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Albertina Manuel
Dinis Osias Mutuque
Francisco Óscar
Ilídio José
Osvaldo Marcelino
Rafaela Eliseu
Universidade Save
Maxixe
2020
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Albertina Manuel
Dinis Osias Mutuque
Francisco Óscar
Ilídio José
Osvaldo Marcelino
Rafaela Eliseu
Trabalho de pesquisa
Bibliográfica a ser apresentada
na cadeira de Didáctica de
historia IV para efeitos
avaliativos.
Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Objectivo Geral.................................................................................................................3
Objectivos Específicos......................................................................................................3
Metodologia.......................................................................................................................3
Conclusão..........................................................................................................................9
Referencias Bibliográficas...............................................................................................10
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Introdução
No continente africano, onde a tradição oral é a fonte mais credível para a produção do
conhecimento histórico, a história oral configura-se como a que mais identifica as nações que
fazem parte dessa porção do mundo. O presente trabalho versa sobre História Oral e o
Resgate da História Pratica, tendo como as metodologias do ensino da mesma, ou seja, o
como ensinar a história oral. A temática em analise é de estrema importância, pois ajuda a
resgatar a historia oculta e a dar vos às personalidades silenciadas, ademais, contribui para o
enriquecimento do processo de ensino e aprendizagem, tornando o aluno, um sujeito activo na
produção do conhecimento histórico, e o professor como mediador. O trabalho é composto
por quatro inter-títulos, sendo que o primeiro discorre sobre os diversos conceitos que
norteiam a temática; o segundo tópico debruça sobre a entrevista como metodologia para a
produção do conhecimento histórico na sua dimensão oral; o terceiro, versa sobre as
metodologias para a leccionação da história oral; e o quarto, disserta sobre o contributo da
história oral no processo de ensino e aprendizagem. Compõem este trabalho os seguintes
objectivos:
Objectivo Geral
Analisar as diferentes metodologias para o ensino da Historia Oral no contexto Escolar
Objectivos Específicos
Definir os conceitos que norteiam a temática;
Mencionar as diferentes fases que compõem uma entrevista
Arrolar as metodologias para a leccionação da Historia Oral;
Avaliar o contributo da História Oral no Processo de Ensino e Aprendizagem Em
História.
Metodologia
Para o alcance dos objectivos previamente definidos, recorreu-se à pesquisa
Bibliográfica, a mesma, consistiu em fazer uma heurística e hermenêutica das diferentes
fontes que discorrem sobre a mesma temática.
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Para THOMPSON citado por MENDONÇA & FRANÇA (S/d:1) a história oral é uma
história construída acerca das pessoas, em que através da oralidade é possível a transmissão
de conhecimentos da memória humana, sendo esta fundamental para a compreensão do
passado mais recente.
Embora a história oral tenha como missão resgatar as vozes ocultas, ALBERT (2004:29),
ressalta fazer história oral não é simplesmente sair com um gravador em punho, algumas
perguntas na cabeça e entrevistar aqueles que cruzam nosso caminho dispostos a falar um
pouco sobre suas vidas, pois o pesquisador só teria um leque de gravações, mas que não tem
utilidade nenhuma em História.
b) Ensino
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Para SCHEFFLER citado por PASSMORE (S/d:1), pode ser caracterizado como uma
actividade que visa promover a aprendizagem e que é praticada de modo a respeitar a
integridade intelectual do aluno e a sua capacidade para julgar de modo independente.
Para JUNIOR & JUNIOR (S/d:239), a entrevista é uma das técnicas de colecta de dados
considerada como sendo uma forma racional de conduta do pesquisador, previamente
estabelecida, para dirigir com eficácia um conteúdo sistemático de conhecimentos, de maneira
mais completa possível, com o mínimo de esforço de tempo.
Segundo ALBERTI (2004:31), a escolha dos entrevistados é, em primeiro lugar, guiada pelos
objectivos da pesquisa. Assim, retornando o exemplo da pesquisa sobre a história de uma
empresa, se seu objectivo principal for o estudo das relações trabalhistas estabelecidas em
determinado período, será necessário escolher os possíveis entrevistados entre as pessoas que
efectivamente podem contribuir nesse sentido, como trabalhadores, directores da empresa,
representantes sindicais etc.
A escolha dos entrevistados não deve ser predominantemente orientada por critérios
quantitativos, por uma preocupação com amostragens, e sim a partir da posição do
entrevistado no grupo, do significado de sua experiencia. Antes da entrevista, o entrevistado
deve receber do entrevistador, uma carta pedindo a disponibilidade deste. A entrevista deve
decorrer num ambiente calmo, em que o entrevistado se sinta a vontade e não haja nada que
interrompa. Após a entrevista, ocorre a transcrição, que é a fase de mudar o áudio para um
texto escrito (Idem).
Para FREIRE (1996) citado por OLIVEIRA (2013), ao educador democrático na sua prática
de ensinar cabe reforçar a capacidade crítica do aluno. Uma das tarefas primordiais do
educador é de que precisa trabalhar a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos
objectos cognoscíveis, porque ensinar não se esgota no tratamento do objecto ou do conteúdo,
pouco fundamentado, mas se alonga a produção das condições em que aprender criticamente
é possível. Partindo desta análise, de Sales (2002), propõe que o professor de História ao
ensinar a história oral optar pelo método interrogativo ou uma exposição dialogada.
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Ademais, o método activo é essencial no contexto de ensino da história Oral. Entende-se por
método activo como um processo de ensino em que os estudantes ocupam o centro das
atenções educativas, por meio da problematização da realidade, como estratégia pedagógica,
com o objectivo de motivar os alunos à construção de novos conhecimentos, habilidades e
competências1.
Importa salientar ainda que, uma das melhores formas de ensinar Historia oral é através da
dramatização. Para Arroyo citado por Gaspar (2014), os jogos de dramatização podem
promover o desenvolvimento de outras capacidades que qualquer indivíduo deve possuir para
a sua realização pessoal e social. São elas as capacidades cognitivas, conhecer-se a si e ao que
o rodeia; afectivas, favorece a auto-estima e a expressão dos sentimentos.
A história oral tem um grande contributo não só no processo de ensino e aprendizagem, mas
também no resgate e valorização da cultura africana: a tradição oral. Para a análise da
contribuição da HO se terá como ponte de partida a seguinte ideia:
Partindo da análise acima expressa, fica evidente que a historia oral trás um grande
contributo na disciplina de Historia, dando ao aluno, a possibilidade de reflectir e fazer a sua
própria história.
Para CAMPOS (S/d:6), com a história oral, ensino de história está cada vez mais próximo da
realidade dos educandos, dessa maneira compreende-se que a forma “tradicional” de
interpretar a história, está ainda mais distante da vida escolar, professor e aluno necessitam
um do outro para o desenvolvimento do conhecimento, por isso está na hora de abrir um leque
maior de oportunidades de aprendizagem, de novos conhecimentos, e de realmente instigar a
capacidade de cada um.
1
https://www.faculdadeages.com.br/uniages/metodo-ativo
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Outrossim, CAMPOS (S/d:3), afirma a história oral que possibilita aos alunos e também
funcionários (Professores), moradores ou ex moradores da região em que a mesma é
leccionada, a valorização e o reconhecimento de uma história que estava se perdendo.
Ademais, possibilita aos alunos a construção dessa história a partir da história oral.
THOMPSON (1992) citado por DA SILVA (2009:62), apresenta como uma das grandes
vantagens educacionais do uso da história oral em projectos escolares a cooperação e
interacção entre professores, alunos e comunidade, e a ampliação da consciência social dos
alunos ao participar de maneira activa na construção de um saber histórico que diz respeito às
suas vidas e a sua comunidade.
Na óptica de MATOZZI citado por GUARIZA (S/d:3), a história oral permitiria ao indivíduo
a compreensão de uma relação diferenciada entre o presente e o passado, contribuindo para o
entendimento do processo da construção do conhecimento histórico. O ensino de História,
segundo o autor, com vistas em demonstrar ao aluno como o conhecimento histórico é
construído poderia contribuir para favorecer a rememoração destes sobre a sua própria
história.
Outros campos nos quais a História oral pode ser útil são a História do quotidiano, pois a
entrevista de história de vida pode conter descrições bastante fidedignas das acções
quotidianas inerentes à História política, entendida não mais como História dos grandes
homens e grandes feitos, e sim como estudo das diferentes formas de articulação de atores e
grupos de interesse; o estudo de padrões de socialização e de trajectórias de indivíduos e
grupos pertencentes a diferentes camadas sociais, gerações, sexos, profissões, religiões e;
Histórias de comunidades, como as de bairro, as de imigrantes, as camponesas, podendo
inclusive auxiliar na investigação de genealogias; História de instituições, tanto públicas
como privadas; registo de tradições culturais, aí incluídas as tradições orais, e História da
memória. Com essas informações, o Historiador pode reconstruir a história da sua nação
(Idem).
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Conclusão
O uso da história oral como metodologia para a pesquisa Histórica é muito longínquo.
As fontes revelam que na antiguidade, historiadores como Heródoto e Tucidedes já
colhiam depoimentos e os transformava em textos escritos. A história Oral, trás um
novo horizonte de ver a História; permite com que o professor relacione os conteúdos
pasmados nos currículos gerais, com a realidade vivida pelos alunos e os factos que
ocorreram na comunidade em que a escola está inserida. Para os alunos, a história oral
permite-lhes a valorizar a sua identidade e a se sentir como participante activo na
produção do conhecimento histórico, desenvolvendo assim, uma aprendizagem
significativa. Geralmente, a história oral usa a entrevista como técnica de pesquisa, a
mesma, consiste na conversa entre duas ou mais pessoas, em que um é entrevistador e
os outros são os entrevistados. Importa salientar que a escola do indivíduo a ser
entrevistados não é aleatória. As fontes revelam que a escolha do entrevistado deve
basear-se na experiencia que o individuo tem na temática em pesquisa. Vários autores
afirmam que o desafio dos pesquisadores da história oral é transcrever as informações
por eles colectada, para servirem como fonte prima para as gerações vindouras. Ensinar
a história oral, passa necessariamente pelo uso de uma exposição dialogada e do método
activos, pois ambos permitem com que o aluno seja o centro das atenções.
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Referencias Bibliográficas
ALBERTI, Verena. Manual da História Oral, 2a ed., Rio de Janeiro: FGV, 2004.
DA SILVA, Edmir Sérgio A história oral como Instrumento para o ensino da educação
agrícola: Memórias da colonização do oeste catarinese, 2009.
MENDONÇA, Maria Emília & FRANÇA, Ana Paula Santos M. História oral: Em
Busca de uma Ferramenta para a Investigação em Enfermagem, 2013.
PINSKY, Carla Bassanezi. Fontes históricas, 2.ed., São Paulo: Contexto, 2008.