatura modernas, o rosto humano deforma-se, FDWHJRULD8PDEDWLGDGHYLROmRTXHIH]KLVWyULD2WDQJR
destrói-se ou fragmenta-se em razão transmudado em samba.
A da adesão à estética do grotesco, herdada do RAMIREZ, H.; PIVA, R. (Org.). Túlio Piva: pra ser samba brasileiro.
Porto Alegre: Programa Petrobras Cultural, 2005 (adaptado).
romantismo europeu, que trouxe novas possibilidades
de representação. O texto é um trecho da crítica musical sobre a obra de
Túlio Piva. Para enfatizar a qualidade do artista, usou-se
B GDV FDWiVWURIHV TXH DVVRODUDP R VpFXOR ;; H GD
como recurso argumentativo o(a)
descoberta de uma realidade psíquica pela psicanálise.
A contraste entre o local de nascimento e a escolha
C da opção em demonstrarem oposição aos limites
pelo gênero samba.
estéticos da revolução permanente trazida pela
arte moderna. B exemplo de temáticas gaúchas abordadas nas letras
de sambas.
D GR SRVLFLRQDPHQWR GR DUWLVWD GR VpFXOR ;; FRQWUD D
negação do passado, que se torna prática dominante C alusão a gêneros musicais brasileiros e argentinos.
na sociedade burguesa. D comparação entre sambistas de diferentes regiões.
E da intenção de garantir uma forma de criar obras E aproximação entre a cultura brasileira e a argentina.
de arte independentes da matéria presente em sua
história pessoal. QUESTÃO 103
L.J.C.
QUESTÃO 101
— 5 tiros?
Lições de motim — É.
DONA COTINHA²eFODUR6yJRVWDGHVROLGmRTXHP — Brincando de pegador?
nasceu pra ser solitário. Só o solitário gosta de solidão. — É. O PM pensou que…
Quem vive só e não gosta da solidão não é um solitário, — Hoje?
p Vy XP GHVDFRPSDQKDGR $ UHÀH[mR HVFRUUHJD Oi — Cedinho.
COELHO, M. In: FREIRE, M. (Org.). Os cem menores contos brasileiros do século.
pro fundo da alma.) Solidão é vocação, besta de quem São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.
pensa que é sina. Por isso, tem de ser valorizada. E não
Os sinais de pontuação são elementos com importantes
é qualquer um que pode ser solitário, não. Ah, mas não
funções para a progressão temática. Nesse miniconto,
pPHVPReSUHFLVRWHUFRPSHWrQFLDSUDLVVR 'HV~ELWR as reticências foram utilizadas para indicar
pedagógica, volta-se para o homem.) É como poesia,
A uma fala hesitante.
sabe, moço? Tem de ser recitada em voz alta, que é pra
gente sentir o gosto. (FAZ UMA PAUSA.) Você gosta de B uma informação implícita.
poesia? (O HOMEM TORNA A SE DEBATER. A VELHA C uma situação incoerente.
INTERROMPE O DISCURSO E VOLTA A LHE DAR AS D a eliminação de uma ideia.
COSTAS, COMO SEMPRE, IMPASSÍVEL. O HOMEM, E a interrupção de uma ação.
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*CINZ25DOM8*
QUESTÃO 104 O texto permite relacionar uma prática corporal com uma
2 ¿OPH Menina de ouro conta a história de Maggie YLVmRDPSOLDGDGHVD~GH2IDWRUTXHSRVVLELOLWDLGHQWL¿FDU
Fitzgerald, uma garçonete de 31 anos que vive sozinha essa perspectiva é o(a)
em condições humildes e sonha em se tornar uma A aspecto nutricional.
ER[HDGRUDSUR¿VVLRQDOWUHLQDGDSRU)UDQNLH'XQQ
Em uma cena, assim que o treinador atravessa a B FRQGLomR¿QDQFHLUD
porta do corredor onde ela se encontra, Maggie o aborda C prevenção de lesões.
e, a caminho da saída, pergunta a ele se está interessado
D treinamento esportivo.
HP WUHLQiOD )UDQNLH UHVSRQGH ³(X QmR WUHLQR JDURWDV´
Após essa fala, ele vira as costas e vai embora. Aqui, E acompanhamento psicológico.
percebemos, em Frankie, um comportamento ancorado
na representação de que boxe é esporte de homem e, QUESTÃO 106
em Maggie, a superação da concepção de que os ringues É possível considerar as modalidades esportivas
são tradicionalmente masculinos. coletivas dentro de uma mesma lógica, pois possuem uma
Historicamente construída, a feminilidade dominante estrutura comum: seis princípios operacionais divididos
atribui a submissão, a fragilidade e a passividade a uma em dois grupos, o ataque e a defesa. Os três princípios
³QDWXUH]D IHPLQLQD´ 1XPD FRQFHSomR KHJHP{QLFD GRV operacionais de ataque são: conservação individual
gêneros, feminilidades e masculinidades encontram-se
em extremidades opostas. e coletiva da bola, progressão da equipe com a posse
No entanto, algumas mulheres, indiferentes às GD EROD HP GLUHomR DR DOYR DGYHUViULR H ¿QDOL]DomR GD
FRQYHQo}HV VRFLDLV VHQWHPVH VHGX]LGDV H GHVD¿DGDV jogada, visando a obtenção de ponto. Os três princípios
a aderirem à prática das modalidades consideradas operacionais da defesa são: recuperação da bola,
masculinas. É o que observamos em Maggie, que se impedimento do avanço da equipe contrária com a posse
mostra determinada e insiste em seu objetivo de ser GDERODHSURWHomRGRDOYRSDUDLPSHGLUD¿QDOL]DomRGD
treinada por Frankie. equipe adversária.
FERNANDES, V.; MOURÃO, L. Menina de ouro e a representação de feminilidades plurais.
DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos —
Movimento, n. 4, out.-dez. 2014 (adaptado).
modelo pendular a partir das ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira
A inserção da personagem Maggie na prática corporal de Ciência e Movimento, out. 2002 (adaptado).

do boxe indica a possibilidade da construção de uma Considerando os princípios expostos no texto, o drible no
feminilidade marcada pela handebol caracteriza o princípio de
A adequação da mulher a uma modalidade esportiva
A recuperação da bola.
alinhada a seu gênero.
B valorização de comportamentos e atitudes B progressão da equipe.
normalmente associados à mulher. C ¿QDOL]DomRGDMRJDGD
C transposição de limites impostos à mulher num D proteção do próprio alvo.
espaço de predomínio masculino.
E impedimento do avanço adversário.
D aceitação de padrões sociais acerca da participação
da mulher nas lutas corporais. QUESTÃO 107
E naturalização de barreiras socioculturais responsáveis
BONS DIAS!
pela exclusão da mulher no boxe.
14 de junho de 1889
QUESTÃO 105
Ó doce, ó longa, ó inexprimível melancolia dos
Entrevista com Terezinha Guilhermina MRUQDLV YHOKRV &RQKHFHVH XP KRPHP GLDQWH GH XP
7HUH]LQKD *XLOKHUPLQD p XPD GDV DWOHWDV PDLV
deles. Pessoa que não sentir alguma coisa ao ler folhas
premiadas da história paraolímpica do Brasil e um dos
principais nomes do atletismo mundial. Está no Guinness de meio século, bem pode crer que não terá nunca uma
BookGHFRPRD³FHJD´PDLVUiSLGDGRPXQGR das mais profundas sensações da vida, — igual ou quase
Observatório: 4XDLV RV GHVD¿RV YRFr WHYH TXH igual à que dá a vista das ruínas de uma civilização. Não
VXSHUDUSDUDVHFRQVDJUDUFRPRDWOHWDSUR¿VVLRQDO" é a saudade piegas, mas a recomposição do extinto, a
Terezinha Guilhermina: Considero a ausência de revivescência do passado.
UHFXUVRV ¿QDQFHLURV QRV WUrV SULPHLURV DQRV GD PLQKD ASSIS, M. Bons dias! (Crônicas 1888-1889). Campinas: Editora da Unicamp;
FDUUHLUDFRPRPHXSULQFLSDOGHVD¿R$IDOWDGHXPDWOHWD São Paulo: Hucitec, 1990.
guia, para me auxiliar nos treinamentos, me obrigava
a treinar sozinha e, por não enxergar bem, acabava O jornal impresso é parte integrante do que hoje
sofrendo alguns acidentes como trombadas e quedas. se compreende por tecnologias de informação e
Observatório: Como está a preparação para os comunicação. Nesse texto, o jornal é reconhecido como
Jogos Paraolímpicos de 2016? A objeto de devoção pessoal.
Terezinha Guilhermina: Estou trabalhando B HOHPHQWRGHD¿UPDomRGDFXOWXUD
intensamente, com vistas a chegar lá bem melhor do que
estive em Londres. E, por isso, posso me dedicar a treinos C instrumento de reconstrução da memória.
diários, trabalhos preventivos de lesões e acompanhamento D ferramenta de investigação do ser humano.
psicológico e nutricional da melhor qualidade.
Revista do Observatório Brasil de Igualdade de Gênero, n. 6, dez. 2014 (adaptado).
E veículo de produção de fatos da realidade.

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*CINZ25DOM9*
QUESTÃO 108 FDPDIHX¿OLJUDQDGRGHRXURHVSHWDGRQRSHLWRSDVVRX
O livro A fórmula secreta conta a história de um DPmRSHOREURFKH6HFD2IHQGLGD"3HUJXQWRXD¿QDOD
episódio fundamental para o nascimento da matemática Angela Pralini:
moderna e retrata uma das disputas mais virulentas da — É por causa de mim que a senhorita deseja trocar
ciência renascentista. Fórmulas misteriosas, duelos de lugar?
S~EOLFRVWUDLo}HVJHQLDOLGDGHDPELomR²HPDWHPiWLFD LISPECTOR, C. Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1980 (fragmento).
Esse é o instigante universo apresentado no livro, que
resgata a história dos italianos Tartaglia e Cardano e da A descoberta de experiências emocionais com base
fórmula revolucionária para resolução de equações de no cotidiano é recorrente na obra de Clarice Lispector.
terceiro grau. A obra reconstitui um episódio polêmico No fragmento, o narrador enfatiza o(a)
que marca, para muitos, o início do período moderno da A comportamento vaidoso de mulheres de condição
matemática. social privilegiada.
Em última análise, A fórmula secreta apresenta-se B anulação das diferenças sociais no espaço público de
como uma ótima opção para conhecer um pouco mais uma estação.
sobre a história da matemática e acompanhar um dos C incompatibilidade psicológica entre mulheres de
GHEDWHV FLHQWt¿FRV PDLV LQÀDPDGRV GR VpFXOR ;9, QR gerações diferentes.
campo. Mais do que isso, é uma obra de fácil leitura e D constrangimento da aproximação formal de pessoas
uma boa mostra de que é possível abordar temas como desconhecidas.
álgebra de forma interessante, inteligente e acessível ao E sentimento de solidão alimentado pelo processo de
grande público. envelhecimento.
*$5&,$0Duelos, segredos e matemática. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br.
Acesso em: 6 out. 2015 (adaptado). QUESTÃO 110
Na construção textual, o autor realiza escolhas para
Esses chopes dourados
cumprir determinados objetivos. Nesse sentido, a função
social desse texto é [...]
A interpretar a obra a partir dos acontecimentos da quando a geração de meu pai
narrativa. batia na minha
B apresentar o resumo do conteúdo da obra de modo a minha achava que era normal
impessoal. que a geração de cima
só podia educar a de baixo
C fazer a apreciação de uma obra a partir de uma
batendo
síntese crítica.
D informar o leitor sobre a veracidade dos fatos descritos quando a minha geração batia na de vocês
na obra. ainda não sabia que estava errado
E FODVVL¿FDUDREUDFRPRXPDUHIHUrQFLDSDUDHVWXGLRVRV mas a geração de vocês já sabia
da matemática. e cresceu odiando a geração de cima
aí chegou esta hora
QUESTÃO 109
em que todas as gerações já sabem de tudo
A partida de trem e é péssimo
Marcava seis horas da manhã. Angela Pralini pagou ter pertencido à geração do meio
o táxi e pegou sua pequena valise. Dona Maria Rita de tendo errado quando apanhou da de cima
Alvarenga Chagas Souza Melo desceu do Opala da e errado quando bateu na de baixo
¿OKD H HQFDPLQKDUDPVH SDUD RV WULOKRV$ YHOKD EHP e sabendo que apesar de amaldiçoados
vestida e com joias. Das rugas que a disfarçavam saía éramos todos inocentes.
a forma pura de um nariz perdido na idade, e de uma
boca que outrora devia ter sido cheia e sensível. Mas WANDERLEY, J. In: MORICONI, I. (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros
do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento).
que importa? Chega-se a um certo ponto — e o que foi
não importa. Começa uma nova raça. Uma velha não Ao expressar uma percepção de atitudes e valores
SRGHFRPXQLFDUVH5HFHEHXREHLMRJHODGRGHVXD¿OKD situados na passagem do tempo, o eu lírico manifesta
que foi embora antes do trem partir. Ajudara-a antes a uma angústia sintetizada na
subir no vagão. Sem que neste houvesse um centro, ela A compreensão da efemeridade das convicções antes
se colocara do lado. Quando a locomotiva se pôs em vistas como sólidas.
movimento, surpreendeu-se um pouco: não esperava B consciência das imperfeições aceitas na construção
que o trem seguisse nessa direção e sentara-se de do senso comum.
costas para o caminho.
C revolta das novas gerações contra modelos
Angela Pralini percebeu-lhe o movimento e perguntou: tradicionais de educação.
— A senhora deseja trocar de lugar comigo? D incerteza da expectativa de mudança por parte das
Dona Maria Rita se espantou com a delicadeza, futuras gerações.
disse que não, obrigada, para ela dava no mesmo. E crueldade atribuída à forma de punição praticada
Mas parecia ter-se perturbado. Passou a mão sobre o pelos mais velhos.
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*CINZ25DOM10*
QUESTÃO 111 QUESTÃO 113
Centro das atenções em um planeta cada vez mais Pérolas absolutas
interconectado, a Floresta Amazônica expõe inúmeros Há, no seio de uma ostra, um movimento — ainda que
dilemas. Um dos mais candentes diz respeito à madeira LPSHUFHSWtYHO 4XDOTXHU FRLVD LPLVFXLXVH SHOD ¿VVXUD
e sua exploração econômica, uma saga que envolve os uma partícula qualquer, diminuta e invisível. Venceu as
PXLWRVGHVD¿RVSDUDDFRQVHUYDomRGRVUHFXUVRVQDWXUDLV paredes lacradas, que se fecham como a boca que tem
às gerações futuras. medo de deixar escapar um segredo. Venceu. E agora
Com o olhar jornalístico, crítico e ao mesmo tempo penetra o núcleo da ostra, contaminando-lhe a própria
didático, adentramos a Amazônia em busca de histórias e substância. A ostra reage, imediatamente. E começa
sutilezas que os dados nem sempre revelam. Lapidamos a secretar o nácar. É um mecanismo de defesa, uma
HVWDWtVWLFDV H HVWXGRV FLHQWt¿FRV SDUD FRQVWUXLU XPD WHQWDWLYD GH SXUL¿FDomR FRQWUD D SDUWtFXOD LQYDVRUD
síntese útil a quem direciona esforços para conservar a Com uma paciência de fundo de mar, a ostra profanada
continua seu trabalho incansável, secretando por anos a
ÀRUHVWDVHMDQRVHWRUS~EOLFRVHMDQRVHWRUSULYDGRVHMD
¿RRQiFDUTXHDRVSRXFRVVHYDLVROLGL¿FDQGReGHVVD
na sociedade civil.
VROLGL¿FDomRTXHQDVFHPDVSpURODV
*XLDGDFRPRXPDUHSRUWDJHPULFDHPLQIRUPDo}HV As pérolas são, assim, o resultado de uma
ilustradas, a obra Madeira de ponta a ponta revela a contaminação. A arte por vezes também. A arte é
diversidade de fraudes na cadeia de produção, transporte quase sempre a transformação da dor. [...] Escrever
e comercialização da madeira, bem como as iniciativas é preciso. É preciso continuar secretando o nácar,
de boas práticas que se disseminam e trazem esperança formar a pérola que talvez seja imperfeita, que talvez
rumo a um modelo de convivência entre desenvolvimento jamais seja encontrada e viva para sempre encerrada
HPDQXWHQomRGDÀRUHVWD no fundo do mar. Talvez estas, as pérolas esquecidas,
VILLELA, M.; SPINK, P. In: ADEODATO, S. et al. Madeira de ponta a ponta: o caminho jamais achadas, as pérolas intocadas e por isso
GHVGHDÀRUHVWDDWpRFRQVXPR6mR3DXOR)*95$( DGDSWDGR 
absolutas em si mesmas, guardem em si uma parcela
$ ¿P GH DOFDQoDU VHXV REMHWLYRV FRPXQLFDWLYRV RV faiscante da eternidade.
autores escreveram esse texto para 6(,;$6+Uma ilha chamada livro. Rio de Janeiro: Record, 2009 (fragmento).

A apresentar informações e comentários sobre o livro. Considerando os aspectos estéticos e semânticos


B QRWLFLDUDVGHVFREHUWDVFLHQWt¿FDVRULXQGDVGDSHVTXLVD SUHVHQWHV QR WH[WR D LPDJHP GD SpUROD FRQ¿JXUD XPD
percepção que
C defender as práticas sustentáveis de manejo da madeira.
A reforça o valor do sofrimento e do esquecimento para
D ensinar formas de combate à exploração ilegal de madeira. o processo criativo.
E demonstrar a importância de parcerias para a realização B LOXVWUDRFRQÀLWRHQWUHDSURFXUDGRQRYRHDUHMHLomR
da pesquisa. ao elemento exótico.
QUESTÃO 112 C concebe a criação literária como trabalho progressivo
e de autoconhecimento.
D expressa a ideia de atividade poética como experiência
anônima e involuntária.
E destaca o efeito introspectivo gerado pelo contato
com o inusitado e com o desconhecido.
QUESTÃO 114
Querido diário
Hoje topei com alguns conhecidos meus
Me dão bom-dia, cheios de carinho
'L]HPSDUDHXWHUPXLWDOX]¿FDUFRP'HXV
Disponível em: www.paradapelavida.com.br. Acesso em: 15 nov. 2014.
Eles têm pena de eu viver sozinho
[...]
Nesse texto, a combinação de elementos verbais e não Hoje o inimigo veio me espreitar
YHUEDLVFRQ¿JXUDVHFRPRHVWUDWpJLDDUJXPHQWDWLYDSDUD Armou tocaia lá na curva do rio
A manifestar a preocupação do governo com a Trouxe um porrete a mó de me quebrar
segurança dos pedestres. Mas eu não quebro porque sou macio, viu
B associar a utilização do celular às ocorrências de HOLANDA, C. B. Chico. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2013 (fragmento).

atropelamento de crianças. Uma característica do gênero diário que aparece na letra


da canção de Chico Buarque é o(a)
C orientar pedestres e motoristas quanto à utilização
responsável do telefone móvel. A diálogo com interlocutores próximos.
D LQÀXHQFLDURFRPSRUWDPHQWRGHPRWRULVWDVHPUHODomR B UHFRUUrQFLDGHYHUERVQRLQ¿QLWLYR
ao uso de celular no trânsito. C predominância de tom poético.
E alertar a população para os riscos da falta de atenção D uso de rimas na composição.
no trânsito das grandes cidades. E QDUUDWLYDDXWRUUHÀH[LYD
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*CINZ25DOM11*
QUESTÃO 115 QUESTÃO 117
De domingo
— Outrossim…
— O quê?
— O que o quê?
— O que você disse.
— Outrossim?
— É.
— O que é que tem?
— Nada. Só achei engraçado.
— Não vejo a graça.
— Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
— Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo.
— Se bem que parece mais uma palavra de segunda-feira.
²1mR3DODYUDGHVHJXQGDIHLUDp³yELFH´
²³ÐQXV´
²³ÐQXV´WDPEpP³'HVLGHUDWR´³5HVTXtFLR´ Espetáculo Romeu e Julieta*UXSR*DOSmR
²³5HVTXtFLR´pGHGRPLQJR *872081,='LVSRQtYHOHPZZZIRFRLQFHQDFRPEU$FHVVRHPPDLR
— Não, não. Segunda. No máximo terça.
²0DV³RXWURVVLP´IUDQFDPHQWH A principal razão pela qual se infere que o espetáculo
— Qual o problema? UHWUDWDGRQDIRWRJUD¿DpXPDPDQLIHVWDomRGRWHDWURGH
²5HWLUDR³RXWURVVLP´ rua é o fato de
— Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás é uma palavra difícil A dispensar o edifício teatral para a sua realização.
GHXVDU1mRpTXDOTXHUXPTXHXVD³RXWURVVLP´ B XWLOL]DU¿JXULQRVFRPDGHUHoRVF{PLFRV
VERISSIMO, L. F. Comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).
C empregar elementos circenses na atuação.
No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas
palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o(a) D excluir o uso de cenário na ambientação.
A marcação temporal, evidenciada pela presença de E QHJDURXVRGHLOXPLQDomRDUWL¿FLDO
palavras indicativas dos dias da semana. QUESTÃO 118
B tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de
palavras empregadas em contextos formais. O humor e a língua
C caracterização da identidade linguística dos Há algum tempo, venho estudando as piadas, com
interlocutores, percebida pela recorrência de ênfase em sua constituição linguística. Por isso, embora a
palavras regionais.
D¿UPDomRDVHJXLUSRVVDSDUHFHUVXUSUHHQGHQWHFUHLRTXH
D distanciamento entre os interlocutores, provocado posso garantir que se trata de uma verdade quase banal:
SHOR HPSUHJR GH SDODYUDV FRP VLJQL¿FDGRV SRXFR
conhecidos. as piadas fornecem simultaneamente um dos melhores
E inadequação vocabular, demonstrada pela seleção retratos dos valores e problemas de uma sociedade, por
de palavras desconhecidas por parte de um dos um lado, e uma coleção de fatos e dados impressionantes
interlocutores do diálogo. para quem quer saber o que é e como funciona uma
língua, por outro. Se se quiser descobrir os problemas com
QUESTÃO 116
os quais uma sociedade se debate, uma coleção de piadas
Receita fornecerá excelente pista: sexualidade, etnia/raça e outras
Tome-se um poeta não cansado, diferenças, instituições (igreja, escola, casamento, política),
8PDQXYHPGHVRQKRHXPDÀRU morte, tudo isso está sempre presente nas piadas que
Três gotas de tristeza, um tom dourado, circulam anonimamente e que são ouvidas e contadas por
Uma veia sangrando de pavor. todo mundo em todo o mundo. Os antropólogos ainda não
Quando a massa já ferve e se retorce prestaram a devida atenção a esse material, que poderia
Deita-se a luz dum corpo de mulher, substituir com vantagem muitas entrevistas e pesquisas
Duma pitada de morte se reforce, participantes. Saberemos mais a quantas andam o
Que um amor de poeta assim requer. machismo e o racismo, por exemplo, se pesquisarmos
6$5$0$*2-Os poemas possíveis. Alfragide: Caminho, 1997.
uma coleção de piadas do que qualquer outro corpus.
Os gêneros textuais caracterizam-se por serem POSSENTI, S. Ciência Hoje, n. 176, out. 2001 (adaptado).
UHODWLYDPHQWH HVWiYHLV H SRGHP UHFRQ¿JXUDUVH HP
função do propósito comunicativo. Esse texto constitui $ SLDGD p XP JrQHUR WH[WXDO TXH ¿JXUD HQWUH RV PDLV
uma mescla de gêneros, pois recorrentes na cultura brasileira, sobretudo na tradição
A introduz procedimentos prescritivos na composição RUDO1HVVDUHÀH[mRDSLDGDpHQIDWL]DGDSRU
do poema. A sua função humorística.
B explicita as etapas essenciais à preparação de uma B sua ocorrência universal.
receita.
C sua diversidade temática.
C explora elementos temáticos presentes em uma receita.
D apresenta organização estrutural típica de um poema. D seu papel como veículo de preconceitos.
E XWLOL]DOLQJXDJHP¿JXUDGDQDFRQVWUXomRGRSRHPD E seu potencial como objeto de investigação.
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*CINZ25DOM12*
QUESTÃO 119 Cumpre destacar que apesar de o sangue doado
ser testado para as doenças transmissíveis conhecidas
Antiode
no momento, existe um período chamado de janela
Poesia, não será esse imunológica em que um doador contaminado por um
o sentido em que determinado vírus pode transmitir a doença através do
ainda te escrevo:
seu sangue.
ÀRU 7HHVFUHYR
DA SUA HONESTIDADE DEPENDE A VIDA DE
ÀRU1mRXPD
ÀRUQHPDTXHOD 48(09$,5(&(%(56(86$1*8(
Disponível em: www.prosangue.sp.gov.br. Acesso em: 24 abr. 2015 (adaptado).
ÀRUYLUWXGH²HP
disfarçados urinóis). Nessa campanha, as informações apresentadas têm
Flor é a palavra como objetivo principal
ÀRUYHUVRLQVFULWR A conscientizar o doador de sua corresponsabilidade
no verso, como as pela qualidade do sangue.
manhãs no tempo. B garantir a segurança de pessoas de grupos de risco
Flor é o salto durante a doação de sangue.
da ave para o voo: C esclarecer o público sobre a segurança do processo
o salto fora do sono de captação do sangue.
quando seu tecido
D DOHUWDURVGRDGRUHVVREUHDVGL¿FXOGDGHVHQIUHQWDGDV
se rompe; é uma explosão
posta a funcionar, na coleta de sangue.
como uma máquina, E ampliar o número de doadores para manter o banco
XPDMDUUDGHÀRUHV de sangue.
MELO NETO, J. C. Psicologia da composição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997 (fragmento).
QUESTÃO 121
A poesia é marcada pela recriação do objeto por TEXTO I
meio da linguagem, sem necessariamente explicá-lo.
Nesse fragmento de João Cabral de Melo Neto, poeta Entrevistadora — eu vou conversar aqui com a professora
da geração de 1945, o sujeito lírico propõe a recriação A. D. ... o português então não é uma língua difícil?
poética de Professora — olha se você parte do princípio… que
A uma palavra, a partir de imagens com as quais a língua portuguesa não é só regras gramaticais… não
HOD SRGH VHU FRPSDUDGD D ¿P GH DVVXPLU QRYRV se você se apaixona pela língua que você… já domina
VLJQL¿FDGRV que você já fala ao chegar na escola se o teu professor
B um urinol, em referência às artes visuais ligadas às cativa você a ler obras da literatura… obras da/ dos meios
YDQJXDUGDVGRLQtFLRGRVpFXOR;; de comunicação… se você tem acesso a revistas… é... a
C uma ave, que compõe, com seus movimentos, uma livros didáticos… a... livros de literatura o mais formal o e/
imagem historicamente ligada à palavra poética. o difícil é porque a escola transforma como eu já disse as
D uma máquina, levando em consideração a relevância aulas de língua portuguesa em análises gramaticais.
GRGLVFXUVRWpFQLFRFLHQWt¿FRSyV5HYROXomR,QGXVWULDO TEXTO II
E um tecido, visto que sua composição depende de
elementos intrínsecos ao eu lírico. Entrevistadora — Vou conversar com a professora A. D.
O português é uma língua difícil?
QUESTÃO 120
Professora — Não, se você parte do princípio que a
Qual é a segurança do sangue? língua portuguesa não é só regras gramaticais. Ao chegar
Para que o sangue esteja disponível para aqueles à escola, o aluno já domina e fala a língua. Se o professor
que necessitam, os indivíduos saudáveis devem criar o motivá-lo a ler obras literárias, e se tem acesso a revistas,
hábito de doar sangue e encorajar amigos e familiares a livros didáticos, você se apaixona pela língua. O que
saudáveis a praticarem o mesmo ato. torna difícil é que a escola transforma as aulas de língua
A prática de selecionar criteriosamente os doadores, portuguesa em análises gramaticais.
bem como as rígidas normas aplicadas para testar, MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.
transportar, estocar e transfundir o sangue doado São Paulo: Cortez, 2001 (adaptado).

¿]HUDPGHOHXPSURGXWRPXLWRPDLVVHJXURGRTXHMiIRL O Texto I é a transcrição de uma entrevista concedida


anteriormente. por uma professora de português a um programa de
Apenas pessoas saudáveis e que não sejam de risco rádio. O Texto II é a adaptação dessa entrevista para a
para adquirir doenças infecciosas transmissíveis pelo modalidade escrita. Em comum, esses textos
VDQJXH FRPR KHSDWLWHV % H & +,9 Vt¿OLV H &KDJDV A apresentam ocorrências de hesitações e reformulações.
podem doar sangue.
B são modelos de emprego de regras gramaticais.
Se você acha que sua saúde ou comportamento pode
colocar em risco a vida de quem for receber seu sangue, C são exemplos de uso não planejado da língua.
ou tem a real intenção de apenas realizar o teste para o D apresentam marcas da linguagem literária.
YtUXV+,91­2'2(6$1*8( E são amostras do português culto urbano.

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*CINZ25DOM13*
QUESTÃO 122 1HVVHWH[WRDUHÀH[mRVREUH o processo criativo aponta
para uma concepção de atividade poética que põe em
Galinha cega
evidência o(a)
O dono correu atrás de sua branquinha, agarrou-a,
lhe examinou os olhos. Estavam direitinhos, graças a A angustiante necessidade de produção, presente em
Deus, e muito pretos. Soltou-a no terreiro e lhe atirou mais ³(VFUHYHUVySDUDPHOLYUDUGHHVFUHYHU´
milho. A galinha continuou a bicar o chão desorientada. B imprevisível percurso da composição, presente em
Atirou ainda mais, com paciência, até que ela se fartasse. ³QRDWDOKRDEHUWRDWDOKHGHIRLFHQRFDPLQKRGHUDWR´
Mas não conseguiu com o gasto de milho, de que as C agressivo trabalho de supressão, presente em “corto as
outras se aproveitaram, atinar com a origem daquela SDODYUDVUHQWHVFRPWHVRXUDGHMDUGLPFHJDHEUXWD´
desorientação. Que é que seria aquilo, meu Deus do
céu? Se fosse efeito de uma pedrada na cabeça e se D inevitável frustração diante do poema, presente
soubesse quem havia mandado a pedra, algum moleque HP ³0DV WXGR GHVD¿QD R SHQVDPHQWR SHVD WDQWR
da vizinhança, aí… Nem por sombra imaginou que era a TXDQWRRFRUSR´
cegueira irremediável que principiava. E FRQÀLWXRVD UHODomR FRP D LQVSLUDomR SUHVHQWH HP
Também a galinha, coitada, não compreendia nada, ³VHQWLQGRIDOWDGRVDFRPSDQKDPHQWRVH¿JXUDVVHP
absolutamente nada daquilo. Por que não vinham mais IRUoDGHH[SUHVVmR´
os dias luminosos em que procurava a sombra das QUESTÃO 124
pitangueiras? Sentia ainda o calor do sol, mas tudo quase
sempre tão escuro. Quase que já não sabia onde é que
estava a luz, onde é que estava a sombra.
*8,0$5$(16-$Contos e novelas. Rio de Janeiro: Imago, 1976 (fragmento).

Ao apresentar uma cena em que um menino atira milho


às galinhas e observa com atenção uma delas, o narrador
explora um recurso que conduz a uma expressividade
fundamentada na
A captura de elementos da vida rural, de feições
peculiares.
B caracterização de um quintal de sítio, espaço de
descobertas.
C confusão intencional da marcação do tempo, centrado
na infância.
A origem da obra de arte (2002) é uma instalação seminal
D apropriação de diferentes pontos de vista,
na obra de Marilá Dardot. Apresentada originalmente em
incorporados afetivamente.
sua primeira exposição individual, no Museu de Arte da
E IUDJPHQWDomR GR FRQÀLWR JHUDGRU GLVWHQGLGR FRPR Pampulha, em Belo Horizonte, a obra constitui um convite
apoio à emotividade. para a interação do espectador, instigado a compor palavras
QUESTÃO 123 e sentenças e a distribuí-las pelo campo. Cada letra tem
o feitio de um vaso de cerâmica (ou será o contrário?) e,
Sem acessórios nem som
à disposição do espectador, encontram-se utensílios de
Escrever só para me livrar plantio, terra e sementes. Para abrigar a obra e servir de
de escrever. ponto de partida para a criação dos textos, foi construído
Escrever sem ver, com riscos um pequeno galpão, evocando uma estufa ou um ateliê
sentindo falta dos acompanhamentos de jardinagem. As 1 500 letras-vaso foram produzidas
com as mesmas lesmas
pela cerâmica que funciona no Instituto Inhotim, em Minas
H¿JXUDVVHPIRUoDGHH[SUHVVmR
0DVWXGRGHVD¿QD *HUDLVQXPSURFHVVRTXHGXURXYiULRVPHVHVHFRQWRXFRP
o pensamento pesa a participação de dezenas de mulheres das comunidades
tanto quanto o corpo do entorno. Plantar palavras, semear ideias é o que nos
enquanto corto os conectivos propõe o trabalho. No contexto de Inhotim, onde natureza
corto as palavras rentes e arte dialogam de maneira privilegiada, esta proposição se
com tesoura de jardim torna, de certa maneira, mais perto da possibilidade.
cega e bruta Disponível em: www.inhotim.org.br. Acesso em: 22 maio 2013 (adaptado).

com facão de mato. A função da obra de arte como possibilidade de


Mas a marca deste corte experimentação e de construção pode ser constatada no
WHPTXH¿FDU trabalho de Marilá Dardot porque
nas palavras que sobraram. A o projeto artístico acontece ao ar livre.
Qualquer coisa do que desapareceu B o observador da obra atua como seu criador.
continuou nas margens, nos talos C a obra integra-se ao espaço artístico e botânico.
no atalho aberto a talhe de foice
D as letras-vaso são utilizadas para o plantio de mudas.
no caminho de rato.
FREITAS FILHO, A. Máquina de escrever: poesia reunida e revista.
E as mulheres da comunidade participam na confecção
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003. das peças.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 13


*CINZ25DOM14*
QUESTÃO 125 QUESTÃO 127
O senso comum é que só os seres humanos são TEXTO I
capazes de rir. Isso não é verdade? Nesta época do ano, em que comprar
compulsivamente é a principal preocupação de boa
Não. O riso básico — o da brincadeira, da diversão,
SDUWH GD SRSXODomR p LPSUHVFLQGtYHO UHÀHWLUPRV VREUH
da expressão física do riso, do movimento da face e da a importância da mídia na propagação de determinados
vocalização — nós compartilhamos com diversos animais. comportamentos que induzem ao consumismo
Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassônicas exacerbado. No clássico livro O capital, Karl Marx
— que nós não somos capazes de perceber — e que aponta que no capitalismo os bens materiais, ao serem
HOHV HPLWHP TXDQGR HVWmR EULQFDQGR GH ³URODU QR FKmR´ fetichizados, passam a assumir qualidades que vão além
Acontecendo de o cientista provocar um dano em um GD PHUD PDWHULDOLGDGH $V FRLVDV VmR SHUVRQL¿FDGDV
ORFDO HVSHFt¿FR QR FpUHEUR R UDWR GHL[D GH ID]HU HVVD H DV SHVVRDV VmR FRLVL¿FDGDV (P RXWURV WHUPRV XP
vocalização e a brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o automóvel de luxo, uma mansão em um bairro nobre
ou a ostentação de objetos de determinadas marcas
outro pensa que está sendo atacado. O que nos diferencia
famosas são alguns dos fatores que conferem maior
dos animais é que não temos apenas esse mecanismo valorização e visibilidade social a um indivíduo.
básico. Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o LADEIRA, F. F. 5HÀH[}HVVREUHRFRnsumismo. Disponível em:
senso de brincadeira, como nós, mas não têm senso de http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 18 jan. 2015.

KXPRU2FyUWH[DSDUWHVXSHU¿FLDOGRFpUHEURGHOHVQmR TEXTO II
é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais Todos os dias, em algum nível, o consumo atinge nossa
que nos permitem, por exemplo, interpretar uma piada. YLGD PRGL¿FD QRVVDV UHODo}HV JHUD H UHJH VHQWLPHQWRV
Disponível em: http://globonews.globo.com. Acesso em: 31 maio 2012 (adaptado). engendra fantasias, aciona comportamentos, faz sofrer, faz
gozar. Às vezes constrangendo-nos em nossas ações no
A coesão textual é responsável por estabelecer relações
mundo, humilhando e aprisionando, às vezes ampliando
entre as partes do texto. Analisando o trecho “Acontecendo nossa imaginação e nossa capacidade de desejar,
GHRFLHQWLVWDSURYRFDUXPGDQRHPXPORFDOHVSHFt¿FR consumimos e somos consumidos. Numa época toda
QRFpUHEUR´YHUL¿FDVHTXHHOHHVWDEHOHFHFRPDRUDomR FRGL¿FDGD FRPR D QRVVD R FyGLJR GD DOPD R FyGLJR GR
seguinte uma relação de VHU  YLURX FyGLJR GR FRQVXPLGRU )DVFtQLR SHOR FRQVXPR
A ¿QDOLGDGHSRUTXHRVGDQRVFDXVDGRVDRFpUHEURWrP fascínio do consumo. Felicidade, luxo, bem-estar, boa forma,
SRU¿QDOLGDGHSURYRFDUDIDOWDGHYRFDOL]DomRGRVUDWRV lazer, elevação espiritual, saúde, turismo, sexo, família e
corpo são hoje reféns da engrenagem do consumo.
B oposição, visto que o dano causado em um local %$5&(//26*A alma do consumo. Disponível em: www.diplomatique.org.br.
HVSHFt¿FRQRFpUHEURpFRQWUiULRjYRFDOL]DomRGRVUDWRV Acesso em: 18 jan. 2015.

C FRQGLomRSRLVpSUHFLVRTXHVHWHQKDOHVmRHVSHFt¿FD (VVHV WH[WRV SURS}HP XPD UHÀH[mR FUtWLFD VREUH R


no cérebro para que não haja vocalização dos ratos. consumismo. Ambos partem do ponto de vista de que
esse hábito
D consequência, uma vez que o motivo de não haver mais
A desperta o desejo de ascensão social.
vocalização dos ratos é o dano causado no cérebro.
B provoca mudanças nos valores sociais.
E proporção, já que à medida que se lesiona o cérebro
C advém de necessidades suscitadas pela publicidade.
não é mais possível que haja vocalização dos ratos.
D deriva da inerente busca por felicidade pelo ser humano.
QUESTÃO 126 E resulta de um apelo do mercado em determinadas datas.
Mandinga — Era a denominação que, no período
QUESTÃO 128
das grandes navegações, os portugueses davam à costa
ocidental da África. A palavra se tornou sinônimo de Quem procura a essência de um conto no espaço que
¿FD HQWUH D REUD H VHX DXWRU FRPHWH XP HUUR p PXLWR
feitiçaria porque os exploradores lusitanos consideravam PHOKRUSURFXUDUQmRQRWHUUHQRTXH¿FDHQWUHRHVFULWRU
bruxos os africanos que ali habitavam — é que eles davam H VXD REUD PDV MXVWDPHQWH QR WHUUHQR TXH ¿FD HQWUH R
indicações sobre a existência de ouro na região. Em idioma texto e seu leitor.
nativo, manding designava terra de feiticeiros. A palavra OZ, A. De amor e trevas. São Paulo: Cia. das Letras, 2005 (fragmento).
acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio. A progressão temática de um texto pode ser estruturada
COTRIM, M. O pulo do gato 3. 6mR3DXOR*HUDomR(GLWRULDO IUDJPHQWR  por meio de diferentes recursos coesivos, entre os quais
1RWH[WRHYLGHQFLDVHTXHDFRQVWUXomRGRVLJQL¿FDGRGD se destaca a pontuação. Nesse texto, o emprego dos dois
palavra mandinga resulta de um(a) pontos caracteriza uma operação textual realizada com a
¿QDOLGDGHGH
A contexto sócio-histórico.
A comparar elementos opostos.
B diversidade étnica. B relacionar informações gradativas.
C GHVFREHUWDJHRJUi¿FD C LQWHQVL¿FDUXPSUREOHPDFRQFHLWXDO
D apropriação religiosa. D introduzir um argumento esclarecedor.
E contraste cultural. E assinalar uma consequência hipotética.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 14
*CINZ25DOM15*
QUESTÃO 129 QUESTÃO 131
O hoax, como é chamado qualquer boato ou farsa PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.
na internet, pode espalhar vírus entre os seus contatos. BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer
Falsos sorteios de celulares ou frases que Clarice falar com você.
Lispector nunca disse são exemplos de hoax. Trata-se EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá
de boatos recebidos por e-mail ou compartilhados em fora, mas não quero falar com ele.
redes sociais. Em geral, são mensagens dramáticas BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.
ou alarmantes que acompanham imagens chocantes, (85,&­29RFrTXHIRLQRLYDGHOH(XQmR
falam de crianças doentes ou avisam sobre falsos vírus. BENONA: Isso são coisas passadas.
O objetivo de quem cria esse tipo de mensagem pode
EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi
ser apenas se divertir com a brincadeira (de mau gosto), meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro,
prejudicar a imagem de uma empresa ou espalhar uma se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um
ideologia política. patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece
Se o hoax for do tipo phishing (derivado de ¿VKLQJ que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco
pescaria, em inglês) o problema pode ser mais grave: atrás dele, sedento, atacado de verdadeira hidrofobia.
o usuário que clicar pode ter seus dados pessoais Vive farejando ouro, como um cachorro da molest’a,
ou bancários roubados por golpistas. Por isso é tão como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele
LPSRUWDQWH¿FDUDWHQWR está enganado. Santo Antônio há de proteger minha
pobreza e minha devoção.
VIMERCATE, N. Disponível em: www.techtudo.com.br. Acesso em: 1 maio 2013 (adaptado).
SUASSUNA, A. O santo e a porca. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento).
Ao discorrer sobre os hoaxes, o texto sugere ao leitor,
1HVVHWH[WRWHDWUDORHPSUHJRGDVH[SUHVV}HV³RSHVWH´
como estratégia para evitar essa ameaça,
H³FDFKRUURGDPROHVW¶D´FRQWULEXLSDUD
A recusar convites de jogos e brincadeiras feitos pela A marcar a classe social das personagens.
internet.
B caracterizar usos linguísticos de uma região.
B analisar a linguagem utilizada nas mensagens recebidas.
C enfatizar a relação familiar entre as personagens.
C FODVVL¿FDURVFRQWDWRVSUHVHQWHVHPVXDVUHGHVVRFLDLV
D sinalizar a influência do gênero nas escolhas
D XWLOL]DUSURJUDPDVTXHLGHQWL¿TXHPIDOVRVYtUXV vocabulares.
E desprezar mensagens que causem comoção. E demonstrar o tom autoritário da fala de uma das
QUESTÃO 130 personagens.
QUESTÃO 132
Soneto VII
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado:
Ali em vale um monte está mudado:
4XDQWRSRGHGRVDQRVRSURJUHVVR
ÈUYRUHVDTXLYLWmRÀRUHVFHQWHV
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.
Eu me engano: a região esta não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tuGRGHJHQHUD
COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2012.
TOZZI, C. Colcha de retalhos0RVDLFR¿JXUDWLYR(VWDomRGH0HWU{6p'LVSRQtYHOHP
www.arteforadomuseu.com.br. Acesso em: 8 mar. 2013. No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a contemplação
Colcha de retalhos representa a essência do mural e GD SDLVDJHP SHUPLWH DR HX OtULFR XPD UHÀH[mR HP TXH
convida o público a transparece uma
A apreciar a estética do cotidiano. A angústia provocada pela sensação de solidão.
B interagir com os elementos da composição. B resignação diante das mudanças do meio ambiente.
C UHÀHWLUVREUHHOHPHQWRVGRLQFRQVFLHQWHGRDUWLVWD C dúvida existencial em face do espaço desconhecido.
D reconhecer a estética clássica das formas. D intenção de recriar o passado por meio da paisagem.
E contemplar a obra por meio da movimentação física. E empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 15


*CINZ25DOM16*
QUESTÃO 133 QUESTÃO 134
Até que ponto replicar conteúdo é crime? “A internet
HDSLUDWDULDVmRLQVHSDUiYHLV´GL]RGLUHWRUGRLQVWLWXWR
A ÁG U A de pesquisas americano Social Science Research
Council. “Há uma infraestrutura pequena para controlar
IN VISÍVEL Assim com o a água corresponde a até
quem é o dono dos arquivos que circulam na rede. Isso
acabou com o controle sobre a propriedade e tem sido
70% do nosso peso, ela tam bém
com põe m uito daquilo que com em os, GHVFULWR FRPR SLUDWDULD PDV p LQHUHQWH j WHFQRORJLD´
vestim os e usam os, ainda que
indiretam ente. D¿UPD R GLUHWRU 2 DWR GH GLVWULEXLU FySLDV GH XP
C ada quilo de carne
bovina,por exem plo,
ce
de rv trabalho sem a autorização dos seus produtores pode,

eja
opo
exige em m édia 75 sim, ser considerado crime, mas nem sempre essa

=
1c
15 m illitros de água litros
para ser produzido — distribuição gratuita lesa os donos dos direitos autorais.
desde a produção
do alim ento do gado de pão Pelo contrário. Veja o caso do livro O alquimista, do
g

1k

=
até a lim peza de 1.600
seus dejetos. litros
escritor Paulo Coelho. Após publicar, para download
O Brasilé um grande
exportadorde água
gratuito, uma versão traduzida da obra em seu blog,
na form a de soja Coelho viu as vendas do livro em papel explodirem.
e cereais. ovo = BARRETO, J.; MORAES, M. A internet existe sem pirataria?
1
3.340 Veja, n. 2 308, 13 fev. 2013 (adaptado).
litros
de algo
De acordo com o texto, o impacto causado pela internet
ol
propicia a
1 lenç


o=

10.600
litros A banalização da pirataria na rede.
B adoção de medidas favoráveis aos editores.
C implementação de leis contra crimes eletrônicos.
EC O N O M IZAR BEN S D E C O N SU M O E EVITAR O D ESPER D ÍC IO
D reavaliação do conceito de propriedade intelectual.
TAM BÉM É PO U PAR ÁG U A. E ampliação do acesso a obras de autores reconhecidos.
National Geographic Brasil, n. 151, out. 2012 (adaptado).

Nessa campanha publicitária, para estimular a economia QUESTÃO 135


de água, o leitor é incitado a (PFDVD+LGHRDLQGDSRGLDVHJXLU¿HODRLPSHUDGRU
A adotar práticas de consumo consciente. japonês e às tradições que trouxera no navio que
B alterar hábitos de higienização pessoal e residencial. aportara em Santos. […] Por isso Hideo exigia que, aos
C contrapor-se a formas indiretas de exportação de água. domingos, todos estivessem juntos durante o almoço.
(OH VH VHQWDYD j FDEHFHLUD GD PHVD j GLUHLWD ¿FDYD
D optar por vestuário produzido com matéria-prima
reciclável. +DQDVKLURTXHHUDRSULPHLUR¿OKRH+LWRVKLRVHJXQGR
e à esquerda, Haruo, depois Hiroshi, que era o mais
E conscientizar produtores rurais sobre os custos de
produção. QRYR >«@$ HVSRVD TXH WDPEpP HUD PmH H DV ¿OKDV
que também eram irmãs, aguardavam de pé ao redor da
mesa […]. Haruo reclamava, não se cansava de reclamar:
que se sentassem também as mulheres à mesa, que era
um absurdo aquele costume. Quando se casasse, se
sentariam à mesa a esposa e o marido, um em frente
ao outro, porque não era o homem melhor que a mulher
para ser o primeiro […]. Elas seguiam de pé, a mãe um
SRXFRFDQVDGDGRVSURWHVWRVGR¿OKRSRLVRPRPHQWRGR
almoço era sagrado, não era hora de levantar bandeiras
inúteis […].
NAKASATO, O. Nihonjin. São Paulo: Benvirá, 2011 (fragmento).

Referindo-se a práticas culturais de origem nipônica, o


narrador registra as reações que elas provocam na família
e mostra um contexto em que
A a obediência ao imperador leva ao prestígio pessoal.
B as novas gerações abandonam seus antigos hábitos.
C a refeição é o que determina a agregação familiar.
D RVFRQÀLWRVGHJrQHURWHQGHPDVHUQHXWUDOL]DGRV
E o lugar à mesa metaforiza uma estrutura de poder.

LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 16


*CINZ25DOM2*
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
x O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
x 2WH[WRGH¿QLWLYRGHYHVHUHVFULWRjWLQWDQDIROKDSUySULDHPDWpOLQKDV
x A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
x tiver até 7 (sete) linhas escritDVVHQGRFRQVLGHUDGD³WH[WRLQVX¿FLHQWH´
x fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
x apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
x apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Em consonância com a Constituição da República Federativa do Brasil e com toda a legislação que assegura a
liberdade de crença religiosa às pessoas, além de proteção e respeito às manifestações religiosas, a laicidade do
Estado deve ser buscada, afastando a possibilidade de interferência de correntes religiosas em matérias sociais,
políticas, culturais etc.
Disponível em: www.mprj.mp.br. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento).

TEXTO II
O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes
agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes
LQD¿DQoiYHLVHLPSUHVFULWtYHLV
STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal do Senado. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento).
TEXTO III
CAPÍTULO I
Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso
Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo
Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar
cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente
à violência.
BRASIL. Código Penal. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento).
TEXTO IV
Intolerância R eligiosa no Brasil
Fiéis de religiões afro-brasileiras são as principais vítim as de discrim inação
N úm ero de denúncias porreligião (2011 a 2014*)
Afro-brasileira 75
Evangélica 58
1 213
denúncia a denúncias com
cada 3 dias religião não inform ada
Espírita 27

C atólica 22

Ateus 8

Judaica 6 20% 12%


dos episódios dos episódios
relatados em 2013 relatados até jul.2014
Islâm ica 5 envolveram
envolveram
violência física violência física
O utras 15
*Até jul.2014 Fonte:Secretaria de D ireitos H um anos da Presidência da R epública
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 31 maio 2016 (adaptado).

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
³&DPLQKRVSDUDFRPEDWHUDLQWROHUkQFLDUHOLJLRVDQR%UDVLO´DSUHVHQWDQGRSURSRVWDGHLQWHUYHQomRTXHUHVSHLWH
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
LC - 2º dia | Caderno 6 - CINZA - Página 2
*AZUL75SAB2*
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 03

Questões de 1 a 45

QUESTÃO 01
Sentimos que toda satisfação de nossos desejos
advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém
hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua
fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à
fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas
as preocupações.
SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

O trecho destaca uma ideia remanescente de uma


WUDGLomR¿ORVy¿FDRFLGHQWDOVHJXQGRDTXDODIHOLFLGDGH
se mostra indissociavelmente ligada à
A consagração de relacionamentos afetivos.
B administração da independência interior.
C fugacidade do conhecimento empírico.
D liberdade de expressão religiosa.
E busca de prazeres efêmeros. Os moradores de Andalsnes, na Noruega, poderiam
QUESTÃO 02 se dar ao luxo de morar perto do trabalho nos dias úteis e
GHVHUHIXJLDUQDFDOPDULDGRERVTXHDRV¿QVGHVHPDQD
Batizado por Tancredo Neves de “Nova República”, E sem sair da mesma casa. Bastaria achar uma vaga
o período que marca o reencontro do Brasil com os para estacionar o imóvel antes de curtir o novo endereço.
governos civis e a democracia ainda não completou Disponível em: http://casavogue.globo.com. Acesso em: 3 out. 2015 (adaptado).
seu quinto ano e já viveu dias de grande comoção.
Começou com a tragédia de Tancredo, seguiu pela Uma vez implementada, essa proposta afetaria a
euforia do Plano Cruzado, conheceu as depressões da dinâmica do espaço urbano por reduzir a intensidade do
LQÀDomR H GDV DPHDoDV GD KLSHULQÀDomR H GHVHPERFRX seguinte processo:
na movimentação que antecede as primeiras eleições
diretas para presidente em 29 anos. A Êxodo rural.
O álbum dos presidentes: a história vista pelo JB. Jornal do Brasil, 15 nov. 1989. B Movimento pendular.
O período descrito apresenta continuidades e rupturas C Migração de retorno.
em relação à conjuntura histórica anterior. Uma dessas D Deslocamento sazonal.
continuidades consistiu na E Ocupação de áreas centrais.
A representação do legislativo com a fórmula do
bipartidarismo. QUESTÃO 04
B detenção de lideranças populares por crimes de O Rio de Janeiro tem projeção imediata no próprio
subversão. estado e no Espírito Santo, em parcela do sul do estado
C presença de políticos com trajetórias no regime da Bahia, e na Zona da Mata, em Minas Gerais, onde
autoritário. WHP LQÀXrQFLD GLYLGLGD FRP %HOR +RUL]RQWH &RPS}HP
D prorrogação das restrições advindas dos atos a rede urbana do Rio de Janeiro, entre outras cidades:
institucionais. Vitória, Juiz de Fora, Cachoeiro de Itapemirim, Campos
E estabilidade da economia com o congelamento anual dos Goytacazes, Volta Redonda - Barra Mansa, Teixeira
de preços. de Freitas, Angra dos Reis e Teresópolis.
Disponível em: http://ibge.gov.br. Acesso em: 9 jul. 2015 (adaptado).

O conceito que expressa a relação entre o espaço


apresentado e a cidade do Rio de Janeiro é:
A Frente pioneira.
B Zona de transição.
C Região polarizada.
D Área de conurbação.
E Periferia metropolitana.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 2


*AZUL75SAB3*
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07
TEXTO I TEXTO I
Documentos do século XVI algumas vezes se
referem aos habitantes indígenas como “os brasis”,
ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século
XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as
referências ao status econômico e jurídico desses
eram muito mais populares. Assim, os termos “negro
da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência
do que qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de
um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).

TEXTO II
Índio é um conceito construído no processo de
conquista da América pelos europeus. Desinteressados
pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito
para com o outro, o indivíduo de outras culturas,
espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões
terminaram por denominar da mesma forma povos tão
díspares quanto os tupinambás e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.

Ao comparar os textos, as formas de designação dos


grupos nativos pelos europeus, durante o período
analisado, são reveladoras da
A concepção idealizada do território, entendido como
JHRJUD¿FDPHQWHLQGLIHUHQFLDGR Tradução: “As mulheres do futuro farão da Lua um
B percepção corrente de uma ancestralidade comum às lugar mais limpo para se viver”.
populações ameríndias. Disponível em: www.propagandashistoricas.com.br. Acesso em: 16 out. 2015.

C compreensão etnocêntrica acerca das populações TEXTO II


dos territórios conquistados.
Metade da nova equipe da Nasa
D transposição direta das categorias originadas no é composta por mulheres
imaginário medieval.
Até hoje, cerca de 350 astronautas americanos
E YLVmR XWySLFD FRQ¿JXUDGD D SDUWLU GH IDQWDVLDV GH
já estiveram no espaço, enquanto as mulheres não
riqueza.
chegam a ser um terço desse número. Após o anúncio
QUESTÃO 06 da turma composta 50% por mulheres, alguns internautas
escreveram comentários machistas e desrespeitosos
Ser ou não ser — eis a questão. sobre a escolha nas redes sociais.
Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em: 10 mar. 2016.
Morrer — dormir — Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
A comparação entre o anúncio publicitário de 1968 e a
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
repercussão da notícia de 2016 mostra a
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
A HOLWL]DomRGDFDUUHLUDFLHQWt¿FD
1RVREULJDPDKHVLWDUHpHVVDDUHÀH[mR B TXDOL¿FDomRGDDWLYLGDGHGRPpVWLFD
Que dá à desventura uma vida tão longa. C ambição de indústrias patrocinadoras.
SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre: L&PM, 2007. D manutenção de estereótipos de gênero.
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do E equiparação de papéis nas relações familiares.
existencialismo ao enfatizar a tensão entre
A consciência de si e angústia humana.
B inevitabilidade do destino e incerteza moral.
C tragicidade da personagem e ordem do mundo.
D racionalidade argumentativa e loucura iminente.
E dependência paterna e impossibilidade de ação.

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*AZUL75SAB4*
QUESTÃO 08 QUESTÃO 09

A África Ocidental é conhecida pela dinâmica das Quanto mais complicada se tornou a produção
suas mulheres comerciantes, caracterizadas pela perícia, industrial, mais numerosos passaram a ser os elementos
autonomia e mobilidade. A sua presença, que fora da indústria que exigiam garantia de fornecimento.
atestada por viajantes e por missionários portugueses que Três deles eram de importância fundamental: o trabalho,
visitaram a costa a partir do século XV, consta também na a terra e o dinheiro. Numa sociedade comercial, esse
ampla documentação sobre a região. A literatura é rica fornecimento só poderia ser organizado de uma forma:
em referências às grandes mulheres como as vendedoras tornando-os disponíveis à compra. Agora eles tinham que
ambulantes, cujo jeito para o negócio, bem como a ser organizados para a venda no mercado. Isso estava
autonomia e mobilidade, é tão típico da região. de acordo com a exigência de um sistema de mercado.
HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agência feminina e representações em Sabemos que em um sistema como esse, os lucros só
mudança na Guiné (séculos XIX e XX). In: PANTOJA, S. (Org.). Identidades, memórias e podem ser assegurados se se garante a autorregulação
histórias em terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006.
por meio de mercados competitivos interdependentes.
A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da POLANYI, K. A grande transformação: as origens de nossa época.

África Ocidental pode ser relacionada a uma característica Rio de Janeiro: Campus, 2000 (adaptado).

marcante das cidades no Brasil escravista nos séculos A consequência do processo de transformação
XVIII e XIX, que se observa pela socioeconômica abordado no texto é a
A restrição à realização do comércio ambulante por A expansão das terras comunais.
africanos escravizados e seus descendentes.
B limitação do mercado como meio de especulação.
B convivência entre homens e mulheres livres, de
C consolidação da força de trabalho como mercadoria.
diversas origens, no pequeno comércio.
D diminuição do comércio como efeito da industrialização.
C presença de mulheres negras no comércio de rua de
diversos produtos e alimentos. E adequação do dinheiro como elemento padrão
das transações.
D dissolução dos hábitos culturais trazidos do continente
de origem dos escravizados. QUESTÃO 10
E entrada de imigrantes portugueses nas atividades
ligadas ao pequeno comércio urbano. O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das
outras situações de contestação política na América
portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente
não tocou somente na condição, ou no instrumento, da
integração subordinada das colônias no império luso.
Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais
(1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta:
a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

A diferença entre as sedições abordadas no texto


encontrava-se na pretensão de
A eliminar a hierarquia militar.
B abolir a escravidão africana.
C anular o domínio metropolitano.
D suprimir a propriedade fundiária.
E extinguir o absolutismo monárquico.

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*AZUL75SAB5*
QUESTÃO 11 QUESTÃO 13

TEXTO I A Operação Condor está diretamente vinculada


às experiências históricas das ditaduras civil-militares
que se disseminaram pelo Cone Sul entre as décadas
de 1960 e 1980. Depois do Brasil (e do Paraguai de
Stroessner), foi a vez da Argentina (1966), Bolívia
(1966 e 1971), Uruguai e Chile (1973) e Argentina
(novamente, em 1976). Em todos os casos se
instalaram ditaduras civil-militares (em menor ou
maior medida) com base na Doutrina de Segurança
Nacional e tendo como principais características um
anticomunismo militante, a identificação do inimigo
interno, a imposição do papel político das Forças
Armadas e a definição de fronteiras ideológicas.
PADRÓS, E. S. et al. Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985):
história e memória. Porto Alegre: Corag, 2009 (adaptado).

Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 6 abr. 2016.


Levando-se em conta o contexto em que foi criada, a
TEXTO II referida operação tinha como objetivo coordenar a
A eleição dos novos bens, ou melhor, de novas A PRGL¿FDomRGHOLPLWHVWHUULWRULDLV
formas de se conceber a condição do patrimônio cultural B VREUHYLYrQFLDGHR¿FLDLVH[LODGRV
nacional, também permite que diferentes grupos sociais, C interferência de potências mundiais.
utilizando as leis do Estado e o apoio de especialistas,
D repressão de ativistas oposicionistas.
revejam as imagens e alegorias do seu passado, do que
TXHUHPJXDUGDUHGH¿QLUFRPRSUySULRHLGHQWLWiULR E implantação de governos nacionalistas.
ABREU, M.; SOIHET, R.; GONTIJO, R. (Org.). Cultura política e leituras do passado: QUESTÃO 14
KLVWRULRJUD¿DHHQVLQRGHKLVWyULD. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
A regulação das relações de trabalho compõe uma
O texto chama a atenção para a importância da proteção
estrutura complexa, em que cada elemento se ajusta aos
de bens que, como aquele apresentado na imagem, se demais. A Justiça do Trabalho é apenas uma das peças
LGHQWL¿FDPFRPR dessa vasta engrenagem. A presença de representantes
A Artefatos sagrados. classistas na composição dos órgãos da Justiça do
Trabalho é também resultante da montagem dessa
B Heranças materiais. UHJXODomR 2 SRGHU QRUPDWLYR WDPEpP UHÀHWH HVVD
C Objetos arqueológicos. característica. Instituída pela Constituição de 1934, a
D Peças comercializáveis. Justiça do Trabalho só vicejou no ambiente político do
Estado Novo instaurado em 1937.
E Conhecimentos tradicionais.
ROMITA, A. S. Justiça do Trabalho: produto do Estado Novo. In: PANDOLFI, D. (Org.).
Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999.
QUESTÃO 12
A criação da referida instituição estatal na conjuntura
No início de maio de 2014, a instalação da histórica abordada teve por objetivo
plataforma petrolífera de perfuração HYSY-981 nas
águas contestadas do Mar da China Meridional A legitimar os protestos fabris.
suscitou especulações sobre as motivações chinesas. B RUGHQDURVFRQÀLWRVODERUDLV
Na avaliação de diversos observadores ocidentais, C R¿FLDOL]DURVVLQGLFDWRVSOXUDLV
Pequim pretendeu, com esse gesto, demonstrar que D assegurar os princípios liberais.
pode impor seu controle e dissuadir outros países de E XQL¿FDURVVDOiULRVSUR¿VVLRQDLV
seguir com suas reivindicações de direito de exploração
dessas águas, como é o caso do Vietnã e das Filipinas.
KLARE, M.T. A guerra pelo petróleo se joga no mar. Le Monde Diplomatique Brasil, abr. 2015.

A ação da China em relação à situação descrita no texto


HYLGHQFLDXPFRQÀLWRTXHWHPFRPRIRFRR D 
A Distribuição das zonas econômicas especiais.
B Monopólio das inovações tecnológicas extrativas.
C Dinamização da atividade comercial.
D Jurisdição da soberania territorial.
E Embargo da produção industrial.

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*AZUL75SAB6*
QUESTÃO 15
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco
GHVHQYROYHUDXPD¿QH]DGHVHQWLGRSDUDRVGHVYLRVHVSLULWXDLV7RGRVVmROLYUHVSDUDGDQoDUHSDUDVHGLYHUWLUGR
mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras
VHLWDV0DVDOLEHUGDGHGHHVFROKDGDLGHRORJLDTXHUHÀHWHVHPSUHDFRHUomRHFRQ{PLFDUHYHODVHHPWRGRVRV
setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimentoIUDJPHQWRV¿ORVy¿FRV5LRGH-DQHLUR=DKDU

A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)


A legado social.
B patrimônio político.
C produto da moralidade.
D conquista da humanidade.
E ilusão da contemporaneidade.

QUESTÃO 16

3DUFHULD7UDQVSDFt¿FD

Canadá

Estados Unidos
Japão
México
Vietnã
Cingapura Brunei Darussalam
Malásia
Peru
Austrália
Chile
Nova Zelândia

Disponível em: http://portuguese.brazil.usembassy.gov. Acesso em: 11 maio 2016 (adaptado).

Dentro das atuais redes produtivas, o referido bloco apresenta composição estratégica por se tratar de um conjunto
de países com
A elevado padrão social.
B sistema monetário integrado.
C alto desenvolvimento tecnológico.
D identidades culturais semelhantes.
E vantagens locacionais complementares.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 6


*AZUL75SAB7*
QUESTÃO 17 QUESTÃO 18
Segundo a Conferência de Quioto, os países
centrais industrializados, responsáveis históricos pela
poluição, deveriam alcançar a meta de redução de
5,2% do total de emissões segundo níveis de 1990.
O nó da questão é o enorme custo desse processo,
demandando mudanças radicais nas indústrias para
que se adaptem rapidamente aos limites de emissão
estabelecidos e adotem tecnologias energéticas limpas.
A comercialização internacional de créditos de sequestro
ou de redução de gases causadores do efeito estufa
foi a solução encontrada para reduzir o custo global do
Disponível em: www.unric.org. Acesso em: 9 ago. 2013. processo. Países ou empresas que conseguirem reduzir
$218ID]UHIHUrQFLDDXPDSURMHomRFDUWRJUi¿FDHPVHX as emissões abaixo de suas metas poderão vender este
ORJRWLSR$¿JXUDTXHLOXVWUDRPRGHORGHVVDSURMHomRp crédito para outro país ou empresa que não consiga.
BECKER, B. Amazônia: geopolítica na virada do II milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

As posições contrárias à estratégia de compensação


presente no texto relacionam-se à ideia de que
ela promove
A A retração nos atuais níveis de consumo.
B VXUJLPHQWRGHFRQÀLWRVGHFDUiWHUGLSORPiWLFR
C diminuição dos lucros na produção de energia.
D desigualdade na distribuição do impacto ecológico.
E decréscimo dos índices de desenvolvimento
econômico.

QUESTÃO 19
B Dados recentes mostram que muitos são os
países periféricos que dependem dos recursos
enviados pelos imigrantes que estão nos países
centrais. Grande parte dos países da América Latina,
por exemplo, depende hoje das remessas de seus
imigrantes. Para se ter uma ideia mais concreta,
recentes dados divulgados pela ONU revelaram
que somente os indianos recebem 10 bilhões de
dólares de seus compatriotas no exterior. No México,
C segundo maior volume de divisas, esse valor chega
a 9,9 bilhões de dólares e nas Filipinas, o terceiro, a
8,4 bilhões.
HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C. W. A nova des-ordem mundial.
São Paulo: Edunesp, 2006.

Um aspecto do mundo globalizado que facilitou a


ocorrência do processo descrito, na transição do
século XX para o século XXI, foi o(a)
A integração de culturas distintas.
D
B avanço técnico das comunicações.
C quebra de barreiras alfandegárias.
D ÀH[LELOL]DomRGHUHJUDVWUDEDOKLVWDV
E desconcentração espacial da produção.

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*AZUL75SAB8*
QUESTÃO 20 QUESTÃO 22

Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo,


embora nossa memória possua todas as demonstrações
feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de
resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos
¿OyVRIRV SRU WHU OLGR WRGRV RV UDFLRFtQLRV GH 3ODWmR H
Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre
o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter
aprendido, não ciências, mas histórias.
DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o


conhecimento, de modo crítico, como resultado da
A investigação de natureza empírica.
B retomada da tradição intelectual.
C imposição de valores ortodoxos.
D autonomia do sujeito pensante.
E liberdade do agente moral.

QUESTÃO 21
SATRAPI, M. Persépolis. São Paulo: Cia. das Letras, 2007 (adaptado).
Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto
de não desejar saber como e sob que espécie de A memória recuperada pela autora apresenta a
constituição os romanos conseguiram em menos de relação entre
cinquenta e três anos submeter quase todo o mundo
habitado ao seu governo exclusivo — fato nunca antes A FRQÀLWRWUDEDOKLVWDHHQJDMDPHQWRVLQGLFDO
ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão B organização familiar e proteção à infância.
apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou
estudos a ponto de considerar qualquer outro objetivo C centralização econômica e pregação religiosa.
mais importante que a aquisição desse conhecimento? D estrutura educacional e desigualdade de renda.
POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985. E WUDQVIRUPDomRSROtWLFDHPRGL¿FDomRGHFRVWXPHV
A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse
QUESTÃO 23
texto escrito no século II a.C., é a
A ampliação do contingente de camponeses livres. TEXTO I
B consolidação do poder das falanges hoplitas. Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no
mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes
C concretização do desígnio imperialista.
a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da
D adoção do monoteísmo cristão. mudança, dispersa e de novo reúne.
E libertação do domínio etrusco. HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).

TEXTO II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser
é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável
H VHP ¿P QmR IRL QHP VHUi SRLV p DJRUD XP WRGR
homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é
perecer? Como poderia gerar-se?
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).

Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem


uma oposição que se insere no campo das
A investigações do pensamento sistemático.
B preocupações do período mitológico.
C discussões de base ontológica.
D habilidades da retórica sofística.
E verdades do mundo sensível.
CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 8
*AZUL75SAB9*
QUESTÃO 24 QUESTÃO 26
$ GHPRFUDFLD GHOLEHUDWLYD D¿UPD TXH DV SDUWHV TEXTO I
GR FRQÀLWR SROtWLFR GHYHP GHOLEHUDU HQWUH VL H SRU
meio de argumentação razoável, tentar chegar a um
acordo sobre as políticas que seja satisfatório para
WRGRV$ GHPRFUDFLD DWLYLVWD GHVFRQ¿D GDV H[RUWDo}HV
à deliberação por acreditar que, no mundo real da
SROtWLFD RQGH DV GHVLJXDOGDGHV HVWUXWXUDLV LQÀXHQFLDP
procedimentos e resultados, processos democráticos
que parecem cumprir as normas de deliberação
JHUDOPHQWH WHQGHP D EHQH¿FLDU RV DJHQWHV PDLV
poderosos. Ela recomenda, portanto, que aqueles que
se preocupam com a promoção de mais justiça devem
realizar principalmente a atividade de oposição crítica,
em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta
HVWUXWXUDVGHSRGHUH[LVWHQWHVRXGHODVVHEHQH¿FLD
<281*,0'HVD¿RVDWLYLVWDVjGHPRFUDFLDGHOLEHUDWLYD
Revista Brasileira de Ciência Política, n. 13, jan.-abr. 2014.

As concepções de democracia deliberativa e de


democracia ativista apresentadas no texto tratam como
imprescindíveis, respectivamente,
A a decisão da maioria e a uniformização de direitos.
B a organização de eleições e o movimento anarquista.
C a obtenção do consenso e a mobilização das minorias. Imagem de São Benedito. Disponível em: http://acervo.bndigital.bn.br.
D a fragmentação da participação e a desobediência civil. Acesso em: 6 jan. 2016 (adaptado).

E a imposição de resistência e o monitoramento da TEXTO II


liberdade. Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja para
QUESTÃO 25 atrair novos devotos, pois eram obedientes a Deus e ao
poder clerical. Contando e estimulando o conhecimento
A promessa da tecnologia moderna se converteu VREUH D YLGD GRV VDQWRV D ,JUHMD WUDQVPLWLD DRV ¿pLV RV
em uma ameaça, ou esta se associou àquela de forma ensinamentos que julgava corretos e que deviam ser
indissolúvel. Ela vai além da constatação da ameaça imitados por escravos que, em geral, traziam outras
física. Concebida para a felicidade humana, a submissão crenças de suas terras de origem, muito diferentes das
da natureza, na sobremedida de seu sucesso, que agora que preconizava a fé católica.
se estende à própria natureza do homem, conduziu OLIVEIRA, A. J. Negra devoção. Revista de História da Biblioteca Nacional,
DR PDLRU GHVD¿R Mi SRVWR DR VHU KXPDQR SHOD VXD n. 20, maio 2007 (adaptado).
própria ação. O novo continente da práxis coletiva que
3RVWHULRUPHQWH UHVVLJQL¿FDGRV QR LQWHULRU GH FHUWDV
adentramos com a alta tecnologia ainda constitui, para a
irmandades e no contato com outra matriz religiosa, o
teoria ética, uma terra de ninguém.
ícone e a prática mencionada no texto estiveram desde
JONAS, H. O princípio da responsabilidade. Rio de Janeiro:
Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado).
o século XVII relacionados a um esforço da Igreja
Católica para
As implicações éticas da articulação apresentada no texto
impulsionam a necessidade de construção de um novo A reduzir o poder das confrarias.
padrão de comportamento, cujo objetivo consiste em B cristianizar a população afro-brasileira.
garantir o(a) C espoliar recursos materiais dos cativos.
A pragmatismo da escolha individual. D recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.
B sobrevivência de gerações futuras. E atender a demanda popular por padroeiros locais.
C fortalecimento de políticas liberais.
D valorização de múltiplas etnias.
E promoção da inclusão social.

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*AZUL75SAB10*
QUESTÃO 27 QUESTÃO 29
Em 1935, o governo brasileiro começou a negar vistos O conceito de função social da cidade incorpora a
a judeus. Posteriormente, durante o Estado Novo, uma organização do espaço físico como fruto da regulação
circular secreta proibiu a concessão de vistos a “pessoas social, isto é, a cidade deve contemplar todos os seus
de origem semita”, inclusive turistas e negociantes, o que moradores e não somente aqueles que estão no mercado
causou uma queda de 75% da imigração judaica ao longo formal da produção capitalista da cidade. A tradição dos
daquele ano. Entretanto, mesmo com as imposições da FyGLJRVGHHGL¿FDomRXVRHRFXSDomRGRVRORQR%UDVLO
lei, muitos judeus continuaram entrando ilegalmente no sempre partiram do pressuposto de que a cidade não tem
país durante a guerra e as ameaças de deportação em divisões entre os incluídos e os excluídos socialmente.
massa nunca foram concretizadas, apesar da extradição QUINTO JR., L. P. Nova legislação urbana e os velhos fantasmas.
de alguns indivíduos por sua militância política. Estudos Avançados (USP), n. 47, 2003 (adaptado).

GRIMBERG, K. Nova língua interior: 500 anos de história dos judeus no Brasil. In: IBGE.
Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000 (adaptado).
Uma política governamental que contribui para viabilizar a
função social da cidade, nos moldes indicados no texto, é a
Uma razão para a adoção da política de imigração
mencionada no texto foi o(a) A TXDOL¿FDomR GH VHUYLoRV S~EOLFRV HP EDLUURV
periféricos.
A receio do controle sionista sobre a economia nacional.
B implantação de centros comerciais em eixos
B reserva de postos de trabalho para a mão de obra rodoviários.
local.
C proibição de construções residenciais em regiões
C oposição do clero católico à expansão de novas íngremes.
religiões.
D disseminação de equipamentos culturais em locais
D apoio da diplomacia varguista às opiniões dos turísticos.
líderes árabes.
E desregulamentação do setor imobiliário em áreas
E simpatia de membros da burocracia pelo projeto favelizadas.
totalitário alemão.
QUESTÃO 30
QUESTÃO 28
O bioma Cerrado foi considerado recentemente
3LUUR D¿UPDYD TXH QDGD p QREUH QHP YHUJRQKRVR
um dos 25 hotspots de biodiversidade do mundo,
justo ou injusto; e que, da mesma maneira, nada existe do
segundo uma análise em escala mundial das regiões
ponto de vista da verdade; que os homens agem apenas
ELRJHRJUi¿FDV VREUH iUHDV JOREDLV SULRULWiULDV SDUD
segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do que
conservação. O conceito de hotspot foi criado tendo
aquilo. Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina,
em vista a escassez de recursos direcionados para
nada procurando evitar e não se desviando do que quer
conservação, com o objetivo de apresentar os chamados
que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo,
“pontos quentes”, ou seja, locais para os quais existe
precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos sentidos.
maior necessidade de direcionamento de esforços,
LAÉRCIO, D. 9LGDVHVHQWHQoDVGRV¿OyVRIRVLOXVWUHV. Brasília: Editora UnB, 1988.
buscando evitar a extinção de muitas espécies que
O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteriza-se por: estão altamente ameaçadas por ações antrópicas.
A Desprezar quaisquer convenções e obrigações PINTO, P. P.; DINIZ-FILHO, J. A. F. In: ALMEIDA, M. G. (Org.). Tantos cerrados:
múltiplas abordagens sobre a biogeodiversidade e singularidade cultural.
da sociedade. Goiânia: Vieira, 2005 (adaptado).

B Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o A necessidade desse tipo de ação na área mencionada
fim da vida feliz. tem como causa a
C Defender a indiferença e a impossibilidade de
obter alguma certeza. A LQWHQVL¿FDomRGDDWLYLGDGHWXUtVWLFD
D Aceitar o determinismo e ocupar-se com a B implantação de parques ecológicos.
esperança transcendente. C exploração dos recursos minerais.
E $JLU GH IRUPD YLUWXRVD H ViELD D ¿P GH HQDOWHFHU R D elevação do extrativismo vegetal.
homem bom e belo. E expansão da fronteira agrícola.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 10


*AZUL75SAB11*
QUESTÃO 31 QUESTÃO 33
TEXTO I
Mais de 50 mil refugiados entraram no território
húngaro apenas no primeiro semestre de 2015.
Budapeste lançou os “trabalhos preparatórios” para a
construção de um muro de quatro metros de altura e
175 km ao longo de sua fronteira com a Sérvia, informou
o ministro húngaro das Relações Exteriores. “Uma
UHVSRVWD FRPXP GD 8QLmR (XURSHLD D HVWH GHVD¿R GD
imigração é muito demorada, e a Hungria não pode
HVSHUDU7HPRVTXHDJLU´MXVWL¿FRXRPLQLVWUR
'LVSRQtYHOHPZZZSRUWXJXHVU¿IU$FHVVRHPMXQ DGDSWDGR 

TEXTO II
O Alto Comissariado das Nações Unidas para
Refugiados (ACNUR) critica as manifestações de
xenofobia adotadas pelo governo da Hungria. O país foi
invadido por cartazes nos quais o chefe do executivo insta
os imigrantes a respeitarem as leis e a não “roubarem” Disponível em: www.imageforum-diffusion.afp.com. Acesso em: 6 jan. 2016.
os empregos dos húngaros. Para o ACNUR, a medida é
surpreendente, pois a xenofobia costuma ser instigada O regime do Apartheid adotado de 1948 a 1994 na
por pequenos grupos radicais e não pelo próprio governo África do Sul fundamentava-se em ações estatais de
do país. segregacionismo racial. Na imagem, fuzileiros navais
Disponível em: http://pt.euronews.com. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).
fazem valer a “lei do passe” que regulamentava o(a)

O posicionamento governamental citado nos textos é A concentração fundiária, impedindo os negros de


criticado pelo ACNUR por ser considerado um caminho tomar posse legítima do uso da terra.
para o(a) B boicote econômico, proibindo os negros de consumir
A alteração do regime político. produtos ingleses sem resistência armada.
B fragilização da supremacia nacional. C sincretismo religioso, vetando os ritos sagrados dos
C H[SDQVmRGRVGRPtQLRVJHRJUi¿FRV QHJURVQDVFHULP{QLDVR¿FLDLVGR(VWDGR
D cerceamento da liberdade de expressão. D controle sobre a movimentação, desautorizando
E fortalecimento das práticas de discriminação. os negros a transitar em determinadas áreas das
cidades.
QUESTÃO 32
E exclusão do mercado de trabalho, negando à
A sociologia ainda não ultrapassou a era das população negra o acesso aos bens de consumo.
FRQVWUXo}HV H GDV VtQWHVHV ¿ORVy¿FDV (P YH] GH
assumir a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita QUESTÃO 34
do campo social, ela prefere buscar as brilhantes
generalidades em que todas as questões são levantadas A linhagem dos primeiros críticos ambientais
sem que nenhuma seja expressamente tratada. brasileiros não praticou o elogio laudatório da beleza e
Não é com exames sumários e por meio de intuições da grandeza do meio natural brasileiro. O meio natural foi
rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma elogiado por sua riqueza e potencial econômico, sendo
realidade tão complexa. Sobretudo, generalizações às sua destruição interpretada como um signo de atraso,
vezes tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis ignorância e falta de cuidado.
de nenhum tipo de prova.
PÁDUA, J. A. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil
DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000. escravista (1786-1888). Rio de Janeiro: Zahar, 2002 (adaptado).

O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em Descrevendo a posição dos críticos ambientais brasileiros
construir uma sociologia com base na dos séculos XVIII e XIX, o autor demonstra que, via de
A YLQFXODomRFRPD¿ORVR¿DFRPRVDEHUXQL¿FDGR regra, eles viam o meio natural como
B reunião de percepções intuitivas para demonstração. A ferramenta essencial para o avanço da nação.
C formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida B dádiva divina para o desenvolvimento industrial.
social.
C paisagem privilegiada para a valorização fundiária.
D adesão aos padrões de investigação típicos das
ciências naturais. D OLPLWDomRWRSRJUi¿FDSDUDDSURPRomRGDXUEDQL]DomR
E incorporação de um conhecimento alimentado pelo E obstáculo climático para o estabelecimento da
engajamento político. civilização.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 11


*AZUL75SAB12*
QUESTÃO 35

2FRURQHOLVPRHUDIUXWRGHDOWHUDomRQDUHODomRGHIRUoDVHQWUHRVSURSULHWiULRVUXUDLVHRJRYHUQRHVLJQL¿FDYDR
fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um
sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos
públicos, desde o delegado de polícia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo
na forma de voto.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998 (adaptado).

No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas descritas baseavam-se na


A coação das milícias locais.
B estagnação da dinâmica urbana.
C valorização do proselitismo partidário.
D disseminação de práticas clientelistas.
E centralização de decisões administrativas.

QUESTÃO 36

Dessalinização das águas


Capacidade total de dessalinização das águas salobras ou salinas (por país em metros cúbicos por dia)

Japão
Espanha 1 054 274
2 588 658

Estados Unidos
5 653 941

Em irados Árabes Unidos


6 228 017
Arábia Saudita
6 879 869
Kuwait
2 111 558

Capacidade instalada (m ³/dia): 5 001 a 50 000 50 001 a 500 000


500 001 a 1 000 000 acim a de 1 000 000

EUA. Relatório da Academia Nacional de Ciências, 2008 (adaptado).

Conforme a análise do documento cartográfico, a área de concentração das usinas de dessalinização é


explicada pelo(a)

A pioneirismo tecnológico.
B condição hidropedológica.
C escassez de água potável.
D efeito das mudanças climáticas.
E busca da sustentabilidade ambiental.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 12


*AZUL75SAB13*
QUESTÃO 37 QUESTÃO 39
Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Pesca industrial provoca destruição na África
Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se
uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é O súbito desaparecimento do bacalhau dos
oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi JUDQGHVFDUGXPHVGD7HUUD1RYDQR¿QDOGRVpFXOR;;
inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado — o que ninguém havia previsto —, teve o efeito de
amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos um eletrochoque planetário. Lançada pelos bascos
de todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas no século XV, a pesca e depois a sobrepesca desse
cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo. grande peixe de água fria levaram ao impensável.
Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou-se. Ao Canadá o bacalhau nunca mais voltou. E o que
Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não ocorreu no Atlântico Norte está acontecendo em outros
nos querem tragar! mares. Os maiores navios do mundo seguem agora
em direção ao sul, até os limites da Antártida, para
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Ediouro, 1977.
competir pelos estoques remanescentes.
O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um MORA, J. S. Disponível em: www.diplomatique.com.br. Acesso em: 14 jan. 2014.
entendimento da doutrina niilista, uma vez que
O problema exposto no texto jornalístico relaciona-se à
A reforça a liberdade do cidadão.
A insustentabilidade do modelo de produção e consumo.
B desvela os valores do cotidiano.
B fragilidade ecológica de ecossistemas costeiros.
C exorta as relações de produção.
C inviabilidade comercial dos produtos marinhos.
D destaca a decadência da cultura.
D mudança natural nos oceanos e mares.
E DPSOL¿FDRVHQWLPHQWRGHDQVLHGDGH
E vulnerabilidade social de áreas pobres.
QUESTÃO 38
QUESTÃO 40
A mundialização introduz o aumento da produtividade
do trabalho sem acumulação de capital, justamente
pelo caráter divisível da forma técnica molecular-digital
do que resulta a permanência da má distribuição da
UHQGD H[HPSOL¿FDQGR PDLV XPD YH] RV YHQGHGRUHV
de refrigerantes às portas dos estádios viram sua
produtividade aumentada graças ao just in time dos
fabricantes e distribuidores de bebidas, mas para realizar
o valor de tais mercadorias, a forma do trabalho dos
vendedores é a mais primitiva. Combinam-se, pois,
acumulação molecular-digital com o puro uso da força
de trabalho.
OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista e o ornitorrinco. Campinas: Boitempo, 2003.

Os aspectos destacados no texto afetam diretamente


questões como emprego e renda, sendo possível explicar
essas transformações pelo(a)
A crise bancária e o fortalecimento do capital industrial.
B inovação toyotista e a regularização do trabalho
formal.
C LPSDFWR GD WHFQRORJLD H DV PRGL¿FDo}HV QD
estrutura produtiva.
O Cruzeiro, década de 1960. Disponível em: www.memoriaviva.com.br. D emergência da globalização e a expansão do
Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado).
setor secundário.
No anúncio, há referências a algumas das transformações E diminuição do tempo de trabalho e a necessidade de
ocorridas no Brasil nos anos 1950 e 1960. No entanto, diploma superior.
tais referências omitem transformações que impactaram
segmentos da população, como a
A exaltação da tradição colonial.
B UHGXomRGDLQÀXrQFLDHVWUDQJHLUD
C ampliação da imigração internacional.
D LQWHQVL¿FDomRGDGHVLJXDOGDGHUHJLRQDO
E desconcentração da produção industrial.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 13


*AZUL75SAB14*
QUESTÃO 41 QUESTÃO 43
Ser moderno é encontrar-se em um ambiente
que promete aventura, poder, alegria, crescimento,
autotransformação e transformação das coisas em
redor — mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo
o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos.
A experiência ambiental da modernidade anula todas as
IURQWHLUDVJHRJUi¿FDVHUDFLDLVGHFODVVHHQDFLRQDOLGDGH
nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a
espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma
unidade de desunidade.
BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade.
São Paulo: Cia. das Letras, 1986 (adaptado).

O texto apresenta uma interpretação da modernidade que


a caracteriza como um(a)
A dinâmica social contraditória.
B interação coletiva harmônica.
C fenômeno econômico estável.
D sistema internacional decadente.
E processo histórico homogeneizador.

QUESTÃO 42

Não estou mais pensando como costumava pensar.


Percebo isso de modo mais acentuado quando estou
lendo. Mergulhar num livro, ou num longo artigo,
costumava ser fácil. Isso raramente ocorre atualmente.
Agora minha atenção começa a divagar depois de duas
ou três páginas. Creio que sei o que está acontecendo.
Por mais de uma década venho passando mais tempo Uma scena franco-brazileira: “franco” — pelo local e os
on-line, procurando e surfando e algumas vezes personagens, o local que é Paris e os personagens que
acrescentando informação à grande biblioteca da são pessôas do povo da grande capital; “brazileira” pelo
internet. A internet tem sido uma dádiva para um escritor que ahi se está bebendo: café do Brazil. O Lettreiro diz
como eu. Pesquisas que antes exigiam dias de procura a verdade apregoando que esse é o melhor de todos os
em jornais ou na biblioteca agora podem ser feitas em cafés. (Essa página foi desenhada especialmente para
minutos. Como disse o teórico da comunicação Marshall A Illustração Brazileira pelo Sr. Tofani, desenhista do
McLuhan nos anos 60, a mídia não é apenas um canal Je Sais Tout.)
passivo para o tráfego de informação. Ela fornece a A Illustração Brazileira, n. 2, 15 jun. 1909 (adaptado).
matéria, mas também molda o processo de pensamento.
A página do periódico do início do século XX documenta
E o que a net parece fazer é pulverizar minha capacidade
um importante elemento da cultura francesa, que é
de concentração e contemplação.
revelador do papel do Brasil na economia mundial,
CARR, N. Is Google making us stupid? Disponível em: www.theatlantic.com. indicado no seguinte aspecto:
Acesso em: 17 fev. 2013 (adaptado).
A Prestador de serviços gerais.
Em relação à internet, a perspectiva defendida pelo autor
B Exportador de bens industriais.
ressalta um paradoxo que se caracteriza por
C Importador de padrões estéticos.
A DVVRFLDU XPD H[SHULrQFLD VXSHU¿FLDO j DEXQGkQFLD D Fornecedor de produtos agrícolas.
de informações.
E Formador de padrões de consumo.
B condicionar uma capacidade individual à
desorganização da rede.
C agregar uma tendência contemporânea à aceleração
do tempo.
D aproximar uma mídia inovadora à passividade da
recepção.
E equiparar uma ferramenta digital à tecnologia
analógica.

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 14


*AZUL75SAB15*
QUESTÃO 44

Participei de uma entrevista com o músico Renato Teixeira. Certa hora, alguém pediu para listar as
diferenças entre a música sertaneja antiga e a atual. A resposta dele surpreendeu a todos: “Não há diferença
alguma. A música caipira sempre foi a mesma. É uma música que espelha a vida do homem no campo, e a
música não mente. O que mudou não foi a música, mas a vida no campo”. Faz todo sentido: a música caipira
de raiz exalava uma solidão, um certo distanciamento do país “moderno”. Exigir o mesmo de uma música feita
hoje, num interior conectado, globalizado e rico como o que temos, é impossível. Para o bem ou para o mal, a
música reflete seu próprio tempo.
BARCINSKI, A. Mudou a música ou mudaram os caipiras? Folha de São Paulo, 4 jun. 2012 (adaptado).

A questão cultural indicada no texto ressalta o seguinte aspecto socioeconômico do atual campo brasileiro:
A Crescimento do sistema de produção extensiva.
B Expansão de atividades das novas ruralidades.
C Persistência de relações de trabalho compulsório.
D Contenção da política de subsídios agrícolas.
E Fortalecimento do modelo de organização cooperativa.

QUESTÃO 45

2Q~PHURGH¿OKRVSRUFDVDOGLPLQXLUDSLGDPHQWH3DUDDPDLRULD
dos economistas, isso representa um alerta para o futuro.

Taxa de fecundidade total

5,8 6,0
BR ASIL
5,0
C hina
4,4
C oreia do Sul 4,0
Portugal
2,9 3,0
EU A
2,4
Japão 1,9 2,0

1,0

1970 1980 1990 2000 2010


Fontes:IBG E e O C D E

Disponível em: http://epoca.globo.com. Acesso em: 20 out. 2015 (adaptado).

8PD FRQVHTXrQFLD VRFLRHFRQ{PLFD SDUD RV SDtVHV TXH YLYHQFLDP R IHQ{PHQR GHPRJUi¿FR LOXVWUDGR p D
diminuição da
A oferta de mão de obra nacional.
B média de expectativa de vida.
C disponibilidade de serviços de saúde.
D despesa de natureza previdenciária.
E imigração de trabalhadores qXDOL¿FDGRV

CH - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 15


EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

1º DIA
CADERNO

1
AZUL

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,


com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:

Disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:


1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às
questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência,
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o
término das provas.

*SA0175AZ1*
*SA0175AZ2*

LINGUAGENS, CÓDIGOS Questão 02


E SUAS TECNOLOGIAS LETTER TO THE EDITOR: Sugar fear-mongering unhelpful
By The Washington Times Tuesday, June 25, 2013
Questões de 01 a 45
In his recent piece “Is obesity a disease?”
Questões de 01 a 05 (opção inglês) (Web, June 19), Dr. Peter Lind refers to high-fructose
corn syrup and other “manufactured sugars” as “poison”
Questão 01 that will “guarantee storage of fat in the body.”
Current scientific research strongly indicates that obesity
5 Ways Pets Can Improve Your Health results from excessive calorie intake combined with a
A pet is certainly a great friend. After a difficult day, sedentary lifestyle. The fact is Americans are consuming
pet owners quite literally feel the love. more total calories now than ever before. According to
the U.S. Department of Agriculture, our total per-capita
In fact, for nearly 25 years, research has shown that
daily caloric intake increased by 22 percent from
living with pets provides certain health benefits. Pets help 2,076 calories per day in 1970 to 2,534 calories per day
lower blood pressure and lessen anxiety. They boost our in 2010 — an additional 458 calories, only 34 of which
immunity. They can even help you get dates. come from increased added sugar intake. A vast majority
Allergy Fighters: A growing number of studies have of these calories come from increased fats and flour/
suggested that kids growing up in a home with “furred cereals. Surprisingly, the amount of caloric sweeteners
animals” will have less risk of allergies and asthma. (i.e. sugar, high-fructose, corn syrup, honey, etc.).
Date Magnets: Dogs are great for making love Americans consume has actually decreased over the
connections. Forget Internet matchmaking — a dog is a past decade. We need to continue to study the obesity
epidemic to see what more can be done, but demonizing
natural conversation starter.
one specific ingredient accomplishes nothing and raises
Dogs for the Aged: Walking a dog or just caring for unnecessary fears that get in the way of real solutions.
a pet — for elderly people who are able — can provide
JAMES M. RIPPE
exercise and companionship. Shrewsbury, Mass.
Good for Mind and Soul: Like any enjoyable activity, Disponível em: www.washingtontimes.com.
playing with a dog can elevate levels of serotonin and Acesso em: 29 jul. 2013 (adaptado).
dopamine — nerve transmitters that are known to have Ao abordar o assunto “obesidade”, em uma seção de
pleasurable and calming properties. jornal, o autor
Good for the Heart: Heart attack patients who have A defende o consumo liberado de açúcar.
pets survive longer than those without, according to B aponta a gordura como o grande vilão da saúde.
several studies. C demonstra acreditar que a obesidade não é
preocupante.
DAVIS, J. L. Disponível em: www.webmd.com.
D indica a necessidade de mais pesquisas sobre o
Acesso em: 21 abr. 2013 (adaptado).
assunto.
Ao discutir sobre a influência de animais de estimação no E enfatiza a redução de ingestão de calorias pelos
bem-estar do ser humano, a autora, a fim de fortalecer americanos.
seus argumentos, utiliza palavras e expressões como Questão 03
research, a growing number of research e several
studies com o objetivo de In this life
Sitting on a park bench
A mostrar que animais de estimação ajudam na cura Thinking about a friend of mine
de doenças como alergias e asma. He was only twenty-three
B convencer sobre os benefícios da adoção de animais Gone before he had his time.
It came without a warning
de estimação para a saúde.
Didnꞌt want his friends to see him cry
C fornecer dados sobre os impactos de animais de He knew the day was dawning
estimação nas relações amorosas. And I didnꞌt have a chance to say goodbye.
D explicar como o contato com animais de estimação MADONNA. Erotica. Estados Unidos: Maverick, 1992.
pode prevenir ataques cardíacos. A canção, muitas vezes, é uma forma de manifestar
E esclarecer sobre o modo como idosos devem se sentimentos e emoções da vida cotidiana. Por exemplo,
o sofrimento retratado nessa canção foi causado
relacionar com animais de estimação.
A pela morte precoce de um amigo jovem.
B pelo término de um relacionamento amoroso.
C pela mudança de um amigo para outro país.
D pelo fim de uma amizade de mais de vinte anos.
E pela traição por parte de pessoa próxima.

LC - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 2


*SA0175AZ3*

Questão 04
If children live with criticism, they learn to condemn. LINGUAGENS, CÓDIGOS
If children live with fear, they learn to be apprehensive.
If children live with pity, they learn to feel sorry for themselves. E SUAS TECNOLOGIAS
If children live with ridicule, they learn to feel shy. Questões de 01 a 45
If children live with tolerance, they learn patience.
If children live with praise, they learn appreciation. Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
If children live with acceptance, they learn to love.
If children live with approval, they learn to like themselves.
Questão 01
If children live with recognition, they learn it is good to
have a goal.
Adelfos
If children live with sharing, they learn generosity.
If children live with fairness, they learn justice. Yo soy como las gentes que a mi tierra vinieron
If children live with kindness and consideration, they — soy de la raza mora, vieja amiga del sol —,
learn respect. que todo lo ganaron y todo lo perdieron.
Tengo el alma de nardo del árabe español.
If children live with friendliness, they learn the world is a
nice place in which to live. MACHADO, M. Disponível em: www.poetasandaluces.com.
Acesso em: 22 out. 2015 (fragmento).
NOLTE, D. L. Disponível em: www.americanfamilytraditions.com.
Acesso em: 30 jul. 2012. Nessa estrofe, o poeta e dramaturgo espanhol Manuel
Machado reflete acerca
Valores culturais de um povo revelam sua forma de ser,
agir e pensar. Na concepção da autora, as diferentes A de sua formação identitária plural.
formas de educar crianças nos Estados Unidos B da condição nômade de seus antepassados.
confirmam que as crianças C da perda sofrida com o processo de migração.
D da dívida do povo espanhol para com o povo árabe.
A temem quem as amedronta. E de sua identificação com os elementos da natureza.
B aprendem com o que vivem. Questão 02
C amam aqueles que as aceitam.
D são gentis quando respeitadas. Millennials: Así es la generación que ya no recuerda
E ridicularizam quem as intimida. cómo era el mundo sin Internet
Algunos los llaman generación Y, otros “Millennials”,
Questão 05 generación del milenio o incluso “Echo Boomers”.
Nacieron y crecieron en una era de rápido desarrollo
de las nuevas tecnologías, y casi no recuerdan cómo
era el mundo sin Internet.
Son idealistas, impacientes y están bien preparados
académicamente. Muchos de ellos han tenido
oportunidad de viajar por el mundo a una edad temprana,
de estudiar en las mejores universidades y de trabajar
en empresas multinacionales y extranjeras.
La generación Y se compone de este tipo de personas
que quieren todo a la vez. No están dispuestos a soportar
un trabajo poco interesante y rutinario, no quieren dejar
las cosas buenas para luego. Lo que sí quieren es dejar
su huella en la historia, vivir una vida interesante, formar
parte de algo grande, crecer y desarrollarse, cambiar el
KEEFER, M. Disponível em: www.nj.com. Acesso em: 3 dez. 2018. mundo que les rodea, y no solo ganar dinero.
Disponível em: https://actualidad.rt.com. Acesso em: 4 dez. 2018.
No cartum, o estudante faz uma pergunta usando turn
this thing on por O texto aponta características e interesses da “Geração Y”.
Nele, a expressão dejar su huella refere-se a um dos
A suspeitar que o colega está com seu material desejos dessa geração, que é o de
por engano.
B duvidar que o colega possa se tornar um A conhecer diferentes lugares.
bom aluno. B fazer a diferença no mundo.
C desconfiar que o livro levado é de outra matéria. C aproveitar todas as oportunidades.
D entender como desligada a postura do colega. D obter uma formação acadêmica de excelência.
E desconhecer como usar um livro impresso. E conquistar boas colocações no mundo do trabalho.

LC - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 3


*SA0175AZ4*

Questão 03 [...]
Que hay de cierto en la fábula de la cigarra y la hormiga Y repite el ataque
Cuenta una conocida fábula que, tras pasar todo por andanadas:
Nadie queda con hambre
un verano cantando y ociosa, una cigarra se encontró
si hay empanadas.
sin alimento y decidió pedir a su vecina, la hormiga algo
que llevarse a la boca. Esta le ofreció granos de arroz ANTRIX, J. Disponível em: http://versado-en-la-cocina.blogspot.com.
Acesso em: 8 dez. 2018 (fragmento).
acompañados de una moraleja: más vale prevenir que
lamentar. ¿Merecen su fama de previsoras y afanosas A gastronomia é uma das formas de expressão cultural
las hormigas? Sin duda. Las hormigas cortadoras de de um povo. Nesse poema, ao personificar as
hojas (Atta cephalotes), por ejemplo, son consideradas empanadas, o escritor chileno Antrix
las primeras agricultoras del planeta, dedicadas a cortar, A enaltece esse prato da culinária hispânica.
acarrear e integrar hojas en el jardín de hongos del que B descreve algumas etapas de preparação dessa
se alimentan. Otro dato curioso es que se ha comprobado receita.
que, prácticamente en todas las especies de hormigas, C destaca a importância do vinho na alimentação
las más ancianas asumen trabajos de mayor riesgo. hispânica.
De acuerdo con Dawid Moron de la Universidad de
D resgata o papel histórico desse alimento em tempos
Jagiellonian (Polonia), esto se debe a que es mejor para
de fome.
la colonia sacrificar una vida que está cerca de su fin
que a un individuo joven. E evidencia a relevância de alguns condimentos
En cuanto a las cigarras, no se les puede acusar de na cozinha hispânica.
perezosas. Lo que sí es cierto es que los machos pasan Questão 05
el verano “cantando” — un sonido que producen con El Hombre Electrónico
unas membranas llamadas timbales — y encaramados
¿Cuántas veces has cambiado de móvil? ¿Cuántos
a un árbol, de cuya savia se alimentan.
ordenadores has tenido ya? ¿Tienes cámara digital,
Disponível em: www.muyinteresante.es. IPOD, Nintendo Wii y televisión de pantalla de plasma?
Acesso em: 31 out. 2012 (adaptado).
Ordenadores, teléfonos móviles, GPS, walkmans,
A fábula é um gênero de ampla divulgação televisiones, lavadoras, tostadores, aspiradores y un
frequentemente revisitado com diversos objetivos. larguísimo etcétera. Todos usamos aparatos eléctricos
No texto, a fábula A cigarra e a formiga é retomada para que tarde o temprano se convertirán en residuos.
A apresentar ao leitor um ensinamento moral. El Hombre Electrónico mide 7 metros de altura y pesa
B reforçar o estereótipo associado às cigarras. 3,3 toneladas. Es una escultura hecha con la cantidad
C descrever o comportamento dos insetos na natureza. de residuos eléctricos y electrónicos que un ciudadano
medio (en el Reino Unido) tirará a la basura a lo largo
D expor a superioridade das formigas em relação às de su vida, si se sigue consumiendo este tipo de
cigarras. productos al ritmo actual. El Hombre Electrónico ha
E descrever a relação social entre formigas e cigarras sido diseñado por el escultor Paul Bomini con objetivo
na natureza. de aumentar la conciencia de los ciudadanos a la hora
Questão 04 de consumir aparatos eléctricos. Esta campaña parte de
Empanada la base de que todos compramos aparatos electrónicos
como herramientas de trabajo u ocio, pero haciéndonos
Overa en bayo claro, unas cuantas preguntas podemos inducir cambios en
vaquilla echada, nuestro comportamiento que beneficiarán al medio
eres del vino tinto
la camarada. ambiente, otras personas y a nosotros mismos: ¿Tienes
algún aparato eléctrico o electrónico que no necesitas?
[...] ¿Podrías ser más responsable a la hora de comprar un
Vienes llena de pino, nuevo producto electrónico? ¿Podrías reciclar o reparar
cebolla y carne, estos productos una vez que se han quedado obsoletos o
con pasas, huevo duro, se han roto? ¿Intentas ahorrar energia en tu vida diaria?
y aliño de hambre. Disponível em: www.verdecito.es. Acesso em: 20 fev. 2009 (adaptado).

Con el primer mordisco Considerando a necessidade de assumir uma conduta


por una oreja, mais responsável com o meio ambiente, Paul Bomini
se abre tu boca ardiente criou a escultura O homem eletrônico para
como sorpresa. A incentivar inovações em reciclagem para a
Te la lleno de pebre construção de máquinas.
quedas picante B propor a criação de objetos a partir de aparelhos
si te beso muy fuerte, descartados.
no me reclames. C divulgar o lançamento de produtos eletrônicos
Busco, loco, en tu vientre, sustentáveis.
delicia oscura, D problematizar o descarte inconsequente de
la traición exquisita equipamentos.
de tu aceituna. E alertar sobre as escolhas tecnológicas da população.

LC - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 4


*SA0175AZ5*

Questão 07
Questões de 06 a 45 Um amor desse
Questão 06 Era 24 horas lado a lado

PALAVRAS
Um radar na pele, aquele sentimento alucinado
Coração batia acelerado

Bastava um olhar pra eu entender

TÊM PODER
Que era hora de me entregar pra você
Palavras não faziam falta mais
Ah, só de lembrar do seu perfume
Palavras informam, libertam, destroem preconceitos. Que arrepio, que calafrio
Palavras desinformam, aprisionam e criam preconceitos.
Que o meu corpo sente
Liberdade de expressão. A escolha é sua. Nem que eu queira, eu te apago da minha mente
A responsabilidade, também.
A liberdade de expressão é uma conquista Ah, esse amor
inquestionável. O que todos precisam saber é Deixou marcas no meu corpo
que liberdade traz responsabilidades. Publicar Ah, esse amor
informações e mensagens sensacionalistas, Só de pensar, eu grito, eu quase morro
explorar imagens mórbidas, desrespeitar os
AZEVEDO, N.; LEÃO, W.; QUADROS, R. Coração pede socorro.
Direitos Humanos e estimular o preconceito e a Rio de Janeiro: Som Livre, 2018 (fragmento).
violência são atos de desrespeito à lei.
Essa letra de canção foi composta especialmente
Para promover a liberdade de expressão com
para uma campanha de combate à violência contra
responsabilidade, o Ministério Público de
Pernambuco se une a vários parceiros nesta as mulheres, buscando conscientizá-las acerca do
ação educativa. Colabore. Caso veja alguma limite entre relacionamento amoroso e relacionamento
mensagem que desrespeite os seus direitos, abusivo. Para tanto, a estratégia empregada na letra é a
denuncie.
0800 281 9455 - Ministério Público de Pernambuco
A revelação da submissão da mulher à situação de
violência, que muitas vezes a leva à morte.
Disponível em: http://palavrastempoder.org. Acesso em: 20 abr. 2015.
B ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da
Pela análise do conteúdo, constata-se que essa
mulher agredida, que continuamente pede socorro.
campanha publicitária tem como função social
C exploração de situação de duplo sentido, que mostra
A propagar a imagem positiva do Ministério Público.
que atos de dominação e violência não configuram
B conscientizar a população que direitos amor.
implicam deveres.
D divulgação da importância de denunciar a violência
C coibir violações de direitos humanos nos meios
doméstica, que atinge um grande número de
de comunicação.
mulheres no país.
D divulgar políticas sociais que combatem a intolerância
e o preconceito. E naturalização de situações opressivas, que fazem
E instruir as pessoas sobre a forma correta de parte da vida de mulheres que vivem em uma
expressão nas redes sociais. sociedade patriarcal.

LC - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 5


*SA0175AZ6*

Questão 08 Questão 09
Meu caro Sherlock Holmes, algo horrível aconteceu Mídias: aliadas ou inimigas da educação física escolar?
às três da manhã no Jardim Lauriston. Nosso homem
que estava na vigia viu uma luz às duas da manhã No caso do esporte, a mediação efetuada pela
saindo de uma casa vazia. Quando se aproximou, câmera de TV construiu uma nova modalidade de
encontrou a porta aberta e, na sala da frente, o corpo consumo: o esporte telespetáculo, realidade textual
de um cavalheiro bem vestido. Os cartões que estavam relativamente autônoma face à prática “real” do esporte,
em seu bolso tinham o nome de Enoch J. Drebber, construída pela codificação e mediação dos eventos
Cleveland, Ohio, EUA. Não houve assalto e nosso esportivos efetuados pelo enquadramento, edição das
homem não conseguiu encontrar algo que indicasse imagens e comentários, interpretando para o espectador
como ele morreu. Não havia marcas de sangue, nem o que ele está vendo. Esse fenômeno tende a valorizar
feridas nele. Não sabemos como ele entrou na casa a forma em relação ao conteúdo, e para tal faz uso
vazia. Na verdade, todo assunto é um quebra-cabeça privilegiado da linguagem audiovisual com ênfase na
sem fim. Se puder vir até a casa seria ótimo, se não, imagem cujas possibilidades são levadas cada vez mais
eu lhe conto os detalhes e gostaria muito de saber sua adiante, em decorrência dos avanços tecnológicos.
opinião. Atenciosamente, Tobias Gregson. Por outro lado, a narração esportiva propõe uma
concepção hegemônica de esporte: esporte é esforço
DOYLE, A. C. Um estudo em vermelho. Cotia: Pé de Letra, 2017.
máximo, busca da vitória, dinheiro... O preço que se
Considerando o objetivo da carta de Tobias Gregson, paga por sua espetacularização é a fragmentação do
a sequência de enunciados negativos presente nesse fenômeno esportivo. A experiência global do ser-atleta é
texto tem a função de modificada: a sociabilização no confronto e a ludicidade
não são vivências privilegiadas no enfoque das
A restringir a investigação, deixando-a sob a mídias, mas as eventuais manifestações de violência,
responsabilidade do autor da carta. em partidas de futebol, por exemplo, são exibidas e
B refutar possíveis causas da morte do cavalheiro, reexibidas em todo o mundo.
auxiliando na investigação. BETTI, M. Motriz, n. 2, jul.-dez. 2001 (adaptado).
C identificar o local da cena do crime, localizando-o no
A reflexão trazida pelo texto, que aborda o esporte
Jardim Lauriston.
telespetáculo, está fundamentada na
D introduzir o destinatário da carta, caracterizando sua
personalidade. A distorção da experiência do ser-atleta para os
E apresentar o vigia, incluindo-o entre os suspeitos do espectadores.
assassinato. B interpretação dos espectadores sobre o conteúdo
transmitido.
C utilização de equipamentos audiovisuais de última
geração.
D valorização de uma visão ampliada do esporte.
E equiparação entre a forma e o conteúdo.

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*SA0175AZ7*

Questão 10

Disponível em: www.essl.pt. Acesso em: 9 maio 2019 (adaptado).

Essa campanha se destaca pela maneira como utiliza a linguagem para conscientizar a sociedade da necessidade
de se acabar com o bullying. Tal estratégia está centrada no(a)

A chamamento de diferentes atores sociais pelo uso recorrente de estruturas injuntivas.


B variedade linguística caracterizadora do português europeu.
C restrição a um grupo específico de vítimas ao apresentar marcas gráficas de identificação de gênero como “o(a)”.
D combinação do significado de palavras escritas em línguas inglesa e portuguesa.
E enunciado de cunho esperançoso “passe à história” no título do cartaz.

Questão 11
Esporte e cultura: análise acerca da esportivização de práticas corporais nos jogos indígenas
Nos Jogos dos Povos Indígenas, observa-se que as práticas corporais realizadas envolvem elementos
tradicionais (como as pinturas e adornos corporais) e modernos (como a regulamentação, a fiscalização e a
padronização). O arco e flecha e a lança, por exemplo, são instrumentos tradicionalmente utilizados para a caça e a
defesa da comunidade na aldeia. Na ocasião do evento, esses artefatos foram produzidos pela própria etnia, porém
sua estruturação como “modalidade esportiva” promoveu uma semelhança entre as técnicas apresentadas, com o
sentido único da competição.
ALMEIDA, A. J. M.; SUASSUNA, D. M. F. A. Pensar a prática, n. 1, jan.-abr. 2010 (adaptado).

A relação entre os elementos tradicionais e modernos nos Jogos dos Povos Indígenas desencadeou a

A padronização de pinturas e adornos corporais.


B sobreposição de elementos tradicionais sobre os modernos.
C individuação das técnicas apresentadas em diferentes modalidades.
D legitimação das práticas corporais indígenas como modalidade esportiva.
E preservação dos significados próprios das práticas corporais em cada cultura.

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*SA0175AZ8*

Questão 12 E a diversidade vai além do estilo das HQ. Em uma


das mesas na fila F, senta a quadrinista com deficiência
TEXTO I auditiva Ju Loyola, com suas histórias que classifica
como “narrativas silenciosas”. São histórias que podem
A promessa da felicidade
ser compreendidas por crianças e adultos, e pessoas
de qualquer nacionalidade, pelo simples motivo de não
terem uma única palavra.
A artista não escreve roteiros convencionais para
suas obras. Sua experiência de ter que entender a
comunicação pelo que vê faz com que ela se identifique
muito mais com o que observa do que com o que as
pessoas dizem.
E basta folhear suas obras que fica claro que elas
não são histórias em quadrinhos que perderam as
palavras, mas sim que ganharam uma nova perspectiva.
Disponível em: https://catracalivre.com.br.
Acesso em: 8 dez. 2018 (adaptado).

O Texto I exemplifica a obra de uma artista surda,


que promove uma experiência de leitura inovadora,
divulgada no Texto II. Independentemente de seus
objetivos, ambos os textos
A incentivam a produção de roteiros compostos
por imagens.
B colaboram para a valorização de enredos românticos.
C revelam o sucesso de um evento de cartunistas.
D contribuem com o processo de acessibilidade.
E questionam o padrão tradicional das HQ.

Questão 13
HELOÍSA: Faz versos?
PINOTE: Sendo preciso... Quadrinhas... Acrósticos...
Sonetos... Reclames.
HELOÍSA: Futuristas?
PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista.
Cheguei a acreditar na independência... Mas foi
uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco.
A me olhar de esguelha. A não me receber mais.
As crianças choravam em casa. Tenho três filhos.
No jornal também não pagavam, devido à crise.
Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo. Arranjei
JU LOYOLA. The promise of happiness. aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista.
LOYOLA, J. Disponível em: http://ladyscomics.com.br. ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003.
Acesso em: 8 dez. 2018 (adaptado). O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade
ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 1930
TEXTO II diante de determinada vanguarda europeia. Nessa
visão, atribui-se ao público leitor uma postura
Quadrinista surda faz sucesso na CCXP
A preconceituosa, ao evitar formas poéticas
com narrativas silenciosas
simplificadas.
A área de artistas independentes da Comic Con B conservadora, ao optar por modelos consagrados.
Experience (CCXP) deste ano é a maior da história do C preciosista, ao preferir modelos literários eruditos.
evento geek, são mais de 450 quadrinistas e ilustradores D nacionalista, ao negar modelos estrangeiros.
no Artistsꞌ Alley. E eclética, ao aceitar diversos estilos poéticos.

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*SA0175AZ9*

Questão 14 pela imagem em alta definição, basta clicar sobre


ela e utilizar a ferramenta de zoom. Para fazer o
A viagem download, disponível para obras de domínio público,
Que coisas devo levar é preciso utilizar a seta localizada do lado inferior
direito da imagem.
nesta viagem em que partes? Disponível em: www.revistabula.com.
As cartas de navegação só servem Acesso em: 5 dez. 2018 (adaptado).
a quem fica.
A função da linguagem que predomina nesse texto se
Com que mapas desvendar caracteriza por
um continente
que falta? A evidenciar a subjetividade da reportagem com base
Estrangeira do teu corpo na fala do historiador de arte.
tão comum B convencer o leitor a fazer o acesso on-line, levando-o
quantas línguas aprender a conhecer as obras de arte.
para calar-me? C informar sobre o acesso às imagens por meio da
Também quem fica descrição do modo como acessá-las.
procura D estabelecer interlocução com o leitor, orientando-o a
um oriente. fazer o download das obras de arte.
Também E enaltecer a arte, buscando popularizá-la por meio da
a quem fica possibilidade de visualização on-line.
cabe uma paisagem nova
e a travessia insone do desconhecido Questão 16
e a alegria difícil da descoberta.
O que levas do que fica, Ed Mort só vai
o que, do que levas, retiro?
Mort. Ed Mort. Detetive particular. Está na plaqueta.
MARQUES, A. M. In: SANT’ANNA, A. (Org.). Rua Aribau. Tenho um escritório numa galeria de Copacabana entre um
Porto Alegre: Tag, 2018. fliperama e uma loja de carimbos. Dá só para o essencial,
A viagem e a ausência remetem a um repertório poético um telefone mudo e um cinzeiro. Mas insisto numa
tradicional. No poema, a voz lírica dialoga com essa mesa e numa cadeira. Apesar do protesto das baratas.
tradição, repercutindo a Elas não vencerão. Comprei um jogo de máscaras.
No meu trabalho o disfarce é essencial. Para escapar
A saudade como experiência de apatia. dos credores. Outro dia entrei na sala e vi a cara do King
B presença da fragmentação da identidade. Kong andando pelo chão. As baratas estavam roubando
C negação do desejo como expressão de culpa. as máscaras. Espisoteei meia dúzia. As outras atacaram
D persistência da memória na valorização a mesa. Consegui salvar a minha Bic e o jornal. O jornal
do passado. era novo, tinha só uma semana. Mas elas levaram a
agenda. Saí ganhando. A agenda estava em branco.
E revelação de rumos projetada pela vivência
Meu último caso fora com a funcionária do Erótica,
da solidão.
a primeira ótica da cidade com balconista topless.
Questão 15 Acabara mal. Mort. Ed Mort. Está na plaqueta.
VERISSIMO, L. F. Ed Mort: todas as histórias.
O Instituto de Arte de Chicago disponibilizou para Porto Alegre: L&PM, 1997 (adaptado).
visualização on-line, compartilhamento ou download
(sob licença Creative Commons), 44 mil imagens de Nessa crônica, o efeito de humor é basicamente
obras de arte em altíssima resolução, além de livros, construído por uma
estudos e pesquisas sobre a história da arte. A segmentação de enunciados baseada na descrição
Para o historiador da arte, Bendor Grosvenor, o dos hábitos do personagem.
sucesso das coleções on-line de acesso aberto, além B ordenação dos constituintes oracionais na qual se
de democratizar a arte, vem ajudando a formar um novo destaca o núcleo verbal.
público museológico. Grosvenor acredita que quanto
C estrutura composicional caracterizada pelo arranjo
mais pessoas forem expostas à arte on-line, mais visitas
singular dos períodos.
pessoais acontecerão aos museus.
A coleção está disponível em seis categorias: D sequenciação narrativa na qual se articulam eventos
paisagens urbanas, impressionismo, essenciais, arte absurdos.
africana, moda e animais. Também é possível pesquisar E seleção lexical na qual predominam informações
pelo nome da obra, estilo, autor ou período. Para navegar redundantes.

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Questão 17

Disponível em: http://epoca.globo.com. Acesso em: 20 mar. 2014.


De acordo com esse infográfico, as redes sociais estimulam diferentes comportamentos dos usuários que revelam
A exposição exagerada dos indivíduos.
B comicidade ingênua dos usuários.
C engajamento social das pessoas.
D disfarce do sujeito por meio de avatares.
E autocrítica dos internautas.
Questão 18
O que é software livre
Software livre é qualquer programa de computador construído de forma colaborativa, via internet, por uma
comunidade internacional de desenvolvedores independentes. São centenas de milhares de hackers, que negam
sua associação com os “violadores de segurança”. Esses desenvolvedores de software se recusam a reconhecer
o significado pejorativo do termo e continuam usando a palavra hacker para indicar “alguém que ama programar e
que gosta de ser hábil e engenhoso”. Além disso, esses programas são entregues à comunidade com o código fonte
aberto e disponível, permitindo que a ideia original possa ser aperfeiçoada e devolvida novamente à comunidade.
Nos programas convencionais, o código de programação é secreto e de propriedade da empresa que o desenvolveu,
sendo quase impossível decifrar a programação.
O que está em jogo é o controle da inovação tecnológica. Software livre é uma questão de liberdade de expressão
e não apenas uma relação econômica. Hoje existem milhares de programas alternativos construídos dessa forma
e uma comunidade de usuários com milhões de membros no mundo.
BRANCO, M. Software livre e desenvolvimento social e económico. In: CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Org).
A sociedade em rede: do conhecimento à acção política. Lisboa: Imprensa Nacional, 2005 (adaptado).
A criação de softwares livres contribui para a produção do conhecimento na sociedade porque
A democratiza o acesso a produtos construídos coletivamente.
B complexifica os sistemas operacionais disponíveis no mercado.
C qualifica um maior número de pessoas para o uso de tecnologias.
D possibilita a coleta de dados confidenciais para seus desenvolvedores.
E insere profissionalmente os hackers na área de inovação tecnológica.
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Questão 19 municípios do País, em poucos cliques, o interessado


pode conhecer melhor o perfil da população, o tipo de
Expostos na web desde a gravidez atividade desenvolvida, as ocupações formais e a média
salarial por categoria.
Mais da metade das mães e um terço dos pais
ouvidos em uma pesquisa sobre compartilhamento MANTOVANI, C. A. Guardião de informações. Minas faz Ciência,
n. 58, jun.-jul.-ago. 2014 (adaptado).
paterno em mídias sociais discutem nas redes sociais
sobre a educação dos filhos. Muitos são pais e mães de Entre as novas possibilidades promovidas pelo
primeira viagem, frutos da geração Y (que nasceu junto desenvolvimento de novas tecnologias, o texto destaca a
com a internet) e usam esses canais para saberem
que não estão sozinhos na empreitada de educar A auditoria das ações de governo.
uma criança. Há, contudo, um risco no modo como as B publicidade das entidades públicas.
pessoas estão compartilhando essas experiências. C obtenção de informações estratégicas.
É a chamada exposição parental exagerada, alertam
D disponibilidade de ambientes coletivos.
os pesquisadores.
De acordo com os especialistas no assunto, E comunicação entre órgãos administrativos.
se você compartilha uma foto ou vídeo do seu filho
pequeno fazendo algo ridículo, por achar engraçadinho,
Questão 21
quando a criança tiver seus 11, 12 anos, pode se sentir Menina
constrangida. A autoconsciência vem com a idade.
A máquina de costura avançava decidida sobre
A exibição da privacidade dos filhos começa a
o pano. Que bonita que a mãe era, com os alfinetes
assumir uma característica de linha do tempo e eles
na boca. Gostava de olhá-la calada, estudando seus
não participaram da aprovação ou recusa quanto à
gestos, enquanto recortava retalhos de pano com a
veiculação desses conteúdos. Assim, quando a criança
tesoura. Interrompia às vezes seu trabalho, era quando
cresce, sua privacidade pode já estar violada.
a mãe precisava da tesoura. Admirava o jeito decidido
OTONI, A. C. O Globo, 31 mar. 2015 (adaptado). da mãe ao cortar pano, não hesitava nunca, nem errava.
Sobre o compartilhamento parental excessivo em mídias A mãe sabia tanto! Tita chamava-a de ( ) como quem diz
sociais, o texto destaca como impacto o(a) ( ). Tentava não pensar as palavras, mas sabia que na
mesma hora da tentativa tinha-as pensado. Oh, tudo era
A interferência das novas tecnologias na comunicação tão difícil. A mãe saberia o que ela queria perguntar-lhe
entre pais e filhos. intensamente agora quase com fome depressa depressa
B desatenção dos pais em relação ao comportamento antes de morrer, tanto que não se conteve e — Mamãe,
dos filhos na internet. o que é desquitada? — atirou rápida com uma voz
sem timbre. Tudo ficou suspenso, se alguém gritasse o
C distanciamento na relação entre pais e filhos
mundo acabava ou Deus aparecia — sentia Ana Lúcia.
provocado pelo uso das redes sociais.
Era muito forte aquele instante, forte demais para uma
D fortalecimento das redes de relações decorrente da menina, a mãe parada com a tesoura no ar, tudo sem
troca de experiências entre as famílias. solução podendo desabar a qualquer pensamento,
E desrespeito à intimidade das crianças cujas imagens a máquina avançando desgovernada sobre o vestido
têm sido divulgadas nas redes sociais. de seda brilhante espalhando luz luz luz.
ÂNGELO, I. Menina. In: A face horrível. São Paulo: Lazuli, 2017.
Questão 20
Escrita na década de 1960, a narrativa põe em evidência
O projeto DataViva consiste na oferta de dados oficiais uma dramaticidade centrada na
sobre exportações, atividades econômicas, localidades e
ocupações profissionais de todo o Brasil. Num primeiro A insinuação da lacuna familiar gerada pela ausência
momento, o DataViva construiu uma ferramenta que da figura paterna.
permitia a análise da economia mineira embasada por B associação entre a angústia da menina e a reação
essa perspectiva metodológica complexa e diversa. intempestiva da mãe.
No entanto, diante das possibilidades oferecidas pelas
C relação conflituosa entre o trabalho doméstico e a
bases de dados trabalhadas, a plataforma evoluiu para
emancipação feminina.
um sistema mais completo. De maneira interativa e
didática, o usuário é guiado por meio das diversas formas D representação de estigmas sociais modulados pela
de navegação dos aplicativos. Além de informações perspectiva da criança.
sobre os produtos exportados, bem como acerca do E expressão de dúvidas existenciais intensificadas
volume das exportações em cada um dos estados e pela percepção do abandono.

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Questão 22 Questão 24
Uma ouriça Blues da piedade
Se o de longe esboça lhe chegar perto,
se fecha (convexo integral de esfera), Vamos pedir piedade
se eriça (bélica e multiespinhenta): Senhor, piedade
e, esfera e espinho, se ouriça à espera.
Mas não passiva (como ouriço na loca); Pra essa gente careta e covarde
nem só defensiva (como se eriça o gato); Vamos pedir piedade
sim agressiva (como jamais o ouriço),
Senhor, piedade
do agressivo capaz de bote, de salto
(não do salto para trás, como o gato): Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
daquele capaz de salto para o assalto.
CAZUZA. Cazuza: o poeta não morreu. Rio de Janeiro:
Se o de longe lhe chega em (de longe), Universal Music, 2000 (fragmento).
de esfera aos espinhos, ela se desouriça.
Reconverte: o metal hermético e armado Todo gênero apresenta elementos constitutivos que
na carne de antes (côncava e propícia), condicionam seu uso em sociedade. A letra de canção
e as molas felinas (para o assalto), identifica-se com o gênero ladainha, essencialmente,
nas molas em espiral (para o abraço). pela utilização da sequência textual
MELO NETO, J. C. A educação pela pedra. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1997. A expositiva, por discorrer sobre um dado tema.
Com apuro formal, o poema tece um conjunto semântico
que metaforiza a atitude feminina de B narrativa, por apresentar uma cadeia de ações.
A tenacidade transformada em brandura. C injuntiva, por chamar o interlocutor à participação.
B obstinação traduzida em isolamento. D descritiva, por enumerar características de
C inércia provocada pelo desejo platônico. um personagem.
D irreverência cultivada de forma cautelosa. E argumentativa, por incitar o leitor a uma tomada
E desconfiança consumada pela intolerância. de atitude.
Questão 23
Questão 25

Com o enredo que homenageou o centenário do


Rei do Baião, Luiz Gonzaga, a Unidos da Tijuca foi
coroada no Carnaval 2012.
A penúltima escola a entrar na Sapucaí, na segunda
noite de desfiles, mergulhou no universo do cantor e
compositor brasileiro e trouxe a cultura nordestina com
criatividade para a Avenida, com o enredo O dia em que
toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o
Rei Luiz do Sertão.
Disponível em: www.cultura.rj.gov.br.
Acesso em: 15 maio 2012 (adaptado).

Disponível em: www.acnur.org. Acesso em: 11 dez. 2018. A notícia relata um evento cultural que marca a
Nesse cartaz, o uso da imagem do calçado aliada ao
texto verbal tem o objetivo de A primazia do samba sobre a música nordestina.
A criticar as difíceis condições de vida dos refugiados. B inter-relação entre dois gêneros musicais brasileiros.
B revelar a longa trajetória percorrida pelos refugiados. C valorização das origens oligárquicas da cultura
C incentivar a campanha de doações para nordestina.
os refugiados. D proposta de resgate de antigos gêneros musicais
D denunciar a situação de carência vivida brasileiros.
pelos refugiados.
E simbolizar a necessidade de adesão à causa E criatividade em compor um samba-enredo em
dos refugiados. homenagem a uma pessoa.

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Questão 26
TEXTO I
O Estatuto do Idoso completou 15 anos em 2018 e só no primeiro semestre o Disque 100 recebeu 16 mil
denúncias de violação de direitos dos idosos em todo o País.
Para especialistas da área, o aumento no número de denúncias pode ser consequência do encorajamento dos
mais velhos na busca pelos direitos. Mas também pode refletir uma onda crescente de violência na sociedade e
dentro das próprias famílias.
Políticas públicas mais eficazes no atendimento ao idoso são o mínimo que um país deve estabelecer. O Brasil
está ficando para trás e é preciso levar em consideração que o País envelhece (tendência mundial) sem estar
preparado para arcar com os desafios, como criar uma rede de proteção, preparar os serviços de saúde pública e
dar suporte às famílias que precisam cuidar de seus idosos dependentes.
Disponível em: www.folhadelondrina.com.br. Acesso em: 9 dez. 2018 (adaptado).
TEXTO II

Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 9 dez. 2018.

Na comparação entre os textos, conclui-se que as regras do Estatuto do Idoso


A apresentam vantagens em relação às de outros países.
B são ignoradas pelas famílias responsáveis por idosos.
C alteram a qualidade de vida das pessoas com mais de 60 anos.
D precisam ser revistas em razão do envelhecimento da população.
E contrastam com as condições de vida proporcionadas pelo País.

Questão 27

Educação para a saúde mediante programas de educação física escolar


A educação para a saúde deverá ser alcançada mediante interação de ações que possam envolver o próprio
homem mediante suas atitudes frente às exigências ambientais representadas pelos hábitos alimentares, estado de
estresse, opções de lazer, atividade física, agressões climáticas etc. Dessa forma, parece evidente que o estado de
ser saudável não é algo estático. Pelo contrário, torna-se necessário adquiri-lo e construí-lo de forma individualizada
constantemente ao longo de toda a vida, apontando para o fato de que saúde é educável e, portanto, deve ser
tratada não apenas com base em referenciais de natureza biológica e higienista, mas sobretudo em um contexto
didático-pedagógico.
GUEDES, D. P. Motriz, n. 1, 1999.

A educação para a saúde pressupõe a adoção de comportamentos com base na interação de fatores relacionados à
A adesão a programas de lazer.
B opção por dietas balanceadas.
C constituição de hábitos saudáveis.
D evasão de ambientes estressores.
E realização de atividades físicas regulares.

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Questão 28 Questão 30
Os subúrbios do Rio de Janeiro foram a primeira TEXTO I
coisa a aparecer no mundo, antes mesmo dos vulcões
e dos cachalotes, antes de Portugal invadir, antes do Estratos
Getúlio Vargas mandar construir casas populares. Na passagem de uma língua para outra, algo
O bairro do Queím, onde nasci e cresci, é um deles. sempre permanece, mesmo que não haja ninguém
Aconchegado entre o Engenho Novo e Andaraí, foi feito para se lembrar desse algo. Pois um idioma retém
daquela argila primordial, que se aglutinou em diversos em si mais memórias que os seus falantes e, como
formatos: cães soltos, moscas e morros, uma estação uma chapa mineral marcada por camadas de uma
de trem, amendoeiras e barracos e sobrados, botecos história mais antiga do que aquela dos seres viventes,
e arsenais de guerra, armarinhos e bancas de jogo do
inevitavelmente carrega em si a impressão das eras
bicho e um terreno enorme reservado para o cemitério.
pelas quais passou. Se as “línguas são arquivos da
Mas tudo ainda estava vazio: faltava gente.
Não demorou. As ruas juntaram tanta poeira que história”, elas carecem de livros de registro e catálogos.
o homem não teve escolha a não ser passar a existir, Aquilo que contêm pode apenas ser consultado em
para varrê-las. À tardinha, sentar na varanda das casas parte, fornecendo ao pesquisador menos os elementos
e reclamar da pobreza, falar mal dos outros e olhar para de uma biografia do que um estudo geológico de uma
as calçadas encardidas de sol, os ônibus da volta do sedimentação realizada em um período sem começo ou
trabalho sujando tudo de novo. sem fim definido.
HERINGER, V. O amor dos homens avulsos. HELLER-ROAZEN, D. Ecolalias: sobre o esquecimento das línguas.
São Paulo: Cia. das Letras, 2016. Campinas: Unicamp, 2010.

Traçando a gênese simbólica de sua cidade, o narrador TEXTO II


imprime ao texto um sentido estético fundamentado na Na reflexão gramatical dos séculos XVI e XVII,
A excentricidade dos bairros cariocas de sua infância. a influência árabe aparece pontualmente, e se reveste
B perspectiva caricata da paisagem de traços sobretudo de item bélico fundamental na atribuição de
deteriorados. rudeza aos idiomas português e castelhano por seus
C importância dos fatos relacionados à história respectivos detratores. Parecer com o árabe, assim,
dos subúrbios. é uma acusação de dessemelhança com o latim.
D diversidade dos tipos humanos identificados por SOUZA, M. P. Linguística histórica.
seus hábitos. Campinas: Unicamp, 2006.

E experiência do cotidiano marcado pelas Relacionando-se as ideias dos textos a respeito da


necessidades e urgências. história e memória das línguas, quanto à formação da
Questão 29 língua portuguesa, constata-se que

A rede é, antes de tudo, um instrumento de A a presença de elementos de outras línguas no


comunicação entre pessoas, um laço virtual em que português foi historicamente avaliada como um
as comunidades auxiliam seus membros a aprender o índice de riqueza.
que querem saber. Os dados não representam senão a B o estudioso da língua pode identificar com precisão
matéria-prima de um processo intelectual e social vivo, os elementos deixados por outras línguas na
altamente elaborado. Enfim, toda inteligência coletiva transformação da língua portuguesa.
do mundo jamais dispensará a inteligência pessoal, o
esforço individual e o tempo necessário para aprender, C o português é o resultado da influência de outras
pesquisar, avaliar e integrar-se a diversas comunidades, línguas no passado e carrega marcas delas em suas
sejam elas virtuais ou não. A rede jamais pensará em múltiplas camadas.
seu lugar, fique tranquilo. D o árabe e o latim estão na formação escolar e na
LÉVY, P. A máquina universo: criação, cognição e cultura memória dos falantes brasileiros.
informática. Porto Alegre: Artmed, 1998.
E a influência de outras línguas no português ocorreu
No contexto das novas tecnologias de informação e de maneira uniforme ao longo da história.
comunicação, a circulação de saberes depende da
A otimização do tempo.
B confiabilidade dos sites.
C contribuição dos usuários.
D quantidade de informação.
E colaboração de intelectuais.

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Questão 31 A expectativa é que, se o hormônio funcionar da


mesma forma em humanos, surja em breve um novo
medicamento para emagrecer. Mas ele estaria longe
de substituir por completo os benefícios da atividade
física. “Possivelmente existem muitos outros hormônios
musculares liberados durante o exercício e ainda não
descobertos”, diz o fisiologista Paul Coen, professor
assistente da Universidade de Pittsburgh, nos EUA.
A irisina não fortalece os músculos, por exemplo.
E para ficar com aquele tríceps de fazer inveja só o
levantamento de controle remoto não daria conta.
LIMA, F. Galileu. São Paulo, n. 248, mar. 2012.

Para convencer o leitor de que o exercício físico é


importante, o autor usa a estratégia de divulgar que
PICASSO, P. Cabeça de touro. Bronze, 33,5 cm x 43,5 cm x 19 cm. A a falta de exercício físico não emagrece e desenvolve
Musée Picasso, Paris. França, 1945.
doenças.
JANSON, H. W. Iniciação à história da arte.
B se trata de uma forma de transformar a gordura
São Paulo: Martins Fontes, 1988.
branca em marrom e de emagrecer.
Na obra Cabeça de touro, o material descartado torna-se C a irisina é um hormônio que apenas é produzido com
objeto de arte por meio da
o exercício físico.
A reciclagem da matéria-prima original. D o exercício é uma forma de afinar a silhueta por
B complexidade da combinação de formas abstratas. eliminar a gordura branca.
C perenidade dos elementos que constituem E se produzem outros hormônios e há outros benefícios
a escultura. com o exercício.
D mudança da funcionalidade pela integração
dos objetos. Questão 33
E fragmentação da imagem no uso de elementos Inverno! inverno! inverno!
diversificados. Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva
Questão 32 boreal, descampados de gelo cujo limite escapa-nos
sempre, desesperadamente, para lá do horizonte,
Emagrecer sem exercício? perpétua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz
do vento que passa uivando como uma legião de lobos,
Hormônio aumenta a esperança de perder gordura
sem sair do sofá. A solução viria em cápsulas. através da cidade de catedrais e túmulos de cristal na
planície, fantasmas que a miragem povoam e animam,
O sonho dos sedentários ganhou novo aliado. tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero
Um estudo publicado na revista científica Nature, em e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o
janeiro, sugere que é possível modificar a gordura corporal frio inverno da vida.
sem fazer exercício. Pesquisadores do Dana-Farber Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma
Cancer Institute e da Escola de Medicina de Harvard, dos lugares onde a natureza dorme por meses, à espera
nos EUA, isolaram em laboratório a irisina, hormônio do sol avaro que não vem.
naturalmente produzido pelas células musculares
POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas: Unicamp, 2013.
durante os exercícios aeróbicos, como caminhada,
corrida ou pedalada. A substância foi aplicada em ratos Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia
e agiu como se eles tivessem se exercitado, inclusive desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa a
com efeito protetor contra o diabetes.
O segredo foi a conversão de gordura branca — A imprecisão no sentido dos vocábulos.
aquela que estoca energia inerte e estraga nossa silhueta B dramaticidade como elemento expressivo.
— em marrom. Mais comum em bebês, e praticamente C subjetividade em oposição à verossimilhança.
inexistente em adultos, esse tipo de gordura serve para
nos aquecer. E, nesse processo, gasta uma energia D valorização da imagem com efeito persuasivo.
tremenda. Como efeito colateral, afinaria nossa silhueta. E plasticidade verbal vinculada à cadência melódica.
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Questão 34 Questão 36
Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba TEXTO I
eram ocupadas por tribos latinas, que dividiam o ano de
acordo com seus deuses. Os romanos adaptaram essa
estrutura. No princípio dessa civilização o ano tinha dez
meses e começava por Martius (atual março). Os outros
dois teriam sido acrescentados por Numa Pompílio,
o segundo rei de Roma.
Até Júlio César reformar o calendário local, os
meses eram lunares, mas as festas em homenagem
aos deuses permaneciam designadas pelas estações.
O descompasso de dez dias por ano fazia com
que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, o
Intercalaris, tivesse que ser enxertado. Com a ajuda de
matemáticos do Egito emprestados por Cleópatra, Júlio
César acabou com a bagunça ao estabelecer o seguinte
calendário solar: Januarius, Februarius, Martius, Aprilis,
Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October,
November e December. Quase igual ao nosso, com as Fotografia de Jackson Pollock pintando em seu ateliê,
diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem aos realizada por Hans Namuth em 1951.
meses de julho e agosto. CHIPP, H. Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br. TEXTO II
Acesso em: 8 dez. 2018.

Considerando as informações no texto e aspectos


históricos da formação da língua, a atual escrita dos
meses do ano em português
A reflete a origem latina de nossa língua.
B decorre de uma língua falada no Egito antigo.
C tem como base um calendário criado por Cleópatra.
D segue a reformulação da norma da língua proposta
por Júlio César.
E resulta da padronização do calendário antes da
fundação de Roma.

Questão 35
No Brasil, a disseminação de uma expectativa de
corpo com base na estética da magreza é bastante grande
e apresenta uma enorme repercussão, especialmente,
se considerada do ponto de vista da realização pessoal. MUNIZ, V. Action Photo (segundo Hans Namuth em Pictures
Em pesquisa feita na cidade de São Paulo, aparecem os in Chocolate). Impressão fotográfica, 152,4 cm x 121,92 cm,
percentuais de 90% entre as mulheres pesquisadas que The Museum of Modern Art, Nova Iorque, 1977.
se dizem preocupadas com seu peso corporal, sendo
NEVES, A. História da arte 4. Vitória: Ufes – Nead, 2011.
que 95% se sentem insatisfeitas com “seu próprio corpo”.
SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação Utilizando chocolate derretido como matéria-prima, essa
de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; obra de Vick Muniz reproduz a célebre fotografia do
Florianópolis: UFSC, 2001.
processo de criação de Jackson Pollock. A originalidade
A preocupação excessiva com o “peso” corporal pode dessa releitura reside na
provocar o desenvolvimento de distúrbios associados
diretamente à imagem do corpo, tais como A apropriação parodística das técnicas e
materiais utilizados.
A anorexia e bulimia.
B ortorexia e vigorexia. B reflexão acerca dos sistemas de circulação da arte.
C ansiedade e depressão. C simplificação dos traços da composição pictórica.
D sobrepeso e fobia social. D contraposição de linguagens artísticas distintas.
E sedentarismo e obesidade. E crítica ao advento do abstracionismo.

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Questão 37 A ideia dos cientistas é continuar desenvolvendo a


criatividade da IA para que ela se pareça cada vez mais
Na semana passada, os alunos do colégio do com a humana. Simular esse tipo de resposta é difícil,
meu filho se mobilizaram, através do Twitter, para porque o computador precisa ter, primeiro, um banco de
não comprarem na cantina da escola naquele dia, dados vasto vinculado a uma programação específica
pois acharam o preço do pão de queijo abusivo. para cada tipo de projeto — escrita, pintura, música,
São adolescentes. Quase senhores das novas desenho e por aí vai.
tecnologias, transitam nas redes sociais, varrem o
D’ANGELO, H. Disponível em: https://super.abril.com.br.
mundo através dos teclados dos celulares, iPads e
Acesso em: 5 dez. 2018.
se organizam para fazer um movimento pacífico de
não comprar lanches por um dia. Foi parar na TV e O êxito e as limitações da tecnologia utilizada na
em muitas páginas da internet. composição do conto evidenciam a
GOMES, A. A revolução silenciosa e o impacto na sociedade das
redes sociais. Disponível em: www.hsm.com.br.
A indistinção entre personagens produzidos por
Acesso em: 31 jul. 2012. máquinas e seres humanos.
O texto aborda a temática das tecnologias da informação B necessidade de reformulação da base de dados
e comunicação, especificamente o uso de redes sociais. elaborada por cientistas.
Muito se debate acerca dos benefícios e malefícios do C autonomia de programas computacionais no
uso desses recursos e, nesse sentido, o texto desenvolvimento ficcional.
D diferença entre a estrutura e a criatividade da
A aborda a discriminação que as redes sociais sofrem
de outros meios de comunicação. linguagem humana.
B mostra que as reivindicações feitas nas redes sociais E qualidade artística de textos produzidos por
não têm impacto fora da internet. computadores.
C expõe a possibilidade de as redes sociais Questão 39
favorecerem comportamentos e manifestações
violentos dos adolescentes que nelas Essa lua enlutada, esse desassossego
se relacionam. A convulsão de dentro, ilharga
D trata as redes sociais como modo de agregar e Dentro da solidão, corpo morrendo
empoderar grupos de pessoas, que se unem em prol
Tudo isso te devo. E eram tão vastas
de causas próprias ou de mudanças sociais.
As coisas planejadas, navios,
E evidencia que as redes sociais são usadas
inadequadamente pelos adolescentes, que, Muralhas de marfim, palavras largas
imaturos, não utilizam a ferramenta como forma Consentimento sempre. E seria dezembro.
de mudança social. Um cavalo de jade sob as águas
Dupla transparência, fio suspenso
Questão 38
Todas essas coisas na ponta dos teus dedos
“O computador, dando prioridade à busca pela E tudo se desfez no pórtico do tempo
própria felicidade, parou de trabalhar para os humanos”. Em lívido silêncio. Umas manhãs de vidro
É assim que termina o conto O dia em que um computador
Vento, a alma esvaziada, um sol que não vejo
escreveu um conto, escrito por uma inteligência artificial
com a ajuda de cientistas humanos. Também isso te devo.
Os cientistas selecionaram palavras e frases que
HILST, H. Júbilo, memória, noviciado da paixão.
seriam usadas na narrativa, e definiram um roteiro geral São Paulo: Cia. das Letras, 2018.
da história, que serviria como guia para a inteligência
artificial. A partir daí, o computador criou o texto No poema, o eu lírico faz um inventário de estados
combinando as frases e seguindo as diretrizes que passados espelhados no presente. Nesse processo,
os cientistas impuseram. Os juízes não sabem quais aflora o
textos são escritos por humanos e quais são feitos por A cuidado em apagar da memória os restos do amor.
computadores, o que mostra que o conto estava bem
B amadurecimento revestido de ironia e desapego.
escrito. O dia só não passou para as próximas etapas
porque, de acordo com os juízes, os personagens não C mosaico de alegrias formado seletivamente.
foram muito bem descritos, embora o texto estivesse D desejo reprimido convertido em delírio.
estruturalmente impecável. E arrependimento dos erros cometidos.

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Questão 40 Incorporando o devaneio da personagem, o narrador


compõe uma alegoria que representa o anseio de
1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito
A rejeitar metas de superação de desafios.
da energia e da temeridade.
2. A coragem, a audácia, a rebelião serão B restaurar o estado de felicidade pregressa.
elementos essenciais de nossa poesia. C materializar expectativas de natureza utópica.
3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade D rivalizar com indivíduos de condição privilegiada.
pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar
E valorizar as experiências hedonistas do presente.
o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de
corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
Questão 42
4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo
enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade.
A ciência do Homem-Aranha
Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado
com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito Muitos dos superpoderes do querido Homem-
explosivo... um automóvel rugidor, que parece correr sobre -Aranha de fato se assemelham às habilidades
a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia. biológicas das aranhas e são objeto de estudo para
5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura produção de novos materiais.
o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada O “sentido-aranha” adquirido por Peter Parker
também numa corrida sobre o circuito da sua órbita. funciona quase como um sexto sentido, uma
6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, espécie de habilidade premonitória e, por isso, soa
fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico como um mero elemento ficcional. No entanto, as
fervor dos elementos primordiais. aranhas realmente têm um sentido mais aguçado.
MARINETTI, F. T. Manifesto futurista. In: TELES, G. M. Vanguardas Na verdade, elas têm um dos sistemas sensoriais mais
europeias e Modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985. impressionantes da natureza.
O documento de Marinetti, de 1909, propõe os Os pelos sensoriais das aranhas, que estão
referenciais estéticos do Futurismo, que valorizam a espalhados por todo o corpo, funcionam como uma
forma muito boa de perceber o mundo e captar
A composição estática. informações do ambiente. Em muitas espécies, esse
B inovação tecnológica. tato por meio dos pelos tem papel mais importante
C suspensão do tempo. que a própria visão, uma vez que muitas aranhas
D retomada do helenismo. conseguem prender e atacar suas presas na completa
escuridão. E por que os pelos humanos não são
E manutenção das tradições.
tão eficientes como órgãos sensoriais como os das
Questão 41 aranhas? Primeiro, porque um ser humano tem em
média 60 fios de pelo em cada cm² do corpo, enquanto
Ela nasceu lesma, vivia no meio das lesmas, mas algumas espécies de aranha podem chegar a ter
não estava satisfeita com sua condição. Não passamos 40 mil pelos por cm²; segundo, porque cada pelo das
de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos aranhas possui até 3 nervos para fazer a comunicação
conhecidas por nossa lentidão. O rastro que deixaremos entre a sensação percebida e o cérebro, enquanto
na História será tão desprezível quanto a gosma que nós, seres humanos, temos apenas 1 nervo por pelo.
marca nossa passagem pelos pavimentos. Disponível em: http://cienciahoje.org.br.
A esta frustração correspondia um sonho: a lesma Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
queria ser como aquele parente distante, o escargot.
Como estratégia de progressão do texto, o autor simula
O simples nome já a deixava fascinada: um termo
uma interlocução com o público leitor ao recorrer à
francês, elegante, sofisticado, um termo que as pessoas
pronunciavam com respeito e até com admiração. A revelação do “sentido-aranha” adquirido pelo super-
Mas, lembravam as outras lesmas, os escargots são -herói como um sexto sentido.
comidos, enquanto nós pelo menos temos chance de B caracterização do afeto do público pelo super-herói
sobreviver. Este argumento não convencia a insatisfeita marcado pela palavra “querido”.
lesma, ao contrário: preferiria exatamente terminar sua
vida desta maneira, numa mesa de toalha adamascada, C comparação entre os poderes do super-herói e as
entre talheres de prata e cálices de cristal. Assim como habilidades biológicas das aranhas.
o mar é o único túmulo digno de um almirante batavo, D pergunta retórica na introdução das causas da
respondia, a travessa de porcelana é a única lápide eficiência do sistema sensorial das aranhas.
digna dos meus sonhos. E comprovação das diferenças entre a constituição
SCLIAR, M. Sonho de lesma. In: ABREU, C. F. et al. física do homem e da aranha por meio de
A prosa do mundo. São Paulo: Global, 2009. dados numéricos.

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Questão 43 tomas teu café com pão,


tomas teu lugar no bote
no cais do Capibaribe.
Deixas chorando na esteira
teu filho de mãe solteira.
Levas ao lado a marmita,
contendo a mesma ração
do meio de todo o dia,
a carne-seca e o feijão.
De tudo quanto ele pede
dás só bom-dia ao patrão,
e recomeças a luta
na engrenagem da fiação.
MOTA, M. Canto ao meio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964.

Nesse texto, a mobilização do uso padrão das formas


verbais e pronominais

A ajuda a localizar o enredo num ambiente estático.


B auxilia na caracterização física do
personagem principal.
C acrescenta informações modificadoras às ações dos
personagens.
D alterna os tempos da narrativa, fazendo progredir as
ideias do texto.
E está a serviço do projeto poético, auxiliando na
distinção dos referentes.
Questão 45
Disponível em: www.tecmundo.com.br. Irerê, meu passarinho do sertão do Cariri,
Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado). Irerê, meu companheiro,
O texto tem o formato de uma carta de jogo e apresenta Cadê viola? Cadê meu bem? Cadê Maria?
dados a respeito de Marcelo Gleiser, premiado Ai triste sorte a do violeiro cantadô!
pesquisador brasileiro da atualidade. Essa apresentação Ah! Sem a viola em que cantava o seu amô,
subverte um gênero textual ao Ah! Seu assobio é tua flauta de irerê:
A vincular áreas distintas do conhecimento. Que tua flauta do sertão quando assobia,
B evidenciar a formação acadêmica do pesquisador. Ah! A gente sofre sem querê!
Ah! Teu canto chega lá no fundo do sertão,
C relacionar o universo lúdico a informações
biográficas. Ah! Como uma brisa amolecendo o coração,
Ah! Ah!
D especificar as contribuições mais conhecidas
Irerê, solta teu canto!
do pesquisador.
Canta mais! Canta mais!
E destacar o nome do pesquisador e sua imagem Prá alembrá o Cariri!
no início do texto.
VILLA-LOBOS, H. Bachianas Brasileiras n. 5 para soprano e oito
Questão 44 violoncelos (1938-1945). Disponível em: http://euterpe.blog.br.
Acesso em: 23 abr. 2019.
Toca a sirene na fábrica, Nesses versos, há uma exaltação ao sertão do Cariri em
e o apito como um chicote uma ambientação linguisticamente apoiada no(a)
bate na manhã nascente
e bate na tua cama A uso recorrente de pronomes.
no sono da madrugada. B variedade popular da língua portuguesa.
Ternuras da áspera lona
C referência ao conjunto da fauna nordestina.
pelo corpo adolescente.
É o trabalho que te chama. D exploração de instrumentos musicais eruditos.
Às pressas tomas o banho, E predomínio de regionalismos lexicais nordestinos.

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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO


1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.

TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
No dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em Paris —, um homem de teatro que
trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um
aparelho, e Lumière desencorajou-o, disse-lhe que o “Cinematógrapho” não tinha o menor futuro como espetáculo,
era um instrumento científico para reproduzir o movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o
público, no início, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière enganou-se.
Como essa estranha máquina de austeros cientistas virou uma máquina de contar estórias para enormes plateias,
de geração em geração, durante já quase um século?
BERNARDET, Jean-Claude. O que é Cinema. In BERNARDET, Jean-Claude; ROSSI, Clóvis. O que é Jornalismo, O que é Editora,
O que é Cinema. São Paulo: Brasiliense, 1993.
TEXTO II
Edgar Morin define o cinema como uma máquina que registra a existência e a restitui como tal, porém levando em
consideração o indivíduo, ou seja, o cinema seria um meio de transpor para a tela o universo pessoal, solicitando
a participação do espectador.
GUTFREIND, C. F. O filme e a representação do real. E-Compós, v. 6, 11, 2006 (adaptado).
TEXTO III TEXTO IV
O Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado:
quase 3 300 salas em 1975, uma para cada 30 000 habitantes,
80% em cidades do interior. Desde então, o país mudou.
Quase 120 milhões de pessoas a mais passaram a viver nas cidades.
A urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura
urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as
mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia
do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1 000 salas.
Com a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição
se reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar às
atuais 2 200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente
(o Brasil é apenas o 60º país na relação habitantes por sala),
ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as áreas de
renda mais alta das grandes cidades. Populações inteiras foram
excluídas do universo do cinema ou continuam mal atendidas:
o Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenas
e médias do interior.
Disponível em: www.meioemensagem.com. Disponível em: https://cinemapertodevoce.ancine.gov.br.
Acesso em: 12 jun. 2019 (adaptado). Acesso em: 13 jun. 2019 (fragmento).

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
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CIÊNCIAS HUMANAS A geração de imagens por meio da tecnologia ilustrada


E SUAS TECNOLOGIAS depende da variação do(a):

Questões de 46 a 90 A Albedo dos corpos físicos.


B Profundidade do lençol freático.
Questão 46 C Campo de magnetismo terrestre.
D Qualidade dos recursos minerais.
A pegada ecológica gigante que estamos a deixar E Movimento de translação planetária.
no planeta está a transformá-lo de tal forma que os
especialistas consideram que já entramos numa Questão 48
nova época geológica, o Antropoceno. E muitos Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX,
defendem que, se não travarmos a crise ambiental, mais maravilhado pela geografia, flora e fauna da
região sul-americana, via seus habitantes como se
rapidamente transformaremos a Terra em Vênus do que fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro,
iremos a Marte. A expressão “Antropoceno” é atribuída referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais
ao químico e prêmio Nobel Paul Crutzen, que a propôs não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou
nosso papel de exportadores de natureza no que seria
durante uma conferência em 2000, ao mesmo tempo o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos
que anunciou o fim do Holoceno — a época geológica como territórios condenados a aproveitar os recursos
em que os seres humanos se encontram há cerca de naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos.
12 mil anos, segundo a União Internacional das Ciências São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
Geológicas (UICG), a entidade que define as unidades
A relação entre ser humano e natureza ressaltada
de tempo geológicas. no texto refletia a permanência da seguinte corrente
filosófica:
SILVA, R. D. Antropoceno: e se formos os últimos seres vivos
a alterar a Terra? Disponível em: www.publico.pt.
A Relativismo cognitivo.
Acesso em: 5 dez. 2017 (adaptado).
B Materialismo dialético.
A concepção apresentada considera a existência de uma C Racionalismo cartesiano.
nova época geológica concebida a partir da capacidade D Pluralismo epistemológico.
de influência humana nos processos E Existencialismo fenomenológico.

A eruptivos. Questão 49
B exógenos. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está investigando
C tectônicos. o extermínio de abelhas por intoxicação por agrotóxicos
D magmáticos. em colmeias de São Paulo e Minas Gerais. Os estudos
com inseticidas do tipo neonicotinoides devem estar
E metamórficos. concluídos no primeiro semestre de 2015. Trata-se de
um problema de escala mundial, presente, inclusive,
Questão 47 em países do chamado primeiro mundo, e que traz,
como consequência, grave ameaça aos seres vivos
do planeta, inclusive ao homem.
Atmosfera Sol IBAMA. Polinizadores em risco de extinção são ameaça
Satélite à vida do ser humano. Disponível em: www.mma.gov.br.
Energia solar Acesso em: 10 mar. 2014.
incidente
Energia solar Qual solução para o problema apresentado garante a
refletida produtividade da agricultura moderna?

A Preservação da área de mata ciliar.


B Adoção da prática de adubação química.
Floresta Rio Pastagens Rodovia C Utilização da técnica de controle biológico.
D Ampliação do modelo de monocultura tropical.
Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
E Intensificação da drenagem do solo de várzea.
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Questão 50 Questão 52
A hospitalidade pura consiste em acolher aquele que O processamento da mandioca era uma atividade
chega antes de lhe impor condições, antes de saber e já realizada pelos nativos que viviam no Brasil antes da
indagar o que quer que seja, ainda que seja um nome ou chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo
um “documento” de identidade. Mas ela também supõe do processo de colonização portuguesa, a produção
que se dirija a ele, de maneira singular, chamando-o de farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se
portanto e reconhecendo-lhe um nome próprio: lugar-comum em todo o território da colônia portuguesa
“Como você se chama?” A hospitalidade consiste em na América. Com a consolidação do comércio atlântico
fazer tudo para se dirigir ao outro, em lhe conceder, em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os
até mesmo perguntar seu nome, evitando que essa mares e chegou aos mercados africanos.
pergunta se torne uma “condição”, um inquérito policial, BEZERRA, N. R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico:
um novo olhar sobre as relações entre o Rio de Janeiro e
um fichamento ou um simples controle das fronteiras.
Benguela (1790-1830). Disponível em: www.bn.br.
Uma arte e uma poética, mas também toda uma política Acesso em: 20 ago. 2014 (adaptado).
dependem disso, toda uma ética se decide aí.
Considerando a formação do espaço atlântico,
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo:
Estação Liberdade, 2004 (adaptado).
esse produto exemplifica historicamente a

Associado ao contexto migratório contemporâneo, A difusão de hábitos alimentares.


o conceito de hospitalidade proposto pelo autor impõe a B disseminação de rituais festivos.
necessidade de C ampliação dos saberes autóctones.
A anulação da diferença. D apropriação de costumes guerreiros.
B cristalização da biografia. E diversificação de oferendas religiosas.
C incorporação da alteridade. Questão 53
D supressão da comunicação.
E verificação da proveniência. Brasil, Alemanha, Japão e Índia pedem reforma
do Conselho de Segurança
Questão 51 Os representantes do G4 (Brasil, Alemanha, Índia e
Japão) reiteraram, em setembro de 2018, a defesa pela
Em sentido geral e fundamental, Direito é a técnica ampliação do Conselho de Segurança da Organização
da coexistência humana, isto é, a técnica voltada a das Nações Unidas (ONU) durante reunião em
tornar possível a coexistência dos homens. Como Nova York (Estados Unidos). Em declaração conjunta,
técnica, o Direito se concretiza em um conjunto de regras de dez itens, os chanceleres destacaram que o
(que, nesse caso, são leis ou normas); e tais regras órgão, no formato em que está, com apenas cinco
têm por objeto o comportamento intersubjetivo, isto é, membros permanentes e dez rotativos, não reflete
o século 21. “A reforma do Conselho de Segurança é
o comportamento recíproco dos homens entre si.
essencial para enfrentar os desafios complexos de
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. hoje. Como aspirantes a novos membros permanentes
São Paulo: Martins Fontes, 2007. de um conselho reformado, os ministros reiteraram
seu compromisso de trabalhar para fortalecer o
O sentido geral e fundamental do Direito, conforme foi funcionamento da ONU e da ordem multilateral global,
destacado, refere-se à bem como seu apoio às respectivas candidaturas”,
afirma a declaração conjunta.
A aplicação de códigos legais.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br.
B regulação do convívio social. Acesso em: 7 dez. 2018 (adaptado).
C legitimação de decisões políticas.
Os países mencionados no texto justificam sua
D mediação de conflitos econômicos. pretensão com base na seguinte característica comum:
E representação da autoridade constituída.
A Extensividade de área territorial.
B Protagonismo em escala regional.
C Investimento em tecnologia militar.
D Desenvolvimento de energia nuclear.
E Disponibilidade de recursos minerais.

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Questão 54 A dinâmica de transformação da geografia das


indústrias descrita expõe a complementaridade entre
Dificilmente passa-se uma noite sem que dispersão espacial e
algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de
cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores A autonomia tecnológica.
não diretamente envolvidos nos ataques pareciam B crises de abastecimento.
apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: C descentralização política.
“deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos D concentração econômica.
aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas,
há um fogo ótimo para cozinhá-las”. E compartilhamento de lucros.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Questão 57
Francisco Alves, 1982 (adaptado).

A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no Regiões áridas e semiáridas do mundo


século XIX, foi uma reação ao seguinte processo
socioespacial:
A Restrição da propriedade privada. 30° N
B Expropriação das terras comunais. Trópico
de Câncer
C Imposição da estatização fundiária. 0° Equador
D Redução da produção monocultora. Trópico
E Proibição das atividades artesanais. de Capricórnio

30° S
Questão 55 SEMIÁRIDA
ÁRIDA (DESERTO)

Entre os combatentes estava a mais famosa


heroína da Independência. Nascida em Feira de SALGADO-LABOURIAL, M. L. História ecológica da Terra.
Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria São Paulo: Edgard Blucher, 1994 (adaptado).
de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou No Hemisfério Sul, a sequência latitudinal dos desertos
a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da representada na imagem sofre uma interrupção no Brasil
proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, devido à seguinte razão:
decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos,
amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se A Existência de superfícies de intensa refletividade.
às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros. B Preponderância de altas pressões atmosféricas.
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. C Influência de umidade das áreas florestais.
D Predomínio de correntes marinhas frias.
No processo de Independência do Brasil, o caso
mencionado é emblemático porque evidencia a E Ausência de massas de ar continentais.

A rigidez hierárquica da estrutura social. Questão 58


B inserção feminina nos ofícios militares. De fato, não é porque o homem pode usar a
vontade livre para pecar que se deve supor que Deus
C adesão pública dos imigrantes portugueses. a concedeu para isso. Há, portanto, uma razão pela
D flexibilidade administrativa do governo imperial. qual Deus deu ao homem esta característica, pois sem
E receptividade metropolitana aos ideais ela não poderia viver e agir corretamente. Pode-se
emancipatórios. compreender, então, que ela foi concedida ao homem
para esse fim, considerando-se que se um homem a
usa para pecar, recairão sobre ele as punições divinas.
Questão 56 Ora, isso seria injusto se a vontade livre tivesse sido
dada ao homem não apenas para agir corretamente,
A reestruturação global da indústria, condicionada mas também para pecar. Na verdade, por que deveria
pelas estratégias de gestão global da cadeia de valor ser punido aquele que usasse sua vontade para o fim
dos grandes grupos transnacionais, promoveu um forte para o qual ela lhe foi dada?
deslocamento do processo produtivo, até mesmo de AGOSTINHO. O livre-arbítrio. In: MARCONDES, D. Textos básicos
plantas industriais inteiras, e redirecionou os fluxos de de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
produção e de investimento. Entretanto, o aumento da Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona
participação dos países em desenvolvimento no produto sustenta que a punição divina tem como fundamento o(a)
global deu-se de forma bastante assimétrica quando se
compara o dinamismo dos países do leste asiático com A desvio da postura celibatária.
o dos demais países, sobretudo os latino-americanos, B insuficiência da autonomia moral.
no período 1980-2000. C afastamento das ações de desapego.
SARTI, F.; HIRATUKA, C. Indústria mundial: mudanças e D distanciamento das práticas de sacrifício.
tendências recentes. Campinas: Unicamp, n. 186, dez. 2010. E violação dos preceitos do Velho Testamento.

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Questão 59

Disponível em: https://hypescience.com. Acesso em: 1 dez. 2018 (adaptado).

A divisão política do mundo como apresentada na imagem seria possível caso o planeta fosse marcado
pela estabilidade do(a)

A ciclo hidrológico.
B processo erosivo.
C estrutura geológica.
D índice pluviométrico.
E pressão atmosférica.

Questão 60
A cidade medieval é, antes de mais nada, uma sociedade da abundância, concentrada num pequeno espaço
em meio a vastas regiões pouco povoadas. Em seguida, é um lugar de produção e de trocas, onde se articulam
o artesanato e o comércio, sustentados por uma economia monetária. É também o centro de um sistema de
valores particular, do qual emerge a prática laboriosa e criativa do trabalho, o gosto pelo negócio e pelo dinheiro,
a inclinação para o luxo, o senso da beleza. É ainda um sistema de organização de um espaço fechado
com muralhas, onde se penetra por portas e se caminha por ruas e praças e que é guarnecido por torres.
LE GOFF, J.; SCHMITT, J.-C. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006.

No texto, o espaço descrito se caracteriza pela associação entre a ampliação das atividades urbanas e a

A emancipação do poder hegemônico da realeza.


B aceitação das práticas usurárias dos religiosos.
C independência da produção alimentar dos campos.
D superação do ordenamento corporativo dos ofícios.
E permanência dos elementos arquitetônicos de proteção.

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Questão 61 Questão 63
TEXTO I TEXTO I
A centralização econômica, o protecionismo e
Deixa esse som te embalar a expansão ultramarina engrandeceram o Estado,

Terminam nas águas do mar ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo.


Lisboa: Gradiva,1989 (adaptado).
Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração TEXTO II
Lembra do som dessas águas de lá As interferências da legislação e das práticas
Faz desse rio a sua oração.
natural na esfera das relações econômicas.
MONTE, M. et al. O rio. In: . Rio de Janeiro:
SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo:
Sony; Universal Music, 2006 (fragmento).
Abril Cultural, 1983 (adaptado).
TEXTO II
Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre
O atrativo ecoturístico não é somente o banho de as relações entre Estado e economia foram formuladas.
cachoeira, sentar e caminhar pela praia, cavalgar, Tais concepções, associadas a cada um dos textos,
mas conhecer a biodiversidade, às vezes supostamente confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as
práticas de
tocar em corais, sair ao encontro de dezenas de jacarés
em seu hábitat natural são símbolos que fascinam um A valorização do pacto colonial — combate à livre-
ecoturista. A natureza é transformada em espetáculo -iniciativa.
diferente da vida urbana moderna. B defesa dos monopólios régios — apoio à livre
SANTANA, P. V. Ecoturismo: uma indústria sem chaminé? concorrência.
São Paulo: Labur Edições, 2008.
C formação do sistema metropolitano — crítica à livre
navegação.
posturas em relação à natureza: D abandono da acumulação metalista — estímulo ao
livre-comércio.
A Exploração e romantização.
E eliminação das tarifas alfandegárias — incentivo ao
B Sacralização e profanação. livre-cambismo.
C Preservação e degradação.
D Segregação e democratização. Questão 64
E Idealização e mercantilização. A lenda diz que, em um belo dia ensolarado,
Newton estava relaxando sob uma macieira. Pássaros
Questão 62 gorjeavam em suas orelhas. Havia uma brisa gentil.
Ele cochilou por alguns minutos. De repente,
A maior parte das agressões e manifestações uma maçã caiu sobre a sua cabeça e ele acordou com
discriminatórias contra as religiões de matrizes africanas um susto. Olhou para cima. “Com certeza um pássaro
ocorrem em locais públicos (57%). É na rua, na via pública, ou um esquilo derrubou a maçã da árvore”, supôs. Mas
que tiveram lugar mais de 2/3 das agressões, geralmente não havia pássaros ou esquilos na árvore por perto.
em locais próximos às casas de culto dessas religiões.
Ele, então, pensou: “Apenas alguns minutos antes,
O transporte público também é apontado como um local
a maçã estava pendurada na árvore. Nenhuma força
em que os adeptos das religiões de matrizes africanas
são discriminados, geralmente quando se encontram externa fez ela cair. Deve haver alguma força subjacente
paramentados por conta dos preceitos religiosos. que causa a queda das coisas para a terra”.
The English Enlightenment, p. 1-3, apud MARTINS, R. A. A maçã de Newton:
REGO, L. F.; FONSECA, D. P. R.; GIACOMINI, S. M. história, lendas e tolices. In: SILVA, C. C. (org.). Estudos de história e filosofia
. das ciências: subsídios para aplicação no ensino. São Paulo: Livraria da Física,
Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2014. 2006. p. 169 (adaptado).

As práticas descritas no texto são incompatíveis com a Em contraponto a uma interpretação idealizada, o
dinâmica de uma sociedade laica e democrática porque texto aponta para a seguinte dimensão fundamental da
ciência moderna:
A asseguram as expressões multiculturais. A
B promovem a diversidade de etnias. B Negação da observação.
C falseiam os dogmas teológicos. C Proposição de hipóteses.
D estimulam os rituais sincréticos. D Contemplação da natureza.
E restringem a liberdade de credo. E Universalização de conclusões.
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Questão 65 Questão 67
Para Maquiavel, quando um homem decide dizer TEXTO I
a verdade pondo em risco a própria integridade física, Considero apropriado deter-me algum tempo na
tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar
esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios totalmente à vontade seus maravilhosos atributos,
considerar, admirar e adorar a incomparável beleza
pessoais não são mais adequados para decidir sobre
dessa imensa luz.
ações cujas consequências se tornam tão amplas,
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
já que o prejuízo não será apenas individual,
mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e TEXTO II
os fins a serem atingidos, pode-se decidir que o melhor Qual será a forma mais razoável de entender como é
para o bem comum seja mentir. o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que
o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa?
ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força.
Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas”
São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado).
uma questão de fé.
O texto aponta uma inovação na teoria política na época RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
moderna expressa na distinção entre
Os textos abordam um questionamento da construção
A idealidade e efetividade da moral. da modernidade que defende um modelo
B nulidade e preservabilidade da liberdade. A centrado na razão humana.
C ilegalidade e legitimidade do governante. B baseado na explicação mitológica.
D verificabilidade e possibilidade da verdade. C fundamentado na ordenação imanentista.
E objetividade e subjetividade do conhecimento. D focado na legitimação contratualista.
E configurado na percepção etnocêntrica.
Questão 66
Questão 68
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS)
A comunidade de Mumbuca, em Minas Gerais,
como uma política para todos constitui-se uma
tem uma organização coletiva de tal forma expressiva
das mais importantes conquistas da sociedade
que coopera para o abastecimento de mantimentos da
brasileira no século XX. O SUS deve ser valorizado cidade do Jequitinhonha, o que pode ser atestado pela
e defendido como um marco para a cidadania e o feira aos sábados. Em Campinho da Independência, no
avanço civilizatório. A democracia envolve um modelo Rio de Janeiro, o artesanato local encanta os
de Estado no qual políticas protegem os cidadãos frequentadores do litoral sul do estado, além do
e reduzem as desigualdades. O SUS é uma diretriz restaurante quilombola que atende aos turistas.
que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o ALMEIDA, A. W. B. (Org.). Cadernos de debates nova cartografia
exercício de direitos, o pluralismo político e o bem-estar social: Territórios quilombolas e conflitos. Manaus: Projeto Nova
Cartografia Social da Amazônia; UEA Edições, 2010 (adaptado).
como valores de uma sociedade fraterna, pluralista
e sem preconceitos, conforme prevê a Constituição No texto, as estratégias territoriais dos grupos de
Federal de 1988. remanescentes de quilombo visam garantir:
RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, democracia com direitos A Perdão de dívidas fiscais.
sociais e saúde: a luta do Cebes. Revista Saúde em Debate,
n. 116, jan.-mar. 2018 (adaptado).
B Reserva de mercado local.
C Inserção econômica regional.
Segundo o texto, duas características da concepção da
D Protecionismo comercial tarifário.
política pública analisada são:
E Benefícios assistenciais públicos.
A Paternalismo e filantropia.
B Liberalismo e meritocracia.
C Universalismo e igualitarismo.
D Nacionalismo e individualismo.
E Revolucionarismo e coparticipação.
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Questão 69 Questão 71
No sistema capitalista, as muitas manifestações
Localizado a 160 km da cidade de Porto Velho
de crise criam condições que forçam a algum tipo de
(capital do estado de Rondônia), nos limites da Reserva racionalização. Em geral, essas crises periódicas têm o
Extrativista Jaci-Paraná e Terra Indígena Karipunas, efeito de expandir a capacidade produtiva e de renovar
o povoado de União Bandeirantes surgiu em 2000 a as condições de acumulação. Podemos conceber cada
partir de movimentos de camponeses, madeireiros, crise como uma mudança do processo de acumulação
pecuaristas e grileiros que, à revelia do ordenamento para um nível novo e superior.
territorial e diante da passividade governamental,
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço.
demarcaram e invadiram terras na área rural São Paulo: Annablume, 2005 (adaptado).
fundando a vila. Atualmente, constitui-se na região A condição para a inclusão dos trabalhadores no novo
de maior produção agrícola e leiteira do município de processo produtivo descrito no texto é a
Porto Velho, fornecendo, inclusive, alimentos para a
Hidrelétrica de Jirau. A associação sindical.
B participação eleitoral.
SILVA, R. G. C. Amazônia globalizada — o exemplo de Rondônia.
Confins, n. 23, 2015 (adaptado). C migração internacional.
A dinâmica de ocupação territorial descrita foi decorrente da D qualificação profissional.
E regulamentação funcional.
A mecanização do processo produtivo.
B adoção da colonização dirigida. Questão 72
C realização de reforma agrária. Art. 90. As nomeações dos deputados e
senadores para a Assembleia Geral, e dos membros
D ampliação de franjas urbanas.
dos Conselhos Gerais das províncias, serão feitas
E expansão de frentes pioneiras. por eleições, elegendo a massa dos cidadãos ativos em
assembleias paroquiais, os eleitores de província,
Questão 70 e estes, os representantes da nação e província.
Em nenhuma outra época o corpo magro adquiriu Art. 92. São excluídos de votar nas assembleias
um sentido de corpo ideal e esteve tão em evidência paroquiais:
como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido,
exposto em diversas revistas femininas e masculinas, I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais
está na moda: é capa de revistas, matérias de jornais, se não compreendem os casados, os oficiais
militares, que forem maiores de vinte e um anos, os
manchetes publicitárias, e se transformou em sonho
bacharéis formados e os clérigos de ordens sacras.
de consumo para milhares de pessoas. Partindo dessa II. Os filhos de famílias, que estiverem na
concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente companhia de seus pais, salvo se servirem a
sem comedimento, sem saúde, um corpo estigmatizado ofícios públicos.
pelo desvio, o desvio pelo excesso. Entretanto, como III. Os criados de servir, em cuja classe não entram
afirma a escritora Marylin Wann, é perfeitamente os guarda-livros, e primeiros caixeiros das
possível ser gordo e saudável. Frequentemente os casas de comércio, os criados da Casa Imperial,
gordos adoecem não por causa da gordura, mas sim que não forem de galão branco, e os
pelo estresse, pela opressão a que são submetidos. administradores das fazendas rurais e fábricas.
VASCONCELOS, N. A.; SUDO, I.; SUDO, N. Um peso na alma: IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em
o corpo gordo e a mídia. Revista Mal-Estar e Subjetividade, comunidade claustral.
n. 1, mar. 2004 (adaptado). V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem
mil réis por bens de raiz, indústria, comércio,
No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a
ou emprego.
relação entre saúde e corpo recebe a seguinte crítica:
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br.
Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
A Difusão das estéticas antigas.
B Exaltação das crendices populares. De acordo com os artigos do dispositivo legal
apresentado, o sistema eleitoral instituído no início do
C Propagação das conclusões científicas. Império é marcado pelo(a)
D Reiteração dos discursos hegemônicos.
A representação popular e sigilo individual.
E Contestação dos estereótipos consolidados.
B voto indireto e perfil censitário.
C liberdade pública e abertura política.
D ética partidária e supervisão estatal.
E caráter liberal e sistema parlamentar.

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Questão 73 Questão 75
O cristianismo incorporou antigas práticas relativas TEXTO I
ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou Os segredos da natureza se revelam mais sob a
a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus tortura dos experimentos do que no seu curso natural.
Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração
BACON, F. Novum Organum, 1620. In: HADOT, P. O véu de Ísis:
a este último de tal maneira que as festas do solstício de
ensaio sobre a história da ideia de natureza.
verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram São Paulo: Loyola, 2006.
“fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto
não foi imediatamente associada a São João Batista. TEXTO II
Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da O ser humano, totalmente desintegrado do todo,
festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas não percebe mais as relações de equilíbrio da natureza.
por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento Age de forma totalmente desarmônica sobre o ambiente,
(1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em causando grandes desequilíbrios ambientais.
torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação.
CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de Campinas: Papirus, 1995.
festas e santos católicos. Revista Anthropológicas,
n. 18, 2007 (adaptado). Os textos indicam uma relação da sociedade diante da
natureza caracterizada pela
Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada
no texto adotou as práticas descritas, que consistem em A objetificação do espaço físico.
A promoção de atos ecumênicos. B retomada do modelo criacionista.
B fomento de orientações bíblicas. C recuperação do legado ancestral.
C apropriação de cerimônias seculares. D infalibilidade do método científico.
D retomada de ensinamentos apostólicos. E formação da cosmovisão holística.
E ressignificação de rituais fundamentalistas.
Questão 76
Questão 74
Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada
Penso que não há um sujeito soberano, fundador, pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira
uma forma universal de sujeito que poderíamos cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo
encontrar em todos os lugares. Penso, pelo contrário, todas as formas de campos de concentração. Vistos de
que o sujeito se constitui através das práticas de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser
sujeição ou, de maneira mais autônoma, através de práticas descritos com imagens extraterrenas, como se a vida
de liberação, de liberdade, como na Antiguidade — a partir, fosse neles separada das finalidades deste mundo.
obviamente, de um certo número de regras, de estilos, Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos
que podemos encontrar no meio cultural. que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível
FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. que termina levando à aceitação do extermínio como
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. solução perfeitamente normal.
O texto aponta que a subjetivação se efetiva numa dimensão ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo:
Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
A legal, pautada em preceitos jurídicos.
A partir da análise da autora, no encontro das
B racional, baseada em pressupostos lógicos. temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à
C contingencial, processada em interações sociais. naturalização do(a)
D transcendental, efetivada em princípios religiosos.
A ideário nacional, que legitima as desigualdades sociais.
E essencial, fundamentada em parâmetros
substancialistas. B alienação ideológica, que justifica as ações individuais.
C cosmologia religiosa, que sustenta as tradições
hierárquicas.
D segregação humana, que fundamenta os projetos
biopolíticos.
E enquadramento cultural, que favorece os
comportamentos punitivos.

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Questão 77 Questão 79
A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos
era imprescindível para a existência da cidade-estado.
Segundo os regimes políticos, a proporção desses
cidadãos em relação à população total dos homens
livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas
aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.

Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção


de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do
seguinte critério para a participação política:
A Controle da terra.
B Liberdade de culto.
C Igualdade de gênero.
D Exclusão dos militares.
E Exigência da alfabetização.
Fala-se aqui de uma arte criada nas ruas e para
as ruas, marcadas antes de tudo pela vida cotidiana,
seus conflitos e suas possibilidades, que poderiam Questão 80
envolver técnicas, agentes e temas que não fossem A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente
encontrados nas instituições mais tradicionais e formais. o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado
VALVERDE, R. R. H. F. Os limites da inversão: a heterotopia do da ação popular. Não se negava o Estado, não se
Beco do Batman. Boletim Goiano de Geografia (Online). reivindicava participação nas decisões políticas;
Goiânia, v. 37, n. 2, maio/ago. 2017 (adaptado). defendiam-se valores e direitos considerados acima da
A manifestação artística expressa na imagem e intervenção do Estado.
apresentada no texto integra um movimento CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República
contemporâneo de que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).

A regulação das relações sociais. A mobilização analisada representou um alerta,


B apropriação dos espaços públicos. na medida em que a ação popular questionava
C padronização das culturas urbanas.
A a alta de preços.
D valorização dos formalismos estéticos.
B a política clientelista.
E revitalização dos patrimônios históricos.
C as reformas urbanas.
Questão 78 D o arbítrio governamental.
E as práticas eleitorais.
TEXTO I
Duas coisas enchem o ânimo de admiração e Questão 81
veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre
mim e a lei moral em mim. A partir da segunda metade do século XVIII,
KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, s/d (adaptado). o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e
se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à
TEXTO II recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.
Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o
estrelado céu dentro de mim. FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo,
5 abr. 2015 (adaptado).
FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa.
São Paulo: Hedra, 2015. Na matéria, o jornalista informa uma mudança na
A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à
ideias centrais do pensamento kantiano: seguinte atividade:

A Possibilidade da liberdade e obrigação da ação. A Coleta de drogas do sertão.


B Aprioridade do juízo e importância da natureza. B Extração de metais preciosos.
C Necessidade da boa vontade e crítica da metafísica. C Adoção da pecuária extensiva.
D Prescindibilidade do empírico e autoridade da razão. D Retirada de madeira do litoral.
E Interioridade da norma e fenomenalidade do mundo. E Exploração da lavoura de tabaco.

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Questão 82 Questão 84
Tratava-se agora de construir um ritmo novo. A Declaração Universal dos Direitos Humanos,
Para tanto, era necessário convocar todas as forças adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU
vivas da Nação, todos os homens que, com vontade na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948,
de trabalhar e confiança no futuro, pudessem erguer, foi um acontecimento histórico de grande relevância.
num tempo novo, um novo Tempo. E, à grande Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o
convocação que conclamava o povo para a gigantesca papel dos direitos humanos na convivência coletiva,
tarefa, começaram a chegar de todos os cantos da pode ser considerada um evento inaugural de uma nova
imensa pátria os trabalhadores: os homens simples concepção de vida internacional.
e quietos, com pés de raiz, rostos de couro e mãos
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
de pedra, e no calcanho, em carro de boi, em lombo In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.
de burro, em paus-de-arara, por todas as formas
possíveis e imagináveis, em sua mudez cheia de A declaração citada no texto introduziu uma nova
esperança, muitas vezes deixando para trás mulheres concepção nas relações internacionais ao possibilitar a
e filhos a aguardar suas promessas de melhores dias;
foram chegando de tantos povoados, tantas cidades A superação da soberania estatal.
cujos nomes pareciam cantar saudades aos seus B defesa dos grupos vulneráveis.
ouvidos, dentro dos antigos ritmos da imensa pátria... C redução da truculência belicista.
Terra de sol, Terra de luz... Brasil! Brasil! Brasília!
D impunidade dos atos criminosos.
MORAES, V.; JOBIM, A. C. Brasília, sinfonia da alvorada. III — A chegada
dos candangos. Disponível em: www.viniciusdemoraes.com.br.
E inibição dos choques civilizacionais.
Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
Questão 85
No texto, a narrativa produzida sobre a construção
de Brasília articula os elementos políticos e
socioeconômicos indicados, respectivamente, em:

A Apelo simbólico e migração inter-regional.


B Organização sindical e expansão do capital.
C Segurança territorial e estabilidade financeira.
D Consenso partidário e modernização rodoviária.
E Perspectiva democrática e eficácia dos transportes.

Questão 83
Saudado por centenas de militantes de movimentos
sociais de quarenta países, o papa Francisco
encerrou no dia 09/07/2015 o 2º Encontro Mundial dos
Movimentos Populares, em Santa Cruz de La Sierra,
na Bolívia. Segundo ele, a “globalização da esperança,
que nasce dos povos e cresce entre os pobres, “Nossa cultura não cabe nos seus museus”.
deve substituir esta globalização da exclusão e
TOLENTINO, A. B. Patrimônio cultural e discursos museológicos.
da indiferença”.
Midas, n. 6, 2016.
Disponível em: http://cartamaior.com.br.
Acesso em: 15 jul. 2015 (adaptado). Produzida no Chile, no final da década de 1970,
a imagem expressa um conflito entre culturas e sua
No texto há uma crítica ao seguinte aspecto do
presença em museus decorrente da
mundo globalizado:
A valorização do mercado das obras de arte.
A Liberdade política.
B definição dos critérios de criação de acervos.
B Mobilidade humana.
C ampliação da rede de instituições de memória.
C Conectividade cultural.
D Disparidade econômica. D burocratização do acesso dos espaços expositivos.
E Complementaridade comercial. E fragmentação dos territórios das comunidades
representadas.

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Questão 86 Questão 88
A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua O bônus demográfico é caracterizado pelo período
guerra de pirataria contra a Espanha papista quando em que, por causa da redução do número de filhos
por mulher, a estrutura populacional fica favorável
roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do
ao crescimento econômico. Isso acontece porque há
Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha proporcionalmente menos crianças na população, e o
Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do percentual de idosos ainda não é alto.
Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois
pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a GOIS, A. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).
um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o A ação estatal que contribui para o aproveitamento do
primeiro entreposto inglês ultramarino. bônus demográfico é o estímulo à
FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações
às independências. Séculos XIII a XX. A atração de imigrantes.
São Paulo: Cia. das Letras, 1996. B elevação da carga tributária.
A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme C qualificação da mão de obra.
citada no texto, foi o meio encontrado para D admissão de exilados políticos.
A restabelecer o crescimento da economia mercantil. E concessão de aposentadorias.
B conquistar as riquezas dos territórios americanos. Questão 89
C legalizar a ocupação de possessões ibéricas.
D ganhar a adesão das potências europeias. Os moradores de Utqiagvik passaram dois meses
quase totalmente na escuridão
E fortalecer as rotas do comércio marítimo.
Os habitantes desta pequena cidade no Alasca
Questão 87 — o estado dos Estados Unidos mais ao norte —
já estão acostumados a longas noites sem ver a luz
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do dia. Em 18 de novembro de 2018, seus pouco mais
realizou 248 ações fiscais e resgatou um total de de 4 mil habitantes viram o último pôr do sol do ano.
1 590 trabalhadores da situação análoga à de escravo, A oportunidade seguinte para ver a luz do dia ocorreu no
em 2014, em todo o país. A análise do enfrentamento dia 23 de janeiro de 2019, às 13 h 04 min (horário local).
do trabalho em condições análogas às de escravo Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 16 maio 2019 (adaptado).
materializa a efetivação de parcerias inéditas no
trato da questão, podendo ser referenciadas ações O fenômeno descrito está relacionado ao fato de a cidade
fiscais realizadas com o Ministério da Defesa, citada ter uma posição geográfica condicionada pela
Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio A continentalidade.
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
B maritimidade.
(Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio). C longitude.
Disponível em: http://portal.mte.gov.br. D latitude.
Acesso em: 4 fev. 2015 (adaptado). E altitude.
A estratégia defendida no texto para reduzir o problema Questão 90
social apontado consiste em:
A fome não é um problema técnico, pois ela não se
A Articular os órgãos públicos. deve à falta de alimentos, isso porque a fome convive
B Pressionar o Poder Legislativo. hoje com as condições materiais para resolvê-la.
C Ampliar a emissão das multas. PORTO-GONÇALVES, C. W. Geografia da riqueza, fome e meio
ambiente. In: OLIVEIRA, A. U.; MARQUES, M. I. M. (Org.). O campo
D Limitar a autonomia das empresas. no século XXI: território de vida, de luta e de construção da justiça
E Financiar as pesquisas acadêmicas. social. São Paulo: Casa Amarela; Paz e Terra, 2004 (adaptado).

O texto demonstra que o problema alimentar apresentado


tem uma dimensão política por estar associado ao(à)

A escala de produtividade regional.


B padrão de distribuição de renda.
C dificuldade de armazenamento de grãos.
D crescimento da população mundial.
E custo de escoamento dos produtos.
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*SA0175AZ32*

Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.

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EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

1º DIA
CADERNO

1
AZUL

2ª Aplicação
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:

Que o mais simples fosse visto como mais importante.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:


1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às
questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência,
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o
término das provas.

*SA0175AZ1*
*SA0175AZ2*

LINGUAGENS, CÓDIGOS Questão 02


E SUAS TECNOLOGIAS
Classifying
Questões de 01 a 45
Philip and Annie wear glasses
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
and so do Jim and Sue,
Questão 01 but Jim and Sue have freckles,
and Tracey and Sammy too.
Philip and Jim are in boy’s group
Global Enterprises Need but Philip is tall like Sam
Business English whilst Jim is small like Tracey and Sue
Globalization and a massive communication and and Clare and Bill and Fran.
information revolution have created a single global Sue is in Guides and football
market requiring a single common language.
whilst Helen fits in most things —
except she’s a girl and quite tall.
91%
of business executives agree
? BUT
companies’
investments have
not kept pace to
Jenny is curly and blonde and short
whilst Sally is curly but dark;
that English is the international
Jenny likes netball, writing and maths
ensure they can
language of business communicate

but Sally likes no kind of work.


Philip and Sam are both jolly,
Fran’s best for a quiet chat:
YET ONLY... now I

92%
Of non- native

7% have freckles, like joking, am tall, curly, dark,


English- report
speaking global that their
enterprise em- current
English
in Guides, football
ployees say communication in English is
critical or important for their jobs skills are sufficient for
success on the job
and play penny whistles and the piano…
how do I fit into all that?

Disponível em: www.globalenglish.com. Acesso em: 20 abr. 2015. NICHOLS, J. In: COLLIE, J.; LADOUSSE, G. Paths into Poetry.
England: Oxford University Press, 1993.
O infográfico aborda a importância do inglês para os
No poema Classifying, a escritora inglesa Judith Nichols
negócios. Nesse texto, as expressões but e yet only
compara várias pessoas com o objetivo de
evidenciam
A enumerar a diversidade de características físicas.
A um impedimento às transações comerciais em
contexto internacional. B classificar as preferências de diferentes pessoas.
B o desinteresse dos funcionários nos cursos C ilustrar a relação entre tipo físico e estilo de vida.
oferecidos pelas empresas. D destacar as singularidades de cada ser humano.
C uma comparação entre as visões dos executivos E denunciar a intolerância às diferenças físicas.
sobre o aprendizado do inglês.
D a necessidade de inserção de funcionários nativos
no mercado de trabalho globalizado.
E um contraste entre o ideal e o real sobre a
comunicação em inglês no mundo empresarial.

LC - 1º dia | Caderno 1 - AZUL - Página 2


*SA0175AZ3*

Questão 03 Na letra da canção Englishman in New York, a fala do eu


lírico evidencia uma atitude de
NYPD 911 OPERATORS
Opportunities as a Police Communications Technician A exaltação dos hábitos de um outro povo.
B dificuldade de adaptação à cultura alheia.
Police Communications Technicians (911 Operators/
Radio Dispatchers) C valorização da diversidade de costumes.
D disponibilidade para aprender coisas novas.
Starting Salary: $33,162 and can increase to $44,899
E predisposição a um comportamento solitário.
Requirements:
Questão 05
1. Four year high school diploma.
2. New York City residency is required within 90 days April 22, 2012
of appointment. The Power of Pictures
3. Must be able to understand and be understood in by Vickie An
English.
4. Must pass a drug screening. In February, the group took a photography field trip
to Haiti’s La Visite national park. A student holds up a
APPLICATION FEE: $47.00 - Payable on the day of the test. lizard as her classmates snap away.
Disponível em: www.nypdcivilianjobs.com. Acesso em: 17 out. 2013. It’s said that a picture is worth a thousand words.
Neste anúncio de emprego no Departamento de Polícia Conservation photographer Robin Moore believes this.
He especially believes that the stories photographs
da cidade de Nova Iorque, um dos requisitos para se
can tell about the environment can inspire people to
preencher a vaga é care for the earth. “It doesn’t matter what language you
A ser capaz de se comunicar em inglês. speak or what culture you come from, because a photo
can speak to everyone,” Moore says.
B pagar a taxa de inscrição antecipadamente.
That’s the idea behind Frame of Mind. Moore
C morar em Nova Iorque por 90 dias após o teste.
cofounded the organization last year with environmental
D ser experiente na área de combate às drogas. educator Deanna Del Vecchio and fellow nature
E ter diploma de ensino médio há quatro anos. photographer Neil Ever Osborne. The group is on a
mission to help young people around the world connect
Questão 04
with nature through photography workshops.
Englishman in New York
In August 2011, Frame of Mind hosted its very first
I don't drink coffee I take tea my dear workshop with 20 youth journalists in Jacmel, Haiti.
I like my toast done on one side The workshop was held in partnership with Conservation
And you can hear it in my accent when I talk International and Panos Caribbean. Each student was
I'm an Englishman in New York given a digital camera to use for the week and was taught
how to use it. During the session, the kids learned about
See me walking down Fifth Avenue
the local environment and how it relates to their lives.
A walking cane here at my side
AN, V. Disponível em: www.timeforkids.com.
I take it everywhere I walk Acesso em: 1 maio 2012 (adaptado).
I'm an Englishman in New York
Reconhecendo o potencial da fotografia como uma
[…]
linguagem universal, a organização mencionada
I'm an alien, I'm a legal alien intenciona levar
I'm an Englishman in New York A as gerações mais jovens a reconhecerem diferentes
I'm an alien, I'm a legal alien línguas e culturas.
I'm an Englishman in New York B os jovens a compreenderem melhor a relação entre
o meio ambiente e suas vidas.
Modesty, propriety can lead to notoriety
C os estudantes haitianos a conhecerem seus parques
You could end up as the only one nacionais.
Gentleness, sobriety are rare in this society D os jornalistas locais a buscarem parcerias com
At night a candle's brighter than the sun organizações não governamentais.
STING. Nothing Like the Sun. Studio Album. United States: A&M E os alunos de jornalismo do Haiti a usarem câmeras
Records, 1987 (fragmento). digitais em pesquisas.

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*SA0175AZ4*

Questão 02
LINGUAGENS, CÓDIGOS Dicen que Tita era tan sensible que desde que
E SUAS TECNOLOGIAS estaba en el vientre de mi bisabuela lloraba y lloraba
Questões de 01 a 45 cuando ésta picaba cebolla; su llanto era tan fuerte que
Nacha, la cocinera de la casa, que era medio sorda, lo
Questões de 01 a 05 (opção espanhol) escuchaba sin esforzarse. Un día los sollozos fueron tan
fuertes que provocaron que el parto se adelantara. Y sin
Questão 01 que mi bisabuela pudiera decir ni pío, Tita arribó a este
mundo prematuramente, sobre la mesa de la cocina,
El maíz peruano en la historia
entre los olores de una sopa de fideos que estaba
Aunque es más conocida como cuna de la papa, cocinando, los del tomillo, el laurel, el cilantro, el de la
la sociedad inca también fue la civilización del maíz, leche hervida, el de los ajos y, por supuesto, el de la
cultivo conocido en el Perú desde, por lo menos, cebolla. Como se imaginarán, la consabida nalgada no
1 200 años a.C. Los antiguos agricultores peruanos fue necesaria, pues Tita nació llorando de antemano, tal
lograron sofisticación en la selección y creación de vez porque ella sabía que su oráculo determinaba que
nuevas variedades adaptables a los diversos espacios en esta vida le estaba negado el matrimonio. Contaba
geográficos y climáticos. Al respecto, el cronista Nacha que Tita fue literalmente empujada a este mundo
Bernabé Cobo cuenta que en el antiguo Perú se hallaba por un torrente impresionante de lágrimas que se
maíz, llamado choclo, de todos los colores: blanco, desbordaron sobre la mesa y el piso de la cocina.
amarillo morado, negro colorado y mezclado. Hoy en ESQUIVEL, L. Como agua para chocolate.
día, en ese país se cultivan más de 55 variedades Buenos Aires: Debolsillo, 2005.
de la popular mazorca, más que en ningún otro lugar No fragmento do romance mexicano, publicado em
del mundo. En los Comentarios Reales de los Incas, 1989, prevalece a
Garcilaso de la Vega nos ilustra sobre los hábitos
alimenticios incaicos relatando que uno de los pilares A narração com base em elementos fantásticos.
de la alimentación era el maíz y que lo comían tostado B descrição com base no retrato objetivo da realidade.
o cocinado en agua. En ocasiones solemnes molían C injunção com base no diálogo entre os personagens.
los granos para hacer un pan llamado humita. Al maíz
tostado se le denominaba como aún se le llama hoy: D exposição com base na definição do papel da mulher
cancha, antecesora de las palomitas. na sociedade.
E argumentação a partir da discussão acerca de
Disponível em: www.yanuq.com. Acesso em: 20 jun. 2012 (adaptado).
dilemas existenciais.
O texto destaca a importância do milho na história do
Peru. Informa que os antigos agricultores peruanos

A desenvolveram cinquenta e cinco variedades da


planta.
B introduziram o milho em substituição à cultura da
batata.
C expandiram o cultivo do milho a outras partes do
mundo.
D produziram espécies de milho adaptáveis a diversos
solos.
E transformaram o preparo da pipoca em um evento
solene.

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*SA0175AZ5*

Questão 03 De acordo com o texto, ao participarem de um diálogo,


os espanhóis habitualmente
A se enfurecem com os ouvintes e exageram no
gestual.
B se apoderam do turno de fala e opinam com
obstinação.
C se ofendem com a audiência e censuram os
argumentos contrários.
D se desculpam com o grupo e reconhecem o tom de
voz inadequado.
E se interessam por entender as considerações e
preferem diálogos cordiais.
Questão 05
Reflexiones sobre la xenofobia en Europa
La xenofobia es una lacra que se resiste como el
peor de los cánceres a lo largo de las últimas décadas,
al punto que el escritor portugués José Saramago se
llegó a preguntar: “¿Cómo ha sido posible encontrarnos
con esta plaga de vuelta, después de haberla creído
extinta para siempre, en qué mundo terrible estamos
finalmente viviendo, cuando tanto habíamos creído
haber progresado en la cultura, civilización, derechos
humanos y otras prebendas...?” Qué hacer para
mitigar ésta desesperada y abominable situación, es la
clave que nos debe preocupar de forma urgente en la
sociedad, ya que el sistema global económico y político
DZWONIK, C. Disponível em: www.tarinja.net. parece algo mucho más complejo de cambiar a corto o
Acesso em: 12 ago. 2013.
medio plazo. La solución — en el sentir más extendido
A palavra clave, repetida diversas vezes na tirinha de entre de la masa social pensante europea — pasa
Gaturro, leva o leitor a uma reflexão sobre o(a) por la educación. La educación ha de orientarse hacia
el fomento de la interdependencia y la cooperación
A uso exaustivo das tecnologias na vida moderna. entre los pueblos para favorecer la universalidad, el
B qualidade de vida alcançada com os avanços reconocimiento recíproco de las culturas y una síntesis
tecnológicos. sociocultural nueva. Dicho de otra manera, es preciso
C praticidade da utilização dos códigos tecnológicos e promover la idea de la diversidad cultural, la igual validez
sociais. de todas las culturas, el interés por otras formas de ver
D necessidade de aprender a utilizar as novas el mundo como fuente de enriquecimiento personal
tecnologias. y social y la presentación de la sociedad multicultural
E quantidade de informações necessárias para como la sociedad del futuro (Gabino y Escribano, 1990).
resolver problemas. Disponível em: hemisferioizquierdo.uy. Acesso em: 18 ago. 2017.

Questão 04 Esse texto, que reflete sobre a xenofobia na Europa,


defende que
Dicen que hablamos muy alto. Algunos, incluso,
A o multiculturalismo se apresenta como um dificultador
piensan que no hablamos sino que gritamos.
La corresponsal mexicana Patricia Alvarado admite que, nas relações sociais.
a veces, pedimos perdón, pero es “para arrebatarle la B a educação intercultural deve insistir na aceitação
palabra al otro y seguir hablando”. Nos reprochan que da condição do outro.
escuchamos poco. O nada. “Cuando dos españoles se C o preconceito étnico é uma característica perene da
enfrentan están más pendientes de las palabras que
sociedade europeia.
van a utilizar en la réplica que en reflexionar sobre los
argumentos que les están exponiendo”, opina el alemán D o rechaço aos imigrantes é um problema solucionável
Paul Ingendaay, del Frankfurter Allgemeine. “Ninguna a longo prazo.
autocrítica le sirve al español para cambiar”. E a xenofobia seja entendida como uma doença física
Disponível em: www.larioja.com. Acesso em: 15 ago. 2012 (adaptado). grave.

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Questões de 06 a 45
Questão 06
De vez em quando, nas redes sociais, a gente se pega compartilhando notícias falsas, fotos modificadas,
boatos de todo tipo. O problema é quando a matéria é falsa. E, pior ainda, se é uma matéria falsa que não foi criada
por motivos humorísticos ou literários (sim, considero o “jornalismo ficcional” uma interessante forma de literatura),
mas para prejudicar a imagem de algum partido ou de algum político, não importa de que posição ou tendência.
Inventa-se uma arbitrariedade ou falcatrua, joga-se nas redes sociais e aguarda-se o resultado. Nesse caso, a
multiplicação da notícia falsa (que está sempre sujeita a ser denunciada juridicamente como injúria, calúnia ou
difamação) se dá em várias direções.
Antes de curtir, comentar ou compartilhar, procuro checar as fontes, ir aos links originais.
TAVARES, B. Disponível em: www.cartafundamental.com.br. Acesso em: 20 jan. 2015 (adaptado).
O texto expõe a preocupação de uma leitora de notícias on-line de que o compartilhamento de conteúdos falsos
pode ter como consequência a
A displicência natural das pessoas que navegam pela internet.
B desconstrução das relações entre jornalismo e literatura.
C impossibilidade de identificação da origem dos textos.
D disseminação de ações criminosas na internet.
E obtenção de maior popularidade nas redes.
Questão 07
19-11-1959
Eu a conheci da primeira vez em que estive aqui. Parece-me que é esquizofrênica, caso crônico, doente há
mais de vinte anos — não estou bem certa. Foi transferida para a Colônia Juliano Moreira e nunca mais a vi. [...]
À tarde, quando ia lá, pedia-lhe para cantar a ária da Bohème, “Valsa da Musetta”. Dona Georgiana, recortada no
meio do pátio, cantava — e era de doer o coração. As dementes, descalças e rasgadas, paravam em surpresa,
rindo bonito em silêncio, os rostos transformados. Outras, sentadas no chão úmido, avançavam as faces inundadas
de presença — elas que eram tão distantes. Os rostos fulgiam por instantes, irisados e indestrutíveis. Me deixava
imóvel, as lágrimas cegando-me. Dona Georgiana cantava: cheia de graça, os olhos azuis sorrindo, aquele passado
tão presente, ela que fora, ela que era, se elevando na limpidez das notas, minhas lágrimas descendo caladas, o
pátio de mulheres existindo em dor e beleza. A beleza terrífica que Puccini não alcançou: uma mulher descalça,
suja, gasta, louca, e as notas saindo-lhe em tragicidade difícil e bela demais — para existir fora de um hospício.
CANÇADO, M. L. Hospício é Deus. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
O diário da autora, como interna de hospital psiquiátrico, configura um registro singular, fundamentado por uma
percepção que
A atenua a realidade do sofrimento por meio da música.
B redimensiona a essência humana tocada pela sensibilidade.
C evidencia os efeitos dos maus-tratos sobre a imagem feminina.
D transfigura o cotidiano da internação pelo poder de se emocionar.
E aponta para a recuperação da saúde mental graças à atividade artística.
Questão 08

VERISSIMO, L. F. As cobras em: se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM, 2000.
No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em diferentes linguagens, o cartum produz humor brincando com a
A caracterização da linguagem utilizada em uma esfera de comunicação específica.
B deterioração do conhecimento científico na sociedade contemporânea.
C impossibilidade de duas cobras conversarem sobre o universo.
D dificuldade inerente aos textos produzidos por cientistas.
E complexidade da reflexão presente no diálogo.

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*SA0175AZ7*

Questão 09 Nesse texto acadêmico, as autoras fazem uso da


linguagem formal para
A porca e os sete leitões
É um mito que está desaparecendo, pouca gente A estabelecer proximidade com o leitor.
o conhece. É provável que a geração infantil atual o B atingir pessoas de vários níveis sociais.
desconheça. (Em nossa infância em Botucatu, ouvimos C atender às características do público leitor.
falar que aparecia atrás da igreja de São Benedito no
D caracterizar os diferentes falares brasileiros.
largo do Rosário.) Aparece atrás das igrejas antigas. Não
faz mal a ninguém, pode-se correr para apanhá-la com E atrair leitores de outras áreas do conhecimento.
seus bacorinhos que não se conseguirá. Desaparecem
do lugar costumeiro da aparição, a qual só se dá à noite, Questão 11
depois de terem “cumprido a sina”.
Em São Luís do Paraitinga, informaram que se a
gente atirar contra a porca, o tiro não acerta. Ninguém
é dono dela e por muitos anos apareceu atrás da igreja
de Nossa Senhora das Mercês, na cidade onde nasceu
Oswaldo Cruz.
ARAÚJO, A. M. Folclore nacional I: festas, bailados, mitos e lendas.
São Paulo: Martins Fontes, 2004.

Os mitos são importantes para a cultura porque, entre


outras funções, auxiliam na composição do imaginário
de um povo por meio da linguagem. Esse texto contribui
com o patrimônio cultural brasileiro porque
A preserva uma história da tradição oral.
B confirma a veracidade dos fatos narrados.
C identifica a origem de uma história popular.
D apresenta as diferentes visões sobre a aparição. Disponível em: http://jconlineinteratividade.ne10.uol.com.br.
E reforça a necessidade de registro das narrativas Acesso em: 17 set. 2015.
folclóricas.
Ao relacionar o problema da seca à inclusão digital,
Questão 10 essa charge faz uma crítica a respeito da
É através da linguagem que uma sociedade se A dificuldade na distribuição de computadores nas
comunica e retrata o conhecimento e entendimento de
áreas rurais.
si própria e do mundo que a cerca. É na linguagem que
se refletem a identificação e a diferenciação de cada B capacidade das tecnologias em aproximar realidades
comunidade e também a inserção do indivíduo em distantes.
diferentes agrupamentos, estratos sociais, faixas etárias, C possibilidade de uso do computador como solução
gêneros, graus de escolaridade. A fala tem, assim, um
de problemas sociais.
caráter emblemático, que indica se o falante é brasileiro
ou português, francês ou italiano, alemão ou holandês, D ausência de políticas públicas para o acesso da
americano ou inglês, e, mais ainda, sendo brasileiro, se população a computadores.
é nordestino, sulista ou carioca. A linguagem também
E escolha das prioridades no atendimento às reais
oferece pistas que permitem dizer se o locutor é homem
ou mulher, se é jovem ou idoso, se tem curso primário, necessidades da população.
universitário ou se é iletrado. E, por ser um parâmetro
que permite classificar o indivíduo de acordo com sua
nacionalidade e naturalidade, sua condição econômica
ou social e seu grau de instrução, é frequentemente
usado para discriminar e estigmatizar o falante.
LEITE, Y.; CALLOU, D. Como falam os brasileiros.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

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*SA0175AZ8*

Questão 12 Em relação aos aspectos do padrão corporal dos


brasileiros, compreende-se que esta população
Em suas produções, nem o olho nem o ouvido
são capazes de encontrar um ponto fixo no qual se A é caracterizada pela sua rica diversidade.
concentrarem. O espectador das peças de Foreman é B possui, em sua maioria, mulheres obesas.
bombardeado por uma multiplicidade de eventos visuais C está devidamente representada na grande mídia.
e auditivos. No nível visual, há contínuas mudanças D tem padrão de beleza idêntico aos demais países.
da forma geométrica do palco, mesmo dentro de um E é composta, na maioria, por pessoas brancas e magras.
ato. A iluminação também muda continuamente; suas
transformações podem ocorrer com lentidão ou rapidez Questão 14
e podem afetar o palco e a plateia: os espectadores
podem de súbito se ver banhados de luz quando os O mato do Mutúm é um enorme mundo preto, que
canhões são voltados para eles sem aviso. Quanto nasce dos buracões e sobe a serra. O guará-lobo trota
ao som, tudo é gravado: buzinas de carros, sirenes, a vago no campo. As pessôas mais velhas são inimigas
apitos, trechos de jazz, bem como o próprio diálogo. dos meninos. Soltam e estumam cachorros, para ir
O roteiro é fragmentado, composto de frases curtas, matar os bichinhos assustados — o tatú que se agarra
aforísticas, desconectadas. no chão dando guinchos suplicantes, os macacos que
fazem artes, o coelho que mesmo até quando dorme
DURAND, R. In: CONNOR, S. Cultura pós-moderna: introdução às
teorias do contemporâneo. São Paulo: Loyola, 1992 (adaptado). todo-tempo sonha que está sendo perseguido. O tatú
levanta as mãozinhas cruzadas, ele não sabe — e os
A descrição, que referencia o Teatro Ontológico-
cachorros estão rasgando o sangue dele, e ele pega a
-Histérico do dramaturgo estadunidense Richard Foreman,
sororocar. O tamanduá. Tamanduá passeia no cerrado,
representa uma forma de fazer teatro marcada pela
na beira do capoeirão. Ele conhece as árvores, abraça
A subversão aos elementos tradicionais da narrativa as árvores. Nenhum nem pode rezar, triste é o gemido
teatral. deles campeando socôrro. Todo choro suplicando por
socôrro é feito para Nossa Senhora, como quem diz
B visão idealizada do mundo na construção de uma
narrativa onírica. a salve-rainha. Tem uma Nossa Senhora velhinha. Os
homens, pé-ante-pé, indo a peitavento, cercaram o
C representação da vida real, aproximando-se de uma
casal de tamanduás, encantoados contra o barranco,
verdade histórica.
o casal de tamanduás estavam dormindo. Os homens
D adaptação aos novos valores da burguesia empurraram com a vara de ferrão, com pancada bruta,
frequentadora de espaços teatrais. o tamanduá que se acordava. Deu som surdo, no corpo
E valorização espetacular do ideal humano, retomando do bicho, quando bateram, o tamanduá caiu pra lá, como
o princípio do Classicismo grego. um colchão velho.
ROSA, G. Noites do sertão (Corpo de baile).
Questão 13
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
A mídia divulga à exaustão um padrão corporal Na obra de Guimarães Rosa, destaca-se o aspecto
determinado, padrão único, branco, jovem, musculoso afetivo no contorno da paisagem dos sertões mineiros.
e, especialmente no caso do corpo feminino, magro. Nesse fragmento, o narrador empresta à cena uma
Pesquisas apontam para o fato de que esse padrão expressividade apoiada na
de beleza divulgado se aplica apenas de 5 a 8% da
população mundial. Especialmente no Brasil, onde a A plasticidade de cores e sons dos elementos nativos.
diversidade é uma característica marcante, a mídia no B dinâmica do ataque e da fuga na luta pela
geral acaba por mostrar seu desprezo pela riqueza de sobrevivência.
tipos, de raças, pela própria mestiçagem, insistindo C religiosidade na contemplação do sertanejo e de
num padrão único de beleza tanto para mulheres seus costumes.
quanto para homens. D correspondência entre práticas e tradições e a
MALDONADO, G. A educação física e o adolescente: a imagem corporal e
hostilidade do campo.
a estética da transformação na mídia impressa. Revista Mackenzie E humanização da presa em contraste com o desdém
de Educação Física e Esportes, n. 1, 2006 (adaptado). e a ferocidade do homem.

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Questão 15 Ao descrever a história e os exemplos de utilização da


hashtag, o texto evidencia que
Alegria, alegria
A a incorporação desse recurso expressivo pela
Que maravilhoso país o nosso, onde se pode sociedade impossibilita a manutenção de seu uso
contratar quarenta músicos para tocar um uníssono. original.
(Mile Davis, durante uma gravação)
B a incorporação desse recurso expressivo pela
antes havia orlando silva & flauta, e até mesmo no sociedade o flexibilizou e o potencializou.
meio do meio-dia. antes havia os prados e os bosques C a incorporação pela sociedade caracterizou esse
na gravura dos meus olhos. antes de ontem o céu estava recurso expressivo de forma definitiva.
muito azul e eu & ela passamos por baixo desse céu. ao
mesmo tempo, com medo dos cachorros e sem muita D esse recurso expressivo se tornou o principal meio
pressa de chegar do lado de lá. de mobilização social pela internet.
do lado de cá não resta quase ninguém. apenas os E esse recurso expressivo precisou de uma década
sapatos polidos refletem os automóveis que, por sua para ganhar notabilidade social.
vez, polidos, refletem os sapatos... Questão 17
VELOSO, C. Seleção de textos. São Paulo: Abril Educação, 1981.
TEXTO I
Quanto ao seu aspecto formal, a escrita do texto de A introdução de transgênicos na natureza expõe
Caetano Veloso apresenta um(a) nossa biodiversidade a sérios riscos, como a perda ou
A escolha lexical permeada por estrangeirismos e alteração do patrimônio genético de nossas plantas e
neologismos. sementes e o aumento dramático no uso de agrotóxicos.
B regra típica da escrita contemporânea comum em Além disso, ela torna a agricultura e os agricultores
textos da internet. reféns de poucas empresas que detêm a tecnologia e
põe em risco a saúde de agricultores e consumidores.
C padrão inusitado, com um registro próprio, decorrente O Greenpeace defende um modelo de agricultura
da criação poética. baseado na biodiversidade agrícola e que não se utilize
D nova sintaxe, identificada por uma reorganização da de produtos tóxicos, por entender que só assim teremos
articulação entre as frases. agricultura para sempre.
E emprego inadequado da norma-padrão, gerador de Disponível em: www.greenpeace.org. Acesso em: 20 maio 2013.
incompreensão comunicativa. TEXTO II
Questão 16 Os alimentos geneticamente modificados
disponíveis no mercado internacional não representam
10 anos de “hashtag”: a ferramenta que um risco à saúde maior do que o apresentado por
mobiliza a internet alimentos obtidos através de técnicas tradicionais de
cruzamento agrícola.
A “hashtag”, ícone das redes sociais, celebrou em
2017 seus primeiros 10 anos de uso no acompanhamento Essa é a posição de entidades como a Organização
dos grandes eventos mundiais com um efeito de Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações
Unidas para Alimentação e para Agricultura (FAO),
mobilização e expressão de emoção e humor.
o Comissariado Europeu para Pesquisa, Inovação e
A palavra-chave precedida pelo símbolo do jogo Ciência e várias das principais academias de ciência
da velha foi popularizada pelo Twitter antes de ser do mundo.
incorporada por outras redes sociais. A invenção foi de A OMS diz que até hoje não foi encontrado nenhum
Chris Messina, designer americano especialista em redes caso de efeito sobre a saúde, resultante do consumo
sociais. Em 23 de agosto de 2007, o usuário intensivo de alimento geneticamente modificado (GM) “entre a
do Twitter propôs em um tuíte usar o jogo da velha população dos países em que eles foram aprovados”.
para reagrupar mensagens sobre um mesmo assunto. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 20 maio 2013.
Ele lançou, então, a primeira “hashtag” #barcamp sobre Os textos tratam de uma temática bastante discutida na
oficinas participativas dedicadas à inovação na web. atualidade. No que se refere às posições defendidas, os
O compartilhamento das palavras-chaves — que já dois textos
são citadas 125 milhões de vezes por dia no mundo — A revelam preocupações quanto ao cultivo de
já serviu de trampolim para mobilizações em massa. alimentos geneticamente modificados.
Alguns slogans que tiveram grande efeito mobilizador B destacam os riscos à saúde causados por alimentos
foram o #BlackLivesMatter (Vidas negras importam), geneticamente modificados.
após a morte de vários cidadãos americanos negros C divergem sobre a segurança do consumo de
pela polícia, e #OccupyWallStreet (Ocupem Wall Street), alimentos geneticamente modificados.
referente ao movimento que acampou no coração de D alertam para a necessidade de mais estudos sobre
Manhattan para denunciar os abusos do capitalismo. sementes modificadas geneticamente.
AFP. Disponível em: http://exame.abril.com.br. E discordam quanto à validade de pesquisas sobre a
Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado). produção de alimentos geneticamente modificados.

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Questão 18 Questão 19

Slow Food A nossa emotividade literária só se interessa pelos


populares do sertão, unicamente porque são pitorescos
A favor da alimentação com prazer e da e talvez não se possa verificar a verdade de suas
responsabilidade socioambiental, o slow food é um criações. No mais é uma continuação do exame de
movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da português, uma retórica mais difícil, a se desenvolver
maioria das pessoas hoje: o ritmo fast-food, que valoriza por este tema sempre o mesmo: Dona Dulce, moça
a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, de Botafogo em Petrópolis, que se casa com o
o fast-food está nos produtos artificiais, que, apesar de Dr. Frederico. O comendador seu pai não quer
práticos, são péssimos à saúde: muito processados e porque o tal Dr. Frederico, apesar de doutor, não tem
muito distantes da sua natureza — como os lanches emprego. Dulce vai à superiora do colégio de irmãs.
cheios de gorduras, os salgadinhos e biscoitos Esta escreve à mulher do ministro, antiga aluna
convencionais etc. etc. do colégio, que arranja um emprego para o rapaz.
Agora, vamos deixar de lado o fast e entender Está acabada a história. É preciso não esquecer que
melhor o slow food. Segundo esse movimento, o Frederico é moço pobre, isto é, o pai tem dinheiro,
fazenda ou engenho, mas não pode dar uma mesada
alimento deve ser:
grande.
• bom: tão gostoso que merece ser saboreado
Está aí o grande drama de amor em nossas letras, e
com calma, fazendo de cada refeição uma pausa
o tema de seu ciclo literário.
especial do dia;
BARRETO, L. Vida e morte de MJ Gonzaga de Sá. Disponível em:
• limpo: bom à saúde do consumidor e dos www.brasiliana.usp.br. Acesso em: 10 ago. 2017.
produtores, sem prejudicar o meio ambiente nem
os animais; Situado num momento de transição, Lima Barreto
produziu uma literatura renovadora em diversos
• justo: produzido com transparência e honestidade
aspectos. No fragmento, esse viés se fundamenta na
social e, de preferência, de produtores locais.
Deu pra ver que o slow food traz muita coisa A releitura da importância do regionalismo.
interessante para o nosso dia a dia. Ele resgata B ironia ao folhetim da tradição romântica.
valores tão importantes, mas que muitas vezes passam C desconstrução da formalidade parnasiana.
despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando
o mundo todo, inclusive o nosso país. D quebra da padronização do gênero narrativo.
E rejeição à classificação dos estilos de época.
Disponível em: www.maeterra.com.br. Acesso em: 5 ago. 2017.

Algumas palavras funcionam como marcadores Questão 20


textuais, atuando na organização dos textos e fazendo-
os progredir. No segundo parágrafo desse texto, o
marcador “agora”

A define o momento em que se realiza o fato descrito


na frase.
B sinaliza a mudança de foco no tema que se vinha
discutindo.
C promove uma comparação que se dá entre dois
elementos do texto.
D indica uma oposição que se verifica entre o trecho Destak, nov. 2015 (adaptado).
anterior e o seguinte.
A imagem da caneta de tinta vermelha, associada às
E delimita o resultado de uma ação que foi apresentada
frases do cartaz, é utilizada na campanha para mostrar
no trecho anterior. ao possível doador que
A a doação de sangue faz bem à saúde.
B a linha da vida é fina como o traço de caneta.
C a atitude de doar sangue é muito importante.
D a caneta vermelha representa a atitude do doador.
E a reserva do banco de sangue está chegando ao fim.

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Questão 21 Questão 22
A partir de 2018, a Resolução n. 518 do Contran A expansão do português no Brasil, as variações
obriga todo novo projeto de automóvel, SUV e picape regionais com suas possíveis explicações e as
dupla a ter pontos de ancoragem para cadeirinhas raízes das inovações da linguagem estão emergindo
infantis. Em 2020, a regra passa a valer para todos os por meio do trabalho de linguistas que estão
modelos à venda no Brasil. desenterrando as raízes do português brasileiro
ao examinar cartas pessoais e administrativas,
Esse tipo de fixação possui travas na cadeirinha no
testamentos, relatos de viagens, processos
formato de garras que são encaixadas em um ponto fixo
judiciais, cartas de leitores e anúncios de jornais
na estrutura do veículo. O Isofix reduz o deslocamento
desde o século XVI, coletados em instituições
do pescoço, ombros e coluna cervical.
como a Biblioteca Nacional e o Arquivo Público do
Desde 2008, a Lei da Cadeirinha estabelece que Estado de São Paulo. No acervo de documentos
bebês e crianças só podem ser transportados em que servem para estudos sobre o português paulista
assentos infantis indicados segundo a faixa etária e o está uma carta de 1807, escrita pelo soldado Manoel
peso. Como reflexo, as mortes de menores de 10 anos Coelho, que teria seduzido a filha de um fazendeiro.
caíram 23% no Brasil. Quando soube, o pai da moça, enfurecido, forçou o
rapaz a se casar com ela. O soldado, porém, bateu
o pé: “Nem por bem, nem por mar!”, não se casaria.
Um linguista pesquisador estranhou a citação, já
que o fato se passava na Vila de São Paulo, mas
depois percebeu: “Ele quis dizer ‘nem por bem, nem
por mal!’. O soldado escrevia como falava. Não se
sabe se casou com a filha do fazendeiro, mas deixou
uma prova valiosa de como se falava no início do
século XIX.”
FIORAVANTI, C. Ora pois, uma língua bem brasileira.
Pesquisa Fapesp, n. 230, abr. 2015 (adaptado).

O fato relatado evidencia que fenômenos presentes na


fala podem aparecer em textos escritos. Além disso,
sugere que

A os diferentes falares do português provêm de textos


escritos.
A cadeirinha do tipo Isofix não é presa no cinto, mas
B o tipo de escrita usado pelo soldado era
em dois pontos de apoio soldados à estrutura do carro.
desprestigiado no século XIX.
Há ainda um terceiro ponto, que pode ser de fixação
superior (top tether), atrás do encosto. Cada garra de C os fenômenos de mudança da língua portuguesa
engate se encaixa num ponto de fixação. Depois, é só são historicamente previsíveis.
apertar o botão para soltá-lo. D as formas variantes do português brasileiro atual já
CARVALHO, C. Disponível em: http://quatrorodas.abril.com.br. figuravam no português antigo escrito.
Acesso em: 22 ago. 2017 (adaptado). E as origens da norma-padrão do português brasileiro
Segundo o texto, a cadeira infantil do tipo Isofix tem por podem ser observadas em textos antigos.
característica

A apresentar um esquema de fixação superior ao top


tether presente em projetos de carros no Brasil.
B ficar presa no cinto e em mais dois pontos da
estrutura de automóveis fabricados no Brasil.
C ser mais segura e mais simples de usar que outros
modelos disponíveis no Brasil.
D estar presente em todos os modelos de carros à
venda no Brasil.
E ser capaz de reduzir os acidentes em 23% no Brasil.

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Questão 23 Qual procedimento composicional caracteriza a


construção do texto?
Qual a diferença entre publicidade e propaganda?
A As intervenções explicativas do narrador.
Esses dois termos não são sinônimos, embora
sejam usados indistintamente no Brasil. Propaganda é B A descrição de uma situação hipotética.
a atividade associada à divulgação de ideias (políticas, C As referências à crendice popular.
religiosas, partidárias etc.) para influenciar um
comportamento. Alguns exemplos podem ilustrar, como D A objetividade irônica do relato.
o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se E As marcas de interlocução.
alistar no exército dos EUA; ou imagens criadas para
“demonizar” os judeus, espalhadas na Alemanha pelo Questão 25
regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio
militar da China comunista. No Brasil, um exemplo Biografia de Pasárgada
regular de propaganda são as campanhas políticas em
período pré-eleitoral. Quando eu tinha meus 15 anos e traduzia na classe
Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar de grego do D. Pedro II a Ciropédia fiquei encantado
algo público. Com a Revolução Industrial, a publicidade com o nome dessa cidadezinha fundada por Ciro,
ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma o Antigo, nas montanhas do sul da Pérsia, para lá
ferramenta de comunicação para convencer o público a
consumir um produto, serviço ou marca. Anúncios para passar os verões. A minha imaginação de adolescente
venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos de começou a trabalhar, e vi Pasárgada e vivi durante
publicidade. alguns anos em Pasárgada.
VASCONCELOS, Y. Disponível em: https://mundoestranho.abril.com.br.
Acesso em: 22 ago. 2017 (adaptado). Mais de vinte anos depois, num momento de
A função sociocomunicativa desse texto é profundo desânimo, saltou-me do subconsciente este
grito de evasão: “Vou-me embora pra Pasárgada!”
A ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada
para incentivar jovens a se alistar no exército. Imediatamente senti que era a célula de um poema.
B explicar como é feita a publicidade na forma de Peguei do lápis e do papel, mas o poema não veio. Não
anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas. pensei mais nisso. Uns cinco anos mais tarde, o mesmo
C convencer o público sobre a importância do consumo. grito de evasão nas mesmas circunstâncias. Desta vez,
D esclarecer dois conceitos usados no senso comum. o poema saiu quase ao correr da pena. Se há belezas
E divulgar atividades associadas à disseminação em “Vou-me embora pra Pasárgada!”, elas não passam
de ideias. de acidentes. Não construí o poema, ele construiu-se
Questão 24 em mim, nos recessos do subconsciente, utilizando as
A máquina extraviada reminiscências da infância — as histórias que Rosa,
minha ama-seca mulata, me contava, o sonho jamais
Você sempre pergunta pelas novidades daqui deste
realizado de uma bicicleta etc.
sertão, e finalmente posso lhe contar uma importante.
Fique o compadre sabendo que agora temos aqui uma BANDEIRA, M. Itinerário de Pasárgada. São Paulo: Global, 2012.
máquina imponente, que está entusiasmando todo
O texto é um depoimento de Manuel Bandeira a respeito
o mundo. Desde que ela chegou — não me lembro
da criação de um de seus poemas mais conhecidos.
quando, não sou muito bom em lembrar datas — quase
não temos falado em outra coisa; e da maneira que o De acordo com esse depoimento, o fazer poético em
povo aqui se apaixona até pelos assuntos mais infantis, “Vou-me embora pra Pasárgada!”
é de admirar que ninguém tenha brigado ainda por
A acontece de maneira progressiva, natural e pouco
causa dela, a não ser os políticos. [...]
intencional.
Já existe aqui um movimento para declarar a máquina
monumento municipal. [...] Dizem que a máquina já tem B decorre de uma inspiração fulminante, num momento
feito até milagre, mas isso — aqui para nós — eu acho de extrema emoção.
que é exagero de gente supersticiosa, e prefiro não ficar C ratifica as informações do senso comum de que
falando no assunto. Eu — e creio que também a grande Pasárgada é a representação de um lugar utópico.
maioria dos munícipes — não espero dela nada em
D resulta das mais fortes lembranças da juventude do
particular; para mim basta que ela fique onde está, nos
poeta e de seu envolvimento com a literatura grega.
alegrando, nos inspirando, nos consolando.
VEIGA, J. J. A máquina extraviada: contos. E remete a um tempo da vida de Manuel Bandeira
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974. marcado por desigualdades sociais e econômicas.

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Questão 26 Questão 28
Um ponto interessante do marco civil da internet, O craque crespo
segundo Marília Maciel, pesquisadora do Centro de
Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas Desde que Neymar despontou no futebol, uma de
suas marcas registradas é o cabelo. Sempre com um
(CTS/FGV), é o que trata da garantia do princípio
visual novo a cada campeonato. Mas nesses anos de
da neutralidade de rede. “Isso quer dizer que, se eu
carreira ainda faltava o ídolo fazer uma aparição nos
compro um pacote de um mega ou de cinco megas de
gramados com seu cabelo crespo natural, que ele
internet, o uso que eu vou fazer desses meus megas
assumiu recentemente para a alegria e a autoestima dos
de velocidade depende das minhas escolhas. Não é
meninos cacheados que sonham ser craques um dia.
o operador que vai dizer o que eu posso acessar. Eu
comprei tantos megas e posso acessar texto, vídeo É difícil assumir os cachos e abandonar a ditadura do
ou fazer um curso de ensino a distância on-line”. alisamento em um mundo onde o cabelo liso é tido como
O novo texto assegura que o usuário vai poder continuar o padrão de beleza ideal. Quando conseguimos fazer
a contratar pacotes de velocidades diferentes, mas, a transição capilar, esse gesto nos aproxima da nossa
dentro daquela velocidade escolhida, ele poderá real identidade e nos empodera. Falo por experiência
acessar qualquer tipo de aplicativo na internet. própria. Passei 30 anos usando cabelos lisos e já nem me
GANDRA, A. Disponível em: www.ebc.com.br.
lembrava de como eram meus fios naturais. Recuperar
Acesso em: 20 nov. 2013 (adaptado). a textura crespa, para além do cuidado estético, foi um
ato político, de aceitação, de autorreconhecimento e de
Com o aprimoramento dos recursos tecnológicos, a redescoberta da minha negritude.
circulação de informações e seus usos têm reconfigurado
os mais diversos setores da sociedade. O texto trata da O discurso dos fios naturais tem ganhado uma
legislação que regulamenta o uso da internet, criando a representação cada vez mais positiva, valorizando a
seguinte expectativa para o usuário brasileiro: volta dos cachos sem cair no estereótipo do “exótico”,
muito comum no Brasil. O cabelo crespo, definitivamente,
A Proibição do corte do acesso pelo uso excessivo. não é uma moda passageira. Torço que para Neymar
B Aumento da capacidade da rede. também não seja.

C Mudança no perfil do internauta. Alexandra Loras é ex-consulesa da França em


São Paulo, empresária, consultora de empresas e
D Promoção do acesso irrestrito.
autora de livros.
E Garantia de conexão a baixo custo.
LORAS, A. O craque crespo. Disponível em: http://diplomatique.org.br.
Questão 27 Acesso em: 1 set. 2017.

Considerando os procedimentos argumentativos


Para que a passagem da produção ininterrupta de
presentes nesse texto, infere-se que o objetivo da autora é
novidade a seu consumo seja feita continuamente, há
necessidade de mecanismos, de engrenagens. A valorizar a atitude do jogador ao aderir à moda dos
Uma espécie de grande máquina industrial, incitante, cabelos crespos.
tentacular, entra em ação. Mas bem depressa a simples B problematizar percepções identitárias sobre padrões
lei da oferta e da procura segundo as necessidades de beleza.
não vale mais: é preciso excitar a demanda, excitar o C apresentar as novas tendências da moda para os
acontecimento, provocá-lo, espicaçá-lo, fabricá-lo, pois cabelos.
a modernidade se alimenta disso.
D relatar sua experiência de redescoberta de suas
CAUQUELIN, A. Arte contemporânea: uma introdução. São Paulo:
origens.
Martins Fontes, 2005 (adaptado).
E evidenciar a influência dos ídolos sobre as crianças.
No contexto da arte contemporânea, o texto da autora
Anne Cauquelin reflete ações que explicitam

A métodos utilizados pelo mercado de arte.


B investimentos realizados por mecenas.
C interesses do consumidor de arte.
D práticas cotidianas do artista.
E fomentos públicos à cultura.

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Questão 29 Questão 30
Qual a diferença entre freios ventilados,
Canção perfurados e sólidos?
No desequilíbrio dos mares,
as proas giram sozinhas…
Numa das naves que afundaram
é que certamente tu vinhas.

Eu te esperei todos os séculos


sem desespero e sem desgosto,
e morri de infinitas mortes Da esquerda para a direita: perfurado, ventilado e sólido.
guardando sempre o mesmo rosto. (No detalhe, a câmara interna do disco ventilado).
Frenagens geram calor. O sistema de freios
Quando as ondas te carregaram transforma a energia cinética do movimento em energia
meus olhos, entre águas e areias, térmica por meio do atrito entre as pastilhas de freio
e os discos. Em duas linhas, esse é o princípio de
cegaram como os das estátuas, funcionamento do freio.
a tudo quanto existe alheias. Mas há um efeito colateral. Esse calor gerado
provoca fadiga dos discos e pastilhas e compromete a
Minhas mãos pararam sobre o ar eficiência do conjunto de freios.
e endureceram junto ao vento, O disco de freio sólido é uma peça só, feita de ferro
maciço. A vantagem está em custar mais barato que os
e perderam a cor que tinham outros. Contudo, tem baixo rendimento em situações
e a lembrança do movimento. extremas de frenagem (em descidas de serras, por
exemplo) por não ter estruturas que favoreçam seu
E o sorriso que eu te levava resfriamento. Por isso, discos sólidos são usados em
aplicações mais leves, comuns no eixo dianteiro dos
desprendeu-se e caiu de mim: compactos 1.0 e no eixo traseiro de carros maiores,
e só talvez ele ainda viva como sedãs e SUVs médios.
dentro destas águas sem fim. O modelo ventilado, por sua vez, é formado por
dois discos mais finos unidos por uma câmara interna
MEIRELES, C. In: SECCHIN, A. C. (Org.). Obra completa. que tem a função de proporcionar uma passagem do
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
ar entre eles, resfriando com mais rapidez o conjunto.
Na composição do poema, o tom elegíaco e solene Eles estão nos eixos dianteiros dos compactos mais
manifesta uma concepção de lirismo fundada na potentes. Mas também aparecem nos eixos traseiros de
carros esportivos. Mas esportivos com motores de alto
A contradição entre a vontade da espera pelo ser desempenho e carros de luxo têm discos perfurados.
amado e o desejo de fuga. Há pequenos furos no disco com o objetivo de aumentar
o atrito e dispersar o calor.
B expressão do desencanto diante da impossibilidade
da realização amorosa. RODRIGUEZ, H. Disponível em: http://quatrorodas.abril.com.br.
Acesso em: 22 ago. 2017 (adaptado).
C associação de imagens díspares indicativas de
esperança no amor futuro. O texto mostra diferentes tipos de discos de freio e
defende a eficácia de um modelo sobre o outro. Para
D recusa à aceitação da impermanência do sentimento convencer o leitor disso, o autor utiliza o recurso de
pela pessoa amada.
A definir em duas linhas o princípio de funcionamento
E consciência da inutilidade do amor em relação à do freio de esportivos de alto desempenho com
inevitabilidade da morte. discos perfurados.
B divulgar os modelos de carros que adotam os
melhores sistemas de frenagem e resfriamento dos
componentes.
C apresentar cada tipo de disco, criticando a forma
como eles geram calor nas frenagens.
D evidenciar os riscos do baixo desempenho dos
diferentes modelos de discos de freio.
E comparar o custo, a eficiência e a forma como os
discos dissipam o calor da frenagem.

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Questão 31 O texto apresenta uma reflexão crítica sobre o conceito


de saúde, que deve ser entendida mediante
A
Esbraseia o Ocidente na agonia A dados estatísticos presentes em estudos
epidemiológicos.
O sol... Aves em bandos destacados,
B pressupostos relacionados à ausência de doenças
Por céus de ouro e púrpura raiados, nos indivíduos.
Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia... C responsabilização dos indivíduos pela adoção de
hábitos saudáveis.
Delineiam-se além da serrania
D intervenção da medicina nos diferentes processos
Os vértices de chamas aureolados, que acometem a saúde.
E em tudo, em torno, esbatem derramados E compreensão dos fenômenos sociais, políticos e
Uns tons suaves de melancolia. econômicos relacionados à saúde.
Um mundo de vapores no ar flutua... Questão 33
Como uma informe nódoa avulta e cresce
Menino de cidade — Papai, você deixa eu ter um
A sombra à proporção que a luz recua. cachorro no meu sítio? — Deixo. — E um porquinho-
A natureza apática esmaece... da-índia? E ariranha? E macaco e quatro cabritos?
E duzentos e vinte pombas? E um boi? E vaca?
Pouco a pouco, entre as árvores, a lua
E rinoceronte? — Rinoceronte não pode. — Tá bem, mas
Surge trêmula, trêmula... Anoitece. cavalo pode, não pode? O sítio é apenas um terreno no
CORRÊA, R. Disponível em: www.brasiliana.usp.br. estado do Rio sem maiores perspectivas imediatas. Mas
Acesso em: 13 ago. 2017. o garoto precisa acreditar no sítio como outras pessoas
Composição de formato fixo, o soneto tornou-se um precisam acreditar no céu. O céu dele é exatamente o
modelo particularmente ajustado à poesia parnasiana. da festa folclórica, a bicharada toda e ele, que nasceu
No poema de Raimundo Corrêa, remete(m) a no Rio e vive nesta cidade sem animais.
essa estética CAMPOS, P. M. Balé do pato e outras crônicas.
São Paulo: Ática, 1988.
A as metáforas inspiradas na visão da natureza.
B a ausência de emotividade pelo eu lírico. Nessa crônica, a repetição de estruturas sintáticas,
C a retórica ornamental desvinculada da realidade. além de fazer o texto progredir, ainda contribui para a
construção de seu sentido,
D o uso da descrição como meio de expressividade.
E o vínculo a temas comuns à Antiguidade Clássica. A demarcando o diálogo desenvolvido entre o pai e o
menino criado na cidade.
Questão 32
B opondo a cidade sem animais a um sítio habitado
O debate sobre o conceito de saúde refere-se à por várias espécies diferentes.
importância de minimizar a simplificação que abrange o C revelando a ansiedade do menino em relação aos
entendimento do senso comum sobre esse fenômeno. bichos que poderia ter em seu sítio.
É possível entendê-lo de modo reducionista, tão somente, D pondo em foco os animais como temática central da
à luz dos pressupostos biológicos e das associações história narrada nessa prosa ficcional.
estatísticas presentes nos estudos epidemiológicos. E indicando a falta de ânimo do pai, sem maiores
Os problemas que daí decorrem são: a) o foco perspectivas futuras em relação ao terreno.
centra-se na doença; b) a culpabilização do indivíduo
frente à sua própria doença; c) a crença na possibilidade
de resolução do problema encerrando-se uma suposta
causa, a qual recai no processo de medicalização;
d) a naturalização da doença; e) o ceticismo em relação
à contribuição de diferentes saberes para auxiliar na
compreensão dos fenômenos relacionados à saúde.
BAGRICHEVSKY, M. et al. Considerações teóricas acerca das
questões relacionadas à promoção da saúde. In: BAGRICHEVSKY,
M.; PALMA, A.; ESTEVÃO, A. (Org.). A saúde em debate na
educação física. Blumenau: Edibes, 2003.

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Questão 34 Questão 36
As cores
Maria Alice abandonou o livro onde seus dedos
longos liam uma história de amor. Em seu pequeno
mundo de volumes, de cheiros, de sons, todas aquelas
palavras eram a perpétua renovação dos mistérios em
cujo seio sua imaginação se perdia. [...] Como seria cor
e o que seria? [...]. Era, com certeza, a nota marcante de
todas as coisas para aqueles cujos olhos viam, aqueles
olhos que tantas vezes palpara com inveja calada e
que se fechavam, quando os tocava, sensíveis como
pássaros assustados, palpitantes de vida, sob seus
Disponível em: portal.pmf.sc.gov.br. Acesso em: 27 jun. 2015. dedos trêmulos, que diziam ser claros. Que seria o
As informações presentes na campanha contra o claro, afinal? Algo que aprendera, de há muito, ser igual
bullying evidenciam a intenção de ao branco. [...]
A destacar as diferentes ofensas que ocorrem no E agora Maria Alice voltava outra vez ao Instituto.
ambiente escolar.
E ao grande amigo que lá conhecera. [...]. Lembrava-se
B elencar os malefícios causados pelo bullying na vida
de uma criança. da ternura daquela voz, da beleza daquela voz. De como
C provocar uma reflexão sobre a violência física que se adivinhavam entre dezenas de outros e suas mãos
acontece nas escolas. se encontravam. De como as palavras de amor tinham
D denunciar a pouca atenção dada a crianças que irrompido e suas bocas se encontrado... De como um dia
sofrem bullying nas escolas. seus pais haviam surgido inesperadamente no Instituto e
E alertar sobre a relação existente entre o bullying e a haviam levado à sala do diretor e se haviam queixado
determinadas brincadeiras.
da falta de vigilância e moralidade no estabelecimento.
Questão 35 E de como, no momento em que a retiravam e quando
Há casais que jogam com os sonhos como se ela disse que pretendia se despedir de um amigo pelo
jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para
a cortada. O jogo de tênis é assim: recebe-se o sonho qual tinha grande afeição e com quem se queria casar, o
do outro para destruí-lo, arrebentá-lo como bolha de pai exclamara, horrorizado:
sabão. O que se busca é ter razão e o que se ganha é o — Você não tem juízo, criatura? Casar-se com um
distanciamento. Aqui, quem ganha, sempre perde.
mulato? Nunca!
Já no frescobol é diferente. O sonho do outro é um
brinquedo que deve ser preservado, pois sabe-se que, Mulato era cor. Estava longe aquele dia. Estava
se é sonho, é coisa delicada, do coração. Assim cresce longe o Instituto, ao qual não saberia voltar, do qual
o amor. Ninguém ganha para que os dois ganhem.
E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, nunca mais tivera notícia, e do qual somente restara o
para que o jogo nunca tenha fim… privilégio de caminhar sozinha pelo reino dos livros, tão
ALVES, R. Tênis X Frescobol. As melhores crônicas de Rubem Alves. parecido com a vida dos outros, tão cheio de cores...
Campinas: Papirus, 2012. LESSA, O. Seleta de Orígenes Lessa.
O texto de Rubem Alves faz uma analogia entre dois Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.
jogos que utilizam raquetes e as diferentes formas de
as pessoas se relacionarem afetivamente, de modo que No texto, a condição da personagem e os
A o tênis indica um jogo em que a cooperação desdobramentos da narrativa conduzem o leitor a
predomina, o que representa o distanciamento na compreender o(a)
relação entre as pessoas.
B o tênis indica um jogo em que a competição é A percepção das cores como metáfora da discriminação
predominante, o que representa um sonho comum racial.
no relacionamento entre pessoas.
B privação da visão como elemento definidor das
C o frescobol indica um jogo em que a cooperação relações humanas.
prevalece, o que simboliza o compartilhamento de
sonhos entre as pessoas no relacionamento. C contraste entre as representações do amor de
D o frescobol indica um jogo em que a competição diferentes gerações.
prevalece, o que simboliza um relacionamento em D prevalência das diferenças sociais sobre a liberdade
que uma pessoa busca destruir o sonho da outra. das relações afetivas.
E o frescobol e o tênis indicam, respectivamente, E embate entre a ingenuidade juvenil e a manutenção
situações de competição e cooperação, o que ilustra de tradições familiares.
os diferentes sonhos das pessoas no relacionamento.
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Questão 37 Partindo da discussão sobre as relações entre o torcedor


e seu clube, observa-se que o fanatismo futebolístico
Prezada senhorita,
Tenho a honra de comunicar a V. S. que resolvi, A deriva da falta de referências para a construção de
de acordo com o que foi conversado com seu ilustre valores morais em crise na sociedade.
progenitor, o tabelião juramentado Francisco Guedes, B está relacionado à fragilidade identitária, o que
estabelecido à Rua da Praia, número 632, dar por dificulta a dissociação entre sua vida e a de seu
encerrados nossos entendimentos de noivado. clube ou ídolo.
Como passei a ser o contabilista-chefe dos Armazéns C perde sustentação naqueles torcedores organizados
Penalva, conceituada firma desta praça, não me restará, que não conseguem separar as esferas pública e
em face dos novos e pesados encargos, tempo útil para privada.
os deveres conjugais.
D decorre do estabelecimento de uma identidade
Outrossim, participo que vou continuar trabalhando própria do indivíduo, forjada pela tutela do clube e
no varejo da mancebia, como vinha fazendo desde que de seus ídolos.
me formei em contabilidade em 17 de maio de 1932,
em solenidade presidida pelo Exmo. Sr. Presidente do E é restrito às torcidas jovens, que corrompem a
Estado e outras autoridades civis e militares, bem assim identidade individual de seus torcedores em favor
como representantes da Associação dos Varejistas e da da identidade coletiva.
Sociedade Cultural e Recreativa José de Alencar.
Questão 39
Sem mais, creia-me de V. S. patrício e admirador,
Sabugosa de Castro Como a percepção do tempo muda de acordo
CARVALHO, J. C. Amor de contabilista. In: Porque Lulu Bergatim
com a língua
não atravessou o Rubicon. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971.
Línguas diferentes descrevem o tempo de maneiras
A exploração da variação linguística é um elemento que distintas — e as palavras usadas para falar sobre ele
pode provocar situações cômicas. Nesse texto, o tom de moldam nossa percepção de sua passagem.
humor decorre da incompatibilidade entre
O estudo “Distorção temporal whorfiana:
A o objetivo de informar e a escolha do gênero textual. representando duração por meio da ampulheta da língua”,
B a linguagem empregada e os papéis sociais dos publicado no jornal da APA (Associação Americana de
interlocutores. Psicologia), mostra que conceitos abstratos, como a
C o emprego de expressões antigas e a temática percepção da duração do tempo, não são universais.
desenvolvida no texto. Os autores não só verificaram uma mudança da
D as formas de tratamento utilizadas e as exigências percepção temporal conforme a língua falada como
estruturais da carta. observaram que a transição de uma língua para outra por
E o rigor quanto aos aspectos formais do texto e a um mesmo indivíduo modificava sua estimativa de uma
profissão do remetente. duração de tempo. Isso implica que visões diferentes de
Questão 38 tempo convivem no cérebro de um indivíduo bilíngue.
A identificação simbólica que existe na cultura “O fato de que pessoas bilíngues transitam entre
esportiva pode ser um fator determinante nas ações essas diferentes formas de estimar o tempo sem
potencialmente agressivas dos espectadores e esforço e inconscientemente se encaixa nas evidências
torcedores de futebol. Essa identificação em indivíduos crescentes que demonstram a facilidade com que a
que não têm uma identidade própria pode levá-los a não linguagem se entremeia furtivamente em nossos sentidos
perceber os limites entre a sua vida e a sua equipe, ou
entre a sua vida e a vida de um ídolo (jogador), e, dessa mais básicos, incluindo nossas emoções, percepção
forma, passar a viver suas emoções basicamente por visual e, agora, ao que parece, nossa sensação de
meio de acontecimentos esportivos, do sucesso e da tempo”, disse o pesquisador ao site Quartz.
derrota de seu clube predileto. Alguns dos torcedores LIMA, J. D. Disponível em: www.nexojornal.com.br.
organizados dedicam a vida à sua torcida. Vivem para Acesso em: 24 ago. 2017.
ela e, por ela, chegam a perder qualquer outra referência,
pois é essa experiência compensatória que lhes dá O texto relata experiências e resultados de um estudo
identidade. A probabilidade de um indivíduo se tornar um que reconhece a importância
torcedor fanático está diretamente relacionada com a
construção da sua identidade. Por isso, é imprescindível A da compreensão do tempo pelo cérebro.
o desenvolvimento de relações e valores próprios que o B das pesquisas científicas sobre a cognição.
ajudarão a delinear o limite entre ele e a sua equipe, ou
entre ele e um jogador de futebol. C da teoria whorfiana para a área da linguagem.
REIS, H. H. B. Futebol e violência. Campinas: Armazém do Ipê; D das linguagens e seus usos na vida das pessoas.
Autores Associados, 2006 (adaptado). E do bilinguismo para o desenvolvimento intelectual.
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Questão 40

TEXTO I TEXTO II

Fotografia em preto e branco de músico da cultura lupa (norte de Manifestação carnavalesca registrada por Debret (1826): escravos
Angola) tocando uma kalimba ou lamelofone. vestidos como europeus, em cortejo musical, à época do Império.
INTERNATIONAL Library of African Music, Angola. DEBRET, J.-B. Disponível em: http://koyre.ehess.fr.
Disponível em: http://keywordsuggest.org. Acesso em: 18 ago. 2017. Acesso em: 18 ago. 2017.

O instrumento feito de lâminas metálicas e cabaça é comum a manifestações musicais na África e no Brasil.
Nos textos, apesar de figurarem em contextos geográficos separados pelo Oceano Atlântico e terem cerca de um
século de distanciamento temporal, a semelhança do instrumento demonstra a

A vinculação desses instrumentos com a cultura dos negros escravizados.


B influência da cultura africana na construção da musicalidade brasileira.
C condição de colônia europeia comum ao Brasil e grande parte da África.
D escassez de variedade de instrumentos musicais relacionados à cultura africana.
E importância de registros artísticos na difusão e manutenção de uma tradição musical.

Questão 41
— Não digo que seja uma mulher perdida, mas recebeu uma educação muito livre, saracoteia sozinha por
toda a cidade e não tem podido, por conseguinte, escapar à implacável maledicência dos fluminenses. Demais,
está habituada ao luxo, ao luxo da rua, que é o mais caro; em casa arranjam-se ela e a tia sabe Deus como. Não
é mulher com quem a gente se case. Depois, lembra-te que apenas começas e não tens ainda onde cair morto.
Enfim, és um homem: faze o que bem te parecer.
Essas palavras, proferidas com uma franqueza por tantos motivos autorizada, calaram no ânimo do bacharel.
Intimamente ele estimava que o velho amigo de seu pai o dissuadisse de requestar a moça, não pelas consequências
morais do casamento, mas pela obrigação, que este lhe impunha, de satisfazer uma dívida de vinte contos de réis,
quando, apesar de todos os seus esforços, não conseguira até então pôr de parte nem o terço daquela quantia.
AZEVEDO, A. A dívida. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 20 ago. 2017.

O texto, publicado no fim do século XIX, traz à tona representações sociais da sociedade brasileira da época. Em
consonância com a estética realista, traços da visão crítica do narrador manifestam-se na

A caracterização pejorativa do comportamento da mulher solteira.


B concepção irônica acerca dos valores morais inerentes à vida conjugal.
C contraposição entre a idealização do amor e as imposições do trabalho.
D expressão caricatural do casamento pelo viés do sentimentalismo burguês.
E sobreposição da preocupação financeira em relação ao sentimento amoroso.

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Questão 42 No processo de convencimento do leitor, o autor desse


texto defende a ideia de que
As alegres meninas que passam na rua, com suas
A o interesse do outro deve se sobrepor ao interesse
pastas escolares, às vezes com seus namorados. pessoal.
As alegres meninas que estão sempre rindo,
comentando o besouro que entrou na classe e pousou B a atividade comercial lucrativa é incompatível com
a justiça.
no vestido da professora; essas meninas; essas coisas
sem importância. C a criação de leis se pauta por princípios de justiça.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de D o impulso para a justiça é inerente ao homem.
cada uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem E a prática da justiça pressupõe o bem comum.
desafinado, riem sem motivo; riem. Questão 44
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca As montanhas correm agora, lá fora, umas atrás das
mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. outras, hostis e espectrais, desertas de vontades novas
Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. que as humanizem, esquecidas já dos antigos homens
O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lendários que as povoaram e dominaram.
lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa Carregam nos seus dorsos poderosos as pequenas
mais rir. cidades decadentes, como uma doença aviltante e
tenaz, que se aninhou para sempre em suas dobras.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se Não podendo matá-las de todo ou arrancá-las de si
adultas de uma hora para outra; essas mulheres. e vencer, elas resignam-se e as ocultam com sua
ANDRADE, C. D. Essas meninas. Contos plausíveis. vegetação escura e densa, que lhes serve de coberta, e
Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. resguardam o seu sonho imperial de ferro e ouro.
No texto, há recorrência do emprego do artigo “as” e PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Artium, 2001.
do pronome “essas”. No último parágrafo, esse recurso As soluções de linguagem encontradas pelo narrador
linguístico contribui para projetam uma perspectiva lírica da paisagem
contemplada. Essa projeção alinha-se ao poético na
A intensificar a ideia do súbito amadurecimento. medida em que
B indicar a falta de identidade típica da adolescência. A explora a identidade entre o homem e a natureza.
C organizar a sequência temporal dos fatos narrados. B reveste o inanimado de vitalidade e ressentimento.
D complementar a descrição do acontecimento trágico. C congela no tempo a prosperidade de antigas cidades.
E expressar a banalidade dos assuntos tratados D destaca a estética das formas e das cores da
na escola. paisagem.
E captura o sentido da ruína causada pela extração
Questão 43 mineral.
Você vende uma casa, depois de ter morado nela Questão 45
durante anos; você a conhece necessariamente melhor Eu gostaria de comentar brevemente as afinidades
do que qualquer comprador possível. Mas a justiça existentes entre comunidade, comunicação e comunhão.
é, então, informar o eventual comprador acerca de Essas afinidades começam no próprio radical das
qualquer defeito, aparente ou não, que possa existir palavras em questão. Assim, se nosso alvo são os
nela, e mesmo, embora a lei não obrigue a tanto, atos de interação comunicativa, temos que incluir em
acerca de algum problema com a vizinhança. E, sem nosso objeto de estudo a ecologia dos atos de interação
dúvida, nem todos nós fazemos isso, nem sempre, nem comunicativa, que se dão no contexto da ecologia
completamente. da interação comunicativa. No entanto, não basta a
proximidade espacial para que a comunicação se dê,
Mas quem não vê que seria justo fazê-lo e que é necessário que os potenciais interlocutores entrem
somos injustos não o fazendo? A lei pode ordenar essa em comunhão. Por fim, sem trocadilhos, a comunicação
informação ou ignorar o problema, conforme os casos; ideal se dá no interior de uma comunidade, entre
mas a justiça sempre manda fazê-lo. indivíduos que entram em comunhão.
Dir-se-á que seria difícil, com tais exigências, ou COUTO, H. H. O Tao da linguagem. Campinas: Pontes, 2012.
pouco vantajoso, vender casas... Pode ser. Mas onde O trecho integra um livro sobre os aspectos ecológicos
se viu a justiça ser fácil ou vantajosa? Só o é para quem envolvidos na interação comunicativa. Para convencer o
a recebe ou dela se beneficia, e melhor para ele; mas só leitor das afinidades entre comunidade, comunicação e
é uma virtude em quem a pratica ou a faz. comunhão, o autor
Devemos então renunciar nosso próprio interesse? A nega a força das comunidades interioranas.
Claro que não. Mas devemos submetê-lo à justiça, e B joga com a ambiguidade das palavras.
não o contrário. Senão? Senão, contente-se com ser
rico e não tente ainda por cima ser justo. C parte de uma informação gramatical.
COMTE-SPONVILLE, A. Pequeno tratado das grandes virtudes.
D recorre a argumentos emotivos.
São Paulo: Martins Fontes, 1995. E apela para a religiosidade.
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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO


1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.

TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Os impactos negativos do exagero da tecnologia não ficam restritos aos aspectos comportamentais e emocionais.
Há também a ameaça do sedentarismo. Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) avaliou os
hábitos de 21 voluntários com idade entre 8 e 12 anos e constatou que 14 deles não praticavam nenhuma atividade
física. Na sala de aula a história também desanda. “A luz emitida pelo visor reduz a produção de melatonina,
hormônio indutor do sono”, observa uma das pesquisadoras responsáveis. Sem a substância, fica difícil adormecer
e há maior risco de despertar na madrugada. “O sono de má qualidade interfere na concretização das memórias e
do aprendizado do dia”, aponta uma neuropediatra.
Disponível em: https://saude.abril.com.br. Acesso em: 3 de jun. 2019 (adaptado).
TEXTO II
Riscos e benefícios das novas tecnologias COMO AS CRIANÇAS SE COMPORTAM NA INTERNET
para crianças navegam pelo
disseram ter visto imagens e 82% celular diariamente
Segundo a Academia Americana de 47% vídeos com conteúdo sexual
Pediatria (AAP), há claras evidências de que em redes sociais nos receberam pedidos
as mídias digitais contribuem substancialmente últimos 12 meses 9% de foto de partes íntimas
ou conversas de conteúdo
para diferentes problemas de saúde, como a sexual pela internet
obesidade e comportamentos agressivos e/ou
alienados. Por outro lado, a AAP reconhece os COMO AS CRIANÇAS SE COMPORTAM NAS REDES SOCIAIS

benefícios da tecnologia na aprendizagem e nos 43% das crianças entre 9 e 10 anos têm
relacionamentos sociais, a partir da interatividade perfil em alguma rede social
possibilitada pelos diferentes dispositivos de 68% das crianças entre 11 e 12 anos têm
perfil em alguma rede social
mídia digital.
As novas tecnologias de comunicação
30% informaram o telefone
alteraram a forma de acesso e armazenamento 52% informaram que seus
perfis são públicos 46% informaram a escola onde estudam
da memória, pois, através de imagens, sons
17% informaram o endereço
e movimentos apresentados nos dispositivos
eletrônicos de comunicação é possível fixar
32% mentem a idade no Facebook* 13% adicionam desconhecidos
conteúdos, armazenar sentimentos, aprendizagens nas redes sociais
e lembranças que não necessariamente foram 13% encontraram-se com alguém 29% tiveram contato pela internet
vivenciadas presencialmente pelos espectadores. que conheceram na internet com desconhecidos
As mídias digitais propiciam experiências culturais
através de interações diversificadas, permitindo * O Facebook permite a inscrição apenas para maiores de 13 anos
às crianças apropriarem-se do conteúdo e da
comunicação baseados em suas necessidades,
motivações e interesse.
Disponível em: http://blog.smp.org.br. Acesso em: 3 jun. 2019 (adaptado).

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“Combate ao uso indiscriminado das tecnologias digitais de informação por crianças”, apresentando proposta
de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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CIÊNCIAS HUMANAS Questão 48


E SUAS TECNOLOGIAS O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Questões de 46 a 90 (IHGB) reuniu historiadores, romancistas, poetas,
administradores públicos e políticos em torno da
Questão 46 investigação a respeito do caráter brasileiro. Em certo
sentido, a estrutura dessa instituição, pelo menos como
Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de projeto, reproduzia o modelo centralizador imperial.
forma a ter de desejar reviver — é o dever —, pois, Assim, enquanto na Corte localizava-se a sede, nas
em todo caso, você reviverá! Aquele que ama antes províncias deveria haver os respectivos institutos
de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obedeça! regionais. Estes, por sua vez, enviariam documentos e
Mas que saiba para o que dirige sua preferência, e não relatos regionais para a capital.
recue diante de nenhum meio! É a eternidade que está
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil.
em jogo!”. São Paulo: Planeta do Brasil, 2010 (adaptado).
NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os
novos tempos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado). De acordo com o texto, durante o reinado de D. Pedro II,
o referido instituto objetivava
O trecho contém uma formulação da doutrina
nietzscheana do eterno retorno, que apresenta critérios A construir uma narrativa de nação.
radicais de avaliação da B debater as desigualdades sociais.
A qualidade de nossa existência pessoal e coletiva. C combater as injustiças coloniais.
B conveniência do cuidado da saúde física e espiritual. D defender a retórica do abolicionismo.
E evidenciar uma diversidade étnica.
C legitimidade da doutrina pagã da transmigração
da alma. Questão 49
D veracidade do postulado cosmológico da perenidade
do mundo. Para dar conta do movimento histórico do processo
de inserção dos povos indígenas em contextos
E validade de padrões habituais de ação humana ao
urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos,
longo da história.
foi necessário construir um método de investigação,
Questão 47 baseado na História Oral, que desvelasse essas
vivências ainda não estudadas pela historiografia,
A linguagem é uma grande força de socialização, bem como as conflitivas relações de fronteira daí
provavelmente a maior que existe. Com isso não decorrentes. A partir da história oral foi possível
queremos dizer apenas o fato mais ou menos óbvio entender a dinâmica de deslocamento e inserção dos
de que a interação social dotada de significado é índios urbanos no contexto da sociedade nacional,
praticamente impossível sem a linguagem, mas que o bem como perceber os entrelugares construídos por
mero fato de haver uma fala comum serve como um estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no
símbolo peculiarmente poderoso da solidariedade social enfrentamento da sua condição de invisibilidade.
entre aqueles que falam aquela língua. MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena
nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008.
SAPIR, E. A linguagem. São Paulo: Perspectiva, 1980.

O texto destaca o entendimento segundo o qual a O uso desse método para compreender as condições
linguagem, como elemento do processo de socialização, dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras
justifica-se por
constitui-se a partir de uma
A focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes
A necessidade de ligação com o transcendente.
de especialização técnica.
B relação de interdependência com a cultura.
B permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das
C estruturação da racionalidade científica. estatísticas oficiais.
D imposição de caráter econômico. C neutralizar as ideologias de observadores imbuídos
E herança de natureza biológica. de viés acadêmico.
D promover o retorno de grupos apartados de suas
nações de origem.
E registrar as trajetórias de sujeitos distantes das
práticas de escrita.

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Questão 50 Questão 52
Uma privatização do espaço maior do que aquela Tomás de Aquino, filósofo cristão que viveu no
proporcionada pelo quarto evidencia-se cada vez mais século XIII, afirma: a lei é uma regra ou um preceito
nos séculos XVII e XVIII. Como as ruelles [espaço entre a relativo às nossas ações. Ora, a norma suprema dos
cama e a parede], as alcovas são espaços além do leito, atos humanos é a razão. Desse modo, em última
longe da porta que dá acesso à sala (ou à antecâmara, análise, a lei está submetida à razão; é apenas uma
nas casas da elite). Thomas Jefferson, tecnólogo do formulação das exigências racionais. Porém, é mister
estilo século XVIII, mandou construir uma parede em que ela emane da comunidade, ou de uma pessoa que
torno de sua cama a fim de fechar completamente o legitimamente a representa.
pequeno cômodo além do leito — cômodo no qual só GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã.
ele podia entrar, descendo da cama do lado da ruelle. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado).

RANUM, O. Os refúgios da intimidade. In: CHARTIER, R. (Org.). No contexto do século XIII, a visão política do filósofo
História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes. mencionado retoma o
São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).

A partir do século XVII, a história da casa, que foi se A pensamento idealista de Platão.
modificando para atender aos novos hábitos dos B conformismo estoico de Sêneca.
indivíduos, provocou o(a) C ensinamento místico de Pitágoras.
A ampliação dos recintos. D paradigma de vida feliz de Agostinho.
B iluminação dos corredores. E conceito de bem comum de Aristóteles.
C desvalorização da cozinha. Questão 53
D embelezamento dos jardins.
TEXTO I
E especialização dos aposentos.
Eu queria movimento e não um curso calmo da
Questão 51 existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade
de sacrificar-me por meu amor. Sentia em mim uma
Os pesquisadores que trabalham com sociedades superabundância de energia que não encontrava
indígenas centram sua atenção em documentos do tipo escoadouro em nossa vida.
jurídico-administrativo (visitas, testamentos, processos) TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J.
ou em relações e informes e têm deixado em segundo Na natureza selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
plano as crônicas. Quando as utilizam, dão maior TEXTO II
importância àquelas que foram escritas primeiro e
Meu lema me obrigava, mais que a qualquer outro
que têm caráter menos teórico e intelectualizado, por
homem, a um enunciado mais exato da verdade; não
acharem que estas podem oferecer informações menos
sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o
deformadas. Contrariamos esse posicionamento, meu interesse e as minhas simpatias, era preciso
pois as crônicas são importantes fontes etnográficas, sacrificar-lhe também minha fraqueza e minha
independentemente de serem contemporâneas ao natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força
momento da conquista ou de terem sido redigidas de ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões.
em período posterior. O fato de seus autores serem
ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante solitário.
verdadeiros humanistas ou pouco letrados não Porto Alegre: L&PM, 2009.
desvaloriza o conteúdo dessas crônicas.
Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da
PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas crônicas quinhentistas:
existência humana e defendem uma experiência
um polígrafo na literatura brasileira do século XIX (1885-1897).
São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
A lógico-racional, focada na objetividade, clareza e
As fontes valorizadas no texto são relevantes imparcialidade.
para a reconstrução da história das sociedades B místico-religiosa, ligada à sacralidade, elevação e
pré-colombianas porque espiritualidade.
A sintetizam os ensinamentos da catequese. C sociopolítica, constituída por integração,
solidariedade e organização.
B enfatizam os esforços de colonização.
D naturalista-científica, marcada pela experimentação,
C tipificam os sítios arqueológicos. análise e explicação.
D relativizam os registros oficiais. E estético-romântica, caracterizada por sinceridade,
E substituem as narrativas orais. vitalidade e impulsividade.
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Questão 54 Questão 56
A ciência ativa rompe com a separação antiga entre a
Lembro, a propósito, uma cerimônia religiosa a
ciência (episteme), o saber teórico, e a técnica (techne),
que assisti na noite de Santo Antônio de 1975 quando
o saber aplicado, integrando ciência e técnica. Do ponto
presente a uma festa em honra do padroeiro. Ia a de vista da ideia de ciência, a valorização da observação
coisa assim bonita e simples, até que, recitadas as e do método experimental opõe a ciência ativa à ciência
cinco dezenas de ave-marias e os seus padre-nossos, contemplativa dos antigos; assim também, a utilização
chegou a hora do remate com o canto da salve-rainha. da matemática como linguagem da física, proposta por
O capelão começou a entoar nesse instante hino à Galileu sob inspiração platônica e pitagórica, e contrária à
Virgem, em latim “Salve Regina, mater misericordiae”, concepção aristotélica.
e, o que eu estranhei, foi seguido de pronto sem MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos
qualquer hesitação pelos presentes. Depois veio o a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008 (adaptado).
espantoso para mim: a reza, também entoada, de Nesse contexto, a ciência encontra seu novo fundamento na
toda a extensa ladainha de Nossa Senhora igualmente A utilização da prova para confirmação empírica.
em latim. Eu olhava e não acabava de crer: aqueles B apropriação do senso comum como inspiração.
caboclos que eu via mourejando de serventes C reintrodução dos princípios da metafísica clássica.
nas obras do bairro estavam agora ali acaipirando
D construção do método em separado dos fenômenos.
lindamente a poesia medieval do responso.
E consolidação da independência entre conhecimento
BOSI, A. Dialética da colonização. São Paulo: Cia. das Letras, 1992. e prática.
O estranhamento do autor diante da cerimônia Questão 57
relaciona-se ao encontro de temporalidades que

A questionam ritos católicos.


B evidenciam práticas ecumênicas.
C elitizam manifestações populares.
D valorizam conhecimentos escolares.
E revelam permanências culturais.

Questão 55
O frevo é uma forma de expressão musical,
coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda,
no estado de Pernambuco. O frevo é formado pela
grande mescla de gêneros musicais, danças, capoeira
e artesanato. É uma das mais ricas expressões da
inventividade e capacidade de realização popular na
cultura brasileira. Possui a capacidade de promover a
criatividade humana e também o respeito à diversidade
cultural. No ano de 2012, a Unesco proclamou o frevo
como Patrimônio Imaterial da Humanidade.
PORTAL BRASIL. Disponível em: www.brasil.gov.br.
Acesso em: 10 fev. 2013.

A característica da manifestação cultural descrita que


Disponível em: http://operamundi.uol.com.br.
justifica a sua condição de Patrimônio Imaterial da Acesso em: 28 ago. 2014 (adaptado).
Humanidade é a
As imagens representam fases de um conflito geopolítico
A conversão dos festejos em produto da elite. no qual as forças envolvidas buscam
B expressão de sentidos construídos coletivamente. A garantir a posse territorial.
C dominação ideológica de um grupo étnico sobre outros. B promover a conversão religiosa.
D disseminação turística internacional dos eventos festivos. C explorar as reservas petrolíferas.
E identificação de simbologias presentes nos D controlar os sítios arqueológicos.
monumentos artísticos. E monopolizar o comércio marítimo.

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*SA0175AZ24*

Questão 58

ATLAS GEOGRÁFICO. Rio de Janeiro: IBGE, 1986. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 16 ago. 2014 (adaptado).

A partida final da Copa do Mundo de 2014 aconteceu no dia 13 de julho, às 16 horas, na cidade do Rio de Janeiro.
Considerando o horário de verão em Berlim, de 1 hora, os telespectadores alemães assistiram ao apito inicial do
juiz às

A 11 horas.
B 12 horas.
C 19 horas.
D 20 horas.
E 21 horas.

Questão 59
A depressão que afetou a economia mundial entre 1929 e 1934 se anunciou, ainda em 1928, por uma queda
generalizada nos preços agrícolas internacionais. Mas o fator mais marcante foi a crise financeira detonada pela
quebra da Bolsa de Nova Iorque.
Disponível em: http://cpdoc.fgv.br. Acesso em: 20 abr. 2015 (adaptado).

Perante o cenário econômico descrito, o Estado brasileiro assume, a partir de 1930, uma política de incentivo à

A industrialização interna para substituir as importações.


B nacionalização de empresas estrangeiras atingidas pela crise.
C venda de terras a preços acessíveis para os pequenos produtores.
D entrada de imigrantes para trabalhar nas indústrias de base recém-criadas.
E abertura de linhas de financiamento especial para empresas do setor terciário.
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*SA0175AZ25*

Questão 60 Questão 62
Lei n. 601, de 18 de setembro de 1850
Produto do fim da Guerra Fria, a Convenção sobre
D. Pedro II, por Graça de Deus e Unânime
a Proibição das Armas Químicas (CPAQ) marcou um
Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e
momento novo das relações internacionais no campo Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber, a todos os
da segurança. Aberta para assinaturas em Paris, nossos súditos, que a Assembleia Geral decretou, e nós
em janeiro de 1993, após cerca de duas décadas de queremos a Lei seguinte:
negociações na Conferência do Desarmamento em
Art. 1º Ficam proibidas as aquisições de terras
Genebra, a CPAQ entrou em vigor em abril de 1997. devolutas por outro título que não seja o de compra.
Ao abrir a I Conferência dos Estados-Partes na CPAQ,
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 8 ago. 2014 (adaptado).
em Haia, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan,
descreveu o evento como um “momentoso ato de paz”. Considerando a conjuntura histórica, o ordenamento
Disse: “O que vocês fizeram com sua livre vontade foi jurídico abordado resultou na
anunciar a essa e a todas as futuras gerações que as A mercantilização do trabalho livre.
armas químicas são instrumentos que nenhum Estado B retração das fronteiras agrícolas.
com algum respeito por si mesmo e nenhum povo C demarcação dos territórios indígenas.
com algum senso de dignidade usaria em conflitos D concentração da propriedade fundiária.
domésticos ou internacionais”. E expropriação das comunidades quilombolas.
BUSTANI, J. M. A Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas:
trajetória futura. Parcerias Estratégicas, n. 9, out. 2000.
Questão 63
TEXTO I
O que a Convenção representou para o cenário A adesão da Alemanha à Otan
geopolítico mundial? A adesão da Alemanha Ocidental à Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan) há 50 anos teve como
A Esgotamento dos pactos bélicos multilaterais.
pano de fundo o conflito entre o Ocidente e o Leste da
B Restrição aos complexos industriais militares. Europa e o projeto da integração europeia. A adesão
C Enfraquecimento de blocos políticos regionais. da República Federal da Alemanha foi um passo
importante para a reconstrução do país no pós-guerra
D Cerceamento às agências de inteligência estatal. e abriu o caminho para a Alemanha desempenhar um
E Desestabilização das empresas produtoras de papel relevante na defesa da Europa Ocidental durante
munições. a Guerra Fria.
HAFTENDORN, H. A adesão da Alemanha à Otan: 50 anos depois.
Questão 61 Disponível em: www.nato.int. Acesso em: 5 out. 2015 (adaptado).
TEXTO II
Uma ação tomada por alguns países que
Otan discute medidas para deter os jihadistas
pode funcionar é proporcionar bolsas de estudo e
no Iraque e na Síria
empréstimos para aqueles que querem estudar em
O regime de terror imposto pelos islamitas radicais
centros universitários fora do país, com a contrapartida
no Oriente Médio alarma a Otan tanto ou mais que a
de que, após a conclusão da faculdade, essas pessoas Rússia, ainda que a estratégia para detê-los ainda seja
possam pagar ao governo voltando e trabalhando no difusa. O avanço do chamado Estado Islâmico, que
país de origem. Desburocratizar o exercício de certas instalou um califado repressor em zonas do Iraque e da
profissões e incentivar centros de excelência também Síria, comandou boa parte das reuniões bilaterais que
pode ajudar. mantiveram os líderes da organização atlântica no País
MALI, T. Disponível em: www.ufjf.br.
de Gales.
Acesso em: 10 out. 2015 (adaptado). ABELLÁN, L. Otan discute medidas para deter os jihadistas no
Iraque e na Síria. Disponível em: http://brasil.elpais.com.
As medidas governamentais descritas buscam conter a Acesso em: 5 out. 2015.
ocorrência do seguinte processo demográfico: As diferentes estratégias da Otan, demonstradas nos
textos, são resultantes das transformações na
A Transferência de refugiados.
A composição dos países-membros.
B Deslocamento sazonal. B localização das bases militares.
C Movimento pendular. C conformação do cenário geopolítico.
D Fuga de cérebros. D distribuição de recursos naturais.
E Fluxo de retorno. E destinação dos investimentos financeiros.

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Questão 64 Questão 66
O meu pai era paulista A ausência quase completa de fantasmas na Bíblia
Meu avô, pernambucano deve ter favorecido também a vontade de rejeição dos
O meu bisavô, mineiro fantasmas pela cultura cristã. Várias passagens dos
Evangelhos manifestam mesmo uma grande reticência
Meu tataravô, baiano
com relação a um culto dos mortos: “Deixa os mortos
Vou na estrada há muitos anos sepultar os mortos”, diz Jesus (Mt 8:21), ou ainda:
Sou um artista brasileiro “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mt 22:32).
CHICO BUARQUE. Paratodos. 1993. Disponível em: Por certo, numerosos mortos são ressuscitados por
www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 29 jun. 2015 (fragmento). Jesus (e, mais tarde, por alguns de seus discípulos),
mas tal milagre — o mais notório possível segundo as
A característica familiar descrita deriva do seguinte
aspecto demográfico: classificações posteriores dos hagiógrafos medievais
— não é assimilável ao retorno de um fantasma.
A Migração interna. Ele prefigura a própria ressurreição do Cristo três dias
B População relativa. depois de sua Paixão. Antecipa também a ressurreição
C Expectativa de vida. universal dos mortos no fim dos tempos.
D Taxa de mortalidade. SCHMITT, J.-C. Os vivos e os mortos na sociedade medieval.
São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
E Índice de fecundidade.
De acordo com o texto, a representação da morte
Questão 65 ganhou novos significados nessa religião para
As crianças devem saudar as pessoas A extinguir as formas de ritualismo funerário.
distintas, os professores e senhoras conhecidas B evitar a expressão de antigas crenças politeístas.
que encontrarem, que elas não se negarão a
corresponder. Não devem empurrar ninguém nem C sacramentar a execução do exorcismo de infiéis.
cortar o passo dos transeuntes. Não escrever nas D enfraquecer a convicção na existência de demônios.
paredes e portas coisa alguma. Nunca atirar pedras. E consagrar as práticas de contato mediúnico
Não atirar cascas de frutas no chão, o que pode ser transcendental.
motivo de desastres gravíssimos. Nunca fitar de
propósito os olhos sobre pessoas aleijadas ou rir-se Questão 67
de algum defeito físico do próximo.
A Imprensa, n. 67, 27 abr. 1914.
O feminismo teve uma relação direta com o
descentramento conceitual do sujeito cartesiano
O discurso sobre a infância, veiculado pelo jornal no e sociológico. Ele questionou a clássica distinção
início do século XX, visava a promoção de entre o “dentro” e o “fora”, o “privado” e o “público”.
A formas litúrgicas de interação. O slogan do feminismo era: “o pessoal é político”.
Ele abriu, portanto, para a contestação política,
B valores abstratos de cidadania.
arenas inteiramente novas: a família, a sexualidade,
C normas sociomorais de civilidade. a divisão doméstica do trabalho etc.
D concepções arcaicas de disciplina.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade.
E conceitos importados de pedagogia. Rio de Janeiro: DP&A, 2011 (adaptado).

O movimento descrito no texto contribui para o processo


de transformação das relações humanas, na medida em
que sua atuação

A subverte os direitos de determinadas parcelas da


sociedade.
B abala a relação da classe dominante com o Estado.
C constrói a segregação dos segmentos populares.
D limita os mecanismos de inclusão das minorias.
E redefine a dinâmica das instituições sociais.

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Questão 68 Questão 70
O conhecimento é sempre aproximado, falível e, A Regência iria enfrentar uma série de rebeliões
por isso mesmo, suscetível de contínuas correções. nas províncias, marcadas pela reação das elites locais
Uma justificação pode parecer boa, num certo contra o centralismo monárquico levado a efeito pelos
momento, até aparecer um conhecimento melhor. interesses dos setores ligados ao café da Corte, como
O que define a ciência não será então a ilusória a Cabanagem, no Pará, a Balaiada, no Maranhão, e a
obtenção de verdades definitivas. Ela será antes
Sabinada, na Bahia. Mas, de todas elas, a Revolução
definível pela prevalência da utilização, por parte
dos seus praticantes, de instrumentalidades que Farroupilha era aquela que mais preocuparia, não só pela
o campo científico forjou e tornou disponíveis. sua longa duração como pela sua situação fronteiriça da
Ou seja, cada progressão no conhecimento província do Rio Grande, tradicionalmente a garantidora
que mostre o caráter errôneo ou insuficiente de dos limites e dos interesses antes lusitanos e agora
conhecimentos anteriores não remete estes últimos nacionais do Prata.
para as trevas exteriores da não ciência, mas PESAVENTO, S. J. Farrapos com a faca na bota. In: FIGUEIREDO, L.
apenas para o estágio de conhecimentos científicos História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro:
historicamente ultrapassados. Casa da Palavra, 2013.
ALMEIDA, J. F. Velhos e novos aspectos da epistemologia das ciências
sociais. Sociologia: problemas e práticas, n. 55, 2007 (adaptado).
A característica regional que levou uma das revoltas
citadas a ser mais preocupante para o governo central
O texto desmistifica uma visão do senso comum era a
segundo a qual a ciência consiste no(a)
A autonomia bélica local.
A conjunto de teorias imutáveis.
B coesão ideológica radical.
B consenso de áreas diferentes.
C liderança política situacionista.
C coexistência de teses antagônicas.
D avanço das pesquisas interdisciplinares. D produção econômica exportadora.
E preeminência dos saberes empíricos. E localização geográfica estratégica.

Questão 69 Questão 71

Uns viam na abdicação uma verdadeira revolução, É amplamente conhecida a grande diversidade
sonhando com um governo de conteúdo republicano; gastronômica da espécie humana. Frequentemente, essa
outros exigiam o respeito à Constituição, esperando diversidade é utilizada para classificações depreciativas.
alcançar, assim, a consolidação da Monarquia. Assim, no início do século, os americanos denominavam
Para alguns, somente uma Monarquia centralizada os franceses de “comedores de rãs”. Os índios kaapor
seria capaz de preservar a integridade territorial do discriminam os timbiras chamando-os pejorativamente
Brasil; outros permaneciam ardorosos defensores de “comedores de cobra”. E a palavra potiguara pode
de uma organização federativa, à semelhança da
significar realmente “comedores de camarão”. As pessoas
jovem República norte-americana. Havia aqueles que
imaginavam que somente um Poder Executivo forte não se chocam apenas porque as outras comem coisas
seria capaz de garantir e preservar a ordem vigente; variadas, mas também pela maneira que agem à mesa.
assim como havia os que eram favoráveis à atribuição Como utilizamos garfos, surpreendemo-nos com o uso dos
de amplas prerrogativas à Câmara dos Deputados, por palitos pelos japoneses e das mãos por certos segmentos
entenderem que somente ali estariam representados os de nossa sociedade.
interesses das diversas províncias e regiões do Império. LARAIA, R. Cultura: um conceito antropológico.
MATTOS, I. R.; GONÇALVES, M. A. O Império da boa sociedade: São Paulo: Jorge Zahar, 2001 (adaptado).
a consolidação do Estado imperial brasileiro.
São Paulo: Atual, 1991 (adaptado). O processo de estranhamento citado, com base em um
conjunto de representações que grupos ou indivíduos
O cenário descrito revela a seguinte característica
política do período regencial: formam sobre outros, tem como causa o(a)

A Instalação do regime parlamentar. A reconhecimento mútuo entre povos.


B Realização de consultas populares. B etnocentrismo recorrente entre populações.
C Indefinição das bases institucionais. C comportamento hostil em zonas de conflito.
D Limitação das instâncias legislativas. D constatação de agressividade no estado de natureza.
E Radicalização das disputas eleitorais. E transmutação de valores no contexto da modernidade.

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Questão 72 Questão 74
O espírito humano controla as máquinas cada vez Embora os centros de decisão permaneçam
mais potentes que criou. Mas a lógica dessas máquinas fortemente centralizados nas cidades mundiais, as
artificiais controla cada vez mais o espírito dos cientistas, atividades produtivas podem ser desconcentradas, desde
sociólogos, políticos e, de modo mais abrangente, todos que haja conexões fáceis entre as unidades produtivas
aqueles que, obedecendo à soberania do cálculo, e os centros de gestão e exista a disponibilidade de
ignoram tudo o que não é quantificável, ou seja, os trabalho qualificado e uma base técnica adequada às
sentimentos, sofrimentos, alegrias dos seres humanos. operações industriais.
Essa lógica é assim aplicada ao conhecimento e à
EGLER, C. A. G. Questão regional e a gestão do território no Brasil.
conduta das sociedades, e se espalha em todos os In: CASTRO, I. E.; CORRÊA, R. L.; GOMES, P. C. C. (Org.). Geografia:
setores da vida. conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
MORIN, E. O método 5: a humanidade da humanidade.
Porto Alegre: Sulina, 2012 (adaptado).
A mudança nas atividades produtivas a que o texto faz
referência é motivada pelo seguinte fator:
No contexto atual, essa crítica proposta por Edgar Morin
se aplica à A Definição volátil das taxas aduaneiras e cambiais.
B Prestação regulada de serviços bancários e
A intensificação das relações interpessoais.
financeiros.
B descentralização do poder econômico.
C Controle estrito do planejamento familiar e fluxo
C fragmentação do mercado consumidor. populacional.
D valorização do paradigma tecnológico. D Renovação constante das normas jurídicas e marcos
E simplificação das atividades laborais. contratuais.
Questão 73 E Oferta suficiente de infraestruturas logísticas e
serviços especializados.
Uma parte da nossa formação científica confunde-se
com a atividade de uma polícia de fronteiras, revistando Questão 75
os pensamentos de contrabando que viajam na mala
A estética relativamente estável do modernismo
de outras sabedorias. Apenas passam os pensamentos
de carimbada cientificidade. A biologia, por exemplo, fordista cedeu lugar a todo o fermento, instabilidade e
é um modo maravilhoso de emigrarmos de nós, de qualidades fugidias de uma estética pós-moderna que
transitarmos para lógicas de outros seres, de nos celebra a diferença, a efemeridade, o espetáculo, a
descentrarmos. Aprendemos que não somos o centro moda e a mercadificação de formas culturais.
da vida nem o topo da evolução. HARVEY, D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as
origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 2009.
COUTO, M. Interinvenções. Portugal: Caminho, 2009 (adaptado).

No trecho, expressa-se uma visão poética da No contexto descrito, as transformações estéticas


epistemologia científica, caracterizada pela impactam a produção de bens por meio da

A implementação de uma viragem linguística com A promoção de empregos fabris, integrada às linhas
base no formalismo. de montagem.
B fundamentação de uma abordagem híbrida com B ampliação dos custos de fabricação, impulsionada
base no relativismo. pelo consumo.
C interpretação da natureza eclética das coisas com C redução do tempo de vida dos produtos,
base no antiacademicismo. acompanhada da crescente inovação.
D definição de uma metodologia transversal com base D diminuição da importância da organização logística,
em um panorama cético. utilizada pelos fornecedores.
E compreensão da realidade com base em uma E expansão de mercadorias estocadas, aliada a
perspectiva não antropocêntrica. maiores custos de armazenamento.

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Questão 76 Questão 79
A cidade
Quanto mais a vida social se torna mediada pelo
E a situação sempre mais ou menos,
Sempre uns com mais e outros com menos. mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas
A cidade não para, a cidade só cresce viagens internacionais, pelas imagens da mídia e
O de cima sobe e o de baixo desce. pelos sistemas de comunicação interligados, mais as
identidades se tornam desvinculadas — desalojadas —
CHICO SCIENCE e Nação Zumbi. In: Da lama ao caos.
Rio de Janeiro: Chaos; Sony Music, 1994 (fragmento). de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e
parecem “flutuar livremente”. Somos confrontados por
A letra da canção do início dos anos 1990 destaca uma
questão presente nos centros urbanos brasileiros que uma gama de diferentes identidades (cada qual nos
se refere ao(à) fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes
partes de nós), dentre as quais parece possível fazer
A déficit de transporte público.
uma escolha.
B estagnação do setor terciário.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade.
C controle das taxas de natalidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
D elevação dos índices de criminalidade.
Do ponto de vista conceitual, a transformação identitária
E desigualdade da distribuição de renda. descrita resulta na constituição de um sujeito
Questão 77
A altruísta.
O consumo da habitação, em especial aquela
B dependente.
dotada de atributos especiais no espaço urbano,
contribui para o entendimento do fenômeno, pois C nacionalista.
certas áreas tornam-se alvos de operações comerciais D multifacetado.
de prestígio com a produção e/ou a renovação de
E territorializado.
construções, diferente de outras porções da cidade,
dotadas de menor infraestrutura. Questão 80
SANTOS, A. R. O consumo da habitação de luxo no espaço urbano
parisiense. Confins, n. 23, 2015 (adaptado). A população africana residente nesta província, bem
O conceito que define o processo descrito denomina-se como a de todo o Império, compõe-se de indivíduos de
A escala cartográfica. diferentes lugares da África que variam em costumes
e religiões; a que aqui segue o maometismo, à qual
B conurbação metropolitana.
pertencemos, é uma população pequena, porém, distinta
C território nacional. entre si, e notando a necessidade de sustentarmos nosso
D especulação imobiliária. culto e fundados ainda no artigo 5º da Constituição do
E paisagem natural. Império, requeremos ao sr. chefe de polícia licença para
exercermos o culto.
Questão 78
REIS, J. J.; GOMES, F. S.; CARVALHO, M. J. M. O Alufá Rufino:
Estima-se que no Brasil mais de 20% da população tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro (1822-1853).
tenha algum tipo de dificuldade de locomoção, seja por São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).
deficiência física, motora, sensorial ou mesmo por uma O pedido de um grupo de africanos de Recife ao chefe
condição específica transitória. Para que essa parcela da de polícia local tinha como objetivo, naquele contexto,
população exerça plenamente o seu direito constitucional
de ir e vir, os sistemas de transporte têm de apresentar A criticar a doutrina oficial.
características adequadas de acessibilidade, dentro dos B professar uma fé alternativa.
conceitos do desenho universal.
IPEA. Políticas de melhoria das condições de acessibilidade do
C assegurar a cidadania política.
transporte urbano no Brasil. Rio de Janeiro: Ipea, 2015. D legalizar os terreiros de candomblé.
No meio urbano, o atendimento da proposta de inclusão E eliminar algumas tradições culturais.
social apresentada no texto demanda um conjunto de
intervenções técnicas que promovam o(a)
A ocupação de áreas periféricas.
B democratização do espaço público.
C alargamento da malha de rodovias.
D monitoramento de fluxos populacionais.
E expansão de sistemas de comunicação.
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Questão 81 Questão 84
A importância do conhecimento está em seu
Particularmente nos dias de inverno, pode
uso, em nosso domínio ativo sobre ele, quero dizer,
reside na sabedoria. É convencional falar em mero ocorrer um rápido resfriamento do solo ou um
conhecimento, separado da sabedoria, como capaz rápido aquecimento das camadas atmosféricas
de incutir uma dignidade peculiar a seu possuidor. superiores. O ar quente fica por cima da camada de
Não compartilho dessa reverência pelo conhecimento ar frio, passando a funcionar como um bloqueio, o
como tal. Tudo depende de quem possui o que impede a formação de correntes de ar (vento).
conhecimento e do uso que faz dele. Dessa forma, o ar frio próximo ao solo não sobe
WHITHEHEAD, A. N. Os fins da educação e outros ensaios. porque é o mais denso, e o ar quente que lhe está
São Paulo: Edusp, 1969. por cima não desce porque é o menos denso.
No trecho, o autor considera que o conhecimento traz Nas grandes cidades, esse fenômeno tende a se
possibilidades de progresso material e moral quando agravar, uma vez que a expressiva concentração de
A prioriza o rigor conceitual. indústrias e automóveis intensifica o lançamento de
B valoriza os seus dogmas. poluentes e material particulado na atmosfera, o que
torna o ar mais impuro e, por conseguinte, contribui
C avalia a sua aplicabilidade.
para o aumento de casos de irritação nos olhos e
D busca a inovação tecnológica. doenças respiratórias.
E instaura uma perspectiva científica. AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996 (adaptado).
Questão 82
Tomemos o exemplo de Sócrates: é precisamente Agravado pela ação antrópica, o fenômeno atmosférico
ele quem interpela as pessoas na rua, os jovens no descrito no texto é o(a)
ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de ti?” O deus o
encarregou disso, é sua missão, e ele não a abandonará, A efeito estufa.
mesmo no momento em que for ameaçado de morte. B ilha de calor.
Ele é certamente o homem que cuida do cuidado dos C inversão térmica.
outros: esta é a posição particular do filósofo.
D ciclone tropical.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 2004. E chuva orográfica.
O fragmento evoca o seguinte princípio moral da filosofia
Questão 85
socrática, presente em sua ação dialógica:
A Examinar a própria vida. Tal como foi concebido, o desenvolvimento da
B Ironizar o seu oponente. Amazônia pressupunha o desmatamento. Muitas forças
C Sofismar com a verdade. foram envolvidas e constituíram uma teia de múltiplos
interesses: as instituições financeiras internacionais, a
D Debater visando a aporia.
tecnocracia militar e civil, as elites regionais e nacionais,
E Desprezar a virtude alheia. as corporações transnacionais, os madeireiros, os
Questão 83 colonos sem terra e os garimpeiros.
Quando se trata de competência nas construções e SANTOS, L. G. Politizar as novas tecnologias: o impacto sociotécnico
nas artes, os atenienses acreditam que poucos sejam da informação digital e genética. São Paulo:
Editora 34, 2003 (adaptado).
capazes de dar conselhos. Quando, ao contrário, se
trata de uma deliberação política, toleram que qualquer O modo de exploração descrito opõe-se a um modelo de
um fale, de outro modo não existiria a cidade. desenvolvimento que
BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2000 (adaptado). A gera empregos formais.
De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos B possibilita lucros imediatos.
atenienses na Antiguidade Clássica tinha como C maximiza atividades de extração.
característica fundamental o(a)
D reitera a dependência econômica.
A dedicação altruísta em ações coletivas. E promove a conservação de recursos.
B participação direta em fóruns decisórios.
C ativismo humanista em debates públicos.
D discurso formalista em espaços acadêmicos.
E representação igualitária em instâncias parlamentares.
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Questão 86 Questão 89
O progresso
No litoral sudeste, especialmente na região de
Eu queria não ver todo o verde da terra morrendo
Cabo Frio (RJ), ocorre, por vezes, um fenômeno
E das águas dos rios os peixes desaparecendo
Eu queria gritar que esse tal de ouro negro interessante, que abaixa a temperatura da água do
Não passa de um negro veneno mar a até 14 °C, nos meses de janeiro e fevereiro.
E sabemos que por tudo isso vivemos bem menos. Isso acontece devido ao vento, que, no verão, sopra
ROBERTO CARLOS; ERASMO CARLOS. Roberto Carlos. constantemente da direção nordeste. Assim, esse
Rio de Janeiro: CBS, 1976 (fragmento). vento constante empurra as águas da superfície,
O trecho da letra da canção avalia o uso de combustíveis que haviam sofrido insolação e, portanto, estavam
fósseis com base em sua potencial contribuição para aquecidas (em torno de 26 °C), para o oceano aberto.
aumentar o(a) Origina-se, então, uma lacuna de água junto à costa,
A base da pirâmide etária. que é preenchida por águas profundas, bem mais
B alcance da fronteira de recursos. frias, que sobem e atingem a superfície. A ascensão
C degradação da qualidade de vida. das águas frias é chamada de ressurgência.
D sustentabilidade da matriz energética. VIEIRA, A. C. M.; ALVES, D. S. C.; MATSCHINSKE, E. G. Influência
E exploração do trabalho humano. das correntes oceânicas no clima do Brasil. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 10 out. 2015.
Questão 87
Uma importância econômica do fenômeno apresentado
A topografia predominante no Planalto Central é a de
reside no fato de que ele favorece o surgimento de
uma região horizontal, chata, que me fez recordar muito
do Planalto Central da África do Sul: o mesmo horizonte A recifes de corais, atraindo o turismo.
circular, a mesma vegetação baixa e rala, que permite à B áreas de cardumes, beneficiando a pesca.
vista varrer extensões infinitas. C zonas de calmaria, facilitando a navegação.
WEIBEL, L. Capítulos de geografia tropical e do Brasil.
Rio de Janeiro: IBGE, 1979. D locais de águas límpidas, favorecendo o mergulho.
Quais formações vegetais pertencem às paisagens E campos de sedimentos orgânicos, formando o petróleo.
apresentadas?
A Os cerrados e as savanas. Questão 90
B Os garrigues e as pradarias.
Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador
C As caatingas e os maquis. da lei é justo; evidentemente todos os atos legítimos são,
D As coníferas e as estepes. em certo sentido, atos justos, porque os atos prescritos
E As restingas e os chaparrais. pela arte do legislador são legítimos e cada um deles é
justo. Ora, nas disposições que tomam sobre todos os
Questão 88
assuntos, as leis têm em mira a vantagem comum, quer
As águas das precipitações atmosféricas sobre
de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o
os continentes nas regiões não geladas podem tomar
três caminhos: evaporação imediata, infiltração ou poder ou algo desse gênero; de modo que, em certo
escoamento. A relação entre essas três possibilidades, sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem
assim como das suas respectivas intensidades quando a produzir e a preservar, para a sociedade política, a
ocorrem em conjunto, o que é mais frequente, depende felicidade e os elementos que a compõem.
de vários fatores, tais como clima, morfologia do
ARISTÓTELES. A política. São Paulo:
terreno, cobertura vegetal e constituição litológica.
Cia. das Letras, 2010 (adaptado).
LEINZ, V. Geologia geral. São Paulo: Editora Nacional, 1989 (adaptado).
De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve
A preservação da cobertura vegetal interfere no
agir conforme a
processo mencionado contribuindo para a
A moral e a vida privada.
A decomposição do relevo.
B redução da evapotranspiração. B virtude e os interesses públicos.
C contenção do processo de erosão. C utilidade e os critérios pragmáticos.
D desaceleração do intemperismo químico. D lógica e os princípios metafísicos.
E deposição de sedimentos no solo. E razão e as verdades transcendentes.

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Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.

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1
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3
4
9
10

Me deu um beijo e virou poesia.

30 minutos

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 2


Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Questão 01

Disponível em: https://sites.psu.edu. Acesso em: 12 jun. 2018.


Disponível em: www.csuchico.edu. Acesso em: 11 dez. 2017.
Os recursos usados nesse pôster de divulgação de uma
campanha levam o leitor a refletir sobre a necessidade de Nesse pôster de divulgação de uma campanha que
aborda a diversidade e a inclusão, a interação dos
A criticar o tipo de tratamento dado à mulher.
elementos verbais e não verbais faz referência ao ato de
B rever o desempenho da mulher no trabalho.
C questionar a sobrecarga de atribuições da mulher. A estereotipar povos de certas culturas.
D analisar as pesquisas acerca dos direitos da mulher. B discriminar hábitos de grupos minoritários.
E censurar a mulher pelo uso de determinadas palavras. C banir imigrantes de determinadas origens.
D julgar padrões de beleza de diversas etnias.
E desvalorizar costumes de algumas sociedades.

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Questão 3 No poema de Robert Frost, as palavras “fault” e “blame”


revelam por parte do eu lírico uma
A Mother in a Refugee Camp
No Madonna and Child could touch A culpa por não poder cuidar do pássaro.
Her tenderness for a son B atitude errada por querer matar o pássaro.
She soon would have to forget...
C necessidade de entender o silêncio do pássaro.
The air was heavy with odors of diarrhea,
D sensibilização com relação à natureza do pássaro.
Of unwashed children with washed-out ribs
E irritação quanto à persistência do canto do pássaro.
And dried-up bottoms waddling in labored steps
Behind blown-empty bellies. Other mothers there Questão 5
Finally, Aisha finished with her customer and asked
Had long ceased to care, but not this one:
what colour Ifemelu wanted for her hair attachments.
She held a ghost-smile between her teeth,
and in her eyes the memory “Colour four.”
Of a mother’s pride... She had bathed him
“Not good colour,” Aisha said promptly.
And rubbed him down with bare palms.
She took from their bundle of possessions “That’s what I use.”
A broken comb and combed “It look dirty. You don’t want colour one?”
The rust-colored hair left on his skull
“Colour one is too black, it looks fake,” Ifemelu said,
And then — humming in her eyes — began carefully
[to part it. loosening her headwrap. “Sometimes I use colour two,
In their former life this was perhaps but colour four is closest to my natural colour.”
A little daily act of no consequence [...]
Before his breakfast and school; now she did it
Like putting flowers on a tiny grave. She touched Ifemelu’s hair. “Why you don’t have
relaxer?”
ACHEBE, C. Collected Poems. New York: Anchor Books, 2004.

O escritor nigeriano Chinua Achebe traz uma reflexão “I like my hair the way God made it.”
sobre a situação dos refugiados em um cenário pós-guerra “But how you comb it? Hard to comb,” Aisha said.
civil em seu país. Essa reflexão é construída no poema
por meio da representação de uma mãe, explorando a(s) Ifemelu had brought her own comb. She gently combed

A demonstração de orgulho por não precisar pedir her hair, dense, soft and tightly coiled, until it framed her
doações. head like a halo. “It’s not hard to comb if you moisturize
B descrições artísticas detalhadas de uma obra it properly,” she said, slipping into the coaxing tone of the
conhecida. proselytizer that she used whenever she was trying to
C aceitação de um diagnóstico de doença terminal do convince other black women about the merits of wearing
filho.
their hair natural. Aisha snorted; she clearly could not
D consternação ao visitar o túmulo do filho recém-falecido.
understand why anybody would choose to suffer through
E impressões sensoriais experimentadas no ambiente.
combing natural hair, instead of simply relaxing it. She
Questão 4
sectioned out Ifemelu’s hair, plucked a little attachment
A Minor Bird
from the pile on the table and began deftly to twist.
I have wished a bird would fly away, ADICHIE, C. Americanah: A novel. New York: Anchor Books, 2013.

And not sing by my house all day; A passagem do romance da escritora nigeriana traz
um diálogo entre duas mulheres negras: a cabeleireira,
Have clapped my hands at him from the door Aisha, e a cliente, Ifemelu. O posicionamento da cliente é
When it seemed as if I could bear no more. sustentado por argumentos que
The fault must partly have been in me.
A reforçam um padrão de beleza.
The bird was not to blame for his key.
B retratam um conflito de gerações.
And of course there must be something wrong C revelam uma atitude de resistência.
In wanting to silence any song. D demonstram uma postura de imaturidade.
FROST, R. West-running Brook. New York: Henry Holt and Company, 1928. E evidenciam uma mudança de comportamento.
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Questões de 01 a 05 (opção espanhol) Questão 2


Questão 01 Los propietarios de la libertad
Pablo Pueblo Las palabras cumplen ciclos; las actitudes también. Sin
Regresa un hombre en silencio embargo, cuando las palabras designan actitudes, los ciclos
De su trabajo cansado se vuelven más complejos. Cuando el hoy tan denostado
Su paso no lleva prisa Sartre puso la palabra compromiso sobre el tapete y

Su sombra nunca lo alcanza hasta Mac Leish publicó un libro sobre la responsabilidad
de los intelectuales, estas dos palabras, compromiso y
Lo espera el barrio de siempre responsabilidad, designaban actitudes que, sin ser gemelas,
Con el farol en la esquina eran bastante afines. Salvo contadas excepciones, los
Con la basura allá en frente intelectuales de entonces las hicieron suyas y, equivocados
Y el ruido de la cantina o no, dijeron sin eufemismos por qué empeño se la jugaban.

Pablo Pueblo Los intelectuales latinoamericanos también


llega hasta el zaguán oscuro comprendieron dónde estaba esta vez el enemigo. Sólo
Y vuelve a ver las paredes entonces empezó la mala prensa. Los grandes pontífices
Con las viejas papeletas de la propaganda subrayaron una y otra vez la palabra
Que prometían futuros libertad y denostaron el compromiso. Libertad no era
en lides politiqueras librarse de Batista o de Somoza, sino mantener la prensa
Y en su cara se dibuja libre. Libertad es la emocionada comprobación de que la
la decepción de la espera. gran prensa norteamericana es capaz de descubrir que
BLADES, R. Disponível em: http://rubenblades.com. Acesso em: 26 jun. 2012 (fragmento).
Lumumba o Allende fueron liquidados por la CIA, sin
poner el acento en que eso no sirve para resucitarlos.
Rubén Blades é um compositor panamenho de canções
socialmente engajadas. O título Pablo Pueblo, associado ao ¿Y compromiso? Es la actitud que adoptan
conteúdo da letra da canção, revela uma crítica social ao ciertos intelectuales, cuya carga ideológica perjudica
notoriamente su arte. Después de todo, ¿cómo se atreven
A contrapor a individualidade de um sujeito a uma
a frecuentar las provincias del espíritu, si es público y
estrutura social marcada pela decepção na atuação
notorio que tales ámbitos son patrimonio exclusivo de los
política.
propietarios de la libertad?
B demonstrar que o problema sofrido pelo indivíduo BENEDETTI, M. Perplejidades de fin de siglo.
Buenos Aires: Sudamericana, 1993 (adaptado).
atinge toda a comunidade.
Transformar palavras em atitudes tem sido um dos
C relativizar a importância que se dá ao sofrimento
grandes dilemas dos intelectuais. Ao ponderar sobre
individual em uma estrutura social baseada na essa temática, o autor, um dos grandes críticos e literatos
exploração. latino-americanos da atualidade, leva o leitor a perceber
que
D descrever a vida de um sujeito que nunca resolve
suas inquietações e, por isso, mantém-se silencioso. A o compromisso político afasta o artista da criação.
E usar um apelido jocoso para designar a atuação de B os costumes sociais governam a linguagem e as
um indivíduo em seu próprio bairro. atitudes das pessoas.
C o compromisso ideológico de alguns intelectuais está
refletido em suas obras.
D a complexidade relacionada ao conceito de liberdade
impede o compromisso.
E os intelectuais latino-americanos têm um
posicionamento acrítico perante o poder.

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Questão 3 en las palabras


La violencia como bella arte de mis antepasados...
era entonces hombre,
Pues bien, ‘Relatos Salvajes’, de Damián Szifrón,
maduro y sencillo
es sobre todo un brillante esfuerzo por poner rostro, por como los cerros y los peñascos,
fotografiar, a la parte de la violencia que tanto cuesta y mi cultura era el atole,
ver en el cine. De repente, el director argentino coloca el chaquehue, y los buenos días;
al espectador ante el espectáculo, digamos putrefacto, mi idioma cantaba
de una sociedad enferma de su propia indolencia, versículos
anestesiada por su ira, incapaz de entender el origen por los cañones
de la insatisfacción que la habita. ¿Cómo se quedan? de tierra roja
Sí, estamos delante de la una película vocacionalmente y tierra amarilla...
violenta, obligadamente salvaje, pero, y sobre todo, Hoy sí, hoy ya no soy
deslumbrante en su claridad. mejicano ni hispano
Más allá del esplendor sabio de una producción ni tampoco americano,
perfecta, lo que más duele, lo que más divierte, lo que pero soy — y bien lo siento ser —
más conmueve es la sensación de reconocimiento. Cada una sombra del pasado
uno de los damnificados, pese a su acento marcadamente y un esfuerzo
argentino, somos nosotros. O, mejor, cada insulto hacia el futuro...
SÁNCHEZ, R. Disponível em: www.materialdelectura.unam.mx. Acesso em: 4 dez. 2017.
proferido, y no siempre entendido, es nuestro, en algún
momento ha salido de nuestra boca. O saldrá. Ao abordar a expropriação de territórios mexicanos pelos
La violencia no es sólo eso que tanto desagrada a Estados Unidos, o eu lírico do poema revela um(a)
los profesionales del buen gusto, a los programadores de
ópera o a los filósofos de la nada; la violencia, la realmente
A rejeição da língua utilizada por seus antepassados.
insoportable, es también una cuestión de actitud, un B desejo de pertencimento ao espaço estadunidense.
simple gesto. Y esa violencia está por todas partes, está C certeza de manutenção de suas tradições.
dentro. Y Szifrón acierta a retratarla tan fielmente que no D reivindicação de um mundo unificado.
queda otra cosa que romper a reír. Aunque sólo sea de E sentimento de conflito de identidades.
simple desesperación. Brillante, magistral incluso. Questão 5
MARTÍNEZ, L. Disponível em: www.elmundo.es. Acesso em: 13 abr. 2015 (adaptado).
Poco después apareció en casa de Elisenda Morales,
Nessa resenha crítica acerca do filme Relatos Salvajes, arrastrando su cansancio y las contrariedades de un largo
o autor evidencia o día que había dejado su ánimo en ruinas. A pesar de
todo, supo resistirlo, y cuando ella le ofreció una copa de
A cômico como fuga da sociedade diante de situações mistela, abandonó su asiento para ir hasta la tienda en
violentas. busca de algo más estimulante.
Allí, en el corredor de la casa, en taburetes separados,
B estado de apatia da sociedade perante a violência recibieron los primeros cálidos soplos de la noche. Con su
rotineira do mundo atual. habitual entereza, Elisenda entró a conectar la luz de la
sala, sofocando parte de su reflejo, mientras comentaba
C empecilho para o espectador vivenciar a violência que así estarían mejor. Al menos, pensó el tío Camarillo,
bruta na realidade e na ficção. no había sacado la lámpara como otras veces, ni le había
entregado alguno de sus álbumes, y parecía en cambio
D sotaque reforçado dos personagens a fim de marcar decidida a mantener en ascuas al vecindario. Aquélla fue
o espaço do cinema argentino. la primera vez que en mucho tiempo dejaron de lado el
tema de las rentas, para entrar con pies de plomo en el
E autorreconhecimento diante dos diversos tipos de espinoso terreno de las confidencias.
comportamento humano frente à violência. SÁNCHEZ, H. El héroe de la família. Bogotá: Tercer Mundo, 1988.

Questão 4 No texto, no qual é narrada a visita à casa de uma


Oye, Pito, ésta es: la vida bruta de un boy personagem, a expressão “entrar con pies de plomo” é
utilizada para se referir ao(à)
mis tierras eran
nuevo méxico, colorado, A determinação para conduzir discussões pessoais.
california, arizona, tejas, B insensibilidade para lidar com temas do passado.
y muchos otros senderos, C discrição para administrar questões financeiras.
aún cuando la luz existía D disposição para resolver problemas familiares.
sonrientemente
E cuidado para tratar de assuntos íntimos.

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 7


Questões de 06 a 45
Questão 6
Vou-me embora p’ra Pasárgada foi o poema de
mais longa gestação em toda a minha obra. Vi pela
primeira vez esse nome Pasárgada quando tinha os
meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse
nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas”
ou “tesouro dos persas”, suscitou na minha imaginação
uma paisagem fabulosa, um país de delícias, como o
de L’invitation au Voyage, de Baudelaire. Mais de vinte
anos depois, quando eu morava só na minha casa da
Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo,
da mais aguda sensação de tudo o que eu não tinha
feito em minha vida por motivo da doença, saltou-me
de súbito do subconsciente este grito estapafúrdio:
“Vou-me embora p’ra Pasárgada!” Senti na redondilha
a primeira célula de um poema, e tentei realizá-lo,
mas fracassei. Alguns anos depois, em idênticas
circunstâncias de desalento e tédio, me ocorreu o
mesmo desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vez
o poema saiu sem esforço como se já estivesse pronto
dentro de mim. Gosto desse poema porque vejo nele,
em escorço, toda a minha vida; [...] Não sou arquiteto, Disponível em: www.globofilmes.globo.com. Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado).
como meu pai desejava, não fiz nenhuma casa, mas
A frase, título do filme, reproduz uma variedade
reconstruí e “não de uma forma imperfeita neste mundo linguística recorrente na fala de muitos brasileiros.
de aparências”, uma cidade ilustre, que hoje não é mais Essa estrutura caracteriza-se pelo(a)
a Pasárgada de Ciro, e sim a “minha” Pasárgada.
A uso de uma marcação temporal.
BANDEIRA, M. Itinerário de Pasárgada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília: INL, 1984.
B imprecisão do referente de pessoa.
Os processos de interação comunicativa preveem a C organização interrogativa da frase.
presença ativa de múltiplos elementos da comunicação, D utilização de um verbo de ação.
entre os quais se destacam as funções da linguagem. E apagamento de uma preposição.
Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é a

A emotiva, porque o poeta expõe os sentimentos de


angústia que o levaram à criação poética.
B referencial, porque o texto informa sobre a origem do
nome empregado em um famoso poema de Bandeira.
C metalinguística, porque o poeta tece comentários
sobre a gênese e o processo de escrita de um de
seus poemas.
D poética, porque o texto aborda os elementos estéticos
de um dos poemas mais conhecidos de Bandeira.
E apelativa, porque o poeta tenta convencer os leitores
sobre sua dificuldade de compor um poema.

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Questão 8 Questão 10
Slam do Corpo é um encontro pensado para surdos O ouro do século 21
e ouvintes, existente desde 2014, em São Paulo. Uma Cério, gadolínio, lutécio, promécio e érbio; sumário,
iniciativa pioneira do grupo Corposinalizante, criado em térbio e disprósio; hólmio, túlio e itérbio. Essa lista de nomes
2008. (Antes de seguirmos, vale a explicação: o termo esquisitos e pouco conhecidos pode parecer a escalação
slam vem do inglês e significa — numa nova acepção de um time de futebol, que ainda teria no banco de reservas
para o verbo geralmente utilizado para dizer “bater com lantânio, neodímio, praseodímio, európio, escândio e ítrio.
força” — a “poesia falada nos ritmos das palavras e da Mas esses 17 metais, chamados de terras-raras, fazem
cidade”). Nos saraus, o primeiro objetivo foi o de botar parte da vida de quase todos os humanos do planeta.
os poemas em Libras na roda, colocar os surdos para Chamados por muitos de “ouro do século 21”, “elementos do
circular e entender esse encontro entre a poesia e a língua futuro” ou “vitaminas da indústria”, eles estão nos materiais
de sinais, compreender o encontro dessas duas línguas. usados na fabricação de lâmpadas, telas de computadores,
Poemas de autoria própria, três minutos, um microfone. tablets e celulares, motores de carros elétricos, baterias e
Sem figurino, nem adereços, nem acompanhamento até turbinas eólicas. Apesar de tantas aplicações, o Brasil,
musical. O que vale é modular a voz e o corpo, um dono da segunda maior reserva do mundo desses metais,
trabalho artesanal de tornar a palavra “visível”, numa parou de extraí-los e usá-los em 2002. Agora, volta a pensar
arena cujo objetivo maior é o de emocionar a plateia, tirar em retomar sua exploração.
o público da passividade, seja pelo humor, horror, caos, SILVEIRA, E. Disponível em: www.revistaplaneta.com.br.
doçura e outras tantas sensações. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).

NOVELLI, G. Poesia incorporada. Revista Continente, n. 189, set. 2016 (adaptado). As aspas sinalizam expressões metafóricas empregadas
Na prática artística mencionada no texto, o corpo assume intencionalmente pelo autor do texto para
papel de destaque ao articular diferentes linguagens com A imprimir um tom irônico à reportagem.
o intuito de B incorporar citações de especialistas à reportagem.
A imprimir ritmo e visibilidade à expressão poética. C atribuir maior valor aos metais, objeto da reportagem.
B redefinir o espaço de circulação da poesia urbana. D esclarecer termos científicos empregados na
C estimular produções autorais de usuários de Libras. reportagem.
D traduzir expressões verbais para a língua de sinais. E marcar a apropriação de termos de outra ciência pela
E proporcionar performances estéticas de pessoas reportagem.
surdas. Questão 11
Questão 9 Na sua imaginação perturbada sentia a natureza toda
É possível afirmar que muitas expressões idiomáticas agitando-se para sufocá-la. Aumentavam as sombras. No
transmitidas pela cultura regional possuem autores céu, nuvens colossais e túmidas rolavam para o abismo do
anônimos, no entanto, algumas delas surgiram em horizonte... Na várzea, ao clarão indeciso do crepúsculo,
consequência de contextos históricos bem curiosos. os seres tomavam ares de monstros... As montanhas,
“Aquele é um cabra da peste” é um bom exemplo dessas subindo ameaçadoras da terra, perfilavam-se tenebrosas...
construções. Os caminhos, espreguiçando-se sobre os campos,
animavam-se quais serpentes infinitas... As árvores soltas
Para compreender essa expressão tão repetida no
choravam ao vento, como carpideiras fantásticas da
Nordeste brasileiro, faz-se necessário voltar o olhar para o
natureza morta... Os aflitivos pássaros noturnos gemiam
século 16. “Cabra” remete à forma com que os navegadores
agouros com pios fúnebres. Maria quis fugir, mas os
portugueses chamavam os índios. Já “peste” estaria ligada
membros cansados não acudiam aos ímpetos do medo
à questão da superação e resistência, ou mesmo uma
e deixavam-na prostrada em uma angústia desesperada.
associação com o diabo. Assim, com o passar dos anos, ARANHA, J. P. G. Canaã. São Paulo: Ática, 1997.
passou-se a utilizar tal expressão para denominar qualquer
indivíduo que se mostre corajoso, ou mesmo insolente, já No trecho, o narrador mobiliza recursos de linguagem que
que a expressão pode ter caráter positivo ou negativo. Aliás, geram uma expressividade centrada na percepção da
quem já não ficou de “nhe-nhe-nhém” por aí? O termo, que A relação entre a natureza opressiva e o desejo de
normalmente tem significado de conversa interminável, libertação da personagem.
monótona ou resmungo, tem origem no tupi-guarani e
“nhém” significa “falar”.
B confluência entre o estado emocional da personagem
Disponível em: http://leiturasdahistoria.uol.com.br. Acesso em: 13 dez. 2017. e a configuração da paisagem.
A leitura do texto permite ao leitor entrar em contato com C prevalência do mundo natural em relação à fragilidade
A registros do inventário do português brasileiro. humana.
B justificativas da variedade linguística do país. D depreciação do sentido da vida diante da consciência
C influências da fala do nordestino no uso da língua. da morte iminente.
D explorações do falar de um grupo social específico. E instabilidade psicológica da personagem face à
E representações da mudança linguística do português. realidade hostil.

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Questão 12 A inter-relação entre tecnologia e sociedade tem


TEXTO I estimulado a criação de aplicativos. Nesse texto, isso é
É pau, é pedra, é o fim do caminho percebido pelo desenvolvimento de aplicativos para
É um resto de toco, é um pouco sozinho A organização de eventos de competições esportivas.
É um caco de vidro, é a vida, é o sol B agendamento de viagens para eventos de esporte
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol amador.
É peroba-do-campo, é o nó da madeira C mapeamento dos interesses dos praticantes acerca
Caingá, candeia, é o matita-pereira dos esportes.
TOM JOBIM. Águas de março. O Tom de Jobim e o tal de João Bosco (disco de bolso). D identificação da escassez de espaços para a vivência
Salvador: Zen Produtora, 1972 (fragmento). dos esportes.
TEXTO II E formação de grupos em comunidades virtuais para a
prática esportiva.
A inspiração súbita e certeira do compositor serve
ainda de exemplo do lema antigo: nada vem do nada. Questão 14
Para ninguém, nem mesmo para Tom Jobim. Duas TEXTO I
fontes são razoavelmente conhecidas. A primeira é o
poema O caçador de esmeraldas, do mestre parnasiano
Olavo Bilac: “Foi em março, ao findar da chuva,
quase à entrada/ do outono, quando a terra em sede
requeimada/ bebera longamente as águas da estação
[...]”. E a outra é um ponto de macumba, gravado com
sucesso por J. B. Carvalho, do Conjunto Tupi: “É pau, é
pedra, é seixo miúdo, roda a baiana por cima de tudo”.
Combinar Olavo Bilac e macumba já seria bom; mas o
que se vê em Águas de março vai muito além: tudo se
transforma numa outra coisa e numa outra música, que
recompõem o mundo para nós.
NESTROVSKI, A. O samba mais bonito do mundo. In: Três canções de Tom Jobim.
São Paulo: Cosac Naify, 2004.
Ao situar a composição no panorama cultural brasileiro, o
Texto II destaca o(a)
A diálogo que a letra da canção estabelece com HIRST, D. Mother and Child. Bezerro dividido em duas partes: 1029 x
1689 x 625mm, 1993 (detalhe). Vidro, aço pintado, silicone, acrílico,
diferentes tradições da cultura nacional.
monofilamento, aço inoxidável, bezerro e solução de formaldeído.
B singularidade com que o compositor converte
referências eruditas em populares. TEXTO II
C caráter inovador com que o compositor concebe o O grupo Jovens Artistas Britânicos (YABs), que surgiu
processo de criação artística. no final da década de 1980, possui obras diversificadas
D relativização que a letra da canção promove na que incluem fotografias, instalações, pinturas e carcaças
concepção tradicional de originalidade. desmembradas. O trabalho desses artistas chamou
E resgate que a letra da canção promove de obras a atenção no final do período da recessão, por utilizar
pouco conhecidas pelo público no país. materiais incomuns, como esterco de elefantes, sangue
Questão 13 e legumes, o que expressava os detritos da vida e uma
Deu vontade de jogar, mas não sabe como reunir atmosfera de niilismo, temperada por um humor mordaz.
Disponível em: http://damienhirst.com. Acesso em: 15 jul. 2015.
os amigos... FARTHING, S. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).
Muitas vezes é difícil encontrar grupos para bater
A provocação desse grupo gera um debate em torno da
uma bola. Em função disso, estão sendo disponibilizados
obra de arte pelo(a)
aplicativos que reúnem times e reservam espaços para
os adeptos da paixão nacional. Num exemplo dessas A recusa a crenças, convicções, valores morais,
iniciativas, é possível organizar uma partida de futebol, estéticos e políticos na história moderna.
se inscrever para participar de um jogo, alugar campos e B frutífero arsenal de materiais e formas que se
quadras, convidar jogadores. O aplicativo tem dois tipos relacionam com os objetos construídos.
de usuários: um que o usa como ferramenta de gestão C economia e problemas financeiros gerados pela
do grupo, convidando amigos para jogar, vendo quem recessão que tiveram grande impacto no mercado.
confirmou e avaliando os jogos. Outro usuário é o que D influência desse grupo junto aos estilos pós-modernos
busca partidas perto de onde ele está, caso de pessoas que surgiram nos anos 1990.
que estão de passagem numa cidade. E interesse em produtos indesejáveis que revela uma
BENEDICTO, M.; MARLI, M. Bola na rede. Retratos:
a revista do IBGE, n. 2, 2017 (adaptado). consciência sustentável no mercado.

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Questão 15 Questão 16
O suor para estar em competições nacionais e
Fomos falar com o tal encarregado, depois com um
internacionais de alto nível é o mesmo para homens e
mulheres, mas não raramente as remunerações são engenheiro, depois com um supervisor que mandou
menores para elas. Se no tênis, um dos esportes mais chamar um engenheiro da nossa companhia. Esses
equânimes em termos de gênero, todos os principais homens são da sua companhia, engenheiro, ele falou,
torneios oferecem prêmios idênticos nas disputas estão pedindo a conta. A companhia está empenhada
femininas e masculinas, no futebol a desigualdade atinge nessa ponte, gente, falou o engenheiro, vocês não
seu ápice. Neymar e Marta são dois expoentes dessa
podem sair assim sem mais nem menos. Tinha uma
paixão nacional. Ela já foi eleita cinco vezes a melhor
serra circular cortando uns caibros ali perto, então
jogadora do mundo pela Fifa. Ele conquistou o terceiro
lugar na última votação para melhor do mundo. Mas é na só dava pra falar quando a serra parava, e aquilo foi
conta bancária que a diferença entre os dois se sobressai. dando nos nervos.
Falei que a gente tinha o direito de sair quando a
gente quisesse, e pronto. Nisso encostou um sujeito
de paletó mas sem gravata, o engenheiro continuou
falando e a serra cortando. Quando ele parou de falar,
50 Volts aproveitou uma parada da serra e falou que
a gente não era bicho pra trabalhar daquele jeito; daí
o supervisor falou que, se era falta de mulher, eles
davam um jeito. O engenheiro falou que tinha mais
de vinte companhias trabalhando na ponte, a maioria
com prejuízo, porque era mais uma questão de honra,
a gente tinha de acabar a ponte, a nossa companhia
nunca ia esquecer nosso trabalho ali naquela ponte,
um orgulho nacional.
PELLEGRINI, D. A maior ponte do mundo. In:
Melhores contos. São Paulo: Global, 2005.

Disponível em: http://apublica.org. Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado). As reivindicações dos operários, quanto às condições
aviltantes de trabalho a que são submetidos, recebem
O esporte é uma manifestação cultural na qual se
estabelecem relações sociais. Considerando o texto, o algumas tentativas de neutralização dos representantes
futebol é uma modalidade que do empregador, das quais a mais forte é o(a)

A apresenta proximidades com o tênis, no que tange às A sequência de atribuição de responsabilidades e de


relações de gênero entre homens e mulheres. poder decisório a terceiros.
B se caracteriza por uma identidade masculina no
B solicitação em nome dos prejuízos e compromissos
Brasil, conferindo maior remuneração aos jogadores.
C traz remunerações, aos jogadores e jogadoras, para entrega da obra.
proporcionais aos seus esforços no treinamento C intimidação pela discreta presença de um agente de
esportivo.
segurança na cena.
D resulta em melhor eficiência para as mulheres e,
consequentemente, em remuneração mais alta às D promessa de imediato atendimento da carência
jogadoras. sexual dos operários.
E possui jogadores e jogadoras com a mesma
E apelo pela identificação com a empresa extensiva ao
visibilidade, apesar de haver expoentes femininas de
destaque, como Marta. amor patriótico.

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*010175AZ10*

Questão 17 No poema, a descrição lírica do objeto representado é


Uma das mais contundentes críticas ao discurso orientada por um olhar que
da aptidão física relacionada à saúde está no caráter
eminentemente individual de suas propostas, o que A desvela sentimentos de vazio e angústia sob a
serve para obscurecer outros determinantes da saúde. aparente austeridade.
Ou seja, costuma-se apresentar o indivíduo como o B expressa desilusão ante a possibilidade de superação
problema e a mudança do estilo de vida como a solução. do sofrimento.
Argumenta-se ainda que o movimento da aptidão física C contrapõe a fragilidade emocional ao uso desmedido
relacionada à saúde considera a existência de uma
da força física.
cultura homogênea na qual todos seriam livres para
escolher seus estilos de vida, o que não condiz com a D associa a incomunicabilidade emocional às
realidade. O fato é que vivemos numa sociedade dividida determinações culturais.
em classes sociais, na qual nem todas as pessoas têm E privilegia imagens relacionadas à exposição do
condições econômicas para adotar um estilo de vida ativo dinamismo urbano.
e saudável. Há desigualdades estruturais com raízes
Questão 19
políticas, econômicas e sociais que dificultam a adoção
desses estilos de vida. Senhor Juiz
FERREIRA, M. S. Aptidão física e saúde na educação física escolar: ampliando o enfoque.
RBCE, n. 2, jan. 2001 (adaptado). O instrumento do “crime” que se arrola
Com base no texto, a relação entre saúde e estilos de vida Nesse processo de contravenção
A constrói a ideia de que a mudança individual de Não é faca, revólver ou pistola,
hábitos promove a saúde.
B considera a homogeneidade da escolha de hábitos Simplesmente, doutor, é um violão.
saudáveis pelos indivíduos.
Será crime, afinal, será pecado,
C reforça a necessidade de solucionar os problemas de
saúde da sociedade com a prática de exercícios. Será delito de tão vis horrores,
D problematiza a organização social e seu impacto na Perambular na rua um desgraçado
mudança de hábitos dos indivíduos.
Derramando nas praças suas dores?
E reproduz a noção de que a melhoria da aptidão física
pela prática de exercícios promove a saúde. Mande, pois, libertá-lo da agonia
Questão 18
(a consciência assim nos insinua)
Retrato de homem
A paisagem estrita Não sufoque o cantar que vem da rua,
ao apuro do muro Que vem da noite para saudar o dia.
feito vértebra a vértebra
e escuro. É o apelo que aqui lhe dirigimos,
A geração dos pelos Na certeza do seu acolhimento
sobre a casca e os rostos
em seus diques de sombra Juntada desta aos autos nós pedimos
repostos.
E pedimos, enfim, deferimento.
Os poços com seu lodo Disponível em: www.migalhas.com.br.
de ira e de tensão: Acesso em: 23 set. 2020 (adaptado).
entre cimento e fronte
— um vão. Essa petição de habeas corpus, ao transgredir o rigor da
As setas se atiram linguagem jurídica,
às margens de ninguém,
A permite que a narrativa seja objetiva e repleta de
ilesas a si mesmas
retêm. sentidos denotativos.
Compassos de evasão B mostra que o cordel explora termos próprios da esfera
entre falange e rua do direito.
sondando a solitude C demonstra que o jogo de linguagem proposto atenua
nua.
a gravidade do delito.
E na armadura de coisa
salobra, um só segredo: D exemplifica como o texto em forma de cordel
a polpa toda é fruição compromete a solicitação pretendida.
de medo. E esclarece que os termos “crime” e “processo de
ARAÚJO, L. C. Cantochão. Belo Horizonte: Imprensa Publicações — Governo do Estado
de Minas Gerais, 1967. contravenção” são sinônimos.

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Questão 20 O fragmento faz parte da canção brasileira contemporânea


Por que a indústria do empreendedorismo de palco e celebra a cultura popular nordestina. Nele, o artista
irá destruir você exalta as diferentes manifestações culturais pela
Se, antigamente, os livros, enormes e com suas A valorização do teatro, música, artesanato, literatura,
setecentas páginas, cuspiam fórmulas, equações e dança, personagens históricos e artistas populares,
cálculos que te ensinavam a lidar com o fluxo de caixa compondo um tecido diversificado e enriquecedor da
da sua empresa, hoje eles dizem: “Você irá chegar lá! cultura popular como patrimônio regional e nacional.
Acredite, você irá vencer!”. B identificação dos lugares pernambucanos,
Mindset, empoderamento, millennials, networking, manifestações culturais, como o bumba meu boi, as
coworking, deal, business, deadline, salesman com cirandas, os bonecos mamulengos e heróis locais,
perfil hunter… tudo isso faz parte do seu vocabulário. fazendo com que essa canção se apresente como
O pacote de livros é sempre idêntico e as experiências uma referência à cultura popular nordestina.
são passadas da mesma forma: você está a um único C exaltação das raízes populares, como a poesia, a
centímetro da vitória. Não pare!
literatura de cordel e o frevo, misturadas ao erudito,
Se desistir agora, será para sempre. Tome, leia a como a Orquestra Armorial, compondo um rico tecido
estratégia do oceano azul. Faça mais uma mentoria, cultural, que transforma o popular em erudito.
participe de mais uma sessão de coaching. O problema
D caracterização das festas populares como identidade
é que o seu mindset não está ajustado. Você precisa
cultural localizada e como representantes de uma
ser mais proativo. Vamos fazer mais um powermind ? Eu
consigo um precinho bacana para você… cultura que reflete valores históricos e sociais próprios
CARVALHO, Í. C. Disponível em: https://medium.com.
da população local.
Acesso em: 17 ago. 2017 (adaptado). E apresentação do Pastoril do Faceta, do maracatu, do
De acordo com o texto, é possível identificar o bumba meu boi e dos autos como representação da
“empreendedor de palco” por musicalidade e do teatro popular religioso, bastante
comum ao folclore brasileiro.
A livros por ele indicados.
Questão 22
B suas habilidades em língua inglesa.
C experiências por ele compartilhadas.
D padrões de linguagem por ele utilizados.
E preços acessíveis de seus treinamentos.
Questão 21
Sou o coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do Boi-bumbá
Sou o boneco de Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba
Ao som da Orquestra Armorial
Sou Capibaribe
Num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento do Una
Disponível em: www.facebook.com/ministeriodoesporte. Acesso em: 7 dez. 2017.
Vindo no baque solto de maracatu Esse anúncio publicitário propõe soluções para um
Eu sou um auto de Ariano Suassuna problema social recorrente, ao
No meio da Feira de Caruaru A promover ações de conscientização para reduzir a
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta violência de gênero em eventos esportivos.
Levando a flor da lira B estimular o compartilhamento de políticas públicas
Pra Nova Jerusalém sobre a igualdade de gênero no esporte.
Sou Luiz Gonzaga C divulgar para a população as novas regras
E sou do mangue também complementares para as torcidas de futebol.
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte D informar ao público masculino as consequências de
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte condutas ofensivas.
E regulamentar normas de boa convivência nos
LENINE; PINHEIRO, P.C. Leão do Norte. In: LENINE; SUZANO, M. Olho de peixe.
São Paulo: Velas, 1993 (fragmento). estádios.

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Questão 23 Questão 25
Eu tenho empresas e sou digno do visto para ir a
Nova York. O dinheiro que chove em Nova York é para
pessoas com poder de compra. Pessoas que tenham
um visto do consulado americano. O dinheiro que chove
em Nova York também é para os nova-iorquinos. São
milhares de dólares. [...] Estou indo para Nova York, onde
está chovendo dinheiro. Sou um grande administrador.
Sim, está chovendo dinheiro em Nova York. Deu no rádio.
Vejo que há pedestres invadindo a via onde trafega o
meu carro vermelho, importado da Alemanha. Vejo que
há carros nacionais trafegando pela via onde trafega o
meu carro vermelho, importado da Alemanha. Ao chegar
em Nova York, tomarei providências.
SANT’ANNA, A. O importado vermelho de Noé. In: MORICONI, I. (Org.).
Os cem melhores contos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. KOSUTH, J. One and Three Chairs. Museu Reina Sofia, Espanha, 1965.
Disponível em: www.museoreinasofia.es. Acesso em: 4 jun. 2018 (adaptado).
As repetições e as frases curtas constituem procedimentos
A obra de Joseph Kosuth data de 1965 e se constitui por
linguísticos importantes para a compreensão da temática
uma fotografia de cadeira, uma cadeira exposta e um
do texto, pois
quadro com o verbete “Cadeira”. Trata-se de um exemplo
A expressam a futilidade do discurso de poder e de de arte conceitual que revela o paradoxo entre verdade e
distinção do narrador. imitação, já que a arte
B disfarçam a falta de densidade das angústias A não é a realidade, mas uma representação dela.
existenciais narradas. B fundamenta-se na repetição, construindo variações.
C não se define, pois depende da interpretação do fruidor.
C ironizam a valorização da cultura norte-americana
D resiste ao tempo, beneficiada por múltiplas formas
pelos brasileiros. de registro.
D explicitam a ganância financeira do capitalismo E redesenha a verdade, aproximando-se das
contemporâneo. definições lexicais.
E criticam os estereótipos sociais das visões de mundo Questão 26
elitistas.
Questão 24
DECRETO N. 28 314, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007
Demite o Gerúndio do Distrito Federal
e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso
das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII
e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
Disponível em: www.iotforall.com. Acesso em: 22 jun. 2018.
Art. 1° Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do A realidade virtual é uma tecnologia de informação que,
Governo do Distrito Federal. conforme sugere a imagem, tem como uma de suas
Art. 2° Fica proibido, a partir desta data, o uso do gerúndio principais funções
para desculpa de INEFICIÊNCIA. A promover a manipulação eficiente de conhecimentos
Art. 3° Este Decreto entra em vigor na data de sua e informações de difícil compreensão no mundo
publicação. físico.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário. B conduzir escolhas profissionais da área de ciência
Brasília, 28 de setembro de 2007. da computação, oferecendo um leque de opções de
119º da República e 48º de Brasília atuação.
Disponível em: www.dodf.gov.br. Acesso em: 11 dez. 2017. C transferir conhecimento da inteligência artificial para
Esse decreto pauta-se na ideia de que o uso do gerúndio, as áreas tradicionais, como as das ciências exatas e
como “desculpa de ineficiência”, indica naturais.
A conclusão de uma ação. D levar o ser humano a experimentar mentalmente
outras realidades, para as quais é transportado sem
B realização de um evento.
sair de seu próprio lugar.
C repetição de uma prática. E delimitar tecnologias exclusivas de jogos virtuais, a
D continuidade de um processo. fim de oferecer maior emoção ao jogador por meio de
E transferência de responsabilidade. outras realidades.

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Questão 27 A “flauta envolvente” da música é um trecho da Partita


em Lá menor, escrita pelo alemão Johann Sebastian
Caminhando contra o vento, Bach por volta de 1723.
Sem lenço e sem documento Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 6 jun. 2018 (adaptado).
No sol de quase dezembro
Eu vou A incorporação de um trecho da obra para flauta solo de
Johann Sebastian Bach na música de MC Fioti demonstra a
O sol se reparte em crimes
A influência permanente da cultura eurocêntrica nas
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas produções musicais brasileiras.
Eu vou B homenagem aos referenciais estéticos que deram
origem às produções da música popular.
Em caras de presidentes C necessidade de divulgar a música de concerto nos
Em grandes beijos de amor meios populares nas periferias das grandes cidades.
Em dentes, pernas, bandeiras
D utilização desintencional de uma música
Bombas e Brigitte Bardot
excessivamente distante da realidade cultural dos
O sol nas bancas de revista
jovens brasileiros.
Me enche de alegria e preguiça
E inter-relação de elementos culturais vindos de
Quem lê tanta notícia
realidades distintas na construção de uma nova
Eu vou
proposta musical.
VELOSO, C. Alegria, alegria. In: Caetano Veloso.
São Paulo: Phillips, 1967 (fragmento).
Questão 29
É comum coexistirem sequências tipológicas em um
mesmo gênero textual. Nesse fragmento, os tipos textuais Seu delegado
que se destacam na organização temática são
Eu sou viúvo e tenho um filho homem
A descritivo e argumentativo, pois o enunciador detalha Arrumei uma viúva e fui me casar
cada lugar por onde passa, argumentando contra a
A minha sogra era muito teimosa
violência urbana.
B dissertativo e argumentativo, pois o enunciador Com o meu filho foi se matrimoniar
apresenta seu ponto de vista sobre as notícias Desse matrimônio nasceu um garoto
relativas à cidade. Desde esse dia que eu ando é louco
C expositivo e injuntivo, pois o enunciador fala de
Esse garoto é filho do meu filho
seus estados físicos e psicológicos e interage com a
mulher amada. E o filho da minha sogra é irmão da minha mulher
D narrativo e descritivo, pois o enunciador conta sobre Ele é meu neto e eu sou cunhado dele
suas andanças pelas ruas da cidade ao mesmo A minha nora é minha sogra
tempo que a descreve.
Meu filho meu sogro é
E narrativo e injuntivo, pois o enunciador ensina
o interlocutor como andar pelas ruas da cidade Nessa confusão já nem sei quem sou
contando sobre sua própria experiência. Acaba esse garoto sendo meu avô.
Questão 28 TRIO FORROZÃO. Agitando a rapaziada.
Rio de Janeiro: Natasha Records, 2009.
Leandro Aparecido Ferreira, o MC Fioti, compôs em
2017 a música Bum bum tam tam, que gerou, em nove Nessa letra da canção, a suposição do último verso
meses, 480 milhões de visualizações no YouTube. É o sinaliza a intenção do autor de
funk brasileiro mais ouvido na história do site.
A partir de uma gravação da flauta que achou na A ironizar as relações familiares modernas.
internet, MC Fioti fez tudo sozinho: compôs, cantou e B reforçar o humor da situação representada.
produziu em uma noite só. “Comecei a pesquisar alguns
tipos de flauta, coisas antigas. E nisso eu achei a ‘flautinha C expressar perplexidade em relação ao parente.
do Sebastian Bach’”, conta. A descoberta foi por acaso: D atribuir à criança a causa da dúvida existencial.
Fioti não sabia quem era o músico alemão e não sabe
tocar o instrumento. E questionar os lugares predeterminados da família.

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Questão 30 semelhante. Simpson foi encaminhada para casa após


dois dias e passou a tomar medicamentos regulares.
Ao Washington Post, ela contou que estava quase
inconsolável após a perda do seu animal de estimação,
um cão da raça yorkshire terrier. Recuperada após cerca
de um ano, ela diz que não abrirá mão de ter um animal
de estimação porque aprecia a companhia e o amor que
os cachorros dão aos humanos. O caso aconteceu em
Houston, nos Estados Unidos.
Disponível em: https://exame.abril.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017.

Pelas características do texto lido, que trata das


consequências da perda de um animal de estimação,
considera-se que ele se enquadra no gênero
A conto, pois exibe a história de vida de Joanie Simpson.
B depoimento, pois expõe o sofrimento da dona do
animal.
C reportagem, pois discute cientificamente a
Disponível em: www.bhaz.com.br. Acesso em: 14 jun. 2018.
cardiomiopatia.
D relato, pois narra um fato estressante vivido pela
Essa campanha de conscientização sobre o assédio paciente.
sofrido pelas mulheres nas ruas constrói-se pela E notícia, pois divulga fatos sobre a síndrome do
combinação da linguagem verbal e não verbal. A imagem coração partido.
da mulher com o nariz e a boca cobertos por um lenço é
Questão 32
a representação não verbal do(a)
Chiquito tinha quase trinta quando conheceu Mariana
A silêncio imposto às mulheres, que não podem num baile de casamento na Forquilha, onde moravam
denunciar o assédio sofrido. uns parentes dele. Por lá foi ficando, remanchando. Fez
B metáfora de que as mulheres precisam defender-se mal à moça, como costumavam dizer, tiveram de casar às
do assédio masculino. pressas. Morou uns tempos com o sogro, descombinaram.
C constrangimento pelo qual passam as mulheres e Foi só conta de colher o milho e vender. Mudou pra casa
sua tentativa de esconderem-se. do velho Chico Lourenço [seu pai]. Fumaça própria só viu
D necessidade que as mulheres têm de passarem subir um par de anos depois, quando o pai repartiu as
despercebidas para evitar o assédio. terras. De tão parecidos, pai e filho nunca combinaram
direito. Cada qual mais topetudo, muitas vezes dona
E incapacidade de as mulheres protegerem-se da
Aparecida ouvia o marido reclamar da natureza forte do
agressão verbal dos assediadores.
filho. Ela escutava com paciência e respondia dum jeito
Questão 31 sempre igual:
Mulher tem coração clinicamente partido após morte — “Quem herda, não rouba”.
de cachorro
Vinha um brilho nos olhos, o velho se acalmava.
Como explica o The New England Journal of ROMANO, O. Casos de Minas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Medicine, a paciente, chamada Joanie Simpson, tinha
sinais de infarto, como dores no peito e pressão alta, Os ditados populares são frases de sabedoria criadas
e apresentava problemas nas artérias coronárias. Ao pelo povo, utilizadas em várias situações da vida. Nesse
fazerem um ecocardiograma, os médicos encontraram o texto, a personagem emprega um ditado popular com a
problema: cardiomiopatia de Takotsubo, conhecida como intenção de
síndrome do coração partido.
A criticar a natureza forte do filho.
Essa condição médica tipicamente acontece com
mulheres em fase pós-menstrual e pode ser precedida B justificar o gênio difícil de Chiquito.
por um evento muito estressante ou emotivo. Nesses C legitimar o direito do filho à herança.
casos, o coração apresenta um movimento discinético
transitório da parede anterior do ventrículo esquerdo, com D conter o ânimo violento de Chico Lourenço.
acentuação da cinética da base ventricular, de acordo E condenar a agressividade do marido contra o filho.
com um artigo médico brasileiro que relata um caso

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Questão 33 Questão 34
TEXTO I A vida às vezes é como um jogo brincado na rua:
Poesia em cartaz estamos no último minuto de uma brincadeira bem quente
e não sabemos que a qualquer momento pode chegar um
O caminho habitual para o trabalho, aquele em que mais velho a avisar que a brincadeira já acabou e está na
a gente já nem repara direito, pode ficar mais belo com hora de jantar. A vida afinal acontece muito de repente
um poema. O projeto #UmLambePorDia nasceu desta — nunca ninguém nos avisou que aquele era mesmo o
intenção: trazer mais cor e alegria para a cidade por meio último Carnaval da Vitória. O Carnaval também chegava
de cartazes coloridos ao estilo lambe-lambe. Quem teve sempre de repente. Nós, as crianças, vivíamos num tempo
a ideia foi o escritor Leonardo Beltrão, em Belo Horizonte. fora do tempo, sem nunca sabermos dos calendários de
“Em meio a olhares cada vez mais viciados, acabamos verdade. [...] O “dia da véspera do Carnaval”, como dizia
a avó Nhé, era dia de confusão com roupas e pinturas a
nos esquecendo da beleza envolvida em cada esquina
serem preparadas, sonhadas e inventadas. Mas quando
e no próprio poder transformador da palavra”. Assim, a
acontecia era um dia rápido, porque os dias mágicos
cada dia um cartaz é colocado por aí, para nos lembrar de passam depressa deixando marcas fundas na nossa
reparar na cidade, na vida que corre ao redor e também memória, que alguns chamam também de coração.
em nós mesmos. ONDJAKI. Os da minha rua. Rio de Janeiro: Língua Geral, 2007.
As significações afetivas engendradas no fragmento
TEXTO II
pressupõem o reconhecimento da
A perspectiva infantil assumida pela voz narrativa.
B suspensão da linearidade temporal da narração.
C tentativa de materializar lembranças da infância.
D incidência da memória sobre as imagens narradas.
E alternância entre impressões subjetivas e relatos
factuais.
Questão 35
Em 2000 tivemos a primeira experiência do futebol
feminino em um jogo de videogame, o Mia Hamm
Soccer. Doze anos depois, uma petição on-line pedia
que a EA Sports incluísse o futebol feminino no Fifa 13.
Contudo, só em 2015, com uma nova petição on-line,
que arrecadou milhares de assinaturas, tivemos o futebol
feminino incluído no Fifa 16. Vendo um nicho de mercado
inexplorado, a EA Sports produziu o jogo com 12 seleções
femininas e o apresentou como inovação. A empresa sabe
que mais de 40% dos praticantes de futebol nos EUA são
meninas. Para elas, ver o futebol feminino representado
em um jogo de videogame é extremamente importante.
Ter o futebol feminino no Fifa 16 é um grande passo para
Disponível em: www.vidasimples.uol.com.br. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado). a sua popularização na luta pela igualdade de gênero,
num contexto machista, sexista, misógino e homofóbico.
Considerando-se a função que os cartazes colados em
Disponível em: www.ludopedio.com.br. Acesso em: 5 jun. 2018 (adaptado).
postes normalmente exercem nas ruas das cidades
grandes, esse texto evidencia a Os jogos eletrônicos presentes na cultura juvenil podem
desempenhar uma relevante função na abordagem do
A disseminação da arte poética em um veículo não futebol ao
convencional. A disseminarem uma modalidade, promovendo a
B manutenção da expectativa das pessoas ao andarem igualdade de gênero.
pelas ruas. B superarem jogos malsucedidos no mercado, lançados
anteriormente.
C necessidade de exposição de poemas pequenos em
C inovarem a modalidade com novas ofertas de jogos
diferentes suportes.
ao mercado.
D característica corriqueira do suporte lambe-lambe, D explorarem nichos de mercado antes ignorados,
muito comum nas ruas. produzindo mais lucro.
E exposição da beleza escondida das esquinas da E reforçarem estereótipos de gênero masculino ou
cidade de Belo Horizonte. feminino nos esportes.

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Questão 36 Questão 38
LUTA: prática corporal imprevisível, caracterizada por
determinado estado de contato proposital, que possibilita Relatos de viagem: nas curvas da Nacional 222,
a duas ou mais pessoas se enfrentarem numa constante em Portugal
troca de ações ofensivas e/ou defensivas, regida por
regras, com o objetivo mútuo sobre um alvo móvel Em abril deste ano, fomos a Portugal para uma
personificado no oponente. viagem de um mês que esperávamos há um ano. Pois
GOMES, M. S. P. et al. Ensino das lutas: dos princípios condicionais aos grupos situacionais.
Movimento, n. 2, abr.-jun. 2010 (adaptado). no dia 4 de maio, chegávamos ao Aeroporto Francisco

De acordo com o texto, podemos identificar uma Sá Carneiro, no Porto. Que linda a “antiga, muy nobre,
abordagem das lutas nas aulas de educação física sempre leal e invicta” cidade do Porto! “Encantei-me”,
quando o professor realiza uma proposta envolvendo diriam eles... pelas belas paisagens, construções
A contato corporal intenso entre o aluno e seu oponente. históricas com lindas fachadas, parques e praças muito
B contenda entre os alunos que se agridem fisicamente. bem cuidados.
C confronto corporal em que os vencedores são
previamente identificados. Os tripeiros, sinônimo de portuenses, têm
D combate corporal intencional com ações orgulho de sua cidade, apelidada de Invicta — nunca
regulamentadas entre os oponentes. foi invadida. E valorizam tudo o que há de bom ali,
E conflito resolvido pelos alunos por meio de regras como “a melhor estrada para se dirigir do mundo”, a
previamente estabelecidas. Nacional 222.
Questão 37
O conceito de saúde formulado na histórica VIII Pois na manhã do 25 de abril, dia da Revolução
Conferência Nacional de Saúde, no ano de 1986, ficou dos Cravos, resolvemos conhecer a tal maravilha.
conhecido como um “conceito ampliado” de saúde,
A cada 10 km tínhamos que encostar: corríamos,
conforme ilustrado na figura. Esse conceito foi fruto de
intensa mobilização em diversos países da América dançávamos, tomávamos chocolate quente, sopa, tudo
Latina nas décadas de 1970 e 1980, como resposta à que fosse quentinho. E lá íamos para mais uma etapa.
crise dos sistemas públicos de saúde.
Uma aventura deliciosa. Depois de três horas — mais
ou menos o dobro do tempo necessário, não fossem
micas, Culturais
conô eA as paradas para aquecimento —, chegamos a casa!
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Con diçõe s de vida ie Congelados, mas maravilhados e invictos!
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de m eg Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).


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Nesse texto, busca-se seduzir o leitor por meio da


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exploração de uma voz externa sobre a identidade


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Idade,
histórica do povo português. O trecho que evidencia
sociais
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Produção sexo e fatores de saúde


agrícola e de hereditários
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bita
ção
esse procedimento argumentativo é

A “Que linda a ‘antiga, muy nobre, sempre leal e invicta’


cidade do Porto!”.

BATISTELLA, C. Abordagens contemporâneas do conceito de saúde.


B “‘Encantei-me’, diriam eles... pelas belas paisagens,
Disponível em: www.dihs.ensp.fiocruz.br. Acesso em: 23 set. 2020.
construções históricas com lindas fachadas [...]”.
Com base no conceito apresentado no texto, a saúde é C “Os tripeiros, sinônimo de portuenses, têm orgulho de
consequência direta do(a)
sua cidade [...]”.
A adoção de um estilo de vida ativo por parte dos
indivíduos. D “E valorizam tudo o que há de bom ali, como ‘a melhor
B disponibilidade de emprego no mercado de trabalho. estrada para se dirigir do mundo’ [...]”.
C condição habitacional presente nas cidades.
D acesso ao sistema educacional. E “Pois na manhã do 25 de abril, dia da Revolução dos
E forma de organização social. Cravos, resolvemos conhecer a tal maravilha”.

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Questão 39 Questão 41
Hino à Bandeira Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário
público, certo de que a língua portuguesa é emprestada
Em teu seio formoso retratas
ao Brasil; certo também de que, por esse fato, o
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas, falar e o escrever em geral, sobretudo no campo das
E o esplendor do Cruzeiro do Sul. letras, se veem na humilhante contingência de sofrer
continuamente censuras ásperas dos proprietários da
Contemplando o teu vulto sagrado,
língua; sabendo, além, que, dentro do nosso país, os
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado, autores e os escritores, com especialidade os gramáticos,
Poderoso e feliz há de ser! não se entendem no tocante à correção gramatical,
vendo-se, diariamente, surgir azedas polêmicas entre os
Sobre a imensa Nação Brasileira,
mais profundos estudiosos do nosso idioma — usando
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira do direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que
Pavilhão da justiça e do amor! o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua
BILAC, O.; BRAGA, F. Disponível em: www2.planalto.gov.br.
oficial e nacional do povo brasileiro.
Acesso em: 10 dez. 2017 (fragmento). BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 26 jun. 2012.
No Hino à Bandeira, a descrição é um recurso utilizado
para exaltar o símbolo nacional na medida em que Nessa petição da pitoresca personagem do romance de
Lima Barreto, o uso da norma-padrão justifica-se pela
A remete a um momento futuro.
A situação social de enunciação representada.
B promove a união dos cidadãos.
B divergência teórica entre gramáticos e literatos.
C valoriza os seus elementos.
C pouca representatividade das línguas indígenas.
D emprega termos religiosos.
E recorre à sua história. D atitude irônica diante da língua dos colonizadores.

Questão 40 E tentativa de solicitação do documento demandado.


Questão 42
— O senhor pensa que eu tenho alguma fábrica de
dinheiro? (O diretor diz essas coisas a ele, mas olha Atualmente os jovens estão imersos numa sociedade
para todos como quem quer dar uma explicação a todos. permeada pela tecnologia. Nesse contexto, os jogos
Todas as caras sorriem.) Quando seu filho esteve doente, digitais são artefatos muito empregados. Videogames
ativos ou exergames foram introduzidos como forma
eu o ajudei como pude. Não me peça mais nada. Não me
de permitir que o corpo controlasse tais jogos. Como
encarregue de pagar as suas contas: já tenho as minhas,
resultado, passaram a ser vistos como uma ferramenta
e é o que me basta... (Risos.) auxiliar na adoção de um estilo de vida menos sedentário,
O diretor tem o rosto escanhoado, a camisa limpa. A com efeitos positivos sobre a saúde. Tem-se defendido
palavra possui um tom educado, de pessoa que convive que os exergames podem contribuir para a prática regular
com gente inteligente, causeuse. O rosto do Dr. Rist de atividade física moderada, bem como promover a
resplandece, vermelho e glabro. Um que outro tem os interação entre jogadores, reduzindo o sentimento de
isolamento social. Por outro lado, argumenta-se que os
olhos no chão, a atitude discreta.
exergames não podem substituir a experiência real das
Naziazeno espera que ele lhe dê as costas, vá reatar práticas corporais, pois não motivam a longo prazo a
a palestra interrompida, aquelas observações sobre a prática permanente de atividades físicas.
questão social, comunismo e integralismo. FINCO, M. D.; REATEGUI, E. B.; ZARO, M. A. Laboratório de exergames: um espaço
complementar para as aulas de educação física. Movimento, n. 3, 2015 (adaptado).
MACHADO, D. Os ratos. São Paulo: Círculo do Livro, s/d.
Pela sua interatividade, os exergames apresentam-se
A ficção modernista explorou tipos humanos em situação
como possibilidade para estimular o(a)
de conflito social. No fragmento do romancista gaúcho,
esse conflito revela a A exercitação física, promovendo a saúde.
A sujeição moral amplificada pela pobreza. B vivência de exercícios físicos sistemáticos.
B crise econômica em expansão nas cidades. C envolvimento com atividades físicas ao longo da vida.
C falta de diálogo entre patrões e empregados. D jogo por meio de comandos fornecidos pelo videogame.
D perspicácia marcada pela formação intelectual. E disputa entre jogadores, contribuindo para o
E tensão política gerada pelas ideologias vigentes. individualismo.
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Questão 43 Questão 45
Quando quis agilizar o processo de seleção de Viajo Curitiba das conferências positivistas, elas
novos alunos, a tradicional faculdade britânica de são onze em Curitiba, há treze no mundo inteiro; do
medicina St. George usou um software para definir tocador de realejo que não roda a manivela desde que
quem deveria ser entrevistado. Ao reproduzir a forma
como os funcionários faziam essa escolha, o programa o macaquinho morreu; dos bravos soldados do fogo que
eliminou, de cara, 60 de 2 000 candidatos. Só por causa passam chispando no carro vermelho atrás do incêndio
do sexo ou da origem racial, numa dedução baseada que ninguém não viu, esta Curitiba e a do cachorro-quente
em sobrenome e local de nascimento. Um estudo sobre
com chope duplo no Buraco do Tatu eu viajo.
o caso foi publicado em 1988, mas, 25 anos depois,
outra pesquisa apontou que esse tipo de discriminação Curitiba, aquela do Burro Brabo, um cidadão
segue firme. O exemplo recente envolve o buscador
misterioso morreu nos braços da Rosicler, quem foi?
do Google: ao digitar nomes comuns entre negros dos
EUA, a chance de os anúncios automáticos oferecerem quem não foi? foi o reizinho do Sião; da Ponte Preta da
checagem de antecedentes criminais pode aumentar estação, a única ponte da cidade, sem rio por baixo, esta
25%. E pode piorar com a pergunta “detido?” logo após a Curitiba viajo.
palavra procurada.
Disponível em: https://tab.uol.com.br. Acesso em: 11 ago. 2017 (adaptado).
Curitiba sem pinheiro ou céu azul, pelo que vosmecê
O texto permite o desnudamento da sociedade ao é — província, cárcere, lar —, esta Curitiba, e não a outra
relacionar as tecnologias de informação e comunicação
com o(a) para inglês ver, com amor eu viajo, viajo, viajo.

TREVISAN, D. Em busca de Curitiba perdida. Rio de Janeiro: Record, 1992.


A agilidade dos softwares.
B passar dos anos. A tematização de Curitiba é frequente na obra de Dalton
C linguagem. Trevisan. No fragmento, a relação do narrador com o

D preconceito. espaço urbano é caracterizada por um olhar

E educação. A destituído de afetividade, que ironiza os costumes e


Questão 44 as tradições da sociedade curitibana.
B marcado pela negatividade, que busca desconstruir
perspectivas habituais de representação da cidade.
C carregado de melancolia, que constata a falta
de identidade cultural diante dos impactos da
urbanização.
D embevecido pela simplicidade do cenário, indiferente
à descrição de elementos de reconhecido valor
histórico.
E distanciado dos elementos narrados, que recorre
Disponível em: www.acontecendoaqui.com.br. Acesso em: 15 jun. 2018. ao ponto de vista do viajante como expressão de
estranhamento.
Nessa campanha publicitária, a imagem da família e o
texto verbal unem-se para reforçar a ideia de que

A a família que adota é mais feliz.


B a adoção tardia é muito positiva.
C as famílias preferem adotar bebês.
D a adoção de adolescentes é mais simples.
E os filhos adotivos são companheiros dos pais.

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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO


1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
A maior parte das pessoas, quando ouve falar em “saúde mental”, pensa em “doença mental”. Mas a saúde mental
implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que
ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente
uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os
desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar
com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. A saúde mental de
uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus
desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento
psíquico em alguma fase da vida.
Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado).

TEXTO II TEXTO III


A origem da palavra “estigma” aponta para marcas ou cicatrizes
deixadas por feridas. Por extensão, em um período que remonta
SOCORRO,
à Grécia Antiga, passou a designar também as marcas feitas com
ferro em brasa em criminosos, escravos e outras pessoas que se
BRASIL!
Saiba mais sobre o problema de
desejava separar da sociedade “correta” e “honrada”. Essa mesma saúde que afeta mais de 1 em
cada 20 pessoas, mas que
palavra muitas vezes está presente no universo das doenças continuamos ignorando!

psiquiátricas. No lugar da marca de ferro, relegamos preconceito, Mais de


falta de informação e tratamentos precários a pessoas que sofrem 322 11,5 milhões
milhões de brasileiros têm depressão
de depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outros transtornos de pessoas vivem com
depressão em todo o mundo
mentais graves. O Brasil é o país
mais depressivo
Achar que a manifestação de um transtorno mental é “frescura” Hoje
da América Latina
Depressão é a
está relacionado a um ideal de felicidade que não é igual para A depressão é a
doença mais 2 causa
a

todo mundo. A tentativa de se encaixar nesse modelo cria incapacitante


do mundo
de afastamento de
trabalho no mundo
distância dos sentimentos reais, e quem os demonstra é rotulado,
O número de
o que progressivamente dificulta a interação social. É aqui que 1 trilhão Mulheres
de dólares
afetadas pela depressão
redes sociais de enorme popularidade mostram uma face cruel, é 30% mais elevado
é o valor da perda econômica que o dos homens
desempenhando um papel de validação da vida perfeita e criando mundial gerada pelas consequências
dos transtornos mentais
um ambiente em que tudo deve ser mostrado em seu melhor Todos os dados foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde
ângulo. Fora dos holofotes da internet, porém, transtornos mentais (OMS) em fevereiro de 2017.

Se você precisa de ajuda, ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV): 188.
mostram-se mais presentes do que se imagina. Disponível em: https://zenklub.com.br.
http://www.abrata.org.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado). Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado).

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 48


Questões de 46 a 90 Nas últimas décadas, uma acentuada feminização
Questão 46 no mundo do trabalho vem ocorrendo. Se a participação
Embora inegáveis os benefícios que ambas as masculina pouco cresceu no período pós-1970, a
economias têm auferido do intercâmbio comercial, o Brasil intensificação da inserção das mulheres foi o traço
tem reiterado seu objetivo de desenvolver com a China marcante. Entretanto, essa presença feminina se dá mais
uma relação comercial menos assimétrica. Os números no espaço dos empregos precários, onde a exploração,
revelam com clareza a assimetria. As exportações em grande medida, se encontra mais acentuada.
NOGUEIRA, C. M. As trabalhadoras do telemarketing: uma nova divisão sexual do trabalho?
brasileiras de produtos básicos, especialmente soja, In: ANTUNES, R. et al. Infoproletários: degradação real do trabalho virtual.
São Paulo: Boitempo, 2009.
minério de ferro e petróleo, compõem, dependendo do
ano, algo entre 75% e 80% da pauta, ao passo que as A transformação descrita no texto tem sido insuficiente
importações brasileiras consistem, aproximadamente, para o estabelecimento de uma condição de igualdade de
em 95% de produtos industrializados chineses, que vão oportunidade em virtude da(s)
desde os mais variados bens de consumo até máquinas
A estagnação de direitos adquiridos e do anacronismo
e equipamentos de alto valor.
LEÃO, V. C. Prefácio. In: CINTRA, M. A. M.; SILVA FILHO, E. B.; PINTO, E. C. (Org.).
da legislação vigente.
China em transformação: dimensões econômicas e geopolíticas do desenvolvimento.
Rio de Janeiro: Ipea, 2015. B manutenção do status quo gerencial e dos padrões
Uma ação estatal de longo prazo capaz de reduzir a de socialização familiar.
assimetria na balança comercial brasileira, conforme C
desestruturação da herança patriarcal e das
exposto no texto, é o(a) mudanças do perfil ocupacional.
A expansão do setor extrativista. D disputas na composição sindical e da presença na
B incremento da atividade agrícola. esfera político-partidária.
C diversificação da matriz energética. E exigências de aperfeiçoamento profissional e de
D fortalecimento da pesquisa científica.
habilidades na competência diretiva.
E monitoramento do fluxo alfandegário. Questão 49
Questão 47
A propriedade compreende, em seu conteúdo e alcance,
As estatísticas mais recentes do Brasil rural revelam além do tradicional direito de uso, gozo e disposição por
um paradoxo que interessa a toda sociedade: o emprego parte de seu titular, a obrigatoriedade do atendimento de
de natureza agrícola definha em praticamente todo o país, sua função social, cuja definição é inseparável do requisito
mas a população residente no campo voltou a crescer; ou
obrigatório do uso racional da propriedade e dos recursos
pelo menos parou de cair. Esses sinais trocados sugerem
ambientais que lhe são integrantes. O proprietário, como
que a dinâmica agrícola, embora fundamental, já não
membro integrante da comunidade, se sujeita a obrigações
determina sozinha os rumos da demografia no campo.
crescentes que, ultrapassando os limites do direito de
Esse novo cenário é explicado em parte pelo incremento
vizinhança, no âmbito do direito privado, abrangem o campo
do emprego não agrícola no campo. Ao mesmo tempo,
dos direitos da coletividade, visando o bem-estar geral, no
aumentou a massa de desempregados, inativos e
âmbito do direito público.
aposentados que mantêm residência rural. JELINEK, R. O princípio da função social da propriedade e sua repercussão sobre o
SILVA, J. G. Velhos e novos mitos do rural brasileiro. Estudos Avançados, n. 43, dez. 2001. sistema do Código Civil. Disponível em: www.mp.rs.gov.br. Acesso em: 20 fev. 2013.

Sobre o espaço brasileiro, o texto apresenta argumentos Os movimentos em prol da reforma agrária, que
que refletem a atuam com base no conceito de direito à propriedade
apresentado no texto, propõem-se a
A heterogeneidade do modo de vida agrário.
B redução do fluxo populacional nas cidades. A reverter o processo de privatização fundiária.
C correlação entre força de trabalho e migração sazonal. B ressaltar a inviabilidade da produção latifundiária.
D indissociabilidade entre local de moradia e acesso à C defender a desapropriação dos espaços improdutivos.
renda. D impedir a produção exportadora nas terras agricultáveis.
E desregulamentação das propriedades nas zonas de E coibir o funcionamento de empresas agroindustriais
fronteira. no campo.

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Questão 50
A expansão das cidades e a formação das aglomerações urbanas no Brasil foram marcadas pela produção
industrial e pela consolidação das metrópoles como locais de seu desenvolvimento. Na segunda metade do século XX,
as metrópoles brasileiras estenderam-se por áreas de ocupação contínua, configurando densas regiões urbanizadas.
MOURA, R. Arranjos urbano-regionais no Brasil: especificidades e reprodução de padrões. Disponível em: www.ub.edu. Acesso em: 11 fev. 2015.

O resultado do processo geográfico descrito foi o(a)


A valorização da escala local.
B crescimento das áreas periféricas.
C densificação do transporte ferroviário.
D predomínio do planejamento estadual.
E inibição de consórcios intermunicipais.
Questão 51
Zona de pastoreio e cultura do algodão e cereais do agreste (1963)

PASTOREIO - - - - - - - - - - - - - - -

PLANTIO E LIMPA - - - - - - - - - -

CRESCIMENTO- - - - - - - - - - -

CONVENÇÕES COLHEITA DE FEIJÃO - - - - - - - -

COLHEITA DE MILHO VERDE - - -

COLHEITA DE MILHO SECO - - -

COLHEITA DE ALGODÃO - - - - - -

ANDRADE, M. C. A terra e o homem no Nordeste. São Paulo: Brasiliense, 1963.

A dinâmica produtiva apresentada na imagem tem como estratégia central a


A separação pelo tipo de solo.
B exportação da colheita sazonal.
C priorização da tecnologia moderna.
D adequação pelo tempo da natureza.
E intensificação da atividade pecuária.

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Questão 52 Questão 54
Dois grandes eventos históricos tornaram possível A arte pré-histórica africana foi incontestavelmente um
um caso como o de Menocchio: a invenção da imprensa veículo de mensagens pedagógicas e sociais. Os San,
que constituem hoje o povo mais próximo da realidade
e a Reforma. A imprensa lhe permitiu confrontar os
das representações rupestres, afirmam que seus
livros com a tradição oral em que havia crescido e lhe
antepassados lhes explicaram sua visão do mundo a partir
forneceu as palavras para organizar o amontoado de desse gigantesco livro de imagens que são as galerias.
ideias e fantasias que nele conviviam. A Reforma lhe A educação dos povos que desconhecem a escrita está
deu audácia para comunicar o que pensava ao padre do baseada sobretudo na imagem e no som, no audiovisual.
KI-ZERBO, J. A arte pré-histórica africana. In: KI-ZERBO, J. (Org.)
vilarejo, conterrâneos, inquisidores — mesmo não tendo História geral da África, I: metodologia e pré-história da África.
Brasília: Unesco, 2010.
conseguido dizer tudo diante do papa, dos cardeais e dos
De acordo com o texto, a arte mencionada é importante
príncipes, como queria.
GINZBURG, C. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido para os povos que a cultivam por colaborar para o(a)
pela Inquisição. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
A transmissão dos saberes acumulados.
Os acontecimentos históricos citados ajudaram esse
B expansão da propriedade individual.
indivíduo, no século XVI, a repensar a visão católica do
C ruptura da disciplina hierárquica.
mundo ao possibilitarem a
D surgimento dos laços familiares.
A consulta pública das bibliotecas reais.
E rejeição de práticas exógenas.
B sofisticação barroca do ritual litúrgico.
Questão 55
C aceitação popular da educação secular.
Será que as coisas lhe pareceriam diferentes se, de
D interpretação autônoma dos textos bíblicos.
fato, todas elas existissem apenas na sua mente — se
E correção doutrinária das heresias medievais.
tudo o que você julgasse ser o mundo externo real fosse
Questão 53 apenas um sonho ou alucinação gigante, de que você
“Devo estar chegando perto do centro da Terra. Deixe jamais fosse despertar? Se assim fosse, então é claro
ver: deve ter sido mais de seis mil quilômetros, por aí...” que você nunca poderia despertar, como faz quando
(como se vê, Alice tinha aprendido uma porção de coisas sonha, pois significaria que não há mundo “real” no qual
desse tipo na escola, e embora essa não fosse uma despertar. Logo, não seria exatamente igual a um sonho
oportunidade lá muito boa de demonstrar conhecimentos, ou alucinação normal.
já que não havia ninguém por perto para escutá-la, em NAGEL, T. Uma breve introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

todo caso era bom praticar um pouco) “... sim, deve ser O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica
mais ou menos essa a distância... mas então qual seria contemporânea conhecida como:
a latitude ou longitude em que estou?” (Alice não tinha A Personalismo, que vincula a realidade circundante
a menor ideia do que fosse latitude ou longitude, mas aos domínios do pessoal.
achou que eram palavras muito imponentes).
CARROLL, L. Aventuras de Alice: no País das Maravilhas, Através do espelho e outros textos.
B Falsificacionismo, que estabelece ciclos de problemas
São Paulo: Summus, 1980. para refutar uma conjectura.
O texto descreve uma confusão da personagem em
C Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para
relação sustentar uma crença inequívoca.
A ao tipo de projeção cartográfica. D Idealismo, que nega a existência de objetos
B aos contornos dos fusos horários. independentemente do trabalho cognoscente.
C à localização do norte magnético. E Solipsismo, que reconhece limitações cognitivas para
D aos referenciais de posição relativa. compreender uma experiência compartilhada.
E às distorções das formas continentais.

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Questão 56 Questão 59
A demanda mundial para a produção de alimentos Escudos antigos ou maciços cristalinos são
aumenta progressivamente a taxas muito altas. blocos imensos de rochas antigas. Estes escudos
Atualmente, na maioria dos países, continentes e regiões,
são constituídos por rochas cristalinas (magmático-
a água consumida na agricultura é de cerca de 70% da
disponibilidade total. plutônicas), formadas em eras pré-cambrianas, ou
TUNDISI, J. G. Recursos hídricos no futuro: problemas e soluções. por rochas metamórficas (material sedimentar) do
Estudos Avançados, n. 63, 2008 (adaptado).
Paleozoico. São resistentes, estáveis, porém bastante
Para que haja a redução da pressão sobre o recurso
desgastadas. Correspondem a 36% da área territorial
natural mencionado, a expansão da agricultura demanda
melhorias no(a) e dividem-se em duas grandes porções: o Escudo das
Guianas (norte da Planície Amazônica) e o Escudo
A fertilização química do solo.
Brasileiro (porção centro-oriental brasileira).
B escoamento hídrico do terreno. Disponível em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br. Acesso em: 25 jun. 2015.
C manutenção de poços artesianos.
As estruturas geológicas indicadas no texto são
D eficiência das técnicas de irrigação. importantes economicamente para o Brasil por
E velocidade das máquinas colheitadeiras. concentrarem
Questão 57
A fontes de águas termais.
No caso do Departamento de Defesa dos Estados
Unidos, a ênfase está posta no traçado de uma estratégia B afloramentos de sal-gema.
geral de desarticulação, não só dos inimigos reais como C jazidas de minerais metálicos.
dos potenciais, inserida na concepção preventiva que D depósitos de calcário agrícola.
supõe que a mínima dissidência é um sinal de perigo e de E reservas de combustível fóssil.
guerra futura. Deve-se ter capacidade para responder a
uma guerra convencional tanto quanto para enfrentar um Questão 60
inimigo difuso, atentando simultaneamente para todas Em A morte de Ivan Ilitch, Tolstoi descreve com
as áreas geográficas do planeta. Trata-se, sem dúvida, detalhes repulsivos o terror de encarar a morte
da estratégia com pretensões mais abrangentes que se iminente. Ilitch adoece depois de um pequeno acidente
desenvolveu até agora. e logo compreende que se encaminha para o fim de
CECEÑA, A. E. Hegemonias e emancipações no século XXI.
Buenos Aires: Clacso, 2005 (adaptado). modo impossível de parar. “Nas profundezas de seu
Tomando o texto como parâmetro, qual tendência coração, ele sabia estar morrendo, mas em vez de se
contemporânea impulsiona a formulação de estratégias
acostumar com a ideia, simplesmente não o fazia e não
mais abrangentes por parte do Estado americano?
conseguia compreendê-la”.
A Erradicação dos conflitos em territórios. KAZEZ, J. O peso das coisas: filosofia para o bem-viver. Rio de Janeiro: Tinta Negra, 2004.

B Propagação de organizações em redes. O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi


C Eliminação das diferenças regionais. diante de um aspecto incontornável de nossas vidas.
D Ampliação de modelo democrático. Esse aspecto foi um tema central na tradição filosófica
E Projeção da diplomacia mundial.
A marxista, no contexto do materialismo histórico.
Questão 58
O planejamento deixou de controlar o crescimento B logicista, no propósito de entendimento dos fatos.
urbano e passou a encorajá-lo por todos os meios C utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.
possíveis e imagináveis. Cidades, a nova mensagem D pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.
soou em alto e bom som, eram máquinas de produzir E existencialista, na questão do reconhecimento de si.
riquezas; o primeiro e principal objetivo do planejamento
devia ser o de azeitar a máquina.
HALL, P. Cidades do amanhã: uma história intelectual do planejamento e do projeto
urbanos no século XX. São Paulo: Perspectiva, 2016 (adaptado).
O modelo de planejamento urbano problematizado no
texto é marcado pelo(a)
A primazia da gestão popular.
B uso de práticas sustentáveis.
C construção do bem-estar social.
D soberania do poder governamental.
E ampliação da participação empresarial.

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Questão 61 Questão 63
Desde o mundo antigo e sua filosofia, que o trabalho
A Divisão Internacional do Trabalho significa
tem sido compreendido como expressão de vida e
que alguns países se especializam em ganhar
degradação, criação e infelicidade, atividade vital e
e outros, em perder. Nossa comarca no mundo,
escravidão, felicidade social e servidão. Trabalho e
que hoje chamamos América Latina, foi precoce:
fadiga. Na Modernidade, sob o comando do mundo da
especializou-se em perder desde os remotos
mercadoria e do dinheiro, a prevalência do negócio (negar
tempos em que os europeus do Renascimento se
o ócio) veio sepultar o império do repouso, da folga e da
aventuraram pelos mares e lhe cravaram os dentes
preguiça, criando uma ética positiva do trabalho.
na garganta. Passaram-se os séculos e a América ANTUNES, R. O século XX e a era da degradação do trabalho. In: SILVA, J. P. (Org.).
Latina aprimorou suas funções. Por uma sociologia do século XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).

GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. São Paulo: Paz e Terra, 1978. O processo de ressignificação do trabalho nas sociedades
Escrito na década de 1970, o texto considera a modernas teve início a partir do surgimento de uma nova
participação da América Latina na Divisão Internacional mentalidade, influenciada pela
do Trabalho marcada pela A reforma higienista, que combateu o caráter excessivo
e insalubre do trabalho fabril.
A produção inovadora de padrões de tecnologia.
B Reforma Protestante, que expressou a importância
B superação paulatina do caráter agroexportador.
das atividades laborais no mundo secularizado.
C apropriação imperialista dos recursos territoriais.
C força do sindicalismo, que emergiu no esteio do
D valorização econômica dos saberes tradicionais.
anarquismo reivindicando direitos trabalhistas.
E dependência externa do suprimento de alimentos.
D participação das mulheres em movimentos sociais,
Questão 62 defendendo o direito ao trabalho.
Sexto rei sumério (governante entre os séculos XVIII e E visão do catolicismo, que, desde a Idade Média,
XVII a.C.) e nascido em Babel, “Khammu-rabi” (pronúncia defendia a dignidade do trabalho e do lucro.
em babilônio) foi fundador do I Império Babilônico Questão 64
(correspondente ao atual Iraque), unificando amplamente É difícil imaginar que nos anos 1990, num país
o mundo mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios com setores da população na pobreza absoluta e sem
e levando a Babilônia ao máximo esplendor. O nome uma rede de benefícios sociais em que se apoiar, um
de Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao governo possa abandonar o papel de promotor de
código jurídico tido como o mais remoto já descoberto: o programas de geração de emprego, de assistência
Código de Hamurabi. O legislador babilônico consolidou social, de desenvolvimento da infraestrutura e de
a tradição jurídica, harmonizou os costumes e estendeu o promoção de regiões excluídas, na expectativa de
direito e a lei a todos os súditos. que o mercado venha algum dia a dar uma resposta
Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br. Acesso em: 12 fev. 2013 (adaptado).
adequada a tudo isso.
SORJ, B. A nova sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000 (adaptado).
Nesse contexto de organização da vida social, as leis
contidas no Código citado tinham o sentido de Nesse contexto, a criticada postura dos governos frente
à situação social do país coincidiu com a priorização de
A assegurar garantias individuais aos cidadãos livres. que medidas?
B tipificar regras referentes aos atos dignos de
A Expansão dos investimentos nas empresas públicas
punição.
e nos bancos estatais.
C conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de B Democratização do crédito habitacional e da aquisição
guerra. de moradias populares.
D promover distribuição de terras aos desempregados C Enxugamento da carga fiscal individual e da
urbanos. contribuição tributária empresarial.
E conferir prerrogativas políticas aos descendentes de D Reformulação do acesso ao ensino superior e do
estrangeiros. financiamento científico nacional.
E Reforma das políticas macroeconômicas e dos
mecanismos de controle inflacionário.

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Questão 65

O conjunto representado pelo agronegócio demanda condições específicas que passam a ser exigidas dos
territórios. Como há uma elevação da formação de fluxos, materiais e imateriais, a crescente articulação com as
escalas que vão do local ao global terminam por pressionar o Estado a agir visando uma instalação no território
de fixos diversos, bem como de uma regulação específica.
LIMA, R. C.; PENNA, N. A. A logística de transportes do agronegócio em Mato Grosso (Brasil). Confins, n. 26, fev. 2016.

O mapa e o texto se complementam indicando que a expansão das rodovias se deu como resposta ao(à)

A alteração da matriz econômica.


B substituição do modal hidroviário.
C retração do contingente demográfico.
D projeção do escoamento produtivo.
E estagnação de lavouras policultoras.
Questão 66
Um dos resquícios franceses na dança são os comandos proferidos pelo marcador da quadrilha. Seu papel é
anunciar os próximos passos da coreografia. O abrasileiramento de termos franceses deu origem, por exemplo, ao
saruê (soirée — reunião social noturna, ordem para todos se juntarem no centro do salão), anarriê (en arrière — para
trás) e anavã (en avant — para frente).
Disponível em: www.ebc.com.br. Acesso em: 6 jul. 2015.

A característica apresentada dessa manifestação popular resulta do seguinte processo socio-histórico:


A Massificação da arte erudita.
B Rejeição de hábitos elitistas.
C Laicização dos rituais religiosos.
D Restauração dos costumes antigos.
E Apropriação de práticas estrangeiras.
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Questão 67 De acordo com o texto, novos estudos têm valorizado


a história do indivíduo por se constituir como
Vale da Grande possibilidade de
Fenda A adesão ao método positivista.
Vulcões B expressão do papel das elites.
C resgate das narrativas heroicas.
D acesso ao cotidiano das comunidades.
E interpretação das manifestações do divino.
Questão 69
A sociedade como um sistema justo de cooperação
social consiste em uma das ideias familiares
fundamentais, que dá estrutura e organização à justiça
como equidade. A cooperação social guia-se por
regras e procedimentos publicamente reconhecidos
e aceitos por aqueles que cooperam como sendo
apropriados para regular a sua conduta. Diz-se que a
cooperação é justa porque seus termos são tais que
todos os participantes podem razoavelmente aceitar,
desde que todos os demais também o aceitem.
FERES JR., J.; POGREBINSCHI, T. Teoria política contemporânea: uma introdução.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

No contexto do pensamento político, a ideia apresentada


mostra-se consoante o(a)
A ideal republicano de governo.
B corrente tripartite dos poderes.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br. Acesso em: 13 jun. 2018 (adaptado). C posicionamento crítico do socialismo.
Os aspectos físicos apresentados originam-se da atuação D legitimidade do absolutismo monárquico.
da força natural de E entendimento do contratualismo moderno.
Questão 70
A colisão de placas tectônicas.
B rifteamento da crosta terrestre. Com efeito, até a destruição de Cartago, o povo e o
Senado romano governavam a República em harmonia
C subducção da plataforma oceânica.
e sem paixão, e não havia entre os cidadãos luta por
D formação de cadeias montanhosas. glória ou dominação; o medo do inimigo mantinha a
E metamorfismo de bordas continentais. cidade no cumprimento do dever. Mas, assim que o
Questão 68 medo desapareceu dos espíritos, introduziram-se os
males pelos quais a prosperidade tem predileção, isto
A reabilitação da biografia histórica integrou as é, a libertinagem e o orgulho.
aquisições da história social e cultural, oferecendo SALÚSTIO. A conjuração de Catilina/A guerra de Jugurta. Petrópolis:
Vozes, 1990 (adaptado).
aos diferentes atores históricos uma importância
O acontecimento histórico mencionado no texto de
diferenciada, distinta, individual. Mas não se tratava
Salústio, datado de I a.C., manteve correspondência com
mais de fazer, simplesmente, a história dos grandes o processo de
nomes, em formato hagiográfico — quase uma vida
A demarcação de terras públicas.
de santo —, sem problemas, nem máculas. Mas de
B imposição da escravidão por dívidas.
examinar os atores (ou o ator) célebres ou não, como
C restrição da cidadania por parentesco.
testemunhas, como reflexos, como reveladores de uma
D restauração de instituições ancestrais.
época.
DEL PRIORE, M. Biografia: quando o indivíduo encontra a história. E expansão das fronteiras extrapeninsulares.
Topoi, n. 19, jul.-dez. 2009.

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Questão 71 Questão 73

O cântico da terra Declaração de Salamanca – 1994


Acreditamos e proclamamos que: toda criança
Eu sou a terra, eu sou a vida.
tem direito fundamental à educação e deve ser dada
A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu. a oportunidade de atingir e manter o nível adequado
Teu arado, tua foice, teu machado. de aprendizagem; toda criança possui características,
interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem
O berço pequenino de teu filho.
que são únicas; sistemas educacionais deveriam ser
O algodão de tua veste designados e programas educacionais deveriam ser
e o pão de tua casa. implementados no sentido de se levar em conta a vasta
diversidade de tais características e necessidades.
E um dia bem distante Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 4 out. 2015.

a mim tu voltarás.
Como signatário da Declaração citada, o Brasil
E no canteiro materno de meu seio comprometeu-se com a elaboração de políticas públicas
tranquilo dormirás. educacionais que contemplem a

Plantemos a roça. A criação de privilégios.


B contenção dos gastos.
Lavremos a gleba.
CORALINA, C. Textos e contextos: poemas dos becos de Goiás e estórias mais.
C pluralidade dos sujeitos.
São Paulo: Global, 1997 (fragmento). D padronização do currículo.
No contexto das distintas formas de apropriação da terra, E valorização da meritocracia.
o poema de Cora Coralina valoriza a relação entre Questão 74

A grileiros e controle territorial. TEXTO I


B meeiros e divisão do trabalho. Os meus pensamentos são todos sensações.
C camponeses e uso da natureza. Penso com os olhos e com os ouvidos
D indígenas e manejo agroecológico. E com as mãos e os pés
E latifundiários e fertilização do solo. E com o nariz e a boca.
PESSOA, F. O guardador de rebanhos – IX. In: GALHOZ, M. A. (Org.). Obras poéticas.
Questão 72 Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999 (fragmento).

Montaigne deu o nome para um novo gênero TEXTO II


literário; foi dos primeiros a instituir na literatura
Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu
moderna um espaço privado, o espaço do “eu”, do texto
o sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência
íntimo. Ele cria um novo processo de escrita filosófica,
do mundo sem a qual os símbolos da ciência não
no qual hesitações, autocríticas, correções entram no
poderiam dizer nada.
próprio texto. MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo:
COELHO, M. Montaigne. São Paulo: Publifolha, 2001 (adaptado). Martins Fontes, 1999 (adaptado).

O novo gênero de escrita aludido no texto é o(a) Os textos mostram-se alinhados a um entendimento
acerca da ideia de conhecimento, numa perspectiva que
A confissão, que relata experiências de transformação.
ampara a
B ensaio, que expõe concepções subjetivas de um tema.
C carta, que comunica informações para um conhecido. A anterioridade da razão no domínio cognitivo.
D meditação, que propõe preparações para o B confirmação da existência de saberes inatos.
conhecimento. C valorização do corpo na apreensão da realidade.
E diálogo, que discute assuntos com diferentes
D verificabilidade de proposições no campo da lógica.
interlocutores.
E possibilidade de contemplação de verdades atemporais.

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Questão 75 No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que


Afirmar que a cartografia da época moderna integrou o associa dois elementos essenciais à discussão sobre a
processo de invenção da América por parte dos europeus vida em comunidade, a saber:
significa que os conhecimentos dos ameríndios sobre o A Ética e política, pois conduzem à eudaimonia.
território foram ignorados pela cartografia europeia ou que B Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos
eles foram privados de sua representação territorial e da na ágora.
autoridade que seus conhecimentos tinham sobre o espaço. C Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira.
OLIVEIRA, T. K. Desconstruindo mapas, revelando espacializações: reflexões sobre o uso
da cartografia em estudos sobre o Brasil colonial. Revista Brasileira de História,
D Democracia e sociedade, pois se referem a relações
n. 68, 2014 (adaptado).
sociais.
Na análise contida no texto, a representação cartográfica E Geração e corrupção, pois abarcam o campo da
da América foi marcada por physis.
A asserção da cultura dos nativos. Questão 78
B avanço dos estudos do ambiente. O toyotismo, a partir dos anos 1970, teve grande
C afirmação das formas de dominação. impacto no mundo ocidental, quando se mostrou para
D exatidão da demarcação das regiões. os países avançados como uma opção possível para a
E aprimoramento do conceito de fronteira. superação de uma crise de acumulação.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho.
Questão 76 São Paulo: Boitempo, 2009 (adaptado).

A principal característica da situação social dos A característica organizacional do modelo em questão,


anglo-americanos é seu caráter eminentemente requerida no contexto de crise, foi o(a)
democrático. Afirmei anteriormente que reinava uma
A expansão dos grandes estoques.
igualdade muito grande entre os emigrantes que foram
se estabelecer na Nova Inglaterra. Para isso contribuiu B incremento da fabricação em massa.
a influência das leis de sucessão. Estabelecidas C adequação da produção à demanda.
de uma maneira, as leis de sucessão reúnem, D aumento da mecanização do trabalho.
concentram e agrupam em um só a propriedade e o E centralização das etapas de planejamento.
poder. Estabelecidas por outros princípios, produzem Questão 79
o oposto: dividem, partilham e disseminam os bens e O fenômeno histórico conhecido como “tráfico de
o poder.
TOCQUEVILLE, A. A democracia na América. Belo Horizonte: Itatiaia; coolies” esteve associado diretamente ao período que vai
São Paulo: Edusp, 1977 (adaptado).
do final da década de 1840 até o ano de 1874, quando
O texto tematiza o papel desempenhado por uma norma
milhares de chineses foram encaminhados principalmente
na criação de um ambiente propício ao(à)
para Cuba e Peru e muitos abusos no recrutamento de
A emprego do trabalho escravo.
mão de obra foram identificados. O tráfico de coolies
B consolidação dos valores burgueses.
C banimento das dissidências religiosas. ou, em outros termos, o transporte por meios coativos
D contenção da identificação nacionalista. de mão de obra de um lugar para outro, foi comparado
E hierarquização dos agentes econômicos. ao tráfico africano de escravos por muitos periodistas e
Questão 77 analistas do século XIX.
Vemos que toda cidade é uma espécie de SANTOS, M. A. Migrações e trabalho sob contrato no século XIX. História, n. 12, 2017.

comunidade, e toda comunidade se forma com vistas A comparação mencionada no texto foi possível em razão
a algum bem, pois todas as ações de todos os homens da seguinte característica:
são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem;
A Oferta de contrato formal.
se todas as comunidades visam algum bem, é evidente B Origem étnica dos grupos de trabalhadores.
que a mais importante de todas elas e que inclui todas as C Conhecimento das tarefas desenvolvidas.
outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais D Controle opressivo das vidas dos indivíduos.
importante de todos os bens. E Investimento requerido dos empregadores.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB,1988.

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Questão 80 A característica física que justifica a fixação do homem


Os seringueiros amazônicos eram invisíveis no nos locais apresentados no texto é a ocorrência de
cenário nacional nos anos 1970. Começaram a se
articular como um movimento agrário no início dos anos A solo fértil.
1980, e na década seguinte conseguiram reconhecimento B encosta íngreme.
nacional, obtendo a implantação das primeiras reservas
C vegetação diversificada.
extrativas após o assassinato de Chico Mendes. Assim,
em vinte anos, os camponeses da floresta passaram da D drenagem eficiente.
invisibilidade à posição de paradigma de desenvolvimento E clima ameno.
sustentável com participação popular. Questão 83
ALMEIDA, M. W. B. Direitos à floresta e ambientalismo: seringueiros e suas lutas.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 55, 2004. Ao abrigo do teto, sua jornada de fé começava na
De acordo com o texto, a visibilidade dos seringueiros sala de jantar. Na pequena célula cristã, dividia-se a
amazônicos foi estabelecida pela relação entre refeição e durante elas os crentes conversavam, rezavam
e liam cartas de correligionários residentes em locais
A crescimento econômico e migração de trabalhadores.
diferentes do Império Romano (século II da Era Cristã).
B produção de borracha e escassez de recursos naturais.
Esse ambiente garantia peculiar apoio emocional às
C reivindicação de terra e preservação de mata nativa.
experiências intensamente individuais que abrigava.
D incentivo governamental e conservação de territórios. SENNET, R. Carne e pedra. Rio de Janeiro: Record, 2008.
E modernização de plantio e comércio de látex.
Questão 81 Um motivo que explica a ambientação da prática descrita
no texto encontra-se no(a)
Porque todos confessamos não se poder viver sem
alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e A regra judaica, que pregava a superioridade espiritual
façam cada dia o pão que se come, e outros serviços
que não são possíveis poderem-se fazer pelos dos cultos das sinagogas.
Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria B moralismo da legislação, que dificultava as reuniões
necessário deixar as confissões e tudo mais. Parece- abertas da juventude livre.
me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir
escravos, justamente, por meios que as Constituições C adesão do patriciado, que subvertia o conceito
permitem, quando puder para nossos colégios e casas original dos valores estrangeiros.
de meninos.
LEITE, S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro:
D decisão política, que censurava as manifestações
Civilização Brasileira, 1938 (adaptado).
públicas da doutrina dissidente.
O texto explicita premissas da expansão ultramarina E violência senhorial, que impunha a desestruturação
portuguesa ao buscar justificar a
forçada das famílias escravas.
A propagação do ideário cristão. Questão 84
B valorização do trabalho braçal. A colisão entre uma placa continental e uma oceânica
C adoção do cativeiro na Colônia. provocará a subducção desta última sob a placa
D adesão ao ascetismo contemplativo. continental, que, a exemplo dos arcos e ilhas, produzirá
E alfabetização dos indígenas nas Missões. um arco magmático na borda do continente, composto
Questão 82 por rochas vulcânicas acompanhado de deformações e
As cidades de Puebla, no México, e Legazpi, nas metamorfismo tanto de rochas preexistentes como de
Filipinas, não têm quase nada em comum. Estão muito parte das rochas formadas no processo.
longe uma da outra e são habitadas por povos muito TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
diferentes. O que as une é um trágico detalhe de sua
geografia. Elas foram erguidas na vizinhança de alguns Qual feição fisiográfica é gerada pelo processo tectônico
dos vulcões mais perigosos do mundo: o mexicano apresentado?
Popocatepétl e o filipino Mayon. Seus habitantes
precisam estar prontos para correr a qualquer hora. Eles A Planícies abissais.
fazem parte dos 550 milhões de indivíduos que moram B Planaltos cristalinos.
em zonas de risco vulcânico no mundo. Ao contrário do
C Depressões absolutas.
que seria sensato, continuam ali, indiferentes ao perigo
que os espreita. D Bacias sedimentares.
ANGELO, C. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 24 out. 2015 (adaptado). E Dobramentos modernos.

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Questão 85 Esse documento, elaborado no contexto da Revolução


O movimento sedicioso ocorrido na capitania Francesa, reflete uma profunda mudança social ao
de Pernambuco, no ano 1817, foi analisado de estabelecer a
formas diferentes por dois meios de comunicação
A manutenção das terras comunais.
daquela época. O Correio Braziliense apontou para
o fato de ser “a comoção no Brasil motivada por um B supressão do poder constituinte.
descontentamento geral, e não por maquinações de C falência da sociedade burguesa.
alguns indivíduos”. Já a Gazeta do Rio de Janeiro D paridade do tratamento jurídico.
considerou o movimento como um “pontual desvio E abolição dos partidos políticos.
de norma, apenas uma ‘mancha’ nas ‘páginas da
Questão 87
História Portuguesa’, tão distinta pelos testemunhos
Na Grécia, o conceito de povo abrange tão
de amor e respeito que os vassalos desta nação
consagram ao seu soberano”. somente aqueles indivíduos considerados cidadãos.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta:
Assim é possível perceber que o conceito de povo era
a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
muito restritivo. Mesmo tendo isso em conta, a forma
Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o democrática vivenciada e experimentada pelos gregos
acontecimento, embora com percepções diversas, atenienses nos séculos IV e V a.C. pode ser caracterizada,
relacionam-se a um aspecto do processo de fundamentalmente, como direta.
independência da colônia luso-americana expresso MANDUCO, A. Ciência política. São Paulo: Saraiva, 2011.
em dissensões entre
Naquele contexto, a emergência do sistema de governo
A quadros dirigentes em torno da abolição da ordem
mencionado no excerto promoveu o(a)
escravocrata.
B grupos regionais acerca da configuração político- A competição para a escolha de representantes.
-territorial. B campanha pela revitalização das oligarquias.
C intelectuais laicos acerca da revogação do domínio C estabelecimento de mandatos temporários.
eclesiástico. D declínio da sociedade civil organizada.
D homens livres em torno da extensão do direito de voto. E participação no exercício do poder.
E elites locais acerca da ordenação do monopólio
fundiário.
Questão 86
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão – 1789

Os representantes do povo francês, tendo em vista


que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos
direitos do homem são as únicas causas dos males
públicos e da corrupção dos governos, resolveram
declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e
sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre
presente em todos os membros do corpo social, lhes
lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a
fim de que as reivindicações dos cidadãos, fundadas em
princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à
conservação da Constituição e à felicidade geral.
Disponível em: www.direitoshumanosusp.br. Acesso em: 7 jun. 2018 (adaptado).

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Questão 88 Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento


TEXTO I humano?

A A potência inata da mente.


B A revelação da inspiração divina.
C O estudo das tradições filosóficas.
D A vivência dos fenômenos do mundo.
E O desenvolvimento do raciocínio abstrato.
Questão 90
TEXTO I

O aumento de casos suspeitos de febre amarela em


Minas pode estar relacionado à tragédia de Mariana,
em 2015, segundo a bióloga da Fiocruz Márcia Chame.
Rio Tietê, São Paulo (SP). Foto: Delfim Martins/Pulsar. A hipótese tem como ponto de partida a localização das
TEXTO II cidades mineiras que identificaram até o momento casos
O Rio Tietê está morto. Ao menos uma parte de pacientes com sintomas da doença. Grande parte está
dele: 137 quilômetros, para ser mais preciso. Uma na região próxima do Rio Doce, afetado pelo rompimento
pesquisa da Fundação SOS Mata Atlântica mostra
que, em 2016, o trecho do rio com qualidade de da Barragem de Fundão, em novembro de 2015.
FORMENTI, L. Para bióloga, surto de febre amarela pode ter relação com tragédia de
água classificada como ruim ou péssima começa Mariana. O Estado de São Paulo, 14 jan. 2017.
em Itaquaquecetuba, passa por toda a Região
Metropolitana de São Paulo e chega até Cabreúva, TEXTO II
já no interior de São Paulo. Nesse trecho, a água não
tem oxigênio suficiente para abrigar vida. Por outro lado, Servio Ribeiro considera remota a
Disponível em: http://epoca.globo.com. Acesso em: 7 dez. 2017 (adaptado).
possibilidade de influência da tragédia de Mariana (MG)
Considerando a análise dos textos, a condição atual neste surto de febre amarela em Minas Gerais. “A febre
desse rio tem como origem a
amarela é uma doença de interior de floresta. O mosquito
A valorização do sítio urbano. que a transmite põe ovos em cavidades de árvores e em
B extinção da vegetação nativa.
bromélias. É um mosquito da estrutura da floresta. Ele
C recepção de densa carga de dejetos.
D captação desordenada do regime pluvial. não se relaciona muito com grandes corpos-d’água e
E expansão do uso de defensivos químicos. com rios. As cidades afetadas pela doença estão em uma

Questão 89 região onde os rejeitos não chegaram com força para

Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades derrubar a floresta”, diz o biólogo.
RODRIGUES, L. Especialistas investigam relação entre febre amarela e degradação
racionais fossem inteiramente perfeitas desde o início, ambiental. Agência Brasil, 25 jan. 2017.

não poderia ter inferido da fluidez e transparência da


Sobre a tragédia de Mariana, os textos apresentam
água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e calor
do fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto divergência quanto ao(à)
jamais revela, pelas qualidades que aparecem aos
A poluição dos rios locais.
sentidos, nem as causas que o produziram, nem os
efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão é B identificação da área afetada.
capaz de extrair, sem auxílio da experiência, qualquer C destruição da vegetação nativa.
conclusão referente à existência efetiva de coisas ou
D aparecimento de enfermidade endêmica.
questões de fato.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Unesp, 2003.
E surgimento de comunidades desabrigadas.

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Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.

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H O
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U N Ã O
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S C A Ç
A
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R RED
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D A
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