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Desviai-me do orgulho
Livrai-me da ambição
Me permita novo ser
Despistai a ingratidão
Porque é dista que vivo
Sem país e sem Nação.
Eu teimo em te esquecer
Como palco do destino
Como quem dá em certeza
Correto caminho e tino
Seja brasileiro nato
Europeu ou nordestino.
Eu implantei ditaduras
Dizendo que era o bem
Inspirei a inquisição
A guerra insana também
Do luxo criei o lixo
Para pisar mais alguém.
De posse a sabedoria
Faltou destreza, bom senso
Até mesmo a temperança
Que chamei de contrassenso
Para meus atos malignos
A caridade eu dispenso.
Em cartas e juramentos
O homem brincou de Deus
Transformou o conteúdo
De loucos, ébrios, plebeus...
Em manuais de ensaios
E testamentos de ateus.
Mergulhou na escuridão
De como fazer dinheiro
E negando o fim natural
Esquece ser um grosseiro
Perdeu sua boa chance
De um ser alvissareiro.
Tamanha a velocidade
Os sinais foram quebrados
Barreiras foram vencidas
Princípios ultrapassados
Quando os sensatos se forem
Saberes serão calados.
Severino Honorato