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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA FAMILIA DE PAÇO DO


LUMIAR ESTADO DO MARANHÃO
PROCESSO Nº 0801674-08.2022.8.10.0049 “Muita paz tem os que amam a tua lei”.
(Salmo 119:165)

REQUERENTE: IZA GABRIELLE DUTRA DINIZ representada por ALEXSANDRA DUTRA MARINHO.

PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISIONAIS.

IZA GABRIELLE DUTRA DINIZ, representada nesse ato por ALEXSANDRA DUTRA
MARINHO, brasileira, solteira, cozinheira, portadora do RG nº 027117352004-6 SSP/MA e CPF nº
028316563-46, residente e domiciliado na Rua 02, Quadra 02, nº 03, Portal do Paço, Paço do Lumiar/MA,
CEP 65130-000, telefone (98) 98893-5446, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem,
com o devido respeito e superior acatamento, através de sua advogada HELENA AMÉLIA SALOMÃO
ROCHA, devidamente inscrita na OAB/MA de n° 6322, perante Vossa Excelência, requerer a habilitação nos
autos para representar a requerida conforme instrumento procuratório em anexo, requerer o que se com
fundamento na Lei de Alimentos e afins, propor a competente

AÇÃO DE ALIMENTOS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS EM CARÁTER LIMINAR

Contra JOSÉ COELHO DINIZ JÚNIOR, brasileiro, convivente, vigilante da CLASSI – laborando
na AGERP - Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do MARANHÃO não informado e
CPF não informado, residente e domiciliado na Rua José Veríssimo, nº 23, Fabril, São Luís/MA, próximo a Loja
Multimarcas, CEP 65025-540,expondo e argumentando o que adiante se segue legitimamente:

Preliminarmente requer a distribuição por dependência para 3ª VARA FAMILIA DE PAÇO


DO LUMIAR ESTADO DO MARANHÃO considerando processo de SEPARAÇÃO que tramita naquela
comarca.

1. DOS FATOS:

Consoante se verifica da inclusa certidão de nascimento, a alimentada é filha de JOSÉ COELHO


DINIZ JÚNIOR. Contudo reside em poder de sua mãe ALEXSANDRA DUTRA MARINHO.
Não obstante o primeiro suplicado tenha obrigação de pensioná-la na condição de ser seu pai, o
mesmo não lhe vem prestando auxílio, deixando-o ao desamparo e ao abandono.

O suplicado nada alega e nem ao menos digna-se a dar qualquer satisfação.

Por diversas, vezes a genitora da alimentada tentou conversar com o Suplicado e sua família,
inclusive dizendo que estava desempregada, sofrendo de depressão e precisava dessa vez da ajuda deles, no que
conste a alimentação da alimentada, portanto, esse fato não passou de promessas, hoje a genitora é cozinheira e
vive de trabalho intermitente que sabe-se que não chega a pagar um salário fixo.

Desta forma estamos diante de flagrante hipótese de responsabilidade do requerido, para


ministrar alimentos à pessoa da suplicante, sua filha, observando-se que possui emprego fixo sendo vigilante de
uma empresa conhecida CLASSI e que presta serviço em órgão do Estado além de possuir residência própria,
veículo, bens e condições satisfatórias de pensioná-la.

2. DA LIMINAR:

2.1. Dos alimentos provisórios:


A criança é um ser em desenvolvimento e, justamente por isso, deve ser atendida com prioridade
(Art. 4º, da Lei nº 8.069/90) nos pleitos que formular ao ente público, aqui considerado o Poder Judiciário.
Como o interesse social é a razão mais imperiosa deste tipo de demanda, a lei, antecipando
qualquer alegação das partes, de forma imperativa para não permitir ao juiz perda de tempo na análise da
questão, determina que deverão ser fixados alimentos provisórios em benefício do requerente, quando despachar
o pedido, ou seja, no primeiro momento em que tiver o processo em mãos.
Tendo em vista as peculiaridades do caso concreto, aliado ao “periculun in mora” e “fumus boni
iuris” presentes nitidamente nesta demanda, requerem as Autoras que seja o Réu obrigado a pagar, “in limine”,
uma pensão alimentícia provisória no valor de um salário mínimo vigente), até o trânsito em julgado
desta ação, assim como determina o Art. 4º c/c Art. 13, § 2º, ambos da Lei nº 5.478, de 25.07.1968, “in verbis”:
“Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo
devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
… “omissis” …
Art. 13. … “omissis” …
… “omissis” …
§ 2º. Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à data da citação”.
Neste sentido:
“Até quando são devidos – há muito que a jurisprudência se solidificou no sentido de reconhecer
que os alimentos provisionais serão pagos e percebidos até o instante da sentença definitiva, que os extingue, ou
que os substitui por outros, definitivos; contudo, vez por outra, ainda se acerram divergências no referente à
passagem em julgado da sentença; a Lei nº 5.478 cortou qualquer dúvida, quando diz que os alimentos
provisionais serão devidos até decisão final, inclusive o julgamento do recurso extraordinário (art. 1º, § 3°) [1]”.

Por analogia:
“Justifica-se a concessão de medida liminar ‘ínaudita altera parte’, ainda quando ausente a
possibilidade de o promovido frustrar a sua eficácia, DESDE QUE A DEMORA DE SUA CONCESSÃO
POSSA IMPORTAR EM PREJUÍZO, MESMO QUE PARCIAL, PARA O PROMOVENTE [2]”.

“… A iniciativa judicial só se justifica quando o INTERESSE PÚBLICO está em jogo, pondo em


risco a efetiva aplicação da lei protetiva, pela demora do provimento definitivo. São situações que podem ocorrer
nas questões de família, menores, acidentes do trabalho, saúde pública E OUTRAS ONDE HÁ ONDE HÁ
PREVALÊNCIA DO INTERESSE SOCIAL INDISPONÍVEL, IMPONDO URGENTE PROVIDÊNCIA
CAUTELAR PARA PREVINIR LESÕES DE DIFÍCIL REPARAÇÃO. Para cumprir sua finalidade a medida
cautelar terá que ser concedida ANTES DO JULGAMENTO, dispõe expressamente o Art. 798 do CPC[3]”.

É importantíssimo que esse Juízo arbitre os ALIMENTOS PROVISÓRIOS, uma vez que a
genitora da Autora está sozinha arcando contas como:

• Gastos escolares, ( comprovante da escola em anexo)


• Alimentação, ( algumas notas de supermercado , em anexo)
• Medicamentos, ( constantes
• Vestuário, calçados (que devem ser comprados continuamente, uma vez que a criança
encontra-se em fase de crescimento. )

GASTOS COM MERCADO R$ 300,00


HABITAÇÃO (ALUGUEL) R$200,00
ALIMENTAÇÃO R$400,00
HIGIENE R$ 200,00
EDUCAÇÃO (escola) R$200,00
Fardamento R$70,00
Materiais Escolares
VESTUÁRIO R$ 200,00
DESPESSAS DE CASA: Energia: R$274,00
ENERGIA ELÉTRICA Água: R$170,00
- AGUA Gás: R$130,00
- INTERNET Internet: R$ 100,00
- GÁS
MEDICAMENTOS Medicamentos: $180,00
LAZER R$ 200,00
TOTAL R$ 2.424,00

Tudo isso PÕE EM RISCO A SAÚDE DA MENOR, até porque o Réu NÃO QUIS HONRAR
COM SUAS OBRIGAÇÕES DE PAI, agindo covardemente contra o Autor.

Comprovantes todos em anexo deste.


.Tudo isso pões em risco a saúde e bem estar da menor, até porque o genitor não quis honrar com
suas obrigações, agindo covardemente contra a Autora (menor).

Excelência, é bom deixar claro que o Requerido, possui condições de arcar com a ajuda financeira
ao a filha menor, visto que, possui profissão definida e empregos fixo, laborando como SEGURANÇA NA
CLASSI, NA SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA – AGERP desse forma recebendo salário
fixo.

A capacidade econômica dos Requerido é visível e notória, visto que ostentam por onde andam e
em Redes Sociais na internet dessa forma Exa. A Requerente vem antes da Contestação requerer a emenda da
inicial no sentido de anexar os documentos, requerer os alimentos provisórios na medida de 40% dos
vencimentos do requerido ou conforme Vossa Exa. assim achar justo, uma vez que foi demonstrado o gasto de
uma criança de 6 anos em fase de crescimento, e também, que determine que seja mudado a classe no PJE da
referida Ação

Hoje, a genitora do alimentado encontra-se desempregada, sendo advogada pautista como é


classificado pelos escritórios que trabalham com empresas, vivendo assim da sorte do que vier.

Caso o Juiz assim decida, estará evitando a possibilidade de haver prejuízos irreparáveis e/ou de
difícil reparação para a indefesa menor:
“Periculum in mora – (Latim) Situação de fato que se caracteriza pela iminência de um dano
decorrente de demora de providência que o impeça. Muito Utilizada a expressão em casos de medidas cautelares
[4]”.
“Fumus boni iuris” – (Loc. lat.) Presunção de legalidade, possibilidade da existência de um direito
[5]”.

Assim, caso haja alguma demora na intimação do Réu já para pagar alimentos provisórios, as
Autoras e sua genitora sofrerão, COM CERTEZA, danos de difícil reparação.

3. DO DIREITO À PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA:


A criança é um ser humano ainda em formação, por isso, atender às suas necessidades básicas
tornou-se um dos pilares do alicerce que forma toda uma sociedade, pois, com o decorrer do tempo, a mesma se
tornará adulta e, em conseqüência, projetará na sua vida (dentro do seio social) tudo aquilo a que fora submetida.
Se teve ambiente propício para bem desenvolver-se, provavelmente tornar-se-á um cidadão saudável, tanto
física, quanto psiquicamente, sendo este, pois, um dos fundamentos do Estado “Social” Democrático de Direito:
“A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA (CF, Art. 1º, III)”
Igualmente, trata a Lei nº 8.069, de 13.07.1990, em procurar dar prioridade à criança, quanto à
tutela de seus direitos, p. ex.:
“Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
O novel Código Civil brasileiro regulamenta o direito material a alimentos da seguinte forma:
“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social,
inclusive para atender às necessidades de sua educação”.
Outrossim, traça a mesma Lei Substantiva Civil, no seu § 1º, do mesmo artigo, sobre a
quantificação da responsabilização da prestação alimentícia:
§ 1o. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos
recursos da pessoa obrigada”.
E, em seguida, estabelece as condições “sine qua nom” imprescindíveis ao pleito:
“Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes,
nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam,
pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento”.
Portanto, o Ordenamento Jurídico pátrio trata da questão com a segurança que o instituto
exige, a fim de que, sobretudo, não seja atribulada a paz social no contexto da
responsabilidade civil de prestação de alimentos, tanto para quem pede, quanto para quem
será obrigado a fornecer.
3.1. Dos alimentos definitivos:
Assim como já demonstrado, a Autora exerce seu direito a pretensão alimentícia em desfavor de
seu genitor no valor de R$ 1000,00 (Mil reais), tendo em vista a cômoda situação financeira que goza o Réu,
além de suas imperiosas necessidades materiais do dia a dia.
Assim, de acordo com as normas legais nesta ação invocadas, além das cabíveis aqui omitidas,
seja o Réu condenado a pagar a verba alimentícia pretendida, por ser medida de Direito e Salutar Justiça, pelo
menos até que a situação financeira das partes mude (Art. 15, da Lei nº 5.478, de 25.07.1968).
4. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS:
4.1. DOS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE PROCESSUAL:
Postula (m) os (as) Requerentes, para todos os fins de direito, os benefícios da Justiça Gratuita por
estarem, atualmente, com grandes dificuldades materiais e, por isso, sua situação econômica não lhe permite
pagar as custas do presente trâmite sem prejuízo do sustento próprio e/ou de sua família.
Portanto, estarem os (as) Requerentes na condição análoga ao previsto na Lei nº 1.060, de 05 de
fevereiro de 1950 [6], com as la Lei 7.871/89, c/c Art. 1º da Lei nº 7.115 [7], de 29 de agosto de 1983, bem como
o que determina a nossa Carta Magna, promulgada em 1988 [8], fazendo jus a tal benefício, até, pelo menos, que
se prove o contrário, tendo em vista que tal benefício é direito personalíssimo, líquido e certo, apesar de poder
ser revogado a qualquer tempo.
Neste sentido:
“ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – PRESENÇA DE REQUISITOS – CONCESSÃO –
RECURSO PROVIDO – Apresentando a requerente os requisitos constantes no artigo 4º
da Lei 1.060/50, impõe- se-lhe o deferimento dos benefícios da gratuidade judiciária; não
justificando, a sua denegação, o fato de ter a solicitante constituído advogado particular.
(TJMG – AG 000.297.725-4/00 – 8ª C. Cív. – Rel. Des. Sérgio Braga – J. 10.02.2003) (grifos
nossos) [9]”.
“PROCESSO CIVIL – JUSTIÇA GRATUITA – DECLARAÇÃO DE POBREZA
AFIRMADA – Pelo advogado. O pedido para ser contemplado com os benefícios da
justiça gratuita pode ter fincas em declaração de pobreza firmada pelo advogado com
poderes para o foro em geral, dispensada a exigência de poderes específicos, e pode ser
formulado em qualquer fase do processo, inclusive na apelação. Recurso parcialmente
conhecido e, nessa extensão, provido em parte. (STJ – RESP 543023 – SP – Rel. Min.
Cesar Asfor Rocha – DJU 01.12.2003 – p. 00365) [10]”.

Assim, mesmo não sendo os (as) Requerentes miseráveis, tem direito à tutela do Poder Judiciário
sem que fique adstrito ao pagamento das despesas do processo, bem como à sucumbência, caso venha a ser
vencido nesta ação, o que não acredita que vá acontecer, apenas por respeito ao princípio da eventualidade.
Idem:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – A concessão
de Assistência Judiciária Gratuita independe da condição econômica de pobreza ou miserabilidade da parte,
importando sim a demonstração de carência financeira, nem que seja ela momentânea, conforme se depreende do
art. 2º, § único da Lei 1.060/50 e artigo 5º, LXXIV da CF. Agravo de instrumento. Decisão monocrática dando
provimento. (TJRS – AGI 70006492433 – 12ª C. Cív. – Rel. Des. Marcelo Cezar Muller – J. 04.06.2003) [11]”.
5. DOS REQUERIMENTOS:
“Ex posittis”, requer:
(a) ANTES DE QUALQUER PROVIDÊNCIA, seja o Réu condenado, “in limine” a pagar
ALIMENTOS PROVISÓRIOS na base de R$1.000 (mil reais, em caráter liminar, “inaldita altera pars”
(antes de tomar ciência da causa, o que poderá dificultar ou tornar demorado a satisfação essencial à manutenção
material da indefesa Autora, que é menor impúbere e tem a saúde muito fragilizada, cujos alimentos são
essenciais, não só para sua manutenção material, assim como, sobretudo, indispensável para mantê-la VIVA);
(b) em decorrência da concessão da LIMINAR, seja, também o Réu intimado para
comparecer à Audiência de TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO, ocasião em que, não havendo acordo,
deve o mesmo ser CITADO para se defender, se quiser, sob pena de revelia e confissão;
(c) seja o Réu condenado a pagar ALIMENTOS DEFINITIVOS no valor de R$ 1.000,00.;
(d) os valores arbitrados, tanto a título de pensão provisória, quanto a título de pensão definitiva,
devem ser depositados pelo Réu na CONTA POUPANÇA conta poupança caixa: 000868847771-8, agência
3120,operação 013, que a genitora da Requerente abriu apenas para esse fim;
(e) a intimação do Ministério Público para que acompanhe a presente até o final (Art. 82 e incisos,
CPC);
(f) caso torne-se revel o Demandado, seja esta ação julgada nos moldes dos Arts. 319 c/c 330, I,
CPC, por não haver mais necessidade de materialização probatória nos autos;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, especialmente pela
juntada posterior de documentos, ouvida da Parte Ré, depoimentos testemunhais abaixo arroladas, perícias,
diligências e tudo mais que se fizer necessário para a prova real no caso “sub judice”.
Valor da causa: R$ 12.0000,00.
São os termos em que, pede e espera, pois, DEFERIMENTO URGENTE e PROCEDÊNCIA.
.São Luís /MA 28 de março de 2023

HELENA AMÉLIA SALOMÃO ROCHA


OAB/MA 6322
(assinado digitalmente)

Helena Salomão
advogada
Avenida Antares, n.913, Recanto dos Vinhais, São Luís - MA.
(98) 98858-2629 / 98590-8162 (Whatsapp).

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