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Jobs, o filme, decepciona. Mas dá lições de


como negociar com investidores
Um dos personagens principais da trama é Mike Markkula, responsável pelo
aporte de US$ 250 mil que deu a largada para a produção do computador Apple
II

Ouça     

6.9.2013
|
POR DÉBORA FORTES
O ATOR ASHTON KUTCHER INTERPRETA STEVE JOBS (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Num auditório lotado, Steve Jobs diz que vai apresentar um produto que revolucionará a indústria
da música. Era 2001. No bolso de sua calça jeans, é possível ver os contornos do primeiro modelo
de iPod, o Classic. É assim, com um discurso emblemático, que o ator Ashton Kutcher vive seus
primeiros momentos como fundador da Apple no filme Jobs, que estreia nos cinemas brasileiros
nesta sexta-feira.

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Pena que o impacto termine aí. O que se vê a seguir é um enredo morno e sem emoção sobre a
evolução da marca mais valiosa do mundo. A expectativa em torno do lançamento do filme do
diretor Joshua Michael Stern era altíssima, e as críticas foram ácidas. De fato, o roteiro tenta
cobrir mais episódios da história da Apple do que os 128 minutos do filme comportam. Com isso,
muitos deles ficam fragmentados e perdem o sentido para quem não acompanhou a trajetória da
empresa. Ou não leu a biografia escrita pelo jornalista americano Walter Isaacson, em 2011.
Quem já passou por ela, vai encontrar cenas familiares — por exemplo, a de um Jobs que larga o
carro de qualquer jeito na vaga destinada aos deficientes físicos.
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10 lições de empreendedorismo de Steve Jobs

Ainda assim, há boas razões para que empreendedores vejam o filme. A principal delas são as
lições de como negociar com investidores. Boa parte da trama gira em torno do empresário Mike
Markkula, interpretado pelo ator Dermot Mulroney. Foi ele quem deu o aporte de US$ 250 mil para
que Jobs e Steve Wozniak (interpretado por Josh Gad) começassem a produção do computador
Apple II. No filme, é possível acompanhar não só como foi a negociação, mas também a
convivência — nem sempre pacífica — entre as duas partes. Markkula tem mais destaque no
enredo do que o próprio Wozniak.

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Há, também, várias passagens sobre inovação e sobre a criação da identidade na empresa. Para
criar momentos de intriga, Stern usou alguns componentes bem explorados no filme A Rede
Social, sobre Mark Zuckerberg, fundador do Facebook. Não falta a cena em que Jobs trai os
amigos que ajudaram no início do projeto, deixando-os na mão antes do IPO. E, claro, sobrou
bronca até para Bill Gates. De repente, o Jobs de Kutcher grita com o fundador da Microsoft, por
telefone, dizendo que ele roubou sua ideia — no caso, a interface gráfica usada no Windows. De
novo, quem não conhece o episódio fica sem entender direito uma passagem importante da
história da Apple.
A atuação de Kutcher dividiu os críticos. Mas, gostando ou não do ator, é inegável o mérito de sua
transformação física. Não é só a caprichada maquiagem que explica a impressionante
semelhança com Jobs alcançada em algumas cenas do filme. O olhar, os trejeitos e até a voz
parecem ser do próprio fundador da Apple, o que torna a atuação bastante convincente. Ajuda
também o fato de o Silicon Valley não ser um ambiente inóspito para Kutcher. Sua empresa de
investimentos, a A-Grade, já fez aportes em mais de 30 startups, entre elas Airbnb, Spotify e
Foursquare.

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Quem não gostar do filme Jobs, tem uma nova chance para ver o fundador da Apple nas telas. É
que o diretor Aaron Sorkin prepara um filme oficialmente baseado na biografia assinada por
Isaacson. Resta saber se ele vai conseguir transformar um ótimo livro de 656 páginas num ótimo
filme de duas horas.

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