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Relatório: Ação número 1

Pouco mais de uma hora após o anoitecer, sentado numa mesa com uma vela dentro de um
copo acesa, pergaminho e pena, com sua cobra enrolada sobre a mesa, próxima, aguardando
sua refeição. Mulucha pega a pequena ave que tinha matado a pouco tempo, ele pega uma
adaga e corta o pulso, deixando um pouco do seu sangue correr para cima da ave e, assim que
julga o suficiente lambe seu próprio pulso fechando a ferida. Poe a ave sobre a mesa e, devido
a não ter necessidade de ter que ainda matar a presa, a cobra se aproxima e começa a abrir
sua boca e começar o processo de engolir a ave.

– Coma bem, Ziz. –

Mulucha deixa a cobra ali no processo dela que seria lento. Ele levanta-se e chama a jovem de
tez alva que Mohammed tinha pedido para tomar conta. Ele tinha separado dois bastões de
madeira, previamente escolhido. Devido a sua constituição pequena, não adianta dar a menina
algo muito grande, nem uma espada grande, se a sua constituição e força não sustentaria.

– Pensei em algo e espero que esteja pronta. Deixe sua besta controlada e tente me
acompanhar. –

Durante 1 hora, mais ou menos, Mulucha começa a atacar a jovem de forma controlada, não
para machucar. Parava nos últimos instantes de bater em locais que pudesse machuca-la
seriamente, por outras vezes deixava o bastão acertar em locais que não a impediria de algo
como costela, pernas, nádegas e até mesmo derrubando-a várias vezes. Depois de mais ou
menos 1 hora, Mulucha desenha o contorno de um “corpo” marcando um X no lugar do
coração, das partes genitais, dos joelhos e pescoço. Fica mais 1 hora treinando ela a, atráves
de estocadas, acertar esses pontos.

- As vezes, você usa mais sua cabeça do que seu corpo nesses casos. -

Mulucha termina a primeira parte do treinamento dela e a leva para a parte de trás da casa
onde havia posicionado um jarro de barro e feito um furo para a água cair em gotas. Lá,
demonstra sua próxima etapa para ela treinar por conta própria.

- O espadachim mais forte não é necessariamente o vencedor. É a velocidade! A


rapidez da mão, da mente. –

Ele demonstra os movimentos para ela, acelerando socos tão rápidos que ela mal podia
acompanhar.

- Agora, passe sua mão pelos pingos, sem molha-la. Fique nesse treinamento enquanto
saio pois acabei de me lembrar de umas coisas e quero me precaver contra isso. Fique de olho
em Ziz pra mim. Ela vai ter que descansar para fazer a digestão. –

Mulucha deixa a jovem ali, arruma-se e sai da casa passeando pelo local.
Relatório: Ação número 2

Mulucha era um estrangeiro, porém não era um ingênuo. Mesmo vendo a politicagem
envolvida, sendo somente alguém da casta guerreira, não gostava muito de estar envolvido
naquilo. Ele faria tudo por seu clã, totalmente leal, mas ele não gostava dessas jogadas. Desde
que foi envolvido na sobrevivência de uma aliada de seu Vizir, se pudesse ainda respirar
suspiraria fundo e forte. Agora, tinha mentido para o Príncipe do local que havia encerrado
com a existência da caçada. Mas, e se eles tiverem como descobrir que não cometeu o
amaranto?

Na primeira noite, Mulucha pede ajuda do serviçal de Mohammed e pega a carroça carregada
de tapetes. Ele vai sozinho até os limites da cidade, procurando alguma alma vagabunda. Um
transeunte qualquer, de preferência bêbado ou prostituta. Mulucha cria uma armadilha e
captura a pessoa desacordando-a. Enrola ela no tapete e a leva de volta ao bazar, colocando o
tapete para dentro da casa.

Sob o olhar de Ziz, Mulucha acaba por deixar a pessoa totalmente amarrada, vendada e
amordaçada e com um peso muito grande sobre o seu corpo. Mesmo sob a visão de Lavie
também, ele explica seu plano se ajoelhando ao lado do corpo desacordado.

- Provavelmente podem me investigar pelo amaranto. Eu não queria fazer isso mas
preciso me resguardar pros negócios do Senhor Mohammed poderem continuar sem
problemas. Se os olhos do Príncipe começarem a desconfiar demais, podemos ser descobertos.
Por isso, preciso ser um criminoso aos olhos dos demais. –

Dito isso, Mulucha morde o braço da pessoa e começa a sugar a vitae dele até seca-lo. Antes
do homem encontrar a morte, Mulucha dá um pouco de seu sangue para ele deixando o
líquido penetrar sua garganta e fica na expectativa, com uma estaca preparada já sobre o
coração. Assim que a “coisa” acorda, obviamente em frenesi, Mulucha enterra a estaca no
peito da criatura imobilizando-a. Ele olha para Lavie e fala, fechando a ferida no pulso.

- Deixe-o aí. Estude-o se preciso. Aprenda a técnica de empalamento. Peça ajuda ao


serviçal, se for o caso, para mante-lo imobilizado para que você treine a força necessária
também para poder empalar um de nós mas, deves me prometer que não sugará dele. É meu.

Relatório: Ação número 3

Nas semanas seguintes, ele passa a passear e conhecer melhor o território que agora tinha
morada. Conhecer entradas e saídas, modos e pessoas. Onde ficava mais ou menos
movimentado, onde tinha muita patrulha ou não. Um dos locais que visitou logo na primeira
noite, foi baixo meretrício da cidade. Tabernas eram um local que Mulucha visitou e, ficou de
olho para conhecer uma mulher que tivesse a inteligência nos olho, a sagacidade de alguém
tão inteligente quanto ele. Era uma tarefa que demoraria, ele sabia.

Num dos dias, depois de achar um alvo digno, uma mulher que era inteligente e, ao mesmo
tempo, ótimo pro que ele queria fazer. Ele a convida para sentar-se junto a ele. Conversa
amenidades e pede licença por um tempo. Pega a garrafa de vinho, vai para um local
reservado e derrama gotas do seu sangue. Feito isso, lambe a ferida fechando e volta para a
taberna. Pede comida para ela também e volta servindo copos de vinho para ambos.

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