Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
13 - OLIVEIRA, Nilo. A Centralização Do Sistema - 40 Pgs
13 - OLIVEIRA, Nilo. A Centralização Do Sistema - 40 Pgs
PUC-SP
DOUTORAMENTO EM HISTÓRIA
SÃO PAULO
2013
48
CAPÍTULO I
Propostas preliminares de centralização e integração nacional das
Polícias
98
O DFSP e a DPS sinalizaram, na Primeira Conferência Nacional de Polícia (dezembro de
1951) para o seu papel aglutinador, agências de referências em meio às operações de
cooperação. Identificavam-se como orientadoras, coordenadoras e centralizadoras do esforço de
modernização das Polícias brasileiras no pós-Guerra. Cf. REZNIK, Luís. Democracia e
Segurança Nacional: a Polícia Política no Pós-Guerra. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2004. p. 145.
49
99
O presente Capítulo é respaldado pelos relatórios de duas Delegacias de Polícia Política, a do
Estado de São Paulo e a do Estado de Pernambuco, encontrados no Arquivo Público do Estado
de São Paulo. As potencialidades subversivas nos dois Estados, considerados os mais
problemáticos em relação à infiltração comunista nas organizações sociais, aparecem nos
diagnósticos dos delegados responsáveis por estas duas delegacias de polícia. A situação vigente
em suas áreas de abrangência era, segundo os mesmos, praticamente idêntica em todo o país,
pois o Diretório Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB), vez ou outra, estava localizado
em Pernambuco ou em São Paulo, de acordo com a perseguição policial.
100
REZNIK, 2004. Op. cit., p. 135.
50
1- Organização do PC local
2- Principais dirigentes e militantes
3- Entidades de aparência legal, com ou sem registro, mas de
orientação ou subordinação comunista
4- Infiltração e atuação nos seguintes meios: rural, sindical, bancário
etc.
5- Atuação parlamentar e infiltração nos partidos legais
6- Meios de propaganda e difusão disponíveis
7- Recursos financeiros que dispõem
8- Frente Democrática de Libertação Nacional: desenvolvimento de seu
programa. Qual a capacidade de ações subversivas do PC
9- Condições de vida das massas e do povo em geral
10- Atividades e ligações de agentes estrangeiros, diplomatas etc.
101
Tese da DOPS-PE a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folhas 15-14.
102
Correspondência S.S. 20517 de 30/11/1951. Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-
1, folha 141.
51
103
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. O ofício das sombras . In Dossiê do Arquivo Público Mineiro.
v. 1. Belo Horizonte/MG: Arquivo Público Mineiro, 2006. p. 61.
104
O acervo da Dops contém todas as teses, argumentos e propostas de todas as unidades de
cada estado da Federação, além das propostas dos integrantes do Governo Federal. Dada a
extensão do material, além da incidência nos mesmos temas, problemas, etc.. Optou-se por
trabalhar, para demonstrar o teor de tal centralização, com a documentação de duas das maiores
e mais fortes unidades, as sediadas nos Estados de São Paulo e de Pernambuco. As propostas
das outras unidades da Federação são analisadas para demonstrar as ideias e práticas repressivas
à sociedade posta sob suspeita.
105
REZNIK, 2004. Op. cit., p. 136.
52
106
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Enviado
pelo Delegado Adjunto à Ordem Social Hugo Ribeiro da Silva. Relatório Reservado. Dossiê
DEOPS 50-Z-711-1, folha 34.
107
Pedro Aurélio de Góes Monteiro (1889-1956).
53
108
108
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Enviado
pelo Delegado Adjunto à Ordem Social Hugo Ribeiro da Silva. Relatório Reservado. Dossiê
DEOPS 50-Z-711-1, folha 33.
109
Resposta ao questionário formulado pela DPS Ofício n° 3888-S-1, de 17/11/1951.
Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folhas 120 e 119. O remetente é o Diretor da
DOPS-SP Delegado Manoel Ribeiro da Cruz, ao Diretor da DPS-RJ, Major Hugo Manhães
Bethlem.
110
O problema da necessidade de extração do petróleo e as condições tecnológicas não
afetavam apenas o Brasil, sendo comum a todos os países que tinham evidências de sua
existência na América Latina e que, portanto, necessitavam de ajuda externa. Tal condição
levava-os a aceitarem contratos leoninos por parte dos Estados Unidos, juntamente com a
anuência dos segmentos da burguesia interna que se beneficia, ainda que subsidiariamente, de
tais parcerias. Foi o caso, por exemplo, da Venezuela, da Colômbia e da Bolívia. A campanha
do Petróleo é nosso, aqui no Brasil, de fato liderada pelo Partido Comunista Brasileiro, foi um
dos fatores que impediu que tais parcerias se firmassem por essa lógica naquele momento, dado
o massivo apoio que obteve junto à sociedade. Mas não nos esqueçamos que os investidores
54
estrangeiros não se interessaram pela extração no Brasil, porque jorrou muito petróleo nos
países citados, e ali a extração era de custo bem menor e sem a exigência de toda a tecnologia
que se apresentava no Brasil, onde essa matéria-prima se encontrava em águas profundas.
111
Tese a DOPS-PE a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 23.
55
112
Tese a DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 35.
113
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 43.
114
Resposta ao questionário formulado pela DPS Ofício n° 3888-S-1, de 17/11/1951.
Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 138. O remetente é o Diretor da DOPS-
SP Delegado Manoel Ribeiro da Cruz, ao Diretor da DPS-RJ, Major Manhães Bethlem.
56
115
Resposta ao questionário formulado pela DPS Ofício n° 3888-S-1, de 17/11/1951.
Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 138. O remetente é o Diretor da DOPS-
SP Delegado Manoel Ribeiro da Cruz, ao Diretor da DPS-RJ, Major Manhães Bethlem.
116
Naquela conjuntura, a integração interestadual já era prática nas DOPS(s) estaduais, como
bem representa o acervo documental da Família 50 do DEOPS-SP, pois há correspondências
com todas as DOPS estaduais, sem falar na participação da DOPS-SP em algumas diligências
policiais como exemplo na cidade do Recife, na prisão e apreensão de material e de militantes
comunistas, com a presença de Luiz Apolônio, famoso instrutor da Escola de Polícia (ligada a
57
Universidade de São Paulo USP). Ver documento: Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-
694-375, folhas 166 a 162. A análise da formação dos policiais civis e militares no combate ao
comunismo através destes Manuais, e em cursos ministrados pelo professor Apolônio, foi
realizada por Luciana da Conceição Feltrim, em sua Dissertação de mestrado intitulada: As
formas institucionais da violência: controle, vigilância, cerceamentos e repressão política no
Estado de São Paulo de 1954 a 1960 (PUC-SP, 2012), sob orientação da Professora Doutora
Vera Lucia Vieira.
117
Memórias Reveladas. Arquivo Nacional. BR NA, Rio X9.O TAI 2/3, p. 2.
118
Resposta ao questionário formulado pela DPS Ofício n° 3888-S-1, de 17/11/1951.
Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 134.
58
119
Luís Carlos Prestes (1898-1990).
120
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 30.
121
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 30.
59
126
Disponível:
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/artigos/DoisGovernos/Constituicao1946
Acesso: 03/02/2012.
127
Disponível:
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/artigos/DoisGovernos/Constituicao1946
Acesso: 03/02/2012.
61
muito mais fácil será uma reação imediata, do que a coordenação das
mesmas para o rechaço do inimigo invisível. 128
128
Idem, ibidem.
129
Na documentação pesquisada existe correspondência (ativa e passiva) trocada entre os
delegados de vários estados da Federação relatando os resultados de suas respectivas vigilâncias e,
muitas vezes, comentando suas impressões particulares. Nesse sentido, por exemplo, eram
classificados como comunistas desde um Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia
Nacional, ou uma Comissão Contra o Acordo Militar Brasil-Estados Unidos, como a Associação
dos Aposentados e o Movimento Contra a Carestia. Cf. OLIVEIRA, Nilo Dias de. A vigilância da
DOPS-SP às Forças Armadas (Brasil, década de 1950): sistema repressivo num Estado de
natureza autocrática. Editorial Académica Española, 2012, p. 50
130
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 36.
131
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 36.
132
Entre 1948 e 1954, o DEOPS Departamento Estadual de Ordem Política e Social do Estado
de São Paulo confiscou uma série de documentos produzidos por ativistas do PCB envolvidos
- A iniciativa de
62
divulgação desses documentos foi liderada pela Cruzada Humanitária pela Proibição de Armas
Atômicas, que contou com a atuação do físico Mário Schenberg, fichado como comunista pela
Polícia Política. Schen
seu envolvimento na campanha contra o uso da bomba atômica e na Campanha Pró-Paz.
Disponível:
http://www.macvirtual.usp.br/mac/templates/exposicoes/hiroshima/textos.asp Acesso:
02/03/2012.
133
Associação civil fundada em 21 de abril de 1948, no Rio de Janeiro, inicialmente com o
nome de Centro de Estudos e Defesa do Petróleo. Tinha por finalidade básica promover uma
ampla campanha de esclarecimentos junto à opinião pública (através de debates, conferências,
artigos etc.) voltada para o fortalecimento da tese nacionalista de exploração das jazidas pelo
monopólio estatal. Em setembro de 1949 passou a se chamar Centro de Estudos e Defesa do
Petróleo e da Economia Nacional. Foi responsável pela publicação do jornal Emancipação, cujo
primeiro número foi publicado em fevereiro de 1949. Disponível:
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/glossario/cedpen Acesso: 03/02/2012.
134
Cf. COSTA, Emilia Viotti da. O Supremo Tribunal Federal e a construção da cidadania. 2. ed.
São Paulo: Editora UNESP, 2006. p. 112.
63
135
Dos comandos militares à Secretaria de Segurança Pública a solicitação de dossiê sobre
militares suspeitos de atividade subversiva também era corriqueira, grande parte do acervo
documental é o levantamento desse tipo de informações. Em 29/12/1952, em ofício secreto, o
Major Helio Paulo de Oliveira Brandão, Chefe de Polícia da 1ª Região Militar solicita ao
Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, informações sobre sargento
considerado comunista. Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50.Z.09 documento nº 192.
136
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 32.
64
137
Durante a segunda metade da década de 1940, e até 1969, o DOPS-SP abrigava as
Delegacias de Ordem Política, de Ordem Social, de Estrangeiros, de Ordem Econômica, de
Armas e Explosivos e, também, o Serviço Secreto. Algumas delegacias foram criadas e extintas
de acordo com as determinadas conjunturas político-sociais do país. É o caso da Delegacia de
Ordem Econômica, criada para investigar os crimes relacionados ao aumento do custo de vida,
as cobranças de taxas indevidas e a venda e compra de pro
Além dessa, outras delegacias foram criadas para atender demandas específicas como a de
Assaltos a Bancos e a de Investigações sobre Incêndios e Danos. A intensidade das atividades
da Polícia Política também dependia dos movimentos político-sociais ocorridos durante todo o
século XX. Esses eventos, muitas vezes, alteravam a própria estrutura interna do órgão, como os
fatos políticos e as greves que eclodiram na cidade de São Paulo na década de 1950.
138
Cf. Tese
da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 32.
139
Idem, ibidem.
140
Idem.
141
Anos mais tarde, era criado o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD). O instituto
foi fundado em maio de 1959 por Ivan Hasslocher, recebendo contribuições de empresários
brasileiros e estrangeiros que, descontentes com a disparada da inflação e o estilo populista de
JK, julgaram necessário organizarem-se com o objetivo de combater o comunismo no Brasil e
influir nos rumos do debate econômico, político e social do país. O papel desenhado pelo IBAD
era o da ação política. Dessa forma Hasslocher fundou, mais ou menos no mesmo período, a
agência de propaganda Incrementadora de Vendas Promotion, subsidiária daquele instituto.
Disponível:
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NaPresidenciaRepublica/O_Instituto_Brasile
iro_de_Acao_Democratica. Acesso: 03/02/2012.
65
142
Resposta ao questionário formulado pela DPS Ofício n° 3888-S-1, de 17/11/1951.
Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 92.
143
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 32.
144
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 32.
145
Processo MTIC-111315/51. Relatório assistente técnico ao chefe de gabinete do MTIC.
Dossiê DEOPS-SP OS-0041, Movimento Agrário documento 45. Relato do assistente técnico
Valente de Andrade ao chefe de gabinete do Ministério do Trabalho Indústria e Comércio.
66
[...] pela crítica mais acentuada à estrutura sindical brasileira. Foi, sem
dúvida, a crítica mais contundente que esta estrutura sofreu desde a
sua consolidação na década de 40 do século XX. O próprio documento:
Enfrentar os Problemas da Revolução Agrária e Antiimperialista,147 mais
conhecido como Manifesto de Janeiro de 1948,148 que se constituiria no
principal guia para ação dos comunistas até 1950, já afirmava que a luta
pelas reivindicações imediatas das massas trabalhadoras deveria ser
organizada dentro das entidades sindicais já existentes ou, onde isso
fosse impossível, dentro das novas organizações profissionais criadas
146
O delegado da DOPS-SP dá dois exemplos de inoperância da lei: depois de proibida pelas
autoridades policiais uma manifestação contra a proibição das armas atômicas, duas entidades
a Federação das Mulheres do Estado de São Paulo e a Cruzada Humanitária pela Proibição das
Armas Atômicas se dirigiram a Câmara Municipal e reagiram violentamente à proibição, sendo
presos em flagrante delito habeas corpus s o STF
indeferiu o pedido, mas, devido ao atraso da formação da culpa manteve os acusados em
liberdade. Outro caso marcante, segundo o mesmo delegado foi a soltura da líder comunista
Elisa Branco Batista que distribuiu panfletos revolucionários no Desfile das tropas no dia
07/09/1950, repudiando a participação do Brasil na Guerra da Coréia. Presa em flagrante, o
habeas corpus
solta devido a grande campanha inclusive internacional pela sua libertação, onde teria sido
condenada a quatro anos e três meses de reclusão. Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência
Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1,
folhas 28 e 29.
147
Grifo meu.
148
Idem.
67
151
O historiador Rodrigo Motta, ao analisar os documentos do
Arquivo Público Mineiro encontrou tais teses também por lá, e comenta que:
149
BUONICORE, Augusto César. Sindicalismo vermelho: a política sindical do PCB entre
1948 e 1952 . In Caderno AEL. v. 7. n. 12/13. Londrina/PR: Universidade Estadual de Londrina
AEL, 2000. pp. 16-17.
150
Decreto referente à Lei de Segurança Nacional. Lei nº 38, de 4 de abril de 1935, reforçada
pela Lei nº 136, de 14 de dezembro do mesmo ano, pelo Decreto-lei nº 431, de 18 de maio de
1938 e pelo Decreto-Lei nº 4.766, de 1 de outubro de 1942, que definia crimes militares e
contra a segurança do Estado.
151
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 28.
152
MOTTA, 2006. Op. cit., p. 61.
68
Esse ponto de vista não era só dos referidos delegados, mas também
das Forças Armadas, revelando-se que se mantinham reféns de uma
perspectiva bonapartista.
153
Grifo meu.
154
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folhas 27 e 28.
155
REZNIK, 2004. Op. cit., p. 141.
156
Recorte do jornal Diário de São Paulo, de 25/03/1952. Relatório Reservado. Dossiê DEOPS
50-Z-09, documento nº 158 Pasta II Exército DOI-CODI.
69
157
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Werke. Berlim/DE: Dietz, 1955. [Apud LOSURDO,
2004. p. 123.]
158
Antigo Partido Proletário do Brasil.
159
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 31.
160
Tese da DOPS-SP a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 33.
70
161
Tese a DOPS-PE a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 20.
162
Tese a DOPS-PE a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 20.
71
163
Tese a DOPS-PE a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 23.
164
Tese da DOPS-PE a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 17.
72
165
Agrava-se o problema nas delegacias do interior, que no exercício das funções de delegado
se acham confiadas a sargentos das Polícias Militares, sem nenhum treinamento.
166
Tese da DOPS-PE a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 6.
167
Tese da DOPS-PE a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folha 15.
168
Tese da DOPS-PE a Primeira Conferência Nacional de Polícia, dezembro de 1951. Relatório
Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-711-1, folhas 1 e 2.
73
169
BONELLI, Maria da Glória. Os delegados de polícia entre o profissionalismo e a política no
Brasil, 1842-2000 (Prepared for delivery at the 2003 meeting of the Latin American Studies
Association. Dallas, Texas/USA, March, 27-29, 2003. p. 17).
170
O tom da Conferência, além da preocupação com a vigilância, a repressão e a identificação
efetiva dos suspeitos, se preocupa também com a moral e os bons costumes: é importante
destacarmos que na Conferência Nacional de Polícia, realizada no Rio de Janeiro em 1951,
tenha sido feita a proposta de que era necessário que as autoridades examinassem a
173
João Cabanas (1895-1974).
174
A DPS foi a divisão do Departamento Federal de Segurança Pública que participou mais
diretamente da Conferência Nacional,
Hugo Bethlem.
76
175
GVc1951.12.18/2. FGV-CPDOC. Carta do coronel João Cabanas a Getúlio Vargas
denunciando o caráter golpista na Primeira Conferência Nacional de Polícia, datada em
18/12/1951. Arquivo pessoal do presidente Getúlio Vargas.
176
Newton Estillac Leal (1893-1955).
178
GVc1951.12.18/2. FGV-CPDOC. Carta do coronel João Cabanas a Getúlio Vargas
denunciando o caráter golpista na Primeira Conferência Nacional de Polícia, datada em
18/12/1951. Arquivo pessoal do presidente Getúlio Vargas.
179
GVc1951.12.18/2. FGV-CPDOC. Carta do coronel João Cabanas a Getúlio Vargas
denunciando o caráter golpista na Primeira Conferência Nacional de Polícia, datada em
18/12/1951. Arquivo pessoal do presidente Getúlio Vargas.
180
GVc1951.00.00140. FGV-CPDOC. Data: 1951. Informações sobre atividades de elementos
anti-getulistas lotados nos setores de Polícia Política e Polícia Civil do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro. Arquivo pessoal do presidente Getúlio Vargas.
78
181
Durante a década de 1950 houve um grande expurgo nas Forças Armadas dos oficiais e praças
acusados de pertencerem ou serem simpáticos ao PCB. A Dissertação de mestrado, abaixo citada,
trata fundamentalmente deste expurgo, a partir do Clube Militar no ano de 1952. Ver o Capítulo
IV da mesma. Cf. OLIVEIRA, Nilo Dias de. A vigilância da DOPS-SP às Forças Armadas (Brasil,
década de 1950): sistema repressivo num Estado de natureza autocrática. 2008. 313f. Dissertação
(Mestrado em História Social) Programa de Pós-Graduação em História Social, Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo PUC-SP, São Paulo. [Sob a orientação da Professora
Doutora Vera Lúcia Vieira.]
182
Artigo do jornal Correio do Rio de Janeiro, anexo ao Relatório Reservado. Dossiê DEOPS
50.Z.09 documento nº 142, de 13/06/1951.
79
183
Relatório Reservado. Dossiê DEOPS 50-Z-09 documento nº 200, de 26/01/1953.
80
184
Cf. DRAIBE, Sônia Miriam. Rumos e metamorfoses: um estudo sobre a constituição do
Estado e as alternativas da industrialização no Brasil, 1930-1960. 2. ed. Rio de Janeiro/São
Paulo: Paz e Terra, 1985. p. 45.
185
A Constituição de 1946 ma as quatro primeiras
décadas do século XX mais da metade dos adultos era analfabeta, com a taxa caindo muito
pouco ao longo dos anos: 65% (1900), 65% (1920), 60% (1930), 56% (1940). Somente a partir
da década de 1950, o contingente de analfabetos passa a ser inferior a 50% da população adulta:
48% (1950), 39% (1960), 33% (1970), 26% (1980), 20% (1991) e 13% (2000). Os efeitos
desses números são claros: como o contingente de analfabetos na população adulta sempre foi
muito acentuado, provavelmente esse tenha sido o principal obstáculo para ampliação do
Cf. NICOLAU, Jairo. A participação Eleitoral no Brasil. Oxford/UK:
University of Oxford Centre for Brazilian Studies, Working Paper Series, Oct.-Dec. 2001. p.
11. [Working Paper CBS-26-2002. Visiting Research Fellow]; ______. História do voto no
Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002. p. 11. (Coleção Descobrindo o Brasil)
82
Existe, pois, um período histórico no qual, por assim dizer, os sinos das
camadas populares se contrapõem às trombetas da burguesia e das
classes proprietárias. O domínio da burguesia não estará
suficientemente sólido e garantido enquanto o monopólio da força
armada não estiver completado pelo monopólio da produção espiritual,
isto é, pela supressão seja dos meios de informação, seja dos partidos
186
Cf. CHASIN, José. A miséria brasileira: 1964-1994: do golpe militar à crise social. Santo
André/SP: Ad Hominem, 2000; FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. 1.
ed. São Paulo: Editora Globo, 2006.
83
187
LOSURDO, Domenico. Democracia ou bonapartismo. Triunfo e decadência do sufrágio
universal. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Editora UNESP, 2004. p. 157.
188
Dessa forma, antes mesmo que a Constituinte concluísse seus trabalhos, o governo, por
meio de decretos-leis, ia derrubando instituições criadas pelo Estado Novo, dando maior força à
iniciativa privada e ao capital estrangeiro, liberando importações, enquanto mantinha a
Consolidação das Leis do Trabalho e reforçava as medidas que restringiam não só a participação
do proletariado na vida política do país, como também cerceava as atividades do Partido
Comunista . Cf. COSTA, 2006. p. 114.
84
189
Outros autores que abordam essa divergência entre o capital nacional e o estrangeiro:
RABELO,
E & G. Revista Economia e Gestão. v. 2-3. n. 4-5. Belo Horizonte/MG: Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais PUC Minas, dez. 2002-jul. 2003. p. 44-55;
SARMENTO, Carlos Eduardo. Disponível:
http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm Acesso: 02/03/2012; SILVA, Marcelo Squinca da. Energia
Elétrica. Estatização e Desenvolvimento, 1956-1967. 1. ed. São Paulo: Alameda Editorial, 2012.
85
190
A partir da década de 1950 o debate no interior das Forças Armadas era intenso a respeito
dos caminhos do país em rumo à industrialização e em busca de apoio norte-americano para o
desenvolvimento bélico e estratégico das próprias Forças Armadas brasileiras no continente
latino-americano. Os sorbonistas, militares ligados a ESG, tinham verdadeira ojeriza pelos
simpatizantes das ideias getulistas e os acusavam de comunistas, pela sua aproximação com os
trabalhadores e o apoio do PCB na sua plataforma política. Acreditavam piamente que as Forças
Armadas eram a única instituição capaz de governar o país. Em contrapartida, os nacionalistas
a facção do Exército simpatizante das ideias getulistas, e contrários à intervenção militar na
política (a não ser para garantir o Estado de Direito na defesa da Constituição) consideravam
necessário garantir o desenvolvimento da Nação um pouco mais distanciado do poderio do
capital internacional.
191
Termo cunhado por Marx, em análise sobre a natureza da dominação autocrática burguesa
durante o governo de Napoleão III na França. Refere-se à hegemonia de segmentos da burguesia
sobre o Estado, mas, de forma indireta, respaldada por militares. Assumindo o poder em nome
da representação de todas as classes sociais, na prática investem na instituição de mecanismos
de repressão, mantendo reprimidas as demandas sociais que não se coadunam com os interesses
dos segmentos dominantes. Autores como Florestan Fernandes (2006), Rago Filho (2004),
Chasin (2000) e Martins (1977), entre outros, procedem à apreensão desta categoria analítica
para configurar o período de Ditadura Militar no Brasil, iniciada em 1964, dado o domínio