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ESCOLA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS-ESAL/ DEPARTAMENTO DE

AGRICULTURA-DAG
DALYSE TOLEDO CASTANHEIRA, FRANCISLEI VITTI RAPOSO, RUBENS
JOSÉ GUIMARÃES (RESPONSÁVEL).

Fundamentos Da Cafeicultura – Pag 569


Reo 5: Aula 5 Melhoramento genético do cafeeiro
Estudante: Juan Eduardo Soto Mora

O melhoramento genético é uma realidade. Há muito tempo, quando o café e a sua


complexidade sensorial, nutricional e físico-química foram descobertos, este começo a
ter uma importância maior no mercado mundial e na economia dos países produtores
(e alguns casos aqueles que não são também aproveitam a popularidade do café),
começaram-se trabalhar em estratégias para manter e aumentar a produtividade do
cafeeiro, bem como, oferecer uma resistência as adversidades do ambiente. Dentro de
cada espécie, existem variedades com qualidades diferençadas, como resistência
algumas pragas e doenças, outras têm maior ou menor altura (porte), algumas são
mais produtivas, outras possuem qualidade superior na bebida, e assim por diante.

No mundo existem duas espécies com maior relevância económica, espécie


Canephora e espécie Arabica. Cada uma tem características diferenciadas, e assim
como diferem geneticamente, as estratégias para realizar um melhoramento genético,
diferem uns de outros. No caso da espécie arábica, é uma espécie alotetraploide com
a capacidade de autofecundação, facilitando o seu processo reprodutivo, bem como,
oferecendo a possibilidade de manter um genótipo “puro” que pode ser reproduzido
semeando sementes coletadas de qualquer planta do lote que seja da mesma
variedade e espécie gerando uma condição de homozigoses. Por outro lado, a espécie
Canephora é diploide (sendo está uma das principais diferenças em relação ao
Arabica), por tanto, não possui a capacidade de autofecundação, precisando da ajuda
de médios naturais como dispersão de pólen no ar, polinização conduzida por abelhas,
entre outras, que fecundem o óvulo da flor cafeeiro e preparem o caminho para o
desenvolvimento dos frutos. Agora bem, por precisar ser fecundada, possuirá
informação genética do doador de pólen, o qual gerará frutos (sementes) com
informação diferente no só entre plantas de um lote, mas entre ramos e frutos de uma
mesma planta, gerando uma condição de heterozigoses.

As estratégias de melhoramento mais utilizadas na atualidade para espécie


Canephora são: seleção de meios irmãos e seleção de irmãos germanos. A primeira é
caraterizada por tomar de um lote uma planta referência que atuará como órgão
reprodutor feminino (mãe), recebendo o pólen das plantas ao redor transportado no ar,
bem como, o pólen coletado e conduzido pelas abelhas. O resultado será muitos frutos
com genótipos diferentes, caraterísticas diferençadas e múltiplas possibilidades que
terá que ser avaliadas a través do tempo usando metodologias experimentais (lotes
experimentais), considerando adaptabilidade, desempenho e estabilidade até
conseguir uma semente com caraterísticas reproduzíveis, lembrando sempre que os
progénitos, resultado dos cruzamentos estarão em heterozigoses. Pelo contrário, a
estratégia de seleção de irmãos germanos, prover mais controle sobre os genótipos. O
procedimento consiste em selecionar uma planta que atuara como órgão reprodutor
feminino (mãe) e outra que atuara como órgão reprodutor masculino (pai). Do pai se
tomará um ramo com flores abertas (pólen no seu interior) e serão juntados com um
ramo escolhido da mãe, os quais será coberto para evitar cruzamento do pólen do
ambiente bem como o contacto com outros bichos. O anterior até garantir a
fecundação e posterior crescimento e desenvolvimentos dos frutos e sementes que se
utilizaram na etapa de adaptabilidade, desempenho, estabilidade e clonagem. Este
procedimento pode ser conduzido a traves da fecundação de só uma mãe e múltiplos
pais conhecidos conduzindo fecundação em diversos ramos ou, uma mãe e usando só
um pai conduzindo fecundação em múltiplos ramos. Da mesma forma que na seleção
por irmãos, as sementes resultantes estarão em heterozigoses.

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