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1.

Introdução

O presente trabalho, aborda sobre os Aspectos Teóricos da Oralidade que no entanto, é


uma habilidade da utilização da língua. Na realidade, desde a história da toda humanidade, a
oralidade sempre fez e faz parte no processo de transmissão de conhecimentos. Portanto,
pretende-se também, com esse trabalho dar a conhecer as características da oralidade, as
discrepâncias entre a linguagem oral da escrita. Com isso, reconhecemos que a fala é o meio
mais fácil para se obter uma comunicação compreensiva entre as pessoas. Para a realização
do trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica de algumas obras como: PCEB; LEVY
(1993); GOMES (1991), TRAVAGALIA (1997), entre outros. O trabalho obedece a seguinte
estrutura: Introdução onde arrolamos um pouco de todo o panorama do trabalho de uma
forma geral, desenvolvimento, apresentamos os aspectos teóricos “conceito, características,
linguagem oral & a linguagem escrita” e por último apresenta-se a conclusão de toda
discussão, que culmina com a reflexão e observações gerais sobre a temática.

1.1. Objectivos
1.2. Objectivo Geral
 Conhecer os aspectos teórico da oralidade.
1.3. Objectivos Específicos
 Definir a oralidade;
 Identificar as características da oralidade ;
 Diferenciar a linguagem oral da escrita.

2. Metodologia
Segundo GIL (2002:10) “metodologia como sendo a explicação minuciosa, detalhada, exacta de
toda acção desenvolvida no método, (caminho) do trabalho.
Para elaboração deste trabalho o grupo recorreu-se aos métodos biográfico que consistiu na
consulta de obras bibliográficas e internet, método descritivo que constitui na discrição de
informações recolhidas nas diferentes obras onde cada autor está devidamente referenciado no
final de trabalho.
3.Oralidade (Aspectos Teóricos)

A oralidade é considerada, como a transmissão oral dos conhecimentos armazenados na


memória humana. Antes do surgimento da escrita (3.000 a.C., com entrada no mundo ocidental
por volta de 600 a.C.), grande parte dos conhecimentos eram transmitidos oralmente, sendo,
pois, o principal meio de comunicação entre os homens. As memórias auditiva e visual eram os
únicos recursos de que dispunham as culturas orais para o armazenamento e a transmissão do
conhecimento às futuras gerações. A inteligência estava intimamente relacionada a memória. Os
anciões eram considerados os mais sábios, consequência de seu vasto conhecimento acumulado.
Em muitas culturas, a identidade do grupo estava sob guarda a de contadores de histórias,
cantores e outros tipos de arautos que, na prática, eram autenticamente os portadores da memória
da comunidade.

Alguns ofícios existentes nas sociedades africanas estão relacionados com a tradição oral,
com um conhecimento sagrado a ser revelado e transmitido às futuras gerações, como é o caso
dos ferreiros, carpinteiros, tecelões, caçadores, oleiros, pescadores e agricultores. Os mestres que
realizam estas actividades fazem-no ao mesmo tempo em que entoam cantos ou palavras
ritmadas e gestos que representam o acto.

3.1.Conceito da Oralidade

Segundo GOMES et al (1991:72), a comunicação oral é o primeiro estádio de ensino e


aprendizagem de uma língua. Compete ao professor desenvolver no início do ensino-
aprendizagem as seguintes tarefas:

 Aproveitar e valorizar a tendência natural que os alunos possuem para a oralidade;

 Aproveitar ao máximo todas as formas de comunicação como contributo para a


compreensão do que diz;

 Recorrer a situações ligadas as vivências dos alunos e cultura do seu povo como bases de
aprendizagem da comunicação oral adequada, útil e eficaz na vida real.
3.1.2.A Oralidade no PEA da Língua Portuguesa

Segundo PCEB, a condição fundamental para aquisição ou aperfeiçoamento de competência


numa língua, é o seu uso comunicativo, “aprende-se a falar, falando” é ainda importante extrair
as implicações em condições próximas daquelas que se colocam ao falante, no seu quotidiano.

A oralidade é a capacidade desenvolvida por homens e mulheres para estabelecer


conceitos, ideias e termos com significados específicos que permitem uma interacção social. Ela
permite a transmissão de conhecimentos, de geração em geração, sobre a origem do mundo, as
Ciências da Natureza, a Astronomia e os factos históricos.

A oralidade compreende as duas dimensões ouvir e falar. Estas relacionam-se


com as vertentes receptiva (ouvir/compreensão oral) e reprodutiva (falar) da
comunicação oral. Isto significa, em especial, que estimular a percepção auditiva
desempenha um papel relevante e de igual valor no desenvolvimento de
competências comunicativas. MANUAL DE PEDAGOGIA DO PORTUGUÊS.

O trabalho no âmbito da oralidade exige a observação de regras próprias, mas não decorre
de modo independente do desenvolvimento da escrita. Pelo contrário, a relação entre estas duas
grandes áreas pode antes ser designada como circular: o que foi treinado no campo da oralidade,
beneficia mais tarde a escrita e, em contrapartida, um bom domínio da escrita influencia a
expressão oral, tornando-a mais diferenciada.

3.2.1.Características da Oralidade

A oralidade sendo a prática de uso da língua natural por meio da produção sonora, em
diversos géneros de texto orais, nos mais diferentes contextos e níveis de formalidade. Nela,
estaria inclusa a fala (forma de produção textual por meio de sons articulados e de significados),
acompanhada de outros aspectos como a prosódia, os gestos, a expressão facial, os movimentos
corporais, entre outros.

Para LEVY (1993), a língua oral apresenta as seguintes características.

 Consente o recurso as frases incompletas, hesitações, repetições, desvios sintácticos,


interjeições e bordões de fala;
 Ideia de maior proximidade entre locutor e receptor, encontram-se normalmente no
mesmo sítio ao mesmo tempo;

 Permite, dada a presença dos interlocutores.

 Onde o emissor seve-se da voz e o receptor usa o ouvido;


 Permite a utilização de elementos miméticos e gestuais, bem como de sinais deícticos,
não-verbais.

 Omissão das consoantes: "Na verdade o animal tava enjaulado.‟ (estava);

 Ausência ou omissão das vogais e supressão de consoantes: " O rapaz acho seus
pertences‟ (achou); "Quando ele chego, já era tarde.‟ (chegou).

3.2.Linguagem Oral & Linguagem Escrita

A linguagem é um conjunto de símbolos e regras que permitem a construção da


mensagem e a comunicação com os outros.

3.2.1.Linguagem Oral

TRAGALIA (1997:85), a oralidade é o ponto de partida elementar de todo o processo de


comunicação. Portanto, na oralidade, vários elementos se ligam a melodia e modelação da voz e
a construção da frase são importantes para a captação do sentido de um enunciado.

Na compreensão do discurso oral, é importante atender ao significado da frase, mas não


se pode desprezar os recursos da acentuação, da entoação, de pausa ou qualquer outra que
implique a sintaxe ou a expressividade do mesmo, logo:

 O emissor seve-se da voz e o receptor usa o ouvido;

 O emissor e o receptor trocam informações de modo imediato com base nas mensagens
com frases curtas;

 Emissor e o receptor situam-se num mesmo contexto;

 Pausas constantes, entoação, acentuação de intensidade, repetições e predomínio da


coordenação e construções gramaticais nada rigorosas e desvios sistemáticos.
3.3.Linguagem Escrita

No processo de escrita, a situação de produção do discurso é mais formal e envolve uma


estrutura linguística mais elaborada, o sujeito que escreve tende, continuamente, retomar o texto,
reorganizá-lo e refazê-lo, criando ou sugerindo contextos para que se entenda. No processo de
escrita:

 O emissor serve-se da escrita e o receptor utiliza a vista;

 O emissor e o receptor trocam informações de modo mediato e as mensagens com frases


mais longas pela necessidade de referência à situação em que se desenrola;

 Emissor e receptor não se situam no mesmo contexto e o emissor descreve o contexto


situacional;

 A pontuação para facilitar a interpretação e traduzir certas marcas da oralidade


igualmente nota-se o uso frequente da subordinação e da construção gramatical rigorosa.

3.3.1.Reflexão do grupo

Para a concretização deste trabalho no decorrer das investigações, observaram-se diversas


obras de diferentes autores que abordam em volta da oralidade no Processo de Ensino e
Aprendizagem, é um processo de transmissão de conhecimentos de maneira verbal. Esta
actividade é na medida em que ajuda na expressão de uma determinada língua, tendo as bases de
uma determinada língua. Outro elemento importante na compreensão durante o Processo de
Ensino e Aprendizagem é a audição. A oralidade das crianças, com certeza, é afectada muito
mais, pela forma como as pessoas do seu meio familiar falam. O nosso país sendo imenso, têm
suas regionalidades e costumes que devem ser respeitados. Cabe a nós, educadores, corrigir
porém, sem causar constrangimentos desnecessários e respeitando os limites do outro, evitando
promover preconceitos devido a amaneiras diferentes de falar.
4.Conclusão

Após a realização deste trabalho, concluiu-se que a oralidade é um aspecto importantes no


Processo de Ensino e Aprendizagem na medida em que ajuda a trazer resultados eficazes para o
processo de ensino. Esses resultados se reflectem na compreensão da matéria durante o processo
da excussão da língua portuguesa tendo em conta que a (expressão), indispensável na abordagem
de assuntos de forma argumentada da matéria. Contudo, a oralidade das crianças, com certeza, é
afectada muito mais, pela forma como as pessoas do seu meio familiar, falam. Logo há
necessidade de maior atenção no processo de comunicação com as crianças, visto que estão no
processo de formação e construção do seu conhecimento.

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