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EUGENIO BARBA

Teórico da antropologia teatral, Eugenio Barba nasceu em 1936 na Itália. Em 1954, emigrou
para a Noruega para trabalhar como soldador e marinheiro. Em 1961, foi para Wroclaw
(Polônia) estudar direção teatral na Escola Estadual de Teatro, mas saiu um ano depois para
unir-se a Jerzy Grotowski, que era líder do Teatr 13 Rzedow em Opole. Barba ficou com
Grotowski por três anos. Em 1963, viajou para a Índia, onde teve seu primeiro encontro com o
Kathakali. Quando retornou a Oslo, em 1964, queria tornar-se um diretor de teatro
profissional, mas como era estrangeiro, não foi bem vindo na profissão. Então, ele começou
seu próprio teatro. Uniu-se a um grupo de jovens que não tinham sido aprovados para a Escola
Estatal de Teatro (Oslo’s State Theatre School), e criou o Odin Teatret em 1º de outubro de
1964. Grotowski reconhece que Barba foi mais longe nos estudos das “associações” e mais
rigoroso ainda quanto a disciplina. Mas, na cabeça das pessoas, Barba continua sendo “o
segundo”.

Grotowski parte de um texto, Barba parte de um tema ou roteiro.

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“A Exigência de Barba”

1. A disciplina é mais importante que o dom artístico.


2. Ter talento não consiste em reconhecer bem o ofício.
3. O comediante deve interessar-se pela vida em grupo

Barba diz que, quando o comediante atua, é como se apresentasse seu testamento.
“como se fosse a última vez que tivesse algo para comunicar aos outros, para entrar em
contato com eles.”

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“O Treinamento”

Em uma granja desativada, um local nu, austero, o ator é submetido a um treinamento


comparável ao de Grotowski.

Corporal

1. Usa o processo de Biomecânica e as acrobacias são exploradas até perigosamente se


for preciso.
2. Inspira-se em movimentos de animais, como em Dullin, Meyerhold, ou os atores da
commedia dell’arte.
3. Usa os exercícios de Delsarte, a ópera chinesa e o kabuki são utilizados
também.
4. Para a respiração, ele se inspira na hatha yoga.
Vocal

Negligencia os exercícios de dicção. Explora as caixas de ressonância. O corpo todo entra em


ação para deixar a voz sair.

(Isa, se der, usa essas duas frases. Ou na abertura ou no fim.)

O teatro, para mim, é o espectador. Investigo de que forma, através dos atores, eu posso
despertar a energia interna do espectador. Todos os meus esforços buscam isso, criar
diferentes formas de ligação com o espectador.

O teatro continua a ser a máscara em que guardo o meu verdadeiro rosto. É um refúgio onde
posso continuar a ser quem sou, seguir os meus desejos, ser aceito com as minhas
peculiaridades, e ser mais aberto à diversidade dos outros. O Odin é um lugar em que os
rejeitados e desajustados mais diversos se encontram e podem manter acesa essa cultura
dissidente, sem querer impor aos outros seus valores.

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