PLANO ESTRATÉGICO DO

SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL

2020 - 2024

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
CONSELHO SUPERIOR DE ESTATÍSTICA
 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
CONSELHO SUPERIOR DE ESTATÍSTICA

PLANO ESTRATÉGICO
DO SISTEMA ESTATÍSTICO
NACIONAL 2020-2024
INDÍCE

PREFÁCIO ............................................................................................................................................ 8

RESUMO EXECUTIVO ....................................................................................................................... 9

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 12

1. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL ..................................................... 14

1.1. Síntese do Balanço do PE-SEN 2013-2019 .............................................................................. 14

1.1.1. Considerações gerais .......................................................................................................... 14

1.1.2. Resultados da execução do Plano de Acção 2013-2019 .................................................... 15

1.2. Síntese das Forças e Fraquezas do SEN, Ameaças e Oportunidades do seu ambiente ............. 16

1.2.1. Forças e Fraquezas do SEN ................................................................................................ 16

1.2.2. Oportunidades e ameaças do ambiente do SEN ................................................................. 18

1.3. Os principais desafios do SEN .................................................................................................. 19

1.4. Conclusão .................................................................................................................................. 20

2. MISSÃO, PRINCÍPIOS, VALORES E VISÃO DO SEN .............................................................. 21

2.1. Missão do SEN.......................................................................................................................... 21

2.2. Princípios orientadores do SEN ................................................................................................ 21

2.3. Valores fundamentais do SEN .................................................................................................. 24

2.4. Visão do SEN até 2024 ............................................................................................................. 24

3. EIXOS ESTRATÉGICOS ............................................................................................................... 25

3.1. Identificação dos eixos estratégicos .......................................................................................... 25

3.2. Eixos e objectivos estratégicos e objectivos operacionais ........................................................ 25

3.2.1. Eixo estratégico 1: Melhoria da governança e coordenação do SEN ................................. 27

3.2.2. Eixo estratégico 2: Reforço das capacidades do SEN (recursos humanos, financeiros e
materiais) .......................................................................................................................................27

3.2.3. Eixo estratégico 3: Melhoria da cobertura e qualidade da produção estatística ................. 28

3.2.4. Eixo estratégico 4: Melhoria da disseminação, arquivo e uso de estatísticas oficiais e

promoção da cultura estatística .................................................................................................... 29

3.3. Quadro lógico baseado em resultados ....................................................................................... 29

4. PLANO DE ACÇÃO DO PE-SEN 2020-2024 ............................................................................... 34

5. FINANCIAMENTO DO PE-SEN ................................................................................................... 35

5.1. Custo de implementação do PE-SEN 2020-2024 ..................................................................... 35

5.2. Plano de financiamento do PE-SEN 2020-2024 ....................................................................... 37

5.3. Mecanismos e estratégia de mobilização de recursos ............................................................... 38

6. IMPLEMENTACÇÃO, MONITORIA E AVALIACÇÃO, HIPOTÉSES E RISCOS ................... 40

6.1. Princípios orientadores da implementação do PE-SEN ............................................................ 40

6.2 Dispositivo institucional de implementação do PE-SEN ........................................................... 40

6.3. Mecanismo e ferramentas de Monitoria e Avaliação do PE-SEN ............................................ 41

6.4. Hipóteses e riscos de implementação do PE-SEN .................................................................... 42

CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 44

ANEXOS ............................................................................................................................................. 45

ANEXO 1: DIAGNÓSTICO DO SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL .................................. 45

ANEXO 2: PLANO DE ACÇÃO DO PE-SEN 2020-2024 ............................................................ 97

SIGLAS E ABREVIATURAS
ANDA Arquivo Nacional de Dados
BAD Banco Africano de Desenvolvimento
BM Banco de Moçambique
CAE Carta Africana de Estatística
CCRGP Conselho Coordenador de Recenseamento Geral da População
CSE Conselho Superior de Estatística
CUA Comissão da União Africana
DPINE Delegação Provincial do INE
DQAF Esquema de Avaliação da Qualidade dos Dados
ENE Escola Nacional de Estatística
EU União Europeia
FMI Fundo Monetário Internacional
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Estatística
FOFA Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças
GPS Governança, Paz e Segurança
INE Instituto Nacional de Estatística
IPC Índice de Preços no Consumidor
MASA Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar
MCTESTP Ministério da Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional
MEF Ministério da Economia e Finanças
MIMAIP Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas
MINEDH Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
MISAU Ministério da Saúde
MITESS Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social
MOPHRH Ministério das Obras Públicas e Recursos Hídricos
NEPAD Nova Parceria para o Desenvolvimento de África
NU Nações Unidas
ODINE Órgão Delegado do Instituto Nacional de Estatística
ODM Objetivos de Desenvolvimento do Milénio
ODS Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
OMS Organização Mundial da Saúde
ONU Organização das Nações Unidades
PAAO Plano Anual de Actividades e Orçamento
PALOP Países Africanos de Língua Portuguesa
PAM Programa Alimentar Mundial
PARIS 21 Secretariado da Parceria Estatística ao Serviço do Desenvolvimento do Século XXI
PE-SEN Plano Estratégico do Sistema Estatístico Nacional
PFEO Princípios Fundamentais da Estatística Oficial
PIB Produto Interno Bruto
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PQG Programa Quinquenal do Governo
PQG Plano Quinquenal do Governo
PTF Parceiros Técnicos e Financeiros
6
QNGQ Quadro Nacional de Garantia de Qualidade
RAAE Relatório Anual de Actividades Estatísticas
RGPH Recenseamento Geral da População e Habitação
SADC Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
SEA Sistema Estatístico Africano
SEN Sistema Estatístico Nacional
SMS Short Message Service / Serviço de Mensagens Curta
SP-CSE Secretariado Permanente do CSE
SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
UA União Africana
UNFPA Fundo das Nações para a População
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância

7
PREFÁCIO
A informação estatística oficial de qualidade, disseminada em tempo oportuno, é fundamental na
planificação, definição de políticas públicas e na tomada de decisões a vários níveis, particularmente
pelos decisores públicos, que devem fazê-lo com base em evidências. Esse papel assume uma amplitude,
ainda maior, no contexto marcado pela globalização e integração acelerada das economias aos níveis
global, continental e regional. Além disso, as exigências de boa governança, de gestão orientada para
resultados e de controlo do cidadão da acção pública, exigem um quadro eficaz para monitoria e
avaliação de políticas e planos de desenvolvimento, designadamente o Programa Quinquenal do
Governo (PQG), os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda Africana 2063.

Neste contexto, o Sistema Estatístico Nacional (SEN), é chamado a produzir estatísticas fiáveis que respondam
às necessidades dos utilizadores, ou seja, orientadas para satisfazer a procura. Para o efeito, é necessário ter um
quadro estratégico de referência, que defina a visão, os eixos estratégicos, os objetivos específicos e
operacionais e um plano de ação plurianual para o desenvolvimento da produção estatística no País.

A elaboração deste sexto Plano Estratégico do Sistema Estatístico Nacional (PE-SEN) para o período de
2020 a 2024 faz parte dessa dinâmica e está estruturado em torno de quatro eixos estratégicos:

 Eixo estratégico 1: Melhoria da governança e coordenação do SEN;

 Eixo estratégico 2: Reforço das capacidades do SEN (recursos humanos, financeiros e materiais);
 Eixo estratégico 3: Melhoria da cobertura e qualidade da produção estatística;
 Eixo estratégico 4: Melhoria da disseminação, arquivo e uso de estatísticas oficiais e promoção
da cultura estatística.

De forma a materializar esta estratégia, o Governo continuará a empreender esforços para fazer do SEN
uma ferramenta eficiente ao serviço da planificação estratégica do desenvolvimento, do reforço da
cidadania e de apoio à tomada de decisões sustentadas, a todos os níveis.

O Governo aproveita, esta oportunidade, para reafirmar a sua adesão aos Princípios Fundamentais da
Estatística Oficial (PFEO), das Nações Unidas (NU), e à Carta Africana de Estatística (CAE), bem como
a todas as iniciativas internacionais, regionais, sub-regionais, multilaterais e bilaterais em benefício do
desenvolvimento da produção estatística.

Agradeço, a todos os órgãos do SEN e aos Parceiros Técnicos e Financeiros (PTF) pela sua activa e
estreita colaboração no processo de elaboração deste PE-SEN e formulo votos para esta mesma dinâmica
na sua implementação, tornando-o num documento consensual de planificação estratégica para o
desenvolvimento da estatística em Moçambique.

O primeiro Ministro

Carlos Agostinho do Rosário

8
RESUMO EXECUTIVO
O presente PE-SEN para o período 2020 a 2024 é o sexto Plano elaborado na história de planificação
estratégica da actividade estatística de Moçambique, que remonta ao ano de 1997, altura em que foi
elaborado o primeiro plano estratégico, designado por “Linhas Gerais de Actividade Estatística
Nacional”.

À semelhança dos planos anteriores, a elaboração do PE-SEN 2020-2024 resulta de um processo

participativo, incluindo todos os órgãos do SEN, utilizadores e os PTF, seguindo-se as diretrizes
metodológicas do Secretariado da Parceria Estatística ao Serviço do Desenvolvimento do Século XXI
(PARIS21).

A implementação deste PE-SEN possibilitará que os progressos alcançados, nos últimos anos, sejam
consolidados e que as reformas e melhorias necessárias sejam empreendidas para melhor funcionamento
e fortalecimento do SEN, concorrendo, assim, para a produção e disseminação oportuna de dados e
indicadores necessários para a condução de políticas e planos de desenvolvimento e satisfação das
necessidades dos utilizadores, em geral.

Este documento, que define as prioridades nacionais para o desenvolvimento de estatísticas oficiais,
essencialmente, está estruturado em torno de seis capítulos: diagnóstico (resumido) do SEN, visão, eixos
estratégicos, plano de acção para o período 2020-2024, financiamento do SEN (orçamento e plano de
financiamento) e mecanismo de implementação, monitoria e avaliação.

A avaliação do PE-SEN 2013-2019, com uma taxa global de execução de 81,5%, mostra que o efeito
maior, em termos de realização, foi sobre a produção estatística, com maior enfoque para o desempenho
do INE. No que se refere ao reforço da capacidade institucional, o PE-SEN 2013-2019 não teve qualquer
impacto ao nível da governança do SEN, devido, fundamentalmente, à falta de revisão e implementação
de uma nova legislação estatística, continuando o SEN a ser regido pela respectiva Lei de Bases, com
mais de 23 anos de vigência.

A análise diagnóstica destacou os principais pontos fortes e as fraquezas do SEN, as oportunidades e

ameaças do seu ambiente. Este estudo mostra que o SEN fez, nos últimos anos, progressos em termos de
produção e difusão de estatísticas e que há considerável diversificação de produtos estatísticos. No
entanto, permanecem, em relevo, desafios importantes, nomeadamente a necessidade de revisão da
legislação de base da estatística, de garantir a sustentabilidade do financiamento do SEN, o reforço e
formação, inicial e contínua, dos recursos humanos, o alargamento da cobertura da produção estatística
para outras áreas relevantes.

Confrontado com estes desafios e na linha da modernidade que se pretende, a Visão de desenvolvimento
do SEN, até 2024, é de «Ser um Sistema Estatístico Nacional moderno, sustentável e credível, que

9
cumpre os mais elevados padrões de qualidade, na produção, análise e difusão de estatísticas oficiais
que satisfaça as necessidades dos utilizadores.»

A estratégia definida para a realização da Visão é articulada em torno de quatro pilares ou eixos, que são
os seguintes: Eixo estratégico 1: Melhoria da governança e coordenação do SEN; Eixo estratégico 2:
Reforço das capacidades do SEN (recursos humanos, financeiros e materiais); Eixo estratégico 3:
Melhoria da cobertura e qualidade da produção estatística; e Eixo estratégico 4: Melhoria da
disseminação, arquivo e uso de estatísticas oficiais e promoção da cultura estatística.

Esses eixos de intervenção estão divididos em oito objectivos estratégicos e vinte e três objectivos
operacionais. Os objetivos operacionais definidos no Eixo 1 visam rever a legislação estatística, renovar
e melhorar o enquadramento institucional e performance do órgão produtor central, melhorar a
organização e o desenvolvimento da produção estatística sectorial e fortalecer a coordenação,
cooperação e parceria. No Eixo 2, os objetivos operacionais estão voltados para a remoção das restrições
relacionadas aos recursos humanos, financeiros e materiais do SEN. Concentram-se em melhorar a
quantidade e a qualidade dos recursos humanos e a sua gestão adequada, garantir o financiamento perene
do SEN, através da criação e operacionalização de um Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Estatística (FNDE), e reforçar as capacidades materiais do SEN. Os objetivos operacionais do Eixo 3
centram-se na melhoria da produção estatística em quantidade e qualidade, de forma regular, e utilizando
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Finalmente, os objectivos operacionais do Eixo 4
visam garantir o uso de TIC para melhorar a disseminação e arquivo de dados, a valorização da
informação estatística, por meio do seu uso, e promover a cultura estatística.

Com base nos princípios de Gestão Baseada em Resultados, os objetivos operacionais foram divididos
em resultados a serem alcançados por meio da realização de actividades, conforme detalhado no Plano
de Acção do PE-SEN 2020-2024 (Anexo 2).

O custo total da implementação do Plano de Acção do PE-SEN 2020-2024 é estimado em 10.596.080,84

Mil Meticais MZM, equivalente a 170.904,53 Mil USD.

A responsabilidade pela implementação do PE-SEN 2020-2024 e pelo sucesso do processo recai sobre
todos os órgãos do SEN. A estrutura institucional de implementação é constituída pelo Conselho
Superior de Estatística (CSE), o órgão superior de coordenação da elaboração, monitoria e avaliação do
PE-SEN, o Secretariado Permanente do CSE (SP-CSE), responsável pela supervisão e a gestão técnica
das actividades do PE-SEN, e o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Banco de Moçambique e os
Órgãos Delegados do INE (ODINE), que asseguram a execução directa das actividades das áreas de sua
competência.

Os instrumentos de Monitoria e Avaliação são os seguintes: o Plano Anual de Actividades e Orçamento

(PAAO) do SEN, o Relatório Anual de Actividades Estatísticas (RAAE) do SEN, Relatórios Trimestrais

10
de Progresso, o Balanço de Implementação do PE-SEN, Avaliação intermedia e Avaliação Final do PE-
SEN.

Os principais riscos relacionados com a implementação do PE-SEN 2020-2024 são, nomeadamente, os

seguintes: (i) a insuficiência de recursos financeiros para a realização das principais actividades
estatísticas programadas, designadamente recenseamentos e inquéritos de grande envergadura, (ii) a
persistência de forte dependência de financiamento externo para a realização de grandes operações
estatísticas (recenseamentos e inquéritos especiais), (iii) a demora na disponibilização de recursos
financeiros alocados às actividades estatísticas e restrições orçamentais, (iv) a não criação de um FNDE
para o financiamento perene da actividade estatística oficial no País, (v) a insuficiência de recursos
humanos em quantidade e qualidade, que pode condicionar, negativamente, a obtenção de resultados,
(vi) a mobilidade de quadros estatísticos qualificados do SEN, face a ausência de um estatuto especial,
prejudicial à manutenção e capitalização de experiências adquiridas, e (vii) a deficiente coordenação
entre o INE e os ODINE.

11
INTRODUÇÃO
No quadro da elaboração, implementação, monitoria e avaliação de políticas públicas e dos
compromissos internacionais, regionais e sub-regionais de Moçambique, o SEN é solicitado a produzir
dados estatísticos de qualidade, em todos os sectores da vida económica e social. A emergência de novas
necessidades de dados estatísticos (procura estrutural e conjuntural) determina que haja um reforço das
capacidades do SEN, com vista a responder a esses desafios e, para o efeito, uma planificação
estratégica da actividade estatística oficial é crucial.

Moçambique já tem experiência no processo de planificação estratégica da actividade estatística, no

âmbito do SEN, que remonta ao ano de 1997, altura em que foi elaborado o primeiro plano estratégico,
designado por “Linhas Gerais de Actividade Estatística Nacional”. Em 2002, foi elaborado o segundo
plano estratégico para vigorar no quinquénio de 2003‐2007. Posteriormente, foi elaborado o Plano
Estratégico 2008‐2012.

Em 2012, foi elaborado e aprovado o PE-SEN 2013-2017 que além de consolidar os objectivos do
quinquénio (2008‐2012), tinha como maior desafio, a modernização dos processos de produção
estatística, fortalecendo, assim, a capacidade de produção estatística ao nível dos Distritos, das
Províncias e dos Municípios, de forma a responder às necessidades de informação estatística no processo
de governação e desenvolvimento local.

O objectivo central foi de ter um SEN moderno, organizado e alinhado ao novo paradigma definido pela
CAE, com ênfase, ao forte envolvimento direto dos utilizadores e tendo como suporte um novo quadro
legal do SEN.

Em 2015, o PE-SEN 2013-2017 foi sujeito a uma avaliação externa, de meio-termo, levada a cabo por
uma missão conjunta de representantes de PARIS21, do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e
de Estatística da Noruega (Statistics Norway), a qual recomendou que o período de cobertura do PE-
SEN fosse alargado até 2019, de modo a assegurar o alinhamento com o Programa Quinquenal do
Governo (PQG).

Apesar dos progressos alcançados no decorrer da implementação do PE-SEN 2013-2019, o SEN, ainda,
enfrenta grandes desafios no seu processo de desenvolvimento e consolidação.

É neste contexto que o SEN decidiu elaborar, sob a responsabilidade do INE, um novo plano estratégico
para o período 2020-2024, o qual leva em consideração as recomendações da referida avaliação e as
fraquezas detectadas durante a execução do PE-SEN 2013-2019.

A nova estratégia para o desenvolvimento da estatística visa, entre outros objectivos, consolidar as
conquistas alcançadas na vigência do PE-SEN 2013-2019 e corrigir as deficiências verificadas na sua
implementação. Especificamente, o PE-SEN 2020-2024 deve (i) contribuir para tornar o SEN

12
sustentável em termos de produção de estatísticas, necessárias à formulação, monitoria e avaliação das
estratégias de desenvolvimento do país, com destaque para a Agenda 2025 e a Estratégia Nacional de
Desenvolvimento 2015-2035. Adicionalmente, deve contribuir para a monitoria dos compromissos
internacionais, regionais e sub-regionais do País (Agenda 2030, Agenda 2063, etc.), (ii) promover um
adequado planeamento e coordenação da actividade estatística, (iii) oferecer ao Governo e aos parceiros
de desenvolvimento um melhor quadro que facilite o financiamento da actividade estatística, (iv) servir
de documento de excelência para o diálogo e concertação entre os diferentes órgãos do SEN com o
Governo e os PTF.

Este novo PE-SEN, para o período 2020-2024, leva em consideração a avaliação do PE-SEN 2013-2019,
o estado actual do SEN, as suas forças e fraquezas, as oportunidades que se lhe ofereçam e as ameaças
que com que se depara. Apresenta um quadro detalhado e abrangente para avaliar, continuamente, as
crescentes necessidades dos utilizadores e reforçar as capacidades do SEN para responder essas
prioridades, de forma coordenada, sinérgica e eficaz. Fornece, também, um quadro para mobilizar
recursos nacionais e internacionais e constitui a base para uma gestão estratégica de um SEN eficaz e
orientado para resultados.

Em conformidade com as directrizes metodológicas de PARIS21, a elaboração do PE-SEN 2020-2024

seguiu as seguintes fases consecutivas:

 Realização de actividades preparatórias que culminaram com o lançamento do processo de

elaboração da PE_SEN;
 Realização do diagnóstico do SEN e o balanço do PE-SEN 2013-2019;
 Definição da Visão e das Orientações Estratégicas;
 Elaboração do Plano de Acção 2020-2024; e
 Redação do PE-SEN

O presente documento está estruturada em torno de sete capítulos, a saber:

1. Diagnóstico do SEN;
2. Missão, princípios, valores e visão da SEN;
3. Eixos estratégicos;
4. Plano de Ação do PE-SEN 2020-2024;
5. Financiamento do PE-SEN; e
6. Implementação, monitoria e avaliação, hipóteses e riscos.

13
1. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL
O diagnóstico do SEN e o balanço da implementação do PE-SEN 2013-2019, aqui apresentados,
resumem o relatório «Diagnóstico do Sistema Estatístico Nacional, 2013-2019», no Anexo 1 ao presente
documento, do qual faz parte integrante.

1.1. Síntese do Balanço do PE-SEN 2013-2019

1.1.1. Considerações gerais

O PE-SEN 2013-2017 definiu a seguinte visão de desenvolvimento do SEN: “Ser a principal referência
estatística para o desenvolvimento nacional.” Para a materialização desta visão, o PE-SEN propôs 4
Temas Estratégicos, a saber:

 Tema 1: Produção e disseminação de estatísticas de qualidade

 Tema 2: Coordenação da produção de estatísticas de qualidade
 Tema 3: Capacitação institucional sustentável
 Tema 4: Promoção duma cultura estatística

Para cada Tema, foram associadas Áreas de Intervenção, no total de 16, das quais cinco para o Tema 1,
duas para o Tema 2, seis para o Tema 3 e três para o Tema 4.

Conforme já referido, em 2015, o PE-SEN 2013-2017 foi sujeito a uma avaliação externa, de meio-
termo, levada a cabo por uma missão conjunta de representantes de PARIS 21, do BAD e de Estatística
de Noruega (Statistics Norway), a qual recomendou que o período da sua vigência fosse alargado até
2019, “para estar em consonância com o fim do período do PQG [2015-2019]”, o que efectivamente
aconteceu. Consequentemente, os quatro temas e as várias áreas de intervenção para cada tema, foram
reformulados e agrupados em dois Objectivos Estratégicos, nomeadamente:

 Objectivo Estratégico 1: Produzir e disseminar, com qualidade, estatísticas demográficas, sociais,

vitais, económicas, de governação, de género e do ambiente para planificação e monitoria dos
programas de desenvolvimento nacional;
 Objectivo Estratégico 2: Fortalecer a capacidade institucional, através da gestão,
desenvolvimento de recursos humanos, coordenação interinstitucional, com recurso às novas
tecnologias e metodologias de produção estatística.

Ao nível dos Objectivos Estratégicos foram definidos 9 Objectivos Específicos, dos quais três para o
Objectivo Estratégico 1 e seis para o Objectivo Estratégico 2.

14
1.1.2. Resultados da execução do Plano de Acção 2013-2019
A implementação do PE-SEN 2013-2019 permitiu que o SEN alcançasse resultados significativos em
termos de produção estatística e do reforço da capacidade institucional, embora não no nível desejável,
sobretudo, no que se refere à governança do SEN.

Globalmente, no total de 191 actividades programadas no Plano de Acção do PE-SEN 2013-2019, a taxa
de execução até Julho de 2019, foi de 81,5%, dos quais 84,9% para o Objectivo Estratégico 1 e 78,2%
para o Objectivo Estratégico 2, como evidencia a Tabela a seguir.

Tabela 1: Taxa de execução do Plano de Acção do PE-SEN 2013-2019 por eixo estratégico
Taxa de
Objectivos Estratégicos do PE-SEN 2013-2019
execução
Objectivo Estratégico 1: Produzir e disseminar, com qualidade, estatísticas demográficas, sociais,
vitais, económicas, de governação, de género e do ambiente para planificação e monitoria dos 84,9%
programas de desenvolvimento nacional:
Objectivo Estratégico 2: Fortalecer a capacidade institucional, através da gestão, desenvolvimento
de recursos humanos, coordenação interinstitucional, com recurso às novas tecnologias e 78,2%
metodologias de produção estatística.
Taxa total Plano de Acção 2013-2019 81,5%

Pode-se verificar que o efeito maior, em termos de realização do PE-SEN 2013-2019, foi sobre a
produção estatística, ou seja, no Objectivo Estratégico 1, com cerca de 85%, com maior enfoque a
performance do INE. Houve um progresso assinalável ao nível da realização de grandes operações
estatísticas, da produção e difusão das estatísticas económicas e das estatísticas demográficas e sociais, o
que permite ter um manancial considerável de informações estatísticas para a satisfação das
necessidades dos utilizadores, nesses domínios estatísticos. Assim, ao nível dos Objectivos Específicos
1.1 (Produzir e disseminar os resultados das grandes operações estatísticas), 1.2. (Produzir e disseminar
estatísticas económicas, sectoriais e ambientais) e 1.3. (Produzir estatísticas demográficas, vitais e
sociais correntes), obteve-se como taxas de execução, respectivamente, de 71,7%, 81,3% e 96,2%
(Tabela 13, em anexo).

No que se refere ao reforço da capacidade institucional (Objectivo Estratégico 2), com uma taxa de
execução de 78,2%. Os melhores resultados verificam-se nos Objectivos Específicos 2.1 (Estabelecer
um quadro de recursos humanos com motivação e competências técnicas adequadas para o
desenvolvimento de estatísticas do SEN), 2.3. (Manter um quadro de recursos financeiros e materiais
necessários à realização da visão e missão do SEN), 2.4. (Assegurar um sistema de gestão integrada e
coordenação estatística) e 2.5. (Promover a Cultura Estatística Nacional), com taxas de execução,
respectivamente, de 84,6%, 88,9%, 77,3% e 77,1%. Dentro deste último objectivo especifico, (2.5),

15
destacam-se as actividades de Relações Externas no seio do SEN, com níveis de execução superior a
95%.

O baixo desempenho, em termos de realização, verificou-se no Objectivo Específico 2.2. (Criar e manter
um sistema robusto de tecnologia informática assente numa arquitetura de gestão de bases de dados e
Web para recolher, compartilhar, aceder e disseminar informação estatística), com uma taxa de execução
de 58,1%.

Importa referir que a implementação do PE-SEN 2013-2019 não teve qualquer impacto ao nível da
governança do SEN, devido, fundamentalmente, à não revisão e implementação da nova legislação
estatística. Por isso, como se depreende de uma das quatro actividades previstas para o Objectivo
Específico 2.5.2 (Consolidação do Quadro Legal do SEN), a taxa de execução foi relativamente baixa,
ou seja, 50%. Assim, verifica-se que o SEN continua a ser regido pela mesma lei, com mais de 23 anos.

Neste contexto, a implementação do PE-SEN 2020-2024 deve poder maximizar e consolidar os ganhos
obtidos e enfrentar desafios actuais com que o SEN se depara, tendo em vista um desenvolvimento ainda
mais robusto e sustentável.

1.2. Síntese das Forças e Fraquezas do SEN, Ameaças e Oportunidades do seu

ambiente
A análise do desempenho do SEN, feita através da aplicação do método SWOT (Strengths, Weaknesses,
Opportunities and Threats) ou FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), permitiu realçar
as realizações a serem consolidadas e as fraquezas a serem atenuadas, bem como o ambiente em que o
SEN actua, visando a tomada de medidas apropriadas para a sua melhoria contínua.

1.2.1. Forças e Fraquezas do SEN

A existência de um plano estratégico representa um meio eficaz de coordenação estatística do SEN entre
os produtores, por um lado, e entre os produtores e os utilizadores, por outro lado. É, igualmente, um
instrumento de diálogo permanente entre os órgãos do SEN, o Estado e os PTF. Ao longo dos anos, o
SEN teve muitos progressos, que é necessário consolida-los. Contudo, persistem-se-lhe algumas
debilidades a serem colmatadas e/ou eliminadas. Resumidamente, as principais forças e fraquezas do
SEN são as seguintes:

a) Forças
 Ratificação da CAE pelo País;
 Realização regular das reuniões do CSE, enquanto órgão de orientação e coordenação do SEN,
onde pode-se discutir e tomar decisões importantes para todo o SEN;

16
 Relativa autonomia do INE, enquanto órgão central do SEN em termos de produção e difusão de
estatísticas oficiais;
 Existência de serviços estatísticos sectoriais (ODINE) importantes, o que facilita o processo de
descentralização das estatísticas;
 Existência do PE-SEN 2013-2019;
 Boa relação e clima de confiança entre o SEN, sobretudo o INE, com os PTF, fundamental para o
desenvolvimento da estatística;
 Crescente financiamento da actividade estatística oficial pelo Estado, através da dotação pública;
 Abertura e disponibilidade dos parceiros externos para financiar as actividades estatísticas;
 Existência de um portfólio importante de dados recolhidos;
 Produção regular de estatísticas económicas, sociodemográficas e sobre condições de vida dos
agregados familiares;
 Boa experiência na condução de grandes operações estatísticas, nomeadamente no seio do INE,
graças a realização de vários inquéritos e recenseamentos, onde se destaca o Recenseamento
Geral da População e Habitação (RGPH);
 Utilização de novos meios (internet/redes sociais, Imprensa) para a difusão de dados estatísticos;
 Existência de um Calendário de Publicações Estatística para todo o SEN.

b) Fraquezas
 Desactualização da legislação de base da estatística;
 Deficiente coordenação técnica e operacional entre o INE e os ODINE;
 Ausência de um dispositivo de monitoria e avaliação das actividades do SEN;
 Deficientes mecanismos de Monitoria e Avaliação da implementação do PE-SEN 2013-2019 e
das agendas internacionais;
 Défice quantitativo e qualitativo de recursos humanos nos órgãos do SEN;
 Ausência de uma política de gestão de recursos humanos (incluindo um plano de formação inicial
e contínua) para todo SEN;
 Fraca motivação dos recursos humanos dos órgãos produtores do SEN (INE e ODINE);
 Forte dependência, especialmente o INE, do financiamento externo (dos PTF), nomeadamente
para a realização de operações estatísticas (inquéritos especiais e recenseamentos);
 Ausência de organigrama-tipo que especifique as atribuições e o funcionamento dos ODINE nos
departamentos ministeriais de que dependam;
 Existência de áreas não cobertas ou insuficientemente cobertas pela produção estatística;
 Inexistência de estratégias sectoriais de desenvolvimento da estatística, na maior parte dos casos;
 Fraca produção estatística ao nível dos serviços estatísticos sectoriais (ODINE);
17
  Inexistência de uma política de gestão da qualidade no âmbito do SEN;
 Ausência de uma política formal de difusão de dados e micro-dados para o SEN;
 Deficiente produção de estatísticas de base, ao nível das Províncias (estatísticas territoriais);
 Inexistência de uma política de comunicação e sensibilização para todo o SEN;
 Deficiente aproveitamento das potencialidades das TIC para a produção estatística;
 Ausência de interconexão ou intranet entre o INE e alguns serviços estatísticos de base territorial
(Delegações Provinciais);
 Não interligação entre as bases de dados do INE e as dos demais órgãos produtores do SEN;
 Ausência de um mecanismo de intercâmbio de dados entre os órgãos do SEN;
 Ausência de formação dos utilizadores para melhor uso dos dados estatísticos;
 Fraca cultura estatística;
 Infraestruturas físicas não adequadas nas Delegações Provinciais do INE (DPINE).

1.2.2. Oportunidades e ameaças do ambiente do SEN

Actualmente, há muitas oportunidades que o SEN pode capitalizar para enfrentar as ameaças a que está
exposto e, assim, potenciar o seu desempenho.

a) Oportunidades

As principais oportunidades que se colocam ao SEN são as seguintes:

 A promoção da gestão orientada para resultados;

 A elaboração e implementação pelo país da Agenda 2025 e da Estratégia Nacional de
Desenvolvimento 2015-2035, onde o SEN é chamado a produzir informações necessárias para a
monitoria e avaliação;
 A Agenda 2030 das NU, à Agenda 2063 da União Africana (UA) e o Plano de Desenvolvimento
Regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), as quais o país é
signatário e onde o INE é desafiado a produzir informações necessárias a monitoria destas
agendas, bem como outros, aos níveis regionais e sub-regionais;
 A existência de uma boa rede de PTF (PNUD, UNFPA, UNICEF, OMS, PAM, UE, FMI, Banco
Mundial, BAD, DFID, PARIS21, OECD, Agência Italiana de Cooperação, Cooperação Sueca,
Cooperação Norueguesa, Cooperação Canadiana e Cooperação Portuguesa), disponíveis em
apoiar o desenvolvimento da estatística em Moçambique;
 Existência de iniciativas internacionais e regionais, propícios ao reforço das capacidades do SEN
(PARIS 21, Nações Unidas, BAD, União Africana, SADC etc.);
 A existência da Escola Nacional de Estatística (ENE) que, bem explorada e dinamizada, pode
potenciar o desenvolvimento das capacidades no SEN;
18
  A adopção da CAE pela UA, como marco regulatório para o desenvolvimento da estatística no
continente;
 O desenvolvimento das TIC.

b) Ameaças

As principais ameaças que podem comprometer o desenvolvimento do SEN são as seguintes:

 A não revisão da legislação estatística;

 Restrições orçamentais;
 A dependência do SEN, sobretudo o INE, de financiamento externo (dos PTF);
 A não criação de um FNDE, tal como recomendado na CAE;
 A não implementação da recomendação da UA sobre a alocação dos 0,15% do orçamento de
estado ao desenvolvimento da estatística;
 O não reforço de recursos humanos do SEN, em quantidade e qualidade, o que pode constituir
um obstáculo ao desenvolvimento da produção estatística e melhoria da sua qualidade.

1.3. Os principais desafios do SEN

No quadro da implementação do PE-SEN 2020-2024, os desafios a enfrentar, com vista ao melhor
desempenho do SEN, são importantes. Para este efeito, as seguintes orientações vão permitir a
consolidação dos ganhos ou vantagens, atenuar as fraquezas, afastar as ameaças e aproveitar as
oportunidades:

 A revisão da legislação de bases do SEN, alinhando-a com a CAE;

 O reforço, em quantidade e qualidade, dos recursos humanos do SEN;
 A implementação de uma gestão centralizada dos recursos humanos do SEN;
 A aprovação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), atractivo, para os recursos
humanos do SEN (INE e ODINE);
 A elaboração e execução de um plano de formação, inicial e contínua, para todo o SEN;
 A criação e implementação de um FNDE, tal como recomendado na CAE, com vista à garantia
da sustentabilidade e perenidade do financiamento do SEN, prioritariamente, através da dotação
pública;
 A implementação da recomendação da UA sobre a alocação de 0,15 do orçamento do Estado ao
desenvolvimento da estatística;
 O desenvolvimento de um Quadro Nacional de Indicadores e produção regular, em todas as áreas
e dentro dos prazos, dos indicadores para monitoria e avaliação da Agenda 2025, da Estratégia de
Desenvolvimento Nacional 2015-2035, para a monitoria dos Objectivos de Desenvolvimento

19
 Sustentável (ODS), da Agenda 2063, do Plano de Desenvolvimento Regional da SADC, bem
como para a satisfação de todos os outros utilizadores;
 A monitoria e avaliação da implementação do PE-SEN 2020-2024;
 A melhoria da coordenação técnica entre o INE e os ODINE;
 A melhoria da produção estatística (incluindo a qualidade) ao nível sectorial e regional;
 O alargamento da produção estatística a outras áreas não cobertas ou insuficientemente cobertas
pela produção estatística, como, por exemplo, Governança, Paz e Segurança (GPS), ambiente;
 A revisão do mandato estatístico dos actuais ODINE e a delegação de competências estatísticas
noutros serviços públicos sectoriais relevantes, se assim se justificar;
 A definição de uma política de difusão de dados e micro-dados para todo o SEN;
 A elaboração e adopção de um Quadro Nacional de Garantia da Qualidade (QNGQ) para o SEN,
com vista à melhoria da qualidade dos dados estatísticos produzidos, bem como para o reforço da
confiança dos utilizadores em relação às estatísticas oficiais do País;
 A criação e operacionalização de um Portal de Dados do SEN para a centralização e divulgação
de toda a informação produzida;
 A massificação, no seio do SEN, da utilização de TIC, mediante a implementação de um plano
específico, visando a melhoria da produção e a difusão dos dados estatísticos;
 A interligação das bases de dados dos ODINE com as do INE;
 A promoção da utilização de estatísticas oficiais nos processos de decisão e no exercício da
cidadania (promoção de cultura estatística);
 A realização regular de inquéritos à satisfação dos utilizadores.

1.4. Conclusão
O SEN fez nos últimos anos progressos em termos de produção e difusão de estatísticas, em que há
considerável diversificação de produtos estatísticos. No entanto, permanecem, em relevo, desafios
importantes que exigem maior priorização política com o desenvolvimento da estatística, o que requer,
necessariamente, mas não só, a revisão da legislação de base, da estatística. Trata-se de um requisito
importante para a modernização e melhor funcionalidade do SEN. Também será fundamental garantir a
sustentabilidade do seu financiamento, o reforço e formação, inicial e contínua, dos recursos humanos, o
alargamento da cobertura da produção estatística em algumas áreas relevantes, etc.

20
2. MISSÃO, PRINCÍPIOS, VALORES E VISÃO DO SEN

2.1. Missão do SEN

A missão preconizada para o SEN é de “Responder, em tempo oportuno, às necessidades de informação
dos utilizadores e promover a cultura estatística nacional”.

Para cumprir a missão, nos termos da respetiva Lei de Bases (artigo 4.º), são objectivos do SEN:
- Garantir a recolha, tratamento, análise e difusão da informação estatística necessária ao País, para
orientar o seu desenvolvimento socio-económico nos seus diferentes níveis;
- Optimizar a utilização dos recursos humanos, técnicos, financeiros e materiais na produção das
estatísticas oficiais e no desenvolvimento da actividade estatística nacional, evitando duplicação
de esforços e a consequente delapidação de recursos;
- Fomentar o interesse da população, das instituições públicas e privadas e das empresas na
actividade estatística nacional, a fim de promover a sua participação e colaboração na recolha de
dados estatísticos pertinentes, fidedignos e oportunos;
- Promover a análise e a utilização da informação estatística oficial entre as instituições públicas e
privadas e a comunidade em geral, para um melhor conhecimento objectivo da realidade
nacional, como instrumento fundamental para a tomada de decisões a todos os níveis;
- Garantir o funcionamento de um sistema nacional de informação económica, social e
demográfica de base estatística oficial, capaz de satisfazer as necessidades dos diferentes
utilizadores; e
- Estimular e promover, com carácter permanente, a formação e o aperfeiçoamento profissional do
pessoal afecto à actividade estatística oficial.

2.2. Princípios orientadores do SEN

A CAE estabelece que os organismos do Sistema Estatístico Africano e os funcionários africanos da
estatística, bem como todos os que trabalham na área da estatística aos níveis nacional, regional e
continental, devem respeitar os PFEO das NU e aplicar os princípios de boas práticas que nela foram
erigidos (Quadro 1). Este importante instrumento, que foi ractificado por Moçambique em 2011, está em
vigor desde 2015.

21
Quadro 1: Princípios da Carta Africana de Estatística
PRINCÍPIO 1: Independência Profissional
• Independência científica: As autoridades estatísticas devem poder exercer as suas actividades de acordo com o princípio de
independência científica, em particular no que diz respeito ao poder político e qualquer grupo de interesse; isto significa que
os métodos, conceitos e nomenclaturas utilizados para a execução de uma operação estatística somente deverão ser escolhidos
pelas autoridades estatísticas, sem nenhuma influência de qualquer natureza e no respeito das normas de ética e de boa
conduta;
• Imparcialidade: As autoridades estatísticas devem produzir, analisar, divulgar e comentar as estatísticas africanas no respeito
da independência científica e de uma forma objetiva, profissional e transparente;

• Responsabilidade: As autoridades estatísticas e os respetivos peritos africanos devem recorrer a métodos de recolha,
tratamento, análise e apresentação de dados estatísticos claros e pertinentes. Além disso, as autoridades estatísticas têm o
direito e o dever de fazer observações sobre as interpretações erradas e o uso abusivo das informações estatísticas que
divulgam;
• Transparência: Para facilitar uma interpretação correta de dados, as autoridades estatísticas devem fornecer, em função das
normas científicas, informações sobre as fontes, os métodos e os procedimentos que utilizam. Os documentos legislativos, os
regulamentos e todas as disposições que regem o funcionamento dos sistemas estatísticos devem ser do conhecimento do
público.

PRINCÍPIO 2: Qualidade
• Pertinência: As estatísticas africanas devem responder às necessidades dos utilizadores;
• Perenidade: As estatísticas africanas devem ser conservadas de uma forma tão detalhada quanto possível a fim de garantir a
sua utilização pelas gerações futuras, preservando os princípios de confidencialidade e de proteção das pessoas que tenham
respondido aos inquéritos;
• Fontes de dados: Os dados utilizados para fins estatísticos podem ser tirados de diferentes fontes, quer se trate de
recenseamentos, inquéritos e estatísticas e/ou ficheiros administrativos. Os organismos responsáveis pela estatística devem
escolher a sua fonte, tendo em conta a qualidade de dados que podem ser obtidos, a sua actualidade e muito em particular o
peso que tem nas pessoas inquiridas e o seu custo para os doadores. A utilização, pelas autoridades estatísticas, de ficheiros
administrativos para fins estatísticos, deve ser garantida pelo direito positivo, sob a reserva de confidencialidade;
• Exatidão e fiabilidade: As estatísticas africanas devem refletir a realidade com exatidão e fiabilidade;
• Continuidade: As autoridades estatísticas devem garantir a continuidade e a comparabilidade no tempo das informações
estatísticas;
• Coerência e comparabilidade: As estatísticas africanas devem apresentar uma coerência interna no tempo e permitir a
comparação entre as regiões e os países; para o efeito, deverá ser possível combinar e utilizar conjuntamente dados conexos
provenientes de fontes diferentes. Os conceitos, classificações, terminologias e métodos estabelecidos e reconhecidos ao nível
internacional devem ser utilizados;
• Pontualidade: As estatísticas africanas devem ser divulgadas em tempo útil e, na medida do possível, respeitando um
calendário anunciado com antecedência;
• Actualidade: As estatísticas africanas devem tomar em consideração os acontecimentos correntes e de actualidade;

• Especificidades: Os métodos de produção e análise da informação estatística devem tomar em conta as especificidades
africanas;
• Sensibilização: Os Estados-Partes devem sensibilizar o público, em particular os fornecedores de dados estatísticos sobre a
importância da estatística.

PRINCÍPIO 3: Mandato para a recolha de dados e recursos

• Mandato: As autoridades estatísticas devem dispor de um mandato legal claro que as habilitam a proceder à recolha de dados
para as necessidades da produção de estatísticas africanas. A pedido das autoridades estatísticas, as Administrações Públicas,
as empresas, a sociedade civil e as famílias bem como o grande público podem ser obrigados pelo direito positivo a permitir o
acesso a dados ou a fornecer dados para a elaboração das estatísticas africanas;
• Adequação de recursos: Na medida do possível, os recursos de que dispõem as autoridades estatísticas devem ser suficientes e
estáveis para permitir dar resposta às necessidades estatísticas exigidas aos níveis nacional, regional e continental. A
disponibilização desses recursos é da inteira responsabilidade dos governos dos Estados-Partes;
• Relação custo/benefício: Os recursos devem ser utilizados de uma forma eficiente pelas autoridades estatísticas. Isso
pressupõe, em particular, que as operações sejam, na medida do possível, programadas racionalmente. Na preocupação de

22
 reduzir o fardo que pesa sobre as pessoas inquiridas e evitar, tanto quanto possível, inquéritos diretos dispendiosos, tudo deve
ser feito para melhorar a produção e o uso de estatísticas contidas em ficheiros administrativos.

PRINCÍPIO 4: Divulgação
• Acessibilidade: Não deve haver nenhuma retenção das estatísticas africanas. Este direito de acesso para todos os utilizadores,
sem nenhuma restrição, deve ser garantido pelo direito positivo. Os micro-dados podem ser postos à disposição dos
utilizadores, desde que as leis e os procedimentos claramente definidos sejam respeitados e que seja mantida a
confidencialidade.
• Concertação com os utilizadores: Devem ser estabelecidos mecanismos de concertação com todos os utilizadores das
estatísticas africanas, sem nenhuma discriminação, de modo a assegurar a adequação da informação estatística às suas
necessidades.
• Clareza e compreensão: As estatísticas africanas devem ser apresentadas com clareza e compreensão, divulgadas de uma
forma prática e adaptada, disponíveis e acessíveis para todos, devendo ser acompanhadas de meta-dados necessários e
comentários analíticos;
• Simultaneidade: As estatísticas africanas são divulgadas de maneira que todos os utilizadores possam ter o seu conhecimento
em simultâneo. Se algumas autoridades receberem informações prévias sob embargo para poderem preparar-se para
responder a eventuais questões, a natureza das informações e dos comunicados, a identidade dos destinatários e o período que
decorre antes da divulgação pública devem ser anunciados publicamente.
• Retificação: As autoridades estatísticas devem retificar os resultados das publicações com erros significativos, utilizando os
padrões práticos em matéria de estatística ou, em casos muito graves, suspender a divulgação, devendo informar claramente
os utilizadores os motivos da retificação ou da suspensão.

PRINCÍPIO 5: Proteção de dados individuais, fontes de informação e pessoas inquiridas

• Segredo da estatística: A proteção da vida privada ou do segredo dos assuntos dos fornecedores de dados (famílias, empresas,
administrações e pessoas inquiridas), a confidencialidade das informações fornecidas e a sua utilização para fins estritamente
estatísticos devem ser garantidos pelas autoridades estatísticas e pelos profissionais da área bem como por todos os que
trabalham na matéria da estatística em África;
• Informação para os fornecedores de dados: As pessoas físicas ou morais interrogadas durante os inquéritos estatísticos devem
ser informadas sobre a finalidade do questionário a que são submetidas assim como as medidas adotadas em matéria da
proteção dos dados fornecidos;
• Finalidade: Os dados relativos a pessoas físicas ou morais recolhidos para fins estatísticos não podem em nenhum caso ser
utilizados para fins de repressão ou processo judiciais e, de uma forma geral, a tomada de medidas administrativas contra
essas pessoas;
• Racionalidade: As autoridades estatísticas apenas deverão realizar inquéritos quando as informações de origem administrativa
não estiverem disponíveis ou quando a sua qualidade não for suficiente com respeito às exigências da qualidade da
informação estatística.

PRINCÍPIO 6: Coordenação e Cooperação

• Coordenação: A coordenação e a colaboração entre as diferentes autoridades estatísticas do mesmo país são indispensáveis
para assegurar a coerência e a qualidade da informação estatística. De igual modo, a concertação e o diálogo entre todos os
membros do Sistema da Estatística Africana são essenciais para a harmonização, produção e utilização das estatísticas
africanas;
• Cooperação: A cooperação bilateral e multilateral na área de estatística deve ser encorajada para contribuir para a melhoria
dos sistemas de produção das estatísticas africanas.

23
Neste contexto, durante a implementação do PE-SEN 2020-2024, o SEN reforçará o respeito por esses
princípios que orientam o exercício da actividade estatística oficial.
De igual modo, a Lei de Bases do SEN estabelece que a actividade estatística oficial assenta nos
princípios da autoridade estatística, segredo estatístico, autonomia técnica, imparcialidade, transparência,
fiabilidade, pertinência e coordenação estatística.

2.3. Valores fundamentais do SEN

Os valores fundamentais são marcos de referência dos órgãos SEN. Assim, os valores comuns com os
quais os integrantes do SEN se devem engajar, idealmente, são os seguintes: “Utilizadores,
Profissionalismo, Sinergias e Transparência”.

A adesão, contínua, a esses valores por todos os órgãos do SEN fortalecerá, ainda mais, o espírito de
equipa.

2.4. Visão do SEN até 2024

A Visão proposta é uma ambição para o SEN, em face das suas fraquezas actuais e expectativas futuras.
O desafio de produzir estatísticas oficiais, em quantidade e qualidade, continua sendo primordial,
principalmente para satisfazer a necessidade do Governo em ter dados estatísticos cruciais e
indispensáveis para informar a definição de políticas e elaboração de planos de desenvolvimento, medir
os progressos realizados e reportar à sociedade moçambicana. Também é crucial para os PTF que
apoiam o país e, como tal, precisam ter métricas que permitem acompanhar o desenvolvimento do país.
Portanto, é importante visualizar a situação de referência que o SEN aspira alcançar até 2024, neste caso,
para criar uma imagem forte da situação na qual se gostaria que o SEN fosse bem-sucedido, a fim de
torná-lo mais eficiente e capaz de fornecer, adequadamente, aos utilizadores, nacionais e internacionais,
informações estatísticas relevantes e credíveis, de acordo com as normas e padrões internacionais.

Nesta perspectiva, a Visão de desenvolvimento do SEN, até 2024, consensualizada por todos os órgãos
do SEN, é enunciada nos seguintes termos:

«Ser um Sistema Estatístico Nacional moderno, sustentável e credível, que cumpre os mais elevados
padrões de qualidade, na produção, análise e difusão de estatísticas oficiais que satisfaça as
necessidades dos utilizadores.»

Trata-se de uma visão que se estrutura em torno de três pilares fundamentais, que são a modernidade,
sustentabilidade e credibilidade.

24
3. EIXOS ESTRATÉGICOS

3.1. Identificação dos eixos estratégicos

A Visão declarada acima é o núcleo central do PE-SEN, em torno do qual são definidas as orientações
estratégicas para o desenvolvimento da estatística oficial e o plano de acção. E a estratégia definida para
a realização da Visão é articulada em torno de quatro pilares ou eixos, que são os seguintes:

 Eixo estratégico 1: Melhoria da governança e coordenação do SEN

 Eixo estratégico 2: Reforço das capacidades do SEN (recursos humanos, financeiros e
materiais)
 Eixo estratégico 3: Melhoria da cobertura e qualidade da produção estatística
 Eixo estratégico 4: Melhoria da disseminação, arquivo e uso de estatísticas oficiais e
promoção da cultura estatística

3.2. Eixos e objectivos estratégicos e objectivos operacionais

O organigrama a seguir apresenta os Eixos e objetivos estratégicos do PE-SEN.

25
Organograma 1: Objectivos e eixos estratégicos do PE-SEN 2020 – 2024

26
3.2.1. Eixo estratégico 1: Melhoria da governança e coordenação do SEN
Apesar dos progressos alcançados pelo SEN, nos últimos anos, particularmente em termos de produção e
difusão de estatísticas, permanece relevo a necessidade de renovar o seu quadro legal, bastante
desactualizado, a fim de alcançar um funcionamento mais harmonioso e eficiente de todos os órgãos do
SEN, para uma melhor coordenação estatística. Na verdade, um dispositivo estatístico eficiente e bem
coordenado é um factor essencial para garantir uma produção de qualidade. Essencialmente, como a
legislação é a base das actividades estatísticas, será necessário adaptá-la ao contexto de mudança,
modernizando-a, tomando, como referência, normas internacionais concernentes. É preciso, também,
renovar e melhorar o enquadramento institucional do órgão produtor central, melhorar a organização e o
desenvolvimento da produção estatística sectorial e revigorar a coordenação, cooperação e parceria.

Este eixo está estruturado em torno dos seguintes objectivos estratégicos e operacionais:

Objectivo estratégico 1.1: Melhorar o quadro legal, institucional e organizacional

Objectivo operacional 1.1.1: Actualizar a legislação estatística (Lei de Bases do SEN e os

respetivos diplomas complementares) e garantir a sua aplicação
Objectivo operacional 1.1.2: Melhorar o enquadramento institucional e performance do INE
Objectivo operacional 1.1.3: Reforçar a função estatística regional e setorial

Objectivo estratégico 1.2: Reforçar a coordenação estatística, a cooperação e parceira

Objectivo operacional 1.2.1: Melhorar a coordenação estatística
Objectivo operacional 1.2.2: Intensificar a cooperação e parceria

3.2.2. Eixo estratégico 2: Reforço das capacidades do SEN (recursos humanos, financeiros e
materiais)
O capital humano é dos recursos mais importantes para a produção estatística oficial. A sua
disponibilidade torna-se, portanto, uma prioridade, a fim de permitir que o SEN cumpra,
satisfatoriamente, a missão que lhe foi confiada pelo Estado. Conforme foi constatado no diagnóstico, o
SEN carece de um reforço quantitativo e qualitativo de recursos humanos e de melhorar as condições de
trabalho. Com efeito, este eixo aborda os desafios da gestão dos recursos humanos no SEN para os
próximos anos. Assim, no período 2020-2024, será necessária a elaboração e implementação de um
plano de formação inicial, de um plano de recrutamento e de um plano de formação contínua de recursos
humanos, a fim de se dotar o SEN de habilidades necessárias e variadas, porque disso,
fundamentalmente, dependerá o sucesso deste novo PE-SEN. A outra preocupação é a gestão mais
racional dos recursos humanos, principalmente através da gestão centralizada no INE do pessoal
estatístico, para facilitar a mobilidade dentro do sistema. Há, também, a necessidade de mobilizar mais
recursos para financiar actividades estatísticas, garantir a perenidade do financiamento e a previsão de

27
dotações orçamentais próprias e suficientes para os ODINE. Finalmente, sublinha-se a necessidade de
reforçar os órgãos do SEN com materiaiss e equipamentos informáticos mais modernos para produção
estatística.

Os objectivos estratégicos e operacionais que compõem este eixo são os seguintes:

Objectivo estratégico 2.1: Reforçar o SEN com recursos humanos de qualidade e em quantidade
suficientes e melhorar a sua gestão
Objectivo operacional 2.1.1: Formar novos quadros em estatística e áreas conexas
Objectivo operacional 2.1.2: Recrutar novos recursos humanos para o SEN
Objectivo operacional 2.1.3: Reforçar as capacidades dos recursos humanos do SEN, de forma
permanente
Objectivo operacional 2.1.4: Melhorar a gestão dos recursos humanos do SEN
Objectivo estratégico 2.2: Reforçar as capacidades financeiras e materiais do SEN
Objectivo operacional 2.2.1: Criar mecanismos de financiamento perene do SEN,
prioritariamente através de dotação pública
Objectivo operacional 2.2.2: Reforçar e modernizar os órgãos do SEN com meios materiais

3.2.3. Eixo estratégico 3: Melhoria da cobertura e qualidade da produção estatística

Este eixo concentra-se na melhoria da produção estatística em quantidade e qualidade, de forma regular,
e utilizando TIC. Assim, a produção existente terá que aumentar e consolidar nos próximos cinco anos,
principalmente por meio de recenseamentos e inquéritos, de produção de estatísticas correntes e
emergentes, que assegure melhor cobertura temática e geográfica. Além disso, a produção estatística do
SEN deve obedecer a padrões de qualidade.

Os objetivos estratégicos e operacionais são:

Objectivo estratégico 3.1: Reforçar e consolidar a produção estatística

Objectivo operacional 3.1.1: Melhorar a recolha de dados dos inquéritos e recenseamentos

utilizando TIC
Objectivo operacional 3.1.2: Consolidar a produção estatística corrente, assegurando uma melhor
cobertura temática e geográfica
Objectivo operacional 3.1.3: Alargar, progressivamente, a produção estatística a novas áreas, seja
através da realização de inquéritos como pelo aproveitamento de dados de fontes administrativas
Objectivo operacional 3.1.4: Potencializar progressivamenteo aproveitamento de dados de fontes
administrativas, em todos os setores
Objectivo estratégico 3.2: Melhorar a qualidade da produção estatística

28
 Objectivo operacional 3.2.1: Generalizar a avaliação da qualidade das estatísticas produzidas
pelo SEN.

3.2.4. Eixo estratégico 4: Melhoria da disseminação, arquivo e uso de estatísticas oficiais e

promoção da cultura estatística
Este eixo visa garantir o uso de TIC para melhorar a disseminação e arquivo de dados, a valorização da
informação estatística, por meio do seu uso, e promover a cultura estatística. A disseminação de dados
estatísticos, particularmente pelo INE, melhorou significativamente nos últimos anos. No entanto, para
reforçar a disseminação de dados estatísticos, é essencial fortalecer e modernizar o arquivo e tornar a
informação estatística acessível a todos os utilizadores. Trata-se, também, ao nível deste eixo, de se
aumentar a utilização da informação estatística como ferramenta de apoio à tomada de decisões, ao
controlo pelo cidadão da acção pública e de conhecimento da Sociedade Moçambicana, com base em
evidencias. Além disso, e para fazer isso, é necessário desenvolver uma cultura estatística no país.

A realização deste eixo passa pelos seguintes objectivos estratégicos e operacionais:

Objectivo estratégico 4.1: Melhorar a difusão dos dados, comunicação e arquivo dos dados, utilizando
TIC

Objectivo operacional 4.1.1: Promover o uso de TIC na disseminação e arquivo dos dados
Objectivo operacional 4.1.2: Assegurar uma difusão eficiente e ampla da informação estatística
Objectivo operacional 4.1.3: Melhorar a comunicação interna e externa
Objectivo operacional 4.1.4: Reforçar o arquivo numérico dos dados estatísticos
Objectivo estratégico 4.2: Melhorar o uso de dados estatísticos e promover a cultura estatística
Objectivo operacional: 4.2.1: Assegurar a monitoria estatística do Programa Quinquenal do
Governo (PQG) e dos compromissos internacionais do país
Objectivo operacional 4.2.2: Promover a valorização da informação estatística através de análise
aprofundada dos dados disponíveis
Objectivo operacional 4.2.3: Promover a cultura estatística

3.3. Quadro lógico baseado em resultados

Através do arcabouço lógico, é necessário definir, para cada eixo estratégico, os efeitos imediatos
(objetivos operacionais), os resultados, os indicadores objetivamente verificáveis e as fontes / meios de
verificação. Apresenta-se, a seguir, o detalhe do Quadro Lógico do PE-SEN 2020-2024.

29
Quadro lógico baseado em resultados
Objectivos Operacionais Resultados Indicador Objetivamente Verificável Fontes / Meios de Verificação
Eixo Estratégico 1: Melhoria da Governança e Coordenação do SEN
Resultado 1.1.1.1:
- Boletim da República
Objectivo operacional Legislação estatística Nova legislação estatística (Lei de Bases do SEN e
- Site do INE.
1.1.1: Actualizar a revista, aprovada, respectivos diplomas complementares) é disponível
- Site do CSE
legislação estatística publicada e implementada
(Lei de Bases do SEN e Resultado: 1.1.1.2: Nova - Site do INE
os respetivos diplomas legislação estatística e a - Relatório Anual de Actividades
- Seminário anual de divulgação da legislação estatística
complementares) e Carta Africana de Estatísticas (RAAE)
realizado
garantir a sua aplicação Estatística amplamente - Relatório Anual de Actividades
divulgadas do INE
- Novo Estatuto orgânico do INE disponível
- Decreto de nomeação dos membros do órgão colegial
de gestão do INE disponível - Boletim da República
Objectivo operacional
Resultado 1.1.2.1: Quadro - Reuniões estatutárias do órgão de gestão do INE - Acta de reunião do órgão colegial
1.1.2: Melhorar o
institucional e a realizadas regularmente de gestão do INE
enquadramento
performance do INE - Relatório de auditoria financeira anual disponível - Relatório de auditoria financeira
institucional e
melhorados - Novo Regulamento interno do INE elaborado e - Site do INE
performance do INE
aprovado pelo órgão colegial do INE
- Serviço de coordenação técnica e operacional e de
apoio aos ODINE criado e em funcionamento
- Relatórios de avaliação de
performance dos ODINE
- Relatórios de avaliação de
performance das DPINE
- Relatório do estudo sobre a
Resultado 1.1.3.1: Os - Todas as DPINE com a performance avaliada
reorganização da função estatística
serviços estatísticos - Todos os ODINE com a performance avaliada
setorial
provinciais (DPINE) e - Estudo sobre a reorganização da função estatística
- Relatório Anual de Actividades
sectoriais (ODINE) são setorial disponível
Objectivo operacional do INE
reforçados e reorganizados - Novos ODINE criados
1.1.3: Reforçar a função - Relatório Anual de Actividades
estatística regional e Estatísticas (RAAE)
setorial - Boletim da República
- Site do INE
- Site do CSE
Resultado 1.1.3.2: Ter 4
Estratégias de - Site do CSE
desenvolvimento das - Quatro (4) estratégias de desenvolvimento de - Site do INE
estatísticas sectoriais estatísticas setoriais elaboradas - Documento das estratégias
elaboradas e setoriais
implementadas
Resultado 1.2.1.1:
- Instrumentos de coordenação estatística concebidos ou - Site do CSE
Instrumentos de
revistos, disponíveis - Site do INE
coordenação estatística
- Os instrumentos de coordenação estatística são - RAAE do SEN
concebidos e/ou
implementados pelos órgãos produtores do SEN - Planos Anuais de Actividades
actualizados e utilizados
- Acta de Reunião do CSE
- Site do CSE criado e operacional
Resultado 1.2.1.2: O - Relatório de Actividades do CSE
- Regulamento do CSE disponível
funcionamento do CSE é - Acta de reunião das comissões
- Secretariado do CSE criado e em funcionamento
reforçado permanentes
- Comissões permanentes criadas e funcionais
- Site do CSE
Objetivo operacional Resultado 1.2.1.3: Plano
- 5 Planos Anuais de Actividades e Orçamento (PAAO) - Site do CSE
1.2.1: Melhorar a Anual de Actividades e
elaborado - Site do INE
coordenação estatística Orcamento e de monitoria
- 5 de RAAE do SEN elaborado - RAAE do sem
e avaliação elaborada e
- 2 relatórios de avaliação do PE-SEN produzido - PAAO
melhorada
Resultado 1.2.1.4: Um
- RAAE
manual de procedimentos
- Manual de intercâmbio de dados disponível - Relatórios anuais de actividades
para intercâmbio de dados
- Lista de dados partilhados estatísticas dos órgãos produtores
no âmbito do SEN é
do SEN
elaborado e adoptado
Resultado 1.2.1.5: Diálogo
- Relatório Anual de Actividades
com os utilizadores - Reunião anual com os utilizadores realizada
dos órgãos produtores
reforçado
- Relatórios Anual de Actividades
Objetivo operacional Resultado 1.2.2.1: A - Nº e lista de instituições congéneres e organismos sub-
dos órgãos produtores
1.2.2: Intensificar a cooperação e parceira é regionais, regionais e internacionais visitadas
- RAAE
cooperação e parceria reforçada - Pelo menos, um encontro anual com os PTF realizado
- Relatórios de missão
Continua…

30
Continuação
Objectivos Operacionais
Eixo Estratégico 2: Reforço das Capacidades do SEN (recursos humanos, financeiros e materiais)
Objectivo operacional 2.1.1:
Formar novos quadros em
estatísticas e áreas conexas
Objectivo operacional 2.1.2:
Recrutar novos recursos
humanos para o SEN
Objectivo operacional 2.1.3:
Reforçar as capacidades dos
recursos humanos do SEN, de
forma permanente
Objectivo operacional 2.1.4:
Melhorar a gestão dos recursos
humanos do SEN
Objectivo operacional 2.2.1:
Criar mecanismos de
financiamento perene do SEN,
prioritariamente através de
dotação pública
Objectivo operacional 2.2.2:
Reforçar e modernizar os órgãos materiais, equipamentos
do SEN com meios materiais
Resultados
Resultado 2.1.1.1: Novos
quadros estatísticos e em áreas
conexas formados
Resultado 2.1.2.1: Novos
quadros são recrutados e
afetados ao SEN
Resultado 2.1.3.1: Capacidades e
reciclagem do pessoal estatístico
do SEN regularmente reforçadas
Resultado 2.1.4.1: Um sistema
de gestão centralizada dos
recursos humanos do SEN
implementado
Resultado 2.1.4.2: Um Plano
Estratégico dos Recursos
Humanos do SEN é elaborado,
adoptado e implementado
Resultado 2.1.4.3: Um plano de
cargos, carreiras e salários
(PCCS) do pessoal do INE
elaborado e aprovado
Resultado 2.1.4.3: Um plano de
cargos, carreiras e salários
(PCCS) do pessoal do INE
elaborado e aprovado
Resultado 2.2.1.2: Uma
estratégia de mobilização de
recursos adicionais elaborada e
implementada
Resultado 2.2.2.1: SEN
suficientemente equipado com
informáticos e instalações
condignas
Indicador Objetivamente Fontes / Meios de
Verificável Verificação
- Plano de formação inicial
disponível
- RAAE do SEN
- N.º de quadros estatísticos e
demógrafos formados
- Plano de recrutamento de
pessoal estatístico disponível
- RAAE do SEN
- 194 de quadros recrutados e
afetos aos órgãos do SEN
- Plano de formação contínua
disponível
- N.º de ações de
- RAAE do SEN
formação/capacitação realizadas
- N.º de quadros do SEN
capacitados /reciclados
- Estudo de viabilidade
- RAAE do SEN
disponível
- Diploma legal sobre a gestão - Boletim Oficial
centralizada dos recursos - Site do CSE
humanos do SEN disponível
- RAAE do SEN
- Plano Estratégico dos Recursos
- Site do INE
Humanos do SEN disponível
- Site do CSE
- Boletim da
- Diploma legal de aprovação do
República
PCCS do INE publicado
- Site do INE
- Diploma legal de criação do
FNDE publicado - Site do CSE
- Decreto ou despacho de - Boletim da
nomeação dos membros de República
gestão do FNDE publicado
- Uma estratégia de mobilização
de recursos, disponível
- RAAE do SEN
- Nº de parceiros que aderiram a
estratégia
- Nº de equipamentos
informáticos adquiridos
- Nº de meios de circulantes
- RAAE do SEN
(viaturas e motorizadas)
- Relatórios
adquiridos
Anuais de
- Nº de Mobiliário e materiais de
Actividades dos
escritório adquiridos
órgãos produtores
- Locais dos órgãos produtores
(DPINE) reabilitados ou
construídos
Continua…
31
Continuação
Indicador Objetivamente Fontes / Meios de
Objectivos Operacionais Resultados
Verificável Verificação
Eixo Estratégico 3: Melhoria da Cobertura e Qualidade da Produção Estatística
- Inquéritos e
recenseamentos, realizados
utilizando-se as TIC na
- Relatórios de
recolha de dados
Objectivo operacional 3.1.1: inquéritos e
Resultado 3.1.1.1: Dados - Nº de Órgãos produtores recenseamentos
Melhorar a recolha dos dados dos
progressivamente do SEN que utilizam TIC
inquéritos e recenseamentos - RAAE do SEN
recolhidos com recurso a na recolha de dados
utilizando Tecnologias de - Relatórios Anuais de
TIC - Plataforma informática de
Informação e Comunicação (TIC) Actividades dos órgãos
recolha e transmissão
produtores
online de dados das
operações estatísticas
disponível e funcional
Resultado 3.1.2.1:
Objectivo operacional 3.1.2: - N.º publicações, anuários
Estatísticas correntes - RAAE do SEN
Consolidar a produção estatística e boletins estatísticos
(dados administrativos) - Sites dos órgãos
corrente, assegurando uma melhor produzidos e publicados,
produzidas em tempo produtores
cobertura temática e geográfica regularmente
oportuno
Objectivo operacional 3.1.3: Alargar, - RAAE do SEN
progressivamente, a produção Resultado 3.1.3.1: - Relatórios de estatisticas
- Relatórios Anuais de
estatística a novas áreas, seja através Estatísticas emergentes emergentes produzidos e
Actividades dos órgãos
da realização de inquéritos como consideradas relevantes na publicados (estatísticas do
produtores
pelo aproveitamento de dados de produção estatística Ambiente, GPS, etc.)
fontes administrativas - Site do INE
- Relatório anual de
estatísticas produzidas com
dados de fontes
Objectivo operacional 3.1.4: Resultado 3.1.4.1: - RAAE do SEN
administrativas
Potencializar progressivamenteo Aproveitamento dos dados - Relatório Anual
- Plataforma informática de
aproveitamento de dados de fontes de fontes administrativas Actividades do INE
recolha de dados
administrativas, em todos os setores reforçado - Site do INE
administrativos disponível
- Plataforma informática da
DPINE disponível
- Quadro Nacional de
Garantia da Qualidade
- RAAE do SEN
(QNGQ) dos dados
- Relatório sobre a
Objectivo operacional 3.2.1: Resultado 3.2.1.1: estatísticos disponível
avaliação de qualidade
Generalizar a avaliação da qualidade Qualidade da produção - Órgãos produtores do
das estatísticas
das estatísticas produzidas pelo SEN estatística do SEN assegura SEN que implementaram o
produzidas pelo SEN
e avaliada QNGQ
- Site do INE
- Órgãos produtores que
foram avaliados utilizando
o QNGQ
Continua…

32
Continuação
Objectivos Operacionais
Eixo Estratégico 4: Melhoria da Disseminação, Arquivo e Uso de Estatísticas Oficiais e Promoção da Cultura Estatística
Objectivo operacional 4.1.1:
Promover o uso de TIC na
disseminação e arquivo dos
dados
Objectivo operacional 4.1.2:
Assegurar uma difusão eficiente
e ampla da informação
estatística
Objectivo operacional 4.1.3:
Melhorar a comunicação interna
e externa
Objectivo operacional 4.1.4:
Reforçar o arquivo numérico
dos dados estatísticos
Objectivo operacional: 4.2.1:
Assegurar a monitoria
estatístico do Programa
Quinquenal do Governo (PQG)
e dos compromissos
internacionais do país
Objectivo operacional 4.2.2:
Promover a valorização da
informação estatística através de
análise aprofundada dos dados
disponíveis
Objectivo operacional 4.2.3:
Promover a cultura estatística
Fontes / Meios de
Resultados Indicador Objetivamente Verificável
Verificação
Resultado 4.1.1.1: Uma política de - Política e Plano Estratégico de TIC para o - RAAE do SEN
informática e um Plano SEN disponível
- Site do INE
Estratégico de TIC para o SEN são - Política e Plano Estratégico de TIC
elaborados e implementados para o SEN implementado - Site do CSE
- Politica de difusão e acesso aos
microdados disponíveis
- Estratégia de difusão de dados do SEN
- RAAE do SEN
disponível
Resultado 4.1.2.1: Informação - Sites dos órfãos
- Nº de Órgãos do SEN que difundem as
estatística eficiente e amplamente produtores
estatísticas produzidas através de Web Site
disseminada - Comunicação
- Nº de Publicações estatísticas
Social
disseminadas de novos meios (Site,
Comunicação Social, Mailling Group,
Redes Sociais, etc.)
Resultado 4.1.3.1: Estratégia de
- Estratégia de comunicação e
comunicação e sensibilização do - RAAE do SEN
sensibilização disponível
SEN elaborada e implementada
- O Arquivo Nacional de Dados (ANDA)
Resultado 4.1.4.1: Instrumentos de actulizado e utilizado por todos os órgãos
- RAAE do SEN
arquivo de dados melhorados, do SEN
harmonizados e integrados - Site do INE
- Nº de operações estatísticas arquivadas no
ANDA
Resultado 4.2.1.1: Relatórios
anuais de monitoria estatístico dos - 5 Relatórios anuais de monitoria - RAAE do SEN
indicadores do PQG elaborado, disponíveis e publicados - Site do INE
validado e publicado
Resultado 4.2.1.2: Relatórios
anuais de monitoria dos
- 5 Relatórios anuais de monitoria - RAAE do SEN
compromissos internacionais do
disponíveis e publicados - Site do INE
país (ODS, Agenda 2063)
elaborado, validado e publicado
- RAAE do SEN
- Plano de análise aprofundada de dados
estatísticos disponível - Documento de
acordos
RResultado 4.2.2.1: Programa de - N.º de parcerias celebrados para a
celebrados
análise aprofundada de dados implementação do plano de análise
- Relatórios de
estatísticos elaborado, validado e aprofundada de dados estatísticos
análise
implementado - N.º de relatórios de análise aprofunda de
aprofundada de
dados estatísticos disponíveis
dados
- N.º de temas estatísticos analisados
- Site do INE
- Estratégia de promoção da cultura
estatística nacional disponível
- Nº de encontros anuais realizados com os
utilizadores de estatísticas nacionais - RAAE do SEN
Resultado 4.2.2.1: Plano de análise
- Nº de actividades de divulgação dos - Site do INE
aprofundada de dados estatísticos
principais produtos estatísticos realizados, - Jornais (online e
elaborado, validado e
implementado anualmente, através da comunicação social impresso), TV e
- Nº de campanhas de sensibilização sobre a rádio
realização das principais operações
estatísticas, realizado anualmente através da
Comunicação Social
- RAAE do SEN
- Relatório Anual
Resultado 4.2.3.2: Advocacia para - MINEDH sensibilizado para introdução
de Actividades do
a introdução do ensino da do ensino da estatística nas escolas
INE
estatística nas escolas realizada - Ensino da estatística implementada nas
- Programas de
escolas
ensino dos níveis
escolares
33
4. PLANO DE ACÇÃO DO PE-SEN 2020-2024
A realização da Visão de desenvolvimento do SEN, até 2024, requer um tratamento adequado de cada
uma das suas prioridades, a saber: melhoria da governança e coordenação do SEN, reforço das
capacidades (recursos humanos, financeiros e materiais) do SEN, melhoria da cobertura e qualidade da
produção estatística e melhoria da disseminação, arquivo e uso de estatísticas oficiais e promoção da
cultura estatística. Esse tratamento materializa-se através da execução de um plano de ação.

O Plano de Acção do PE-SEN 2020-2024 apresenta todas as actividades que permitem alcançar os
resultados esperados. Trata-se de uma matriz detalhada de actividades, por entidade responsável, com a
sua programação no período 2020-2024. Nessa matriz são também apresentados o orçamento e a fonte
de financiamento. A execução do Plano de Acção, com uma abordagem coordenada e coerente,
permitirá que, no final, a Visão se torne realidade. Com efeito, permitirá consolidar as conquistas do
SEN, atenuar ou remover as fraquezas identificadas, facilitar ou acelerar o aproveitamento de
oportunidades, garantir o controlo de ameaças e a satisfação de novas necessidades dos utilizadores de
dados estatísticos.

O Plano de Ação da PE-SEN 2020-2024 é apresentado e detalhado no Anexo 2.

34
5. FINANCIAMENTO DO PE-SEN

5.1. Custo de implementação do PE-SEN 2020-2024

Os custos de implementação do PE-SEN foram calculados com base em estimativas feitas pelos órgãos
produtores do SEN. Esses custos são indicativos e devem servir de referência para a elaboração dos
orçamentos anuais dos planos anuais de actividades estatísticas e orçamentos dos órgãos produtores do
SEN. Os custos estimados para os inquéritos e recenseamentos foram, aproximadamente, reconciliados
com os realizados ultimamente.

O custo do PE-SEN não inclui as despesas de normal funcionamento dos órgãos do SEN, nomeadamente
dos salários do pessoal actual, e outras despesas operacionais, uma vez que tais despesas já são
suportadas, directamente, pelo Orçamento Geral do Estado.

O custo total da implementação do PE-SEN 2020-2024 é estimado em 10.596.080,84 Mil MZM, o que
equivale a 170.904,53 Mil USD1.

A repartição dos custos do PE-SEN 2020-2024 por eixo estratégico é a seguinte: 208.885 Mil MZN para
o Eixo 1 - “Melhoria da Governança e Coordenação do SEN”, que representa 2% do total; 3.340.694 Mil
MZN para o Eixo 2 - “Reforço das Capacidades do SEN (recursos humanos, financeiros e materiais)”,
representando quase um terço do Plano, 6.715.491 Mil MZN para o Eixo 3 – “Melhoria da Cobertura e
Qualidade da Produção Estatística”, com um peso de 63%, e coube ao Eixo 4 - “Melhoria da
Disseminação, Arquivo e Uso de Estatísticas Oficiais e Promoção da Cultura Estatística” um montante
de 331.011 Mil MNZ, ou seja, cerca de 3% do montante global.

Como se depreende da tabela, a seguir, a maior parte do financiamento do PE-SEN 2020-2024 recai
sobre os eixos 3 e 2, com 63% e 32%, respectivamente. Isto mostra, claramente, a prioridade que o país
atribui ao reforço das capacidades, fundamentais para o aumento da qualidade, diversificação e aumento
das estatísticas oficiais no país.

Relativamente a implementação do PE-SEN, constate-se que o maior peso, em termos de recursos, recai
sobre os dois primeiros anos, com cerca de 19% e 40% do total, respectivamente.

A tabela 2, abaixo, apresenta o resumo dos custos de financiamento do PE-SEN 2020-2024 por eixos e
objectivos estratégicos. Os detalhes dos custos do Plano de Acção são apresentados no Anexo 2.

1
1USD = 62 MNZ - Taxa de câmbio do Banco de Moçambique, 9 de Dezembro de 2019
35
Tabela 2: Orçamento do PE-SEN 2020-2024, por eixos e objectivos estratégicos
Total (Mil Total (Mil
Eixos e objectivos estratégicos 2020 2021 2022 2023 2024 %
USD) MZN)
Eixo Estratégico 1: Melhoria da Governança e Coordenação
47 323,15 39 266,46 43 441,46 34 257,05 44 596,99 3 369,11 208 885,11 2,0
do SEN
Objectivo estratégico 1.1: Melhorar o quadro legal, institucional e
27 760,00 16 268,00 21 728,25 13 501,02 13 590,57 1 497,55 92 847,84 0,9
organizacional
Objectivo estratégico 1.2: Reforçar a coordenação estatística, a
19 563,15 22 998,46 21 713,21 20 756,03 31 006,42 1 871,57 116 037,27 1,1
cooperação e parceira
Eixo Estratégico 2: Reforço das Capacidades do SEN
169 952,16 1 543 399,80 739 723,05 694 685,85 192 933,05 53 882,16 3 340 693,91 31,5
(recursos humanos, financeiros e materiais)
Objectivo estratégico 2.1: Reforçar o SEN com recursos humanos
161 402,16 174 094,80 176 373,05 198 685,85 191 573,05 14 550,47 902 128,91 8,5
de qualidade e em quantidade suficientes e melhorar a sua gestão
Objectivo estratégico 2.2: Reforçar as capacidades financeiras e
8 550,00 1 369 305,00 563 350,00 496 000,00 1 360,00 39 331,69 2 438 565,00 23,0
materiais do SEN
Eixo Estratégico 3: Melhoria da Cobertura e Qualidade da
1 674 570,10 2 567 613,39 883 010,42 670 967,76 919 329,06 108 314,37 6 715 490,72 63,4
Produção Estatística
Objectivo estratégico 3.1: Reforçar e consolidar a produção
1 662 110,10 2 563 513,39 880 110,42 668 067,76 916 429,06 107 906,95 6 690 230,72 63,1
estatística
Objectivo estratégico 3.2: Melhorar a qualidade da produção
12 460,00 4 100,00 2 900,00 2 900,00 2 900,00 407,42 25 260,00 0,2
estatística
Eixo Estratégico 4: Melhoria da Disseminação, Arquivo e Uso
153 905,45 43 129,04 56 775,67 36 662,96 40 537,99 5 338,89 331 011,11 3,1
de Estatísticas Oficiais e Promoção da Cultura Estatística
Objectivo estratégico 4.1: Melhorar a difusão dos dados,
136 455,45 25 649,04 39 105,67 20 612,96 21 957,99 3 931,95 243 781,11 2,3
comunicação e arquivo dos dados, utilizando TIC
Objectivo estratégico 4.2: Melhorar o uso de dados estatísticos e
17 450,00 17 480,00 17 670,00 16 050,00 18 580,00 1 406,94 87 230,00 0,8
promover a cultura estatística
Total geral 2 045 750,85 4 193 408,69 1 722 950,60 1 436 573,62 1 197 397,08 170 904,53 10 596 080,84 100,0
% 19,31 39,58 16,26 13,56 11,30 1,61 100,00

36
5.2. Plano de financiamento do PE-SEN 2020-2024
O financiamento necessário para implementar o PE-SEN é de 10.596.080,84 Mil MZM.
Actualmente, o INE já conta com uma contribuição do Estado, no montante de 154.599,55 Mil
MZM, e dos PTF um montante que ascende a 316.562,90 Mil MZM. O financiamento do PE-SEN,
entretanto, depara-se com um deficit muito considerável, de 10.124.918,40 Mil MZM, o que
representada 95,6% do total, que deverá ser mobilizado nos próximos tempos, de forma a permitir a
implementação do plano, sem sobressaltos.

Perante esse cenário, recomenda-se, fortemente, que o Governo faça nos próximos anos, e
particularmente durante a implementação deste PE-SEN, um esforço em financiar o desenvolvimento
da estatística, o que pode passar pela criação e operacionalização de um Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Estatística para assegurar o financiamento duradouro da actividade estatística,
prioritariamente, através de dotação pública suficiente.

A tabela 3, abaixo, apresenta a estrutura do financiamento do PE-SEN 2020-2024, por eixos

estratégicos e respetiva fonte.

Tabela 3: Plano de financiamento do PE-SEN 2020-2024 por eixos e objectivos estratégicos

Total (Mil Total (Mil Fontes de financiamento (Milhões MZN)
EIXOS ESTRATÉGICOS
USD) MZN) OGE PTF A Procurar %
Eixo Estratégico 1: Melhoria da Governança
3 369,11 208 885,11 0,00 780,00 -208.105,11 2,0
e Coordenação do SEN
Eixo Estratégico 2: Reforço das Capacidades
do SEN (recursos humanos, financeiros e 53 882,16 3 340 693,91 0,00 33.500,00 -3.307.193,91 31,5
materiais)
Eixo Estratégico 3: Melhoria da Cobertura e
108 314,37 6 715 490,72 154.599,55 229.402,90 -6.331.488,27 63,4
Qualidade da Produção Estatística
Eixo Estratégico 4: Melhoria da
Disseminação, Arquivo e Uso de Estatísticas 5 338,89 331 011,11 0,00 52.880,00 -278.131,11 3,1
Oficiais e Promoção da Cultura Estatística
Total Geral 170 904,53 10 596 080,84 154 599,55 316 562,90 - 10 124 918,40 100

Convém destacar que cerca de 34% do custo total do PE-SEN destina-se à realização de cinco
operações estatísticas (importantes para o seguimento do PQG, ODS, Agenda 2063, etc.), sendo que
o Censo Agropecuário e de Pescas que é a segunda maior operação estatística, depois do Censo da
População e Habitação, consome mais de metade do total, conforme ilustra a tabela 4, a seguir.

37
Tabela 4: O peso das 5 principais operações estatísticas, no orçamento global do PE-SEN,
2020-2024
Ano da Instituição Custo em (Mil
Nº Operações Estatísticas %
realização responsável MZN)
Censo Agropecuário e de Pescas INE-DESE-
1 2020-2022 1 814 257,55 50,8%
(CAPP) MASA
Inquérito aos Orçamentos Familiares INE-DCI-
2 2020-2023 544 180,00 15,2%
(IOF) DEMOVIS
3 Inquéritos agrícolas especiais 2020/21 MITADER 534 900,00 15,0%

4 Inquérito à força de trabalho 2021/22 INE/MITESS 372 000,00 10,4%

Inquérito de Governação, Paz e

5 2024 INE 304 500,00 8,5%
Segurança (GPS)
Total 3 569 837,55 100%

5.3. Mecanismos e estratégia de mobilização de recursos

A implementação do PE-SEN requer a mobilização de recursos financeiros suficientes. Este é um
grande desafio para todos órgãos do SEN e não somente do INE. Neste sentido, a procura de
financiamento é um imperativo e deve ser feita, de forma participativa e coordenada, por todos os
órgãos do SEN.

A mobilização de recursos financeiros centra-se, fundamentalmente, em três componentes: (i)

recursos nacionais; (ii) contribuições de PTF e (iii) recursos específicos a serem procurados, para
preencher o défice de financiamento.

Para a componente recursos nacionais, é essencial a inscrição de dotações suficientes no Orçamento

Geral do Estado para garantia de realização das principais actividades estatísticas (produção)
previstas no Plano de Ação do PE-SEN, nomeadamente recenseamentos, inquéritos e produção de
estatísticas correntes (dados administrativos), além dos recursos financeiros que já são alocados para
o funcionamento dos próprios órgãos do SEN. Nesse contexto, é necessário que a programação anual
das actividades estatísticas do SEN coincida com o calendário de execução do orçamento Geral do
Estado.

No que diz respeito às contribuições internacionais, após a aprovação do PE-SEN pelo Governo,
recomenda-se que o INE, como órgão reitor do SEN, mediante concertação prévia e sob a liderança
do Governo, promova uma reunião especial, na forma de Mesa Redonda, para apresentação do PE-
SEN aos PTF. Concluída esta etapa, com declarações de intenção de financiamento por parte dos
PTF, caberá ao INE, sob a orientação e coordenação do CSE, tomar conhecimento dos cronogramas

38
dos PTF, para a preparação e avaliação de projetos e programas, e inteirar sobre os seus
procedimentos de desembolsos e os seus períodos de execução orçamental.

Quanto a recursos específicos, a sua mobilização pode ser feita junto de outros parceiros, nacionais,
regionais e internacionais, que se interessam pelo desenvolvimento de estatísticas oficiais em
Moçambique. Neste sentido, para a mobilização de recursos financeiros adicionais para o PE-SEN,
podem ser explorados outros nichos de financiamentos existentes aos níveis sub-regional, regional e
internacional e que podem ser potenciados em prol do desenvolvimento das estatísticas nacionais.
Neste rol de iniciativas, destacam-se:

 O projeto de modernização e harmonização dos Inquéritos aos Orçamentos Familiares,

promovidos pelo Banco Mundial, que visa produzir indicadores de pobreza e outros
indicadores de monitoramento dos ODS;
 A Estratégia Global para a Melhoria das Estatísticas Agrícolas e Rurais, liderada pela FAO e
com forte apoio de instituições continentais na sua implementação (CUA, AfDB e ECA);
 O programa da plataforma Open Data, lançado pelo AfDB em 2013 e que faz parte da
Iniciativa Autoestrada de Informação, focada em melhorar a gestão e disseminação dados em
África;
 O Programa de Apoio Institucional no domínio da estatística, enquadrado no 11º FED da
União Europeia;

Finalmente, a criação e consequente operacionalização de um FNDE, tal como recomendado pela

CAE, deve ser encarada como solução desejável para a garantia de perenidade do financiamento do
SEN. E, sendo criado, o Fundo deve ser sustentado, essencialmente, com dotações inscritas no
Orçamento Geral do Estado, nomeadamente pela alocação 0,15% deste, conforme recomendação da
CUA, ou, por exemplo, destinando-se-lhe percentagem de determinada taxa em vigor e,
adicionalmente, com contribuições dos PTF, na forma de ajuda orçamental ou doações directas para
o Fundo, além de outras receitas.

39
6. IMPLEMENTACÇÃO, MONITORIA E AVALIACÇÃO, HIPOTÉSES E
RISCOS

6.1. Princípios orientadores da implementação do PE-SEN

A responsabilidade pela implementação do PE-SEN 2020-2024 e pelo sucesso do processo incumbe
a todos os órgãos do SEN e reger-se-á pelos seguintes princípios orientadores: subsidiariedade, co-
decisão, flexibilidade, transparência e a equidade.

 Princípio da subsidiariedade: as actividades do programa anual são realizadas ao mais

elevado nível possível pelos órgãos produtores do SEN e o CSE assegura a coordenação;
 Princípio de co‐decisão: as decisões sobre o conteúdo dos planos anuais de actividades são
preparadas, na base, pelos respetivos órgãos produtores, mas aprovadas pelo CSE, sob
proposta do seu Secretariado Permanente, após concertação com aqueles órgãos.
 Princípio da flexibilidade: o Plano Anual de Actividades e Orçamento (PAAO) do SEN será
flexível e qualquer necessidade nova pode ser tomada em conta, respeitando os mecanismos
de programação.
 Princípio de transparência: um relatório sobre o funcionamento do SEN será elaborado,
anualmente, pelo Secretariado Permanente do CSE, em coordenação com o serviço do INE
responsável pela coordenação estatística. A validação do relatório e a sua publicação incumbe
ao CSE.
 Princípio de equidade: as dimensões central, sectorial, regional e de género são tidas em
conta no processo de implementação do PE-SEN.

6.2 Dispositivo institucional de implementação do PE-SEN

A estrutura institucional de implementação é baseada numa organização com três níveis de
intervenção:

 Na cúpula, o CSE, o órgão superior de coordenação da elaboração, monitoria e avaliação do

PE-SEN. Aprova o relatório anual sobre a implementação do PE-SEN e os documentos
técnicos de base;

 No nível intermédio, o Secretariado Permanente do CSE (SP-CSE), serviço a ser criado no

INE, é responsável pela supervisão e pela gestão técnica das actividades do PE-SEN. Prepara,
para as reuniões do CSE, os vários relatórios sobre a implementação do PE-SEN e outros

40
 documentos técnicos, com o apoio do serviço do INE responsável pela coordenação
estatística.

 Na base, o INE, o BM e os ODINE, que asseguram a execução directa das actividades das
áreas de sua competência, previstas no Plano Anual de Actividades e Orçamento do SEN.
Cada um desses órgãos apresentará, a cada ano, o respetivo relatório de actividades do
período anterior.

6.3. Mecanismo e ferramentas de Monitoria e Avaliação do PE-SEN

O mecanismo de Monitoria e Avaliação do PE-SEN 2020-2024 é apoiado nos princípios de Gestão
Baseada em Resultados. O objectivo é fornecer aos utilizadores todas as informações sobre os
resultados da implementação do Plano de Ação e o progresso, em termos de efeitos e impactos, em
direcção à consecução dos objectivos e da Visão. Permite em cada momento saber o estado de
implementação do SEN e tomar as medidas corretivas que se mostrarem necessárias, visando a
execução adequada das ações definidas.

Os instrumentos de Monitoria e Avaliação são os seguintes:

 Plano Anual de Actividades e Orçamento do SEN: a cada ano, os órgãos produtores do

SEN elaboram os respetivos planos anuais de actividades para o ano N+1 Esses documentos
são submetidos ao Secretariado Permanente do CSE, que faz a sua compilação com o apoio
do serviço do INE responsável pela coordenação estatística. O documento compilado, após a
sua aprovação pelo CSE, constituirá o PAAO do SEN. Esse documento levará em conta as
actividades constantes do Plano de Ação do PE-SEN e de outras não programadas, mas
consideradas úteis para alcançar os objectivos do PE-SEN 2020-2024 ou julgadas pertinentes
pelo CSE. Tendo em conta que os planos anuais de actividades para o ano 2020 já foram
elaborados, e somente em finais de 2019 concluiu-se a elaboração do PE-SEN, os mesmos
devem ser revistos para comtemplar outras acções previstas no Plano de Acção deste PE-SEN
para o ano de 2020. No total, 5 PAAO serão elaborados até 2024. Com base no PAAO, cada
órgão produtor ajustará o respetivo plano anual de actividades inicial;

 Relatórios Trimestrais de Progresso: Cada órgão produtor do SEN elabora e submete ao

SP-CSE, para cada trimestre findo, até 2024, um relatório de progresso que permita medir o
nível execução das actividades programadas e os constrangimentos encontrados, úteis na
introdução de medidas de correção, se necessário;

41
  Relatório Anual de Actividades Estatísticas (RAAE) do SEN: descreve a execução durante
um ano do PAAO. Cada órgão produtor elaborará o respetivo relatório com base nas
actividades programadas no PAAO. Esses relatórios serão apresentados ao SP-CSE, que faz a
sua compilação com o apoio do serviço do INE responsável pela coordenação estatística. O
documento compilado, após a sua aprovação pelo CSE, constituirá o RAAE do SEN. Esse
documento permite constar os progressos em direcção à obtenção de resultados. Um total de
5 relatórios anuais serão produzidos até 2024;

 Balanço de implementação do PE-SEN: trata-se de uma avaliação a meio termo, que é uma
avaliação externa dos principais objectivos do PE-SEN, a fim de medir o nível de alcance dos
resultados esperados. Essa avaliação, que será realizada em 2022, permitirá: (i) fazer um
balanço do estado dos progressos na implementação do PE-SEN; (ii) retirar lições com essa
implementação; (iii) propor os ajustamentos necessários, com base nessas lições, para que o
PE-SEN possa alcançar os seus objectivos e resultados, em 2024. Nessa eventualidade, o
processo deve ser participativo, envolvendo todos os órgãos do SEN, utilizadores e os PTF.

 Avaliação Final do PE-SEN: trata-se, também, de uma avaliação externa, por uma missão
de avaliadores independentes, e ocorrerá em 2024. Essa avaliação final revelará a consecução
geral dos resultados esperados. A sua realização será apoiada pela realização de um
“Inquérito sobre a Satisfação dos Utilizadores de Estatísticas Oficias”, que destacará o uso e
a utilidade das estatísticas, do ponto de vista dos beneficiários, e por um “Inquérito sobre
Estado do SEN”, junto dos seus órgãos produtores, favorecendo, assim, uma melhor medição
do impacto das acções realizadas durante os anos de implementação do PE-SEN 2020-2024.

6.4. Hipóteses e riscos de implementação do PE-SEN

Os principais riscos relacionados com a implementação do PE-SEN 2020-2024 são, nomeadamente,
os seguintes:
 A falta de vontade política suficiente para apoiar o desenvolvimento da actividade estatística
oficial;
 A insuficiência de recursos financeiros para a realização das principais actividades estatísticas
programadas, designadamente recenseamentos e inquéritos de grande envergadura;
 A persistência de forte dependência de financiamento externo para a realização de grandes
operações estatísticas (recenseamentos e inquéritos especiais);

42
  A demora na disponibilização dos recursos financeiros alocados às actividades estatísticas e
restrições orçamentais;
 A não criação de um FNDE para o financiamento perene da atividade estatística oficial no
País;
 A insuficiência de recursos humanos em quantidade e qualidade, que pode condicionar,
negativamente, a obtenção de resultados;
 A mobilidade de quadros estatísticos qualificados do SEN, face a ausência de um estatuto
especial, prejudicial à manutenção e capitalização de experiências adquiridas;
 A deficiente coordenação entre o INE e os ODINE.

Face aos riscos acima identificados, o sucesso da implementação do PE-SEN 2020-2024 pressupõe
que o Governo moçambicano afirme um compromisso político forte para com o desenvolvimento
das estatísticas oficiais, através de uma declaração política sobre a importância das estatísticas
oficiais na tomada de decisões (definição, monitoria e avaliação de políticas públicas) e da aprovação
deste documento, em sede do Conselho de Ministros. Também, o sucesso do PE-SEN 2020-2024
será fortemente condicionado pela adopção de medidas adequadas para remover as restrições
inerentes a recursos financeiros e humanos. Tais medidas dizem respeito, designadamente, à rápida
mobilização e disponibilização de recursos financeiros para a execução do Plano de Ação do SEN
2020-2024, seja pelo Governo, como pelos PTF, à criação e operacionalização de um FNDE, tal
como recomendado pela CAE, para o financiamento perene da actividade estatística oficial, à criação
e disponibilização de dotações orçamentais próprias e suficientes para a realização das actividades
estatísticas dos ODINE, à dotação do SEN de recursos humanos suficientes e qualificados para a
execução de actividades estatísticas e motivação do pessoal estatístico.

43
CONCLUSÃO
O PE-SEN 2020-2024, ora proposto, responde ao actual contexto nacional e internacional e constitui
um instrumento, por excelência, em termos de programação estratégica das actividades estatísticas,
de mobilização de recursos financeiros, quer interno, quer externo, e no diálogo com os parceiros,
tudo confluindo para que o SEN responda, adequadamente, às necessidades dos utilizadores de
estatísticas oficiais.

A visão geral para o desenvolvimento do SEN, até 2024, os eixos, os objectivos estratégicos e
operacionais e as ações prioritárias foram objecto de consenso pelos órgãos do SEN.

Os objectivos pretendidos são, designadamente, a melhoria da governança e coordenação do SEN, o

reforço das capacidades do SEN (humanos, financeiros e materiais), a melhoria da cobertura e
qualidade da produção estatística e a melhoria da disseminação, arquivo e uso de estatísticas oficiais
e promoção da cultura estatística.

A implementação correcta deste PE-SEN permitirá que o SEN dê um salto qualitativo, muito
importante. Com efeito, no final, o SEN deverá ter: um sistema institucional moderno e melhor
coordenado; um sistema de programação e avaliação, amplamente aprimorado, para o uso eficiente
dos recursos disponíveis; maiores recursos (financeiros, humanos e materiais) para garantir solidez
irreversível; produção estatística suficiente e de qualidade, melhorando, consideravelmente, o
conhecimento da economia e da sociedade; utilizadores mais exigentes, usando melhor as
estatísticas.

Nestes termos conclui-se que o PE-SEN será um instrumento importante em termos de gestão eficaz,
que optimiza a produção estatística, que apresenta um quadro de necessidades e prioridades na
produção estatística e quantifica os recursos a utilizar. É a principal referência do governo e seus
parceiros para as intervenções no campo estatístico. Sua implementação requer um compromisso de
todos actores do SEN.

Para garantia do sucesso da implementação e monitoria do PE-SEN, um mecanismo institucional

está previsto e a sua aplicação efetiva, que se recomenda fortemente, requer o comprometimento de
todos os órgãos do SEN, para permitir alcançar os objectivos preconizados.

44
DIAGNÓSTICO DO SISTEMA
ESTATÍSTICO NACIONAL

2013-2019
Moçambique

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
ANEXOS

ANEXO 1: DIAGNÓSTICO DO SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL

45
 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA
ESTATÍSTICO NACIONAL, 2013-2019
Moçambique
[Versão final]
Elaborado por: António Duarte - Consultor Internacional
(antoniorduarte@gmail.com)
Novembro de 2019

46
INDICE
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS.......................................................................................... 49

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 51

ABORDAGEM METODOLÓGICA................................................................................................... 53

PARTE I: SÍNTESE DO BALANÇO DA IMPELMENTAÇAO DO PLANO DE ACÇÃO DO PE-

SEN 2013-2019 .................................................................................................................................... 54

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................................................................... 54

2. RESULTADOS DA EXECUÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO 2013-2019 ..................................... 55

PARTE II: ANÁLISE SITUACIONAL DO SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL .................... 57

2. ESTADO DO SEN .......................................................................................................................... 57

2.1. Governança do SEN .................................................................................................................. 57

2.1.1. Quadro jurídico-legal .......................................................................................................... 57

2.1.2. Estrutura institucional ......................................................................................................... 60

2.1.3. Coordenação do SEN.......................................................................................................... 66

2.2. Capacidades do SEN ................................................................................................................. 67

2.2.1. Recursos Humanos ............................................................................................................. 67

2.2.2. Recursos Materiais e Tecnológicos .................................................................................... 71

2.2.3. Recursos Financeiros .......................................................................................................... 72

2.3. Estado da produção estatística................................................................................................... 74

2.3.1. Produção estatística do INE ................................................................................................ 74

2.3.2. Produção estatística do BM ................................................................................................ 76

2.3.3. Produção estatística dos ODINE ........................................................................................ 77

2.4. Difusão, comunicação e arquivo de dados estatísticos ............................................................. 78

2.4.1. Difusão e comunicação dos dados estatísticos ................................................................... 78

2.4.2. Documentação e Arquivo de dados estatísticos ................................................................. 79

2.5. Análise da procura e oferta estatística ....................................................................................... 80

47
 2.5.1. Procura estatística ............................................................................................................... 80

2.5.2. Oferta estatística ................................................................................................................. 81

2.5.3. Análise da adequação entre a oferta e a procura estatística ................................................ 81

2.6. Avaliação dos utilizadores sobre a produção e difusão de dados estatísticos ........................... 83

2.6.1. Acessibilidade dos dados estatísticos oficiais .................................................................... 84

2.6.2. Fiabilidade dos dados estatísticos ....................................................................................... 84

2.6.3. Actualidade e pontualidade dos dados estatísticos ............................................................. 84

2.6.4. Suporte de acessibilidade dos dados estatísticos ................................................................ 85

2.6.5. Prazo de difusão dos dados estatísticos .............................................................................. 86

2.6.6. Frequência de disponibilidade dos dados estatísticos aos utilizadores............................... 86

2.6.7. Cobertura e nível de desagregação dos dados estatísticos .................................................. 86

2.7. Síntese das Forças e Fraquezas do SEN, Ameaças e Oportunidades do seu ambiente ............. 87

2.7.1. Forças e Fraquezas do SEN ................................................................................................ 87

2.7.2. Oportunidades e ameaças do ambiente do SEN ................................................................. 89

2.8. Os principais desafios do SEN .................................................................................................. 90

CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 92

ANEXO: Taxa de realização do plano de acção do SEN, 2013-2019 ................................................. 93

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 96

48
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AFRISTAT Observatório Económico e Estatístico da África Subsariana
ANDA Arquivo Nacional de Dados
BAD Banco Africano de Desenvolvimento
BM Banco de Moçambique
CCRGP Conselho Coordenador de Recenseamento Geral da População
CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
CSE Conselho Superior de Estatística
DQAF Esquema de Avaliação da Qualidade dos Dados
EU União Europeia
FMI Fundo Monetário Internacional
FOFA Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças
INE Instituto Nacional de Estatística
IPC Índice de Preços no Consumidor
MASA Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar
MCTESTP Ministério da Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional
MEF Ministério da Economia e Finanças
MINEDH Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
MIMAIP Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas
MISAU Ministério da Saúde
MITESS Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social
MOPHRH Ministério das Obras Públicas e Recursos Hídricos
NEPAD Nova Parceria para o Desenvolvimento de África
NU/ONU Nações Unidas
ODINE Órgão Delegado do Instituto Nacional de Estatística
ODM Objectivos de Desenvolvimento do Milénio
ODS Objectivos do Desenvolvimento Sustentável
OMS Organização Mundial da Saúde
NU / ONU Nações Unidades / Organização das Nações Unidades
PALOP Países Africanos de Língua Portuguesa
PAM Programa Alimentar Mundial
PARIS 21 Secretariado da Parceria Estatística ao Serviço do Desenvolvimento do Século XXI
PE-SEN Plano Estratégico do Sistema Estatístico Nacional
PIB Produto Interno Bruto
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PQG Plano Quinquenal do Governo

49
PTF Parceiros Técnicos e Financeiros
RGPH Recenseamento Geral da População e Habitação
SADC Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
SEA Sistema Estatístico Africano
SEN Sistema Estatístico Nacional
SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
UA / CUA União Africana / Comissão da União Africana
UNFPA Fundo das Nações Unidas para a População
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância

50
INTRODUÇÃO
No quadro da elaboração, implementação, monitoria e avaliação de políticas públicas e dos
compromissos internacionais, regionais e sub-regionais de Moçambique, o Sistema Estatístico
Nacional (SEN) é solicitado a produzir dados estatísticos de qualidade, em todos os sectores da vida
económica e social. A emergência de novas necessidades de dados estatísticos (procura estrutural e
conjuntural) determina que haja um reforço das capacidades do SEN, com vista a responder a esses
desafios e, para o efeito, uma planificação estratégica da actividade estatística oficial é crucial.

Moçambique já tem experiência no processo de planificação estratégica da actividade estatística, no

âmbito do SEN, que remonta ao ano de 1997, altura em que foi elaborado o primeiro plano
estratégico, designado por “Linhas Gerais de Actividade Estatística Nacional”. Em 2002, foi
elaborado o segundo plano estratégico para vigorar no quinquénio de 2003‐2007. Posteriormente, foi
elaborado o Plano Estratégico 2008‐2012.

Em 2012, foi elaborado e aprovado o Plano Estratégico 2013-2017 que além de consolidar os
objectivos do quinquénio (2008‐2012) tinha como maior desafio, a modernização dos processos de
produção estatística, fortalecendo, assim, a capacidade de produção estatística ao nível dos Distritos,
das Províncias e Municípios, de forma a responder às necessidades de informação estatística no
processo de governação e desenvolvimento local

O objectivo central foi de ter um SEN moderno, organizado e alinhado ao novo paradigma definido
pela Carta Africana de Estatística, com enfase ao forte envolvimento direto dos utilizadores e tendo
como suporte um novo quadro legal do SEN.

Em 2015, o Plano Estratégico do SEN (PE-SEN) 2013-2017 foi sujeito a uma avaliação externa, de
meio-termo, levada a cabo por uma missão conjunta de representantes do Secretariado da Parceria
Estatística ao Serviço do Desenvolvimento do Século XXI (PARIS 21), do Banco Africano de
Desenvolvimento (BAD) e de Estatística de Noruega (Statistics Norway), a qual recomendou que o
período de cobertura do PE-SEN fosse alargado até 2019, de modo a assegurar o alinhamento com o
Programa Quinquenal do Governo (PQG) [2015-2019] ”

Apesar dos progressos alcançados no decorrer da implementação do PE-SEN 2013-2019, o SEN

Moçambique, ainda enfrenta grandes desafios no seu processo de desenvolvimento e consolidação.

É neste contexto que o SEN decidiu elaborar, sob a responsabilidade do Instituto Nacional de
Estatística (INE), uma nova Estratégia Nacional de Desenvolvimento da Estatística para o período

51
2020-2024, a qual deve levar em consideração as recomendações da referida avaliação e as fraquezas
detetadas durante a execução do PE-SEN 2013-2019.

A nova estratégia para o desenvolvimento da estatística visa, entre outros objectivos, consolidar as
conquistas alcançadas na vigência do PE-SEN 2013-2019 e corrigir as deficiências verificadas na sua
implementação. Especificamente, o PE-SEN 2020-2024 deve (i) contribuir para tornar o SEN
sustentável em termos de produção estatística, necessárias à formulação, monitoria e avaliação das
estratégias de desenvolvimento do país, com destaque para a Agenda 2025 e a Estratégia Nacional de
Desenvolvimento 2015-2035. Adicionalmente, deve contribuir para a monitoria dos compromissos
internacionais, regionais e sub-regionais do País (a Agenda 2030, a Agenda 2063, o Plano de
Desenvolvimento Regional da SADC), (ii) promover um adequado planeamento e coordenação da
actividade estatística, (iii) oferecer ao Governo e aos parceiros de desenvolvimento um melhor
quadro que facilite o financiamento da actividade estatística, (iv) servir de documento de excelência
para diálogo e concertação entre os diferentes órgãos do SEN.

A elaboração propriamente dita do PE-SEN 2020-2024 passa pelas seguintes fases consecutivas:
 Realização de actividades preparatórias, culminando-se com o lançamento do processo de
elaboração do PE-SEN;
 Realização do diagnóstico do SEN e o balanço do PE-SEN 2013-2019;
 Definição da visão e dos objectivos estratégicos; e
 Elaboração do plano de acção 2020-2024 que permitam atingir os objectivos estratégicos
definidos.
O presente documento refere-se à fase do Diagnóstico do SEN e ao Balanço do PE-SEN 2013-2019 e
está estruturada da seguinte forma:
 Abordagem metodológica;
 Síntese do balanço da implementação do PE-SEN 2013-2019;
 Análise diagnóstica do SEN; e
 Conclusão.

52
ABORDAGEM METODOLÓGICA
A metodologia adoptada para a realização do Diagnóstico do SEN compreendeu, nomeadamente, a
revisão bibliográfica de documentos oficiais do país e do SEN, a realização de dois inquéritos, um
aos Produtores e outro aos Utilizadores de Estatísticas Oficiais. De forma a imprimir maior
objectividade nas respostas, as perguntas foram maioritariamente fechadas, cabendo, apenas, aos
respondentes escolher a opção entre as alternativas propostas. Complementarmente, o consultor,
recrutado para apoiar o processo, realizou entrevistas com representantes dos diferentes órgãos do
SEN, com o intuito de compreender, entre outros aspectos, as principais forças e fraquezas do SEN e
os principais desafios a superar para melhorar a sua performance. Igualmente, realizou visitas a
algumas das Delegações Provinciais do INE, auscultou fornecedores de dados, utilizadores
(academia) e Parceiros Técnicos e Financeiros (PTF), com interesse na produção estatística, onde
foram discutidos os desafios e a problemática do financiamento da actividade estatística oficial no
País. Posteriormente, foram analisados os resultados dos dois inquéritos, bem como os resultados dos
cálculos das taxas de execução do Plano de Acção 2013-2019. Finalmente, foi elaborada versão
preliminar do presente Relatório do Diagnóstico, que foi socializado com as autoridades estatísticas
nacionais, para discussão e validação.

53
PARTE I:
SÍNTESE DO BALANÇO DA IMPELMENTAÇAO DO PLANO DE ACÇÃO
DO PE-SEN 2013-2019
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
O PE-SEN 2013-2017 definiu a seguinte visão de desenvolvimento do SEN: “Ser a principal
referência estatística para o desenvolvimento nacional.”. Para a materialização desta visão, o PE-
SEN propôs 4 Temas Estratégicos, a saber:
 Tema 1: Produção e disseminação de estatísticas de qualidade
 Tema 2: Coordenação da produção de estatísticas de qualidade
 Tema 3: Capacitação institucional sustentável
 Tema 4: Promoção duma cultura estatística

Para cada Tema, foram associadas Áreas de Intervenção, no total de 16, das quais cinco para o Tema
1, duas para o Tema 2, seis para o Tema 3 e três para o Tema 4.

Em 2015, o PE-SEN 2013-2017 foi sujeito a uma avaliação externa, de meio-termo, levada a cabo
por uma missão conjunta de representantes de PARIS 21, do BAD e de Estatística de Noruega
(Statistics Norway), a qual recomendou que o período da sua vigência fosse alargado até 2019, “para
estar em consonância com o fim do período do PQG [2015-2019] ”, o que efectivamente aconteceu.
Consequentemente, os quatro temas e as várias áreas de intervenção para cada tema, foram
reformulados e agrupados em dois objectivos em dois Objectivos Estratégicos, nomeadamente:

 Objectivo Estratégico 1: Produzir e disseminar, com qualidade, estatísticas demográficas,

sociais, vitais, económicas, de governação, de género e do ambiente para planificação e
monitoria dos programas de desenvolvimento nacional;

 Objectivo Estratégico 2: Fortalecer a capacidade institucional, através da gestão,

desenvolvimento de recursos humanos, coordenação interinstitucional, com recurso às novas
tecnologias e metodologias de produção estatística.

Ao nível dos Objectivos Estratégicos foram definidos 9 Objectivos Específicos, dos quais três para o
Objectivo Estratégico 1 e seis para o Objectivo Estratégico 2.

54
2. RESULTADOS DA EXECUÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO 2013-2019
A implementação do PE-SEN 2013-2019 permitiu que o SEN de Moçambique alcançasse resultados
significativos em termos de produção estatística e do reforço da capacidade institucional, embora não
no nível desejável, sobretudo, no que se refere à governança do SEN.

Globalmente, no total de 191 actividades programadas no Plano de Acção do PE-SEN 2013-2019, a

taxa de execução até Julho de 2019, foi de 81,5%, dos quais 84,9% para o Objectivo Estratégico 1 e
78,2% para o Objectivo Estratégico 2.

Tabela 1: Taxa de execução do Plano de Acção do PE-SEN 2013-2019 por eixo estratégico
Taxa de
Objectivos Estratégicos do PE-SEN 2013-2019
execução
Objectivo Estratégico 1: Produzir e disseminar, com qualidade, estatísticas demográficas,
sociais, vitais, económicas, de governação, de género e do ambiente para planificação e 84,9%
monitoria dos programas de desenvolvimento nacional:
Objectivo Estratégico 2: Fortalecer a capacidade institucional, através da gestão,
desenvolvimento de recursos humanos, coordenação interinstitucional, com recurso às novas 78,2%
tecnologias e metodologias de produção estatística.
Total 81,5%

Com base na tabela 1, pode-se verificar que o efeito maior em termos de realização do PE-SEN
2013-2019 foi sobre a produção estatística, ou seja, no Objectivo Estratégico 1, com cerca de 85%,
com maior enfoque a performance do INE. Houve um progresso assinalável ao nível da realização de
grandes operações estatísticas, da produção e difusão das estatísticas económicas e das estatísticas
demográficas e sociais, o que permite ter um manancial considerável de informações estatísticas para
a satisfação das necessidades dos utilizadores, nesses domínios estatísticos. Assim, ao nível dos
Objectivos Específicos 1.1 (Produzir e disseminar os resultados das grandes operações estatísticas),
1.2. (Produzir e disseminar estatísticas económicas, sectoriais e ambientais) e 1.3. (Produzir
estatísticas demográficas, vitais e sociais correntes), obteve-se como taxas de execução,
respectivamente, de 71,7%, 81,3% e 96,2% (Tabela 13 em Anexo).

No que se refere ao reforço da capacidade institucional (Objectivo Estratégico 2, com uma taxa de
execução de 78,2%), os melhores resultados verificam-se nos Objectivos Específicos 2.1
(Estabelecer um quadro de recursos humanos com motivação e competências técnicas adequadas
para o desenvolvimento das estatísticas do SEN), 2.3. (Manter um quadro de recursos financeiros e
materiais necessários à realização da visão e missão do SEN), 2.4. (Assegurar um sistema de gestão
integrada e coordenação estatística) e 2.5. (Promover a Cultura Estatística Nacional), com taxas de

55
execução, respectivamente, de 84,6%, 88,9%, 77,3% e 77,1%. Dentro deste último objectivo
especifico, (2.5), destaca-se as actividades de Relações Externas no seio do SEN, com níveis de
execução superior a 95%.

O baixo desempenho em termos de realização, verificou-se no Objectivo Específico 2.2. (Criar e

manter um sistema robusto de tecnologia informática assente numa arquitetura de gestão de bases de
dados e Web para recolher, compartilhar, aceder e disseminar informação estatística), com uma taxa
de execução de 58,1%.

Importa referir que a implementação do PE-SEN 2013-2019 não teve qualquer impacto ao nível da
governança do SEN, devido, fundamentalmente, à não revisão e implementação da nova legislação
estatística. Por isso, como se depreende de uma das quatro actividades previstas para o Objectivo
Específico 2.5.2 (Consolidação do Quadro Legal do SEN), a taxa de execução foi relativamente
baixa, ou seja, 50%. Assim, verifica-se que o SEN continua a ser regido pela mesma lei, com mais de
23 anos.

Neste contexto, a implementação do PE-SEN 2020-2024 deve poder maximizar e consolidar os

ganhos obtidos e enfrentar desafios actuais com que o SEN se depara, tendo em vista um
desenvolvimento ainda mais robusto e sustentável.

56
PARTE II:
ANÁLISE SITUACIONAL DO SISTEMA ESTATÍSTICO NACIONAL

2. ESTADO DO SEN
A análise situacional do SEN incidiu, nomeadamente, sobre a governança e as capacidades do SEN,
o estado da produção estatística, a procura e oferta de estatísticas oficiais, a difusão, comunicação e
arquivo dos dados estatísticos. O estudo diagnóstico visou, ainda, identificar e apresentar uma síntese
dos pontos fortes e as fraquezas relevantes do SEN, as ameaças externas que podem influenciar o seu
desenvolvimento, as oportunidades do ambiente envolvente a aproveitar, de acordo com a análise
FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), e os principais desafios a serem enfrentados.

2.1. Governança do SEN

2.1.1. Quadro jurídico-legal

a) Carta Africana de Estatística

Pela Resolução n.º 69/2011, de 30 de Dezembro, a Assembleia da República de Moçambique

ratificou a Carta Africana de Estatística e estabeleceu a competência ao Governo para adoptar as
medidas necessárias à sua implementação.

Esta Carta constitui um marco regulatório para o desenvolvimento das estatísticas no Continente
Africano. Ela foi elaborada pela Comissão da União Africana (CUA) e adoptada, ao mais alto nível
político, pelos Chefes de Estado e de Governo Africanos, na 12.ª Sessão Ordinária da União Africana
(UA), realizada em 3 de Fevereiro, de 2009, em Addis Abeba, Etiópia.

A Carta Africana de Estatística foi redigida por todos os membros do Sistema Estatístico Africano
(SEA) e parceiros de desenvolvimento. Ela visa os seguintes Objectivos: (1) Servir de quadro de
orientação para o desenvolvimento da Estatística Africana, designadamente a produção, gestão e
divulgação de dados e informações estatísticos aos níveis nacional, regional e continental; (2) Servir
de instrumento de advocacia para o desenvolvimento da estatística no Continente; (3) Contribuir para
a melhoria da qualidade e da comparabilidade de dados estatísticos, necessários para o
acompanhamento do processo de integração económica e social de África; (4) Promover o respeito
pelos princípios fundamentais da produção, armazenagem, gestão, análise, divulgação e utilização da
informação estatística no Continente Africano; (5) Contribuir para o reforço da coordenação das
actividades estatísticas e das instituições de estatísticas em África, incluindo a coordenação das
intervenções de parceiros a nível nacional, regional e continental; (6) Reforçar as capacidades

57
humanas e institucionais das estruturas de estatísticas a nível nacional, regional e continental; (7)
Servir de referência para o exercício da profissão de estatístico, do código de ética profissional e de
boas práticas; (8) Promover uma cultura que faz a observação dos factos na base de formulação,
acompanhamento e avaliação de políticas; (9) Contribuir para a melhoria e o funcionamento efectivo
do SEA, assim como para a troca de experiências; e (10) Evitar as duplicações na implementação de
programas de estatística.

A Carta articula-se, ainda, em torno de 6 (seis) Princípios, a serem aplicados pelos membros do SEA,
pelos funcionários africanos da estatística e por todos aqueles que trabalham na área da estatística
aos níveis nacional, regional e continental, na África. São eles: (1) Independência Profissional; (2)
Qualidade; (3) Mandato para a recolha de dados e recursos; (4) Divulgação; (5) Proteção de dados
individuais, fontes de informação e pessoas inquiridas; e (6) Coordenação e Cooperação.

Não obstante a Carta já estar em vigor em Moçambique, desde 2015, as suas orientações,
designadamente os princípios, ainda não foram absorvidas para a ordem jurídica interna de
Moçambique, uma vez que a legislação estatística nacional é anterior, e, portanto, carecendo-se de
ser revista em conformidade com essa Carta.

b) Legislação estatística nacional

A actividade estatística oficial em Moçambique rege-se pela Lei n.º 7/96, de 5 de Julho, que criou o
SEN e estabelece, nomeadamente, os objectivos do SEN, os princípios que regem a actividade
estatística oficial, a confidencialidade estatística, os órgãos que compõem o SEN e as respectivas
competências, o regime de recolha extraordinária de informações estatísticas, transgressões
estatísticas e respectivas penalizações.

Relativamente aos princípios, de acordo com a referida lei, a actividade estatística oficial assenta
sobre os seguintes: Autoridade Estatística, Segredo Estatístico, Autonomia Técnica, Imparcialidade,
Transparência, Fiabilidade, Pertinência e Coordenação Estatística. Ela acolhe, assim, na
generalidade, os Princípios Fundamentais da Estatística Oficial das Nações Unidas (NU), adoptados
pela Comissão de Estatística das NU, em 14 Abril de 1994, e aprovados pela Assembleia-Geral das
NU2, em 29 de Janeiro de 2014.

2
Resolução 68/261, AG-NU

58
Complementarmente à referida lei de bases, o SEN rege-se pelo Decreto n.º 34/98, de 1 de Julho – o
Regulamento das Lei de Bases do SEN – e pela Lei n.º 12/97, de 31 de Maio – a Lei de Bases do
Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH).

Constata-se, no entanto, que essa legislação de base do SEN, além de possuir lacunas, já se encontra
bastante desactualizada (em vigor há 23 anos), pelo que é imprescindível proceder-se, o quanto antes
possível, à sua revisão, para poder atender, satisfatoriamente, às necessidades de um SEN moderno,
adequadamente funcional, de acordo com os padrões internacionais comparáveis. Na verdade, o PE-
SEN 2013-2019 refere que o processo de revisão da actual legislação de base do SEN iniciou-se
durante o quinquénio 2008-2012, pelo que o mesmo seria implementado ao abrigo da nova
legislação do SEN, o que não se verificou.

São, nomeadamente, as seguintes deficiências que se pode identificar na actual legislação do SEN:
 Desconformidade com os princípios orientadores da actividade estatística no Continente
Africano, face a adopção da Carta Africana de Estatística, ratificada pelo País, em 2011;
 Previsão de uma representatividade não equilibrada entre os produtores e utilizadores de
estatísticas oficiais;
 Não atribuição de competências importantes ao Conselho Superior de Estatístico (CSE),
enquanto órgão superior do SEN (ver as recomendações);
 Insuficiente regulação da cedência de dados estatísticos individuais (micro-dados);
 Não previsão de normas de acesso a dados de fontes administrativas, para fins estatísticos
oficiais;
 Não previsibilidade do regime de financiamento da actividade estatística oficial.

Assim, com vista a melhorar a organização, funcionamento e coordenação do SEN, propõe-se, como
orientações, os seguintes aspectos relevantes, entre outros, a serem tidas em conta na futura revisão
da lei:
 Harmonização da legislação estatística com a Carta Africana de Estatística, em vigor desde
2015 nomeadamente para conformá-la com os princípios desta e normas internacionais em
matéria estatística;
 Alargamento da composição e reforço das competências do CSE, enquanto órgão onde são
tomadas importantes de decisões sobre a actividade estatística;
 Densificação das normas sobre a cedência de dados estatísticos individuais, nomeadamente, a
previsão de mais condições e modalidades de acesso, precedida de anonimização e
autorização expressa e fundamentada do CSE;

59
  A definição do perfil, da duração do mandato e do regime de inamovibilidade dos membros
do órgão (colegial) de gestão do INE, bem como a possibilidade de os mesmos passarem a ser
nomeados precedida de audição em comissão competente da Assembleia da República;
 O estabelecimento de um regime apropriado de acesso aos dados de fontes administrativas,
para fins estatísticos oficiais, com o estabelecimento da obrigatoriedade da sua da transmissão
aos órgãos produtores do SEN;
 A previsão de outras situações que podem configurar transgressões estatísticas.

2.1.2. Estrutura institucional

O SEN moçambicano é o conjunto orgânico integrado pelas instituições e entidades a quem compete
o exercício da actividade estatística oficial, designadamente o CSE, o INE, o Banco de Moçambique
(BM) e o Conselho Coordenador de Recenseamento Geral da População (CCRGP).

O SEN moçambicano acompanha as orientações provenientes de várias organizações internacionais

e regionais, designadamente da Organização das Nações Unidas (ONU), da UA, da Comunidade
para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), dos Países Africanos de Língua Oficial
Portuguesa (PALOP) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Nova Parceira
para o Desenvolvimento de Africa (NEPAD).

a) Conselho Superior de Estatística

O CSE é o órgão do Estado que orienta e coordena o SEN. Compete-lhe definir as linhas gerais da
actividade estatística nacional e estabelecer as respectivas prioridades, zelar pela observância do
segredo estatístico e decidir sobre as propostas de dispensa do segredo estatístico, entre outras
importantes competências previstas na lei. O CSE integra os produtores e utilizadores de estatísticas
oficiais, e é presidido pelo Primeiro-Ministro, ou por outro membro do Governo em que este delegar
as funções, o que é fator de maior visibilidade e efectiva coordenação da actividade estatística, ao
mais alto nível político.

Ao longo dos anos, esse órgão tem funcionado em pleno, reunindo-se, regulamente, duas vezes por
ano (a cada semestre), em reuniões plenárias ordinárias, e, extraordinariamente, sempre que
necessário. Podendo, ainda, funcionar em comissões especializadas, consoante as matérias a tratar, o
CSE dispõe, actualmente de uma única comissão especializada, a Comissão de Coordenação
Estatística, criada em 2013, em substituição da Comissão de Harmonização, criada em 1999, mas
que, no entanto, não tem funcionado. No exercício das suas competências, o CSE aprova resoluções
e deliberações e emite recomendações.

60
O INE assegura o secretariado do CSE, prestando-lhe, para o efeito, o apoio administrativo
necessário ao seu funcionamento e das suas comissões especializadas.
No entanto, conforme referido anteriormente, há necessidade do alargamento da composição e
reforço das competências, nomeadamente, para o CSE:
 Ter uma representatividade mais equilibrada entre os produtores, incluindo os serviços
estatísticos sectoriais, e utilizadores de estatísticas oficiais, designadamente a representação
de Ministérios considerados grandes utilizadores de Estatísticas Oficiais, da Associação
Nacional dos Municípios, de ordens profissionais, de associações sindicais, de associações de
jornalistas, de associações de consumidores de âmbito nacional, de organizações
ambientalistas, de personalidades de reconhecida reputação e mérito científico, etc.,
 Definir os indicadores estatísticos oficiais de interesse nacional e geral, associados à
prestação de serviço público;
 Aprovar, mediante proposta do INE, um código de ética dos profissionais de estatísticas
oficiais e velar pela sua aplicação efectiva;
 Emitir parecer sobre projectos de planos plurianuais e anuais de actividade estatísticas de
todos os órgãos produtores do SEN, bem como os respectivos relatórios finais, a submeter à
aprovação dos respectivos membros do Governo de tutela, uma boa prática já existente no
INE;
 Determinar a realização de ações de fiscalização, por funcionários do INE devidamente
credenciados, com vista a avaliar o cumprimento das suas decisões de libertação do segredo
estatístico, ordenando, se for ocaso disso e sem prejuízo de outras sanções que ao caso
couberem, a imediata suspensão do tratamento ou apreensão dos dados.

b) Instituto Nacional de Estatística

O INE, criado pelo Decreto Presidencial n.º 9/96, de 28 de Agosto, é o órgão executivo central de
produção e difusão de estatísticas oficiais no âmbito SEN. Tem por objectivo a notação, apuramento,
coordenação e difusão da informação estatística oficial do País, e subordina-se ao Conselho de
Ministros, com faculdade de delegação da tutela num membro do Governo. Actualmente, a tutela
sobre o INE é exercida pelo Ministro da Economia e Finanças.

O Instituto é doptado de personalidade jurídica e autonomia técnica, administrativa, financeira. São

órgãos centrais do INE um Presidente, coadjuvado por dois Vice-Presidentes, um Conselho
Consultivo e um Conselho de Coordenação Metodológica. No entanto, os dois Vice-presidentes

61
foram exonerados, há mais de um ano, e, até a data, aguarda-se novas nomeações pelo Presidente da
República. Esta situação, coloca um problema de legalidade no funcionamento da instituição.

O INE estrutura-se, em termos de serviços centrais, em 6 Direções e 4 Gabinetes.

Ainda, tem sob a sua dependência a Escola Nacional de Estatística. Ademais, o INE está
representado nas Províncias, estando desconcentrada a sua actividade, com ganhos de eficiência na
produção estatística. Actualmente, possui delegações nas 11 Províncias e pontos focais em 161
Distritos.

O Estatuto Orgânico do INE, entretanto, em vigor há muito tempo, carece, igualmente, de uma
revisão para proporcionar à instituição melhores condições de enquadramento institucional para
desempenhar o seu papel como órgão central de produção e difusão das estatísticas oficiais.

Feita a análise do actual estatuto orgânico, constata-se, entre outros aspectos, o seguinte:
 O INE subordina-se ao Conselho de Ministros, e, por delegação, ao Ministro da Economia e
Finanças, no entanto, não há previsão expressa de todos os poderes possíveis da tutela sobre a
instituição;
 A instituição é dotada de autonomia administrativa, entretanto, a competência para aprovar o
Regulamento Interno do INE é atribuída à tutela, o que acaba enfraquecendo essa mesma
autonomia.
 Não há previsão do regime de nomeação (perfil, duração e renúncia do mandato) e
substituição dos dirigentes de topo, para que haja previsibilidade legal das competências
exigíveis para cargos de tamanha importância e estabilidade no exercício das funções,
independente das conjunturas politicas, fundamental para a independência dos dirigentes do
INE;
 Inexistência de um órgão de fiscalização (conselho fiscal ou fiscal único) responsável pelo
controlo da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial do INE.

Neste sentido, a aprovação de um novo estatuto do INE, no futuro, deve corrigir essas e outras
situações. Além disso, deve estabelecer um regime jurídico próprio de gestão do pessoal do INE
(existência de um estatuto do pessoal e um sistema remuneratório próprio), admitir como membros
do Conselho Consultivo do INE um representante do BM e um representante de cada um dos
ODINE, entre outros aspectos de melhoria.

No que diz respeito às Delegações Provinciais, persistem grandes fragilidades no seu funcionamento.
Assim, constatou-se, designadamente, os seguintes problemas ao nível desses serviços estatísticos
desconcentrados:

62
  Deficiente coordenação técnica e acompanhamento das Delegações Provinciais por parte do
INE;
 Discrepância entre os dados que provêm dos Distritos e os dados das Provinciais, pois, na
maioria das vezes, há uma validação prévia por parte de dirigentes políticos ao nível dos
Distritos, quando tal só pode ser feito pelo pessoal da estatística, de forma a ser garantida a
harmonização, coerência e qualidade estatística dos dados;
 Deficiente acesso à internet na maioria das delegações provinciais;
 Dificuldades de comunicação com o INE via internet
 Não disponibilização de recursos financeiros, via orçamento do INE, para fazer face às
actividades estatísticas correntes, sobretudo para suportar despesas de transporte para recolha
e supervisão;
 Falta de capacitação regular para os técnicos;
 Ausência de instalações próprias para o funcionamento de maioria das delegações
provinciais;
 Deficiente monitoria e avaliação das actividades.

Diante desse quadro, a elaboração e implementação do PE-SEN 2020-2024 deve ser vista como uma
grande oportunidade para se adoptar medidas adequadas para melhorar a performance das delegações
provinciais, nomeadamente através da coordenação técnica e acompanhamento, da disponibilização
de recursos suficientes e da monitoria e avaliação da sua actividade estatística por parte INE. Neste
sentido, propõe-se o seguinte:
 Criação de um mecanismo permanente de coordenação, acompanhamento, monitoria e
avaliação, por parte do INE, da actividade das suas delegações provinciais;
 Assumpção, em exclusivo, por parte do INE, da coordenação técnica da actividade estatística
das suas delegações provinciais. Ou seja, em matéria de estatística, não pode haver
interferências das tutelas administrativas;
 Dotação às delegações provinciais de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros
para o melhor desempenho das suas actividades estatísticas. Em termos de recursos
financeiros, o orçamento do INE deve contemplar, uma linha orçamental exclusivamente para
o desenvolvimento das actividades estatísticas das suas delegações;
 Assegurar a formação inicial e contínua, por parte do INE, dos recursos humanos das suas
delegações;
 Garantir a interconexão ou serviço de intranet permanente, entre o INE e as delegações
provinciais, de forma a melhor a sua comunicação;

63
  Mobilizar recursos necessários para a construção de instalações próprias das delegações
provinciais.

c) Órgãos Delegados do INE

Nos termos do seu estatuto orgânico, o INE pode, ainda, na prossecução das suas atribuições, delegar
funções oficiais de recolha, apuramento e difusão de dados estatísticos noutros serviços públicos,
designados Órgãos Delegados do INE (ODINE). Actualmente, o INE tem 8 ODINE nos seguintes
Ministérios: Agricultura e Segurança Alimentar (MASA); Economia e Finanças (MEF); Saúde
(MISAU); Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH); Ciência, Tecnologia, Ensino Superior
e Técnico Profissional (MCTESTP); Mar, Águas Interiores e Pescas (MIPAIP); Obras Públicas,
Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH); e Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS).

Os ODINE são serviços estatísticos dos referidos departamentos governamentais, os quais, por
delegação do INE, têm a responsabilidade de produzir e difundir as correspondentes estatísticas
sectoriais. São os principais correspondentes do INE ao nível sectorial.

De acordo com o inquérito realizado junto dos órgãos produtores do SEN, todos os ODINE declaram
utilizar as nomenclaturas e classificações, aprovadas pelo CSE, e que os instrumentos metodológicos
correspondentes à produção estatística são validados pelo INE. Trata-se de um aspecto fundamental
do ponto de vista da coordenação estatística. Com excepção do MASA e do MOPHRH, dispõem,
ainda, de repositórios e bases de dados estatísticos, embora não estão integrados/harmonizados com
os do INE. Ademais, asseguram que elaboram planos de actividade estatística e correspondentes
relatórios anuais.

Esses serviços estatísticos sectoriais estão integrados num departamento ou direcção do ministério de
que dependam e não se dedicam, apenas, às actividades estatísticas, além de não possuírem recursos
adequados (seja recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos). Essa situação,
necessariamente, tem um impacto assinalável na produção estatística desses serviços estatísticos
sectoriais, pois a sua actividade estatística acaba por não merecer a melhor atenção, resultando-se, de
alguma forma, negligenciada. Verifica-se, mesmo, que o nível de cobertura da sua produção
estatística é relativamente baixo e com reflexos em termos de qualidade.

É recomendável com esta constatação que cada ODINE tenha um enquadramento funcional mais
adequado. Tal pode ser feito através da estruturação, em cada ministério que possui um ODINE, de
um serviço que dedique, em exclusivo ou prioritariamente, ao desenvolvimento da actividade
estatística do sector, devendo, para o efeito, ser doptado de recursos próprios e suficientes.

64
Da análise da situação e das várias discussões com os sectores, conclui-se que se pode alargar o
leque de ODINE, introduzindo uma nova dinâmica ao sistema. Neste sentido, o INE deve analisar da
pertinência e existência de condições por parte dos potenciais ODINE, para que lhes sejam atribuídos
tal qualificação. Neste rol, destaca-se os serviços dos Ministérios da Cultura e Turismo, da Juventude
e Desportos, do Interior, dos Recursos Minerais e Energia, da Terra, Ambiente e Desenvolvimento
Rural, do Instituto Nacional de Saúde, do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, entre outros.

d) Banco de Moçambique

O BM, no âmbito do SEN e de acordo com o seu estatuto orgânico, é o órgão a quem compete
assegurar a centralização e compilação das estatísticas monetárias, financeiras, cambiais e da
Balança de Pagamentos que julgue necessárias à prossecução de uma política eficiente naqueles
domínios. É, pois, um dos pilares essenciais do SEN.

No entanto, ainda depara com o constrangimento de centralizar toda a informação estatística da sua
responsabilidade e necessária ao seu negócio. Dispõe de carências em termos de recursos humanos,
com formação em estatística. Enfrenta, também, dificuldades em responder às necessidades dos
utilizadores, isto porque, devido a baixa cultura estatística do país, os utilizadores não procuram a
informação de forma adequada.

A coordenação com o INE tem sido boa, apesar de haver espaços para melhoria. É preciso melhorar
os prazos na disponibilização dos dados, apesar de serem diferentes dos do INE e que, em alguns
casos, cria choque.

e) Conselho Coordenador de Recenseamento Geral da População

O CCRGP é o órgão do SEN responsável pela direcção do processo de Recenseamento Geral da

População e Habitação, cuja estrutura é presidida pelo Primeiro-ministro, sendo o Ministro da
Economia e Finanças o primeiro Vice-presidente e o Ministro das Obras Publicas Habitação e
Recursos Hídricos o segundo Vice-presidente, e integra outros Ministros que tutelam áreas
relevantes para a operação. Um Gabinete Central do recenseamento, presidido pelo INE, garante a
função executiva do CCRGP.

Constata-se, no entanto, que esse órgão funciona de forma intermitente, e só é activado nos dois anos
anteriores à realização do RGPH e desativado seis meses depois da divulgação dos resultados
definitivos do Censo. Em todo caso, não se justifica a sua existência como órgão do SEN para dirigir
uma única operação estatística, cuja realização é da alçada do INE, enquanto órgão produtor central

65
do SEN. Acresce, ainda, o facto de a lei já prever um órgão superior de orientação e coordenação do
SEN, o CSE, que é quem poderia, no âmbito das suas competências, acompanhar a realização do
RGPH, criando, para o efeito, uma comissão especializada eventual, à semelhança do que acontece
noutros SEN comparáveis de países da CPLP, por exemplo.

2.1.3. Coordenação do SEN

A coordenação estatística do SEN é da responsabilidade exclusiva do CSE. Essa coordenação
efectiva-se, nomeadamente, pela competência atribuída ao CSE de aprovar, sob proposta do INE,
conceitos, definições, nomenclaturas e outros instrumentos técnicos de coordenação estatística, de
uso obrigatório no desenvolvimento das actividades estatísticas oficiais. Ainda, no âmbito da
coordenação do SEN, o CSE aprecia o Plano Anual de Actividades Estatísticas do SEN e o
correspondente Relatório Anual, cuja elaboração é coordenada pelo INE. Entretanto, a lei do SEN,
actualmente, estabelece tal competência para o fazê-lo somente quanto ao INE. Neste sentido, na
futura revisão da lei estatística, essa boa prática deve estar expressamente prevista no rol das
competências do CSE, ou seja, em como deve apreciar os planos anuais de actividades e
correspondentes relatórios anuais de todos os órgãos produtores do SEN.

Relativamente a coordenação técnica, ela é assegurada pelo INE. Para o efeito, dispõe, na sua
estrutura orgânica, de um serviço central, a Direcção de Integração, Coordenação e Relações
Externas, responsável por coordenar as actividades relacionadas com a definição de códigos,
conceitos e nomenclaturas estatísticas, com vista à sua utilização em todos os inquéritos que se
realizem no âmbito do SEN. Acresce, ainda, a responsabilidade dessa unidade pela dinamização
desses instrumentos de coordenação estatística a todos os atos administrativos potencialmente
suscetíveis de aproveitamento estatístico, bem como exercer o controlo de coordenação técnica dos
instrumentos de notação do SEN e proceder ao processamento do respectivo registo. Igualmente, faz
a coordenação técnica da actividade estatística dos ODINE:

Um aspecto, digno de realce, que tem contribuído para a melhoria substancial da produção estatística
no país é a partilha de informações entre atores do SEN. Essa partilha tem tido impactos na melhoria
da eficiência, ao reduzir, simultaneamente, os encargos administrativos dos inquiridos. Igualmente,
os órgãos do SEN têm celebrado memorandos de entendimento e protocolos entre si e instituições
governamentais para a partilha dos dados, o que é fundamental na coordenação.

No entanto, foram constatadas, durante a recolha de informações, algumas fragilidades em termos de

concertação/coordenação entre os ODINE e o INE, nomeadamente dificuldades dos ODINE em
terem informações do INE, a inexistência de um sistema de partilha periódica e ordenada de

66
informações entre esses órgãos, ausência de uma reação atempada por parte do INE às informações
que recebe mensalmente dos ODINE, alguma discrepância entre os dados dos ODINE e do INE,
devido a questões metodológicas.

Neste sentido, é preciso melhorar a coordenação, supervisão e harmonização metodológica e que seja
implementado um efectivo mecanismo de monitoria e avaliação da actividade estatística ao nível do
SEN. Por outro lado, há que se pensar em desenvolver uma plataforma informática do SEN, onde se
pode encontrar informações de todos os seus órgãos produtores.

2.2. Capacidades do SEN

O SEN de Moçambique registou, nos últimos anos, progressos importantes em matéria de produção e
de difusão de dados estatísticos, e, consequentemente, ganhos de notoriedade e de boa imagem junto
dos utilizadores e dos parceiros. Este desempenho tem sido possível, fundamentalmente, graças à
disponibilização de recursos necessários pelo Estado e pelos PTF e ao dinamismo dos seus recursos
humanos. Entretanto, o SEN enfrenta, ainda, importantes restrições a vários níveis que devem ser
ultrapassadas a curto e médio prazo.

2.2.1. Recursos Humanos

a) Efetcivo e formação do pessoal

Em termos de recursos humanos, em Julho de 2019, o SEN de Moçambique dispunha de um efectivo

global de 835 funcionários, sendo 67% do INE e 33% no BM e nos ODINE. O INE, enquanto
autoridade central de produção e difusão de estatísticas oficiais, como se percebe, é o órgão mais
apetrechado em termos de recursos humanos, mas, ainda assim, insuficientes para as suas
necessidades. Com efeito, dispõe de um total de 567 funcionários, sendo 351 homens (representando
cerca de 62%) e 216 mulheres (38%), situação que evidencia um desequilíbrio de género. Do total
dos funcionários, 253 estão afectos aos Serviços Centrais e 314 distribuídos pelas 11 Delegações
Provinciais do INE.

Em termos de formação universitária, 352 colaboradores têm curso superior, sendo que 179 estão
colocados nos Serviços Centrais e 173 nas 11 Delegações Provinciais.

Entretanto, o SEN depara com um défice quantitativo e qualitativo de recursos humanos, em que
apenas cerca de 6,4% do total dos recursos humanos tem formação em estatística, menos de 1% é
demográfico e 5,8% são economistas, contrastando com 69% do total que tem formação em outras

67
áreas. Trata-se de uma situação preocupante, se tivermos em conta que a estatística é o Core
Business do SEN

O défice qualitativo é ainda mais preocupante no INE, que, em termos de quadros superiores com
formação universitária específica em Estatística ou em cursos com uma (forte) componente
estatística e outras áreas relevantes, só tem 36 Estatísticos, 5 Demógrafos, 19 Economistas, 20
Geógrafos, 21 Informáticos e 56 Técnicos de Comunicação, comparativamente ao restante do
pessoal (Outro), que ascende a 414 funcionários.

Essa situação, obviamente, não propicia condições favoráveis para formar e consolidar uma cultura
estatística no INE e, por sinergia, no SEN, pelo que se impõe, para além do recrutamento de quadros
com formação em estatística e/ou similares, o reforço da formação profissional do pessoal orientada
para uma efectiva profissionalização, visando alcançar a curto/médio prazo a reciclagem e
reconversão dos mais capazes.

O pessoal dos demais órgãos produtores do SEN (BM e ODINE) eleva-se a um efectivo total 268
funcionários, dos quais 17 são Estatísticos, 26 Economistas, 3 Técnicos Médios de Estatística, 2
Geógrafos, 4 Informáticos e 213 pessoal não estatístico. Na verdade, nos ODINE não há
propriamente um quadro de pessoal, mínimo que seja, afecto à produção estatística. Os poucos
recursos humanos que se dedicam à actividade estatística contabilizam-se no efectivo do total do
pessoal de cada ministério, com atribuições de vária ordem. Essa carência, tanto em quantidade
como em qualidade, de recursos humanos afectos à actividade estatística dos ODINE acaba
inviabilizando ou condicionando, de certa forma, a produção das respectivas estatísticas sectoriais,
quer em termos quantitativo como qualitativo.

O défice qualitativo de recursos humanos do SEN pode ser explicado, principalmente, pelos motivos
seguintes:
 A remuneração não compensatória/atractiva dos funcionários do SEN, que continuam sendo
tratados como qualquer outro funcionário público, quando, na verdade, não são, dada a
especificidade do trabalho que desenvolvem, que exige um nível de tecnicidade e
especialização própria, não exigível ao comum do funcionário público. Essa situação é, de
resto, ultrapassável através da adopção de uma carreira e estatuto remuneratório próprio para
os recursos humanos do SEN;
 Ausência de recursos financeiros próprios que permitam a contratação e retenção de pessoal
estatístico altamente qualificado, sem os condicionalismos do restante da Administração
Pública

68
  O recrutamento de não estatísticos ou pessoal com cursos sem uma forte componente
estatística, que pode representar um risco potencial para o SEN.

Tabela 2: Pessoal ao serviço dos Órgãos Produtores em Julho de 2019

Pessoal ao serviço em Julho de 2019
Categoria do pessoal
SEN INE BM ODINE
Economistas 45 19 16 10
Demógrafos 5 5 0 0
Estatísticos 53 36 1 16
Técnicos médios de estatística 25 22 0 3
Geógrafos 22 20 0 2
Informáticos 26 21 1 4
Técnicos de comunicação 52 52 0 0
Pessoal Administrativo 19 15 2 2
Pessoal de Apoio 11 9 0 2
Outro 577 368 0 209
Total 835 567 20 248
Fonte: Inquérito aos Produtores, Outubro de 2019

Neste contexto, para colmatar a insuficiência dos estatísticos de formação, não só no INE, mas em
todo o SEN, é preciso implementar-se um programa de formação inicial, com base num estudo sobre
as necessidades em estatísticos dos diferentes órgãos do sistema e dos meios para satisfazê-las,
recorrendo, sempre que possível, os recursos e as estruturas de formação existentes em Moçambique.
Para o efeito, o INE deve procurar estabelecer uma parceria estratégica com as universidades
nacionais, com vista à adequação dos programas curriculares da componente Estatística dos cursos
que a contemplem, sem prejuízo do objectivo da criação de um curso específico de Estatística, o que
pode passar pela adequação da estrutura curricular da Escola Nacional de Estatística, transformando-
a numa instituição de ensino superior.

Quanto à formação contínua dos recursos humanos, de acordo com informações recolhidas no
inquérito aos produtores, no período 2013-2019 (até Julho), o INE realizou várias ações de formação
interna que contribuíram para a melhoria da performance dos seus recursos humanos.

Ao nível do BM e ODINE, com excepção do MEF e MOPHRH, foram realizadas ações de formação
interna, mas que se centraram em áreas claramente insuficientes para melhorar as capacidades do
pessoal numa perspectiva de reciclagem, e delas se beneficiando um número reduzido de
funcionários.

Relativamente à formação externa, foram realizadas acções de formação, no estrangeiro, de que

beneficiaram os funcionários do INE, do BM e dos ODINE. “Workshop/Seminário” é o tipo de

69
formação predominante, nos últimos anos, nos órgãos produtores de estatística. Tais ações de
formação foram financiadas por instituições e organizações internacionais e regionais, em que a
maioria dos funcionários participaram são do INE, ao nível central. Esse facto foi mesmo ressaltado
durante contactos mantidos com os representantes das delegações do INE nas Províncias visitadas.

Neste sentido, por forma a promover a eficácia e abrangência na capacitação do pessoal, é necessário
que seja executado um plano global de formação dos recursos humanos do SEN, em áreas diversas,
associadas ao desempenho das suas funções no desenvolvimento da actividade estatística, e não se
limitando a participação em seminários/workshops, em que há pouco tempo para aprofundar os
conteúdos e nem sempre estão direcionadas à satisfação das necessidades.

b) Gestão dos recursos humanos

Um especto fundamental em termos de recursos humanos diz respeito à gestão da carreira estatística
e a sua evolução no sistema. Neste sentido, a ausência de um estatuto próprio do pessoal estatístico
constitui um handicap.

Para o bom desempenho, os órgãos produtores dos SEN devem dispor de pessoal eficiente. A gestão
do pessoal do SEN implica a tomada de decisões, nomeadamente, em matéria de recrutamento,
remuneração, orientação e formação, de forma a garantir o seu bom desempenho. Além disso, é
necessário ter uma boa política de mobilidade na carreira, tanto horizontal como na vertical, do
pessoal estatístico. Tudo isso é fundamental para assegurar a motivação dos recursos humanos,
crucial para o sucesso da estratégia de desenvolvimento do SEN.

De uma maneira geral, constata-se que nos órgãos do SEN (sobretudo, no INE e ODINE), a
motivação do pessoal é baixa. Como consequência, há uma considerável rotatividade de pessoal
estatístico em busca de melhores condições de trabalho, o que cria instabilidade ao nível dos recursos
humanos.

Assim, para assegurar o recrutamento e a retenção de pessoal altamente qualificado, o INE deve ser
doptado de instrumentos próprios de gestão do pessoal (estatuto do pessoal, plano de carreira,
sistema remuneratório atractivos).

Constatou-se que o INE desenvolveu uma Política e um Plano Estratégico dos Recursos Humanos,
mas aguarda-se pela sua implementação efectiva. Essa política de Recursos Humanos é importante
não só para adquirir e desenvolver as competências necessárias ao nível da instituição, como também
para reter as melhores competências, evitando a fuga de quadros para outras instituições, com
condições mais atractivas, o que é prejudicial para a sustentabilidade futura.

70
Para assegurar uma boa gestão dos recursos de todo o SEN, recomenda-se a realização de um estudo
de viabilidade da gestão centralizada do pessoal estatístico, em que todos os estatísticos públicos
seriam recrutados e remunerados pelo INE, que também administraria sua carreira. Este sistema de
gestão permitiria promover a mobilidade dos estatísticos no seio do SEN, dar a todos as mesmas
oportunidades de carreira, dotar os serviços estatísticos sectoriais de pessoal qualificado e, assim,
garantir a aplicação harmonizada, em todo o SEN, das metodologias, conceitos e nomenclaturas
adoptados pelo CSE, melhorando, assim, a qualidade e a comparabilidade das estatísticas oficiais.

2.2.2. Recursos Materiais e Tecnológicos

Em termos de equipamentos informáticos, softwares e TIC, o INE dispõe de 584 Computadores de
mesa, para um efectivo total de 567 pessoas, 64 Computadores Portáteis, 34 Scanners, 3 Vídeo-
projetor, 1 Servidor e 23 Discos Externos, equipamentos esses que estão em Bom estado de
funcionamento. Dispõe, ainda, de 170 Impressoras, 20 Fotocopiadoras e 1577 tabletes. Possui
Switches, Routers, Storages, Data Center, com uma idade média de 6 anos, e os softwares estatísticos
necessários para as suas actividades. Tem, ainda, uma linha telefónica e uma rede informática interna
e acesso fácil à internet (embora a conectividade seja instável, especialmente nas delegações
provinciais), o que permite aos colaboradores, através do respectivo computador, comunicar, obter e
verificar informações em linha. O INE possui também um Site Web (www.ine.gov.mz), onde publica as
principais informações e produtos estatísticos. No entanto, as Delegações Provinciais do INE
carecem de uma atenção especial, sobretudo, no que diz respeito a internet.

Para melhor aproveitar as potencialidades das TIC, o INE elaborou, em 2017, uma Política e um
Plano Estratégico das TIC. A política centra-se na modernização e manutenção da sua infraestrutura
lógica e dos equipamentos informáticos. No entanto, carece de validação e posterior implementação,
pelo que os seus efeitos não são sentidos ao nível da organização.

Os outros órgãos produtores do SEN (BM e ODINE) dispõem, no total, de 104 Computadores de
mesa, 82 Portáteis, 18 Impressoras, 10 Scanners, 6 Fotocopiadoras, 8 Vídeo-projector, 3 Servidores e
6 Discos Externos, estando a maioria desses equipamentos em Bom estado de funcionamento.

Quanto a infraestruturas, o INE está instalado num edifício moderno, construído de raiz, que
proporciona excelentes condições de trabalho e dignidade aos seus recursos humanos. Já ao nível das
Delegações do INE, na maioria das Províncias, a situação é bem diferente, o que requer uma atenção
especial, visando a melhoria de ambiente do trabalho do respectivo pessoal. Apenas 3 Delegações
têm edifícios próprios e com instalações físicas condignas para a execução das suas actividades.

71
O BM também dispõe de um edifício próprio e com boas condições de trabalho. Os ODINE
funcionam nas instalações dos respectivos departamentos governamentais.

No que se refere aos meios de deslocação, o INE dispõe de um total de 10669 veículos, dos quais 1
veículo pesado (em Mau estado), 278 veículos ligeiros de passageiros, 866 motos e 9554 bicicletas
(em Bom estado de funcionamento), afectos às actividades de recolha de dados. Dos restantes órgãos
produtores do SEN, os ODINE que têm à sua disposição veículos ligeiros de passageiros são MASA,
com 9, o MEF com 1, o MISAU com 1 e o MOPHRH também com 1.

Globalmente, pode-se, então, concluir que o INE está satisfatoriamente apetrechado em termos de
equipamentos informáticos e TIC, instalações e meios de deslocação, contrariamente aos ODINE em
que há uma necessidade evidente de reforça-los com esses meios.

2.2.3. Recursos Financeiros

Durante o período 2013-2018, o orçamento alocado aos órgãos produtores do SEN, através de
dotação pública e contribuições de outras fontes, totaliza cerca de 4.882 Milhões de Meticais, tendo
os PTF contribuído com 43% do total deste orçamento. A taxa global de execução neste período foi
de 82,1%. Constata-se que, nos últimos anos, houve uma evolução positiva das dotações orçamentais
do SEN, destinadas a suportar custos do seu funcionamento, nomeadamente o pagamento de salários
do pessoal, o financiamento da produção das estatísticas correntes e realizações de algumas
operações estatísticas. Em 2017, por ter sido o ano de realização do IV RGPH, e como tal pode ser
considerado um ano atípico, houve um crescimento da dotação pública, bem como das contribuições
de outras fontes de financiamento.

Analisando o último ano (2018), constata-se que o Estado Moçambicano, no âmbito do Orçamento
Geral do Estado, previu 724.703,3 milhões de Meticais para o financiamento da actividade estatística
no país, tendo um nível de execução de 90,6%. O SEN beneficiou, ainda, de 650.070,8 milhões de
Meticais, provenientes dos seus parceiros de cooperação, com um nível de execução de 70%.

No que tange ao INE, o orçamento previsto por parte do Governo para financiar as suas actividades,
em 2018, foi de 540.335 milhões de Meticais, sendo 69,6% destinado ao investimento e 30,4% ao
funcionamento. No entanto, os recursos alocados pelo Estado representam apenas 46,1% do
orçamento total do INE, o que põe em causa a sustentabilidade financeira, importante para a
implementação das suas actividades, e com reflexos em termos de produção estatística do País. O
grosso do financiamento do INE, cerca de 54%, é suportado pelos seus parceiros de cooperação.
Neste rol, destaca-se o Banco Mundial, com 57,1%, seguidamente, através do Trust Fund que é
constituído pela Suécia, Noruega, Canada, Reino Unido (DFID) e Itália, gerido pelo UNFPA, com

72
22,2% e do Fundo Comum igualmente constituído pelos mesmos países e que funcionou de 2013 a
2017, com 18,5%. Em termos de execução, o INE conseguiu realizar apenas 69,4% do total do valor
previsto, devido, fundamentalmente, a baixa taxa de execução dos recursos alocados pelo Banco
Mundial, sensivelmente, metade, decorrente dos atrasos verificados no processamento dos dados do
IV Censo da População e Habitação.

Com efeito, vê-se que a autonomia financeira concedida ao INE, à semelhança dos institutos de
estatística de vários países do continente, na prática, não garante o autofinanciamento da maioria ou
de uma parte substancial das suas actividades. Nota-se que a actividade do INE não é uma actividade
económica, sendo a sua missão produzir informação estatística de qualidade “consumida”,
maioritariamente, pelas autoridades públicas, de forma gratuita, para a gestão de políticas
económicas e sociais, pelo que é responsabilidade do Estado garantir o seu financiamento. A
experiência mostra que, mesmo em países desenvolvidos, as receitas próprias dos INE raramente
atingem ou excedem 10% dos seus recursos financeiros, necessários a realização das suas
actividades.

A situação revela-se, ainda, mais complexa e preocupante quanto aos ODINE, os quais não dispõem
de recursos financeiros suficientes, especificamente a eles destinados, ou, a maioria deles não possui
dotações orçamentais diretamente destinadas a actividade estatística. Tal situação acaba
comprometendo, seriamente, o cumprimento da sua missão em termos de produção das respectivas
estatísticas sectoriais. A par dos recursos internos, o apoio ao SEN pelos PTF, com maior incidência
para o INE, é, ainda, decisivo, nomeadamente para o financiamento de projectos de reforço de
capacidades e realização de operações estatísticas, que, muitas das vezes, requerem um volume
considerável de recursos financeiros. O SEN, entretanto, deve considerar as contribuições financeiras
pontuais dos PTF como sendo um apoio temporário e, gradualmente, tomar medidas para reduzir
essa dependência financeira. Isso deve ser alcançado, necessariamente, recorrendo-se a aquela que
deve ser tida como a principal fonte de financiamento da actividade estatística oficial, o Orçamento
do Estado. É, pois, imperativo que o Estado reforce a capacidade financeira do SEN, através da
componente dotação pública.

Tratando-se as estatísticas oficiais de um “bem público”, cuja sua produção deve ser assegurada pelo
Estado, efectivamente, uma solução de garantia de adequado financiamento do SEN deve ser
equacionada no contexto da implementação do PE-SEN 2020-2024, designadamente através da
criação de um fundo nacional de desenvolvimento da estatística. Trata-se de recomendação feita na
Carta Africana de Estatística, já ratificada por Moçambique, ao prever que a CUA deve “Zelar para
que os Estados-parte criem um fundo nacional para o desenvolvimento da estatística” (Artigo 7, n.º

73
2, al. d). Portanto, a implementação dessa disposição da Carta Africana de Estatística seria uma
resposta às preocupações dos atores do SEN em relação ao financiamento da actividade estatística.
De referir, ainda, a adesão de Moçambique à recomendação da Comissão da UA de os Estados
alocarem, pelo menos, 0,15% dos respectivos orçamentos ao financiamento da actividade estatística
nacional.

A criação de um fundo por Moçambique deve ser vista como um mecanismo valioso na garantia da
sustentabilidade e perenidade do financiamento da actividade estatística oficial no País.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Estatística seria utilizado, designadamente, para financiar:

 Projectos de reforço das capacidades de todos os órgãos do SEN;

 A elaboração da Estratégia Nacional de Desenvolvimento da Estatística;
 Operações estatísticas especiais (inquéritos e recenseamentos);
 Programas de formação e de capacitação profissional dos recursos humanos do SEN;
 Outras despesas de investimento e desenvolvimento do SEN.

2.3. Estado da produção estatística

Neste capítulo será apresentado o estado da produção estatística, ao nível dos vários órgãos
produtores do SEN.

2.3.1. Produção estatística do INE

Enquanto órgão executivo central de produção e difusão de estatísticas oficias, o INE é responsável
pela produção, em vários domínios, da maior parte das estatísticas oficias do país, exceptuando as
estatísticas Monetárias, Financeiras e da Balança de Pagamentos, que, legalmente, estão reservadas
ao BM. O INE pode, ainda, delegar competências em matéria de produção estatística a outros
serviços públicos (ODINE).

a) Estatísticas Económicas

As Estatísticas Econômicas dizem respeito, sobretudo, às contas nacionais, estatísticas das empresas,
agricultura, pecuária, pesca, turismo, transportes, comércio externo, IPC, conjuntura, etc.

O PIB e sua distribuição sectorial, consumo final de famílias e administrações públicas,

investimentos, taxa de crescimento da economia, etc., são produzidos através da elaboração das
contas nacionais.

74
O INE de Moçambique produz e publica, regularmente, as contas nacionais (trimestrais e anuais),
estando disponíveis as de 1991 a 2019 (trimestrais). Actualmente, elas são produzidas de acordo com
o Sistema de Contas Nacionais, das NU, de 2008 (SNC-2008).

Ao nível da produção estatística rotineira, são produzidas e publicadas, regularmente, o Índice de

Preços no Consumidor (mensal), o Índice de Actividades Económicas (mensal), os Indicadores de
Confiança e de Clima Económico (mensal), dados da Conjuntura Económica (trimestral), Estatísticas
da Produção Industrial (trimestral), Indicadores de Curto Prazo da Indústria (trimestral), Indicadores
Económico-Financeiros das Empresas (anual), Estatísticas dos Transportes e Comunicações (anual),
Estatísticas do Turismo (anual), Estatísticas Industriais (anual), Estatísticas da Construção (anual),
Comércio Externo (anual), Unidades Económicas (anual). A data da última publicação de todas essas
estatísticas é o ano 2019 (Outubro), com excepção dos Indicadores Económico-Financeiros das
Empresas, cuja última publicação foi feita em 2017.

Pode-se, então, concluir que há um número considerável de publicações da área, fundamentais para
satisfação das necessidades dos utilizadores, nesse domínio estatístico. No entanto, a cobertura em
termos da produção das Estatísticas Económicas ainda não é adequada, sobretudo ao nível dos
sectores.

Constata-se, também, que o SEN ainda não dispõe de um marco de garantia de qualidade, e mesmo
ao nível do INE, não se conseguiu ainda criar as condições técnicas para estabelecer e implementar o
Quadro de Avaliação da Qualidade dos Dados (DQAF) para avaliação das operações estatísticas do
INE. Estes e outros aspectos condicionam a qualidade em termos de produção estatística de todos os
órgãos do SEN.

b) Estatísticas Demográficas e Sociais

As Estatísticas Demográficas e Sociais compreendem, designadamente, as estatísticas da população e

das migrações, do trabalho, do emprego e segurança social, da educação, da saúde, das receitas e
despesas, das condições de vida, da pobreza, da habitação, do género e acção social, da cultura,
desporto e lazer, da justiça e segurança, etc.

Relativamente às estatísticas da população e da habitação, a demanda é coberta fundamentalmente

pelos dados produzidos no âmbito dos Censos e outras operações estatísticas realizadas junto das
famílias (inquéritos). Entre estas operações, destacam-se os vários RGPH, realizados em 1980 e, de
dez em dez anos, a partir de 1997, que tem sido importante pelo manancial de informações que
geram, úteis no conhecimento da situação do país, definição de políticas públicas em direcção a

75
melhoria das condições de vida das populações e no apoio a decisão. Para além disso, servem de
base de amostragem à realização de vários estudos e inquéritos. Ao nível dos inquéritos, pela sua
complexidade técnica e logística, destaca-se o Inquérito Demográfico e de Saúde, fundamental para
o conhecimento dos comportamentos e práticas da população, relativamente a Doenças Sexualmente
Transmissíveis, nomeadamente a prevalência do HIV/Sida.

De forma a responder às necessidades da população em termos de informações do emprego e

mercado de trabalho, saúde, despesas e receitas das famílias, pobreza, o país tem realizado vários
inquéritos, designadamente, o Inquérito Integrado à Força do Trabalho, o Inquérito Demográfico e de
Saúde, o Inquérito Nacional sobre a Saúde Reprodutiva e Comportamento Sexual dos Jovens e
Adolescentes, o Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Informação sobre o
HIV e SIDA em Moçambique, Impacto Demográfico – HIV-Sida, o Inquérito sobre o Orçamento
Familiar, o Inquérito Contínuo aos Agregados Familiares Igualmente o país dispõe de dados
relativamente as estatísticas do crime e da justiça, da cultura, e de violência doméstica.

Em suma, o país possui um manancial importante de dados sociodemográficos, que lhe permite
satisfazer a grande parte da demanda de estatísticas nessa área.

No entanto, persistem os constrangimentos relativamente a falta de recursos humanos,

tempestividade na realização da maioria destes inquéritos, devido fundamentalmente a falta de
financiamento. A produção estatística ao nível dos ODINE é ainda deficiente. Nem sempre a
cobertura é adequada, o que impede a tomada de decisões a todos os níveis. Destaca-se por exemplo,
os indicadores de Governança, Paz e Segurança, fundamentais para o conhecimento da situação do
país, mas também para responder aos ODS, sobretudo o ODS 163.

Coloca-se, também, o problema de qualidade, sobretudo, ao nível das estatísticas de base

(Territoriais), à semelhança do referido relativamente as estatísticas económicas. Para além disso, o
SEN depara-se, ainda, com muitas áreas não cobertas.

2.3.2. Produção estatística do BM

O BM vem cumprindo normalmente a sua missão como produtor estatístico oficial, produzindo e
publicando, com regularidade, as estatísticas sob sua responsabilidade, nomeadamente: (i)
Estatísticas Monetárias e Financeiras (mensal), (ii) Estatísticas do Sistema Nacional de Pagamentos
(mensal), e (iii) Estatísticas da Balança de Pagamentos (trimestral).

3
Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para
todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas a todos os níveis

76
Como atrás referido, o BM é um órgão do SEN e tem mantido um relacionamento muito estreito e
profícuo com o INE, o que tem facilitado a coerência na produção de estatísticas importantes da sua
responsabilidade, bem como do INE, com destaque para a Balança de Pagamentos, as Estatísticas do
Comércio Externo, a Central de Balanços e as Contas Nacionais.

2.3.3. Produção estatística dos ODINE

A produção estatística ao nível do ODINE é um tanto deficitária em termos de cobertura, frequência
e actualidade. Esta situação é motivada pelos vários constrangimentos que esses serviços estatísticos
sectoriais enfrentam, conforme já referido acima, o que tem reflexos na própria qualidade das
estatísticas produzidas. O quadro que se apresenta a relação das estatísticas produzidas pelos
ODINE.

Tabela 3: Estatísticas produzidas pelos ODINE, 2013-2019 (até Julho)

Entidade
Estatísticas produzidas Periodicidade
responsável
Estatísticas de produção agrária Anual
MASA Estatísticas de Caju Anual
Estatísticas de preços de produtos agrários Semanal
Estatísticas de preços de pescado Mensal
MIMAIP
Estatísticas da Pesca e Aquacultura Anual
Preços Médios de Insumos de Construção Civil Mensal
MOPHRH
Boletim Anual de Construção e Montagem Anual
Estatísticas de Finanças Públicas Semestral
MEF
Brochura de Finanças Públicas Anual
Levantamento Escolar Anual
MINEDH Aproveitamento Escolar Público Anual
Aproveitamento Escolar Privado Anual
Boletim Informativo do Mercado do Trabalho Trimestral
MITESS
Boletim de Estatísticas do Trabalho Anual
Boletim Mensal de Saúde Mensal
MISAU
Anuário Estatístico Anual
Indicadores de Investigação Científica e Desenvolvimento Experimental Anual
Estatísticas do Ensino Superior Anual
MCTESTP
Estatísticas do Ensino Técnico Profissional Anual
Indicadores de Inovação Bianual
Fonte: INE, Outubro 2019

77
2.4. Difusão, comunicação e arquivo de dados estatísticos

2.4.1. Difusão e comunicação dos dados estatísticos

A difusão e comunicação é a última fase do processo de produção estatística, mas de extrema
importância, uma vez que a produção estatística levada a cabo pelos órgãos do SEN só tem
verdadeiramente valor se ela for utilizada. Para o efeito, a forma como ela é comunicada e difundida
deve merecer uma atenção especial para os utilizadores, razão de se produzir as estatísticas, tenham
acesso da melhor forma.

Portanto, o acesso amplo e fácil à informação produzida pelo SEN deve ser uma prioridade
constante, assim como a melhoria contínua da qualidade do serviço prestado. Nesse sentido, a
difusão e comunicação da informação estatística deve levar em consideração as necessidades dos
utilizadores, privilegiando-se, para o efeito, suportes de fácil acesso à informação e a tendencial
gratuitidade, salvo se existir necessidade de um tratamento adicional da informação a ser produzida
(valor acrescentado).

Em suma, da análise dos dados do inquérito aos órgãos produtores do SEN conclui-se que há um
aumento gradual da difusão das estatísticas disponíveis. Em 2013 cerca de 60% dos produtores
difundiam todas as estatísticas disponíveis, 30% difundiam mais de metade das estatísticas
disponíveis e 10% não difundiam nenhuma estatística. Em Julho de 2019 a percentagem de
produtores que difundiam todas as estatísticas disponíveis elevou-se para 85,7%, como se depreende
da Tabela a seguir.

Tabela 4: Estado de difusão das estatísticas disponíveis no período 2013-2019 (até Julho) (%)
Todas as
Menos de
Ano estatísticas Mais de metade Nenhuma Total
metade
disponíveis
2013 60 30 0 10 100
2014 60 30 0 10 100
2015 60 40 0 0 100
2016 70 20 10 0 100
2017 70 20 10 0 100
2018 66,7 22,2 11,1 0 100
2019 (até Julho) 85,7 14,3 0 0 100
Fonte: Inquérito aos Produtores, Outubro de 2019

Um aspecto digno de realce ao nível da difusão, é o fato de a difusão dos dados estatísticos, ser feita,
na maioria das vezes, de acordo com os prazos indicados no Calendário das Publicações Estatísticas

78
do SEN, elaborado pelo INE, em concertação com dos demais órgãos produtores. Este Calendário é
baseado nos planos de actividades dos vários órgãos do SEN, e disponibilizado, anualmente (no mês
de Janeiro), no Site do INE. Portanto, previamente, os utilizadores sabem quando a informação
estatística será difundida. No entanto, é um domínio que carece de alguma melhoria, sobretudo, por
parte dos sectores que as vezes tem comprometido a data da saída dos produtos, por não fornecerem
os dados a tempo.

No que se refere aos suportes de difusão, os mesmos são variados, podendo ser em CD-ROM,
suporte papel/folhetos, Site Web, ficheiros e a consulta/acesso aos dados estatísticos no local (centro
de documentação). No caso do INE, o seu Site Web tem sido o instrumento privilegiado para a
disseminação da informação estatística produzida.

Adicionalmente, o INE recorre-se às redes sociais (Facebook, WhatsApp, Youtube, Twitter), e aos
Órgãos de Comunicação Social (Rádio, Televisão e Jornais) para a difusão dos dados estatísticos. Há
também no INE a prática de realização trimestral de Conferências de Impressa para a partilha, com o
público, das principais incidências na produção estatística, em todas as áreas, em que cada director
faz uma intervenção, de cerca de oito minutos, e, posteriormente, responde a eventuais perguntas dos
jornalistas.

O INE também fornece a informação solicitada, tanto presencialmente, assim como o envio por
correio eletrónico. De forma a melhorar ainda o seu serviço de difusão de dados, o INE tem em fase
de criação um Centro de Informação e Documentação Estatística (CIDE)

Em termos da comunicação institucional, de forma a assegurar a objectividade do conteúdo das

divulgações estatísticas, o INE possui uma unidade orgânica responsável pela sua imagem e
comunicação externa. Essa unidade tem a responsabilidade, entre outras, de garantir que os
comunicados de imprensa sejam elaborados de acordo com as regras de comunicação previamente
definidas.

2.4.2. Documentação e Arquivo de dados estatísticos

Moçambique dispõe de um Arquivo Nacional de Dados, (ANDA), que é utilizado para arquivar e
documentar as operações estatísticas do país. Actualmente o ANDA tem 14 operações estatísticas
documentadas, equivalente as 13.013 variáveis. É alimentado pelos dados de vários sectores do INE.
Ao nível do INE existe um Centro de Documentação (Biblioteca) que tem a responsabilidade de
documentar as operações estatísticas e depois o envio à Repartição de Disseminação que por sua vez
faz o carregamento no ANDA.

79
No entanto, se tivermos em conta a quantidade de operações estatísticas realizadas pelo INE, e pelos
demais órgãos do SEN, facilmente se conclui que se está aquém do desejado e que, ainda, há um
longo caminho a ser percorrido. Esta situação deve-se, fundamentalmente, a falta de consciência
relativamente a importância documentação e arquivo de dados ao nível do INE e do SEN, onde há
pouco material enviado para o ANDA e, mesmo, alguma resistência no fornecimento das
informações. Também, se verifica alguma falta de capacidade técnica ao nível da unidade
responsável e no SEN.

Como solução, propõe-se que o ANDA seja encarado como uma prioridade ao nível da instituição e
haja uma estratégia clara para a sua actualização, com orientações desde o topo. É preciso também
capacitar os técnicos afectos a unidade e ter alguém que trabalhe exclusivamente no ANDA.

2.5. Análise da procura e oferta estatística

2.5.1. Procura estatística

A procura por dados estatísticos, como qualquer produto de consumo, evolui com o tempo, em
função das preocupações ou necessidades do momento. Ela corresponde às necessidades expressas
nos domínios de utilização, os mais diversos. Os domínios de utilização mais representativos são os
seguintes: política económica geral, luta contra a pobreza, segurança alimentar, política social, de
saúde, de educação, de desenvolvimento rural, política de transportes, do ambiente, estudos
sectoriais, desenvolvimento local, etc.

Tem-se verificado também nos últimos anos, outras necessidades de informações por parte dos
utilizadores, relacionados fundamentalmente com os ODS, a Agenda 2063, da UA, o Plano de
Desenvolvimento Regional da SADC, o que interpela o SEN. No quadro do desenvolvimento local,
existe, igualmente, uma importante procura de dados ao nível das administrações locais, para a
elaboração e o acompanhamento dos respectivos planos de desenvolvimento.

A pressão da actualidade, como a satisfação das necessidades para a monitoria dos compromissos
internacionais, regionais e sub-regionais do País, de novas demandas dos utilizadores,
particularmente por estatísticas emergentes, é suscetível de desestabilizar o SEN, pelo que devem ser
tomadas medidas adequadas de reforço das capacidades, para que o SEN esteja em condições de dar
respostas.

Nos últimos anos, também, tem surgido um novo tipo de procura estatística, a demanda por micro-
dados por parte de organizações, analistas, pesquisadores e académicos. O INE tem permitido o
acesso a micro-dados, mediante solicitação expressa, dirigida ao Presidente da instituição, que

80
decide. Os micro-dados, sob a guarda do INE, são armazenados no Arquivo Nacional de Dados,
sendo disponibilizados mediante o preenchimento de um formulário.

No entanto, a actual legislação estatística só permite a cedência dos micro-dados mediante

autorização escrita dos respectivos titulares ou após autorização do CSE, caso a caso, desde que
estejam em causa necessidades do planeamento e coordenação económica, as relações económicas
ou investigação, o que deve ser observado. Além do enquadramento legal, deve ser definido uma
política de disseminação dos micro-dados.

2.5.2. Oferta estatística

A oferta estatística consiste, por um lado, na produção periódica ou ah doc, através da realização de
inquéritos e recenseamentos, em muitos casos, financiados pelos PTF, e, por outro lado, pelo
aproveitamento de dados de fontes administrativas. Entretanto, para uma resposta adequada por parte
do SEN, a actividade estatística deve depender, prioritariamente, do financiamento sustentável e
perene pelo Estado.

No quadro da elaboração, implementação e monitoria/avaliação das estratégias de redução da

pobreza, dos programas de desenvolvimento nacional e local, de carater geral ou sectorial, bem como
na monitoria dos compromissos internacionais, regionais e sub-regionais do País, o SEN deve
produzir indicadores pertinentes através da recolha e tratamento dos dados estatísticos, a fim de
atender a exigência dos utilizadores.

O INE recolhe, centraliza, processa, analisa e divulga as estatísticas necessárias para a definição,
implementação, monitoria e avaliação de políticas económicas e sociais. É também responsável por
produzir e difundir grande parte das estatísticas macroeconómicas, a realização de grandes operações
estatísticas junto dos agregados familiares e empresas, bem como os recenseamentos gerais da
população e habitação.

Por outro lado, em Moçambique, a produção de outros dados estatísticos oficiais é feita, de forma
descentralizada, pelo BM e através dos serviços estatísticos sectoriais.

2.5.3. Análise da adequação entre a oferta e a procura estatística

A oferta de estatísticas pelo SEN deve satisfazer as necessidades da Agenda 2025, da Estratégia
Nacional de Desenvolvimento 2015-2035, dos ODS, da Agenda 2063, do Plano de Desenvolvimento
Regional da SADC, entre outros, dos utilizadores públicos (Presidência da República, Assembleia da
República, Governo central, Administrações regional e local, empresas publicas, etc.) e privados

81
(instituições e empresas, sociedade civil, centros de investigação, pesquisadores, académicos, etc.)
nacionais, dos PTF.

Portanto, o principal desafio do SEN é de actualizar maioria dos indicadores sociodemográficos e

económicos para uma melhor monitoria e avaliação da implementação de políticas e estratégias de
desenvolvimento e dos compromissos internacionais, regionais e sub-regionais do País, bem como
para responder outras necessidades das várias categoriais de utilizadores. Consequentemente, o SEN
deve programar, no horizonte desses programas plurianais e compromissos internacionais e
regionais, a realização de operações estatísticas para atender às respectivas necessidades.

No período 2013-2019, operações estatísticas foram conduzidas pelos órgãos produtores do SEN em
várias áreas que permitiu algumas de satisfazer as necessidades dos utilizadores públicos e privados
nacionais e internacionais.

O quadro que se segue apresenta uma relação das operações estatísticas realizadas durante a
implementação do PE-SEN 2013-2019 para a produção de indicadores de monitoria e avaliação.

Tabela 5: Principais necessidades estatísticas cobertas pelas operações estatísticas realizadas no período
2013-2019 (até Julho)
Necessidade de informação estatística atendida
Ano de Políticas
Designação da operação estatística ODM/
realização nacionais e Outra
ODS
sectoriais
Censo das Empresas 2013/2014 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Inquérito sobre Malária e HIV 2014 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
IOF 2014/2015 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Censo da População e Habitação 2017 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
COMSA 2018/2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Inquérito Anual às Empresas 2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Inquérito ao Alojamento e Restauração 2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Inquérito aos Transportes 2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Inquérito à Produção Industrial 2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Inquérito à Construção 2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Inquérito ao Comércio e serviços 2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Inquérito aos Portos e Aeroportos 2013-2019 X SADC (RSDP) Agenda 2063
Indicadores do Curto Prazo da Indústria 2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Indicador de confiança e Clima Económico das
2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
empresas
Inquérito das Despesas do Turista 2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Estatísticas do Comércio Externo 2013-2019 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Inquérito ao Cinema 2013-2019 X
Inquérito às Bibliotecas 2013-2019 X
Inquérito a Rádio 2013-2019 X
Inquérito à Televisão 2013-2019 X
Inquérito aos Tribunais 2013-2019 X
…Continua

82
Continuação
Necessidade de informação estatística atendida
Ano de Políticas
Designação da operação estatística ODM/
realização nacionais e Outra
ODS
sectoriais
Inquérito à Polícia 2013-2019 X X
Inquérito às Cadeias 2013-2019 X X
Inquérito aos Museus 2013-2019 X
Inquérito Coordenado de Investimento Direto X
Inquérito de Central de Balanços X
Inquérito Agrário Integrado 2015 X X FAOSAT/SADC
Inquérito Especial de Caju 2017 X SADC (RSDP) Agenda 2063
Estudo de base sobre a Segurança Alimentar 2015 X X SADC (RSDP) Agenda 2063
Avaliação Nacional do SAN 2018 X X
Inquérito SARA 2018 X X
IMASIDA (Participação) 2015 X X
Inquéritos sobre os Agregados Familiares de
2017/2018 X
pescadores e Aquacultores
Inquérito a força de trabalho X
Levantamento Escolar - Ensino Geral 2013-2019 X X
Aproveitamento Escolar Público 2013-2019 X X
Aproveitamento Escolar Privado 2013-2019 X X
Aproveitamento Escolar - Ensino Técnico 2013-2014 X X
Levantamento Escolar Ensino Técnico 2013- 2014 X X
Levantamento do Ensino Superior 2013- 2014 X X
2013, 2016,
Inquérito Nacional de Investigação Científica e 2017, 2018, SADC (RSDP) Agenda 2063,
X X
Desenvolvimento Experimental 2019 (em NEPAD, UNESCO
curso)
2016 e
SADC (RSDP) Agenda 2063,
Inquérito Nacional de Inovação nas Empresas conclusão em X X
NEPAD, UNESCO
2018
Levantamento de Dados Estatísticas do Ensino SADC (RSDP) Agenda 2063,
2015 X X
Superior UNESCO
Levantamento de Dados Estatísticas do Ensino Técnico
2018 X X
Profissional
Fonte: Inquérito aos Produtores, realizado em Outubro de 2019

2.6. Avaliação dos utilizadores sobre a produção e difusão de dados estatísticos

O desempenho de um SEN pode medir-se pela qualidade da produção de dados estatísticos, mas
também pela sua capacidade de comunicar e divulgar a informação estatística produzida. Neste
contexto, fez-se um inquérito aos utilizadores de dados, em Outubro de 2019, o qual fornece as
apreciações dos mesmos (utilizadores) relativamente à acessibilidade, fiabilidade, actualidade e
pontualidade, suporte de acessibilidade, prazo de difusão, frequência da disponibilidade, cobertura e
nível de desagregação dos dados estatísticos.

83
2.6.1. Acessibilidade dos dados estatísticos oficiais
Quando questionados sobre a acessibilidade dos dados estatísticos oficiais, 44.8% dos utilizadores
considerou que as estatísticas económicas foram acessíveis e os restantes 55.2% consideraram-na
dificilmente acessível ou inacessível.

Relativamente às estatísticas demográficas e sociais, 68.2% consideraram que elas foram acessíveis,
31.7% consideraram-nas dificilmente acessíveis ou inacessíveis
Na mesma senda, 41.2% dos utilizadores consideram que as estatísticas do ambiente foram
acessíveis e os outros 58.8% consideraram-na dificilmente acessíveis ou inacessíveis (11.8%, como
se depreende da Tabela a seguir:

Tabela 6: Apreciação dos utilizadores sobre a acessibilidade estatística (em %)

Tipo de estatísticas Acessível Dificilmente acessível Inacessível
Estatísticas económicas 44.8 34.8 20.4
Estatísticas demográficas e sociais 68.2 23.5 8.2
Estatísticas do ambiente 41.2 47.1 11.8
Fonte: Inquérito aos Utilizadores de informação estatística oficial, Outubro de 2019

De um modo geral, pode-se constatar que, segundo a apreciação da maior parte dos utilizadores de
informação estatística oficial, no período de 2013 a 2019, as estatísticas demográficas e sociais foram
acessíveis e as restantes tiveram um nível de acessibilidade abaixo de 50%.

2.6.2. Fiabilidade dos dados estatísticos

No atinente a fiabilidade dos dados, nota-se que a maior parte dos utilizadores de informação
estatística oficial considera que tanto as estatísticas económicas, assim como as demográficas e
sociais são fiáveis. Porém, nota-se que apenas 47.1% dos utilizadores consideraram fiáveis as
estatísticas do ambiente (ver Tabela 7).

Tabela 7: Apreciação dos utilizadores sobre a fiabilidade estatística

Tipo de estatísticas Fiável Pouco fiável Não sabe
Estatísticas económicas 50.7 28.1 21.3
Estatísticas demográficas e sociais 64.7 27.1 8.2
Estatísticas do ambiente 47.1 29.4 23.5
Fonte: Inquérito aos Utilizadores de informação estatística oficial, Outubro de 2019

2.6.3. Actualidade e pontualidade dos dados estatísticos

No respeitante a actualidade dos dados que foram disponibilizados pelo SEN e, consequentemente, a
sua pontualidade, 54.1% dos utilizadores de informação estatística oficial considerou que as
estatísticas demográficas e sociais foram disponibilizadas a tempo de satisfazer as suas necessidades.

84
Tabela 8: Actualidade e Pontualidade dos dados estatísticos oficiais
No geral, considera que os dados estatísticos são publicados a tempo de
Tipo de estatísticas satisfazer as suas necessidades?
Sim Não Não sabe
Estatísticas económicas 46.6 14.0 39.4
Estatísticas demográficas e sociais 54.1 22.4 23.5
Estatísticas do ambiente 41.2 17.6 41.2
Fonte: Inquérito aos Utilizadores de informação estatística oficial, Outubro de 2019

Por outro lado, nota-se que menos de 50% dos utilizadores consideraram que os dados estatísticos
das áreas económicas e do ambiente foram disseminados fora do tempo necessário para a sua
satisfação. Aliado a este facto, encontra-se a opinião de alguns utilizadores que afirmam que a
regularidade da produção estatística é reconhecida, mas a publicação e, sobretudo, a acessibilidade
aos micro-dados para estudos temáticos é tardia, tendo citado como exemplo a dificuldade de acesso
a dados que contribuem na monitoria da volatilidade da economia, como preços e dados sobre a
indústria.

2.6.4. Suporte de acessibilidade dos dados estatísticos

Relativamente aos suportes de acessibilidade dos dados estatísticos, os utilizadores de informação
estatística económica, afirmaram tê-la obtida principalmente através do Web Site (24.8%) e de
papéis/folhetos (24.8%). Existem também indivíduos que adquiram através do Centro de
documentação de dados (22.7%), CD-ROM (16.0%) e uma minoria que adquiriu através de ficheiros
de dados (11.8%).

Nota-se, portanto, que a mesma sequência de suportes de acessibilidade de dados para as estatísticas
demográficas e sociais, isto é, os suportes mais usados pelos utilizadores, tidos em ordem
decrescente foram Web Site, Papel/folhetos, o Centro de documentação, CD-ROM e, por último, os
ficheiros de dados, como se pode ver na Tabela 8.

Para as estatísticas do ambiente, nota-se que os utilizadores de informação estatística oficial usaram
mais o papel/folhetos (39.4%), seguido pelo Centro de Documentação e Web Site (ambos com
23.5%) e, por último, o CD-ROM e Ficheiros de dados (ambos com 11.8%).

Tabela 9: Suportes de acessibilidade dos dados estatísticos pelos utilizadores

Suportes disponíveis
Tipo de estatísticas Centro de Suporte
CD-ROM Ficheiros Site Web
documentação papel/folhetos
Estatísticas económicas 16.0 22.7 11.8 24.8 24.8
Estatísticas demográficas e sociais 15.3 16.5 9.4 30.6 28.2
Estatísticas do ambiente 11.8 23.5 11.8 23.5 29.4
Fonte: Inquérito aos Utilizadores de informação estatística oficial, Outubro de 2019

85
2.6.5. Prazo de difusão dos dados estatísticos
No que respeita ao prazo de difusão dos dados aos utilizadores (Tabela a seguir), constata-se que
independentemente do tipo de estatística, menos de um quarto dos utilizadores conhece as datas de
divulgação das publicações estatísticas. Aliado a este aspecto, está o facto de menos de 20% dos
utilizadores de informação estatística oficial ter considerado que o calendário de publicação é
respeitado pelos produtores de estatísticas oficiais.
Tabela 10: Prazo de difusão dos dados aos utilizadores
O calendário de publicação é
Conhece as datas de divulgação das
respeitado pelos produtores de
Tipo de estatísticas publicações estatísticas?
dados estatísticos oficiais?

Sim Não Não sabe Sim Não Não sabe

Estatísticas económicas 16,7 54,3 29,0 15,8 32,1 52,0
Estatísticas demográficas e sociais 21,2 49,4 29,4 16,5 34,1 49,4
Estatísticas do ambiente 17,6 52,9 29,4 11,8 35,3 52,9
Fonte: Inquérito aos Utilizadores de informação estatística oficial, Outubro de 2019

2.6.6. Frequência de disponibilidade dos dados estatísticos aos utilizadores

No concernente a frequência de disponibilidade dos dados aos utilizadores, independentemente do
tipo de estatísticas, nota-se que menos de 50% dos utilizadores considera que ela é aceitável, pelo
que a maior parte a considerou não aceitável ou simplesmente limitou-se a afirmar que “não sabe”.
Importa referir que a maior parte dos que afirmaram não saber, justificaram declarando que não têm
acesso a esses dados, daí que não têm como comentar sobre este assunto.

Tabela 11: Frequência de disponibilidade dos dados aos utilizadores

A frequência actual é aceitável?
Tipo de estatísticas
Sim Não Não sabe
Estatísticas económicas 39,8 26,2 33,9
Estatísticas demográficas e sociais 48,2 24,7 27,1
Estatísticas do ambiente 35,3 23,5 41,2
Fonte: Inquérito aos Utilizadores de informação estatística oficial, Outubro de 2019

2.6.7. Cobertura e nível de desagregação dos dados estatísticos

Em relação a cobertura dos dados e ao nível de desagregação dos mesmos, nota-se que,
independentemente do tipo de estatísticas, uma percentagem de inquiridos abaixo 50% considerou-os
satisfatórios, tendo-se proposto que se deve avançar para uma desagregação distrital, mesmo que seja
usando distritos "sentinela", isto é, apenas alguns representativos de uma província.

86
Tabela 12: Cobertura dos dados e nível de desagregação
Cobertura dos dados Nível de desagregação dos dados
Tipo de estatísticas
Satisfatório Insatisfatório Não sabe Satisfatório Insatisfatório Não sabe
Estatísticas económicas 38,0 20,4 41,6 36,7 17,2 46,2
Estatísticas demográficas e
44,7 22,4 32,9 40,0 25,9 34,1
sociais
Estatísticas do ambiente 41,2 17,6 41,2 29,4 23,5 47,1
Fonte: Inquérito aos Utilizadores de informação estatística oficial, Outubro de 2019

2.7. Síntese das Forças e Fraquezas do SEN, Ameaças e Oportunidades do seu

ambiente
A análise do desempenho do SEN, feita através da aplicação do método SWOT (Strengths,
Weaknesses, Opportunities and Threats) ou FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças),
permitiu realçar as realizações a serem consolidadas e as fraquezas a serem atenuadas, bem como o
ambiente em que o SEN actua, visando a tomada de medidas apropriadas para a sua melhoria
contínua.

2.7.1. Forças e Fraquezas do SEN

A existência de um PE-SEN representa um meio eficaz de coordenação estatística do SEN entre os
produtores, por um lado, e entre os produtores e os utilizadores, por outro lado. É, igualmente, um
instrumento de diálogo permanente entre os órgãos do SEN, o Estado e os PTF. Ao longo dos anos, o
SEN realizou muitos progressos, que é necessário consolidar. Contudo, persistem-se-lhe algumas
debilidades a serem colmatadas e/ou eliminadas.

Resumidamente, as principais forças e fraquezas do SEN são as seguintes:

a) Forças
 Ratificação da Carta Africana de Estatística pelo País;
 Realização regular das reuniões do CSE, enquanto órgão de orientação e coordenação do
SEN, onde pode-se discutir e tomar decisões importantes para todo o SEN;
 Relativa autonomia do INE, enquanto órgão central do SEN em termos de produção e difusão
de estatísticas oficiais;
 Existência de serviços estatísticos sectoriais (ODINE) importantes, o que facilita o processo
de descentralização das estatísticas;
 Existência do PE-SEN 2013-2019;

87
  Boa relação e clima de confiança entre o SEN, sobretudo o INE, com os PTF, fundamental
para o desenvolvimento da estatística;
 Crescente financiamento da actividade estatística oficial pelo Estado, através da dotação
pública;
 Abertura e disponibilidade dos parceiros externos para financiar as actividades estatísticas;
 Existência de um portfólio importante de dados recolhidos;
 Produção regular de estatísticas económicas, sociodemográficas e condições de vida dos
agregados familiares;
 Boa experiência na condução de grandes operações estatísticas, nomeadamente no seio do
INE, graças a realização de vários inquéritos e recenseamentos, onde se destaca o RGPH;
 Utilização de novos meios (internet/redes sociais, Imprensa) para a difusão de dados
estatísticos;
 Existência de um Calendário de Publicações Estatística para todo o SEN;

b) Fraquezas
 Desactualização da legislação de base da estatística;
 Deficiente coordenação técnica e operacional entre o INE e os ODINE;
 Ausência de um dispositivo de monitoria e avaliação das actividades do SEN;
 Deficientes mecanismos de Monitoria e Avaliação da implementação do PE-SEN 2013-2019
e das agendas internacionais;
 Défice quantitativo e qualitativo de recursos humanos nos órgãos do SEN;
 Ausência de uma política de gestão de recursos humanos (incluindo um plano de formação
inicial e contínua) para todo SEN;
 Fraca motivação dos recursos humanos dos órgãos produtores do SEN (INE e ODINE);
 Forte dependência, especialmente o INE, do financiamento externo (dos PTF),
nomeadamente para a realização de operações estatísticas (inquéritos especiais e
recenseamentos);
 Ausência de organigrama-tipo que especifique as atribuições e o funcionamento dos ODINE
nos departamentos ministeriais de que dependam;
 Existência de áreas não cobertas ou insuficientemente cobertas pela produção estatística;
 Inexistência de estratégias sectoriais de desenvolvimento da estatística, na maior parte dos
casos;

88
  Fraca produção estatística ao nível dos serviços estatísticos sectoriais (ODINE);
 Inexistência de uma política de gestão da qualidade no âmbito do SEN;
 Ausência de uma política formal de difusão de dados e micro-dados para o SEN;
 Deficiente produção de estatística de base, ao nível das Províncias (estatísticas territoriais);
 Inexistência de uma política de comunicação e sensibilização para todo o SEN;
 Deficiente aproveitamento das potencialidades das TIC para a produção estatística;
 Ausência de interconexão ou intranet entre o INE e alguns serviços estatísticos de base
territorial (Delegações Provinciais);
 Não interligação entre as bases de dados do INE e as dos demais órgãos produtores do SEN;
 Ausência de um mecanismo de intercâmbio de dados entre os órgãos do SEN;
 Ausência de formação dos utilizadores para melhor uso dos dados estatísticos;
 Fraca cultura estatística;
 Infraestruturas físicas não adequadas na DPINE.

2.7.2. Oportunidades e ameaças do ambiente do SEN

Actualmente há muitas oportunidades que o SEN de Moçambique pode aproveitar para enfrentar as
ameaças a que está exposto e, assim, potenciar o seu desempenho.

a) Oportunidades

As principais oportunidades que se colocam ao SEN são as seguintes:

 A promoção da gestão orientada para resultados;
 A elaboração e implementação pelo país da Agenda 2025 e da Estratégia Nacional de
Desenvolvimento 2015-2035, onde o SEN é chamado a produzir as informações necessárias
para a monitoria e avaliação;
 A Agenda 2030 das NU, à Agenda 2063 da UA e o Plano de Desenvolvimento Regional da
SADC, as quais o país é signatário e onde o INE é desafiado a produzir as informações
necessárias a monitoria destas agendas, bem como outros, aos níveis regionais e sub-
regionais;
 A existência de uma boa rede de PTF (PNUD, UNFPA, UNICEF, OMS, PAM, UE, FMI,
Banco Mundial, BAD, DFID, PARIS21, OECD, Agência Italiana de Cooperação,
Cooperação Sueca, Cooperação Norueguesa, Cooperação Canadiana e Cooperação
Portuguesa) disponíveis em apoiar o desenvolvimento da estatística em Moçambique;

89
  Existência de iniciativas internacionais e regionais propícios ao reforço das capacidades do
SEN (PARIS 21, BAD, etc.);
 A existência da Escola Nacional de Estatística que, bem explorada e dinamizada, pode
potenciar o desenvolvimento das capacidades no SEN;
 A adopção da Carta Africana de Estatística pela UA, como marco regulatório para o
desenvolvimento da estatística no continente;
 O desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação.

b) Ameaças

As principais ameaças que podem comprometer o desenvolvimento do SEN são as seguintes:

 A não revisão da legislação estatística;
 Restrições orçamentais;
 A dependência do SEN, sobretudo o INE, de financiamento externo (dos PTF);
 A não criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Estatística, tal como recomendado
na Carta Africana de Estatística;
 A não implementação da recomendação da UA sobre a alocação dos 0,15% do orçamento de
estado ao desenvolvimento da estatística;
 O não reforço de recursos humanos do SEN, em quantidade e qualidade, o que pode
constituir um obstáculo ao desenvolvimento da produção estatística e melhoria da sua
qualidade.

2.8. Os principais desafios do SEN

No quadro da implementação do PE-SEN 2020-2024, os desafios a enfrentar, com vista ao melhor
desempenho do SEN, são importantes. Para este efeito, as seguintes orientações vão permitir a
consolidação dos ganhos ou vantagens, atenuar as fraquezas, afastar as ameaças e aproveitar as
oportunidades:
 A revisão da legislação de bases do SEN, alinhando-a com a Carta Africana de Estatística;
 O reforço, em quantidade e qualidade, dos recursos humanos do SEN;
 A implementação de uma gestão centralizada dos recursos humanos do SEN;
 A aprovação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários para os recursos humanos do SEN
(INE e ODINE) que seja atractivo;
 A elaboração e execução de um plano de formação, inicial e contínua, para todo o SEN;

90
 A criação e implementação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Estatística, tal como
recomendado na Carta Africana de Estatística, com vista à garantia da sustentabilidade e
perenidade do financiamento do SEN, prioritariamente, através da dotação pública;
 A implementação da recomendação da UA sobre a alocação de 0,15 do orçamento do Estado
ao desenvolvimento da estatística;
 O Desenvolvimento de um Quadro Nacional de Indicadores e produção regular, em todas as
áreas e dentro dos prazos, dos indicadores para monitoria e avaliação da Agenda 2025, da
Estratégia de Desenvolvimento Nacional 2015-2035, para a monitoria dos ODS, da Agenda
2063, do Plano de Desenvolvimento Regional da SADC, bem como para a satisfação de
todos os outros utilizadores;
 A monitoria e avaliação da implementação do PE-SEN 2020-2024;
 A melhoria da coordenação técnica entre o INE e os ODINE;
 A melhoria da produção estatística (incluindo a qualidade) ao nível sectorial e regional;
 O alargamento da produção estatística a outras áreas não cobertas ou insuficientemente
cobertas pela produção estatística, como por exemplo Governança, Paz e Segurança;
 A revisão do mandato estatístico dos actuais ODINE e a delegação de competências
estatísticas noutros serviços públicos sectoriais relevantes, se assim se justificar;
 A definição de uma política de difusão de dados e micro-dados para todo o SEN;
 A elaboração e adopção de um Quadro Nacional de Garantia da Qualidade para o SEN, com
vista à melhoria da qualidade dos dados estatísticos produzidos, bem como para o reforço da
confiança dos utilizadores em relação às estatísticas oficiais do País;
 A criação e operacionalização de um Portal de Dados do SEN para a centralização e
divulgação de toda a informação produzida;
 A massificação, no seio do SEN, da utilização das TIC, mediante a implementação de um
plano específico, visando a melhoria da produção e a difusão dos dados estatísticos;
 A interligação das bases de dados dos ODINE com as do INE;
 A promoção da utilização dos dados nos processos de decisão e no exercício da cidadania
(promoção de cultura estatística);
 A realização regular de inquéritos à satisfação dos utilizadores.

91
CONCLUSÃO
O SEN de Moçambique fez nos últimos anos progressos em termos de produção e difusão de
estatísticas, em que há considerável diversificação de produtos estatísticos. No entanto, permanecem,
em relevo, desafios importantes que exigem maior comprometimento político com o
desenvolvimento da estatística, o que requer, necessariamente, mas não só, a revisão da legislação de
base, da estatística. Trata-se de um requisito importante para a modernização e melhor
funcionalidade do SEN. Também será fundamental garantir a sustentabilidade do seu financiamento,
o reforço e formação, inicial e contínua, dos recursos humanos, o alargamento da cobertura da
produção estatística em algumas áreas importantes, etc. Com efeito, o PE-SEN 2020-2024, em
processo de elaboração, deve contemplar, de forma clara, medidas para materializar tais propósitos.

O presente Diagnóstico do SEN é uma etapa importante na elaboração do PE-SEN 2020-2024, uma
vez que apresenta uma análise da situação actual do SEN. Com base nele, as fases seguintes do
processo de elaboração do PE-SEN 2020-2024 serão desenvolvidas, que consistem em (i) definir a
Visão do SEN, que deve ser compartilhada por todos os seus integrantes, (ii) identificar as
orientações claras para realizar a Visão, (iii) elaborar o respectivo plano de ação a implementar no
período 2020-2024 e (iv) elaborar o respectivo mecanismo de monitoria e avaliação.

92
ANEXO: Taxa de realização do plano de acção do SEN, 2013-2019
Tabela 13: Taxa de realização do plano de acção do Sistema Estatístico Nacional, 2013-2019
Nº actividades Taxa de
Eixos Estratégicos
realizadas realização
Eixo estratégico 1 : Produzir e disseminar com qualidade, as estatísticas demográficas,
sociais, vitais, económicas, de governação, de género e do ambiente para planificação e 63,7 84,9%
monitoria dos programas de desenvolvimento nacional.
Objectivo estratégico 1.1 :Produzir e disseminar os resultados das grandes operações
10,8 71,7%
estatísticas
Objectivo operacional 1.1.1 : IV Recenseamento Geral da População e Habitação 2017
6,8 96,4%
(RGPH)
Objectivo operacional 1.1.2 : Inquérito sobre Causas da Mortalidade (INCAM) 0,0 0,0%

Objectivo operacional 1.1.3 : Inquérito Contínuo aos Agregados Familiares (INCAF) 3,0 60,0%

Objectivo operacional 1.1.4 : Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) e IMASIDA 1,0 50,0%

Objectivo operacional 1.1.5 : Realizar o Censo Agropecuário 2019 /20 N/A N/A
Objectivo estratégico 1.2 :Produzir e disseminar estatísticas económicas, sectoriais e
26,0 81,3%
ambientais
Objectivo operacional 1.2.1 : Contas Nacionais Anuais, Trimestrais e Provinciais 1,0 99,0%
Objectivo operacional 1.2.2 : Índice de Preços no Consumidor Nacional e Provinciais e
2,0 100,0%
Conjuntura Económica
Objectivo operacional 1.2.3 : Estatísticas Económicas Sectoriais Básicas 4,0 99,8%

Objectivo operational 1.2.4 :Estatísticas territoriais 0,8 37,5%

Objectivo operacional 1.2.5 :Ficheiro de Unidades Estatísticas 4,0 100,0%

Objectivo operacional 1.2.9 Estatísticas Correntes da Função Pública. 1,0 100,0%

Objectivo operational 1.2.10: Estatísticas Ambientais 0,0 0,0%

Objectivo operacional 1.2.11:Estatísticas Anuais Agrícolas 1,0 50,0%

Objectivo operacional 1.2.12: Estatísticas Agrícolas Distritais. 1,0 100,0%

Objectivo operacional 1.2.13: Estatísticas dos Sistemas de Mercados Agrícolas (SIMA) 1,0 99,0%

Objectivo operacional 1.2.14: Inquérito aos Agregados Familiares da Pesca (IAFP 2016) 1,0 100,0%

Objectivo operacional 1.2.15: Estatísticas Correntes das Pescas 1,0 99,0%

Objectivo operacional 1.2.16: Inquérito sobre Formação Profissional 0,0 0,0%

Objectivo operacional 1.2.17: Inquérito sobre Segurança Social 0,0 0,0%

Objectivo operacional 1.2.18: Estatísticas Correntes de Trabalho. 1,0 99,0%

Objectivo operacional 1.2.19: Estatísticas das Obras Publicas, Habitação, Recursos Hídricos 2,3 76,7%

Objectivo operacional 1.2.20: Estatísticas Monetárias e Financeiras 4,0 100,0%

Objectivo operacional 1.2.21: Estatísticas de Finanças Públicas 1,0 100,0%

Objectivo estratégico 1.3 Produzir Estatísticas Demográficas, Vitais e Sociais Correntes 26,9 96,2%

Objectivo operacional 1.3.1 Estatísticas Demográficas, Vitais e Sociais Correntes 5,0 100,0%
Continua…

93
Continuação

Eixos Estratégicos Nº actividades Taxa de

realizadas realização
Objectivo operacional 1.3.1 Estatísticas Demográficas, Vitais e Sociais Correntes 5,0 100,0%
Objectivo operacional 1.3.2 Inquérito sobre a Violência da Criança 1,0 100,0%

Objectivo operational 1.3.3 Estatísticas Locais N/A N/A

Objectivo operacional 1.3.4 Produzir e Disseminar as Estatísticas da Educação. 9,0 99,8%

Objectivo operacional 1.3.5 Estatísticas de Saúde (através o Sistema de Informação de Saúde-
4,0 100,0%
SIS).
Objectivo operacional 1.3.6 Inquéritos Específicos e Pequenos Estudos 3,0 100,0%
Objectivo operacional 1.3.7 Observatório sobre o Trabalho Infantil. 0,0 0,0%
Objectivo operacional 1.3.8 Estatística de Ciência, Tecnologias de Informação, Ensino
5,0 99,0%
Superior e Técnico Profissional.
Eixo estratégico 2 : Fortalecer a capacidade institucional através da gestão,
desenvolvimento de recursos humanos, coordenação interinstitucional, recurso à novas 90,7 78,2%
tecnologias e metodologias de produção estatística.
Objectivo estratégico 2.1 :Estabelecer um quadro de recursos humanos com motivação e
28,8 84,6%
competências técnicas adequadas para o desenvolvimento das estatísticas do SEN.
Objectivo operacional 2.1.1 Desenvolvimento dos Recursos Humanos. 5,8 95,8%
Objectivo operacional 2.1.2 Programa de Combate ao HIV-SIDA no INE. 1,0 100,0%
Objectivo operacional 2.1.3 Assistência Técnica na área de Estatísticas Económicas e de
2,5 83,3%
Capacitação Institucional.
Objectivo operacional 2.1.4 Fortalecer a capacidade de produção de estatísticas territoriais
2,0 50,0%
(institucionalização das estatísticas distritais)
Objectivo operacional 2.1.5 Reforçar a Capacidade Institucional para Produção das
1,0 100,0%
Estatísticas da Educação
Objectivo operacional 2.1.6 Formação Contínua dos Técnicos das Estatísticas de Saúde a
3,0 100,0%
Nível Distrital.
Objectivo operacional 2.1.7 Formação Estatística de longa e curta duração para estatísticas
1,0 100,0%
agrícolas.
Objectivo operacional 2.1.8 Formação dos Técnicos das Estatísticas de Ciência e Tecnologia. 1,0 100,0%
Objectivo operacional 2.1.9 Capacitação dos Técnicos das Estatísticas das Direções
1,0 100,0%
Provinciais das Obras Publicas, Habitação e Recursos Hídricos.
Objectivo operacional 2.1.10 Reforçar as Unidades Orgânicas das Estatísticas das Obras
0,5 50,0%
Publicas, Habitação e Recursos Hídricos
Objectivo operacional 2.1.11 Fortalecer a Capacidade da Produção das Estatísticas Agrícolas 4,0 66,7%

Objectivo operacional 2.1.12 Escola Nacional de Estatística (ENE) 6,0 100,0%

Objectivo Estratégico: 2.2 Criar e manter um sistema robusto de tecnologia informática
assente numa arquitetura de gestão de bases de dados e Web para recolher, 10,5 58,1%
compartilhar, aceder e disseminar informação estatística.
Objectivo operacional 2.2.1Tecnologias de Informática e Comunicação 7,5 53,2%
Objectivo operacional 2.2.2 Estabelecer uma Solução Informática que Suporte os
1,0 100,0%
Carregamentos e Troca de Informação
Objectivo operacional 2.2.3 Helpdesk e Suporte Técnico e Estatístico 1,0 50,0%
Objectivo operacional 2.2.4 Concepção de uma Solução Informática (para dar suporte a
produção de estatísticas monetárias, financeiras, balança de pagamentos e central de 1,0 100,0%
balanços).
Objectivo Estratégico 2.3 Manter um quadro de recursos financeiros e materiais
16,0 88,9%
necessários à realização da visão e missão do SEN.

Objectivo operacional 2.3.1 Gestão de Recursos Financeiros e Auditoria. 15,0 88,2%

Continua…

94
Continuação

Nº actividades Taxa de
Eixos Estratégicos
realizadas realização
Objectivo operacional 2.3.4 Auditoria e Inspeção Interna 1,0 100,0%
Objectivo Estratégico 2.4 Assegurar um sistema de gestão integrada e coordenação
8,5 77,3%
estatística
Objectivo operacional 2.4.1 Gestão Estratégica, Coordenação Interinstitucional, Qualidade
6,5 92,9%
Estatística
Objectivo operacional 2.4.2 Produzir, em Coordenação com as Instituições de Ensino
0,0 0,0%
Superior, Estudos Temáticos Decorrentes das Grandes Operações Estatísticas.
Objectivo operacional 2.4.3 Coordenação e Apoio a Produção das Estatísticas do SEN 2,0 66,7%

Objectivo Estratégico 2.5 Promover a Cultura Estatística Nacional 27,0 77,1%

2.5.1 Promoção e Advocacia da Cultura Estatística 14,5 72,5%

Objectivo operacional 2.5.2 Consolidação do Quadro Legal do SEN 2,0 50,0%

Objectivo operacional 2.5.3 Manter e Fortalecer as Relações Externas do SEN. 10,5 95,5%

Total 81,5%
Fonte: Plano de acção do SEN, 2013 - 2019

95
BIBLIOGRAFIA
Assembleia da República de Moçambique – Lei de Bases do RGPH (Lei n.º 12/97, de 31 de
Maio)

Assembleia da República de Moçambique – Lei de Bases do SEN de Moçambique (Lei n.º 7/96,
de 5 de Julho)

Assembleia da República de Moçambique – Regulamento da Lei de Bases do SEN de

Moçambique (Decreto n.º 34/98, de 1 de Julho)

Assembleia da República de Moçambique – Resolução n.º 69/2011, de 30 de Dezembro, que

estabelece sobre a ratificação Carta Africana de Estatística

Comissão de Estatística das NU - Princípios Fundamentais da Estatística Oficial das NU, Abril
de1994

Comité de Conselheiros – Agenda 2025 - Estratégias e Visão da Nação, Moçambique, Novembro

de 2003

Conselho Superior de Estatística – Plano Estratégico do Sistema Estatístico Nacional 2013-2019

Governo de Moçambique – Estratégia Nacional de Desenvolvimento, 2015-2035, Julho de 2014

ONU – Agenda 2030, Setembro de 2015

PARIS 21 – Guião para elaboração de uma ENDE, Abril de 2017;

PARIS 21, BAD e Statistics Norway – Relatório de Avaliação Intercalar do PE-SEN 2013-2017,
Moçambique, Junho de 2015

Presidência da República – Estatuto Orgânico do INE (Decreto Presidencial n.º 9/96, de 28 de

agosto).

União Africana – Agenda 2063 - A África que Queremos, Janeiro de 2015

União Africana – Avaliação pelos Pares ao Sistema Estatístico Nacional de Moçambique, Junho
de 2019.

União Africana - Carta Africana de Estatística, Junho de 2009.

96
ANEXO 2: PLANO DE ACÇÃO DO PE-SEN 2020-2024
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Custo Custo
ordem Período de Entidades
Designação da Accão total (Mil total (Mil
da realização responsáveis 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF A Procurar
USD) MZN)
acção
Eixo Estratégico 1: Melhoria da Governança e
3.369,11 208.885,11 47.323,15 39.266,46 43.441,46 34.257,05 44.596,99 0,00 780,00 -208.105,11
Coordenação do SEN
Objectivo estratégico 1.1: Melhorar o quadro legal,
1.497,55 92.847,84 27.760,00 16.268,00 21.728,25 13.501,02 13.590,57 0,00 0,00 -92.847,84
institucional e organizacional
Objectivo operacional 1.1.1: Actualizar a legislação
estatística (Lei de Bases do SEN e os respetivos diplomas 66,13 4100,00 2300,00 450,00 450,00 450,00 450,00 0,00 0,00 -4.100,00
complementares) e garantir a sua aplicação
Resultado 1.1.1.1: Llegislação estatística revista, aprovada,
37,10 2300,00 2300,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.300,00
publicada e implementada
Rever/actualizar a Lei de Bases do SEN, alinhando-a com
1 a Carta Africana de Estatística e normas internacionais 2020 INE/CSE 8,06 500 500 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -500,00
relevantes
Submeter a proposta de nova Lei de Bases do SEN ao
2 Governo para apreciação e apresentação à Assembleia da 2020 CSE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
República
Fazer advocacia/acompanhamento para a aprovação, pela
3 Assembleia da República, da proposta de nova Lei de 2020 CSE/INE 29,03 1.800,00 1.800,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.800,00
Bases do SEN
Elaborar, validar e submeter os projetos dos diplomas
4 complementares da nova Lei de Bases do SEN ao 2020 CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Governo, para aprovação
Resultado: 1.1.1.2: Nova legislação estatística e a Carta
29,03 1800,00 0,00 450,00 450,00 450,00 450,00 0,00 0,00 -1.800,00
Africana de Estatística amplamente divulgadas
Organizar, ao nível nacional e provincial, anualmente
5 ateliers de divulgação da nova Lei de Bases do SEN e dos 2021-2024 INE 29,03 1.800,00 0,00 450,00 450,00 450,00 450,00 0,00 0,00 -1.800,00
respetivos diplomas complementares
Organizar, ao nível nacional e provincial, anualmente
6 atelieres de divulgação da Carta Africana de Estatística e 2021-2024 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
dos Princípios Fundamentais da Estatística Oficial
Objectivo operacional 1.1.2: Melhorar o enquadramento
411,29 25500,00 5500,00 5000,00 5000,00 5000,00 5000,00 0,00 0,00 -25.500,00
institucional e performance do INE
Continua…

97
Continuação

N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento

Custo Custo
ordem Período de Entidades
Designação da Accão total (Mil total (Mil
da realização responsáveis 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
USD) MZN)
acção
Resultado 1.1.2.1: Quadro institucional e a performance do
411,29 25500,00 5500,00 5000,00 5000,00 5000,00 5000,00 0,00 0,00 -25.500,00
INE melhorados
Rever e aprovar um novo estatuto orgânico do INE, mais
7 2020 INE/CSE/MEF 8,06 500 500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -500,00
adequado à sua natureza
Elaborar e aprovar um novo regulamento interno do INE
8 (implementação de uma macroestrutura mais flexível e 2020 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
moderna)
Operacionalizar o órgão colegial de direcção do INE e
9 2020 MEF/INE 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00
aprovar o seu regulamento interno
Realizar regularmente as reuniões estatutárias do órgão
10 Anual INE 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00
colegial de gestão do INE
Realizar, anualmente, auditoria financeira aos fundos
11 Anual INE 403,23 25.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 0,00 0,00 -25.000,00
alocados ao INE
Criar um serviço específico que assegure a coordenação
12 técnica e operacional e apoio aos ODINE em matéria da Anual INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
estatística
Objectivo operacional 1.1.3: Reforçar a função estatística
1020,13 63247,84 19960,00 10818,00 16278,25 8051,02 8140,57 0,00 0,00 -63.247,84
regional e setorial
Resultado 1.1.3.1: Os serviços estatísticos provinciais
(DPINE) e sectoriais (ODINE) são reforçados e 1004,00 62247,84 19260,00 10518,00 16278,25 8051,02 8140,57 0,00 0,00 -62.247,84
reorganizados
2021 e
13 Avaliar a performance das DPINE INE 9,68 600 0,00 200 200 200 0,00 0,00 0,00 -600,00
2023
2021 e
14 Avaliar a performance dos ODINE INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2023
Realizar um estudo sobre a reorganização da função
15 2020 INE 32,26 2.000,00 2.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.000,00
estatística ao nível sectorial
2021 e
16 Rever o mandato estatístico dos actuais ODINE INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2023
Continua…

98
Continuação

N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento

Custo
ordem Período de Entidades Custo total
Designação da Acção total (Mil
da realização responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
USD)
acção
Delegar competências estatísticas noutros serviços
públicos sectoriais que, para o efeito, dispõem de
17 Anual INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
condições adequadas (recursos humanos, materiais e
financeiros)
Fazer advocacia junto dos ministérios de tutela dos ODINE
para que revejam o enquadramento orgânico destes e/ou
18 Anual INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
criem um serviço específico que dedique, prioritária ou
exclusivamente, à atividade estatística do sector
Melhorar as capacidades técnicas e operacionais das
19 Anual INE 962,06 59.647,84 17.260,00 10.318,00 16.078,25 7.851,02 8.140,57 0,00 0,00 -59.647,84
DPINE
Melhorar as capacidades técnicas e operacionais dos
20 Anual INE/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ODINE
Resultado 1.1.3.2: Ter 4 Estratégias de desenvolvimento
16,13 1000,00 700,00 300,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.000,00
de estatísticas sectoriais elaboradas e implementadas
21 Realizar diagnóstico dos ODINE 2020 INE/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Elaborar e implementar estratégias de desenvolvimento de
22 2020/21 INE/ODINE 16,13 1.000 700 300 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.000,00
estatísticas em 4 sectores (ODINE)
Objectivo estratégico 1.2: Reforçar a coordenação
1.871,57 116.037,27 19.563,15 22.998,46 21.713,21 20.756,03 31.006,42 0 780,00 -115.257,27
estatística, a cooperação e parceira

Objetivo operacional 1.2.1: Melhorar a coordenação

0 1517,35 94075,75 15263,15 18778,46 17367,21 16277,73 26389,20 0,00 780,00 -93.295,75
estatística

Resultado 1.2.1.1: Instrumentos de coordenação

28,71 1780,00 300,00 1080,00 150,00 150,00 100,00 0,00 780,00 -1.000,00
estatística concebidos e/ou actualizados e utilizados

Elaborar e/ou actualizar os instrumentos de coordenação

estatística (conceitos e definições, nomenclaturas,
23 2020-2024 INE/CSE 12,58 780,00 0,00 780,00 0,00 0,00 0,00 0,00 780,00 0,00
classificações, etc.) em conformidade com normas
internacionais
Continua…

99
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Período Custo Custo
ordem Entidades
Designação da Acção de total (Mil total (Mil
da responsáveis 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
realização USD) MZN)
acção

Difundir e generalizar a utilização dos instrumentos de

24 2020-2024 INE/ODINE 16,13 1.000,00 300,00 300,00 150,00 150,00 100,00 0,00 0,00 -1.000,00
coordenação estatística na produção estatística
Generalizar e sistematizar a elaboração dos meta-dados a
25 Anual INE/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
todas as estatísticas produzidas pelo INE e pelos ODINE
Resultado 1.2.1.2: O funcionamento do CSE é reforçado 48,39 3000,00 1500,00 1500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.000,00
Criar um Site do CSE onde são divulgadas as principais
actividades e documentação do SEN (legislação, as
deliberações do CSE, os instrumentos de coordenação
26 2020/21 INE 48,39 3.000,00 1.500,00 1.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.000,00
estatística, o Plano Anual de Actividades e Orçamento
SEN, o PE-SEN e os respectivos relatórios de monitoria e
avaliação, etc.)
27 Elaborar e aprovar um novo regulamento interno do CSE 2021 CSE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Criar no INE uma unidade orgânica que assegure o
28 2020 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
secretariado permanente do CSE (SP-CSE)
Criar e assegurar o funcionamento (reuniões regulares) de
29 2020 CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
comissões especializadas permanentes do CSE
Resultado 1.2.1.3: Plano Anual de Actividades e
Orcamento e de monitoria e avaliação elaborada e 228,23 14150,00 600,00 600,00 2700,00 600,00 9650,00 0,00 0,00 -14.150,00
melhorada
Programar e organizar ateliers de sensibilização acerca da
30 importância, implementação e monitoria do planeamento Anual CSE/INE 48,39 3.000,00 600,00 600,00 600,00 600,00 600,00 0,00 0,00 -3.000,00
de estratégia de desenvolvimento da estatística
31 Elaborar um Plano Anual de Actividades e Orçamento Anual SP-CSE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Produzir um Relatório Anual de Actividades Estatísticas do
32 SEN (compilação dos relatórios anuais de actividades dos Anual SP-CSE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
seus órgãos), e submeter ao Governo
CSE/INE/
33 Assegurar a monitoria do PE-SEN 2020-2024 Anual 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ODINE
Assegurar a avaliação a meio-termo do PE-SEN 2020-
34 2022 CSE/INE 33,87 2.100,00 0,00 0,00 2.100,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.100,00
2024
35 Realizar a avaliação final do PE-SEN 2020-2024 2024 CSE/INE 33,06 2.050,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.050,00 0,00 0,00 -2.050,00
Continua…

100
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Período Custo Custo
ordem Entidades
Designação da Acção de total (Mil total (Mil
da responsáveis 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
realização USD) MZN)
acção
Realizar no final da implementação do PE-SEN 2020-
36 2024, um inquérito sobre a satisfação das necessidades 2024 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
dos utilizadores de dados estatísticos
37 Elaborar o PE-SEN 2025-2029 2024 CSE 112,90 7.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7.000,00 0,00 0,00 -7.000,00
Resultado 1.2.1.4: Um manual de procedimentos para
intercâmbio de dados no âmbito do SEN é elaborado e 58,06 3600,00 0,00 2400,00 400,00 400,00 400,00 0,00 0,00 -3.600,00
adoptado
Criar uma equipa responsável pela elaboração de um
38 manual que define procedimentos de intercâmbio de 2020/21 CSE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
dados entre os órgãos produtores do SEN
39 Elaborar, validar e adotar o manual de procedimentos 2020/21 CSE 32,26 2.000,00 0,00 2.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.000,00
Implementar os procedimentos de intercâmbio de dados
40 2021-2024 INE/ODINE 25,81 1.600,00 0,00 400,00 400,00 400,00 400,00 0,00 0,00 -1.600,00
dentro do SEN
Resultado 1.2.1.5: Diálogo com os utilizadores
1153,96 71545,75 12863,15 13198,46 14117,21 15127,73 16239,20 0,00 0,00 -71.545,75
reforçado
Identificar diferentes utilizadores e os categorizar por tipo
41 2020 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
de uso de dados estatísticos
Promover um diálogo permanente com utilizadores de
42 estatísticas e adequar a produção estatística à satisfação Anual INE/ODINE 984,61 61.045,75 10.363,15 11.198,46 12.117,21 13.127,73 14.239,20 0,00 0,00 -61.045,75
das suas necessidades
Organizar um atelier nacional entre os produtores e
43 Anual INE 129,03 8.000,00 2.000,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 0,00 0,00 -8.000,00
utilizadores de estatísticas oficiais
Avaliar, bienalmente, a satisfação dos utilizadores quanto
44 à adequação entre a oferta e a demanda de informação INE 40,32 2.500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 0,00 0,00 -2.500,00
estatística
Objetivo operacional 1.2.2: Intensificar a cooperação e
354,22 21961,52 4300,00 4220,00 4346,00 4478,30 4617,22 0,00 0,00 -21.961,52
parceria
Resultado 1.2.2.1: A cooperação e parceira é reforçada 354,22 21961,52 4300,00 4220,00 4346,00 4478,30 4617,22 0,00 0,00 -21.961,52
Troca de Experiência com outras Agências de Estatística
45 ao nível da SADC (Juristas dos Serviços Centrais e Anual INE 213,90 13.261,52 2.400,00 2.520,00 2.646,00 2.778,30 2.917,22 0,00 0,00 -13.261,52
DPINE)
Elaborar e adotar um programa anual de cooperação
46 2020 INE/CSE 14,52 900,00 900,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -900,00
estatística do SEN
Promover o intercâmbio de publicações estatísticas entre
47 2021 INE 40,32 2.500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 0,00 0,00 -2.500,00
o INE e congéneres de outros países
Continua…

101
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Período Custo
ordem Entidades Custo total
Designação da Acção de total (Mil PTF
da responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE A Procurar
realização USD) (BM)
acção
Assegurar a representação do SEN em diferentes fóruns e
48 Anual INE 40,32 2.500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 0,00 0,00 -2.500,00
reuniões nos níveis internacional, regional e sub-regional
Participar nos diferentes Grupos Técnicos Especializados
49 Anual INE 45,16 2.800 0 700 700 700 700 0,00 0,00 -2.800,00
do SHaSA II
Reforçar o diálogo e a coordenação com todos os PTF do
50 SEN, estabelecendo, para o efeito, um quadro Anual CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
permanente de concertação
Fazer advocacia para a inscrição nos PTA dos PTF o seu
51 Anual CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
apoio financeiro à implementação do PE-SEN 2020-2024
Eixo Estratégico 2: Reforço das Capacidades do SEN
53.882,16 3.340.693,91 169.952,16 1.543.399,80 739.723,05 694.685,85 192.933,05 0,00 33.500 -3.307.193,91
(recursos humanos, financeiros e materiais)
Objectivo estratégico 2.1: Reforçar o SEN com recursos
humanos em qualidade e em quantidade suficientes e 14.550,47 902.128,91 161.402,16 174.094,80 176.373,05 198.685,85 191.573,05 0,00 33.500 -868.628,91
melhorar a sua gestão
Objectivo operacional 2.1.1: Formar novos quadros em
1477,84 91626,17 22219,90 17844,80 12373,05 12915,37 26273,05 0,00 0,00
estatísticas e áreas conexas -91.626,17
Resultado 2.1.1.1: Novos quadros estatísticos e em áreas
1477,84 91626,17 22219,90 17844,80 12373,05 12915,37 26273,05 0,00 0,00 -91.626,17
conexas formados
Inventariar as necessidades de formação de recursos
52 2020 INE/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
humanos em estatísticas e áreas conexas para o SEN
Elaborar e validar um plano de formação inicial de
53 2020 INE/CSE 183,87 11.400,00 4.200,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 0,00 0,00 -11.400,00
recursos humanos para o SEN
Mobilizar recursos para a implementação do plano de
54 Anual INE/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
formação inicial
Formar quadros estatísticos e demógrafos,
preferencialmente nas universidades nacionais e em
55 Anual INE/ODINE 1293,97 80.226,17 18.019,90 16.044,80 10.573,05 11.115,37 24.473,05 0,00 0,00 -80.226,17
escolas superiores de estatística e demografia do
continente
Objectivo operacional 2.1.2: Recrutar novos recursos
1338,71 83000,00 0,00 23000,00 20000,00 20000,00 20000,00 0,00 0,00 -83.000,00
humanos para o SEN
Resultado 2.1.2.1: Novos quadros são recrutados e
1338,71 83000,00 0,00 23000,00 20000,00 20000,00 20000,00 0,00 0,00 -83.000,00
afetados ao SEN
Elaborar e implementar um plano de recrutamento de
56 pessoal estatístico e áreas afins para o período 2020- 2020 INE/ODINE 32,26 2000 0,00 2.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.000,00
2024
Continua…

102
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Período Custo Custo
ordem Entidades
Designação da Acção de total (Mil total (Mil
da responsáveis 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
realização USD) MZN)
acção
Recrutar para os órgãos produtores do SEN 85
Estatísticos, 33 Demógrafos, 27 Geógrafos, 40
57 Anual INE/ODINE 1290,32 80.000,00 0,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 0,00 0,00 -80.000,00
Economistas, 2 Agrónomas, 5 Engenheiros
Civil/Arquitectos e 2 Engenheiros
58 Recrutar ou designar pessoal para CSE (SP-CSE) 2020 INE 16,13 1000 0,00 1000 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.000,00
Objectivo operacional 2.1.3: Reforçar as capacidades dos
2243,59 139102,74 43482,26 30150,00 20800,00 32570,48 12100,00 0,00 33500,00 -105.602,74
recursos humanos do SEN, de forma permanente
Resultado 2.1.3.1: Capacidades e reciclagem do pessoal
2243,59 139102,74 43482,26 30150,00 20800,00 32570,48 12100,00 0,00 33500,00 -105.602,74
estatístico do SEN regularmente reforçadas
Adequar a abordagem pedagógica e estrutura curricular
da Escola Nacional de Estatística (ENE) às novas
59 2020/21 INE/ENE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
necessidades de capacitação/reciclagem do pessoal do
SEN
Realizar um estudo para a criação e implementação do
60 2020/21 INE/ENE 193,55 12.000,00 6.000,00 6.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6.000,00 -6.000,00
ensino a distância em estatística
Realizar um estudo de viabilidade para a expansão e
61 2020/21 INE/ENE 174,19 10.800,00 5.400,00 5.400,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -10.800,00
transformação da ENE em Escola Superior de Estatística
Elaborar, validar e implementar um plano de formação
INE/CSE/
62 contínua dos recursos humanos do SEN em estatística e 2020-2024 104,84 6.500,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 0,00 0,00 -6.500,00
ODINE
áreas especializadas
Organizar ateliers de informação, formação e actualização
de pessoal do SEN sobre as normas em vigor (legislação
63 Anual SP-CSE/INE 122,58 7.600,00 1.900,00 1.900,00 1.900,00 1.900,00 0,00 0,00 0,00 -7.600,00
estatística, instrumentos de coordenação estatística,
metodologias, procedimentos estatísticos, etc.)
Formar e/ou reforçar as capacidades de pessoal do SEN
(dirigentes e técnicos) em planeamento estratégico,
64 2020-2022 INE 60,48 3.750,00 1.200,00 1.250,00 1.300,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.750,00
gestão orientada para resultados, monitoria e avaliação de
projetos e outras formações conexas
Formar directores e delegados provinciais do INE em
65 2020-2022 INE 26,61 1.650,00 800,00 850,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.650,00
liderança e gestão integrada
Capacitar/reciclar recursos humanos do SEN,
particularmente o pessoal afecto às DPINE e aos ODINE,
66 2021-2024 INE 116,13 7.200,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 6.200,00 -1.000,00
em métodos de recolha e tratamento, difusão e
arquivamento de dados, etc.
Formar estatísticos e demógrafos do SEN em novas
67 2021-2024 INE/ODINE 45,16 2.800,00 0,00 700,00 700,00 700,00 700,00 0,00 0,00 -2.800,00
técnicas e procedimentos estatísticos
Continua…

103
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Período Custo Custo
ordem Entidades
Designação da Acção de total (Mil total (Mil
da responsáveis 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
realização USD) MZN)
acção
Reforçar as capacidades dos quadros estatísticos em
68 2021-2024 INE/ODINE 51,61 3.200,00 0,00 800,00 800,00 800,00 800,00 0,00 0,00 -3.200,00
procedimentos de recolha, tratamento e análise de dados
Formar pessoal do SEN em técnicas e ferramentas
modernas de documentação e arquivamento electrónico
69 2020-2023 INE/ODINE 571,82 35.452,74 16.882,26 0,00 0,00 18.570,48 0,00 0,00 0,00 -35.452,74
de dados, criação e gestão de bases de dados e de
bibliotecas
Formar pessoal do SEN sobre a abordagem da qualidade
70 2021/ 2024 INE/ODINE 32,26 2.000,00 0,00 2.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.000,00
(gestão e avaliação da qualidade)
Formar e/ou aumentar o nível de proficiência de pessoal
71 Anual INE/ENE 101,61 6.300,00 1.200,00 1.300,00 1.400,00 1.200,00 1.200,00 0,00 0,00 -6.300,00
do INE em línguas inglesa e francesa
Formar técnicos em cursos de curta duração em
72 Reporting e Contabilidade Pública avançada (11 técnicos 2020-2022 INE 97,58 6.050,00 3.000,00 0,00 3.050,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -6.050,00
das DPINE e 7 do DAF-INE)
Formar técnicos do INE em gestão de projectos de
73 2020 INE 20,97 1.300,00 1.300,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.300,00
financiamento externo
Realizar acçoes no âmbito de Team Buiding e actividades
74 Anual INE 116,13 7.200,00 0,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 0,00 0,00 -7.200,00
motivacionais (palestras, feiras, desporto)
Formar/reciclar os motoristas e pessoal de apoio do INE
75 em matérias de imagem institucional, ética e deontologia 2021/22 22,58 1.400,00 0,00 700,00 700,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.400,00
profissional
Formar pessoal do INE em matéria de protocolo,
76 atendimento ao público e secretariado executivo e áreas Anual INE 22,58 1.400,00 0,00 700,00 700,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.400,00
conexas
Capacitar técnicos de TI em Matéria de desenvolvimento,
manutenção de softwares, administração de redes e de
77 sistemas, gestão de TIC e matérias relacionadas com o Anual INE 362,90 22.500,00 4.500,00 4.500,00 4.500,00 4.500,00 4.500,00 0,00 21.300,00 -1.200,00
SDMX, BigData, Computação de alto Desempenho.
Realizar 10 certificações.
Objectivo operacional 2.1.4: Melhorar a gestão dos
9490,32 588400,00 95700,00 103100,00 123200,00 133200,00 133200,00 0,00 0,00 -588.400,00
recursos humanos do SEN
Resultado 2.1.4.1: Um sistema de gestão centralizada dos
19,35 1200,00 1200,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
recursos humanos do SEN implementado -1.200,00
Realizar um estudo de viabilidade de implementação de
78 um sistema de gestão centralizada e de carreira do 2020 CSE/INE 19,35 1.200,00 1.200,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.200,00
pessoal estatístico SEN
Continua…

104
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Período Custo Custo
ordem Entidades
Designação da Acção de total (Mil total (Mil
da responsáveis 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
realização USD) MZN)
acção
Elaborar e submeter o relatório do estudo sobre a gestão
79 centralizada do pessoal estatístico do SEN ao Governo 2020 CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
para validação e decisão
Advogar junto do Governo a disponibilização de recursos
80 financeiros necessários para a implementação do sistema Anual CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
de gestão centralizada do pessoal estatístico do SEN
Elaborar e aprovar um diploma legal sobre a gestão
81 2020/21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
centralizada no INE do pessoal estatístico do SEN
Implementar o sistema de gestão centralizada no INE do
82 Anual INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
pessoal estatístico SEN
Resultado 2.1.4.2: Um Plano Estratégico dos Recursos
277,42 17200,00 4500,00 3100,00 3200,00 3200,00 3200,00 0,00 0,00
Humanos do SEN é elaborado, adoptado e implementado -17.200,00
Elaborar e adotar um Plano Estratégico dos Recursos
83 2020/21 INE/CSE 24,19 1.500,00 1.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.500,00
Humanos do SEN
Implementar o Plano Estratégico dos Recursos Humanos
84 Anual INE/ODINE 253,23 15.700,00 3.000,00 3.100,00 3.200,00 3.200,00 3.200,00 0,00 0,00 -15.700,00
do SEN
Resultado 2.1.4.3: Um plano de cargos, carreiras e
9193,55 570000,00 90000,00 100000,00 120000,00 130000,00 130000,00 0,00 0,00 -570.000,00
salários do pessoal do INE é elaborado e aprovado
Elaborar um projecto de plano de cargos, carreiras e
salários, atrativo, para o pessoal do INE (orçamento
85 2020 INE 9193,55 570.000 90.000,00 100.000,00 120.000,00 130.000,00 130.000,00 0,00 0,00 -570.000,00
baseado no impacto orçamental que havia sido inscrito no
E-Sistafe em 20)
Sensibilizar o Governo para a aprovação do Plano de
86 2020 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cargos, Carreira e Salários do INE
Negociar com o ministério de tutela do INE à
87 implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários 2021 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
do INE
Objectivo estratégico 2.2: Reforçar as capacidades
39.331,69 2.438.565 8.550,00 1.369.305 563.350 496.000,00 1.360,00 0,00 0,00 -2.438.565,00
financeiras e materiais do SEN
Objectivo operacional 2.2.1: Criar mecanismos de
financiamento perene do SEN, prioritariamente através de 79,19 4910,00 2200,00 0,00 1350,00 0,00 1360,00 0,00 0,00 -4.910,00
dotação pública
Resultado 2.1.4.3: Um plano de cargos, carreiras e
79,19 4910,00 2200,00 0,00 1350,00 0,00 1360,00 0,00 0,00 -4.910,00
salários (PCCS) do pessoal do INE elaborado e aprovado
Continua…

105
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Período Custo
ordem Entidades Custo total
Designação da Acção de total (Mil
da responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
realização USD)
acção
Promover encontros de sensibilização dos decisores
públicos (Presidência da República, Parlamento,
2020-
88 Governo, etc,) sobre a necessidade e importância do SP-CSE/INE 64,68 4.010,00 1.300,00 0,00 1.350,00 0,00 1.360,00 0,00 0,00 -4.010,00
2023-2024
financiamento público da atividade estatística oficial,
enquanto “bem público”
Realizar um estudo sobre a criação (mecanismo
89 2020/21 CSE/INE 14,52 900,00 900,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -900,00
institucional e operacional) do FNDE
90 Validar e publicar o estudo sobre a criação do FNDE 2021 CSE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Elaborar um projecto de diploma legal de criação do
91 2021 CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
FNDE
Fazer advocacia para aprovação, pelo Governo, do
92 2021/22 CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
diploma de criação do FNDE
Operacionalizar o FNDE, através da dotação de recursos
93 2022-2024 MEF 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
e nomeação dos membros do órgão de gestão
Resultado 2.2.1.2: Uma estratégia de mobilização de
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
recursos adicionais elaborada e implementada 0,00
Organizar uma mesa redonda com os PTF para a
94 mobilização de financiamento adicional para o PE-SEN 2020 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2020-2024
Sensibilizar os ministérios de tutela para a criação de
95 rubricas orçamentais próprias e suficientes para o 2020-2024 CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
financiamento das actividades estatísticas dos ODINE
Garantir mecanismos flexíveis de utilização dos recursos
96 financeiros alocados à realização de actividades 2020-2024 MEF 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
estatísticas
Objectivo operacional 2.2.2: Reforçar e modernizar os
39252,50 2433655 6350 1369305 56 2000 496 000 0 0 0
órgãos do SEN com meios materiais -2.433.655
Resultado 2.2.2.1: O SEN é suficientemente equipado
com materiais (incluindo meios de deslocação), 39252,50 2433655 6350 1369305 562 000 496 000 0 0 0
equipamentos informáticos e instalações condignas -2.433.655
97 Adquirir 307 mesas para computador 2020/21 INE/BM/ODINE 16,13 1.000 500 500 0 0 0 0 0 -1.000
98 Adquirir 319 cadeiras Anual INE/BM/ODINE 12,90 800,00 400,00 400,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -800,00
99 Adquirir 463 Flash 2020/21 INE/BM/ODINE 0,24 15,00 10,00 5,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -15,00
100 Adquirir 317 computadores de mesa 2020/21 INE/BM/ODINE 32,26 2.000,00 1.000,00 1.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.000,00
Continua…

106
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Período Entidades Custo
ordem Custo total
Designação da Acção de responsá total (Mil
da (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
realização veis USD)
acção
10 Adquirir 70 Laptops 2020 ODINE 19,35 1.200,00 800,00 400,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.200,00
102 Adquirir 150 viaturas para o Censo Agropecuário 2020 INE/MASA 0 0 325.500 0 0 0 0 0 0 0
MISAU/
103 Adquirir duas impressoras 2020 4,84 300 300 0 0 0 0 0 0 -300
ODINE
Adquirir duas máquinas fotográficas e 3 discos externos para o
104 2020 MOPHRH 1,29 80 80 0 0 0 0 0 0 -80
MOPHRH
105 Adquirir 1 projector para o MINEDH 2020 MINEDH 0,97 60 60 0 0 0 0 0 0 -60
106 Adquirir uma fotocopiadora para o MISAU 2020 MISAU 1,61 100 100 0 0 0 0 0 0 -100
Dotar o CSE (serviço de secretariado) de materiais de
107 2020 INE 8,06 500 500 0 0 0 0 0 0 -500
equipamentos e de funcionamento
Dotar as DPINE de materiais adequados para produção
108 estatística (mobiliário, matérias de escritório e equipamentos 2020-2022 INE 77,42 4.800 1.300 1.500 2.000 0 0 0 0 -4.800
informáticos)
Reabilitação dos edifícios do INE (Delegações de Tete,
109 Inhambane, Nampula, Sofala, Zambézia, Manica, Cabo Delgado, 2021-2023 INE 33.000 2.046.000 0 992.000 558.000 496.000 0 0 0 -2.046.000
Gaza e Maputo Província
110 Construir a biblioteca nacional de estatística 2021 INE 1000 62.000 0 62.000 0 0 0 0 0 -62.000
111 Construir a sede da ENE 2021 INE 5000 310.000 0 310.000 0 0 0 0 0 -310.000
Dotar as DPINE de materiais adequados para produção
112 estatística (mobiliário, matérias de escritório e equipamentos 2020-2022 INE 77,42 4.800 1.300 1.500 2.000 0 0 0 0 -4.800
informáticos)
Eixo Estratégico 3: Melhoria da Cobertura e Qualidade da
108.314,37 6.715.490,72 1.674.570,10 2.567.613,39 883.010,42 670.967,76 919.329,06 154.599,55 229.402,90 -6.331.488,27
Produção Estatística
Objectivo estratégico 3.1: Reforçar e consolidar a produção
107.906,95 6.690.230,72 1.662.110,10 2.563.513,39 880.110,42 668.067,76 916.429,06 153.399,55 223.022,90 -6.313.808,27
estatística
Objectivo operacional 3.1.1: Melhorar a recolha dos dados dos
inquéritos e recenseamentos utilizando Tecnologias de 2400,48 148830 57209,98 51300,02 11289,98 21515,02 7515 0 0 -148.830
Informação e Comunicação (TIC)
Resultado 3.1.1.1: Dados progressivamente recolhidos com
2400,48 148830 57209,98 51300,02 11289,98 21515,02 7515 0 0 -148.830
recurso a TIC
Desenvolver e implementar uma plataforma informática de
113 Anual INE 783,87 48.600 22.500 20.700 1.800 1.800 1.800 0 0 -48.600
recolha e transmissão online de dados das operações estatísticas
3.3.5 Recolher as estatísticas financeiras e monetárias através do
114 Anual BM 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Banking Supervision Application (BSA) e Correio electrónica
Utilizar, progressiva e sistematicamente, dispositivos móveis
115 (700Tablets, Smartphones, etc.) na recolha e transmissão de Anual INE/ODINE 483,87 30.000,00 10.000,00 5.000,00 5.000,00 10.000,00 0,00 0,00 0,00 -30.000,00
dados dos inquéritos e recenseamentos
Desenvolver o Sistema Integrado de Estatísticas Económicas –
116 Anual INE 498,39 30.900,00 15.000,00 13.200,00 900,00 900,00 900,00 0,00 0,00 -30.900,00
SIEE
Desenvolver o Sistema Integrado de Estatísticas de
117 Anual INE 285,48 17.700,00 7.500,00 7.500,00 900,00 900,00 900,00 0,00 0,00 -17.700,00
Demográficas e Sociais
118 Implementar e capacitar o pessoal do INE no uso do SDMX Anual INE 348,87 21.630,00 2.209,98 4.900,02 2.689,98 7.915,02 3.915,00 0,00 0,00 -21.630,00
Continua…

107
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Custo
ordem Período de Entidades Custo total
Designação da Acção total (Mil
da realização responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
USD)
acção
Objectivo operacional 3.1.2: Consolidar a produção estatística
corrente, assegurando uma melhor cobertura temática e 81.780,69 5.070.403,06 933.412,94 2.246.282,19 668.417,41 632.399,50 589.891,02 153.399,55 223.022,90
geográfica - 4.693.980,61

Resultado 3.1.2.1: Estatísticas correntes (dados administrativos)

81.780,69 5.070.403,06 933.412,94 2.246.282,19 668.417,41 632.399,50 589.891,02 153.399,55 223.022,90
produzidas em tempo oportuno -4.693.980,61
ESTATÍSTICAS ECONÓMICAS
Produzir as Contas Nacionais (anuais, trimestrais, satélites e
119 2020-2024 INE/BM 833,02 51.647,31 11.972,34 8.656,69 9.522,97 11.772,34 9.722,97 0,00 3.344,16 -48.303,15
Provinciais)
Produzir o Índice de Preços no Consumidor, nacional e provincial;
120 2020-2024 INE/DPINE 1037,40 64.318,74 10.558,74 13.440,00 13.440,00 13.440,00 13.440,00 9.000,00 1.558,74 -53.760,00
Produzir os preços distritais
INE-DESE-
121 Realizar o Inquérito ao Comércio Informal Transfronteiriço (ICIT) 2020-2024 2416,24 149.807,15 27.111,32 28.466,88 29.890,23 31.384,74 32.953,98 0,00 0,00 -149.807,15
BM-AT
Realizar o Inquérito Único dirigido às empresas que operam em INE-DESE-
122 2020-2024 94,60 5.864,97 960,67 1.056,73 1.162,41 1.278,65 1.406,51 0,00 0,00 -5.864,97
Moçambique BM-AT
INE-DESE-
123 Realizar o Inquérito a Despesas dos Turistas (INDEST) Annual 94,60 5.864,97 960,67 1.056,73 1.162,41 1.278,65 1.406,51 0,00 0,00 -5.864,97
MICULT
124 Realizar o Inquérito Coordenado ao Investimento Directo (CDIS) Anual BM 32,09 1.989,33 397,87 397,87 397,87 397,87 397,87 0,00 0,00 -1.989,33
125 Realizar o Inquérito ao Sector Informal (INFOR) 2021/22 INE/MITESS 1.000,00 62.000,00 12.400,00 49.600,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -62.000,00
126 Inquérito à força de trabalho 2020/21 INE/MITESS 6.000,00 372.000,00 0,00 186.000,00 186.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -372.000,00
Produzir as Estatísticas Gerais Nacionais (Anuário Estatístico,
127 Agenda Estatística, Anuário Provincial e outras publicações, 2020-2024 INE 407,42 25.260,00 5.000,00 5.050,00 5.060,00 5.070,00 5.080,00 0,00 0,00 -25.260,00
incluindo as publicações gerais das DPINE)
Produzir as Estatísticas Económicas básicas (índices, indicadores
128 de curto prazo, de confiança) e estatísticas sectoriais (industria; 2020-2024 INE 1271,83 78.853,29 25.921,75 11.558,64 12.601,17 13.754,31 15.017,42 0,00 3.875,00 -74.978,29
Turismo; transportes e comunicações e Comercio Externo)
129 Actualizar o Ficheiro de Unidades Estatísticas (FUE) 2020-2024 INE 262,96 16.303,75 10.075,00 1.500,00 1.500,00 1.575,00 1.653,75 0,00 6.045,00 -10.258,75
Produzir as Estatísticas Monetárias, financeiras e da Balança de
130 2020-2024 BM 492,69 30.546,68 14.632,00 3.978,67 3.978,67 3.978,67 3.978,67 30.546,68 0,00 0,00
Pagamentos correntes
131 Realizar inquérito agrícola integrado e outros inquéritos especiais 2020-2024 MASA 8627,42 534.900,00 80.300,00 128.650,00 124.650,00 114.650,00 86.650,00 80.300,00 0,00 -454.600,00
132 Produzir as Estatísticas de Finanças Públicas 2020-2024 MEF 199,17 12.348,70 2.250,00 2.354,00 2.463,70 2.579,43 2.701,57 0,00 0,00 -12.348,70
Produzir as Estatísticas dos sectores do Mar, Águas Interiores e
133 2020-2024 MIMAIP 1947,47 120.743,01 3.511,32 3.511,32 3.511,32 106.697,73 3.511,32 605,00 0,00 -120.138,01
Pescas
Produzir e publicar o Boletim de Estatísticas do Trabalho e o
134 2020-2024 124,61 7.726,00 1.426,00 1.500,00 1.600,00 1.600,00 1.600,00 1.426,00 0,00 -6.300,00
Bolentim Informativo de Trabalho
Produzir as Estatísticas das Obras Públicas, Habitação e
135 2020-2024 MOPHRH 253,74 15.732,00 1.700,00 3.132,00 3.300,00 3.300,00 4.300,00 620,00 0,00 -15.112,00
Recursos Hídricos
ESTATÍSTICAS DE MOGRÁFICAS E VITAIS
136 Produzir as Estatísticas Sociais correntes 2020-2024 INE 566,13 35.100,00 13.000,00 5.525,00 5.525,00 5.525,00 5.525,00 1.963,00 0,00 -33.137,00
137 Produzir a informação corrente das Estatísticas de Saúde 2020-2024 MISAU 491,02 30.443,36 12.835,87 3.793,90 4.173,29 4.590,62 5.049,68 12.835,87 0,00 -17.607,49
Continua…

108
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Custo
ordem Período de Entidades Custo total
Designação da Acção total (Mil
da realização responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
USD)
acção
138 Produzir as Estatísticas da Educação 2020-2024 MINEDH 1590,32 98.600,00 16.400,00 18.060,00 19.720,00 21.380,00 23.040,00 6.625,00 0,00 -91.975,00
Produzir Estatísticas de Ciência e Tecnologia do Ensino Superior
139 2020-2024 MCTESTP 1268,50 78.647,00 28.644,00 7.688,00 17.546,00 9.951,00 14.818,00 4.920,00 0,00 -73.727,00
e Técnico Profissional
140 Fortificar e produzir Estatísticas de Género 2020-2024 INE 344,35 21.350,00 5.700,00 4.400,00 3.750,00 3.750,00 3.750,00 0,00 0,00 -21.350,00
141 Inquérito do Uso de Tempo 2021-2022 INE 4911,29 304.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 304.500,00 0,00 0,00 -304.500,00
INE-DESE-
142 Realizar o Censo Agropecuário e de Pescas (CAPP) 2020-2022 29.262,22 1.814.257,55 180.687,40 1.633.570,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.814.257,55
MASA
INE-DCI-
143 Realizar Inquérito aos Orçamentos Familiares (IOF) 2020-2023 8777,10 544.180,00 79.180,00 93.000,00 186.000,00 186.000,00 0,00 750,00 78.000,00 -465.430,00
DEMOVIS
INE-DCI-
144 Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS) 2020-2021 2008,06 124.500,00 124.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 500,00 124.000,00 0,00
DEMOVIS
Realizar estudos temáticos e outras actividades relacionadas ao INE-
145 2020-2024 1851,61 114.800,00 99.300,00 0,00 0,00 0,00 15.500,00 0,00 0,00 -114.800,00
IV Censo da População e Habitação DEMOVIS-DCI
Elaborar o projecto do V Censo da População e Habitação
146 900,00 55.800,00 0,00 0,00 0,00 55.800,00 0,00 0,00 0,00 -55.800,00
(2027); Realizar a actualização cartográfica
Consolidar o Sistema de Vigilância aos Eventos Vitais (COMSA):
147 Produzir estatísticas vitais (nascimentos, casamentos, Divórcios, 2020-2024 INE 2548,39 158.000,00 126.800,00 7.800,00 7.800,00 7.800,00 7.800,00 1.963,00 3.100,00 -152.937,00
óbitos e causas da mortalidade)
ESTATÍSTICAS TERRITORIAIS
148 Produzir as Estatísticas Territoriais e Locais 2020-2024 INE/DPINE 2166,44 134.319,25 37.188,00 22.535,60 23.662,38 24.845,50 26.087,77 1.345,00 3.100,00 -129.874,25
Objectivo operacional 3.1.3: Alargar, progressivamente, a
produção estatística a novas áreas, seja através da realização de
15780,87 978413,90 648172,00 6317,50 6391,38 6472,24 311060,79 0,00 0,00 -978.413,90
inquéritos como pelo aproveitamento de dados de fontes
administrativas
Resultado 3.1.3.1: Estatísticas emergentes consideradas
15780,87 978413,90 648172,00 6317,50 6391,38 6472,24 311060,79 0,00 0,00 -978.413,90
relevantes na produção estatística
149 Realizar o Inquérito de Governação, Paz e Segurança (GPS) 2024 INE 4911,29 304.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 304.500,00 0,00 0,00 -304.500,00
150 Desenvolver base de dados de indicadores ambientais 2020 INE 56,45 3.500,00 700,00 700,00 700,00 700,00 700,00 0,00 0,00 -3.500,00
Levantamento de dados sobre a fiscalização, registo e
151 2020/21 INE 96,77 6.000,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 0,00 0,00 -6.000,00
delimitação de terra
152 Inquérito a Terra (Registo, posse e fiscalização da terra). 2020/21 MITADER 4911,29 304.500,00 304.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -304.500,00
153 Inquérito aos resíduos sólidos urbanos 2020/21 MITADER 4911,29 304.500,00 304.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -304.500,00
154 Inventário aos resíduos perigosos gerados na indústria 2020-2024 MITADER 96,77 6.000,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 0,00 0,00 -6.000,00
155 Mapeamento das áreas de risco (secas, inundações...) 2020-2024 MITADER 96,77 6.000,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 0,00 0,00 -6.000,00
Mapeamento de ecossistemas naturais das áreas de
156 2020-2024 MITADER 96,77 6.000,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 0,00 0,00 -6.000,00
conservação e reservas florestais
157 Produzir as estatísticas de Gás e Energia 2020-2024 INE 513,37 31.828,84 31.150,00 157,50 165,38 173,64 182,33 0,00 0,00 -31.828,84
158 Produzir as estatísticas de petróleo e gás 2020/21 INE 31,00 1.922,00 1.922,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.922,00
159 Integrar as estatísticas de petróleo e gás nas contas nacionais 2021/22 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Continua…

109
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Custo
ordem Período de Entidades Custo total
Designação da Acção total (Mil
da realização responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
USD)
acção
160 Produzir estatísticas de Saúde Mental e Medicina Tradicional 2020-2024 MISAU 59,08 3.663,06 600,00 660,00 726,00 798,60 878,46 0,00 0,00 -3.663,06
Objectivo operacional 3.1.4: Potencializar progressivamenteo
aproveitamento de dados de fontes administrativas, em todos os 7944,90 492583,75 23315,18 259613,68 194011,65 7681,00 7962,25 0,00 0,00 -492.583,75
setores
Resultado 3.1.4.1: Aproveitamento dos dados de fontes
7944,90 492583,75 23315,18 259613,68 194011,65 7681,00 7962,25 0,00 0,00 -492.583,75
administrativas reforçado
161 Actualizar o FUE com dados de fontes administrativas 2020-2024 INE 124,33 7.708,26 1.395,00 1.464,75 1.537,99 1.614,89 1.695,63 0,00 0,00 -7.708,26
Recolher a informação sobre emissões e carteiras de títulos (acto
162 2020-2024 BM 37,43 2.320,89 464,18 464,18 464,18 464,18 464,18 0,00 0,00 -2.320,89
administrativo)
Produzir os dados sobre Remunerações com informações
163 provenientes do Instituto Nacional de Segurança Social e Folha 2020-2024 MITESS 7283,92 451.603,01 15.700,00 239.030,00 189.525,00 3.623,22 3.724,79 0,00 0,00 -451.603,01
de Relação Nominal
Produzir as Estatísticas de Emprego no sector formal da
164 2020-2024 INE/MITESS 27,78 1.722,34 300,00 330,00 346,50 363,83 382,02 0,00 0,00 -1.722,34
economia (empresas)
165 Reforçar a capacidade de produção das publicações locais Anal INE 124,33 7.708,26 1.395,00 1.464,75 1.537,99 1.614,89 1.695,63 0,00 0,00 -7.708,26
Implementar um sistema informático de recolha de dados
166 administrativos, a nível central, das Instituições tuteladas, 2021 INE/ODINE 251,61 15.600,00 0,00 15.000,00 600,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -15.600,00
subordinadas e, ainda, das Direcções Provinciais
Implementar um Sistema de Gestão de Informação Integrado da
167 2020 INE 35,50 2.201,00 2.201,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.201,00
produção de estatísticas
Reforçar as capacidades dos ODINE para melhorar a qualidade
168 Annual INE/ODINE 60,00 3.720,00 1.860,00 1.860,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.720,00
das estatísticas de fontes administrativas
Objectivo estratégico 3.2: Melhorar a qualidade da produção
407,42 25.260,00 12.460,00 4.100,00 2.900,00 2.900,00 2.900,00 1.200,00 6.380,00 -17.680,00
estatística
Objectivo operacional 3.2.1: Generalizar a avaliação da qualidade
407,42 25.260,00 12.460,00 4.100,00 2.900,00 2.900,00 2.900,00 1.200,00 6.380,00 -17.680,00
das estatísticas produzidas pelo SEN
Resultado 3.2.1.1: Qualidade da produção estatística do SEN
407,42 25.260,00 12.460,00 4.100,00 2.900,00 2.900,00 2.900,00 1.200,00 6.380,00
assegura e avaliada -17.680,00
Elaborar e adotar um Quadro Nacional de Garantia da Qualidade
169 2020 INE/CSE 29,03 1.800,00 1.800,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.700,00 -100,00
(QNGQ) dos dados estatísticos produzidos pelo SEN
170 Organizar um workshop para a divulgação do QNGQ 40,32 2.500,00 2.500,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -2.500,00
Desenvolver instrumentos de avaliação da qualidade das
171 2020-2021 INE/ODINE 59,35 3.680,00 2.480,00 1.200,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.680,00
actividades estatísticas
Avaliar permanentemente a qualidade das operações estatísticas INE/BM/ODIN
172 2020-2024 101,29 6.280,00 3.480,00 700,00 700,00 700,00 700,00 0,00 3.480,00 -2.800,00
(inquéritos e recenseamentos) do SEN E
Elaborar e publicar anualmente um relatório-síntese sobre
173 Anual INE/CSE 80,65 5.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 0,00 0,00 -5.000,00
qualidade das estatísticas produzidas pelo SEN
Realizar avaliações/auditorias externas à qualidade dos dados 2021 e
174 INE 96,77 6.000,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 -3.600,00
estatísticos 2023
Continua…

110
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Custo
ordem Período de Entidades Custo total
Designação da Acção total (Mil
da realização responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
USD)
acção
EIXO ESTRATÉGICO 4: MELHORIA DA DISSEMINAÇÃO,
ARQUIVO E USO DE ESTATÍSTICAS OFICIAIS E PROMOÇÃO 5.338,89 331.011,11 153.905,45 43.129,04 56.775,67 36.662,96 40.537,99 0,00 52.880,00 -278.131,11
DA CULTURA ESTATÍSTICA
Objectivo estratégico 4.1: Melhorar a difusão dos dados,
3.931,95 243.781,11 136.455,45 25.649,04 39.105,67 20.612,96 21.957,99 0,00 46.680,00 -197.101,11
comunicação e arquivo dos dados, utilizando TIC
Objectivo operacional 4.1.1: Promover o uso de TIC na
568,06 35220,00 8100,00 9000,00 5880,00 5340,00 6900,00 0,00 0,00 -35.220,00
disseminação e arquivo dos dados
Resultado 4.1.1.1: Uma política de informática e um Plano
568,06 35220,00 8100,00 9000,00 5880,00 5340,00 6900,00 0,00 0,00 -35.220,00
Estratégico de TIC para o SEN são elaborados e implementados
Elaborar e adotar o Plano Estratégico de TIC (Big Data Project /
175 Anual INE 338,71 21.000,00 3.000,00 5.400,00 4.800,00 4.200,00 3.600,00 0,00 0,00 -21.000,00
Business Intelligence and Machine learning)
176 Implementar o Plano Estratégico de TIC Anual INE 229,35 14.220,00 5.100,00 3.600,00 1.080,00 1.140,00 3.300,00 0,00 0,00 -14.220,00
Objectivo operacional 4.1.2: Assegurar uma difusão eficiente e
2.279,43 141.324,86 89.734,20 8.280,29 26.426,92 8.574,21 8.309,24 0,00 16.200,00
ampla da informação estatística -125.124,86
Resultado 4.1.2.1: Informação estatística eficiente e amplamente
2.279,43 141.324,86 89.734,20 8.280,29 26.426,92 8.574,21 8.309,24 0,00 16.200,00 -125.124,86
disseminada
Elaborar, adoptar e implementar uma política de difusão de dados INE/CSE/BM/O
177 2020 1062,01 65.844,84 65.844,84 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -65.844,84
para o SEN DINE
Elaborar e publicar regularmente um catálogo de publicações
178 2020 INE 456,45 28.300,00 2.000,00 2.050,00 20.070,00 2.080,00 2.100,00 0,00 0,00 -28.300,00
estatísticas do SEN (marketing da estatística)
Desenvolver formatos e conteúdo temático de disseminação
179 Anual INE/BM/ODINE 95,45 5.918,02 969,36 1.066,29 1.172,92 1.290,21 1.419,24 0,00 0,00 -5.918,02
estatística em função da demanda real e potencial
Disseminar as estatísticas de acordo com o calendário de difusão
180 Anual INE/BM/ODINE 80,65 5.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 0,00 0,00 -5.000,00
de publicações do SEN
Criar, operacionalizar e manter actualizada uma plataforma
181 informática (Portal de Dados do SEN) para a centralização e Anual INE/BM/ODINE 232,26 14.400,00 14.400,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 14.400,00 0,00
disseminação de toda a informação estatística
182 Melhorar a conexão dos órgãos do SEN à Internet Anual INE/BM/ODINE 100,00 6.200,00 1.240,00 1.240,00 1.240,00 1.240,00 1.240,00 0,00 0,00 -6.200,00
183 Garantir a conexão de todos os DPINE à Internet Anual DPINE 50,00 3.100,00 620,00 620,00 620,00 620,00 620,00 0,00 0,00 -3.100,00
Optimizar a disseminação da informação estatística via os Sites
184 Anual INE/BM/ODINE 21,00 1.302,00 0,00 434,00 434,00 434,00 0,00 0,00 0,00 -1.302,00
dos órgãos produtores do SEN
Actualizar regularmente os Sites dos órgãos produtores com
185 Anual INE/BM/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
publicações estatísticas novas
Difundir as publicações estatísticas para categorias de
186 Anual INE/BM/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
utilizadores, através de correio electrónico (mailling group)
Diversificar suportes de difusão que facilitem, em tempo
187 Anual INE/BM/ODINE 85,65 5.310 1050 1050 1060 1070 1080 0,00 0,00 -5.310,00
oportuno, o acesso às estatísticas oficiais
Estabelecer e publicar uma lista de bases de dados, meta-dados
188 2020/21 INE 29,03 1.800,00 1.800,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.800,00 0,00
e micro-dados acessíveis, incluindo as condições de acesso
Continua…

111
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Custo
ordem Período de Entidades Custo total
Designação da Acção total (Mil
da realização responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
USD)
acção
Centralizar e colocar à disposição dos utilizadores os dados,
189 meta-dados e micro-dados anonimizados, com respeito pelas Anual INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
disposições legais sobre a confidencialidade
190 Responder, atempadamente, os pedidos de dados estatísticos Anual INE/BM/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Centralizar e coordenar a assistência aos utilizadores, em
191 Anual INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
articulação com os serviços técnicos de produção
Supervisionar e apoiar tecnicamente a disseminação ao nível das
192 Anual INE 66,94 4.150,00 810,00 820,00 830,00 840,00 850,00 0,00 0,00 -4.150,00
DPINE
Avaliar continuamente a implementação da política de difusão de
193 Anual INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
dados
Objectivo operacional 4.1.3: Melhorar a comunicação interna e
504,52 31280,00 27120,00 1460,00 900,00 900,00 900,00 0,00 30480,00 -800,00
externa
Resultado 4.1.3.1: Estratégia de comunicação e sensibilização da
504,52 31280,00 27120,00 1460,00 900,00 900,00 900,00 0,00 30480,00 -800,00
SEN elaborada e implementada
Estabelecer comunicação através de Intranet e sistema de
194 Anual INE 491,61 30.480,00 27.120,00 660,00 900,00 900,00 900,00 0,00 30.480,00 0,00
videoconferência entre o INE e os DPINE
Elaborar e validar uma estratégia de comunicação e INE/BM/ODINE/
195 2021 12,90 800,00 0,00 800,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -800,00
sensibilização para o SEN CSE
Adotar um plano de comunicação e sensibilização para cada
196 2020-2024 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
operação estatística de grande envergadura (censos e inquéritos)
Elaborar e difundir comunicados de imprensa sobre publicações
197 Anual INE/BM/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
estatísticas
Organizar conferências de imprensa sobre assuntos estatísticos
198 Anual INE/BM/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
relevantes
Assegurar a cobertura mediática das principais actividades do
199 Anual INE/BM/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
INE e dos demais órgãos do SEN
Objectivo operacional 4.1.4: Reforçar o arquivo numérico dos
579,94 35956,25 11501,25 6908,75 5898,75 5798,75 5848,75 0,00 0,00 -35.956,25
dados estatísticos
Resultado 4.1.4.1: Instrumentos de arquivo de dados melhorados,
579,94 35956,25 11501,25 6908,75 5898,75 5798,75 5848,75 0,00 0,00 -35.956,25
harmonizados e integrados
Organizar e reforçar as bases de dados e meta-dados disponíveis
200 Anual INE/BM/ODINE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
nos órgãos produtores do SEN
201 Harmonizar e interligar as bases de dados do INE e dos ODINE 2021/22 INE/ODINE 9,68 600 0,00 600 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -600,00
Arquivar, sistematicamente, a documentação e os dados de todos
202 os inquéritos e recenseamentos realizados pelos órgãos Anual INE 73,39 4.550,00 1.000,00 1.000,00 900,00 800,00 850,00 0,00 0,00 -4.550,00
produtores do SEN
203 Actualizar, de forma regular, o Arquivo Nacional de Dados 2020-2024 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
204 Assegurar o backup externo dos dados arquivados 2020-2024 INE 496,88 30.806,25 10.501,25 5.308,75 4.998,75 4.998,75 4.998,75 0,00 0,00 -30.806,25
Objectivo estratégico 4.2: Melhorar o uso de dados estatísticos e
1.406,94 87.230,00 17.450,00 17.480,00 17.670,00 16.050,00 18.580,00 0,00 6.200,00 -81.030,00
promover a cultura estatística
Continua…

112
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Custo
ordem Período de Entidades Custo total
Designação da Acção total (Mil
da realização responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
USD)
acção
Objectivo operacional: 4.2.1: Assegurar a monitoria estatístico do
Programa Quinquenal do Governo (PQG) e dos compromissos 391,61 24280,00 5750,00 5980,00 4120,00 4150,00 4280,00 0,00 0,00 -24.280,00
internacionais do país
Resultado 4.2.1.1: Relatórios anuais de monitoria estatístico dos
289,68 17960,00 4500,00 4720,00 2860,00 2880,00 3000,00 0,00 0,00 -17.960,00
indicadores do PQG elaborado, validado e publicado
Apoiar na definição dos indicadores de monitoria estatístico do
205 2020 INE 57,58 3.570,00 1.700,00 1.870,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.570,00
PQG
206 Calcular e analisar os indicadores do PQG 2020-2024 INE 104,84 6.500,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 1.300,00 0,00 0,00 -6.500,00
207 Elaborar e validar o relatório anual de monitoria do PQG 2020-2024 INE 62,74 3.890,00 700,00 750,00 760,00 780,00 900,00 0,00 0,00 -3.890,00
208 Apoiar na monitoria e avaliação do PQG 2020-2024 INE 64,52 4.000,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 0,00 0,00 -4.000,00
Resultado 4.2.1.2: Relatórios anuais de monitoria dos
compromissos internacionais do país (ODS, Agenda 2063) 101,94 6320,00 1250,00 1260,00 1260,00 1270,00 1280,00 0,00 0,00 -6.320,00
elaborado, validado e publicado
209 Produzir /recolher os indicadores Anual 85,81 5.320,00 1.050,00 1.060,00 1.060,00 1.070,00 1.080,00 0,00 0,00 -5.320,00
210 Elaborar, validar e publicar o relatório anual de monitoria Anual 16,13 1.000,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 0,00 0,00 -1.000,00
Objectivo operacional 4.2.2: Promover a valorização da
informação estatística através de análise aprofundada dos dados 158,06 9.800,00 1.800,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 0,00 6.200,00 -3.600,00
disponíveis
RResultado 4.2.2.1: Programa de análise aprofundada de dados
158,06 9.800,00 1.800,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 0,00 6.200,00
estatísticos elaborado, validado e implementado -3.600,00
Elaborar um programa de análise aprofundada de dados
211 estatísticos nos domínios económico, demográfico, social, 2020 INE/Parceiros 16,13 1.000,00 1.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.000,00
ambiental, etc.
212 Validar o programa de análise aprofundada de dados estatísticos 2021-2024 INE/Parceiros 77,42 4800 0,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 0,00 0,00 -4.800,00
Elaborar e publicar relatórios de análise aprofundada de dados
213 2020-2024 INE/Parceiros 64,52 4.000,00 800,00 800,00 800,00 800,00 800,00 0,00 6.200,00 2.200,00
estatísticos nos domínios escolhidos
Objectivo operacional 4.2.3: Promover a cultura estatística 857,26 53150,00 9900,00 9500,00 11550,00 9900,00 12300,00 0,00 0,00 -53.150,00
Resultado 4.2.3.1: Um programa de promoção da cultura
779,84 48350,00 9900,00 8300,00 10350,00 8700,00 11100,00 0,00 0,00 -48.350,00
estatística nacional é elaborado, validado e implementado
Elaborar, validar e implementar um programa específico do SEN
214 Anual INE/CSE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
para a promoção da cultura estatística nacional
Celebrar, regularmente, o Dia Africano da Estatística, a 18 de 2021 e
215 INE/BM/ODINE 96,77 6.000,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 0,00 0,00 -6.000,00
novembro, e o Dia Mundial da Estatística, a 20 de Outubro 2023
216 Organizar, bienalmente, uma conferência estatística nacional Anual INE 91,13 5.650,00 1.800,00 0,00 1.850,00 0,00 2.000,00 0,00 0,00 -5.650,00
Realizar palestras sobre temas específicos (Inflação, PIB, IPC,
217 Contas Nacionais, Mercado de Trabalho e Emprego, etc.) Anual INE 237,10 14.700,00 2.500,00 2.700,00 2.900,00 3.100,00 3.500,00 0,00 0,00 -14.700,00
dirigidas a alunos e estudantes
Organizar sessões de informação e formação dos jornalistas
218 Anual INE 145,16 9.000,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 0,00 0,00 -9.000,00
sobre a leitura e divulgação correcta dos dados estatísticos
Continua…

113
Continuação
N.º de Orçamento Anual (em Mil MZN) Fontes de financiamento
Custo
ordem Período de Entidades Custo total
Designação da Acção total (Mil
da realização responsáveis (Mil MZN) 2020 2021 2022 2023 2024 OGE PTF (BM) A Procurar
USD)
acção
Organizar encontros de informação e sensibilização de
utilizadores (deputados, eleitos regionais e locais, assessores de
titulares de cargos políticos e públicos, empresários,
219 Anual INE 145,16 9.000,00 1800 1800 1800 1800 1800 0,00 0,00 -9.000,00
investigadores, académicos, ONG, Sociedade Civil, etc.) sobre a
importância dos dados estatísticos para tomada de decisões e
outras finalidades com base em evidências
Solicitar e acordar com as universidades a (re) adequação do
220 currículo dos cursos de Estatística ou com forte componente 2020/21 INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
estatística
Realizar eventos de disseminação de produtos estatísticos (feiras
221 de exposição de publicações estatísticas, divulgação de spots Anual INE 40,32 2.500,00 500 500 500 500 500 0,00 0,00 -2.500,00
publicitários, etc.)
Promover o Prémio Jornalístico (Melhor reportagem ou Artigo
222 Anual INE 24,19 1.500,00 300 300 300 300 300 0,00 0,00 -1.500,00
sobre as estatísticas oficiais)
Resultado 4.2.3.2: Advocacia para a introdução do ensino da
77,42 4800,00 0,00 1200,00 1200,00 1200,00 1200,00 0,00 0,00 -4800,00
estatística nas escolas realizada
Advogar junto do Ministério da Educação e Desenvolvimento
223 Humano a inclusão de matérias de estatística nos programas de Anual CSE/INE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ensino dos vários níveis escolares
Identificar e validar matérias de estatística e/ou suportes
224 Anual INE/MINEDH 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
específicos, de acordo com aos níveis de ensino escolhidos
Formar e/ou reforçar os conhecimentos em estatística do pessoal
226 MNEDH 77,42 4.800,00 0,00 1200 1200 1200 1200 0,00 0,00 -4.800,00
docente do sistema educativo
Total Geral 170 904,53 10 596 080,84 2 045 750,85 4 193 408,69 1 722 950,60 1 436 573,62 1 197 397,08 154 599,55 316 562,90 -10 124 918,40
OBS.: OGE – Orçamento Geral do Estado; PTF – Parceiros Técnicos e Financeiros

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INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA
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