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Rederde , Aneori.

Direitos Autorais cedidos para Coachemconcursos (aos 12-


04-2017). – 1. ed. – Curitiba : Coachemconcursos, 2020.
(Coleção
Coachemconcursos®)
 

Revisão Aneori Rederde


Capa: Renan Rederde

Data de fechamento da edição: 14-06-2020

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punido pelo artigo 184 do Código Penal.

SOBRE A AUTORA
Mais de 25 anos ministrando aulas na rede regular de
ensino e em cursos preparatórios para certames públicos.
Foi servidora pública da Secretaria de Estado da Saúde do
Paraná e Professora junto ao Instituto Federal do Paraná.

APRESENTAÇÃO
Olá Pessoal!

Por meio desse curso teceremos alguns comentários sobre


temas recorrentes, atinentes à língua portuguesa, que
costumam cair em provas de concursos policiais e carreiras
jurídicas.

Para a elaboração do conteúdo exposto foram levadas em


consideração as atuais regras do Acordo Ortográfico. Esse
estudo é essencial, pois visa aprofundar seus
conhecimentos no que tange à maneira correta de grafar as
palavras e memorizar as mudanças que nela surgiram.

Feitos tais esclarecimentos, desejo a todos bons estudos e


rumo à aprovação.

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO

SUMÁRIO

ACENTUAÇÃO  GRÁFICA

1.1. Monossílabos

1.2. Oxítonas

1.3. Paroxítonas

1.4. Proparoxítonas

1.5. Grafia dos Vocábulos e Hifenização

PONTUAÇÃO

2.1. SINAIS DE PONTUAÇÃO


3

USO DOS PORQUÊS

3.1. POR QUE

3.2. PORQUE

3.3. POR QUÊ

3.4. PORQUÊ

MORFOLOGIA:  FLEXÃO VERBAL

4.1. FLEXÃO NÚMERO:

4.2. FLEXÃO PESSOA:

4.3. FLEXÃO DE TEMPO:

4.4. FLEXÃO DE MODO

4.5. FLEXÃO DE VOZ

4.6. FLEXÃO NOMINAL

4.7. FLEXÃO DE GÊNERO

4.8. FLEXÃO DE NÚMERO

4.9. PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

CLASSE DE PALAVRAS

5.1. SUBSTANTIVOS
5.2. ARTIGO

5.3. ADJETIVO

5.4. PRONOME

5.5. ADVÉRBIO

5.6. PREPOSIÇÃO

5.7. CONJUNÇÃO

5.8. VERBO

SINTAXE:  ANÁLISE SINTÁTICA

6.1. ESSENCIAIS

6.2. TERMOS ACESSÓRIOS

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

7.1. FRASE

7.2. ORAÇÃO

7.3. PERÍODO

REGÊNCIA

8.1. REGÊNCIA VERBAL

8.2. REGÊNCIA NOMINAL


9

CONCORDÂNCIA

9.1. CONCORDÂNCIA NOMINAL

9.2. CONCORDÂNCIA VERBAL

10

CRASE

10.1. CRASE FACULTATIVA

10.2. CRASE É PROIBIDA

QUESTÕES DE CONCURSOS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1
ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Olá pessoal!!! Eu sei que muitos de vocês pensam:


Acentuação? Isso mesmo, é bom rever, estudar e se
garantir. Vamos começar?

Acentuação gráfica   nada mais é do que símbolos


escritos sobre algumas letras para representar o que consta
nas regras de acentuação da língua portuguesa. Esses
acentos são usados para diferenciar a pronúncia de palavras
que fogem do padrão comum.

Vocês sabem que quase todas as palavras da língua


portuguesa, de duas ou mais sílabas, possuem uma tônica,
porém nem sempre esta vem indicada com acento
gráfico. Os monossílabos átonos e dissílabos átonos são a
exceção à regra.

Com a Reforma Ortográfica a língua portuguesa tornou-se


mais simples e descomplicada, especialmente no quesito
acentuação.

Abaixo encontram-se as regras de acentuação gráfica, de


forma clara e simplificada.

1.1. Monossílabos são palavras que contém apenas


uma sílaba tônica ou átona.

Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em


a,e,o seguidas ou não de s . O monossílabo tônico mesmo
isolado, tem significado.

Exemplo1: pé, pó, fé, só, lá,

Exemplo2:   Ana mora só naquela casa velha.

Nessa frase, o monossílabo tem sentido:  só = sozinha 

Os monossílabos átonos são:

a) Artigos:   o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

b) Pronomes pessoais oblíquos:   me, te, se, o, a, os, as,


lhe, nos, vos.

c) Preposições:  de, em, por, sem, sob, com.

Exemplo: Ana gosta de brincar .

d) Pronome relativo:   que.

e) Conjunções:  ou, que, se, e.


1.2. Oxítonas são palavras que a sílaba tônica é a
última. Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em
a, e, o seguidas ou não de s, éns, em.

Exemplos: sofá, café, cipó, mané, inglês, parabéns,


armazém.

A criança sujou o sofá .

1.3. Paroxítonas são palavras que a sílaba tônica é a


penúltima.  Acentuam-se as palavras paroxítonas: 

a) Terminadas em i ou is .

Exemplos:  Aquele homem foi julgado pelo júri.

Riscaram a parede com o lápis.

b) Terminadas em um e uns.

Exemplos : A garota completou seu álbum de figurinhas.

Ele comprou dois álbuns.

c) Terminadas em r, x, n, l, os

Exemplos : Admiro pessoas que tem caráter.

Preciso tirar uma radiografia do tórax.

Com a nova ortografia ouve mudança no uso do hífen.

É muito fácil fazer doce de abóbora.

A musculação deixou seu bíceps grande demais.

d) Terminadas em ão e ãos
Exemplos : Ela foi correndo para o sótão.

Ela pretende doar seus órgãos.

e) Terminadas em us.

Exemplo : Ganhei bônus com descontos para comprar


naquela loja.

f) Terminadas em ã e ãs

Exemplos : Ela é órfã de pai e mãe.

Ele colocou todos os ímãs na geladeira.

Pessoal observem que esses quadros com exemplos,


colaboram bastante no entendimento e memorização
. No entanto, a leitura cotidiana leva o aluno a ter uma
memória implícita de como se escrevem as palavras
corretamente. Desta forma, é imprescindível a leitura de
bons jornais, boas revistas, bons livros, a fim de
proporcionar a ampliação do conhecimento da grafia de
palavras, especialmente as mais complicadas e que são as
costumeiras em concursos.

ATENÇÃO: Com a nova ortografia não se acentuam


mais os ditongos abertos ei e oi das palavras
paroxítonas.

Era acentuado Ficou sem acento

Platéia plateia

Idéia ideia
Heróico heroico

As palavras paroxítonas com hiato oo e ee seguidos ou não


de s , não são mais acentuadas, conforme a nova
ortografia .

Exemplos:   Seu voo continua atrasado.

Eles leem todos os dias, um livro de história.

Acentuam-se as palavras que contenham   i e u   tônicas,


formam hiatos, sílabas sozinhas, seguidas de s   e não
seguida de nh , nem repetida e nem precedida de ditongo
em paroxítonas.

Exemplos: Ela tornou-se uma pessoa muito egoísta.

Adriano vai passar verniz nos balaústres.

1.4. Proparoxítonas são palavras nas quais a sílaba


tônica é a antepenúltima. As palavras Proparoxítonas são
todas acentuadas, sem exceção.

Exemplos : A lâmpada ficou acesa o dia todo.

Adoro fazer e comer doce de abóbora .

■ Fiquem atentos nesta mudança!

Não se acentua mais, com acento agudo u   tônico dos


grupos gue, gui, que, qui, argui, arguis, averígue, averígues,
apazigues, conforme a nova ortografia.

Com a nova ortografia o trema foi abolido!


Com trema Sem
trema

Pingüim pinguim

Lingüiça                                                            
linguiça
            

Freqüência frequência

Tranqüilo tranquilo

O trema continua apenas nas palavras estrangeiras e suas


derivadas.

Exemplo : Müller     -   mülleriano      

Acentua-se com til para indicar nasalização das vogais .

Exemplo : maçã, coração, exceção.

Mantém-se o acento diferencial nessas quatro palavras a


seguir, para que possamos distingui-las, pois sua grafia é
igual.

- pôde   (verbo poder no tempo passado) /  pode  (verbo


poder no tempo presente);

- pôr ( verbo) / por (preposição);

- vem   ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm  ( verbo


vir na 3ª pessoa do plural);
- tem   ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo
ter na 3ª pessoa do plural).

              1.5. Grafia dos Vocábulos e Hifenização

O novo Acordo Ortográfico alterou algumas regras do uso do


hífen , causando uma interrogação na cabeça das pessoas,
especialmente naquelas que estudaram a leitura e escrita,
antes da reforma ortográfica entrar em vigor.

Para que você possa tirar suas dúvidas, vou descrever


abaixo as novas regras do uso do hífen.

1.5.1. Vogais Iguais

Quando o prefixo terminar com a mesma vogal com que a


segunda palavra começar. Você usa hífen .

Exemplo: anti – inflamatório

O prefixo “ anti ” termina com a mesma vogal que a


palavra “ inflamatório” começa. Fiquem atentos!!
Quando isso acontece, sempre usamos hífen.

Observe os exemplos abaixo:

Micr o-o ndas            contr a - a taque                 arqu i-i


nimigo

micr o - ô nibus                sem i - i nterno                  aut o-o


bservação

É válido lembrá-los que em alguns prefixos, como: contra e


semi , não existe alteração em relação à regra anterior,
uma vez que já havia determinação para o uso do hífen
diante de palavras iniciadas por vogal. Exemplo: semi-
internato, semi-analfabeto, contra-ataque, contra-
argumento.

1.5.2. Palavras Iniciadas com H.

Usa-se hífen diante de palavras iniciadas com  “ H ”

Com prefixos: anti, co, mini, super ,  usa-se hífen quando


a segunda palavra iniciar com H . 

Exemplo : anti – higiênico  /   anti – herói   /  co – herdeiro  /


 super – homem / mini – hotel.

■ De olho na dica:

Toda regra tem uma exceção, a palavra subumano fica


assim:

Junção SUB  + HUMANO ,  a palavra perde o H   e perde o


hífen.

A grafia passa ser SUBUMANO.

1.5.3. C onsoantes Iguais.

Quando o prefixo (inter, sub, super, hiper) terminar com


consoante e a segunda palavra começar com a mesma
consoante, usa-se hífen .

Um bom exemplo dessa regrinha é a palavra  “sub-


bibliotecário”. No caso, o prefixo “sub ” termina com B e
a palavra “bibliotecário ” também começa com B ,
formando a palavra “ Sub-bibliotecário ” ,  portanto é
obrigatória o uso do hífen entre elas.

Exemplo: inter-racial / sub-bibliotecário / super-resistente /


super-romântico Inter- relação / hiper – requintado.
■ De olho na dica:

Como toda gramática possui exceção, nesse caso também


temos uma. O prefixo SUB também usa hífen diante de
palavras iniciadas com R .

Exemplo:   sub –raça  /   sub –região     /    sub – regimento

Nos prefixos CIRCUM e PAN se usa hífen se a segunda


palavra começar com M, N ou VOGAL .

Exemplo:  circum-navegação     /    circum – mediterrâneo  


 /    circum – adjacência   /         pan-americano

1.5.4. Prefixos

Usa-se hífen após os prefixos : sem, além, aquém,


recém, pós, pré e pró, com palavras de significado
próprio.

Exemplo:  ex-aluno        /            ex-presidiário      /         ex-


presidente

sem-terra           /     sem-teto

além-mar            /     além-túmulo      /    além - fronteiras

aquém-mar         /       aquém - oceano

recém-casado     /    recém-nascido

pós-graduação    /    pós-doutorado

pré-vestibular      /    pré-adolescente    /    pré – história    /  


pré – natal

pró-europeu        /     pró-desarmamento
Se atentem para essa regrinha, pois costuma cair muito em
provas de concursos públicos, especialmente dada a
usualidade das expressões!!!!

1.5.5. Vogais Diferentes

N ão se usa mais o hífen quando o prefixo termina em


vogal diferente da vogal com que se inicia a segunda
palavra.

Exemplo 1 : A palavra  extraoficial é formada pelo prefixo


“extra” (termina com  a ) + “oficial” (começa com  o ) .
Como a vogal que termina o prefixo (“a”) e que começa a
palavra (“o”) são diferentes, não se utiliza o hífen.

Exemplo 2:   autoaprendizagem     /      autoestrada    /  


coautor     /      infraestrutura   plurianual     /    semiaberto.

Existem algumas exceções que foram uniformizadas com


essa regra.

Exemplo : aeroespacial, antiaéreo, agroindustrial,


socioeconômico, socioambiental

Essa regra e suas exceções são muito


importantes!!!!! Especialmente a grafia das palavras
socioeconômico, socioambiental, coautor,
semiaberto, etc.!!!

1.5.6. PREFIXOS TERMINADOS POR VOGAL E


PALAVRAS INICIADAS POR “R OU S”.

Eis outra regrinha que fala sobre quando não devemos


usar o hífen . Isso ocorre,  quando o prefixo termina em
vogal (auto) e a segunda palavra inicia com consoante R
ou S (retrato) . Não se usa hífen e nesse caso a
consoante deve ser dobrada .  Escreve-se (autorretrato).
Exemplos:

Era com hífen Agora sem hífen

Extra – seco Extrasseco

Contra – regra Contrarregra

Ultra - sonografia                         ultrassonografia              


                     

Ante – sala Antessala

1.5.7. PREFIXO TERMINADO POR VOGAL E PALAVRA


INICIADA POR CONSOANTE DIFERENTE DE R e S.

Não se usa hífen quando o prefixo terminar em vogal e a


segunda palavra começar com consoante diferente de R   e 
S.

Um exemplo dessa regra é a palavra  anteprojeto . Ela é


formada pelo prefixo ante (que termina com e) + projeto
(que começa com P). Como o prefixo termina com vogal
(“e”) e a consoante que começa a segunda palavra (“p”)
não é R ou S , não se usa o hífen.

Observe esses exemplos :   anteprojeto   /   autopeças   /


antipedagógico   /geopolítica/ microcomputador   /  
semicírculo   /  ultramoderno.
De olho na dica!!! MUITO IMPORTANTE!!!   O prefixo
VICE sempre utiliza hífen.  

  Exemplo: vice-presidente, vice-almirante, vice-rei, vice-


governador.
 

1.5.8. É obrigatório o uso do hífen

Após o Novo Acordo Ortográfico em palavras formadas pelos


prefixos: ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré e
pró.

Lembrem-se que, toda vez que você utilizar esses prefixos


para formar uma palavra, tem que usar o hífen.

Exemplos:   ex-aluno  /  ex-presidente  /  ex-marido  /  sem-


teto  / sem-terra  

além-mar   /   aquém-mar   /   recém-nascido   /   recém –


casado  /  pós-doutorado    

pós – graduação  /  pré- adolescente  /pré – vestibular / 


pró- europeu.

1.5.9. Em Locuções Substantivas

É um conjunto de palavras que equivale a um só vocábulo.


Quando com função de substantivo não se usa hífen.

Exemplos: pão de ló  /  café da manhã  /  café  com leite  /


 fim de semana.

1.5.10. Não se usa hífen

Em palavras que perderam a noção de composição,


quer dizer, em expressões que perderam sentido próprio.
Exemplos: paralama   /   parachoque   /   paraquedas   /
 mandachuva.

2
PONTUAÇÃO

Como surgiram os sinais de pontuação?

Os primeiros sinais de pontuação surgiram no início do


Império Bizantino (330 a 1453 D.C.). Mas sua função era
diferente das atuais. O que hoje é ponto final, servia para
separar uma palavra da outra. Os espaços brancos entre
palavras só apareceram no século VII, na Europa. Foi
quando o ponto passou a finalizar a frase. O ponto de
interrogação é uma invenção italiana, do século XIV. O de
exclamação surgiu no século XIV. Os gráficos italianos
também inventaram a vírgula e o ponto-e-vírgula no século
XV (este último era usado pelos antigos gregos,  muito
antes disso, como sinal de interrogação). Os dois pontos
surgiram no século XVI. O mais tardio foram as aspas, que
surgiram no século XVII. Tudo foi ficando mais claro com o
aumento da importância da escrita [1] .

2.1. SINAIS DE PONTUAÇÃO


Afinal o que é pontuação?

Pontuação são sinais gráficos destinados a separar


unidades, para deixar o texto e a frase com pausas,
entonação e ter maior entendimento. Vocês sabem que o
ponto, a vírgula, o ponto e vírgula, o ponto de interrogação,
o ponto de exclamação, dois pontos, entre outros, são sinais
de pontuação. Vamos à análise de cada um deles.

2.1.1. PONTO
É o sinal de pontuação que indica maior pausa, também é
usado para marcar o final de um período ou frases
declarativas.

QUADRILHA

João amava Teresa que amava Raimundo

que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o


convento, 
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, 
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes 
que não tinha entrado na história . [2]

O ponto também é usado na maioria das abreviaturas


.

Exemplo: prof., cel., adj., subj., etc.

Observe que após o ponto pode aparecer outros tipos de


pontuação.

2.1.2. VÍRGULA

A vírgula (,) é um sinal de pontuação utilizada para separar


termos dentro de uma oração ou de um período, com pausa
curta.

■ A vírgula é usada para separar objetos de mesmo valor


gramatical que podem ser listados, são termos coordenados
assindéticos.
E xemplo : O prato o copo a caneca e os talheres estavam
sujos.

Esses objetos poderiam ser listados. Significa que


precisamos separá-los por vírgula.

O prato, o copo, a caneca, e os talheres estavam sujos.

Na regra geral não se usa vírgula antes da letra e , porém


como toda gramática há sempre uma exceção. Fiquem
atentos!!

Observe que se usarmos e em todas as partes, chamamos


de polissíndeto, nesse caso ela é facultativa, mesmo
assim, dê preferência a vírgula.

Exemplo: O prato, e o copo, e a caneca, e os talheres


estavam sujos.

■ Usa-se vírgula entre qualquer termo que intercale as


partes de uma frase, porém isso ocorre somente quando a
leitura for lida com pausa.

■ Usa-se para separar o Vocativo.

Exemplo : Rodrigo, venha assistir o vídeo sobre os


pandas.

■ Para marcar a omissão do verbo.

Exemplo: Guilherme prefere Rock e Renan, jazz.

■ Separar o Aposto.

Exemplo: Curitiba, a cidade mais ecológica do país ,


tem muitas praças e parques.
■ Usa-se vírgulas para isolar palavras e expressões
explicativas como: isto é, ou melhor, ou seja, aliás, digo,
entre outras.

Exemplo: Assisti ao filme, ou melhor , o documentário


que me indicastes.

■ Separam-se por vírgulas as Orações Subordinadas .

a. Adjetivas Explicativas.

Exemplo: Santos Dumont, que é considerado o pai da


aviação , inventou o avião .

Pessoal!! Fiquem atentos!!!

b. As orações subordinadas adjetivas restritivas não


admitem o uso da vírgula.

Exemplo: A mulher que bebe vive pouco.

c. Oração Subordinada Substantiva: não se recomenda


o uso da vírgula entre a oração principal e a oração
subordinada substantiva .

Exemplos: Espero/ que pense melhor sobre o assunto.

Necessito de que falem mais alto.    

Quando as orações são iniciadas pela palavra que , exerce


a função sintática de objeto direto, objeto indireto, sujeito.
Como já sabemos, não se usa vírgula.  Desta forma, as
orações subordinadas substantivas não se separam da
oração principal, por meio de vírgula.

d. Orações Subordinadas Adverbiais: Recomenda-se


que use vírgula entre as orações subordinadas e a oração
principal, porém não há obrigatoriedade.
Exemplo: Como fazia muito frio, decidimos tomar um
chocolate quente.

Portanto, o uso da vírgula torna-se dispensável,


quando a oração subordinada vier depois da
principal.

Exemplo: As meninas ficaram felizes, quando aparecemos.

■ Predicativos sem verbo de ligação, nesse caso a


vírgula é facultativa .

Exemplo: Começaram juntos, a leitura.

Começaram juntos a leitura.

Fiquem atentos!!!

Quando o adjetivo predicativo estiver no final, a vírgula


será facultativa, se a vírgula estiver no início da frase, será
obrigatória.

Exemplo:   Começaram juntos a leitura.

Começaram juntos, a leitura

A leitura, começaram juntos.

■ Use vírgula entre Orações Coordenadas


Assindéticas

As orações coordenadas assindéticas são orações


independentes, que não possuem relação sintática com as
demais orações, tem sentido mesmo fora de um texto, não
são ligadas por conjunções, geralmente são separadas por
vírgula .
Exemplo: Tomou um gole, olhou o horizonte, cruzou as
pernas, chamou o garçom.

Observem que cada vírgula separa uma oração coordenada


assindética.

■ Vírgula e orações coordenadas sindéticas:

a. Usa-se vírgula para separar orações coordenadas


sindéticas aditivas ligadas pela conjunção 'e' quando os
seus sujeitos forem diferentes. Abaixo no exemplo existem
dois sujeitos, 'ela' na 1ª oração e 'seu amigo' na 2ª oração:

Exemplo: Ela foi ao cinema, e seu amigo foi comprar


pipoca.

b. Coordenada Sindética Adversativa.

Usa-se vírgula para separar orações coordenadas sindéticas


adversativas em períodos compostos.

Exemplo: Ela foi ao cinema, mas não gostou do filme.

Mas fiquem atentos!!!

Em certos casos a conjunção  “ e ”   adquire o valor de


adversativa e, assim sendo, deve ser antecedida por
vírgula:

Exemplo: Ela foi ao cinema, e não gostou do filme. (= mas


não gostou do filme).

c. Coordenada sindética alternativa.

Usa-se vírgula para separar a oração alternativa, quando


falada com pausa:
Exemplo: Ou você larga o celular para almoçar, ou tomo
de você.

d. Coordenada sindética conclusiva.

A conjunção ajuda a formar a ideia de conclusão do fato.


Usa-se vírgula:

Exemplo:   Sérgio estudou bastante, então , mereceu


passar no concurso.

e. Coordenada sindética explicativa.

Usa-se vírgula antes de oração introduzida por conjunção


que dá a ideia de explicação:

Exemplo: Rafael saiu correndo, pois estava atrasado.


(Porque estava atrasado)

2.1.3. PONTO E VÍRGULA ( ; )

O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula,


servindo para separar partes da frase em que afirmam algo
sobre elementos diferenciados. Desta forma, servem para:

■ Separar orações coordenadas adversativas ou


conclusivas substituindo a vírgula.

Exemplo: O mundo está mal ;  as pessoas estão doentes.

■ Separar orações coordenadas adversativas ou


conclusivas, para substituir a vírgula.

Exemplo: Achei várias moedas; porém todas estavam


enferrujadas.

■ Separar itens de uma enumeração.


Exemplo: Na festa de aniversário, as crianças adoraram: a
cama elástica; a piscina de bolinhas; os doces; e a
maquiagem.

■ Separar de um decreto ou lei, a palavra


considerando.

Exemplo: Considerando que está esgotado o prazo legal;

■ Separar orações coordenadas adversativas quando


a conjunção aparecer no meio da oração.

Exemplo: Precisava encontrar todos os itens no Mercado


Municipal ;  faltou, porém, cinco itens.

2.1.4. DOIS-PONTOS ( : )

O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz


numa frase não concluída.

■ Para anunciar a fala de personagens nas histórias


de ficção.

Exemplo:   Indo para “A Festa do Céu” a tartaruga disse: 


“_vou indo na frente porque sou devagar!” (Angela Lago)

■ Para anunciar uma citação.

Exemplo: Como diz o ditado : um dia da caça, outro do


caçador .

■ Para anunciar uma enumeração, emprego


facultativo.

Exemplo: Os alunos que irão se formar são :  Ana, Renan,


Saulo e Maria.

■ Antes de orações apositivas.


Exemplo: O convite foi feito sob condição :  irem todos de
traje casual.

■ Para indicar um esclarecimento, resultado ou


resumo do que se disse.

Exemplos: Ela era assim mesmo :  não gostava de gritaria.


Resultado :  corri com esforço, mas alcancei a média.
Em resumo :  abri uma empresa virtual e hoje estou rico.

Atentem!! Importante saber!  Os dois-pontos


costumam ser usados na introdução de exemplos,
notas, observação, exceção. Veja:

Exemplos:   Nota: Não esqueça de ...

Observação: Observem que na linguagem culta...

■ Na invocação das correspondências.

Exemplo: Prezados Senhores :

Convidamos  todos para reunião, que será dia 6 de agosto,


no auditório.
           Atenciosamente,
           A Direção.

2.1.5. PONTO DE INTERROGAÇÃO (?)

É usado propriamente nas interrogações diretas .

Exemplo:   Quem fez o primeiro gol?

Também usado entre parênteses após uma expressão que


não se tenha certeza.

Exemplo: Achou uma bolsa Louis Vuitton(?).


Observe: Há dúvida que a bolsa seja mesmo de Louis
Vuitton.

2.1.6. PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)

Sempre usado em interjeições e frases exclamativas.

Exemplos: Não grite!

       Silêncio!

       Oh!  Que dúvida cruel!  (interjeição)

2.1.7. TRAVESSÃO ( _ )

■ No discurso direto, indicando  fala da personagem


ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

Exemplos: – O que você comprou vô?


                             – Seu presente de Natal meu netinho .

■ Para separar expressões ou frases explicativas


intercaladas, substituindo a vírgula.

Exemplo:   A tese  –   uma dissertação sobre Tarsila do


Amaral –  foi apresentada a banca.

Importante!! Costuma cair em provas essa regrinha


da substituição da vírgula pelo travessão.

2.1.8. ASPAS ( " " )

■ As aspas têm como função destacar citações ou


transcrições textuais.

Exemplo: Sócrates afirmava: “Três coisas devem ser feitas


por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e
decidir imparcialmente”.
■ Para representar publicações de livros e revistas,
porém são facultativas.

Exemplo: Você leu  " O mundo de Sophia " ?

■ Para destacar estrangeirismos, neologismos,


gírias, expressões populares, ironia.

Exemplo:  Ocorreu o maior babado na festa.

2.1.9. RETICÊNCIAS ( ... )

Indicam uma interrupção da frase, devido, muitas vezes a


elementos de natureza emocional, proporcionam ao leitor
uma pausa longa.

■ Usada para indicar continuidade de uma ação ou


de um fato.

Exemplo: A vida passa, porém...

■ Para indicar suspensão ou interrupção do


pensamento.

Exemplo:   Vim até aqui achando que ...

■ Para representar, na escrita, hesitações comuns na


língua falada.

Exemplo: Não vou tomar café porque...

■Para realçar uma palavra ou expressão.

Exemplo: Você está muito ... misteriosa.

2.1.10. PARÊNTESES (  )
■ Usados com a função de isolar termos de valor
acessório, expressão ou palavra, tem independência
numa oração.

Exemplo:   Era uma tarde de domingo, vi um homem idoso,


cabelos grisalhos, (quanto o avistei  lembrei do meu avô
querido) caminhando lentamente pelo Jardim Botânico.

■ Usado para indicar uma sigla, nome próprio,


referência bibliográfica.

Exemplo: Procure a Ordem dos Advogados do Brasil. (OAB)

2.1.11. APÓSTROFO.

■ Costuma indicar supressão de letra.

Exemplo: Caixa d’ água

3
USO DOS PORQUÊS

Pessoal!

Não é fácil escrever de acordo com a norma culta da língua.


Em prol das muitas possibilidades da grafia do uso dos
porquês, a dificuldade aumenta ainda mais.

Vou explicar de forma simplificada e fácil para que vocês


entendam.

Vamos aprender como usá-los?

3.1. POR QUE


Usa-se   por que interrogativo grafado separado e sem
acento.

Exemplo: Por que não fez a pesquisa?

  Atente para o fato de que, nesse caso, é possível


substituí-lo pela expressão “por qual razão”. 

Outro exemplo:   Pesquisamos por que amplia nossos


conhecimentos.

Podemos substituí-lo pela expressão “para que”.

Ainda é possível substituir esse por que pela expressão


pelo (a) qual, pelas quais.   

Exemplo: A forma de pesquisa por que estudamos, será


aceita.

3.2. PORQUE
O porque junto e sem acento é conhecido como porque de
resposta. É explicativo ou causal .

Geralmente ,   indicará uma explicação, equivalendo à


conjunção “pois”, ou uma causa, representado pela
conjunção “como”.

Observe também que geralmente aparece em frases


declarativas (frases com ponto final ou ponto de
exclamação).

Exemplo:   As crianças foram dormir tarde porque ficaram


assistindo um filme.

3.3. POR QUÊ


Usa-se por quê separado e acentuado no final de frases
interrogativas diretas , quando há a presença da
interrogação.

Exemplo: Não veio ontem, por quê?

E indiretas quando a pergunta fica implícita .

Exemplo:   Não me questione por quê , mas eu não gostei


dessa ausência...

3.4. PORQUÊ
Usa-se porquê junto e acentuado, quando for
substantivado e a expressão aparece precedido do artigo o
.  Seu significado deve se comparar ao da palavra “motivo”

Exemplo:   Quero saber o porquê (motivo) dessa


bagunça.

Pessoal atenção!

Uma palavra precedida de um artigo definido (o, a,


os, as) ou artigo indefinido (um, uma, uns, umas)
deve ter valor de um substantivo, na gramática da
língua portuguesa passa ser  chamado de
”substantivação ”.

Resumo  

Forma Emprego Exemplos

Por Em frases Por que   você está


que interrogativas diretas chorando?
e indiretas
Em substituição à (interrogativa direta)
expressão "pelo
qual" (e suas Conte-me  por que   ela se
variações) foi.. (interrogativa indireta)

Os córregos   por que nos


banhamos estavam límpidos
..( por que = pelos quais )

Em frases 
afirmativas
Não fui a festa porque não
Porque (explicativas ou
tinha convite.
causais), em
respostas.

Você não fez as tarefas, por


Em frases quê?
Por
interrogativas diretas
quê Não me pergunte por quê,
e indiretas
não fui.

Quero saber o porquê


Porquê Como substantivo
dessa tristeza.

■ ■ ■ ■ ■ Portanto, uma boa forma de começar a


estudar o uso dos porquês é pela eliminação do que é
mais fácil de memorizar. Comece memorizando o uso
do “o porquê”, passe para a análise do “por que” e
“por quê”, bem como as respectivas diferenciações.
Por fim, estude o uso do “porque”.

4
MORFOLOGIA: FLEXÃO VERBAL

Pessoal esse conteúdo é relevante, serve de base


para outros que vocês precisam dominar.

O verbo é a palavra mais passível de flexões, por isso não


temos dúvidas em reconhecê-lo em um contexto. Todo
verbo se flexiona em número, pessoa, tempo, modo e voz.

4.1. FLEXÃO NÚMERO:  


Singular e plural.

O verbo pode estar no singular ou plural , concordando


com o sujeito da oração .

  Exemplos :  A menina sorriu . (singular)

                          A menina e o menino sorriram . (plural)

4.2. FLEXÃO PESSOA:  


Primeira pessoa (aquela que fala = eu)

Segunda pessoa (aquela com quem se fala = tu)

Terceira pessoa (aquela de quem se fala = ele/ela)

As pessoas gramaticais correspondem aos pronomes


pessoais: eu, tu, ele/ela (singular) nós, vós, eles/elas
(plural).

Pessoal!! Fiquem atentos!!

Na FLEXÃO DE PESSOA o verbo concorda com o sujeito.


Exemplos: Eu faço o almoço. (primeira pessoa do singular)

      Tu fazes o almoço. (segunda pessoa do singular)

      Ele/Ela faz o almoço. (terceira pessoa do singular)

No Brasil, atualmente as formas verbais de segunda


pessoa (tu e vós) são pouco usadas. Em diversas regiões
elas são substituídas pelos pronomes de tratamento (você
e vocês), que exigem concordância verbal em terceira
pessoa.

Exemplos: Você anda de skate pelos parques?

        Vocês andam de skate pelos parques?

4.3. FLEXÃO DE TEMPO:


Presente, pretérito ou passado, futuro.

Exemplo: falo (presente), falei (pretérito ou passado),


falarei (futuro).

Outro exemplo:   Ane escreve o livro atentamente.


(presente)

Observe que o verbo exprime um fato presente , que


acontece no momento em que se fala.

Exemplo: Ane escreveu o livro atentamente. (passado)

Observe que o verbo exprime um fato passado , que


aconteceu antes do momento que se fala.

Exemplo : Ane escreverá o livro atentamente. (futuro)


Observe que o verbo exprime um fato futuro , que
acontecerá após o momento que se fala.

O tempo presente não tem subdivisões, porém o pretérito e


o futuro apresentam subdivisões.

Presente O menino foge

Pretérito Perfeito O menino fugiu

Imperfeito O menino fugia

Mais- que- perfeito O menino fugira

Futuro Do presente O menino fugirá

Do pretérito O menino fugiria

4.4. FLEXÃO DE MODO


A flexão de modo destaca a forma como o falante enuncia o
verbo. Temos três modos verbais: Indicativo, Subjuntivo e
Imperativo.

4.4.1. MODO INDICATIVO

O falante enuncia o fato verbal como algo real, certo.

Exemplo: Eu canto essa música.


a) Presente: Demonstra o fato verbal no momento atual.

Exemplo: Escrevo poemas.

b) Pretérito ou Passado: É dividido em pretérito perfeito,


imperfeito e mais- que- perfeito.

■ Pretérito Perfeito – É o passado realmente falado, pois


indica ação extinta.

Exemplo: Escrevi poemas.

■Pretérito Imperfeito – A ação é repetida, prolongada.

Exemplo : Escrevia poemas.

■Pretérito mais-que-perfeito – A ação é passada em


relação a outra ação que também é passada.

Exemplo: Quando Pedro levantou, Maria já escrevera os


poemas.

c) Futuro: No futuro o fato verbal ainda irá acontecer.

■Futuro do presente -   ação ocorrerá no futuro.

Exemplo: Escreverei poemas

■ Futuro do pretérito – A ação é futura, porém com


dependência. Era chamado de modo condicional.

Exemplo:   Se Maria quisesse, eu escrevia poemas.

4.4.2. MODO SUBJUNTIVO

O modo verbal expressa ideia de dúvida. É caracterizado


por conceito semântico, exprime ação hipotética, fora da
real. Costuma aparecer em orações subordinadas. O modo
subjuntivo divide-se em Presente, Pretérito imperfeito e
Futuro.

a) Presente – Expressa uma possibilidade ou um fato


incerto no presente.

Exemplos: Marcia espera que eu escreva os poemas.

Marcia espera que amanhã ele escreva os poemas.

b) Pretérito Imperfeito – indica condição ou tempo, sobre


o que se diz em outra oração ou  a possibilidade de um fato
ter ou não acontecido.

Exemplos:   Meu filho me compreenderia se eu


escrevesse os poemas.

O grupo me aceitaria se eu escrevesse os poemas.

c) Futuro – Indica a possibilidade de um fato ocorrer,


porém depende de uma ação futura.

Exemplo:   Quando eu escrever os poemas, alguém


recitará.

4.4.3. MODO IMPERATIVO

Forma-se do presente do indicativo e do presente do


subjuntivo, sendo afirmativo ou negativo . Esse modo verbal
expressa uma ordem, convite, alerta, súplica, conselho,
recomendação entre outros. Não existe a primeira pessoa
do singular (eu).

■ IMPERATIVO AFIRMATIVO – usamos o verbo


conjugado nas segundas pessoas do singular e plural –
tu ou vós – forma-se do presente do indicativo sem a
letra s.
- Usamos o verbo conjugado na terceira pessoa do
presente do subjuntivo, para os pronomes você ou
vocês.

- Quando estiver na primeira pessoa do plural, usa-se o


verbo conjugado na primeira pessoa do plural do modo
subjuntivo.

Exemplos:

Fala tu

Fale você

Falemos nós

Falai vós

Falem vocês

Pessoal!

Esse é o verbo mais fácil lembrar.... é muito usado


por pessoas autoritárias.

■ IMPERATIVO NEGATIVO

É formado do presente do subjuntivo na totalidade, sempre


acrescentando a palavra não .

Exemplo:

Não fales tu

Não fale você

Não falemos nós


Não faleis vós

Não falem vocês

Resumindo:

Modo indicativo   Indica um fato concreto

Modo subjuntivo  Indica um fato duvidoso, hipotético

Modo  Indica um pedido, uma ordem, súplica.


imperativo  

4.5. FLEXÃO DE VOZ


Voz ativa, passiva e reflexiva.

■ Voz ativa –  O sujeito é agente e pratica a ação verbal.  

Exemplo: As formigas fizeram ninho.

■ Voz passiva – O sujeito sofre a ação verbal.

Divide-se em:

a) analítica ou verbal -   composto pelo verbo ser e o


particípio do verbo principal.

Exemplo: O ninho foi feito pelas formigas.

b) sintética ou pronominal -   composta pela partícula


apassivadora se
Exemplo : Fizeram-se ninhos. (Os ninhos foram feito).

■ Voz reflexiva – O sujeito pratica e recebe a ação verbal.


O pronome reflexivo está sempre presente nas orações.

Exemplos:  O menino se lambuzou com o chocolate.

        Tu te machucaste.

         Eu me cortei.

4.6. FLEXÃO NOMINAL


A flexão nominal indica gênero (masculino e feminino) e
número (singular e plural) das palavras, quer seja:
substantivos, adjetivos, pronomes e numerais.

4.7. FLEXÃO DE GÊNERO


Na Língua Portuguesa há dois gêneros: masculino e
feminino.

        Exemplos : o homem    –   a mulher

                       Um menino  -  uma menina

- Na variação de gênero troca-se as vogais temáticas e ou o


do gênero masculino pelo a do gênero feminino.

Exemplos : Mestr e  -  mestr a

                       Macac o – macac a

- Acrescentando a desinência a

Exemplos :  redator -  redator a


                        roedor – roedor a ,

                        escritor – escritor a

- Através de um sufixo, com variação de gênero e


derivação. Com ou sem alteração do radical.

Exemplos : duque – duquesa

                  príncipe – princesa

- Através de um substantivo heterônimo, uma palavra


diferenciada.

Exemplos :  ator  -  atriz

                        cavalheiro  - dama

                          duque   -   duquesa

                      plebeu  -  plebeia

                         frei   -  sóror

                               oficial  -  oficiala

É impossível exaurirmos as hipóteses de flexão nominal, ao


passo que muitos dos casos são vislumbrados e aprendidos
através de muita leitura e pesquisa, o que torna, de fato, a
interpretação de textos e a resolução de questões de
concurso na área de Português muito mais fáceis.

4.8. FLEXÃO DE NÚMERO


Na flexão de número (singular-plural), os nomes, as classes
admitem flexão quando variáveis no plural.
Vejamos as principais regras gramaticais da flexão de
número .

a)    Geralmente acrescentamos s.

Maçã  - maçãs

pêra  -  peras  

inseto – insetos

b)      Quando a palavra terminar em r ou z ,


acrescentamos es.

Exemplos: Mártir – mártir es

 hambúrguer – hambúrguer es

nariz – nariz es .

c)     Se a palavra for oxítona, acrescenta o s.

            Exemplos :  café – cafés

                              sofá – sofás

d)     As palavras terminadas em x  são invariáveis,


flexiona-se somente o artigo.

Exemplos : o Xerox  -  os Xerox

                   o tórax – os tórax

e)     As palavras terminadas em el  átono, seu  plural


acrescenta eis .

              Exemplo:  túnel – túneis


f)       As palavras terminadas em el tônico, seu plural
acrescenta éis .

              Exemplos : tonel  -  tonéis

                                  bordel  -  bordéis

g)     As palavras terminadas em   il átono troca-se por


eis .

              Exemplo :  fóssil  -  fósseis

h)      As palavras terminadas il tônico troca-se o l pelo S.

              Exemplo:  gentil – gentis

Regras para as palavras terminadas em ão são geralmente


bem diferenciadas, há mais de uma forma aceita no plural.

i)     Palavras com terminação ãos.

            Exemplo:  cidadãos,  irmãos, pagãos, corrimãos

j)     Palavras com terminação ões .

          Exemplo: botões, corações, campeões, aldeões

k)  Palavras com terminação ães .

          Exemplo : alemães, pães, escrivães

l) Palavras com ões ou ãos .

          Exemplo :  anões – anãos, verões  -  verãos

m) Palavras terminadas com ões e ães .


          Exemplo : cirurgiões – cirurgiães , charlatões –
charlatães

n) Palavras terminadas em ões ,  ãos   e   ães .

          Exemplo : vilões, vilãos, vilães,   anciões, anciãos,


anciães

Plural das palavras no diminutivo .

No plural dos diminutivos, corta-se a letra s e acrescenta


zinhos (as) .

          Exemplo : ligação – ligaçõezinhas,   balão   -


balõezinhos

GAROTO DE IPANEMA

Os 89 anos que Vinícius de Moraes completaria no dia 19 de


outubro não vão passar em branco. Uma festa no Rio no
mesmo dia vai promover o lançamento do homepage do
poetinha , projeto que só agora sua família conseguiu tirar
do papel [3] .

No texto, ao passar o substantivo poeta para o diminutivo


com adição de um sufixo (poetinha), se buscou demonstrar
afetividade pelo poeta.

DICA: Os nomes próprios também são pluralizados, isso


não acontece quando não estão adaptados na fonética da
língua portuguesa ou são estrangeiros.

Exemplos: Encontrei no shopping os Maias.

                               Na sala de aula havia muitos Silvas.


4.9. PLURAL DOS SUBSTANTIVOS
COMPOSTOS
■ Flexão dos dois elementos

a) Ocorre quando o substantivos compostos são formados


por substantivo e  palavras variáveis, como:  adjetivos.

Exemplos:   segunda-feira - segundas-feiras;

       obra-prima - obras-primas;

        couve-flor - couves-flores.

b) Nos substantivos compostos formados por temas verbais


repetidos ou de valor onomatopaico, apenas um dos
elementos varia.

Exemplos:   Pingue  -  pongue    -    pingue - pongues

Pisca - pisca      -          pisca - piscas;

pula - pula        -          pula - pulas.

Quando só o primeiro elemento varia?

a) Isso ocorre quando o segundo substantivo indica fim ou


semelhança.

Exemplos : decreto-lei     -      decretos-lei

Laranja – lima  -   laranjas - lima

público-alvo    -     públicos-alvo

b) Nos substantivos compostos preposicionados, clara ou


oculta.
Exemplos :    cavalo – vapor   -   cavalos – vapor  (de ou a
vapor)

fim de semana   -   fins de semana

pé de moleque  - pés de moleque

Quando há flexão apenas do artigo e nenhum elemento


varia?

a) Com verbos de sentido opostos.

Exemplo: o perde – ganha   -    os perde-ganha

b) Com frases usadas como substantivos, substantivadas.

Exemplos:   o cola tudo  -  os cola tudo

o leva e traz  - os leva e traz

c) Palavra  invariável  mais verbo.

Exemplo: o bota fora – os bota fora

Quando somente o segundo elemento varia?

■ Quando formados por modo verbal ou palavra invariável,


mais substantivo ou adjetivo.

Exemplo: quebra-cabeça - quebra-cabeças, arranha-céu -


arranha-céus.

■ Quando houver repetição do primeiro elemento.

Exemplos: tico-tico - tico-ticos

       reco-reco - reco-recos.
■ Quando grafados sem hífen.

Exemplos: girassol – girassóis

passatempo – passatempos

lobisomem – lobisomens

■ Nos substantivos compostos formados com adjetivos:


grão, grã e bel.

Exemplos: grão-duque - grão-duques    

grã-fino - grã-finos

5
CLASSE DE PALAVRAS

Ao todo são dez as classes de palavras ou classes


gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, pronome,
numeral, advérbio, preposição, conjunção, interjeição e
verbo. Elas são divididas em palavras  variáveis   (aquelas
que variam em gênero, número ou grau) e palavras
invariáveis (as que não variam).

5.1. SUBSTANTIVOS
GRAU DO SUBSTANTIVO

Grau  é a propriedade que as palavras têm de exprimir as


variações de tamanho dos seres, representados pelo
substantivo  em relação a um grau  dito como normal.

Observem  como o grau do substantivo varia nas


frases abaixo:
- Antonio era um garoto pequeno .

Antonio era um garotinho

- Antonio era um garoto grande.

Antonio era um garotão.

Atenção! Podemos usar o grau do substantivo em três


formas diferentes: normal, aumentativo e diminutivo.

■ Grau normal – indica um objeto do tamanho que


consideramos normal.

Exemplo: caneta.

■ Grau Aumentativo  - Indica o aumento do tamanho do


ser. Podemos classificá-los em : analítico e sintético .
a) Analítico   = o substantivo é acompanhado de um
adjetivo que indica grandeza. 
Exemplo:  caneta grande

b) Sintético   – acrescentamos ao radical do substantivo


um sufixo indicador de aumento. .
Exemplo :  canetão 
■ Grau Diminutivo   – é indicador de diminuição do
tamanho do ser. Podemos classificá-los em: sintético e
analítico
a) Sintético   - é acrescido ao substantivo um sufixo
indicador de diminuição. 
Exemplo :  canetinha.

b) Analítico – o substantivo  vem acompanhado de um


adjetivo que indica pequenez.

Exemplo : caneta pequena.


5.2. ARTIGO
Ele indica se está sendo empregado de forma definida ou
indefinida.   Artigos são palavras que acompanham os
substantivos, indicando o número (singular ou plural) e o
gênero (masculino ou feminino) indica também o tempo,
desses substantivos.

Os artigos são classificados em: artigos definidos e


indefinidos.

5.2.1. ARTIGOS DEFINIDOS

Costumam determinar os substantivos de forma objetiva e


individual : o, a, os, as .

Exemplo: Eu lavei o cachorro.

5.2.2. ARTIGOS INDEFINIDOS:

Costumam indeterminar os substantivos de maneira vaga,


imprecisa, não individualiza os objetos e os seres:  um,
uma, uns, umas .

Exemplo: Eu levei um cachorro no pet shop.

5.2.3. EMPREGOS DOS ARTIGOS

Os artigos definidos costumam ser usados em:

- Nomes de algumas cidades, estados e países –


 Exemplo: o Brasil.

- Nomes dos feriados e datas comemorativas – 


Exemplo: o Carnaval.

- Nomes dos pontos cardeais –  Exemplo: o leste.


- Nomes das estações do ano – Exemplo: o verão.

- Cognomes e títulos –  Exemplo: o deputado.

- Distinção entre substantivos homônimos – Exemplo:


o aluno e a aluna

- Nomes próprios, transmitindo conhecimento e


familiaridade – Exemplo: o Rodrigo.

- Palavra todos , para indicar uma totalidade –


Exemplo: todos os candidatos.

- Após o numeral ambos – Exemplo: ambos as partes.

- Pronomes possessivos –  Exemplo: a minha mãe.

- Substantivação de outras classes gramaticais –


Exemplo: o jantar.

5.2.4. Contração de artigos definidos com


preposições

Artigos definidos contraem-se  com preposição a :

a + o = ao                  a + os = aos                    a + a = à    
                  a + as = às

Exemplo : Todos irão  à   praia, porém Pedro irá ao cinema.

Artigos definidos contraídos  com preposição em :

em + o = no                 em + os = nos                 em + a =
na                 em + as = nas

Exemplo:   Ana trabalha na cidade de Curitiba e sua mana


no litoral do Paraná
Artigos definidos contraídos   com preposição de :

de + o = do                de + os = dos                   de + a =
da                   de + as = das

Exemplo: Maria gostou mais dos filmes ou  das músicas?

Artigos definidos contraídos  com preposição por :

por + o = pelo           por + os = pelos             por + a =


pela               por + as = pelas

Exemplo : Iremos pela manhã, mas antes  passaremos


pelo banco.

5.2.5. ARTIGOS INDEFINIDOS (Análise detalhada):

Os artigos indefinidos indeterminam os substantivos,


caracterizando-os de forma  imprecisa,  sem individualizar
seres e objetos.

Um : artigo indefinido, masculino singular. Exemplo: um


menino.
Uns : artigo indefinido, masculino plural. Exemplo: uns 
meninos.
Uma : artigo indefinido, feminino singular. Exemplo: uma
menina.
Umas : artigo indefinido, feminino plural. Exemplo: umas
meninas.

EMPREGO DOS ARTIGOS INDEFINIDOS

Vejam como são usados os artigos indefinidos:

- Números - quando indica aproximação numérica –


Exemplo: uns cem anos.

- Enfatizar algo – Exemplo: um amor de menina.


- Comparar alguém com uma figura conhecida –
Exemplo: um príncipe Charles.

- Referir obras de um artista – Exemplo: um Van Gogh.

- Indicar uma pessoa de uma família –Exemplo:  um


Gomes.

- Substantivação de outras classes gramaticais –


Exemplo: um falar nordestino.

- Distinção entre substantivos homônimos – Exemplo:


uma colega e um colega .

RESUMINDO

Artigo definido: (o,a,os,as) determina o substantivo de


forma precisa                                   Exemplo : o professor

Artigo indefinido : (um, uma, uns, umas) determina o


substantivo de forma vaga e imprecisa.

Exemplo:   um professor.

5.2.5.1. CONTRAÇÃO DE ARTIGOS INDEFINIDOS COM


PREPOSIÇÕES

Artigos indefinidos contraídos  com a preposição em :

em + um = num         em + uns = nuns       em + uma =


numa     em + umas = numas

Exemplo: Todos gostariam de viver num conto de fadas ou


numa história encantada.

Artigos indefinidos contraídos  com a preposição de :


de + um = dum         de + uns = duns         de + uma =
duma        de + umas = dumas

Exemplo : Necessito dum mês de férias e duma viajem


para descansar.

5.3. ADJETIVO
É a palavra que indica uma qualidade ou característica do
ser, concorda sempre com o substantivo.

Exemplo :  mulher dedicada  -  pessoa dedicada.

Pessoal...ao analisarmos a palavra  dedicada , percebemos


que expressa uma qualidade e está colocada ao lado do
substantivo mulher e pessoa .

5.3.1. FORMAÇÃO DO ADJETIVO

- O adjetivo pode ser simples quando formado por um


radical, apenas :

Exemplo :   Estava com um vestido rosa .

- O adjetivo pode ser composto quando formado por mais


de um radical:

Exemplo : Estava com um vestido rosa- choque.

- O adjetivo pode ser primitivo : quando não deriva de


outra palavra da Língua Portuguesa.

Exemplo :  Tomaram café quente .

- O adjetivo pode ser derivado : quando deriva de outra


palavra da Língua Portuguesa.
Exemplo : Sempre foi um marido infiel . (deriva do
adjetivo fiel)

5.3.2. ADJETIVOS PÁTRIOS OU GENTÍLICOS

Esses adjetivos se referem a uma cidade, estado, país ou


regiões, indicando a origem ou a nacionalidade das pessoas.
E não esqueçam! Devem ser escritos sempre com letra
minúscula.

Exemplo : - Adoro a animação do Carnaval nordestino.


(nordestino refere-se a uma região brasileira).

- Sempre passo o verão no litoral paranaense.


(paranaense refere-se ao estado do Paraná).

- Os gaúchos são habilidosos no churrasco . (gaúcho,  rio


grandense e sul- rio- grandense– refere-se ao estado
brasileiro do Rio Grande do Sul).

5.3.3. ADJETIVOS PÁTRIOS DOS ESTADOS


BRASILEIROS

-Acre – acreano

-Alagoas – alagoano ou alagoense

-Amapá – amapaense

-Amazonas – amazonense

-Bahia – baiano ou baiense

-Ceará – cearense

-Distrito Federal – brasiliense

-Espírito Santo – espírito-santense ou capixaba


-Goiás – goiano

-Maranhão – maranhense

-Mato Grosso – mato-grossense

-Mato Grosso do Sul – mato-grossense-do-sul ou sul-


mato-grossense

-Minas Gerais – mineiro

-Pará – paraense

-Paraíba – paraibano

-Paraná – paranaense

-Pernambuco – pernambucano

-Piauí – piauiense

-Rio de Janeiro – fluminense

-Rio Grande do Norte – rio-grandense-do-norte, norte-


rio-grandense ou potiguar

-Rio Grande do Sul – rio-grandense-do-sul, sul-rio-


grandense ou gaúcho

-Rondônia – rondoniense ou rondoniano

-Roraima – roraimense

-Santa Catarina – catarinense, catarineta

-São Paulo – paulista

-Sergipe – sergipano ou sergipense


-Tocantins – tocantinense

5.3.4. FLEXÕES DOS ADJETIVOS

Os adjetivos também  apresentam flexões de gênero,


número e grau.
 

5.3.5. FLEXÃO DE GÊNERO

Os adjetivos admitem o gênero do substantivo ao qual se


referem.

Exemplo : Uma menina ativ a  – um menino ativ o .

■ Gênero dos adjetivos: uniformes e biformes.


a) Uniformes  possuem uma única forma para o
masculino e feminino:
Exemplo: pintor  ruim   – pintora  ruim .

b) Biformes  possuem uma forma para o gênero feminino e


outra para o gênero masculino.

O gênero feminino é marcada pelo acréscimo do sufixo


a ao radical
Exemplo : o homem bondos o  – a mulher bondos a

5.3.6. FLEXÃO DE NÚMERO

Os adjetivos concordam em número (singular e plural) com


os substantivos que modificam.

Exemplo : homem corrupto –   homens corrupto s

Formação de plural dos adjetivos compostos :

- quando formados por dois adjetivos, apenas o segundo


elemento vai para o plural:
Exemplos: vestido verde – claro

vestidos verde – claros

- quando o segundo elemento é um substantivo, são


invariáveis também em número:
Exemplos : Usava camisa amarelo-ouro

  Usavam camisas amarelo-ouro

5.3.7. FLEXÃO DE GRAU

Os adjetivos sofrem variação de grau ao comparar ou


intensificar as características atribuídas ao substantivo.

Os graus do adjetivo são : grau comparativo e o grau


superlativo .
 

a) GRAU COMPARATIVO

Ocorre quando a qualidade indicada pelo adjetivo aparece


em comparação com a de outros seres.

O grau comparativo pode ser de igualdade ,


superioridade e inferioridade .

■ Grau comparativo de igualdade ocorre quando o que


é comparado aparece com a mesma intensidade da
comparação.

Exemplo: Rafael é tão estudioso quanto Rodrigo.

■ Grau comparativo de superioridade: Ocorre quando a


qualidade comparada surge em maior grau que o objeto da
comparação.
Exemplo : Seu cabelo está mais comprido ( do ) que o
meu.

■ Grau comparativo de inferioridade: Ocorre quando o


que é comparado aparece em menor grau que o objeto da
comparação.

Exemplo: Somos menos bagunceiros ( do ) que eles.

b) GRAU SUPERLATIVO

O adjetivo estará no grau superlativo quando a


característica por ele expressa, indicar o grau máximo.

■   Relativo :   A característica  expressa pelo adjetivo é


demonstrada em relação a outros elementos.

Pode exprimir superioridade ou inferioridade , expresso


de forma analítica.

Exemplo: Este é o mais cômico dos filmes que vi.


(superioridade).

Ryan é o menos egoísta de todos os amigos. (inferioridade)

■   Absoluto:  A característica expressa pelo adjetivo não é


apresentada em relação a outros elementos. Pode admitir
forma analítica ou sintética .

Exemplo : Sua companhia é muito agradável .

               Sua companhia é agradabilíssima .

i) analítico:   sempre formado com a presença de um


advérbio:
Exemplo: Ela é muito estudiosa.

ii) sintético:  é expresso com a participação de sufixos.

Exemplos: O carro de fórmula 1 é velocíssimo .

O vestibular estava dificílimo .

A mudança no grau do adjetivo, ocorreu pelo acréscimo do


sufixo ílimo , com isso temos o grau superlativo
absoluto sintético.

5.4. PRONOME
É a palavra que se usa no lugar do nome ou a ele se refere,
também pode ser um termo com função de um nome.

CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES

Temos os seguintes pronomes : pessoais, possessivos,


indefinidos, relativos, demonstrativos e
interrogativos.

5.4.1. PRONOMES PESSOAIS

Representam a pessoa do discurso e atuam como sujeito da


oração. Numa fala, temos a presença de três elementos:

a)             Primeira pessoa – aquela que fala.

b)            Segunda pessoa – aquela a quem se fala.

c)                       Terceira pessoa – aquela de quem ou de que se


fala.

número Pessoa Caso reto Caso oblíquo


primeira Eu me, mim, comigo

singular segunda Tu Te, ti, contigo

terceira Ele/ela Se, si, consigo, o, a, lhe

Plural primeira Nós Nos, conosco

segunda Vós Vos, convosco

terceira eles/elas Se, si, consigo,os, as, lhes

Observe que os pronomes do quadro acima são do caso


reto e do caso oblíquo.

Faz-se  necessário saber o papel que cada pronome


desempenha na oração.

Pronome pessoal do caso reto: quando exercer a função


de sujeito da oração.

Pronome pessoal do caso oblíquo: quando exercer a


função de complemento verbal.

Exemplo: Fiquei muito feliz quando elas tomaram chá


comigo .

5.4.2. PRONOMES DE TRATAMENTO


É um pronome pessoal que serve para designar as pessoas
do discurso. A concordância é feita em terceira pessoa.

Observem que há uma exceção com o pronome você ,


utilizado no tratamento respeitoso ou cerimonioso.

Observe alguns exemplos:

Pronome de tratamento / 
Emprego
Abrev.

Vossa Alteza   -                V.A.   Príncipes

Vossa Eminência               V.Ema. Cardeais

Vossa Excelência               V.Ex.ª altas autoridades

Vossa Majestade               V.M.   reis e rainhas

Vossa Majestade Imperial   V.M.I. Imperadores

Vossa Santidade                V.S. Papa

Tratamento
Vossa Senhoria                 V.S.ª
cerimonioso

Vossa Onipotência             V.O.ª Deus


Vossa Reverendíssima    V.Revma. Sacerdotes e bispos

Não esqueçam jamais! Os pronomes de tratamento devem


vir precedidos de vossa , quando falarmos com a pessoa
representada pelo pronome. Porém, quando falarmos dessa
pessoa, será precedidos do pronome sua .

Exemplos: Vossa Santidade visitará o Brasil?

        Sua Excelência , o governador, se afastará por uns


dias.

5.4.3. PRONOME POSSESSIVO

Os pronomes possessivos geralmente indicam posse,


indicando o que pertence a pessoa do discurso. Exemplo:
Essa maçã é minha.

Número Pessoa Pronomes possessivos

Primeira Meu(s), minha (s)

Singular Segunda Teu(s), tua(s)

Terceira Seu(s), sua(s)

Plural Primeira Nosso(s), nossa(s)

Segunda Vosso(s), vossa(s)


Terceira Seu(s), sua(s)

Os pronomes possessivos concordam em gênero e número


com o objeto possuído, concorda em pessoa com possuidor.

Exemplo : (Nós) Buscamos nossos filhos na escola.

5.4.4. PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Marcam a posição espacial ou temporal de um elemento em


relação a pessoa do discurso. Geralmente se apresentam
em formas variáveis (gênero e número) e não variáveis.

POSIÇÃO NO
PRONOMES POSIÇÃO NO ESPAÇO
TEMPO

Este(e O ser está próximo de quem


Presente
flexões), isto fala

Esse(e O ser está próximo da Passado


flexões), isso pessoa a quem se fala próximo

Aquele(e O ser está distante do Passado


flexões),aquilo interlocutor distante

Emprego dos pronomes demonstrativos, relacionado


a espaço:

■ Este(s), esta(s), isto   -  usados para indicar o que está


perto da pessoa que fala:
Exemplo : Este casaco que estou vestindo é da minha
irmã.

■ Esse(s),essa(s), isso   - são usados para indicar o que


está perto da pessoa com quem se fala:

Exemplo: Luan passe esse pão que está perto de você.

■ Aquele(s), aquela(s), aquilo – são usados para indicar


o que está distante tanto da pessoa que fala quanto da
pessoa com quem se fala:

Exemplo : Observem aquele quadro.

Emprego dos pronomes demonstrativos em questão


de TEMPO:

■ Este(s),esta(s), isto  - servem para  indicar o tempo


presente em relação à pessoa que fala:

Exemplo : Esta noite irei ao cinema.

■ Esse(s),essa(s), isso  -   são usados para indicar o


tempo passado próximo ao momento da fala:

Exemplo : Essa tarde tomei chá com Maria.

■ Aquele(s), aquela(s), aquilo  - são usados para


indicar um afastamento no tempo, tempo remoto:

Exemplo : Naquela época, as meninas usavam tranças.

Atenção Pessoal! Os pronomes demonstrativos


podem aparecer juntos de preposição .

Observe:

Em + este= neste                              de + esta= desta


Em + isto=  nisto                               de+ aquilo= naquilo

5.4.5. PRONOMES INDEFINIDOS

Dão referência à terceira pessoa do discurso, dando-lhe


sentido indefinido, vago ou impreciso.

Exemplo: Alguém comprou todas as peças em promoções.

Observem que  " alguém "  indica uma pessoa de quem


se fala (uma terceira pessoa), de forma imprecisa, vaga.

PRONOMES INDEFINIDOS

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

algum, nenhum, todo, outro, alguém,  ninguém, 


muito, pouco, certo, vários, tanto, tudo, outrem, nada,
quanto, qualquer. quem, cada, algo.

Pronomes indefinidos na forma de locuções :  cada


um, cada qual, qualquer um, seja qual for, seja quem for,
todo aquele que.

Alguns exemplos :

Certas pessoas não são comprometidas com os estudos.

Certas – pronome indefinido

Achamos a garota certa para a propaganda.


Certa – adjetivo

5.4.6. PRONOMES RELATIVOS

Os pronomes relativos substituem um termo que apareceu


numa oração anteriormente,  impedindo que ele seja
repetido.

Exemplos : Não vi o estudante. O estudante faltou.

Não vi o estudante que faltou. ( que – pronome relativo).

PRONOMES RELATIVOS (Espécies):

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

O qual,a qual, os quais, as quais Que

Cujo,cuja, cujos, cujas Quem

Quanto, quanta, quantos, quantas Onde


5.5. ADVÉRBIO
É a palavra invariável que modifica o verbo, o adjetivo e o
próprio advérbio, exprimindo circunstância de tempo, modo e
lugar.

Observe este exemplo:

Maria chegou ontem de viagem. ( ontem é advérbio de


tempo, e na oração acrescentou ao verbo chegou )

Advérbios
Aqui,ali,aí,cá,lá,atrás,perto,longe,dentro,fora etc.
de lugar

Advérbios
Agora,já,ainda,amanhã,cedo,tarde,sempre,nunca
de tempo

Advérbios
Muito, pouco, bastante, demais, menos,mas,tão
de
etc.
intensidade

Bem,mal,assim,depressa,devagar, e alguns
Advérbios
advérbios terminados em mente Exemplo:
de modo
lamentavelmente, calmamente etc

Advérbios
Assim,
de
certamente,deveras,realmente,efetivamente etc.
afirmação

Advérbios Não, tampouco etc.


de negação
Advérbios
Talvez, quiçá, provavelmente etc.
de dúvida

5.5.1. ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS

Os advérbios interrogativos são: como, quanto, quando e


onde. Sempre usados em frases interrogativas diretas ou
indiretas.

Exemplo : Quero saber como você está?

Quanto custou seu carro novo?

Quando voltas de viagem?

Onde será sua festa de aniversário?

Pessoal não esqueçam ... que a palavra QUANTO em uma


oração, pode funcionar como um pronome ou advérbio
interrogativo e a palavra SÓ, em uma oração, pode funcionar
como adjetivo ou advérbio. Como adjetivo esta tem sentido de
SOZINHO e como advérbio de SOMENTE .

5.5.2. LOCUÇÃO ADVERBIAL

Já ouvi muitos alunos afirmarem saber o que é


advérbio, mas desconhecerem uma locução adverbial.
Parece complicado, mas não é. Observe:

Na Locução Adverbial o advérbio pode ser representado


por um conjunto de palavras, geralmente acompanhado de
uma preposição .

Vejamos:
Locução adverbial de modo: com calma, passo a passo, em
vão, em geral,  etc.

Locução adverbial de lugar :   à direita, à esquerda, de


longe, de perto, etc.

Locução adverbial de tempo : de manhã, de noite, de dia,


de vez em quando, à tarde, etc.

Locução adverbial de negação : de maneira alguma etc.

Atenção!  A locução adverbial assim como o advérbio


modificam o verbo, o adjetivo e outro advérbio.

Exemplo:   Maria chegou  muito   atrasada para o jantar.


(advérbio)

Mário é muito lindo. (adjetivo)

Com calma fizeram fila. (verbo)

5.5.3. FLEXÃO DOS ADVÉRBIOS

Os advérbios mesmo sendo classificados como invariáveis,


apresentam flexão de grau. Os graus dos advérbios são: Grau
Comparativo e Grau Superlativo.

O Grau Comparativo divide-se em: 

- GRAU COMPARATIVO DE SUPERIORIDADE

Exemplo: Consuelo está com o cabelo mais longo (do) que


Ana.

- GRAU COMPARATIVO DA IGUALDADE

  Exemplo: Consuelo está com o cabelo tão longo quanto


Ana.

- GRAU COMPARATIVO DE  INFERIORIDADE


Exemplo: Consuelo está com o cabelo menos curto (do)
que Ana.

- GRAU SUPERLATIVO

O grau  superlativo pode ser:   analítico ou sintético.

■ Grau superlativo analítico:   ocorre com a presença de


outro advérbio.

Exemplo: Curitiba é   muito longe.

      muito = advérbio de intensidade

longe= advérbio de lugar

■ Sintético:   A alteração no grau se dá pelo acréscimo de


um sufixo.

   Exemplo: Ana canta mui tíssimo .

5.6. PREPOSIÇÃO
A preposição costuma ligar dois termos da oração, geralmente
criando entre eles uma relação de dependência.

As preposições mais usadas são: a, ante, até, após, com,


contra, desde, de, em, entre, para, perante, por (per),
sem, sob, sobre, trás.

É sempre bom relembrar a regra a seguir:

As preposições sob e sobre são usadas para estabelecer 


relação de lugar.

Sendo que sob   funciona como debaixo de .

Sendo que sobre funciona como acima de ou em cima de .


5.6.1. LOCUÇÃO PREPOSITIVA

Na Locução Prepositiva, a preposição pode ser representada


por um conjunto de palavras.

Exemplo:

Além de Através de De acordo com

Afim de Apesar de Em vez de

Abaixo de Ao lado de Junto de

A cerca de Perto de Para com

5.6.2. COMBINAÇÃO E CONTRAÇÃO

Combinação é quando a preposição aparece unida a outra


palavra e não ocorre alteração fonética.

Exemplo : (preposição)  A   +  onde (advérbio) = AONDE


combinação

5.6.3. CONTRAÇÃO

Quando a preposição aparece unida a outra palavra e ocorre


alteração fonética.

Exemplo: (preposição) de + o (artigo ) = do é a contração

5.6.4. EMPREGO DAS PREPOSIÇÕES

As preposições costumam estabelecer a coesão textual e


semanticamente estabelecem valores relevantes para a
compreensão textual.

Observe algumas circunstâncias que podem ser


estabelecidas pelas preposições:

Posse     Livro de Antonio

Companhia Viajou para a Europa com os tios.

Origem Ela chegou da Bahia.

Causa         Morreu de pneumonia

Finalidade Estudou para o concurso

Meio Andei de metrô ontem

Matéria Sapato de couro

Instrumento Secou com secador

5.7. CONJUNÇÃO
É uma palavra invariável, que costuma unificar duas orações
ou dois termos da mesma oração.

5.7.1. CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES


Dependendo do tipo de relação que estabelecem podem ser
classificadas como: coordenativas   e subordinativas .

■ CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

Ligam termos ou orações independentes que exercem a


mesma função sintática .

As conjunções coordenativas são:

Indicam
Aditivas E, nem, mas também, mas ainda
soma

Indicam Mas, porém,


Adversativas
oposição contudo,todavia,entretanto,

Indicam
Alternativas Ou ou, ora ora,quer quer
alternância

Indicam Logo, portanto, então, pois –


Conclusivas
conclusão posposto ao verbo-

Indicam Porque, que, pois(anteposto ao


Explicativas
explicação verbo)

■ CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

As conjunções subordinativas unem duas orações


dependentes. São conjunções subordinativas:

Causais Causa, motivo Porque,visto que, uma vez


que, já que, como

Contanto que, se, caso,


Condicionais Condição desde que (com verbo no
subjuntivo)

De maneira que, de modo


Conseqüência,
Consecutivas que, que(precedido de
resultado
tanto,tal,tão)

Como, que (precedido de


Comparativas Comparação
mais ou menos)

Conformativas Conformidade Segundo,como,conforme

Mesmo que,ainda que, se


Concessivas Concessão bem que, conquanto que,
embora

Enquanto, quando, assim


Temporais Tempo
que, logo que, desde que

Finais Finalidade A fim de que, para que

Iniciam oração
Integrantes sub. Se, que
Substantiva

Proporcionais Proporção A proporção que, à medida


que

5.8. VERBO
Tem muita gente que odeia verbo, porém temos que estudá-
lo!

Dificilmente falamos uma frase sem verbo.

O verbo é uma palavra variável, observe: Eu freio, freias, freia,


nós freamos, vós freais, eles freiam.

Verbo   é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,


número, tempo, modo e voz. Pode exprimir: ação, estado,
ocorrência, fenômeno da natureza e desejo .

AÇÃO – Exemplo: O menino joga futebol.

ESTADO -  Exemplo : A garota ficou feliz.

FENÔMENO DA NATUREZA– Exemplo : Chove muito lá fora.

FATO – Exemplo : Existe incoerência no que ele disse.

DESEJO – Exemplo : Quer ir ao cinema?

5.8.1. ESTRUTURA DAS FORMAS VERBAIS

A forma verbal pode apresentar os seguintes elementos:

■ RADICAL:   parte invariável, expressa o significado


essencial do verbo.

Exemplo :   sonh -ei; sonh -ava; sonh -am. (radical sonh - )

■ TEMA:   radical seguido da vogal temática, indica a


conjugação do verbo.
Exemplo:   sonha - r

■ CONJUGAÇÕES

1ª conjugação - Vogal Temática - A - (sonh a r)

2ª conjugação - Vogal Temática - E - (sofr e r )

3ª conjugação - Vogal Temática -  I  - (sorr i r )

■ DESINÊNCIA MODO - TEMPORAL:   elemento que


designa o tempo e o modo do verbo.

Exemplo:

sonhá va mos ( Tempo- pretérito imperfeito. Modo - indicativo.)

sonha sse  ( Tempo - pretérito imperfeito. Modo- subjuntivo.) 

■ DESINÊNCIA NÚMERO - PESSOAL:   elemento que


designa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e número (singular
ou plural).

Exemplo: sonha mos  (indica a 1ª pessoa do plural.)

sonhava m   (indica a 3ª pessoa do plural.)

5.8.2. Flexão em modo: 

■ Modo indicativo - exprime realidade, certeza

Exemplo: Já  providenciaram  os papeis para eu assinar?

■ Modo subjuntivo  - exprime possibilidade, dúvida,


hipótese .

Exemplo: Se você  acreditasse em mim, estaria bem.

■ Modo imperativo - exprime ordem, pedido, sugestão,


convite, conselho, advertência.
Exemplo: Conte somente para Rodrigo, pois é um segredo!

5.8.3. Flexão em tempo: 

■ Tempos no presente (acontecimento simultâneo ao


momento em que se fala);
Exemplo : Minha mãe está muito bonita hoje.
■ Tempos no passado/pretérito (acontecimento anterior ao
momento em que se fala);
Exemplo: Minha mãe estava muito bonita ontem.

■ Tempos no futuro (acontecimento de um fato ou ação que


irá ocorrer posterior à fala);

Exemplo: Minha mãe estará mais bonita amanhã, pois será


seu aniversário.

Pessoal, fiquem atentos!

O verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor,


depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação.

6
SINTAXE:  ANÁLISE SINTÁTICA

Pessoal, muita atenção!!!

SINTAXE – É a ciência da língua que estuda o processo de


construção das orações.

Análise sintática era o filme de terror dos anos 80 e 90 no


estudo da língua portuguesa. Tínhamos que conhecer todos os
termos da oração e sua função sintática.

Análise sintática   significa identificar a função que cada


elemento exerce no contexto da oração e a relação que ele
estabelece com os vários termos, com intuito de deixar
harmônica e organizada essa oração.

Esse tema é de extrema relevância, pois nas provas de


concurso mais difíceis costuma-se pedir qual é a função
sintática de cada expressão .

Na  análise sintática cada palavra da oração é chamada de 


termo da oração que é a palavra considerada de acordo com
a função sintática que exerce na oração.

Os termos da oração podem ser:

6.1. ESSENCIAIS
Que são conhecidos como termos "fundamentais".
Representados pelo sujeito e predicado nas orações.

6.1.1. SUJEITO

O   sujeito é o termo que representa o ser sobre o qual se


fala alguma coisa . Na língua portuguesa   segue a
terminação verbal em número e pessoa, geralmente concorda
com o verbo e realiza ou sofre uma ação ou estado.

Exemplo: Ela estudava para o concurso.

  Sujeito – Ela

Predicado - estudava para o concurso

■ NÚCLEO DO SUJEITO

O núcleo do sujeito está ligado ao verbo diretamente, ou seja,


ao conteúdo do predicado. O núcleo é a palavra principal, mais
importante. O núcleo do sujeito é sempre um substantivo.

    Exemplo: - O cachorro de orelhas longas /  latia


bravamente.
Sujeito – O cachorro de orelhas longas

Predicado – latia bravamente

Núcleo do sujeito – cachorro

Pessoal observem que no exemplo o núcleo (cachorro) é um


substantivo, e também é o ser sobre o qual se diz alguma
coisa.

■ TIPOS DE SUJEITO

- SUJEITO SIMPLES possui apenas um núcleo .

Exemplo:   O menino / corria pelo parque.

Sujeito simples – O menino

Núcleo do sujeito – menino

Predicado – corria pelo parque.

- SUJEITO COMPOSTO é quando possui mais de um núcleo.

Exemplo: O menino e a menina /  corriam pelo parque.

Sujeito composto: O menino e a menina

Núcleo do sujeito – menino, menina

Predicado- corriam pelo parque.

- SUJEITO INDETERMINADO é quanto não podemos


identificá-lo, defini-lo.

Há duas formas que ocorre o sujeito indeterminado:

1)         Verbo na 3ª pessoa do plural,  sem ter ligação com o


substantivo.
2)         Verbo na 3ª pessoa do singular  acompanhado da
partícula apassivadora se

Exemplos:

- Bateram na porta do colégio. 

  Bateram – verbo 3ª  pessoa do plural

- Precisa-se de vendedoras nessa loja.

Precisa-se – verbo 3ª pessoa do singular + partícula


apassivadora  se.

- SUJEITO ELÍPTICO OU OCULTO é quando o sujeito


presente na oração não está explícito.

Exemplo: Tomei muito chá a tarde. (Quem tomou chá a tarde


?  Eu )

Observem que o sujeito está implícito ou oculto na


oração, ou seja, ele não aparece na frase, mas está ali.

- ORAÇÃO SEM SUJEITO é quando a  oração é feita somente


de predicado.

a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:


relampejar, chover, ventar, gear, trovejar, nevar, amanhecer,
anoitecer, etc

Exemplos: Nevou muito ontem.

                  Chovia torrencialmente na capital do Paraná.

b) Verbo Haver, no sentido de existir, acontecer.

Exemplos :   Houve  muito trabalho ontem.

                            Havia muita gente na festa.


c) Verbos fazer, ser e estar indicando tempo ou
fenômeno natural

Exemplos: Naquele dia fazia um calor intenso.

      Nada pode ser tão bom quanto um sorvete.

       Ela estava muito alegre.

d) Verbos haver e fazer no sentido de tempo decorrido.

Exemplos:  Há tempo que não saio à noite.

                          Faz anos que não o vejo.

6.1.2. PREDICADO                                                            
         

O predicado é o termo da oração que mantém alguma


informação sobre o  sujeito. Pode ser  verbal ,  nominal  ou 
verbo-nominal .

6.1.2.1. PREDICADO VERBAL

O  predicado verbal   acontece quando o núcleo é o verbo.


Pode ser verbo transitivo ou intransitivo.

Exemplo :   O advogado viajou.

Sujeito : O advogado.
Predicado verbal : viajou
Núcleo : viajou

■ VERBO  INTRANSITIVO não possui complemento. Pode vir


acompanhado dos adjuntos adverbiais de lugar, modo, tempo.

Exemplo: O Titanic afundou.

■ VERBO TRANSITIVO sempre exige complemento. Podem


vir acompanhado ou não de preposição. Divide - se em:
a) VERBOS  TRANSITIVOS  DIRETOS: pede complemento
sem preposição.

Exemplo: O homem procura as chaves. ( as chaves –


complemento)

b) VERBOS  TRANSITIVOS  INDIRETOS: pede complemento


com preposição

Exemplo: Aquele homem gosta de natação. ( de natação –


complemento com preposição)

c) VERBOS  TRANSITIVOS  DIRETOS  e INDIRETOS: pede


dois complementos, um sem preposição e outro com
preposição.

Exemplo :  A criança deu seu sorvete para o tio . (seu


sorvete – complemento sem preposição) e (para o tio –
complemento com preposição ).

Esse tema cai muito em prova, especialmente nas da


CESPE e FCC.

6.1.2.2. PREDICADO  NOMINAL

O  predicado nominal  é formado por um verbo de ligação e o


predicativo do sujeito que é seu núcleo.

Exemplo : A atriz está triste.


Predicado nominal :   está triste .

Verbo de ligação : está

6.1.2.3. PREDICATIVO DO SUJEITO

É quando o adjetivo funciona como núcleo do predicado, sua


função é dar qualidade ao sujeito.

Exemplo:   O menino está entusiasmado.


Sujeito simples - O menino

Predicado nominal : está entusiasmado

Verbo de ligação : está

Predicativo do sujeito : entusiasmado

6.1.2.4. PREDICADO VERBO NOMINAL

O  predicado verbo-nominal  apresenta dois núcleos: o verbo


transitivo ou intransitivo, o predicativo do sujeito ou
predicativo do objeto. Os núcleos são o predicativo e o verbo.

Exemplo :   A professora chegou sorridente na escola.


Sujeito :   A professora
Predicado verbo-nominal :  chegou sorridente na escola.

Núcleos : chegou, sorridente

Predicativo do objeto : sorridente

6.1.3. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

São representados:

1) Complemento  verbal - objeto direto e indireto.

2) Complemento  nominal
3) Agente da passiva.

6.1.3.1. COMPLEMENTO VERBAL

a) Objeto direto: Tem como complemento um verbo, que é


transitivo direto que normalmente não é acompanhado por
preposição.

Exemplo: A menina quebrou o prato .


b) Objeto indireto: Precisa de complemento e se liga ao
verbo por meio de preposição. O verbo é transitivo indireto ou
verbo transitivo direto e indireto.

Exemplo: O amigo precisa de ajuda .

Verbo transitivo indireto : de ajuda.

Exemplo: Agradeço aos alunos a atenção

Verbo transitivo indireto: aos alunos

Verbo transitivo direto: a atenção

6.1.3.2. COMPLEMENTO NOMINAL

Completa o sentido de uma palavra, podendo referir-se a 


substantivos, adjetivos   ou   alguns advérbios
terminados em mente , sempre através de preposição.

Exemplo : José está  aborrecido   com o resultado.

Complemento nominal : com o resultado

Exemplo: O homem  falou   preocupadamente aos filhos.

Complemento nominal:   aos filhos

Pessoal  fiquem atentos!

O complemento nominal representa o paciente, o alvo


da declaração expressa por um nome. É regido pelas
mesmas preposições do objeto indireto.

6.1.3.3. AGENTE  DA  PASSIVA

Podemos encontrar os verbos na voz ativa, passiva ou na voz


reflexiva. Agente da passiva é o termo da frase que pratica a
ação expressa pelo verbo, portanto distinguiremos as vozes
(ativa, passiva ou reflexiva) observando o comportamento do
sujeito.

■ VOZ ATIVA

O sujeito da oração é agente da ação expressa pelo verbo. O


sujeito pratica a ação.

Exemplo: O homem pintou a parede .

Sujeito: O homem

Voz ativa – verbo: pintou

Objeto direto: a parede

■ VOZ PASSIVA

O sujeito é receptor da ação (sofre a ação) expressa pelo


verbo. Sujeito paciente.

Exemplo: A parede foi pintada pelo pintor .

Sujeito paciente: A parede

Voz passiva – verbo : foi pintada

Agente da passiva: pelo pintor  

■ VOZ PASSIVA SINTÉTICA

É composta pelo verbo, se (pronome apassivador),


sujeito (agente da passiva).

Exemplo: Contavam-se muitas histórias infantis.

■ VOZ PASSIVA ANALÍTICA

É composta pelo sujeito paciente, verbo ser, verbo particípio,


preposição e agente da passiva.
Exemplos: A tarefa foi realizada.

A tarefa foi realizada por ele.

■ VOZ  REFLEXIVA

O sujeito é agente e receptor ao mesmo tempo, da ação


realizada pelo verbo. O sujeito pratica e sofre a ação, só ou
com outra pessoa.

Exemplo:   Ela sente-se a mulher mais bela do grupo . (


sente a si mesma)

6.2. TERMOS ACESSÓRIOS


6.2.1. ADJUNTO ADNOMINAL

É o termo que especifica e determina o substantivo


diretamente. Pode ser determinado por:

Artigos -  Exemplo:   Fechei a porta.

Adjetivos – Exemplo: Bom vinho é saudável.

Numerais – Exemplo: Ele fez dois gols.

Locuções adjetivas – Exemplo : Comprei um prato de


porcelana .

Pronomes adjetivos - Exemplo: Nossa prima viajou.

Pessoal!  É fácil confundir Adjunto Adnominal de


locução adjetiva com o Complemento Nominal. Para que
isso não aconteça, preste  atenção na explicação
abaixo:

- Apenas os  substantivos  podem ser ligados diretamente


aos  adjuntos adnominais e não há preposição ligando esses
termos.
- O termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um
advérbio só pode ser complemento nominal.

- O complemento nominal equivale a um complemento verbal,


pois se relaciona a substantivos cujos significados  transitam
.    A ação recai sobre o adjunto adnominal que tem sempre
valor ativo.

6.2.2. ADJUNTO ADVERBIAL

É um termo acessório da oração que modifica o sentido do


verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma
circunstância de lugar, tempo, modo, intensidade etc ., e
pode ser retirado da frase sem alterar sua estrutura
sintática , porém é  importante e essencial para o
entendimento da mensagem transmitida.

Exemplo: Falarei com você a tarde.

Tarde - Adjunto adverbial de tempo

6.2.3. APOSTO

Termo acessório da oração que explica, esclarece e liga ao


substantivo. Pode ficar entre vírgulas, travessões, após dois
pontos ou sem pontuação.

Exemplo: Aquele rapaz –  Carlos  – saiu entristecido da festa.

6.2.3.1. TIPOS DE APOSTO

■ APOSTO  EXPLICATIVO

Serve para explicar ou esclarecer um termo da oração a


respeito do substantivo. Aparece destacado na frase por
vírgulas, parênteses ou travessões.

Exemplo: Ana, a melhor fotógrafa do grupo , tem um


acervo de fotos lindíssimas.
■ APOSTO  ESPECIFICATIVO

Servem para especificar ou individualizar um termo da oração.


Na frase, não admite sinais de pontuação e geralmente são
nomes próprios.

Exemplo: O pintor, Van Gogh , fez muito sucesso com sua


obra “O Quarto”.

■ APOSTO  DISTRIBUTIVO

Serve para distribuir informações de objetos, de forma


separada de termos da oração.

Exemplo : São dois alunos diferentes: um muito falante,


outro muito quieto .

■ APOSTO  RESUMITIVO

Costuma resumir numa só palavra vários termos da oração.

Exemplo: Lápis, caneta, borracha , tudo separado para o


concurso.

6.2.4. VOCATIVO

  É o termo da oração usado para chamar ou interpelar um


ouvinte. Não se relaciona sintaticamente com outro termo da
oração. 

Exemplo : Crianças , cuidado ao atravessar a rua.

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO


7.1. FRASE
A Frase pode ser formada por uma ou diversas palavras,
contendo verbo ou não. É um enunciado com sentido
completo. Ela se define numa troca linguística, com intuito de
transmitir o conteúdo onde for usada. Toda frase que não
possui verbo chama-se Frase Nominal e toda frase
acompanhada de verbo denomina-se como Frase ou
Período Verbal .

As frases nominais são bastante usadas, pois são diretas e


curtas. É mais utilizada como títulos de filmes, livros,
manchetes de jornais e anúncios publicitários.

Exemplos de frases :   Silêncio! (frase nominal)

A Amazônia possui muita vegetação. (frase verbal)

Feliz Natal !!! ( frase nominal)

7.1.1. TIPOS DE FRASES

■ DECLARATIVA : Contém uma declaração, relata, opina,


informa em sua estrutura.

Exemplo – É necessário consultar o mapa.

■ INTERROGATIVA : são usadas para fazer


questionamentos.

Exemplo : Você poderia me dizer que horas são?

■ EXCLAMATIVA : expressa sentimento de admiração,


espanto ou surpresa.

Exemplo: Que horror!

■ IMPERATIVA : expressa ordem, pedido ou conselho.


Exemplo : Jogue o papel no lixo.

■ OPTATIVA : são usadas para expressar um desejo.

Exemplo:   Deus te abençoe!

7.2. ORAÇÃO
A  oração é representada por um enunciado linguístico, no
qual sua estrutura é formada por um sujeito e predicado
(termos essenciais, integrantes e acessórios das orações).
Necessita sempre da presença de um verbo.

Exemplos :  Aquela laranja estava azeda.

      Vá embora!

7.3. PERÍODO
O  período são frases representadas por uma ou mais
orações com sentido completo. Na língua oral, o início e o final
do período são observados  pela entonação da voz. A língua
escrita é representada pela letra maiúscula no início do
período e a pontuação específica no final. 

Os períodos são:   simples ou c ompostos .

7.3.1. PERIODO SIMPLES

Tem em sua estrutura um verbo somente e possui apenas uma


oração.

Exemplo :   Ontem você foi ao Correio?

7.3.2. PERIODO COMPOSTO

Possui em sua estrutura mais de uma oração, a mesma


quantidade de orações é a  de verbos.
Exemplo : Os alunos andam preocupados, com o roubo de
celular na saída da escola.

7.3.2.1. COLOCAÇÃO  PRONOMINAL

Estabelece o estudo da colocação dos pronomes oblíquos


átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) relacionado
ao verbo.

Os pronomes átonos ocupam lugar antes do verbo (próclise )


, no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise). 
Atentem a isso!!

7.3.2.2. PRÓCLISE

Quando os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe,


nos, vos, os, as, lhes) ocupam lugar antes do verbo. Pronome
proclítico.

Podemos usar da seguinte forma:

■ palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais,


nada, ninguém, nem, de modo algum.

Exemplo : Nunca mais me fale palavrão.

■ conjunções subordinativas: quando, se, porque, que,


conforme, embora, logo, que.

Exemplo : Quando se trata de amor, é com ele mesmo.

■ Advérbios: Desde que não tenha pausa, após o advérbio.

Exemplo : Talvez te leve no aeroporto .

■ Pronomes indefinidos, relativos, demonstrativos

Exemplos:   Alguém me deixou uma encomenda?


(indefinido)
Aquilo me deixa triste. (demonstrativo)

A professora que me corrigiu. (relativo)

■ Frases interrogativas.

Exemplo: Quem me cutucou?

■ Frases exclamativas ou optativas (que exprimem


desejo).

Exemplo : Deus me perdoe!

■ Verbo no gerúndio antecedido de preposição em.

Exemplos : Em se falando nela, eis que ela surgiu.

■ Formas verbais proparoxítonas.

Exemplo : Nós sempre cantávamos.

7.3.2.3. MESÓCLISE

É  a  colocação do pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe,


nos, vos, os, as, lhes) no meio da forma verbal.

Exemplo : ajudar -te- ei

Será usada quando o verbo estiver no futuro do indicativo, ou


seja, no futuro do presente (falarei, falarás,...) ou no futuro do
pretérito (falaria, falarias,...).

Exemplo:   Convidar- me -iam para o futebol.

7.3.2.4. ÊNCLISE

■ Ocorre quando não há próclise obrigatória e quando o


pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as,
lhes) está localizado após o verbo.
■ Início do período.  Exemplo : Sentei- me rápido.

■ Orações iniciadas com gerúndio. Exemplo :   Ela ía falando-


lhe tudo.

■ Imperativo afirmativo . Exemplo :  Sente- se aqui.

Pessoal fiquem atentos!

Quando o gerúndio vier precedido de preposição


ocorrerá a próclise.

7.3.2.5. COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES


VERBAIS

■ Com particípio  -   o  verbo principal for constituído por


um particípio, que não admite ênclise.

Exemplo: Haviam –me convidado para a reunião.

■ Com gerúndio ou infinitivo – Pode ocorrer ênclise ao auxiliar


ou principal

Exemplo : Estou pedindo– lhe um favor

                     Estou lhe pedindo um favor.

8
REGÊNCIA

Regência é a relação de subordinação que acontece entre o


verbo e seus complementos. Sendo que o termo mais
relevante se chama regente (verbo) e o outro termo se chama
regido. É relevante saber que a regência se faz entre orações
dependentes também.

Exemplo: Precisamos de segurança.


     Termo regente: precisamos

    Termo regido: de segurança

Outro exemplo: Todos ficaram impressionados com o desfile.

Observe que o verbo impressionar precisa de complemento,


afinal quem se impressiona, se impressiona com alguém ou
com alguma coisa.

A título ilustrativo, vou retirar da frase o termo regido, pra você


ver como fica estranho: “ Todos ficaram impressionados ”.
Observe que o verbo impressionar necessita de complemento,
isso pois, há muitas coisas com as quais todos poderiam se
impressionar. A preposição COM   fez essa complementação.

8.1. REGÊNCIA VERBAL


Estuda a relação entre os verbos e seus complementos
(objetos diretos e indiretos).

Estudar regência verbal nos proporciona ampliar nossa


capacidade expressiva, porque nos  oportuniza  conhecer as
diversas significações que um verbo pode assumir, com a
mudança ou retirada de uma preposição.

Esse tema costuma cair muito em provas,


especialmente no tocante ao uso dos objetos indiretos!!

8.1.1. PREDICAÇÃO VERBAL

Denominação feita aos verbos e na sua relação com os


complementos.

a) Verbo transitivo direto – Exige complemento (objeto


direto) sem preposição.

Exemplo:   Escutamos um trovão.


Faça a pergunta ao verbo......Escutamos o quê? 

A resposta é o complemento ...um trovão.

b) Verbo Transitivo indireto: precisa de complemento que é


objeto indireto , é  ligado obrigatoriamente por preposição.

Exemplo:   Necessito de atenção.

c) Verbo Transitivo Direto e Indireto: Precisa de dois


complementos, sendo um direto e um indireto.

Exemplo:  Pedi uma pizza ao entregador.

Pedi o que?  Uma pizza

A quem? Ao entregador

d) Verbo Intransitivo: Não precisa de complemento, porém


pode vir acompanhado de adjunto adverbial de tempo, causa,
modo, lugar, condição etc.

Exemplo: O navio afundou.

e) Verbo de ligação: Pode indicar estado ou mudança de


estado. Liga o sujeito ao predicativo. São eles: parecer, ser,
estar, continuar, ficar, permanecer, virar, andar, tornar-se,
achar-se

Exemplo: Maria Clara é linda !

8.1.2. REGÊNCIA DOS SEGUINTES VERBOS:

a) ASPIRAR - verbo transitivo direto quando significar:


cheirar, inspirar e sorver.

Exemplo:  Aspirei fumaça que saía das fábricas.

■ Transitivo indireto exige a preposição a, e não aceita lhe


como complemento.               Nesse caso, com significado de :
pretender, almejar.

Exemplo: Ela aspirava ao seu amor.

b) ASSISTIR - verbo transitivo direto ou indireto. A preposição


a acompanha o verbo transitivo indireto. Quando seu
significado for: amparar, dar assistência.

Exemplo: As enfermeiras assistiram os pacientes.

        As enfermeiras assistiram aos pacientes.

Transitivo indireto com sentido de presenciar, ver. Também


exige a preposição A.

Exemplo: Os meninos assistiram o treino da seleção


masculina de vôlei.

c) AVISAR  – Transitivos diretos e indiretos,  com objeto direto


de coisa e objeto indireto de pessoa. Avisar alguém de algo,
aconselhar, certificar, cientificar, encarregar, impedir,
incumbir, informar, notificar, prevenir, proibir

Exemplos : O sinal avisa os alunos que a aula acabou.

       O recibo avisa que a pessoa pagou seu débito.

d) CUSTAR   – Transitivo indireto com significado de  custar a


alguém, ser custoso, ser difícil.

Exemplo: Custou ao garoto entender o jogo

■ Intransitivo   quando estiver acompanhado de adjunto


adverbial de preço.

Exemplo:   O ingresso  para o show custa 200 reais.

Atenção : O correto é “ custou-me entender o erro ”. Custou a


mim = custou-me .
Não se usa “custei entender o erro”.

e) IMPLICAR  – Sentido de envolver-se , exige a preposição


em – Transitivo direto e indireto

Exemplo : A menina implicou-se em fofocas.

Implicar  – Sentido de perturbar . Transitivo indireto exige a


preposição com .

Exemplo:   Meu avô implicava com o gato.

Implicar  – Sentido de acarretar ou pressupor   será


Transitivo direto..

Exemplo:   A prisão talvez implique em  condenação.

f) Ir -   dirigir-se, chegar, encaminhar-se Intransitivos, exige


adjunto adverbial de lugar introduzido através da preposição a

Exemplo : Fomos ao Museu do Olho.

g)   PAGAR   – Pagar algo a alguém. Transitivos diretos e


indiretos, com objeto direto de coisa e objeto indireto de
pessoa, exige preposição a.

Exemplos : Ele pagou a dívida ao seu irmão.

Atentem!   Na norma culta não se fala “pagamos o amigo”.


Fala-se “pagamos ao amigo”.

h)   PERDOAR  – Perdoar algo a alguém . Transitivo direto e


indireto, com objeto direto de coisa e objeto indireto de
pessoa, exige preposição a .

Exemplo : Perdoei ao sobrinho.

i) REPARAR: Consertar.  Transitivo direto ou transitivo


indireto,  Objeto direto, objeto indireto seguido da preposição
em .

Exemplos : Ele chamou o técnico para que conserte nosso


fogão.
                    Joana reparou na (em+a) cor do vestido de sua
irmã.

j) VISAR:   Sentido de apontar, mirar, por visto, transitivo


direto ou indireto,  objeto direto e indireto  precedido de
preposição “a”

Exemplo: O homem visou o centro do mapa.

No sentido de ter em vista , ter por.

  Exemplo : As novas políticas do reitor visam melhorar


nosso curso.

8.2. REGÊNCIA NOMINAL


Ocorre regência nominal quando o termo regente é um nome,
ou seja, um substantivo, adjetivo ou advérbio e exige
preposição.

Observem alguns casos .

a) Admiração por

Exemplo:   Ela tinha admiração por livros .

Observe que ela tinha admiração a algo (a livros), o adjetivo


admiração precisa de complemento e quem faz a
complementação é a preposição por .

b) Amigo de

Exemplo: Ela era amiga do melhor jogador .

c) Apto a ou para a
Exemplos: Ele estava apto à aprovação.

       Ele sempre esteve apto para estudar nessa escola .

d) Confiante em

Exemplo: Sempre estive confiante em mim mesma.

e) Desejo ou Desejoso de

Exemplo: Desejo responder todos os emails.

     Fiquei desejoso de comer peixe.

f) Entendido em

Exemplo:   Aquele homem é entendido em marcenaria.

g) Envolvido em ou com

Exemplos: Ele foi envolvido em uma grande confusão

       O menino estava envolvido com os brinquedos.  

h) Estranho a

Exemplo:   Seu comportamento é estranho a todos.

i) Exame de

Exemplo : Ele passou no exame de admissão.

j) Idêntico a

Exemplo: Meu vestido é idêntico ao dela.

k) Junto a ou de

Exemplos: Ela estava junto a porta.                


Todos estavam junto do carro.

l) Leigo em

Exemplo: Sou leigo em medicina homeopática.

m) Morador em ou de

Exemplos: Foi morador na grande Florianópolis

Foi morador de rua.

n) Nocivo a

Exemplo: A cachaça é nocivo a saúde .

o) Obediente ou obediência a

Exemplos : Ele é um menino muito obediente .

Você deve obediência a sua avó

p) Parecido a ou parecido com

Exemplos:   Nasceu parecido a mãe.

Falaram que sou parecido com meu pai.

q) Passível de

Exemplo :   Esse exame é passível de erro.

r) Perceptível a

Exemplo: Era perceptível que ela estava triste.

s) Preferível a

Exemplo: É preferível que você chegue às 8 horas.


t) Próximo a ou próximo de

Exemplos: Moro próximo a Praça Generoso Marques.

      Aguardo próximo do seu escritório .

u) Simples em

Exemplo: Ela é simples em comunicação.

v) Sito ou Situado em

Exemplos: Neuza tem uma casa sito na Av. dos  Estados.

      A casa está situada no Bairro  Água Verde.

w) Solícito com

Exemplo: Marko sempre foi solícito com as pessoas.

x) Tolerante com ou para com

Exemplos: Sempre fui tolerante com meus alunos.

     Procurem ser tolerantes para com os idosos.

y) Versado em

Exemplo:   Meu mano é versado em Letras.

z) Vizinho a ou vizinho de

Exemplos: Minha casa é vizinha ao Jardim Botânico.

      Renan é vizinho de Mariana.

9
CONCORDÂNCIA
9.1. CONCORDÂNCIA NOMINAL
9.1.1. REGRA GERAL

Conforme a gramática da Língua Portuguesa a Concordância


Nominal ocorre quando o artigo, adjetivo, pronome e numeral
concordam em número (singular ou plural) e gênero
(masculino ou feminino) com o substantivo.

A concordância nominal pode se dar quando o substantivo é


acompanhado por outros termos, havendo concordância entre
eles, por exemplo:

Meus cachorr os são pelu dos (o cachorro é peludo).

(Pronome + substantivo + verbo + adjetivo)

9.1.2. REGRAS ESPECIAIS  

Alguns casos particulares, aos quais devemos estar sempre


atentos:

■ Quando houver mais de um substantivo na oração e


estiverem no singular, forem do mesmo gênero, o adjetivo,
exercendo função de adjunto adnominal, poderá ficar no
singular ou irá para o plural:

Exemplo:   Achamos o menino e a menina entristecido .

     Achamos o menino e a menina entristecidos .

■ Quando os substantivos estiverem no singular em gêneros


diferentes, o adjetivo deverá concordar com o mais próximo ou
ir para o masculino plural:

Exemplos:   Maria usava vestido e sapato preto .


Maria usava vestido e sapato pretos .

■ Quando os substantivos estiverem no plural e forem de


gêneros diferentes, o adjetivo, quando desempenhar o papel
de adjunto adnominal, deverá concordar com o mais próximo
ou ir para o masculino plural:

Exemplos : Na feira de antiguidades encontramos rádios e


vitrolas raras.

      Na feira de antiguidades encontramos rádios e vitrolas


raros .      

■ ADJETIVO   DANDO CARACTERÍSTICAS AOS


SUBSTANTIVOS

O adjetivo pode concordar em gênero e número com o


substantivo que está mais próximo e  assume a forma no
masculino plural, na existência de um substantivo masculino e
um feminino.

Exemplos:

A caneta e o lápis azul estão no estojo.

O lápis e a caneta azul estão no estojo.

As canetas e os lápis azuis estão no estojo.

Os lápis e as canetas  azuis estão no estojo.

A caneta e o lápis azuis estão no estojo.

O lápis e a caneta azuis estão no estojo.

■ BASTANTE, CARO, BARATO, MUITO, POUCO E LONGE:


Essas palavras devem concordar em gênero e número com o
substantivo que caracterizam enquanto adjetivos.  São
invariáveis enquanto advérbios.
Exemplos:   Marcaram bastantes gols no futebol de
domingo.

Aquelas bolsas estão muito caras .

Vi em promoção uns casacos baratos .

Poucas crianças participaram

Muito entristecido chegou o garoto.

O endereço era longe .

■ ALERTA E MENOS - são advérbios permanecendo


invariáveis

Exemplos : Trovejou e todos ficaram alerta .

Os alunos tiveram menos dificuldade em matemática.

■  UM E OUTRO, UM OU OUTRO e NEM UM NEM


OUTRO - Exigem que o substantivo permaneça no
singular, porém o adjetivo deve ser escrito no plural.

Exemplo : O patrão encontrou um e outro funcionários


trabalhando.

■ MEIO - advérbio variável  ou invariável

Exemplos: Fico MEIO cansada da rotina.

       Ela ficava divagando com a cara MEIO triste.

■ MEIO - numeral (= metade): flexiona-se.

Exemplos: É meio dia e meia . (meia hora)

Eu  comi  meio pão de ló sozinha.


■ É PRECISO, É NECESSÁRIO,  É BOM, É PROIBIDO e
expressões equivalentes ao adjetivo só irão para o feminino se
o substantivo estiver ligado por artigo ou pronome
demonstrativo.

Exemplo: É preciso coragem para sair nesse frio.

     É necessário estudar para passar em concursos.

      É bom cantar para espantar os males.

      É proibido entrada de desconhecidos.  

■ ANEXO, QUITE, INCLUSO –   São adjetivos e se flexionam

Exemplo : Segue anexa  a carta que Pedro escreveu.

      Estou quite com você.

     Está incluso o dinheiro do táxi.

■ OBRIGADO – É adjetivo tem flexão normal.

Exemplos : Muito obrigado pela presença. (disse o homem)  


  

      Muito obrigada , disse a mulher, após a homenagem feita


pelo marido.

■   SÓ – Pode ser variável ou invariável – Com sentido de


somente permanece no singular e com sentido de sozinho
vai para o plural.

Exemplos: Maria comprou só um par de botas pretas.     (só


=somente)

Maria estava só no restaurante.        (só = sozinha)

Pessoal fiquem atentos!  A forma “a sós” é invariável.


■ A OLHOS VISTOS –   A variação ocorre na palavra vistos .

Exemplo : Curitiba prosperava a olhos vistos .

■ TAL QUAL – palavra invariável se estiver em frases com


verbo SER

Exemplo: A menina era tal qual a mãe.

■ HAJA VISTA – palavra invariável, porém admite a flexão de


HAJA com a preposição a.

Exemplo:  Haja vista as correspondências, vou respondê-


las.

■ MESMO E  PRÓPRIO -   devem concordar com a palavra a


qual fizerem referência.

Exemplo:       Elas mesmas lavaram o carro.

Ele mesmo lavou o carro.

Elas próprias fizeram o bolo de aniversário.

■ TODO – Equivale a totalmente quando acompanha


adjetivo, é advérbio. Pode concordar com adjetivo ou ficar
invariável.

Exemplos:  A mulher  ficou toda perfumada.

        A mulher ficou todo  perfumada.

9.2. CONCORDÂNCIA VERBAL


A concordância verbal ocorre quando o verbo é flexionado
para concordar com o sujeito e o predicado .

Exemplo : Ela   vai secar o prato .          


Observem no exemplo , que o verbo está flexionado em
número e pessoa para concordar com o sujeito. Podemos dizer
que o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. É
isso que chamamos de concordância verbal.

9.2.1. SUJEITO COMPOSTO

Quando o sujeito é composto o verbo fica no plural.

Exemplo:   A menina e os meninos saíram.

Sujeito composto – A menina e os meninos

Verbo - saíram    

Se o sujeito composto estiver após do verbo, a concordância


será com o núcleo mais próximo.

Exemplo: Saiu a menina e os meninos.

Sujeito composto – a menina e os meninos

Verbo – saiu

9.2.2. CONCORDÂNCIA DO VERBO SER

Com o verbo ser, a concordância verbal apresenta algumas


especificidades. Dependendo das situações, o verbo ser
poderá concordar com o sujeito ou com o predicativo do
sujeito.

Verbo “ser” concordando com o sujeito

Exemplo: Eu sou estudiosa.                         Ele será um


excelente advogado

      Nós somos estudiosas               Eles serão uns excelentes


advogados  
■ Quando houver pronome pessoal na oração, o verbo ser
concordará com o pronome , tendo este papel de sujeito ou
predicativo.

Exemplos :   Nós somos os estudiosos.

        Os estudiosos somos nós.

■ Se o sujeito for o pronome interrogativo que ou quem ,


o verbo ser concordará como predicativo . 

Exemplo :  Que são estes pedidos?

Quem foram os pichadores?

■ Quando o verbo ser for impessoal, indicando data, tempo


ou distância, terá que concordar com o predicativo .

Exemplo:   Daqui até o estádio são dois quilômetros.

São exatamente dezoito horas.

Fiquem atentos!  A concordância quando se trata de


data, pode ser feita com o predicativo ou com a palavra
dia que vai estar subentendida.

Exemplos:   Hoje são vinte e cinco de março.

       Hoje é (dia) vinte e cinco de março.

9.2.3. CONCORDÂNCIA DO VERBO HAVER E FAZER

Você deve lembrar que verbo haver no sentido de existir ou


quando indica tempo e o verbo fazer quando indica  tempo
são impessoais , quer dizer, não tem sujeito, por isso devem
estar sempre na 3ª pessoa do singular.

Exemplo : Havia muitos pães no cesto.

      Faz dez dias que não vejo minha irmã.


O verbo auxiliar fica no singular quando se unir ao verbo
haver e fazer .

Exemplos : Devia haver muitos pães no cesto.

      Vai fazer dez dias que não vejo minha irmã.

9.2.4. CONCORDÂNCIA DO VERBO EXISTIR

Não esqueça que o verbo existir não é impessoal. O verbo


existir tem sujeito e deve haver concordância entre eles.

Exemplo : Existiam muitos pães no cesto.

9.2.5. CONCORDÂNCIA DOS VERBOS  BATER, DAR, SOAR


E TOCAR

Esses verbos quando marcam horas, concordam sempre com


o número de horas, ou seja, com o numeral.

Exemplos: Estão batendo cinco horas neste momento.

Já  deram dez   horas, mas o carteiro ainda não chegou.

Sabe se já soaram cinco horas?

Já tocaram seis horas no sino da igreja.

9.2.6. CONCORDÂNCIA DE QUE E QUEM

O pronome QUE faz o verbo concordar com o substantivo ou


pronome, que o antecede.

Exemplos :   Fui eu que fiz essas empadas.

Fomos nós quem comemos as empadas.


 

O pronome QUEM faz o verbo  concordar com o pronome


pessoal ou ficar na 3ª pessoa do singular. Só ocorre quando
houver pronome pessoal seguido de pronome relativo.

Exemplo:   Fui eu quem fiz esta empada. Ou : fui eu quem


fez esta empada.
         
      

9.2.7. CONCORDÂNCIA DO VERBO PARECER

O verbo “ parecer ” quando vem seguido de infinitivo:

-  Ocorre variação do verbo  “ parecer”   e não se flexiona o


infinitivo.

Exemplo :   Minhas amigas pareciam chorar na hora do


adeus.

-   A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre


flexão.

Exemplo:   Minhas amigas pareciam chorarem naquele


momento.

- Verbo parecer concorda com seu sujeito

Exemplos : O homem parece feliz.        

       Os homens parecem felizes.

9.2.8. CONCORDÂNCIA “UM DOS QUE”

Pede verbo no singular ou no plural .

Exemplo: Meu filho é um dos que mais estuda.

     Meu filho é um dos que mais estudam  

9.2.9. CONCORDÂNCIA  “UM OU OUTRO”

Pede verbo no singular.


Exemplo:   Um ou outro policial viajará.

9.2.10. CONCORDÂNCIA MAIS DE, MENOS DE, CERCA


DE, PERTO DE.

O verbo concorda com o numeral a qual se refere.

Exemplos : Mais de um candidato enviou currículo.

        Cerca de duzentos candidatos enviaram currículo.

       Menos de trezentos candidatos enviaram currículo.

Perto de duzentos e oitenta candidatos enviaram currículo.

9.2.11. A CONCORDÂNCIA DE: A MAIOR PARTE DE,


GRANDE PARTE DE, A MAIORIA DE, GRANDE NÚMERO DE
, UMA PORÇÃO DE, GRANDE QUANTIDADE DE.

Quando seguidas de complemento no plural admitem a


concordância verbal no singular e no plural:

Exemplos: A maior parte dos cachorros saíra do canil


público.

        A maior parte dos cachorros saíram do canil público  

Quando não estiverem seguidas de palavras no plural, o verbo


fica no singular.

Exemplo:   A maioria do pessoal gostou do bolo.

9.2.12. CONCORDÂNCIA DO PRONOME OU PARTÍCULA


APASSIVADORA  - SE.

O verbo concorda com  o termo , que seria objeto direto,


porém é o sujeito. Isso ocorre apenas quando a palavra SE for
usado com verbo transitivo direto e significando alguém.

Exemplo : Encontrou- se o cachorro perdido.


O sujeito da oração (cachorro) concorda com o verbo
(encontrou).

Atenção! Faça a inversão : “O cachorro perdido foi


encontrado.”

Pessoal observem! A inversão não é possível quando o


sujeito não é determinado na frase. Nesse caso, o verbo
fica no singular .

9.2.13. CONCORDÂNCIA  - UM  E OUTRO.

É invariável, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

Exemplos: Um e outro cozinheiro assava a carne.

        Um e outro cozinheiro assavam a carne.

9.2.14. CONCORDÂNCIA  -NEM UM NEM  OUTRO.

Exige verbo no singular.

Exemplo: Nem um nem outro aluno fará prova a lápis.

Atenção!  Existem gramáticos que aceitam o plural. Há


polêmica sobre esse assunto.

■ Quando usarmos nomes próprios com artigo no plural o


verbo vai para o plural, mesmo que haja indicação de unidade.

Exemplo : As viaturas  pertencem ao patrimônio público.


            ■ Quando o sujeito estiver formado pelos pronomes
indefinidos  ou interrogativo mais Pronome pessoal.

a) Se o primeiro pronome está no plural, as duas


concordâncias estão corretas.

Exemplos: Quais de vocês pegarão folga?

       Quais de nós pegaremos folga?

b) Se o primeiro pronome estiver no singular, o verbo


concordará com ele.

Exemplo: Qual de vocês pegará folga?

■ Quando o sujeito estiver formado por fração, o verbo


concordará com o numeral.

Exemplos:   Um terço dos funcionários aderiu a greve.

        Um terço dos funcionários aderiram a greve.

10
CRASE

Crase   é o nome que se dá à contração da preposição "a"


com  artigo definido "a" ou "as" , usada somente diante de
palavras femininas.

O acento grave (  ` ) é o sinal, indica a fusão da crase de


dois  aa .  

a     +      a  =  à
Pessoal...por favor!!! Crase não é o acento grave e sim a
junção de duas vogais iguais: a    +      a   =  à

Acentua-se a preposição a quando, substituindo-se a palavra


feminina por uma masculina, o a torna-se ao .

■ As palavras terra , casa e distância são casos especiais


de crase.

A preposição "a" antes da palavra  casa     (lar) só recebe o


acento grave quando vier acompanhada de um
modificador, caso contrário não ocorre a crase.

Exemplo : Ontem fui à  casa do meu pai.

Com a palavra terra   (chão firme, oposto de bordo) só ocorre


crase quando vier acompanhada de um modificador — da
mesma maneira que existe a expressão "a bordo".

Exemplo: Os marinheiros voltaram à terra amada.

Com a palavra  terra  (terra natal ou planeta) sempre ocorre


crase.

Exemplo: Eu voltei à terra dos meus pais.

Quanto à palavra  distância , só haverá crase se esta estiver


especificada.

Exemplo : Estamos à distância de 30 quilômetros da praia.

Quanto a locuções adverbiais femininas , ocorre crase.

Exemplos: Ontem o quarto dos meninos ficou às avessas .


(modo)

        Fui à igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.


(lugar)
Pronome  demonstrativo aquele   (e variações),  aquilo   e 
aquela   (e variações) podem receber acento grave no   a
  inicial, desde que haja um verbo ou um nome relativo que
peça a preposição  a .

Contração "à" pode receber acento com a elipse   de


expressões como: "à moda (de)" , "à maneira (de)" , arroz   “à
grega" (à maneira grega) , etc. Estes casos podem ser usados
antes de um nome masculino.

Para saber se a crase deve ser usada a contração  à   (com


acento grave) em vez da preposição  a  (sem acento). Observe
a explicação abaixo:

■ Substitui-se a preposição  a   por outra preposição, como:  


em   ou  para , com a substituição, o artigo definido  a
 permanecer, então a crase é aplicável.

Exemplos : Ela viajou à Região Sul. (Com crase, porque


equivale a: Ela viajou para  a Região Sul).

Ela viajou a Ipanema . ( Sem crase, porque equivale a:  Ela


viajou para  Ipanema) .

■ Troca-se o complemento nominal , após "a" , de um


substantivo feminino para um substantivo masculino, se for
necessário o uso da combinação  ao , então a crase é
aplicável.

Exemplos :   Fez doação de alimentos à comunidade.

Com crase, porque ao se trocar o complemento — Fez doação


de alimentos ao povo — aparece a combinação  ao .

De olho na dica: Crase não ocorre antes de verbos,


pronomes pessoais, nomes de cidade que não utilizem o
artigo feminino e de expressões com palavras repetidas
(dia a dia).
10.1. CRASE FACULTATIVA
■ Antes de nome próprio feminino :

Exemplo : Refiro-me à (a) Lavínia.

■ Antes de pronome possessivo feminino :

Exemplo: Irei à (a) sua casa de veraneio amanhã.

■ Depois da preposição até :

Exemplo: Fui até à (a) porta ver quem batia.

■ Depois da preposição até :

Exemplo :   Caminhamos até à (a) porta.

■ Antes das palavras Ásia, África, Europa, França,


Inglaterra, Espanha, Escócia e Holanda.

Exemplo : Voltarei à (a) Espanha em setembro.

10.2. CRASE É PROIBIDA


■ Antes de verbos

Exemplo: Não cheguei a combinar o preço.

■ Antes de substantivos masculinos

Exemplo: Andar a pé.

■ Antes de numerais :

Exemplo: Queremos comprar uma casa na faixa  de


R$300,00 a R$ 400,00.
■ Antes de plural sem o emprego do artigo definido
"as" :

Exemplo : A especiais professoras

■ Após o uso de preposições :

Exemplo : Contra a ação do governo, os brasileiros foram


para a rua.

■ Antes de pronomes indefinidos, pessoais, relativos,


interrogativos e demonstrativos (com exceção da
terceira pessoa) :

Exemplos: Mandei o email a ela. (Pessoal)

Emprestei minha camiseta a esta menina. (Demonstrativo)

Minha mãe é a mulher  a quem sempre admirarei. (Relativo)

■ Entre substantivos idênticos :

Exemplo : Ontem nos vimos cara a cara.

■ Com a diante de palavra no plural

Exemplo: Solicitei colaboração a pessoas do meu bairro.


QUESTÕES DE CONCURSOS
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Leia e responda as questões 1,2 e 3

O Dia da Consciência Negra 

O assunto é delicado; em questão de raça, deve-se tocar


nela com dedos de veludo. Pode ser que eu esteja errada,
mas parece que no tema de raça, racismo, negritude,
branquitude, nós caímos em preconceito igual ao dos
racistas. O europeu colonizador tem - ou tinha - uma lei:
teve uma parte de sangue negro - é negro. Por pequena que
seja a gota de sangue negro no indivíduo, polui-se a nobre
linfa ariana, e o portador da mistura é "declarado negro”. E
os mestiços aceitam a definição e - meiões, quarteirões,
octorões - se dizem altivamente “negros", quando isso não é
verdade. Ao se afirmar “negro” o mestiço faz bonito, pois
assume no total a cor que o branco despreza. Mas ao
mesmo tempo está assumindo também o preconceito do
branco contra o mestiço. Vira racista, porque, dizendo-se
negro, renega a sua condição de mulato, mestiço, half-
breed, meia casta, marabá, desprezados pela branquidade.
Aliás, é geral no mundo a noção exacerbada de raça, que
não afeta só os brancos, mas os amarelos, vermelhos,
negros; todos desprezam o meia casta, exemplo vivo da
infração à lei tribal.

Eu acho que um povo mestiço, como nós, deveria  assumir


tranquilamente essa sua condição de mestiço; em vez de se
dizer negro por bravata, por desafio - o que é bonito, sinal
de orgulho, mas sinal de preconceito também. Os campeões
nossos da negritude, todos eles, se dizem simplesmente
negros. Acham feio, quem sabe até humilhante, se
declararem mestiços, ou meio brancos, como na verdade o
são. “Black is beautiful” eu também acho. Mas mulato é
lindo também, seja qual for a dose da sua mistura de raça.
Houve um tempo, antes de se desenvolver no mundo a
reação antirracista, em que até se fazia aqui no Rio o
concurso “rainha das mulatas”. Mas a distinção só valia
para a mulata jovem e bela. Preconceito também e dos
péssimos, pois a mulata só era valorizada como objeto
sexual, capaz de satisfazer a consciência dos homens.

A gente não pode se deixar cair nessa armadilha dos


brancos. A gente tem de assumir a nossa mulataria. Qual
brasileiro pode jurar que tem sangue “puro” nas veias, -
branco, negro, árabe, japonês?                 Vejam a lição de
Gilberto Freyre, tão bonita. Nós todos somos mestiços,
mulatos, morenos, em dosagens várias. Os casos de branco
puro são exceção {como os de índios puros - tais os
remanescentes de tribos que certos antropólogos querem
manter isolados, geneticamente puros - fósseis vivos - para
eles estudarem...). Não vale indagar se a nossa avó chegou
aqui de caravela ou de navio negreiro, se nasceu em taba
de índio ou na casa-grande. Todas elas somos nós, qualquer
procedência Tudo é brasileiro. Quando uma amiga minha,
doutora, participante ilustre de um congresso médico, me
declarou orgulhosa “eu sou negra” - não resisti e perguntei:
“Por que você tem vergonha de ser mulata?” Ela quase se
zangou. Mas quem tinha razão era eu. Na paixão da luta
contra a estupidez dos brancos, os mestiços caem
justamente na posição que o branco prega: negro de um
lado, branco do outro. Teve uma gota de sangue africano é
negro - mas tendo uma gota de sangue branco será
declarado branco? Não é.

Ah, meus irmãos, pensem bem. Mulata, mulato também são


bonitos e quanto! E nós todos somos mesmo mestiços, com
muita honra, ou morenos, como o queria o grande Freyre.
Raça morena, estamos apurando. Daqui a 500 anos será
reconhecida como “zootecnicamente pura" tal como se diz
de bois e de cavalos. Se é assim que eles gostam!     

QUEIROZ, Rachel. O Dia da Consciência Negra. O Estado de


S. Paulo, São Paulo, 23 nov. 2002. Brasil, caderno 2, p. D16, 

Vocabulário:  

half-bread: mestiço.

marabá: mameluco.

meião, quarteirão e octorão: pessoas que têm,


respectivamente, metade, um quarto e um oitavo de
sangue negro.

“Black is beautiful”: “O negro é bonito

QUESTÃO 1

Ano: 2017

Banca: IBADE

Órgão: PC-AC

Prova:   Agente de Polícia Civil

1) Sobre o texto leia as afirmativas a seguir. 

I. A autora mostra sua opinião sobre uma questão de


cidadania a fim de fazer com que o leitor pare para refletir e
valorize o mestiço como raça, não como estereótipo de
beleza ou de sexualidade.
II. A referência ao europeu colonizador norteia a discussão e
aponta para a importância da data além de enfatizar o
orgulho do negro.

III. A autora conta os acontecimentos, situando-os no tempo


e no espaço, chamando atenção para uma verdade peculiar
ao século passado.

Está correto o que se afirma em: 

a) I. II e III.

b) II e III. apenas.

c) I, apenas.

d) I e III apenas.

e) I e II, apenas.

Resposta: C

Comentários: I - Não há dúvidas da assertiva C, pois a


autora opina e procura convencer o leitor a refletir sobre o
preconceito racial, defende a cor morena e encerra o texto
tentando instigar o leitor a pensar como ela.

II   - Incorreta. A referência ao europeu pode até nortear a


discussão no primeiro parágrafo, porém não aponta datas,
isso já torna incorreta.

III – Incorreta. A autora não conta apenas os


acontecimentos, mas também participa como narrador
personagem, opina, interage dialogando no texto. Expõe
sua forma de ver e pensar. No texto, a autora não faz
referência ao século passado.

QUESTÃO 2
2) Considere as seguintes afirmações sobre aspectos
da construção do texto: 

I. Em “mas parece que no tema de raça, racismo, negritude,


branquitude, nós CAÍMOS em preconceito... Por pequena
que seja a gota de sangue negro do INDIVÍDUO”, as
palavras destacadas recebem acento pela mesma regra de
acentuação.

II. Passando-se para o plural o trecho destacado em “todos


desprezam o meia casta, EXEMPLO VIVO DA INFRAÇÃO À LEI
TRIBAL.”, mantendo-se o A no singular, o sinal indicativo de
crase, obrigatoriamente, não poderia ser usado.

III. Em “E os mestiços aceitam a definição e - meiões,


quarteirões, octorões - se dizem altivamente 'negros',
quando ISSO não é verdade.”, o elemento destacado se
refere a uma ideia anteriormente expressa. 

Está correto apenas o que se afirma em:

a) I  e  II

b) II  e  III

c) I

d) I  e  III

e) II

Resposta: B

Comentários:

I – Incorreta. A palavra “caímos” pertence a regra que as


letras I  e  U, tônicas e constituindo hiato com a vogal
anterior, são acentuadas desde que sozinhas na sílaba ou
acompanhada de S. Já a palavra “indivíduo” é acentuada
por se tratar de uma paroxítona terminada em ditongo.

II e III – Corretas.

QUESTÃO 3

3) As palavras destacadas  “ se dizem ALTIVAMENTE


'negros' , quando isso não é verdade” e
“GENETICAMENTE puros - fósseis vivos - para eles
estudarem... )”, acrescentam um determinado valor aos
elementos a que se referem. Nos dois casos, esse valor
pode ser classificado como:

a) modo.

b) intensidade

c) afirmação

d) tempo

e) instrumento
Resposta: a

Comentários:

A – Correta.

B – Errada. Os advérbios se classificam conforme as


circunstâncias expressas. Os advérbios de intensidade são:
muito, pouco, demais, bastante, menos, mais, tão.

C – Errada. Os advérbios de afirmação são: sim, deveras,


certamente, realmente, efetivamente etc.

D – Errada. Os advérbios de tempo são: agora, já, ainda,


amanhã, cedo, tarde, sempre, nunca etc.
E – Errada. Adjunto adverbial é um termo acessório da
oração, sua função é modificar um verbo, um adjetivo ou
um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar,
modo, …). Sendo um termo acessório, pode ser retirado da
frase sem alterar sua estrutura sintática.  Observe alguns
exemplos de adjunto adverbial de instrumento: de faca,
com uma tesoura, com a pá, com uma ferramenta, etc.

QUESTÃO 4

Ano: 2012

Banca: MS CONCURSOS

Órgão: PC-PA

Prova:   Investigador de Polícia

4) Releia: “(...)  requisitar  a instauração de inquérito policial


(...)" Analise as proposições a respeito do verbo destacado.
Na oração dada: 
I – o verbo é classificado como bitransitivo, pois possui
objeto direto e indireto.
II – o verbo é classificado como transitivo direto, pois possui
apenas objeto direto. 
III – o verbo é classificado como transitivo indireto, pois
possui apenas objeto indireto. 
IV – os termos “de inquérito policial" exercem a função
sintática de objeto indireto do verbo. 
V – os termos “de inquérito policial" exercem a função
sintática de complemento nominal relativo à “instauração". 
VI – os termos “de inquérito policial" exercem a função
sintática de adjunto adnominal relativo à “instauração".
Estão corretas apenas as proposições em:  

a) III e IV.
b) III e VI.

c) II e V.

d) I e V

e) II e VI.

Resposta: C

Comentários:

I – Incorreta. O verbo REQUISITAR exige complemento (a


instauração de inquérito policial), portanto a frase só admite
objeto direto.

II – Correta.

III – Incorreta. Não possui verbo transitivo indireto, pois não


há objeto indireto, por não ter complemento com
preposição.

IV – Incorreta. A expressão “de inquérito policial" é


complemento junto com “a instauração”, portanto é objeto
direto.

V – Correta.

VI – Incorreta. O termo “instauração de inquérito policial” é


uma expressão só. Para ser Adjunto Adnominal teria que ser
representado por um artigo, ou pronome adjetivo, numeral
ou locução adjetiva.

QUESTÃO 5

Ano: 2012

Banca: MS CONCURSOS
Órgão: PC-PA

Prova:   Investigador de Polícia

5) Segundo o novo acordo ortográfico, o acento em


“hematóide". 

a) será mantido, pois se acentuam as palavras paroxítonas


que apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas.

b) será excluído, pois não mais se acentuam as palavras


paroxítonas que apresentam, na sílaba tônica, as vogais
abertas.

c) será facultativo, pois há oscilação em muitos casos entre


o fechamento e a abertura na articulação da abertura da
vogal.

d) será excluído, pois não se acentuam graficamente os


ditongos representados por ei e oi da sílaba tônica das
palavras oxítonas.

e) será facultativo, pois a pronúncia entre o português


europeu e o brasileiro oscila.

Resposta: B.

Comentários:

A – Incorreta. Pois de acordo com o Novo Acordo


Ortográfico, os ditongos OI e EI abertos ou fechados que
constituem a sílaba tônica de palavras paroxítonas, não são
acentuadas graficamente.

B – Correta.

C – Incorreta. Não é facultativo. Foi excluído conforme as


regras da nova ortografia.
D – Incorreta. Hematoide é paroxítona.

E – Incorreta. Não é facultativo, conforme as regras da nova


ortografia, pois foi excluído.

Texto CG1A01AAA

O crime organizado não é um fenômeno recente.


Encontramos indícios dele nos grandes grupos
contrabandistas do antigo regime da Europa, nas atividades
dos piratas e corsários e nas grandes redes de receptação
da Inglaterra do século XVIII. A diferença dos nossos dias é
que as organizações criminosas se tornaram mais precisas,
mais profissionais.

Um erro na análise do fenômeno é a suposição de que tudo


é crime organizado. Mesmo quando se trata de uma
pequena apreensão de crack em um lugar remoto, alguns
órgãos da imprensa falam em crime organizado. Em muitos
casos, o varejo do tráfico é um dos crimes mais
desorganizados que existe. É praticado por um usuário que
compra de alguém umas poucas pedras de crack e fuma a
metade. Ele não tem chefe, parceiros e nem capital de giro.
Possui apenas a necessidade de suprir o vício. No outro
extremo, fica o grande traficante, muitas vezes um
indivíduo que nem mesmo vê a droga. Só utiliza seu
dinheiro para financiar o tráfico ou seus contatos para
facilitar as transações. A organização criminosa envolvida
com o tráfico de drogas fica na maior parte das vezes, entre
esses dois extremos. É constituída de pequenos e médios
traficantes e uns poucos traficantes de grande porte.

Nas outras atividades criminosas, a situação é a mesma. O


crime pode ser praticado por um indivíduo, uma quadrilha
ou uma organização. Portanto, não é a modalidade do crime
que identifica a existência de crime organizado.
(Guaracy Mingardi. Inteligência policial e crime organizado.
In. Renato Sergio de          Lima e Lima e Paula. Orgs.
Segurança pública e violência: O estado está cumprindo seu
papel.São Paulo. Contexto, 2006, p.42 (com adaptações)

QUESTÃO 6

Ano: 2016

Banca: CESPE

Órgão: PC-PE

Prova:   Agente de Polícia

6) No texto  CG1A01AAA , isola um trecho de natureza


explicativa a vírgula empregada logo após

a)“traficante” (l.17).

b)“vezes” (l.21).

c)”indivíduo” (l.24).

d)“remoto” (l.10).

e)“casos” (l.12).

Resposta: A

Comentários:

A - Correta.

B – Incorreta. A palavra “vezes” está acompanhada de


“muitas”, formando então, uma locução adverbial. E a
vírgula antecede a expressão “muitas vezes”, não está após
a expressão.
C – Incorreta. Não há vírgula após a palavra “ indivíduo”,
portanto a alternativa está incorreta.

D – Incorreta. Realmente, nesse caso a vírgula aparece


posteriormente a expressão remoto, que no contexto tem
papel de adjetivo, porém não é de natureza explicativa.

E – Incorreta. “ Em muitos casos” está em caráter


introdutório no texto,  iniciando a oração, sem natureza
explicativa.

QUESTÃO 7

Ano: 2014

Banca: ACAFE

Órgão: PC-SC

Prova:   Agente de Polícia

7) Assinale a alternativa que preencha corretamente as


lacunas da frase a seguir:

Quando__________três meses disse-me que


iria__________Grécia para visitar_________sua tia, vi-me na
obrigação de ajudá-la__________resgatar as
milhas__________quais tinha direito.

a) a, há, à, à, às

b) hà, á, a, a, às

c) há, a, hà, à, às

d) a, à, a, à, às

e) a, a, à, hà, as
Resposta: B

Comentários:

B – Correta. Há - Quando nos referimos a tempo passado,


usamos o verbo haver (há) como sinônimo de faz ou tem. O
artigo definido (a) torna incorreta a expressão. 

- à - Usa-se crase diante de nomes de Cidades ou País,


quando não houver especificações.

- a – antes de pronome possessivo o  uso da crase é


facultativo, portanto está correto o uso do artigo definido a.

- a - antes de verbos não se usa crase, portanto está correto


o uso do artigo definido a.

- às - antes de pronome relativo o uso da crase é facultativo,


portanto está correto o uso do artigo definido plural às.

QUESTÃO 8

Ano: 2014

Banca: ACAFE

Órgão: PC-SC

Prova:   Agente de Polícia

8) Analise o emprego dos porquês nas frases a seguir e


assinale  a alternativa que inclui todas as frases corretas.

I) Não interessa aqui saber por que meu amigo discordou


da proposta.

II) Cheguei cedo porque há poucos ingressos ainda


disponíveis .
III) Sei que o chefe anda muito intrigado, mas não sei dizer
porquê.

IV) O cliente explicou por que não concordou com a


solução encontrada .

V) O por quê de não estar conversando é por quê quero


estar concentrada .

a) I ,   II ,  III

b) I  ,  II  ,  IV

c) II  ,  III  ,V

d) III  ,  IV  ,  V

e) IV  ,  V

Resposta: B

Comentários:

I – Correta. Está correta, pois o por  que separado e sem


acento, foi usado em preferência do usuário e por 
substituição a expressão “pela qual”.

II – Correta. O “porque” está sendo usado como justificativa,


“por qual razão”.

III – Incorreta. Pois “porquê” junto e acentuado deve ser


precedido do artigo o.

A frase correta é assim: “Sei que o chefe anda muito


intrigado, mas não sei dizer o porquê. ”

IV – Correta .
V – Incorreta. A  forma “ “Por quê” é utilizado em frases
interrogativas, realizadas direta ou indiretamente.

QUESTÃO 9

Ano: 2014

Banca: ACAFE

Órgão: PC-SC

Prova:   Agente de Polícia

9) Complete corretamente as lacunas com uma das opções


colocadas entre parênteses:

- O poder público brasileiro, ___________de ser econômico é


perdulário. (ao invés de/em vez de)

- O_____________de prisão foi expedido pelo juiz de plantão


ainda de madrugada. (mandado/mandato)

- Esse procedimento está ______________a lei eleitoral.


(infringindo/infrigindo)

- Quanto mais detalhes forem incluídos na obra,


mais_____________será a quantia de dinheiro.
(vultosa/vultuosa)

-Ao analisar o recurso, o parecerista_____________todas as


peças do processo. ( dissecou/dessecou)

A sequência correta de cima para baixo é:

a) Ao invés de -  mandado -  infringindo – vultosa - dessecou

b) Ao invés de -  mandado -  infringindo -  vultosa -  dissecou


c) Ao vez de – mandato - infrigindo  - vultuosa – dessecou

d) Ao invés de -  mandato -  infringindo -  vultuosa - 


dissecou

e) Em vez de, , mandado,  infrigindo, vultosa, dessecou

Resposta: B

Comentários:

B – Correta. Ao  invés de – Está correto seu uso na frase, 


pois mostra que existe uma contrariedade.”... Que o poder
público ao invés de ser econômico, gasta muito. ” Ao invés
de – é uma locução prepositiva, sendo um conjunto de duas
ou mais palavras com valor de preposição, a última palavra
dessas locuções é sempre uma preposição.

Mandado -  Seu uso está correto. Mandado significa "ato de


mandar, ordem escrita, emanada de autoridade judicial ou
administrativa, remetido, enviado”. Mandato -  significa
"procuração", poder político outorgado pelo povo a uma
pessoa, delegação. Exemplo: O prefeito não chegou a
cumprir seu primeiro mandato.

Infringindo -  ato de desrespeitar, desobedecer – A grafia


correta é infringindo.

Vultuosa  ou Vultosa - Essas palavras existem na Língua


Portuguesa, ambas são corretas, porém tem significados
distintos.

Vultoso se refere  alguma coisa volumosa, de grandes


proporções.

Vultuoso é um adjetivo pouco utilizado e se refere a uma


pessoa que sofre de vultuosidade, ficando com a face e os
lábios vermelhos e inchados, com os olhos salientes.

Está correta o emprego de  vultosa para completar a lacuna.

- Dessecar " (com e), significa "tornar seco", "enxugar".

Exemplo: O sol intenso dessecou o terreno.

" Dissecar " (com i), significa "cortar", "analisar


minuciosamente.

Exemplo: O estudante teve que dissecar um artigo de jornal.

É correto o uso da  palavra  DISSECAR para completar a


lacuna.

QUESTÃO 10

Ano: 2014

Banca: ACAFE

Órgão: PC-SC

Prova: Agente de Polícia

10)  Na frase: Meu amigo fora lá fora buscar alguma coisa, e


eu ficara ali,sozinho, naquela janela, presenciando a
ascensão da lua cheia, as palavras destacadas
correspondem morfologicamente, pela ordem, a:

a) Advérbio, advérbio, adjetivo pronominal, advérbio,


substantivo

b) Verbo, pronome adverbial, pronome adjetivo, adjetivo,


verbo.

c) Verbo, advérbio, pronome adjetivo,  adjetivo, substantivo


d) Advérbio, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo

e) Advérbio, pronome adverbial, pronome relativo, advérbio,


verbo

Resposta: C

Comentários:

C – Correta. FORA -  Verbo irregular, pretérito mais que


perfeito do indicativo, 3ª pessoa do singular.

FORA – Advérbio de lugar.

ALGUMA – pronome adjetivo, os quais determinam e


modificam o substantivo.

SOZINHO -  adjetivo, masculino, singular.

ASCENSÃO – substantivo, ato de subir, elevação, ascender.

QUESTÃO 11

Ano: 2014

Banca: ACAFE

Órgão: PC-SC

Prova: Agente de Polícia

11) Complete as lacunas com os verbos, tempos e modos


indicados entre parênteses, fazendo a devida concordância
verbal.

- O juiz agrário ainda não _____________ no conflito porque


surgiram fatos novos de ontem para hoje. (intervir –
pretérito perfeito do indicativo)
- Uns poucos convidados ______________ se com vídeos
postados no facebook. (entreter – pretérito imperfeito do
indicativo)

- Representantes do PCRT somente serão aceitos na


composição da chapa quando se ______________________ de
criticar a atual diretoria do clube. (abster-se – futuro do
subjuntivo)

A sequência correta, de cima para baixo é:

a) Interveio – entretinham – abstiverem

b) Interviu – entretiveram – absterem

c) Intervém – entreteram  - abstêm

d) Interviera – entretêm – abstiverem

e) Intervirá -  entretenham – abstiveram

Resposta: A

Comentários:

A – Correta. INTERVEIO – Verbo no pretérito perfeito do


indicativo,  há concordância com o sujeito da oração e com
o tempo que finaliza a frase. (surgiram fatos novos de
ontem para hoje).

ENTRETINHAM-SE – O verbo está na terceira pessoa do


plural, no pretérito imperfeito do modo indicativo, concorda
em número com o sujeito e com o restante da frase.

ABSTIVEREM – Verbo no futuro do modo subjuntivo, há


concordância com o sujeito da oração.

Texto CG1A01BBB
Não são muitas as experiências exitosas de políticas
públicas de redução de homicídios no Brasil nos últimos
vinte anos, e poucas são aquelas que tiveram continuidade.
O Pacto 4 pela Vida, política de segurança pública
implantada no estado de Pernambuco em 2007, é
identificado como uma política pública exitosa.  O Pacto Pela
Vida é um programa do governo do estado de Pernambuco
que visa à redução da criminalidade e ao controle da
violência. A decisão ou vontade política de eleger a
segurança pública como prioridade é o primeiro marco que
se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória
dessa política, sobretudo quando se considera o fato de que
o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido
historicamente negligenciado. Muitas autoridades públicas
não só evitam associar-se ao assunto como também o
tratam de modo simplista, como uma questão que diz
respeito apenas à polícia. O Pacto pela Vida, entendido
como um grande concerto de ações com o objetivo de
reduzir a violência e, em especial, os crimes contra a vida,
foi apresentado à sociedade no início do mês de maio de
2007. Em seu bojo, foram estabelecidos os principais
valores que orientaram a construção da política de
segurança, a prioridade do combate aos crimes violentos
letais intencionais e a meta de reduzir em 12% ao ano, em
Pernambuco, a taxa desses crimes. Desse modo, definiu-se,
no estado, um novo paradigma de segurança pública, que
se baseou na consolidação dos valores descritos acima (que
estavam em  disputa tanto do ponto de vista institucional
quanto da sociedade), no estabelecimento de prioridades
básicas (como o foco na redução dos crimes contra a vida) e
no intenso debate  com a sociedade civil. A implementação
do Pacto Pela Vida foi responsável pela diminuição de quase
40% dos homicídios no estado entre janeiro de 2007 e junho
de 2013.
José Luiz Ratton et al.  O Pacto Pela Vida e a redução de
homicídios em Pernambuco. Rio de Janeiro: Instituto
Igarapé, 2014. Internet: (com adaptações).

QUESTÃO 12

Ano: 2016

Banca: CESPE

Órgão: PC-PE

Prova:   Agente de Polícia

12) Assinale a opção na qual a palavra apresentada no texto


CG1A01BBB classifica-se, do ponto de vista morfossintático,
como advérbio.

A- “historicamente” (R.13)

B- “modo” (R.15)

C -“intenso” (R.30)

D- “muitas” (R.1)

E-“quando” (R.11)

Resposta: A

Comentários:

A - Correta. “Historicamente” do ponto de vista


morfossintático é advérbio de modo.

B – Incorreta. Modo no texto é sinônimo de maneira ou


forma. Veja: “...Muitas autoridades públicas não só evitam
associar-se ao assunto como também o tratam de modo
simplista (...).

C – Incorreta. Intenso no contexto tem significado de


grande ou grandioso. Observe: “...no estabelecimento de
prioridades básicas (como o foco na redução dos crimes
contra a vida) e no intenso debate com a sociedade civil..”

D – Incorreta. Muitas é advérbio de intensidade.

QUESTÃO 13

Ano: 2016

Banca: CESPE

Órgão: PC-PE

Prova:   Agente de Polícia

13) O Pacto pela Vida é caracterizado no texto CG1A01BBB


como uma política exitosa porque:

a) teve como objetivos a redução da criminalidade e o


controle da violência no estado de Pernambuco.

b) tratou a questão da violência como um problema social


complexo e inaugurou uma estratégia de contenção desse
problema compatível com sua complexidade.

c) definiu, no estado de Pernambuco, um novo paradigma


de segurança pública, embasado em uma rede de ações de
combate e de repressão à violência.

d) foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da


segurança pública como prioridade.
e) resultou em uma redução visível no número de crimes
contra a vida no estado de Pernambuco.

Resposta: E

Comentários:

A, B, C e D – Incorretas. Foi considerada exitosa pois de


fato reduziu a criminalidade.

QUESTÃO 14

Ano: 2016

Banca: CESPE

Órgão: PC-PE

Prova:   Agente de Polícia

14) Considerando as disposições do MRPR, assinale a opção


que apresenta o vocativo adequado para ser empregado
em um expediente cujo destinatário seja um delegado de
polícia civil.

a) Magnífico Delegado,

b) Digníssimo Delegado,

c) Senhor Delegado,

d)  Excelentíssimo Senhor Delegado,

e)  Ilustríssimo Senhor Delegado.

Resposta: C

Comentários:
A -  Incorreta. Magnífico é uma forma de tratamento usado
para Reitor de Universidades.

B – Incorreta. Caiu em desuso “Digníssimo” (DD) por se


tratar de um pronome que apenas reforça a dignidade de
alguém que ocupa um cargo público, não sendo necessária
a sua repetição.

C e D – Correta. Apesar de haver polêmica sobre o assunto,


se confrontarmos com o art. 23 da Lei n. 12.830/2013.
Nestes termos, levando em consideração as normas cultas
da língua portuguesa a questão estaria correta. Mas se o
enunciado fizesse menção à lei comentada, a alternativa
correta seria a “d”, pois o pronome de tratamento Vossa
Excelência (V. Ex.ª) é utilizado para magistrados (juízes de
direito, do trabalho, federais, militares e eleitorais),
membros de tribunais (de justiça, regionais federais,
regionais do trabalho, regionais eleitorais), ministros de
tribunais superiores (do Trabalho, Eleitoral, Militar, Superior
Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal), ao passo
que a lei equipara a essas autoridades o tratamento
dispensado aos delegados de polícia.

E – Incorreta. Ilustríssimo é usado para membros da nobreza


brasileira.

QUESTÃO 15

Ano: 2014

Banca: ACAFE

Órgão: PC-SC

Prova: Agente de Polícia


15- Complete as lacunas com as formas pronominais
sugeridas entre parênteses.

-Se o senhor achar necessário, poderemos trazer_____,três


modelos de certificado. (lhe,vos)

-Tenha em conta que só depende de_______a recuperação da


pintura do prédio.  (você, ti)

-Espere um momento, pois tenho dois assuntos para tratar


________(contigo, consigo, com você)

-Sugerimos que se faça um diálogo sério entre_______e teus


colegas de trabalho. (ti,tu)

a) vos, você, consigo, tu

b) lhe , ti , consigo , tu

c) Vos , ti , contigo , tu

d) lhe, você, com você , ti

e) lhe, ti, com você, ti

Resposta: D

Comentários:

D – Correta.

- Se o senhor achar necessário, poderemos trazer-lhe três


modelos de certificado. (lhe,vos)

A Colocação Pronominal está correta, pois o “lhe” refere-se


a pessoas e pode ser usado tanto no gênero feminino,
quanto no masculino, exerce função de objeto indireto.
- Tenha em conta que só depende de você a recuperação da
pintura do prédio. (você, ti)

A Colocação Pronominal encontra-se correta, pois o


pronome de tratamento você, foi usado na frase na
linguagem informal.

-Espere um momento, pois tenho dois assuntos para tratar


com você. (contigo, consigo, com você)

Correto uso de “com você”, pois o verbo esperar no início


da frase está no imperativo afirmativo (espera tu – espere
você), você pertence à 3.ª pessoa gramatical, exigindo as
formas verbais e os pronomes respectivos.

- Sugerimos que se faça um diálogo sério entre ti e teus


colegas de trabalho. (ti, tu)

Ti é um  pronome de 2ª pessoa,  é um oblíquo tônico usado


com preposição. Pode-se usar ti ou te desde que o sujeito da
frase seja 'tu'.

TEXTO    CB1A2AAA

Em linhas gerais, há na literatura econômica duas


explicações para a educação ser tida como um fator de
redução de criminalidade. A primeira é que a educação
muda as preferências intertemporais, levando o indivíduo a
ter menos preferência pelo presente e a valorizar mais o
futuro, isto é, a ter aversão a riscos e a ter mais paciência. A
segunda explicação é que a educação contribui para o
combate à criminalidade porque ensina valores morais, tais
como disciplina e cooperação, tornando o indivíduo menos
suscetível a aplicar atos violentos e crimes.

Há outras razões pelas quais se podem associar educação e


redução de criminalidade. Quanto maior o nível de
escolaridade do indivíduo, maior será para ele o retorno do
trabalho lícito (isto é, o salário) e isso eleva o custo de
oportunidade  de se cometer crime. Além disso, há uma
questão relacionada à possibilidade do estado de
dependência do crime: a probabilidade de se cometerem
crimes no presente, está relacionada à quantidade de
crimes que já se cometeram. Dessa forma, manter as
crianças na escola, ocupadas durante o dia,  contribuiria a
longo prazo para a redução de criminalidade. Acredita-se,
por essa razão, que haja uma relação entre maior nível de
escolaridade e redução de criminalidade. A criminalidade é
uma externalidade negativa com enormes custos sociais e,
se a educação consegue diminuir a violência, o retorno
social pode ser ainda  maior que o retorno privado. (R.A.
Duenhas, F.O. Gonçalves e E. Gelinski Jr. Educação,
segurança pública e violência nos municípios brasileiros:
uma análise de painel dinâmico de dados. UEPG Ci. Soc.
Apl., Ponta Grossa, 22 (2):179-91, jul,-dez/2014. Internet:
www.revistas2.uepg.br )

QUESTÃO 16

Ano: 2016

Banca: CEBRASP/CESPE

Órgão: PC-GO

Prova: Agente de Polícia

16) A oração “que já se cometeram” (l.18) 

a) equivale, sintática e semanticamente, a que foi cometida.

b) está coordenada à expressão “quantidade de crimes”


(l.18).
c) explica o termo “crimes” (l.18).

d) complementa o substantivo “quantidade” (l.18).

e) restringe o sentido do termo “crimes” (l.18).

Resposta: E

Comentários:

E – Correta. É uma oração subordinada adjetiva restritiva,


restringe o sentido de crime e a quantidade de crimes que
já se cometeram.

QUESTÃO 17

Ano: 2016

Banca: CEBRASP/CESPE

Órgão: PC-GO

Prova: Agente de Polícia

17) Nas opções a seguir, constam propostas de reescrita do


trecho “Há outras razões pelas quais se podem associar
educação e redução da criminalidade.” (l. 11 e 12). Assinale
a opção em que a proposta apresentada mantém o sentido
original, a formalidade e a correção gramatical do texto
CB1A2AAA.

a) Outras razões existem porque é plausível associar


educação e redução da criminalidade.

b) Existe outras razões em que é possível associar educação


e redução da criminalidade.
c) Há outras razões em quais pode se associar educação à
redução da criminalidade.

d) Existem outras razões por que é possível associar


educação e redução da criminalidade.

e) Tem outras razões que é possível associar educação e


redução da criminalidade.

Resposta: D

Comentários:

D – Correta. O verbo haver (Há), no sentido de existir, na


oração está no plural, em concordância com a oração. E
“por que” separado é aquele que pode ser substituído por
“pelas quais”.

QUESTÃO 18

Ano: 2016

Banca: CEBRASP/CESPE

Órgão: PC-GO

Prova: Agente de Polícia

18) No texto CB1A2AAA, a palavra “aversão” (l.6) foi


empregada no sentido de:

a) pavor.

b) repugnância.

c) intolerância.

d) indiferença.
e) atração.

Resposta: B

Comentários:

B – Correta. Repugnância -  é o significado correto dentro do


contexto para a palavra aversão.

TEXTO PARA RESPONDER AS QUESTÕES 19 e 20

Não são só ladrões os que roubam bolsas ou espreitam os


que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões, que
mais própria ou dignamente merecem este título, são
aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões,
ou o governo das províncias, ou a administração das
cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e
despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem,
estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do
seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se
furtam, são enforcados; estes furtam e enforcam. Diógenes,
que tudo via com mais aguda vista que os outros homens,
viu que uma grande tropa de varas e ministros de justiça
levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: “Lá
vão os ladrões grandes enforcar os pequenos..." Ditosa a
Grécia, que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras
nações, se nelas não padecera a justiça as mesmas
afrontas. Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um
ladrão por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser
levado em triunfo um cônsul, um ditador por ter roubado
uma província! E quantos ladrões teriam enforcado estes
mesmos ladrões triunfantes? De um chamado Seronato
disse com discreta contraposição Sidônio Apolinar:  Non
cessat simul furta, vel punire, vel facere . Seronato está
sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em
os fazer. Isto não era zelo de justiça, senão inveja. Queria
tirar os ladrões do mundo, para roubar ele só. (VIEIRA, Antônio.
Sermões. In: MOTTA, Dantas.  Primeira epistola de Jm. Jzé. da Sva. Xer. - o
Tiradentes - aos ladrões ricos . Rio: Civilização Brasileira, 1967, p. s/n°).

QUESTÃO 19

Ano: 2016

Banca: FUNCAB

Órgão: PC-PA

Prova:   Delegado de Polícia

Releia-se a seguinte passagem:

Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros
homens, VIU que uma grande tropa de varas e ministros de
justiça LEVAVAM a ENFORCAR uns ladrões, e COMEÇOU a
bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos..."
Ditosa a Grécia, que tinha tal pregador! E mais ditosas as
outras nações, se nelas não PADECERA a justiça as mesmas
afrontas.

Em relação às formas verbais em destaque, carece de


sustentação o comentário feito em:

a) padecera/forma de mais-que-perfeito usada por


“padecesse”.

b) enforcar/ forma com valor de voz passiva = ser


enforcados.

c) começou / forma empregada como auxiliar de “bradar”

d) viu / forma semanticamente equivalente a "tinha visto”.


e) levavam/ forma substituível por levava", sem erro de
concordância.

Resposta: D.

Comentários:

D – Correta. A forma equivalente é “tinha visto” – pretérito


mais que perfeito  composto do modo indicativo.

QUESTÃO 20

Ano: 2016

Banca: FUNCAB

Órgão: PC-PA

Prova:   Delegado de Polícia

20) Evidencia-se o contraste semântico observado no


primeiro período do texto inserindo-se, entre a forma verbal
“são" e o demonstrativo “aqueles” ( vide : “são aqueles a
quem os reis encomendam os exércitos e legiões”), a
seguinte palavra ou expressão:

a) também.

b) ademais.

c) sobretudo.

d) não menos.

e) inclusive.

Resposta: C
Comentários:

C – Correta. SOBRETUDO é advérbio e significa (acima de


tudo, principalmente, especialmente), equivale a expressão
(...são aqueles) escrito no texto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- HOUAISS , Antônio, VILLAR , Mauro de Salles e FRANCO,


Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da língua
portuguesa . 1. Ed. com a nova ortografia da língua
portuguesa. Rio de janeiro: Objetiva, 2009.

- ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário ortográfico


da língua portuguesa. 5ªed. São Paulo: Global, 2009.

- CUNHA , Celso e CINTRA , Lindley. Nova Gramática do


português contemporâneo. 7. ed.  Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2017.

[1] SUPERINTERESSANTE. São Paulo: abril. Ed.117, jun1977, p.26

[2] Carlos Drummond de Andrade, Nova reunião. Rio de Janeiro: J. Olympio,


1985.

[3] BÉRGAMO, Mônica. Folha de São Paulo, São Paulo, 5 set.2002.p.E2.

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