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Podemos verificar desigualdades significativas a nível da saúde publica entre países

da união europeia e entre os grupos da população nestes mesmos países. Existem


várias determinantes sociais que contribuem para estas desigualdades, tais como o
emprego, o rendimento, a escolaridade e a origem étnica, o que vai fazer com se
repare num impacto na esperança média de vida e no estado gral de saúde.
De forma a combater estas desigualdades, a união europeia promove políticas e apoia
os esforços das autoridades nacionais e das partes interessadas para os reduzir.
A comunicação de 2009 da Comissão Europeia intitulada Solidariedade na Saúde:
reduzir as desigualdades no domínio da saúde na UE definiu uma estratégia inicial que
incluía:
 a avaliação do impacto das políticas da UE nas desigualdades na saúde
 a atualização dos dados sobre as desigualdades na saúde e sobre as
estratégias mais eficazes para as reduzir
 informações sobre o financiamento da UE destinado a ajudar as autoridades
nacionais e outros organismos a lutar contra as desigualdades.

Investir na redução das desigualdades na saúde


 Investir em prol da redução das desigualdades na saúde reforça a coesão
social e ajuda a quebrar o círculo vicioso existente entre uma saúde deficiente,
por um lado, e a pobreza e a marginalização, por outro.
 No âmbito do Programa de Saúde da UE, está atualmente a ser preparada
uma ação conjunta, que deverá ser lançada em 2018, para reduzir as
desigualdades na saúde e servir de base à colaboração entre os países da UE
destinada a reforçar a igualdade em matéria de saúde.
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O combate às desigualdades em saúde constitui um dos maiores desafios das


administrações públicas de saúde, sendo uma prioridade para a União Europeia e,
nomeadamente, para Portugal, assumindo maior relevo num contexto de crise
económico-financeira. Este desafio exige respostas científicas multi e
interdisciplinares, que ultrapassem a exclusiva abordagem médica tradicional da
saúde, numa perspetiva integrada, matricial e holística. Neste sentido, impõe-se o
desenvolvimento de um instrumento de avaliação multidimensional, que possibilite
comparações (temporais e espaciais) e contribua para a identificação de áreas
prioritárias de intervenção.
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as desigualdades em saúde
podem ser definidas como diferenças no estado de saúde ou na distribuição de
determinantes da saúde entre diferentes grupos da população.
Algumas desigualdades em saúde são derivadas de variações biológicas ou à livre
escolha dos indivíduos, e outras são derivadas do ambiente externo e a condições fora
do controle dos mesmos.
No que diz respeito ao primeiro caso, poderá ser impossível ou eticamente inaceitável
mudar os determinantes da saúde, pelo que essas desigualdades em saúde são
consideradas inevitáveis.
Relativamente ao segundo caso, as desigualdades em saúde assim geradas poderão
não só ser desnecessárias e evitáveis, como também injustas, de tal modo que as
mesmas poderão resultar em iniquidade em saúde.

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