Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Marcella Ungaretti
marcella.ungaretti@xpi.com.br1
ESG de A a Z
A relevância dos fatores ESG ao redor do mundo: Globalmente, mais de US$30 trilhões em ativos
sob gestão (AuM, sigla em inglês para “Assets Under Management”) são gerenciados por fundos
que definiram estratégias sustentáveis. Só na Europa são US$14,1 trilhões, equivalente a mais
de 50% do AuM total do continente, enquanto nos Estados Unidos esse número já representa
~25%. Nos últimos anos, cada vez mais investidores estão colocando o conceito de
"investimentos responsáveis“ como fator decisivo na alocação de recursos e, na nossa visão,
esse movimento deve somente se intensificar adiante.
E no Brasil, em que etapa estamos? O interesse cada vez maior pela temática ESG tem
rapidamente transformado a indústria de investimentos ao redor do mundo e, na nossa visão,
isso é um bom indício do que está por vir no país. A pandemia do Coronavírus agiu como um
catalisador e vemos um número de razões estruturais pelas quais a participação dos
investimentos ESG continuarão ganhando força no Brasil. Na nossa visão, as empresas que não
se adaptarem a este novo cenário ficarão para trás.
Três principais razões do porquê você deve, e muito, se importar com ESG: (1) O engajamento
dos investidores e o comportamento dos consumidores estão levando as empresas a se
reinventarem; (2) A regulação força, cada vez mais, os tópicos ESG na agenda dos investidores;
e (3) ESG tem sido um sinal particularmente eficaz de “alfa”, ou seja, de geração de retorno
acima do mercado, nos últimos anos.
A incorporação dos fatores ESG nos investimentos: Destacamos três pontos importantes: (1)
existem diferentes estratégias e elas não são excludentes, pelo contrário; (2) há uma série de
provedores de dados ESG que usam diferentes metodologias e, na nossa visão, cada um
apresenta seus diferenciais, sendo mais ou menos funcionais a depender do objetivo do
investidor; (3) identificar quais fatores ESG são relevantes para cada setor não é uma tarefa
simples, embora essencial – a alocação de tempo pelas empresas em fatores pouco relevantes
implica, automaticamente, em gastar menos tempo no que importa e isso, no longo prazo, leva à
destruição de valor.
Da teoria à prática: Vemos vários benefícios nos serviços oferecidos pelas consultorias ESG e,
após um intenso processo de entendimento das diferentes metodologias, acreditamos que a
MSCI é a melhor posicionada para nos ajudar nessa jornada. Na nossa visão, a combinação da
robusta metodologia do MSCI, somada à opinião, expertise e olhar crítico do time de Research
da XP, é muito poderosa, e é isso que iremos fazer ao longo dos próximos meses.
Seleção ESG: Para nós, ESG é um processo, não cabendo, portanto, uma classificação binária ou
estacionária – não se trata de ser ou não ser ESG: o que vemos são diferentes companhias em
diferentes estágios dessa jornada. Afinal, quais são as empresas que são referência no tema?
Pensando nisso e tendo como base o MSCI ESG Ratings, elaboramos a chamada Seleção ESG,
composta pelas 10 empresas, dentre o índice Ibovespa e nosso universo de cobertura, com os
melhores ratings ESG pela MSCI: Ambev, B3, Banco do Brasil, Cemig, EDP, Marfrig, Natura & CO,
Localiza, Banco Santander e Ultrapar.
2
ESG de A a Z
Índice
04 Começando pelo básico: O que é ESG?
26 Da teoria à prática
3
ESG de A a Z
Fatores ambientais: uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito estufa (CO2, gás
metano), eficiência energética, poluição, gestão de resíduos e efluentes.
Fatores sociais: políticas e relações de trabalho, inclusão e diversidade, engajamento dos
funcionários, treinamento da força de trabalho, direitos humanos, relações com
comunidades, privacidade e proteção de dados.
Fatores de governança: independência do conselho, política de remuneração da alta
administração, diversidade na composição do conselho de administração, estrutura dos
comitês de auditoria e fiscal, ética e transparência.
Antes de abordarmos as diferentes estratégias para incorporação dos fatores ESG no processo
de investimento, na próxima seção daremos um contexto acerca do quão difundido isso está ao
redor do mundo e, na sequência, especificadamente no Brasil.
4
ESG de A a Z
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
jan-16
ago-20
dez-18
mai-19
abr-17
set-17
mar-20
fev-18
jul-18
jun-16
nov-16
out-19
Esse interesse cada vez maior pela temática ESG (gráfico 1) tem rapidamente transformado a
indústria de investimentos e surtido dois efeitos principais e complementares, detalhados
abaixo: 1. movimentação dos investidores preocupados com ESG para portfólios que estejam
alinhados com seus princípios; e 2. movimentação das empresas na adoção de práticas ESG.
2. Evolução do AuM em investimento sustentável (US$tri) 3. Participação (%) dos mercados no total do AuM
Canadá;
Austrália/Nova Zelândia; 2%
+34% 6%
Japão; 7%
30,7
22,9
Europa;
46%
Estados
2016 2018 Unidos; 39%
Fonte: Google trends; Global Sustainable Investment Alliance *Os números representam o interesse de pesquisa relativo
ao ponto mais alto no gráfico. Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. 5
ESG de A a Z
Dos +US$30 trilhões em ativos sustentáveis sob gestão globalmente, US$14,1 trilhões estão na
Europa, montante este que representa mais de 50% do AuM total do continente. Ainda que esse
tipo de investimento já fosse difundido na região há alguns anos, quando olhamos para a taxa
de crescimento de 2016 a 2018, os investimentos sustentáveis cresceram 11%.
Nos Estados Unidos e Japão, por sua vez, a 4. Percentual do AuM em investimento sustentável
representatividade dos investimentos
+438%
sustentáveis é menor do que quando comparado
+19%
à Europa, girando em torno de 26% e 18%, 26%
18%
22%
respectivamente. No entanto, quando olhamos
para a taxa de crescimento, fica explícito que essa
3%
tendência tem acelerado significativamente – nos
EUA, esse mesmo percentual era de 22% em 2016 2018 2016 2018
2016, enquanto no Japão era de apenas 3%, Estados Unidos Japão
5. Evolução do AuM dos signatários do PRI e # de signatários 6. Percentual dos signatários do PRI por região
120 3.500
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
3% 55%
Olhando para frente, a pergunta que fica é: iremos continuar vendo cada vez mais investidores
colocando os fatores ESG como fator decisivo na alocação de recursos? Na nossa visão, sim! Ao
longo do relatório, entraremos nas razões pelas quais acreditamos que esse movimento deve
somente se intensificar adiante.
Fonte: GSIR (Global Sustainable Investment Alliance); PRI (Principles for Responsible Investment) 6
ESG de A a Z
7. Divulgação de fatores ESG nas bolsas no mundo 8. Percentual do S&P500 que divulga informações ESG
2011 20%
2012 53%
78 2013 72%
77
71 2014 75%
2015 81%
2016 82%
16 24
12 2017 85%
2016 2018 2020 2018 86%
Obrigatório Não obrigatório 2019 90%
Mesmo com os avanços, ainda vemos um longo caminho adiante em direção ao estado da
arte tanto em termos de divulgação quanto às próprias práticas ESG pelas empresas.
Nesse sentido, vale atenção e cuidado para um ponto importante, o greenwashing – talvez
você já tenha lido esse termo em alguma notícia, mas, afinal, o que ele significa? O
greenwashing pode ser praticado tanto por empresas e indústrias, quanto por ONGs, governos
ou políticos. Ele ocorre quando algum desses órgãos promovem discursos, propagandas e/ou
campanhas colocando-se como sustentáveis, mas, na verdade, o discurso não compactua
com o que é de fato feito. Em um momento como o que estamos vivendo atualmente, em que
todos os olhos estão voltados para a importância de se ter boas práticas ESG, acreditamos
que é necessário uma atenção redobrada visando diferenciar o que é somente um discurso do
que é a prática.
120
100
80
60
40
20
0
mai-18
mai-19
mai-20
jan-18
mar-18
set-18
jan-19
mar-19
set-19
jan-20
mar-20
jul-18
jul-19
jul-20
nov-18
nov-19
Na nossa visão, a pandemia do Coronavírus agiu como um catalisador, colocando um holofote
tanto na importância das questões sociais, quanto na interdependência entre os países.
Em se tratando do primeiro tópico, o Brasil ainda é um país bastante insuficiente quando o
assunto é filantropia – o brasileiro doa 7x menos do que os americanos e 3x menos que os
ingleses. Durante a crise do COVID-19, no entanto, nós tivemos um recorde de doações e
filantropia no país – nas palavras de Eduardo Lyra, fundador da ONG Gerando Falcões, em seu
painel na Expert, foram mais de R$6 bilhões doados e uma grande lição aprendida: quando a
sociedade civil e as empresas se juntam ao terceiro setor, o impacto é muito maior.
Com isso em vista, a pandemia deixou explícita a interdependência que temos como nações,
indivíduos e empresas. Se isso for verdade, e nós acreditamos que sim, a empresa do futuro é
aquela que cuida de todos, não somente dos seus acionistas. Indo além, a empresa do futuro
não é aquela que somente gera lucro, mas sim que é capaz de gerar lucro com propósito – e, na
nossa visão, as companhias que não entenderem isso, provavelmente ficarão para trás.
Acreditamos que o movimento visto ao redor do mundo frente ao interesse cada vez maior na
temática ESG, nos dá um bom indício do que está por vir no Brasil. Ainda que tímido, já vemos
no país alguns efeitos: 1. comportamento dos investidores e 2. movimentação das empresas.
Fonte: Google trends; Global Sustainable Investment Alliance *Os números representam o interesse de pesquisa relativo
ao ponto mais alto no gráfico. Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. 8
ESG de A a Z
2013
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2015
2016
2017
2018
2019
~2% do total de signatários (3.145) do mundo.
Segundo uma pesquisa realizada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos
Mercados Financeiro e de Capitais)*, grande parte dos gestores entrevistados considerarem o
potencial impacto de questões ESG em seu processo de investimento. Apesar disso, somente
uma pequena parte conta com uma área específica (11%) ou com funcionários diretamente
envolvidos (18%), enquanto menor ainda é o número daquelas que adotam um comitê
específico para avaliar investimentos ESG (5%), conforme ilustra o gráfico 11.
Mesmo assim, o mercado tem avançado em importantes questões sobre o tema. O mesmo
levantamento da ANBIMA mostra que, além dos gestores que possuem alguma política (21%)
ou documento voltado para as questões ESG (27%), parte deles declararam que estão
estruturando um documento em relação ao tema (20%) – veja o gráfico 12 abaixo.
11. Sua empresa tem estrutura separada responsável 12. Sua empresa possui política de investimento
por ESG? responsável/documento que formalize sua abordagem?
5% 21%
11%
31%
18%
27%
20%
Sim
66%
Sim, política específica sobre investimento responsável
Não
Sim, documento geral da instituição sobre o tema
Sem área específica, mas com funcionários diretamente
Não, porém está em desenvolvimento
envolvidos
Não, mas tem comitê específico dedicado ao tema Não
No universo das empresas listadas na B3, Bolsa brasileira, destacamos a iniciativa “Relate ou
Explique para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)” – um conjunto de 17
objetivos globais definidos em 2015 pela Organização das Nações Unidas. A iniciativa foi
realizada em parceria com a Global Reporting Initiative (GRI) e apresenta os esforços das
companhias listadas na B3 em publicar relatórios de sustentabilidade ou integrado levando
em conta os ODS. A iniciativa é voluntária e aberta a todas as empresas listadas.
Quando olhamos para o histórico, 13. Empresas que publicam relatórios com informações
observamos um número crescente de referentes aos fatores ESG
empresas que divulgam informações
352
relacionadas aos critérios ESG (gráfico 13).
Em 2019, a B3 contava com 426 285 275 274 271
260
companhias, das quais 127 participaram,
ou seja, 30%. Destas, 24% divulgam seus
162 170 166
relatórios considerando os ODS, enquanto 157 160
Fonte: B3 10
ESG de A a Z
Esse fluxo de capital já é uma realidade e esperamos que a disposição das empresas em mudar
para atrair uma base maior de investidores aumente.
11
ESG de A a Z
Outro fator que impulsiona a agenda ESG dos investidores institucionais são as iniciativas
criadas nos últimos anos com o objetivo de reunir investidores que buscam, a partir do
engajamento com as empresas em que investem, trazer mudanças. Destas iniciativas,
destacamos duas principais: o PRI e o SASB.
Princípios para o Investimento Responsável (PRI): Criado em 2005, é uma parceria entre a
ONU e os investidores institucionais privados que busca levar as questões de
sustentabilidade para o centro das discussões em se tratando de investimentos. O foco
está na compreensão das implicações da incorporação dos fatores ESG nos investimentos
e para fornecer suporte na incorporação destes em suas decisões. Conforme previamente
discutido, de 2016 até hoje, o número de signatários do PRI mais do que dobrou,
ultrapassando 3.000 membros, representando um AuM total superior à US$100 trilhões.
Sustainability Accounting Standards Board (SASB): Entidade criada para cuidar da
comunicação de informações não-financeiras das empresas, definindo padrões de
divulgação de sustentabilidade específicos para cada indústria – chamada matriz de
materialidade, abordamos o conceito em mais detalhes nas próximas seções. O SASB criou
um Grupo de Consultoria de Investidores que é composto por líderes proprietários e
gestores de ativos comprometidos com a melhoria da qualidade e comparabilidade de
divulgação relacionada à sustentabilidade pelas empresas aos investidores. Este grupo
representa um total de mais de US$ 21 trilhões de ativos sob gestão e inclui a maioria dos
maiores gestores de investimento globalmente.
81
dos consumidores acreditam fortemente
que as empresas devem ajudar a melhorar
% o meio ambiente
60
dos consumidores estão muito ou extremamente
preocupados com a poluição do ar, da água, uso de
% embalagens, resíduos de alimentos, dentre outros.
Fonte: PRI; SASB, Nielsen 12
ESG de A a Z
Nos Estados Unidos, desde 2009, a Bolsa americana, NYSE, subiu impressionantes +295%.
Quando olhamos a performance, no mesmo período, do índice que contém as empresas
melhores posicionadas em termos ESG (FTSE4Good US Index), o número surpreende: +345%
de valorização, ou seja, um “alfa” de +52 pontos percentuais (pps) acima de seu benchmark
(gráfico 15).
15. FTSE USA Index vs. FTSEGood US Index
500
400
300
200
100
0
set-09
set-10
set-11
set-12
set-13
set-14
set-15
set-19
jan-09
mai-09
jan-10
mai-10
jan-11
mai-11
jan-12
mai-12
jan-13
mai-13
jan-14
mai-14
jan-15
mai-15
jan-16
set-16
set-17
set-18
mai-16
jan-17
mai-17
jan-18
mai-18
jan-19
mai-19
jan-20
mai-20
Na Europa, a conclusão é semelhante: desde 2007, a performance do índice MSCI Europe ESG
Leaders superou em +8 pps o seu benchmark (gráfico 16).
130
120
110
100
90
80
70
ago-16
ago-15
ago-17
ago-18
ago-19
ago-20
dez-14
fev-15
fev-16
fev-17
fev-18
fev-19
fev-20
abr-15
abr-16
abr-17
abr-18
abr-19
abr-20
dez-15
dez-16
dez-17
dez-18
dez-19
jun-15
jun-16
jun-19
jun-20
out-15
out-16
jun-17
jun-18
out-17
out-18
out-19
Olhando em uma perspectiva global, usamos o índice MSCI ACWI, que representa o
desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23
mercados desenvolvidos e 26 emergentes. Novamente, desde 2014, a performance do índice
ESG superou em +18,7 pps o índice geral (gráfico 17).
17. MSCI ACWI Index vs. MSCI ACWI ESG Leaders Index
160
140
120
100
80
ago-15
ago-16
ago-17
ago-18
ago-19
ago-20
fev-15
fev-16
fev-17
fev-18
fev-19
fev-20
abr-15
abr-16
abr-17
abr-18
abr-19
abr-20
dez-14
dez-15
dez-16
dez-17
dez-18
dez-19
jun-15
jun-16
out-15
out-16
jun-17
jun-18
jun-19
jun-20
out-17
out-18
out-19
MSCI ACWI Index MSCI ACWI ESG Leaders Index
Quando analisamos os mercados emergentes, o alfa é ainda maior: enquanto o índice MSCI EM
teve um retorno de +15,4% desde meados de 2007, o do MSCI EM ESG Leaders Index foi de
+97,4%, ou seja, +82 bps acima (gráfico 18).
18. MSCI EM Index vs. MSCI EM ESG Leaders Index
250
200
150
100
50
0
ago-08
ago-13
ago-18
jan-09
jan-14
jan-19
mar-08
mai-12
mar-13
mai-17
mar-18
abr-10
set-10
fev-11
abr-15
set-15
jul-11
dez-11
fev-16
abr-20
set-20
jul-16
dez-16
jun-09
jun-14
out-07
nov-09
out-12
nov-14
out-17
jun-19
nov-19
MSCI EM Index MSCI EM ESG Leaders Index
Por fim, quando olhamos para o mercado de ações no Brasil, a conclusão não é diferente!
Visando entender como as empresas brasileiras que estão à frente em relação aos aspectos
ambientais, sociais e de governança performaram historicamente em relação ao mercado
como um todo, fizemos duas comparações.
Primeiramente, utilizamos os índices da MSCI: MSCI Brazil Index e MSCI Brazil ESG Index.
Desde 2014, o índice ESG superou em +11pps seu benchmark (gráfico 19).
19. MSCI Brazil Index vs. MSCI Brazil ESG Index
160
140
120
100
80
60
40
ago-15
ago-16
ago-17
ago-18
ago-19
ago-20
dez-15
fev-15
fev-16
fev-17
fev-18
fev-19
fev-20
abr-15
abr-16
abr-17
abr-18
abr-19
abr-20
dez-14
dez-16
dez-17
dez-18
dez-19
jun-15
jun-16
jun-17
jun-18
jun-19
jun-20
out-15
out-16
out-17
out-18
out-19
Além disso, comparamos também outros dois índices: o ISE, conhecido como Índice de
Sustentabilidade Empresarial, e o Ibovespa, que contém as ações das empresas mais
negociadas no mercado – juntas, elas representam ~80% de todo o volume.
Desde a criação do índice ISE, em 2006, até atualmente, o Ibovespa teve uma performance
surpreendente, valorizando +202%. Melhor ainda que o Ibovespa, foi o ISE, ultrapassando
+269% de alta no mesmo período, ou seja, +67 pps acima do Ibovespa (gráfico 20).
20. Ibovespa Index vs. ISE Index
450
400
350
300
250
200
150
100
50
jan-10
jan-06
jan-07
jan-08
jan-09
jan-11
jan-12
jan-13
jan-14
jan-15
jan-16
jan-17
jan-18
jan-19
jan-20
jul-06
jul-07
jul-08
jul-09
jul-10
jul-11
jul-12
jul-13
jul-14
jul-15
jul-16
jul-17
jul-18
jul-19
jul-20
IBOV Index ISE Index
Mas afinal, o que é o indíce ISE e quais são as empresas que o compõe? Apresentamos com
detalhes abaixo.
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE): O ISE tem como objetivo ser o indicador do
desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido
comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico
com a sustentabilidade empresarial.
Importante ressaltar que atualmente esse índice atualmente está passando por um amplo
processo de revisão de metodologia, estrutura e conteúdo abordado em seu questionário.
Como resultado desse processo, pretende-se lançar um índice renovado em sua versão
2021, visando o aprimoramento e maior aplicabilidade do ISE, tanto como uma referência
de investimentos ESG quanto como uma ferramenta objetiva e eficaz de gestão de
sustentabilidade para empresas e outros atores da sociedade.
Fonte: Bloomberg, B3 16
ESG de A a Z
Fonte: Bloomberg, B3 17
ESG de A a Z
Indo além do universo das ações, os chamados green bonds, que são títulos verdes de renda
fixa destinados a projetos de clima e meio ambiente, estão se tornando mais populares à
medida em que a demanda por investimentos sustentáveis aumenta.
O dinheiro arrecadado com esses títulos é reservado para projetos verdes, ou seja, projetos que
tenham benefícios ambientais e / ou climáticos, mas é garantido por todo o balanço do
emissor.
O gráfico 21 mostra o desempenho do índice Bloomberg Barclays Global Aggregate em
comparação com o índice Bloomberg Barclays Global Green Bond nos últimos três anos. O
índice verde avançou +16,3% no período contra +11,9% no caso de seu benchmark, ou seja,
+4,4 pps a mais.
21. Bloomberg Barclays Global Aggregate Index vs. Bloomberg Barclays Global Green Bond Index
120
115
110
105
100
95
90
ago-16
ago-17
ago-18
ago-19
abr-17
abr-18
abr-19
dez-16
fev-17
dez-17
fev-18
dez-18
fev-19
dez-19
fev-20
abr-20
jun-17
jun-18
jun-19
jun-20
out-16
out-17
out-18
out-19
Bloomberg Barclays Global Aggregate Index Bloomberg Barclays Global Green Bond Index
Observação
As análises de desempenho feitas nessa seção são baseadas na performance histórica dos
índices, não sendo, portanto, um indicativo de desempenho futuro.
Período analisado: assumimos como data de início a respectiva data de criação dos índices
em questão e como data de término o dia 31/08/2020.
Fonte: Bloomberg 18
ESG de A a Z
19
ESG de A a Z
Diferentes, mas não excludentes, tais 22: Investimentos sustentáveis por estratégia, mundo
estratégias para incorporação de fatores ESG (US$bi) Filtros negativos/
19.771
nos investimentos são amplamente utilizadas excludentes
Integração ESG 17.544
ao redor do mundo. Uma pesquisa realizada
Engajamento corporativo e
pela Global Sustainable Investment Review, ação do acionista
9.835
indica que a estratégia de investimento Filtros baseados em normas 4.679
sustentável mais utilizada globalmente é a do Filtros positivos/melhores
1.842
filtro negativo, em inglês, “negative screening” práticas
(gráfico 22), com US$ 19,8 trilhões em ativos Investimentos sustentáveis 1.018
23. Crescimento das estratégias de investimentos 24. Investimentos sustentáveis por estratégia,
sustentáveis (US$bi) Brasil
25.000 +79% Melhores práticas
+125%
(best-in-class)
20.000
11%
10.000
+125% 20%
+79% Integração no 47%
5.000 valuation
0 14%
Investimento de
Integração ESG
Filtros baseados em
Engajamento corporativo
impacto/comunidade
Investimentos
Filtros positivos/melhores
Filtros negativos/
sustentáveis
impacto
Investimentos de
excludentes
e ação do acionista
normas
22%
Filtros positivos
práticas
42%
Engajamento
corporativo ASG
2016 2018
Fonte: GRI (Global Sustainable Investment Review); 2ª Pesquisa de Sustentabilidade ANBIMA. * A pesquisa contou com
110 participantes, entre gestoras e administradoras de recursos. O patrimônio líquido sob gestão das instituições que
responderam à pesquisa corresponde a 78,05% do total da indústria – um volume de 3,2 trilhões. 20
ESG de A a Z
Diferentes metodologias
Para analisar o desempenho financeiro de uma empresa, tanto em termos absolutos quanto
relativos, os analistas dispõem de uma série de dados financeiros informados recorrentemente
pelas companhias de forma padronizada seguindo normas contábeis de cada região.
Entretanto, em se tratando dos fatores ESG, não existem padrões universais para avaliar uma
empresa em relação ao seu desempenho ambiental, social e de governança e, além disso,
muitas vezes a divulgação dessas informações não se faz nem obrigatória.
Do lado positivo, existem uma série de consultorias ao redor do mundo que coletam diversos
dados em relação aos aspectos ESG das empresas, criando diferentes metodologias para a
definição de uma “nota”, conhecida pelo termo em inglês “rating”, para as diferentes empresas
globalmente. Sem dúvidas, a demanda cada vez maior por parte dos investidores por
informações que ajudem na avaliação das empresas coloca um holofoque cada vez maior
nestas consultorias.
Em nossos estudos e conversas nos últimos meses com diferentes investidores, empresas e
gestoras, vimos que, dentre os provedores externos de dados ESG, destacam-se alguns
principais: MSCI, Sustainalytics, Sitawi, Refinitiv, RepRisk e S&P Global.
De fato, cada um deles tem seus diferenciais e, a depender do objetivo, atendem à diferentes
demandas em maior ou menor grau. 25. Componentes das divergências ESG
Diferentes materialidades
Talvez você já tenha ouvido falar da chamada matriz de materialidade para os fatores ESG.
Caso ainda não, não se preocupe – iremos explicar o que ela é e o porquê da sua importância!
Primeiramente, o termo materialidade significa, nada mais nada menos do que o nível de
relevância. Dito isso, uma informação é material se a sua omissão ou distorção influenciar as
decisões das pessoas – de forma semelhante, uma informação é imaterial se sua omissão ou
distorção não fizer, ou fizer pouca diferença no processo decisório. Indo para o mundo ESG,
definimos algo como material se ele possui uma probabilidade razoável de impactar a
condição financeira ou o desempenho operacional de uma empresa.
Para facilitar, vamos usar um exemplo.
Quando pensamos nos bancos, podemos afirmar que a proteção e sigilo dos dados dos clientes
com certeza é um fator material, ou seja, relevante em se tratando dos bancos, de forma que
uma falha nisso pode gerar grande impacto negativo para a empresa e, consequentemente,
afetar a percepção do investidor. Por outro lado, as emissões de carbono, por sua vez, são
menos materiais para os mesmos, dado que o modelo de negócio dos bancos não implica em
alta emissão de gases e, consequentemente, não deve ser o principal fator de preocupação para
eles, assim como para os investidores.
Visando padronizar e, por consequência,
simplificar, vários foram os órgãos que
estabeleceram fatores relevantes para a
compreensão do desempenho de uma
empresa em relação aos aspectos ESG.
Nesse sentido, destacamos nesta seção
a matriz de materialidade do SASB
(Sustainable Accounting Standards
Board ou, em português, Conselho de
Padrões Contábeis de Sustentabilidade).
O SASB, além de impulsionar a agenda
ESG dos investidores institucionais,
conforme vimos anteriormente, também
realiza um importante papel em buscar
estabelecer padrões de divulgação
específicos no que se refere aos fatores
ESG que facilitem a comunicação entre
empresas e investidores sobre
informações relevantes e úteis para
decisões. Para isso, uma das atuações
mais importantes do SASB é na
identificação dos fatores materiais e
imateriais para cada um dos setores.
22
ESG de A a Z
Naturalmente, nem todos os 26 fatores definidos pelo SASB são relevantes para todas as
empresas. E é por isso que a definição da materialidade dos mesmos para cada setor e/ou
empresa se faz tão importante.
É provável que a questão seja relevante para mais de 50% das indústrias do setor
É provável que a questão seja material para menos de 50% das indústrias do setor
A questão provavelmente não será relevante para qualquer uma das indústrias do setor
A materialidade dos fatores também tem um papel importante na análise da existência ou não de
uma correlação entre a incorporação de critérios ESG e o retorno dos ativos.
No mês passado tivemos o prazer de participar, à convite da gestora Constellation Asset
Management*, de uma aula sobre liderança em sustentabilidade, com o professor da London
Business School, Ioannis Ioannou. Formado pela Yale University e Ph.D. Economia Empresarial
pela Harvard, Ioannou tem suas pesquisas focadas em Sustentabilidade e Responsabilidade
Social Corporativa (RSC).
Figura 6. Performance baseada na materialidade
Dentre os diversos aprendizados obtidos nessas do SASB
ricas horas de conversa, destacamos um estudo
de George Serafeim em parceria com Iannou.
Serafeim é professor de Administração de
Empresas em Harvard, onde também concluiu
seu doutorado, e é reconhecido mundialmente
por suas pesquisas,
Visando compreender a relação entre a
materialidade e a performance financeira, o
estudo desenvolvido por ambos baseou-se na
análise feita dos fatores materiais e imateriais
separadamente. Os resultados surpreendem!
Conforme mostra a figura 6, existe uma clara correlação entre o rating ESG em fatores
materiais, ou seja, que são relevantes para as empresas, e a performance de suas ações. Indo
além, o que mais nos chama atenção é o fato das ações que melhor performaram não serem
aquelas que apresentavam alto desempenho tanto nos fatores materiais quanto nos imateriais,
mas sim às que tinham bom desempenho nos fatores materiais, mas baixos nos imateriais!
E o que isso significa? Uma empresa que aloca tempo, recursos e energia em fatores
imateriais, ou seja, que não são relevantes para os seus negócios, terá performance pior do que
aquela que concentra seus esforços em aspectos materiais, enquanto não perde tempo
dedicando-se à questões pouco relevantes.
No fim, tudo é uma questão de trade-off, ou seja, custo de oportunidade: alocar tempo em
fatores imateriais implica, automaticamente, em deixar de gastar tempo no que importa. Isso, no
longo prazo, leva à destruição de valor.
Fonte: Khan, Mozaffar N., George Serafeim, and Aaron Yoon. "Corporate Sustainability: First Evidence on Materiality."
Harvard Business School Working Paper, No. 15-073, March 2015. * https://constellation.com.br/ 25
ESG de A a Z
Da teoria à prática
Após um intenso processo de entendimento das diferentes metodologias utilizadas por cada
uma das consultorias, entendemos que a MSCI é a melhor posicionada para nos ajudar durante
essa jornada de integração dos critérios ESG nas análises das empresas em nossa cobertura.
Enquanto vemos vários benefícios nos serviços oferecidos pelas consultorias ESG,
acreditamos que elas sozinhas podem não fornecer uma visão 100% completa da exposição
de uma empresa aos fatores ESG. Nesse sentido, acreditamos que a combinação da robusta
metodologia do MSCI, somada à opinião e olhar crítico do time de Research da XP, é muito
poderosa – e é isso que queremos fazer ao longo dos próximos meses.
Na nossa visão, as avaliações qualitativas e quantitativas dos critérios ambientais, sociais e de
governança para as empresas brasileiras se tornarão cada vez mais importantes tanto para os
investidores locais, que ainda estão atrás da curva em relação aos europeus e norte
americanos, quanto para os estrangeiros, estes que possuem pouca visibilidade do que está
sendo feito, ou não, por parte das companhias brasileiras.
É preciso que tanto as empresas, quanto os investidores, se preparem para este inevitável
movimento, que já é um caminho sem volta.
Fonte: MSCI 26
ESG de A a Z
Fonte: MSCI 27
ESG de A a Z
Visando considerar a materialidade dos critérios ESG para os diferentes setores, para cada um
deles, o MSCI atribui diferentes pesos para cada uma das 37 questões-chave. O resultado, com
isso, é que o peso do pilar E, ou seja, ambiental, varia de setor para setor.
Para chegar a um rating final da empresa, consideram-se as médias ponderadas de cada um
dos pilares e, por fim, as pontuações das companhias são normalizadas por seus setores. Os
ratings vão de AAA (melhor) para CCC (pior), conforme ilustrado na figura 8.
Fonte: MSCI 28
ESG de A a Z
Disclaimer
Este relatório de análise foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos ou XP”) de acordo com todas as exigências previstas na Instrução CVM
nº 598, de 3 de maio de 2018, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não
constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório são consideradas válidas na
data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A XP Investimentos não se responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no
presente relatório.
Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil de investidor.
O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram produzidas de
forma independente, inclusive em relação à XP Investimentos e que estão sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de
mercado, e que sua(s) remuneração(es) é(são) indiretamente influenciada por receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela XP
Investimentos.
O analista responsável pelo conteúdo deste relatório e pelo cumprimento da Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de
mais um analista no relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório.
Os analistas da XP Investimentos estão obrigados ao cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores
Mobiliários e na Política de Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários da XP Investimentos.
O atendimento de nossos clientes é realizado por empregados da XP Investimentos ou por agentes autônomos de investimento que desempenham suas atividades
por meio da XP, em conformidade com a ICVM nº 497/2011, os quais encontram-se registrados na Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e
Valores Mobiliários – ANCORD. O agente autônomo de investimento não pode realizar consultoria, administração ou gestão de patrimônio de clientes, devendo atuar
como intermediário e solicitar autorização prévia do cliente para a realização de qualquer operação no mercado de capitais.
Os produtos apresentados neste relatório podem não ser adequados para todos os tipos de cliente. Antes de qualquer decisão, os clientes deverão realizar o
processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este material não sugere qualquer alteração de
carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado perfil de investidor.
A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço ou valor pode aumentar ou diminuir num curto espaço de tempo. Os desempenhos
anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. As informações presentes neste material
são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes.
Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo
também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o
prévio consentimento expresso da XP Investimentos.
SAC. 0800 77 20202. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as
soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710.
O custo da operação e a política de cobrança estão definidos nas tabelas de custos operacionais disponibilizadas no site da XP Investimentos: www.xpi.com.br.
A XP Investimentos se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu
conteúdo.
A Avaliação Técnica e a Avaliação de Fundamentos seguem diferentes metodologias de análise. A Análise Técnica é executada seguindo conceitos como tendência,
suporte, resistência, candles, volumes, médias móveis entre outros. Já a Análise Fundamentalista utiliza como informação os resultados divulgados pelas
companhias emissoras e suas projeções. Desta forma, as opiniões dos Analistas Fundamentalistas, que buscam os melhores retornos dadas as condições de
mercado, o cenário macroeconômico e os eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam identificar os
movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas.
O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos Ação é
uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é
preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são
necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a
desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento,
podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer
garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto
O investimento em opções é preferencialmente indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP
Investimentos. No mercado de opções, são negociados direitos de compra ou venda de um bem por preço fixado em data futura, devendo o adquirente do direito
negociado pagar um prêmio ao vendedor tal como num acordo seguro. As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem
altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o
investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto.
O investimento em termos é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. São contratos
para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é
livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma
parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de
garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem.
O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos, e por isso é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com
a política de suitability praticada pela XP Investimentos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo,
podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de
oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está
garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.
ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ATIVIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE
INVESTIMENTO NO VAREJO.
30
31