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Quiz

Evolução dos direitos


Questão 1
Os escravos eram
considerados
juridicamente como coisas
nas Ordenações Filipinas.
Verdadeiro.
As disposições criminais das
Ordenações Filipinas vigoraram
no Brasil até o Código Criminal
de 1830. As Ordenações Filipinas
somente saíram de vez do
ordenamento jurídico com a
promulgação do Código Civil de
1916.

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Questão 2

A partir da Constituição Federal de 1824, também poderiam


votar aqueles libertos que atendessem o critério censitário.
Falso.
Art. 94. Podem ser Eleitores, e votar na eleição dos Deputados, Senadores, e
Membros dos Conselhos de Provincia todos, os que podem votar na
Assembléa Parochial. Exceptuam-se

I. Os que não tiverem de renda liquida annual duzentos mil réis por bens de
raiz, industria, commercio, ou emprego.

II. Os Libertos.

III. Os criminosos pronunciados em queréla, ou devassa.

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Questão 3
No Código Criminal Imperial, a pena mínima para quem estuprasse
uma prostituta era de um mês e a máxima de dois anos. Caso a vítima
fosse mulher honesta, a pena mínima seria de três anos e a máxima de
doze anos.

Código Criminal do Império (1830)


Art. 222. Ter copula carnal por meio de violencia, ou ameaças, com qualquer
mulher honesta.
Penas - de prisão por tres a doze annos, e de dotar a offendida.
Se a violentada fôr prostituta.
Penas - de prisão por um mez a dous annos.
Art. 225. Não haverão as penas dos tres artigos antecedentes os réos, que
casarem com as offendidas.

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Questão 4

O voto feminino foi permitido a partir de 1932.


No entanto, o voto não era obrigatório para as mulheres e para
os homens acima de sessenta anos.

DECRETO Nº 21.076, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1932


Decreta o Código Eleitoral.
Art. 2º E' eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na
fórma deste Codigo.
Art. 121. Os homens maiores de sessenta anos e as mulheres em qualquer
idade podem isentar-se de qualquer obrigação ou serviço de natureza
eleitoral.

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Questão 5

O racismo é crime no Brasil desde a Lei Afonso Arinos, de


1951.
Falso.

Art 1º Constitui contravenção penal, punida nos têrmos desta Lei, a recusa,
por parte de estabelecimento comercial ou de ensino de qualquer natureza,
de hospedar, servir, atender ou receber cliente, comprador ou aluno, por
preconceito de raça ou de côr.

“Segundo um levantamento do historiador Jerry Dávila, meras 23 pessoas


acusadas de transgredir a Lei Afonso Arinos se sentaram no banco dos réus entre
1951 e 1989. Dessas, só seis foram condenadas, por atos como recusar a matrícula
em colégio e barrar a entrada em baile por causa da pele negra. Houve ainda um
sétimo indivíduo sentenciado, mas por preconceito racial contra um descendente
de japonês”. Fonte: Agência Senado. 6
Questão 6

A proibição de entrada de imigrantes vindos da Ásia e da


África foi estabelecida em 1890.

Decreto nº 528, de 28 de Junho de 1890


Art. 1º E' inteiramente livre a entrada, nos portos da Republica,
dos individuos válidos e aptos para o trabalho, que não se
acharem sujeitos á acção criminal do seu paiz, exceptuados os
indigenas da Asia, ou da Africa que sómente mediante
autorização do Congresso Nacional poderão ser admittidos de
accordo com as condições que forem então estipuladas.

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Questão 7

O estímulo a educação eugênica esteve presente na


Constituição Federal de 1934.

Constituição Federal de 1934


Art 138 - Incumbe à União, aos Estados e aos Municípios, nos
termos das leis respectivas:
b) estimular a educação eugênica;

Art 121 - A lei promoverá o amparo da produção e estabelecerá


as condições do trabalho, na cidade e nos campos, tendo em
vista a proteção social do trabalhador e os interesses
econômicos do País. 8
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DECRETO-LEI Nº 406, DE 4 DE MAIO DE 1938
Dispõe sôbre a entrada de
estrangeiros no território
nacional.

Art. 1º Não será permitida a entrada de estrangeiros, de um ou outro sexo:

I - aleijados ou mutilados, inválidos, cégos, surdos-mudos;


II - indigentes, vagabundos, ciganos e congêneres;
III - que apresentem afecção nervosa ou mental de qualquer natureza, verificada na
forma do regulamento, alcoolistas ou toxicomanos;
IV - doentes de moléstias infecto-contagiosas graves, especialmente tuberculose,
tracoma, infecção venérea, lepra e outras referidas nos regulamentos de saúde pública;
V - que apresentem lesões orgânicas com insuficiência funcional;
VI - menores de 18 anos e maiores de 60, que viajarem sós, salvo as exceções
previstas no regulamento;
VII - que não provem o exercício de profissão lícita ou a posse de bens suficientes
para manter-se e às pessoas que os acompanhem na sua dependência;
VIII - de conduta manifestamente nociva à ordem pública, è segurança nacional ou
à estrutura das instituições;
IX - já anteriormente expulsos do país, salvo si o ato de expulsão tiver sido revogado;
X - condenados em outro país por crime de natureza que determine sua extradição,
segundo a lei brasileira;
10
DECRETO-LEI Nº 406, DE 4 DE MAIO DE 1938
Dispõe sôbre a entrada de
estrangeiros no território
nacional.

XI - que se entreguem à prostituição ou a explorem, ou tenham costumes


manifestamente imorais.

Parágrafo único. A enumeração acima não exclue o reconhecimento de outras


circunstâncias impeditivas, não se aplicando aos estrangeiros que vierem em caráter
temporário o disposto nos incisos I, V e VI.

Art. 2º O Governo Federal reserva-se o direito de limitar ou suspender, por motivos


econômicos ou sociais, a entrada de indivíduos de determinadas raças ou origens, ouvido
o Conselho de Imigração e Colonização.

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DECRETO-LEI Nº 7.967 DE 18 DE SETEMBRO DE 1945.
Dispõe sôbre a Imigração e Colonização, e dá outras providências

Art. 2º Atender-se-á, na admissão dos imigrantes, à necessidade de


preservar e desenvolver, na composição étnica da população, as
características mais convenientes da sua ascendência européia,
assim como a defesa do trabalhador nacional.

Revogada em 1980.

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Questão 8
As mulheres casadas eram relativamente incapazes e necessitavam de
autorização do marido para trabalhar até 1962.

Art. 242. A mulher não pode, sem autorização do marido (art. 251):

I - praticar os atos que este não poderia sem o consentimento da mulher (art.
235);
II - alienar ou gravar de ônus real, os imóveis de seu domínio particular, qualquer
que seja o regime dos bens (arts. 263, II, III e VIII, 269, 275 e 310);
III - alienar os seus direitos reais sobre imóveis de outrem;
IV - Aceitar ou repudiar herança ou legado.
V - Aceitar tutela, curatela ou outro munus público.
VI - Litigar em juízo civil ou comercial, a não ser nos casos indicados no arts. 248
e 251.
VII - Exercer a profissão (art. 233, IV)
VIII - contrair obrigações, que possam importar em alheação de bens do casal.

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Art. 6º. São incapazes, relativamente a certos atos (art. 147, I), ou à maneira
de os exercer:

I - os maiores de 16 (dezesseis) e os menores de 21 (vinte e um) anos (arts.


154 a 156).
II - As mulheres casadas, enquanto subsistir a sociedade conjugal.
III - os pródigos.
IV - os silvícolas.

Parágrafo único. Os silvícolas ficarão sujeitos ao regime tutelar,


estabelecido em leis e regulamentos especiais, e que cessará à medida de
sua adaptação.

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Questão 9
O divórcio passou a ser permitido no Brasil somente em 1977.

Art. 315. A sociedade conjugal termina:

I - Pela morte de um dos cônjuges.


II - Pela nulidade ou anulação do casamento.
III - Pelo desquite, amigável ou judicial.

Art. 317. A ação de desquite só se pode fundar em algum dos seguintes motivos:

I - Adultério.
II - Tentativa de morte.
III - Sevicia, ou injuria grave.
IV - Abandono voluntário do lar conjugal, durante dois anos contínuos.

Art. 318. Dar-se-á também o desquite por mutuo consentimento dos cônjuges, se
forem casados por mais de dois anos, manifestado perante o juiz e devidamente
homologado. 15
Questão 10
Era causa de nulidade do casamento a descoberta, pelo marido,
sobre a não virgindade da esposa à época do casamento até
2002.

Art. 218. É também anulável o casamento, se houver por parte de um dos


nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.

Art. 219. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:


I - o que diz respeito à identidade do outro cônjuge, sua honra e boa fama,
sendo esse erro tal, que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a
vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime inafiançável, anterior ao casamento e
definitivamente julgado por sentença condenatória;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável ou
de moléstia grave e transmissível, por contágio ou herança, capaz de por em
risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
IV - o defloramento da mulher, ignorado pelo marido. 16
Questão 11

A capoeira foi criminalizada no Brasil de 1890 até 1937.

Art. 402. Fazer nas ruas e praças publicas exercicios de agilidade e destreza
corporal conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em correrias, com
armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, provocando
tumultos ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor
de algum mal:
Pena - de prisão cellular por dous a seis mezes.
Paragrapho unico. E' considerado circumstancia aggravante pertencer o capoeira a
alguma banda ou malta.
Aos chefes, ou cabeças, se imporá a pena em dobro.

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Questão 12

Pessoas analfabetas passam a poder votar somente em 1985.

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 25, DE 15 DE MAIO DE 1985.


Altera dispositivos da Constituição Federal e estabelece outras normas constitucionais de
caráter transitório.
Art. 147. São eleitores os brasileiros que, à data da eleição, contém dezoito anos ou mais,
alistados na forma da Lei.
§ 3º Não poderão alistar-se eleitores:
a) os que no saibam exprimir-se na língua nacional; e
b) os que estiverem privados, temporária ou definitivamente, dos direitos políticos.
§ 4º A Lei disporá sobre a forma pela qual possam os analfabetos alistar-se eleitores e
exercer o direito de voto."

"Art. 150. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

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Questão 13

Homens e mulheres são considerados iguais perante a lei pela


primeira vez na Constituição Federal de 1988.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos


desta Constituição;

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Questão 14 e 15
Deixa de ser causa de extinção da punibilidade o casamento
da vítima com o autor de estupro em 2005, assim como a
expressão “mulher honesta” é retirada do Código Penal.
Até 2005, os crimes contra a liberdade sexual estavam no título
“Dos crimes contra os costumes”. Hoje, estão no título “Dos
crimes contra a dignidade sexual”.

Estupro
Art. 213. Constranger mulher a conjunção carnal, mediante violência ou
grave ameaça:
Pena - reclusão, de três a oito anos.
Atentado violento ao pudor
Art. 214. Constranger alguem, mediante violência ou grave ameaça, a
praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da
conjunção carnal:
Pena - reclusão de dois a sete anos. 20
Posse sexual mediante fraude
Art. 215. Ter conjunção carnal com mulher honesta, mediante fraude:
Pena - reclusão, de um a três anos.
Parágrafo único. Se o crime é praticado contra mulher virgem, menor de
dezoito anos e maior de quatorze anos:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.

Atentado ao pudor mediante fraude


Art. 216. Induzir mulher honesta, mediante fraude, a praticar ou permitir que
com ela se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal:
Pena - reclusão, de um a dois anos.
Parágrafo único. Se a ofendida é menor de dezoito e maior de quatorze anos:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.

Sedução
Art. 217. Seduzir mulher virgem, menor de dezoito anos e maior de quatorze, e
ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificavel
confiança:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.

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Rapto violento ou mediante fraude
Art. 219. Raptar mulher honesta, mediante violência, grave ameaça ou
fraude, para fim libidinoso:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.

Rapto consensual
Art. 220. Se a raptada é maior de quatorze anos e menor de vinte e um, e o
rapto se dá com seu consentimento:
Pena - detenção, de um a três anos.

Diminuição de pena
Art. 221. É diminuida de um terço a pena, se o rapto é para fim de
casamento, e de metade, se o agente, sem ter praticado com a vítima
qualquer ato libidinoso, a restitue à liberdade ou a coloca em lugar seguro, à
disposição da família.
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Da extinção da punibilidade
Art. 108. Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela rehabilitação;
VII - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VIII - pelo casamento do agente com a ofendida, nos crimes contra os
costumes, definidos nos Capítulos I, II e III do Título VI da Parte Especial;
IX - pelo casamento da ofendida com terceiro, nos crimes referidos no
inciso anterior, salvo se cometidos com violência ou grave ameaça e se
ela não requerer o prosseguimento da ação penal no prazo de sessenta
dias a contar da celebração; (Redação dada pela Lei nº 6.416, de
1977)
IX - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo.
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Evolução das ferramentas jurídicas
em uma perspetiva crítica

Mulheres casadas não


necessitam mais da
autorização de seu marido
para trabalhar
Mulheres podem votar 1951 1977

1962
1933
Lei Afonso Arinos - É aprovada a
estabelece a prática de Lei do Divórcio
discriminação racial como
contravenção penal

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Evolução das ferramentas jurídicas
em uma perspetiva crítica

Lei Caó - crimes de racismo


Pessoas Analfabetas
podem votar 1988 2002

1989
1985
Homens e mulheres são Novo Código Civil -
iguais perante a lei deixa de ser causa de
Voto universal e secreto nulidade do
Racismo é crime casamento o cônjuge
imprescritível e inafiançável descobrir que a
mulher não era
virgem 25
Evolução das ferramentas jurídicas
em uma perspetiva crítica

Lei 10.639 - Ensino da


história e cultura
Lei Maria da Penha
afrobrasileira
2005 2007

2003 2006
Não é mais causa de extinção Estatuto da
da punibilidade o casamento Igualdade Racial
da vítima com o autor de
estupro. A expressão “mulher
honesta” é retirada do Código
Penal
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Evolução das ferramentas jurídicas
em uma perspetiva crítica

Mulheres devem ser 30%


das candidaturas dos Lei de Cotas no Serviço
partidos Público Federal
2012 2015

2009 2014
Lei de Cotas nas Lei do Feminicídio
Universidades Públicas

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