Exma. Sra. Dra.

Juíza de Direito da 2ª Vara de Família e Registros Cíveis da

Comarca de Olinda/PE.

GIOVANNA CASSIMIRO MUZI, brasileira, solteira,

menor impúbere, portadora do RG nº 10.949.040 SDS/PE e do CPF/MF nº
116.631.504-51 neste ato representada por sua genitora GISELE
CASSIMIRO DA SILVA, brasileira, solteira, portadora do RG nº 5.480.800
SDS/PE e do CPF/MF nº 032.034.124-03, ambas residentes e domiciliadas a
Rua Catarina Batista de Alencar, nº 419 – Casa Caiada – Olinda/PE – CEP:
53.310-020, por intermédio de sua procuradora adiante assinada, vem
apresentar sua CONTESTAÇÃO c/c RECONVENÇÃO com fundamento nos
Arts. 335 c/c 343 do CPC e demais dispositivos aplicáveis à espécie, em
face a AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS, movida por Emerson Muzi, nos
termos que adiante passa a aduzir.

I - PRELIMINARMENTE:

1. Da Gratuidade de Justiça:

A requerente declara para todos os fins de direito

e sob as penas da lei, que não possui condições de arcar com as despesas
inerentes ao presente processo, sem prejuízo do seu próprio sustento e de
sua família, necessitando, portanto, da Gratuidade da Justiça, nos termos
do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal e da Lei nº 1.060/50 e da Lei
13.105/2015 em seus artigos 98, § 1º e art. 99 todos do Código de
Processo Civil Brasileiro, com o fim precípuo de não afastar a distribuição da
Justiça aos jurisdicionados mais carentes, razão pela qual, requer desde já
se digne Vossa Excelência em conceder o benefício da gratuidade da justiça
aos Requerentes. Junta Carteira de Trabalho.

2. Da Declaração de Autenticidade dos documentos:

Declara a patronesse nos termos do Art. 425, IV

do CPC que os documentos acostado com esta exordial são autênticos.

3. Da necessidade da realização da Audiência de Conciliação

De acordo com o princípio contido no Art. 334 do

CPC, as partes podem requerer a qualquer tempo a audiência de conciliação
visando a solução do litígio. As partes não celebraram acordo nesse
processo pois o Autor deseja a manutenção da r. Decisão interlocutória e
“pagar por fora”, outro valor, o que não é possível, uma vez que esse tipo
de prática não traz qualquer segurança jurídica para a alimentada, pois o
Autor só estaria obrigado ao pagamento do valor determinado em juízo,
ademais a alimentada não saberia exatamente quanto iria receber por mês,
o que dificulta qualquer previsão orçamentária bem como o pagamento de
despesas fixas como escola, plano de saúde, curso de inglês, transporte
escolar etc... Assim, vem a peticionante requerer seja marcada audiência de
conciliação para tentativa de solucionar o litígio.

II – DO MÉRITO:

1. Síntese da demanda:

Trata-se de ação revisional de alimentos proposta pelo

Autor, na qual pleiteia a redução dos alimentos definitivos no percentual de
30% sob o salário mínimo, tendo sido concedido por este MM juízo a
redução para 70% do salário mínimo, porém, sem ouvir a outra parte.

2. Da realidade dos fatos:

No ano de 2009 os genitores formularam acordo de
alimentos no percentual de 12,5% dos rendimentos do Autor, consoante ata
de audiência juntada pelo autor id nº 54827821, destarte que nesse período
o autor tinha vínculo celetista e ganhava em torno de 25.000,00 (vinte e
cinco mil reais), além de possuir férias e 13º salários. Sendo certo que
12,5% dos rendimentos do autor girava em torno de dois salários mínimos
mensais, além da percepção das férias e 13º salários que sempre serviram
para custear as despesas com material escolar, fardamento e demais
insumos escolares do início do ano.
Quando o autor perdeu seu vínculo formal de
emprego, e após a percepção pela filha dos haveres resilitórios, fora
acordado entre o Autor e a genitora da Rés um contrato verbal, no qual
ficou avençado o pagamento do valor de um salário mínimo enquanto este
estivesse no período do seguro desemprego, e que após o período do
seguro desemprego, o autor passaria a pagar a importância de R$ 2.500,00
(dois mil e quinhentos reais), o qual o demandante sempre cumpriu,
consoante faz prova os comprovantes dos últimos depósitos na conta da
adolescente bem como dos informes de rendimentos na RFB; em
substituição ao 13º salários e férias, ficou acordado entre as partes que
cada um arcaria com 50% (cinquenta por cento) do valor das despesas de
material escolar, fardamento e demais insumos relativos às despesas do
início do ano letivo, destaque-se que o autor este ano solicitou o
parcelamento destas despesas e vem depositando habitualmente o valor
correspondente a sua cota parte (doc.).
Ademais Douta Magistrada, a presente demanda foi
ajuizada no ano de 2019 e nós já estamos em 2023, ou seja, quase quatro
anos após a perda do emprego celetista do requerente.
 Exa. no ano de 2020 o autor constituiu uma empresa,
consoante faz prova o comprovante do CNPJ registrado na cidade de
Vinhedo/SP.

O autor presta serviços a diversas empresas como

pessoa jurídica, possuindo um bom padrão de vida, logo não há quaisquer
elementos que justifique a uma redução tão abrupta no valor da pensão. De
certo que as despesas da adolescente giram em torno de 6.000,00 (seis mil
reais), devendo o autor arcar com pelo menos metade destas despesas em
face ao princípio da responsabilidade de educação e zelo de ambos os
genitores.
Desde então, até a decisão interlocutória proferida por
esta MM Vara, o autor sempre depositou o valor de R$ 2.500,00 (dois mil e
quinhentos reais), o que corresponde a quase dois salários mínimos.

Assim, o que se questiona é o percentual sobre o

salário mínimo, uma vez que a importância de pouco mais de R$ 900,00
(novecentos reais) sequer paga a mensalidade escolar, consoante faz prova
a documentação juntada nesta oportunidade (docs.), assim não parece
razoável que haja uma redução tão extrema no valor da pensão alimentícia,
pois mesmo supostamente desempregado o autor arca habitualmente com
o valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais)

A demandada e sua representante não sabe ao certo

qual a remuneração média do Autor, sabendo apenas que este tem uma
empresa constituída, que presta seus serviços como engenheiro a outras
empresas de engenharia. O que se pode, de fato, asseverar é que o Autor
tem condições em permanecer depositando a quantia de R$ 2.500,00 (dois
mil e quinhentos reais).

Conforme se detalha abaixo, apresenta-se uma breve

planilha com as despesas da adolescente e seus respectivos comprovantes
de pagamento (docs.). De certo, que despesas correntes, tais como água,
energia e alimentação pode sofrer alterações.
 DESPESAS DE GIOVANNA CASSIMIRO MUZI

ITEM DESCRIÇÃO VALOR

1.0 ESCOLA COLÉGIO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA R$ 1.108,05
1.1 TRANSPORTE ESCOLAR NEIDE TRANSPORTES R$ 230,00
1.2 LANCHE ESCOLA COLÉGIO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA R$ 200,00
1.3 INGLÊS WIZARD R$ 255,00
1.4 REFORÇO ESCOLAR MATEMÁTICA R$ 400,00
1.5 PLANO DE SAÚDE CASSI R$ 550,86
1.6 CELULAR CLARO R$ 50,00
1.7 ÁGUA (DIVIDIDO POR 4 PESSOAS) COMPESA R$ 45,00
1.8 ENERGIA (DIVIDIDO POR 4 PESSOAS) CELPE R$ 117,50
1.9 ÁGUA MINERAL/GÁS (DIVIDIDO POR 4 PESSOAS) R$ 64,00
1.10 INTERNET/NETFLIX (DIVIDIDO POR 4 PESSOAS) CLARO R$ 46,25
1.11 ALIMENTAÇÃO (DIVIDIDO POR 4 PESSOAS) SUPERMERCADO/FRUTARIA/PADARIA R$ 715,00
1.12 MESADA GIOVANNA R$ 120,00
1.13 ROUPAS/MATERIAIS DE HIGIENE/BELEZA GIOVANNA R$ 280,00
1.14 PASSEIOS FINAIS DE SEMANA/ANIVERSÁRIOS GIOVANNA R$ 600,00
1.15 DENTISTA DIVIDIDO POR 12 MESES R$ 50,00
1.16 REMÉDIOS/VITAMINAS FARMÁCIA R$ 140,00
TOTAL MENSAL R$ 4.971,66
TOTAL DIVIDIDO POR 2 R$ 2.485,83

OUTRAS DESPESAS - OPTEI POR MINHA MÃE FICAR COM ELA DO QUE CONTRATAR UMA BABÁ
1.17 BABÁ (PLANO DE SAÚDE DA MINHA MÃE) SALÁRIO MÍNIMO + TRANSPORTE R$ 1.475,40
TOTAL MENSAL R$ 6.447,06
TOTAL DIVIDIDO POR 2 R$ 3.223,53

Logo, a estipulação do percentual de 70% sobre o

salário mínimo vigente é absurda em face às despesas que a genitora tem
para o sustento da filha de ambos, posto que o Autor possui condições em
manter o mesmo padrão de vida para sua filha, mesmo estando sem
qualquer vínculo formal de emprego, consoante todas as provas
colacionadas a esta contestação.

3. Da guarda e visitas/convivência:
a) GUARDA: Tendo em vista que a genitora já satisfaz todas as condições
exigíveis para a caracterização da guarda de fato da adolescente, estipula-
se a guarda unilateral a favor desta, atendendo-se ao princípio do melhor
interesse da criança, haja vista o genitor residir no Estado de São Paulo e
não ser possível a guarda compartilhada de tampouco a visitação
quinzenalmente.

b) VISITAS: O genitor poderá exercer seu direito de visitas e convivência

com a filha nos meses de férias, feriados prolongados e festas de final de
ano, de maneira alternada com a genitora. Pelo fato do genitor residir em
Estado diverso da genitora, correrão por sua conta às despesas de
passagens, hospedagens, alimentação etc... quando a menor estiver em sua
companhia, preservando uma relação de afeto e convivência entre os
familiares. Ressalte-se que será mantida a vontade da menor em querer ir
ficar em companhia do genitor nas datas acima referidas. Quanto a passar
fins de semana com o genitor quando este vem à Pernambuco, nunca houve
óbice da genitora quanto a isso, ocorre, porém, que a adolescente não quer
ficar na companhia de seu pai, assim a genitora não a obriga a estar com
seu pai. A infante já conta com 13 (treze) anos, e sua vontade deve ser
respeitada. Não há qualquer empecilho por parte da genitora nas visitações,
desde que a filha do casal queira estar junto ao seu pai, seja em
Pernambuco, São Paulo, fazer viagens etc...

III – DA RECONVENÇÃO:

1. Do cabimento da Reconvenção:

O atual Código de Processo Civil, mais precisamente

em seu art. 343, autoriza a reconvenção na própria contestação, mesmo
sendo esta independente.
 Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu
propor reconvenção para manifestar
pretensão própria, conexa com a ação
principal ou com o fundamento da
defesa.

Neste sentido, os mais diversos tribunais nacionais já

autorizaram a reconvenção em ações alimentares, tais entendimentos
firmados na jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. Ação revisional de
alimentos. Genitor em face dos filhos
menores. Reconvenção destes. Pleito
de majoração dos alimentos para seis
salários mínimos. Sentença de
improcedência do pedido inicial e de
parcial procedência da reconvenção.
Majoração dos alimentos para cinco
salários mínimos. Insurgência do
autor. Preliminar de não cabimento de
reconvenção em ação de alimentos.
Afastamento. Pretensão ao custeio de
alimentos in natura com despesas
escolares e plano de saúde ou,
alternativamente, redução para 2,5
salários mínimos. Constituição de
vínculo de emprego no curso do
processo, pelo genitor, titularidade de
patrimônio considerável e incremento
das despesas dos menores que
autorizam a majoração dos alimentos,
mas em patamar inferior. Dever
alimentar que compete a ambos os
 genitores. Genitora que é funcionária
pública e aufere renda suficiente.
Redução dos alimentos para três
salários mínimos. Recurso
parcialmente provido.
(TJ-SP - AC: 10005164320208260344
SP 1000516-43.2020.8.26.0344,
Relator: Maria de Lourdes Lopez Gil,
Data de Julgamento: 16/12/2021, 7ª
Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 16/12/2021).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE

ALIMENTOS. RECONVENÇÃO COM
PEDIDO DE GUARDA COMPARTILHADA.
POSSIBILIDADE. Inexiste impedimento
a que, em ação de alimentos, o réu
ofereça reconvenção com pedido de
guarda compartilhada. Ainda que
inexista conexão entre o pedidos inicial
e reconvencional, as demandas podem
tramitar de forma conjunta, pois a
forma como a guarda é exercida pode
influenciar no valor dos alimentos.
Sentença desconstituída para que seja
dado prosseguimento ao pedido
reconvencional. DERAM PROVIMENTO
AO APELO. (Apelação Cível Nº
70076213495, Oitava Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui
Portanova, Julgado em 08/02/2018).

(TJ-RS - AC: 70076213495 RS, Relator:

Rui Portanova, Data de Julgamento:
08/02/2018, Oitava Câmara Cível, Data
de Publicação: Diário da Justiça do dia
15/02/2018)

2. Do Mérito da Reconvenção:
 A representante legal da reconvinte, pretende, com a
ação que se segue, manter a quantia atualmente paga pelo demandado a
título de pensão alimentícia no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos
reais).
O que se pretende nesta reconvenção é a legalização
judicial do valor que habitualmente o genitor já contribui para a mantença
da sua filha e a inclusão da obrigação do reconvindo em pagar 50%
(cinquenta por cento) do valor que se gasta com material escolar e demais
insumos do início do ano letivo. O atual valor pago, corresponde a 1,92
salários mínimos, outrossim, nota-se que apesar do reconvindo alegar
desemprego em 2019, no ano seguinte constituiu empresa e atualmente
presta serviços como pessoa jurídica. Apenas a baixa da CTPS do autor,
como forma de demonstrar estar desempregado, não é suficiente para a
conclusão do decréscimo de sua renda, pois conforme já amplamente
debatido: mesmo supostamente desempregado, o autor habitualmente
paga o valor da pensão de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) e o
metade do material escolar, fardamento, etc...

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos,

sobrevier mudança na situação
financeira de quem os supre, ou na de
quem os recebe, poderá o interessado
reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou
majoração do encargo.

Ainda assim, a reconvinte já demonstrou de forma clara

e cabal que o autor/genitor tem condições em arcar com o valor da pensão
pretendida e dividir com a genitora o valor do material escolar, não tendo o
reconvindo se desincumbido do ônus em demonstrar que realmente houve
uma mudança em sua capacidade econômica.
 O potencial econômico do reconvindo continua o
mesmo, portanto consegue manter o valor da pensão não sendo certo e
tampouco aceito que a genitora arque com mais de 90% (noventa por
cento) do sustento de sua filha, digo, filha do casal.

Desse modo, levando-se em consideração o binômio

inerente às ações alimentares descrito no art. 1.694, § 1º do Código Civil, a
quantia paga a título de pensão deverá ser fixada em 1,92 salários mínimos
além da obrigação de custear em conjunto com a mãe as despesas
referentes às despesas do início do ano letivo escolar.

EMENTA: APELAÇAO - AÇÃO DE

ALIMENTOS - FILHA MENOR - FIXAÇÃO
- REQUISITOS - ART. 1.694, § 1º DO
CÓDIGO CIVIL - BINÔMIO
NECESSIDADE / POSSIBILIDADE -
OBSERVÂNCIA - SENTENÇA MANTIDA.
Devem ser mantidos os alimentos
fixados em conformidade com o
binômio necessidade/possibilidade,
previsto no art. 1.694, § 1º, do Código
Civil, se a parte não logra êxito em
comprovar que o valor determinado se
apresenta excessivo para quem os
presta.

(TJ-MG - AC: 10000205769748001 MG,

Relator: Kildare Carvalho, Data de
Julgamento: 25/11/2021, Câmaras
Cíveis / 4ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 26/11/2021).

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE

FAMÍLIA. AÇÃO DE REVISÃO DE
ALIMENTOS. IMPOSSIBILIDADE DE
REDUÇÃO DA VERBA ALIMENTAR. NÃO
COMPROVADA ALTERAÇÃO DA
SITUAÇÃO FINANCEIRA DO
ALIMENTANTE. 1. Nos termos do artigo
1.699 do Código Civil, é possível a
exoneração do devedor ou a redução do
 quantum dos alimentos se sobrevier
mudança na situação financeira tanto
do alimentante quanto do alimentando.
2. Caso em que o conjunto probatório
não aponta a alegada alteração da
situação financeira do alimentante,
entre a data em que foi fixada a
obrigação e a data em que ajuizou a
demanda revisional. De outro lado,
mantiveram-se as necessidades dos
alimentandos, que estão em período de
formação, estudam em colégio
particular e comprovaram o custeio das
mensalidades escolares e relativas ao
transporte. Assim, após análise do
binômio necessidade-possibilidade,
mostra-se inviável a redução dos
alimentos. Apelação desprovida.

(TJ-RS - AC: 70085019693 RS, Relator:

Vera Lucia Deboni, Data de
Julgamento: 25/08/2021, Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação:
30/08/2021).

Ressalte-se que na presente demanda o autor não de

desincumbiu do ônus probatório contido no Art. 1699 CC, pois apenas a
baixa de sua CTPS não é suficiente para provar mudança em sua renda e
como desde o ano de 2019 até os dias de hoje, o genitor deposita
mensalmente uma quantia próxima da dois salários mínimos, logo, mesmo
sem vínculo formal de emprego, concluímos que o demandante possui
condições financeiras em manter esse valor de pensão alimentícia para sua
filha.

Dá-se a Reconvenção, nos termos do art. 291 e 292, III do CPC, o valor de
R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

IV – DOS PEDIDOS:
1. Concessão da Justiça gratuita nos termos da fundamentação tanto na
contestação quanto na reconvenção.
2. Em face ao compêndio de provas juntadas pelas demandadas e em
face ao princípio da celeridade processual, requer a esse Douto juízo chame
o feito à ordem e revogue sua decisão quanto a fixação dos alimentos nos
moldes concedidos na tutela de urgência requerida na inicial.
3. Seja marcada audiência de conciliação online pela plataforma Webex
em face o genitor residir em outro Estado.
4. Seja fixado o valor da pensão alimentícia da contestante no importe
de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), pelos motivos já expostos
alhures.
5. Seja oficiado a JUCESP para que envie a este juízo o contrato social
da empresa constituída pelo autor.
6. Seja realizado SIBAJUD para que informe que informe a este juízo
TODA a movimentação bancária do autor dos últimos 12 (doze) meses,
inclusive contas digitais, incluindo-se também toda a movimentação
realizada pelo autor em cartões de crédito. Requer ainda que a pesquisa
seja feita tanto no CPF do genitor nº 172.862.898-96 quanto no seu CNPJ
nº 37.267.669/0001-54.
7. Seja realizado RENAJUD para saber se o autor possui veículo em seu
nome tanto pessoa física quanto jurídica, devendo ser informado marca,
ano e modelo.
8. Seja oficiado os cartórios de imóveis da Comarca de Vinhedo/SP para
saber da existência de imóvel próprio em nome do genitor como pessoa
física ou pessoa jurídica.
9. Intimação do reconvindo para querendo contestar nos termos do Art.
343 § 1º do CPC.
10. Oitiva do Ministério Público para suas ponderações.
11. Prazo para juntada de outros documentos, caso V. Exa. entenda ser
necessário.
12. Total improcedência da Ação Revisional de Alimentos e TOTAL
PROCEDÊNCIA DA RECONVENÇÃO, fixando os alimentos em 1.92
salários mínimos + 50% das despesas com material escolar e demais
insumos relativos às despesas do início do ano letivo.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova

em direito admitidos, em especial a juntada de documentos e depoimento
pessoal das partes.

Termos em que
Pede deferimento

Olinda, 25 de abril de 2023.

ANA MAGALI DUQUES DE SOARES

OAB/PE 18.040