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Sumário
APOSTILA – FILOSOFIA E LINGUAGEM Erro! Indicador não definido.
INTRODUÇÃO 4
O que é Filosofia 5
Linguagem 7
Filosofia da linguagem 23
CONCLUSÃO 56
REFERENCIAS 57
2
FACUMINAS
3
INTRODUÇÃO
4
O que é Filosofia
5
Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é
intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do
homem em relação ao universo e seu próprio ser.
Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado
da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser.
A filosofia pode ser dividida em vários ramos. A “filosofia do ser”, por exemplo,
inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas.
Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas
teorias que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje.
Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas
da filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.
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Nos dias de hoje a palavra "filosofia" é muitas vezes usada para descrever um
conjunto de ideias ou atitudes, como por exemplo: "filosofia de vida", "filosofia
política", "filosofia da educação", "filosofia do reggae" e etc.
Origem da Filosofia
A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, por volta do século VI a.C. Naquela época,
a Grécia era um centro cultural importante e recebia influências de várias partes do
mundo.
Linguagem
7
Arnold Lakhovsky, A conversação (1935)
Atualmente, entre 3000 e 6000 línguas são usadas pela espécie humana, e um
número muito maior era usado no passado. As línguas naturais são os exemplos mais
marcantes que temos de linguagem. Outros tipos de linguagem se baseiam na
observação visual e auditiva, como as línguas de sinais e a escrita. Os códigos e
outros sistemas de comunicação construídos artificialmente, como aqueles usados
para programação de computadores, também podem ser chamados de linguagens –
a linguagem, nesse sentido, é um sistema de sinais para codificação e decodificação
de informações. A palavra portuguesa deriva do francês antigo langage.[nota 1] Quando
usada como um conceito geral, a palavra "linguagem" refere-se a uma faculdade
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cognitiva que permite aos seres humanos aprender e usar sistemas de comunicação
complexos.
9
visuais para representar os sons das línguas faladas, mas elas ainda necessitam de
regras sintáticas que governem a produção de sentido a partir da sequências das
palavras. As línguas evoluem e se diversificam ao longo do tempo. Por isso, sendo a
língua uma realidade essencialmente variável, não há formas de falar intrinsecamente
erradas. A noção de certo e errado tem origem na sociedade, não na estrutura da
língua.[7][8][9]
Definições
10
Faculdades mentais, órgãos do corpo ou instintos[
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da linguística atual. Alguns adeptos dessa teoria têm defendido uma abordagem
formal para estudar as estruturas da linguagem, privilegiando assim a formulação de
regras abstratas subjacentes que podem ser entendidas para gerar estruturas
linguísticas observáveis. Seu principal proponente é Noam Chomsky, que define a
linguagem como um conjunto particular de frases que podem ser geradas a partir de
um determinado conjunto de regras.[13] O ponto de vista estruturalista é comumente
usado na lógica formal, na semiótica, e em teorias da gramática formal – mais
comumente nos quadros teóricos da gramática descritiva. Na filosofia da linguagem,
esse ponto de vista está associado a filósofos como Bertrand Russell, às primeiras
obras de Ludwig Wittgenstein, Alfred Tarski e Gottlob Frege.
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posteriores de Ludwig Wittgenstein e com os filósofos da linguagem ordinária,
como GE Moore, Paul Grice, John Searle e John Austin.
13
As teorias sobre a origem da linguagem podem ser divididas segundo algumas
premissas básicas. Algumas sustentam a ideia de que a linguagem evoluiu a partir de
um sistema pré-linguístico existente entre os nossos ancestrais pré-humanos. São
as teorias baseadas na continuidade. O ponto de vista oposto afirma que a linguagem
é um traço humano único, incomparável a qualquer outro encontrado entre os não
humanos, e que deve, portanto, ter surgido repentinamente na transição entre os pré-
hominídeos e o homem primitivo. É a teoria da descontinuidade. Outras teorias, ainda,
veem a linguagem como uma faculdade inata, geneticamente codificada, ou como um
sistema cultural, que se aprende por meio da interação social. Atualmente, o único
defensor proeminente da teoria da descontinuidade é Noam Chomsky. De acordo
com ele, "alguma mutação aleatória ocorreu, talvez depois de algum chuveiro de raios
cósmicos estranhos. O cérebro foi reorganizado, implantando assim um órgão da
linguagem num cérebro primata". Acautelando-se para que sua história não seja
tomada literalmente, Chomsky insiste que ela "pode estar mais próxima da realidade
do que muitos outros contos de fadas que são contados sobre processos evolutivos,
incluindo a linguagem".A maioria dos estudiosos, atualmente, toma como referências
as teorias baseadas na continuidade, embora variem na forma como encaram o
desenvolvimento da linguagem. Aqueles que entendem a linguagem como faculdade
inata, como Steven Pinker, por exemplo, mantêm como precedente a cognição
animal. Já os que veem a linguagem como uma ferramenta de comunicação
socialmente aprendida, como Michael Tomasello, a consideram desenvolvida a partir
da comunicação animal, gestual ou vocal. Existem, ainda, outros modelos de
continuidade, que acreditam que a linguagem se desenvolveu a partir da música.
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humanos Australopithecus não tinham sistemas de comunicação significativamente
diferentes daqueles encontrados nos símios em geral. As opiniões na academia
variam, entretanto, quanto à evolução desses sistemas desde o aparecimento
do Homo, cerca de 2,5 milhões de anos atrás. Alguns estudiosos assumem o
desenvolvimento de sistemas primitivos de linguagem (proto-língua) tão cedo quanto
o Homo habilis, enquanto outros associam o desenvolvimento da comunicação
simbólica primitiva apenas com o Homo erectus (1,8 milhões de anos atrás) ou
o Homo heidelbergensis (0,6 milhões de anos atrás). Há ainda linhas de
conhecimento segundo a qual o desenvolvimento da linguagem como a conhecemos
estaria ligado com o Homo sapiens sapiens, há menos de cem mil anos,
na África.] Análises linguísticas usadas por Johanna Nichol, linguista da Universidade
da Califórnia, Berkeley, baseadas no tempo necessário para atingir a atual difusão e
diversidade nas línguas modernas, apontam que a linguagem vocal surgiu, pelo
menos, cem mil anos atrás.
Aquisição da linguagem
Todo ser humano saudável já nasce programado para falar, com uma
propensão inata para a linguagem. As crianças adquirem a língua ou as línguas que
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são empregadas pelas pessoas que convivem perto delas. Esse processo de
aprendizagem é algo complexo. Por isso, acredita-se que a aquisição da primeira
língua é a maior façanha que podemos realizar durante toda a vida. Ao contrário de
muitos outros tipos de aprendizagem, a aquisição da primeira língua não requer
ensino direto ou estudo especializado. Em A Descendência do Homem e Seleção em
Relação ao Sexo, o naturalista Charles Darwin chamou esse processo de "tendência
instintiva para adquirir uma arte".[11]
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Linguagem humana
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outra. Em ambos os casos, a dificuldade se dá em identificar os troncos a partir
da interação entre as linguagens e as populações. (Veja dialeto ou August
Schleicher para uma discussão mais longa). Os conceitos de Ausbausprache,
Abstandsprache e Dachsprachesão são usados para fazer distinções mais refinadas
sobre os graus de diferença entre línguas e/ou dialetos.
Linguagem artificial
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A língua artificial é um tipo de linguagem onde
a fonologia, gramática e/ou vocabulário foram conscientemente concebidos ou
modificados por um indivíduo ou grupo, em vez de evoluído naturalmente. Existem
várias razões possíveis para a construção de uma língua: facilidade humana para a
comunicação (veja língua auxiliar), adição de profundidade a uma obra de ficção ou
a lugares imaginários, experimentação linguística, criação artística ou, ainda,
realização de jogos de linguagem.
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O ASCII Table, um esquema para cadeias de caracteres de codificação
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conhecimento que explora as relações entre linguística e informática, tornando
possível a construção de sistemas com capacidade de reconhecer e produzir
informações apresentadas em linguagem natural.
Linguagem de animais
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humanos; um cão pode comunicar com sucesso um estado emocional agressivo com
um rosnado, que pode ou não fazer com que um outro cão se afaste ou recue. Os
cachorros também podem marcar seu território com o cheiro de sua urina ou de seu
corpo. Da mesma forma, um grito humano de medo pode ou não alertar outros seres
humanos do perigo iminente. Nesses exemplos há comunicação, mas não o que,
geralmente, seria chamado de linguagem.
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Filosofia da linguagem
23
Como a linguagem se relaciona com o mundo?
História
24
Ferdinand de Saussure foi um filósofo da linguagem
25
Aristóteles ocupou-se de questões de lógica, das categorias e do significado.
Ele separou todas as coisas nas noções de gênero e espécie. Ele defendeu que o
significado de um predicado é estabelecido através da abstração das similaridades
entre várias coisas individuais. Tal teoria deu origem ao nominalismo, na Idade Média,
mas há influência aristotélica também na posição oposta, o realismo, sobre
os universais. Dentre os medievais, Pedro Abelardo é notável pela antecipação de
muitas ideias modernas sobre a linguagem.
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o único significado dos mesmos são seus respectivos referentes. Na explicação de
Frege, qualquer expressão referencial tem um sentido e uma referência. Nomes
correferenciais, como "Samuel Clemens" e Mark Twain", causam problemas para a
visão diretamente referencial em geral (embora não causem problemas
especificamente para a teoria da referência direta de Russell, pois na mesma nem
todos os nomes próprios gramaticais são nomes logicamente próprios). A teoria de
Frege, por sua vez, encontra dificuldades na articulação e especificação das
características dos sentidos.
27
Os campos que examinam as condições sociais nas quais os significados e as
linguagens emergem são chamados de metassemântica. A etimologia e
a estilística são exemplos de áreas de investigação metassemânticas.
28
Definição
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e construídas a partir de um conjunto finito de elementos", é uma das mais aceitas
hoje. Chomsky postulou a existência de uma Gramática Universal, comum a todas as
línguas, que seria herdada geneticamente.
Origens
A linguagem e o cérebro
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A área de Wernicke, em verde, e a área de Broca, em azul claro. Alguns
cientistas argumentam que essas áreas possuem forte relação com a linguagem
humana
A fala
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Sabemos que a fala funciona na base da repetição de unidades chamadas
palavras, cujo sentido se repete, sendo que estas, por sua vez, são formadas por
outras unidades menores (vogais e consoantes) que também se repetem. Na
realidade, determinar o que são palavras e os limites entre as unidades fonéticas da
fala é, ainda, um desafio. Espectrogramas de sentenças faladas não permitem ver
com clareza onde começa uma vogal e onde ela termina. Pesquisas mostram que,
não importa quão rápido ou lentamente os idiomas sejam falados, eles tendem a
transmitir informações aproximadamente na mesma taxa: 39 bits por segundo,
aproximadamente o dobro da velocidade do código Morse.
32
A língua de sinais
33
Filosofia da linguagem comum
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lógicos) os problemas teriam de ser resolvidos por linguagens artificiais – mais
precisas e exatas que a linguagem natural –, a ênfase do segundo Wittgenstein e dos
filósofos de Oxford concentra-se nos conceitos tal como forjados pelos falantes da
língua em situações concretas de uso das palavras.
História
Gilbert Ryle
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Um dos expoentes da filosofia de Oxford foi Gilbert Ryle (1900-1976). A seu
respeito, conta-nos um de seus contemporâneos:
"Eu penso que Ryle foi o líder, brilhante e benevolente, da filosofia de Oxford
no período do pós-guerra. O desenvolvimento e o florescimento do assunto deveram-
se numa enorme proporção à sua visão e iniciativa."
— Peter Strawson.
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Em 1945, Ryle assume a cátedra Waynflete de Filosofia Metafísica em
Oxford,[3] e na conferência inaugural, chamada de “Argumentos filosóficos”, ele
aprofunda as ideias anteriores e apresenta uma verdadeira declaração de princípios
filosóficos: para ele, o filósofo deve “mapear os poderes lógicos das ideias”:
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mente. Consequentemente, os filósofos tendem a imaginar que a mente é um “teatro
privado” a que só o seu possuidor tem acesso privilegiado. Mas, segundo Ryle, essa
concepção é incompatível com o uso comum que fazemos do vocabulário psicológico,
pois o mito cartesiano pressupõe que apenas o próprio sujeito saiba quando crê em
alguma coisa, tenciona ou deseja fazer alguma coisa ou se admira com alguma coisa,
ao passo que em nosso discurso cotidiano afirmamos com segurança que alguém
(outra pessoa) tem tais e tais desejos e acredita em tais e tais coisas. Para desfazer
essas confusões e conclusões equivocadas, Ryle examina uma grande variedade de
conceitos psicológicos a fim de mostrar que as suas regras de aplicação são
diferentes das regras que regulam o vocabulário sobre os objetos físicos.
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Aritmética de Frege, as Estruturas Sintáticas de Chomsky ou as Investigações
Filosóficas de Wittgenstein. Igualmente variados eram os temas tratados. A ideia de
que os usos das palavras obedecem regras levou ao exame minucioso de livros e
manuais sobre regras de jogos. Na tentativa de entender os conceitos estéticos,
Austin recomendava que se estudasse um livro de design para que se pudesse
examinar como os termos estéticos são empregados em situações concretas.
A metáfora proposta de Wittgenstein de que as palavras são
como ferramentas sugeriu ao grupo um levantamento exaustivo de todas as palavras
que poderiam estar associadas à noção de ferramenta. Em todas essas atividades, o
objetivo era afastar o foco das grandes e eloquentes questões filosóficas - que
poderiam deturpar e enviesar a investigação - e buscar o esclarecimento dos
conceitos mediante um trabalho árduo e meticuloso sobre os conceitos que a língua
natural colocava à disposição dos falantes.
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[...] um sistema de signos ou sinais usados para a comunicação entre pessoas
e para a expressão de ideias, valores e sentimentos [...] essa definição [...] esconde
problemas complicados com os quais os filósofos têm-se preocupado desde há muito
tempo.
Na cultura cristã, a Bíblia relata no livro de Gênesis que Deus dotou o homem
de linguagem para que este nomeasse tudo o que havia na Terra, dando-as apenas
um único nome. Além disso, este mesma epístola bíblica apresenta a diferença das
línguas através do relato sobre a Torre de Babel. Entretanto, esta versão pode ser
contestada, visto que o retrato religioso parte de princípios míticos e não-
comprováveis.
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primavera, frio – calor, trevas – luz, era a expressão real da linguagem; já Parmênides
de Eleia concebia o mundo como um fluxo perpétuo onde nada permanece idêntico,
uma vez que tudo se torna oposto de si mesma.
41
Linguística Histórica: percurso e ideologia
42
estudo de uma área do conhecimento responsável pela análise do ato de comunicar
inerente ao homem: a Linguística.
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sistema de convenções. O signo é a união de uma forma que significa, à qual
Saussure chama significante, e de uma ideia significada, ou significado.
44
possibilitador de comunicação, produção de conhecimento e compreensão das
estruturas de uma língua
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Uma das principais características da linguagem — segundo o filósofo
Wittgenstein em sua primeira fase — é que, de um lado, temos o mundo com sua
multiplicidade de fatos, e de outro, uma linguagem que tenta falar sobre esse
mundo. Assim, necessariamente existe algo em comum entre o mundo e a linguagem:
a forma lógica.
Posso também dizer algo sem mostrar nada, porém, o que eu digo deverá ser
posteriormente mostrado para que minha afirmação seja válida. Somente
proposições desse tipo estão de acordo com a forma lógica do mundo e, por isso
mesmo, também são válidas.
Qualquer coisa diferente deste modelo lógico significa dizer coisas sem
sentido, tanto na Filosofia quanto na vida cotidiana. Sobre isso, Wittgenstein afirmou
que “representar na linguagem algo que contradiga as leis lógicas é tão pouco
possível quanto representar uma figura que contradiga as leis do espaço”.
Sobre isso, o próprio Wittgenstein afirmou que “os filósofos são tentados a
responder perguntas à maneira da ciência”, o que é um erro, pois Ciência e Filosofia
possuem diferenças fundamentais.
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Jogos de linguagem, contexto e pensamento
Este fato tem consequências muito mais complexas do que o mero problema
de comunicação, pois trata-se também, como foi dito mais acima, da limitação do
próprio pensamento.
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Assim, a própria Filosofia — bem como qualquer discurso com pretensão de
verdade — estaria aprisionada no seu próprio Jogo de Linguagem; não consegue ir
além das próprias regras. Não apenas a Filosofia, mas também todas as crenças são
Jogos de Linguagem que fazem sentido apenas dentro de suas regras.
Bertrand Russell
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na Filosofia, ocorreu depois que o filósofo (devido às suas pesquisas em lógica) se
voltou para a epistemologia.
Russel era um empirista, e para ele toda informação que não viesse
diretamente dos sentidos era passível de confusão. Da mesma forma, a linguagem
deveria referir-se a realidade empírica. Na Filosofia, Russel acreditava que não
poderíamos mais ser tão descuidados com a linguagem.
Sua abordagem foi chamada de atomismo lógico, uma vez que acredita que o
mundo é composto de fatos lógicos que se refletem na linguagem e que podem ser
separados e divididos até que se constate valores de verdade ou falsidade em um
proposição.
Assim, uma proposição, para ser verdadeira, deve conter apenas argumentos
válidos em suas “parte atômicas” constituintes. Um valor de falsidade na proposição
significa que toda a proposição é falsa.
49
Ludwig Wittgenstein
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um paralelo entre a forma lógica da linguagem (sua sintaxe) e o mundo, uma vez que
a linguagem precisa necessariamente refletir a totalidade dos fatos lógicos do mundo.
Sem Filosofia “os pensamentos são vagos e indistintos” e sua tarefa seria
justamente “esclarecê-los dar-lhes limites nítidos”. E como a linguagem está restrita
aos limites impostos pelo mundo, não podemos dizer nada além desses limites — a
não ser coisas sem sentido.
Uma das grandes questões para o filósofo austríaco é que, sobre assuntos que
não podem ser “mostrados”, como Deus e a alma, nada pode ser dito. Isso não
significa que essas coisas não existam, mas apenas que a linguagem, devido aos
seus limites, não pode dizer nada acerca delas. Sobre isso Wittgenstein declara de
forma enigmática: “Sobre aquilo de que não se pode falar, deve-se calar.”
51
tal como os jogos, sendo restrita a regras altamente delimitadas de conceitos,
sentidos e significados.
Gottlob Frege
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consideradas o marco inicial da Filosofia Analítica, influenciando definitivamente a
Filosofia da Linguagem.
No início de seu artigo Frege diz: “A igualdade desafia a reflexão, dando origem
a questões que não são fáceis de responder. É ela uma relação? Uma relação entre
objetos? Ou entre nomes e sinais de objetos?”
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Russel que vimos anteriormente sobre a proposição “o atual rei da França é
careca” acontece algo semelhante.
John Searle
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John Searle (1932 -) é um filósofo americano da tradição analítica que se
destacou por enfatizar as relações entre Filosofia da Linguagem e Filosofia da Mente,
apontando esta integração como indissociável.
Isso não significa que o estilo analítico deva ser abandonado, mas sim que
deva passar a considerar novos elementos, afinal, o rigor na clareza e na elucidação
lógica de questões filosóficas é um dos maiores legados da Filosofia Analítica.
John Searle recebeu forte influência de Frege, graças ao estilo objetivo e claro,
contudo, não pretende com isso apenas confirmar a concepção de Frege, mas sim
acrescentar problemas que estavam sendo ignorados desde então.
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CONCLUSÃO
Dizer que nossa linguagem não funciona fora da realidade linguística na qual
vivemos não é meramente afirmar o óbvio, mas sim dizer que os limites de nossa
linguagem são também os limites de nosso pensamento.
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REFERENCIAS
RYLE, GILBERT. THE CONCEPT OF MIND . THE UNIVERSITY OF CHICAGO PRESS, 2002.
(PUBLICADO ORIGINALMENTE EM 1949). ISBN 0-226-73296-7.
INGLÊS)
NICHOLAS W ADE (2003). «E ARLY VOICES: THE LEAP TO LANGUAGE » (EM INGLÊS)
DONALD LORITZ (1999). «HOW THE BRAIN EVOLVED L ANGUAGE» (EM INGLÊS)
57
M ATACICSEP. 4, CATHERINE; 2019; PM , 3:35 (4 DE SETEMBRO DE 2019). «HUMAN
SPEECH MAY HAVE A UNIVERSAL TRANSMISSION RATE: 39 BITS PER SECOND ». SCIENCE
| AAAS (EM INGLÊS). CONSULTADO EM 4 DE SETEMBRO DE 2019
CHAUÍ, M ARILENA. CONVITE À FILOSOFIA. 12. ED. – SÃO P AULO: EDITORA ÁTICA,
2002.
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