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Retirado de ENTRE NÓS E AS PALAVRAS 12, Santillana
Sistematização de conhecimentos ALBERTO CAEIRO, o poeta «bucólico»
1. Ideias da poesia de Alberto Caeiro
2. Estilo da poesia de Alberto Caeiro
• Frases simples em que domina a coordenação (parataxe); • Vocabulário familiar, do quotidiano, evitando o léxico sofisticado; • Domínio do campo lexical de «natureza»; • Marcas do discurso da oralidade (ex.: o polissíndeto, a repetição) e da prosa; • Adjetivação objetiva; • Predomínio do presente do indicativo;
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• Simplicidade dos recursos retóricos: comparações, metáforas e
imagens simples; • Verso solto (não rimado) e, frequentemente, longo; • Irregularidade a nível da estrutura estrófica e da métrica.
3. Contradições de Alberto Caeiro
• Caeiro diz desvalorizar ou recusar o pensamento, mas os seus
poemas são reflexões e não tanto descrições da natureza; • Analisa e reflete sobre as sensações, não se limita a captar impressões; • Afirma-se contra a filosofia, mas expõe a sua «doutrina» nos seus poemas.
Julien Dupré, Um pastor e o seu rebanho (1883).
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RICARDO REIS, o poeta «clássico»
1. Ideias da poesia de Ricardo Reis
2. Influências da filosofia antiga em Ricardo Reis
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3. Estilo da poesia de Ricardo Reis
• Em termos literários, Reis cultiva as odes à maneira de Horácio e adota um tom sereno que se harmoniza com a ideia de carpe diem do poeta romano. • Influência literária, cultural e linguística da Antiguidade greco-latina: deuses, símbolos, etc. • Disciplina no trabalho de composição do poema, o que transparece na regularidade estrófica, métrica e na construção frásica elaborada. • Recurso ao hipérbato e à anástrofe, sugerindo assim a construção de frase latina. • Uso de um vocabulário erudito de origem grega e latina.
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ÁLVARO DE CAMPOS, o poeta da modernidade
1. Poesia de Álvaro de Campos
2. O imaginário épico A matéria épica: a exaltação do Moderno O arrebatamento do canto
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Sujeito, consciência e tempo; nostalgia da infância
Na terceira fase, todo este A decetividade do presente
ambiente marcado pela desencadeia no eu uma profunda apologia do excesso se nostalgia em relação à infância, desfaz, acabando por época supostamente feliz, porque culminar numa atitude de marcada pela inconsciência e pelo atonia, resultante de um afeto proporcionado pela família. No desalento e ceticismo entanto, esta tentativa de evasão profundos em relação à para o passado é inviabilizada pela vida, visíveis, por exemplo, consciência amarga da no poema “Lisbon irreversibilidade da passagem do revisited” (1923). tempo, como é possível verificar, por exemplo, no poema “Aniversário”.
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