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Guião de Estudo
História A
12º Ano de Escolaridade Ano letivo 2022-2023
Módulo 7.2.5. PORTUGAL: O ESTADO NOVO
Em abril de 1928, António de Oliveira Salazar foi convidado para assumir a Pasta das Finanças, tendo
imposto como condição prévia à aceitação do cargo o poder de controlar os orçamentos dos ministérios e de
vetar qualquer aumento de despesa. Aplicou uma política de austeridade, reduzindo as despesas públicas e
aumentando os impostos, o que lhe permitiu sanear as finanças públicas (execução orçamental com saldo
positivo). Na sequência deste êxito financeiro, considerado um milagre, Salazar alcançou um enorme
prestígio, sendo visto como o “salvador da pátria” e, em 1932, foi nomeado Presidente do Conselho de
Ministros.
O novo regime foi decalcado do modelo fascista italiano (apesar de condenar o seu caráter agressivo e das
suas manifestações pagãs, contrárias aos princípios da moral cristã e às tradições nacionais). Assim, o Estado
Novo foi um sistema de governo que, sob a tutela de Salazar e à sua imagem, apresentou um caráter
autoritário, nacionalista e conservador e condicionou as liberdades individuais, sendo marcado pelo slogan
“Tudo pela Nação, nada contra a Nação”.
Salazar convenceu grande parte do país da justeza da sua política, obtendo o apoio das forças conservadoras
que, antes, haviam hostilizado e desacreditado a Primeira República: militares, hierarquia católica e devotos,
alta burguesia (latifundiários, industriais, grandes comerciantes e banqueiros), média e pequena burguesia,
monárquicos, integralistas e simpatizantes do ideário fascista.
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OS PRINCÍPIOS IDEOLÓGICOS DO ESTADO NOVO
3. AUTORITARISMO
O Estado Novo, os seus princípios e estrutura organizativa ficaram consagrados na nova Constituição,
promulgada em abril de 1933 (depois de elaborada e apresentada ao país pelo Governo e sujeita à
aprovação através de plebiscito popular, realizado em março de 1933).
O Estado Novo defende um Estado forte e autoritário, capaz
de submeter os interesses individuais ao interesse coletivo
(OU de garantir a ordem e defender o bem comum), através
de:
• predomínio do Poder Executivo (Presidente da República
e do Conselho de Ministros, com amplas prerrogativas)
sobre o Poder Legislativo (Assembleia Nacional) -
“presidencialismo bicéfalo” (manual, pp. 156-157)
• culto do chefe, “salvador da pátria” e guia da Nação, a
cuja vontade tudo se submete e a quem são atribuídas
amplas competências - Chefe do Governo ou Presidente
do Conselho de Ministros:
- Salazar encarnou a figura do chefe providencial,
intérprete do interesse da Nação e símbolo do poder
e da unidade nacionais;
- Salazar era apresentado como um chefe carismático,
discreto, sóbrio e moralmente irrepreensível, sem a
sobranceria que rodeava os chefes dos regimes
totalitários europeus e avesso às multidões.
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4. CONSERVADORISMO (OU TRADICIONALISMO)
“Não discutimos Deus e a virtude, não discutimos a Pátria e a sua história, não discutimos a autoridade e o
seu prestígio, não discutimos a Família e a sua moral, não discutimos a glória do trabalho e o seu dever.”
O Estado Novo assentou em valores fundamentais que, por serem indissociáveis do modo de vida português,
jamais deveriam ser postos em causa e que refletem o seu caráter conservador e tradicionalista:
• exaltou as tradições nacionais, promovendo a defesa de tudo o que fosse genuinamente português
(rejeitando as influências externas e os fenómenos de anomia social, próprios do meio urbano) –
valorização dos elementos da cultura popular ou rural;
• promoveu os valores morais do catolicismo, protegendo a religião católica, definida como religião da
Nação portuguesa, e apoiando-se na hierarquia eclesiástica;
• defendeu a ruralidade como o símbolo da ordem social e imagem de todas as virtudes, associada aos
valores tradicionais em que deveria assentar a sociedade portuguesa (por oposição à sociedade industrial
e urbana, fonte de todos os vícios e de desordem) – valorização do campo e das atividades agrícolas;
• enalteceu a família, base da nação e guardiã dos valores morais conservadores – apologia da família
católica, rural, trabalhadora, modesta e com espírito de sacrifício, que recusava o vício e o
desregramento de costumes associados ao mundo urbano, com diferentes papéis atribuídos ao homem e
à mulher – a mulher-modelo do Estado Novo ficou reduzida a um papel passivo do ponto de vista
económico, social, político e cultural, sendo encarada como uma esposa carinhosa e submissa, uma mãe
sacrificada e virtuosa.
5. CORPORATIVISMO
O Estado Novo propôs o associativismo subordinado ao Estado (OU corporativismo) como modelo de
organização económica, social e política, para, em nome da unidade nacional (bem comum):
- ultrapassar os conflitos de classes e os interesses individuais, por intermédio da ação do Estado;
- controlar a economia e as relações laborais;
- impor a supremacia do Estado e promover o seu fortalecimento.
O Estado Novo concebia a Nação, não como um grupo de indivíduos, mas como uma entidade orgânica
composta pela relação harmoniosa das suas partes:
− as famílias;
− o poder autárquico (freguesias e municípios);
− as corporações, organismos que agrupavam os indivíduos de acordo com a função social
desempenhada.
A corporativização da vida nacional implicou a regulação da liberdade de associação pelo Estado (OU recusa
da livre associação não enquadrada pelo Estado).
• Assim, na Constituição de 1933, estava prevista a criação de vários organismos corporativos:
- corporações de natureza moral (instituições de assistência e caridade - hospitais, asilos, creches
e misericórdias);
- corporações culturais (universidades e agremiações científicas, literárias, artísticas e
desportivas);
- corporações económicas (que integravam os setores económicos da pesca, da agricultura, da
indústria e do comércio, da banca, dos seguros, do turismo e dos transportes).
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ESTRUTURA CORPORATIVA DO ESTADO NOVO
7. DIRIGISMO ECONÓMICO
O Autoritarismo e a Depressão dos Anos 30 conduziram ao abandono da política económica liberal e à
adoção de um modelo económico fortemente dirigista, visando garantir a autarcia (OU a autossuficiência),
através do intervencionismo do Estado (OU do nacionalismo económico OU do protecionismo) e da
corporativização das forças produtivas (ver à frente).
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O ESTADO NOVO, UM ESTADO DOUTRINADOR E REPRESSIVO
ENQUADRAMENTO DAS MASSAS (manual, pp. 158-160)
A longevidade do Estado Novo foi possível graças à criação de organismos estatais e à utilização de vários
meios para difundir os princípios ideológicos do Estado Novo e controlar a sociedade, promovendo a adesão
ao regime:
• afirmação do partido único, a União Nacional (1930), e consequente proibição de outros partidos
políticos, de acordo com o princípio da unanimidade, evitando divisionismo prejudiciais à Nação;
• criação do Secretariado de Propaganda Nacional (SPN, 1933), dirigido por António Ferro, para
divulgar o ideário do regime e vincular os diferentes ramos de produção cultural aos princípios
doutrinários do Estado Novo;
• obrigatoriedade do juramento de fidelidade ao Estado Novo pelos funcionários públicos (1936),
declarando estar integrados na ordem social estabelecida e repudiar o comunismo;
• doutrinação da juventude para inculcação do ideário do regime, através da inserção na Mocidade
Portuguesa (1936) ou na Mocidade Portuguesa Feminina (1937) e do controlo do ensino (expulsão
de professores oposicionistas e adoção de livros “únicos” oficiais que veiculavam os princípios do
regime);
• criação de uma organização paramilitar, a Legião Portuguesa (1936), para cooperar na proteção do
regime, defendendo os valores nacionalistas e procurando conter as doutrinas subversivas,
nomeadamente o comunismo;
• enquadramento social das mulheres numa organização feminina, a Obra das Mães para a
Educação Nacional (OMEN, 1936), destinada à formação das futuras esposas e mães de acordo com
os valores do Estado Novo (OU com o princípio de valorização da família);
• enquadramento dos trabalhadores em corporações (Estatuto do Trabalho Nacional, 1933) para
controlar as relações laborais e promover a harmonia social, com a extinção dos sindicatos livres e a
proibição do direito à greve;
• criação da Fundação para a Alegria no Trabalho (FNAT, 1935) para controlar os tempos livres dos
trabalhadores e promover a harmonia social, dinamizando atividades recreativas e educativas
norteadas pelos valores do regime.
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- integrava agentes e uma rede de informadores pagos e recebia avultadas verbas, dispondo de
sistemas de escuta e ficheiros com informações pessoais;
- tinha um amplo poder, que escapava ao controlo público, atuando de forma arbitrária e violenta:
recurso à delação; prisões sem culpa formada ou sem ordem judicial (até 6 meses); durante os
períodos de interrogatório, sujeitava os presos a isolamento (sem direito a visitas nem a advogado)
e à tortura física e psicológica (estátua, privação do sono, fome, para além dos espancamentos)
para lhes extorquir informações ou obter confissões.
As suas maiores vítimas foram os simpatizantes e militantes do Partido Comunista, anarquistas e
grevistas (prisão/deportação).
• Julgamento de “crimes” políticos em tribunais plenários e criação de um universo prisional para os
opositores políticos, nomeadamente:
- as prisões de Caxias (1936-74), Peniche (1934-74) e Aljube (1933-66);
- a colónia penal do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde (1936-44).
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A ECONOMIA DURANTE O ESTADO NOVO
A Constituição de 1933 consagrou a intervenção do Estado na economia, estabelecendo que lhe competia
regular as “relações da economia nacional”, a nível interno e externo, de forma a
• garantir a iniciativa particular, no âmbito do corporativismo;
• estabelecer regras para evitar a concorrência desleal e para “realizar o máximo de produção e de
riqueza socialmente útil”;
• promover a autarcia económica (autossuficiência), seguindo a via do nacionalismo económico
(redução da dependência externa).
A economia ficou, assim, submetida aos imperativos políticos, definidos pelo Estado, sujeitando os
interesses dos indivíduos e dos grupos sociais ao interesse da Nação.
A ESTABILIDADE FINANCEIRA
A política económica do Estado Novo deu prioridade à estabilidade financeira e ao equilíbrio das finanças
públicas.
• Salazar buscou o rigor orçamental através da limitação de despesas e do aumento das receitas, mesmo à
custa de sacrifícios da população. Com esse objetivo:
− melhorou a administração dos dinheiros públicos, controlando os gastos dos diversos ministérios;
− criou novos impostos:
Imposto Complementar sobre o Rendimento;
Imposto Profissional sobre os rendimentos das profissões liberais;
Imposto de Salvação Pública sobre os rendimentos dos funcionários públicos;
Taxa de Salvação Nacional sobre o consumo de açúcar, gasolina e óleos minerais leves;
− aumentou as taxas alfandegárias sobre as importações.
• A neutralidade de Portugal na 2.ª Guerra Mundial foi favorável à manutenção do equilíbrio financeiro:
sem despesas de guerra e aproveitando as necessidades dos países beligerantes, Portugal conseguiu
captar receitas com a dinamização das exportações (volfrâmio, conservas, têxteis) e viu as suas reservas
de ouro crescerem.
↓
EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL → estabilidade monetária, com o escudo a ganhar prestígio no quadro financeiro
europeu
↓
Visto como um “milagre financeiro”, trouxe uma imagem de competência e de credibilidade ao regime e a
Salazar.
A DEFESA DA RURALIDADE
O Estado Novo hostilizava a cidade industrial e, ao invés, privilegiava o mundo rural como expressão dos
valores tradicionais e das virtudes portuguesas. Este apreço pela ruralidade fez com que este regime
consagrasse a agricultura como a principal fonte de prosperidade económica, tendo dedicado uma especial
atenção ao seu desenvolvimento, de forma a relançar a economia, a assegurar a autarcia alimentar, a
contribuir para o equilíbrio financeiro e, ainda, a satisfazer os interesses dos grandes agrários.
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• promoção da colonização interna, pela Junta de Colonização Interna (1936), para fixar a população em
áreas do interior e converter terrenos baldios em terras produtivas;
• lançamento de campanhas de produção, à semelhança do que Mussolini fizera em Itália, com vista ao
desenvolvimento da produção de vinho, de azeite, da cortiça, da batata, da fruta e, sobretudo, do trigo,
evitando as importações.
Através da Campanha do Trigo (1929-1937), o Estado:
− promoveu o alargamento da área de cultura do trigo (sobretudo no Alentejo);
− atribuiu subsídios e prémios para o cultivo do trigo;
− assegurou a aquisição de toda a produção, a preço tabelado, protegendo os produtores;
− estabeleceu a proteção alfandegária à produção nacional;
− promoveu a demonstrações técnicas (uso de máquinas e adubos), a criação de parques de
material agrícola e a seleção técnica de sementes.
Estas medidas, sobretudo a Campanha do Trigo, permitiram o crescimento da produção do trigo, atingindo-
se a autossuficiência, o desenvolvimento de setores agroindustriais (moagem, adubos e alfaias e maquinaria
agrícola) e a redução do desemprego.
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• desenvolvimento de uma política de condicionamento industrial levada a cabo pelo Estado Novo, entre
1931 e 1937, uma política dirigista e anticrise, que subordinou a liberdade dos agentes económicos e a
capacidade de iniciativa privada aos interesses do Estado, limitando o desenvolvimento do setor.
↓
A política de condicionamento industrial tinha como objetivos:
− promover a intervenção do Estado na economia, enquadrando a atuação dos empresários;
− evitar a concorrência estrangeira e garantir o controlo da indústria por nacionais;
− regular a atividade produtiva e a concorrência;
− evitar a superprodução e a quebra de preços;
− atenuar o desemprego e evitar a agitação social.
Apesar de ter surgido como uma política conjuntural anticrise e, por isso, transitória, o condicionamento
industrial acabou por adquirir um caráter definitivo, moldando a estrutura industrial do país, já que
qualquer ação de âmbito industrial dependia da prévia autorização do Estado - para instalar, reabrir,
efetuar ampliações, mudar de local, ser vendida a estrangeiros ou comprar máquinas.
Assim, o condicionamento industrial limitou o desenvolvimento do setor secundário, ao contribuir para:
aumentar a burocracia, dificultando a modernização dos processos tecnológicos;
limitar a livre concorrência, favorecendo a concentração industrial e os monopólios protegidos
pelo Estado, em setores como os adubos e o cimento (exemplo: CUF).
A POLÍTICA COLONIAL
A promulgação do Ato Colonial (1930) reforçou a subordinação das colónias aos interesses da metrópole,
transformando-as num elemento fundamental da política de nacionalismo económico do Estado Novo.
Assim, a integração económica entre a metrópole e as colónias baseou-se em princípios de desigualdade
económico-social, promovendo-se a exploração de produtos primários, constituindo as colónias
reservatórios abastecedores de matérias-primas baratas à metrópole e bloqueando-se o desenvolvimento
industrial das colónias, até à Segunda Guerra Mundial1, impedindo a concorrência à metrópole e servindo de
mercado de escoamento para a produção metropolitana excedentária.
1 Crescimento do peso económico das colónias, durante a Segunda Guerra Mundial, devido ao aumento das reexportações de
produtos coloniais. No mesmo período, teve início a sua industrialização, quer por pressão dos industriais portugueses, quer em
resultado das dificuldades em abastecer os territórios coloniais de produtos manufaturados.
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O PROJETO CULTURAL DO REGIME
O Estado Novo cedo compreendeu que a produção cultural teria de estar subordinada aos imperativos
políticos do regime, com o objetivo de:
- disciplinar os excessos criativos dos intelectuais e artistas que ameaçassem a coesão nacional;
- colocar a produção cultural ao serviço do engrandecimento da Nação e da exaltação do Estado Novo.
Para subordinar a cultura ao Estado, o Estado Novo:
- instituiu a censura sobre toda a atividade cultural para controlar a liberdade criativa;
- criou o Secretariado de Propaganda Nacional (1933) para inculcar nos Portugueses os valores políticos e
morais do Estado Novo e a afirmar Portugal internacionalmente, através do desenvolvimento das artes e
das letras.
No seu propósito de controlar a produção cultural e artística, de forma a “elevar a mente dos Portugueses”,
o Estado Novo concebeu um projeto cultural totalizante, fazendo da cultura e dos seus agentes (escritores,
artistas, etc.) instrumentos privilegiados de propaganda do regime, interna e externamente. Chamou-lhe
“política do espírito” e foi implementada pelo Secretariado de Propaganda Nacional, dirigido por António
Ferro.
Teria de ser uma produção cultural sem grandes pretensões intelectuais, que servisse para inculcar o ideário
do Estado Novo e criar um “estilo português”, valorizando o espírito nacional e a cultura popular e
procurando conciliar o conservadorismo com a estética modernista (ou seja, a tradição e a vanguarda).
Assim, o Estado Novo promoveu os diferentes ramos da produção cultural, ainda que de forma padronizada,
controlando a difusão da informação e a opinião e não permitindo a liberdade criativa (manual, p. 173):
- instituiu prémios literários e artísticos;
- publicou obras propagandísticas;
- promoveu as tradições histórico-culturais e as manifestações culturais de caráter popular (folclore
regional, marchas populares, concursos diversos, cinema ambulante, teatro do povo…);
- organizou salões de pintura, congressos científicos e exposições comemorativas – nomeadamente a
exposição “O Mundo Português” (de 23 junho a 2 dezembro de 1940), com uma forte dimensão
propagandística, enaltecendo a grandeza do Império Português e defendendo os valores nacionais.
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