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Apontamentos de Geografia 7ºAno

Introdução à Geografia

Noção de Geografia

A geografia é a ciência que estuda a localização e a descrição dos lugares à superfície da Terra,
que interpreta e explica as inter-relações entre os fenómenos Naturais e os humanos da Terra.

O geógrafo responde a questões como: onde? (localizar); como? (descrever); porquê?


(interpretar).

O que estuda a Geografia?


- Fenómenos naturais
- Atividades humanas
- Problemas sociais e ambientais, etc.

Ciências que se relacionam com a Geografia

Sociologia

Climatologia Meteorologia

Geografia
Ecologia História

Demografia Economia

Tipos de observação
Observação direta – quando se observa a paisagem no próprio local

Observação indireta – quando observamos sem estar no local. Resulta, por exemplo, da leitura,
análise e interpretação de mapas.
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A observação tem ainda vários planos de observação:

A paisagem

Definição: A paisagem é um espaço dinâmico, onde diferentes fatores naturais e humanizados


interagem e originam constantes alterações.

Elementos da paisagem

 Elementos Naturais: Aqueles que se relacionam com a natureza sem intervenção


humana (árvores, água, vegetação)
 Elementos humanos: aqueles que resultam da ação transformadora do ser humano
(pontes, estradas, etc.) estrutura da paisagem e permitem a análise pormenorizada.

Tipos de Paisagem

Paisagens naturais são aquelas onde predominam os elementos naturais, havendo poucos
vestígios da actividade humana.

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 Paisagens Humanas ou Humanizadas são


aquelas onde é visível a intervenção do Homem
e onde os

elementos naturais quase não se percebem.

Paisagem humana - Batalha Paisagem natural – Deserto

Formas de representação da Terra

Como podemos representar o espaço geográfico?

Tipos de Mapa
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Mapas gerais/ de base

Aqueles a partir dos quais se elaboram outros mapas.

Planisférios – representam, de forma r eduzida, a totalidade do planeta, sem grandes


pormenores, sem a separação dos hemisférios.
Plantas – representam, esquematicamente, pequenas áreas (salas de aula, uma vila), com
muitos pormenores.
Mapas-mundi – representam toda a superfície da Terra, de forma reduzida, com a
separação dos hemisférios.
Mapas Topográficos – representam regiões pequenas, com muitos pormenores (altitude,
cursos de água, estradas).

Mapas temáticos

Representam um tema, fenómenos localizáveis de qualquer Natureza (“em cima”dos mapas


gerais)

Mapas políticos – representam países, regiões administrativas.


Mapas físicos – representam aspetos físicos da paisagem (relevo, clima, a vegetação).
Mapas demográficos – representam a distribuição da população ou fenómenos
relacionados.
Mapas de estradas – representam vias de comunicação.
Mapas demográficos: Representa a população.

Escalas
Elementos fundamentais do mapa

Título – deve identificar o mapa, fazendo referência ao fenómeno representado, ao espaço e ao


período de tempo em análise, de forma rápida e clara.

Legenda – possibilita a interpretação do mapa, através de símbolos ou cores que são


acompanhados de breves explicitações do seu significado.

Orientação – possibilita localizar e fazer uma leitura correta do representado.

Escala – razão entre a distância no mapa e a distância real correspondente (indica-nos a


quantidade de vezes que a área foi reduzida).

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Tipos de escala

Escala numérica – representada por um traço de fração.

Ex: 1:5000; 1/5000;

Distância no mapa 1
Distância Real
5000

Escala gráfica – representação por um segmento de reta com um determinado comprimento.

Ex: 0 6km
|__|__|__|
3 cm no mapa correspondem a
6km na realidade.

Cálculo distância real num mapa

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Classificação dos mapas:


 Mapas de grande escala: superior a 1: 50 000
 Mapas de média escala: entre 1:50000 e 1:500 000
 Mapas de pequena escala: inferior a 1: 500 000

Quanto maior é o denominador, mais pequena é a escala.

Quanto menor é o denominador, maior é a escala .

Quais as projeções cartográficas:

Projeção plana: Indicada para representar as zonas polares;


Projeção cônica: Indicada para representar continentes ou países;
Projeção cilíndrica: Indicada para representar toda a superfície terrestre.

Localização de Lugares
Tipos de localização dos lugares

Localização Relativa – localização em


relação a outro lugar, a partir da rosa dos
ventos.

Ex: Portugal localiza-se a sudoeste da Europa.

Esta localização é simples (logo, muito utilizada),


mas pouco exata e pouco precisa, permitindo

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uma localização aproximada. Varia no tempo e no espaço.

Orientação pelo sol

Localização absoluta – localização a partir da latitude e longitude (que se determinam a


partir dos círculos terrestres).

Esta localização não varia no tempo ou no espaço, objetiva (exata e precisa).

Elementos geométricos da esfera terrestre

Círculos máximos - Círculos imaginários que dividem a Terra


em duas partes iguais.

1. Equador –> perpendicular ao eixo da Terra, divide-a


em hemisférios norte e sul.
2. Meridianos -> perpendiculares ao equador, que
passam pelos pólos, formados por semimeridianos
(dois semicírculos opostos). O meridiano de Greenwich
divide a Terra em hemisfério ocidental e oriental.

Círculos menores

Círculos imaginários que dividem a Terra em partes diferentes.

1. Paralelos de lugar -> perpendiculares ao eixo da Terra,


paralelos ao Equador.

A localização absoluta

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Latitude - Distância angular medida a partir do Equador até ao paralelo de lugar. Varia de 0º a
90º e é medida para Norte e para Sul.

Longitude - Distância angular medida a partir do Meridiano de Greenwich até ao semimeridiano


de lugar. Varia de 0º a 180º e é medida para Este e para Oeste.

Altitude – distância em metros, medida na vertical, desde o nível médio das águas do mar (0m)
até ao lugar. Pode ser:

1. Positiva – o lugar está acima dos 0 metros. (posição A)


2. Negativa – o lugar está abaixo dos 0 metros. Quando está submerso fala-se em
profundidade (Posição C)
3. Nula – o lugar está ao nível das águas do mar, nos 0 metros. (Posição B)

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Os Continentes

Limites naturais da Europa

Norte: Oceano Glacial Ártico.

Oeste: Oceano Atlântico.

Sul: Mares Mediterrâneo e Negro.

Este: Montes Urais, Rio Ural e Mar Cáspio.

Sudeste: Cordilheira do Cáucaso.

Principais penínsulas da Europa

Principais ilhas da Europa

Principais micro- estados


estado
independente de um país
que tem as suas próprias
leis.

 Vaticano
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 Liechtenstein
 Mónaco

Relevo na Europa

Países e capitais da Europa

Albânia - Tirana Dinamarca - Copenhaga Islândia - Reiquejavique

Andorra - Andorra - a - Eslováquia - Bratislava Itália - Roma


velha
Eslovénia - Liubliana Letónia - Riga
Austria - Viena
Espanha - Madrid Liechtenstein - Vaduz
Bélgica - Bruxelas
Finlândia - Helsínquia Lituânia - Vilnius
Bielorrússia - Minsk
França - Paris Luxemburgo
Bósnia-Herzegovina -
Sarajevo Grécia - Atenas Macedónia - Skopje

Bulgária - Sófia Holanda - Amsterdão Malta - La Valeta

Chipre - Nicósia Hungria - Budapeste Moldávia - Chisinau

Croácia - Zagreb Irlanda - Dublin

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Mónaco - Cidade do Reino Unido -Londres Suécia - Estocolmo


Mónaco
República Checa - Praga Suiça - Berna
Montenegro - Podgorica
Roménia - Bucareste Turquia - Ankara
Noruega - Oslo
Rússia - Moscovo Ucrânia - Kiev
Polónia - Varsóvia
São Marino Vaticano - Cidade do
Portugal - Lisboa Vaticano
Sérvia - Belgrado

A União Europeia - UE

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Objetivo da União Europeia (Antiga Comunidade Económica Europeia CEE)


 Promover o progresso económico e social;
 Cooperação entre os países ao nível da economia, educação, cultura;
 Criação da moeda única: o Euro (introduzida no mercado em 2002);
 Livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais.

Quando iniciou:

1957 - Tratado de Roma – Forma-se a Comunidade Económica Europeia (CEE) pela


França, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Itália.

1973 - 1º Alargamento: Reino Unido, Dinamarca e Irlanda.

1981 - 2º Alargamento: Grécia.

1986 - 3º Alargamento: Portugal e a Espanha.

1992 - Tratado de Maastricht: A CEE passou neste ano a chamar-se União Europeia.

1995 - 4º Alargamento: Finlândia e a Suécia.

2004 - 5º Alargamento: dez países pertencentes à Europa de Leste: a Estónia, a Letónia,


a Lituânia, a Eslovénia, Malta, a Polónia, a Republica Checa, a Eslováquia, a Hungria e o
Chipre.

2007 - 6º Alargamento – Tratado de Lisboa: Roménia e Bulgária.

Com a saída Atual da Inglaterra (2016), existem 26 países na União Europeia

Direitos dos Cidadãos Europeus

 Votar para o parlamento Europeu;


 Liberdade de circulação e residência em todos os países da União europeia;

Símbolos da União Europeia Instituições Europeias:

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 Tribunal de Justiça e Tribunal
de Contas;
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África

Mais importantes:

Moçambique – Maputo

Angola – Luanda

Guiné Bissau – Guiné

África do Sul – Pretória

Egito – Cairo

Os desertos:

Deserto do Sara

Um rio: Rio Nilo (Egito)

Os PALOPS (países africanos com língua oficial portuguesa) são:

 Guiné-Bissau
 São Tomé e Príncipe
 Cabo Verde
 Angola
 Moçambique

América do Norte e Central

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Principais Países:

Canadá: Otava

EUA: Washington

México: Cidade do México

América do Sul

Principais Países:

Brasil: Brasília

Peru: Lima

Argentina: Buenos Aires

Chile: Santiago

Venezuela: Caracas

Colômbia: Bogotá

Ásia

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País Mais Extenso do Mundo: Rússia

País mais populoso do mundo: China

Um rio : Indo

Algumas capitais:

Japão: Tóquio

China: Pequim

Coreia do Sul: Seul

Oceânia

Capitais dos Países:

Austrália: Camberra

Nova Zelândia: Wellington

Elementos climáticos
São elementos que caracterizam e definem o clima, tais como:

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Temperatura: grau de aquecimento do ar atmosférico num dado lugar;


Precipitação: queda de água no estado líquido ou sólido (chuva, granizo, neve);
Humidade: quantidade de vapor de água presente na atmosfera;
Nebulosidade: Porção de céu coberto de nuvens;
Pressão atmosférica: Força que o ar atmosférico exerce por unidade de superfície;
Insolação: número de horas com o sol acima do horizonte;
Vento: deslocação de ar numa certa direção.

Aparelhos de medição

Estações Meteorológicas: Locais onde são recolhidos dados sobre o estado do tempo.

Estado do tempo vs Clima

Estado da atmosfera num Estados da atmosfera durante um


determinado sítio e momento. longo período de tempo, num lugar.

Variação da temperatura

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Isotérmicas: linhas que unem os pontos de valores de temperatura média iguais.

Mapa de isotérmicas: representam a distribuição das temperaturas.

Temperatura média diurna = Soma das temperaturas registadas no dia


Nº de registos

Temperatura média mensal = Soma das temperaturas médias diurnas registadas


Nº de dias do mês

Tempera média anual = Soma das temperaturas médias mensais


12 meses

Amplitude térmica anual/mensal/diária = Temperatura mais elevada – Temperatura mais baixa

Temperatura máxima: após o meio-dia solar (entre as 13 a 15 horas)

Temperatura mínima: antes do nascer do Sol, porque os lugares não recebem radiação solar e o
aquecimento resulta apenas da radiação terrestre, que também vai diminuindo durante a noite.

Variação da Precipitação

Precipitação – queda de partículas de água que atingem o solo no estado sólido ou líquido
(aumenta à medida que a latitude diminui). Podem ser na forma de:

Chuva – gotas de água


Neve – cristais de gelo
Granizo - grãos de gelo transparentes com diâmetro até 5mm.
Saraiva - pedaços de gelo com diâmetro entre 5 a 50mm

Ponto de saturação: quantidade máxima de vapor de água que o ar pode conter.

Humidade absoluta: quantidade de vapor de água por unidade de volume de ar (g/m ). 3

Humidade relativa: relação entre a quantidade de vapor de água existente num determinado
volume de ar e a quantidade de vapor de água necessária para o saturar, sem variação da
temperatura.

Movimento de Translação da Terra

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O movimento de translação da Terra explica as diferenças no aquecimento da Terra e por sua


vez as quatro estações do ano. Por essa mesma razão há diferentes tipos de clima.

Fatores Climáticos
Os elementos climáticos variam consoante:

 1. A latitude.
 2. O relevo (altitude e orientação geográfica das cordilheiras montanhosas).
 3. Precipitação
 4. As correntes marítimas
 5. A proximidade ou afastamento do mar (continentalidade).

1. A influência da latitude no clima

Temperatura

A variação da temperatura também depende da inclinação dos raios solares sobre a Terra, logo
da latitude.

Quando os raios solares chegam à Terra Na perpendicular , a temperatura é mais elevada


porque:

a) A área recetora de energia é pequena.


b) Há uma grande concentração de energia.
c) A massa atmosférica atravessada pelos raios é menor o que leva a menos perdas de
energia.
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Logo, à medida que a latitude diminui, a temperatura aumenta.

Quando os raios solares chegam à Terra com mais inclinação, a temperatura é mais baixa
porque:

a) A área recetora de energia é maior


b) Há uma menor concentração de energia.
c) A massa atmosférica atravessada pelos raios é maior, o que leva a perdas de energia.

Logo, à medida que a latitude aumenta, a temperatura diminui.

Aumento da Latitude

Pressão Atmosférica

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2. A influência do relevo no clima

À medida que a altitude aumenta a temperatura


diminui.

Aumento da altitude.

Diminuição do vapor de água, CO2, outras partículas


sólidas e líquidas.

Diminuição da absorção da radiação solar e da terrestre.

Diminuição da temperatura.

3. A influência da precipitação no clima

Para ocorrer precipitação tem de haver a ascensão do ar. Há vários processos que dão origem a
vários tipos de chuvas:

Chuvas orográficas: ascensão do ar ao longo das vertentes das


montanhas. Podem ser de chuva ou de neve.

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Chuvas convectivas: ascensão do ar, causada pelo seu aquecimento.


Esse aquecimento deve-se ao contacto com a superfície continental que
esta muito quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e ascende.

Chuvas frontais: ascensão do ar, devido ao contacto de duas massas de ar diferentes. Pode ser
de frente fria ou de frente quente:

Frente fria: frente e, que o ar frio avança, introduzindo-se por baixo do ar quente, que é
obrigado a subir.

Frente quente: frente onde o ar quente avança, sobrepondo-se ao ar frio.

4. As correntes marítimas

Correntes quentes: moderam as temperaturas (e assim as temperaturas no litoral são mais


amenas). Ex: Corrente do Golfo do México

Correntes frias: contribuem para o arrefecimento do ar no inverno e para o aquecimento no


verão (e assim a amplitude térmica anual é maior).

5. Continentalidade

O mar tem um efeito moderador nas temperaturas

 Mais proximidade do mar -› menor continentalidade -› a variação de temperatura é menor


e mais precipitação.
 Menos proximidade do mar -› maior continentalidade -› a variação da temperatura é
grande, pouca precipitação.

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Tipos de Clima
Gráfico termopluviométrico: representação gráfica da variação da temperatura e da
precipitação média mensal ao longo de um ano.

Climas quentes
1. Clima Equatorial Vegetação

-Uma única estação Floresta Equatorial: muito densa, verde e


compacta.
-Ausência de meses secos É formada por estratos:
-Amplitude térmica anual quase nula -superior: árvores altas e menos densas
-médio: copas densas
-Temperatura superior a 25ºC
-inferior: árvores mais baixas e jovens
-Precipitação abundante durante todo o ano -estrato arbustivo denso e alto
-estrato herbáceo pouco desenvolvido
-Latitudes próximas do equador

2. Clima tropical húmido Vegetação

-Duas estações: húmida mais Floresta semelhante à do clima equatorial,


mas menos densa, menos húmida.
longa que a seca

-Temperatura superior a 20ºC Savana Alta: bosque pouco denso: as árvores


são mais espaçadas e têm copas largas. O
-Fraca amplitude térmica anual
estrato herbáceo é denso e alto.
-Chuva abundante durante mais de seis meses Savana Baixa: árvores dispersas e baixas. O
estrato herbáceo é mais baixo e menos denso.
-Zona envolvente do clima equatorial

1. Clima tropical seco


Vegetação
-Duas estações: a seca e a húmida
Estepe: arbustos rasteiros dispersos e
-Temperatura elevada ao longo do ano
ervas baixas, que diminuem com a
-Fraca amplitude térmica anual redução da precipitação.

-Precipitação concentrada em 3 a 4meses

-Zona envolvente dos desertos

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2. Clima desértico quente


- Uma única estação
Vegetação
- Ausência de meses húmidos
Arbustos espinhosos e tufos
- Temperatura elevada anual
herbáceos muito pouco
- Grandes amplitudes térmicas diárias numerosos. Existência de Oásis.

- Amplitude térmica anual significativa

- Precipitação fraca ou nula, total anual < 150mm

Climas Temperados Vegetação


1. Clima Mediterrânico Floresta mediterrânica
-estrato superior (arbóreo) pouco denso,
- Verão longo, quente e seco de folha persistente e verde (oliveira,
- Inverno húmido azinheira, sobreiro, pinheiro manso).
- o estrato herbáceo surge só na
- Temperaturas amenas primavera e no outono.

- Fraca amplitude térmica anual Maquis: formação arbustiva, densa e


fechada que constitui um denso matagal.
- Período seco no verão

- Chuvas irregulares, outono e inverno


Garrigue: formação arbustiva aberta, com
- < 3 meses arbustos dispersos.
secos.

2. Clima Marítimo

- Verão suave com alguma chuva


Vegetação
- Inverno moderado
Floresta caducifólia – árvores altas
- Temperaturas médias mensais sempre positivas
e de folha caduca (castanheiro).
- Reduzida amplitude térmica anual

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3. Clima Continental
Vegetação
- Verão curto, quente
Floresta mista: folha caduca
- Inverno longo, muito frio e seco (carvalho e nogueira) e folha
- Elevada amplitude térmica anual persistente (coníferas e taigas –
pinheiro, cedro).
- Precipitação escassa a ocorrer sobretudo no verão

e no inverno sob a forma de neve


Ausência de meses secos

Climas Frios
1. Clima Subpolar Vegetação
- Inverno longo e muito frio Floresta Boreal – taiga (pinheiro, abeto)

- Verão curto e pouco quente

- Elevada amplitude térmica anual

- Precipitação reduzida, sobretudo no verão

Exemplos: Alasca, Canadá, Sibéria

2. Clima polar Vegetação


- Permanentemente muito frio Tundra – vegetação rasteira (musgos,

- Não existe verão líquenes, fungos) nos meses frios


quando se dá a fusão do gelo.
- Elevada amplitude térmica anual

- Precipitação rara (sob a forma de neve)

Exemplos: Norte do Canadá, Norte da Sibéria, Gronelândia, Antártida

3. Clima de altitude
Vegetação
- Frio todo o ano
Vegetação distribuída por
- Temperatura diminui com a altitude
andares.
- Precipitação é elevada todo o ano

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Resumindo:

Formas de relevo
Relevo – conjunto de formas da superfície terrestre. As formas de relevo são diferentes devido a
algumas alterações provocadas no solo:

 Movimentos internos da terra que fraturam e enrugam a crosta terrestre;


 Aos agentes erosivos (como a água, vento, mudança de temperaturas) que fraturam e
desgastam as rochas.

Tipos de relevo:

 Montanhas - Forma de relevo de grande altitude, normalmente superior a 1000m, com


encostas de inclinação acentuadas, vales profundos e topos pontiagudos.
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 Planaltos - Forma de relevo de média ou elevada altitude, superior a 200m com topos
planos. São antigas montanhas desgastadas pela erosão.
 Colinas - Elevações de baixa altitude, geralmente inferiores a 400m, de formas
arredondadas.
 Vales - As vertentes podem ser mais ou menos inclinadas ou abruptas. São por vezes
atravessados por cursos de água.
 Planícies - Planas, inferiores a 200m. Podem resultar da ação da erosão ou da deposição
de sedimentos transportados pelos rios – planícies aluviais.

Formas de Cartografar o relevo

Mapas Hipsométricos: através de uma gradação de cores que representam a


variação da altitude;

Mapas Topográficos: através de curvas de nível, cuja disposição permite


caracterizar o relevo;

Perfis topográficos: representação do perfil do relevo num plano vertical,


segundo uma dada direção.

Maiores Cordilheiras Montanhosas

A nível mundial:

Himalais, na Ásia – o seu ponto mais alto é o Evereste e o planalto mais extenso é o Tibete.

Andes, na América do Sul – o seu ponto mais alto é o Aconcágua.

Montanhas Rochosas, na América do Norte – o seu ponto mais alto é o Mckinley.

A nivel europeu:

Caucaso – limite da Europa a sudeste

Alpes – na Europa do Sul

Pirenéus – fronteira de Espanha com a França

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Maiores Planícies do Mundo

Planicie Europeia: prolonga-se na extensa planicie siberiana

Grandes planicies aluviais associadas aos rios:

 Missipi, na América do Norte;


 Amazonas e Paraná, na América do Sul,
 Iansequião e Huang Ho, na Ásia Oriental;
 Indo e Ganges, na Ásia Meridional.

Grande Bacia Artesiana: Na Austrália, percorrida pelo rio Darling.

Bacias Hidrográficas

Bacia Hidrográfica: territorio drenado por uma rede hidrográfica – a água da precipitação escoa
para a rede hidrográfica que a conduz ao mar, através do rio principal.

Confluência: local onde se juntam dois cursos de água;

Interflúvio: área mais elevada que marca a separacção entre duas bacias hidrográficas.

Vale: área alongada, de menor altitude, muitas vezes ocupada por cursos de água que
contribuiram para a sua formação.

Caudal: volume que passa por uma secção do rio por segundo (m /s)

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O caudal dos rios e a densidade de uma rede hidrográfica dependem da precipitação


registada na respetiva bacia hidrográfica.

Evolução de uma bacia hidrográfica

Processos naturais:

Erosão;

Alteração do nível médio das águas do mar;

Processos resultantes da ação humana:

-› Poluição das águas (resíduos urbanos, industriais e agropecuários);


-› Construções em leitos de cheia;
-› Diferentes usos do solo, como a construção de habitações, estradas, etc.;
-›A construção de barragens;

Num curso de água pode-se distinguir:

Leito de estiagem Leito normal Leito de cheia

pouco caudal caudal intermédio áreas inundadas

Um regime fluvial pode ser:

Regular: o caudal mantem-se mais ou menos constante.

Irregular: o caudal tem variações.

Ou ainda:

Perene: Nunca seca.

Intermitente: seca ou congela parte do ano.

Efémero: só aparece quando chove muito.

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Perfil de um rio

Perfil longitudinal de um rio – linha que une os pontos do fundo do leito do rio, desde a
nascente até à foz.

Perfil transversal de um rio: linha resultante da interseção de um plano vertical com o vale,
perpendicular à direção deste, num determinado ponto.

Devido à altitude, aos diferentes graus de dureza das rochas e ao relevo, surgem vários tipos
de vales:

A - Vale em V fechado/ garganta –› nascente; muito


estreitos e profundos; muito encaixados.

B - Vale em U/ V aberto/ vale normal –› em direção à


foz; mais largo; menos encaixado.

C - Vale aberto/ plano/ caleira aluvial –› foz,


planícies aluviais; muito largos; muito pouco
encaixados.

Gestão dos Recursos Hídricos – ex: Barragens

A gestão dos recursos hídricos tem como objetivo:

 a racionalização do seu consumo.


 o controlo da qualidade da água.
 o tratamento das águas residuais.
 o aumento da capacidade de aprovisionamento (para garantir o abastecimento de
água).

As barragens permitem:

 Armazenar água doce;


 Produzir eletricidade;
 Regularizar os caudais;
 Criar espaços para turismo e lazer.

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O relevo litoral
Erosão marinha: ação de desgaste, transporte e acumulação exercida pelo mar.

As alterações da linha de costa dependem:

 Das características das rochas em contacto com o mar.


 Da intensidade da erosão do mar.
 Dos movimentos da crosta terrestre.
 Das alterações climáticas.

Aumento da temperatura Diminuição da temperatura

Subida do nível do mar Descida do nível do mar

Transgressão marinha Regressão marinha

Costa de transgressão Costa de emersão

Tipos de costa

Baixa (praia)- relevo baixo; arenoso; rochas pouco resistentes à erosão.

Alta (Arriba)- relevo alto; escarpado; rochas resistentes à erosão. É o tipo de costa mais
sensível à erosão pois o mar desgasta a base da arriba, o topo da arriba cai (por falta de
apoio), provocando o seu recuo, o surgimento da plataforma de abrasão e a de acumulação.
Como o mar deixa de lá chegar, transforma-se numa arriba morta ou fóssil.

Plataforma de acumulação

Plataforma de abrasão

As arribas fósseis também podem resultar da regressão marinha ou das movimentações das
placas continentais. O Homem também tem um papel importante.

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Em Portugal:

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