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CURSO AVANÇADO DE DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO

AULA 06
OTAVIO CALVET
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1. Não se aplica na área trabalhista o impedimento da prescrição em caso de incapacidade absoluta, como previsto
no código civil.

2. A prescrição do menor prevista no art. 440 da CLT, aplica-se tanto nos casos em que o empregador é menor
quanto o empregado.

3. A prescrição do menor, prevista no art. 440 da CLT, aplica-se também aos casos em que o menor figura como
herdeiro de empregado falecido.

4. Para o empregado menor não corre nenhuma prescrição, nem de 2 e nem de 5 anos, até completar os 18 anos,
mesmo que o menor tenha se emancipado.

5. O entendimento majoritário é o de que a regra da prescrição prevista na CLT, por ser mais benéfica, além de ser
regra especial e mais protetiva, prevalece sobre a emancipação do código civil.

6. Em regra, a prescrição não se suspende ou interrompe quando o contrato de trabalho estiver suspenso ou inter-
rompido, salvo quando comprovada a absoluta impossibilidade de acesso ao judiciário.

7. Nos casos de recuperação judicial, haverá uma suspensão da prescrição pelo prazo de 150 dias.

8. O ajuizamento de uma reclamação trabalhista leva a interrupção da prescrição, mesmo para aqueles pedidos
não formulados na primeira ação.

9. O efeito de interrupção da prescrição se aplica também aos casos de ajuizamento de ação coletiva em favor dos
substituídos.

10. A data de interrupção da prescrição no Processo do Trabalho é a data do ajuizamento. Mas o autor tem que
promover a citação no prazo de 10 dias.

11. O protesto não interrompe a prescrição.

12. A interrupção da prescrição pode ser feita por qualquer interessado, salvo nos casos dos sindicatos.

13. A interrupção da prescrição atinge todos os devedores solidários, exceto em casos de grupos econômicos.

14. Na execução de título executivo extrajudicial, a interrupção da prescrição não ocorre com o simples ajuizamento
da ação de execução.

15. Na área trabalhista o juiz não pode pronunciar de ofício a prescrição, inclusive a intercorrente.

16. Adotar o entendimento de que seria possível a pronúncia da prescrição de ofício pelo juiz feriria a isonomia em
sentido substancial, pois o trabalhador é parte hipossuficiente da relação empregatícia, conforme entendimento
majoritário, que pode modificar após a Reforma Trabalhista, em razão da prescrição intercorrente de ofício prevista
na CLT.

17. A renúncia à prescrição pode ser expressa ou tácita.

18. A prescrição pode ser arguida em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas instancias extraordinárias.

19. A prescrição pode ser arguida nas razões finais e nas contrarrazões do recurso ordinário, mas não pode ser
arguida em sustentação oral do recurso.

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20. A prescrição pode ser arguida em fase de execução, após o transito em julgado, ainda que não seja superveni-
ente.

21. O prazo para a prescrição se inicia com a ciência da lesão, ainda que esta ocorra após 2 anos do fim do contrato,
como nos casos de doenças do trabalho.

22. A prescrição da parcela acessória segue a prescrição da parcela principal.

23. O prazo de ajuizamento da ação de 2 anos e cobrança das parcelas trabalhistas de 5 anos contam-se do término
do contrato.

24. A prescrição do rurícola difere da prescrição do trabalhador urbano.

25. A prescrição bienal inicia a sua contagem após o término do aviso-prévio, exceto quando indenizado.

26. A prescrição será total quando a parcela for suprimida por ato único do empregador.

27. A prescrição será parcial quando a parcela suprimida decorrer de preceito legal ou norma coletiva (durante a
vigência da norma).

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GABARITO

1 – F;
2 – F;
3 – F;
4 – V;
5 – V;
6 – V;
7 – F;
8 – F;
9 – V;
10 – F;
11 – F;
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23 – F;
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25 – F;
26 – F;
27 – V.

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Interpretação, Integração e Aplicação do Direito do Trabalho

1. Interpretar é buscar o significado da norma a fim de entender o alcance da norma e o seu conteúdo. A interpre-
tação é sempre necessária para o caso concreto.

2. A classificação da interpretação quanto ao resultado pode ser autentica, doutrinaria ou jurisprudencial.

3. Na interpretação extensiva, o intérprete amplia o sentido da norma, como ocorre no caso da responsabilidade
trabalhista do dono da obra.

4. Na interpretação restritiva, ocorre o oposto da interpretação extensiva. É utilizada na interpretação de normas


penalizantes ou direitos criados por mera liberalidade, como ocorre no caso da multa do art. 477, CLT.

5. Ocorre a interpretação sistemática quando se busca o objetivo da norma.

6. Julgar com equidade, no sentido romano, significa fazer as interpretações das normas em abstrato adequando
ao caso concreto com critérios de justiça.

7. Para a acepção grega, julgar com equidade significa afastar o direito posto e criar uma norma que entenda mais
justa para o caso concreto, sem que isso signifique arbitrariedade.

8. Exemplo de equidade, na acepção romana, é o poder normativo em dissídios coletivos.

9. Integração é reconhecer que é impossível ter todas as normas reguladas para todas as situações. O exemplo
clássico trabalhista é o acúmulo de funções.

10. O juiz pode se eximir de dar uma solução ao caso concreto caso haja lacuna no sistema normativo, tendo em
vista que não há previsão legal de que o obrigue a julgar.

11. A auto integração ocorre quando se busca a solução dentro das próprias fontes principais do direito.

12. A analogia é um método utilizado para a integração a qual deve cumprir alguns requisitos, como por exemplo o
fato em análise deve ter tratamento em norma específica.

13. Exemplo de analogia é o sobreaviso dos eletricitários.

14. Não se aplica às leis trabalhistas o princípio da irretroatividade das leis, em razão da sua particularidade e hipos-
suficiência do trabalhador.

15. No caso de trabalhador brasileiro transferido para trabalhar no estrangeiro, aplica-se a norma do lugar da pres-
tação de serviços tendo em vista o princípio da “lex loci execucionis”.

16. O art. 3º da Lei 7.064/82 positivou a teoria do conglobamento mitigado.

17. Contrato de trabalho no qual ocorre a prestação de serviços em diversos países se aplica, majoritariamente, a
lei do local da sede principal da empresa que é entendida a sede para a qual o empregado se reporta.

18. Aplica-se a lei do pavilhão para as atividades de empregados exercidas em navios ou em aeronaves.

19. Não é possível o pagamento de salário em moeda estrangeira em nenhuma hipótese, nem mesmo nos casos
dos técnicos estrangeiros que trabalham no Brasil de maneira provisória, conforme Dec. Lei 691/69.

20. Aplica-se a lei do país do Consulado aos empregados de mera gestão, como vigilantes e faxineiros, que lá
prestam serviços.

21. Prescrição está ligada a direitos subjetivos e de prestação. Razão pela qual a inércia do titular fulmina o próprio
direito.

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22. A prescrição visa à paz social.

23. Tendo em vista que a prescrição fulmina a pretensão, o direito subjetivo se transforma em obrigação natural.
Sendo assim, se o devedor pagar dívida prescrita não terá direito ao ressarcimento.

24. A decadência está ligada aos direitos potestativos.

25. Tendo em vista que se demitir é um direito potestativo do empregado, é errado dizer que o empregado pediu
demissão.

26. Decadência legal, assim como a convencional, por serem matéria de ordem pública, podem ser pronunciada de
ofício pelo juiz.

27. O prazo prescricional conta de quando ocorre a ciência da lesão.

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GABARITO

1 – V;
2 – F;
3 – V;
4 – V;
5 – F;
6 – F;
7 – F;
8 – V;
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