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Trabalho de Agro-Pecuária
Discentes: Docente:
Letícia Victor Titos Reis Timóteo Ruí Bernardo
Betinha das Neves
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2.2.3.Doenças causadas por vírus............................................................................................ 15
2.2.3.1.Cucumber mosaic vírus em Alstroméria ..................................................................... 15
2.2.3.1.1.Controlo.................................................................................................................... 15
2.2.3.2.Tobacco streak virus (TSV) ....................................................................................... 15
2.2.3.2.1.Controlo.................................................................................................................... 15
2.2.3.3.Hippestrum mosaic virus (HiMV), gênero Potyvirus.................................................. 15
2.2.3.3.1.Controlo.................................................................................................................... 15
2.2.3.4.Dasheen mosaic virus (DsMV), género Potyvirus. ..................................................... 15
2.2.3.4.1.Controlo.................................................................................................................... 15
2.2.3.5.Tomato mosaic virus (ToMV), gênero Tobamovirus.................................................. 16
2.2.3.5.1.Controlo.................................................................................................................... 16
2.2.4.Importância das doenças das plantas .............................................................................. 16
III.CONCLUSÃO ................................................................................................................... 17
IV.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 18
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I.INTRODUÇÃO
Várias são as medidas que podem ser adoptadas para evitar a ocorrência de doenças em
plantas ou mesmo reduzir seu impacto no produto comercial. A observação harmoniosa
de um conjunto de medidas de controlo, também conhecido como controle integrado,
tem como objectivo principal a redução da necessidade do uso de agro-tóxicos. Para que
as doenças sejam bem controladas é necessário que a cultura seja bem conduzida, ou
seja, que a planta não esteja sujeita a estreses provocados por factores diversos, tais
como época de plantio desfavorável, adubação desbalanceada, ferimentos nas plantas,
competição com plantas daninhas e o uso de cultivares não adaptadas ao clima.
O trabalho em questão tem como objectivo abordar sobre doenças provocadas por
fungos, bactérias e vírus nas plantas, especificamente, descrever as doenças provocadas
por fungos, bactérias e vírus nas plantas, apresentar a importância das doenças
provocadas por fungos, bactérias e vírus e identificar os microorganismos causadores
das doenças nas plantas.
1.1.Objectivos:
1.1.1.Geral:
Abordar sobre doenças provocadas por fungos, bactérias e vírus nas plantas;
1.1.2.Específicos:
Descrever as doenças provocadas por fungos, bactérias e vírus nas plantas;
Apresentar a importância das doenças provocadas por fungos, bactérias e vírus;
Identificar os microorganismos causadores das doenças nas plantas;
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II.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Dentre estes factores, deve ser dada atenção especial ao tipo de solo e modo de
irrigação. Plantas de pimenta são muito sensíveis a solos encharcados e morrem
prematuramente por esta causa. O controlo de doenças de plantas é, mais que tudo,
„medicina preventiva‟, ou seja, a estrita observação de medidas que devem ser
adoptadas antes mesmo do plantio.
2.1.1.Conceitos importantes
Agrios, (1988): “Doença é o mal funcionamento de células e tecidos do hospedeiro que
resulta da sua contínua irritação por um agente patogénico ou factor ambiental e que
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conduz ao desenvolvimento de sintomas. Doença é uma condição envolvendo mudanças
anormais na forma, fisiologia, integridade ou comportamento da planta. Tais mudanças
podem resultar em dano parcial ou morte da planta ou de suas partes”.
Dano potencial se refere ao dano que pode ocorrer na ausência de medidas de controlo.
Enquanto dano Real se refere ao dano que já ocorreu ou que ainda está ocorrendo e
divide-se em dois grupos: dano indirecto e dano directo.
Danos directos são os que incidem na quantidade ou qualidade do produto ou, ainda, na
capacidade futura de produção, dividindo-se em dois grupos: danos primários e danos
secundários.
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Danos secundários são os danos na capacidade futura de produção causados pelas
doenças, sendo comuns quando o patógeno é veiculado pelo solo ou disseminado por
órgãos de propagação vegetativa de seu hospedeiro.
2.2.1.1.1.Controle
Não fazer a sementeira em solo anteriormente cultivado com solanáceas;
Usar substrato comercial e bandejas de isopor novas ou desinfestadas com água
sanitária para a produção de mudas; no caso de se usar saquinhos para produzir
as mudas, utilizar solo esterilizado;
Irrigar com moderação, pois os fungos envolvidos no tombamento são
favorecidos por alta humidade;
Produzir as mudas em local ventilado, de preferência em casa de vegetação ou
telado. A bancada deve ser ripada ou telada, para permitir o escorrimento do
excesso da água de irrigação;
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Usar água de boa qualidade para irrigação, que não tenha possibilidade de ter
sido contaminada até chegar à propriedade.
2.2.1.2.1.Controle
Usar solo ou substrato esterilizado para produzir mudas;
Evitar plantios em períodos quentes e úmidos do ano;
Plantar em local bem ventilado;
Plantar em solos bem drenados, não sujeitos a encharcamento;
Em época de chuvas, plantar em camalhões, que evitam o acúmulo de água no
pé da planta;
Fazer um manejo adequado da irrigação, evitando fornecer excesso de água à
planta;
Fazer rotação de culturas, de preferência com gramíneas. As cucurbitáceas
(abóbora, moranga, melancia, melão) devem ser evitadas por serem também
atacadas pelo patógeno.
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2.2.1.3.1.Controlo
Plantar sementes de boa qualidade, adquirida de firma idónea, ou mudas
comprovadamente sadias;
Evitar o plantio próximo a culturas velhas;
Pulverizar preventivamente com fungicidas registados para a cultura;
Adubar correctamente a plantação, com base em análise de solo;
Fazer um bom manejo da irrigação, evitando aplicar excesso de água,
adoptando-se o sistema de gotejamento;
Evitar plantios em épocas com alta intensidade de chuva, especialmente quando
a temperatura for alta;
Eliminar os restos de cultura logo após a última colheita;
Fazer rotação de culturas por, pelo menos, um ano.
2.2.1.4.1.Controlo
Fazer o plantio menos adensado em época favorável à doença, para permitir
melhor ventilação entre as plantas;
Fazer um manejo adequado da irrigação, evitando excesso de água. A irrigação
por gotejamento, por não provocar o molhamento da parte aérea, reduz
drasticamente a-chance de aparecimento da doença;
Pulverizar preventivamente a cultura no início de frutificação com fungicidas
registados;
Destruir os restos culturais imediatamente após a última colheita;
Fazer rotação de culturas, de preferência com gramíneas.
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2.2.1.5.Oídio - Oidiopsis taurica
Ataca com maior intensidade os cultivos irrigados por gotejamento. Inicialmente, são
observadas manchas cloróticas na superfície superior das folhas. Sob condições
favoráveis à doença, estas manchas tornam-se necróticas ou com muitas pontuações
negras, com formato pouco definido. A superfície inferior da folha fica recoberta com
estruturas esbranquiçadas do fungo, podendo levar a uma clorose geral da folha.
Entretanto, pode ocorrer clorose e necrose sem que se perceba claramente o „pó branco‟,
dificultando o diagnóstico da doença. Folhas muito atacadas podem cair, e os frutos não
são atacados pela doença.
2.2.1.5.1.Controlo
Evitar plantar nas proximidades de plantas velhas de pimentão ou tomate;
Adubar correctamente as planta, de acordo com análise do solo;
Fazer irrigação por aspersão, levando-se em conta que esta técnica pode
intensificar o ataque de outras doenças;
Pulverizar preventivamente com fungicidas registados;
Destruir os restos culturais logo após a última colheita.
2.2.1.6.1.Controlo
Fazer rotação de culturas, preferencialmente com gramíneas;
Evitar plantios em áreas pouco ventiladas;
Não plantar próximo a cultivos velhos de pimentão;
Adubar a planta com base em análise de solo;
Manejar a irrigação, evitando-se excesso de água.
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2.2.2. Doenças provocadas bactérias
2.2.2.1.1.Controlo
Escolher a área de plantio, que não deve ter histórico da doença em solanáceas
ou em outras hospedeiras de R. solanacearum;
Evitar a contaminação do solo através de pessoal e máquinas que transitam por
áreas contaminadas;
Plantar em solos com boa drenagem, não sujeitos a encharcamento;
Plantar nas épocas menos quentes do ano;
Não irrigar em excesso;
Evitar ferimentos nas raízes e na base da planta;
Arrancar, colocar em saco de plástico e retirar do campo as plantas com
sintomas iniciais de murcha, espalhando aproximadamente 100 gramas de cal
virgem na superfície da cova vazia;
Evitar o uso de plástico preto como cobertura do solo durante o verão, porque
mantém a temperatura e a humidade do solo excessivamente elevadas.
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2.2.2.2.Mancha-bacteriana (pústula-bacteriana) -Xanthomonas
campestris pv. vesicatoria
É comum em locais onde prevalecem altas temperatura e humidade, como no período de
verão. Chuvas de vento seguidas de nebulosidade prolongada favorecem a
disseminação, a penetração e a multiplicação da bactéria, resultando em ataques severos
da doença. Os sintomas mais visíveis aparecem em plantas adultas. As folhas mais
velhas são as mais atacadas e apresentam lesões de formato irregular, de cor verde-
escura e com aspecto encharcado. Sob condições favoráveis à doença, as lesões formam
manchas grandes e com aspecto „melado‟ nas folhas. As folhas atacadas amarelecem e
caem, sendo esta uma das características mais marcantes da doença. A desfolha
provocada pela doença ocorre de baixo para cima. Nos frutos, a bactéria causa manchas
similares a verrugas, inicialmente esbranquiçadas e depois com os centros escurecidos.
2.2.2.2.1.Controlo
Plantar sementes e mudas isentas do patógeno, produzidas por firmas idóneas;
Evitar plantios em épocas quentes e sujeitas a chuvas frequentes;
Não usar sementes provenientes de lavouras em que houve ocorrência da
doença;
Não irrigar em excesso, principalmente por aspersão;
Pulverizar preventivamente com fungicidas cúpricos, que também têm acção
bactericida;
Destruir os restos culturais logo após a última colheita;
Fazer rotação de culturas, de preferência com gramíneas.
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2.2.2.3.1.Controlo
Evitar plantio em locais muito úmidos, especialmente durante o verão;
Evitar o excesso de água na irrigação;
Evitar ferimentos na planta durante os tratos culturais e nos frutos na colheita,
transporte e comercialização;
Adubar correctamente a cultura, de acordo com a análise do solo. O excesso de
nitrogénio promove crescimento exagerado da folhagem, formando um ambiente
favorável à doença;
Pulverizar com fungicidas cúpricos, principalmente quando houver ferimentos
nas plantas, como após amarrio, desbrota ou a ocorrência de granizo;
Controlar insetos que provocam ferimentos nos frutos;
Após a colheita, manter os frutos secos e em local bem ventilado.
2.2.2.4.1.Controlo
Quanto ao controlo, como Rhizobium radiobacter é patógeno de solo, deve-se
tomar cuidado especial com a água de irrigação, visto que ela pode veicular a
bactéria a longas distâncias.
Por esse motivo, não é recomendado o emprego de água que tenha passado por
propriedades sabidamente infectadas por R. radiobacter.
Também, as ferramentas utilizadas nas operações de poda e desbaste devem ser
periodicamente desinfestadas com solução aquosa de água sanitária a 10%,
amónia quaternária a 0,1% ou álcool 70%.
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Na formação de mudas, deve-se ter atenção especial com o substrato de
enraizamento, usando material isento da bactéria ou esterilizado. Estacas e
gemas utilizadas devem ser provenientes de plantas comprovadamente sadias;
Devem ser feitas inspecções periódicas nos viveiros, visando à eliminação de
plantas com sintomas de galhas;
Evitar o plantio em estufas ou bandejas nas quais já tenha ocorrido a doença, a
menos que\ tais locais já tenham sido devidamente desinfestados e mesmo assim
dar preferência para variedades resistentes ou menos susceptíveis;
Em regiões onde o solo apresentar alto potencial de inóculo, proceder à rotação
de culturas, evitando o plantio de rosa ou de outras plantas susceptíveis locais,
por um período de 3 a 5 anos.
2.2.2.5.1.Controlo
As medidas de controlo são preventivas como:
2.2.3.1.1.Controlo
Eliminação de plantas com sintomas;
Utilização de material propagativo livre de vírus;
Controle do vector (afídeo).
2.2.3.2.1.Controlo
Eliminação de plantas com sintomas;
Utilização de material propagativo livre de vírus;
Controle do vector (tripes).
2.2.3.3.1.Controlo
Eliminação de bulbos e plantas com sintomas;
Utilização de material propagativo livre de vírus;
Controlo do vector (afídeo).
2.2.3.4.1.Controlo
Eliminação de plantas com sintomas;
Utilização de material propagativo livre de vírus;
Controlo do vector (afídeo).
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2.2.3.5.Tomato mosaic virus (ToMV), gênero Tobamovirus
Beijo (Impatiens hawkeri).
2.2.3.5.1.Controlo
Como é um vírus que se apresenta em altas concentrações nas células e é
bastante estável, deve-se realizar a desinfecção de instrumentos de poda, vasos e
solo;
Evitar contacto de planta sadia com planta doente;
Eliminar plantas com sintomas e utilizar material propagativo livre de vírus.
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III.CONCLUSÃO
Ao concluir o presente trabalho percebeu-se que Doenças de plantas são anormalidades
provocadas geralmente por microrganismos, como bactérias, fungos, nematóides e
vírus, mas podem ainda ser causadas por falta ou excesso de factores essenciais para o
crescimento das plantas, tais como nutrientes, água e luz. Neste caso, são também
conhecidas como distúrbios fisiológicos. E doença de planta é um processo dinâmico,
no qual hospedeiro e patógeno, em íntima relação com o ambiente, se influenciam
mutuamente, do que resultam modificações morfológicas e fisiológicas.
E por fim pode se constatar que a importância das doenças das plantas são limitar os
tipos ou variedades de plantas que podem desenvolver em determinada área geográfica,
ao destruir as plantas de certas espécies ou variedades que são muito susceptíveis a uma
doença em particular, tornar as plantas venenosas ao homem e animais e por fim
reduzem a quantidade e a qualidade dos produtos vegetais.
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IV.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. AGRIOS, G.N. Control of plant diseases. In: AGRIOS, G.N. Plant Pathology.
4th ed. San Diego: Academic Press, 1997. p.171-221
2. AGROFIT . Informações De Produto Fitossanitários Registrados No Ministério
Da Agricultura. [CDROM]. Brasília: Ministério da Agricultura,1998.
3. ANDREI, E. Compêndio De Defensivos Agrícolas. 6. ed. São Paulo:
Organização Andrei, 1997. 458p.
4. CHAUBE, H.S.; SINGH, U.S. Chemical control. In: CHAUBE, H.S.; SINGH,
U.S. Plant Disease Management: Principles And Practices. Boca Raton: CRC
Press, 1991. p.227-304.
5. GAUMANN, (1946): (Eds.). Fungicide Resistance In Crop Protection.
Wageningen: PUDOC, 320p.
6. JONES, D. A.; KERR, A. Agrobacterium radiobacter strain K1026, a
genetically engineered derivative of strain K84, for biological control of crown
gall. Plant Disease, St. Paul, v. 73, p. 15-18, 1989.
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