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demandas judiciais e
procedimentos
administrativos
Unidade I
AÇÕES POSSESSÓRIAS
Aula 3
Classificação da posse
A) Quanto ao tempo:
O possuidor pede ao Juiz que devolva o que lhe foi tomado. Esta
ação cabe também quando o inquilino não devolve a coisa ao
término do contrato, ou quando o comodatário não devolve ao
término do empréstimo.
uma ação pode substituir a outra (ex.: entra com o interdito mas
quando o Juiz vai despachar já houve esbulho, não tem problema,
554, CPC/15), além disso o direito é mais importante do que o
processo. Se sua posse foi violada e o direito protege a posse das
pessoas, existe uma ação para garantir essa proteção, afinal o direito
é mais importante do que o processo. Para qualquer direito existe
uma ação (processual) para assegurar, garantir, esse direito.
A) Usar (jus utendi): é a possibilidade conferida ao proprietário para que ele possa
se servir da coisa e ter a mesma à sua disposição.
Para a doutrina mais moderna, aquele que tem o direito de usar também poderia
extrair da coisa os seus frutos naturais.
O uso jurídico não deve ser confundido com o uso material da coisa. Se o
proprietário resolve transmitir somente o uso do bem a um terceiro, ele poderá
instituir um direito real de uso (Arts. 1.412 e seguintes, CC/02).
Mas será possível transferir o uso da coisa para terceiro sem instituir direito
real, como por exemplo, através de contratos como a locação, o comodato e o
arrendamento.
1 MENEZES, Rafael de. Direitos Reais – Efeitos da Posse. UFSC Website, 16 nov. 2011. Disponível em:
http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direitos-reais-efeitos-da-posse
Pós-Graduação “lato sensu” | Advocacia Imobiliária: demandas judiciais e
procedimentos administrativos
Profª. Dra. Núbia Elizabette de Paula
Frutos e produtos são expressões que não se equivalem. Os frutos são aqueles
acessórios que se retira da coisa com periodicidade, sem gerar esgotamento do bem
principal. Os frutos podem ser naturais (retirados diretamente da natureza),
industriais (quando o homem usa os frutos naturais e os trabalha) ou civis (aluguéis,
juros remuneratórios ou compensatórios). Os produtos não são retirados de maneira
periódica, mas de uma só vez, pois geram o esgotamento do bem principal. Ex.:
minerais. Não existe direito real de gozo, sendo certo que se quiser transferir o poder
de fruição para um terceiro, necessariamente ele irá agregado ao direito de uso,
criando o usufruto, ou então a servidão.
3º Caso: O possuidor que não é proprietário - qualquer agressão à posse, neste caso,
só poderá ensejar ação possessória, já que não há fundamento para a
reivindicatória. Se a injusta agressão à posse for promovida pelo
proprietário na defesa de sua condição, ainda assim o possuidor sairá
vitorioso na possessória (valorização da posse em detrimento do direito de
propriedade).
Ainda é importante ressaltar que o que foi decidido na ação possessória não
fará coisa julgada no âmbito da ação reivindicatória, pois as causas de pedir são
diversas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MENEZES, Rafael de. Direitos Reais – Efeitos da Posse. UFSC Website, 16 nov. 2011.
Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direitos-reais-efeitos-da-
posse