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INSTITUTO POLITÉCNICO ISLÂMICO DE

MOÇAMBIQUE

CURSO TÉCNICO DE SAÚDE MATERNO INFANTIL

Trabalho de 1º grupo

ORALIDADE

Discentes:
Abiba Miguel Lopes
Carliza Jacinto José
Gervasia Francisco Noronha
Leocádia de Sousa Siaca
Josefa Benjamim Evaristo

Quelimane, Março de 2023


Discentes:

Abiba Miguel Lopes

Carliza Jacinto José

Gervasia Francisco Noronha

Leocádia de Sousa Siaca

Josefa Benjamim Evaristo

ORALIDADE

Trabalho de Carácter avaliativo de Técnica de


Expressão em Língua Portuguesa, a ser submetido
na Coordenação do Curso de Técnico de Saúde
Materno.
Docente: Alima Omar

Quelimane, Março de 2023

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Índice
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4
1.1. Introdução .......................................................................................................................... 4
1.2. Objectivos .......................................................................................................................... 5
1.2.1. Objectivo Geral: .............................................................................................................. 5
1.2.2. Objectivos específicos: .................................................................................................... 5
1.3. Métodos e Técnicas de Pesquisa ........................................................................................ 5
CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 6
2.1.Fundamentação da literatura ............................................................................................... 6
2.2.Oralidade ............................................................................................................................. 6
2.2.1.Tipos................................................................................................................................. 7
2.2.1.1.Oralidade primária......................................................................................................... 7
2.2.1.2.Oralidade secundária ..................................................................................................... 8
2.2.2.carateristicas ..................................................................................................................... 8
2.2.3.Etapas e fases ................................................................................................................... 8
2.2.3.1.Etapas ............................................................................................................................ 8
2.2.3.2.Fases .............................................................................................................................. 9
2.2.3.2.1.Oralidade inicial ......................................................................................................... 9
2.2.3.2.2.Oralidade não inicial .................................................................................................. 9
CAPITULO III. CONCLUSÃO .............................................................................................. 10
3.1.Considerações Finais ......................................................................................................... 10
CAPITULO IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 11
4.1.Bibliografia ....................................................................................................................... 11

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CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO

1.1. Introdução
O presente trabalho pretende-se abordar sobre oralidade, que é a prática de uso
da língua natural por meio da produção sonora, em diversos géneros de texto orais, nos
mais diferentes contextos e níveis de formalidade. Nela, estaria inclusa a fala (forma de
produção textual por meio de sons articulados e de significados), acompanhada de
outros aspectos como a prosódia, os gestos, a expressão facial, os movimentos
corporais, entre outros.

É considerada, também, como a transmissão oral dos conhecimentos


armazenados na memória humana. Antes do surgimento da (3.000 a.C., com entrada no
mundo ocidental por volta de 600 a.C.), grande parte dos conhecimentos eram
transmitidos oralmente, sendo, pois, o principal meio de comunicação entre os homens.
As memória auditiva e visual eram os únicos recursos de que dispunham as culturas
orais para o armazenamento e a transmissão do conhecimento às futuras gerações (de
uma geração a outra.

A tradição oral, na Grécia Antiga, era de extrema importância no ensino da arte da


retórica, a arte de falar bem em público. Os sofistas da Grécia do século V diziam que a
retórica era a fonte de uma base racional para eficazes desempenhos. O princípio
fundamental de tal arte (a retórica) era basicamente demonstrar a capacidade do orador
de refutar ou demonstrar um argumento. O altar, durante a Idade Média na Europa
Ocidental, mais do que o púlpito, tomava o lugar de importância no centro das igrejas.
Os sermões e as pregações nas ruas e praças eram exemplos da importância do discurso
oral para a Igreja

Para a clarificação dos objectivos que norteiam este trabalho, a sua estrutura
geral apresenta-se em capítulos: No capítulo I: fez-se o enquadramento teórico, partindo
dos objectivos, e recorrendo assim a metodologia utilizada. O capítulo II: é dedicado a
fundamentação teórica do trabalho, onde fez uma abordagem partindo dos conceitos
básicos. No capítulo III: são conclusões tiradas no exercício da realização do trabalho
ou seja nas leituras feitas após o termo do trabalho.

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1.2. Objectivos
Segundo Libâneo (2005), os objectivos antecipam os resultados e processos
esperados do trabalho, expressando conhecimentos, habilidades e hábitos (conteúdo) a
serem assimilados de acordo as exigências metodológicas.

1.2.1. Objectivo Geral:


Abordar sobre Oralidade;

1.2.2. Objectivos específicos:


Conhecer a oralidade;
Mencionar os tipos de oralidade e suas características;
Apresentar as etapas e fases da oralidade.

1.3. Métodos e Técnicas de Pesquisa


Segundo Lakatos & Marconi (1999), método é uma forma de pensar para chegar a
natureza dum determinado problema quer seja para estuda-lo quer seja para explica-lo.
Para a realização deste trabalha usar-se-á o seguinte método:

 Método Bibliográfico: Segundo Lakatos & Marconi (2010), “a pesquisa


bibliográfica é desenvolvida com base nos livros e artigos científicos (…), a
principal vantagem desta pesquisa reside no facto de permitir ao investigador a
cobertura de uma gama de fenómenos muito amplos.”

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CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1.Fundamentação da literatura
A tradição oral, na Grécia Antiga, era de extrema importância no ensino da arte
da retórica, a arte de falar bem em público. Os sofistas da Grécia do século V diziam
que a retórica era a fonte de uma base racional para eficazes desempenhos. O princípio
fundamental de tal arte (a retórica) era basicamente demonstrar a capacidade do orador
de refutar ou demonstrar um argumento. O altar, durante a Idade Média na Europa
Ocidental, mais do que o púlpito, tomava o lugar de importância no centro das igrejas.
Os sermões e as pregações nas ruas e praças eram exemplos da importância do discurso
oral para a Igreja (Chaer, 2012).

Não só ela, mas também os grandes governantes perceberam o poder da


comunicação oral, sendo um exemplo disso o discurso da rainha Elizabeth I sobre a
necessidade de "sintonizar os púlpitos". Assim, partindo da premissa de Isabel I de
Inglaterra, Carlos I declarou que em períodos nos quais há ausência de guerras as
pessoas são mais governadas pelo púlpito do que por espadas.

No século XV, o desenvolvimento do comércio mudou consideravelmente a


comunicação oral, pois o aumento no intercâmbio de mercadorias e o nascimento das
bolsas comerciais criavam o ambiente perfeito para a prática oral. As inovações do
período permitiram a efervescência de bares, cafés, tabernas e clubes, espaços onde a
prática oral, através dos discursos e debates, era essencial. Tais locais de debate foram,
desta forma, o ambiente propício para, a partir do século XVII, desenvolver o que
denominamos de "esfera pública".

A Universidade sempre foi outro ambiente propício e favorável ao uso da


oralidade, pois a arte da retórica era de grande valor neste espaço, tendo em vista que
era através de debates formais, declarações e disputas que os estudantes eram ensinados
e estimulados ao aprendizado. Uma forte influência e consequência deste uso é que a
maioria dos estilos literários, já no século XIX, derivava da retórica académica (Chaer,
2012).

2.2.Oralidade
É a prática de uso da língua natural por meio da produção sonora, em diversos géneros
de texto orais, nos mais diferentes contextos e níveis de formalidade. Nela, estaria

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inclusa a fala (forma de produção textual por meio de sons articulados e de
significados), acompanhada de outros aspectos como a prosódia, os gestos, a expressão
facial, os movimentos corporais, entre outros (Craidy, 2001).

2.2.1.Tipos
Com base Craidy, (2001) destaca que a oralidade, estudada por inúmeros especialistas, é
dividida em dois tipos: primária e secundária. Essas duas concepções de oralidade
podem ser encontradas em obras como "As Tecnologias da Inteligência: O Futuro do
pensamento na Era da Informática" do filósofo francês, Pierre Lévy, e "Oralidade e
Cultura Escrita A Tecnologização da Palavra" de Walter J. Ong, sendo, no entanto,
abordadas de maneiras diferentes por cada especialista, pois tiveram seu destaque em
momentos históricos distintos. Os tipos de oralidade são:

1. Oralidade secundária;
2. Oralidade primária.

2.2.1.1.Oralidade primária
De acordo com Ferreira et al, (2003).Os elementos técnicos condicionam as
formas de pensamento ou as temporalidades de uma sociedade. Isso quer dizer que uma
sociedade que não possui influências da escrita ou da impressão organiza-se de uma
forma diferente de uma outra que possua tais influências. A oralidade primária é o tipo
de oralidade que não é influenciada de nenhuma forma pela escrita ou pela impressão,
pois não possui contacto com as mesmas. Nessas sociedades, a palavra tem como
função básica a gestão da memória social, e, desta forma, o edifício cultural estaria
fundado sobre as lembranças dos indivíduos (Ferreira, 2003).

Uma característica importante da comunicação oral é que ela não deixa resíduos
tácteis. Isto é, uma sociedade puramente oral não possui registros e se baseia totalmente
na memória. A memória humana não corresponde a um equipamento de armazenamento
e recuperação fiel das informações, pois há, muitas vezes, dificuldades para diferenciar
as mensagens originais que recebemos das relações e associações que fazemos a elas.

Apesar da grande diversidade técnica das últimas décadas, há uma persistência da


oralidade primária nas sociedades modernas, visto que as "representações e maneiras de
ser ainda são transmitidas independentemente dos circuitos de escrita e dos meios de

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comunicação electrónicos". Ou seja, a maior parte dos conhecimentos adquiridos
experimentalmente ainda são repassados por meio da oralidade (Ferreira, 2003).

2.2.1.2.Oralidade secundária
A oralidade secundária pertencente às culturas electrónicas que dependem directamente
da cultura escrita e da impressão. O facto de ainda falarmos hoje está directamente
ligado à oralidade secundária. Apesar de muitas culturas altamente desenvolvidas a
nível tecnológico ainda apresentarem muito da estrutura mental oriunda da oralidade
primária, a existência de sociedades que ainda não tiveram contacto com a escrita é rara
actualmente. Diante disso, é difícil imaginar uma tradição puramente oral ou a oralidade
primária de forma significativa, pois a tradição oral não possui resíduos ou depósitos e
não pode ser tocada (Gil, 2002).

2.2.2.carateristicas
Segundo Oliveira, (2003), cita que a linguagem oral, de forma alguma, pode ser
considerada errada. Ela é uma variação linguística. Utilizada sob determinados
contextos, a fala é um recurso mais prático, rápido e seu objectivo é um só: transmitir
uma mensagem. Dessa maneira, a oralidade explora algumas características próprias,
tais como:

 Ideia de maior proximidade entre locutor e receptor;


 Relação directa entre falantes;
 Contexto interfere;
 Uso de recursos extralinguísticos, tais como: gestos, expressões faciais, postura,
entonação;
 Possibilidade de refazer a mensagem, caso não seja interpretada adequadamente;
 Transmissão maior de ideias, reflexões e emoções;
 Preocupação maior com a assimilação da mensagem do que a forma que ela será
transmitida. (Oliveira, 2003).

2.2.3.Etapas e fases

2.2.3.1.Etapas
O processo de ensino-aprendizagem da oralidade deve ter em conta as seguinte etapas:

 Audição, pelos alunos, de frases dita pelo professor;

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 Repetição, pelos alunos das mesmas frases imitando o professor;
 Comunicação com os colegas usando as mesmas frases aprendidas.

2.2.3.2.Fases
O processo de ensino-aprendizagem da oralidade está organizado em duas fases:
a oralidade inicial, e a oralidade não inicial (Oliveira, 2003).

2.2.3.2.1.Oralidade inicial
A oralidade inicial é a fase de aquisição do vocabulário básico que vai auxiliar o aluno
na descodificação e produção de mensagens simples na língua veicular do ensino-
aprendizagem (Rego, 2003).

2.2.3.2.2.Oralidade não inicial


Segundo Oliveira et al, (2011) afirma a oralidade não inicial é a fase em que os
conhecimentos adquiridos na fase anterior são usados para motivar e apoiar a
aprendizagem da leitura e da escrita e, ainda, para o desenvolvimento da compreensão e
expressão orais. Esta fase é composta por quatro etapas, nomeadamente:

1.ª Etapa: Oralidade na iniciação da leitura e da escrita: é a etapa em que os


alunos fazem a interligação da oralidade e da escrita, isto é, os alunos começam a
registar por escrito o que já sabem dizer oralmente;

2.ª Etapa: Oralidade na consolidação da leitura e da escrita: nesta etapa os


alunos trabalham a oralidade ao serviço da consolidação da leitura e da escrita.

3.ª Etapa: Oralidade no desenvolvimento da leitura e da escrita: nesta etapa


os alunos trabalham a oralidade ao serviço do desenvolvimento da leitura e da escrita.

4.ª Etapa: Oralidade pela oralidade: nesta etapa trabalha-se a oralidade para que o
aluno adquira capacidade crescente de compreensão e expressão orais (Oliveira et al,
2011).

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CAPITULO III. CONCLUSÃO

3.1.Considerações Finais
Ao terminar o presente trabalho pode-se verificar que oralidade nela, estaria
inclusa a fala (forma de produção textual por meio de sons articulados e de
significados), acompanhada de outros aspectos como a prosódia, os gestos, a expressão
facial, os movimentos corporais, entre outros.

Oralidade primária aqui, os elementos técnicos condicionam as formas de


pensamento ou as temporalidades de uma sociedade. Isso quer dizer que uma sociedade
que não possui influências da escrita ou da impressão organiza-se de uma forma
diferente de uma outra que possua tais influências. A oralidade primária é o tipo de
oralidade que não é influenciada de nenhuma forma pela escrita ou pela impressão, pois
não possui contacto com as mesmas, A oralidade secundária pertencente às culturas
electrónicas que dependem directamente da cultura escrita e da impressão. Também
percebeu-se que as características são Ideia de maior proximidade entre locutor e
receptor, Relação directa entre falantes e Contexto interfere.

Por fim pode-se constatar que as etapas da oralidade são etapas seguintes
audição, pelos alunos, de frases dita pelo professor, Repetição, pelos alunos das mesmas
frases imitando o professor e Comunicação com os colegas usando as mesmas frases
aprendidas. E também que as fases são a oralidade inicial, e a oralidade não inicial.

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CAPITULO IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

4.1.Bibliografia
CHAER, Mirella Ribeiro; GUIMARÃES, Edite da Glória Amorim. A
Importância Da Oralidade: Educação Infantil E Séries Iniciais Do Ensino
Fundamental. Pergaminho, (3): p. 71-88, nov. 2012.

CRAIDY, Carmen Maria; KAERCHER, Gládis E. Educação Infantil: Pra Que


Te Quero? Porto Alegre. Artmed. 2001. Cap.12, p.135-151.

FERREIRA, Maria Clotilde Rossetti; MELO, Ana Maria. (Orgs.). Os Fazeres


Da Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 2003.

GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos De Pesquisa. 4.ed. São Paulo:
Atlas, 2002.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes; MELLO, Ana Maria; VITÓRIA, Telma;


FERREIRA, Maria Clotilde Rossetti. Creches: Crianças, Faz De Conta & Cia.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: Aprendizado E Desenvolvimento Um


Processo Sócio-Histórico.4° ed. São Paulo: editora Scipione, 2003.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: Uma Perspectiva Histórico-Cultural Da


Educação.15°ed. Petrópolis: editora Vozes, 2003

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