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Teoria Geral do Direito

Norma e ordenamento jurídico

Prof. Marcelo Caminha Filho


Norma e ordenamento jurídico

Norma

As relações sociais são regradas por diversas normas


de diferentes naturezas.

E.g.: normas morais, normas de etiqueta e normas jurídicas.


Norma e ordenamento jurídico

Norma jurídica

A norma jurídica é o preceito legal dotado de


imperatividade e coercitividade.
Norma e ordenamento jurídico
Lei nº 6.766, de 1979: “Art. 4º. Os loteamentos
Norma jurídica
deverão atender, pelo menos, aos seguintes
requisitos: (...)
II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento
jurídica e vinte e cinco metros quadrados) e frente
(1)
mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando o
preceito legal
loteamento se destinar a urbanização específica
ou edificação de conjuntos habitacionais de
interesse social, previamente aprovados pelos
órgãos públicos competentes;
Norma e ordenamento jurídico

Norma jurídica

jurídica

(2)
imperatividade
Autoridade para impor-se à vontade dos outros.
Norma e ordenamento jurídico
CRFB: “Art. 5º. (...) II - ninguém será obrigado a
Norma jurídica fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;” + “Art. 24. Compete à União, aos
Estados e ao Distrito Federal legislar

jurídica concorrentemente sobre: I – (...) urbanístico;”

Lei nº 6.766, de 1979: Dispõe sobre o


(2) parcelamento do solo urbano e dá outras
imperatividade providências. (ADI nº 478)

Autoridade para impor-se à vontade dos outros.


Positivismo fático (realismo) x positivismo normativo
Norma e ordenamento jurídico
Lei nº 6.766, de 1979: “Art. 12. O projeto de
Norma jurídica
loteamento e desmembramento deverá ser
aprovado pela Prefeitura Municipal, ou pelo
Distrito Federal quando for o caso, a quem
jurídica compete também a fixação das diretrizes a que
aludem os arts. 6º e 7º desta Lei, salvo a
exceção prevista no artigo seguinte.”

(3)
Imputação de consequência jurídica
coercitividade
(sanção).
Norma e ordenamento jurídico

Norma jurídica e norma natural

1ª Lei de Newton (princípio da inércia): "Um corpo em


repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em
movimento tende a permanecer em movimento.”

Descritiva: descreve o “ser”. Qualquer aspecto factual que contrarie o seu


enunciado a faz ceder.
Rochas semoventes do Vale da Morte (CA)
Norma e ordenamento jurídico
Norma jurídica e norma natural

Lei nº 10.826, de 2003: Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda
ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização
e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Ninguém deve ______, sob pena de reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.


Norma e ordenamento jurídico

Norma jurídica e norma natural

Prescritiva: descreve o “dever-ser” e imputa consequência


jurídica.

O seu descumprimento não a invalida – pelo contrário, às


vezes a reforça!
E,g,: art. 35 a 37 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-
DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público
A respeito das correntes sociológicas do direito, da eficácia
jurídica, da função simbólica do direito e da opinião pública,
julgue o item seguinte.
É correto afirmar que o símbolo do “dever ser”, como
obrigação positivada na norma jurídica, é uma expectativa de
comportamento estabilizada de modo contrafático.

Certo
Errado
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-
DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público
A respeito das correntes sociológicas do direito, da eficácia
jurídica, da função simbólica do direito e da opinião pública,
julgue o item seguinte.
É correto afirmar que o símbolo do “dever ser”, como
obrigação positivada na norma jurídica, é uma expectativa de
comportamento estabilizada de modo contrafático.

Certo
Errado
Norma e ordenamento jurídico

Atributos das normas jurídicas

(a) Validade;
(b) Vigência;
(c) Vigor;
(d) Eficácia.
Norma e ordenamento jurídico

(a) Validade (em sentido técnico-jurídico): compatibilidade


com os critérios de formação estabelecidos pelo sistema
jurídico.
Norma e ordenamento jurídico

(b) Vigência: expressa o tempo de vigor da norma. Vai do


momento em que ela entra em vigor até a sua revogação ou
esgotamento. Pode ser determinada ou indeterminada.
Vacatio legis.

Decreto-Lei nº 4.657, de 1942: “Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a


vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.”
Norma e ordenamento jurídico

(c) Vigor: qualidade da norma que lhe dá força vinculante até


a sua revogação ou o seu esgotamento.
Norma e ordenamento jurídico

Código Civil de 2002: “Art. 2.044. Este Código entrará em


vigor 1 (um) ano após a sua publicação.”

De 10 de janeiro de 2002. Publicado em 11 de janeiro de


2002. Vigência a partir de 12 de janeiro de 2003 (ou 11, a
depender da posição!)
Norma e ordenamento jurídico
Lei nº 12.663, de 2012: CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES PENAIS
Marketing de Emboscada por Intrusão
Art. 33. Expor marcas, negócios, estabelecimentos, produtos, serviços ou
praticar atividade promocional, não autorizados pela FIFA ou por pessoa por
ela indicada, atraindo de qualquer forma a atenção pública nos locais da
ocorrência dos Eventos, com o fim de obter vantagem econômica ou
publicitária:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa.
Art. 34. Nos crimes previstos neste Capítulo, somente se procede mediante
representação da FIFA.
Art. 36. Os tipos penais previstos neste Capítulo terão vigência até o dia 31 de
dezembro de 2014.
Norma e ordenamento jurídico

Vigência

Revogação
Entrada em ou
Validade vigor esgotamento

Ultratividade
Norma e ordenamento jurídico

(d) Eficácia: capacidade concreta de produzir efeitos.

Sentido técnico-jurídico (aplicabilidade): eficácia mediata.


Eficácia independente de posterior produção normativa.

Sentido social (efetividade): conformação da realidade à


norma.
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem
Unificado XXXII - Primeira Fase Miguel Reale, ao tratar do tema da validade da norma
jurídica em seu livro Lições Preliminares de Direito, fala de uma dimensão denominada por ele
validade social ou, ainda, eficácia ou efetividade. Segundo Reale, a eficácia seria a regra
jurídica enquanto momento da conduta humana. Com base no livro em referência, assinale
a opção que apresenta a ideia de eficácia ou efetividade da norma jurídica.
(A) Executoriedade compulsória de uma regra de direito, por haver preenchido os requisitos
essenciais à sua feitura ou elaboração.
(B) Obediência das normas jurídicas às determinações formais e materiais da Constituição
Federal, sem o que uma norma jurídica não teria capacidade de produzir efeitos.
(C) O fundamento da norma jurídica, isto é, o valor ou o fim objetivado pela regra de direito;
a razão de ser da norma, pois é impossível conceber uma regra jurídica desvinculada de sua
finalidade.
(D) A norma em sua dimensão experimental, pois se refere ao cumprimento efetivo do
direito por parte de uma sociedade ou, ainda, aos efeitos sociais que uma regra suscita por
meio de seu cumprimento.
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem
Unificado XXXII - Primeira Fase Miguel Reale, ao tratar do tema da validade da norma
jurídica em seu livro Lições Preliminares de Direito, fala de uma dimensão denominada por ele
validade social ou, ainda, eficácia ou efetividade. Segundo Reale, a eficácia seria a regra
jurídica enquanto momento da conduta humana. Com base no livro em referência, assinale
a opção que apresenta a ideia de eficácia ou efetividade da norma jurídica.
(A) Executoriedade compulsória de uma regra de direito, por haver preenchido os requisitos
essenciais à sua feitura ou elaboração.
(B) Obediência das normas jurídicas às determinações formais e materiais da Constituição
Federal, sem o que uma norma jurídica não teria capacidade de produzir efeitos.
(C) O fundamento da norma jurídica, isto é, o valor ou o fim objetivado pela regra de direito;
a razão de ser da norma, pois é impossível conceber uma regra jurídica desvinculada de sua
finalidade.
(D) A norma em sua dimensão experimental, pois se refere ao cumprimento efetivo do
direito por parte de uma sociedade ou, ainda, aos efeitos sociais que uma regra suscita por
meio de seu cumprimento.
Norma e ordenamento jurídico

Classificação das normas: depende do critério adotado.


Norma e ordenamento jurídico

Classificação das normas: depende do critério adotado.

● Alcance: municipal, estadual, federal ou nacional.


LC nº 7, de 1973, do Município de Porto Alegre: “Art. 1º Esta Lei institui e disciplina os tributos de competência do
Município de Porto Alegre e estabelece, com base no Código Tributário Nacional, normas gerais de Direito
Tributário a eles aplicáveis.”

Lei nº 8.821, de 1989, do Estado do RS: “Art. 1.º Fica instituído, nos termos desta Lei, o Imposto sobre a
Transmissão, "Causa Mortis" e Doação, de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD).”

Lei nº 9.784, de 1999: “Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da
Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao
melhor cumprimento dos fins da Administração.”

Lei nº 8.666, de 1993: “Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos
pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.”
Norma e ordenamento jurídico

Ordenamento jurídico

Direito objetivo: conjunto de normas de um sistema.

Tem como características: Unidade


Completude
Coerência
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza - CE Prova: FCC - 2019 - Câmara de
Fortaleza - CE - Consultor Técnico Legislativo Tem o direito, como direito "subjetivo" (ou
seja, o direito de um determinado sujeito), de ser distinguido da ordem jurídica, como Direito
"objetivo". Na linguagem jurídica inglesa dispõe-se da palavra right quando se quer designar o
direito (subjetivo), o direito de um determinado sujeito, para o distinguir da ordem jurídica, do
Direito objetivo, da law. (KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8.ed., São Paulo: Martins
Fontes, 2009, p. 140 e 141)
Tendo em vista o texto acima, é correto o que se afirma em:
(A) A legislação escrita é direito objetivo e a pretensão jurídica de um sujeito de direito,
amparada numa norma estatal, pode ser compreendida como direito subjetivo.
(B) O dever jurídico é a expressão máxima do direito objetivo.
(C) O direito subjetivo não pressupõe a existência de normas jurídicas, de direitos
objetivos.
(D) Se toda norma jurídica é direito objetivo, somente será direito objetivo a lei emanada
do Poder Legislativo.
(E) Direito objetivo e subjetivo são compreendidos como conceitos idênticos.
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza - CE Prova: FCC - 2019 - Câmara de
Fortaleza - CE - Consultor Técnico Legislativo Tem o direito, como direito "subjetivo" (ou
seja, o direito de um determinado sujeito), de ser distinguido da ordem jurídica, como Direito
"objetivo". Na linguagem jurídica inglesa dispõe-se da palavra right quando se quer designar o
direito (subjetivo), o direito de um determinado sujeito, para o distinguir da ordem jurídica, do
Direito objetivo, da law. (KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8.ed., São Paulo: Martins
Fontes, 2009, p. 140 e 141)
Tendo em vista o texto acima, é correto o que se afirma em:
(A) A legislação escrita é direito objetivo e a pretensão jurídica de um sujeito de direito,
amparada numa norma estatal, pode ser compreendida como direito subjetivo.
(B) O dever jurídico é a expressão máxima do direito objetivo.
(C) O direito subjetivo não pressupõe a existência de normas jurídicas, de direitos
objetivos.
(D) Se toda norma jurídica é direito objetivo, somente será direito objetivo a lei emanada
do Poder Legislativo.
(E) Direito objetivo e subjetivo são compreendidos como conceitos idênticos.
Norma e ordenamento jurídico

Ordenamento jurídico

Direito objetivo: conjunto de normas de um sistema.

Tem como características: Unidade


Coerência
Completude
Norma e ordenamento jurídico

CRFB

ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico Unidade: um todo, uno,
interligado, proveniente,
em última instância, de
CRFB uma só fonte.

ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico Unidade: um todo, uno,
interligado, proveniente,
Coerência: essa em última instância, de
totalidade é ordenada CRFB uma só fonte.
e harmônica. Não
admite antinomias.
ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico Completude: capacidade
de regulamentar todo e
Classificação ampla qualquer caso.

Processo legislativo
Processo negocial
Analogia
Fontes formais Equidade
Usos e costumes
Jurisprudência
Princípios gerais de Direito
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-
DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público
A respeito da estrutura da norma jurídica, dos modelos
teóricos do direito e da interpretação jurídica, julgue o item
seguinte. Para Hans Kelsen, ao justificar o seu modelo de
direito positivo, os fatos são o fundamento de validade das
normas jurídicas.

Certo
Errado
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-
DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público
A respeito da estrutura da norma jurídica, dos modelos
teóricos do direito e da interpretação jurídica, julgue o item
seguinte. Para Hans Kelsen, ao justificar o seu modelo de
direito positivo, os fatos são o fundamento de validade das
normas jurídicas.

Certo
Errado
Norma e ordenamento jurídico CRFB
● Corpo;
● ADCT;
– Preâmbulo.
CRFB

ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico CRFB Normas tácitas
● Corpo;
● ADCT;
– Preâmbulo.
CRFB

ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico CRFB Normas tácitas
● Corpo;
● ADCT; Tratados de
– Preâmbulo. DH aprovados
CRFB
pelo rito do §
3º do art. 5º

ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico CRFB Normas tácitas
● Corpo;
● ADCT; Tratados de
Fundamento de validade – Preâmbulo. DH aprovados
CRFB
pelo rito do §
3º do art. 5º

ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico CRFB Normas tácitas
● Corpo;
● ADCT; Tratados de
Fundamento de validade – Preâmbulo. DH aprovados
CRFB
pelo rito do §
Filtro de validade 3º do art. 5º
(neoconstitucionalismo)
ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico

CRFB: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa


do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Quem persegue seus objetivos com garra erra pouco.
Norma e ordenamento jurídico

CC/02: “Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem


e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer
vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.”

CRFB: “Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa


do Brasil: (...) IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

“as pessoas”
Norma e ordenamento jurídico

Adoção simples: “Art. 377. Quando o adotante tiver filhos legítimos,


legitimados ou reconhecidos, a relação de adoção não envolve a de
sucessão hereditária.” (CC16 com redação da Lei nbº 3.133, de 1957)

CRFB: “Art. 227. (...) § 6º Os filhos, havidos ou não da relação do


casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.”
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem
Unificado - XVII - Primeira Fase Dois advogados, com grande experiência profissional e
com a justa preocupação de se manterem atualizados, concluem que algumas ideias vêm
influenciando mais profundamente a percepção dos operadores do direito a respeito da
ordem jurídica. Um deles lembra que a Constituição brasileira vem funcionando como
verdadeiro “filtro", de forma a influenciar todas as normas do ordenamento pátrio com os
seus valores. O segundo, concordando, adiciona que o crescente reconhecimento da
natureza normativo-jurídica dos princípios pelos tribunais, especialmente pelo Supremo
Tribunal Federal, tem aproximado as concepções de direito e justiça (buscada no diálogo
racional) e oferecido um papel de maior destaque aos magistrados. As posições
apresentadas pelos advogados mantêm relação com uma concepção teórico-jurídica que,
no Brasil e em outros países, vem sendo denominada de
(A) neoconstitucionalismo.
(B) positivismo-normativista.
(C) neopositivismo.
(D) jusnaturalismo.
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem
Unificado - XVII - Primeira Fase Dois advogados, com grande experiência profissional e
com a justa preocupação de se manterem atualizados, concluem que algumas ideias vêm
influenciando mais profundamente a percepção dos operadores do direito a respeito da
ordem jurídica. Um deles lembra que a Constituição brasileira vem funcionando como
verdadeiro “filtro", de forma a influenciar todas as normas do ordenamento pátrio com os
seus valores. O segundo, concordando, adiciona que o crescente reconhecimento da
natureza normativo-jurídica dos princípios pelos tribunais, especialmente pelo Supremo
Tribunal Federal, tem aproximado as concepções de direito e justiça (buscada no diálogo
racional) e oferecido um papel de maior destaque aos magistrados. As posições
apresentadas pelos advogados mantêm relação com uma concepção teórico-jurídica que,
no Brasil e em outros países, vem sendo denominada de
(A) neoconstitucionalismo.
(B) positivismo-normativista.
(C) neopositivismo.
(D) jusnaturalismo.
Norma e ordenamento jurídico CRFB Normas tácitas
● Corpo;
● ADCT; Tratados de
– Preâmbulo. DH aprovados
Hierarquia? CRFB
pelo rito do §
3º do art. 5º

ANP

ANS
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
XXI - Primeira Fase Carlos pleiteia determinado direito, que fora regulado de forma mais genérica
no corpo principal da CRFB/88 e de forma mais específica no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias – o ADCT. O problema é que o corpo principal da Constituição da
República e o ADCT estabelecem soluções jurídicas diversas, sendo que ambas as normas
poderiam incidir na situação concreta. Carlos, diante do problema, consulta um(a) advogado(a)
para saber se a solução do seu caso deve ser regida pela norma genérica oferecida pelo corpo
principal da Constituição da República ou pela norma específica oferecida pelo ADCT. Com base
na CRFB/88, assinale a opção que apresenta a proposta correta dada pelo(a) advogado(a).
(A) Como o corpo principal da CRFB/88 possui hierarquia superior a todas as demais normas do
sistema jurídico, deve ser aplicável, afastada a aplicação das normas do ADCT.
(B) Como o ADCT possui o mesmo status jurídico das demais normas do corpo principal da
CRFB/88, a norma específica do ADCT deve ser aplicada no caso concreto.
(C) Como o ADCT possui hierarquia legal, não pode afastar a solução normativa presente na
CRFB/88.
(D) Como o ADCT possui caráter temporário, não é possível que venha a reger qualquer caso
concreto, posto que sua eficácia está exaurida.
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado -
XXI - Primeira Fase Carlos pleiteia determinado direito, que fora regulado de forma mais genérica
no corpo principal da CRFB/88 e de forma mais específica no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias – o ADCT. O problema é que o corpo principal da Constituição da
República e o ADCT estabelecem soluções jurídicas diversas, sendo que ambas as normas
poderiam incidir na situação concreta. Carlos, diante do problema, consulta um(a) advogado(a)
para saber se a solução do seu caso deve ser regida pela norma genérica oferecida pelo corpo
principal da Constituição da República ou pela norma específica oferecida pelo ADCT. Com base
na CRFB/88, assinale a opção que apresenta a proposta correta dada pelo(a) advogado(a).
(A) Como o corpo principal da CRFB/88 possui hierarquia superior a todas as demais normas do
sistema jurídico, deve ser aplicável, afastada a aplicação das normas do ADCT.
(B) Como o ADCT possui o mesmo status jurídico das demais normas do corpo principal da
CRFB/88, a norma específica do ADCT deve ser aplicada no caso concreto.
(C) Como o ADCT possui hierarquia legal, não pode afastar a solução normativa presente na
CRFB/88.
(D) Como o ADCT possui caráter temporário, não é possível que venha a reger qualquer caso
concreto, posto que sua eficácia está exaurida.
Norma e ordenamento jurídico Espécies legislativas (art. 59)

CRFB

ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico Espécies legislativas (art. 59)

Regimentos internos
CRFB
Decretos autônomos

ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico Espécies legislativas (art. 59)

Regimentos internos

Hierarquia? CRFB
Decretos autônomos
TIDH

ANP

ANS
Norma e ordenamento jurídico Espécies legislativas (art. 59)

Regimentos internos

Hierarquia? CRFB
Decretos autônomos
TIDH

ANP

ANS
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza - CE Provas: FCC - 2019 - Câmara de Fortaleza - CE -
Redator A teoria de Kelsen é "pura" em dois sentidos: (i) afirma-se livre de quaisquer considerações ideológicas,
não se emitem juízos de valor sobre qualquer sistema jurídico, e a análise da "norma jurídica" não é afetada por
nenhuma concepção da natureza do direito justo; (ii) o estudo sociológico da prática do direito e o estudo das
influências políticas, econômicas ou históricas sobre o desenvolvimento do direito ficam além da esfera de ação
da teoria pura. [...] Para Kelsen, as regras eram as características observáveis (na escrita etc.) de um sistema
normativo. As regras eram, portanto, as características de superfície do direito, e as normas sua essência interior;
conquanto elas possam ter dado origem aos atos de "vontade" de um Parlamento, ou à adoção de um costume
por um juiz, uma vez aceitas como direito adquirem existência independente; sua validade não depende da
vontade de um mandatário. (MORRISON, Wayne. Filosofia do Direito: dos gregos ao pós-modernismo. São
Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 381, 382 e 392) Considere as proposições abaixo acerca do texto:
I. O direito natural continua a fundamentar uma teoria pura do direito, ou seja, é base do direito positivo
(norma jurídica).
II. O direito é perspectivado internamente por Kelsen e a norma jurídica é compreendida como uma
idealidade, ou seja, um dever-ser, e não como tudo que é da natureza, ou seja, um ser.
III. Comporta a teoria de Kelsen uma validação da norma jurídica inferior pela norma jurídica superior, não
cabendo, portanto, uma validação externa, de cunho sociológico.
Está correto o que se afirma APENAS em:
(A) III. (B) I e III. (C) II. (D) I e II. (E) II e III.
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza - CE Provas: FCC - 2019 - Câmara de Fortaleza - CE -
Redator A teoria de Kelsen é "pura" em dois sentidos: (i) afirma-se livre de quaisquer considerações ideológicas,
não se emitem juízos de valor sobre qualquer sistema jurídico, e a análise da "norma jurídica" não é afetada por
nenhuma concepção da natureza do direito justo; (ii) o estudo sociológico da prática do direito e o estudo das
influências políticas, econômicas ou históricas sobre o desenvolvimento do direito ficam além da esfera de ação
da teoria pura. [...] Para Kelsen, as regras eram as características observáveis (na escrita etc.) de um sistema
normativo. As regras eram, portanto, as características de superfície do direito, e as normas sua essência interior;
conquanto elas possam ter dado origem aos atos de "vontade" de um Parlamento, ou à adoção de um costume
por um juiz, uma vez aceitas como direito adquirem existência independente; sua validade não depende da
vontade de um mandatário. (MORRISON, Wayne. Filosofia do Direito: dos gregos ao pós-modernismo. São
Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 381, 382 e 392) Considere as proposições abaixo acerca do texto:
I. O direito natural continua a fundamentar uma teoria pura do direito, ou seja, é base do direito positivo
(norma jurídica).
II. O direito é perspectivado internamente por Kelsen e a norma jurídica é compreendida como uma
idealidade, ou seja, um dever-ser, e não como tudo que é da natureza, ou seja, um ser.
III. Comporta a teoria de Kelsen uma validação da norma jurídica inferior pela norma jurídica superior, não
cabendo, portanto, uma validação externa, de cunho sociológico.
Está correto o que se afirma APENAS em:
(A) III. (B) I e III. (C) II. (D) I e II. (E) II e III.

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