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NOVO OCTACÓRDIO

Sua criação, desenvolvimento


e divulgação

1
«NOVO OCTACÓRDIO»¹
Sua criação, desenvolvimento
e divulgação

O projecto «NOVO OCTACÓRDIO» pretende, numa primeira


fase, constituir um desafio conjunto a peritos especialistas em
acústica musical e a violeiros construtores de instrumentos
musicais no sentido de criar um novo paradigma para os
instrumentos habitualmente designados como «guitarra»,
ou «violão» (no Brasil).

O objectivo principal é a criação de um novo instrumento


de concerto e de estudo abrangendo possibilidades alargadas
no domínio harmónico-polifónico sem prejuízo de serem
consideradas melhorias em termos ergonómicos (um
instrumento mais «amigo do instrumentista», que tenha
em conta os limites de uma mão mediana mesmo
que muito bem treinada).

¹ OCTACÓRDIO (também designado «octacordo», «octacorde», «guitarra de oito


cordas»).

2
«NOVO OCTACÓRDIO»

O lançamento de um conjunto de iniciativas que promovam


o conhecimento e divulgação do NOVO OCTACÓRDIO²
permitirá a músicos já iniciados em cordofones como
a já muito divulgada guitarra3, disporem de acrescidas
possibilidades e facilidades não apenas no já existente
repertório para instrumentos desta família como ainda
no seu alargamento através de mais rigorosas transcrições,
melhores adaptações, uma melhor prática do baixo cifrado,
novas possibilidades no plano da improvisação, melhores
e mais variadas harmonizações, irrealizáveis nos actuais
instrumentos. Constituirá também um desafio para a
criação de obras dedicadas ao novo instrumento que
explorem as suas possibilidades acrescidas.
São três as iniciativas que propomos, complementares
nos resultados esperados, sob a forma de concursos com
regulamentos claros e resultados sancionados por Júris
qualificados, integrando personalidades de reconhecido
mérito e representantes de entidades promotoras do
estudo, divulgação e ensino musicais:

• Concurso para Violeiros (Luthiers) construtores


do NOVO OCTACÓRDIO
• Concurso de Composição para o NOVO
OCTACÓRDIO
• Concurso de Executantes de NOVO OCTACÓRDIO

2 Descrito no texto apologético de Paulo Valente Pereira.


3 Em Portugal habitualmente designada em escolas de música como «guitarra
clássica», e no Brasil «violão», entre outras designações como «viola dedilhada»,
«guitarra hispânica», etc.

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NOVO OCTACÓRDIO

Concurso para Violeiros


(Luthiers) construtores
do NOVO OCTACÓRDIO

Tendo como referência as indicações organológicas do texto


apologético, será aberto concurso internacional.
• Não há limite ao número de candidaturas, devendo os
candidatos apresentar um portfólio da sua experiência
profissional.
• Serão pré-seleccionados por um Júri até 8 projectos
de entre os que, segundo os parâmetros descritos no
regulamento, obtiverem melhor classificação.
• A cada um dos projectos pré-seleccionados será
atribuída uma bolsa de igual valor que compense, pelo
menos em parte, o investimento em tempo e materiais
para a construção do NOVO OCTACÓRDIO a submeter
a concurso.
• Poderão também concorrer projectos não previamente
seleccionados desde que cumpram o regulamento, embora
sem acesso à Bolsa inicial.
• Poderão, ainda que fora de concurso, ser acolhidos e
apresentados por ocasião do certame, instrumentos que
possuam características organológicas análogas às dos
instrumentos concorrentes.
• O Júri poderá atribuir um primeiro, um segundo, um
terceiro prémio e até cinco menções honrosas4 (para os
instrumentos apresentados que respeitem os detalhes
organológicos pré-definidos no regulamento do concurso).
• O Júri poderá não atribuir o primeiro prémio;
se tal acontecer o seu valor pecuniário transitará
proporcionalmente para o segundo e terceiro prémios
conforme definido no regulamento a elaborar.
• A eventual atribuição de «Ex aequo» nalguma categoria
elimina automaticamente a classificação seguinte na
mesma ordem sendo o seu valor pecuniário integrado no
prémio «Ex aequo»5.

4 O valor pecuniário dos diferentes prémios previstos será estabelecido quando


estiverem garantidos os apoios e patrocínios solicitados.
5 Disposições semelhantes poderão ser aplicadas aos concursos de composição
e de instrumentistas.

4
• Na construção deve ter-se em conta a afinação padrão
e as alternativas de «scordatura» propostas, o tipo e
tensão adequada das cordas, devendo os Octacórdios
em concurso apresentar-se com o encordoamento
recomendado pelo construtor e considerar, além deste,
pelo menos uma alternativa em náilon ou carbono,
em qualquer caso com as respectivas especificações de
calibre, tensão, marca e/ou fabricante (Ver notas 8 e 11).

No sentido de proporcionar a máxima liberdade na


concepção estrutural e no equilíbrio do desenho final sem
comprometer a essência do projecto, enunciam-se limites
máximos e mínimos a seguir definidos:

1 ) «Tiro» (comprimento de corda vibrante da «Pestana


Superior» à «Pestana do Cavalete / Palhetão»): Entre
632mm (mínimo) e 644mm (máximo).
2 ) Escala com 22 a 24 trastes (por exemplo: comprimento
de 480mm para um tiro de 640mm com 23 trastes,
corresponderá ao limite onde seria colocado o 24º traste.
Se a opção for a colocação de 24 trastes o comprimento de
escala deverá chegar a cerca de 490mm.
3 ) Largura da escala na Pestana Superior: Entre 69mm
(mínimo) e 71mm (máximo).
4 ) Largura da escala no traste XII: Entre 78mm (mínimo)
e 82mm (máximo).
5 ) Marcação dos pontos6 na lateral superior da escala,
junto ao «braço», nos sítios exactos onde se produzem os
principais harmónicos (na direcção exacta de cada barra
metálica a considerar)7: trastes V, VII, IX, XII e XIX.
6 ) Dimensões da «Caixa de Ressonância»:
6.1 «Redondo menor» entre 244mm (mínimo) e 286mm
(máximo).
6.2 «Redondo maior» entre 358mm (mínimo) e 390mm
(máximo).
6.3 «Cintura»: Entre 214mm (mínimo) e 266mm

6 Podem admitir-se marcações apenas nos trastes VII, XII e XIX.


7 Não no meio das «casas» como infelizmente é prática de alguns violeiros.

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NOVO OCTACÓRDIO

(máximo).
7 ) Redondo menor da Caixa de Ressonância começando
ao nível do traste XIV.
8 ) Distância entre a 1ª e a 8ª corda na Pestana do
Cavalete ou Palhetão (medida exterior): Entre 79mm
(mínimo) e 81mm (máximo).
9 ) Largura uniforme das ilhargas do nível do traste XVI
até à cinta do redondo menor: Entre 86mm (mínimo) e
96mm (máximo).

Concurso de Composição
para o NOVO OCTACÓRDIO

• Composição de obras originais inéditas para o NOVO


OCTACÓRDIO, a solo.
• Cada obra limitada a uma duração mínima de dois
minutos e máxima de seis minutos.
• Uso da afinação base do instrumento8
• Necessidade de utilização da oitava corda sem alternativa,
ainda que pontual, e no mínimo apenas uma vez.
• O Júri poderá atribuir 3 prémios (1º, 2º e 3º) e seis
menções honrosas.
• A estreia das obras premiadas será assegurada, tanto
quanto possível em datas convenientes para todos os
envolvidos (compositores, executantes e promotores).
• A edição das obras distinguidas.

8 OMi3 O
2 Si2 OSol2 ORé2 OLá1 OMi1 ⑦ ORé1 ⑧ ODó1.

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NOVO OCTACÓRDIO

Concurso de Executantes
para o NOVO OCTACÓRDIO9

• Será feita uma pré-selecção de candidatos a partir


de registos vídeo de uma obra executada em NOVO
OCTACÓRDIO.
• Os candidatos escolherão de entre três peças indicadas,
uma delas. Apresentarão uma ou duas outras peças,
podendo ser originais para o instrumento, transcrições
ou adaptações, com total liberdade de escolha.
• O tempo total da apresentação não poderá exceder os 15
minutos.
• O Júri poderá atribuir 3 Prémios (1º, 2º e 3º) e até seis
Menções Honrosas.

9 Será posto à disposição de candidatos que o solicitem um acervo de obras para


o instrumento.

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NOVO OCTACÓRDIO

Apologia do Octacórdio
(Guitarra ou Violão de Oito Cordas)

O Octacórdio, ou guitarra de 8 cordas geralmente afinada


como a de 6 cordas no tocante às seis primeiras, com a 7ª
corda em Ré1, a 8ª corda em Dó₁ e todas as cordas sobre o
braço da guitarra, representa um ponto de equilíbrio entre
as guitarras de 6 cordas e as guitarras de 10 cordas.
Com uma extensão mínima de quatro oitavas (Dó1 a Dó5
nos modelos de 20 trastes), extensão essa ultrapassada
na maior parte dos modelos actuais de 22, 23 ou mesmo 24
trastes que chegam ao Ré5, Ré#5 ou Mi5 respectivamente12,
nela se pode tocar um vastíssimo reportório de todos
os tempos incluindo música de todos os géneros e estilos,
a sol0 ou em variadíssimos conjuntos de câmara.
Através do Octacórdio13 podemos aceder a quase todo
o reportório de guitarra de 6 e 7 cordas, vihuela de 6 e 7
ordens, grande parte do reportório de alaúde e teorba ou
“chitarrone”, além do escrito para o próprio instrumento.
O Octacórdio apresenta também uma muito maior
versatilidade, mais alargado leque de soluções harmónicas,
na realização do baixo cifrado, na transcrição de obras
escritas para outros instrumentos, na redução de obras
para conjuntos instrumentais ou vocais e ainda
na improvisação14.

10 OMi3 O
2 Si2 O
3 Sol2 O
4 Ré2 OLá1 O
6 Mi1.
11 A 7ª corda pode eventualmente baixar ou subir ½ tom. Em relação à 8ª corda, esta
poderá também subir ½ tom ou baixar a Si0, Lá0 (ou mesmo até Sol0, se usarmos uma
corda de maior calibre).
12 Sem contar as notas mais agudas alcançáveis pela obtenção de sons harmónicos.
13 Designação que se propõe para designar, de ora avante e sinteticamente, uma
guitarra de 8 cordas com as características definidas.
14 O facto de, por exemplo, o Fá₁ se poder executar na corda O
7 Ré₁, 3ª casa ou
na corda ODó₁, 5ª casa e não apenas na corda OMi₁, 1ª casa como acontece na
guitarra de 6 cordas, tornando-se assim acessível não apenas em 1ª posição mas
ainda em todas as seguintes até à 5ª, permite que o intervalo máximo entre vozes
extremas passe a ser por norma de duas oitavas + uma quinta e não apenas duas
oitavas + uma terceira (podendo ainda a referida norma ser ultrapassada num 8
maior
NOVO OCTACÓRDIO

Com as referidas afinações, o novo Octacórdio apresenta,


entre outras, as seguintes vantagens:

1 ) Uma gama completa de notas, desde o Sol0, (uma 8ª


inferior ao Sol1 da 6ª corda), até ao Ré5 ou Mi5, duas 8ªs
superioras ao Mi3 da 1ª corda solta.
2 ) É possível, por exemplo, tocar quase todo o repertório
russo e brasileiro para guitarras de 7 cordas, do guitarrista
húngaro Johann Kaspar Mertz (1806 – 1856) para guitarra
de 10 cordas ou do espanhol Antonio Gimenez Manjón
(1866 – 1919) para guitarra de 11 cordas.15
3 ) É possível tocar, a partir dos originais, boa parte do
repertório para Alaúde Renascença e para Alaúde Barroco
de 8 Ordens.
4 ) É possível tocar, além da totalidade do reportório na
afinação corrente, quase todas as obras que na guitarra
de 6 cordas exigem mudança na afinação da 6ª corda
de Mi1 para Ré1 evitando essa alteração, o que na maior
parte dos casos se traduz não só na já referida comodidade
e maior estabilidade na afinação, mas ainda em maior
facilidade de execução e melhor equilíbrio da sonoridade
em virtude do reforço, em quantidade e qualidade,
dos harmónicos.
De referir ainda os octacórdios a que tivemos acesso
directo e prolongado com a possibilidade de neles executar
reportório diverso:
• José Ramirez: 1984, com tiro de 664mm e 20 trastes.

• Jorge Ulisses: 2001, com tiro de 652mm e 20 trastes.

• René Baarslag: 1999, com tiro de 650mm e 24 trastes.

• António Pinto Carvalho: sem data (2011), com tiro


de 650mm e 22 trastes.
• António Pinto Carvalho: sem data (2022), com tiro de
640mm e 23 trastes.

15 A título de exemplo, refira-se ainda que é possível (e na maior parte dos


casos mais fácil, cómodo e de melhor efeito) tocar toda a obra de Napoléon Coste
(1805 – 1883) para guitarra de 6 ou 7 cordas, de Ferdinando Carulli (inclusive para
Decacordo) ou para guitarra de 8 cordas de Luigi Legnani alterando a afinação de
base (scordatura) apenas num reduzidíssimo número de obras.

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NOVO OCTACÓRDIO

O futuro do octacórdio
Foi quase sempre da colaboração entre instrumentistas,
construtores, investigadores, especialistas em acústica,
musicólogos e, em geral, artistas criadores e homens de
ciência, que surgiram alterações evolutivas em diversos
instrumentos musicais. Tal como no passado e de modo
semelhante ao que aconteceu com outros instrumentos
musicais, surgirão ainda alterações evolutivas no octacórdio.
É nossa convicção que o futuro do octacórdio está na
concepção e construção de um instrumento entre 632mm
(mínimo) e 644mm (máximo) de tiro (comprimento de corda
vibrante) que permitirá, ao facilitar as posições estendidas
de mão esquerda que ultrapassam o quádruplo normal
(posições em quíntuplo ou mesmo sêxtuplo) executar novas
posições de acordes de três, quatro ou cinco sons no estado
fundamental ou nas suas inversões e sequências harmónicas
até agora impossíveis ou quando possíveis de extrema
dificuldade nas guitarras com tiro de 664mm ou mesmo de
650mm como as actualmente mais conhecidas e tomadas
como padrão.

Exemplos para melhor esclarecer o que está em jogo


considerando a execução do seguinte acorde sucessivamente
transposto:

O exemplo 1 é exequível em qualquer dos octacórdios experimentados. O exemplo 2


é inexequível em todos eles embora quase possível no que tem 640mm de «tiro».
O exemplo 3 é de fácil execução em todos os octacórdios experimentados. O exemplo
4 é confortavelmente exequível no de tiro mais curto (640mm).

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NOVO OCTACÓRDIO

O novo octacórdio, tal como sucintamente descrito mais


atrás, será também um instrumento adequado, em termos
escolares, à prática instrumental nos últimos anos do ensino
básico especializado de música e naturalmente também no
secundário, no superior e pelas suas características novas e
inéditas poderá tornar-se o instrumento preferido de grande
número de músicos profissionais e amadores de qualidade.
São estas as razões pelas quais se justificam um conjunto
de iniciativas no sentido do seu melhor conhecimento
e divulgação.

Paulo Valente Pereira


Colares, 20 de Janeiro de 2022

11
José Ramirez, (1984):
tiro de 664mm; 20 trastes.
12
Jorge Ulisses, (2001):
tiro de 652mm; 20 trastes.
13
René Baarslag, (1999):
tiro de 650mm; 24 trastes.
14
António Pinto Carvalho, (2011):
tiro de 650mm; 22 trastes.
15
António Pinto Carvalho, (2022):
tiro de 640mm; 23 trastes.
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NOVO OCTACÓRDIO

Antecedentes do Octacórdio:
Renascença
Espanha

Juan Bermudo, (1510-1565) – “Declaración de instrumentos


musicales” 1555, refere uma Vihuela de 7 ordens, “instrumento
perfectísimo”.

Antonio de Cabezón, (1510-1566) (ou Cabeçon como aparece


grafado na 1ª edição do livro publicado por seu filho Hernando
de Cabezón) – “Obras de Música para Tecla Arpa y Vihuela”,
Madrid 1578), refere também a Vihuela de 7 ordens:

“Los que quisieren aprovechar deste libro en la vihuela… …podrán


tañer con facilidad todo lo que en este libro va cifrado, y más los
que acostumbran tañer en la vihuela de siete órdenes.”

Gonzalo de Baena (c.1476 - d.1540) (Padre de Antonio de


Baena), “Arte novamente inventada pera [sic] aprender a tanger”
(Lisboa, 1540).

Venegas de Henestrosa (1500/10 - c. 1557), “Libro de cifra nueva


para tecla, harpa, y vihuela” (1557).

Tomás de Santamaría (c. 1515 – 1570), “Libro llamado arte


de tañer fantasía así para tecla como para vihuela, y todo
instrumento en que se pudiere tañer a tres, y a cuatro voces
y a más” (1565).

La vihuela de siete órdenes según Itália


Juan Bermudo, 1555. 8. N. Madrid.

Melchior de Barberis – “Fantasie per sonar sopra la chitarra


da sette corde”, Veneza 1549.16

16 “Opera intitolata contina Intabolatura di lauto, di fantasie, motetti, canzoni,


discordate a varii mode, fantasie per sonar uno solo con uno lauto et farsi tenore et
soprano; madrigali per sonar a dui lauti; fantasie per sonar sopra la chitarra da sette
corde…, Libro 10” (Venecia, 1549)

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NOVO OCTACÓRDIO

Barroco
Espanha

Construtor de Guitarras
Francisco Sanguino (1705-1771) Guitarra de 7 ordens – Sevilla
1759 (La Guitarra Española, pág. 113)

Instrumentista/Autor/Compositor
Juan Antonio de Vargas y Guzmán (1750-1776) – “Explicación
para tocar la guitarra de punteado por música o cifra, y reglas
útiles para acompañar con ella la parte del bajo” (Cádiz, 1773;
Vera Cruz, México, 1776, 3 manuscritos teórico práticos) que
noticiam também a existência da guitarra de 7 ordens.

Transição do barroco para o clássico

Federico Moretti, (Nápoles, 1760-1839) – “Prinzipe per la


chitarra” (Nápoles 1792) para guitarra de 5 ordens e “Principios
para tocar la guitarra de seis ordenes” (Madrid 1799). No seu
livro Moretti anota: “Aunque yo uso la guitarra de siete
órdenes sencillos, me ha parecido más oportuno acomodar
estos Principios para la de seis órdenes, por ser la que se toca
generalmente en España...”17

1º Romantismo
França

Construtor de Guitarras:
Décacorde
1820 René Lacôte (1785-1868).
(5+5) Activo de 1820 a cerca de 1855.18
Colecção:
Ann Arbor, University
Várias patentes:
of Michigan,
Colecção Stearns 1º – Cravelhas com bloqueio.
(Baines)
2ª – Mecânicas de engrenagem no interior da cabeça.
3ª – “Piédestal Lacôte”, semelhante ao “Tripodion”
de Aguado.
4ª - Décacorde, Paris 1826.

17 Obras de F. Moretti para Guitarra de 7 cordas [Ana Carpintero Fernández, Fed-


erico Moretti (1769-1839), I. Vida y obra musical]:
– Colección de minuetos, contradanzas, etc. Opus 13.
– Popurrí de Ariette nacionales españolas, portuguesas, italianas, francesas, etc. Para
guitarra, y violín o flauta. Opus 14.
– Tres grandes duetos para guitarra y violín. Opus 15.
– Tres grandes tríos para guitarra, flauta y violín. Opus 16.
– Tres grandes tríos para guitarra, violín y viola. Opus 17.
– Duetto concertante para guitarra y violín a gran orquesta obligada. Opus 18.
18 Segundo Daniel Sinier e Françoise de Ridder, “La guitare”, data de 1868 a última
guitarra construída por Lacôte que se conhece.
18
NOVO OCTACÓRDIO

Instrumentista/Autor/Compositor:
Ferdinando Carulli (Nápoles, 1770-1841, Paris).
“Méthode Complète Pour Le Décacorde Nouvelle Guitare plus
harmonieuse et beaucoup plus facile que la guitare ordinaire,
perfectionnée“. Opera 293 et 1er de Décacorde.

Décacorde Lacôte
Configuração de acordo com a patente de 1826.

Décacorde Décacorde Décacorde Décacorde Décacorde


1820 1830 1828 1828 1835
(5+5) (5+5) (5+5) (5+5) (5+5)
Colecção: Colecção: Colecção: Em: Em:
(Baines) Cité de la Musique Bruxelas La Guitare R. Broux
Ann Arbor, University of # E.986.5.1 MIM (Sinier/Ridder) (Bélgica)
Michigan,
Colecção Stearns

19 Algumas destas guitarras de 8 cordas, com as duas cordas extra fora do braço da
guitarra, pertencem à colecção da guitarrista austríaca Brigitte Zaczek, nomeadamente
uma de 1827 de Stauffer e uma de 1840 de Ries como se pode ver em: (http://www.
harpguitars.net/history/org/org-form1a.htm).

19
Napoléon Coste (1805 – 1883) – Obras para Heptacorde
a partir de 1835, (várias obras: A primeira terá sido
“Souvenirs de Flandres” Opus 5, publicada com o apoio de
Lacôte).

Espanha

Construtores de Guitarras:
António Torres (Almeria, 1817-1892) – 1883, 1884, 1885 –
Guitarras de 11 cordas, com 7 sobre o braço (La Guitarra
Española, páginas 153 e 154)

Alemanha e Áustria

Construtores de Guitarras:
Nicolaus Georg Ries (1790 – 1857).
Johann Anton Stauffer (1805 – 1851).
As antecessoras da actual guitarra de 8 cordas
resultaram da colaboração entre o guitarrista italiano
Luigi Legnani (1790 – 1877), e os luthiers austríacos
Nicolaus Georg Ries (1790 – 1857) e Johann Anton
Stauffer (1805 – 1851).19

Itália

Instrumentista/Autor/Compositor
(também construtor):
Luigi Rinaldo Legnani (Ferrara, 1790-1877, Ravenna).

Johann AntonStauffer
Wien, un 1837
Restauriert von E. Hofmann

Nikolaus Georg Ries 20


Viena, c.1840
Coleção Brigitte Zaczek
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