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Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
4ª Vara Cível da Comarca de Canoas
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PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5010021-95.2022.8.21.0008/RS


AUTOR: JESSICA MACHADO SANTOS
RÉU: ITAU UNIBANCO S.A.

DESPACHO/DECISÃO

A tutela provisória de urgência antecipatória deve


atender aos requisitos do art. 300 do CPC, ou seja, a demonstração de
elementos que evidenciem a probabilidade do direito, bem como o
perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

No caso em tela, a parte autora alega não ter pendência


financeira com a demandada, mas não dispõe de meios para
demonstrar a ausência de contratação, uma vez que se constitui em
prova negativa, também chamada draconiana ou leonina, exatamente
pela impossibilidade de sua produção.

Em situações como esta a jurisprudência tem se


mostrado favorável à pretensão da parte autora:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL.


AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. TUTELA DE URGÊNCIA.
CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. SUSPENSÃO DE
DESCONTOS EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. REQUISITOS
CUMULATIVOS DO ART. 300 DO CPC DEMONSTRADOS. 1.
Conforme disposto no art. 300 do Código de Processo Civil, a
tutela de urgência será concedida quando houver nos autos
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo. 2. A probabilidade
do direito resta consubstanciada na alegação de inexistência de
relação contratual, sendo impossível à parte autora/agravante a
produção de prova negativa. O perigo de dano irreparável ou de
difícil reparação, por seu turno, reside nos prejuízos inerentes à

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restrição de verba alimentar do demandante em razão dos
descontos que vêm sendo efetuados em seu benefício
previdenciário. A manutenção da suspensão dos descontos,
ademais, não causará qualquer prejuízo à instituição financeira,
que poderá reativá-los caso comprove a regularidade da
contratação. 3. Tutela de urgência deferida, determinando-se a
suspensão dos descontos realizados no benefício previdenciário do
agravante, relativos ao contrato objeto da presente demanda, bem
como autorizando o depósito em juízo do valor creditado pela
instituição financeira em sua conta bancária. AGRAVO DE
INSTRUMENTO PROVIDO.(Agravo de Instrumento, Nº
50877501320218217000, Décima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Thais Coutinho de Oliveira, Julgado em:
04-08-2021)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL.


AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. TUTELA DE URGÊNCIA.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. SUSPENSÃO DE DESCONTOS
EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. REQUISITOS
CUMULATIVOS DO ART. 300 DO CPC DEMONSTRADOS. 1.
Conforme disposto no art. 300 do Código de Processo Civil, a
tutela de urgência será concedida quando houver nos autos
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo. 2. A probabilidade
do direito resta consubstanciada na alegação de inexistência de
relação contratual, sendo impossível à parte autora/agravante a
produção de prova negativa. O perigo de dano irreparável ou de
difícil reparação, por seu turno, reside nos prejuízos inerentes à
restrição de verba alimentar do demandante em razão dos
descontos que vêm sendo efetuados em seu benefício
previdenciário. A manutenção da suspensão dos descontos,
ademais, não causará qualquer prejuízo à instituição financeira,
que poderá reativá-los caso comprove a regularidade da
contratação. 3. Tutela de urgência deferida, determinando-se a
suspensão dos descontos realizados no benefício previdenciário do
agravante, relativos ao contrato objeto da presente demanda.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.(Agravo de Instrumento,
Nº 50633884420218217000, Décima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Thais Coutinho de Oliveira, Julgado em:
04-08-2021)

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Desse modo, considerando o inegável prejuízo suportado
pela parte autora, defiro a tutela pleiteada, para determinar que a parte
ré se abstenha de incluir o nome da parte autora em cadastros de
inadimplentes relativamente ao débito objeto da demanda, sob pena de
multa diária de R$ 250,00, limitada em 30 dias.

Determino, de outra parte, a medida incidental de


exibição de documentos, ao demandado para que, no prazo da
contestação, apresente todos os contratos e demonstrativos relativos
aos débitos, sob pena de serem tidos por verdadeiros os argumentos da
parte autora.

Fica a parte autora, desde já, advertida de que, caso a


alegação contida na inicial não seja verdadeira, haverá incidência do
contido no art. 79 e seguintes do CPC.

Ante a comprovação nos autos da inclusão em


cadastros de inadimplentes já efetivada, oficie-se ao SERASA para
que proceda à imediata exclusão do apontamento negativo em
nome da parte autora JESSICA MACHADO SANTOS, inscrita
no CPF nº 02938268033, relativamente ao débito objeto da
demanda, a seguir descrito:

VALOR: R$ 3.340,06

DATA DE OCORRÊNCIA: 15/12/2021

DATA DE EXIBIÇÃO: 15/12/2021

INFORMANTE: BANCO ITAUS/A

Confiro força de ofício à presente decisão.

Diante das especifidades da causa e de modo a adequar o


rito processual às necessidades do conflito e, ainda, considerando que
é facultada a conciliação às partes em qualquer momento do processo,
deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência
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de conciliação prevista no artigo 334, do CPC.

As partes devem ser advertidas de que deverão


especificar as provas que pretendem produzir na contestação e réplica,
apresentando quesitos e rol de testemunhas, se for o caso, sob pena de
preclusão.

Intimem-se.

Cite-se.

Documento assinado eletronicamente por ELISABETE MARIA KIRSCHKE, Juíza de


Direito, em 2/5/2022, às 12:6:45, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006. A
autenticidade do documento pode ser conferida no site https://eproc1g.tjrs.jus.br/eproc
/externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, informando o código
verificador 10018381392v4 e o código CRC adb8d54a.

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