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The Drake Chronicles 02 – Blood

Feud

Capítulo 8
Isabeau

Eu não sabia se outros vampiros tinham pesadelos, mas o meu


sempre vinha nesse nebuloso lugar entre o sonho terminado e a
súbita vigília.

Era o mesmo sonho todo o tempo.

Havia passado uma semana inteira desde a última vez que o


havia tido, não obstante, o mais longo tinha passado. Nunca havia
dito a ninguém, mesmo que estivesse bastante certa de que Kala
suspeitasse. Ela me encontrou uma vez, metida no laço do medo,
com olhos muito aberto e lamuriosos, uma multidão de cachorros me
lambendo no rosto e tentando conseguir me mover. Agora eu era
forte o suficiente para me arrancar do sonho, até mesmo antes que o
crepúsculo o fizesse.

Ainda que eu não me recordasse todo esse tempo preso sob a


terra, o sonho era sempre o mesmo. Estava dentro do caixão forrado
em cetim branco, com o tecido sujo e com insetos rastejando. A terra
desmoronava através das frestas na madeira, e as raízes pendiam
como cabelo. Vestia o traje de noite, de seda, que havia vestido na
festa de Natal do meu tio, mas não o colar que ele havia feito a partir
do comprimento do vestido de minha mãe. Isso era tão preocupante
como ser sepultada viva; usava esse pedacinho de flor de Liz de cor
anil comigo para todas as partes, inclusive nos calçadões de Paris.

Vasculhei o caixão e chutei com meus pés até que meus


calcanhares estarem machucados, mas não podia encontrar o
caminho para fora. Nem sequer sabia se jazia em um cemitério
Londrino ou se estava na França. Não podia cheirar nada exceto barro
e chuva, e a escuridão que deveria ser completa, parecia menos do
que deveria. Não podia ver claramente, claro, mas podia perceber a
estranha raiz, um talo branco de cherovia* e o voo de besouros de cor
azul.

* Raiz que se usa como hortaliça.


The Drake Chronicles 02 – Blood
Feud

Gritei até que saboreei o sangue atrás de minha garganta e


mesmo assim, ninguém me ouviu.

E eu não tive fome, nem sequer uma vez.

A sede, no entanto, era enlouquecedora. Arranhava em mim


como besta desesperada e em chamas, raspava através de minha
garganta, queimando todo o caminho até abaixo, dentro de minha
barriga. Minhas veias estavam secas em meus braços. Estava para lá
de fraca, para lá de viva, para lá de morta. Neste momento de
lucidez, senti a ferida de dentes afiados em meu pescoço, senti uma
boca sugando ali até que estivesse branca como uma boneca de
trapo. E então, o mínimo sabor de sangue enlameando meus lábios, o
qual me fez silenciar, ou teria se houvesse tido a força. E o saboreei
como o vinho que Greyhaven havia me dado.

Greyhaven.

Ele os deixou me enterrar, mesmo sabendo que havia tomado


bastante de meu sangue para me descompor, muito mais do que
qualquer morte humana normal.

Greyhaven.

Não forte o suficiente para arranhar até sair da terra, nem


sequer havia notado de que era o que significada que eu devia fazer.
Tudo parecia como algum acidente horrível, algo tirado de uma
historia gótica. A terra enchia minha boca, os vermes rodeavam meus
pulsos como braceletes, as formigas caminhavam por meu cabelo.

Greyhaven.

E os cachorros uivando, arfando, cavando com suas garras.

Aí é quando eu acordo; o tempo todo.

Os cachorros eram suficientemente reais; tinham sido os que


tinham me encontrado e me tirado, mesmo antes que Kala tivesse
encontrado o tumulo certo no Cemitério Highgate.

E o nome de Greyhaven foi meu primeiro pensamento, ainda


era meu primeiro pensamento quando acordava deste pesadelo.
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O nariz de Carlomagno levantou meu rosto quando deixei de
choramingar. Odiava esse som, odiava que ele esperasse até que
estivesse suficientemente consciente para controlá-lo.

Estava em uma cama, alguém deve ter colocado todos para


fora da sala de estar. As persianas de madeira estavam aparafusadas
firmemente através das janelas. Cai da cama e me arrastei até a
geladeira, puxando a porta aberta. A luz feriu meus olhos e tateei as
cegas por uma garrafa de vidro cheia de sangue, a sede era mais
aguda durante a noite, tão aguda que havia treinado Carlomagno
para se defender de mim se eu dissesse uma determinada palavra. A
fome era facilmente dominada em nossas primeiras noites. Ainda me
fazia engolir o sangue avidamente, da forma em que uma criança
comeria um pastel, mas eu havia me detido energicamente, ao me
preocupar pela segurança de Carlomagno. Esta seria a mesma razão
que Lucy havia resmungado mais cedo sobre ser movida para um
quarto de hospedes com um ferrolho de segurança dupla por dentro e
um botão de alarme conectado a Bruno, o chefe de detalhes de
segurança dos Drake. Os vampiros recém-transformados tinham
pouco controle sobre eles mesmos ao acordar.

Quando tinha bebido sangue suficiente para tê-lo gotejando em


minha barriga, alisei a túnica do meu vestido e deixei a relativa
segurança de meu quarto. Solange e seus irmãos ainda dormiriam
uma hora mais, assim, fiz meu caminho escadas abaixo para deixar
Carlomagno ir para fora e eu vigiar o cachorro.

— Isabeau.

Parei ante a voz desconhecida. A silhueta de uma mulher


estava de pé contra uma alta janela levantada na biblioteca, que
dava para o jardim. O rosado da luz do sol caia no quarto. Eu havia
esquecido que os vidros na casa estavam especialmente tratados, as
persianas de madeira nos dormitórios deviam ser para agregar mais
segurança e a comodidade aos hospedes vampiros. Certamente eu
não teria confiado em uma janela de vidro e cortinas de encaixe.

A mulher se virou seu rosto escurecido atrás de um véu negro


fixado no chapéu de veludo, pousado sobre sua cabeça. Ela vestia um
antiquado vestido sobre um espartilho e luvas sem dedos.

— Você é Hyacinth Drake? — perguntei cordialmente


imobilizada em meu lugar. Havia ouvido Connor e Quinn falando dela.
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Ela era sua tia e tinha sido ferida por um caçador Helios-Ra. A água
benta que usavam, recarregada com raios UV, tinha queimado seu
rosto. Não tinha sarado ainda e ninguém estava certo de que o faria.
As cicatrizes eram raras em um vampiro, mas certamente eram
possíveis. Meus braços nus eram prova suficiente disso.

— Sim. Eu sou. Enchantee* — ela deu uma olhada nas cicatrizes


sobre meus braços, depois se virou de volta para a janela. Foi aí
quando percebi que ela tinha estado observando Lucy, correndo pelo
jardim com o cachorro que estava latindo com histérico regozijo. O
sorriso de Lucy era quase tão ruidoso. Carlomagno deixou ansiosos
traços de nariz sobre a porta de vidro, então me olhou pateticamente.

* Encantada em francês.

— Vá. — murmurei, deixando-o sair para unir-se ao alvoroço. O


cachorro deu voltas no ar por sua excitação. Lucy riu mais alto.

— Suas cicatrizes não te incomodam. — ela disse. Não era uma


pergunta, era mais uma plena declaração. Encolhi os ombros.

— Não realmente. — as meia luas e círculos desconexos


deixados por dentes afiados, tinham clareado pela brilhante pele
pálida, como madrepérola. — Carrego estas orgulhosamente. —
toquei as cicatrizes perfuradas sobre minha garganta. — Estas eu
gostaria de queimar, se pudesse. — já que queimá-las não ajudaria,
Kala tinha tatuado esse lado de meu pescoço com uma flor de lis.

— Eu fui bonita há muito tempo. — ela murmurou.

— Ainda é bonita. — eu disse francamente.

— A pena não é de você, Isabeau. — ela disse, e podia ouvir o


baixo sorriso em sua voz. — Acho isso muito reconfortante.

— Minha gente mede a beleza em como você pode caçar em


silêncio. — expliquei. — E por quão bem treina um cão ou com que
rapidez você corre. Temos provas para testarmos a nós mesmos,
sermos dignos e nenhuma delas tem algo a ver com a cor de nosso
cabelo ou o formato de nosso nariz.
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— Então quem sabe, você deveria correr muito longe para viver
nas cavernas depois de tudo. — seu tom mudou, a ironia mostrava a
dor. — Mas, eu amo tanto minhas comodidades de criatura.

Lucy estava arquejando no pátio, limpando o suor de seu rosto.


Os cachorros corriam ao redor dela como um carrossel. Quando ela
vinha para casa, Hyacinth retrocedeu imediatamente.

— Foi um prazer te conhecer. — ela me disse, antes de


desaparecer nas profundidades da casa.

— Isabeau, já esta acordada. — Lucy exclamou, sobressaltada.


A porta do jardim se fechou atrás dela. Ela trouxe os aromas da chuva
de verão, folhas e sangue fresco bombeando sob a pele. Cerrei meus
dentes. — Nem sequer está completamente escuro ainda. — ela
continuou descuidadamente. Os cachorros acomodaram-se a seus
pés.
— Às vezes, eu acordo cedo. — eu disse. Não tinha intenção de
compartilhar minhas debilidades e a violência de meus pesadelos.
Como Hyacinth, não podia tolerar a pena.

Carlomagno me bloqueou repentinamente ao som da porta


principal se abrindo e fechando. Retesei-me. Lucy inclinou-se para
trás.

— Wow, você dá medo quando faz isso com seu rosto.

— Coloque-se atrás de mim.

— Os outros cachorros não estão latindo. — ela disse


quietamente. — Não acho que haja algo com que se preocupar. — um
homem calvo e tatuado em uma jaqueta de couro, entrou com passo
firme no cômodo, sua mandíbula colocada turvamente. Senti sua
postura suavizar-se imediatamente. — Bruno.

— Lassie*. — ele encontrou meus olhos. — Quero falar com


você.

* No original Lassie é um termo originário da Escócia, significa menina ou senhorita, mas as


vezes é considerado como um termo ofensivo.
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— Bruno é o chefe de segurança. — Lucy explicou.

— Mas você é... humano.

— Sim. Os caçadores gostam do dia com a maioria dos


vampiros dormindo ao redor, esperando serem estacados. Iguala a
briga. — mesmo que discordando com sua expressão, seu sotaque
Escocês me tranquilizou; os Franceses e os Escoceses geralmente
tinham sido aliados. E entendi sua desconcertante frustração. Seu
coração estava praticamente atingido com exasperação. — Temos a
melhor segurança deste lado de Presidentes e Reis, quero saber
porque em uma semana sangrenta, uma facção de vampiros e uma
unidade de canalhas Helios-Ra, ambos tem dado um grande passo.
Isto é ridiculamente sangrento.

— A Montmartre não importa se seus Host morram. É


considerado uma honra, uma prova de lealdade. — disse-lhe. —
Deduzo que levaria a mal se sua gente morresse.

— Sim.

— Montmartre apenas faz mais Host. E ontem a noite enviaram


quatro com a finalidade de que somente um deles atravessasse a
porta principal. Se houvessem atacado diretamente, não sei o que
poderiam fazer pego de surpresa.

Ele suspirou. — Aí você tem razão, Lassie. Estava esperando


uma grande quantidade de violência, não algum ijit* de presente. —
ele sacudiu a cabeça. — Ainda assim, não é desculpa. — ele abriu
desenhos azuis no móvel e o conjunto de mil acres dos Drake com
edifícios classificados. — mostre-me o ponto fraco, poderia?

* Termo escocês que significa Idiota.

Passei através dos desenhos, igualando-os com o que eu sabia


de topografia circundante. — Eles teriam se movido de uma copa de
árvore a outra. É mais lento, mas mais sigiloso.

— Eles vieram de cima. — ele exalou.


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Bruno estava preso em si mesmo quando Solange e seus irmãos
começaram a se mover e se arrastar escadas abaixo.

— Você esta pronta? — Logan me perguntou.

Eu assenti. Lucy fez careta para Nicholas. Ele levantou suas


mãos defensivamente.

— Não é minha culpa. — ele insistiu. — Mamãe e papai pensam


que você deveria permanecer fora da Corte até depois da coroação.

— Isso é tão injusto. — Lucy disse. — Não é como se não tenha


estado ali.

— Wow, você estava sequestrada por uma malvada Rainha


vampiro. Alo? Não é exatamente um ponto ao seu favor.

— Quando meus pais voltarem para cara na próxima semana,


eu vou obrigar meu pai a me ensinar a montar sua motocicleta e
então já não precisarei de carona em sua bicicleta fedorenta.

Nicholas sorriu zombeteiramente. — Você acredita que seu pai


vai te deixar pilotar pelo bosque para ficar com um monte de
vampiros em uma caverna?

— Ele me deixa ficar com você.

— Porque eu não sou a má influência nesta relação.

Ela pareceu suavizar-se um pouco pela palavra, “relação”.


Então ela imediatamente endireitou sua coluna vertebral.

— Ainda estou irritada. — Lucy resmungou para ele.

— Você esta tão linda também. — ele respondeu;


imperturbável. Ele se encostou a ela e a beijou ate que ela estivesse
quase estrábica.

Connor tossiu.

— Cara, vai para um quarto.


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Nicholas se afastou, sorrindo.

— São sempre dessa maneira? — eu perguntei a Logan quanto


deixávamos a fazenda.

— Você deveria tê-los visto antes que decidissem se gostavam


um do outro.

***

Era consideravelmente mais fácil ter acesso as Cortes Reais


desta vez. A presença de cinco dos irmãos Drake suavizava o
caminho, mesmo que não apagasse completamente os curiosos ou
furiosos olhares suspeitos, desgostosos. Não me incomodava, mas
notei que Logan estava olhando com fúria atrás de cada vampiro
solteiro que se atrevia, até mesmo a pestanejar em meu caminho. Era
de alguma forma doce, desnecessário. Ele estava perto o suficiente
para que seu braço roçasse no meu.

— Isabeau! — Magda saiu rapidamente de trás de um grupo de


arvores nuas de bétulas em vasos de ouro. Ela estava vestindo umas
anáguas rosa sob uma antiquada saia cor creme. Ela enfiou seu braço
no meu, dando uma cotovelada em Logan para longe de mim com um
silvo. Magda não sabia dividir. Logan não devolveu o silvo, ele era
muito bem educado para isso, mas, me olhou como se o estivesse
considerando.

— Esta tudo bem? — Magda perguntou, olhando furiosamente


para cada um dos irmãos. Quinn sorriu de forma zombeteira para ela.
Ela franziu o cenho mais ferozmente. — Eles não te injetaram Hypnos
outra vez, certo?

— Não, é lógico que não.


Os cortesãos se amontoaram fora de nosso caminho enquanto
atravessávamos o vestíbulo principal, onde eles haviam trabalhado
duro. Desde a noite anterior, o trono quebrado de couro que
pertenceu a última Rainha, tinha sido tirado. Havia menos espelhos
também, assim não parecia como se a multidão fosse duas vezes
mais do que seu tamanho real. Eu já me sentia melhor.
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— Como foi isso aqui? — perguntei-lhe baixinho.

— Bem, eu acho, Finn esta em sua glória. De fato ele disse três
orações completas seguidas.

Tive que sorrir com isso. Os longos silêncios de Finn eram


legendários. — Isso é praticamente um monologo.

— Eu sei. — ela franziu o cenho para um jovem vampiro que


ficou olhando e não saiu do seu caminho rápido o suficiente. — Sinto
como se fossemos algum tipo de show de circo. Alguns garotos
pediram para ver minhas presas. Você pode acreditar nisso? E ele me
perguntou se não pintávamos a nós mesmas com barro.

Quinn riu baixo atrás de nós. — Isso se chama paquerar.

Ela o ignorou; mesmo sendo de má educação ignorar aos filhos


de seu anfitrião quando estavam em uma visita diplomática. Era de
pior educação atacar o namorado de sua filha, portanto, eu não
estava em posição de criticar. Não obstante, me perguntei outra vez,
porque Kala havia me enviado.

Todos, com exceção de Logan e Magda, se afastaram para suas


próprias tarefas. Passamos por vários quartos, cada um mais
decadente que o último. Um estava decorado em seda vermelha e
veludo com douradas pinturas emolduradas na parede. Logan fez
uma careta.

— Os gostos de Lady Natasha não eram exatamente sutis. —


ele disse. — Mas conservamos as pinturas e começamos a juntar
mais. Eles são uma linhagem de antigos Reis, Rainhas e o que seja.

Havia dezenas de retratos, emoldurados e sem molduras, a


maioria eram a óleo, mas alguns eram de aquarela e desenhos em
tinta. Haviam umas quantas fotografias próximas do final da linha.
Era como estar em um museu. Reconhecia algumas das casas pelas
legendas e historias que Kala nos havia contado: A família Amrita, A
família Joiik, Sebastian Cowan, quem havia amado um caçador no
século dezenove.
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— Essa é Veronique DuBois, nossa matriarca. — Logan apontou
para uma pequena pintura de uma mulher que parecia muito digna
em um vestido medieval e uma touca.

— Finn esta desenhando um de Kala. — Magda acrescentou


orgulhosamente, para não ser superada.

Mas eu já não estava ouvindo.

No final da fileira abaixo, estava uma pintura a óleo sem


moldura, de um rosto familiar. Eu conhecia o curto cabelo preto, os
pálidos olhos cinza, o sorriso presunçoso.

Philip Marshall, Conde de Greyhaven.

Dei um passo para mais perto, sentindo-me distante de todos


exceto desse rosto, como se estivesse sob a água. A pintura ainda
estava unida no canto, brilhando umidamente. Este retrato tinha sido
feito recentemente, pendurado antes que estivesse completamente
seco.

Não sabia o que pensar disso. Senti meus lábios levantar


minhas presas esticadas, senti um grunhido ecoar em meu peito. No
principio pensei que fosse Carlomagno. Levei um momento para
perceber que o doloroso som vinha de mim. Fechei minhas mãos em
punhos, desejando não explodir.

— Isabeau? — Logan deu um passo para mais perto,


preocupado. — O que é?

Magda se insinuou entre nós, empurrando Logan ferozmente


para fora do caminho. — Eu me ocuparei dela. — disse-lhe
sombriamente, colocando uma mão reconfortante sobre meu ombro.

— Eu estou bem. — murmurei, mal reconhecendo minha


própria voz. Estava rouca, mas, suave como a água. Forcei-me a dar
as costas ao muro de retratos, mesmo que sentisse os olhos pintados
de Greyhaven, perfurando atrás de meu pescoço. Eu precisava de
tempo para pensar. Era obvio para mim, mesmo sem o quente
formigamento dos amuletos em torno de minha garganta, que
alguma coisa estava acontecendo.
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— Vamos. — eu disse, recusando me encontrar com qualquer
que um de seus olhares.

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