Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BIOTECNOLOGIA '- I
APLICADA ASAUDE
organizador colaborador
Blucher
~
FAPEMIG
BIOTECNOLOGIA APLICADA ÀSAÚDE
Coleção Biotecnologia Aplicada à Saúde
Volume 1 Volume 2
1
Biotecnologia CD Biotecnologia
BIOTECNOLOGIA Aplicada à Saúde BIOTECNOLOGIA Aplicada à Saúde
APLICADA ÀSAÚDE Fundamentos e Aplicações APLICADA ÀSAÚDE Fundamentos e Aplicações
flA,1-~lf~'"ll,':f~ 11{/,
, ' ~ r
-
1 _ ..... ,.
f2l
~Oo.GJ~l f!IUICE -
CAllJISll(.LS[IISIIU(L
Volume 3 Volume 4
'4
CD Biotecnologia Biotecnologia
BIOTECNOLOGIA Aplicada à Saúde BIOTECNOLOGIA Aplicada à
APLICADA ÀSAÚDE APLICADAÀ
Fundamentos e Aplicações Agro&lndústria
AGRD&INOÚSTRIA
Fundamentos e Aplicações
Pré-lançamento
Pré-lançamento
Blucher
VOLUME 2
Esta obra não poderia ter iniciado sem a dedicação de cada um que par-
ticipou em sua elaboração, desde os professores, a lunos, editores, correto-
res, diagramadores, financiadores, amigos, esposa, irmão, pais, leitores até o
desejo de tornar o conhecimento acessível para todos . Obrigado!
APOIO
NANOCELL
NEWS
O jornal ele1rônioo do Instituto
NANOCEU
l::iSN 231~-~Mll'.U
DO110.15729
(C3
v.w.vlnsl MOMnoce l.org.b r
www.faceboo<.com/
lnsl I lloNaoooo'I FAPEMIG
Agradecemos pelo apoio financeiro aos projetos científicos da Fapemig,
CNPq, Capes, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanomateriais de
Carbono, Rede Mineira de Toxinas com Ação Terapêutica, Instituto Nanocell.
CARTA AO LEITOR
•· Fonte: Flavia Leite, An a lfabet ismo funcional, uma realidade atual e intriga n-
te. Webarrigos. 24 jul. 2011. Disponível em: <http: //www.webartigos.com/arrigos/
analfabetismo-funcional-uma-realidade-atual-e-intrigante/722691>.
CONTEÚDO
Prefácio - H elena B. Nader - SBPC 9
Apresentação - Willibaldo Schmidell - UFSC 11
Vetores e Clonagem
1. Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos:
Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante 15
2. Vetores Plasmidiais e Vetores de Fago: Estrutura Básica e Funções 77
3. Vetores de Expressão Bacteriana: Tipos e Usos 115
4. Clonagem Gênica: Fundamentos e Aplicações 137
Proteínas Recombinantes
5. Expressão de Proteínas Recombinantes em Bactérias:
Fundamentos Básicos e Aplicações 177
6. Produção de Proteínas Recombinantes em Leveduras e
Fungos Filamentosos: Fundamentos Básicos e Rotina 217
7. Baculovírus para Expressão de Proteínas Recombinantes em Células de Insetos 255
8. Expressão de Proteínas Recombinantes em Células de Mamíferos 307
9. Mutagênese Sítio-Dirigida em Bactérias: Fundamentos Básicos e Aplicações 339
10. Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 361
11. Clonagem e Expressão de Genes de Anticorpos: Métodos e Aplicações 435
12. Anticorpos Humanizados 481
13. Plantas como Biorreatores: Fundamentos, Métodos e Aplicações 551
14. Animais Domésticos como Biorreatores: Produção e Usos 609
15. Planta Biofarming: Perspectivas Inovadoras para a
Expressão de Peptídeos em Sistemas H eterólogos 637
Terapia Gênica
16. Derivação de Novas Linhagens de Células-Tronco Embrionárias:
Evolução da Metodologia 673
17. Proteína Prion: Biologia Molecular, Aspectos Fisiológicos e
Patológicos, Diagnóstico e In teresse Sanitário 713
18. Células-Tronco Mesenquimais Adultas de Diversas Origens:
Uma Visão Geral Multiparamétrica para Aplicações Clínicas 745
19. Produção e Diferenciação de Células-Tronco Induzíveis 815
20. Reprogramação Nuclear de Células para um Estado Pluripotente
Usando Três Estratégias 879
21. Mecanismos de Entrada dos Vírus na Célula: Métodos de Estudo e Aplicações 903
22. Vetores Virais: Tipos, Diversidades, Usos e Aplicações 921
23. Modelos de Terapia Gênica Baseados na Expressão de Hormônio de Crescimento em
Células Humanas e na Administração de DNA Plasmidial em Camundongos Anões 981
8 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Animais Transgênicos
24. Produção de Animais Knockouts e Knockins 1015
25. Sistem a Cre-Lox: Transgênicos Tecido e Tempo Programados 1037
26. Sistem a Duplo-Híbrido em Levedura: Conceitos e Aplicações 1073
2 7. Estratégias Transgênicas para a Expressão Combinatória
de Proteínas Fluorescentes 1107
28. Transplante de Espermatogônias-Tronco como Abordagem Biotecnológica
para a Produção de Animais Transgênicos 1131
Autores 1173
PREFÁCIO
Helena B. Nader
Professora Titular de Biologia Molecular,
Escola Paulista de Medicina, UNIFESP
Presidente da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC)
APRESENTAÇÃO
, 0
NOVAS TECNICAS DE
RECOMBINACÃO
, EM
MICRORGANISMOS:
ENGENHARIA
,
GENETICA PELA
TECNOLOGIA
DODNA
RECOMBINANTE
Edson Júnior do Carmo
Márcia Neiva
Spartaco Astolfi-Filho
1. 1 INTRODUÇÃO
biologia molecular, essa área de pesquisa era sem dúvida a mais acadêmica
das áreas das ciências biológicas. Entretanto, foi nesse período que as bases
foram estabelecidas para o surgimento da Tecnologia do DNA Recombinante
(TDR), a qual também pode ser denominada de engenharia genética moderna.
No início dos anos 1970, dois grupos do estado da Califórnia (Estados
Unidos) inventaram dois processos diferentes de se realizar recombinação
de DNA de espécies diferentes in vitro. Em 1971, o grupo de Paul Berg (da
Stanford University) construiu in vitro a primeira molécula de DNA recom-
binante, um híbrido de DNA de bacteriófago lambda e do vírus SV-402,
sendo que por razões de ordem ética e de biossegurança essa molécula
híbrida não foi introduzida na bactéria Escherichia coli. Em 1973, Herbert
Boyer (University of California at San Francisco) e Stanley Cohen (Stanford
University) construíram moléculas híbridas de plasmídeos bacterianos 3 e
também introduziram DNA ribossomal de sapo em um plasmídeo, e essas
moléculas híbridas foram então introduzidas na bactéria E. coli, em que
mostram a capacidade de replicação conferida pelos plasmídeos.
O conjunto de ferramentas e técnicas utilizadas no âmbito da TDR veio
sanar limitações metodológicas existentes até então e tornou possível o isola-
mento de genes específicos a partir do DNA das mais diversas fontes. Assim,
possibilitou que se estudasse melhor a regulação desses genes, em especial os
provenientes de eucariotos. Além disso, essas técnicas viabilizaram a recom-
binação gênica entre espécies distintas, abrindo a possibilidade de criação
de organismos não encontrados na natureza, os denominados transgênicos.
Esses organismos, por sua vez, podem ser utilizados para diversos estudos
ou para a área de biotecnologia industrial, especialmente nos setores agro-
pecuário e farmacêutico.
Até o surgimento dessa tecnologia, no setor farmacêutico industrial as
principais fontes disponíveis para a obtenção de proteínas e outras molécu-
las para uso terapêutico eram animais e plantas. Nesse contexto, a insulina
humana que era obtida por processo de extração de pâncreas de boi e porco
passou a se produzida por E. coli geneticamente manipulada, resultando
no primeiro produto recombinante de uso clínico aprovado pela Food and
Drug Administration (FDA, a agência regulatória de medicamentos e ali-
mentos dos Estados Unidos) no início da década de 1980, e abriu as portas
para uma nova era na obtenção de proteínas em larga escala. Desde então,
o termo biofármaco começou a ser utilizado para designar os produtos tera-
pêuticos obtidos com o uso da TDR e iniciou-se um intenso processo de
desenvolvimento técnico, objetivando a utilização de outros microrganismos
como leveduras e fungos filamentosos.
Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos: Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante 17
\ ..-
~~~u
,~, ~
~ EroRI
~ ~
~ ~
..
~~
■ EcoRI
"f" Fosfatase alcalina ~~
- - ~/ EcoRI
~ (stickond)
EcoRJ
(sticl< ond)
' DNALigase
Figura 1.1 Exemplo de clonagem molecular - construção de uma biblioteca genômica. Ovetor de clonagem, no caso o plasmideo
pUCl 8, édigerido com aenzima de restrição EcoR/ eentão tratado com fosfatase alcalina. ODNA cromossomal édigerido com a mesma
enzima de restrição, e a seguir os fragmentos são ligados ao plosmídeo pelo DNA ligose, resultando em um conjunto de plosmídeos
recombinantes pRECs. Esses plasmídeos são, então, inseridos nas células hospedeiras, num processo denominado de transformação
genética. Tais células, por suo vez, são ploqueadas em meio seletivo.
20 Biotecnologia Aplicado à Saúde
JJ D. J).
5 ' GGATCC3' 5 ' CTGCAG3 ' 5 ' TTTAAA3 '
3 ' CCTAGC5' 3'GACGTC5 ' 3 ' AAATTT5 '
1J D" D"
l Bamm
r•d tm
5' G GATCC3' 5'CTGCA G3 ' 5'TTT AAA3'
3'CCTAG C5 ' 3' G ACGTC5 ' 3 ' AAA TTT5 '
Figuro 1.2 Esquema ilustrativo dos tipos de corte de enzimas de restrição. (a) Enzima BamHI: extremidade 5' coesiva, (b) enzima Ps~:
extremidade 3' coesiva, (c) enzima Oral: extremidade abrupta. Note que as sequências de reconhecimento são palíndromos.
Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos: Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante 21
1J D-
5 ' GGATCC3' 5 ' AGATCT3'
3' CCTAGC5 ' 3' TCTAGA5 '
1J 1J
l B amHI lBgm
Figura 1.3 Compatibilidade dos sítios de restrição. União de extremidades coesivas geradas por cortes produzidos por enzimas de
restrição diferentes.
22 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Figura 1.4 Perfil eletroforético em gel de agarose dos fragmentos de restrição. Neste experimento foi possível mostrar que cDNAs
de diferentes tamanhos foram clonados no plasmídeo pDNR-lib. Avisualização do DNA foi possível pela coloração com o composto
fluorescente brometo de etídio.
Tabelo 1.1 Algumas das principais enzimas de restrição utilizados em clonagem molecular
PPI
DNA ligase
DNA ligase
DNAligase
Figuro 1.5 Mecanismo de ação da T4 DNA ligase. Aenzima é ativada ao se ligar ao nucleosídeo AMP a partir da reação com o ATP.
Ogrupo AMP-enzima liga-se covalentemente ao grupo fosfato 5' exposto, facilitando que o átomo de fósforo sofra ataque nucleofílico
a partir do oxigênio da hidroxila da extremidade 3', catalisando a ligação das duas extremidades. Na sequência, o complexo grupo
AMP-enzima se solta da molécula de DNA.
26 Biotecnologia Aplicado à Saúde
ff4iftf~
-------- pefaea~ae.,e
--------~,,~
p
•i~p4~,i~·,-~-i.
pef8e8Ple.
Figuro 1.6 DNA polimerase 1. Síntese de uma nova fita de DNA pela DNA polimerase I a partir de um primer e uma fita molde. No sítio
ativo da enzima, o fosfato alfa do nucleosídeo trifosfato (substrato) sofre ataque nucleofílico do par de elétrons da hidroxila 3'0H do
primer, resultando na adição de um nucleosídeo monofosfato à cadeia nascente e liberação de pirofosfato.
Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos: Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante 27
Esta enzima também catalisa a síntese de DNA na direção 5' para 3',
requerendo uma fita molde de nucleotídeos trifosfatados e um primer. Ao
contrário da DNA polimerase I, porém, a T4 DNA polimerase não possui
28 Biotecnologia Aplicado à Saúde
1 .2.7 Topoisomerases
Extremidade
homopolimérica
Figuro 1.7 Atividade da enzima terminal transferase. Esquema ilustrativo da adição homopolimérica de nucleotídeos nas extremidades
3' -OH de uma cadeia de DNA utilizada em clonagem molecular.
1.2.9 Cre-recombinases
13 pb 8 pb 13 pb
ATAACTTCGTATAGCATACATTATACGAAGTTAT
Esquema 1.1 Sequência loxP de 34 nucleotídeos. O core da sequência (vermelho) é flanqueada por duas sequências invertidas
repetidas.
......
A. Recombinação B. Inversão e. Deleção
...---------a--
{~}··-..
(:)
......
~
~
-
......
~E]-
(;)
......
=-......
~
......
~
....1 LoxP 1
.,...__...a ..........
• ......
-----B--
Figuro 1.8 Tipos de recombinação promovidos pelo sistema Cre-lox. Oresultado de uma recombinação Cre-lox é determinado pela
orientação e localização dos sítios loxP. (a) Se os sítios loxP são orientados em direções opostas, a enzima Cre recombinase catalisa a
inversão do segmento que estão flanqueados por loxP; (b) se os sítios loxP estão localizados em diferentes cromossomos (arranjo trans),
a Cre recombinase catalisa a translocação cromossômica; e (e) se os sítios loxP são orientados na mesma direção, em um segmento de
cromossomo (eis arranjo) a Cre recombinase promove deleção do segmento flanqueado por loxP.
1.3 VETORES
. t~,,,,
A-,,..
S•lt (417)
Xltet C•t3/
&iimlll (olH)
XIMI (43-4)
(361 l ) P stl / -.-.... lnl•TllOI (11)5)
~ Sn1el (00
Acc651 14318)
'./'"" KD•l (..,?)
Eco53kl (4-46]
Nru1 (974) Bcntll - Std ("41)
Apol - EcnRI (.Stl)
pBR322
43:Cl bp
Figuro 1. 9 Vetores de clonagem. a) p8R322 - Ori: origem de replicação; AmpR: gene de resistência à ompicilina; TcR: gene de
resistência à tetraciclina; Rop: região importante para a replicação; b) pU(l 8- Ori: origem de replicação; AmpR: gene de resistência à
ampicilina; Lacl: gene da ~-galactosidase; MCS: sítio múltiplo de clonagem.
Inserto
A GGG CCC
A + TCCCT
vetor
GGGA
B
'fifi
Figuro 1.10 Vetor com topoisomerases I utilizado em clonagem molecular. Esquema mostrando ovetor de clonagem com extremidades
em T(T-vector) com topoisomerases ativadas em suas extremidades e a ligação com o inserto. No detalhe ampliado, o mecanismo enzi-
mático de ligação do 5'-0H via ataque nucleofílico do par de elétrons da hidroxila ao grupo fosfato da extremidade Tdo vetor que está
ligado ao resíduo tirosina da topoisomerase. Éimportante lembrar que amplicons cujos primers utilizados na PCR não foram fostorilados
na posição 5' permanecem mesmo após a PCR na forma 5'-0H.
36 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Os bacteriófagos tipo M13 são vírus de DNA fita simples com cerca de
6 Kb. Quando empacotado, seu genoma se apresenta em forma de fita sim-
ples, porém, durante sua fase de replicação no interior da E. coliseu genoma
se mantém em forma duplex (dupla fita). Essa característica despertou o
interesse dos pesquisadores, pois facilmente seria possível isolar o DNA do
fago em forma de fita simples a partir dos fagos obtidos no exterior da
hospedeira (no meio de cultura) e em forma duplex no interior da E. coli.
A forma du p lex pode servir para a digestão com enzimas de restrição e clo-
nagem de DNA heterólogo em seu interior como se fosse um plasmídeo, e a
forma de fita simples foi usada por um bom tempo para o sequenciamento
pelo método dideoxi de Sanger e, até hoje, para reali zar mutagênese sítio-
dirigida 18 • Fagos M13 têm sido usados também para a construção de biblio-
tecas de peptídeos randômicos ligados às proteínas do fago, em um processo
denominado de phage display. Há limitação de tamanho do inserto a ser
clonado no interior do genoma virai, pois são fagos tipo bastonetes e, caso
se clone um inserto muito grande (maior que 5-6 Kb), a estrutura do fago
pode não suportar e quebrar.
(1021) Pstl
(1 012) EcoRI
(989) 8amH[
(981) Kpnl EcoRV (1024)
( 9 77) Acc651 Notl ( 1 039)
(971) H1ndlll \ Xhol (1045)
(96S) BslWJ 1 XbaI (10S1)
900
(947) s111
1
1
1000
1 l 11 IApol (1061 )
1100 1200
Figuro 1.11 Vetor de expressão. Mapa físico de um vetor de expressão genérico (pEXX) contendo origem de replicação (ori), gene
de resistência à ampicilina (AmpR) promotor do fogo T7, operador Lac (LacO), sítio de ligação ao ribossomo (RBS), sturt códon, sítio
múltiplo de clonagem (MCS) e terminador de transcrição. No detalhe abaixo, ampliação do cassete de expressão do vetor.
Tabela 1.2 Diferentes tipos de processos cromatográficos utilizados na purificação de proteínas de fusão
funcional em apenas uma das hospedeiras. Isso faz com que transforme e
replique em uma das hospedeiras, mas na outra para que ocorra transfor-
mação genética há necessidade do vetor se integrar ao seu genoma. Caso
contrário, não há replicação, o marcador de seleção não se expressa adequa-
damente e nem outros genes que se deseje expressar. Os vetores integrativos
são muito comumente utilizados para expressão de proteínas heterólogas em
leveduras e contam com a grande capacidade das leveduras de fazer recom-
binação homóloga. Por essa razão é que nas leveduras pode-se fazer gene
disruption com facilidade.
1 .4 HOSPEDEIROS
pMA91
9500 bp
--1
o
o
o
sooo
Figuro 1.12 Plasmídeo pMA91. Representação esquemática do vetor para expressão em 5. cerevisioe que contém o promotor do gene
da enzima PGK da via glicolítica de 5. cerevisioe.
8000
1 ~ 4ox.,
MSC ,..,._
Cé
E
..: pPIC9
a,
o 8000 bp
o
o
Figuro 1.13 Plasmídeo pPIC9. Representação esquemática do vetor para expressão e secreção em P. pastoris.
Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos: Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante 49
.. <• • +
Anelamento
do primer
•
.. Amplificação <•
e
[ +
+
I •
Desnaturação
r
- <• e ..
..
!:;::1~,\
amplificada
Amplificação
<• ...
•
7+
<. •
+
-
Ciclol: 2 moléculas longas
Figuro 1.14 Reação em cadeia da polimerase (PCR). Esquema mostrando a reação de amplificação de um segmento de DNA por PCR
após quatro ciclos.
[ RNA total ]
mRNA
5'
• Oligodl
Hibridização
AAAAA
3'
AMM 3'
íTlTTT 5'
IRNAse H
nick
mRNA ■,I ■ ■ ■ ■I ■ ■ ■ ■ I■ ■ ■ ■ ■ AAAAA 3'
cDNA T 111r 15,
3, " dNTP
DNA polimerase 1
•
3'
cDNA 5'
3' 3'
Figuro 1.15 Síntese de cDNA. Esquema demonstrativo da obtenção de um cDNA de fita dupla a partir do mRNA com uso das enzimas
transcriptase reversa, DNA polimerase I e RNase H.
Retículo Endoplasmático
1 Pré-pró-insulina 1
~
sec 11 ~
Cadeia B
c livagem com as 1
endopeplidases Pc1 e PC2 T
Aparelho de Golgi
Vesículas Secretórias !--•••~ CadeiaC ,
Pró-insulina
Cadela B
Vesículas Secretórias . . . . . .~
✓ CadeiaC ,
·~ Cadeia B
Vesículas Secretórias
Corrente Sanguínea l 1nsulina madurai
~I Cadela B
Figuro 1.16 Processamento da insulina. Apré-proinsulina é convertida em proinsulina pela clivagem do peptídeo-sinal pela peptidase
sec 11. Aseguir, é translocada para o Aparelho de Golgi, onde a cadeia Cé clivada pela ação das peptidases P(l e PC2 e da carboxipep-
tidase F, liberando o hormônio para a secreção.
S6 Biotecnologia Aplicado à Saúde
.8
e
Q)
E
ro
ãi
e
~
o
~
ro
l
O)
:.:J
Figuro 1.17 Estratégia utilizada para a construção da mensagem genético da proinsulina humana por síntese químico para a expressão
na bactéria Escherichia coli.
Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos: Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante S7
Bglll
~ BamHI
f' stl
Stul
Ncol EcoRI
Figuro 1.18 Mapa do vetor de expressão pLMTB.5 construído para a produção da proinsulina humana em E. coli. TetR: gene de resis-
tência a tetraciclina; ori: origem de replicação; MCS: região de sítios únicos para enzimas de restrição; pl: promotor pl; SO: sequência
Shine-Oalgarno e TT: região de terminação de transcrição.
-66
-46
-24
.,_ ProinsuUna
Figuro 1.19 Análise da expressão em diferentes tempos de indução da proinsulina em f. coli. Gel desnaturante (SDS-PAGE) a 15%dos
lisados proteicos totais das células bacterianas, contendo o plasmídeo pPTA l (plMT8.5 + gene da proinsulina) 31 •
Coleta do material
biológico
•
Digestao com EcoRI
•
Digestão com EcoRI
•
Defosforilação com
fosfatase alcalina
L.1 "''''° l
•
Transformação
bacteriana
Esse procedimento foi escolhido, pois além de resultar em DNA com bom
nível de pureza, é similar ao utilizado por Avery e colaboradores 37 quando
extraíram DNA de pneumococos e demonstraram ser essa substância o
material genético ("princípio transformante" ). Na época, em vez de solução
com fenol, eles utilizaram para a extração uma mistura de clorofórmio com
álcool isoamílico. Se for utilizada uma quantidade de tecido três vezes maior
(150 mg), aumentando-se proporcionalmente os volumes das soluções, é
possível na etapa 14 adicionar vagarosamente o álcool a -20 ºC e coletar
o DNA com um bastão de vidro em vez de centrifugação e lavá-lo mergu-
lhando o bastão por a lguns minutos em solução de etanol 70% a -2 0 ºC.
Soluções
NE:
• NaCl 150 mM
• EDTA 10 mM pH 8,0
TEN:
• NaCl 100 mM
• EDTA 50 mM
• Tris-HCl 50 mM pH 7,5
Triton X-100:
• 10% (V/V) em água destilada ou milli-Q.
Proteinase K:
• 10 mg/mL em água milli-Q
TR:
• EDTA 0,2 mM
66 Biotecnologia Aplicado à Saúde
• Tris-HCl 10 mM pH 8,0
Clorofane:
• Fenol lV + lV de clorofórmio hidratado, misturados na hora do uso.
Clorofórmio hidratado:
Clorofórmio saturado em água milli-Q
Procedimento
1) Pesar 50 mg de tecido em um microtubo e homogeneizar diretamente em
500 mL de TEN. Prosseguir imediatamente ou manter a amostra a 4 °C.
2) Adicionar 60 mL de Triton X-100 10% e homogeneizar suavemente.
3) Adicionar 4 mL de RNase A (10 mg/mL).
4) Homogeneizar bem (sem movimentos bruscos), durante 5 minutos.
5) Incubar a 37 °C por 30 minutos.
6) Adicionar 60 mL de SDS 10%.
7) Adicionar 5 mL de proteinase K (10 mg/mL).
8) Incubar a 50 ºC por 60 minutos.
9) Adicionar 1 volume de fenol hidratado, agitar suavemente o tubo por
inversão por 10 minutos.
10) Centrifugar a 2.000 g por 10 minutos.
11) Coletar o sobrenadante (fase aquosa) e transferir para um novo microtubo.
12) Adicionar à fase aquosa um volume de clorofane, agitando suavemente
por inversão por 10 minutos e repetir os procedimentos dos itens 10 e 11.
13) Adicionar à fase aquosa recuperada um volume de clorofórmio hidratado
agitando suavemente por inversão por 5 minutos e repetir os procedimen-
tos dos itens 10 e 11.
14) Adicionar à fase aquosa 0,1 volume de NaCl 3M e 2,5 volumes de etanol
100% a -20 °C e misturar invertendo o tubo várias vezes.
15) Deixar precipitando a O ºC (banho água-gelo) por 30 minutos.
16) Centrifugar a 12.000 g por 10 minutos.
17) Descartar o sobrenadante.
Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos: Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante 67
18) Lavar o sedimento, sem ressuspender, com etanol 500 µL 70% a -20 ºC,
mantendo por 5 minutos no gelo, centrifugar a 12.000 g por 2 minutos e
desprezar o sobrenadante.
19) Secar em "speed vac" ou em fluxo laminar.
20) Dissolver em 100 mL a 300 mL de tampão TR, mantendo a 4 ºC. Para
dissolver bem, deixar a 4 ºC durante a noite.
21) Quando estiver totalmente dissolvido, a liquotar e estocar a -20 º C.
22) Analisar uma alíquota de 5 µL por eletroforese em gel de agarose a 0,8%. A
concentração do DNA pode ser estimada por espectrofotometria na região
do UV, considerando-se que uma solução com 50 µg de DNA por mL apre-
senta a absorbância igual a 1,0 no comprimento de onda de 260 nm.
39
1.7.2 Extração de plasmídeos por lise alcalina 38• •
Soluções
Solução I:
• Tris-HCI 100 mM pH 7,5
• EDTA 10 mM pH 8,0
• Lisozima 2 mg/mL
* Modificado.
68 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Solução II:
• NaOH 0,2 N
• SDS 1%
• Observação: diluir primeiro o NaOH e depois adicionar o SDS. Essa
solução não deve ser estocada por mais que um mês).
Solução III:
• Acetato de potássio 3 M (P/V) pH 5 ,8
TR:
• EDTA 0,2 mM
• Tris-HCl 10 mM pH 8,0
Procedimento
1) Semear em placas as bactérias contendo o plasmídeo pUC18 no dia ante-
rior, de forma a obter-se colônias isoladas.
2) Transferir uma colônia isolada para um tubo estéril contendo 5 mL de
meio LB contendo ampicilina 100 ug/mL e incubar a 37 º C por 16 horas,
agitação vigorosa (180 rpm}.
3) Transferir 1,5 mL da cultura para um microtubo e centrifugar a 12.000 g
por 1 minuto. Repetir o passo 2 para a obtenção de maior quantidade de
pellet celular.
4) Ressuspender o pellet em 200 µLda solução I gelada. Agitar rapidamente
no agitador de tubos (vórtex). Acrescentar lµL de RNase A (10 mg/mL) e
incubar a temperatura ambiente por 10 minutos.
5) Adicionar 360 µL da solução II e misturar rapidamente, invertendo o
tubo, e incubar no gelo por 5 minutos.
6) Adicionar 300 µLda solução III gelada, misturar por inversão do tubo até
precipitar bem (deve aparecer um precipitado claro bem definido).
7) Centrifugar a 12.000 g por 5 minutos (para sedimentar os restos celulares
e o DNA cromossomal precipitado). Transferir o sobrenadante para um
tubo novo.
8) Adicionar um volume de isopropanol misturar bem por inversão e deixar
5 minutos a temperatura ambiente. Centrifugar a 12.000 g por 5 minutos.
9) Descartar o sobrenadante e remover excesso de isopropanol com auxílio
de micropipeta.
10) Adicionar 1 mL de etanol 70% gelado a -20 º C.
11) Centrifugar por 5 minutos a 12.000 g. Remover o sobrenadante.
Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos: Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante 69
Procedimento
Durante a preparação, manter os microtubos em gelo.
De acordo com a Tabela 1.4, misturar em microtubos os volumes dos
reagentes e incubar a 3 7 ºC por 2 horas. Analisar 5 µL de cada reação de
digestão por eletroforese em gel de agarose a 1 % . Se as reações de digestão
estiverem adequadas, incubar a 65 ºC por 20 minutos para inativar a enzima
de restrição EcoRI.
Nesta etapa, o vetor digerido com a enzima EcoRI será tratado com a
enzima fosfatase alcalina de camarão do Ártico (shrimp alkaline phosphatase
- SAP) para remoção dos grupos fosfato da extremidade 5' do DNA, pois
essa enzima pode ser inativada termicamente evitando a necessidade de,
após a defosforilação, eliminar a enzima por tratamento com protease e
extração com fenol/clorofórmio, que é um processo muito mais trabalhoso.
70 Biotecnologia Aplicado à Saúde
CONTROLE CONTROLE
PUCl 8 ( VETOR) DNA CROMOS.
REAGENTE PUC18 DNA CROMOS.
+ ECORI (µL) + ECORI (µl)
- ECORl(µl) - ECORI (µl)
Água milli-0 q.s.p. q.s.p. q.s.p. q.s.p
Tampão 10X 5 5 5 5
DNA _( l µg) _( l µg) _( l µg) _( l µg)
fcoRI (lOU/µL)
Volume final 50 50 50 50
Procedimento
1) O DNA do vetor de clonagem pUC18 digerido com EcoRI deverá ser
precipitado com sal e álcool, lavado com etanol 70% e seco.
2) Em um microtubo, dissolver 0,5 µg a 1,0 µg do DNA do pUC18 digerido
em 10 µL de tampão de reação TSAP.
3) Adicionar 0,5 U de fosfatase alcalina (SAP) para cada 1 µg de pUC18 (ou
cerca de 1 pmol de extremidades 5' fosfato).
4) Incubar a 37 ºC por 30 minutos.
5) Incubar a 65 ºC por 15 minutos para inativar a enzima (SAP).
6) Utilizar para ligação ou estocar a -20 ºC para uso posterior.
Solução
TSAP:
• 10 mM MgC12
• Tris-HCI 20 mM pH 8,0
Procedimento
1) Em um microtubo, misture gentilmente os reagentes relacionados na
Tabela 1.5.
2) Incubar a 16 ºC durante a noite.
Tampão 10X 2
DNA (Vetor) __ (50 ng)
T4 DNA Ligas e
Volume final 20
Procedimento
Preparo de células competentes para a transformação genética
1) No final da tarde, inocular 5 mL de meio (LB) com uma única colônia
isolada da linhagem escolhida de E. coli e incubar durante a noite a
37 ºC.
72 Biotecnologia Aplicado à Saúde
TCa:
• CaC1 2 l00mM
• Tris-HCl l0mM pH= 7,5 (esterilizar por autoclavagem
Meio LB:
• peptona 10g/L
• extrato de levedura 5 g/L
• NaCl 4 g/L pH = 7,0
• Esterilizado por autoclavagem
Meio LB sólido:
• Meio LB ao qual se adicionou 15 g/L de ágar bacteriológico
• Esterilizado por autoclavagem
Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos: Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante 73
Ampicilina:
• 100 mg/mL (solução l000X) em água milli-Q estéril
IPTG (isopropil-P-D-tiogalactopiranosídeo ):
• 100 mM em água milli-Q estéril
X-gal (5-bromo-4-cloro-3-indolil-p-galactopiranosídeo ):
• 20 mg/mL dissolvidos em dimetilformamida
Procedimento
REFERÊNCIAS
1. Watson JD, Crick FHC. A Structure for Deoxyri bose Nucleic Acid. Na ture.
1 953;171:737-8.
2. Jackson DA, Symons RH, Berg P. Biochemical method for inserting new genetic infor-
mation into DNA of simian virus 40. Proc Natl Acad Sei USA. 1972;69:2904-9.
3. Cohen SN, Chang ACY, Boyer HW, Helling RB. Construction of biologically functio-
nal bacterial plasmids in vitro. Proc N a tl Acad Sei USA. 1973;70:3240-4.
4. Huang CJ, Lin H, Yang X. Industria l production of recombinant therapeutics in Esche-
richia coli a nd its recerre adva ncem ents. J Ind Microbiol Biotechnol. 2012;39:383-99.
5. Khorana H G. Total synthesis of a gene. Science.1 979;438 1:614-25.
6. Saiki RK, GelfandDH, Stoffel S, Scharf SJ, Higuchi R, H orn GT, Mullis KB, ErlichH.
A. Primer-Directed Enzymat ic Amplification of DNA with a Thermostable DNA poly-
merase. Science. 1988;239:487-91.
7. Liu LF, Liu CC, Alberts BM. Type II DNA topoisomerases: enzymes that can unk-
not a topologically knotted DNA molecule via a reversible double-strand break. Cell.
1980;19:697-707 .
8. Shuman S. Recombination Mediated by Vaccinia Vírus DNA Topoisomerase I in
Escherichia coli is Sequence Specific. Proc Natl Acad Sei USA. 1991;88:10 104-8.
9. Bollum FJ. O ligodeoxyribonucleotide Primers for Calf Thymus Polymerase. The Jour-
nal of Biological Chemistr y. 1960;235:18-20.
10. Motea EA, Berdis, AJ. Terminal deoxynucleotid yl transferase: the story of a misgui-
ded DNA polymerase. Biochimica et Biophysica Acta. 2010;1804:1151-66.
11. Krayevskya AA, Victorova LS, Arzumanova AA, Jas koa MV. Terminal deoxynucleo-
tidyl transferase: cata lys is of DNA (oligodeoxynucleotide) phosphorylation. Pha maco-
logy & Therapeutics. 2000;85 :1 65-73.
12. Nagy A. Cre recombinase: the universal reagent for genome tailoring. Genes J. Genet
Dev. 2000;26:99-109.
13. Bolivar F, Rodriguez RL, Greene PJ, Betlach MC, H eyneker HL, Boyer HW, Crosa
JH, Falkow, S. Constructio n a nd characteriza tion of new cloning vehicles II. A multipur-
pose cloning system . Gene.1977;2:9 5-113.
14. Vieira J, Messing J. T he pUC plasmids, a n M13mp7-derived system for insertion
mutagenesis and sequencing with synthetic universal primers. Gene. 1982;19:259-68.
15. H olton TA, Gra ham MWA. Simple and efficient method for direct cloning of PCR
products using ddT-tailed vectors. Nucleic Acids Research. 199 1;19:1156.
16. Bernard P, Ga ba nt P, Bahassi EM, Couturier M. Positive Selection Vectors Using the
F Plasmid ccdB Killer Gene. Gene. 1994;148:71-4.
17. Chautha iwa le VM, TherwathA, Des hpande VV. Bacteriophage Lambda as a Cloning
Vector. Microbiological Reviews. 1992;56:577-91.
Novas Técnicas de Recombinação em Microrganismos: Engenharia Genética pela Tecnologia do DNA Recombinante 7S
18. Messing J. M13 cloning vehicles . Their contribut ion to DNA sequencing. M et ho ds
Mol Biol 1993;2 3:9-22 .
19. Collins J , Ho hn B. Cosm ids: A type of plasmid gene-cloning vector that is packagea-
ble in vitro in bacteriophage Á heads. Proc Na tl Acad Sei USA.1 978;9: 42 42-46.
20 . De Boer H A, Comstock LJ , Vasser M. The tac promoter: a functio nal hybrid derived
from trp a nd lac prom oters. Proc N atl Acad Sei USA. 1 983;80:21-5 .
21. Studier FW, Moffatt BA. Use of bacteriophage T7 RNA polymerase to d irect selective
high-level expression of cloned genes. J. M ol Bio l 1986;1 89: 1 13-30.
22 . Terpe K. Over view of bacterial expressio n systems for heterologous protein produc-
tion: fro m m olec ular a nd biochemica l fundamentais to commercia l syst ems . Applied
Microbiology Biotechno logy. 2006; 72:211-22.
23 . Ba neyx F, Mujac ic M . Recombinant protein folding and m isfolding in Escherichia
coli. Na ture Biotechno logy. 2004;22:1399-1408 .
24. Pan SH , Malco lm BA. Reduced background expression and im proved plasmid sca bi-
lity with pET vectors in BL2 1 (DE3 ). Biotechniques. 2000;29:1234-38.
25 . Westers L, Wester H , Quax WJ. Bacillus subtilis as a cell factory for pharmaceutical
proteins : a biotechnological approach to optimize che host orga nism. Biochimica et Bio-
phys ica Acta . 2004;1694:299-310.
26 . De Po urq K, De Schutter K, Callewaert N . Engi neering o f glycosylation in yeast
and other fungi: cur rent sta te a nd perspectives. Applied Microbiology Bio tec hno logy.
20 10;87:161 7-3 1.
27. Goffeau A, Barrell BG, Bussey H , Davis RW, D uj on B, Feldmann H, et a i. Life 600
genes. Science. 1996;52 87:546-67.
28 . Scheberg ACG. Elementos de engenharia genética. ln: Bo rza ni W, Schmidell W, Lima
UA, Aquarone E, ed itores. Biotecnologia Industrial. São Pa ulo: Bluc her; 2001.
29 . Cregg JM, Ved vick TS, Rasch ke WC. Recerre Ad vances in the Expression of Foreign
Genes in Pichia pastoris. Nature Biotec hno logy. 1993;11 :905-10.
30 . Cereghino GPL, Cregg, JM. Heterologous protein expression in the methylotrophic
yeast Pichia pastoris. FEMS Microbiology Reviews. 2000;24:45-66.
31. Torres FAG, Moraes LM P. Proteínas recom binantes prod uzidas em leveduras . Biotec-
nologia Ciência & Desenvolvimento. 2001;23 :20-2.
32 . Nevala inen HKM, Téo VSJ, Bergq uist PL. H eterologous proteins expression in fila -
mento us fungi. Trends in Biotechn ology. 2005;23:468-74.
33 . Astolfi-Filho, S, Lima BD, T hiemann JE, Souza HRT, Vilela L, inventores. Uni versi -
da de de Brasília, Biomm S.A. Vector for expression of heterologous protein and met hods
fo r extracting recombinam protei n and fo r p urifyi ng isolated recombinant ins ulin. Un i-
ted States patent US 6.068.993, 1 997 .
34. Lima BD. A produção de insulina humana po r engenharia ge néti ca. Biotecno logia
Ciência & Desenvolvimento. 2001;23 :28 -31.
76 Biotecnologia Aplicado à Saúde
ESTRUTURA BASICA
E FUNCÕES
,
Fabiana K. Seixas
Priscila M. de Leon
Helena S. Thurow
Karine R. Begni ni
Vinicius F. Campos
Tiago Collares
2. 1 INTRODUÇÃO
Ori
Promotor
5000 bp
Marcador de
seleçã.o
Figuro 2.1 Características de um vetor de clonagem. Ori: origem de replicação; MSC: sítio múltiplo de clonagem.
Dois tipos da molécula de DNA que satisfazem esses critérios serão apre-
sentados neste capítulo: os plasmídeos e os bacteriófagos. Os plasmídeos
circulares bacterianos foram os primeiros vetores utilizados para clonagem
gênica, a partir da década de 1970.
Em procariotos, os plasmídeos representam as mais comuns e, muitas
vezes, as únicas formas não virais de DNA extracromossomal. Estes elemen-
tos genéticos móveis de replicação autônoma são relativamente fáceis de
Vetores Plasmidiois e Vetores de Fogo: Estruturo Básico e Funções 79
- Capsídoo
- Colar
Fibras da cauda
Cauda
2.2 HISTÓRICO
----,íGl @,-Geei_ _
Sequencia de (3 ---➔
----,1
(3,
mÃA] ~
reconhecimento //;,
Enzima de
1~::~1 Restrição
•
' ',,,,'4 (3
---➔
----t GAATTe 1----
CTTAAG
Modificação
Enzimática
Bacteriófago
Entrada de
DNA estranho
(3,
__?
Bactéria
Figuro 2.4 Distribuição igualitário de plosmídeos entre os células-filhos por sítios por.
Plasmidco Conjugativú
o--
-
Gene de interesse
!Ligação 1
rAmp
o
Crescimento celular cm meio contendo Amp e
seleção <le clones positivos
l
:9--- Colônia bacteriana recomblnanre
Figuro 2.6 Utilização de gene de resistência a antibiótico como marcador de seleção de colôniasrecombinantes.
2.3.4. 1 pBR322
2.3.4.2 pUC
2.3.4.3 2 pm
2.4 BACTERIÓFAGOS
O fago lambda foi descrito primeiramente por Lederberg nos anos 1950.
Lederberg descreveu que a cepa K-12 de Escherichia coli carregava um fago
simbiótico lambda, o qual foi descoberto pela existência de uma subcepa
"mutante" sensível a lambda 62 •
O fago lambda é um fago temperado, podendo ter seu ciclo de vida no
estado lítico ou lisogênico. Após a infecção em Escherichia coli, o fago pode
seguir o ciclo lítico, como descrito no item acima, modificar a sua expressão
integrando seu genoma no genoma do hospedeiro para manter-se em um
estado quiescente no ciclo lisogênico e novamente reverter ao ciclo lítico.
Por estar sendo estudado há mais de cinquenta anos, o fago lambda serviu
como um paradigma no estudo da biologia molecular, como na interação
repressor-operador, recombinação, replicação e também na transcrição 63, 64 •
Genoma
No final dos anos 1970 e início dos anos 1980, a lguns estudos buscaram
determinar a sequência de nucleotídeos do fago lambda, focando princi-
palmente em regiões de controle. Um desses estudos foi o de Petrov e cola-
boradores no ano de 1981, o qual determinou a estrutura primária de um
fragmento de DNA do fago lambda, que compreendia entre 90,8% e 93,1 %
do tamanho do genoma do fago. O fragmento estudado incluía o gene Q, o
promotor pR' e o gene 6S do RNA com o seu terminador 65 •
No ano seguinte, Sanger e colaboradores determinaram a sequência
nucleotídica do fago lambda. O DNA deste fago na sua forma circular con-
tém 48.502 pares de bases e codifica para em torno de sessenta proteínas.
98 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Ambas as extremidades 5' possuem uma extensão de fita simples com doze
bases complementares entre si, chamadas terminações coesivas, ou COS.
Durante a infecção, a extensão 5' direita (cosR) entra na célula hospedeira,
seguida pelo genoma do fago onde as duas extremidades são ligadas pela
DNA ligase da Escherichia coli, formando um DNA circular 2, 66 •
Genoma
Após ser isolado, o M13 continuou a ser estudado amplamente. Nos anos
1970, Messing iniciou seus trabalhos no sentido de utilizar o fago Ml 3
como um vetor de clonagem. O tamanho menor deste fago e o fato do seu
genoma ser composto por uma molécula de DNA de fita simples foram
algumas das vantagens que levaram o M13 a ser utilizado como vetor de
clonagem e no sequenciamento de DNA. Além disso, esse fago possui uma
forma replicativa do DNA (fita dupla), a qual é similar aos plasmídeos,
podendo ser utilizada também para esse objetivo. A partir dos seus estudos
com o fago M13, Messing desenvolveu uma série de vetores, a qual cha-
mou de Ml 3mp. O primeiro vetor construído utilizando o fago M 13 foi
chamado de M13mpl. Para desenvolver tal vetor, foi inserido o gene lacZ'
dentro da sequência intergênica do M13. Esse vetor forma placas azuis no
meio ágar com X-gal. O gene lacZ' inserido, que constituiu M13mpl, não
possuía sítio único de restrição em sua sequência. Entretanto, o início do
gene apresentava a sequência GGATTC, a qual sofreu uma mutação in vitro
em um único nucleotídeo, gerando a sequência GAATTC. Essa modifica-
ção gerou a mudança de um ácido aspártico para uma asparagina e criou
o sítio de restrição para EcoRI. Tais modificações geraram o M13mp2, o
qual é o vetor de clonagem de M13 mais simples. Apesar dessa modifi-
cação, a enzima p-galactosidase permanece funcional. Ao longo dos anos,
outros M13mp foram desenvolvidos, atendendo as necessidades dos novos
estudos. Os vetores de M13 também foram amplamente utilizados para o
Vetores Plasmidiois e Vetores de Fogo: Estruturo Básico e Funções 101
Phage display
Genoma
Soluções
Tampão de lise:
• Tris-HCl 25 mM pH 8,0
• EDTA 10 mM pH 8,0
• Glicose 50 mM
104 Biotecnologia Aplicado à Saúde
21 ►
Celulas
Pl:!Smideos
RNA
Proceinas
DNA cromossomal
4. fransfüa o ~ brenada.nte para um novo rubo
S. Adaciont fenol:clorofürmio
6. Cmtrifuguc
Pr01:elnas
Plasmídeos purificados
Solução de li se:
• NaOH 0,2 M
• SDS 1%
Vetores Plasmidiois e Vetores de Fogo: Estruturo Básico e Funções lOS
Solução neutralizante:
• Acetato de potássio (KOAc) 60 mL a 5 M pH 5,0
• Ácido acético glacial 11,5 mL
• Água 28,5 mL
Procedimento
1) Crescer a cultura bacteriana por 16 horas (ou overnigth) a 37 ºC, em
meio LB líquido contendo antibiótico (marcador de seleção), sob agitação
(250 rpm).
2) Transferir 1,5 mL da cultura bacteriana para tubos de microcentrífuga e
centrifugar por 3 minutos a 14.000 rpm.
3) Descartar o sobrenadante e manter o tubo invertido para secagem do
pellet.
4) Ressuspender as células em 100 µL de tampão de lise com o auxílio de
uma micropipeta. Observação: acrescentar lisozima ao tampão de lise
caso a parede celular bacteriana seja muito espessa.
5) Incubar à temperatura ambiente por 5 minutos.
6) Adicionar 200 ~tL de solução de lise alcalina recém-preparada.
7) Homogeneizar levemente através de inversão do tubo (aproximadamente
6 vezes, até a suspensão ficar clara e viscosa).
8) Adicionar 150 µL de solução neutralizante e incubar no gelo por 10
minutos.
9) Centrifugar por 5 minutos a 14.000 rpm.
10) Transferir o sobrenadante, de aspecto límpido, para um novo tubo de
microcentrífuga previamente rotulado.
11) Adicionar 450 µL de clorofórmio ou de uma solução de fenol:clorofórmio
(v/v), e misturar com o auxílio de um vórtex.
12) Centrifugar por 3 minutos a 14.000 rpm.
13) Transferir a fase aquosa (clara e límpida) para um novo tubo de microcen-
trífuga previamente rotulado. Evitar ao máximo transferir acidentalmente
as outras fases.
14) Precipitar o DNA adicionando 0,7 V de isopropanol e incubar no gelo por
10 minutos.
15) Centrifugar por 15 minutos a 14.000 rpm.
16) Descartar o sobrenadante por inversão do tubo e lavar o precipitado com
etanol 70% gelado. Centrifugar por 5 minutos a 14.000 rpm.
17) Descartar o sobrenadante por inversão do tubo e deixar o pellet secar
completamente (aproximadamente 5 minutos).
106 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Soluções
Solução de li se alcalina I :
• Glicose 50 mM
• Tris-Cl 25 mM pH 8,0
• EDTA 10 mM pH 8,0
• Preparar a solução I para estoques padrão em lotes de 100 mL, auto-
clavar por 15 minutos a 15 psi (1,05 kg/cm 2 ) em ciclo líquido e arma-
zenar a 4 ºC
STE:
• NaCl 0,1 M
* Ad aptado.
Vetores Plasmidiois e Vetores de Fogo: Estruturo Básico e Funções 107
• Tris-Cl 10 mM pH 8,0
• EDTA 1 mM pH 8,0
Procedimento
Lise das células infectadas
1) Centrifugar 1 mL da cultura de células infectadas com M13 na velocidade
máxima por 5 minutos à temperatura ambiente em uma microcentrífuga
para separar as células do meio. Transferir o sobrenadante para um novo
tubo de microcentrífuga e armazenar a 4 ºC. Manter o pellet de células
bacterianas infectadas no gelo.
2) Centrifugar o pellet de células bacterianas por 5 segundos a 4 ºC e remo-
ver o meio residual com pipeta.
3) Ressuspender o pellet de células em 100 µL de solução de lise alcalina I
gelada utilizando o vórtex. Certificar-se de que o pellet será completa-
mente disperso na solução de lise. Alguns componentes da parede celular
bacteriana podem inibir a ação de enzimas de restrição. Para evitar esse
problema, ressuspender o pellet em 0,5 mL de STE antes do passo 3 e
centrifugar novamente. Após a remoção do STE, ressuspender o pellet na
solução de lise alcalina I como descrito acima. Alguns protocolos podem
incluir digestão da parede celular com lisozima. Este passo geralmente
não é necessário, mas não é prejudicial. Para incluir este passo, adicionar
90 µL da solução de lise alcalina I ao pellet bacteriano e ressuspender
através do vórtex. Adicionar 10 µL da solução de lise alcalina I contendo
lisozima 10 mg/mL recentemente preparada às células ressuspendidas.
Misturar os componentes tocando a lateral do tubo e incubar por 5 minu-
tos gelo. Continuar no passo 4.
4) Adicionar ao tubo 200 µL de solução de lise Alcalina II preparada recen-
temente. Fechar bem o tubo e misture por inversão do tubo rapidamente
por 5 vezes. Não passar no vórtex. Armazenar por 2 minutos no gelo
após a inversão.
5) Adicionar ao tubo 150 µLda solução de lise Alcalina III gelada. Fechar o
tubo e o inverter algumas vezes para dispersar a solução através do lisado
de bactérias viscoso. Armazenar o tubo de 3 a 5 minutos no gelo.
6) Centrifugar o lisado de bactérias na velocidade máxima por 5 min a 4 ºC
em uma microcentrífuga. Transferir o sobrenadante para um novo tubo.
2.8 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
19. Smith HO, Wilcox KW. A restriction enzyme from Hemophilus influenzae. l. Purifi-
cation and general properties. J Mol Biol. 1970;51(2):379-91.
20. Danna K, Nathans D. Specific cleavage of simian virus 40 DNA by restriction endo-
nuclease of Hemophilus influenzae. Proc Natl Acad Sei USA. 1971;68(12):2913-7.
21. Cohen SN, Chang AC, Boyer HW, Helling RB. Construction of biologically functio-
nal bacterial plasmids in vitro. Proc Natl Acad Sei USA. 1973;70(11 ):3240-4.
22. Datta N, Hedges RW. Compatibility groups among fi-R factors. Nature. 1971;234:
222-3.
23. Cohen SN, Chang AC, Hsu L. Nonchromosomal antibiotic resistance in bacteria:
genetic cransformation of Escherichia coli by R-faccor DNA. Proc Natl Acad Sei USA.
1972;69(8):2110-4.
24. Morrow JF, Cohen SN, Chang AC, Boyer HW, Goodman HM, Helling RB. Replica-
cion and transcription of eukaryocic DNA in Escherichia coli. Proc Natl Acad Sei USA.
1974;71(5):1743-7.
25. Berg P, Baltimore D, Brenner S, Roblin RO, Singer MF. Summary scatement of
che Asilomar conference on recombinant DNA molecules. Proc Natl Acad Sei USA.
197 5; 72(6):1981-4.
26. Lodish H, Berk A, Zipursky L, Matsudaira P, Baltimore D, Darnell. Molecular Cell
Biology. 4 ed. New York: W. H. Freeman; 2000.
27. Lodish H, Berk A, Zipursky L, Matsudaira P, Baltimore D, Darnell. Molecular Cell
Biology. 4 ed. New York: W. H. Freeman; 2000. Section 7.1, DNA Cloning with Plasmid
Veccors.
28. Wacers VL. Conjugative transfer in the dissemination of beta-lactam and amino-
glycoside resiscance. Front Biosci. 1999;4:D433-56 .
29. Amabile-Cuevas CF, Chicurel ME. Bacterial plasmids and gene flux. Cell.
1992;70(2):189-99.
30. Bergstrom CT, Lipsitch M, Levin BR. Natural selection, infectious cransfer and the
existence conditions for bacterial plasmids. Genetics. 2000;155(4):1505-19.
31. Thomas CM. Paradigms of plasmid organization. Mol Microbial. 1973;74:335- 7.
32. Brown TA. Veículos para clonagem gênica: plasmídeos e bacteriófagos. Clonagem
Gênica e Análise de DNA. 4 ed. Porto Alegre: Artmed Editora; 2003.
33. Carattoli A. Resistance plasmid families in Enterobacceriaceae. Ancimicrob Agents
Chemother. 2009;5 3( 6):222 7-38.
34. Garcillan-Barcia MP, Alvarado A, de la Cruz F. ldentificacion of bacterial plas -
mids based on mobility and plasmid population biology. FEMS Microbial Rev.
2011;35(5):936-56.
35. Zaha AF, Ferreira HBF, Passaglia, LMP. Biologia Molecular Básica. 4 ed. Porto Ale-
gre: Arcmed Editora; 2012.
112 Biotecnologia Aplicado à Saúde
53. Godiska RP, Patterson M, Schoenfeld T, Mead DA. Beyond pUC: Vectors for Cloning
Unstable DNA. ln: Kieleczawa J, editor. Optimizing the Process and Analysis
Sudbury: Jones and Bartlett Publishers; 2005.
54. Xavier MAS, Kipnis A, Torres FAG, Astolfi-Filho S. New Vectors Derived from
pUC18 for Cloning and Thermal-induced Expression in Escherichia coli. Brazilian Jour-
nal of Microbiology. 2009;40:778-81.
55. Haq IU, Chaudhry WN, Akhtar MN, Andleeb S, Qadri l. Bacteriophages and their
implications on future biotechnology: a review. Virol J. 2012;9:9.
56. Twort FW, LLRCP, MRCS. An investigation on the nature of ultra-microscopic viru-
ses. The Lancet. 1915;186(4814):1241-3.
57. Casjens SR. Compara ti ve genomics and evolution of the tailed-bacteriophages. Curr
Opin Microbial. 2005;8(4):451-8.
58. Monk AB, Rees CD, Barrow P, Hagens S, Harper DR. Bacteriophage applications:
where are we now? Lett Appl Microbial. 2010;51(4):363-9.
59. Ackermann HW. 5500 Phages examined in the electron microscope. Arch Viro!.
2007;152(2):227-43.
60. lnal JM. Phage therapy: a reappraisal of bacteriophages as antibiotics. Arch lmmu-
nol Ther Exp. 2003;51(4):237-44.
61. Gill JJ, Hyman P. Phage choice, isolation, and preparation for phage therap y. Curr
Pharm Biotechnol. 201 O; 11 (1 ):2-14 .
62. Lederberg EM, Lederberg J. Genetic Studies of Lysogenicit y in Escherichia Coli.
Genetics. 1953;38(1):51-64 .
63. Court DL, Oppenheim AB, Adhya SL. A new look at bacteriophage lambda genetic
networks. J Bacteriol. 2007;189(2):298-304.
64. Friedman DI, Court DL. Bacteriophage lambda: alive and well and still doing its
thing. Cu rr Opin Microbial. 2001;4(2):201-7.
65. Petrov NA, Karginov VA, Mikriukov NN, Serpinski OI, Kravchenko VV. Complete
nucleotide sequence of the bacteriophage lambda DNA region containing gene Q and
promoter pR'. FEBS Lett. 1981;133(2):316-20.
66. Sanger F, Coulso n AR, Hong GF, Hill DF, Petersen GB. Nucleotide sequence of bac-
teriophage lambda DNA. J Mol Biol. 1982;162(4):729-73.
67. Chris tensen AC. Bacteriophage lambda-based expression vectors. Mo! Biotechnol.
2001;17(3):219-24.
68 . Messing J. Cloning single-stranded DNA. Mo! Biotechnol. 1996;5(1):39-47.
69. Sidhu SS. Phage display in pharmaceutical biotechnology. Curr Opin Biotechnol.
2000;11(6):610-6.
70. Brown TA. Clonagem gênica e análise de DNA: uma introdução. 4 ed. Porto Alegre:
Artmed; 2003. 3 76 p .
114 Biotecnologia Aplicado à Saúde
71. Kehoe JW, Kay BK. Filamentous phage display in the new millennium. Chem Rev.
2005 ;105 (11 ):4056-72.
72 . Messing J. Cloning in M13 phage or how to use biology at its best. Gene.
1 991;100 :3-12.
73. Messing J, Grone n born B, Muller-Hill B, Hans Hopschneider P. Filamentous coli-
phage M13 as a cloning vehicle: insertion of a Hindll fragment of the lac regulatory
region in M13 replicative form in vitro. Proc Natl Acad Sei USA. 1977;74(9):3642-6 .
74. H eidecker G, Messing J, Gronenborn B. A versatile primer for DNA sequencing in
the Ml3mp2 cloning system . Gene. 1980;10(1 ):69-73.
75. Smi th GP. Filamentous fusion phage: no vel expression vectors that d isplay cloned
antigens on the virion surface. Science. 1985;228(4705):1315-7.
76. Leiman PG, Ka namaru S, Mesyanzhinov VV, Arisaka F, Rossmann MG. Structure
and morphogenesis of bacteriophage T4. Cell Mo! Life Sei. 2003;60( 11 ):235 6-70.
77. Mesyanzhinov VV, Leiman PG, Kostyuchenko VA, Kurochkina LP, Miroshnikov
KA, Sykilinda NN, et a i. Molecular ar chitecture of bacteriophage T4. Biochemistry.
2004;69( 11) :11 90-202.
78. Shu b DA, Casna NJ. Bacteriophage T4, a new vector for the expression of cloned
genes. Gene. 1985;37(1-3):3 1-6 .
79. Green MRS, Sambrook J. Molecular Cloning: a laboratory manual. 4 ed. New York:
Cold Spring H arbor; 2012. 1 890 p.
n)>
__
-O ,
--1
e
r--
0
VETORES DE
EXPRESSÃO
BACTERIANA:
TIPOS E USOS
Rosângela Vieira de Andrade
Antônio Américo Barbosa Viana
Maria Sueli Soares Felipe
Everaldo Gonçalves de Barros
3. 1 HISTÓRICO
.. ,
Endonuclease de restrição
i j·
DNA Ligase
Transfonnação
Figura 3.1 Esquema de clonagem de uma sequência de interesse num vetor plasmidial com o auxílio de enzimas de restrição e DNA
ligase, seguido de transformação de células bacterianas. Atransformação das células se dá, normalmente, por técnicas de eletroporação
ou choque térmico.
• EcoRI
• Sall
Figuro 3.2 Esquema dos possibilidades de cortes coesivo e abrupto catalisados por endonucleoses de restrição comumente utilizados
no produção e manipulação de vetores moleculares.
pBR322
4361 pb
Figura 3.3 Plasmídeo p8R322, evidenciando os genes de resistência à ampicilina (Apr - bla, beta-lactamase) e à tetraciclina (Ter).
Além disso, o esquema mostra a região rep que é responsável pela replicação do plasmídeo e a região rop, que controla a replicação. O
p8R322 é, atualmente, comercializado pela New England Biolabs.
Vetores de Expressão Bacteriano: Tipos e Usos 119
/ -
RNA POimeras,71 ◄•----
c:?~k-•-• J
Uetor Plasmldial recombinante
Cromossomo bacteriano
Figuro 3.4 Linhagem celular adaptado poro expressão de proteínas heterólogos utilizando o promotor virai T7 controlado pelo operador
fac. Apolimerose virai T7 (em vermelho) é codificado no cromossomo bacteriano sob controle do promotor fac, e o seu produto proteico
é responsável pelo transcrição do sequencio heterólogo controlado pelo promotor T7. Dessa formo, o IPTG induz o expressão tonto do
proteína heterólogo de interesse como do próprio polimerose virai responsável por esse evento transcricionol.
120 Biotecnologia Aplicado à Saúde
>µET2l - ;;t
TATA::::Ar Ar::; ::;::::r A::;::: Ar::; A::::r ::;::;r ::;::;A ::::A::; : AA Ar::; ::;::;r :::::;:::: ::;::;A r:::::::: ::;A.A rr::: ::;A::; ::::r:::: :::::;r ::::::;A : AA
M A S M T ::; ::; ~ ~ M ::; R ::; S E F E L R R ~
=---:->
>pE T21 - b
TATA':-A;de~ r-::; ~ Ar::; A.:;r ::;::;r ::;:;A :::A::; -::.AA Ar::; :::;::;r :-:;::;::; ::;Ar ::::;::; M l' r::;::; A::;::; 1''.;'.; ::;r::: ::;A::: M ':3
M A S M T ::; ::; J J M ::; R D P N S S S V D K
===>
>pET21 - c 8M1II I [coR 1
TATA::::Ar Ar::; :::;::::r A::;:::: Ar:::; A:::r :::;::;r ::;::;A ::::A::; ::::A.A Ar:::; ::;::;r ::;::;r ::::::;:::; Ar:::: ::::::;A ATT ::::::;A ::;::::r ::::::::::; r::::::; A::::A
MASMr::;::; ~~ M::;RIRIRAPSTS
=---:->
Figuro 3.5 Região do plasmídeo da série pET2 la, b e c, evidenciando as três possíveis fases de leitura para clonagem de sequencias
codantes. Os sítios de restrição Ndel e Nhel posicionam a sequencia de interesse no primeiro ATG (AUG) traduzido, enquanto os sítios
de BomH I e fcoRI permitem a clonagem nos três possíveis quadros de leitura, conforme pode ser evidenciado pelos diferentes produtos
proteicos resultantes em cada vetor a, b e c a partir do sítio de BomHI.
Vetores de Expressão Bacteriano: Tipos e Usos 121
Promotor rbs
antr O .--1--. Terminador
MCS
Figuro 3.6 Representação esquemática dos elementos comumente presentes e necessários para a expressão heteróloga em bactérias.
ori: origem de replicação; antr: gene de resistência a antibiótico/marcador de seleção; R: gene que codifica um regulador da função
do promotor; O: operador; rbs: sítio de ligação ao ribossomo no mRNA; MCS: sítio múltiplo de clonagem, utilizado para a clonagem da
sequência codante de interesse.
Tabelo 3.1 Listo de vetores plosmidiois de expressão bacteriano disponíveis no mercado e algumas de suas característicos
* T7: promotor do bacteriólogo T7; araBAD: promotor do óperon do orobinose de E. coli; fac promotor do óperon do lactose de E. coli;
toe: promotor híbrido derivado dos promotores dos óperons do triptolono e do lactose de E. cair, Pt: promotor do bacteriólogo lambda;
trc. promotor híbrido derivado dos promotores trp e facUV5; fac-aral promotor híbrido derivado do fusão do promotor fac com o sítio
de ligação do proteína ativadora Aro( de E. cofi; Ltet0-1: promotor induzido por tetrociclino; 15-fac. promotor híbrido derivado do fusão
entre o promotor fac e o promotor do bacteriólogo TS.
126 Biotecnologia Aplicado à Saúde
PBAD
ara e
Figuro 3.7 Esquema estrutural do sistema pBAD. Ogene de interesse é clonado sob controle do promotor araBAD, e o suo funciono·
lido de é dependente do ligação do proteína Aro( nos regiões 02, Ol e oral em suo formo ativo (ligado à orobinose) ou inativo, que
induz oformação de um loop. ACAP é responsivo oAMP cíclico (cAMP), cujo concentração aumento, ativando-o, no ausência de glicose.
Tabela 3.2 Algumas linhagens de f. coli usadas para a produção heteróloga de proteínas e suas principais características29, 11 •
LINHAGEM
LINHAGEM PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
ORIGINAL
Mutante poro trx8 (tiorredoxino redutose); facilito o
AD494 K12
formação de pontes dissulfeto no citoplasma.
8L21 8 Mutante poro os proteoses lon e ompT,
8L21trx8 8L21 Mutante poro trx8; mutante poro os proteoses lon e ompT.
Melhoro o expressão de genes de eucoriotos que contenham códons raros
8L21 CodonPlus-RIL 8L21
em E, coli: AGG, AGA, AUA, CUA; mutante poro os proteoses lon e ompT.
Melhoro o expressão de genes de eucoriotos que contenham códons raros
8L21 CodonPlus-RP 8L21
em E, coli: AGG, AGA, CCC; mutante poro os proteoses lon e ompT.
Mutante poro recA; estabilizo repetições em tondem;
8LR 8L21
mutante poro os proteoses lon e ompT.
Auxotrófico poro metionino; usado poro o marcação de
8834 8. 8c
proteínas com 35S-metionino e selenometionino.
887333 Mutante poro os proteoses clpX, clpP e lon.
Vetores de Expressão Bacteriano: Tipos e Usos 129
LINHAGEM
LINHAGEM PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
ORIGINAL
Auxotrófico para metionina; usada para a marcação de
DL41 K12
proteínas com 35S-metionina e selenometionina.
(41 BL21 Mutante desenhado para a expressão de proteínas de membrana.
(43 BL21 Mutante duplo desenhado para a expressão de proteínas de membrana.
HMSl 74 K12 Mutante para recA; resistente à rifampicina.
JMl 10 Mutante para dom e dcm; não ocorre metilação do DNA nos sítios dom e dcm.
JM 83 K12 Útil para a secreção de proteínas recombinantes no periplasma.
LMGl 94 Mutante ara; usada em combinação com vetores contendo promotor BAD.
Mutante para trxB/gor (tiorredoxina e glutationa redutases); facilita
Origami K12
bastante a formação de pontes dissulfeto no citoplasma
Origami B BL21 Mutante para trxB/gor; mutante para as proteases lon e ompT.
Melhora a expressão de genes de eucariotos que contenham
Rosetta BL21 códons raros em E. coli. AUA, AGG, AGA, CGG, CUA, CCC
e GGA; mutante para as proteases lon e ompT.
Melhora a expressão de genes de eucariotos que contenham códons
Rosetta-gami BL21 raros em E. coli: AUA, AGG, AGA, CGG, CUA, CCC e GGA; mutante
para as proteases lon e ompT; mutante para trxB/gor.
* Adaptado.
REFERÊNCIAS
1. Cohen SN, Chang AC, Boyer HW, Helling RB. Construction of biologically functional
bacterial plasmids in vitro. Proc Natl Acad Sei USA. 1973;70(11 ):3240-4.
2. Hamer DH, T homas CA, Jr. Molecular cloning of DNA fragments prod uced by res-
triction endonucleases Sall and Baml. Proc Natl Acad Sei USA. 1976;73(5) :1 537-41.
3. Bolivar F, Rodri guez RL, Greene PJ, Betlach MC, H eyneker HL, Boyer H W, et ai.
Constru ction a nd characterization of new cloning vehicles. II. A multipurpose cloning
system. Gene. 1977;2(2) :95-113.
4. Itakura K, Hirose T, Crea R, Riggs AD, Heyneker HL, Bolivar F, et a i. Expression in
Escherichia coli of a chemicall y symhesized gene for the hormone somatostatin. Science.
1977;198(4321 }:l 056-63 .
5. Sahdev S, Khattar SK, Saini KS. Production of active eukaryotic proteins through bac-
teria l expression systems: a review of the existing biotechnology strategies. Molecular
and Cellular Biochemistry. 2008;307(1-2):249-64.
6. Scudier FW, Moffatt BA. Use of bacteriophage T7 RNA polymerase to direct selective
high-level expression of cloned genes. Journal of Molecular Biology. 1986;189 (1):113-30.
7. Baneyx F. Recombina nt protein expression in Escherichia coli. Curre nt Opinion in
Biotechnology. 1999;10(5 ):411-21.
8. Structural Genomics Consortium, China Structural Genomics Consortium, Northeast
Structura l Genomics Consortium, Griislund S, Nordlund P, Weigelt J, et ai. Protein pro-
duction and purification. Nat Meth. 2008;5(2):135-46.
9. Alberts B, Johnson A, Lewis J, Raff M, Roberts K, Walter P. Molecular Biology of the
Cell. 4 ed. New York: Garland Science; 2002.
10. Huang CJ, Lin H, Yang X . Industria l prod uction of recomb inam therapeutics in
Escherichia coli and its recent advancements. Jo urna l of indust rial microbiology & bio-
technology. 2012;39(3):383-99. Epub 2012/01/19.
11. Bentley WE, Mirjalili N, Andersen DC, Davis RH, Kompala DS. Plasmid -encoded
protein: The principal factor in the "metabolic burden" assoc iated with recombinant
bacteria. Biotechnology a nd Bioengineering. 1 990;35(7):668-81.
12. Wick LM, Egli T. Molecular componems of physiological stress responses in Esche-
richia coli. Advances in Biochemical Engineering/Biotechnology. 2004;89:1-45 .
13. Nemecek S, Marisch K, Juric R, Bayer K. Design of transcriptiona l fusions of
stress sensiti ve promoters and GFP to mon itor the overburden of Esc herichia coli
hosts during recombinam protein production. Bioprocess and Biosystems Engineering.
2008;31 (1):47-53 .
14. S0rensen HP, Mortensen KK. Advanced genetic strategies for r ecombinam protein
expression in Esc herichia coli. Journal of Biotechnology. 2005;115(2):113-28 .
134 Biotecnologia Aplicado à Saúde
15. Connell SR , Tracz DM, Nierha us KH , Taylor DE. Ribosomal protection proteins and
their mecha nism of tetracycline res istance. Antimicrobial Age nts a nd Chemotherap y.
2003;47( 12) :367 5-81.
16. Sam brook J, Russell DW. Expression of Cloned Genes in E. coli Us ing the Bacterio-
phage T7 Promoter. CSH Protocols. 2006;2006( 1).
17. European Molecular Biology Laboratory. Bacterial Expression Vectors. Nov. 2013 .
Ava i la bl e from : h ttp ://www.em bl. d e/pepco re/pepcore_services/strains_ vectors/vectors/
bacterial_expressio n_ vectors/popup _bacteria l_expression_ vectors/i ndex . html.
18. Rosenberg AH, Lade BN, Chui OS, Lin SW, Dunn JJ, Studier FW. Vectors for selec-
tive expression of cloned DNAs by T7 RNA polymerase. Gene. 1987;56( 1 ):1 25-35.
19. Studier FW, Rosenberg AH, D unn JJ, D ubendorff J W. Use of T7 RNA polymerase to
direct expression of cloned genes. Methods in Enzymology. 1990;185:60-89 .
20. Dubendorff JW, Studier FW. Controlling basal expression in an ind ucible T7 expres-
sio n system by blocking the target T7 promoter with lac repressor. Journal of Molecular
Bio logy. 199 1;219( 1):45-59.
21. Novagen. T he pET System Manual. 11 ed. 2006 .
22. Jonasson P, Liljeqvist S, Nygren PA, Stahl S. Genetic design for faci litated prod uction
and recovery of recom binant proteins in Escherichia coli. Biotec hn ology a nd Applied
Biochemistry. 2002;35(Pt 2) :91-105 .
23. Guzma n LM, Belin D, Carson MJ, Beckw ith J. T ight regulation, modulation, and
high-level expression by vectors containing the ar abinose PBAD promoter. Journa l of
Bacteriology. 1995;1 77( 14) :412 1-30 .
24. Siegele DA, H u JC. Gene expression from plasmids containing t he araBAD promoter
at subsaturating ind ucer concentrations represen ts mixed populations. Proc Natl Acad
Sei USA. 1997;94 (15) :8 168-72.
25 . Fernandez FJ, Vega MC. Techno logies to keep a n eye on: a lternative host s fo r
protein prod uction in struct ural biology. Current Opinion in Structural Bio logy.
2013;23( 3):365-73 .
26. Womack C. Bypassing Common O bstacles in Protein Expression. NEB Expressions.
2011 summer.
27. Khow O, Suntrarach un S. Strategies for product io n of active eukaryotic prote-
ins in bacteri al expressio n system . As ian Pacific Jo urn a l of Tropical Biomedi cine.
2012;2(2):159-62.
28. Swartz JR. Ad vances in Escherichia coli prod uction of t herapeutic proteins . Current
Opinion in Biotechnology. 2001;12(2) :1 95-201.
29. Terpe K. Overview of bacteri al exp ression systems fo r heterologo us protei n produc-
tion : from m olecular and biochemical fu ndamentais to commercial systems. Applied
M icrobio logy and Biotechnology. 2006;72(2):211-22.
Vetores de Expressão Bacteriano: Tipos e Usos 13S
GENICA:
FUNDAMENTOS
E APLICACÕES
,
4. 1 INTRODUÇÃO
Inserto
DNA Lil!ase
Figura 4.1 Esquema do processo de clonagem de sequências em vetor plasmidial com utilização de enzimas de restrição e DNA ligase.
4.2 HISTÓRICO
* Tradução nossa.
Clonagem Gênico: Fundamentos e Aplicações 143
...
sac(êrieo~ncaP$tAalla,
...
oão4Jln:lmta el'iva
...
l~~
F1 -- 7
Figuro 4.2 Experimento que revelou a existência de um princípio transformante, realizado por Avery, Mc(orty e Mcleod e publicado
em 1944 11•
ó Li~açao
ó o
6 lni~ão
s
f~ s Al!itação
s ~
~ Faeo não radioativo ~ faRo radioativo
l. .___s___l
Bactéria radioativa
Centrifueação
Figura 4.3 Experimento de Hershey e Chase 13, que demonstrou que o DNA é o responsável pela informação genética nos células
bacterianas infectadas pelo bacteriólogo.
· 3'
1 ,·
. 3·
s:
9SºC
. S'
3'
50-60°C
. 5·
5',
5'·
3'
' 3'
5'
s·
12ºC
5·.
3·
' 3•
5'
12°C
Figuro 4.4 Ciclos de temperaturas e eventos de duplicação no reação em cadeia do polimerose (PCR).
pb a 1000 pb. Amplificações menores que 100 pb são mais difíceis de serem
observadas em um gel de agarose, enquanto as maiores de 1.000 pb são
difíceis de serem amplificadas pela Taq polimerase comum. Caso seja neces-
sária a amplificação de fragmentos maiores, enzimas específicas para esse fim
devem ser empregadas. O tamanho de um primer comum varia de 18 a 25
nucleotídeos (nt). Primers menores do que 18 nt possuem uma chance maior
de anelar em posições inespecíficas, enquanto os maiores que 25 nt possuem
um custo de síntese elevado. A porcentagem de GC dentro de um primer deve
estar em uma faixa que varia de 40% a 60%. A temperatura de pareamento
ideal de um primer está entre 50 ºC e 60 ºC. Adicionalmente, é importante
que a temperatura de pareamento do par de primers usado em uma mesma
reação seja igual ou próxima, para permitir o anelamento simultâneo das
duas sequências. No entanto, as condições da reação, como as concentrações
de sais, primers e DNA, podem a lterar a temperatura de pareamento dos
primers. É recomendável também que seja verificada a ocorrência de dímeros
e grampos entre os primers, pois a ocorrência desses eventos durante a PCR
pode reduzir a eficiência ou impedir a reação de amplificação24 (Tabela 4.1).
148 Biotecnologia Aplicado à Saúde
FAIXA IDEAL
COMPRIMENTO 18 pb a 22 pb
---------------------
TEMPERATURA DE ANELAMENTO (TM) 52 ºCa 58 ºC
---------------------
CONTEÚDO DE C-G 40%a 60%
GRAMPO C-G Adicionar uma Cou Gem um dos últimos cinco nucleotídeos do primer
ESTRUTURAS SECUNDÁRIAS Devem estar ausentes grampos e dímeros entre os primers.
A B e
15 min 60min
0
/
-~ -
/
-·
... ~,......,,.....,.....,.....
1- -
... []
(±) D / /
-
-
850 ·
650
500
400·
300 ·
200
100 ·
Figura 4.5 a) Esquema de um gel de agarose sendo submetido oo processo de eletroforese. b) Fotografia de um gel de agarose
mostrando uma banda de aproximadamente 200 bp. e) Gel de agarose contendo amostra de RNA vegetal, evidenciando as bandas
equivalentes ao RNA 18S e 28S.
Clonagem Gênico: Fundamentos e Aplicações 149
- ,---- \ ,---- \ -
I
\
,, lººººººI\/ \ I
\
,, Iºººººº \/ \
----
+
\
---- /+ +\
---- /
t 1
Figuro 4.6 Esquema do eletroforese de campo pulsado. Os pulsos são dados num ângulo de 60 grous.
1S0 Biotecnologia Aplicado à Saúde
EcoRI
-3'
-5"
fato de genes de fontes eucarióticas conterem introns que não são removidos
pela maquinaria de hospedeiros procarióticos, ou que podem sofrer splicing
(ou processamento) alternativo em hospedeiros eucarióticos. Dessa forma,
para isolar apenas os exons que codificam diretamente a proteína de inte-
resse, o isolamento do mRNA maduro e sua conversão em DNA torna-se fun-
damental. A síntese de DNA complementar (cDNA) a partir de seu mRNA é
possível com a utilização da enzima transcriptase reversa 28 (Figura 4.8).
A RT-PCR poder ser usada para clonar um gene específico ou para clonar
todos os genes expressos por um determinado tecido. O método é extrema-
mente sensível e tem sido extensivame nte utilizado para detectar e quantifi-
car mRNAs específicos. A clonagem de todos os mRNAs expressos por um
conjunto de células ou tecido é chamada de biblioteca de cDNA. A criação
de bibliotecas de cDNA é simples devido à presença da cauda poli-A presente
na extremidade 3' dos mRNAs. Um primer oligo-dT anela na cauda poli-A
fornecendo a extremidade 3'0H livre necessária para a transcriptase reversa.
No entanto, podem ser empregados primers aleatórios com seis nucleotídeos
caso o gene desejado apresente a lguma extensa região 3' n ão traduzida que
dificulte a clonagem do fragmento completo. Alternativamente, podem ser
5•.
3'-
3•------------------"""·5'
5'·"."'"'~ ~, . . - -. . .- -. . .- -. . .- - - - 3'
'
3' RACE
5' RACE
5'- . 3'
3·-• •••••••••r,g.:.'""'-_s•
' Del!radação do mRNA com RNAse H
3•__ _ _ _ _ _ _ _ _ ..,..e. n. .,. _ n_
5
•
1
Lil!ação de uma sequência âncora no
.cDNA
Primer de se11uência
arbritária 5·. - - -.. 3•
s·--...~~-""'~"""""'1!1111!1111!11111111111!1-....-~-
3'-lililllililililiii_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __5•
3'
Primer de sequência
arbritária
'
5'-~i'ii':'1111!1..,'!l!l!ll!IJll!l!ll!l!!I!!,..,..,. 3'
3'· · 5'
Produto específico final
s·-llf!lllll!llfll!llll[llll!lllllf!llll!lllll~...- 3· 5'-!llflll!l!llfll!lllf!l!ll!l!ll!f!llll!IIIII"""""" 3·
r s· r s·
5•
3"
s· 3'
3' s·
......
s·..,.,!\1!!1!!!!1!1!1!!1111!1!1 1!1!!11!""""-'"'" 3' s· 3'
5'
3'
'
l!l!l!!l!lll!!ll!l!ll!!!l!l!ll!l!l!!!l!l!l'!l!l!!!ll!l!!!l!!!ll!l!ll!ll!l!le- 3' 5'
lliiliiilílíimiliilliiliiliiliiliiilíiiliililímii- s· 3• JJDJ]IllIDll!OillllJllI
3'
s·
5'
5· ""'-!1!!1!!1!1!!!111"11!1!'!1!!!1!1!1!!1!!11!1!11!\1!!1!!1!!1!1!1!1!!1!1!1!1!!1!!1!~!1!!1!!1!1!1!!!1!11!!11!1!1!!!1!1!11/!1!!1!!1!!1!11!1J- 3·
3· iiliiiiliiiiiiiliiiililiiiiiliiliiiiliiliil,iiiliiiiiiiiiliiiiiliilliiliiiliiiiiiiliiiiíiiliiliiiiiiiiliiiiliili- 5'
Figuro 4.12 Esquema de funcionamento da técnico de AOE-PCR, utilizando um primer que anela no lado 3' da primeira sequência e
no lodo 5' da segunda sequência.
introduzir uma característica que uma planta não possui do que identificar
características desvantajosas que a planta já possui e quais podem ser remo-
vidas pela "subtração" ou silenciamento de um gene. Casos de sucesso dessa
tecnologia são relatados e conhecidos, como o da substituição do gene da
poligalacturonase que retarda o estrago de tomates, ou da polifenol-oxidase
que produz a inibição do descoramento em frutas e vegetais51 ' 52 •
REAGENTES EQUIPAMENTOS
SuperScript li Reverse Tronscriptase Kit
Oligo (dT) 12· l 8
Termociclador,
RNA total de milho (1ng·Sµg)
Microcentrífuga
dNTP Mix (10 mM cada)
Tubos de microcentrífuga 0,2 ml
Água destilada estéril
Gelo
Procedimento
REAGENTE VOLUME
Tampão Taq 1OX 5 µL
50 mM MgCl 1 1,5 µL
Primer senso (1OµM) 1µL
Primer antisenso (1OµM) 1 µL
dNTP mix 1OmM 1µL
Taq DNA polimerose (5 U/ µL) 0,4 µL
cDNA 2 µL
Água destilado estéril q.s.p. 50 µL
1) 95 ºC - 5 minutos
2) 95 ºC - 30 segundos
3) 60 ºC - 30 segundos repetir 30 vezes
4) 72 ºC - 30 segundos
5) 72 ºC - 5 minutos
6) 4 ºC- oo
Procedimento
REAGENTE VOLUME
DNA 1µg (XµL)
Tampão enzima 1OX 5 µL
Enzima 0,5 µL
Água destilado estéril q.s.p. 50 µL
Tabela 4.6 Reação de ligoção do produto de PCR emvetor de expressão em uma proporção inserto:vetor de 3: l. Areação de ligação
ocorrerá a uma temperatura de 25 ºCpor l hora
COMPONENTE VOLUME
Tampão de ligação 5X 4 µL
Vetor 3-30 fmol
Inserto 9-90 fmol
T4 DNA ligose O, 1 unidade
Água destilado estéril q.s.p. 20 µL
Clonagem Gênico: Fundamentos e Aplicações 169
Procedimentos 26
4.7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
19. Mertz JE, Davis RW. Clea vage of DNA by R 1 restriction endo nuclease ge nerates
cohesive ends. Proc Natl Acad Sei USA. 1972;69(1 1 ):3370-4.
20. Temin HM, Mizutani S. Virai RNA-dependent DNA Polymerase: RNA-dependent
DNA Polymerase in Virions of Rous Sarcoma Vírus. Nature. 1970 Jun 27;226:1211-3.
21. Baltimore D. Virai RNA-dependent DNA Po lymerase: RNA -dependent DNA Poly-
merase in Virions of RNA Tumour Viruses. Nature. 1970 Jun 27;226:1209-11.
22. Kleppe K, Ohtsuka E, Kleppe R, Molineux l , Khorana HG. Studi es on polynucleoti-
des . XCVI. Repair replications of short synthetic DNA's as cata lyzed by DNA polymera-
ses. Journal of molecular biology. 1971;56(2 ):341-61.
23. Primrose SB, Twyman RM, Old RW. Principies of Gene Manipulation. 6 ed. New
York: Wiley- Blackwell; 2002.
24. Bartlett JMS, Stirling D. PCR Protocols Totowa: Humana Press; 2003.
25. Technologies 10. 201 3 [cited 2013 Sep 30); Available from: http://www.idtdna.com/
analyzer/a pplica ti ons/oligoana Iyzer/.
26. Green MRS, Sambrook J. Molecular Cloning: a laboratory manual. 4 ed. New York:
Cold Spring H arbor; 2012. 1 890 p.
2 7. Vincze T, Posfai J, Roberts RJ. NEBcutter: A program to clea ve DNA w ith restriction
enzymes. Nucleic Acids Research. 2003;31 (13):3688-91.
28. O'Connell J. RT-PCR Protocols. Totowa : H umana Press; 2002 .
29. Horton RM. PCR-mediated recombination a nd mutagenes is. SOEing together tailor
-made genes. Molecular Biotechnology. 1995;3(2) :93-9 .
30. Horto n RM, Cai ZL, Ho SN, Pease LR. Ge ne splicing by overlap extension: tai-
lo r-made genes using the polymerase chain reaction. BioTechniques. 1990;8(5):528-35.
31. Xiao YH, Pei Y. Asymmetric overlap extension PCR method for site-directed muta-
genesis. Methods in Molecular Biology. 20 11;687:2 77-82.
32. Nelson MD, Fitch OH. Overlap extensio n PCR: an efficient method for transgene
construction. Methods in Molecular Biology. 2011;772:459-70.
33. Reis C, Capanem a LXdL, Filho PLP, Pieroni JP, Barros JO, Silva LGd . Biotecnolo-
gia para Saúde Humana: Tecnologia, ap licações e inserção na indústria farmacêutica.
BNDES Setori al. 2009;29:359-92.
34. Burns LR. The Business of H ealthcare lnnovation. Cambridge: Cambridge Universit y
Press; 2005.
35. Hefferon KL. Recent patents in plane biotechnology: impact on global health. Recent
Patents on Biotechnology. 2012;6(2):97-1 05.
36. Parachin NS, Mulder KC, Viana AAB, Dias SC, Franco O L. Expression systems for
heterologous prod uction of antimicrobial peptides. Peptides. 2012;38(2) :446-56 .
3 7. Shin MK, Yoo HS. Animal vaccines based on orally presented yeast r ecom binants.
Vaccine. 2013;3 1(40):4287-92.
Clonagem Gênico: Fundamentos e Aplicações 173
38 . Liu L, Liu Y, Shin HD, Chen RR, Wang NS, Li J, et ai. Developing Bacillus spp. as a
cell factory for production of microbi al enzymes and industrially im porcane biochemi-
cals in t he coneext of system s and synehetic biology. Applied M icrobiology and Biotech-
nology. 2013;97(14):6113 -27.
39 . Orlova NA, Kovnir SY, Yorobiev, II, Ga bibov AG, Yorobiev AI. Blood Clotting Fac-
cor Vlll: From Evol utio n to T herap y. Acta Naturae. 2013;5(2 ):1 9-39 .
40. van Veen H A, Koiter J, Yogelezang CJ, van Wessel N, van Dam T, Vel terop l, et ai.
Characterization of recom binane human C l inhi bito r secreted in milk of transgenic rab-
bits. J ournal of Biotech nology. 2012;162 (2-3) :319-26 .
41. Kim d o K, Kim KH, Cho EJ, Joo SJ, Chung JM, Son BY, et ai. Gene cloning a nd cha-
racterization of M deA, a novel multidrug efflux pump in Streptococcus mutans. J ournal
of Microbiology a nd Biotec hno logy. 2013;23(3):4 30-5.
42. Frenzel A, Hust M , Schirrma nn T. Expressio n of recom bina nt anti bodies. Frontiers
in immunology. 2013;4:2 1 7. Epub 2013/08/03 .
43. Lara-Aguilar RA, Ju arez-Vazq uez CI, M edina- Loza no C. Terapia de las enfermeda-
des por deposito lisosoma l: actualidad y perspecti vas. Revista de lnvestigacio n Clinica.
20 11;63(6) :651-8 .
44. Kunej T, Godnic l , Hor vat S, Zorc M , Calin GA. Cross tal k between microRNA and
coding cancer genes. Cancer Jo urnal. 20 12; 18(3):223-31.
45. G uo P, Wa ng Y, Z hou X, Xie Y, Wu H, Gao X. Ex pressio n of soybea n lectin in trans-
genic tobacco res ults in enha nced res istance to pathogens and peses. Plane Science: an
internacional journa l of experime ntal plane biology. 2013;211 :17-22.
46. Akpinar BA, Lucas SJ , Bud ak H . Genomics approaches for crop improvement agai nst
abiotic stress. The Scientific World Journa l. 2013;2013 :361921.
47. Sana huja G, Banakar R, Twyma n RM, Capell T, Christo u P. Baci llus th uri ngiensis:
a century of resea rch, development and commercia l applicatio ns. Pla ne Biotechnology
Journal. 2011 ;9(3):283-300.
4 8 . Gate house JA . Prospects for us ing proteinase inhi bitors to p rotect tra nsge-
nic planes against attack by her bivorous insects. Current Protein & Peptide Science.
20 11;12(5) :409-16.
49. Car va lho Ade O, Gomes VM. Plane defensins an d defens in-li ke peptides - biolo-
gical activit ies and biotechnological ap plicati ons. Current Pharmace utical Design.
2011;17(38):4270-93.
50 . Fire A, X u S, Montgomery MK, Kostas SA, Driver SE, Mello CC. Potene and specific
genetic interference by do uble-stranded RNA in Caeno rha bditis elegans. Nature. 1998
Feb 19;391(6669) :806-11.
51. M iki B, McHugh S. Selectable marker genes in transgenic pla nes: applications, alter-
natives and biosafety. Journal of Biotec hnology. 2004;107(3): 193-232.
174 Biotecnologia Aplicado à Saúde
52. Li SF, lac uone S, Parish RW. Suppression an d restoration of male fert ility using a
tra nscriptio n factor. Pla ne Biotechn ology Jo urnal. 2007;5(2):297-3 12.
53. l nvitrogen. SuperScript™ II Reverse Transcriptase. 2013 [cited 2013 Oct 07]; Avai-
la ble fro m: http ://too Is .lifetechno logies.com/conten t/sfs/manua ls/s uperscri ptll_pps. pd f.
5 4. Bi ola bs NE. AlwN I. 2013; Ava ilable fro m: https ://www. neb .com/produc ts/
r0514-alwni#tabselect2.
55. lnvitrogen. T4 DNA Ligase. 2013; Availab le from : http://tools.lifetechnologies.com/
content/sfs/manuals/t4dna ligase_l U_man. pdf.
56. M illipore M . pET-36 DNA. 2013; Available from: http://www.merckmillipore.com/
brazil/life-science-researc h/pet-3 6-dn a/EM D_Bl O -6941 9/p_2tOb.s 1O kacAAAEjWhl9 .
zLX;sid=kj CEmxlp51aMm0BmkcH ozLrpFbOWa3iOqh6azaGEsEQ6-J ynvtDnMRQXh-
WsJJjlQ EkOU hxH w bwit nJvgMLQxcLljs8Sd3975oao8uqow9ilXTXGDIA6azaGE.
,
PROTEINAS RECOMBINANTES
n)>
-O
_,
--1
e
r--
0
EXPRESSÃO ;
DE PROTEINAS
RECOMBINANTES ;
EM BACTERIAS:
FUNDAMENTOS
;
BASICOS E
APLICACÕES #
5. 1 INTRODUÇÃO
E. co/i RNA
Polimerase
1 ------------- 1
L--.,._.,..,.---..__J __ .J
T7 RNA Pollmerase
~
..
Repressor Jac
Promotor IJc opcron lac Gene polimerase T7
1
gene
Jacl
Genoma
E. coli
Figuro 5.1 Sistema de expressão de proteínas heterólogas em E. coli baseado na T7 RNA polimerose. Oplasmídeo recombinante é
inserido em uma cepa E. coli lisógena do bacteriólogo DE3, a qual contém em seu genoma um gene da T7 RNA polimerase sob o controle
do promotor fac. Ogenoma bacteriano também contém ogene /acl, que codifica paro o repressor Lacl, responsável pela inibição da trans-
crição do gene da T7 RNA polimerose. Opromotor lac é ativado na presença do análogo da lactose, o isopropil-~-0-tiogalactopironosídeo
(IPTG). OIPTG se liga ao repressor Lacl, promovendo a diminuição da afinidade do inibidor pelo promotor. Aadição de IPTG à cultura em
crescimento induz a produção da T7 RNA polimerose, que oliva a transcrição do gene-alvo no plasmídeo.
Ausência de IPTG
Figura 5.2 Osistema de expressão pET (Novagen). Este sistema permite um controle muito mais restrito da expressão dos genes
alvos que osistema convencional desenvolvido por Studier e Moffatll_ Ovetor contém um promotor denominado Tllac, composto pelo
óperon lac antecedido pelo promotor T7. Ovetor também apresenta uma sequência codificadora para o repressor Lacl. Quando este tipo
de vetor é empregado em cepas DE3, o repressor Lacl atua no promotor lac na célula hospedeira, inibindo a transcrição do gene da T7
RNA polimerase pela polimerase do hospedeiro e também bloqueando o promotor Tl lac no vetor, evitando a transcrição do gene-alvo
por qualquer T7 RNA polimerase. Aadição de IPTG ao meio de cultura bloqueia a ação do repressor Lacl, permitindo a transcrição da T7
RNA polimerase e da transcrição do gene-olvo no vetor. Orr. origem de replicação de f. coli.
Expressão de Proteínas Recombinantes em Bactérias: Fundamentos Básicos eAplicações 183
Transcrição
Desativada
Gene alvo
+ Arabinose
Transcrição
Ativada
Gene alvo
Figuro 5.3 Sistema de expressão pBAO. Os sistemas de expressão baseados no promotor BAO (pBAO) possuem um repressor denomi·
nado AraC. Na ausência do açúcar arabinose, o repressor Ara( liga-se ao operador 02 e ao sítio 11, fazendo com que o ONA nesta região
adote uma conformação na forma de grampo de cabelo. Isso impede a transcrição a partir do promotor pBAO porque a RNA polimerase
é estericamente impedida de se ligar ao promotor. No entanto, na presença de arabinose, o repressor de Ara( muda de conformação e
liga-se preferencialmente aos sítios adjacentes 11 e 12. Dessa maneira, a configuração do circuito é libertada e pode ocorrer a transcrição.
Os baixos níveis de glicose provocam um aumento dos níveis de AMPc na célula, oque, por sua vez, faz com que a proteína do receptor
de AMPc (PRAc) torna-se ativa. Aligação da PRAc a um sítio no promotor livre também induz a de expressão dos genes de arabinose.
Expressão de Proteínas Recombinantes em Bactérias: Fundamentos Básicos eAplicações 18S
Figuro 5.4 Características e sequências dos elementos de um vetor de expressão procariótico. Como exemplo é mostrado o promotor
híbrido toe (P), consistindo das sequências 235 e 21 D, as quais são separadas pelo espaçador. Aseta indica a direção da transcrição. O
sítio de ligação do ribossomo (RBS) consiste da sequência de Shine·Dalgarno (SD), seguido por espaçador traducional rico em A+ Tque
possui um comprimento ótimo de oito bases. Asequência SO interage com aextremidade 3' do rRNA 16S durante ainiciação da tradução.
Ocódon de iniciação AUG (ATG) éempregado com maior frequência em E. coli. Entre os três códons de parada, o códon UAA (TAA) seguido
por U (T) é a sequência de terminação mais eficiente em E. coli. Orepressor é codificado por um gene regulatório (R), o qual pode estar
presente no próprio vetor ou pode estar integrado no cromossomo hospedeiro, e que modulo a atividade do promotor. Oterminador de
transcrição (TT) serve para estabilizar omRNA e ovetor. Além disso, um gene de resistência aantibiótico, por exemplo, ampicilina (Amp/?J,
facilita aseleção fenotípica do vetor, e a origem de replicação de E. coli (Orif) determina o número de cópias do vetor10 ••
* Modificado.
186 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Cromossomo E. coli
Fragmento
LaCZ
SPC :a),
Fragmento
LocZa
·•·
....
Fragmento
Laola
411111c:
Gene
Inserido
~
nativo de gradado
Fragmento ................
gene racZa
X-Gal• •
Colônias azuis
135} -
Colônias brancas
Figura 5.5 Mecanismo de seleção de clones recombinantes pela cor das colônias. Muitos vetores são construídos de tal moda que
o sítio de policlonagem se localiza no interior da sequência do gene de ~-galactosidase (/acl). Em um hospedeiro adequado, o vetor
intacto produz a proteína Lacla que pode ser detectada no meio de cultura sólido utilizando ensaios colorimétricos através da hidrólise
do seu substrato cromógeno, o 5-bromo-4-cloro-3-indolil-~-galactopiranosídeo (X-Gal), resultando em um composto azul. Quando o DNA
exógeno interrompe a sequência de leitura da proteína Lacla, aparecem colônias brancas em vez de azuladas. Desta maneira, tem-se a
vantagem de detectar clones recombinantes através da triagem colorimétrica.
Tabela 5.2 Principais peptídeos-sinais empregados para exportação de proteínas recombinantes produzidas em Escherichia cali
LOCALIZAÇÃO
NOME TAMANHO SEQUÊNCIA COMENTÁRIOS
DO SINAL
Epítopo OmpA 21 ªª MKKTAIAIAVALAGFATVAGA Periplasmo
PelB OmpT 21 ªª MKRC LWFTVFSLF LVLLKALG Periplasmo Facilita dobramento.
MKKKNIYSIRKLGVGIASVTLGTLUSGGVTPAANAA
QH OE AVO NKFN KEQQNAFYE ILHLPNLN EEQRNAF Composto pelo sequência-
1QSLKO OPSQSANLLAEAKK LN OAQAPKVON KF NKE sinal da proteína A
Peptídeo ZZ QQNAFYEILHLPNLNEEQRNAFIQSLKOOPSQSANL Meio de cultura adicionado odois domínios
LAEAKKLNOAQAPKVOANSSSVPGOPLESTCRHAS sintéticos denominados Z.
LALAWLQRROWENPGVTQLNRLAAHPPFASWRN Facilito opurificação.
SEEARTORPSQQLRSLNGEWRFRCNGWR
MKIEEGKLVIWINGDKGYNGLAEVGKKFEKDTGIK
VTVEHPOKLEEKFPQVAATGOGPOIIFWAHORFGG
YAQSGLLAEITPO KAF QO KLYPFTW OAVRYNGKUA
YP IAVEALSLI YNKOLLPNP PKTWEEIPALOKELKAKG
Proteína de
KSALMFNLQEPYFTWPUAAOGGYAKYENGKYOIK Aumenta a solubilidade
ligação à
387 ao OVGVONAGAKAGLTFLVDLIKNKHMNAOTOYSIAE Periplosmo de proteínas pequenosou
maltose
AAFNKGETAMTINGPWAWSNIOTSKVNYGVTVLPT peptídeos. Facilito opurificação.
(MPB)
FKGQPSKPFVGVLSAGINAASPNKELAKEFLENYLLT
DEGLEAVNKOKPLGAVALKSYEEELAKOPRIAATME
NAQKGEIMPNIPQMSAFWYAVRTAVINAASGRQT
VOEALKOAQTNSSSNNNNNNNNNNLGIEGR.
Expressão de Proteínas Recombinantes em Bactérias: Fundamentos Básicos eAplicações 189
Tabelo 5.3 Promotores comumente usados para expressão de proteínas heterólogas em f. cofi
cod c□dR pH
recA lexA Ácido nalidíxico
cspA térmica
· lsopropil-p-0-tiogalactopiranosídeo.
" Ácido indol acrílico.
Figuro 5.6 Operon fac de f. cofi. Oóperon fac consiste de três genes: facl, facY e facA. Amontante destes genes estão as sequências
do promotor, do operador e do gene fac/, este último que codifica o repressor Lad. Ooperador constitui o sítio de ligação para o
repressor Lacl, que é transcrito independentemente dos outros genes fac. Afigura mostra a sequência da região regulatória, desde o
sítio de ligação da proteína ativadora de genes catabólicos (CAP) até o final da região operadora. As regiões -1 Oe -35 do promotor são
mostradas em negrito.
192 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Tabela 5.4 Promotor fac e seus derivados comumente usados poro expressão de proteínas heterólogas em f. coli. As regiões -35 e -1 O
estão em negrito, e as bases mutadas em relação ao promotor selvagem estão em itálico
-"°
w
194 Biotecnologia Aplicado à Saúde
colocado, que pode resultar num elevado nível de leitura. Um resumo dos
promotores, seus indutores e reguladores está listado na Tabela 5.3.
A cepa de E. coli descrita por Bhandari e Gowrishankar 2 promove a sín-
tese da RNA polimerase T7 sob o controle do promotor proU de E. coli
indutível osmoticamente. Os genes-ai vos têm sua síntese induzida com a adi-
ção de NaCl. Segundo os autores, há uma redução significativa na formação
de corpos de inclusão.
Os níveis de regulação da tradução é outra circunstância que influencia a
expressão das proteínas. A maioria dos genes de E. coli contém o códon de
iniciação AUG. GUG é usado por cerca de 8 % dos genes, e UUG é raramente
usado como códon de iniciação. O códon AUG é preferido duas a três vezes
como códon de iniciação em relação à UUG e GUG, sendo que este último
é apenas ligeiramente mais usado do que UUG. O sítio Shine Dalgarno pre-
sente no RBS pareia com uma região do rRNA 16S para iniciar a tradução
do gene. Logo, quanto mais parecida for a sequência de ligação do RBS com
a sequência de consenso (isto é, UAAGGAGG), mais forte é a associação, o
que conduz a uma eficiente iniciação da tradução. Além disso, o RBS deve
estar localizado a uma distância correta do codón de iniciação. O espaço
entre o sítio SD e o códon de iniciação pode variar de cinco a treze nucleo-
tídeos, e a formação de estruturas secundárias nessa região de iniciação do
mRNA pode comprometer a eficiência da expressão gênica. Para minimizar
a formação dessas estruturas, o incremento de bases A e T próximos ao
sítio RBS ou a mutação de nucleotídeos a montante ou a jusante da região
SD suprime a formação de estruturas secundárias no mRNA e aumenta a
eficiência da tradução.
O processo de degradação do mRNA provê um ponto maior de controle
da expressão gênica virtualmente em todos os organismos. Vários tipos de
RNAses em E. coli são responsáveis pela degradação do RNAm, incluindo
endonucleases (RNase E, RNase K e RNase III) e exonucleases (RNase II e
polinucleotídeo fosforilase - PNPase). Por outro lado, duas classes de ele-
mentos protetores são conhecidos por estabilizar o mRNA em E. coli. Uma
classe consiste de sequências na região não traduzida (untranslated region
- UTR) 59 do mRNA, e outra classe inclui estruturas na forma de grampo
de cabelo na UTR 39 e nas regiões intercistrônicas. Alguns desses elemen-
tos agem como estabilizadores quando fusionados com mRNA heterólogos,
mas somente sob condições restritas. Outra classe de elemento protetor de
mRNA consiste da sequência de UTR 39, que forma estruturas na forma de
grampo de cabelo, bloqueando a degradação exonucleotídica.
196 Biotecnologia Aplicado à Saúde
5.3.2 Pseudomonas
Tabelo 5.6 Rotas do B. subtilis para o direcionamento e translocaçõo de proteínas através da membrana
ROTA CARACTERÍSTICAS
Maior rota de secreção de proteínas.
Dividida em três estágios funcionais: reconhecimento, translocação e folding.
SecSRP
Proteínas secretadas por esta via precisam voltar a sua
conformação nativa após a translocação.
Tal Capazes de transportar proteínas firmemente dobradas do citosol para o meio.
(twin orginine tronslocose) Éutilizada para proteínas incompatíveis com a rota SecSRP.
Reagentes
Procedimento
Reagentes
• LB líquido
• Ampicilina 100 mg/mL
• IPTG 1 M
• PBS lX
Procedimento
Reagentes
Gel de corrida 15 % :
• Volume final 10 mL
• Água bidestilada 4,6 mL
• Acrilamida 34% 3,8 mL
• Tris-HCl 2,5 M pH 8,5 1,6 mL
• SDS 10% 100 µL
• Persulfato de amônio 10% (APS) 70 µL
• TEMED 7 µL
Procedimento
Meio LB sólido:
• Triptona 10 g
• Extrato de levedura 5 g
• NaCl 10 g
• 1,5 de ágar bacteriológico para cada 100 mL de meio
• Água destilada q.s.p. 1.000 mi
Meio LB líquido:
• Triptona 10 g
• Extrato de levedura 5 g
• NaCl 10 g
• Água destilada q.s.p. 1.000 mL
IPTG (1 M):
• IPTG 1,1915 g
• Água milli-Q 10 mL
• Filtrar em ambiente estéril com filtro 0,22 µm. Estocar a -20 ºC.
Tris 1 M
• Tris-base 121,1 g
• Água milli-Q q.s.p. 800 mL
• Ajustar o pH desejado com HCl concentrado
• pH HCl:
• 7,4 70 mL
• 7,6 60 mL
• 8,0 42 mL
• Ajustar o volume para 1 L e esterilizar por autoclave
Acrilamida 30%:
• Acrilamida 29 g
• Bisacrilamida 1 g
Expressão de Proteínas Recombinantes em Bactérias: Fundamentos Básicos eAplicações 213
• Água a 37 ºC q.s.p. 70 mL
• Usar luvas, máscaras e trabalhar em capela. Manter na geladeira e ao
abrigo da luz
APS 10%:
• Persulfato de amônia 0,1 g
• Água milli-Q 1 mL
• Manter estoques em freezer, alíquotas de uso em geladeira
Comassie Blue:
• Brilhante Blue R250 1 g
• Ácido acético glacial 100 mL
• Metanol 450 mL
• Água milli-Q q.s.p. 450 mL
• Filtrar com paper filtro 3MM
5.5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. Anne J , Maldo nado B, Van lmpe J, Van Mellaer t L, Bernaerts K. Recom binant protein
produccion and stre ptomycetes. J Biotechnol. 2012 Apr 30;1 58(4 ):159-67.
2 . Bhandari P. , Gowrishankar J. An Escherichia coli host strain useful fo r efficiem
overproduction of cloned gene products w ith N aCI as the inducer. J Bacteriol. 1997
Jul;l 79(13) :4403-6 .
3. Asse nberg R, Wa n PT, Geisse S, Mayr LM. Advances in recombinant protein expres-
sion for use in pharmace utical research. Curr Opin Struct Biol. 2013 Jun;23(3 ):393-402 .
4. Ca ntrell S. Vectors for the Expressio n of Recombinam Protei ns in E. coli. ln : Casali N,
Preston A, editors. E coli Plasmid Vectors : Methods and Applications.Totowa: Humana
Press; 2003. p. 257-75.
5. Casa li N . Escherichia coli H ost Strains. ln: Casali N , Pres ton A, edito rs. E coli Plas-
mid Veccors: M ethods and Applications.Tocowa: Huma na Press; 2003 . p. 27-4 8.
6. Chen R. Bacteria l expression systems for recom binam protein production: E. coli and
beyond. Biotechno l Ad v. 20 12 Sep-Oct ;30(5) :11 02-7.
7. Gopa l G, Kum ar A. Str ategies for t he Pro duction of R ecombinant Protein in
Escherichia coli. The Protein Jo urna l. 20 13 Aug. 1;32(6):41 9-25.
8. Hayes F. T he Function and Organizatio n of Plasmids. ln: Casali N, Preston A, editor s.
E coli Plas mid Veccors: Me thods and Applications.Totowa: Huma na Press; 2003 . p.
1-1 7.
9. Hu M CT, Davidson N . The inducible l ac operator-r epressor syscem is functio nal in
mamma lian cells. Cell. 1987;4 8(4 ):555-66.
1 O. Jana S, Deb J K. Sera tegies for efficient pro d uctio n of heter o logous proteins in
Escherichia coli. Applied Microbiology and Biotechno logy. 2005 M ay 01;67(3):289-98.
English.
11. Kurland C, Gallam J. Errors of heterologous protei n expression. Curr Opin Biotech-
nol. 1 996 Oct;7(5} :4 89-93 .
12 . Ling Li n F, Z i Rong X, Wei Fen L, Jiang Bing S, Ping L, Chu n Xia H. Protei n secre-
tion pathways in Bacillus subtilis: implicacion for op timizatio n of heterologous protein
secretio n. Biotechno l Ad v. 2007 Jan-Feb;25( 1}: l -12 .
13. Liu L, Yang H, Shin HD, Li J, Du G, Chen J. Recem ad vances in recombinam protein
expressio n by Corynebacterium, Brevibacterium, a nd Streptomyces : fro m t ranscription
and translation regulation to secretio n pathway selectio n. Appl Microbiol Biotechno l.
2013 Nov;97(22 }:9597-608 .
14. Lu tz R, Buj a rd H. lndependent a nd tight regulat io n of tra nscriptiona l uni ts in
Escherichia coli via the LacR/O, the TetR/O and AraC/11-12 regulatory elemem s. N ucleic
Acids Research. 1997 M ar 15;25(6):1 203-10.
216 Biotecnologia Aplicado à Saúde
15. Moffatt BA, D unn JJ, Studier FW. N ucleotide sequence of the gene for bacteriophage
T7 RNA po lymerase. Journa l of Molecul ar Biology. 1984 Feb 25;173(2) :265-9.
16. Morello E, Bermudez-Humara n LG, Llull D, Sole V, Miraglio N, Langella P, et a i.
Lactococcus lactis, a n efficient cell factory fo r recom bina nt protein productio n a nd
secretion. J Mol Microbiol Biotechno l. 2008;14( 1-3) :48-58.
1 7. Nouaille S, Ribeiro LA, Miyoshi A, Pontes D, Le Loir Y, Oliveira SC, et ai. H etero-
logo us protein production a nd deli very systems for Lactococcus lactis. Genet Mol Res .
2003;2(1) :1 02- 11.
18 . Ramos CR, Abreu PA, Nascime nto AL, H o PL. A high-copy T7 Escherichia coli
expression vector for the prod uction of recombi nant proteins wit h a mi nimal N-termi na l
His-tagged fusion peptide. Braz J Med Biol Res. 2004 Aug;3 7(8):1103-9.
19 . Retallack D M, Jin H , Chew L. Reliable protein production in a Pseudomonas
fluorescens expressio n system. Protei n Expr Purif. 20 12 Feb;8 1 (2):1 57-65.
20 . Schuster SM. Biotechn ology: Applying the genetic revolu tion by David P. Clark
a nd Na nette J. Pazderni k. Biochemistry and Molecular Bio logy Education . 2009 J ul
28;37(4):262-3.
21. Studier FW, Moffatt BA. Use of bacteriophage T7 RNA polymerase to d irect selec-
tive high-level expressio n of cl oned genes . Journa l of Molec ular Biology. 1986 May
5 ;1 89 (1):113-30.
22 . Sweet C. Express io n of Recombina nt Protei ns fr om lac Promoters. ln: Casa li N,
Preston A, editors. E coli Plasmid Vectors: Methods and Applications.Totowa: H umana
Press; 2003. p. 277-88 .
23. Westers L, Westers H , Q uax WJ . Bacillus subtilis as cell factory for p harmaceutical
proteins: a biotechno logical approach to optimize t he host organism. Biochim Biophys
Acta. 2004 Nov 11;1694 (1-3) :299-3 10.
2 4. Yin J, Li G, Ren X, H errl er G. Select w hat you need: a comparative eval uatio n of
the advantages and limitations of frequentl y used expression systems for foreign genes.
J Biotechno l. 2007 Ja n 10;127(3) :335-4 7.
n)>
-O
_,
--1
e
r--
0
PRODUCÃO
, ;
DE PROTEINAS
RECOMBINANTES
EM LEVEDURAS
E FUNGOS
FILAMENTOSOS:
FUNDAMENTOS
;
BASICOS E ROTINA
Nádia Skorupa Parachin
Frederico Mendonça Bahia Silva
Marisa Vieira de Queiroz
Maria Sueli Soares Felipe
6. 1 INTRODUÇÃO
MARCA DE MARCA DE
ORIGEM DE
VETOR SELEÇÃO EM SELEÇÃO EM PROMOTOR TERMINADOR REF.
REPLICAÇÃO
BACTÉRIA LEVEDURA
Família TRP, URA
Ampicilino 2 µm Gietz e Sugino11
Yeploc ou LEU*
CYCl, TEF,
Vetores HIS, TRP, LEU Cen6/ARSH4
Ampicilino ADH ou CYCl Mumberg et □1 4 1
Mumberg ou URA* ou 2 µm*
GPD *
Cen6
Família pW Ampicilino TRP ou URA* PGK ou TetO Von Mullem57
ou 2 µm*
* Dependendo da versão.
Soluções
YPD:
• Extrato de levedura 1%
• Peptona 2%
• Glicose 2%
• A glicose deve ser autoclavada separadamente
TE l0X:
• Tris-HCl 0,1 M
• EDTA 0,01 M, pH 7,5
LiOAc l0X:
• LiAc 1 M, pH ajustado com ácido acético para 7,5.
PEG 50%:
• 50 g de PEG em 100 mL de água milli-Q
Água gelada
Procedimento
Soluções
TE lOX:
• 100 mM Tris
• 10 mM EDTA, pH8
• Fazer 100 mL
• Autocl avar
Meio YPAD:
• Extrato de levedura 10 g/L
• Peptona 20 g/L
• Glicose 20 g/L
• Hemissulfato de adenina (pode ser adicionado antes de a utoclavar)
40 mg/L
Procedimento
Pré-inóculo
l
E.-
1\Icio YPD
!
Levedura
i
l\lensm-nção de
Biontas.~a 1...-J
P1·é-inóc11Jo ~~s pectrofotômetro
!
lnóculo
~
Pré-inóculo
~ j
!\leio YPD
! O,
l ,avar célul:1s 2X
centi1fugação
□- •~a~
lnóculo Ccnh·ífuea
l !
Solução de
Transfo1·map"ío:
Pf'.G/1,iOAc/ssl)N,V
T E/DNA
D
Solur,10 de T1·,msfon11ação
l !
Choque ténnico
42°C
Bm1ho-l\·1'u-ia
l
LaYar células IX
centrifugação
íl
Células
o~~.
Recombinantes Cl·ntrífui:a
Plaquemnento:
P.-ess,10 Seletiva
ca~,
Recombirnmtes :\ leio sclctirn
Figuro 6.1 Principais etapas a serem realizadas durante a transformação de 5. cerevisioe por choque térmico.
226 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Soluções
Meio YPD:
• Extrato de levedura 1%
• Peptona 2%
• Glicose 2%
• A glicose deve ser autoclavada separadamente
Água
Procedimento
volume final de 360 µL. Após a adição das soluções, usar o vortex para
ressuspender o precipitado celular.
16) Incubar o sistema de transformação a 42 ºC durante 20-60 minutos,
dependendo da cepa a ser transformada. Cepas sensíveis à temperatura
podem ser deixadas em temperatura ambiente durante a noite.
17) Após o período de incubação, centrifugar os tubos a 13.000 g durante 30
segundos. Remover o sobrenadante. Transformações utilizando plasmí-
deos com genes prototróficos seguir a opção A de seleção. Transfor-
mações que utilizam plasmídeos com genes de resistência a antibió-
tico usar a opção B de seleção.
Seleção A: Ressuspender as células em 1 mL de água autoclavada.
Seleção B: Ressuspender as células em 1 mL de meio YPD líquido.
Incubar durante 2-3 horas a 30 ºC para garantir a expressão do gene
que confere resistência ao antibiótico.
18) Plaquear as células em meio seletivo. É importante distribuir o volume
da transformação em várias placas uma vez que a densidade celular de
revestimento afeta negativamente a eficiência de transformação.
19) Incubar as placas a 30 º C durante 3-4 dias.
Soluções
Todas as soluções a ser em utilizadas devem ser autoclavadas.
Água gelada
Sorbitol 1M
lOX YNB:
• 3,4% yeast nitrogen base
Produção de Proteínas Recombinantes em leveduras e Fungos filamentosos: Fundamentos Básicos e Rotina 231
500X de biotina:
• Dissolver 20 mg de biotina em 100 mL de água destilada e esterilizar
por filtração. Guardar a 4 ºC.
Meio YPD:
• Extrato de levedura 1%
• Peptona 2%
• Glicose 2%
• Autoclavar a glicose separadamente
Procedimento
Meio BMGY:
• 5 g extrato de levedura
• 10 g peptona em 350 mL de água
• Após autoclavar essa solução, adicionar as seguintes soluções
estéreis:
• 50 mL tampão fostado de sódio 1 M pH 6,0
• 50 mL YNB l0X
• 1 mL de biotina 500X
• 50 mL de glicerol l0X
Meio BMMY:
• 5 g extrato de levedura
• 10 g peptona em 350 mL de água
• Após autoclavar essa solução, adicionar as seguintes soluções
estéreis:
• 50 mL tampão fostado de sódio lM pH 6,0
• 50 mL YNB l0X
• 1 mL Biotina 500X
• 50 mL metanol l0X
Metanol 0,5%
Procedimento
P1·é-inóculo
/
Meio YPD
1
l
.-
Levedura
Inóculo
~
Pré-inóculo Meio YPD
l
Lavm· células 3X
flu--l O
~ .
~-:.~
centrifugação
Inóculo Centrífuga
l l
Solução de
Transformação:
Sorbitol/DNA o
Solução de
Trnnsfonnação Elctropornção
"--'
Cubeta de
l l
Elctroporação:
r
1500V/400O/25µF "--'
Cuheta de
Eletrnporação Eletroporação
l
Plaquemnento:
Pressão Seletiva Li
Células
Recombinantes Meio seletivo
Figuro 6.2 Principais etapas a serem realizadas durante a transformação de P. pastoris por eletroporação.
Produção de Proteínas Recombinantes em leveduras e Fungos filamentosos: Fundamentos Básicos e Rotina 23S
Soluções
YPD:
• Extrato de levedura 1%
• Peptona 2%
• Glicose 2%
• A glicose deve ser autoclavada separadamente
Solução de ressuspensão:
• Sorbitol 1,2 M
• EDTA 25 mM
• Mercaptoethanol 0,2 M (pH 8,0)
Solução de lavagem:
• Sorbitol 1,2 M
Solução de propoplasto:
• Sorbitol 1,2 M
• EDTA l0mM
• Citrato de sódio pH 5,8 0,1 M
• Helicase 0,5 mg/mL.
Solução de recuperação:
* Adaptado.
Produção de Proteínas Recombinantes em leveduras e Fungos filamentosos: Fundamentos Básicos e Rotina 237
• Cloreto de cálcio 7 mM
• Sorbitol 1,2 M
• Extrato de levedura 0,5 mg/mL
• Peptone 1 mg/mL
• Glicose 2 mg/mL
Procedimento
MARCADOR EM H.
VETORES MARCADOR EM E. COLI NÚMERO DE CÓPIAS
POLYMORPHA
pHIPX4 Auxotrofio para Leucino Konomicino Baixo
pHIPM4 Auxotrofio poro Metionino Konomicino Baixo
pHIPA4 Auxotrofio para odenino Ampicilino Alto
pHIPZ4 Dominonte-Zeocino Ampicilino Alto
pHIPH4 Dominante· Higromicino Ampicilino Alto
pHIPK4 Dominante G4 l 8 Ampicilino Alto
* Adaptado
Soluções
YPD:
• Extrato de levedura 1%
• Peptona 2%
• Glicose 2%. A glicose deve ser autoclavada separadamente.
Tampão de ressuspensão:
• Tampão fosfato de potássio 50mM pH 7,5
• Dithiotritol (DTT) 25 mM
Tampão de eletroporação:
• Sacarose 250 mM
• Tris-HCl lOmM pH7,5
• MgC1 2 lmM
* Adaptado.
240 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Procedimentos
Tabelo 6.7 Etapas essenciais para a obtenção de um fungo hiperprodutor de proteínas de interesse biotecnológico
6.4. 1 Vetores
6.4.2 Promotores
por diferentes tipos de sacarídeos, e este tem sido utilizado com frequência
para a expressão de genes no próprio T. reesei, como também em outras
espécies de fungos 37, 43. No entanto, a utilização do promotor do gene cbhl
para a expressão de proteínas heterólogas tem como obstáculo o fato de que
este promotor é controlado por repressão catabólica por meio da proteína
repressora CreA55 • Por isso, para melhorar a expressão de genes de celulases
em T. reesei, os sítios de ligação de CreA, localizados no promotor do gene
cbh 1, foram substituídos por sítios de ligação do ativador transcricional
ACEII e do complexo HAP2/3/5 63 . Com o objetivo de melhorar também
a expressão de genes bacterianos em T. reesei, foi testada a adição de um
ligante flexível de poliglicina e um ligante rígido a-hélice em uma construção
envolvendo os genes cghl de T. reesei e el (endoglucanase) de Acidothermus
cellulolyticus. Essa fusão entre o gene bacteriano e o do fungo teve como
objetivo a estabilização da proteína para que ela fosse transportada sem a
ocorrência de degradação. A modificação realizada no promotor do gene
cbhl resultou em aumento significativo da expressão do gene, tanto em
meio indutor quanto em meio repressor. A introdução de um ligante rígido
promoveu o aumento da termoestabilidade da proteína de fusão, mostrando
que a expressão heteróloga em T. reesei pode ser drasticamente melhorada
por meio de manipulação genética 63 .
Uma estratégia utilizada com sucesso para o isolamento de promotores
constitutivos para a expressão de genes heterólogos em T. reesei envolveu a
análise de treze genes que codificam proteínas que participam do metabo-
lismo da glicose. Esses genes foram analisados quanto aos níveis de mRNA
em meio contendo alta concentração de glicose. Os resultados mostraram
que os promotores dos genes pdc (piruvato descarboxilase) e eno (enolase)
foram os mais eficientes, sendo, portanto, indicados para a expressão de
proteínas heterólogas em T. reesei33 •
Linh.al:Jem M7
!u nhagem NG 14 !
MutagÊ!nese com II..IZ u traYiolel.a e triagem pare
lính.agem RLJTC30
Hipercalulolítka
Apresenta dearepres~o cateból.ice
{Monlenecour1 & Evelei,gh, 1977.a.b. 1979)
figuro 6.3 Melhoramento de Trichoderma reesei para a obtenção de uma linhagem superprodutoras de celulases46.
uridina, podem ser facilmente isolados por meio de seleção positiva em meio
de cultura contendo ácido-5-fluorótico (5-FOA)4. A utilização do gene pyrG
como marcador mostrou-se eficiente em diferentes fungos, como T. reesei25 ,
Aspergillus niger2 e Penicillium chrisogenum5. O uso de um gene dominante,
como o hph (higromicina fosofotransferase) de Escherichia coli, é uma
alternativa ao isolamento de um mutante. A higromicina inibe a síntese pro-
teica na maioria dos fungos e o gene hph pode ser facilmente manipulado,
passando a ser controlado por sequências reguladoras do próprio fungo e,
assim, ser utilizado para a seleção das colônias transformadas . O gene hph
foi empregado com êxito na transformação de fungos filamentosos, que são
importantes secretores de proteínas heterólogas, como T. reesei 36 e A . niger48 •
inativa pode ser conseguida por troca gênica transformando-se o fungo com
uma cópia inativada do gene de interesse, como um gene interrompido pelo
gene marcado de seleção, e posterior triagem das colônias transformadas em
meio seletivo (Figura 6.4 ).
G•ne que codifica
c:::::::J uma protease
-
Ex: gene hph qu• conter•
reslst~ncla ao antiblódco
hlgromlclna
x-
Cromosso da linhagem hos.pedeira
Cassete de inativação
1 1
Recomb;n,ção homóloga
1 L► Gene funcional
e Gene inativado
REFERÊNCIAS
1. Archer DB, MacKenzie DA, Ridout MJ. Heteralogous pratein secretion by Aspergillus
niger grawing in submerged culture as dispersed or aggregated mycelia. Appl Micrabiol
Biotechnol. 1995;44(1 -2) :157-60.
2. Ba llance DJ, Turner G . Development of a high-frequency transforming vector for
Aspergillus nidulans. Gene. 1985;36(3) :321-31.
3. Bobraw icz P, Davidson RC, Li HJ, Potgieter T l, Nett JH, Hami lton SR, Stadheim TA,
et ai. Engineering of a n artificial glycosylatio n pathway blocked in core oligosaccharide
assembly in the yeast Pichia pastoris: praduction of complex humanized glycopratei ns
with terminal galactose. Glyco biology. 2004;14(9):757-66.
4. Boeke JD, LaCraute F, Fink GR 1984. A positive selection for mutants lacking orati-
dine-5'-phosphate decarboxylase act ivit y in yeast: 5-fluora-oratic ac id res istance. Mol
Gen Genet. 1 984 ;197(2):345-6.
5. Cantora! JM, Barredo JL, Alvarez E, Diez B, Martin JF. N ucleotide sequence of the
Penicillium chrysoge num pyrG (orotidine-5 '-phosphate decarboxylase) gene. Nucleic
Acids Research. 1988;16(16 ):8177.
6. Cereghino GP, Cereghino JL, llgen C, Cregg JM. Praduction of recomb inant pra-
teins in fermenter c ultures of th e yeast Pich ia pastori s. Curr Opin Biotechno l.
2002;1 3(4 ):329-32 .
7. Cereghino JL, Cregg JM. Heterologous pratein expression in the m eth ylotraphic yeast
Pichia pastoris. FEMS Micrabiol Rev. 2000;24(1):45-66.
8. Chen X, Stone M, Schlagnhaufer C, Romaine CP. A fruiting body tissue method for
efficient Agrabacterium-mediated transformation of Agaricus bisporus. Appl Environ
Micrabiol. 2000;66(10):4510-3 .
9. Combier JP, Melayah D, Raffier C, Gay G, Marmeisse R. Agrobacteri um tumefaciens-
mediated transformation as a too! for insertional mutage nesis in the symbiotic ectomycor-
rhizal fungus Hebeloma cylindrasporum. FEMS Micrabiol Lett. 2003;220(1):141-8.
10. Cos O, Ramon R, Montesi nos JL, Valera F. Operacional strategies, monitoring and
contrai of heterologous protein production in the methylotraphic yeast Pichia pastoris
under different pramoter s: a review. Micrab Cell Face. 2006;5 :17.
11. Cregg JM, Vedvick TS, Raschke WC. 1993. Recent advances in the expression of
fore ign genes in Pichia pastoris. Biotechnology. 1 993;11(8):905-10.
12. Das S, H ollenberg CP. A High-Frequency Transformation System for the Yeast Kluy-
veram yces-Lactis. Current Genetics. 1982;6(2) :123-8 .
13. De Graot M.J. , Bundock P., H ooykaas P.J., Beijersbergen A.G. 1 998 . Agrabacte-
rium tumefaciens-mediated transformation of filamentous fungi. Nature Biotechnology.
1998;16 (9) :839-42.
2S0 Biotecnologia Aplicado à Saúde
14. Dunn-Coleman NS, Bloebaum P, Berka RM, Bodie E, Robinson N ., Armstrong G.,
Ward M., Przetak M, Carter GL, LaCost R, et ai. 1991. Commercial leveis of chymosin
production by Aspergillus. Biotechnology (N Y), 9(10), 976-81.
15. Esterbauer, H., Steiner, W., Labudova, 1., Hermanna, A., H ayna, A. 1991. Pro duction
of Trichoderma cellulase in laboratory and pilot scale. Bioresource Technology, 36(1),
51 -65.
16. Faber KN, Ha ima P, Harder W, Veenhuis M , Ab G. Highly-efficient electrotransfor-
matio n of the yeas t Hansenula polymorpha. Curr Genet. 1 994;25(4):305-10.
17. Fierro F, Kosalkova K, Gutierrez S, Martin, JF. Autonomously replicating plasmids
carrying the AMAl region in Penicillium chrysogenum. Curr Genet. 1996;29(5) :482-9.
18. Gellissen G, Kunze G, Gaillardin C, Cregg, JM, Berardi E, Veenhuis M , van der Klei
I. New yeast expression platforms based on methylotrophic H a nsenula polymorp ha and
Pichia pastoris a nd on dimorphic Arxula adeninivorans and Yarrowia lipolytica - a com -
pariso n. FEMS Yeast Res. 2005;5 (11 ):1 079-96 .
1 9. Gerngross TU. Ad vances in the prod uction of huma n therapeutic proteins in yeasts
and filamentous fungi. Nature Biotechnology. 2004;22(11):1 409-14.
20. Gietz RD, Schies tl RH. Frozen competem yeast cells that can be transformed with
high efficiency using the LiAc/SS carrier DN N PEG method. Nat Protoc. 2007;2( 1): l -4.
21. Gietz RD, Schiestl RH. La rge-scale high-efficiency yeast tra nsformation using the
LiAc/SS carrier DNA/PEG method. Nat Protoc. 2007;2 (1):38-41.
22. G ietz RD, Sugino A. New yeas t-Escherichi a coli shu ttl e vec tors constructed
w ith in vitro mutage nized yeast ge nes lacki ng s ix- base pair r estriction sites. Ge ne.
1988; 74(2):52 7-34.
23. Goffea u, A., Barrell, B.G., Bussey, H., Davis, R.W., Dujon, B., Feldma nn, H. , Gali-
bert, F., Hoheisel, J.D., Jacq, C., Jo hnston, M., Louis, E.J., Mewes, H. W., Murakami, Y.,
Philippsen, P., Tettelin, H., O live r, S.G. 1996. Life w ith 6000 genes. Science, 274 (5287),
546-&.
24. Gr iffiths AJ. Natural pla smid s of fil ame ntou s fungi . Microbiol Rev.
1995 ;59( 4 ):673-85.
25. G ruber F, Visser J, Kubicek CP, de Graaff LH. The de velopment of a heterologous
transform ation system for the cellulolyt ic fungus Trichoderma reesei based on a p yrG-
negative mutant strain. Curr Genet. 1 990;18( 1):71-6.
26. Guldener U, Heck S, Fielder T, Beinhaue r J, Hegema nn JH . A new efficient gene
disruption cassette for repea ted use in budding yeast. Nucleic Acid s Research.
1996;24( 13) :2519-24.
27. H arkki A, M antyla A, Penttila M, Muttilainen S, Buhler R, Suominen P, Knowles J,
Nevalainen H. Genetic engineering of Trichoderma to produce strains with novel cellu-
lase profiles. Enzyme Microb Tec hnol. 1991;13(3):227-33.
Produção de Proteínas Recombinantes em leveduras e Fungos filamentosos: Fundamentos Básicos e Rotina 2S1
28 . H azell BW, Te'o VS, Bra dner JR, Bergquist PL, Nevala inen KM. Rapid tra nsforma-
tion of high cellulase-producing mu tant stra ins ofTr ichoderma reesei by microprojectile
bombardment. Lett Appl Microbio l. 2000;30(4 }:2 82-6.
29. Jin FJ, Watanabe T, Juvvadi PR, M aru yam a J, Arioka M , Kitamoto K. Do uble dis-
rupt ion of the proteinase genes, tppA a nd pepE, increases the productio n levei of h um an
lysozyme by As pergillus o ryzae. Appl Microbio l Biotechno l. 2007;76(5) :1 059-68 .
30 . Kiiskine n LL, Kruus K, Bailey M , Ylosma ki E, Siika-Aho M, Salo heimo M. Expres-
sion of M ela nocarpus albo myces laccase in Trichoderma reesei and characterization of
the purified enzyme. M icrobio logy. 2004; 150(Pt 9) :3065-74.
31. Kim ura S, M aru yama J, Kik um a T, Ario ka M , Kitamot o K. Autophagy delivers mis-
folded secretory proteins accumulated in endoplasmic reticulum to vacuoles in the fila-
mentous fu ngus Aspergillus oryzae. Biochem Biophys Res Commun. 2011;406(3) :464-70.
32. Le Crom S, Schackwitz W, Pennacchio L, M agnuson JK, Culley DE, Collett JR, et ai.
Tracking the roo ts of cellulase hyper production by the fungus Trichoderma reesei using
massively pa rallel DNA sequencing. Proc Natl Acad Sei USA. 2009;106(38) :1 615 1-6.
33 . Li J, Wang J, Wa ng S, Xing M, Yu S, Liu G . Achieving efficient prote in expres-
sio n in Tricho derma reesei by using strong constitutive promoter s. M icrob Cell Face.
20 12;11:84.
34. Lin Cereghino GP, Lin Cereghino J, Sunga AJ , Jo hnso n M A, Lim M , Gleeso n M A,
Cregg JM. New selectable marker/a uxotrop hic host stra in com binati o ns fo r molecular
genetic manipulation of Pichia p astoris . Gene. 2 001;263(1-2):159-69.
35 . Lubertozzi D, Keasling JD. Developing Aspergillus as a host for heterologous expres-
sion. Biotechnol Ad v. 2009;27( 1):53-75.
36 . M ac h RL, Schindler M , Kubi cek CP. Tr a nsform ation of Tric hod erma reesei
based on hygromycin B r esista nce using homologo us expression signa ls. Curr Genet.
1994;25 (6) :567-70 .
37. Margolles-Clark E, Harman GE, Penttila M . Enha nced Express ion of Endochitinase
in Trichoderm a harzia num with the cbhl Promoter of Trichoderma reesei. Appl En viron
Microbiol. 1996;62(6):2 152-5.
38 . M artinez JL, Liu L, Petranovic D, N ielsen J. Pharmaceut ical protein production by
yeast: towards prod uction of huma n blood prote ins by microbial fermentation. Curr
O pin Bio techno l. 2012;23( 6):965-71.
39. M iyauchi S, Te'o VS J r, Bergquist PL, Nevalainen KM . Ex pressio n of a bacterial x yla-
nase in Trichoderma reesei under the egl2 a nd cbh2 glycosyl hydro lase gene promoters.
N Biotechno l. 2013;30(5) :523-30.
40. M ullins ED, Chen X, Romai ne P, Ra ina R, Geiser DM, Ka ng S. Agrobacterium-
M ediated Transformatio n of Fusari um oxysporum: An Efficient Too! for lnsertio na l
M utagenesis a nd Gene Transfer. Phytopatho logy. 2001;91(2):1 73-80 .
252 Biotecnologia Aplicado à Saúde
41. Mumberg D, Müller R, Funk M. Yeast vectors for the controlled expression of hete-
rologous proteins in different genetic backgrounds. Gene. 1995;156(1 ):11 9-22 .
42. Murray P, Aro N, Collins C, Grassick A, Penttila M, Saloheimo M, Tuohy M. Expres-
sio n in Trichoderma reesei a nd characterisation of a t hermostable family 3 beta-gluco-
sidase from the moderately thermophilic fungus Talaromyces emersonii. Protein Expr
Purif. 2004;38(2 ):248-57.
43. N yyssonen E, Kera nen S. Multiple roles of the cellulase CBHI in enhancing produc-
tion of fu sion antibodies by the filamentou s fungus Trichoderma reesei. Curr Genet.
1995 ;28( 1): 71-9.
44. Ozeki K, Kyoya F, Hizum e K, Kanda A, H am ac hi M, Nunokawa Y. Transfor-
m a tion of intact Aspergillus niger by electroporation. Biosci Biotechnol Biochem.
1994;58( 12) :2224-7.
45 . Penttila M , Nevalainen H , Ratto M , Sa lminen E, Knowles J. A versatile trans-
formation system for the cellulolytic filamento us fungus Trichoderma r eesei. Ge ne.
1 987;61 (2):155-64.
46 . Peterson R, Nevalainen H. Trichoderma reesei RUT-C30 - thirt y yea rs of strain
improvement. M icrobio logy. 2012;158 (Pt 1):58-68 .
4 7 . Prielhofer R, Maurer M , Klein J, Wenger J, Kiziak C, Gasser B, Mattanovich D.
lnduction w ithout methanol: novel regulated promoters enable high-level expression in
Pichia pastoris. Microbial Cell Factories. 2013;12:5.
4 8. Pune PJ, O liver RP, Dingem anse MA, Po uwels PH, van den Hondel CA. Transforma-
tion of Aspergillus based on the hygromycin B resistance marker from Escherichia coli.
Gene, 1987;56(1):11 7-24.
49. Ramezani-Rad M, Hollenberg CP, La u ber J, Wedler H , Griess E, Wagner C, Alber-
mann K, H ani J, Piontek M , Da hlem s U, Gellissen G . The Ha nsenula polymorpha (stra in
CBS4732) genome sequencing an d ana lys is. FEMS Yeast Res. 2003;4(2):207-15 .
50. Ruiz-Diez B. Strategies for the transformation of filamentous fungi. J Appl Micro-
biol, 2002;92(2 ):189-95.
51. Saraya R , Krikken AM, Kiel JA, Baerends RJ, Veenhuis M , van der Klei IJ . No vel
genetic tools for Hansenula polymorpha. FEMS Yeast Res. 2012;12(3):2 71-8.
52. Seidl V, Gama uf C, Druzhinina IS, Seiboth B, H artl L, Kubicek CP. The H ypocrea
jecorina (Trichoderma reesei) hypercellulo lytic mutant RUT C30 lacks a 85 kb (29 gene
-encoding) region of the wild-type genome. BMC Genomics. 2008;9 :327.
53. Seidl V, Seibel C, Kubicek CP, Schmo ll M. Sexual development in the industrial wor-
khorse Trichoderma reesei. Proc Natl Acad Sei USA. 2009;106(33):13909-14.
54. Sherman DJ, M artin T, Nikolski M , Cayla C, Souciet JL, Durrens P, Genolevures
C. Genolevures: protein fa milies and synteny amo ng complete hemiascomyceto us yeast
proteomes and genomes. Nucleic Acids Res . 2009;37(Database issue) :D550-4.
Produção de Proteínas Recombinantes em leveduras e Fungos filamentosos: Fundamentos Básicos e Rotina 2S3
;
0
BACULOVIRUS
PARA EXPRESSÃO ;
DE PROTEINAS
RECOMBINANTES ;
EM CELULAS
DE INSETOS
Bergmann Morais Ribeiro
Fabrício da Silva Morgado
Daniel Mendes Pereira Ardisson-Araújo
Leonardo Assis da Silva, Fábio da Silva Pereira Cruz
Lorena Carval ho de Souza Chaves
Mariana Senna Ouirino
Miguel de Souza Andrade
Roberto Franco Teixeira Corrêa
7.1 INTRODUÇÃO
--PI'
..,..,.
, ""h-a ;-a-cut,
""'o
""\'i""
tru
- s- G
" 'ru
_ _,,,
11 BntNN-TJ
2
Belabaculovirus 1 CIMNPV
Gammabacu/ovirus 11 1 ChxNl'II
cmt,jt"(
A
li~
Opl,f<l'II
H,a,WV
Deflabacu/ovirus • J\'
1~ - - -L. . . =:::;:-u
..... Cfl)[l"MNPV
··-
···· EppoNl'II
~ - - - --··········· '
·-
~
c.t.1 B
r - - - - L _. .... .!_..,
······ Xd3V
0.2
-
HaGV
IS•mGV
SpliGV
,---{====~~-
, ~ - - - - - --
1 ~ - - - - - - PlraG\1-tJ
· Pl><yGV
~------ -
Ch><CV
L - - - - - - - 1-- ~civ
~ - - - - - - AáJlbV
~ - - - - - - - -·· toao<,V
Cuni~ 1 E
Figuro 7.1 Filogenia da família Baculoviridae baseado no trabalho de Jehle et al.8 Árvore de Neighbour·Joining foi obtida a partir do
alinhamento de proteínas codificadas pelos 37 genes compartilhados por todos os baculovírus completamente sequenciados8•11. Com
base nessa árvore, os baculovírus são agrupados em quatro diferentes gêneros: Alphabaculovirus (NPV que infectam Lepidoptera - Ae
8), Betabaculovirus (GVs que infectam lepidoptera - O, Gammabaculovirus (NPVs que infectam Hymenoptera - D) e Deltabaculovirus
(NPV que infecta Diptera - E). Alphabaculovirus são subdivididos em grupo 1 (A) e grupo li (8). Acima à esquerda, está retratada a
relação filogenético entre todas as espécies de baculovírus completamente sequenciados, com os gêneros identificados por cores e por
legenda. Espécies·tipo que estabilizam os quatro táxons estão destacadas com asterisco na árvore maior. Todos os ramos apresentam
valor de bootstrop superior a 70% (dado não mostrado). Os nomes das espécies de baculovírus utilizados para a confecção desta figura
e os números de acesso dos seus genomas estão descritos na Tabela 7. l .
2S8 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Tabela 7.1 Espécies de baculovírus cujos genomas foram utilizados para confecção da árvore filogenético mostrada na Figura 7. l . A
tabela também mostra onúmero de acesso do genoma virai no Genbank (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/genbank/)
Figura 7.2 Micrografia de luz de células de inseto em cultura. As fotos mostram células derivadas de Trichoplusio ni (BTI-Tn-581-4)
(foto à esquerda) e Sodoptera frugiperda (1 PLB-SF2l -AE) (foto à direita) não infectadas.
Figuro 7.3 Fenótipos virais produzidos durante a infeção de células de inseto por baculovírus. A) Detalhe de parte do citoplasma de
uma célula de inseto motrando o brotamento da forma BV do baculovírus AgMNPV (setas) . B) Formação de um corpo de oclusão no
nú ceio de uma célula de inseto infectada pelo AgMNPV. Obervar várias partículas de OOV sendo ocluídas no corpo de oclusão (setas).
Figura 7.4 Micrografia de luz de células de Trichoplusia ni (BTl·Tn-581-4) infectadas pelo AcMNPV (72 h.p.i.). Observar a grande
quantidade de corpos de oclusão dentro e fora das células infectadas.
Poliedro
______N _ ~
- - --
~ A 9S
Citoplas~ •
•
Figuro 7.5 Ciclo de infecção de um baculovírus em uma célula de inseto. Aforma BV dos baculovírus entro na célula por endocitose, e
amembrana virai se funde com a membrana do endossamo devido à diminuição do pH. Apartícula virai é, então, endereçada ao núcleo,
onde o ácido nucleico é liberado e reconhecido pela maquinaria de transcrição celular. Afase precoce de expressão ("early") começa
com a transcrição de genes reconhecidos pela RNA polimerase celular (1) evai até seis horas pós-infecção (p.i.). Apartir de seis até 18
h.p.i., ocorre afase tardia (2), com a replicação do ONA virai emontagem de novas partículas virais que saem da célula por brotamento,
formando novos BV. Afase muito tardia ocorre a partir de 18 h.p.i., com a produção de partículas OOV que são ocluídas em uma matriz
protéica no núcleo da célula, formando os poliedros (3).
264 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Figuro 7.6 Micrografia eletrônica de uma preparação purificada de corpos de oclusão (poliedro) de um baculovírus isolados de larvas
de Bombyx mori. Aseta indica um corpo de oclusão parcialmente formado.
Virus recombinante
attB attB
'--, '--,
Figuro 7.7 Esquema representativo do sistema BaculoOirect™ (lnvitrogen). Ogene de interesse é inserido no vetor de entrada do sis-
tema Gateway™ (lnvitrogen) para gerar oclone de entrada que, juntamente com o ONA linear BaculoOirect™, é submetido à reação de
LR clonase TM. Através de recombinação sítio-específica, esta reação gera o vírus recombinante com o gene de interesse, que é utilizado
para transfectar diretamente células de inseto. Afigura foi adaptada do manual do fabricante·.
Tabela 7.2 Espécies de baculovírus modificados geneticamente para construção de bacmídeos em E. coli. Todos os vírus, com exceção
de Cydia pomonella granulovirus (Betoboculovirus), pertencem ao gênero Alphabaculovirus. Apenas vetores basedos no AcMNPV estão
disponíveis comercialmente
Í
~§§ri
I
WL____a-.iA
1
mlll------1T=1
Promoto, da poliedrina
~ li 1 11.- '~ 8
Transformação
Mini-AttTn7
Bacmideo
,,
l
Transposição e seleção
com antibiótico
Célula competent<> DH1 DBac
Promotor da poliedrina
#MI
1
el9:-
8 Preparação de DNA de
alta massa molecular
[~ _
Bocmíde o~ J
Figuro 7.8 Esquema de representativo do sistema Bac-to-Bac ™. Ogene de interesse é primeiramente clonado no vetor doador que
contém o promotor do gene da poliedrina e um elemento mini-Tn7. Oplasmídeo recombinante é então transformado em DHl DBac, que
possui um bacmídeo com um sítio-olvo mini-ottTn7 e um plasmídeo ajudante ("helper'' ). Oelemento mini-Tn7 no plasmídeo doador
recombinante facilita a transposição do gene de interesse para osítio-alvo no bacmídeo, que é realizada por proteínas de transposição
codificadas pelo plasmídeo "helper", resultando na inserção do gene de interesse no bacmídeo. ODNA do bacmídeo recombinante é
extraído e utilizado para transfectar células de inseto. Afigura foi adaptada do manual do fabricante·.
Vetor de transferencia
Promotor de
polied, na
X ><
DNA virai BacPAK6 linear
1 Recombinação
Prom:>1or d~
poliedmo
Baculovírus recombinante
Figura 7.9 Esquema representativo do sistema BacPAK. Transferência do gene alvo para o vetor de expressão baculoviral através de
recombinação, dentro de células de inseto transfectadas, entre o vetor de tronsferêncio e o DNA virai BacPAK6, previamente linearizado
com uma enzima de restrição. Afigura foi adaptada do manual do fabricante·.
• 1
DNA BacMagicTl• _3
F
X X
.. ...
Vetor de transferência
• 1
Baculovírus recombinante
Figuro 7. l O Esquema representativo do sistema ONA BacMagic ™. Acotransfecção do ONA BacMagic™-3 juntamente com o vetor de
transferência contendo o gene de interesse dá origem ao baculovírus recombinante através de recombinação homóloga em células de
inseto. Afigura foi adaptada do manual do fabricante, disponível em: <http://www.emdmillipore.com/life-science-research/bacmagi-
c-systems/c_layb.s l On90AAAEjPH Ryls38.>
276 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Tabela 7.3 Vacinas candidatas para uso humano em desenvolvimento clínico (adaptado de Cox 121)
ANTÍGENO ESTÁGIO DE
DOENÇA EMPRESA REFERÊNCIA
PROTETOR DESENVOLVIMENTO
Aprovada para uso
Influenza HA Protein Sciences Cox etal. 121
em humanos
Diabetes GAD Diamyd Fase Ili Agardhet al. 126
Hepatite E ORF 2 GSK Fase li Shrestha et ai. 127
Influenza NA Protein Sciences Fase li Li e Blissard11 8, Shrestha et al. 127
Influenza HA/NA/Ml Novavax Fase li Lopez-Macias118
Norwalk Capsídeo Norwalk (VLP) Ligocyte Fase 1 Jiang et al. 119
Tabelo 7.4 Alvos de antígenos para vacinas virais recomendadas (adaptado de Cox115)
Vírus da caxumba
CAXUMBA Proteína He N Proteína H Griffin e Pan 133
(Poramyxoviridoe)
il D
,,___
~
g
STIRRED AIRLIFT PERFUSÃO WAVE
Sf9 S19 Tn5b Sf9
4 LCelliGen 14 L 1.7 L 10 L em saco de 20 L
Configurac;ão
bioreactor SF-900 + ExCell 401 SF-90011 +
Inicial
TNMFH + 10% FBS + 0.1% Pluronic F-68 0.1% Pluronic F-68
0.3% Pluronic F-68
0,35 mg/ml de 0,33 mg/ml de 0,3 mg/ml de proteína 0,045 mg/ml de ICAM-cK
Produtividade glicoprot eína VP6 P-galactosldase ~-trace humana
de rotavírus bovino
Figura 7.11 Comparação de diversos sistemas de biorreatores utilizados no processo de expressão de proteínas pelo sistema BEV.
lnfográfico mostrando: a configuração inicial, que descreve a linhagem celular utilizada, o volume do biorreator utilizado e o meio de
cultura, suplementos e aditivos. Asemeadura de células descreve a quantidade de células adicionada inicialmente no tanque do biorrea·
tor, parâmetros específicos ao sistema utilizado como a velocidade de rotação da hélice em biorreatores stirred tank (em rotações por
minuto - rpm) ou o volume médio de injeção de ar no sistema airlift (WM) e onível de oxigênio programado no controle de entrado de
ar. Ainfecção e coleta de células descreve a multiplicidade de infecção (MOI) e a densidade celular na hora da infecção, além de quantos
dias de infecção (dias após infecção - d.p.i.) se passam até a hora da coleta das células e purificação da proteína recombinante. Por
fim, a produtividade descreve a concentração de proteína obtida utilizando os parâmetros citadosw,iss,159•144 _
ser mantidas em potes de plástico descartável que não precisam ser estéreis,
assim como não é necessária a esterilização do ambiente de trabalho.
A escolha da espécie das larvas a serem utilizadas como biorreatores deve
levar em conta a suscetibilidade desta à infecção do vírus vetor, e devem pos-
suir tamanho e massa suficientes para garantir uma alta produção de proteí-
nas. As larvas de Trichoplusia ni são suscetíveis à infecção pelo baculovírus
AcMNPV, utilizado no sistema Bac-to-Bac (Invitrogen), e diversas proteínas
já foram produzidas nestas larvas pelo BEV baseado em AcMNPV. Essas
larvas são mantidas em dietas baseadas em milho, em temperatura ambiente,
e se desenvolvem de ovos a pupa em aproximadamente treze dias·. Após
eclosão dos ovos, as larvas atravessam cinco ínstares em um período de nove
dias, então se transformam em pupa, estágio em que ocorre a metamorfose
e que dura quatro dias, surgindo então o indivíduo adulto 141 (Figura 7.12 ).
Outra espécie muito utilizada são as larvas do bicho-da-seda, Bombyx mori,
que são suscetíveis ao baculovírus BmNPV92 • As larvas de Bombyx mori são
facilmente adquiridas junto a produtores de seda pelo mundo todo. Além
disso, são larvas de grande porte em comparação aos demais lepidópteros.
Muitos dos grupos de trabalho que propõem as larvas de B. mori como
biorreatores estão na Ásia, especialmente na China e Japão, o que torna
este "biorreator vivo" um dos mais estudados e utilizados na expressão de
proteínas de interesse 160 , 161 •
Quanto à infecção e produção de proteínas heterólogas, existem três for-
mas básicas de infectar as larvas. A primeira e mais comum envolve injetar
inóculo virai (BV) produzido em células de inseto diretamente na hemolinfa
das larvas. No caso de larvas de T. Ni ou S. frugiperda, no quinto ínstar são
injetados 1.000 pfu por larva.
O segundo método envolve a infecção das larvas por via oral, caso em
que se utiliza um vírus recombinante contendo o gene da poliedrina e o
gene de interesse. A partir da infecção de células de inseto, obtêm-se os cor-
pos de oclusão que serão colocados na dieta ou injetados diretamente por
micro a plica dor via oral1 41 •
2 3 4 5
Figuro 7.12 Representação dos diferentes estádios de desenvolvimento do inseto Trichoplusia ni (Lepidoptera, Noctuidae). Todo ociclo
de vida tem a duração aproximada de 25 dias, conforme a temperatura de incubação.
Vetor de transferência
p21001E1FLUC
X X
vAgGAL
l Recombinação
Baculovírus recombinante
Figura 7.13 Esquema da recombinação homóloga entre o plasmídeo de transferência P2l001El FLUC e ovírus recombinante vAgGAL. O
vetor de transferência contém ogene repórter da luciferase de vagalume (fluc), sendo controlado pelo promotor do gene immediate early
l (prlEl ). Ovetor também possui o gene completo da poliedrina (Polh) e seu promotor. Ovírus vAgGALpossui ogene da p-galactosidase
(lacZ) que substituiu e inativou o gene polh, assim gerando um vírus incapaz de formar corpos de oclusão. Esta recombinação homóloga
resulta em um vírus recombinante que forma corpos de oclusão e produz a proteína luminescente luciferase.
3) Isolar o DNA virai do vírus parental, a partir de BV ou ODV (14), que tam-
bém deve estar estéril. Neste caso, utilizamos o vírus de fenótipo oclusão
negativo vAgGAL (87) que é um vírus derivado do AgMNPV cujo gene da
poliedrina foi substituído pelo gene lacZ (beta-galactosidase de E. coli).
como é um vírus oclusão negativo, o DNA virai é obtido a partir de BV.
Baculovírus para Expressão de Proteínas Recombinantes em Células de Insetos 291
Figura 7.14 Oiogroma que descreve o processo de purificação de vírus recombinante produzido por recombinação homóloga. Oinóculo
da cotransfecção é diluído de forma seriada e distribuído em placas de 96 poços que serão observadas por microscopia de luz buscando
o fenótipo oclusão positivo (cabeça de seta marcando a célula na primeiro microgrofia). Opoço é então analisado pela presença de
luminescência. Se positivo em ambos os casos, o inóculo desse poço é diluído e uma nova placa é preparada. Após 3 ou 4 placas de
diluição, o vírus recombinante torna-se o predominante no inóculo virai. Ao fim, o inóculo purificado será amplificado, infectando uma
maior quantidade de células.
7.8 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1. Gro ner A. Specificit y and safety of baculoviruses. ln: Granados RR, Federici BA,
editors. The biology of bac uloviruses. Boca Raton: Boca Raton Press; 1986. p. 177-202.
2. Ri beiro BM, Souza ML, Kitajima EW. Taxonomia, caracterização molecular e bioquí-
mica de vírus de insetos. ln: Alves SB, editor. Controle microbiano de insetos. Piracicaba:
Fealq; 1998 . p. 481-507.
3. Moscardi F. Assessment of the application of baculo vi ruses for control of Lepidoptera .
Annu Rev Entorno!. 1999;44:257-89.
4. Rohrmann GF. Baculovirus Molecular Biology. Second Edicion [Internet]. Bechesda:
Nacional Center for Biocechnology lnformation . Available from: http://www.ncbi.nlm.
nih. gov/books/N BK49500/2011.
5. Van Lenteren J. IOBC Internet Book of Biological Control. 2012.
6. Souza MLS, Castro MEB, Sihler W, Ribeiro ZMA, Moscardi F. Caracterização de
baculovírus utilizados no controle de pragas. Biotecnologia: Ciência e Desenvolvimento.
2002;24:3.
7. McCown J, Cochran M, Putnak R, Feighny R, Burrous J, H enchal E, ec ai. lncroduc-
cion to the baculoviruses. ln: Miller LK, editor. The baculoviruses. New York: Plenum
Press; 1997.
8. Jehle J A, Blissard GW, Bonning BC, Cory JS, Herniou EA, Rohrma nn GF, ec a i. O n
che classificacion a nd nomenclacure of baculoviruses: a proposal for revision. Arch Viro!.
2006;151 (7) :1257-66 .
9. Theilmann DA, Blissard GW, Bonning B, Jehle JA, O'reilly DR, Ro hrmann GR, ec a i.
Baculoviridae. ln: Fauquec CM, M ayo MA, Maniloff J, Dessel berger U, Bali LA, edicors.
Vírus Taxonomy - Eighth Report of che lncernationa l Committee on Taxonomy of Viru-
ses. New York: Springer; 2005 .
10. Zanotto PM, Kessing BD, Maruniak JE. Phylogenecic interrelationships among bacu-
loviruses: evolutionary rates a nd host associations. J lnvertebr Pathol. 19 9 3;62 (2) :14 7-64.
11. Herniou EA, Jehle JA. Baculovirus phylogeny and evolucion. Curr Drug Targecs.
2007;8(10):1043-50.
12. Garavaglia MJ, M iele SA, lserte JA, Belaich MN, Ghiringhell i PD: The ac53, ac78,
acl0l , and ac103 genes are newly discovered core ge nes in the family Baculoviridae. J
Viro!. 2012;86(22): 12069-79.
13. Arif BM. T he scruccure of t he virai genome. Curr Top Microbiol lmmunol.
1986;131:21-9.
14. O'Reilly D, Miller LK, Luckow VA. Baculovirus Expression Vectors: a laboratory
manual. New York: Freeman and Company; 1992.
Baculovírus para Expressão de Proteínas Recombinantes em Células de Insetos 29S
15. Garcia-M arunia k A, M aruniak JE, Z anotto PM, Doumbo uya AE, Liu JC, M erritt
TM, et ai. Sequence a na lysis of the ge nome of the Neodiprio n ser tifer nucleopolyhed ro-
virus. J Viro 1. 2004; 78 (13 ):7036-51.
16. T humbi DK, Eveleig h RJ, Lucarot ti CJ, La po inte R, Gra ham RI, Pavlik L, et ai.
Comp lete sequence, a nalysis and organization of the Orgyia leucostigma nucleopolyhe-
drovirus genome. Viruses . 2011 ;3(11 ):230 1-27.
1 7. La uzon HA, Lucarotti CJ, Krell PJ , Feng Q, Retna kara n A, Arif BM . Sequence
and o rga nization of the Neodipr ion lecontei n ucleopo lyhedrovirus geno me . J Virol.
2004;78(13 ):7023-35 .
18. M iele SA, Garavaglia MJ, Belaich M N, G hiri nghelli PD. Bacul ovirus: molec ular
insights o n their diversity and conservation. Int J Evol Biol. 20 11;201 1:379424 .
19. Vai! P, Sutter G, J ay DL, Go ug h D. R ecipocal infectivity of nuclear polyhedros is
viruses of the cabbage looper and alfa lfa looper. Journa l of In ver tebrate Patho logy.
1971;17:6.
20 . Ayres M D, Howard SC, Ku zio J, Lopez-Fer ber M, Possee RD. T he complete
DNA seq uen ce of Autogr apha ca lifornica n uclear po lyhed ros is vírus. Virology.
1994;202(2 ):586-605 .
21. Willi ams GV, Fa ulkner P. Cytological changes a nd virai morphogenesis during bacu-
lovirus infection. ln: Miller LK, editor. T he baculoviruses. New York: Ple num Press;
1997. p. 61-1 07.
22 . Gra nad os RR, Guoxun L, Derksen ACG, M ecKenna KA. A New Insect Cell Line
from Trichoplusia ni (BTI-Tn-5 B1-4) Susce ptible to Trichopl usia ni Single Enveloped
Nuclear Polyhed rosis Vírus. Journ al of Inver tebrate Pathology. 1994;64 :7.
23 . M urphy FA, Fa ukquet CM , Bishop DHL, Gha brial SA, Jar vis AW, M artelli G P, et ai.
Vírus Taxonomy: classificatio n a nd nomencla ture of vi ruses. N ew York: Springer-Verlag
Wien; 1995 .
24. Castro MEB, Souza M L, Sihler W, Rodrigues JCM , Ribeiro BM. Biologia molecular
do bacul ovírus e seu uso no controle bio lógico de pragas no Bras il. Pesquisa Agropecuá -
r ia Brasileira. 1999;34:27 .
25 . Ho rton HM, Burand JP. Satura ble attachmen t sites for pol yhedron -derived bac u-
lovirus o n insect cells a nd evidence for entry via direct mem bra ne fusio n. J Virol.
199 3;67(4 ):1 860-8.
26 . Haas-Stapleton EJ, Washburn J O, Volkma n LE. P74 m edi ares specifi c bind ing
of Autogr apha cali fo rni ca M nucleopolyhed rovirus occlusion-derived vírus to pri-
mar y cell ular ta rgets in the m idg ut epit helia of H eli othis virescens Larvae. J Virol.
2004; 78 (13 ):6786-91.
27. Fun k CJ, Br aunagel SC, Ro hrmann G. Baculovirus structure. ln: Miller LK, editor.
T he baculoviruses. New York.: Plenum Press; 1997.
296 Biotecnologia Aplicado à Saúde
28. Federici BA. Baculovirus pathogenesis. ln: Miller LK, editor. The Baculoviruses. New
York: Plenum Press; 1997. p. 33-60.
29. Volkmann LE, Keddie BA. Nuclear polyhedrosis virus pathogenesis. Seminars in
Virology. 1990;1:8.
30. Friesen PD. Regulation of baculovírus early gene expression . ln: Miller LK, editor.
The baculoviruses . New York: Plenum Prese; 1997. p. 7-32.
31. Blissard GW, Rohrmann G F. Baculovirus di ve rsity and molecular biology. Annu Rev
Entorno!. 1990;35:127-55.
32. Maruniak J E. Baculovirus structural proteins a nd protein symhesis. ln : Granados
RR, Frederici BA, editors. The Biology of Baculovirus. Boca Raton: Boca Raton Press;
1986. p. 129-46.
33. Lu A, Miller LK. Regulation of bacul ovirus late and ver y late gene expression. l n:
Miller LK, editor. The baculoviruses. New York: Plenum Prese; 1997.
34. Rohrma nn GF. Polyhedrin structure. J Gen Viro!. 1986;67( Pt 8):14 99-513 .
35. Jarvis DL. Baculovirus expression vectors. ln: Miller LK, editor. The baculoviruses.
New York: Plenum Prese; 1997.
36 . Dalal NG, Bendey WE, Cha HJ. Facile monitoring of baculovirus infection for
foreign protein expression under ve ry late polyhedrin promoter using green fluores-
cem protein reporter under ea rly-to-late promoter. Biochemical Engineering J ournal.
2005;24(1}:4.
3 7 . J ar vis DL. Developing baculovirus-insect cell expression systems fo r humanized
recombinam glycoprotein production. Virology. 2003;310( 1):1-7.
38. Chang GD, Chen CJ, Lin CY, Chen H C, Chen H. lmprovement of glycosylatio n in
insect cells w ith mammalia n glycosyltransferases. J Biotec hnol. 2003;102(1 ):61 -71.
39 . Pre ha ud C, Takehara K, Flamand A, Bishop OH. lmmunoge nic and protective
properties of rabies vírus glycoprotein expressed by baculovirus vec tors. Virology.
1989;173(2 ) :390-9 .
40. McCown J, Cochran M, Putnak R, Feighny R, Burrous J, H encha l E, et ai. Protection
of mice agai nst lethal Japanese encephalitis with a recombinam baculovirus vaccine. Am
J Trop Med H yg. 1990;42(5) :491 -9.
41. Despres P, Dietrich J, G irard M, Bouloy M. Recom binant baculoviruses expressing
yellow fe ver virus E a nd NSl proteins elicit protective immunity in mice. J Gen Virol.
1991;72 (Pt 11):2811 -6.
42. Depner KR, Bouma A, Koenen F, Klinken berg D, Lange E, de Smit H , et a i. Classical
swine fever (CSF) marker vaccine. Triai II. Ch allenge study in pregnant sows. Vet Micro-
bio l. 200 1;83(2):107-20.
43 . Van Aarle P. Suitability of an E2 subunit vaccine of classical swine fever in com-
bination wi th t he E(rns)-m arker-test for eradication t hrough vacci nation. Dev Biol.
2003;114:1 93-200.
Baculovírus para Expressão de Proteínas Recombinantes em Células de Insetos 297
58. Sarkis C, Serguera C, Petres S, Buchet D, Ridet JL, Edelman L, et ai. Efficient trans-
duction of ne ura l cells in vitro a nd in vivo by a bacu lovirus-derived vector. Proc Natl
Acad Sei USA. 2000;97(26 ):14638-43.
59. Ma L, Tamarina N, Wa ng Y, Kuznetsov A, Parei N, Kending C, et a i.: Baculovirus-
med iated ge ne transfer into pancreatic islet cells. Diabetes 2000,49(12):1 986-91.
60. Gao R, McCormick CJ, Arthur MJ, Ruddell R, Oakley F, Smart DE, et ai. High
efficiency gene transfer into cultured primary rat and human hepatic stellate cells using
baculovirus vectors. Liver. 2002;22(1):15-22.
61. Bilello JP, Delaney WEt, Boyce FM, l som HC. Trans ient disruption of inter-
cellular junctions enab les baculovirus entry into nondi viding hepatocyres. J Viro!.
2001;75(20):9857-71.
62 . Bilello JP, Cable EE, Myers RL, lsom H C. Role of paracellular junction comple-
xes in baculovirus-mediated ge ne transfer to nondividing rat hepatocytes . Ge ne Ther.
2003;10(9): 7 33-49 .
63 . Hofmann C, Stra uss M. Baculo virus-medi ated gene tra nsfer in the presence of
human serum or blood fac ilitated by inhibition of the complement system. Gene Ther.
1998;5(4 ):531-6.
64. O hkawa T, Volkman LE, Welch MD. Actin-based motility drives baculovirus tra nsit
to the nucleus and cell surface. J Cell Biol. 2010;190(2):1 87-95.
65. Kukkonen SP, Airenne KJ, Marjomaki V, Laitinen OH, Lehtola inen P, Kankaanpaa
P, et a i. Baculovirus capsid display: a novel too! fo r transduction imaging. Mol Ther.
2003;8(5):853-62.
66. Gao H, Wang Y, Li N, Peng WP, Sun Y, Tong GZ, et ai. Efficient gene delivery into
mammal ian cells mediated by a recombinam baculovirus containing a w hispovirus iel
promoter, a novel shuttle promoter between insect cells and mammalian cells. J Biotech-
no l. 2007;131(2):138-43.
67. Hu YC, Tsai CT, Chang YJ, Huang JH. Enhancement and prolongation of baculovi-
rus-mediated expression in mammalian cells: focuses on strategic infection and feeding.
Biotechnol Prog. 2003;19(2) :373-9.
68. Huser A, Rudolph M, Hofmann C. lncorporat ion of decay-accelerating factor into
the baculovirus envelope generates complement-resistant gene transfer vectors. Nat Bio-
tec hnol. 2001;19(5):451 -5.
69. Pieroni L, Maione D, La Monica N. ln vivo gene transfer in mouse skeletal muscle
mediated by baculovirus vectors. H um Gene Ther. 2001; 12(8):871-81.
70. Haeseleer F, lmanishi Y, Saperstein DA, P alczewski K. Gene tra nsfer media-
ted by r ecombinant bacu lovirus into m o use eye. ln vest Op ht ha lmol Vis Sei.
2001;42( 13) :3294-300.
Baculovírus para Expressão de Proteínas Recombinantes em Células de Insetos 299
71. Lehtola inen P, Tyynela K, Kannasto J, Airenne KJ, Yla-H erttua la S. Bac uloviruses
ex hibit r estri cted cell type specificity in r at brain : a comparison of baculovirus- and
adenovirus-mediated im racerebral gene transfer in vivo. Gene Ther. 2002;9(24 ):1 693-9.
72 . Wang C Y, Li F, Ya ng Y, Guo HY, Wu CX, Wa ng S. Recom bina m baculovirus
conta ining t he di pht heria toxi n A gene for m alignam glio ma therapy. Cancer Res .
2006;66( 11 ):5798-806.
73 . Bocca AL, Barros M C, M artins G K, de Ara ujo AC, Souza MJ, Ribeiro AM, et ai.
lmmuno logical effects of Anticarsia gemmatalis multiple nucleopolyhed rovirus (AgM-
NPV) by stimula tion of mice in vivo and in vitro. Virus Res. 2013;1 76(1-2):11 9-27.
74. Beck NB, Sidh u JS, Omiecinski CJ. Baculovirus vectors repr ess phe nobarbital-media-
ted gene inductio n and stimulate cytokine expression in primar y cultures of rat hepato-
cytes . Gene T her. 2000;7( 15):1274-83.
75 . G ron owski AM , Hilber t DM, Sheeha n KC, Garotta G, Schreiber RD. Bacul ovirus
stimulates anti vira i effects in mamma lian cells. J Viro!. 1999;73(12):9944-51.
76 . Abe T, Kaname Y, Wen X, Tani H, M o riishi K, Uematsu S, et a i. Baculovirus ind u-
ces type l interferon production thro ugh toll-like recep tor-dep endem a nd -independem
pathways in a cell-type-specific manner. J Viro!. 2009;83( 15):7629-40.
77. Abe T, Hemmi H, Miya moto H, M oriishi K, Tamu ra S, Ta ka ku H , et ai.: lnvolvement
of the Toll-like receptor 9 signa ling pa thway in the induction of inna te immunity by
baculovirus. J Viro! 2005,79(5):2847-58.
78. Abe T, Taka hashi H , H amaza ki H , Miya no-Kurosaki N, Matsuura Y, Ta kaku H .
Baculovirus induces a n innate immune respo nse and confer s protectio n from letha l
influenza virus infection in mice. J lmmunol. 2 003;171(3):11 33-9.
79 . Suzuki T, Chang M O, Kita jima M , Takak u H. Baculovirus activates murine dendri-
tic cells a nd induces no n-specific NK cell and T cell immune responses . Cell lmmunol.
20 10;262(1 ):35-4 3.
80 . Molinari P, Garcia-Nunez S, Gravisaco MJ, Carrillo E, Berinstein A, Taboga O. Bacu-
lovirus treatm ent full y proteccs mice agai nst a lecha l cha llenge of FMDY. Antivira i Res.
20 10;87(2) :276-9.
81. Yos hida S, Kawasa ki M , Hariguchi N, Hirota K, M acs umoto M. A baculovirus dua l
expression system-based malaria vaccine induces strong proceccio n against Plasmodi um
berghei sporozoice cha llenge in mice. lnfecc lmmun. 2009;77(5):1 782-9.
82 . Andrew ME, Morrissy CJ, Lenghaus C, O ke PG, Sproat KW, H od gson AL, et ai.
Proceccion of pigs against classical swine fever wic h DNA-delivered gp55 . Vaccine.
2000;18( 18 ):1 932-8.
83 . M a rtelli P, Ferrari L, M o rganti M , De Angelis E, Bonila uri P, Guazzetti S, et ai. O ne
dose of a porcine circovirus 2 su bunic vacci ne induces humoral and cell-mediated imm u-
nity and pro cects aga inst po rcine circovirus-associated di sease under field condi cions.
Vet Microbiol. 2011;14 9(3-4):339-51.
300 Biotecnologia Aplicado à Saúde
99 . Hil ton S, Kemp E, Keane G, Winsta nley D. A bacmid approach to the genetic mani-
pul at ion of gra nuloviruses. J Viro) M ethods. 2008; 15 2(1-2 ):56-62.
100. Kitts PA, Possee RD. A method for producing recombina nt bac ul ovirus express ion
vectors at high frequency. Biotechniq ues . 1993;14(5) :810-7.
101. Je YH , Jin BR, Park H W, Roh JY, Cha ng JH, Seo SJ, et ai. Baculovirus express ion
vectors that incorp orate the foreign protein into virai occlusio n bodies . Biotechn iques.
2003;34 (1 ):81-7.
102. M a rumoto Y, Saro Y, Fujiwara H, Sakano K, Saeki Y, Agata M , et ai. H yperp rodu c-
tio n of pol yhedri n-IGF II fusio n protein in silkworm larvae infected w ith recombinant
Bombyx mori nuclear po lyhedrosis vírus. J Gen Virol. 1987;68(Pt 10):2599-606 .
103. Chao YC, Lee TC, inventors; Academia Sinica, ass ignee. Po lyhedrin protein as a
carrier for the isolatio n of engineered proteins. United Sta tes Patent 7282353 B2 . 2007
Oct 16 .
104. Roh JY, Choi JY, Ka ng J N, Wang Y, Shim HJ, Liu Q, et a i. Simple pur ification of a
foreign protein using polyhedrin fusion in a bacul ovirus expression system. Biosci Bio-
tech nol Biochem. 201 0;74: 5.
105 . Dewulf J, Laevens H, Koenen F, Vanderha llen H, M intiens K, Del uyker H, et a i. An
experimental infection w ith class ical swine fever in E2 sub-unir marker-vaccine vaccina -
ted and in non-vaccinated pigs. Vaccine. 2000; 19(4-5) :475-82 .
106. Floegel-N iesma nn G. Class ical swine fever (CSF) marker vaccine. Tria i lll. Evalua -
tion of discriminatory ELISAs. Ver M icrobiol. 200 1;83(2 ):12 1-36.
107. Uttenthal A, Le Po tier M F, Romero L, De Mia GM , Floegel-Niesmann G. Classical
swine fever (CSF) marker vaccine. Tri ai l. Cha llenge studies in weaner pigs. Ver Micro-
bio l. 2001;83(2):85-106 .
108 . Lee KS, Sohn MR, Kim BY, Choo YM, Woo SD, Yoo SS, et a i. Productio n o f classi-
cal swine fever vírus envelope glycop rotein E2 as recom binant polyhedra in bac ul ovirus
-infected silkworm larvae. M o l Bio tec hno l. 2012;50(3) :2 11 -20 .
109. Ji X, Sutto n G, Eva ns G, Axford D, Owen R, Stuar t DI. H ow bacu lovirus polyhedra
fit square pegs into round holes to robus d y package viruses. EMBO J. 2010;29(2 ):505-14.
11 0. Bae SM , Kim HJ, Lee JB, Choi JB, Shin TY, Koo HN, et ai. H yper-enha nced pro-
duction of foreign recombinant prote in by fusio n with the parcial polyhedri n of nucleo-
polyhedrovirus. PLoS One. 2013;8(4) :e60835.
111. Ardisson-Ara uj o D M, Rocha JR, da Costa MH , Bocca AL, D usi AN, de O liveira
Resende R, et ai. A baculovirus-m ediated strategy for full-length plane vírus coar protein
expression and purification. Virol J. 2013;10(1):262 .
11 2 . M olina ri P, Crespo MI, Gravisaco MJ, Taboga O, M oron G. Bacu lovirus ca p -
sid display potenciares OVA cytotoxic a nd in na te immune r esp onses. PLoS O ne.
20 11;6(8) :e24108 .
302 Biotecnologia Aplicado à Saúde
113. Kaba SA, H emmes JC, van Lent JW, Vlak JM, Nene V, Musoke AJ, et ai. Baculovirus
surface display ofTheileria parva p67 antigen preserves the conformation of sporozoite-
neutralizing epitopes . Protein Eng. 2003;16(1):73-8.
114. Oker-Blom C, Airenne KJ, Grabherr R. Baculovirus display strategies: Emer-
ging tools for eukaryotic libraries a nd gene delivery. Brief Funct Genomic Proteomic.
2003;2(3 ):244-53.
115. Blissard GW, Wenz JR. Baculovirus gp64 en velope glycoprotein is sufficient to
med ia te pH-dependent membrane fusion. J Vi rol. 1992;66(11 ):6829-35.
116. Leikina E, Onaran H O, Zimmerberg J. Aci dic pH induces fusion of cells infected
with bac ulovirus to form syncytia . FEBS Lett. 1992;304 (2-3):22 1-4.
117. Monsma SA, Oomens AG, Blissard GW. The GP64 envelope fusion protein is an
essencial baculovirus protein required for cell-to-cell transmission of infection. J Viro!.
1996; 70( 7):4 607-1 6.
118. Li Z, Blissard GW. T he Autographa californica multica psid nucleopo lyhed rovirus
G P64 protein: ana lys is of transmembrane domain length and sequence requirements. J
Viro!. 2009;83(9):4447-61.
119. Oomens AG, Blissard GW. Requirement for GP64 to drive efficient budding of Auto-
grapha californica multicapsid nucleopolyhedrovirus. Virology. 1999;254 (2) :297-314.
120. Xu XG, Wang ZS, Zhang Q, Li ZC, Zhao HN, Li W, et a i. Baculovirus surface dis-
play of E envelope glycoprotein of Japanese encephalitis virus and its immunogenicity of
the displayed proteins in mouse and swine models. Vaccine. 2011;29(4):636-43.
121. Summers MD. Milestones leading to t he genetic engineering of bacu loviruses as
expressio n vector systems and virai pesticides. Adv Virus Res. 2006;68:3-73 .
122. Murara Y, Lightfoote PM, Rose RC, Walsh EE. Antigenic presentation of heterolo-
go us epitopes engi neered into the o uter surface-exposed helix 4 loop region of human
papillomaviru s L1 capsomeres. Viro! J. 2009;6:81.
123. Mena JA, Kamen AA. lnsect cell technology is a versatile and robust vaccine manu-
facturing platform. Expert Rev Vaccines. 2011;10(7):1063-8 1.
124. FDA approves new seasonal influenza vaccine made using novel techno logy
[homepage o n the internet] . Silver Spring: Food and Drug Administration; 2013 J a n
16. Disponível em: <http://www.fda.gov/N ewsEvents/Newsroom/PressAnnouncements/
ucm 335 891.htm>.
125. Cox MM. Recombinant protein vaccines produced in insect cells. Vaccine.
2012;30( 10):1759-66 .
126. Agardh CD, Lynch KF, Palmer M, Link K, Lernmark A. GAD65 vaccinatio n : 5 years
of follow-up in a ra ndo mised dose-escalating stud y in adult-onset a utoimmune diabetes .
Diabetologia. 2009;52(7):1363-8.
Baculovírus para Expressão de Proteínas Recombinantes em Células de Insetos 303
12 7. Shrestha MP, Scott RM, Joshi DM, M ammen Jr MP, Thapa GB, T ha pa N, et ai.
Safety and efficacy of a recombina nt hepatitis E vaccine. New Engla nd Jo urna l of M edi -
cine . 2007;356(9):895-903 .
128. Lo pez-Macias C, Ferat-Osorio E, Tenorio-Calvo A, lsibasi A, Ta lavera J, Arteaga
-Ruiz O, et a i. Safety and immunogenicity of a virus-like particle pa ndemic infl uenza
A (HlNl ) 2009 vaccine in a blinded, ra ndo mized, placebo-con trolled triai of adul es in
Mexico. Vaccine. 20 11;29(44):7826-34.
129. Jiang X, Wang M , G ra ha m DY, Estes MK. Express ion, self-assembly, and an tigeni-
city of the Norwalk virus capsid protein. J Viro!. 1992;66(1 1):6527-32 .
130 . Attanasio R, La nfo rd RE, Dilley D, Stunz GW, N ocva ll L, Henderson AB, et ai.
lmmunogenicit y of hepatitis B surface antigen deri ved from the baculovirus expression
vector system: a mouse potency study. Biologicals. 1 991 ;19(4):347-53 .
131. Li Q, Yafa l AG, Lee YMH, Hogle J, Chow M. Poliovirus neutra lizatio n by a nti-
bo dies to interna i epitopes of VP4 a nd VPl r es ults fro m reversible expos ure of these
sequences at physiological temperature. Journa l of virology. 1 994;68(6):3965-70 .
132. Crawford SE, La bbe M, Cohen J, Burroughs M H , Zho u YJ, Estes M K. Characteri-
zatio n of virus-like particles produced by the expressio n of rotavirus capsid proteins in
insect cells. J Viro!. 1994;68(9):5945 -52.
133. Griffin DE, Pa n CH. Measles: O ld vaccines, new vacci nes. 2 009. p. 191-2 12.
134. Chaye HH, M a urac her CA, T ingle AJ, G illam S. Cellular and h umo ra l imm une
r espo nses to rub ella viru s structura l p ro teins El , E2, a nd C . J Clin Micro bia l.
1992;30(9):2323-9.
135. Kirnba uer R, Booy t~ Cheng N, Lowy DR, Schiller JT. Papillomavirus L1 ma jor
ca psid protein self-assem bles into virus-like particles that are highly immunogenic . Proc
Natl Acad Sei USA. 1992;89(24 ):12 180-4.
136. Despres P, Dietrich J, Girard M, Bo uloy M. Recombinant baculoviru ses expressing
yellow fever virus E a nd NS l prote ins elici t protecti ve imm unity in mice. Jo urna l of
Genera l Viro logy. 1991;72( 11 ):28 11-6.
137. Gomez I, Marx F, Saurwein-Teissl M , Gould EA, Grubeck-Loebenstein B. Charac-
terizatio n of t ick-borne encephalitis virus-specific huma n T lymphocyt e res ponses by
stimulation with structural T BEV p roteins expressed in a recombinam baculovirus. Virai
lmmuno l. 2003;16(3) :407-14 .
138. Rosen E, Stapleto n JT, McLinden J. Synthesis of imm unogenic hepatitis A virus
particles by recom binant baculoviruses. Vaccine. 1993; 11 (7):706-12.
139. Fu Z F, Rupprecht CE, Dietzscho ld B, Saik um ar P, N iu HS, Babka I, et ai. Oral
vaccinatio n of rac oo ns (Procyo n lot or) with baculovirus-expressed ra bies virus glyco-
protein. Vacci ne. 1993; 11 (9):925-8.
14 0. Cox MMJ, Hashimoto Y. A fase tr ac k influenza virus vaccine produced in insect
cells. Jo urnal of invertebrate patho lo gy. 2011;107, Supplement{0 ):S31-S41.
304 Biotecnologia Aplicado à Saúde
157. Maranga L, Rueda P, Antonis AF, Vela C, Langeveld JP, Casal Jl, et ai. Large scale
production and downstream processing of a recombinant porcine parvovirus vaccine.
Appl Microbiol Biotechnol. 2002;59(1):45-50.
158. King GA, Daugulis AJ, Faulkner P, Goosen MF. Recombinant beta-galactosidase
production in serum-free medium by insect cells in a 14-L airlift bioreactor. Biotechnol
Prog. 1992;8(6):567-7 1.
15 9. Chico E, Jager V. Perfusion culture of baculovirus-infected BTI-Tn-5B1 -4 insect
cells: a method to restore cell-specific beta-trace glycoprotein productivit y at high cell
density. Biotechnol Bioeng. 2000;70(5):574-86.
160. Chen J, Wu XF, Zhang YZ: Expressi on, purification a nd characterization of
human GM-CSF using silkworm pupae (Bombyx mori) as a bioreac tor. J Biotechnol.
2006;123(2):236-4 7.
161. Zhou Y, Chen H, Li X, Wang Y, Chen K, Zhang S, et ai. Production of recom-
bina nt human DNA polymerase delta in a Bombyx mori bioreactor. PLoS One.
2011;6(7):e22224.
162. Wu X, Cao C, Kumar VS, Cui W. An innovative technique for inoculating recom-
binant baculovirus into the silkworm Bombyx mori using lipofectin. Res Microbiol.
2004;15 5(6):462-6.
16 3. Nagaya H, Kanaya T, Kaki H , Tobita Y, Taka hashi M, Takahashi H , et ai. Esta-
blishment of a large-scale purification procedure for purified recombinant bovine inter-
feron-tau produced by a silkworm -baculovirus gene expression system . J Ver M ed Sei .
2004;66( 11 ):1395-401.
164. Sumathy S, Palhan VB, Gopinathan KP. Expression of human growth ho rmone in
silkworm larvae through recombina nt Bombyx mori nuclear pol yhedrosis virus. Protein
Expr Purif. 1996;7(3) :262-8 .
165. Tremblay NM, Kenned y BP, Street IP, Kaupp WJ, Laliberte F, Weech PK. Human
group II phospholipase A2 expressed in Trichoplusia ni larvae - isolation and kinetic
properties of the enzyme. Protein Expr Purif. 1993;4 (5):490-8.
166. Cha HJ, Pham MQ, Rao G, Bentley WE. Expression of green fluorescent protein in
insect larvae a nd its application for heterologous protein production. Biotechnol Bioeng.
1997;56(3) :239-4 7.
167. Sieburth PI, M aruniak JE. Growth characteristics of a continuo us cell line from the
ve lvet bean caterpillar, Anticarsia gemmatalis Hubner (Lepidoptera: Noctuidae). ln Vitro
Cellular & Developmental Biology. 1988;24:4.
168. USPTO Patent Full-Text a nd lmage Data base [cited 2013 Oct 2]. Disponível em:
<http ://patft.uspto.gov/netahtml/PTO/search-bool.htmb.
306 Biotecnologia Aplicado à Saúde
AGRADECIMENTOS
DE PROTEINAS
RECOMBINANTES;
EM CELULAS DE ;
MAMIFEROS
Dimas Tadeu Covas
Kamilla Swiech
Virgínia Picanço-Castro
8. 1 INTRODUÇÃO
8.2.2. 1 Hek293
8.2.2.2 PER.C6
Tabela 8.2 Comparação da produção de 1Okg de proteína recombinante utilizando células com alta e baixa capacidade de crescimento
em culturas operadas em perfusão57
CHO PER.C6
Produtividade (µg/cel/dia) 15 15
Densidade celular máxima (x 106 celjml) 10 100
Proteína (mg/L) 150 1500
Rendimento da etapa de downstream 0,5 0,5
Proteína purificada requerida (g) 10.000 10.000
Proteína bruta requerida (g) 20.000 20.000
Volume de cultura (L) 133.000 13.333
Número de corridas de 50-L 107 9
Número de corridas de 100-L 53 4
Número de corridas de 250-L 21 2
Número de corridas de 500-L 11
Transit/ Estável
I I I
Figuro 8.1 Representação esquemática da divisão celular contendo um vetor para a expressão da proteína humana, fator VIII da coagu·
lação (pBMN-FVlll+GFP), na forma transitória e na forma estável. Na expressão transitória o vetor permanece na forma epissomal (não
integra ao genoma) e neste caso, a replicação do vetor não coincide com a replicação da célula e após as sucessivas divisões celulares as
cópias dos vetores são perdidos. Na expressão estável, o vetor se integra no genoma da célula e quando a células duplica oseu material
genética para a divisão celular também duplica ovetor e assim garante que cada células filha receba uma cópia do vetor integrado.
MSC (multiplo
sítio de clonagem)
Gene de
Origem de ..... seleção para
replicação ~ células animais
eucariótica
Cauda poli-A
Gene de
resistência a antibiótico
(para bacterias)
Figura 8.2 Representação esquemática de um vetor de expressão. Umvetor de expressão de células animais possui umo origem de
replicação (OR) e um gene de resistência a anitbiótico para crescer em bactérias. Ovetor possui um múltiplo sítio de clonagem, um
promotor forte e um sinal de poliadelinação. Além disto, o vetor possui uma origem de replicação e um gene de seleção para células
eucarióticas.
Retrovírus
Lentivírus
que na região 5' do gene possua a sequência 'l' (psi). Esta sequência é utili-
zada para empacotar o genoma no vírus recombinante.
ENV
SD
.,___TAT0
. , _ _ _ REV/ E
~ ,._
C_M_V _ _Tr-an-s-ge_n_ _lR_E_S _ _
EG
_F_P_ WPRE - ~T:t.Ul
cPPT/CTS
C Vetor do capsídeo
GAG
CMV---~
1 PRO POL
SD
Vetor do envelope
VSV-G
SD SA
Figuro 8.3 A) Representação esquemática do provírus do HIV·1. B) Vetor lentiviral de terceira geração e() Plasmídeos auxiliares para
as proteínas do capsídeo e envelope.
Adenovírus
Transgen WPRE
GAG
CMV--~ VSV-G
! PRO POL
SD
SD SA
293T
(célula produtora)
" Produção de vírus
Vírus VSV-G
(pseudotipo)
Figura 8.4 Produção de partículas lentivirais pelo sistema de tripla co-transfecção em uma célula produtora.
Adeno-associados
* Ver < http ://www. tra nsfection .ws/na nopa rticle_based_tra nsfection_reagen ts>.
326 Biotecnologia Aplicado à Saúde
8.6.2. 1 Eletroporação
8.8 PERSPECTIVAS
8.9 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1. Gemmill T R, Trimble RB. Overview of N - and O -lin ked oligosacc haride structures
fo und in vario us yeast species. Biochim Biophys Acta. 1999 Jan 6;142 6(2):227-37.
2 . Gomord V, Ch am berl a in P, Jefferis R, Faye L. Bio pharmaceutica l production
in pl ants: problem s, solutio ns and o ppo rtun ities . Trends in Bi otech no logy. 2005
Nov;23( 11 ):559-65 .
3. Durocher Y, Butler M. Exp ressio n systems fo r therapeutic glycoprotei n produ ctio n.
Currem Opinion in Biotechnology. 200 9 Dec;20 (6): 700-7.
4. M ei B, Chen Y, Chen J, Pa n CQ, Murphy JE. Ex press ion of human coagulation factor
Vlll in a human h ybr id cell line, HKBl l. M o l Biotechn ol. 2006 Oct;34(2 ):165-78 .
5. Bo llati-Fogolín M., Comini M. Cloning a nd expression of heterologous proteins in
animal cells. ln: An im al Cell Techno logy: From Bio pharm aceuticals to Gene Therapy,
Castilho, M or aes, Augusto, Butler, editor s. 2007;3 :39-73.
6. Puck TT. Action of Radia tion on M ammalia n Cells lii. Relationship between Repro-
ductive Death and lnd uction of Chromosome Ano m alies by X-lrra diatio n of Euploid
H uman Cells in Vitro. Proc Na tl Acad Sei USA . 1958 Aug 15;44 (8) :772-80 .
7. Hu m L, Hacker DL, Grosjean F, De Jesus M , Ue bersax L, Jordan M, et a i. Low-tempe-
r ature pausing of cultivated mamma lian cells. Biotechno logy a nd Bioengineering. 2005
Jan 20;89(2):1 57-63.
8. Muller N, Girard P, Hacker DL, Jordan M , Wurm FM. O rbital sha ker techno logy for
the cul tivation of mamma lian cells in suspensio n. Biotechnology a nd Bioengineering.
2005 Feb 20 ;89(4):400-6.
9 . W urm FM , H ac ker D. Fi r st C H O geno m e. N at ure biotech no logy. 20 11
Aug;29(8) :7 18-20.
10. M or aes AM, Castilho LR, Augusto EFP. Tecnologia do cu ltivo de células anima is: de
biofármacos a terapia gênica. São Paulo : Roca; 2007.
11. Soukharev S, H ammo nd D, Ana nyeva NM , Anderson J A, Ha user CA, Pipe S, et ai.
Expression of factor VIII in recom binam and tra nsgenic systems. Blood cells, M olecules
& Diseases. 2002 M ar-Apr;28(2) :234-48.
12. Barnes LM, Bentley CM, Dickson AJ. Advances in animal cell recombinam protein
production: GS-NS0 expression system. Cytotechnology. 2000 Feb;32(2) :109-23.
13. Gra ham FL, Smiley J, Russell WC, Nairn R . Characteristics of a h uman cell line
transformed by DNA fro m h uman adenovirus type 5.J. Gen. Virol. 2007 Jul;36( 1):59-74.
14. Suttie JW. Repo rt of Wor ks hop on expression of vitamin K-dependent proteins in
bacteri al and mamma lian cells. Throm bosis Research. 1986 Oct 1;44 (1):1 29-34.
15. Ya llop C, Crowley J, Cote J, Hegmans-Bro uwer K, Lagerwerf F, Gagne R, et ai. PER.
C6® Cells for t he M an ufacture o f Biop harmace utica l Prote ins. ln: Kn ab lein J, editor.
334 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Modem Biopharmace uticals: Design, Developm ent and Optimization. Weinheim: Wiley-
VC H Verlag Gm bH; 2005.
16. J ones D, Kroos N, Anem a R, van M ontfor t B, Vooys A, van der Kraats S, et ai.
High-level expression of recombinam lgG in the human cell line per.c6 . Bi otechnology
Progress . 2003 Jan-Feb;l 9( 1}:163-8.
17. H avenga MJ, H olterman L, M elis I, Smits S, Kaspers J, Heemskerk E, et ai. Serum -
free t ra nsient protein produ ction system based on adenoviral vector and PER. C6 tec h-
no logy: high yield a nd preserved bioactivity. Biotechno logy and Bioengineering. 2008
Jun 1;1 00(2):273-83.
18. Macdo na ld G. PER. C6 p latform ac hieves highest ever yield. Pharma Tec hn ologist.
2008 .
19. Goff SP, Berg P. Construction of hybrid viruses containi ng SV40 a nd lam bda phage
D NA segments and their propagatio n in cultured monkey cells. Cell. 1976 Dec;9(4 pt
2 ):695-705.
20 . Hamer DH, Davoli D, T homas CA, Jr., Fareed GC. Simian ví rus 40 carrying an Esche-
richia coli suppressor gene. Jo urnal of Molecular Biology. 1977 May 15;1 12(2) :155-82 .
2 1. Cavazzana-Ca lvo M, Hacein-Bey S, de Saint Bas ile G, Gross F, Yvo n E, Nusba um
P, et ai. Gene therapy of h uma n severe combined im munodeficiency (SCID}-X l d isease.
Science. 2000 Apr 28;288(5466):669-72.
22. Da niel R, Smith JA. lntegration site selection by retrovira l vectors: molecular mec ha-
nism and clinicai consequences. Human Gene T herapy. 2008 Jun;l 9(6}:557-68.
23. Russo-Carbo la nte EM, Picanco-Castro V, Alves DC, Ferna ndes AC, Almeida-Porada
G, To nn T, et a i. l ntegration pattern of HIV-1 based lentivira l vect or carrying recom -
bina nt coagulat ion factor Vlll in Sk-H ep a nd 293T cells. Biotec hn ology Letters. 20 11
Jan;33(1 }:23-3 1.
2 4. Cattoglio C, Facchini G, Sartori D, Anto nelli A, M iccio A, Cassani B, et ai. Hot
spots of retroviral in tegratio n in h uma n CD 34+ hematopoietic cells. Blood. 2007 Sep
15;11 0(6) :1 770-8.
25. Spencer HT, Denning G, Gautney RE, Dropulic B, Roy AJ, Baranyi L, et a i. Lenti-
vira l vector platform for prod uctio n of bioengineered recom bina nt coagulat ion factor
Vlll. Molec ular therapy: t he journal of the American Society of Gene T herapy. 2011
Feb;1 9(2}:302-9.
26 . Coffin JM, Hughes SH , Varm us H E. T he lnteractio ns of Retroviruses and t heir
Hosts . ln: Coffin JM, Hughes SH , Varm us H E, editors. Retroviruses. New York: Cold
Spring Har bor; 1997.
2 7. Vigna E, Naldini L. Lentivira l vectors: excellent too Is for experimenta l gene trans-
fer a nd promising cand idates fo r gene therapy. The J ournal of Gene M ed icine. 2000
Sep-Oct;2(5}:308-16.
Expressão de Proteínas Recombinantes em Células de Mamíferos 33S
28 . Naldini L, Blomer U, Gallay P, Ory D, Mulligan R, Gage FH, et ai. ln vivo gene
delivery and stable tra nsduction of nondividing cells by a lentiviral vector. Science. 1996
Apr 12;272(5259):2 63-7.
29. Z ufferey R, Nagy D, Mandei RJ, Naldini L, Trono D. Multiply attenuated lenti-
viral vector ac hieves efficient gene delivery in vivo. Nature Biotechnology. 1997
Sep; 15(9):871-5.
30 . Hierholzer J C. Adenoviruses in the immunocompromised host. Clinicai Microbio-
logy Reviews. 1992 Jul;5(3):262-74.
31. Picanco V, Heinz S, Bott D, Behrmann M, Covas DT, Seifried E, et a i. Recombinam
expression of coagulation factor Vlll in hepatic and non-hepatic cell lines stably trans-
duced with third generation lenti virai vectors comprising the minimal factor Vlll pro-
moter. Cytotherapy. 2007;9(8):785-94.
32. Makrides SC. Components of vectors for gene tra nsfer and expression in mammalian
cells. Protein expression and purification. 1999 Nov;17(2): 183-202 .
33 . Blau HM, Rossi FM. Ter B or not tet B: advances in tetracycline-inducible gene
expression. Proc Natl Acad Sei USA. 1999 Feb 2;96(3):797-9.
34. Pelletier J, Sonenberg N. Interna i initiation of translation of eukaryotic mRNA direc-
ted by a sequence deri ved from poliovirus RNA. Nature. 1988 Jul 28;334(6180):320-5.
35. M enuel S, Fontanay S, Clarot l, Duval RE, Diez L, Marsura A. Synthesis and com-
plexation ability of a novel bis- (guanidinium)-tetrakis-( beta-cyclodextrin) dendrimeric
tetrapod as a potencial gene delivery (DNA and siRNA) system. Study of cellular siRNA
transfection. Bioconjugate Chemistry. 2008 Dec;l 9(12) :2357-62 .
36. Fischer D, von Harpe A, Kunath K, Petersen H, Li Y, Kissel T. Copolymers of ethy-
lene imine and N-(2-hydroxyethyl)-eth ylene imine as tools to study effects of polymer
structure on physicochemical and biological properties of DNA complexes. Bioconjugate
Chemistry. 2002 Sep-Oct;l3(5):11 24-33.
3 7. Gra ham FLa VdE, A. J. A new technique for the assay of infectivity of human adeno-
virus 5 DNA. Virology. 1973:456-67.
38. Geisse S, H enke M. Large-scale transient transfection of mammalian cells: a newly
emerging attractive option for recombinam protein production. J Struct Funct Ge no-
mics. 2005;6(2-3):165-70.
39 . Park JY, Lim BP, Lee K, Kim YG, Jo EC . Scalable production of adeno-associated
vírus type 2 vectors via suspension transfection. Biotechnology and Bioengineeri ng. 2006
Jun 20;94(3):416-30.
40. Reed SE, Staley EM, Mayginnes JP, Pintei DJ, Tullis GE. Transfection of mamma-
lian cells using linear polyethylenimine is a simple and effective means of produ cing
r ecombinant adeno-associated virus vectors . J ournal of Yirological Methods. 2006
Dec;138 (1-2) :85-98 .
336 Biotecnologia Aplicado à Saúde
41. Matasci MH, D.L.; Baldi, L. e Wurm, F.M .. Recombinam therapeutic protein pro-
duction in cultivated m amma lian cells: current status and future prospects. Drug Disco-
very Today: technologies 2008;5:37-42.
42. Wurm F, Bernard A. Large-scale transiem expression in mammalian cells for recom-
binam protein production. Current Opinion in Biotechnology. 1999 Apr;l0(2):156-9.
43. Griffin TJ, Seth G, Xie H , Bandhakavi S, Hu WS. Advancing mammalian cell cul-
tur e engineeri ng us ing genome-sca le techno logies . Trends in Biotechnology. 2007
Sep;25 (9):401-8.
44. Seth G, Charaniya S, Wlaschin KF, Hu WS. ln pursuit of a super producer-alternative
paths to h igh producing recombinam mammal ia n cells. Current Opinion in Biotechno-
logy. 2007 Dec;l8(6):557-64.
45. Mohan C, Kim YG, Koo J, Lee GM. Assessment of cell engineering strategies for
improved therapeuti c protein production in CHO cells . Biotechnology Journal. 2008
May;3(5):624-30.
46 . Seth G, Hossler P, Yee JC, Hu WS. Engineering cells for cell culture bioproces-
sing--ph ys iological fundamentais. Ad vances in Biochemical engi neering/biotechnology.
2006;101 :11 9-64.
4 7. Lim Y, Wong NS, Lee YY, Ku SC, Wong DC, Yap MG. Engineering mammalian cells
in bioprocessing - current ac hievements and future perspecti ves. Biotechnol Appl Bia-
chem. 2010 Apr;55(4):175-89.
4 8. C hang BS, Minn AJ, Muchmore SW, Fesik SW, Thompson CB. Iden tification
of a novel regulacory doma in in Bcl-X(L) and Bcl-2. The EMBO Journal. 1997 Mar
3;16(5):968-77.
49. Arden N, Betenbaugh MJ. Life and death in mammalian cell culture: strategies for
apoptosis inhibition . Trends in Biotechnology. 2004 Apr;22( 4 ):l 74-80 .
50. Youle RJ, Strasser A. T he BCL-2 protein fa mily: opposing acti vities that mediate cell
death. Na ture reviews Molecular Cell Biology. 2008 Jan;9(1):47-59.
51. Sauerwald TM, Betenbaugh MJ, Oyler GA. lnhi biting apoptos is in mammalian cell
culture using the caspase inhibitor XIAP and deletion mutams. Biotechnology and Bioe-
ngineering. 2002 Mar 20;77(6):704-16.
52. Sauerwald TM, Oyler GA, Betenbaugh MJ. Study of caspase inhibi tors for limi-
ting death in mammalia n cell culture. Biotec hno logy and Bioengineering. 2003 Feb
5;81(3) :329-40.
53. Kumar S. Caspase function in programmed cell death. Cell death and Differemiation.
2007 Jan;14(1):32-43.
54. Lim SF, Chuan KH, Liu S, Loh SO, Chung BY, Ong CC, et ai. RNA i suppression of
Bax and Bak enha nces viability in fed-batch cultures of CHO cel ls. Metab Eng. 2006
Nov;8(6):509-22.
Expressão de Proteínas Recombinantes em Células de Mamíferos 337
55. Park H, Kim IH, Kim IY, Kim KH, Kim HJ. Expression of carbamoyl phosphate
synthetase l and ornithine transcarbamoylase genes in Chinese hamster ovary dhfr-cells
decreases accumulation of ammonium ion in culture media. Journal of Biotechnology.
2000 Aug 25;81 (2-3):129-40.
56. Butler M. Optimisation of the cellular metabolism of glycosylation for recombinam
proteins produced by Mammalian cell systems. Cytotechnology. 2006 Mar;50(1-3):57-76 .
57. Zhu 2012: Zhu J. Mammalian cell protein expression for biopharmaceutical
production. Biotechnol Ad v. 2012 Sep-Oct;30(5):1158-70. doi: 10.1016/j.
biotechadv.2011.08.022. Epub 2011 Sep 24.
58. Cox MM. Recombinam protein vaccines produced in insect cells. Vaccine. 2012 Feb
27;30(10):1759-66. doi: 10.1016/j.vaccine.2012.01.016. Epub 2012 Jan 17.
59 . lkonomou L, Schneider YJ, Agathos SN. lnsect cell culture for industrial production
of recombinam proteins. Appl Microbiol Biotechnol. 2003 Jul;62(1 ):l-20. Epub 2003
May6.
60. Houdebine LM. Production of pharmaceutical proteins by transgenic animais.
Comp lmmunol Microbiol lnfect Dis. 2009 Mar;32 (2) :107-21. doi: 10.1016/ j.
cimid.2007.11.005. Epub 2008 Feb 19.
61. Kim SH, Lee GM (2007a) Down-regulation of lactate dehydrogenaseA by siRNAs for
r educed laceie acid formation of Chinese hamster ovary cells producing thrombopoietin.
Appl Microbiol Biotechnol 74:152-159.
62. Kim SH, Lee GM (20076) Functional expression of human pyru vate carboxylase for
reduced laceie acid formation of Chinese hamster ovary.
AGRADECIMENTOS
A
0
MUTAGENESE
;
SITIO-DIRIGIDA ;
EM BACTERIAS:
FUNDAMENTOS
;
BASICOS E
APLICACÕES
,
9. 1 INTRODUÇÃO
TRANSPOSON
GENE
em plasmídio
TRANSPOSASE
GENE
DNA
CROMOSSOMAL
TRUNCADO
, , _ _~
~
1
GENE
l
Figuro 9.1 Esquema de criação de mutantes aleatórios utilizando transposons (adaptado de Hackett et al. 1).
?J Hq,~
IDENTIFICAÇÃO
-----'"""""-- ~~qH,-J,.
TRANSPOSON tíí::t:> ~qos L----y'
MUTANTES
BIBLIOTECA~ H
MUTANTES /J e:> ~
MUTANTES SIMPLES
SELEÇÃO DOS MUTANTES
Ex. animal
Figuro 9.2 Esquema demonstrando a utilização de transposons para criação de mutantes aleatórios. Inferência da função gênica a
partir da busca por um fenótipo conhecido (adaptado de Lamrabet, Drancourt2l.
9.2 FUNDAMENTOS
Figuro 9.3 Esquema demostrando desde a construção do gene truncado até inserção no vetor de clonagem.
A. B. Sphl
Eogl
Notl
Nsil
Saci Ahdl
pGP-Tn7-Gm Gm'\ Spel
Smal
pSTNSK
6.074Kb 10.00SKb tnsC
Xmal
Xhol
tKm'
Tn7L Apal EagI
~
Ap'
Kpnl
Nrul
Stul
Clal
Bst8I
EcoRI
X/T\111
Sllllll
t ~
Sfil
Figuro 9.4 Exemplos de plasmídeo suicida com origem de replicação do plasmídeo R6K (A) e pCS l 01 (B) (adaptado de Crépin6).
Gene t runcado
Cromossomo
bacteriano carregando
gene selvagem ('---Ca:2--M_ ]
Seleção dos
Transformação na
-D-
U Recombinação
homóloga
mutantes X'
bactéria alvo
Confirmação dos
mutantes X'
Figuro 9.5 Esquema demonstrando a recombinação homologa com utilização de vetores suicidas para deleção de genes específicos
(adaptado de Lamrabet; Orancourt1).
344 Biotecnologia Aplicado à Saúde
____
FRT rnr
al gene alvo a2
B. Gene alvo ( )
C. Iniciadores
D. Preparação do inserto
Gene de
PGR al rl r2 a2
~ re slsthl~la
FRT FRT FRT
-.l Gene de
e- - T ~l~
,-RT_ _ __FR...,
,_
RT_ _ _ _
FltT
___)
r 2 a2
Figuro 9.6 Esquema básico demonstrando os possos para deleção gênica pelo sistema de Lambda red (adaptado de Roth8).
Mutagênese Sítio-Dirigida em Bactérias: Fundamentos Básicos eAplicações 34S
PC
bla
pK D46 B
6 .4 kb
oriR10 1
exo
re pA 101 ts
tl3
Figuro 9.7 Esquema do plasmídeo pKD46 carregando o sistema de recombinase (adaptado de Datsenko; Wanner7).
346 Biotecnologia Aplicado à Saúde
cultura induzida. Assim sendo, a indução deve ser feita durante cada preparo
de cultura eletrocompetente por adição de L-arabinose a 1 M . Datsenko e
Wanner7, quando descreveram a técnica, conseguiram a indução do sistema
Lambda red com 1 mM de L-arabinose 7 e, embora o sistema de indução seja
classificado como "tudo ou nada" 12 , ou seja, a presença de arabinose em
qualquer quantidade induziria o sistema, recomenda-se trabalhar com uma
quantidade em torno de 200 mM de L-arabinose. Um gradiente de L-arabi-
nose de 1 mM a 100 mM evidenciou maior obtenção de mutantes de K-12
quando se utilizou a maior concentração. A indução é feita até que a cultura
atinja a OD 600 0,4, o que irá variar em tempo de acordo com a linhagem
bacteriana e as condições de trabalho. Calvin e Hanawalt 13 verificaram que a
eficiência de transformação e a sobrevivência das células são dependentes da
fase de crescimento da cultura bacteriana13 • Quando a cultura se encontra em
crescimento exponencial, as células são mais sensíveis à morte por formação
de poros, porém, as que sobrevivem são transformadas em uma taxa extre-
mamente elevada. Nas culturas muito próximas à fase estacionária a sobre-
vivência aumenta, embora a eficiência de transformação diminua. Através de
experimentos verificou-se que a OD 600 0,4 é considerada ótima, assim sendo,
uma vez alcançada, iniciam-se as la vagens da linhagem bacteriana pKD46
induzida, ou seja, o preparo da célula eletrocompetente.
A preparação de células eletrocompetentes requer a remoção dos com-
ponentes iônicos do meio, com o objetivo de prevenir formação de corrente
elétrica no interior da cubeta durante a eletroporação. Para isso, são neces-
sárias lavagens do sedimento bacteriano, por meio de seguidas etapas de
centrifugação e ressuspensão. Este processo é trabalhoso e demorado, resul-
tando em perdas consideráveis, uma vez que ao final das lavagens as bactérias
tornam-se mais difíceis de serem sedimentadas. Existem variações significati-
vas na eficiência da eletroporação em cada amostra, o que ocorre devido às
dificuldades inerentes à padronização do procedimento de lavagem, somado
à qualidade do DNA utilizado. O sucesso na preparação das células eletro-
competentes depende da qualidade da cultura em termos da quantidade de
bactérias e da pureza da água deionizada utilizada nas la vagens, além da
eficiência de todas as operações realizadas do começo ao fim do processo.
1.Eletroporação:
lnwrto:
ONAliriear .,,._
Pl.asmfdio moldQ 0
Bactéria
e letrac:0mp~t~ntf! C:.:
. Crescimen to em soe por
l h 3Dmin a 37º e durante a
noite na bancada
,,
1
2.Posslbllldades após a ( ~]
eletroporação: _ ~ _
-----=--A. Nada ocorreu B. E.ntrada e Recombinação C. En t rada do plasmldio mo lde
do DNll llnear
o
3.Seleção dos Mutantes:
Crescimento de eolõnlas resistentes:
Semear em LB Agar oom - colônias em que ocorreu a recombinação (Bl
antibiótico: - Colônias com a presença do ptasmldio molde (C)
Gene de
al gene alvo a2 a1 rl r2 a2
resls~ncla
1. Amplificação com
iniciadores f 1 e R1
Xpb ! Ypb
O pb
Z pb
2. Amplificação com tsem ampliflcaçãoj
lnlcladores F2 e R2
Figura 9.9 Esquema de confirmação da deleção gênica por reação de amplificação por PCR. Utilização de dois pares de iniciadores:
(l) Um par externo ao gene (Fl e Rl ), resultando em amplificação na linhagem mutante e na selvagem, sendo dois fragmentos de
tamanhos diferentes; (2) Um par interno ao gene (F2 e R2), resultando em amplificação apenas na linhagem selvagem.
Mutagênese Sítio-Dirigida em Bactérias: Fundamentos Básicos e Aplicações 3S3
Linhagem Mutante
Gene, de
[ ~l
al rl res.lst~ncla r2 a2
)
e FR~ FRT
)
l
Transformação
com pCP20
Inserção do
p lasmídio Gene d~
("ô ~ l
al rl reslst@nda r2 a2
)
e Ff'/T FRT
)
l
Crescimento por
18 horas a 29"C
Remoção do cassete
de re sistência
Gene d<>
rll!!!s.ls.t~ncla
l
-J -) e: F ~ -+ e____)
al F~T a2
[~ô° ~
Crescimento a
42."C
l Rem oção do
p1asmid io pCP20
l al FRT a2
[ ~ -j ) (_)
Figuro 9.l O Esquema de remoção do gene de resistência a antibiótico utilizando o plasmídeo p(P20.
3S4 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Desde sua criação, a técnica do À red vem sofrendo modificações que têm
permitido sua aplicação em diferentes tipos de estudo. Além de sua utiliza-
ção para deleção de genes cromossomais, a qual foi objeto deste capítulo,
o método À red, com as devidas modificações, permite ainda a inserção de
genes em regiões-alvo do cromossomo bacteriano e deleções/inserções de
sequências de DNA em plasmídeos e cromossomos bacterianos artificiais.
Com a técnica, é possível, por exemplo, restaurar sistemas, vias ou estrutu-
ras naturalmente defectivas em um micro-organismo, ou mesmo direcionar a
produção de proteínas recombinantes. O método pode, ainda, ser empregado
para inserção de tags em regiões a lvo do genoma bacteriano, permitindo,
por exemplo, estudos de expressão gênica bacteriana em ambientes comple-
xos como o trato intestinal, o qual hospeda micro-organismos ainda desco-
nhecidos contendo genes homólogos aos da bactéria de interesse. Devido às
inúmeras aplicações, o método À red continuará sendo muito utilizado na
manipulação genética de micro-organismos.
Apesar de ser uma metodologia versátil, o À red possui suas limitações. Por
exemplo, sequências curtas com homologia a um DNA-alvo são suficientes
para que ocorra a recombinação, o que pode ser problemático se a região
-alvo for repetitiva. O método utiliza produtos de PCR para recombinação, e
caso a região amplificada contenha erros na sequência de nucleotídeos, oca-
sionará mutações não esperadas. A confirmação da sequência dos produtos
de PCR por sequenciamento ajuda a evitar o problema. A principal limitação
da técnica se dá quando mutações em diferentes genes são realizadas em uma
mesma estirpe bacteriana. Devido à falta de disponibilidade de cassetes, há
a necessidade de removê-los antes da mutação subsequente. O processo de
retirada dos cassetes com auxílio do pCP20 deixa sítios de restrição do tipo
FRT, os quais podem levar à deleção de fragmentos do genoma quando o
processo de remoção de cassete é repetido. Por isso, a realização de mutações
múltiplas na mesma estirpe é desaconselhada por esta técnica.
Mutagênese Sítio-Dirigida em Bactérias: Fundamentos Básicos eAplicações 3SS
Eletroporação do inserto
Pré-inóculo:
1) Preparar cultura da linhagem carregando o plasmídeo pKD46 em caldo
LB contendo 100 µg/µL de ampicilina.
2) Incubar a 29 ºC por 18 horas (estático ou em agitação).
Lavagem e eletroporação
REFERÊNCIAS
1. Hackett P, Ivics Z, Izsvak Z. DNA-based tra nsposon sys tem for the introduction of
nucleic acid into DNA of a cell, inventors; Regents of the University of Minnesotta, ass ig-
nee. United States patent 6489458. [Internet]. 2002 Dec 3 [cited 2013 Oct 22];2(12):53.
Disponível em: <http://www.google.com/pate nts/US3 19824 7>.
2. Lamrabet O, Dra ncourt M. Ge netic engineering of Mycobacterium tuberc ulosis :
a review. Tuberculosis. (Edinb ). [Internet]. Elsevier Ltd; 2012 Sep [ci ted 2013 Oct
22];92(5):365-76. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22 789498>.
3. Simon D, Ferretti JJ. Electrotransformation of Streptococcus pyogenes with plas mid
and linear DNA. FEMS Microbiol. Lett. [Internet] . 1991 Aug 1;82(2):21 9-24. Disponível
em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/03 7 81O979 190 3 36 9>.
4. Russell CB, Thaler DS, Dahlquist FW. Chromosomal transformation of Esche-
richia coli recD str a ins w ith linearized pl asmids. J. Bacteriol. [Internet]. 1989
May; l 71 (5) :2609-13 . Disponíve l em: <http://www.pubmedcentral.ni h.gov/articlerend er.
fcgi ?artid=2 09 941 &too1=pmcentrez&rend ertype=a bstract> .
5. Turner AK, Barber LZ, Wigley P, Muhammad S, Jones MA, Lovell MA, et ai. Contri-
bution of Proton-Translocating Prote ins to the Yirulence of Salmonella encerica Serovars
Typhimurium, Gallinarum, and Dublin in Chickens and Mice. Infectio n and Immunity.
2003; 71( 6):3392-401.
6. Crépin S, H are l J, Dozois CM. Chrom osomal complementation usi ng Tn7 tra nspo-
son vectors in Enterobacteriaceae. Appl. Environ. Microbiol. [Internet]. 2012 Sep [cited
2013 Oct 22];78(17):6001-8. Disponíve l em: <http://www.pubmedcentral.nih.gov/ar ti-
clerender.fcgi ?artid=3416 591 &too!= pmcen trez&rendertype= a bstract>.
7. Datsenko KA, Wanner BL. O ne-step inacti vation of chromosomal genes in Escherichia
coli K-12 using PCR products. Proc. Natl. Acad. Sei USA. [Internet]. 2000;97(12):6640-
5. Disponível em: <http://www.pnas.o rg/content/97/12/6640.abstract>.
8. Roth J. Ge ne knocko uts a nd exc hanges by linear transform ation [Intern et] . 2003.
Disponível em: <http://rothlab.ucdavis.edu/protocols/Lin.Transform. html>.
9. Cosloy S, O ishi M. The nature of the transformation process in Escherichia coli K12.
Mo!. Gen. Genet. MGG [Internet] . Springer-Verlag; 1973;124(1):1-10. Dispo nível em:
<http://dx.doi.o rg/10.1 007/BF00267159> .
1 O. Martinsohn JT, Radman M, Petit M-A. The lam bd a red proteins pro mote
efficient recombination between diverged sequences: implications for bacterio-
phage ge nome mosaicism. PLoS Genet. [Internet]. 2008 May [cit ed 20 1 3 Oct
22];4(5 ):el 000065. Disponível em: <http://www.pubmedcentral.nih.gov/a rti clerender.
fcgi ?artid=2 32 7257 &tool=pmcentrez&rendert ype=a bstract>.
11. Serra-Moreno R, Acosta S, H ern a lsteens JP, Jofre J, M uniesa M. Use of t he
lambda Red recombinase system to produce recombinam prophages carrying
Mutagênese Sítio-Dirigida em Bactérias: Fundamentos Básicos eAplicações 3S9
antibiotic resistance genes . BMC Mo!. Biol. [Internet] . 2006 Jan [cited 2013 Oct
18];7: 31. Disponível em: <http://www.pubmedcentra l.ni h.gov/articlere nder.
fcgi? artid= 162 6079&too l=pmcentrez&rendertype=a bstract>.
12. Khlebnikov A, Risa O, Skaug T, Carrier TA, Keasling JD. Regulatable arabinose-in-
ducible gene expression system with consistem control in ali cells of a culture. J. Bacte-
riol. [Internet] . 2000 Dec;182(24):7029-34. Disponível em: <http://www.pubmedcentral.
nih.go v/articlerender. fcgi? artid=9 483 0&too l=pmcentrez&rend ertype=a bstract>.
13. Calvin NM, H anawa l t PC. Hi gh-efficiency transformation of bacte -
r ial cells by electropora tion. J. Bacteriol. [Internet]. 19 88 J un; 1 70 ( 6) :2 796-
801. Disponível em: < h ttp ://www. pu bmed centra 1. nih .gov/ arti clerend er.
fcgi ?artid=211205 &tool=pmcentrez&rendertype=a bstract>.
14. Sambrook J, Fritsch EF, Mania tis T. Molecular cloning: a laboratory manual [Inter-
net]. 2 nd ed . Cold Spring H arbor: Cold Spring Harbor Laboratory Press; 1989. Disponí-
vel em: <h ttp://books.google.com .br/books? id=G5RqAAA> .
n)>
__
-O ,
--1
e
r--
0
ANTICORPOS POLI
E MONOCLONAIS
COMO FERRAMENTA
BIOTECNOLÓGICA:
PRODUCÃO
, E USOS
Lilian Rumi Tsuruta
Ana Maria Moro
1O. 1 INTRODUÇÃO
confirmado na década de 1940 por Linus Pauling, que mostrou que a interação
entre anticorpos e antígenos é mais dependente da forma do que da composi-
ção química7 • A síntese de anticorpos por células B, na forma de plasmócitos,
foi descoberta por Fagreaus em 19488 • Seguiu-se uma série de trabalhos que
terminaram por desvendar o detalhamento da estrutura primária e secundá-
ria dos anticorpos (ou imunoglobulinas), formados por cadeias pesada e leve,
Fab e Fc, sequência de aminoácidos, levando Edelman e Porter a ganharem
o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 19729 • Outro marco deveu-se
à pesquisa liderada por Tonegawa 10 , que clonou um gene de anticorpo pela
primeira vez e desvendou, em 1976, como poucos genes são responsáveis por
uma enorme variedade de anticorpos, propiciando a fina especificidade que os
tornam "balas mágicas". Concomitantemente, Kõhler e Milstein 11 lograram
imortalizar células B - sem ainda conhecer os mecanismos de geração de diver-
sidade - inaugurando o mundo dos anticorpos monoclonais, descoberta que
lhes rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1984. Não demorou
muito para que essa ferramenta fosse apreciada como fonte de novos agentes
terapêuticos, o que se concretizou devido a uma sequência de desenvolvimento
em outras áreas de pesquisa. A natureza heteróloga dos anticorpos monoclo-
nais murinos, causando imunogenicidade, representou um impedimento ime-
diato, resolvido por outra onda tecnológica, biologia molecular e engenharia
genética, logrando ultrapassar essa limitação com a geração dos anticorpos
recombinantes, quiméricos, em primeiro lugar, e, em seguida, humanizados ou
humanos 12•13 • Curiosamente, o ciclo entre anticorpos policlonais e monoclo-
nais se encontra pela possibilidade de mistura de vários anticorpos monoclo-
nais recombinantes em um composto policlonal1 4 •
IgG
V
IgM
IgE IgD
V V
Figuro l 0.1 Formatos das cinco imunoglobulinas presentes no soro humano. Arquivo: Instituto Butantan.
Figuro l 0.2 Estrutura de anticorpo com região constante (domínios CH 1, CH2, CH3 e (L). Na estrutura tridimensional as sequências de
aminoácidos dos CDRs dos domínios Vl e VH se aproximam, voltadas para o exterior, disponíveis para contato com o antígeno. Segundo
Beck e cols. 17, com licença de Nature Publishing Group.
¼ H25Í!s
1 2
11: 3 4
L1 ~32
26~ ~ ! ~32
26~
11e
Jg
1 2
L3
Figuro l 0.3 Algumas configurações canônicas dos CORs, segundo Chothia et al. 16, com licença de Nature Publishing Group.
-allOlf-lIJ--D0-- 1JunçãoVJ
1JunçãoVDJ
-aI}-{}{]- -Il-[j-
1 Tranmlção 1
Process.amento RNA _____,.._
-aIJ?-
4IIXJ
AAA
Traduçlo
~;i,.1;,;,,.
1
4ICG)
~ '\
Monua•m
molécula lc /
'
~
~
Figuro 10.4 Esquema do processo de recombinação somático nas cadeias pesada e leve de imunoglobulinas. Oesenho de L.R. Tsuruta,
adaptado de Abbas e Lichtman19.
CDR2
CDR1
Aminoácido
Figuro 10.5 Gráfico dos dados de Wu-Kabat mostrando a variabilidade de aminoácidos na molécula da cadeia pesada humana (subgru-
po 1). Aextensão da variabilidade é dada como o número de diferenças em cada aminoácido em várias cadeias pesadas sequenciadas de
modo independente em relação ao número de aminoácido medido a partir da porção amino·terminal. Gráfico de L. R. Tsuruta, adaptado
de Kabat e cols. 10•
Células de
~
mieloma
- Fusão
·---····_
Células do baço
. . ., , , , -...o
~
~
}..J ·<lY> ~ l
m:J
Expansão
Diluição O
Figuro 10.6 Esquema geral para obtenção de anticorpos monoclonais pela tecnologia de hibridomas. Desenho A. M. Mora.
sejam cultivados por longos períodos clones não desejados. É preciso ter
em mente que o procedimento todo é laborioso e planejar as ações desde o
início se faz necessário.
O método de clonagem mais utilizado, disponível em qualquer laborató-
rio de cultivo de células, é a clonagem por diluição limitante, cujo princípio
é diluir as células a ponto de uma célula ser distribuída em cada um dos
96 poços da microplaca. Como as células estarão isoladas, a presença de
camada alimentadora é crítica nessa fase, podendo ser irradiada, quando
possível, para evitar crescimento de qualquer tipo celular que possa masca-
rar o crescimento do clone de hibridoma. Como a eficiência da clonagem
por diluição limitante é baixa, um artifício possível é distribuir as células
no formato de densidade seriada, começando com dez em uma coluna, três
na seguinte e uma nas subsequentes. Para não haver um número exage-
rado de microplacas, é importante que a diluição limitante ocorra assim
que o clone inicie o crescimento na fase anterior, desde que o sobrenadante
resulte positivo para o anticorpo de interesse. Após duas a três semanas,
os clones passam a ser visíveis, ao microscópio ou por inspeção visual no
fundo da placa contra a luz. Havendo segurança que o clone seja realmente
monoclonal, pode-se esperar um crescimento maior para realizar o ensaio
de detecção de anticorpo, com o objetivo de garantir uma maior produtivi-
dade. Por outro lado, a reclonagem por diluição limitante é quase sempre
uma necessidade, para garantia de monoclonalidade. Um clone único tem a
forma perfeitamente redonda, sem deformações. Os hibridomas saudáveis
apresentam o aspecto de células refringentes (Figura 10.7). Estão disponíveis
modos automatizados para clonagem e seleção por tamanho e produtivi-
dade, eliminando a necessidade de diluição limitante, através de equipamen-
tos ultrassofisticados e caros. No caso do ClonePix FL, as células podem
ser plaqueadas após a fusão ou após a seleção por HAT, em meio semis-
sólido, que mantém as células que se multiplicam ao redor da célula-mãe,
e o anticorpo produzido permanece ao redor do clone. O meio de cultura
semissólido contém anti-anticorpo de camundongo conjugado à fluoresceína
(fluorescein isothiocyanate - FITC), que se liga aos anticorpos produzidos
ao redor do clone, formando halo fluorescente que se observa no visor do
equipamento, sob luz UV. Vários critérios podem ser adotados para a sele-
ção de clones, como tamanho, intensidade da fluorescência, distância dos
clones vizinhos, formato etc. Os clones selecionados pelos critérios escolhi-
dos podem ser capturados por ponteiras finas, que distribuem as células em
placas de 96 poços.
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 377
Figura l 0.7 Àesquerda, aspecto de clone verdadeiro em diluição limitante, à direita, aspecto das células crescendo no interior do
clone. Foto: A. M. Moro.
Uma fusão pode gerar vanos clones, cujos sobrenadantes devem ser
caracterizados, primeiramente em relação à classe e sub-classe da região
constante pesada e qual região constante leve carrega, kappa ou lambda.
Existem kits comerciais de alguns fabricantes, os quais, através de um ensaio
ELISA, permite a caracterização de vários clones ao mesmo tempo. A carac-
terização inclui aspectos do hibridoma, como capacidade de crescimento
e estabilidade. O hibridoma é uma célula com cariótipo entre triploide e
tetraploide, sendo comum a perda de cromossomos na divisão celular. Se for
perdido um dos dois cromossomos responsáveis pela síntese de anticorpo,
o clone perde a produtividade. A caracterização contínua pela análise do
anticorpo produzido por cada clone, capacidade de ligação ao antígeno,
avaliação do epitopo ao qual se liga, quando possível, avaliação de rea-
ção cruzada (principalmente, quando anticorpos monoclonais são gerados
contra microrganismos), avaliação da função efetora. A partir do sucesso
dos mAbs produzidos por camundongos, muito trabalho foi devotado ao
estabelecimento de mielomas humanos para fusão . Algumas linhagens que
foram descritas como capazes de crescer indefinidamente em cultura: tra-
tava-se realmente de linhagens linfoblastoides derivadas de células B nor-
mais infectadas com vírus Epstein-Barr (EBV). Células transformadas por
EBV crescem em grandes agregados e possuem o antígeno nuclear EBV34 •
Duas linhagens foram descritas como mielomas humanos verdadeiros, com
perda da secreção da cadeia pesada de imunoglobulina e sensíveis ao meio
de seleção HAT, SK-00735 e Karpas 707 36 ,37 , mas foram usadas raramente.
378 Biotecnologia Aplicado à Saúde
ELISA
Western-blotti ng
lmunofluorescência
Figuro l 0.8 Células tum orais em cultura (esquerda), marcadas com anticarpo fluorescente (direita). Foto: M. Lopes dos Santos.
Citometria de fluxo
S'
~
!'O
-:;;
o
Q.
"'"'
a::
Tempo fs)
associação dissociação
Ativação do complemento
Fagocitose Isótopos
Drogas
Toxinas
RNAse
receptor
Ativação
Célula tumoral
Figura 10.10 Mecanismos de Morte Tumorol mediada por Anticorpo Monoclonal (terapia alvo), por meio de função imune-efetoro
(ADCC e CD(). Arquivo: A. M. Moro.
Detecção de neutralização
Figura 10.11 Clone de linfócitos Bisolados de baço humano removido por esplenectomia, transformados mm vírus Epstein-Barr. Fota:
A. M. Moro.
Tabela l 0.3 Anticorpos monoclonais terapêuticos com ano de aprovação, natureza eindicoção clínico. Nomenclatura de mAbs: momab
(murino), ximab (quimérico), zumab (humanizado), umab (humano)
Quimérico (camundongo/
Siltuximab Sylvant 2014 humano)
Câncer
- Sequêncla murina
Desenho: L. R. Tsuruto
c:::J Seque/lCía h.l.lmaM
para anticorpos que reconhecem proteína 54• O transplante de CDR das duas
cadeias do anticorpo (HC e LC), que vem a ser o procedimento padrão dessa
técnica, foi publicado pela primeira vez em 1988 para um anticorpo terapêu-
tico, comercializado como CamPath® (alemtuzumab) (Tabela 10.3), usado no
tratamento de leucemia linfocítica crônica de células B13 •
Apesar do sucesso inicial do transplante de CDR, foi observado que a
maioria dos anticorpos obtidos por esta técnica não reteve a afinidade de
ligação ao antígeno do anticorpo parental murino. Isto ocorreu devido à inte-
ração de certos resíduos do arcabouço murino com os resíduos dos CDRs,
o que está relacionado com a estrutura do sítio de ligação do antígeno55•56 •
Através da modelagem tridimensional dos domínios variáveis de anti-Tac
gerados por computador, o grupo de Queen identificou resíduos-chaves do
arcabouço murino que interagem com os CDRs e o antígeno, importantes
para a integridade do sítio de ligação do antígeno. Estes resíduos e os CDRs
foram transferidos para a sequência do arcabouço humano com maior homo-
logia à sequência murina, obtendo-se anticorpos com afinidade próxima à do
anticorpo parental murino. Esse trabalho deu origem ao Zenapax® (daclizu-
mab) (Tabela 10.3), representando o primeiro anticorpo monoclonal humani-
zado aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) em 1997 para uso
terapêutico nos Estados Unidos, indicado para a prevenção de rejeição no
transplante renal5 7 • Essa técnica de humanização do anticorpo tornou viável
o uso clínico dos anticorpos monoclonais de origem murina.
Durante a década de 1990 e até o presente, outros métodos d e huma-
nização de anticorpos foram desenvo lvidos. Eles podem ser classificados
tecnicamente em métodos racionais e empíricos. Os métodos racionais se
baseiam na construção de variantes pela análise da estrutura e seq uência
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 389
• Transplante de CDR.
• Remodelagem da superfície (resurfacing).
• Transplante de resíduos determinantes de especifidade (specificity
determining residues - SDR).
• Super-humanização.
• Otimização do conteúdo da sequência huma na (human string content
optimization).
há três itens importantes que precisam ser definidos para a construção das
variantes humanizadas:
variáveis das sequências germinais também podem ser escolhidas para esse
propósito, com a vantagem de evitar resíduos imunogênicos associados com
hipermutação somática. Além disso, a comparação das estruturas de raios X
dos anticorpos gerados a partir da sequência germinal ou anticorpo maduro,
na forma ligada e livre de energia, mostrou que o primeiro é mais flexível 66 •
Essa plasticidade tem a vantagem de acomodar várias sequências de CDR
com necessidade de poucas mutações do arcabouço humano para obter a
afinidade do anticorpo parental. Devido a essas características, houve um
aumento do uso das sequências germinais humanas 56,67·7 1•
Geralmente, a afinidade do anticorpo diminui após a transferência dos
CDRs murinos para um arcabouço humano devido às incompatibilidades
entre eles. Portanto, é necessário definir os resíduos de aminoácidos do arca-
bouço murino que serão reintroduzidos no anticorpo humanizado, a fim de
restabelecer ou evitar perda da afinidade. Esses resíduos do arcabouço estão
normalmente envolvidos no suporte da conformação dos CDRs 16•72 ou
estão diretamente em contato com o antígeno 73 • Foote e Winter 74 condu-
ziram um estudo detalhado de todos os resíduos do arcabouço que afetam
a ligação ao antígeno, obtendo uma lista de trinta resíduos "Vernier" que
contribuem potencialmente para a estrutura do CDR. O número de resíduos
do anticorpo que serão trocados é particular para cada caso e é baseado na
estrutura tridimensional ou modelagem molecular da região variável do anti-
corpo murino. O repertório de estruturas tridimensionais pode ser acessado
pela página do The International ImMunoGeneTics {IMGT)'75 • A modela-
gem molecular da região variável do anticorpo foi facilitada pela descoberta
de estruturas canônicas72 , que são conformações principais da região hiper-
variável, e pela disponibilidade de grande número de estruturas de anticorpo
no banco de dados de proteínas. Após definir as construções das sequências
humanizadas, são realizados estudos de modelagem das regiões variáveis
desses anticorpos. O resultado obtido é submetido a alguns ciclos de oti-
mização de energia. A síntese dos genes variáveis do anticorpo humanizado
pode ser obtida de duas formas. Um método padrão para sintetizar os genes
variáveis é a amplificação por reação em cadeia da polimerase (PCR) utili-
zando vários oligonucleotídeos sobrepostos 76• Outra forma para obter esses
genes é através da encomenda a empresas especializadas na síntese de genes.
Em seguida, é necessário definir a estratégia de expressão desses anticorpos.
Isso depende de vários fatores, como a forma do anticorpo que será expresso
(lgG, fragmento Fab ou Fv de cadeia simples - single chain Fv, scFv), o
Figuro l 0.13 Estrutura do bacteriólogo filamentoso mm genoma de DNA simples fita e proteínas ao redor do capsídeo. (g: gene; p:
proteína). Segundo Gao e cols. 121, com licença de National Academy oi Science, EUA.
Figuro 10.14 Esquema do vetar fagomídeo. Oesenho de L.R.Tsuruta, adaptado de Oi e rnls. 141 .
A: fago selvagem;
H-
F~
6
tlf« G: aprese,1ta,.ão p8 mosaico e,11 que p8 selvagem é co-incorporado ao
virion junto com proteína de fusão p8;
H: apresentação müfonnc de p8 cm que todas as proteínas p8 estão cm
füsà'o com os peptírleos.
Figuro l 0.15 Tipos de phage display. Segundo Rakonjac e cols. 163, com licença do autor.
é'\c
eLCéLC
Construção da biblioteca ~ -
Eluição e
1 l ~einfecção 8 8. {i)
Transforma~o~
5
l Lavagem (i~~
{i)
em E.co/J
Adição de
2 ~ fago auxiliador !. i
4 - - • =F
t~t~
i ~~~
3
Panning
~,ri~
S-8_~ 8.
Amplificação Ligação ao
dosfagos antígeno
Figuro l 0.16 Esquema geral da tecnologia de biblioteca de apresentação por fogos para expressão do fragmento Fab. Desenho: L. R.
Tsuruta.
ligação fraca) são retidos pelo uso de lavagens curtas, uso de display multi-
valente e alta densidade de antígeno na superfície sólida. A se leção de anti-
corpos com cinética de dissociação lenta (e boa afinidade de ligação) ocorre
pelo uso de lavagens longas, fagos monovalentes 171 e baixa densidade de
sensibilização do antígeno 155.
Após a seleção de clones, estes devem ser expressos e caracterizados indi-
vidualmente para se analisar as suas características de ligação. Os vetores
fagomídeos podem apresentar ou secretar fragmentos de anticorpos através
da incorporação de códon de parada âmbar entre o fragmento de anticorpo
e p3. Os fragmentos de anticorpo são fundidos a p3 e apresentados pelo
fago quando uma linhagem supressora de E.coli é usada. Os anticorpos são
secretados quando se usa linhagem não supressora de E. coli que lê o códon
âmbar como códon de parada 130. Outra opção seria a reclonagem dos genes
que codificam fragmentos de anticorpo para a secreção de anticorpos solú-
veis131,169. Em geral, a afinidade dos anticorpos selecionados é proporcional
ao tamanho da biblioteca, com K0 na faixa de 10·6 a 10·7 M para bibliotecas
menores 147,152 , 10-9 M para as bibliotecas maiores 143·146, 151 •
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 40S
Materiais
Membrana plasmática
/'
Figuro l 0.17 Esquema da superfície de apresentação por levedura da técnica de yeast display. Oreceptor de aglutinina a é formado por
Aga 1 e Aga2. Otug hemaglutinina (HA) é fusionado à porção (-terminal de Aga2, seguido do fragmento scFvanti-fluoresceína (FITO e
do tag c-mycque foi fundido à porção (-terminal de scFv, permitindo a quantificação da apresentação da fusão pelos 2 tags independente
da ligação ao antígeno. Segundo Boder e Wittrup176, com licença de Nature Publishing Group.
7 ·
seleção por afi nidade PCR PCR reaçJoda
peptil transferase ♦ P
purlflca~o 't ~
1 elulção de mRNA por dissociação
s·~ -~
. . das subunidades do ribossomo
-;-------- 3, _______,, transcrição reversa • -
5 transcrição reversa
li beração de DNA
por hidrólise do RNA
ssDMA
.~
Figuro l 0.18 Comparação entre as técnicas de ribosome display e mRNAdisplay. Desenho de L. R. Tsuruta, adaptado de Pluckthun195.
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 409
Procedimento
• 2 µL cDNA
• 20 pmol oligonucleotídeo 5'
410 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Condições do PCR:
• 94 ºC por 1 minuto
• 40 ciclos de :
• 94 ºC por 1 minuto
• 57 ºC por 1 minuto
• 72 ºC por 1 minuto
• Seguidos de 72 ºC por 5 minutos196 •
• Oligonucleotídeos para a amplificação de Fab197, 1 98
Materiais
• Meio SOC: triptona 2%; extrato de levedura 0,5%; NaCl 0,05%; KCl
2,5 mM; MgC1 2 10 mM; glicose 20 mM
• Placas LB com 100 µg/mL de ampicilina
• Meio de cultura SB: triptona 3%, extrato de levedura 2 %, MOPS 1 %
(pH 7)
• Wizard® Plus SV Minipreps DNA Purification (Promega)
Procedimento
1 O. 1O ANTICORPOS TERAPÊUTICOS
TRANSFECÇÃO
expressão transitória
~
( SELEÇÃO
antibiótico
] ➔
POPULAÇÃO
MISTA
~
placas de 96 poços,
24 poços, 6 poços,
T-25, frascos ( SELEÇÃO
crescimento
1~ ( CLONAGEM
diluição limitante
)
produtividade automatizado
purificação ~aracterização
caracterizaçã
CLONES ANTICORPOS
SELECIONADOS MONOCLONAIS
Figuro l 0.19 Fluxogramo de geração de linhagens celulares produtoras de anticorpos recombinantes. Esquema: A. M. Moro.
REFERÊNCIAS
17. Beck A, Wurch T, Bailly C, Corvaia N. Strategies a nd challenges for the next genera-
tion of therapeutic ant ibodies. N ature reviews lmmuno logy. 2 010;10(5 ):345-52.
18. Wu TT, Kabat EA. An ana lysis of the sequences of the variable regio ns of Bence Jones
proteins a nd myelom a light cha ins and their implicatio ns for a nti body complementarity.
The Jo urna l of experimental med icine. 1 970;132(2):211 -50.
19. Abbas AK, Lichtm an AH. Imuno logia celular e mo lec ular. Rio de Janeiro: Elsevier;
2005 .
20 . Ka bat EA, Wu TT, Perry HM, Gottes man KS, Foeller C . Sequ ences of Proteins of
lmmuno logical lnterest. 5th ed. ed: Pu blic H ealth Service, N atio na l l nstitutes of Health,
Bethesda, MO; 1991.
21. Oi Noia JM, N euberger MS. M o lec ular mechanisms of antibody somatic hypermu-
tation. Annu Rev Biochem. 2007;76 :22.
22. Potter M. lmmunoglo bulin-producing tumors and mye loma proteins of m ice. Physiol
Rev. 1972;52:89 .
23 . Raybo uld TJ, Taka hashi M. Production of sta ble ra bbit-mo use hy bridomas tha t
secrete rabbit mAb of defined specificity. Science. 1988;240:3 .
24. Spieker-Polet H, Sethupathi P, Yam PC, Knight KL. Rabbit mo noclonal anti bo dies:
gen erat ing a fu sion part ner to produce rabbit- ra bbit hybrido mas. Proceedings of the
Natio na l Academy of Sciences of the United States of America. 1995;26:5.
25. Ligo uri MJ , H off-Velk J A, Ostrow OH. Recombina m human interleukin-6 enhances
the imm unoglo bulin secretion o f a ra bbit-ra bbit hybrid oma. H ybridoma. 200 1;20:10.
26 . O i VT, Herzenberg LA. lmmunoglo bulin-produc ing hybrid cell lines. ln: Mishell BB,
Shiigi SM, edi tor s. Selected methods in cellular immunology: Freeman San Fra ncisco;
198 0.
27. Kearney JF, Ra dbru ch A, ., Liesegang B, Rajews ky K. A new mo use myelo ma cell
line that has lost immunoglobulin expressio n but permits the construction of antibody-
secreting hybr id cell lines. J ournal of imm un ology. 1979;123 :3.
28. Baz in H. Production o f rat monoclo na l antibodi es w ith the LOU rat nonsecreting
IR983F myeloma cell line. ln : Peeters H , editor. Protides of the Biological Fluids: Perga-
mom Press, Oxford ; 1982 . p. 615-8.
29 . Bazin H. Ra t Hybrid omas and Rat Monoclona l Antibodies: CRC Press, Boca Raton;
1990 .
30. Galfre G, M ilstein C. Prepa ration of monoclonal ant ibodies: strategies and procedu -
res. M ethods in enzym ology. 1981 ;73:44.
31. Kilmartin J V, Wright B, Milstein C. Rat mo noclonal a ntitubulin antibodies der ived
by using a new nonsecreting rat cell line. J Cell Biol. 1982;93:7.
32 . Bazin H , Beckers A, Oecker s C, M ori amé M . Brief communication: Tra nsplantable
immunoglobulin-secreting tumors in rats. V. Monoclona l immunoglo bulins secreted by
250 ileocecal imm unocytomas in LOU-Wsl rats. J Nat Cancer lnst. 1973;5 1:3 .
420 Biotecnologia Aplicado à Saúde
33. Galfre G, H owe SC, M ilstein C, Butcher GW, Howard J C. Antibodies to major his-
tocompati bility ancigens produced by hybrid cell lines. Nature. 1977;266(5602):550-2.
34. Reedma n BM, Klein G. Cellular localization of an Epstein-Barr virus (EBV)-associa-
ted complement-fixing antige n in prod ucer and non-prod ucer lym phoblastoid cell lines .
lnt J Cancer. 1973;1 l:2 1.
35. O lsson L, Kaplan H S. Human-human hybrido mas producing monoclo na l a ncibo dies
of predefined antigenic specificity. Proceedings of the Nationa l Academy of Sciences of
the United States of America. 1980;77:3.
36. Karpas A, Fischer P, Swirsky D. H uman myel om a cell line carrying a Philadelp hia
chromosome. Science. 1982;216:3.
3 7. Karpas A, Fisher P, Swirsky D. H uman plasmacytoma wich an un usual karyotype
growing in vitro and producing lighc-chain imm unoglobulin. Lancet. 1 982; 1(8278):3.
38. Yollmers HP, Brandlein S. Nat ura l lgM a ntibodies : from parias to parvenus. Histol
Histopachol. 2006;21: 12 .
39. H anala S. T he new ParaDlgm: lgM fro m bench to clinic. mAbs . 2012;4: 7.
40. Serpieri F, lnocencio A, O li veira JM, Pimenta J r AA, Garbuio A, Kal i! J, et ai. Com-
parison of hum anized lgG and Fvfc anti-CD 3 monoclonal antibodies expressed in CH O
cells. M olecular biotechn ology. 2010;45 :8.
4 1. Lopes dos Santos M L, Yeda FP, Ts uru ta LR, Ho rta BB, Pimenta AA, J r., Degaki
T L, et a i. Rebmab200, a humanized mo noclo na l ant ibody ta r geting the sodium p hos-
phate transporter NaPi2b displays strong immune mediated cytotoxicity agai nst cancer:
a novel reagent for targeted antibody chera py of cancer. PLoS O ne. 2013;8(7):e70332.
42. Mura ta YM , Schmidt MC, Kali! J, Tsuruta LR, Moro AM. Anti-digoxin Fab variants
generated by phage display. M o l Biotechnol. 2013;54 (2):269-77 .
43. Sonobe M H , Trezena AG, F.B. G, V.L. T, Fratelli F, Saka uchi D. D eterminatio n of
low tetanus or d ip ht heria antitoxin titers in sera by a tox in neutral ization assay and a
modified toxin- binding inhibition tese. Braz J Med Biol Sei. 2007;40:8.
44. Abboud N, Chow S-K, C. S, Janda A, Ravecch J V, Scharff M O, et ai. A req uirement
for FcyR in antibody-mediated bacterial toxin ne utralization. The Journal of experimen-
ta l medicine. 20 10;207:l l.
45 . Norman DJ, Shield CFr, Bar ry J, Henell K, Funnell MB, Lemon J. A U.S. clinicai
study of Orchoclone OKT3 in renal tra nsplantatio n. Transplant Proc. 1987; 19:7.
46. Moro AM, Rod rigues MTA, Gouvea MN, Sil vestri ML, Ka li! J, Raw l. M ultiparame-
tric analyses of hybridoma growth on glass cylinders in a packed-bed bioreactor system
with internai aeration . Serum-supplemented and serum-free media comparison for MAb
producti o n. Jo urna l of immunological methods. 1984;176:l l.
4 7. Lem os F, Moro AM, Rodrigues MTA, Garbuio A, Monteiro SM, Marques F, et a i.
Use of che Butantan 's a nci-CD3 in rena l cra nsplantacio n. J Bras Transp. 2006;9:7.
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 421
48. Cabilly S, Riggs AD, Pande H, Shively JE, Holmes WE, Rey M, et ai. Generation
of antibody activity from immunoglobulin polypeptide chains produced in Escherichia
coli. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.
1984;81 (11):3273-7.
49. Mirick GR, Bradt BM, Denardo SJ, Denardo GL. A review of human anti-globulin
antibody (HAGA, HAMA, HACA, HAHA) responses to monoclonal antibodies. Not
four letter words. The quarterly journal of nuclear medicine and molecular imaging :
official publication of the ltalian Association of Nuclear Medicine. 2004;48(4):251-7.
50. Hwang WY, Foote J. lmmunogenicity of engineered antibodies. Methods.
2005;36(1 ):3-1 O.
51. Gilliland LK, Walsh LA, Frewin MR, Wise MP, Tone M, Hale G, et ai. Elimina-
tion of the immunogenicity of therapeutic antibodies. Journal of immunology.
1999;162(6 ):3663-71.
52. Presta LG. Molecular engineering and design of therapeutic antibodies. Curr Opin
lmmunol. 2008;20(4):460-70.
53. Winter G, Milstein C. Man-made antibodies. Nature. 1991;349(6307) :293-9.
54. Verhoeyen M, Milstein C, Winter G. Res haping human antibodies: grafting an antily-
sozyme activity. Science. 1988;239(4847):1534-6 .
55. Queen C, Schneider WP, Selick HE, Payne PW, Landolfi NF, Duncan JF, et ai. A
humanized antibody that binds to the incerleukin 2 receptor. Proceedings of the National
Academy of Sciences of the United States of America. 1989;86(24 ):10029-33.
56. Caldas C, Coelho V, Kali! J, Moro AM, Maranhao AQ, Brigido MM. Humanization
of the anci-CD18 antibody 6.7: an unexpected effect of a framework residue in binding
to antigen. Molecular immunology. 2003;39 (15 ):941-52.
57. Tsurushita N, Hinton PR, Kumar S. Design of humanized antibodies: from anci-Tac
to Zenapax. Methods. 2005;36(1):69-83.
58. Lu ZJ, Deng SJ, Huang DG, He Y, Lei M , Zhou L, et ai. Frontier of therapeu-
tic antibody discovery: The challenges and how to face them. World J Biol Chem.
2012;3( 12):187-96.
59. Almagro JC, Fransson J. Humanization of antibodies. Front Biosci. 2008;13:1619-33.
60. Tempest PR, Bremner P, Lambert M, Taylor G, Furze JM, Carr FJ, et ai. Reshaping
a human monoclonal antibody to inhibit human respiratory syncytial virus infection in
vivo. Biotechnology (N Y). 1991 ;9(3 ):266-71.
61. Kettleborough CA, Saldanha J, Heath VJ, Morrison CJ, Bendig MM. Humanization
of a mouse monoclonal antibody by CDR-grafting: the importance of framework resi-
dues on loop conformation. Protein Eng. 1991;4(7):773-83.
62. Graziano RF, Tempest PR, White P, Keler T, Deo Y, Ghebremariam H, et ai. Construc-
tion and characterization of a humanized anti-gamma-lg receptor type l (Fc gamma RI )
monoclonal ancibody. Journal of immunology. 1995;155(10 ):4996-5002.
422 Biotecnologia Aplicado à Saúde
63. Carter P, Presta L, Gorman CM, Ridgway JB, Henner D, Wong WL, et ai. Huma-
nization of a n a nti-pl 85HER2 a nt ibody for huma n ca ncer thera py. Proceedings of the
Nacional Academy of Sciences of the United States of America. 1992;89(10):42 85-9.
64. Sha laby MR, Shepard HM, Presta L, Rodrigues ML, Beverley PC, Feldmann M , et
ai. Development of humanized bispecific antibodies reactive with cytotoxic lymphocytes
and tumor cells overexpressing the HER2 protooncogene. The Journa l of experimenta l
medicine. 1992;17 5(1 ):217-25.
65. Presta LG, Lahr SJ, Shields RL, Porter JP, Gorma n CM, Fendly BM, et a i. Humaniza-
tion of a n antibody directed against lgE. Journal of immuno logy. 1993;151(5):2623-32.
66 . Zimmermann J, Oakman EL, Thorpe IF, Shi X, Abbyad P, Brooks CL, 3rd, et a i.
Antibody evolution constrains conformational heterogeneity by tailoring protein dyna-
mics. Proceedings of the Nacional Academy of Sciences of the United States of America.
2006; 103(37):13 722-7.
67. Rosok MJ, Yelton DE, H arris LJ, Bajorath J, Hellstrom KE, H ellstrom 1, et a i. A
combinatorial library strategy for the rapid huma nization of anticarci no ma BR96 Fab.
Thejournal of biological chemistry. 1996;271(37):22611-8.
68 . Mazor Y, Keydar 1, Benhar l. Human ization and epitope mapping of the H23
a nti -MUCl mo noclona l ant ibody revea ls a du a l epitope specificity. Mol lmmunol.
2005 ;42( 1):5 5-69.
69. Hwang WY, Almagro J C, Buss TN, Tan P, Foote J. Use of huma n germline genes in a
CDR homology-based approach to antibody huma nizatio n. Methods. 2005;36(1):35-42.
70. Dali'Acqua WF, Damschroder MM, Zhang J, Woods RM, Widjaja L, Yu J, et a i. Anti-
body huma nizati o n by framework shuffling. Methods. 2005;36(1):43-60.
7 1. Hu WG, Chau D, Wu J, Jager S, Nagata LP. Huma nization a nd mammalian expres-
sion of a murine monoclonal ant ibod y aga inst Venezuelan equine encephalit is virus .
Vaccine. 2007;25(16):3210-4.
72. Chothia C, Lesk AM. Canonical structures for the hyper variable regions of immuno-
globulins. Journal of molecular biology. 1987;196(4):901-17.
73 . Mian IS, Bradwell AR, O lson AJ. Structure, function and proper ties of antibody
binding sites. Journa l of molecul ar biology. 1991;2 17( 1):133-5 1.
74. Foote J, Winter G. Antibody fra mework residues affecting the conformation of the
hypervariable loops. Journal of molecular biology. 1992;224(2) :487-99.
75. Kaas Q, Ruiz M, Lefranc MP. IMGT/3Dstructure-DB and IMGT/StructuralQuery,
a database and a too! for immunoglob uli n, T cell receptor and MHC structural data.
N ucleic Acids Res. 2004;32(Database issue):D208-10.
76. H e XY, Xu Z, Melrose J, Mullowney A, Yasquez M, Queen C, et ai. Huma nization
and pharmacokinetics of a monoclonal antibody with specificity for both E- and P-selec-
tin. Journa l of immunology. 1998;160(2):1029-35.
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 423
89. De Pascalis R, l wa has hi M, Tamura M, Pa dlan EA, Gonzales NR, Santos AD, et a i.
Grafting of "abbreviaced " complementarity-determining regions concaining specificity-
determining residues essencial for ligand concact to engineer a less immunogenic huma-
nized monoclonal a ncibod y. Journa l of immunology. 2002;169 (6) :3076-84.
90. Tan P, Mitchell DA, Buss TN, Holmes MA, Anasetti C, Foote J. "Superhumanized "
antibodies: reduction of immunogenic potencial by complementarity-determining region
grafting wit h human germline sequences : appl ication to an anti-CD28. Journal of immu -
nology. 2002;169(2):111 9-25.
91. Lazar GA, Desjarlais JR, J aci nto J, Karki S, Hammond PW. A molecular immuno-
logy approac h to antibo dy human ization a nd functiona l optimization. Mol lmmunol.
2007;44( 8):1 986-98.
92. Chirino AJ, Ary ML, Marshall SA. Minimizing the immunogenicity of procein thera-
peutics. Drug Discov Today. 2004;9(2):82-90.
93. Baca M, Presta LG, O'Connor SJ, Wells JA. Ancibody huma nization using monova-
lenc phage display. The Journal of biological chemistry. 1997;272( 16): 10678-84.
94. Rader C, Ritter G, Nathan S, Elia M, Gout l , Jungblut h AA, et ai. The rabbit an ti-
body repertoire as a novel source for the generation of therapeutic human antibodies.
The Journal of biological chemistry. 2000;275(1 8):13668-76 .
95. Jespers LS, Roberts A, Mahler SM, Wincer G, H oogen boom HR. Guiding the selec-
tion of human a ntibodies from phage display repertoires to a single epitope of an a nti-
gen. Biotechn ology (N Y). 1994;12(9) :899-903.
96. Osbourn J, Groves M, Vaughan T. From rodenc reagencs to human therapeutics us ing
antibody guided selectio n. Methods. 2005;36(1 ):61-8.
97. Zebedee SL, Barbas CF, 3rd, Horn YL, Caothien RH, Graff R, DeGraw J, et ai.
Human combinato rial antibod y librari es to hepatitis B surface antigen. Proceedings of
the Nacional Academy of Sciences of the United States of America . 1992;89(8):3175-9.
98. Ohlin M, Owman H, Mach M, Borrebaeck CA. Light chain shuffling of a high affi-
ni cy ancibody results in a drift in epitope recognition. Mol lmmunol. 1996;33( 1):47-56.
99. Kang AS, Jones TM, Burton DR. Antibody redesign by chain shuffling from random
combinatoria l immunoglobulin libraries. Proceedings of the Nacio na l Academy of Scien-
ces of the Uni te d States of America. 1991 ;88(24 ):11120-3.
100. Watzka H, Pfizenmaier K, Moosmayer D. G uided selection of antibody fragments
specific for human incerfero n gamma receptor 1 from a h uman VH- a nd VL-gene reper-
toire. lmmunotechnology. 1998;3(4):279-91.
101. Kuepper MB, Huhn M, Spiegel H, Ma JK, Barth S, Fischer R, et ai. Generation of
human antibod y fragments aga inst Streptococcus mutans using a phage di splay chai n
shuffling approach. BMC Biotechnol. 2005;5 :4.
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 42S
143. Vaughan TJ, Williams AJ, Pritchard K, Osbourn JK, Pope AR, Earnshaw JC, et a i.
Huma n a ntibodies w ith sub-nanomolar affinities isolated from a large non-immunized
phage display library. Nature biotechn ology. 1996;14(3):309 -14.
144. Sheets MD, Amersdorfer P, Finnern R, Sargent P, Lindquist E, Schier R, et a i. Effi-
cient construction of a large nonimmune phage antibody library: t he production of high
-affinity human single-chain antibodies to protein antigens. Proceed ings of the Naciona l
Academy of Sciences of the United States of America. 1998;95(11 ):6157-62.
145. de Haard HJ, van Neer N, Reurs A, Hufton SE, Roovers RC, Henderikx P, et ai.
A large non-immunized human Fab fragment phage library that permi ts rapid isolation
and kinetic ana lysis of hi gh affi ni ty antibodies. The Journal of biological chemistry.
1999;274(26):1 8218-30 .
146. Sblattero D, Bradbury A. Exploiting recombination in single bacteria to make large
phage antibod y li braries. Nature biotechnology. 2000;18 (1):75-80.
147. Marks JD, Hoogenboom HR, Bonnert T P, McCafferty J, Griffiths AD, Winter G.
By-pass ing immunizatio n. Huma n antibodies from V-gene librari es displayed on phage.
Journal of molecular biology. 1991;222(3):581-97.
148. Gram H , Marconi LA, Barbas CF, 3rd, Collet TA, Lerner RA, Kang AS. ln vitro
selection and affini ty maturation of a ntibodies from a naive combinatoria l immunoglo-
bulin librar y. Proceedings of th e Nacional Academ y of Sciences of t he United States of
America. 1992;89(8):3576-80.
149. Barbas CF, 3rd, Bain JD, Hoekstra DM, Lerner RA. Semi synthetic combinatorial
antibody libraries: a chemical solution to the diversity problem. Procee dings of the
Nacio na l Academy of Sciences of the Uni ted States of America. 1992;89(10):44 57-61.
150. Hoogenboom HR, Winter G. By-pass ing immunisation. Huma n antibodies from
synthetic repertoires of germline VH gene segments rearranged in vitro. Journal of mole-
cular biology. 1992;227(2) :381-8 .
151. Griffichs AD, Williams SC, Hartley O, Tomlinson IM, Waterhouse P, Crosby WL, et
ai. lsolatio n of high affinity human a ntibodies directly from large synthetic repertoires .
EMBO J. 1994;13 (14 ):3245-60.
152. Nissim A, Hoogenboom HR, Tomlinson IM, Flynn G, Midgley C, Lane D, et a i.
Antibod y fragments from a 'single pot' phage display librar y as immunochemical rea-
gents. EMBO J. 1994;13 (3) :692-8 .
153. de Kruif J, Terstappen L, Boel E, Logtenberg T. Rapid selection of cell subpopu-
lation-specific human monoclonal ant ibodies from a synthetic phage antibody library.
Proceedings of the Nacional Academ y of Sciences of the Uni ted States of America.
1 995 ;92(9):3938-4 2.
154. Knappik A, Ge L, H onegger A, Pack P, Fischer M, Wellnhofer G, et a i. Fully syn-
thetic human combinatoria l a ntibody libraries (HuCAL) based on modular consensus
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 429
167. Hawki ns RE, Russell SJ, Wincer G . Seleccion of phage antibodies by binding affi-
ni cy. Mimicking affinicy maturacion. Journa l of molecular biology. 1992;226(3) :889-96 .
168. Marks JD, Ouwehand WH, Bye JM, Finnern R , Gorick BD, Voak D, et ai. Human
antibod y fragments specific for human blood group antige ns from a phage display
library. Biotechnology (N Y). 1993;11(10):1145-9.
169. Clackson T, Hoogenboom HR, Griffiths AD, Winter G. Making a ncibod y fragmencs
using phage display libraries. Nature. 1991;352(6336):624-8 .
170. Winter G, Griffi ths AD, H awkins RE, Hoogenb oom HR. Making ancibodi es by
phage display technology. Annu Rev lmmunol. 1994;12:433-55.
171. Bass S, Greene R, Wells JA. Hormone phage: an enric hmenc method for variant
proceins wich a ltered binding properties. Proceins. 1990;8(4):309-14.
172. Burcon DR, Barbas CF, 3rd. Huma n antibodies from combinatoria l libraries. Adv
lmmunol. 1994;57:19 1-280.
173. H awkins RE, Russell SJ, Baier M, Winter G. T he con cribucio n o f contacc and
non-contact res idues of antibo d y in the affinity of binding to antige n. The ince-
raccion of mutant Dl.3 anc ibodies w ich lysozyme. J ourn al of molecular biology.
1993;234 (4 ):958-64.
1 74. Barbas CF, 3rd, Hu D, Dunlop N, Sawyer L, Cababa D, Hendry RM, et a i. ln vitro
evolutio n of a neucralizing human antibody to human immunodeficiency virus cype 1 to
enhance affinity and broaden stra in cross-reactivicy. Proceedings of che Nacional Aca-
dem y of Sciences of che Uniced Scates of America. 1994;91(9):3809-13.
175. Yang WP, Green K, Pinz-Sweeney S, Briones AT, Burcon DR, Barbas CF, 3rd. CDR
walking mucagenesis for the affini cy maturacion of a pocent huma n a nti-HIV-1 antibody
in to che picomolar range. Journal of molecular biology. 1995;254(3) :392-403.
176. Boder ET, Wictrup KD. Yeasc surface display for screening combinacorial polypep-
cide li braries. Nature biocechnology. 1997;15(6) :553-7.
177. Feldhaus MJ, Siegel RW. Yeast display of antibody fragments: a discovery and cha-
raccerizacion placform. Journa l of immuno logical m echods. 2004;290(1-2) :69-80 .
178. Shusca EV, Kieke M C, Parke E, Kranz DM, Wittrup KD. Yeast polypepcide fusion
surface display leveis predicc cherm al scabilicy and soluble secrecion efficiency. Journal
of molecular biology. 1999;292(5) :949-56.
179. Shusta EV, H oller PD, Kieke MC, Kranz DM, Wiccrup KD. Direcced evolucio n of a
sca ble scaffold for T-cell receptor engineering. Nacure biocechnology. 2000;18(7): 754-9.
180. Orr BA, Carr LM, Wiccrup KD, Roy EJ, Kranz DM. Rapid mechod for measuring
Scfv chermal scabilicy by yeast surface display. Biocechnol Prog. 2003;19(2):63 1-8.
1 8 1. Boder ET, Midelforc KS, Wiccrup KD. Direcced evolucion of ancibod y fragmencs
with mo novalent fem comolar antige n-binding affinicy. Proceedings of che Naciona l Aca-
demy of Sciences of che Uniced Scaces of America. 2000;97(20):10701-5.
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 431
182. Feldha us MJ, Siegel RW, Opr esko LK, Coleman JR, Feldhaus JM, Yeung YA, ec ai.
Flow-cycomecric isolacio n of human ancibodies from a nonimmune Saccharomyces cere-
visiae surface display library. Nacure bio cechnology. 2003;21(2):163-70 .
183 . va n den Beucken T, Piecers H , Sceukers M , van d er Vaarc M, Lad ner RC, H oogen-
boo m HR, ec a i. Affinicy macuracion of Fab antibod y fragments by fl uorescent-accivaced
cell sorting of yeasc-displayed libraries. FEBS letters. 2003;546 (2-3):288-94.
184. Z ho u H, Z hang YL, Lu G, Ji H , Rodi C P. Recombinanc anci body libra ries and selec-
cion cechnologies. N Biocechnol. 2011 ;28(5):448-52 .
185 . H o M, N agaca S, Pascan l. lsolac ion of anti-C D22 Fv wich high affi nic y by Fv dis-
play o n human cel ls . Proceedings of che Naciona l Academ y of Sciences o f che Uniced
Scaces of Amer ica. 2006;103(25):9637-42.
186 . H o M , Pascan l. Display a nd seleccio n of scFv anc ibodies on HEK-293T cells.
M echods in molecular biology. 2009;562:99-11 3.
187. M accheakis LC, Bhacc RR, Dower WJ. An in vicro polysome dis play syscem for iden-
cifying ligands fro m very la rge pepcide li braries. Proceedings of che Nacio nal Academy of
Sciences of che Uniced Scaces of America . 1994;91(19):9022-6 .
188. H a nes J , Pluckchun A. ln vicro seleccio n and evolucion of funcciona l proceins by
using ribosome display. Proceedings of che Naci onal Academy of Sciences of che Uniced
Scaces of America. 1997;94(10) :4937-42.
189. Rya bova LA, Despla ncq D, Spirin AS, Pluckchun A. Funcciona l an cibody produccion
us ing cell-free crans lacion: effeccs of procein dis ulfide isomerase and chaperones. Na cure
biocechnology. 1997;15( 1): 79-84.
190. Hanes J , Jermucus L, We ber-Bornha user S, Bosshard HR, Pluc kchun A. Rib osome
display efficiently seleccs a nd evolves hig h-affinicy a ncibodi es in vicro from imm une
li braries. Proceedings of che Nacio na l Academy of Sciences of che Uniced Scaces of Ame-
rica. 1998;95(24):14130-5.
191 . Hanes J, Schafficzel C, Knappik A, Pluckchun A. Picomolar affinicy antibodies from
a full y synchecic na ive library selecced and evolved by ribosome display. Nature biocech-
nology. 2000;1 8(12):1 287-92.
192. Gro ves M , La ne S, Douchwaice J, Lowne D, Rees DG, Edwa rds B, ec a i. Affini cy
maturacio n of phage display antibody po pulacions using ribosome d isplay. Jo urna l of
immunological m ec hods. 2006;313(1-2) :12 9-39.
193. Fuk ud a l, Kojo h K, Tabaca N, Doi N, Takashima H , Miyamoco-Saco E, ec a i. ln
vicr o evolucio n of single-chain a nti bodies using m RNA display. N ucleic Acids Res.
2006;34 (19}:e127.
194. Sumida T, Ya nagawa H, Doí N . ln vicro seleccio n of fa b frag mencs by mRN A dis-
play a nd gene-linking emulsion PCR. J Nucleic Acids. 2012;2012 :371379.
195 . Pluckchun A. Ribosom e display: a perspeccive. M echods in mo lecula r biology.
20 12;805:3-28.
432 Biotecnologia Aplicado à Saúde
196. Tsuruta LR, Tomioka Y, Hishinuma T, Kato Y, ltoh K, Suzuki T, et ai. Characteriza-
tion of 11 -dehydro-thromboxa ne B2 recombinant antibod y obtained by phage display
technology. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids. 2003;68(4 ):273-84.
1 97 . Barbas CFI, Burton DR, Scott JK, Silverma n GJ. Phage display: a laboratory
manual: Cold Spring Harbor Laboratory Press, Cold Spring Harbor, Nova York; 2001.
198. ltoh K, Nakagomi O, Suzuki K, lnoue K, Tada H , Suzuki T. Recombinant human
monoclonal Fab fragments against rotavirus from phage display combinatoria l libraries.
Journa l of biochemistry. 1999;125(1):123-9.
199. Green LL, H ardy MC, Maynard-Currie CE, Tsuda H , Lo uie DM, Mendez MJ, et
ai. Antigen-specific human monoclona l antibodies from mice engi neered with h uman lg
heavy and light chain YACs. Nature genetics. 1994;7(1):13-21.
200. Lo nberg N, Taylor LD, H arding FA, Trounstine M, Higgi ns KM, Schramm SR, et
ai. Antigen-specific human antibodies from mice comprising four distinct genetic modi-
fications. Nature. 1994;368(6474 ):856-9 .
201. Little M, Kipriya nov SM, Le Gall F, Moldenhauer G . Of mice and men: hybridoma
and recombinant antibodies. lmmunology today. 2000;21(8):364-70.
202. Lonberg N. Fully human a ntibodies from transgenic mouse and phage display plat-
forms. Current opinion in immunology. 2008;20(4):450-9.
203. Nelson AL, Dhimolea E, Reichert JM. Development trends for human monoclonal
anti body therapeutics. Nature reviews Drug discovery. 2010;9(10):767-74.
204. Waldmann H. Human m o noclonal antibodies: the r esidual challenge of a ntibody
immunoge nicity. Methods in molecular biology. 2014;1060:1-8.
205. Swiech K, Picanco-Castro V, Covas DT. Human cells: new platform for recombinant
therapeutic protein production. Protein expression and purification. 2012;84(1 ):147-53.
206. Ghaderi D, Z hang M, Hurtado-Z iola N, Varki A. Production platforms for biothe-
rapeutic glycoproteins. Occurrence, impact, and cha llenges of non-human sialylat ion.
Biotechnology & genetic engineering reviews. 2012;28:14 7-75.
207. Klein F, Mouquet H , Dosenovic P, Scheid JF, Scharf L, Nussenzweig MC. Antibodies
in HIV-1 vaccine development and therapy. Science. 2013;341 (6151):1 199-204.
208. Bogarin G, Morais JF, Yamaguchi IK, Stephano MA, Marcelino JR, Nishikawa AK,
et ai. Neutralization of crotaline snake venoms from Central and South America by anti-
venoms produced in Brazil and Costa Rica. Toxicon: official journal of the Internaciona l
Society on Toxinology. 2000;38(10):1429-41.
209. Higas hi HG, Guidolin R , Caricati CP, Fernandes l, Marcelino JR, Morais JF, et a i.
Antigenic cross-reactivity among components of Brazilian Elapidae snake venoms. Brazi-
lian journa l of medical and biological research = Revista brasilei ra de pesquisas medicas
e biologicas / Sociedade Brasileira de Biofísica [et ai]. 1995;28(7):767-71.
Anticorpos Poli e Monoclonais como Ferramenta Biotecnológica: Produção e Usos 433
210. Brege nholc S, Jensen A, Lantto J, H yldig S, Haurum JS. Recombinant human
polyclonal ancibodies : A new class of cherapeucic ancibodies againsc virai infeccions.
Current pharmaceucical design. 2006;12(16):2007-15.
211. Chen L, Liebman MA, Teodorescu-Frumosu S, Schniczler AC, Sharon J. Expression
of a prococypic anti-coloreccal cancer pol yclonal antibody library in mammalian cells.
lmmunology leccers. 2003;88(2):135-40.
212. Sharon J, Liebman MA, Williams BR. Recombinam polyclonal antibodies for can-
cer cherapy. Journal of cellular biochemiscry. 2005;96(2):305-13.
213. Koefoed K, Scei naa L, Soderberg JN, Kj aer I, Jacobsen HJ, Meijer PJ, ec ai. Racional
idencificacion of an opcimal ancibody mixcure for cargecing che epiderma! growc h faccor
receptor. MAbs. 2011;3(6):584-95.
214. Robak T, Windyga J, Trelinski J, von Depka Prondzi nski M , Giagounidis A, Doyen
C, ec ai. Rozrolimupab, a mixcure of 25 recombinam human monoclonal RhD antibodies,
inche creacment of primary immune chrombocytopenia. Blood. 2012;120(18):3670-6.
215. Frandsen TP, Naesced H , Rasmussen SK, Haupcig P, Wiberg FC, Rasm ussen LK,
ec ai. Consiscent manufaccuring and qualicy concrol of a highl y complex recombinam
polyclonal antibody producc for human cherapeucic use. Biocec hno logy a nd bioenginee-
ring. 2011;108(9):2171-81.
216. Persson P, Engscrom A, Rasmussen LK, H olmberg E, Frandsen TP. Development of
mass speccromecry based cechniques for che idencificacion and decerminacion of compo-
sicional variabilic y in recombinam polyclona l antibod y produccs. Ana lycical chemiscry.
2010;82(17):7274-82.
217. Da vico Bonino L, De Monte LB, Spagnoli GC, Yola R, Mariani M, Barone D, ec ai.
Bispecific monoclonal antibody anci-CD3 x anti-cenascin: an immunocherapeucic agent
for human glioma. lnc J Cancer. 1995;61 (4):509-15.
218. Carcer PJ. Pocent ancibod y cherapeucics by design. N a ture reviews lmmunology.
2006;6(5) :343-57.
21 9. Kelley B. lnduscria lizacion of mAb produccion cechnology: che bioprocessing indus-
cry ac a crossroads. MAbs. 2009;1(5):443 -52.
220. Li F, Yijayasankaran N, Shen AY, Kiss R, Amanullah A. Cell culture processes for
monoclona l anti body produccion. MAbs. 2010;2(5):466-79.
n)>
__
-O ,
--1
e
r--
0
CLONAGEM
E EXPRESSÃO
DE GENES DE
ANTICORPOS:
,
METODOS E
APLICACÕES
,
11. 1 INTRODUÇÃO
1 1 e -
l
o,-02- 0r,I 1 1 e - - - - Ve v, \I·
l
-n/- J1- J, - J , - e -
l
V; ~ cl 1 1 e - - V,
- v, - V J- J. - e -
\ V,
Figuro 11 .1 Representação esquemática do rearranjo gênico, que resulto no formação de genes de cadeias leves e pesados de imu-
noglobulinos. Cada domínio variável pesado, o mais ominoterminol é constituído pelo junção inicial de um segmento Do um JH, e em
seguido ocorre o junção do segmento VH ao DJH já rearranjado. Poro o formação do domínio variável leve, há um evento de recombina-
ção unindo um segmento gênico Vl o um dos cerco de seis Jl disponíveis.
440 Biotecnologia Aplicado à Saúde
+-- : _____.
e
C'
u
CDRs
Figuro 11.2 Dobramento de imunoglobulina. Cada domínio de imunoglobulino apresento sete folhas beta antiparalelas. Oesquema em
questão mostra a fita (" extra encontrada nos domínios variáveis leve e pesado. Estão mostradas as voltas (loops), que correspondem
à quase totalidade das COR. Além disso, cada um desses domínios apresenta uma ponte dissulfeto intracadeia.
domínio constante, que é reconhecido pelo sistema imune por uma coleção
de receptores celulares presentes em células efetoras do sistema imune, como
por exemplo macrófagos, mastócitos, basófilos e eosinófilos além de fatores
solúveis, como o complemento.
Os Fabs se ligam ao Fc por meio de uma região flexível (dobradiça ou
hinge, em inglês). Isso cria certa independência do Fab em relação ao Fc. Essa
maior ou menor flexibilidade implica a diferença na capacidade de reconhe-
cimento de epítopos próximos espacialmente, como antígenos de membrana
e antígenos virais. O hinge permite uma flexibilidade e uma independência
estrutural entre o Fab e o Fc. Nos poucos modelos de imunoglobulina com-
pleta conhecidos, a molécula se apresenta na forma de T. Nesses modelos,
a região do hinge aparece exposta ao solvente na forma de random coil,
sugerindo uma grande flexibilidade que dita uma estrutura Fab 2-Fc com três
módulos independentes. Essa independência não é absoluta, pois se sabe que
alguns receptores de Fc só se ligam a moléculas de anticorpos associados
ao antígeno.
Utilizando-se técnicas de manipulação de DNA, é possível construir molé-
culas inovadoras contento o paratopo do anticorpo monoclonal dentro de
uma estrutura de imunoglobulina humana. Trata-se da engenharia de anti-
corpos. Os anticorpos recombinantes são produzidos normalmente em cul-
tura de células animais transfectadas com um gene sintético codificador do
anticorpo, em um vetor de expressão ( ver mais detalhes na Seção "Sistemas
de expressão de anticorpos"). Nesse modo de produção, a estrutura do anti-
corpo pode ser alterada geneticamente para reduzir sua antigenicidade e
melhorar as propriedades da porção Fc. A porção constante do anticorpo
baseada em sequências humanas é, normalmente, fixa no vetor, e prati-
camente todos os anticorpos no mercado são do isotipo humano IgGl!K,
mesmo que outras opções de Fc também sejam exploradas, como a IgG4 e a
lgA. Definido o isotipo, é trabalhada a atividade efetora dos anticorpos. A
porção Fc participa diretamente de uma série de respostas biológicas, entre
elas a opsonização por fagócitos do patógeno associado ao anticorpo. Além
disso, temos a citotoxidade associada a anticorpos (Antibody Dependent
Cellular Cytotoxicity - ADCC), que é induzida por linfócitos que reconhe-
cem o anticorpo por meio de receptores específicos, os receptores de Fc (Fc
receptors - FcR), e citotoxidade dependente de complemento (CDC), que
depende da ligação do Fc ao fator Clq da cascada do complemento. Em
determinadas situações é importante termos um Fc que induza fortemente
o ADCC e/ou o CDC, como no caso de anticorpos dirigidos contra células
hiperplásicas para combate ao câncer, mas em outras situações o anticorpo
Clonagem eExpressão de Genes de Anticorpos: Métodos eAplicações 44S
não deve induzir resposta celular associada, quando se pretende, por exem-
plo, apenas neutralizar um fator de crescimento ou uma citocina. Portanto,
com o redesenho do Fc por engenharia de anticorpos, podem-se criar molé-
culas mais elaboradas e específicas em seu modo de atuação.
Praticamente todo o mercado farmacêutico está dominado pelos anticor-
pos intactos na configuração H 2 L2 • No entanto, cada vez mais são propostos
formatos mais compactos e especializados para uma determinada atividade.
Anticorpos intactos são funcionais, principalmente quando a atividade efe-
tora é fundamental para a atividade biológica, como o Rituximabe, que
destrói eficientemente células CD20+. Sua incrível eficiência farmacológica
se dá por uma forte atividade indutora de ADCC e CDC, que redundam
na eficiente redução de linfomas causados pela proliferação de linfócitos B
CD20+. No entanto, em outras situações, como no caso do Infliximabe (ou
Remicade), a capacidade única de neutralizar o fator de necrose tumoral
(TNF) é suficiente para o sucesso deste anticorpo no tratamento de doenças
autoimunes, como artrite reumatoide e doença de Crohn. Nesse caso, outros
formatos como o Fab podem ser considerados.
Atualmente, uma grande diversidade de formatos foi proposta (Figura
11.3 ). Alguns desses formatos trabalham a valência do anticorpo, a capaci-
dade de neutralização, e muitos deles propõem anticorpos híbridos, capazes de
ligar a dois antígenos ao mesmo tempo, uma abordagem interessante se houver
interesse de aproximar tipos celulares diferentes. O formato mais simples é o
Fv de cadeia única, ou scFv (single chain Fv), no qual apenas os domínios VH
e VL são produzidos na forma de uma única cadeia de proteína. Em uma única
cadeia polipeptídica se encontram os dois domínios fusionados por meio de
um peptídeo conector (linker) de quinze resíduos de aminoácidos, que garante
a flexibilidade necessária para ambas as cadeias se dobrarem e formarem o
heterodímero e, assim, resgatar o paratopo. Esse desenho básico do scFv foi
utilizado por diversos grupos que propuseram uma diversidade de combina-
ções e formatos de fragmentos recombinantes de anticorpos, como pode ser
visto na Figura 11. 3 18 •
Um formato derivado do scFv ganha destaque por conter um Fc intacto.
O FvFc (também chamado por alguns autores de scFvFc, de minibodies ou
de compact antibobies) é também uma construção monocistrônica com uma
única cadeia polipetídica contendo o um scFv fusionado à região de dobra-
diça e aos domínios constantes CH2 e CH3 16, 19 -21 • Essa cadeia única pode se
dobrar recriando o Fv, que fica conectado via hinge a um Fc homodimérico
com as atividades efetoras preservadas. Apesar de ser menor que uma IgG
e monocistrônica, o Fc reconstituído preserva a capacidade de dimerização
446 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Anticorpo Inteiro
Fab
Vc
e,
CH2 Legenda
VL Variável Leve
VH Variável Pesada
Fc CH1 , 2 e 3 Constantes Pesadas 1, 2 e 3
COR Regiões Determinantes de Complementaridade
-SS- Ponte de Dissulfeto
CH3 -N Região N terminal
-C Região C terminal
Fab Fragmento de Ligação ao Antígeno
1
Fc Fragmento Cristalizável contendo os Domínios Constantes Pesados
e
Fragmentos de Anticorpo
FvFc Fab Peptideo scFv
-~~
1!;0,º" -~
VH
CH2
v,
' CL 9,S-
CH1
Vc
C113
T
e
Figuro 11 .3 Esquematização de uma molécula de anticorpo e seus fragmentos. Ocaráter modular da molécula de anticorpo pode ser
notada na representação esquemática da molécula inteira, na qual estão ressaltados os fragmentos Fab e Fc. Por engenharia genética,
é possível ainda obter os fragmentos FvFc16; Fab 17 e scFv18•
Hibridorna
T
VQ_\'ESAYELVOSOOSLRlSCAASGFAFAGGEIOIWVRYAPGKTlEWGYFAS VCL'h.SGGGU,'OP335LfLSCA.ASGt li SGYL '.'N1\"~HCW'GKG__'INA.f IS
S!lplr'cia~~osla
VQLVESAYELVQSGGSLRLSCAASGFTFSGYEl~MWVRYAPGKT.E~VAFIS._
~ aJR2
1o 2c 30
•• 1 •.•• 1•••• 1 ••• • 1 •• •• 1.
"º so 60 H>
• ••• 1 • •• • 1•••• , ••• • 1 •• • • 1.
ao '='º , ::>o
• ••• 1 •••• 1 • ••• 1 •• •• , • •• • 1.
12- 44 OIQMTQSPASLSASVCETVTITCRASENIYS------Yl.AWYQQKQGKSPQLLvYNAJ<TLAECVPSRFS<;,:SGSGTQFSLKINSLQPEOFGSYYCQKHYCTP . WTFC<.;GTKLEIK.R JAl
21-10 NIVI.TQSl'ASLAVSLCQRArISCRASESVDSYCN--sn,mwYQQKPCQPl'KLLULASNLESGVI'ARFSCS!::SRTDF TLTIDl'VEADDAATYYCQQNNED[l . YTFGGGTKLEIKR JA2
22-33 DIVH'l'QSPTFLAVTASKKVTISCTASESLYSSKHKVHYUWYQKKPEQSPkLLIYGASNJ\YIGVPORFTÇSGSGTDFTLTISSVQVEDLTHYYCAQFYSYP . IT?GDGTRLEIKR J~J
8-24 DIVMTQSPSSI.1,MSVGQXVTMSCXSSQSLLNSSNQXNYLAWYQQKPGQSPKLLVYFASTRESGVPDRFIGSGSGTDF TLTISSVQAEDLADYFCQQHYS'?P. FTFGSGTKLEIKR J~4
R11' DVQTT\'.)SPSYT,,ASPr.R'J' TTINCR~ S KS T s x ------YI >.WYQER:PGlCTmn.r, TYSr..S'l'LQSG;TPSRF'~S GS GTDJ"TLTTSSLF.:PF.DFAMYYCQQHNRYP . L'l7\1~(;Tltt,ELKR JR.5
ai4 QIVLTQSPA I MSASLCERvnrI'C'lABSSVSS-----s YLHWYQQKPCSSPKLWIYSTSNLASGVPARFSCBCSCTSYSLTISSMEAEDAATYYCHQ'iHRSP
at4 QIVLTQSPAIMSJ\SPGEXVTM'l'CSASSSVS-------YMYWYQQKPGSSPRLLIYDTSNLASGVPVR.FSGSGS GTSYSLTISRME.AEDAATYYCQQWSSYP
bj2 DVVMTQTPL'l'LSVTIGQP ASISCXSSQSLLYSNG- XTYLNWLLQRPGQSPICRLIYLVSXLDSGVPDRF'l'GSGS GTDrTLICISRVEAZDLGVYYCVQGTBP'P
cfSI DILMTQSPSSNSVSLGDTVSI'l'CHASQGISS------NIGWLQQKPGJCSn t GLIYHGTNLEDGVPSRFSGSGSGADYSLTISSLESlmrADYYCVQYAQl'P
csl DVVV'TQTPLSLPVSFGDQVSISCRSSQSLANSYG-NTYLSWYLHKPGQSPQLLIYGISNRrSGVPDRFSGSGSGTDJ'TLK IS'.l'IKPEDLGMYYCLQGTBQP
hg24 DIVITQDELSNPVTSGESVSISCRSSKSLLYKDC-KTYLNWFLQRPGQSPQLLI YLMS'.l'RASGVSDRFSGSGSGTDFTLEISRVKAEDVGVYYCQQLVE'YP
Con~ e WYQ I Y G e FGX G
[;1,f.!:"liç.50 .11:.:iba:/Chcth.!.a I WLQ VY I 1 1 // 1
CCRl WFQ I K CDR2 CDR3 1junç3.:, VJ )
WFL IF
Até h oje, cerca de quarenta anticorpos já foram aprovados para uso clí-
nico. A Tabela 11.1 mostra esses anticorpos, seu caráter (murino, quimé-
rico, humanizado ou humano), seus alvos, doenças em que são usados, qual
companhia os comerciali za e o ano de aprovação. Uma breve análise tem-
poral dessa tabela mostra que há uma nítid a tendência atual de domínio no
mercado dos anticorpos humanos e humanizados. Esse fato pode ainda ser
comprovado nos testes clínicos em andamento com novas moléculas· .
Tabelo 11 .1 Anticorpos monoclonois aprovados poro uso terapêutico (até fev. 2015)
MOLÉCULA
ANTICORPO TIPO INDICAÇÃO EMPRESA ANO
ALVO
OKT3 (MUROMONABE{D3)* CD3 Murino Rejeição atransplantes Johnson &Johnson 1986
REOPRO (ABCIXIMABE) CA17-lº Quimérico PTCA** Centocor 1994
PANOREX (EDRECOLOMABE) GPllb/llla Quimérico Câncer Colorectol Centocor 1995
RITUXAN (RITUXIMABE) CD20 Quimérico Linfoma Non-Hodgkin Biogen, IDEC 1997
ZENAPAX (DACLIZUMABE)* IL2R Humanizado Rejeição atransplantes Prot Design Labs 1997
SIMULECT (BASILIXIMABE) IL2R Quimérico Rejeição atransplantes Novarts 1998
SYNAGIS (PALIVIZUMABE) RSV F Humanizado Profilaxia de RSV Medlmmune 1998
Artrite reumatoide e
REMICADE (INFLIXIMABE) TNF-a Quimérico Centocor 1998
Doença de Crohn
MOLÉCULA
ANTICORPO TIPO INDICAÇÃO EMPRESA ANO
ALVO
HERCEPTIN (TRASTUZUMABE) Her2/neu Humanizado Câncer de momo metastático Genentech 1998
MOLÉCULA
ANTICORPO TIPO INDICAÇÃO EMPRESA ANO
ALVO
lntegrina Doença de Crohn e Takeda
ENTYVIO (VEDOLIZUMABE) Humanizado 2014
a.4[37 Colite Ulcerativo Pharmaceuticol
SYLVANT (SILTUXIMABE) IL-6 Quimérico Doença de Castleman Janssen Biotech 2014
Murino (scFv
BLINCYTO (BLINATOMOMABE) CD19eCD3 Leucemia Linfoblástico Aguda Amgen 2014
biespecífico)
OPDIVO (NIVOLUMABE) PDl Humano Câncer de Pulmão Bristol-Myers Squibb 2014
COSENTYX (SECUKINUMABE) IL-170 Humano Psoríase Novartis 2015
UNITUXIN (DINOTUXIMABE) GD2 Quimérico Neuroblastoma Silver Spring 2015
O uso das leveduras tem sido uma a lternativa bastante eficaz na produção
de anticorpos e várias outras proteínas heterólogas, o que se deve ao fato
de esses microrganismos possuírem uma maquinaria celular mais complexa
para a expressão de produtos que precisam de modificações pós-traducio-
nais, como os anticorpos . A popularização do uso de leveduras também
está relacionada à simplicid ade no cultivo e nos processos de fermentação,
quando comparados às células animais 39 • Além disso, a disponibilidade de
kits de expressão comerciais e a facilidade técnica da manipulação genética
tornam as leveduras excelentes candidatas para a produção de proteínas de
interesse comercial 4 º.
Dentre as espécies de leveduras, as que já estão bem estabe lecidas para
a produção industrial são Saccharomyces cerevisiae e Pichia pastoris
(Komagataella pastoris). Dessas duas, S. cerevisiae é o microrganismo euca-
riótico melhor caracterizado geneticamente e prevalece entre as espécies de
levedura mais utilizadas na indústria alimentícia e farmacêutica 41 • Já a leve-
dura metilotrófica P. pastoris é a espécie de levedura mais apropriada para
a expressão heteróloga de uma forma geral, graças à alta eficiência dos seus
sistemas de expressão e secreção42 , tendo sido reportada, por exemplo, uma
produção de 10 g/L de a lbumina sérica humana43 , enquanto em S. cerevisiae
a produção é de 150 mg/L44 • Esses altos níveis de expressão em P. pastoris
estão relacionados ao forte promotor usado para transcrever genes heterólo-
gos, derivado do gene da álcool oxidase 1 (AOXl ), regulado por metanol, um
Clonagem eExpressão de Genes de Anticorpos: Métodos eAplicações 4S9
indutor relativamente barato. Existem dois genes que codificam para a álcool
oxidase, AOXl e AOX2; entretanto, o gene AOXl é responsável pela maior
parte da expressão em células crescidas na presença do indutor. O mecanismo
de ativação do gene AOXl envolve tanto a indução do seu promotor por
metanol quanto a desrepressão pela ausência de outras fontes de carbono 45 •
O sistema de expressão em levedura tem uma série de vantagens frente ao
sistema bacteriano, como a capacidade de fazer diversas modificações pós-
traducionais tipicamente associadas com eucariotos superiores, incluindo o
processamento de peptídeo-sinal, a formação de pontes dissulfeto, o dobra-
mento correto da proteína recombinante, a adição de lipídeos e uma glico-
silação (0- e/ou N- ligadas) mais próxima à humana45 •46 • No entanto, essa
glicosilação não é a mesma vista em hibridomas e mielomas, uma vez que as
ramificações de carboidratos adicionadas são ricas em D-manose 47 •
Outra vantagem do sistema de expressão em P. pastoris é a presença
da protease Kex2 que pode ser utilizada tanto para o processamento do
peptídeo-sinal quanto da proteína heteróloga expressa. Normalmente é uti-
lizado o peptídeo-sinal do fator alfa de Saccharomyces cerevisae no vetor
de interesse, que consiste em uma sequência de dezenove aminoácidos (pré
-peptídeo) seguidos de uma sequência de sessenta aminoácidos hidrofóbicos
(pró-peptídeo). A proteína é sintetizada na forma de pré-pró-peptídeo. O
pré-peptídeo é responsável pela transferência da pró-proteína para o retículo
endoplasmático. A pró-proteína é transportada pelo aparato de Golgi onde
o pró-sinal é clivado pela Kex2 liberando a proteína madura46 (Figura 11. 7).
Burtet e colaboradores, em 2007, demonstraram que um sítio de clivagem
similar ao da endopeptidase kex2 pode ser utilizado entre as cadeias, L e
Fd, de um Fab, permitindo a clivagem e o processamento correto da molé-
cula, resgatando as duas cadeias na forma de heterodímero com atividade
ligante 17 • Isso facilita a engenharia do vetor de expressão utilizado, já que se
trata de uma construção monocistrônica, em que ambas as cadeias estão sob
o controle do mesmo promotor, permitindo a expressão estequiométrica das
moléculas e o seu direcionamento para o retículo endoplasmático da leve-
dura. Esse ambiente redutor é propício para a formação de pontes dissulfeto,
para a montagem correta das cadeias leve e pesada do fragmento Fab.
Burtet e colaboradores desenvolveram um cassete para expressar as duas
cadeias polipeptídicas que compõem o Fab como um peptídeo único consti-
tuído pelo peptídeo-sinal, o Fd (V H-CH 1 ), separado da cadeia leve (V LCL) por
uma sequência de resíduos de aminoácidos que é reconhecida pela protease
Kex2 presente no aparato de Golgi 17 • A sequência de processamento do pep-
tídeo único é a seguinte: inicialmente ocorre a remoção do peptídeo-sinal
460 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Citoplasma
NH27'--___..__VH
_ _.__ __.._-'--
1CH1 11 VL CL rcoo- pre-pro-peptideo
Fab
Peplídeo
-1
Peptídeo sina~ _ _ _ __
Retículo
Endoplasmático
VH ~-~~-
NH2-{____ CH1 VL CL ~COO- pro-peptideo
11 Fab
Aparato
de Golgl
1
Q__,
NH,-1__1_v_H....L.l_cH_1+-1I'--vL_ _ coo. pro-peptideo
Fab
e,ex2 \ 7
Sítio de reconhecimentol
daK6x
NH,7~-.. J;.. !J
..
v,_H
~ l_c_H.... ,,__
v_
L_.__c_L__,rcoo- ':.{.";peptideo
1
Clivagem do pró-peptldeo
D pela Kex
NH,{ vH I cH1 j
[ iL [ cL _} coo-
!Secreçao
proteína
secretada
NH,4 VH : CH 1 1
1 VL I CL ~coo-
Figuro 11.7 Síntese do Fab de cadeia única (scFab) utilizando vetores de expressão em Pichia pastoris.
A)
Marca{:z : ~ Gene do r7~••
\-.______ __//
l TransfecçJo
B)
7•tina
Transfecção de vetor Crescimento em meio
contendo DHFR e gene ----+- seletivo livre de glicina,
de interesse o timina
49 ~
Supe~xpressio
da proteína
de interesse
Célula DHFR+ Célula com múltiplas cópias do gene OHFR e gene de interesse
Figuro l l .8 Principais marcas seletivas utilizadas em vetores para expressão em células de mamíferos.
Ver <http://www.bio.net/bionet/mm/methods/1999-March/074165.htmb.
Clonagem e Expressão de Genes de Anticorpos: Métodos e Aplicações 467
~p,
1
Xbal DRIII Bam ll l EcoR i
Linkcr Hinge
/
Í
p
VH VL 1 CH 2, 3 J1resJ NEO HSV40poly AI
1 1
Xma l
J
X ba l ;~,11 1
Xho 1 Ew R 1
pro ·ptidcu
~Psi
J
Xma I
VH
/
Xba l
1 l
0R1 11
VL
1 PA l
Nco I E'coR 1
Figuro 11.9 Organização gênica de cassetes de expressão monocistrônicos de lgG, Fvfc, Fab e scfv nos vetores de expressão em célula
de mamífero (lgG e Fvfc) , em Pichiapastoris (Fab) e em f. cali (scfv).
468 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Procedimento
Notas importantes
Procedimento
A amplificação por PCR deve utilizar como DNA molde o cDNA sinteti-
zado a partir do RNA de hibridoma. Como iniciadores, utilizar os oligonu-
cleotídeos descritos na Tabela 11.2.
São montados onze sistemas visando à amplificação do gene codificador para
o domínio V H e nove sistemas para o domínio VL" Nesses sistemas, o iniciador 3'
é sempre o mesmo, yl e 1cl8, para VH e VL, respectivamente. Os iniciadores 5' são
diferentes e apresentam algumas degenerações. Eles foram desenhados de modo
a cobrir toda a variabilidade de segmentos gênicos V H e Vk.
Clonagem eExpressão de Genes de Anticorpos: Métodos eAplicações 471
Procedimento
Notas importantes
Procedimento
Notas importantes
mais efeitos adversos do que benefícios aos pacientes aos quais eram admi-
nistradas. Foram precisos avanços científicos e a contribuição de diversas
áreas do conhecimento: biologia molecular, imunologia, biologia estrutural e
engenharia genética. Hoje, as metodologias empregadas são capazes de gerar
anticorpos muito mais seguros, que permitem a sua administração em doses
repetidas e contra diversos tipos de doenças, em especial aquelas associadas
a distúrbios do sistema imune e a neoplasias. De fato, assistimos cada vez
mais ao surgimento de novos fármacos a partir de anticorpos humanos e
humanizados. Começamos a ver também a proposição da utilização de frag-
mentos desses anticorpos como fármacos. Há ainda a tendência de utilização
dessa molécula "armada", isto é, ligada covalentemente a toxinas celulares
e a isótopos radioativos, ou ainda revestindo nanopartículas. Nesses casos,
o conceito de "bala mágica" ganha cada vez mais força, uma vez que o
anticorpo direcionaria o alvo, fazendo a entrega específica da toxina, do
radioisótopo ou da droga nanoencapsulada. Os anticorpos aprovados para
uso clínico representam uma gorda fatia no mercado de biofármacos. Só o
Rituximabe, em conjunto com o Remicade, movimenta cerca de 10 bilhões
de dólares ao ano. E esses são ainda anticorpos quiméricos. Muito mais
se espera das novas moléculas menos imunogênicas (anticorpos humanos e
humanizados), que começam a ser mais frequentes nas últimas aprovações
para uso clínico. Além disso, dado o alto custo da produção dessas molé-
culas, esforços continuados no sentido da otimização de seus processos de
produção vêm sendo realizados. Nesse contexto, a validação de algumas for-
mas compactas da molécula como os fragmentos do tipo FvFc é uma outra
tendência nessa área. Em conclusão podemos afirmar que esses biofármacos
vieram para ficar e certamente podemos afirmar que muito mais versões
deles chegarão às prateleiras das farmácias.
476 Biotecnologia Aplicado à Saúde
REFERÊNCIAS
1. Ll ewe lyn MB, Hawk ins RE, Russell SJ. Discovery of ant ibo di es . BMJ.
1 992;305 :1269-72.
2. Kohler G, Milstein C : Continuo us cultures of fused cells secreting antibod y of prede-
fined specificity. Nature. 1975;256:495-7.
3. Sitnikova T, Su C. Coevolution of immunoglobulin heavy- and light-c ha in varia ble-re-
gion gene families. Mol Biol Evol. 1998;15:617-25.
4. Winter G, Milstein C. Man-made antibodies. Nature. 1991;349:293-9.
5. de Bono B, Madera M, Chothia C. VH gene segments in the mouse and human geno-
mes. J Mol Biol. 2004;342:131-4 3.
6. Tomlinson IM, Walter G, Marks JD, Llewelyn MB, Winter G. The repertoire of huma n
germline VH sequences reveals about fifty groups of VH segments with different hyper-
variable loops. J Mol Biol. 1992;227:776-98
7. Matsuda F, Honjo T. Organization of the huma n immunoglob ulin hea vy-cha in locus.
Advlmmunol. 1996;62:1-29.
8. Kl on owski KD, Primiano LL, Monestier M. Atypical VH-D-JH rear rangemen ts in
newborn a utoimmune MRL mice. J lmmunol. 1999;162:15 66-72 .
9. Zocher l, Roschentha ler F, Kirsch baum T, Schable KF, Horlein R, Fleischma nn B,
Kofler R, Geley S, H ame ister H, Zacha u H G. Clustered and interspersed gene fam ilies in
the mouse immunoglobulin kappa locus. Eur J lmmunol. 1995;25:3326 -3 1.
10. Chen Y, Stollar BD. DNA binding by the VH domain of anti-Z -DNA antibody a nd its
modulatio n by associatio n of the VL dom ain. J lmmuno l. 1999;162:4663-70.
11. Jang YJ, Lecerf JM, Stollar BD. Heavy chain dominance in the binding of DNA by a
lupus mo use monoclonal a utoantibody. Mol lmmuno l. 1996;33:197-210.
12. WornA, Plückthun A. Stability engineering of a ntibod y single-chain Fv fragments. J
Mo! Biol. 2001;305:989-1010.
13 . Ward ES. VH s huffling can be used to convert an Fv fragment of anti-hen egg
lysozyme specificity to one that recognizes a T cell receptor V alpha. Mol lmmuno l.
1995;32:147-56.
14. Spatz L, Saenko V, lliev A, Jorres L, Geskin L, Diamond B. Light chain usage in
anti-double-s tranded DNA B cell subsets: role in cell face determination. J Exp Med.
1997;185:1317-26.
15. French DL, Laskov R, Scharff MD.The role of somatic hypermutation in the genera-
tion of antibod y diversity. Science. 1989;244:1152-1157.
16. Andrade EV, Albuquerque FC, Moraes LM, Brígido MM, Santos-Silva MA. Single-
cha in Fv with Fc fragment of the human lgGl tag: construction, Pichiapastoris expres-
sio n and antigen binding characterization. J Biochem. 2000;128:891-5.
Clonagem eExpressão de Genes de Anticorpos: Métodos eAplicações 477
17. Burtet RT, Santos-Silva MA, Buss GA, Moraes LM, Maranhão AQ, Brigido MM.
Production of a recom binant Fab in Pichiapastoris from a Monocistronic expression
vector.J Biochem. 2007;142:665-9.
18. Brigido MM, Polymenis M, Stollar BD. Role of mouse VHl0 and VL ge ne segments
in the specific binding of antibody to Z-DNA, analyzed with recombinant single chain
Fv molec ules. J Immuno l. 199 3;150:469-79 .
19. Lund J, Takahashi N, Popplewell A, Goodall M , Pound JD, Tyler R, King DJ, Jef-
feris R. Expression and characterization of truncated forms of humanized L243 IgGl.
Architectural features can influence synthesis of its oligosaccharide chains and affect
superox ide production triggered through human Fcgamma receptor I. Eur J Biochem.
2000;267:7246-57.
20. Vaz de Andrade E, Freitas SM, Ventura MM, Maranhão AQ, Brigido MM. Thermo-
dynamic basis for antibody binding to Z-DNA: compariso n of a monoclonal antibody
and its recombina nt derivatives. Biochim Biophys Acta. 2005;1726:293-301.
21. Silva HM, Vieira PM, Costa PL, Pimentel BM, Moro AM, Kali! J, Maranhão AQ,
Coelho V, Brigido MM. Novel humanized a nti-CD3 a ntibodies induce a predominantly
immunoregulatory profile in human peripheral blood mononuclear cells. Immunol Lett.
2009;125: 129-36.
22. Kimball JA, N orma n DJ, Shield CF, Schroeder TJ, Lisi P, Garovoy M, et ai. The
OKT3 Antibody Response Study: amulticentre stud y of human anti-mo use antibody
(HAMA) production following OKT3 use in solid organ transplantation. Transpl Immu-
nol. 1995;3:212-21.
23. Morrison , SL, Johnson, MJ, Herzen berg, LA, Oi, VT: Chimeric human a ntibod y-
molecules : mouse antigen-binding domains with huma n constant region domains. Proc.
Natl. Acad. Sei USA 1984;81:6851-5.
24. Jones, PT, Dear, PH, Foote, J, N eub erger, MS, Winter, G: Replacing thecomple-
mentarity-determining regions in a human antibod y w ith those from amo use. Nature.
1986;321 :522-525.
25. M aranhão AQ, Brigido MM.Anticorpos humanizados: Human ização de anticorpos
de interesse clínico. Biotecnologia Ciência e D esenvo lvimento. 2001 Nov/Dez;23:38-43.
26. Mouquet H , Klein F, Scheid JF, Warncke M, Pietzsch J, Oliveira TYK, Velinzon K,
Seaman MS, Nussenzweig M C.Memory B Cell Antibodies to HIV-1 gp140 Cloned from
Individuais Infecte d with Clade A and B Viruses. Pios One 2011;6(9):259-272.
27. Alt, FW, Blackwell, TK &Yancopoulos, GD: Immunoglobulin genes in transgenic
mice. Trends Genet 1985;1:231-236.
28. Green LL. Antibody engineering via genetic engineering of the mouse: XenoMouse
strains are a ve hicle for the facile generatio n of therapeutic human mo noclona l antibo-
dies. J Immunol Methods. 1999;23 1:11 -23 ..
478 Biotecnologia Aplicado à Saúde
29. Smith GP. Filamentous fusion phage: no vel expression vector s that displa y cloned
antigens on the virion surfa ce. Science. 1985;228 :131 5-7.
30 . Hoogenboom HR, Winter G . By-passing immunisation. Human ant ibo dies from
synt hetic repertoires of germline VH ge ne segments rearranged in vitro. J Mol Biol.
1 992;227:381-8.
3 1. H awkins RE, Russell SJ, Winter G. Selection of phage a nti bodies by binding affinity.
Mimicking affinity ma turation. J Mol Biol. 1992;226 :889-96.
32 . Garrard LJ, H enner DJ.Selection of a n a nti-IGF-1 Fa b fro m a Fab p hage library
created by m utage nesis of multiple COR loops. Gene. 1993;128:103-9.
33. Chadd HE, Chamow SM. Therapeutic ant ibody expression tec hnology. Curr Opin
Biotechnol. 2001;2:188-94.
34. Verma R, Boleti E, George AJ. Antibody engineering: comparison of bacterial, yeast,
insect a nd mammalian expression systems. J lmmunol Methods. 1998;2 16: 165-81.
35. Kipriyanov SM, Le Gall F. Ge neratio n and production of engineered anti bodies. Mol
Biotechnol. 2004;26:39-60.
36. Arbabi-Ghahroudi M, Tanha J, MacKenzie R. Prokaryotic expression of anti bodies.
Cancer Metastasis Rev. 2005;4:501-19.
37. Studier, FW, M offattBA.Use of bacteriophageT7 RNA polymerase to d irect selecti ve
high -level expression of cloned genes. J. Mol. Bio l 1986;1 89:113-130.
38. Studier, FW, Rosenberg AH , Dunn JJ, Dubendorff, J W. Use of T7 RNA polymerase to
direct expression of cloned genes. Methods Enzymol 1990;1 85:60-89.
39. Gerngross TU. Advances in the production of human therapeutic proteins in yeasts
and fil amentous fungi. Nat Biotechnol. 2004;22 :1409-14.
40. H ollenberg CP, Gellissen G. Production of recombinam proteins by methylotrophic
yeasts. Curr Opin Biotechnol. 1997;5 :554-60.
41. Walsh G. Biopharmaceutical benchma rks--2003. Nat Biotechnol. 2003, 21:865-70.
42. Schmidt FR. Recombinant expression systems in the pharmaceutical industry. Appl
Microbial Biotechnol. 2004;65:363-72.
43. Kobayashi K, Kuwae S, O hya T, O hda T, Ohyama M, Ohi H , Tomomitsu K, Ohmura
T. High-level expression of recombinant human serum a lbumin from the methylotrophic
yeast Pichiapastoris wit h minimal protease production and activation. J Biosci Bioeng.
2000;89:55-61.
44. Sleep D, Belfield GP, Ballance DJ, Steven J, Jorres S, Evans LR, Moir PD, Goodey AR.
Saccharomyces cerevisiae strains that overexpress heterologous proteins. Biotechnology.
1991;9:183-7.
45 . Cereghino JL, Cregg JM. H eterologous protein express ion in the methylotrophic
yeast Pichiapastoris. FEMS Microbial Rev. 2000;24:45 -66.
Clonagem eExpressão de Genes de Anticorpos: Métodos eAplicações 479
61. Yoss, S.D., Schlokat, U., Gruss, P., The role of enha ncers in the regulation of cell-type
-specific transcription control. Trends Biochem Sei. 1986;1 1 :287.
62 . Maniatis T, Goodbourn S, Fischer JA. Regulation of inducible and tissue-specific
gene expression. Science. 1987;236 :12 37.
63. Asselbergs FA, Widmer R. Use of the Escherichia coli chromosomal DHFR gene as
selection marker in mamma lian cells. J Biotechnol. 1 995;43:133 -8.
63. Eisenberg D, G ill HS, Pfluegl GM, Rotstein SH. Structure-function relationships of
glutamine synthetases. Biochim Biophys Acta. 2000;1477:122-45.
64. Maranhão AQ. Capítulo Vlll: Transformação Bacteriana. l n : Azevedo MO, Felipe
MSS, Erigido MM, Maranhão AQ, De-Souza MT, editores. Técnicas básicas em Biologia
Molecular. 1. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília; 2003. p. 129-142
65. M aranhão AQ, Moraes LMP. Capítulo IV: Extração e purificação de DNA. ln: Aze-
vedo MO, Felipe MSS, Erigido MM, M aranhão AQ, De-Souza MT, editores . Técnicas
básicas em Biologia Molecular. Bras ília : Editora da Universidade de Brasília; 2003. p.
4 9-72
Sites consultados
http://www.drugs.com
http://www.bio.net/bionet/mm/methods/19 99-March/0 74165 .html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/igblast/
http://www.bio inf.org.uk/a bs/
n)>
-O
_,
--1
e
r--
0
ANTICORPOS
HUMANIZADOS
Wilmar Dias da Silva
Angela Alice Amadeu Megale
12. 1 INTRODUÇÃO
• C- t4rl!UMI
1 L Us , 1
: p,;•d i.f'Ml/«I
Pr,n,,bh
ru,,...._del&~
l""M"-"'""
+
t
Figuro 12.1 B Produtos de clivagem do molécula de lg por enzimas proteolíticos. Pepsina: clivo o molécula de lgG depois do região
do hinge, resultando no fragmento F(ob')2 e em pequenos peptídeos do Fc. Popoíno: clivo o molécula de lg antes do região do hinge,
resultando em dois fragmentos de Fob e no Fc íntegro.
100 -
75 -
25 •
FRl FR2 FR3 FR4
Figura 12.2 Regiões hipervariáveis da molécula de lgs. As sequências de aminoácidos obtidas de diferentes lgs purificadas foram
comparados. Depois de alinhadas, sequências contendo resíduos repetivos e diferentes apareceram ao longo do molécula. Três regiões
hipervariáveis intercaladas entre quatro regiões bem conservadas emergiram. Essas regiões localizavam-se nas porções V das cadeias
L e H. As regiões hipervariáveis responsáveis pela combinação com os epitiopos do Ag indutor da resposta imune foram designadas
"complementarity-determinig regions" (CDR). As regiões intercaladas de sequência conservada foram designadas "framework regions"
(FR). Parte desta figura foi adaptada da figura correspondente publicada por Wu e Kabat1•
* Informações originalmente obtidas com o sequenciamento de aminoácidos das reg iões variáveis
de proteínas Bence Jones e de cadeias L de mieloma alinhadas e confrontadas', posteriormente
confirmadas e ampliadas em diversos modelos experimentais.
Anticorpos Humanizados 48S
----i- - 1-- - -
Luci cadeia LK
------e, ----- -
LI Vd L2 v,a Ll V,ô [L VK~ :, H e,
-Cµ --Có-Cy3-C.v1-()•1b-Cr1a-CLJ---Ca-3'
D J rt.!llrflffli:tiçii'1
j
5 '- V1115111 D1J15111 - ÇtJ.-Cl-1 - Traascrito prim.irio dcR.t'IA
j
J'roa-JSímUmt'1 difert.lf.(Íll.lt!D &VA.pM.iJric
j
i"-Vulh,D11Vi"' - 0•
j
RNb,
j
Tr211sbçio
1
Proccssamcato ■os ribossomas
j
C:tdchts R l:-s1,1 cõ
Figura 12.4A Cadeia H: Recombinação aleatório de segmentos V, De J presentes no linhagem germinativo do DNA de linfócitos 8 poro organizar
um segmento gênico V·D·J. Durante oorganização gênico do cadeia Hde lg, primeiro ocorre oligação de Dem J, formando Dr No esquema, OH 15
se uniu com wJH3 w oo ocaso, resultando em D" 15 wJH3w. Este segmento, também oo ocaso, se une oum segmento VH, no exemplo, VH15
w, resultando no segmento VH15 w OH15 wJH3 w. Em seguido, procede-se o transcrição do gene rearranjado e transcritos de RNA primário
são produzidos. Apenas éxons referentes o(µ e Cõ são incluídos. Os demais íntrons Cy3, Cyl, Cy2b, Cy2o, Ct3 e Ca serão incluídos mais tarde
no evolução de uma resposta imune após encontro com o antígeno, processo de "switching". Este processo é canônico: ocorre depois que os
íntrons são eliminados, é independente do ocorrência ou não de hipermutoção somático, preservo oespecificidade poro oAg criado originalmente
durante orearranjo gênico que é integralmente transferido poro oisotipo seguinte que for gerado. Os transcritos de RNA criados são processados
resultando no produção de RNAm que codificam regiões Vligados oregiões C, Cµ e Cõ durante o processo de translação em proteínas.
l
RNAm
J':xJu,Jw.C,,
Tra•slaçio
!
Prn1..in:11 C.:.l..ia •·
Figura 12.48 Cadeia LK: Orearranjo do gene poro cadeia envolve ojunção aleatório de um segmento de gene Vo um segmento de gene J. No
esquema, olocus VK3w, em um primeiro instante, junto-se oao locus w, formando VK3wJwCK, que por suo vez, se ligo oum éxon Cµ. O
RNAm VK3wlw(K é transladado poro oproteína do cadeia µ.
492 Biotecnologia Aplicado à Saúde
l m = pares de bases
Reorganização DNA VJ.Jl
l
-3 '= Tran.sc.rito primário de RNA
l
Processamento diferencial do RNAprimário
l
5"-J.,ll wJH1 w Cll -3'
l
Rl\/Am
l
Translação
l
Processamento nos ribossomas
l
Proteína À
Figuro 12.4( Cadeia LÃ: Orearranjo do gene para a cadeia envolve a junção aleatória de um segmento de gene Va um segmento de
gene J. No esquema, o locus VÃ.lm, em um primeiro instante, junta-se aao loci m, formando VÃ] mJHl m, que, por sua vez, se liga
a um éxon (À. ORNAm VÃ.l mJHl m (Ã.l é transladado para a proteína da cadeia (À..
12.4 PERSPECTIVAS
12.S.1 Neutralização
1 2.S.2 Opsonização
CP LP AP
C3[H20J I fB I t.42;1 1
Pol1,;;,;;xoridcoc riOO-;;
Coms:lexos Pt;Ab
Rit1 :h -1i,t-.
em manose lie:aéos r a
..i11- r;1:N-' 1:.-l11l.,1 1 fO '
Viru;
t □(HlU)fl
t Mtsl, (rral'V'o,;;::- t:irding
Cl qrs-Ca-tt lcctin)
1
C3(HlO)Bt
Cln;; Cli-if.ri"-l
{C::I CO'l\'Crta,;;:::i 1n1ciaç5o
:>retcajC!. ot1voéo,;; t.tASP, :.:, ri,;i pro tQõlSIIS
T
CA M~~.,. O
OViOC: ioda,;; a Mtsl
V
e,
l
17
4aec~ C4 M3+-Q C2
t C3b >C3a
C4:,C2e V
C2a e C2b
CJ-ccn,,erta!!:e) Ct:,C2ti
f::9 ( I)ll'li-'fl,..., ..
J. C::ibfts
u V
l l:::l
✓
C3a eC3b V C3b6✓
C4b,C2a,C3b C4bC2aC3b C3t:ts:ll-'
[~ con\lCrtJ,;;cl (C3convc :ta~
-l ;,irplifk -,r;âol
cs {CS con\lllõ!rt:ilSII)
C3
V
C3a
Csa e csb
-l C3b
C5
C5b C5a
J.
C5
Figuro 12.5 Vias de ativação do sistema complemento salientando ativadores, complexos moleculares organizados e o emergência dos
efetores onofilotoxinos, opsoninos e complexo lítico. Aativação do sistema complemento inicio-se e estabelece-se através de três cascatas
moleculares: via clássico (V(), via dos lectinos (VL) e via alternativo (VA), resultando no organização de dois complexos enzimáticos, (3
convertoses e (5 convertoses. Dos ações dessas enzimas resultam produtos de clivagem, onofilotoxinos C3o, C4o e C5o, de opsonino
(3b e de complexo molecular [C5b H6 H7H8H94]2 potencialmente citolítico. Sutil, porém importantes interconexões ocorrem
ao longo do ativação com utilização de determinados componentes já ativados em uma via por outro em paralelo. lmunocomplexos,
algumas bactérias e vírus interagem com o componente Cl via o subcomponete Cl q, rersultondo no ativação do subcomponente Cl s
que clivo e ativo os componentes C4 em C4b e C4a e (2 em C2o e C2b. Polissocorídeos ricos em monose interagem com o proteína
MBL (monose-binding lectin), o complexo resultante MB L·polissocorídeo rico em monose ativo os pré·proteoses MASPs. MASPs ativados
clivam (4 e (2 de maneira similar o Cls. AVA inicio-se espontaneamente após hidrólise do grupo tioéster presente no cadeia alfa do
moleculo de (3, fenômeno designado "tickover". Formam-se, suscessivomente, os complexos enzimáticos (3 convertose de ativação
e (3 convertose de amplificação. Aadição de molécula adicional de (3b às enzimas (3 convertoses C4b(2b e C3bBbP resulto no
organização dos (5 convertoses (4b(2b(3b e (3bBb(3bP, que clivam (5 em (5a e (5b. (5b inicio oconstrução do complexo molecular
[C5b H61-C71-C81-C94]2.
Baseado em Dias do Silvo (2012, Figuro 2)H_
498 Biotecnologia Aplicado à Saúde
O se é ativado por três vias: via alternativa (VA), via das "mannose binding
lectins" (VMBL) e via clássica (VC). As enzimas resultantes da ativação dessas
vias convergem para uma via comum, a via lítica (VL) (Figura 12.4). A VL
envolve os componentes e3, fB, fD, e P. ÍOns de Mg++ são necessários para sua
Anticorpos Humanizados 499
12.5.4.3 Ativadores de VC
12.7 IG IGY
CJ ~ Região V
~ } ~
\
. ~ ReAiâo e, cadeia L
~'
e= ~ RcBião C3, cadeia H
l, ~ Regi~o ü i , cadeia H
.
1 C.:11lrnid1alu ldlerc1I
Dados quantitativos
Com 150 genes V, 5 genes J e até 10 possíveis uniões VJ juntos, o número
total de cadeias leves (L) K possíveis é de 7.500. Com 80 genes V, 50 genes D
e até 100 maneiras diferentes de produtivamente obter-se V-D e D-J, há 2,4
milhões de cadeias pesadas (H) possíveis. Assim, há 7,5 mil x 2,4 milhões, ou
18 bilhões de anticorpos diferentes possíveis, que se acrescem por mutações
somáticas, podendo chegar a 10 11 recombinações diferentes. Informações
detalhadas encontram-se nas referências 12· 16 •
Receptores T CR
São proteínas dispostas na superfície de Lts. Constam de duas cadeias,
cadeia a e cadeia g unidas por uma ponte dissulfeto, porém, individualmente
inseridas na membrana celular por regiões transmembrânicas, cada uma com
o segmento C-terminal curto intracitoplasmático. A cadeia a consta de dois
domínios, Va e Ca intercalados por segmentos retilíneos. A cadeia g consta
de dois domínios, yg e cg, também intercalados por segmentos reti líneos.
Os quatro domínios são extracelulares. Cinco grupos carboidratos estão
ligados nas regiões constantes, três na cadeia g e dois na cadeia a. O sítio
de reconhecimento e combinação com Ag é formado pelo espaço delimitado
pelos domínios variáveis Va e VK A periferia desse espaço acomoda parte
da molécula do complexo principal de histocompatibilidade (CPH) que
lmunocomplexos formados com anticorpos lgY não a tivam o sistema complemento de mamíferos.
O Fc de lgY não interage com receptores celulares para IgG ou lgE dispostos na superfície de cé -
lulas de mam íferos. Esses dois fatos reduzem a incidência de reações falso-positivas quando IgY é
usada como imunorreagente. Há mais duas vantagens da IgY sobre Ig de mamíferos como reagente
imunobiológico: os processos de produção são comparativa mente menos elaborados e o produto
final é mais barato.
Anticorpos Humanizados S17
1 2.9 PRODUÇÃO DE AC
aminopterina, uma vez que tanto a via síntese de novo como a via síntese de
salvação para síntese de nucleotídeos não estarão funcionando. Como resu-
mido a seguir, a escolha judiciosa dos parceiros de fusão celular assegurará
a sobrevida das células híbridas desejadas .
O método de produção de AcsMs consiste nas eguinte etapas: (a) Imu-
nizar camundongo com o Ag-X. (b) Isolar células Lbs ativadas (HGPRT+,
Ig• e TK•) do baço. (c) Isolar células de mieloma (HGPRT, Ig· e TK", imor-
talizadas). (d) Fazer a fusão entre Lbs e células de mieloma por meio de
polietilenoglicol ou vírus Sendai. (e) Identificar os clones sobreviventes que
expressem simultaneamente HGPRT+, Ig• e TK+, imortalizadas, e que secre-
tem Ig. (f) Selecionar os hibridoma que secretam a Ig específica para o Ag-X.
(g) Reclonar e expandir os hibridomas selecionados cultivando as células
de hibridoma in vitro e coletando os AcsMs secretados no meio de cultura.
Alternativamente, as células de hibridoma podem ser injetadas na cavidade
peritoneal de camundongo geneticamente compatível, e os AcsMs podem
ser recolhidos no líquido ascítico. Os AcsMs são purificados usualmente por
cromatografia de afinidade.
490 42 Excesso de Ag
Precipitado
Ag adicionado - - - -
Ac+H +-----tAcH,
cuja constante de associação pode ser calculada pela lei de ação das
massas:
K= AcH/(Ac)(H).
K= r/(n-r)c,
12. 11 HUMANIZAÇÃO DE AC
Fundamentos
PD é uma técnica que usa informações genéticas aleatoriamente embu-
tidas no genoma de bacteriófagos para identificar proteínas, peptídeos ou
DNA. Bacteriófago é o componente-chave da técnica. A identificação baseia-
se em interações configuracionais entre imagem real da molécula-alvo e ima-
gem especular disposta em uma das milhões de moléculas-identificadoras.
Moléculas-alvo são proteínas, peptídeos ou DNA motivo do estudo, que se
deseja detectar, isolar e multiplicar; moléculas-identificadoras são proteínas
e/ou DNA naturalmente expressas no genoma do fago. Essa técnica foi des-
crita em 198522 •
A superfície de bacteriófagos possui um sistema para expressar (poli)
peptídeos (fenótipo) que estão fisicamente ligados ao segmento de DNA de
seu correspondente gene (genótipo). Esta ligação é conseguida por clonagem
do gene estranho em fusão com a proteína do fago usualmente pIII e p VIII.
O fago tem forma cilíndrica, 2.000 nm de comprimento e 6 nm de diâmetro
e um coat de proteína revestindo o genoma. As proteínas coat dispõem-se da
seguinte maneira: moléculas de plll, em uma das extremidades entremeadas
528 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Protocolo geral
A tecnologia de PD empregada na identificação de polipeptídeos que se
ligam com alta afinidade em uma desejada molécula-alvo de outra proteína
ou de DNA obedece a seguinte ordem:
1) A biblioteca de phage-display é submetida à adesão na superfície interna
de poços de microplacas. Populações de biblioteca de phage-display não
aderidas são removidas por lavagens.
2) Phage-display aderidas podem ser retiradas e usadas para infectar bacté-
rias hospedeiras adequadas visando obter mais phage-display. Os novos
fagos formam uma nova população de fagos mais pura.
3) Os DNA desses fagos são isolados, sequenciados e as sequências obti-
das emparelhadas com as respectivas sequências do DNA recuperado do
genoma que codifica as proteínas ou peptídeos (fenótipo) que aderiram
ao fago.
produzir mais fagos infectando bactérias com helper phage. Ciclos repeti-
dos dessas etapas são referidos como panning, (em referência à purifica-
ção de ouro por remoção de impurezas). Fagos recuperados na etapa final
podem se usados para infectar bactérias hospedeiras adequadas que servirão
de fonte de phagemids. Amostras de DNA relevante podem ser obtidas de
phagemidse sequenciadas para identificação das proteínas ou peptídeos que
se interagem . A etapa em que se usa helper phage pode ser eliminada pela
tecnologia de bacterial packaging cell line technology 24 •
Aplicações da técnica de PD
Identificação das moléculas parceiras, proteína ou DNA, que interagem.
A molécula da proteína-alvo de identificação é imobilizada em superfície
insolúvel. A molécula de DNA faz parte da biblioteca vasta do fago 25 •
Células do sangue
Recém-migradas: CD19 + CD10 + CD27 - lgM+.
Maturas virgens: CD19 + CD10 - CD27 - IgM+.
Memória-IgM: CD19 + CD10 - CD27 + lgM+.
Memória IgG+: CD19 + CD10 - CD27 + IgG+.
'•"
5'pt'lrnumbl:
,,.
H VKPfimeJmix ~ ·vA p.-imcr mii,;
1?J [YIIJlOJ(.lttJ[CIU
1 ) [Vl(]IJ•l(CKI
i 3·o,;;4~
..
1 J IV>.JU"-l lOJ
Seq11e nclamuno
t ..
SeqU@nclamem:o
mi><
5'/tgitlVk l ~OO
..
A€-el- (VÂJ IUJ - lO,ol
[?J[VUIID] (Jtl]{Ctl)
l'A~WI 11: i><pl!dtlM
t ..
5','\e:cl VJ,..
l l (VA](l.\:[0,1
~ l- [V1dll•l - lb-\V1
~@l•(Vll)ID)IJIIJ 54111
,..,
(-.
L•.d• rAg.i
,..,
,,.,,-
Ac~I - IVAJJJyJ - >J-.ol
t A I-Rf.gllo . HC.
~
IH HC, ou Aecl (VA)(Jy) XOOI
-.J -.J
Ruutf~.1--A,np.
~ uNX~fflt(I
1 2. 13 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1. Wu TT, Ka bat EA. An analysis of the sequences of the variable regions of Bence Jorres
proteins a nd myeloma lig ht chains and their implications for anti body complementari ty.
J Exp Med. 1970;132(2):211-50.
2. Tonegawa S. Somatic generation of antibod y diversity. Nature. 1983;302(5909) :575-81.
3. Ko hler G, Milstein C. Continuous cultures of fused cells secreting antibod y of prede-
fined specificity. Nature. 1975;256(5517):4 95-7.
4 . Davies DR, Metzger H. Structural basis of antibod y function. Ann u Rev lmmuno l.
1983;1:87-117.
5. Bengten E, et a i. lmmunoglobulin isotypes: structure, function, and genetics. Curr Top
Microbiol lmmunol. 2000;248:189-219.
6. Yoneyama M, et ai. The RNA helicase RlG-1 has a n essencial function in do uble-stran-
ded RNA-induced innate antivirai responses. Nat lmmunol. 2004;5(7):730-7.
7. Kato H, et a i. Differential roles of MDA5 a nd RlG-1 helicases in the recognition of
RNA viruses. Nature. 2006;441(7089):101-105.
8. Oeckinghaus A, et a i. Maltl ubiquitination triggers NF-kappaB signaling upon T-cell
acti vation. EMBO J. 2007;26(22):4634-45.
9. Sun L, et ai. The TRAF6 ubiquitin ligase and TAKl kin ase med iate lKK activation by
BCLl0 a nd MALTl in T lymphocytes. Mo! Cell. 2004;14(3):289-301.
10. Sheedy FJ, et a i. CD36 coordinates NLRP3 inflammasome acti vati on by facilitating
intrace llular nucleation of soluble liga nds into particulate ligand s in sterile inflamma-
tion. Nat lmmunol. 2013;14(8):812-20.
11. Elena BL. Repeated inoculations of Mycobacterium bovis Bacille Calmette-Guéri n
(BCG) are needed to induce a strong humoral immune response aga inst a ntigens expres-
sed by the bacteria. Open Jo urnal of lmmunology. 2013;3:7 1.
12. Carlander D. Avian lgY antibody: ln vitro and in vivo. Uppsala: Uppsala University,
2002.
13. Chacana PA, et ai. Tecnología lgY o Aplicaciones de los Anticuerpos de yema de
huevo de gallina . Rev Med Vet. 2004;85(5): 179-89 .
14. Davison TF. The immunologists' debt to the chicken. Br Poult Sei. 2003;44(1):6-21.
15. Janeway CA, Travers P, Hausser-Siller I. lmmunologie. H eidelberg/Berlin/Oxford:
Spektrum Akademischer Verlag; 1995.
16. Tizard I. T he phylogeny of the immune system. ln: Veterinary immunology. An intro-
duction. Philadelphia: WB Saund ers Co.; 1992. p.465-6.
17. H arlow E; Lane D. Antibodies: A Labor atory M a nua l. Cold Spring H arbor: Cold
Spring Harbo r Laboratory; 1988. p.139:238.
Anticorpos Humanizados S39
Bül 4461. Licensed under Public Domain via Wikimedia Commons. Dis-
ponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Michael_Heidel ber-
ger_l954.jpg#/media/File:Michael_Heidelberger_l954.jpg>.
1.1 Produção de Ac
Ac são produzidos por plasmócitos, células derivadas de linfócitos B. Lin-
fócitos B, após uma série de diferenciações, passam a expressar na superfície
da membrana celular receptores para Ag designados BCR. Esses receptores
resultam da associação não covalente de uma molécula de Ig com o hetero-
dímero transmembrânico lga\Igp. Os dois Fab da lg acham-se livres e expos-
tos na superfície, e a região Fc acha-se inserida na membrana da célula sem
chegar ao citoplasma. As regiões extracelulares das proteínas Iga (42 kDa) e
Igp (3 7 kDa) estabelecem contato entre o heterodímero Iga\Igp e a molécula
de lg. As regiões citoplasmáticas do heterodímero Iga\Igp contendo motivo
de ativação do imunorreceptor baseado em tirosina (immunoreceptor tyro-
sine-based activation motive - ITAM) servem de pontes para o estímulo
resultante da interação Ag-Ac na molécula de Ig e a ativação de quinases e
de outras moléculas tanto citoplasmáticas como nucleares. Transcrição de
genes, ativação celular e expressão de funções efetoras são os resultados
imediatos. Linfócitos T, após uma série diferenciações, passam a expressar
na superfície da membrana celular receptores para Ag designados TCRap
ou TCRy8. TCRs são glicoproteínas heterodiméricas com um único sítio de
combinação para o Ag. A molécula de TCRap possui uma cadeia TCRa (49
kDa) ligada via ponte dissulfeto a uma cadeia TCRP (43 kDa). Da mesma
maneira, a molécula de TCRy8 possui uma cadeia TCRy (40-55 kDa) unida
também por ponte dissulfeto a uma cadeia TCR8 (45 kDa). Cada cadeia
TCR é constituída de um domínio V e um domínio C, um resíduo de Cys
conectando as sequências Va e Ca e vp e CP em TCRap, assim como Vy e
Cy e V8 e C8 em TCRy8. Os domínios C e V, estabilizados por ligações inter-
nas de dissulfeto, estão estruturalmente organizados como na molécula de
Ig. As regiões V situadas nas regiões N-terminais dos dois polipetídeos do
TCR formam um único sítio de combinação para o Ag. Estabelecem contato
simultâneo com o epítopo antigênico e com a molécula adequada de MHC.
Diferentemente de BCR, que pode originar isotipos, TCR expressa região
C original ao longo de toda a vida celular e nem está envolvida na ativa-
ção de mecanismos efetores. As moléculas de TCRs atravessam a membrana
celular do linfócito T, mas atingem o citoplasma com porções muito curtas,
insuficientes para a transferência de estímulos de sinalização intracelular.
Essa transferência é realizada pelo complexo CD3. O complexo CD3 con-
tém combinações heterodiméricas variáveis de cinco cadeias de proteínas
sso Biotecnologia Aplicado à Saúde
METODOS E
APLICACÕES
,
13. 1 INTRODUÇÃO
da unidade ribossômica 505 (unidade sem a q uai a bactéria não consegue sin-
tetizar proteínas vitais para a sua multiplicação e sobrevivência). Nesse traba-
lho, pela primeira vez foram inseridas no genoma vegetal sequências de DNA
quiméricas (gene recombinante que contém sequências de mais de uma fonte
de material genético, por exemplo, o promotor de um gene com a sequência
gênica para a proteína/enzima de interesse) (Figura 13.1 ). Isso possibilitou a
expressão da enzima cloranfenicol acetiltransferase 1• Na mesma década, surgiu
um dos trabalhos pioneiros descrevendo a produção em plantas de uma pro-
teína recombinante de interesse farmacêutico. Nesse caso, foi feita a expressão
do hormônio de crescimento humano em tabaco e calos de girassoF. Desde
então, diversos produtos de interesse farmacêutico e industrial foram obtidos
através da expressão recombinante em plantas, cabendo destacar vacinas, anti-
corpos, enzimas, hormônios, suplementos nutricionais e plásticos biodegradá-
veis, como discutido a seguir.
Figuro 13.1 Estrutura de uma sequência de DNA quimérica. ODNA representado contém uma fusão do promotor 35S obtido do vírus
do mosaico do couve-flor (CaMV) com uma sequência codificante de uma proteína de interesse (que pode ser de diversos organismos),
ligada ao terminador da nopalina sintase da bactéria A. tumefaciens.
Figuro 13.2 Produção de vacinas comestíveis. Através da transferência de um gene codificante de um antígeno de organismos patogêni-
cos, épossível produzir plantas transgênicas. Um exemplo são plantas que produzem batatas, cuja ingestão pode desencadear proteção
imunológica contra uma determinada doença.
Tabela 13.1 Exemplos de aplicações na produção de proteínas recombinantes de interesse farmacêutico em plantas transgênicas. RE:
retículo endoplasmático; n/d: não determinado
Região constante
Figura 13.3 Estrutura do anticorpo lgG. Oanticorpo lgG é constituído por uma região constante e uma variável. Em destaque está a
região do idiótipo, responsável pela especificidade do anticorpo por um determinado antígeno.
- ] cassete de expressão
Transcrição e tradução
]Proteína recombinante
Endereçamento para
corpúsculos oleosos
Clivagem do peptideo
de ligação com
protease
l Proteína recombinante retida
em corpúsculo oleoso
(uso direto)
Figuro 13.4 Expressão e endereçamento de proteínas recombinantes para corpúsculo oleoso. Ogene da proteína de interesse é fusiona·
do ao gene de uma oleosina, podendo conter uma região intermediária de ONA que será traduzido em aminoácidos específicos (peptídeo
de ligação), alvo para uma posterior clivagem por proteases. Após a transcrição e tradução, a proteína recombinante é endereçada para
o corpúsculo oleoso e sua estrutura fica exposta na superfície. Após mínimas etapas de purificação, a proteína de interesse pode ser
utilizada quando ainda ligada ao corpúsculo ou separada através da clivagem do peptídeo de ligação.
SS8 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Figura 13.5 Estrutura básica de um vetor de expressão. Ovetor de transformação de plantas contendo o cassete de expressão do gene
de interesse usualmente contém adicionalmente um cassete de expressão que conferirá resistência a planta a antibióticos ou herbicidas,
possibilitando a seleção de células transformadas.Também poderá conter um cassete de expressão de uma proteína repórter, possibilitan-
do a identificação visual de plantas transformadas, como a proteína P11lucuronidase. pNos: promotor da nopalina sintase; NPT li Kan':
gene da neomicina fosfotransferase, que confere resistência ao anntibiótico canamicina; tNOS: terminador da nopalina sintase; SMC:
sítio múltiplo de clonagem; p35S: promotor 35S; Gene GUS: gene repórter da l311lucuronidase.
o
>
·2
j
Promotor induzível por
~ r produto químico
e
ou
o r ou outros fatores
õ
E
e
o.. r Promotor específico
de tecido e/ou estágio de
desenvolvimento
Figuro 13.6 Tipos de promotores. Promotores constitutivos promovem o expressão da proteína recombinante em todos os tecidos vege-
tais e em qualquer fase do desenvolvimento. Promotores específicos de tecido e/ou estágio de desenvolvimento promovem a expressão
somente em determinadas regiões da planta ou em um determinado estágio. Já o promotor induzido promove a expressão apenas na
presença de um produto químico ou outros fatores de natureza física ou biológica.
~
l oo
Com adição
de Etanol
Figuro 13.7 Sistema do promotor induzível alcR/ALCR. Osistema alcR/alcA é constituído por dois cassetes de expressão, um respon·
sável pela expressão do fator de transcrição ALCR e outra pela expressão da proteína de interesse. Ofator de transcrição ALCR é expresso
constitutivamente pelo promotor 35S, porém não possui atividade e é incapaz de se ligar ao promotor alcA. Quando a planta é pulveri·
zada com etanol, o fator ALCR interage com o etanol, levando a uma mudança conformacional que o torna ativo. Assim, ele consegue
se ligar ao promotor alcA, induzindo a expressão da proteína de interesse. p35S: promotor 35S; alcR: gene codificante da proteína
ALCR; ALCR: fator de transcrição ALCR; !·NOS: terminados da nopalina sintase; E: etanol; p·alcA: promotor alcA; t·35S: terminador 35S.
Figuro 13.8 Estrutura de um promotor. No cerne do promotor está a região do TATA box necessária para o recrutamento de complexos
proteicos que atraem a RNA polimerase li. Opromotor pode conter na sua região à montante um potencializador no qual fatores de
transcrição específicos ligam-se, ativando e potencializando a transcrição e consequentemente a expressão de uma proteína.
S66 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Cromossomo _ _
bacteriano
.___~6J
~
Canal de
cromossomo vegetal
Figura 13. 9 Infecção e transferência do T-DNA da agro bactéria para uma célula vegetal. Quando machucada, a célula vegetal libera
compostos fenólicos que ativam a expressão de proteínas de virulência da agrobactéria. Essas proteínas auxiliam na transferência de
uma fita de T-DNA da bactéria para a célula vegetal através do canal de transporte. Quando a fita de T-DNA entra no núcleo celular ocorre
a integração no genoma vegetal.
ser mais versátil, o vetor binário pode ser inserido em cepas de agrobactéria
cujo plasmídeo Ti não possui a região do T-DNA, contendo apenas os genes
de virulência 67 (Figura 13.10). Assim, é possível tanto a obtenção de plantas
que produzem essas proteínas de forma transiente, quando se faz a inocula-
ção da agrobactéria em folhas, ou através da transformação genética de uma
única célula vegeta l, que poderá ser regenerada por técnicas de culturas de
tecidos em uma planta transgênica de expressão permanente.
Outro método indireto de expressão transiente é baseado em vetores
virais, que podem alcançar altos níveis de expressão de proteínas heteró-
logas. Nessa metodologia, o gene de interesse é inserido entre elementos de
replicação vira i, amplificado e traduzido pela célula hospedeira, podendo
causar uma infecção local ou sistêmica na planta 68 • A infecção virai pode
ocorrer basicamente através da inoculação mecânica das partículas virais no
tecido vegetal ou pelo uso de agrobactéria contendo construções de cDNA
Plantas como Biorreatores: Fundamentos, Métodos e Aplicações S71
Genes vir
o Genes vir
1
Orig em de replicação do plasmideo
em E. co(i e Agrobactéria
o
Figura 13.1 O Exemplos de plasmídeos. Oplasmídeo Ti possui uma região que expressa proteínas de virulência (genes vir) e uma região
de T-ONA contendo genes de enzimas que sintetizam opinas. Aregião T·ONA possui duas bordas (esquerda e direita) com sequências
repetidas de nucleotídeos, delineando a região do plasmídeo a ser processada pelas proteínas de virulência. Oplasmídeo Ti cujos genes
contidos no T-ONA foram retirados é chamado de plasmídeo Ti desarmado. Um vetor binário possui usualmente ocassete de expressão da
proteína de interesse e um segundo cassete de expressão de um gene de resistência (podendo conter também um terceiro cassete, com
um gene repórter) inserido entre as duas bordas características do T·ONA, além de uma sequência de ONA, denominada origem de repli-
cação, que permite a multiplicação do plasmídeo em f. coli e agrobactéria. Quando uma agrobactéria desarmada (contendo o plasmídeo
Ti desarmado) é transformada com ovetor binário, temos uma células apta para proceder à transferência do T·ONA para a célula vegetal.
_,, 1
1
1
1 Entrada da partícula de
1 ouro no núcleo da célula
--1-
1 Dissolução e integraçao do
1 novo DNA no genoma vegetal
"1,,
Figura 13.11 Método de biobalística. Esta técnica de transformação genética utiliza jatos de gás hélio para acelerar particulas de ouro
ou tungstênio impregnadas com o DNA exógeno. As partículas são aceleradas a velocidades supersônicas, sendo capazes de romper as
barreiras celulares e entrar no núcleo celular. Após a entrada, o DNA é dissolvido e integrado no genoma vegetal.
+ -
Antes do pulso elêlrico Durante o pulso elétrico Após do pulso elétrico
(permeabilização (regeneração da
da membrana) membrana)
Figuro 13.12 Eletroporação de protoplastos. Quando é aplicado um choque elétrico ocorre permeabilização da membrana dos proto-
plastos, que estão imersos em uma solução contendo ONA. Como isso ocorre a entrada do ONA na célula, que posteriormente é integrado
ao genoma vegetal.
Câmara de vácuo
Figura 13.13 Agroinfiltração a vácuo. Em uma câmara de vácuo é colocado um recipiente com meio de cultura com agrobactéria
contendo um vetor que expressa a proteína de interesse. Com a aplicação de vácuo, a pressão negativa faz com que o ar contido entre
as células diminua, permitindo a entrada da bactéria nesses espaços. Posteriormente, a bactéria transfere seu ONA para as células, nas
quais o gene de interesse será expresso, produzindo a proteína recombinante.
Plantas
o,(1,3)
o.(1,6)
Humanos
o.(1,3)
o.(1 ,6)
•-•
13(1,4)
l3(1,2) •-•
fl(1,4)
Figura 13.14 Padrão de glicosilação em plantas e humanos. Em plantas ocorre a adição de cx(l ,3) fucose e p(l ,2) xilose na estrutura
do glicoconjugado. Já em humanos ocorre a adição de cx(l ,6) fucose, p(l ,4) galactose e de ácido N-acetilneuramínico na estrutura. O
cerne do glicoconjugado é composto por N-acetilglicosamina e manose, sendo igual em plantas e humanos. Legenda: GlcNAc: N·acetilgli-
cosamina; Man: manose; Fuc: fucose; Xil: xilose; Gal: galactose; NeuAC: ácido N-ocetilneuramínico.
~==========-:==========-=-~~=====::'. ~~=========:'._
totais
13.8 BIOSSEGURANÇA
Métodos físicos
~ i ona1
~
,.,€ g
Tanque de contenção
,: r
!' l
Cu1u,,, /__ ~
0
'eo~
Clona,
Métodos biológicos
Macho esterilidade
1 - - - - - - Transformação de
cloroplastos
Indução por
produto químico if'y'-r
Figuro 13, 16 Métodos de contenção de plantas GM. Plantas podem ser cultivadas em casas de vegetação, impedindo que plantas GM
polinizem outras culturas. Aexpressão de proteínas recombinantes em culturas de células em suspensão ocorre em tanques de contenção,
o que garante um maior controle da disseminação destas células. Já na produção em campo aberto, a Resolução Normativa 4 da CTNBio
(Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) determina que uma plantação de 0GM deve estar a 100 metros de distância de uma plan·
lação convencional da mesma espécie. Alternativamente, a distância pode ser de 20 metros, desde que sejam plantadas em suas bordas
dez fileiras de plantas convencionais da mesma espécie, cujo desenvolvimento seja parecido com a GM. Métodos biológicos de contenção
também podem ser utilizados, como exemplo a macho-esterilidade e a transformação de cloroplastos, que impedem a disseminação
do transgene pelo pólen. Já a produção de sementes estéreis evita que ocorra a multiplicação de plantas GM, pois elas não germinam.
Pode-se realizar a expressão de forma transiente, já que o transgene não é repassado para a progênie da planta. Por fim, a utilização
de promotores induzíveis por produtos químicos é uma alternativa, pois promovem a expressão do transgene de uma forma controlada.
Plantas como Biorreatores: Fundamentos, Métodos e Aplicações S81
* Ver <http://www.ctnbio.gov.brl>.
S82 Biotecnologia Aplicado à Saúde
13. 1 O. 1 Vacinas
imunizar camundongos por via oral com pequenas doses desse antígeno (100
ng/dose). Os camundongos imunizados apresentaram uma resposta imune
contra HB na mucosa e humoral de forma sistêmica. Os autores descreveram
que o pó liofilizado dessa planta, quando convertido em tabletes, pode apre-
sentar alta durabilidade e preservar os antígenos por, no mínimo, um ano 33 •
De maneira alternativa, vacinas contra HB também podem ser expressas em
tabaco, como no caso dos antígenos de superfície médio e grande (M/L-HB-
sAg) 92 , também em tomate, como é o caso do antígeno L-HbsAG 93 ou em
banana, como no caso do antígeno S-HbsAg 94 •
A primeira vacina produzida de forma recombinante em plantas que
obteve aprovação regulatória nos Estados Unidos protege galinhas contra
o vírus de Newcastle. Ela é obtida através da expressão de antígenos desse
patógeno em suspensão de células de tabaco 95 •
Existem diversos tipos de vacinas para humanos e animais sendo produ-
zidas em escala laboratorial, e a variedade de plantas hospedeiras, técnicas
e tipos de patógenos são extensos. Re sumidamente, podemos citar alguns
antígenos expressos com o intuito de promover proteção contra patógenos
virais: a expressão da proteína Ll do papilomavírus humano (HPV) em
tabaco 96 e da proteína TAT do vírus HIV, obtida em espinafre 97• Para pató-
genos bacterianos: a produção da toxina B de Vibrio cholerae em milho 98
e da proteína ESAT-6 de Mycobacterium tuberculosis, expressa em cloro-
plastos de tabaco ou de alface 99 e, finalmente, contra o protozoário causa-
dor da malária, o antígeno PfMSPl 19 de Plasmodium falciparum em folhas
de tabaco 100 •
* Ver <http://www.pharma-planta.net>.
S86 Biotecnologia Aplicado à Saúde
13. 12 CONCLUSÕES
dessa espécie vegetal e está dividida em cinco etapas: (1) construção do vetor
de expressão; (2) obtenção de material vegetal; (3) transformação de agro-
bactéria; (4) infecção de fragmentos foliares e (5) regeneração de plantas
transgênicas. O material e equipamentos necessários para essa técnica estão
descritos na Tabela 13.2.
MATERIAL EQUIPAMENTOS
Acetato de Potássio Hormônios: ANA e BAP Autoclove
Acetosiringono lnositol Câmara de crescimento vegetal
Ácido Hidroclorídrico (HCI) Kit de extração in gel de DNA Câmara dissecadora tipo Bell Jor
Ácido Acético Glacial (CH3COOH) Lâminas de bisturi Capelo de exaustão
Agar Lisozimo Coso de vegetação
Material Plástico (Placas,
Agorose Cubo e fonte de eletroforese
ponteiros, tubos, etc)
Agroboctério termocompetente
Nitrogênio líquido Fluxo laminar
(Ex. GV3101)
Água destilado e Ultra Puro Phytogel Fotodocumentodor de DNA
Água sanitário Potes de vidro de 300 ml Microcentrífugo
Reagentes PCR (DNA
Álcool etílico 70%, Micropipetos
polimerose, tampão, etc)
Álcool lsoomílico Sacarose Shoker
Álcool lsopropílico Socos de papel e plástico Termociclodor
Antibióticos: Conomicino,
Sementes de tabaco SRI Vórtex
cefotoximo, voncomicino
Dodecil sulfato de sódio (SOS) Sois MS
EDTA Solo
Cloreto de Sódio (NoCI) Triplo no
Clorofórmio Tris
Enzimas de restrição Vasos de 12 L
592 Biotecnologia Aplicado à Saúde
MATERIAL EQUIPAMENTOS
Extrato de levedura Vermiculita
Glicose Vitamina MS
Meios de cultura
1) LB (Luria-Bertani) 1 L: em 900 mL de água destilada adicionar 10 g de
triptona, 5 g de NaCl e 10 g de extrato de levedura. Ajustar o pH para 7,0
com NaOH 5 M e autoclavar. Para meio sólido, adicionar 15 g de ágar
antes de autoclavar.
2) MS 1 L: em 900 mL de água destilada adicionar 4,33 g de sais MS 119 ,
1 mL de vitamina MS, 30 g de sacarose e 0,1 g de lnositol. Agitar até
dissolver, ajustar o volume para 1 L, ajustar o pH para 5,8 com NaOH
1 M e autoclavar. Para meio sólido adicionar 2,5 g de Phytagel antes
de autoclavar.
3) MS-1 lL: em 900 mL de água destilada adicionar 4,33 g de sais MS, 1 mL
de vitamina MS, 30 g de sacarose, 0,1 g de Inositol e 2,5 g de Phytagel.
Agitar até dissolver, ajustar o volume para 1 L, ajustar o pH para 5,8
com NaOH 1 M e autoclavar. Esperar a temperatura do meio diminuir
até aproximadamente 40 ºC e adicionar BAP (1 mg/L), ANA (0,1 mg/L) e
acetoseringona (20 mg/L). Distribuir o meio em placas de Petri.
4) MS-Rl lL: Em 900 mL de água destilada adicionar 4,33 g de sais MS, 1
mL de vitamina MS, 30 g de sacarose, 0,1 g de Inositol e 2,5 g de Phyta-
gel. Agitar até dissolver, ajustar o volume para 1 L, ajustar o pH para 5,8
com NaOH lM e autoclavar. Esperar a temperatura do meio diminuir
até aproximadamente 40 ºC e adicionar BAP (1 mg/L), ANA (0,1 mg/L),
cefotaxima (250 mg/L) e vancomicina (200 mg/L), para evitar o cresci-
mento das bactérias remanescentes e canamicina (100 mg/L) para seleção
de células transformadas. Alternativamente, pode-se usar o antibiótico
Timentin (300 mg/L) no lugar de cefotaxima e vancomicina. O antibió-
tico de seleção em plantas deve ser escolhido de acordo com o gene de
resistência encontrado no vetor de expressão.
5) MS-R2: em 900 mL de água destilada adicionar 4, 33 g de sais MS, 1 mL
de vitamina MS, 30 g de sacarose, 0,1 g de lnositol e 2,5 g de Phytagel.
Agitar até dissolver, ajustar o volume para 1 L, ajustar o pH para 5,8 com
Plantas como Biorreatores: Fundamentos, Métodos e Aplicações S93
Soluções e tampões
1) MPA-1: em 40 mL de água ultra pura adicionar 0,450 g de glicose, 0,146
g de EDTA, 0,151 g de Tris. Ajustar o pH para 8,0 com HCI e completar
o volume para 50 mL com água ultrapura.
2) MPA-2: em 8 mL de água ultra pura adicionar 200 ~LL de NaOH 10 M,
0,1 g de SDS. Completar o volume para 10 mL com água ultra pura.
3) MPA-3: em 60 mL de água ultra pura adicionar 29,45 g de acetato de
potássio, 11,25 mL de ácido acético glacial. Completar o volume para
100 mL com água ultra pura.
Figuro 13.17 pRT l 04, um típico vetor para construção de cassetes de expressão. Ovetor pRTl 04 contém osítio múltiplo de clonagem
inserido entre o promotor 35S (p35S) e o sítio de poliadenilação (poli-A). Também possui uma região codificante de um gene de resis-
tência a ampicilina (ompl{), necessária para aseleção de bactéria transformadas durante a clonagem do vetor.
* Ver <www.cambia.org>.
Plantas como Biorreatores: Fundamentos, Métodos e Aplicações S9S
3. Transformação de agrobactéria
REFERÊNCIAS
15.Xu JF, Ge XM, Dolan MC. Towards high-yield production of pharmaceutical pro-
teins w ith plane cell suspension cultures. Biotechno l Adv. 2011 May-Jun;29(3):278-99.
16.Hellwig S, Drossard J, Twyman RM, Fischer R. Plane cell cultures for the production
of recombinam proteins. Nat Biotechnol. 2004 Nov;22(11):1415-22.
1 7 .Shaaltiel Y, Bartfeld D, Has hmueli S, Baum G, Brill-Almon E, Galili G, et ai. Pro-
duction of gl ucocerebrosid ase with termina l ma nnose glyca ns for enzyme replace-
ment t herapy of Ga ucher's disease using a plane cell system. Plane Biotechnol J. 2007
Sep;5(5) :5 79-90.
18.Shin YJ, Hong SY, Kwon TH , Jang YS, Yang MS. High levei of expression of recom-
binant huma n gr anulocyte-macrophage colony stimulating factor in transgenic rice cell
suspension culture. Biotechnol Bioeng. 2003 Jun 30;82(7):778-83.
19.Cunha NB, Murad AM, Cipriano TM, Araujo AC, Aragao FJ, Leite A, et a i. Expres-
sion of functional recom binant human growth hormone in tra nsgenic soybean seed s.
Transgenic Res. 2011 Aug;20(4}:811-26.
20. Vanrooijen GJH, Moloney MM. Plane Seed Oil-Bodies as Ca rriers for Foreign Prote-
ins. Bio-Technol. 199 5 J an;l3(1 }: 72-7.
21.Thanavala Y, Mahoney M, Pai S, Scott A, Richter L, Nat araja n N, et ai. lmmunoge-
nicity in humans of a n edible vaccine for hepati tis B. Proc Natl Acad Sei USA. 2005 Mar
1;102 (9):33 78-82.
22.Kurland C, Galla nt J. Errors of heterologo us protein expression . Curr Opin Biotech-
no l. 1996 Oct;7(5}:4 89-93 .
23.Qian WF, Yang JR, Pearson NM, Maclean C, Zhang JZ. Balanced Codon Usage Opti-
mizes Eukaryotic Translational Efficiency. Pios Ge net. 2012 Mar;8(3).
24.Gustafsson C, Govindarajan S, Minshull J. Codon bias a nd heter ologous protein
expressio n. Trends Biotechnol. 2004 J ul;22(7}:346-53.
25.Kalwy S, Rance J, Young R. Toward more efficient protein expression: keep the mes-
sage simple. Mol Biotechnol. 2006 Oct;34(2} :15 1-6.
26.Love AJ, Chapman SN, Marie S, Noris E, Lomonossoff GP, Taliansky M. ln planta
production of a candidate vaccine against bovine papillomavirus type 1. Planta. 2012
Oct;236(4 }:1305-13.
27.Geyer BC, Fletcher SP, Griffin TA, Lopker M J, Soreq H, Mor TS. Translational con-
trol of recombinam huma n acetylcholinesterase accumulation in pla nes. Bmc Biotechnol.
2007 Ma y 30;7.
28.Sugiura M. The Chloroplast Genome. Plane Mol Biol. 1992 May;l9(1}:149-68.
29.Liu QP, X ue QZ. Comparative studies on codo n usage pattern of chloroplasts and
their host nuclear genes in fo ur plane species. J Genet. 2005 Apr;84(1 }:55-62.
30.Laguia-Becher M, Martin V, Kraemer M , Coriglia no M, Yacono ML, Goldman A, et
ai. Effect of codon optimization and subcellular targeting on Toxoplasma gondii antigen
Plantas como Biorreatores: Fundamentos, Métodos e Aplicações 601
SAGl expression in tobacco lea ves to use in s ubcutaneo us and oral imm unization in
mice. Bmc Biotechno l. 2010 Jul 15;10.
31. Guilley H , Dudley RK, Jonard G, Balazs E, Richards KE. Transcription of Cauliflo-
wer mosaic virus DNA: deteccion of promoter sequences, and characterizatio n of trans-
cripts. Cell. 1982 Oct;30(3):763-73.
32 .O dell JT, Nagy F, Chua NH. Iden tification of DNA sequences required for act ivity of
the cauliflower mosaic virus 35S promoter. Na cure. 1985 Feb 28-Mar 6;313(6005):8 10-2.
33.Pniewski T, Kapusta J, Bociag P, Wojciec howicz J, Kostrzak A, Gd ula M, et ai. Low-
dose oral immunization with lyophilized tissue of herbicide-resistane lettuce expressing
hepatitis B surface antigen for prototype plant-derived vaccine tablet formulation. J Appl
Genet. 2011 May;52 (2):125-36.
34 .Schouten A, Roosien J, van Engelen FA, de Jong GA, Borst-Yrenssen AW, Zilverentant
JF, et ai. The C-terminal KDEL sequence increases the expression levei of a single-c ha in
antibody designed to be targeted to both che cycosol and the secretory pathway in trans-
genic tobacco. Plane Mo! Biol. 1996 Feb;30(4):781 -93.
35.Ch ristensen AH , Sh arrock RA, Qua il PH. Maize Po lyubiquitin Genes - Structure,
Thermal Perturbation of Expression and Transcript Splicing, and Promoter Activity
Following Transfer to Protop lasts by Electroporation. Plane Molecular Biology. 1992
Feb;l 8( 4 ):675-89.
36 .Christensen AH, Q ua il PH. Ubiquitin promoter-based vectors for hi gh-level expres-
sion of selectable and/or screenable marker genes in monocotyledonous planes. Transge-
nic Res. 1996 May;5(3):213-8 .
37.Zhong GY, Peterson D, Delaney DE, Bailey M, Witcher DR, Register lll JC, et ai.
Commercial production of aprotinin in transgenic ma ize seeds. Mo! Breeding. 1999
Aug;5(4 ):345-56.
38 .An G H , Costa MA, Ha SB. Nopa line Synthase Promoter Is Wo und lnducible and
Auxin lnducible. Plane Cell. 1990 Mar;2(3):225-33.
39 .DiRita VJ, Gelvin SB. Deletion analys is of the mannopine synthase gene promoter
in sunflower crown gall tumors and Agrobacterium tumefaciens. Mo! Gen Genet. 1987
May;207(2-3):233-4 l.
40.Li RZ, Jia XY, Mao X. Ethanol-inducible gene expression system and its applications
in plane functional genomics. Plane Sei. 2005 Sep;169(3):463-9.
41.Stoger E, Vaquero C, Torres E, Sack M, Nicholson L, Drossard J, et ai. Cereal crops as
viable production and storage system s for pharmaceutical scFv antibodies. Plane Mole-
cular Biology. 2000 Mar;42(4):583-90.
42.Defreitas FA, Yunes JA, Dasilva MJ, Arruda P, Leite A. Structural Characterization
and Promoter Activity Analysis of the Gamma-Kafirin Gene from Sorgh um. Mo! Gen
Genet. 1994 0cc 28;245(2):177-86.
602 Biotecnologia Aplicado à Saúde
43 .Lei te A, Kemper EL, da Sil va MJ, Luchessi AD, Siloto RMP, Bonaccorsi ED, et a i.
Expression of correctl y processed huma n growth hormone in seeds of transgenic tobacco
planes. Mol Breeding. 2000 Feb;6(1):47-53.
44. Noh SA, Lee HS, Huh G H, Oh MJ, Paek KH, Shin J S, et a i. A sweetpotato SRDl
promoter confers strong root-, taproot-, a nd tuber-specific expressio n in Arabidopsis,
carrot, a nd potato. Transgenic Research. 2012 Apr;21(2 ):265-78 .
45 .Sandhu JS, Krasnyanski SF, Domier LL, Korban SS, Osadj a n MD, Buetow DE.
Oral immunization of mice wit h transgenic tomato fruir expressing respiratory syn-
cytial virus-F protein induces a systemic immune response. Transgenic Research. 2000
Apr;9(2):127-35.
46. Vencer M. Synthetic promoters: genetic control through eis engineeri ng. Trends Plane
Sei. 2007 Mar;l2(3):118-24.
4 7.Kay R, Chan A, Da ly M, Mcpherson J. Duplication of Camv-35s Promoter Sequences
Creares a Strong Enhancer for Plane Genes. Science. 1987 Jun 5;236(4806) :1299-302.
4 8.Comai L, Moran P, Maslyar D. Novel a nd useful properties of a chimeric pla ne pro-
moter combining CaMY 35S and MAS elements. Plane Mol Biol. 1990 Sep;15(3) :373-81.
49.Bednarek SY, Raikhel NV. lntracellular Trafficking of Secretory Proteins. Plane Mole-
cular Biology. 1992 Oct;20(1):133-50.
50.Okita TW, Rogers JC. Compartmentation of Proteins in the Endomembrane System
of Plane Cells. Annu Rev Plane Physiol Plane Mol Biol. 1996 Jun;47:327-50.
51.Conrad U, Fiedler U, Artsaenko O, Phillips J. High-le vel a nd stable accumula-
tio n of single-c ha in Fv a ntibodies in pla ne stor age organs. J Plane Physiol. 1998
J un;152(6): 708- 11.
52.Juarez P, Huet-Trujillo E, Sarrion-Perdigones A, Falconi EE, Granell A, Or zaez D.
Combinatoria l Analys is of Secretory lmmunoglobulin A (slgA) Expression in Planes . lnt
J Mol Sei. 2013 Mar;l4(3):6205-22.
53.Monger W, Alami llo JM, Sola I, Perrin Y, Bestagno M, Burrone OR, et a i. An anei-
body derivarive expressed fro m virai vecrors passively immunizes pigs agai nst transm is-
sible gastroeneeritis virus infection when supplied orall y in crude plane extracts. Plane
Biotechnol J. 2006 Nov;4(6) :623-3 1.
54.Ottoboni LMM, Leite A, Yunes JA, Targon MLPN, Arruda P. Sequence-Analys is of
22 Kda-Like Alpha-Co ix in Ge nes an d T heir Comparison with Homologous Zein and
Kafirin Genes Reveals Highl y Conserved Protein-Structure and Regulatory Elements.
Plane Molecular Biology. 1993 Mar;21 (5) :765-78.
55.Mainieri D, Rossi M, Archinti M, Bellucci M , De Marchis F, Vavassori S, et ai. Zeo-
lin. A new recombinam storage protein constructed us ing maize gam ma-ze in and bean
phaseolin. Plane Physiol. 2004 Nov;136(3):344 7-56.
Plantas como Biorreatores: Fundamentos, Métodos e Aplicações 603
72.Badr YA, Kereim MA, Yehia MA, Fouad 00, Bahieldin A. Production of fer-
tile transgenic wheat planes by laser micropuncture. Photochem Photobiol Sei. 2005
Oct;4(10):803-7.
73.Benz I, Schmidt MA. Never say never again: protein glycosylation in pathogenic bac-
teria. Mol Microbiol. 2002 Jul;45 (2):267-76.
74.Faye L, Boulaflous A, Benchabane M, Gomord V, Michaud D. Protein modifications
in the plane secretory pathway: current status and practical implications in molecular
pharming. Vaccine. 2005 Mar 7;23(15):1770-8.
75.Gomord V, Faye L. Posttranslational modification of therapeutic proteins in planes.
Curr Opin Plane Biol. 2004 Apr;7(2):l 71-81.
7 6. Strea tfield SJ, Howard J A. Pia nt-based vacci nes. ln t J Para s i tol. 200 3
May;33(5-6):479-93.
77.Strasser R, Stadlmann J, Schahs M, Stiegler G, Quendler H , Mach L, et ai. Gene-
ration of glyco-engineered Nicotiana benthamiana for the production of monoclonal
antibodies with a homogeneous human-like N-glycan structure. Plane Biotechnol J. 2008
May;6( 4 ):392-402.
78.Fujiyama K, Furukawa A, Katsura A, Misaki R, Omasa T, Seki T. Production of
mouse monoclonal antibody with galactose-extended sugar chain by suspension cultured
tobacco BY2 cells expressing human beta( 1,4 )-galactosyltransferase. Biochem Biophys
Res Commun. 2007 Jun 22;358(1):85-91.
79.Elliott S, Lorenzini T, Asher S, Aoki K, Brankow D, Buck L, et ai. Enhancement of
therapeutic protein in vivo act ivities through glycoengineering. Nat Biotechnol. 2003
Apr;21(4 ):414-21.
80.Glenz K, Bouchon B, Stehle T, Wallich R, Simon MM, Warzecha H. Production of
a recombinane bacterial lipoprotein in higher plane chloroplasts. Nat Biotechnol. 2006
Jan;24(1):76-7.
81.Mason HS, Lam DM, Arntzen CJ. Expression of hepatitis B surface aneigen in trans-
genic planes. Proc Natl Acad Sei USA. 1992 Dec 15;89(24): 11745-9.
82.Richter LJ, Thanavala Y, Arntzen CJ, Mason H S. Production of hepatitis B sur-
face antigen in transgenic planes for oral immunization. Nat Biotechnol. 2000
Nov;l8(11):l 167-71.
83.Huang Z, Elkin G, Maloney BJ, Beuhner N, Arnezen CJ, Thanavala Y, et a i. Virus-like
particle expression and assembly in planes: hepat itis B and Norwalk viruses. Vaccine.
2005 Mar 7;23(15):1851-8.
84.Lenzi P, Scotti N, Alagna F, Tornesello ML, Pompa A, Vitale A, et ai. Trans latio-
nal fusion of chloroplast-expressed human papillomavirus type 16 Ll capsid pro-
tein enhances aneigen accumulation in transplastomic tobacco. Transgenic Res. 2008
Dec;l 7(6):1091-102.
Plantas como Biorreatores: Fundamentos, Métodos e Aplicações 60S
85 .La i H, Engle M, Fuchs A, Keller T, Johnson S, Gorlatov S, et ai. M onoclo nal antibod y
produced in plants efficiently treats West Nile virus infection in mice. Proc Natl Acad Sei
USA. 20 10 Feb 9;107(6):241 9-24.
86 .Wilken LR, N ikolov Z L. Recover y and purificatio n of pla nt-ma de recombina m pro-
te ins. Biotechno l Ad v. 2012 M a r-Apr;30(2):4 19-33.
87.Spo k A. M olec ular fa rming o n the rise--GM O regulators still walking a tightrope.
Trends Bio technol. 2007 Feb;25(2) :74-82.
88 .Breyer D, De Schrijver A, Goossens M , Pauwels K, H erman P. Biosafety of M olecular
Farming in Gene ticall y M odified Plants. M olecular Farming in Plants: Recent Ad vances
and Future Prospeccs. 20 12 :259-74.
89 .M urph y DJ. lmproving containment strategies in bio pharming. Plant Biotechno l J.
2007 Sep;5(5) :555-69.
90 .Kowalski SP, Ebora RV, Kryder RD, Potter RH. Transgenic crops, biotechnology and
ownership rights: w hat scien ciscs need to k now. Plane J. 2002 Aug;3 1(4):407-21.
91.Ogra PL, Faden H , Welliver RC. Vaccination strategies for mucosa! immune respon-
ses. Clin Micro bio l Rev. 200 1 Apr;14 (2) :430-45.
92 .Pniewski T, Kap usca J, Bociag P, Kostrza k A, Fedorowicz-Stronska O, Czyz M , et ai.
Plant expression, lyophilisation a nd storage of HBV medium a nd large surface a ntigens
for a prototype oral vaccine fo rmula cion. Plant Cell Rep. 2012 M ar;31(3):585-95.
93 .Lo u X M , Yao Q H , Z ha ng Z, Peng RH, Xiong AS, Wang HK. Ex press ion of the
human hepacicis B virus large surface antigen gene in transgenic toma to pla nts. Clin
Vacci ne lmmunol. 2007 Apr;l 4(4 ):464-9.
94 .Kumar GB, Ganapachi TR, Revathi CJ, Srinivas L, Bapa t VA. Expressio n of hepatitis
B surface antigen in transgenic banana plants. Planta. 2005 Oct;222(3) :484-93 .
95.Cardinea u GA, Mason H S, Va neck JM, Kirk DO, Walmsley AM, Cardinea u G, et a i. ,
inventors; Boyce T ho mpson lnse Pla ne Res lnc (Boyc-Non-sea nd ard ) Boyce T ho mpso n
lnse (Boyc-Non-seandard ) Dow Agrosciences LLC (Dowc) Boyce T hompson lnst Pla ne
Res (Boyc-Non-seanda rd ) Cardinea uAR G A (Card-lndivi du al), assignee. New plane
op eimized nucleotide seq uence encoding ehe H N antigen of N ewcastle Disease Virus
(NDV), useful for elicicing a n immune response or for proeeceing an a nimal againse NDV.
Paeents WO2004098533-A2; US20050 4 8074-Al; EP1 620550-A2; BR2004 10340-A;
AU2004 2 358 1 3 -A l ; KR 2006035596 - A; C Nl 788077 -A; US7 1 3229 1 -B2;
ZA200508930-A; US2008076 1 77-A l ; US7407802 -B2 ; CN100393870-C;
US20090 1 7065 - Al ; NZ5 4 3348 - A; EPl 6205 50 - Bl ; AU200 4 235 8 1 3 - B2;
DE602004028004 -E; WO2004098533-A3.
96 .Liu HL, Li X K, Lei T, Li WS, Si LS, Zheng J. Tra nsgenic eo bacco expressed HPV1 6-Ll
and LT-B combined immunizaeio n induces strong mucosa! and systemic immune r espon-
ses in mice. Huma n Vaccines & lmmunoeherape ueics. 2013 Ja n;9(1):89-95 .
606 Biotecnologia Aplicado à Saúde
97.Karasev AY, Foulke S, Well ens C, Rich A, Shon KJ, Zwierzynski l, et ai. Pla ne
based HI V- 1 vaccine candidate: Tat protein prod uced in spinac h. Yaccine. 2005 Mar
7;23(15):1 87 5-80.
98.Karam an S, Cunnick J, Wang K. Expressio n of t he cho lera coxin B subunit (CT-B) in
ma ize seeds a nd a combined mucosa) treatment against cho lera a nd trave ler's diarrhea .
Plan e Cell Rep. 20 12 Mar;31 (3} :527-37 .
99.Lakshmi PS, Verma D, Yang X D, Lloyd B, Daniel) H. Low Cose T uberculosis Vac-
cine Antigens in Cap sules: Expressio n in Chloroplasts, Bio-Encapsulat ion, Stability and
Functional Evaluation ln Vitro. Pios O ne. 2013 Jan 23;8(1).
100.Ghosh S, Malhocra P, Lal it ha PV, G uha-Mu k herjee S, Chau han YS. Expressio n of
Plasmod ium falc iparum C-terminal region of merozoite surface protein (PfMSP1(19)),
a potencial m alaria vacci ne cand id ate, in cobacco. Plane Sei. 2002 Mar;162(3 }:335-43.
10 1.Hiatt A, Cafferkey R, Bowdish K. Productio n of a ntibodies in transgenic planes .
Nacure. 1989 Nov 2;342(6245):76-8.
102.Ma JKC, Hi kmat BY, Wycoff K, Yine ND, Chargelegue D, Yu L, et ai. Characteriza-
tion of a recom binam plane mo noclonal secretory antibod y and preven tive immu not he-
rapy in h umans. Nat Med. 1998 May;4(5}:601-6.
103.Rademacher T, Sack M, Arcalis E, Stadlmann J, Balzer S, Altma nn F, et ai. Recom-
binant ant ibody 2G12 produced in maize endosperm efficientl y neutralizes HIV-1
a nd contains predo minantl y s ingle-GlcNAc N-glycans. Pla ne Biotechno l J. 2008
Feb;6(2) :189-201.
104.Fischer R, Schill berg S, H ellwig S, Twyman RM, Drossard J. GMP iss ues for recom bi-
nam plant-derived pharmaceutical proteins. Biotechnol Adv. 2012 M ar-Apr;30(2}: 434-9 .
105.Juarez P, Presa S, Espi J, Pineda B, An ton MT, M oreno V, et ai. Neutralizing a ntibo-
dies aga inst rotavirus produced in tra nsgenicall y labelled p urple t omatoes. Plane Biote-
chno l J. 20 12 Apr;10(3}:341-52 .
106.Lee JH, Park DY, Lee KJ, Kim YK, So YK, Ryu JS, et ai. lntracellular reprogramming
of expression, glycosylacion, and fu nction of a plant-derived antivirai t herapeutic mono-
clonai anti body. Pios One. 2013;8(8}:e68772.
107.Sirko A, Yanek T, Gora-Sochacka A, Redk iewicz P. Recom binam cycokines from
planes. l nt J Mol Sei. 2011;12(6):3536-52.
108 .Edelba um O, Stein D, H o lland N, Gafni Y, Livneh O, Novick D, et ai. Expres-
sion of act ive human interferon-beta in transge nic p lanes. J lnterfero n Res. 1992
Dec;l2{6} :449-53.
109 .Bortesi L, Rossato M, Sch uster F, Ra ven N, Stadlmann J, Avesani L, et ai. Virai and
m urine interl eukin-10 a re correctly processed and reta in their biological activicy w hen
produced in tobacco. Bmc Biotechnol. 2009 Mar 19;9.
Plantas como Biorreatores: Fundamentos, Métodos e Aplicações 607
110.Wang DJ, Brandsma M , Yin Z, Wang A, Je vnikar AM, Ma S. A no vel plaeform for
biologically ac eive recombinane human ineerleukin-13 produceion. Plane Bioeechnol J.
2008 Jun;6(5) :504-15.
111.Xie TT, Qiu QC, Zhang W, Ning TT, Yang W, Zheng CY, ee ai. A biologica lly aceive
rhlGF-1 fusion accumulaeed in eransgenic rice seeds can reduce blood glucose in diabeeic
mice via oral delivery. Pepeides. 2008 Nov;29(1 l ):1862-70.
112.Boyhan D, Daniell H. Low-cose produceion of proinsulin in eobacco and leetuce
chloroplases for injeceable or oral deli ver y of funceional insulin and C-pepeide . Plane
Bioeechnol J. 2011 Jun;9(5) :585-98 .
113.Kim TG, Baek MY, Lee EK, Kwon TH, Yang MS. Expression of human gro-
weh hormone in era nsgenic rice cell s uspension culeure. Plane Cell Repores. 2008
M ay;2 7(5):885-91.
114.Aviezer D, Brill-Almon E, Shaaleiel Y, Hashmueli S, Barefeld D, Mizrachi S, ee ai. A
Plane-Derived Recombinane Human Glucocerebrosidase Enzyme-A Preclinical and Phase
l lnveseigaeion. Pios One. 2009 Mar 11;4(3).
115.Nandi S, Suzuki YA, Huang JM, Yalda D, Pham P, Wu LY, ee ai. Expression of
human laceoferrin in eransgenic rice grains for ehe applicaeion in infane formula. Pla ne
Sei. 2002 Oce;163(4}:713-22.
116.Na ndi S, Yalda D, Lu S, Nikolov Z, Misaki R, Fujiyama K, ee ai. Process develop-
mene a nd economic evaluaeion of recombinane human laceoferrin expressed in rice grain .
Transgenic Res. 2005 Jun;14 (3) :237-4 9.
117.Ma JK, Hiaee A, H ein M , Vine ND, Wang F, Seabila P, ee ai. Generaeion and assembly
of secreeory aneibodies in planes. Science. 1995 May 5;268(5211):716-9.
11 8.Biemele S, Sonnewald U, Galmbac her P, Willmiezer L, Muller M. Produceion of
human p api llomavirus eype 16 virus-like pareicles in eransgenic planes. J Viro!. 2003
Sep;77(17):9211-20.
11 9 .Murashige T, Skoog F. A Revised Medi um for Rapid Groweh and Bio Assays w ieh
Tobacco Tissue Cultures. Phys iol Planearum. 1962;15(3):473-97.
120.Green MR, Sambrook J. Molecular Cloning: a Laboraeory Manual. 4eh Ed. Cold
Spring H arbor: Cold Spring Harbor Laboraeory Press; 2012. 2028 p.
121.Topfer R, Maezeie V, Gronenbo rn B, Schell J, Seein biss HH. A see of plane expres-
sion veceors for eranscripeional and eranslaeional fusions. Nucleic Acids Res. 1 98 7 J ui
24;15(14):5890.
122.J effer son RA, Kava nagh TA, Bevan MW. Gus Fusions - Beea-Glucuronidase
as a Sensieive a nd Versaeile Gene Fusio n M arker in Higher-Pl anes. Embo J. 1 987
Dec;6(13):3901-7.
12 3.Harper BK, M abon SA, Leffel SM , Halfhill MD, Richards HA, M oyer KA, ee ai.
Gree n fluorescene proeein as a marker for expression of a second gene in eransgenic
planes. Nae Bioeechno l. 1999 Nov;17(11):1125-9 .
608 Biotecnologia Aplicado à Saúde
A -Adenina
CNTBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
C - Citosina
DNA - Ácido desoxirribonucleico
G - Guanina
RNA - Ácido ribonucleico
TI - Indutor de tumor
U - Uracila
n)>
__
-O ,
--1
e
r--
0
ANIMAIS
,
DOMESTICOS COMO
BIORREATORES:
PRODUCÃO
, E USOS
Luiz Sergio de Almeida Camargo
Vicente José de Figueirêdo Freitas
Luciana Magalhães Melo
Humberto de Mello Brandão
João Henrique Moreira Viana
14. 1 INTRODUÇÃO
Figuro 14.1 Camilla, cabra biorreator□ que secreta o fator estimulante de colônias de gr□nulócitos humano no leite, gerada na Univer-
sidade Estadual do Ceará.
612 Biotecnologia Aplicado à Saúde
14.2 HISTÓRICO
1997 com o nascimento da ovelha Dolly42 • Com este método, tornou-se possí-
vel modificar geneticamente as células e selecionar aquelas com a modificação
desejada durante o período de cultivo in vitro. As células selecionadas são
então usadas para produzir um embrião transgênico, com aproximadamente
100% de garantia de obtenção da modificação gênica no animal nascido 43 • O
primeiro relato do uso de TNCS para este fim foi de Schnieke e colaborado-
res em 1997 em ovinos, para secreção do fator IX de coagulação humana 44.
No ano seguinte, foi relatado o uso do método para bovinos, gerando o ani-
mal clone transgênico com o gene da beta-galactosidase como marcador 45 • A
partir de então, animais transgênicos de diversas espécies domésticas foram
gerados 14, 46 ·48 • Contudo, a TNCS enfrenta diversos problemas para gerar ani-
mais vivos saudáveis, independentemente de modificação gênica. A técnica é
caracterizada por uma grande incidência de abortos, hidropsias (acumulação
anormal de fluido nas cavidades naturais do corpo) e morte nos primeiros
meses de vida, gerando uma perda de até 99 % dos embriões gerados 49 ·51 • Sus-
peita-se de que boa parte das perdas deva-se a falhas na reprogramação do
genoma das células somáticas 52· 54 , cujo padrão de expressão deve ser reprogra-
mado para uma célula embrionária. Essas perdas causam um problema: apesar
de a transferência nuclear com células somáticas modificadas geneticamente
garantirem que o animal nascido será transgênico, é difícil produzir muitos
animais saudáveis devido à grande incidência de perdas.
Vetores retrovirais também têm sido usados para gerar animais domésti-
cos geneticamente modificados, aproveitando a habilidade desses vírus em se
integrar ao genoma hospedeiro. Em 1998, Chan e colaboradores injetaram
vetores retrovirais defectivos no espaço perivitelino de oócitos maturados de
bovinos e, após a fecundação, conseguiram gerar embriões e animais nasci-
dos saudáveis 55 • Antes disso, vetores retrovirais já haviam sido usados para
gerar camundongos 56 • Porém, um dos problemas com vetores retrovirais é
o silenciamento, reprimindo a expressão do transgene 57 , e a incapacidade
de transduzir células em quiescência 58 , o que limita seu uso para a geração de
animais geneticamente modificados. Para resolver esses problemas, vetores
lentivirais foram desenvolvidos a partir de retrovírus mais complexos, como
o vírus da imunodeficiência humana-1 (HIV-1). Em 2002, um estudo relatou
que o uso de vetores lentivirais em embriões de camundongos permitiu a
transferência de genes sem causar o seu silenciamento nos animais nascidos 59 •
Nos anos seguintes, o mesmo grupo relatou altas taxas de produção de suí-
nos e bovinos geneticamente modificados para a proteína verde fluorescente
(green fl,uorescent protein - GFP) usando tais vetores 60,61 • O avanço científico
permitiu o aprimoramento dos vetores lentivirais, como a autoinativação de
Animais Domésticos como Biorre□tores: Produção e Usos 61S
Tabela 14.1 Exemplos de proteínas recombinantes farmacêuticos produzidas por animais biorreatores que estão em estudo8-33-68-69
PROTEÍNAS ANIMAL
Fibrinogênio Coelhos
Antígeno paro produção de vacina contra malária Cabras
Alfa-1 antitripsina Cabras
Hormônio do crescimento Vacas
Fator VI li de coagulação Coelhos
Fator IX de coagulação Cabras
Fator estimulante de colônias de gronulócitos humano Cabras
Albumina Vacas
Eritropoetina Coelhos
* Ver <http://www.pharming.com>.
Animais Domésticos como Biorre□tores: Produção e Usos 617
A B
Doadora de
embrião -:. Construção de Doadora Doadora de
~ =
' DNA
. ~de oódto . . . .~ célula
~ J.___,.,
~
1/ O
1
Cultivo
Célula
transfectada
O
Introdução do
7
DNA exógeno
Microinjeção
pró-nuclear
'2,T Enucleação Q
1 ~ Transferência nuclear
Transferência
para
receptoras
1
@ Cultivo dos embriões
1
1 Transferência
para
receptoras
,_...--~
< 10% transgên~ ~
100% transgénicos
Figura 14.2 Métodos mais utilizados para a obtenção de animais transgênicos de produção: (A) microinjeção pronuclear de ONA em
zigotos e (8) transferência nuclear de células somáticos (TNCS).
Figuro 14.3 Sequência da microinjeção de DNA em pronúcleo de zigoto caprino: (A) Oembrião é apreendido pela micropipeta holding
(à esquerda do zigoto), enquanto a microagulha de injeção se aproxima (à direita do zigoto), (B) microinjeção em um dos pronúcleos
e (() a pipeta de microinjeção é afastada. Fotomicrogrofias realizados no Laboratório de Fisiologia e Controle da Reprodução pela dro.
Lyudmila Andreeva.
uso de vetores retrovirais para transduzir células que não estão em divisão,
vetores alternativos foram desenvolvidos, a exemplo dos adenovírus 81 e len-
tivírus59. Devido à sua capacidade de transduzir um largo espectro de célu-
las hospedeiras, alcançando o núcleo em diferentes fases do ciclo celular 82 ,
o uso de vetores lentivirais tem sido adotado para a obtenção de animais
domésticos transgênicos em diversas espécies, como bovinos, ovinos e suí-
nos61, 64. Os vetores lentivirais carreando o gene de interesse são microinjeta-
dos no espaço perivitelino, sob a zona pelúcida, de um oócito maturado ou
recém-fertilizado, de onde são capazes de penetrar na membrana plasmática
e entregar o material genético às células. Apesar das vantagens na utiliza-
ção desses vetores, esta abordagem tem limitação do tamanho do genoma
lentiviral em torno de 8 kb 83 , não muito maior do que os vetores retrovirais
convenc10na1s.
14.4.4.2 Nucleases
14.4.4.3 Transposons
ratos. Muitas das desvantagens dos métodos clássicos para obtenção de ani-
mais transgênicos podem ser superadas pela transferência de genes mediada
por transposição, o que aumenta a eficiência da integração cromossômica e
facilita a inserção de uma única cópia, mas a principal vantagem da trans-
gênese mediada por transposons é que a integração do DNA exógeno é
direcionada para as regiões eucromáticas acessíveis, nas quais o silencia-
mento do transgene é evitado. O uso de transposons combinado com a
TNCS 93 já permitiu a obtenção de animais nascidos.
14.4.4.4 Nanopartículas
Nanopartículas podem ser uma alternativa para carrear genes para den-
tro de uma célula. Nanotubos de carbono são nanopartículas capazes de
carrear vetores plasmidias e RNAi para dentro das células, promovendo
uma expressão ou silenciamento gênico 94 -96• Nanopolímeros, associados à
SMGT, foram capazes de transfectar oócitos durante a fertilização in vitro
em bovinos 97• Estudos com nanopartículas para geração de animais domés-
ticos geneticamente modificados são ainda iniciais, mas abrem uma nova
possibilidade na geração de biorreatores.
Introdução da célula
transfectada
(transgénica) no
oócito enucleado
Eletrofusão da
célula com o oócito
Remoção do núcleo
do oócito (enucleação)
Embrião de duas
células com o
transgene
Figuro 14.4 Esquema mostrando a transfecção das células somáticas com um transgene e posterior introdução no espaço perivitelino
de um oócito enudeado para se produzir um embrião clone transgênico.
14.S.3 Enucleação
Figuro 14.5 Foto de oócito com célula somática no espaço perivitelino na posição 12 horas, orientadas perpendicularmente aos eletro-
dos (faixas escuras acima e abaixo na horizontal).
628 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Figuro 14.6 Fotos de um blastocisto clone bovino expressando a proteína verde fluorescente (GFP) do gene repórter antes (esquerda)
e após (direita) a exposição à luz UV em microscópio invertido.
Animais Domésticos como Biorre□tores: Produção e Usos 629
14.6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
18. Jaenisch R, Mintz B. Simian virus 40 DNA sequences in DNA of healthy adule mice
derived from preimplantation blastocysts injected w ith virai DNA. Proc Natl Acad Sei
USA. 1974 Apr;71(4}:1 250-4.
19. Gordon JW, Scangos GA, Plotkin DJ, Barbosa JA, Ruddle FH. Genetic transforma-
tion of mouse embryos by microinjection of purified DNA. Proc Natl Acad Sei USA.
1980 Dec;77(12}:7380-4.
20 . Palmiter RD, Brinster RL, Hammer RE, Trumbauer ME, Rosenfeld MG, Birnberg
NC, et a i. Dramatic growth of mice that develop from eggs microinjected with metallo-
thionein-growth hormone fus ion genes. Nature. 1982 Dec 16;300(5893):611-5.
21. Wheeler MB, Walters EM. Transgenic techno logy and applications in swine. Therio-
genology. 2001 Nov 1;56(8):1345-69.
22 . Evans MJ, Kaufman MH. Establishment in culture of pluripotential cells from mouse
embryos . Nature. 1981 Jul 9;292(5819):154-6.
23 . Bradley A, Evans M, Kaufman MH, Robertson E. Formation of germ-line chimaeras
from embryo-derived teratocarcinoma cell lines. Nature. 1984 May 17;309(5965):255-6.
24. Koller BH, Hagemann LJ, Doetschman T, Hagaman JR, H uang S, Williams PJ, et ai.
Germ-line transmission of a planned alteration made in a hypoxanthine phosphoribosyl-
transferase gene by homologous recombination in embryonic stem cells. Proc Natl Acad
Sei USA. 1989 Nov;86(22}:8927-31.
25. Ledermann B. Embryonic stem cel ls and gene target ing. Exp Physiol. 2000
Nov;85(6}:603-13.
26 . Gandolfi F, Pennarossa G, Maffei S, Brevini T. Why is it so difficult to derive pluripo-
tent stem cells in domestic ungulates? Reprod Domest Anim. 2012 Aug;47 Suppl 5:11-7.
27. Keefer CL, Pane D, Blomberg L, Talbot NC. Challenges and prospects for the esta-
blishment of embryonic stem cell lines of dom esticated ungulates. An im Reprod Sei .
2007 Mar;98 (1-2}:147-68 .
28. Prelle K, Zink N, Wolf E. Pluripotent stem cells--model of embryonic develop-
ment, too! for gene targeting, and basis of cell therapy. Anat H istol Embryol. 2002
Jun;3 1(3 }:169-86.
29 . H ammer RE, Pursel VG, Rexroad CE, Jr., Wall RJ, Bolt DJ, Ebert KM, et a i. Pro-
duction of transgen ic rabbits, s heep and pigs by microinjection. Nature. 1985 Jun
20;315( 6021):680-3.
30. Niemann H, Kues WA. App lication of transgenesis in li vestock for agriculture and
biomedicine. Anim Reprod Sei. 2003 Dec 15;79(3-4 ):291 -3 17.
31. Pursel VG, Rexroad CE, Jr. Status of research with transgenic farm animais. J Anim
Sei. 1993;71 Suppl 3:10-9.
32. Clark AJ, Ali S, Archibald AL, Bessos H, Brown P, Harris S, et ai. The molecular
manipulation of milk composition. Genome. 1989;31(2):950-5.
632 Biotecnologia Aplicado à Saúde
33. Freitas VJ, Serova IA, Andreeva LE, Dvoryanchikov GA, Lopes ES, Jr., Teixeira DI,
ec ai. Production of transgenic goat (Capra hircus) with human Granulocyce Colony Sti-
mulacing Factor (hG-CSF) gene in Brazil. An Acad Bras Cienc. 2007 Dec;79(4):585-92.
34. Brackect BG, Baranska W, Sawicki W, Koprowski H. Uptake of heterologous genome
by mammalian spermatozoa and ics transfer to ova chrough fertilizacion. Proc Natl Acad
Sei USA. 1971 Feb;68(2):353-7.
35. Lavitrano M, Camaioni A, Fazio YM, Dolci S, Farace MG, Spadafora C. Sperm cells
as vectors for introducing foreign DNA into eggs: genecic transformation of mice. Cell.
1989 Jun 2;57(5):717-23.
36 . Brinster RL, Sandgren EP, Behringer RR, Palmiter RD. No simple solution for making
transgenic mice. Cell. 1989 Oct 20;59(2):239-41.
3 7. Schellander K, Pleo J, Schmoll F, Brem G . Artificial inseminaton in cattle with DNA-
treated sperm. Animal Biotechnology. 1995;6:41-50.
38. Sperandio S, Lulli V, Bacci ML, Forni M, Maione B, Spadafora C, ec ai. Sperm-media-
ted DNA transfer in bovine and swine species. Animal Biotechnology. 1996;7(1):59-77.
39. La vicrano M, Bacci ML, Forni M, Lazzereschi D, Di SC, Fioretti D, et ai. Effi-
cient produccion by sperm -mediaced gene transfer of human decay accelerating factor
(hDAF) transgenic pigs for xenotransplantation. Proc Natl Acad Sei USA. 2002 Oct
29;99(22):14230-5.
40. Eghbalsaied S, Ghaedi K, Laible G, Hosseini SM, Forouzanfar M, H a jian M, et
ai. Exposure to DNA is insufficienc for in vitro transgenesis of live bovine sperm and
embryos. Reproduccion. 2013 Jan;145 (1):97-108.
41. Shadanloo t~ Najafi MH, Hosseini SM, Hajian M, Forouzanfar M, Ghaedi K, et
ai. Sperm status and DNA dose play key roles in sperm/ICSI-mediated gene transfer in
caprine. Mol Reprod Dev. 2010 Oct;77(10):868-75.
42. Wilmut I, Schnieke AE, McWhir J, Kind AJ, Campbell KH. Yiable offspring derived
from fetal and adule mammalian cells. Nature. 1997 Feb 27;385(6619):810-3.
43. Bordignon V, Keyston R, Lazaris A, Bilodeau AS, Pontes JH, Arnold D, et ai. Trans-
gene expression of green fluorescenc protein and germ line transmission in cloned calves
derived from in vitro-transfected somacic cells. Biol Reprod. 2003 Jun;68 (6) :2013-23 .
44. Schnieke AE, Kind AJ, Ritchie WA, Mycock K, Scott AR, Ritchie M, et a i. Human
factor IX transgenic sheep produced by transfer of nuclei from transfecced fetal fibro -
blasts. Science. 1997 Dec 19;278(5346):2130-3.
45. Cibelli JB , Srice SL, Golueke PJ, Kane JJ, Jerry J, Blackwell C, et ai. Transgenic
bovine chimeric offspring produced from somatic cell-derived stem-like cells. Nat Bio-
technol. 1998 Ju l;l6(7):642-6.
46. Wall RJ, Powell AM, Paape MJ, Kerr DE, Bannerman DD, Pursel YG, et ai. Geneti-
cally enhanced cows resist intramammary Scaphylococcus aureus infection. Nat Biote-
chnol. 2005 Apr;23(4):445-51.
Animais Domésticos como Biorre□tores: Produção e Usos 633
78 . Ebert KM, Selgrath JP, DiTullio P, Denman J, Smith TE, Memon MA, et ai. Trans-
genic production of a variant of huma n cissue-cype plasminogen accivator in goat
milk: genera cion of transgenic goats and ana lysis of expression. Biotechnology. 1991
Sep;9 (9) :835-8 .
79 . Krimpenfort P, Radema kers A, Eyestone W, va n der Schans A, van den Broek S,
Kooiman P, et a i. Generation of transgenic dairy catcle using 'in vicro' embryo produc-
tion. Biotechnology. 1991 Sep;9(9):844-7.
80. Bosze Z, Baranyi M, Whitelaw CB. Producing recombinant h um an milk proteins in
che milk of li vestock species. Adv Exp Med Biol. 2008;606:357-93.
81. Kubisch HM, Larson MA, Eichen PA, Wilson JM, Roberts RM. Adenovirus-media -
ted gene tra nsfer by perivitelline microinjection of mouse, rat, a nd cow embryos. Biol
Reprod. 1997 Jan;56(1):119-24.
82 . Durand S, Cimarelli A. The insid e o ut of lentivira l vectors . Yiruses . 2011
Feb;3(2):132-59.
83. Fassler R. Lentivira l transgene vectors. EMBO Rep. 2004 Jan;S(l ):28-9 .
84. Pereyra-Bonnet F, Fernandez-Martin R, Olivera R, Jarazo J, Vichera G, G ibbons A,
et a i. A uniq ue m et hod to produce transgenic embryos in ovine, porcine, feline, bovine
and equine species . Reprod Fertil Dev. 2008;20(7):741 -9.
85 . Jabed A, Wagner S, M cCracken J, Wells DN, Laible G. Targeted microRNA expres-
sion in dair y cattle direccs prod uccion of beta-lactoglobulin-free, high-casein milk. Proc
Natl Acad Sei USA. 2012 0cc 16;10 9(42):1 6811 -6.
86 . Pfeifer A, Eigenbrod S, Al-Khadra S, Hofmann A, Mitteregger G, Moser M, et ai.
Lenci vector-mediaced RNAi efficientl y suppresses prion protein and prolongs survival of
scrapie-infected mice. J Clin lnvest. 2006 Dec;l 16( 12 ):3204-10.
87. Urnov FD, Rebar EJ, H olmes MC, Zhang H S, Gregory PD. Genome editing w ith
engineered zinc finger nucleases . N at Rev Ge net. 2010 Sep;l1(9):636-46.
88. Rem y S, Tesson L, Menoret S, Usai C, Scharenberg AM, Anegon l. Zinc-finger
nucleases: a powerful too! for genecic engineering of an ima is. Transgenic Res 2010
Jun;19(3 ):363-71.
89 . Tesson L, Usa i C, M enoret S, Leung E, N iles BJ, Remy S, et a i. Knockout rats gene-
raced by embryo m icroinjection of TALENs. Nat Biotechnol. 2011 Aug;29(8):695-6.
90 . Geurcs AM, Cose GJ, Rem y S, Cui X, Tesson L, Usai C, ec a i. Generacion of gene-s-
pecific mutated rats using zinc-finger n ucleases. Methods Mol Biol. 2010;597:211 -25.
91. Cui X, Ji D, Fisher DA, Wu Y, Briner DM, Weinstein EJ. Targeted integration in rat
and mo use embryos wich zinc-finger nucleases. Nat Biotechnol. 2011 Jan;29( 1):64-7.
92 . Carlson DF, Tan W, Lillico SG, Stvera ko va D, Proudfoot C, Christian M , et a i. Effi-
cienc TALEN-mediaced gene knockouc in livestoc k. Proc Natl Acad Sei USA. 2012 0cc
23;109(43):17382-7.
636 Biotecnologia Aplicado à Saúde
93. Jakobsen JE, Li J, Kragh PM, Moldr B, Lin L, Liu Y, er ai. Pig rransgenesis by
Sleeping Beaury DNA rransposirion. Transgenic Res. 2011 Jun;20(3}:533-45.
94. Singh R, Panrarotto D, McCarthy D, Chaloin O, Hoebeke J, Partidos CD, er ai. Bin-
ding and condensarion of plasmid DNA onto funcrionalized carbon nanotubes: roward
rhe consrrucrion of nanotube-based gene delivery vecrors. J Am Chem Soe. 2005 Mar
30;12 7(12):4388-96.
95. Kam NW, Liu Z, Dai H. Funcrionalizarion of carbon nanotubes via cleavable disul-
fide bonds for efficienr inrracellular delivery of siRNA and porenr gene silencing. J Am
Chem Soe. 2005 Sep 14;127(36):12492-3.
96. Ahmed M, Jiang X, Deng Z, Narain R. Carionic glyco-funcrionalized single-wal-
led carbon nanorubes as efficient gene delivery vehicles. Bioconjug Chem. 2009
Nov;20(11):2017-22.
97. Campos VF, Komninou ER, Urriaga G, de Leon PM, Seixas FK, Dellagosrin OA, er
ai. NanoSMGT: rransfecrion of exogenous DNA on sex-sorted bovine sperm using nano-
polymer. Theriogenology. 2011 May;75(8):1476-8 1.
98. Gordon IR. Laboratory producrion of carde embryos. 2nd ed. Wallingford: CABI
Publishing; 2003.
99. Rosenkrans CF, Jr., Zeng GQ, MCNamara GT, Schoff PK, Firsr NL. Develop-
ment of bovine embryos in virro as affecred by energy subsrrares. Biol Reprod. 1993
Sep;49(3):459-62.
100. Holm P, Boorh PJ, Schmidr MH, Greve T, Callesen H. High bovine blasrocysr deve-
lopmenr in a sraric in virro producrion sysrem using SOFaa medium supplemenred wirh
sodium cirrare and myo-inosirol wirh or wirhour serum-proreins. Theriogenology. 1999
Sep;52(4 ):683-700.
101. Miyoshi K, Arar S, Srice SL. Producrion of cloned calves using roscovirine-rreared
adulr somaric cells as donors. M erhods Mol Biol. 2006;348:125-34.
102. Boorh PJ, Holm P, Vajra G, Greve T, Callesen H. Effecr of rwo acrivarion rrearmenrs
and age of blasromere karyoplasrs on in virro developmenr of bovine nuclear cransfer
embryos. Mo! Reprod Dev. 2001 Nov;60(3 ):377-83.
AGRADECIMENTOS
DE PEPTIDEOS
EM SISTEMAS
HETERÓLOGOS
Patrícia Barbosa Pelegrini
Maria Fátima G rossi-de-Sa
15. 1 INTRODUÇÃO
Portanto, este capítulo faz uma revisão dos sistemas de plantas utilizados
na expressão de proteínas heterólogas, suas principais utilizações, vantagens
e desvantagens. O uso de biorreatores como nova ferramenta na produção
em larga escala de proteínas será também discutido.
1 5.2 HISTÓRICO
* Ver <www.dsmz.de>.
640 Biotecnologia Aplicado à Saúde
... ...
B
, e-'
• '.J .. E , ) ..Q .. Q
Manose
•
Â
Galactose
I ucose
, Xilui.l:!
Acido siálico
~ 1/ Ga lactose
~
'-1
',\ ~ '-À
'-/
I
p 1,2 X k,..,
a 1,6 FLCOSC
J J
Complexo Complexo Complexo
• Complexo
,.._. a 1,4 1 ucose
a 1,3 Fuc:ose
N-glucano de
plantas
N-glucano de
musgo
N-glucano de
mamíferos
N-glucano de
musgo mutante
1 5.3 BIORREATORES
A B e
.,,.-...._/
o o
o
o
o
o
o
e
, __,,,_-_,_-✓_-'_-v_.\liii~ill')
e
e
e
..l·~---./""-..-
__,,_
o " )
Figuro 15.3 Biorreatores: (A) biorreator do tipo wave, em que o movimento de ondas ocorre pela movimentação de toda a base; (8)
biorreator cilíndrico do tipo slug bubble. Os círculos indicam a movimentação de bolhas; e (() biorreator do tipo undertow, em que o
movimento de ondas no meio é feito pelo levantamento da lateral da base que sustenta as bags contendo meio de cultura e células em
expressão proteica.
III
Figuro 15.4 Biorreator do tipo plote indined. Setas indicam a direção e movimentação do meio líquido dentro (setas verticais) e fora
(setas curvas) das plataformas retangulares.
Tabelo 15.1 Moléculas produzidas em plantas para fins terapêuticos e dietéticos (em ordem alfabética da planta transformada)
* Ver <www.greenovation.com>.
6S2 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Tabela 15.2 Meios de cultura utilizados no cultivo de Physcomitrella patens e expressão de proteínas recombinantes
REAGENTES MEIO PPNH4 MEIO PPNO3 MEIO KNOP MEIO PRMB TOP ÁGAR PRMT
CoC12· 2H 20 0,5 M 10 mM
MgS0 4 2 mM
MgS04-7H20 2,1 mM 2,1 mM 2,1 mM 525 ~LM
KH/0 4 2,1 mM 1,84 mM 1,84 mM 2,1 mM 525 ~LM
CoN03 6 mM
CoNOf4H20 3,3 mM 3,38 mM 3,3 mM 825 ~LM
FeCl3 Troços
FeS0 4-7H 20 50 mg 12,5 mg 50 mg 12,5 mg
H3B03 9,9 ~LM 9,9 ~LM 9,9 ~LM 2,48 µM
CuS04-5H20 0,34 ~LM 0,34 ~LM 0,34 ~LM 85 nM
MnCl2-4H 20 l ,96~LM l ,96~LM l ,96~LM 490 nM
CoCli-6H 20 0,42 ~LM 0,42 ~LM 0,42 µM 105 nM
ZnS04-7H 20 0,34 ~LM 0,34 ~LM 0,34 ~LM 85 nM
KI 0,168 ~LM 0,168 µM 0,168 ~LM 42 nM
No 2Mo0 4-2H20 O, 1 ~LM O, 1 ~LM O, 1 ~LM 25 nM
Tortoroto diomônio 2,7 mM 2,7 mM 675 ~LM
Monitol 8,5% 240 g 60 g
Ágor 28 g 7g 20 g 32 g 3g
Água destilado q.s.p. 4 L q.s.p. 1 L q.s.p. 1 L q.s.p. 4 L q.s.p. 1 L
pH 5,8 5,5
Fatores alternativos:
• A inserção de oxigênio (0 2 ) e/ou gás carbônico (CO 2 ) não é obriga-
tória. Em alguns casos, pode estimular o aumento de massa celular,
mas, no geral, a adição de 1 ppm de ar atmosférico é suficiente para
manter o musgo em condições ótimas de sobrevivência e crescimento.
No entanto, para biorreatores cilíndricos, é recomendada a adição de
0,3 vvm de 0 2 e 2% de CO 2 nas culturas em meio líquido sob agitação
média de 100 rpm 131 •
6S8 Biotecnologia Aplicado à Saúde
1 5.7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1. H o YS, Wulff DL, Rosen berg M. Baceeriophage lambda proeein cll binds pro-
m oeers on ehe o ppos iee face of ehe DNA helix from RNA polym erase. Naeure.
1 983;304 (5928) :703-8 .
2. Young JF, Desselberger U, Palese P, Ferguson B, Shaezman AR, Rosenberg M. Efficiene
expression of influenza virus NSl nonseructural proeeins in Escherichia coli. Proc Natl
Acad Sei USA. 1983;80( 19) :6105-9 .
3. Cheng SC, Kim R, King K, Kim SH , Modrich PJ. Posieive-seleceion cloning vehicle
useful for overproduceion of hybrid proeeins. Biologica l Chemisery. 1984;21-59:5.
4. Sha ezman AR, Rosenberg M. Efficiene expression of heeerologous genes in
Escherichia coli. The pAS vector syseem and ies applicaeions. Annals of ehe New York
Academy of Sciences. 1986;478:233-48.
5. Shaezman AR, Rosenberg M. Expression, identificaeion, and characeerizaeion of recom-
binane gene prod uces in Escherichia coli. Meehods in Enzymology. 1987;152:661-73.
6. Chevallier MR, Aigle M. Qualieaeive deeeceion of penicillinase produced by yease
serains carrying chimeric yease-coli plasmids. FEBS leeeers. 1979; 108 (1): 179-80.
7. Chevallier MR, Bloch JC, Lacrouee F. Transcripeional and eranslaeional expression of
a chimeric baceerial-yease plasmid in yeases. Gene. 1980;11(1-2 ):11-9.
8. Cohen JD, Eccleshall TR, Needleman RB, Federoff H , Buchferer BA, Marmur J. Func-
eional expressio n in yease of ehe Escherichia coli plasmid gene coding for chlorampheni-
col aceeylera nsferase. Proc Natl Acad Sei USA 1980;77(2):1 078-82.
9. Dickson RC. Expression of a foreign eukaryoeic gene in Saccharomyces cerevisiae: beea-
galactosidase from Kluyveromyces laceis. Gene. 1980;10(4 ):34 7-56.
10. Gunge N. Yease DNA plasmids. Annua l Review of Microbiology. 1983;37:253-76.
11. Wurm FM. Produceion of recombinant proeein eherapeueics in culeivaeed mammalian
cells. Naeure Bioeechnology. 2004;22(11 ):1393-8.
12. Hacker DL, De Jesus M, Wurm FM. 25 years of recombinant proeei ns from reaceor-
grown cells - w here do we go from here? Bioeechnology Advances. 2009;27(6):1023-7.
13. Decker EL, Reski R. Current achievemenes in ehe produceion of complex biopharma-
ceuticals wieh moss bioreactors. Bioprocess and Biosyseems Engineering. 2008;31(1):3-9.
14. Poevi n G, Z hang Z . Seraeegies for high-level recombinane proeein expression in erans-
genic microalgae: a review. Bioeechnology Advances. 2010;28(6):910-8.
15. Avesani L, Bortesi L, Sanei L, Falorni A, Pezzoeei M. Plane-made pharmaceueicals for
ehe preveneion and ereaemene of aueoimmune diseases: w here are we? Expert Review of
Vaccines. 2010;9(8):957-69.
16. Zhou Y, Chen H, Li X, Wang Y, Chen K, Zhang S, ee a i. Produceio n of recombinant
human DNA polymerase delta in a Bombyx mori bioreaceor. PloS One. 20 11;6(7):e22224.
Planta Biofarmin{f. Perspectivas Inovadoras para a Expressão de Peptídeas em Sistemas Heterólogos 661
33. G iriteh A, Marillonnet S, Engler C, van Eldik G, Botterman J, Klimyuk V, et ai. Rapid
high -yield expression of full -size lgG antibodies in pla nts eoi nfeeted with noneompeting
virai veetors . Proe Natl Aead Sei USA. 2006;103(40):14 701-6 .
34. MeCormiek AA, Kumagai MH, Ha nley K, Turpen TH, Hakim I, Grill LK, et a i.
Rapid produetion of speeifie vaeeines for lymphoma by expression of the tumor-derived
single-e ha in Fv epitopes in tobaeeo plants. Proe Na tl Aead Sei USA. 1999;96(2):703-8.
35. Krebitz M, Wiedermann U, Essl D, Steinke llner H, Wagner B, Turpen TH, et a i. Rapid
produetion of the major bireh pollen allergen Bet v 1 in Nicotiana benthamiana plants
and its imm uno logieal in vitro and in vivo eharaeterization. FASEB journal : offi-
eial publieation of the Federation of Ameriean Soeieties for Experimental Bio logy.
2000;14(10):1279-88 . Epub 2000/07/06.
36 . Breiteneder H , Krebitz M, Wiedermann U, Wagner B, Essl D, Steinkellner H , et
a i. Rapid produetion of r eeombinant allergens in Nicotiana benthamiana a nd their
impaet on di agnosis and therapy. lnternationa l Arehi ves of Allergy and lmmunology.
2001 ;124 (1-3):48-50.
37. Turpen TH, Reinl SJ, Charoenvit Y, Hoffman SL, Fallarme V, Grill LK. Malarial
epitopes expressed o n the surfaee of reeom binant tobaeeo mosaie virus. Bioteehnology.
1 995 ;13( 1):5 3-7.
38. Gleba Y, Klimyuk V, Marillonnet S. Magnifeetion--a new platform for expressing
reeombinant vaeeines in pla nts . Vaeeine. 2005;23( 17- 18) :2042-8.
39. Rivera AL, Gomez-Lim M, Fernandez F, Loske AM. Ph ys ieal methods fo r genetie
plant tr ansform ation. Physies of Life Reviews. 2012;9(3):308-45.
40. Sanford J C . Biolistie plant transformation. Plant Physiology. 1990;79:4.
41. Klee H , Horseh RB, Rogers S. Agrobaeterium-mediated plant transformation a nd its
further app lieations to plant biology. Ann ual Review in Pla nt Phys iology. 1 987;38:19.
42. Vaghehhipawala Z, Roj as CM, Senthil-Kumar M, Myso re KS. Agro inoeulation and
agroinfiltration: simple tools for eomplex gene funetion analyses. Methods Mol Biol.
2011 ;678 :65-76.
43. Santi L, Batehelor L, Huang Z, Hjelm B, Kilbourne J, Arntzen CJ, et a i. An effieient
plant virai expression system ge nera ting orally immunogenie Norwalk virus-like parti-
cles. Vaeeine. 200 8;26(15):1 846-54.
44. Huang Z, Chen Q, Hjelm B, Arntzen C, Mason H. A DNA replieon system for rapid
high-level produetion of virus-like particles in plants. Bioteehnology and Bioengineering.
2009 ;103(4 ):706-14.
45. H uang Z , Phoolcharoen W, Lai H, Piensook K, Cardineau G, Zeitlin L, et ai. High-le-
vel rapid produetion of full -size monoclo nal anti bodies in plants by a single-veetor DNA
replieon system. Bioteehnology and Bioengineering. 2010;106(1 ):9- 17.
Planta Biofarmin{f. Perspectivas Inovadoras para a Expressão de Peptídeas em Sistemas Heterólogos 663
73 . Wang SJ, Z ho ng JJ. A novel centrifugai impeller bioreacto r. II. Oxygen transfer and
power consumptio n. Biotechnology a nd Bioengineering. 1996;51 (5) :520-7.
74. Terrier B, Courtois D, H ena ul t N, Cu vier A, Bastin M , Aknin A, et ai. Two new dis-
posable bioreaccors for pla ne cell culture: The wave a nd und ertow bioreactor a nd the
slug bubble bioreactor. Biotechno logy and Bioengineeri ng. 2007;96(5):914-23.
75 . Eibl R, Kaiser S, Lombriser R, Eibl D. Disposable bioreactors: the current state-of-
the-a rt and recommend ed applicatio ns in biotec hnology. Applied M icrobiology a nd Bio-
technology. 2010;86( 1 ):41-9 .
76. Ei bl R, Werner S, Eibl D. Bag bioreact or based o n wave-induced motio n : cha-
r acteristics a nd app lications. Adva nces in Biochemical Eng ineering/Biotechnology.
201 0;115:55-87.
77. Via na AA, Pelegrini PB, Grossi-de-Sa MF. Plane biofarming: novel insights for pep-
tide expression in heterologous systems. Bio po lymers. 20 12;98(4 ):416-27.
78 . Schaefer DG . Gene tar geting in Physcomitrella patens. Current Opinio n in Pla ne
Biology. 2001;4 (2):143-50.
79 . Lorenz S, Tintelnot S, Res ki R, Decker EL. Cyclin D-knocko ut uncouples developmen-
tal progression from sugar avai la bility. Plane M olecular Biology. 2003;53(1-2) :227-36 .
80 . Kop ri vo va A, M eyer AJ , Schwee n G, Hersc h bach C, R esk i R , Ko pri va S.
Fu nctio na l k nockout of t he aden osine 5'-p hosphos ulfate r educ t ase ge ne in
Physcomitrella patens revives an old route of sulfa te ass imilation. T he Journal of Bio lo-
gical Chemistr y. 2002 ;277(35):321 95-201.
81. G irke T, Schm idt H , Zahri nger U, Res ki R, H einz E. Ident ification of a novel delta
6-acyl-group desaturase by targeted gene disruptio n in Physcomitrella patens . The Plane
Journal: for Cell and Molec ular Bio logy. 1998;15(1 ):39-4 8.
82 . Bhatla SC, Kiessling J, Reski R. Observatio n of polarity induction by cytochemical
localizatio n of phenyla lkylamine-binding sites in regenerating protoplasts of the moss
Physcomitrella patens. Protoplasma. 2002;219(1-2):99-105.
83 . Chinnasamy S, Bhatnagar A, Claxton R, Das KC. Bio mass and bioenergy produ ctio n
potencial of microalgae consortium in open and closed bioreactor s using untreated car-
pet industry effluent as growth medi um. Bioresource Technology. 20 10;10 1(17) :675 1-60 .
84 . Ege ner T, Granado J, Guitton MC, Ho he A, Ho ltorf H, Lucht JM, et a i. H igh fre-
quency of phenot ypic deviations in Physcomitrella patens pla nes transformed with a
gene-disruptio n li brary. BMC Plane Biology. 2002;2:6.
85 . Reski R, Abel WO. lnduction of budding o n chloronemata and caul o nemata of the
moss, Physcomitrella patens, using isopentenyladenine. Planta. 1985; 165(3):354-8.
86 . Bierfreund NM , Res ki R, Decker EL. Use of an inducible rep orter ge ne system for
the a nalys is of auxin distribution in the moss Physcomitrella patens . Plane Cell Repor es.
2003;21 (12):1143-52 .
666 Biotecnologia Aplicado à Saúde
87. H ohe A, Reski R . A too! for understanding homologo us recom bination in plants.
Plant Cell Repor ts. 2003;21(12) :1 135-42.
88. Larrick J W, Thomas DW. Producing proteins in transgenic plants and animais. Cur-
rent O pinion in Biotechnology. 2001;12(4):411-8.
89 . Schaaf A, T intelnot S, Baur A, Resk i R, Gorr G, Decker EL. A novel aspar-
tic proteinase is targeted to the secretory pathwa y and to the vacuole in t he moss,
Physcomitrella patens. BMC Biotechnology. 2005;5:1.
90. Weise A, Rod riguez-Fra nco M, T imm B, Hermann M, Lin k S, Jost W, et a i. Use of
Physcomitrella patens actin 5' regions for high transgene expression: importance of 5'
in trons. Applied Microbiology and Biotechno logy. 2006;70(3):337-45.
91. Hiatt A, Cafferkey R , Bowdish K. Pro duction of ant ibodies in transgenic pla nes .
Nature. 1989;342(6245):76-8 .
92. Ma JK, Hiatt A, Hein M, Yi ne ND, Wa ng F, Stabila P, et ai. Generation and assembly
of secretory antibodies in plants. Science. 1 995;268(5211 ):716-9.
93. Ga rcia-Casado G, Sanchez-Monge R, Chrispeels MJ, Armentia A, Salcedo G, Gomez
L. Role of complex asparagine-linked glycans in the allergenicity of plant glycoproteins.
G lycobio logy. 1 996;6(4 ):4 71-7.
94. van Ree R, Ca banes-M ac hetea u M, Akkerdaas J , Mi lazzo JP, Loutelier-Bourhis C,
Rayo n C, et a i. Beta( l ,2)-xylose and alpha( l ,3)-fucose residues have a strong contri-
but io n in lgE binding to p lant glycoa ller ge ns. T he J o urna l of Bio logical Chemistry.
2000;275 (15):1145 1-8 .
95. von Schaewen A, Sturm A, O'Neill J, Chrispeels M J. lsolation of a m utant Arabi-
dopsis plant that lacks N-acetyl glucosam in yl transferase I and is una ble to synthes ize
Golgi-mod ified complex N-linked glycans. Plant Physiology. 1993;102(4): 11 09- 18.
96. Wenderoth I, von Schaewen A. lsolation and cha racterization of plant N-acetyl glu-
cosaminyltransferase I (Gntl) cDNA sequences. Functiona l ana lyses in t he Arabidopsis
cgl mutant and in antisense plants . Plant Physiology. 2000;123(3):1097-108.
97. Pagny S, Bouissonnie F, Sarkar M, Follet-Gueye M L, Dr iouich A, Schachter H , et a i.
Structura l requirements for Arabidopsis beta1,2-xylosyltransferase activity and targeting
to the Golgi. T he Plant Jo urna l: for Cell a nd Molecular Bio logy. 2003;33( 1): 189-203 .
98. Yusibov V, Rabindran S. Recent progress in the development of plant derived vacci-
nes . Expert Review of Yacci nes. 2008;7(8):11 73-83.
99. Streatfield SJ. Mucosa! immunization us ing recombinant plant-based oral vacci nes.
Metho ds. 2006;38(2):150-7.
100. D'Aoust MA, Couture MM, Charland N, Trepanier S, Land ry N, Ors F, et ai. The
productio n of hemagglu tinin-based virus-like particles in planes: a ra pid, efficient and
safe respo nse to pandemic influenza . Plane Biotechno logy Journal. 2010;8(5):607-19.
1 0 1. D'Aoust MA, Lavo ie PO, Co ut ure MM, Tr epan ie r S, G uay JM, Da r-
g is M, et a i. Influ enza virus-like particles produced by tr a nsient expr ession in
Planta Biofarmin{f. Perspectivas Inovadoras para a Expressão de Peptídeas em Sistemas Heterólogos 667
Nicotiana benthamiana ind uce a protective immune response against a lethal virai chal-
lenge in mice. Plane Biotechnology Journal. 2008;6(9):930-40.
102. Sharma AK, Sharma MK. Planes as bioreactors: Recent deve lopments and emerging
opportunities. Biotechnology Advances. 2009;27(6) :811-32.
103. Roussel A, Miled N, Berti-Dupuis L, Ri viere M, Spinelli S, Berna P, et ai. Cr ysta l
structure of the open form of dog gastric lipase in complex with a phosphonate inhibitor.
The Journal of Biological Chemistry. 2002;277(3):2266-74.
104. Jost W, Link S, Horstmann V, Decker EL, Reski R, Gorr G. lsolation and characte-
risation of three moss-derived beta-tubulin promoters suitable for recombinant expres-
sion. Current Genetics. 2005;47(2):111-20.
105 . Fedosov SN, Laursen NB, Nex0 E, Moestrup SK, Petersen TE, Jensen E0, Berglund
L. Human intrinsic factor expressed in the plane Arabidopsis thaliana. European Journal
of Biochemistry. 2003; 270(16): 3362-7.
106. Huang J, Wu L, Yalda D, Adkins Y, Kelleher SL, Crane M, Lonnerda l B, Rodriguez
RL, Huang N. Expression of functional recombinam human lysozyme in transgenic rice
cell culture. Transgenic Research. 2002; 11 (3) : 229-39.
107. Maso n H S, Lam DM, Arntzen CJ. Expression of hepatitis B surface antige n in
transgenic planes. Proceeding of the N aciona l Aca demy of Scientes (USA). 1 992; 89(24) :
11745-9 .
108. Richter LJ, Thanava la Y, Arntezen CJ, M ason HS. Production of hepatitis B surfa ce
antigen in tra nsgenic planes for oral immunization . Nature America. 2000; 18: 1167-71.
109. M ason HS, Bali JM, Shi JJ, Jiang X, Estes MK, Arntzen CJ. Ex pression of Norwa lk
virus capsid protein in transgenic tobacco a nd potato a nd its roa! immunogenicity in
mice. Proceedings of the Nacional Academy of Sciences (USA) . 1996; 93: 5335-40.
110. Nykiforuk CL, Boothe JG, Murray EW, Keon RG, Goren HJ, Markley NA, Molo-
ney MM. Trnasgenic expression and recovery of biologicall y active recom binam human
insulin from Arabidopsis thaliana. Plane Biotechnology Jo urnal; 2006; 4( 1): 77-85. Dis-
ponível em: <www.sembiosys.com/products/diabetes.aspx>.
111. Shaaltiel Y, Bartfeld D, Has hmueli S, Ba um G, Brill-Almon E, Galili G, D ym O, Bo l-
din-Adamsky SA, Silman l, Sussman JL, Futerman AH, Aviezer D. Production of gluco-
cerebrosidase with terminal mannose glycans for enzyme replacement ther apy of Gau-
cher 's disease using a plane cell system. Plane Biotechnology Journal. 2007; 5(5): 579-90.
112. G reenovati o n Biotech GmbH. Disponível em: <www.greenovatio n.com>.
11 3. Modelska A, Dietzschold B, Sleysh N, Fu Z F, Steplewski K, Hooper DC, Koprowski
H, Yusibov V. lmmunization against rabies with plant-derived antigen. Proceedings of
the Nacional Academy of Sciences (USA). 1998; 95(5): 2481 -5.
114. Samyn-Petit B, Gru ber V, Flah aut C, Wajda-Dubos J-P, Farrer S, Pns A, Desmaizie-
res G, Slomianny M -C, Theisen M, Dela nnoy P. N-glycosylation potencia l of mai ze: the
human lactoferrin used as a model. Glycoconjugate Jo urnal. 2001; 1 8(7): 519-27.
668 Biotecnologia Aplicado à Saúde
115. Mason H S, Haq TA, Clements JD, Arntzen CJ. Edible vacci ne protects mice against
Escheria coli heat-lab ile enterocoxin (LT): potatoes expressing a synthetic LT-B gene.
Vaccine. 1998; 16: 1336-43.
116. Tacket CO, Pasetti MF, Edelman R, Howard JA, Streatfield S. lmmunogenicity of
recombinant LT-B delivered orally to humans in transgenic corn. Vaccine. 2004; 22(3 1-
32): 4385 -9.
117. Rad emacher T, Sack M, Arcalis E, Stadlmann J, Balzer S, Altmann F, Quendler H,
Stiegler G, Kunert R, Fischer R, Stoger E. Recombinam antibod y 2G12 produced in
maize endosperm efficientl y neutralizes HIV-1 and con tains predominantly single-Glc-
NAc N-glycans. Plane Biotechnology Journal. 2008; 6: 189-201.
118. Schahs M, Strasser R, Stadlmann J , Kunert R, Rademacher T, Steinkellner H. Pro-
duction of a monoclonal antibody in planes with a huma nized N -glycosylation pattern.
Plane Biotechnology Journa l. 2007. 5:657-63.
119. Matsumoto S, Ishii A, Ikura K, Ueda M, Sasaki R. Expressio n of human erythro-
poietin in cultured tobacco cells. Biosciences, Biotechnology, Biochemistry. 1993; 57(8):
1249-52.
120. Matsumoto S, Ikura K, Ueda M, Sasaki R. Characterization of a human glycopro-
tein (erythropoietin) produced in cultured tobacco cel ls. Pla ne Molecular Biology. 1995;
27(6): 1163-72 .
121. Mihaliak CA, Webb SR, Miller T. D evelopment of plane cell produced vaccines for
anima l health applications. ln: Proceed ings of US Animal Health Associatio n. Gree ns-
boro, NC, USA. 2005, 1 58-63 .
122. Sijmo ns PC, Dekker BM, Schrammeijer B, Verwoerd TC, van den Elzen PJ , Hoe-
kema A. Production of correctly processed human serum a lbumin in transgenic planes.
Biotechnology (NY) . 1990; 8(3) : 2 17-21.
123. Baur A, Reski R, Gorr G. Enhanced recovery of a secreted recombinam human
growth factor using stabilizing add itives and by co-expression of human serum albumi n
in the moss Physcomitrella patens. Pla ne Biotechnology Journal. 2005; 3(3): 331-40.
124. Magnuson NS, Linzmaier PM, Reeves R, An G, H ayGlass K, Lee JM. Secretion
of biologically active human interleukin-2 and interleukin-4 from genetica ll y modifi ed
tobacco cells in suspension cult ure. Protein Expr ession and Purification. 1998; 13(1):
45-52.
125. Sehnke PC, Feri RJ. Process ing of preproricin in transgenic tobacco. Protein Expres-
sion and Purification. 1999; 15(2): 188-95.
126. James EA, Wang C, Wang Z, Reeves R, Shin JH, Magnuson NS, Lee JM. Produc-
tion and characteri zation of biologically active human GM-CSF secreted by genetically
modified plane cells. Protein Expression and Purification. 2000; 1 9(1 ): 131-8.
127. Lee JH, Kim NS, Kwon TH, Ja ng YS, Yang M S. lncreased production of human
gra nulocyte-macrophage colon y stimulating fac tor (hGM-CSF) by the addit io n of
Planta Biofarmin{f. Perspectivas Inovadoras para a Expressão de Peptídeas em Sistemas Heterólogos 669
TERAPIA GENICA
n)>
-O
_,
--1
e
r--
0
DERIVACÃO,
DE NOVAS
LINHAGENS DE
;
CE LULAS-TRONCO ;
EMBRIONARIAS:
EVOLUCÃO
, DA
METODOLOGIA
Ana Maria Fraga
Naja Vergani
Simone Aparecida Siqueira da Fonseca
Lygia V Perei ra
16. 1 INTRODUÇÃO
90 ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ~ 500
o 80 + - - - - - - - - - - - - - - - - - , = - - - =---,e_; 450
e
~ 70 + - - - - - - - - - - - - - - - - 1 - - - + - 400 z10
"'
e 350 -1
:li, 60 +----------------ta-:::.,,,._- ~
!I)
300 2!.
~ 50 - + - - - - - - - - - - Q.
~ 250 CD
,...
"' 40 - + - - - - - - - - - - - -
~ 200 :;·
:::r
zº 30 + - - - - - - - - - - - - 150 ~
li)
~ 20 +----------~ 100 ~
01
z 10 +----- 50
º ..j..a~~~ ....,......-,.-+ o
■ Publicadas ■ Não-Publicadas
Figuro 16.l Número total acumulado de novas linhagens de hESC derivadas desde 1998 (linha verde) e número de linhagens de hESC
estabelecidas em cada ano, publicadas e não publicadas (barras).
Tabela 16.1 Principais características dos embriões e procedimentos utilizados na derivação de linhagens de hESC
NA 10 o
Boa 81 (49,7) 34 (40,0)
Intermediário 21 (12,9) 5 (6,0)
Qualidade do embrião
Ruim 61 (37,4) 46 (54,0)
NA 290 147
NA/NAp 60 32
* Porcentagem de linhagens celulares informativas. NA= informação não disponível, NAp = não se aplica.
Derivação de Novas Linhagens de Células-Tronco Embrionárias: Evolução da Metodologia 679
sofreu modificações nos últimos anos (Tabela 16.1, Figura 16.2A). Enquanto
embriões frescos, quando excedentes dos ciclos de reprodução, tendem a
estar disponíveis em menor número e sob curto tempo de aviso de disponi-
bilidade para cada experimento de derivação, o uso de embriões congelados
permite trabalhar com grandes quantidades de embriões ao mesmo tempo
e de forma mais programada. Ainda assim, alguns pesquisadores relatam
melhores taxas de eficiência de derivação a partir de embriões frescos, se
comparadas ao uso de embriões congelados 13 •
90 90
0 [II
'º RO
'º 10
60 60
so 50
■ Pl~-hh:STOCir.O
40 ■ OOr"~l.ltú 40
■ b 'ast õmcro
■ lras,:o
'º 30
■ b,1}lotis4o
20
'º
10 10
o ._ 1 o 1, ,1
..,$ '\,# '\,,§>... '\,# ,..,.§>"°) # ,_,§>' ,#' . r§>'
. . # ,,# ~,$ ,,r:,❖ 'V'❖ ~ .,# .,,s,' .,,s,"' # .,# .,,.,~ .,# -1' .,# .,# .,,,• .,,,,.,,,..
'º ~ 90
'º 80
'º ,--------------- 70
60
so
■ hatchln1 espoottreo
40
■ rnechoo
30
■ ermm;itico
■ fMbrllo lntrlro
■ qu·m,oo 20
■ 11 •1
■ in- unc<irurp,11
10 10
o ................,_.._................,_..___,_...,_...,_.._.........., o ■
,<#'.,##'--."'","''# .,#.,#.,f#'.,#i~.,,❖...,.. -l~ i' --."''.,<f>" ,"'' # .,# -t -1' .,# ,# ,t?...◊ ,,,,◊
Figuro 16.2 Embriões utilizados no estabelecimento de linhagens de hESC. Número de linhagens de hESC derivadas ao longo dos anos
de acordo com (A) embriões frescos ou congelados, (B) estágio do embrião, (() método de remoção da zona pelúcida e (D) método de
isolamento da ICM utilizado. NA= informação não disponível, NAp = não se aplica.
Porcentagem de linhagens celulares informativos. K0-DMEM = knockout DMEM, KSR = knockout serum replacement,
*
FBS = soro fetal bovino, HS = soro humano, RHP = proteínas recombinantes humanos, FGF = fator de crescimento de
fibroblosto, LIF = fator inibidor de leucemia, NA= informação não disponível, NAp = não se aplico.
'º 0 ~o
80
70
■ T~S~lormTéRJ
'º ■ N-'.p
50
■ RH?
,o
""'
■ DMEr.H~2 20
10 10
1 1
o +a---..-..,.-..__,_.---...-.......- - - - ~ - o ~ - ■ 11 ~ ~
~ ,..LL
~,#,,.,,,.-t'\#,/,,<P-1'i" -t<P,,#l''""vl:. 4'' ,# .-t' .-t' ,,# ,# ,<P .,/' # ,,# ,,# l" ""'' /J•
90
0 so
...
■ 110<1:l um
70
'º
50
■llF/Fú► 40 ■ arelul..,
o ...-.,---..----,..,-....-.,..-...-.,----..---,..,---,...■-.----,
10
o :. - . 11 •1
$' #' ,t' ,,s,' ,.,,~ ,/ 15' ,# ,<# ,# -#' i>'~ i;, ,~v {'•• ,# ,t" ,f> ,# ,/ 15' # # ,# ,# i" """' ,.,v
Figura 16.3 Composição do meio de cultura. Número de linhagens de hESC derivadas ao longo dos anos de acordo com (A) meio básico
de cultura - KO-DMEM = knockout DMEM; (B) fonte de proteínas - KSR = knockout serum replacement, FBS = soro fetal bovino, HS
= soro humano, RHP = proteínas recombinantes humanas; (() fator poro manutenção do pluripotência - FGF = fator de crescimento
de fibroblosto, LIF = fator inibidor de leucemia; e (D) tipo de suporte celular. NA = informação não disponível, NAp = não se aplica.
16.5 CONCLUSÕES
* Ver <www.geron.com>.
Derivação de Novas Linhagens de Células-Tronco Embrionárias: Evolução da Metodologia 691
Material
• 1XDPBS (tampão fosfato salino de Dulbecco) livre de Ca 2 • e Mg 2 •
(Dulbecco's Phosphate-Buffered Saline, no calcium, no magnesium,
Life TechnologiesTM - Gibco®, Cat# 14190-144)
• 0,05% Tripsina/EDTA (Life TechnologiesTM - Gibco®, Cat#
25300-054)
• 0,25% Tripsina/EDTA (Life TechnologiesrM - Gibco®, Cat#
25200-056)
• Álcool 70%
• Solução de gelatina 0,01 % em água (StemCell TechnologiesrM, Cat#
07903)
• Tubos de centrífuga de 50 mL
• Placas de Petri estéreis com 100 mm de diâmetro
• Placas de Petri estéreis com 60 mm de diâmetro
• Garrafas de cultura de T75 estéreis e aderentes
• Tesouras e pinças estéreis
• Meio MEF (ver a seguir)
• DNAse I (opcional)
Meio MEF
Procedimento
Material
• lXDPBS livre de Ca 2 • e Mg 2 • (Life TechnologiesTM - Gibco®, Cat#
14190-144)
• Solução de gelatina 0,01 % em água (StemCell TechnologiesrM, Cat#
07903)
• 0,25% Tripsina/EDTA (Life TechnologiesTM - Gibco ®, Ca t#
25200-056)
• Tubos de centrífuga de 15 mL ou 50 mL
• Garrafas de cultura de T75 estéreis e aderentes
• Meio MEF (ver item 16.6.2)
Derivação de Novas Linhagens de Células-Tronco Embrionárias: Evolução da Metodologia 69S
Procedimento
1) Retirar o meio das garrafas e lavar as células delicadamente com 10 mL
de DPBS por duas vezes.
2) Aspirar o DPBS e adicionar à garrafa de cultura contendo MEF cerca de
5 mL de tripsina/EDTA 0,25% agitando gentilmente para garantir que
todas as células estejam cobertas com a tripsina.
3) Incubar 3 a 5 minutos a 37 ºC, 5% CO2 , 95% umidade (ou até que as
células se soltem do frasco).
4) Após esse período, observar ao microscópio se as células estão em sus-
pensão. Em caso negativo, incubar por mais três minutos, certificar nova-
mente que as células estão em suspensão e isoladas.
5) Neutralizar a tripsina adicionando cerca de 10 mL a 15 mL de meio MEF
ao frasco de cultura.
6) Transferir para tubos de centrífuga e centrifugar 5 minutos a 230 g, tem-
peratura ambiente.
7) Retirar o sobrenadante e ressuspender as células em 15 mL de meio MEF.
8) Dividir as células para 3 frascos de T75 pré-tratados com gelatina con-
tendo 10 mL de meio MEF. Alternativamente, os MEF podem ser conge-
lados para uso futuro.
Material
Procedimento
Material
• MEF inativados
• Solução de gelatina 0,01 % em água (StemCe ll TechnologiesrM, Cat#
07903)
• Placas aderentes de poço central (Falcon® 60mm Center Well Organ
Culture Dish, Corning© Cat#353037, para utilização em derivações
de hESC) ou placas aderentes de 35 mm (para utilização em derivação
e cultivo de hESC)
• Meio MEF (ver item 16.6.2)
Procedimento
1) Pré-tratar as placas com solução de gelatina 0,01% (500 µL para pla-
cas de poço central ou 1 mL para placas de 35 mm) por pelo menos 20
minutos a temperatura ambiente. A solução de gelatina deve ser retirada
imediatamente antes do plaqueamento dos MEF.
2) Para cada poço, plaquear aproximadamente 105 MEF inativados/cm2 em
meio MEF (800 µL de meio MEF para placas de poço central ou 2 mL
para placas de 35 mm).
3) Incubar a 37 ºC, 5% CO2 , 95% umidade.
4) Cerca de 24 horas após o plaqueamento, verificar se as células estão cor-
retamente plaqueadas (bem distribuídas e com confluência adequada, que
deve ser de cerca de 90%). A placa contendo MEF inativados está pronta
para ser utilizada nos procedimentos de derivação ou cultivo de hESC.
Uma vez que os MEF inativos tem período de viabilidade curto, MEF pla-
queados há mais do que três dias não devem ser utilizados para derivação
ou cultivo de hESC.
698 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Material
• Embrião humano qualificado para uso em pesquisa de acordo com a
Lei de Biossegurança nº 11.105, de 24 de março de 2005
Derivação de Novas Linhagens de Células-Tronco Embrionárias: Evolução da Metodologia 699
Meio hESC
• 1 X KO-DMEM (KnockoutrM _DMEM, Life TechnologiesTM - Gibco®,
Cat# 10829-018)
• 20% KnockOutrM Serum Replacement (Life TechnologiesTM -
Gibco®, Cat# 10828-028)
• 1 X (ou 0,1 mM) aminoácidos não essenciais (Life TechnologiesTM -
Gibco®, Cat# 11140-050)
• 50 U/mL penicilina/ 50 µg/mL estreptomicina (Life TechnologiesTM -
Gibco®, Cat# 15140-122)
• 2 mM GlutaMAXTM Supplement (Life TechnologiesTM - Gibco®, Cat#
35050-061)
• 0,055 mM 2-mercaptoetanol (Life TechnologiesTM - Gibco®, Cat#
21985-023)
• 8 ng/ml bFGF (EMD Millipore©, Cat# GF003)
• Observação: O bFGF deve ser adicionado ao meio imediatamente
antes do uso para evitar degradação. Preparar o meio sem bFGF e
filtrar (filtro de 22 um). O meio hESC pode ser mantido em geladeira
por até 10 dias. Antes de utilizar, aliquotar o volume que irá utilizar,
aquecer a alíquota a 37 º C e adicionar o bFGF imediatamente antes
de colocar o meio de cultura em contato com as células.
700 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Procedimento
1) Preparar as placas contendo os MEF inativados no dia anterior ao pla-
queamento do embrião (ou no máximo três dias antes), de acordo com o
protocolo descrito acima.
2) No dia do processamento do embrião, retirar o meio antigo da placa
contendo o MEF e lavar uma ou duas vezes com DPBS para retirar o FBS
contido no meio MEF. Adicionar meio hESC à placa e deixar em incuba-
dora até o momento de plaqueamento do embrião/ICM.
3) Verificar a qualidade do embrião. Para blastocistos de boa qualidade com
fácil visualização da ICM e trofoectoderma, a ICM pode ser isolada. Blas-
tocistos de qualidade não muito boa podem ser plaqueados inteiros após
remoção da zona pelúcida (ZP).
4) Se o blastocisto já apresentar hatching espontâneo, transferi-lo direta-
mente para uma placa de cultura de 35 mm contendo meio de embrião (2
mL) para isolamento da ICM. Se o blastocisto não apresentar hatching
espontâneo, a zona pelúcida deve ser retirada. A remoção mecânica da ZP
deve ser realizada com o uso de lâminas (ultra sharp splitting biades)
previamente tratadas com álcool 70%, secas ao ar e lavadas em meio
de embrião. Para remoção da ZP, transferir o embrião para uma placa
de poço central contendo meio de embrião. Visualizar o blastocisto sob
estereomicroscópio para se certificar da localização da ZP de maneira
que se possa fazer um corte com a lâmina no polo oposto à ICM. A ZP
pode ser bastante elástica, o que pode dificultar sua abertura. Fazer uma
pequena pressão sobre o embrião, de maneira delicada, e tentar fazer a
abertura com a ponta da lâmina. Após a abertura, o embrião pode ser
isolado da ZP com a própria lâmina ou com o auxílio de uma Stripper®
micropipetter (175 um ou 200 um) (Figura 16.4). Evitar cortar o plástico
da placa. Neste momento, o blastocisto pode colapsar e tornar impossível
a visualização do trofoectoderma. Nesse caso, deve ser plaqueado inteiro.
1) Caso seja possível visualizar a ICM após a remoção da ZP, a ICM pode
ser mecanicamente separada do trofoectoderma adjacente com o auxílio
da lâmina ou de uma Stripper® micropipetter (150 um ou 175 um) e
plaqueada já livre de trofoectoderma. O blastocisto livre da ZP apresenta
uma menor resistência e elasticidade, sendo possível cortá-lo facilmente
com o auxílio da lâmina. Após ter certeza da localização da ICM, deve-se
fazer um corte bem próximo da ICM, deixando a menor quantidade pos-
sível de trofoectoderma. Nesse momento, o blastocisto pode ficar aderido
à placa. Para não causar muito dano à ICM, deixar a placa parada por
Derivação de Novas Linhagens de Células-Tronco Embrionárias: Evolução da Metodologia 701
A
Zona Pelúcida
Trofoectoderma
Massa Celular
Interna
Blastocele
Figuro 16.4 (A) Fotografia de blastocisto humano evidenciando as estruturas que ocompõem; e (B) sequência de fotografias demons-
trando o procedimento de remoção manual da zona pelúcida.
alguns minutos para que a ICM se solte, ou tentar soltá-la com o auxílio
da Stripper®micropipetter ou da própria lâmina. Importante: proteger
a ICM o máximo possível. Caso isso não seja viável, dar preferência ao
plaqueamento do embrião inteiro.
2) Com o auxílio de uma Stripper® micropipetter, transferir o blastocisto
inteiro livre de ZP ou ICM para gotas de 50 µL contendo meio hESC
preaquecido para lavagem. Repetir a lavagem mais duas vezes (se transfe-
rir a ICM, tomar muito cuidado durante a lavagem ou transferir a ICM
diretamente para a placa contendo MEF em meio hESC).
3) Transferir o embrião inteiro ou ICM para a placa contendo o MEF e meio
hESC e incubar a 37 º C, 5% C02 , 95% umidade. A placa não deve ser
movida ou manipulada por 48 horas, a fim de permitir que o embrião/
ICM possa aderir à placa.
4) Após esse período, trocar o meio diariamente e acompanhar o desenvolvi-
mento das hESC. O critério para escolha do momento certo para primeira
702 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Figuro 16.5 Derivação da linhagem de hESC BR-1. Imagem das células nos dias 5 (A), 8 (8), 1O(() e 12 (D) após o plaqueamento
do embrião. Oembrião livre de zona pelúcida foi primeiramente plaqueado em placa revestida com Matrigel™. Apartir do sexto dia
foram acrescentadas MEF à cultura. Aumento de 100 X.
Figuro 16.6 Colônias de hESC da linhagem BR-1 em MEF após a primeira (A) e terceira (8) passagens. Aumento de 100 X.
704 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Material
• Placas aderentes de 35 mm contendo MEF inativados já plaqueados
• Meio hESC contendo bFGF (ver item 16.7.1)
• Seringa de insulina com agulha estéril
• Ponteiras plásticas para micropipeta P200 estéreis ou cell scraper
Procedimento
1) Preparar as placas contendo MEF inativados no dia anterior à passa-
gem (ou no máximo três dias antes), de acordo com o protocolo descrito
anteriormente.
2) Antes da passagem manual, verificar se as colônias de hESC apresentam
algum tipo de diferenciação. Em caso afirmativo, retirar as porções de
colônia diferenciadas com o auxílio de uma ponteira de micropipeta sob
visualização em lupa ou microscópio de luz invertido e dentro do fluxo
laminar.
3) Retirar o meio de cultura antigo contendo os fragmentos diferenciados
em suspensão e adicionar meio hESC fresco (2 mL de meio hESC por
placa de 35 mm).
4) Sob a lupa ou microscópio de luz invertido, cortar as colônias com o auxí-
lio de uma seringa de insulina, fazendo riscos na colônia do tipo "jogo
da velha". Um fator importante na passagem manual é o tamanho dos
fragmentos. Eles não devem ser muito grandes nem muito pequenos. Os
fragmentos devem conter cerca de 50 a 100 células, ou seja, numa colônia
com aproximadamente 300 células, a colônia deve ser fragmentada em
seis pedaços, cada um com aproximadamente 50 células.
Derivação de Novas Linhagens de Células-Tronco Embrionárias: Evolução da Metodologia 70S
16.7.3. 1 Congelamento
Material
• Meio hESC (ver item 16.7.1)
706 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Procedimento
1) Remover o meio de cultura da placa de 35 mm contendo as colônias a
serem congeladas e adicionar à placa 2 mL de meio hESC fresco aquecido.
2) Sob a lupa ou microscópio de luz invertido, cortar as colônias com o
auxílio de uma seringa de insulina, fazendo riscos na colônia do tipo
"jogo da velha". Os fragmentos de colônia devem conter cerca de 100 a
200 células).
3) Com o auxílio do cell scraper ou ponteira de micropipeta, levantar gen-
tilmente os fragmentos de colônias cortados para evitar que se quebrem
ainda mais ou que as células se danifiquem.
4) Após todos os fragmentos de colônia estarem descoladas da placa, trans-
ferir com o auxílio de uma pipeta sorológica de 2 mL o meio de cultura
contendo os fragmentos de colônia em suspensão para um tubo de centrí-
fuga e centrifugar a 230 g por 5 minutos à temperatura ambiente.
5) Remover o sobrenadante e ressuspender gentilmente os fragmentos de
colônias em 1 mL de meio de congelamento para hESC gelado.
6) Transferir as células em meio de congelamento para hESC para um crio-
tubo de 2 mL de capacidade, transferir o criotubo para um container tipo
Mr. Frosty contendo isoprapanol e imediatamente transferir o container
tipo Mr. Frosty para o freezer a -80 º C.
7) Após pelo menos 24 horas a -80 º C, os criotubos devem ser transferidos
rapidamente para o nitrogênio líquido para estocagem.
Derivação de Novas Linhagens de Células-Tronco Embrionárias: Evolução da Metodologia 707
Material
• Placas aderentes contendo MEF inativados já plaqueados
• Meio hESC contendo bFGF (ver item 16.7.1)
• Tubo de centrífuga de 15 mL
Procedimento
REFERÊNCIAS
1. Evans MJ, Kaufman MH. Establishment in culture of pluripotential cells from mo use
embryos. Nacure. 1981;292:154-6.
2. Guasch G, Fuchs E. Mice in the world of stem cell biology. Nat Genet. 2005;37:1201-6.
3. Thomson JA, l tskovitz-E ldor J, Shapiro SS, Wak nitz MA, Swiergiel J , Marshall
VS, Jones JM. Embryonic stem cell lines derived from human blastocysts. Science.
1998;282:1145-7 .
4. Reubinoff BE, Pera MF, Fong CY, Trounson A, Bongso A. Embryonic stem cell
lines from human blastocysts: soma ti c differ entia ti o n in vitro . Nat Biotechnol.
2000;18:399-404 .
5. Hasegawa K, Pomeroy J E, Pera MF. Current technology for the derivati on of pluripo-
tent stem cell lines from human embryos . Cell Stern Cell. 2010;6:521 -31.
6. Fraga AM, de Araújo ESS, Stabellini R, Vergani N, Pereira LV. A Survey of Parameters
lnvolved in the Establishment of New Lines of Huma n Embryonic Stern Cells. Stern Cell
Rev. 2011;7(4):775-81.
7. Arnit M, Carpenter MK, lnokuma MS, Chiu CP, Harris CP, Waknitz MA, et a i. Clo-
na lly derived huma n embryonic stem cell lines maintain pluripotency and proliferative
potencial for prolonged periods of culture. Dev Biol. 2000;22 7:2 71-8.
8. Pennings G. New Belgian Law on Research on Human Embryos: trust in progress
through medical science. J Assist Reprod Genet. 2003;20(8):343-6.
9. Fraga AM, Sukoyan M, Raja n P, Braga DP, laconelli A Jr, Franco JG Jr, et ai. Establish-
ment of a Brazilian line of human embryonic stem cells in defined med ium: implicatio ns
for cell therapy in an ethnically diverse population. Cell Transplant. 2011;20(3 ):431-40.
10. Snyder EY, Loring JF. Beyond fraud - stem-cell research continues. N Eng! J Med.
2006;354:321-4.
11. Laurent LC, N ievergelt CM, Lynch C, Fakunle E, Harness JV, Schmidt U, et a i. Res-
tricted ethnic diversity in human embryonic stem cell lines. Nat Methods. 2010;7:6 -7.
12. Mosher JT, Pemberton TJ, Harter K, Wang C, Buzbas EO, D vorak P, et ai. Lack of
populat ion diversity in commonly used huma n embryo nic stem-cell lines. N Eng! J Med.
2010;362:183-5.
13. Greely HT. Moving human embryonic stem cells from legislacure to lab: remaining
legal and et hical q uestions. PLoS Medicine. 2006;3(5):e1 43.
14. Klimanska ya I, Chung Y, Becker S, Lu SJ, Lanza R. Human em bryonic stem cell lines
derived from single blastomeres. Nature. 2006;444:481-5 .
15. Feki A, Bosman A, Dubuisson JB, lrion O, Da houn S, Peite MF, et ai. Derivation of
the first Swiss human em bryonic stem cell line form a single blastomere of an arrested
four-cell stage embryo. Swiss Med W kly. 2008;138:540-50.
Derivação de Novas Linhagens de Células-Tronco Embrionárias: Evolução da Metodologia 709
42. Su Z, Dannull J, Yang BK, Dahm P, Coleman D, Yancey D, et ai. Telomerase mRNA-
Transfected Dendritic Cells Stimulate Antigen-Specific CD8+ and CD4+ T Cell Respon -
ses in Patients with Metastatic Prostate Cancer. J lmmunol. 2005;174:3798-807.
43. Nishimoto KP, Tseng SY, Lebkowski JS, Reddy A. Modification of human embryo-
nic stem cell-derived dendritic cells with mRNA for efficient antigen presentation and
enhanced potency. Regen Med. 2011;6(3) :303 -18.
44. Lui KO, Waldmann H, Fairchild PJ. Embryonic stem cells: overcoming the immuno-
logical barriers to cell replacement therapy. Curr Stern Cell Res Ther. 2009;4(1):70-80.
45. Hanna J, Cheng AW, Saha K, Kim J, Lengner C J, Soldner F, et ai. H uman embryonic
stem cells with biological and epigenetic characteristics similar to those of mouse ESCs.
Proc Natl Acad Sei USA. 2010;107:9222-7.
46. Lengner CJ, Gimelbrant AA, Erwin JA, Cheng AW, Guenther MG, Welstead GG, et
ai. Derivation of pre-X inactivation human embryonic stem cells under physiologica l
oxygen concentrations . Cell. 2010;141:872-83.
n)>
-O
_,
--1
e
r--
;
0
PROTEINA
PRION: BIOLOGIA
MOLECULAR,
ASPECTOS
FISIOLÓGICOS E
PATOLÓGICOS,
DIAGNÓSTICO
E INTERESSE ;
SANITARIO
Michele Christine Landemberger
Bruno Lobão Soares
Cleiton Fagundes Machado
Norberto Cysne Coimbra
17.1 INTRODUÇÃO
Figuro 17. l Formas mais comuns de encefalopatias espongiformes e respectivas espécies acometidas.
,.,.. '
etC
.
~~JJ
t Extremidade ' - "
c-tormlnat
Extremidade
N-torminal
1
Figura 17.2 Aspectos moleculares da proteína PrP'. Aporção N-terminal (resíduos 23-124) aparece como rondam cai/ (em amarelo)
e a âncora de GPI em cinza. Estrutura secundária: hélice A(aA; resíduos 144-156; vermelho), hélice 8 (aB; resíduos 177-193; verde),
hélice C(a(; resíduos 200-223; azul claro), folhas-b bl (resíduos 128-131; vermelho) e b2 (resíduos 160-164; vermelho escuro).
Cadeias laterais de histidina envolvidas com a ligação de cobre são mostradas em verde, na região randon cai/. Resíduos de lisina e
arginina representados em azul (Para visualizar as cores da imagem, acesse o site da Editora Blucher).
meio
extracelular
l.;naU,ação ;ntracelula,
Figuro 17 .3 Plataforma multiproteico. APrPcpode mediar sinalização intracelular por se ligar oum ligante e a uma proteína tronsmem·
brona envolvido com tronsdução de sinal.
GAG (23-35)
+-+ HS (23-52; 53-82; 109-127)
4 ► 4 ► +----t
LRP1 (23-107)
14-3--3 (23-137)
1 22 51
.- 91
hopJSTl-1 (113-128)
+-+
144 153
N-CAM (143-153)
172 194 20c, 224 231 254
PrPc
+-+
LRP/LR (143-178)
◄Laminina (173-182)
►
++
Hsp60 (179-209)
4 •
Pint1 (90-231)
CK2 (93-228)
4
Grb_
, Synlb, APLP1, Nr12,GASP, domínio Fbx, HnRNP A2/B1 , AldC
Figura 17.4 Ligantes do proteína prion-celulor. Asequência de tradução do proteína prion está apresentado no formo de um bastão, com
os domínios mais importantes mostrados em cores (números de resíduos de aminoácido relacionados à proteína prion de camundongo).
SP: peptídeo sinolizodor. OR: domínio octopeptideo de repetição. HC: núcleo hidrofóbico. Hl, H2, H3: domínios alfa-hélice. GSP: peptídeo
sinolizodor de ancoragem o GPI. Cada local de ligação molecular é indicado junto com o trecho do resíduo de aminoácido que contém o
domínio de ligação no proteína prion de camundongos. GAC: Glicosominoglicanos. HS: sulfato de heparon. LRPl : receptor de lipoproteíno
de baixo densidade 1. LRP/ LR: receptor de lominino. Synlb: Sinopsino lb. APLPl : proteína 1 similar ao precursor amiloide. Nrf2: fator
de transcrição. GASP: receptor associado à proteína G. HnRN P: ribonucleoproteíno nuclear heterogêneo. AldC: oldolose e/ zebrino. Figuro
reproduzido (com permissão) de R. Linden et oi, Physiology of the Prion Protein, Physiological Reviews, 88: 673-728, 2008.
' ✓ PLC
t ca2• CI·
Espaço
✓ PKC
extracelular
Figuro 17.5 Rotos de sinalização inlrocelulor acionados pelo proteína prion celular. Interações entre PrPC/STll e PrPC/ peplídeo 'Y l
de lominino. As setas vermelhos indicam osinalização disparado pelo interação entre PrPC e STIl, enquanto os setas pretos indicam o
sinalização disparado pelo interação enlre PrPC e peptídeo 'Y l de lominino. Pep. 'Y l ln = peptídeo 'Y l de lominino; mGluR = receptor
metobotrópico de glutomoto; a?nAChR = receptor nicotínico de ocelilcolino do tipo a?; t (o2+ci = aumento do concentração de cálcio
citoplasmático (Poro visualizar os cores do imagem, acesse o site do Editoro Blucher).
A ideia de que uma proteína pudesse ser o agente responsável por causar
uma doença transmissível causou grande polêmica na comunidade cientí-
fica, para a qual a replicação de um organismo dependia necessariamente de
ácidos nucleicos. Entretanto, os prions apresentavam características físico-
químicas incomuns aos patógenos até então conhecidos. Vários métodos
utilizados para destruir patógenos eram ineficientes com os prions, que são
altamente resistentes à alta concentração de sais e a a lterações de pH 3, 4, 62 •
Além disso, os prions são resistentes a processos convencionais de inativa-
ção de vírus, tais como radiação ultravioleta e ação de nucleases 63 •
Entretanto, métodos utilizados para desnaturar proteínas, como a ltas
temperaturas, ureia e detergentes catiônicos, como o dodecil sulfato de sódio
722 Biotecnologia Aplicado à Saúde
17.4.2. 1 Bovinos
Vale ressaltar que não há, atua lmente, um tratamento para impedir a
progressão da doença, ou qualquer tipo de vacinas para animais. As medidas
profiláticas são aquelas recomendadas pelo MAPA, que incluem restrição
de importação de animais de países de risco, assim como a suspensão de
proteína animal na alimentação de ruminantes. Além disso, é recomendável
726 Biotecnologia Aplicado à Saúde
17.4.5 Diagnóstico
que ocorre por uma mutação no códon 178 (D 178N), associada ao polimor-
fismo metionina no códon 129. Essa é mais rara das doenças por prions já
descritas, havendo apenas cem pessoas afetadas em quarenta famílias descri-
tas em todo o mundo 80 , além de um caso recentemente descrito no Brasil 8 1•
17.5.2 Diagnóstico
P102L E200K
Figuro 17 .6 Eletroesferogromo representativo do gene PRNP. No porte de cimo do painel pode-se verificar os 3 formos polimórficos de
PRNP no códon 129, sendo que 50%do população caucasiano tem o códon 129 em heterozigose (M 129V), 40%apresento metionino
em homozigose (Ml 29M) e 10%do população normal apresento volino em homozigose (Vl 29V). No porte de baixo do figuro estão
representados duas mutações patogênicos: o Pl 02L, que couso GSS fomiliol, e o E200K, que levo ao acometimento de OCJ familio/.
ser feitos durante a evolução do quadro até ser obtido o padrão caracterís-
tico, ou para descartar outras causas que geram esse padrão 89 •
Figura 17.7 Imagem de ressonância magnética de paciente com doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), a doença humana mais comum
causada por prions. Notar a hiperintensidade de sinal no tálamo principalmente no núcleo dorsomedial e no pulvinar (8), em A. Notar,
também, alterações predominantemente subcorticais (Ce O), alterações tanto corticais como subcorticais (E-F) e predominantemente
corticais (G e H).
Figura reproduzida com permissão de P. Vitali, et al. 90
uma grande quan tidade de p lacas fibri lares de PrP 5c circundadas por um
halo de vacúolos espongiformes, conhecidos como placa florida 89•91•92 •
2) Provável DCJ:
• Curso da doença menor que dois anos.
• Demência rapidamente progressiva.
• Pelo menos dois dos seguintes sintomas clínicos: mioclonias, distúr-
bios visuais ou cerebelares, mutismo acinético e disfunções piramidais
e extrapiramidais.
• Resultado positivo nos testes 14.3.3, EEG típico ou IRM
característicos.
3) Confirmado DCJ:
• Apresentar característica espongiforme na região do córtex cerebelar
ou na substância cinzenta e imunorreatividade para PrP 5' .
4) Doença hereditária:
• Presença de mutação descrita para as doenças por prions.
GRUPO 1
Curso do doença maior que seis meses.
GRUPO li
Demência.
Disestesias dolorosas e persistentes.
Ataxia.
Mioclonia.
Sintomas psiquiátricos precoces (depressão, ansiedade, apatia).
GRUPO Ili
EEG com padrão não típico de DCJ esporádica.
IRM com hipersinal pulvinar simétrico bilateral.
GRUPO IV
Biópsia de tonsila positiva (não recomendada de rotina por questões éticas).
1) Possível vDCJ:
• Paciente apresenta os sinais do Grupo I e pelo menos quatro sinais do
Grupo II .
• EEG atípico para DCJ.
2) Provável vDCJ:
• Paciente apresenta os sinais do Grupo I e pelo menos quatro sinais do
Grupo II .
• EEG atípico para DCJ.
• Hipersinal pulvinar bilateral em IRM.
• Ou paciente apresenta os sinais do Grupo I e biópsia de tonsila
positiva.
3) Confirmado DCJ:
• Paciente apresenta os sinais do Grupo I e neuropatológico confirmado
com depósitos em placas floridas.
Proteína Prion: Biologia Molecular, Aspectos Fisiológicos e Patológicos, Oi agnóstico e Interesse Sanitário 737
Até hoje, não existe nenhum tratamento efetivo para as doenças causadas
por prions, nem mesmo para melhorar as funções cognitivas e motoras com-
prometidas pela doença. É uma doença de rápida progressão em que apro-
ximadamente 90% dos indivíduos sintomáticos evoluem rapidamente para
o óbito de seis meses a um ano. Nos últimos anos, vários estudos têm sido
conduzidos na tentativa de encontrar uma forma de impedir a progressão da
doença, seja pela redução da conversão de PrP5c, seja pelo bloqueio da pro-
teína infecciosa, utilizando anticorpos monoclonais. Apesar de haver mui-
tos estudos in vitro, poucos estudos clínicos têm sido conduzidos na área .
Dentre os estudos em andamento estão investigações sobre a atividade da
quinacrina e da tetraciclina no controle da doença priônica, por serem tais
drogas capazes de ultrapassar a barreira hematoencefálica, e, em abordagens
in vitro, foi demonstrado que o tratamento com essas drogas foi capaz de
inibir a formação de depósitos proteicos 93 • O estudo criterioso dos mecanis-
mos que levam à conversão de PrPc em PrP 5c é um caminho a ser trilhado na
tentativa de encontrar alvos terapêuticos para tratar ou prevenir a doença.
17.7 CONCLUSÕES
O diagnóstico das doenças por prion envolve uma etapa crucial de diag-
nóstico diferencial com diversas desordens neurológicas que podem se apre-
sentar de forma semelhante.
Apesar dos critérios da OMS, todos os casos suspeitos de DCJ devem
ser investigados. Estudos demonstram que os critérios clínicos não abran-
gem todos os casos, e 17% de todos os casos confirmados para DCJ não
apresentavam critérios clínicos para possível ou provável DCJ 94 •95 •
O Brasil tem empenhado esforços para manter um rigoroso sistema de
controle e diagnóstico das encefalopatias animais, mas também tem contri-
buído substancialmente na área de pesquisa envolvendo as funções celulares
da proteína prion.
Devido ao potencial infeccioso dessas doenças, a OMS recomenda a vigi-
lância da incidência de todas as doenças por prion, incluindo as formas
familiares. No Brasil, as doenças humanas causadas por prion se tornaram
de notificação compulsória em 2005 e, desde então, mais de quatrocentos
casos suspeitos da forma esporádica foram notificados, além de casos fami-
liares da doença. A forma variante da doença humana nunca foi encontrada
no Brasil.
Proteína Prion: Biologia Molecular, Aspectos Fisiológicos e Patológicos, Oi agnóstico e Interesse Sanitário 739
REFERÊNCIAS
17. Schatzl HM, Da Costa M, Taylor L, Cohen FE, Prusiner SB. Prion protein gene varia-
tion amo ng primates. J Mo! Bio l. 1995;245(4):362-74 .
18. Laurén J, Gi mbel DA, Nygaard HB, Gilbert JW, Strittmatter SM. Cellular prion
protein mediares impairment of syna pt ic plasticity by amyloid-beta oligomers. Nature.
2009;457:1128-32.
19 . Gimbel DA, Nygaard HB, Coffey EE, G unth er EC, La ur én J , Gim bel ZA, et ai.
Memory impairment in transgenic Alzheimer mice requires cellular prion protein. J Neu-
rosci. 2010;30:6367-74.
20. Fivaz M, Yilbois F, Thurn heer S, Pasquali C, Abrami L, Bickel PE, et ai. Differentia l
sorting a nd face of endocytosed GPI-anchored proteins. EMBO J. 2002;21:3989-4000.
21. Gorodinsky A, H arris DA. Glycolipid-anchored proteins in neuroblastoma cells form
detergent-resistant complexes without caveolin. J Cell Biol. 1995;129:6 19-27.
22. Santuccione A, Sytnyk V, Les hchyns'ka I, Schac hner M. Prion protein recruits its
neuronal receptor NCAM to lipid rafes to activate p59fyn and to enhance neurice out-
growth. J Cell Biol. 2005;169:341-54.
23. H a jj GNM, Lopes MH, Mercadante AF, Veiga SS, da Silveira RB, Santos TG, et a i.
Cellular prion protein interaction with vitronectin supports axonal growth a nd is com-
pensated by integrins. J Cell Sei. 2007;120:1915-26.
24. Beraldo FH, Arantes CP, Santos TG, Machado CF, Roffe M, Ha jj GN, et ai. Metabo-
tropic glutamate receptors transduce signa ls for neurice outgrowth after binding of the
prion protein to lam inin gammal chain. FASEBJ. 2011;25:265-79.
25. Kristensson K, Feuerstein B, Taraboulos A, H yun WC, Prusiner SB, DeArmond Sj.
Scrapie prions alter receptor-medi ated calcium responses in cultured cells. Neurology.
1993;43:2335-41.
26. Wong K, Qiu Y, H yun W, Nixon R, VanCleff J, Sanchez-Salazar J, et ai. Decreased
receptor-medi ated calcium response in prion-infected cells correlates w ith decr eased
membrane fluidity and IP3 release. Neurology. 1996;47:741 -50.
27. Mouillet-Richard S, Ermonva l M, Chebass ier C, Lapla nche JL, Lehmann S, Launay
JM, et ai. Signal transduction through prion protein. Science. 2000;289:1925-8.
28. Brini M , Miuzzo M, Pierobon N, Negro A, Sorgato MC. T he prion protei n a nd its
paralogue Doppel affect calcium signa ling in Chinese hamster ovar y cells. Mo! Biol Cell.
2005;16:2 799-808.
29. Beraldo FH, Arantes CP, Santos TG, Q ueiroz NG, Young K, Rylett RJ, et a i. Role of
alpha 7 nicotinic acet ylcho line receptor in calei um signaling induced by prion protein
in teraction with stress-inducible protein 1. J Biol Chem. 2010;285:36542-50.
30. Whatley SA, Powell JF, Politopoulo u G, Campbell IC, Brammer MJ, Percy NS. Regu-
lat ion of intrace llular free calcium leveis by the cellular prion protein. Neuroreport.
1 995;6:2333-7.
Proteína Prion: Biologia Molecular, Aspectos Fisiológicos e Patológicos, Oi agnóstico e Interesse Sanitário 741
31. Colling SB, Collinge J, Jefferys JG. Hippocampal slices from prion protein null mice:
disrupted Ca++-activared K• currents. Neurosci Lett. 1 996;209:49-52.
32 . Azzalin A, Ferrara V, Arias A, Cerri S, Avella D, Pisu MB, et ai. lnteraction between
the cellular prion (PrPC) and the 2P domai n K• channel TREK-1 protein. Biochem Bio-
phys Res Commun. 2006;346: 108- 15.
33 . H erms J W, Tings T, Dunker S, Kretzschmar H A. Prion protein affects Ca++-activated
K• currents in cerebellar purkinje cells. Neurobiol Dis. 2001 ;8:324-30.
34. Khosravani H, Z hang Y, Ts utsui S, Hameed S, Altier C, H amid J, et a i. Prion protein
attenuates excitotoxicity by inhibiting NMDA receptors. J Cell Biol. 2008;181:551-65.
35. Lind en R, Martins VR, Prado MA, Cammarota M, lzquierd o l, Brentani RR. Physio-
logy of the prion protein. Physio l Rev. 2008;88:673-728.
36 . Priola SA, Caughey B. lnhibi tion of scrapie-associated PrP accumulation. Probing the
role of glycosam inoglycans in amyloidogenesis. Mol Neurobiol. 1994;8:113-20.
37. Graner E, Mercadan te AF, Zanata SM, Forlenza OV, Cabral AL, Veiga SS, et ai.
Cellular prion protein binds laminin and mediares neuritogenesis. Brain Res Mol Brain
Res. 2000;76:85-92.
38. Zanata SM, Lopes MH, Mercadante AF, H ajj GN, Chiarini LB, Nomizo R, et ai.
Stress-inducible protein 1 is a cell surface ligand for cellular prion t hat triggers neuro-
protection. EMBO J. 2002;21:3307-16.
39 . Oliveira MD, Souza LB, Pinto LP, Freitas RA. lmm uno histochemical study of
components of th e basement membrane in odontogenic cysts. Pesqui Odontol Bras.
2002;16:157-62.
40. Luckenbill-Edds L. Laminin and the mechanism of neuronal outgrowth. Brain Res
Brain Res Rev. 1997;23:l-27.
41. Venstrom KA e Reichardt LF. Extracellular matrix. 2: Role of extracellular matrix
molecules and the ir receptors in the nervous system. FASEB J. 1993;7:996-1003.
42. Coitinho AS, Freitas AR, Lopes M H , Hajj GN, Roesler R, Walz R, et ai. The interac-
tion between prion protein and lam inin modulares memory consolidation. Eur J Neu-
rosci. 2006;24:3255-64 .
43. Robinson MJ e Cobb MH. Mitogen-activated protein kinase pathways. Curr Opin
Cell Biol. 1997;9:l 80-6.
44. Paroo Z, Ye X, Chen S, Liu Q. Phosphorylation of the human microRNA-generating
complex mediares MA PK/Erk signaling. Cell. 2009;139:112-22.
45 . Chiarini LB, freitas AR, Zanata SM, Brentani RR, Martins VR , Linden R. Cellular
prion protein transduces neuroprotective signals. EMBO J. 2002;21:3317-26.
46. Lopes MH, Ha jj GN, Muras AG, Mancini G L, Castro RM, Ri beiro KC, et ai. lnte-
raction of cellular prion and stress-inducible protein 1 promotes neuritogenes is and
neuroprotection by distinct signa ling pathways. J Neurosci. 2005; 25:11330-9.
742 Biotecnologia Aplicado à Saúde
4 7 . Yossler M R, Yao H , York RD, Pan MG, Rim CS, Stork PJ. cAMP activates MAP
kinase and Elk-1 through a B-Raf- a nd Rapl -dependent pathway. Cell. 1997;89:73-82.
4 8. Zaccolo M e Pozzan T. CAMP and Ca++ interplay: a mat ter of oscillation patterns .
Trends Neurosci. 2003;26:53-5.
4 9 . Milhavet O, Lehma nn S. Oxidative stress and the prion protein in transmissible
spongiform encepha lo pathies. Brain Res Brain Res Rev. 2002;38:328-39.
50 . Vassallo N, Herms J. Cellula r prion protein function in copper homeostas is and
redox signa lling at the synapse . J Neurochem. 2003;86:538-44.
51. Puig S, Thiele DJ. Molecular mechanisms of copper uptake and distribution. C urr
Opin Chem Biol. 2002;6:171 -80.
52 . Waggoner DJ, Bartnikas TB, Gi tlin JD. The role of copper in neurodegenerative
disease. Neurobiol Ois. 1999;6 :221-30.
53. H etz C, Maundrell K, Soto C. Is loss of function of the prion protein the cause of
prion disorders? Trends Mo!. Med. 2003;9:237-43.
54. Westergard L, Christensen H M, Harris DA. The cellular prion protein (PrP(C)) : its
physiological function and role in disease. Biochim. Biophys Acta. 2007;1772:629-44.
55. Martins VR, Beraldo FH, Ha jj GN, Lopes MH, Lee KS, Prado MM, et a i. Prion pro-
tein: orchestrating neurotrophic activities. Curr lssues Mol Biol. 2010;12:63-86 .
56. Chiesa R, Harris DA. Fishing for prion protein function. PLoS Bio l. 2009;7:75.
57. Lobão-Soares B, Walz R, Carlotti CG Jr, Sakamoto AC, Calvo F, Terzian AL, et a i.
Cellular prion protein regulares the motor behaviour performance and anxiety-induced
responses in genetically modified mice. Behav Brain Res . 2007;183:87-94.
58 . Lobão-Soares B, Walz R , Prediger RD, Freitas RL, Calvo F, Bianchin MM, et a i.
Cellular prion protein modulares defensive attention and innate fear-ind uced behaviour
evoked in tra nsgenic mice submitted to a n agonistic encounter w ith the tropical coral
snake Oxyrhopus guibei. Behav Brain Res. 2008;194 :129-37.
59 . Bueler H , Fischer M , Lang Y, Bluet hmann H , Lipp HP, DeArmond SJ, et ai. Nor-
ma l developm ent and behaviour of mice lacking the neuronal cell- surface PrP protein.
Nature. 1992;356:577-82.
60. Brown DR, Nicholas RS, Canevari L. Lack of prion protein expression results in a
neuronal phenotype sensitive to stress. J. Neurosci. Res. 2002; 67:211 -224.
6 1. H ynes RO. lntegrins: a fa mily of cell surface receptors. Cell. 1987;48 (4):549-54.
62. McKinley MP, Braunfeld MB, Bellinger CG, Prusiner SB. Molecular characteristics of
prion rods purified from scrapie-infected hamster Brains J lnfect Ois. 1986;154:110-20 .
63. Prusiner, S. B. Molecular biology and pathogen esis of prion diseases, Trends Biachem
Sei. 1996;21 :482-7.
64. Prusiner SB. Prion diseases and the BSE crisis. Science. 1997;278:245-51.
65. Prusiner SB, Cochran SP, Alpers MP. Transmission of scrap ie in hamsters. J lnfect
Ois. 1 985;152:971-8.
Proteína Prion: Biologia Molecular, Aspectos Fisiológicos e Patológicos, Oi agnóstico e Interesse Sanitário 743
66 . Prusiner SB, Kingsbury DT. Prion-infectio us pa thogens ca using the spongiform ence-
pha lo pathies. CRC Crie Rev Clin Neurobiol. 1985;1:1 81-2 00.
67. Kretzschmar H A, Stow ring LE, Westaway D, Stubblebine WH , Prusiner SB, DeAr-
mond SJ. M o lec ular clo ning of a human prion protein cD NA. DNA . 1986;5:315-24.
68 . R oot-Bernstein RS. Prote in re plicatio n by amino ac id pair ing. J T heor Bio l.
1983;100:99-106.
69 . Prusiner SB. Prio ns. Proc Natl Acad Sei. USA 1998;95 :13363-83.
70 . Bueler H , Aguzzi A, Sailer A, Greiner RA, Autenried P, Aguet M , et a i. Mice devoid
of PrP are resistant to scrapie. Cell. 1993;73:1339-47.
71. Ve nneti S. Prion diseases . Clin La b M ed. 2010;30 :293-309.
72. J effrey M, M artin S, González L. Cell-associated variants of disease-specific prion
protein immuno la belling are fo und in different so urces of sheep transm issi ble spongi-
form encephalopathy. J Gen Virol. 2003 :1 033-4 5.
73 . Budka H. Neuropathology of prio n diseases. Br M ed Buli. 2003;66: 12 1-30.
74. Z eidl er M, G ibbs CJ, M eslin F. WHO M an ua l fo r Strengt hening Diagnosis and Sur-
veillance of Creutzfeldt-Ja kob Disease. Ge neve : World H ealt h Or ganization ;1998 . p.
39-40.
75 . Barros, CSL, M arques GHF. Procedimentos p ara diagn óstico de doenças do sistema
nervoso centr al de bovinos. Brasília: Lid Gráfica Editora; 2003 .
76 . Bras il. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portari a nº 516, de 9 de
dezembro d e 1997. D iário Oficial, Bras ília, 9 dez . 1997.
77. Brasil. Instrução N ormativa nº 15, de 2 de abril de 2008 . Aprova os procedimentos
para a a tuação em caso de suspeita ou ocorrência de paraplexia enzoótica dos ovinos
(scrapie). Diário O ficial, Brasília, 2 a br. 2008.
78 . Bras il. Instrução normativa SOA nº 1 8, de 15 de fevereiro de 2002 . Aprova as nor-
mas a serem adotadas, visando incrementar a vigilâ ncia epidemio lógica para detecção
de Encefalo pat ias Espo ngiformes Transmissíveis - EET em ruminantes. Di ário O ficial,
Brasília, 15 dez. 2003.
79. Bras il. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci mento. Controle da rai va
dos herbívoros : man ua l téc nico 2009 / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária . - Brasília : Mapa/ ACS, 2009. ISBN
978-85-9985 1-8 1-4 .
80. Imra n M, Mahmood S. An overview of human prion diseases. Viro! J. 2011;8:559 .
81. Pedroso JL, Pinto WB, Souza PV, Ricarte IF, Landemberger M C, M artins VR, et ai.
Complex movemen t disorders in fa tal fa milia i insomnia : A clinicai and ge netic discus-
sion. Neurology. 2013;81:1 098-9.
82 . Gajdusek DC, Gibbs CJ, Alpers M . Experimental transmissio n of a Kuru-like syn-
drome to chimpanzees . Nature. 1 996;209 :794-6.
744 Biotecnologia Aplicado à Saúde
83. Gam betti P, Parchi P. lnsom nia in prion diseases: spora dic and fa milia i. N Eng! J
Med. 1999;340:1 675-7.
84. G latzel M, M o ha jeri MH, Poirier R, N itsch RM, Schwarz P, Lu B, et a i. No infl uence
of am ylo id-beta-d egra d ing nepr ilysin activity o n pr ion pat hogenesis. J Gen Viro!.
2005;86:1 861-7.
85.Moore & Perez (1967) "Specific acidic proteins of the nervo us system ", FD Carlson.
ed . "Phys iological and biochemical aspects of nervous integratio n ", Prentice-H a ll, lnc,
T he Marine Biological Laborato ry, Woods H o le, MA. pp. 343 - 359 .
86. Zanusso G, Fiorini M, Ferrari S, Gajofatto A, Cagn in A, Galassi A, et ai. Cerebrospi-
na l flu id markers in spora dic creutzfeldt-jakob disease . lnt J Mol Sei. 2011 ;12:628 1-92 .
87. H sich G, Kenney K, Gibbs CJ, Lee KH , H arrington MG. The 14-3-3 brain protein in
cerebrospi na l fluid as a marker for tra nsmissible spongiform encephalopathies. N Eng!
J Med. 1996;335:924-30.
88. Otto M, Wiltfang J, Cepek L, Ne uman n M, Mollenha uer B, Steinacker P, et a i. Ta u
protein a nd 14-3-3 protein in the differ entia l di agnosis of Creutzfeld t-Jako b di sease.
Neurology. 2002;58:192-7.
89. Will RG. T he transmissio n of prions to humans. Acta Paediatr Suppl. 1999;88:28-32.
90. Vitali P, Migliaccio R, Agosta F, Rosen HJ, Gesc hwind MD. Neuro imagi ng in demen-
tia . Seminars in Neurology. 2008;28:467-4 83.
9 1. M inor P, Newham J , Jones N, Bergeron C, Gregori L, As her D, et a i. Sta ndards for
the assay of Creutzfeldt-Jakob d isease specimens. J Gen Viro!. 2004;85:1777-84.
92. Will RG, lronsid e J W, Zeidler M, et ai. A new variant of Creutzfeld t-Jacob d isease in
the UK. La ncet. 1996;347:921-5.
93. Rigter A, Langeveld JP, van Zijderveld FG, Bossers A. Prion protein self-interactions:
a gateway to novel therapeutic strategies? Vaccine. 2010;28:78 10-23.
94.Hain fellner J A, Jellinger K, Diri nger H , Guentchev M , Kleinert R, Pilz P, Maier
H , Budka H. Creutzfeld t-Jakob disease in Austria . J Neuro! Neurosurg Psychiatry.
1 996;61 :139-42.
95. Radba uer C, Hainfe ll ner J A, Jellinger K, Pilz P, Maier H , Kleinert R, Budka H . [Epi-
demi ology of tra nsmissible spongifo rm encephalo pathies (prion d iseases) in Austr ia] .
Wien Med Wochenschr. 1 998;148 :101-6.
n)>
-O
_,
--1
e
r--
;
0
CE LULAS-TRONCO
MESENQUIMAIS
ADULTAS DE
DIVERSAS ORIGENS:
UMA VISÃO GERAL ;
MULTIPARAMETRICA
PARA APLICACÕES
; ,
CLINICAS
Ricardo Cambraia Parreira
Katia Neves Gomes
Emerson Alberto da Fonseca
Bruna Raphaela Sousa
José Lu iz da Costa
Luiz Orlando Ladeira
Alexandre Hiroaki Kihara
Rodrigo R Resende
18. 1 INTRODUÇÃO
A medula óssea é fonte não somente de HSC, mas também das chama-
das mesenchymal stem cells ou multipatent mesenchymal stramal cells
(MSC). São também conhecidas como bane marraw stem cells (BM-MSC)
ou bane marraw stramal cells (BMSC) 36·39 . Trata-se de nomes diferentes
que denominam o mesmo tipo ce lular. Os primeiros relatos de BM-MSC
foram de Friedenstein e colaboradoes em 1966, isoladas a partir da medula
óssea de camundongos 36 , quando se observou então a forma fibroblástica
das BM-MSC40. O trabalho de 1974 foi definitivo para a constatação das
BM-MSC denominadas de "células fibroblastoides" (fibrablast-like cells )
pela seme lhança com aquela célula 41 ,42. As células-tronco mesenquimais
humanas (hMSC) foram isoladas por Pittenger e colegas em 1999, a partir
da crista ilíaca da pelve5. Murphy e colegas, em 2002, e D'Ippolito e cole-
gas, no mesmo ano, isolaram hMSC da tíbia e da região femoral, respecti-
vamente43·35. Assim como as HSC que correspondem a uma pequena fração
de células aderentes, as BM-MSC, cultivadas in vitra, são prioritariamente
aderentes e, por definição, capazes de se diferenciar em osteoblasto, condró-
cito e adi pócito 46. Entretanto, diversos estudos têm mostrado a capacidade
das BM-MSC de se diferenciarem não somente nos tipos celulares de origem
mesodermal, mas também do folheto germinativo ectodermal1 2• 14.
Pesquisadores já obtiveram células da glia, células musculares e hepáticas
a partir de BMSC34 ,47,48. Sanchez-Ramos e colegas, a lém de nosso próprio
grupo, promoveram a diferenciação de BMSC de camundongos em neurônios
imaturos13,14,49 . Bastante heterogênea, a população celular da medula óssea
forma o nicho, ou "estroma", responsável pela manutenção das HSC, pro-
movendo sua sobrevida e fatores de adesão para essas últimas50 . Este "nicho"
é formado pelas células estromais (stramal cells), fibroblastos reticulares,
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 749
CU= grupo de diferenciação (c/uster of differentiation); GAP-43 = proteína associada ao crescimento-43 (growth associated protein-43);
HLA = antígeno leucocitório humano (human leukocyte antigen); SH2 = domínio de homologia Src 2 (Src homology 2 domain); NF-H =
neurofilamento-H (neurofilament-H); NeuN = núcleos neuronais (Neuronal Nucle1); SH3 = domínio de homologia Src 3 (Src homology
3 domain); STR0-1 = antígeno precursor estromal (stromal precursor antigen-1); Thy-1 = antígeno timocitório (thymocyte antigen);
TuJ-1 = classe Ili p-tubulina (class-1/1 p-tubulin); VCAM-1 = molécula de adesão de célula vascular (vascular ce/1 adhesion molecule-1).
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 7S1
Tabelo 18.2 Isolamento, caracterização e diferenciação de células-tronco mesenquimais derivadas da medula óssea (Bane Mor-
row-derived Mesenchymol Stem Cells - BM-MS() e hematopoiéticas humanas (Humon Hemotopoietic Stem Ce/1- hHS()
AsA = acido ascórbico (oscorbic ociá); AsAP = ácido ascórbico 2-fosfato (oscorbic ocid 2-phosphote); bFGF = fator de crescimento
fibroblástico básico (bosic fibroblost growth foctor); pGP = p-glicerofosfato; BHA = hidroxionisol butilado (butyloted hydroxyonisole);
BME= p-mercoptoethonol; BSA = albumina de soro bovino (bovine serum olbumin); CD= grupo de diferenciação (cfuster of differen-
tiotion); OMEM= meio Eagle modificado por Oulbecco (Du/becco's modified Eogle's medium); OMEM-HG = meio Eagle modificado por
Oulbecco, alta glicose (Du/becco's modified Eog/e's medium high glucose); OMSO = dimetilsulfóxido (dimethyl sulfoxide); EOTA = ácido
etilenodiaminotetracético (ethylenediominetetroocetic ociá); EGF =fator de crescimento epidérmico (epiderma/ growth foctor); FBS =
soro fetal bovino (feto/ bovine serum); FCS = soro fetal de cabra (feto/ colf serum); HGF = fator de crescimento humano (humon growth
foctor); HLA = antígeno leucocitário humano (humon leukocyte ontigen); HLA-OR: antígeno leucocitário humano-DR (humon leukocyte
ontigen-DR); IBMX = isobutil-metilxantina (isobuty/-methylxonthine); IL-3 = interleukin 3; IMOM= lscove's modified Dulbecco's media;
ITS = insulina-tronsferrina-selênio (insulin·tronsferrin-selenium); MSCGM = mesenchymol stem ce/1 growth medium; MSCGS = mesen·
chymol stem ce/1 growth supplement, NGF = fator de crescimento do nervo (nerve growth foctor); PBS = solução salina tamponada
com fosfato (phosphote buffered soline); RPMI = Roswell Park Memorial lnstitute; SH3 = domínio de homologia Src 3 (Src homology
3 domoin); SSEA-4 = antígeno específico do estágio embrionário 4 (stoge·specific embryonic ontigen-4); TGF = fator de crescimento
de transformação (tronsforming growth foctor); Thy-1 = antígeno timocitário (thymocyte ontigen); VCAM-1 = molécula de adesão de
célula vascular (vascular ce/1 odhesion molecule-1 ); VEGF = fator de crescimento endotelial vascular (vascular endotheliol growth foctor).
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 7S3
Tabela 18.3 Isolamento, caracterização e diferenciação de células-tronco humanas de sangue do cordão umbilical (Umbilical Cord Blood
Mesenchymal Stem Ce/1 - UCB-MS()
PROTOCOLO OE
CARACTERIZAÇÃO PROTOCOLO DE DIFERENCIAÇÃO REFERÊNCIA
ISOIAMENTO
aFGF =fator de crescimento fibroblóstico acídico (ocidic fibroblast growth factor); AsA = ácido ascórbico (ascorbic acid); ASMA = alpha
-smooth muscle actin; BDNF= fator neuro trófico derivado do cérebro (brain-derived neurotrophic factor); bFGF = fator de crescimento
fibroblóstico básico (basic fibroblast growth factor); BME = p-mercoptoethanol; BSA = albumina de soro bovino (bovine serum albumin);
cAMP = adenosina monofosfato cíclica (cyclic adenosine monophosphate) CD = grupo de diferenciação (cluster of differentiation); DMEM
-HG = meio Eagle modificado por Dulbecco, alta glicose (Dulbecco's modified Eagle's medium high glucose); DMEM-LG = meio Eagle
modificado por Dulbecco, baixa glicose (Dulbecco's modified Eagle's medium, low glucose); EBSS = Ear/e's balanced salt solution; HGF
= fator de crescimento humano (human growth factor); IBMX = isobutil·metilxantina (isobutyl-methylxanthine); ICAM-l = intercellular
adhesion molecules-1; IMDM = lscove's modified Dulbecco's medium; ITS = insulina-transferrina-selênio (insulin-transferrin-selenium);
NGF = nerve growth facto,; PMA = phorbol myristote ocetote; SH2 = domínio de homologia Src 2 (Src homology 2 domain); SH3 =
domínio de homologia Src 3 (Src homology 3 domoin); SHH = sonic hedgehog; Thy-1 = antígeno timocitório (thymocyte ontigen).
Aclipogênica
C• dioginiçe
1-!epatogjnien
Condrogênica
PROTOCOLO Da ISOLAMINTO
Osteogênica
Figuro 18.l As células-tronco foram obtidos o partir de diversos tecidos e isolados com protocolos diferentes. (A) células-tronco me·
senquimois derivados de tecido adiposo (do inglês, adipose-derived stem cel/s -ASC), do sangue do cordão umbilical (do inglês umbilical
cord blood mesenchymal stem ce/1 - UCB-MS()) e (B) do medula ósseo (do inglês bane marrow-derived stem ce/1 · BMS() e células-
tronco mesenquimois do sangue menstrual (do inglês menstrual blood mesenchymol stem ce/1s · MenSCs) podem se diferenciar em
osteoblostos, condrócitos, cordiomiócitos, neurônios, odipócitos, miócitos, hepotócitos, pâncreas, células epiteliais e endoteliois (também
relacionados com o ongiogênese). Oprocesso de diferenciação é induzido por fatores de crescimento, hormônios e moléculas orgânicos
(ver tabelas 18.2 o 18.5 poro obter informações detalhados).
Tabelo 18.4 Isolamento, caracterização e diferenciação de células-tronco humanos derivados de tecido adiposo (hAS()
ABCG2 = cassete membro da subfamília Gde ligação a ATP 12 (ATP-binding cossette sub-family Gmember 2); AS(= células-tronco derivadas
de tecido adiposo (adipose-derived stem cells); BDNF = fator neurotrófico derivado do cérebro (brain-derived neuratraphic factar); CD= grupo
de diferenciação (cluster of differentiation); DMEM/Fl 2 = meio Eagle modificodo por Dulbecco/mistura nutriente F-12 (Du/becco's modified
Eagle's medium/nutrient mixture F-1l); DMEM-LG= meio Eagle modificado por Dulbecco, baixa glicose (Du/becco's modified Eagle's medium,
low glucose); EGM-2-MV = meio de crescimento celular endotelial microvascular-2 (microvascular endothelial ce/1 growth medium-2); FBS =
soro fetal bovino (fetal bovine serum); FCS =soro fetal de cabra (fetal colf serum); hEGF= fator de crescimento epidérmico humano (human
epiderma/ growth factor); HLA = antigeno leucocitário humano (human leukocyte antigen); HLA-DR = antigeno leucocitário humano-DR(human
leukocyte antigen-OR); IGF=fator de crescimento ligado à insulina (insulin-like grawth factor); lsl-1 =lslet-1; ITS =insulina·transferrina-selênio
(insu/in-transferrin-selenium); K-NAC = N-ocetil-l-cisteína (NA() e ácido l-oscórbico 2-fosfoto; a-MEM = meio de Eagle a-modificado (a-modified
Eagle's medium); MHC = complexo principal de histocompatibilidade (major histacompatibility complex); NH 4CI = cloreto de amônia; PBS =
solução salina tamponada com fosfato (phosphate buffered saline); RA = ácido retinoico (retinoic acid'J; rhHGF =fator de crescimento humano
recombinante (recombinant human growth factor); rhOSM= oncostatina humana recombinante M(recombinanthuman oncostatin M); SCF =
fator de células-tronco (stem ce/1 factor); STR0-1= precursor estromal de antígeno-1 (stromal precursor antigen-1); TGF =fator de crescimento
de transformação (transforming growth factor); Thy-1 = antigeno timocitário (Thymocyte antigen); VEGF = fator de crescimento endatelial vas-
cular (vascular endothelial growth factor); bFGF = fator de crescimento fibroblástico básico (basic fibrablastic growth factor); HLA-DR = antígeno
leucocitáriohumano-DR (human leukocyte antigen-01?); DMEM = meio Eagle modificado por Dulbecco (Du/becco's modified Eag/e 's medium).
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 7S9
Figura 18.2 Células-tronco de diversos origens requerem diferentes protocolos de isolamento. Células-tronco derivados de sangue
menstrual (do inglês menstruo/ blood-derived stem cel/s - MenS(), líquido ominiótico (do inglês omniotic-derived mesenchymol stem
cells - AmnS() e córion (do inglês chorionic mesenchymol stem cells - ChS() podem se diferenciar em osteoblostos, condrócitos,
cordiomiócitos, neurônios, odipócitos, miócitos, hepotócitos, células pancreáticas, células epiteliais e endoteliois (também relacionados
com o ongiogênese). Aindução de diferenciação de células-tronco depende de fatores de crescimento, hormônios e moléculas orgânicos
(poro informações mais detalhados, consultor Tabelas 18.7 o 18.1 O).
Tabela 18.5 Isolamento, caracterização e diferenciação de células-tronco mesenquimois derivados de sangue menstrual (Menstruo/
8/ood-derived Mesenchymol Stem Cells -MBS()
CO = grupo de diferenciação (cluster of differentiotion); OMEM = meio Eogle modificado por Oulbecco (Du/becco's modified Eagle's me·
dium); EGF =fator de crescimento epidérmico (epiderma/ growth foctor); FBS =soro fetal bovino (fetal bovine serum); FGF =fator de
crescimentofibroblástico (fibroblost growth foctor); hFGF = fator de crescimento fibroblástico humano (humon fibroblost growth factor);
HGF =fator de crescimento humano (humon growth factor); hTERT=telomerose tronscriptose reverso humano (humon telomerose rever-
se tronscriptose); ITS = insulino-tronsferrino-selênio (insulin-tronsferrin-selenium); Nonog; NPMM = meio de manutenção de progenitores
neurais (neuro/ progenitor mointenonce medium); NTA = ácido trisódico nitriloocético (nitrilotriocetic ocid trisodium); Oct4 = fator de
transcrição de ligação ao octâmero 4 (octomer-binding tronscription factor 4); OSM = oncostotino M; PBS = solução salino tomponodo
com fosfato (phosphote buffered soline); SAGM = meio de crescimento dos pequenos vias aéreos (smo/1 oirwoy growth medium); SCF =
fator de células-tronco (stem ce/1 foctor); SSEA-4 = antígeno específico do estágio embrionário 4 (stoge-specific embryonic ontigen-4);
STRO-l = antígeno precursor estromol-1(stromol precursor ontigen-1).
762 Biotecnologia Aplicado à Saúde
CONDIÇAO OU
V ESPÉCIE TIPO EVIA DE TRANSPLANTE RESULTADOS REFERÊNCIA
PATOLOGIA
lntromiocordiol. Melhorias no função cardíaco de Wong et oi.,
Infarto do miocárdio Roto Lewis Autólogo corQ1õeS de rotos ínfartodos. 2009 119
Injeção no cômoro ventricular Dimensão diostólíco final doventrículo
esquerdo foi menos dilatado, o Schenke-Loylond
Infarto do miocárdio Roto Lewis esquerdo de rotos GFP-ASC.
hoção de ejeção e cardíaco foram et oi., 2009121
Alogênico s~nÂicotivomente melhorados.
Camundongo Injeção íntromiocordiol GFP·ASC. As AS( foram capazes de promovero Leobon et oi.,
Infarto do miocárdio 2009lll
(5781L6 N Alo9ªnico neovoscularizoçõo no coroçõo ~guêmico
Areo de infarto foi coberto
Oclusão no artéria com uma folho composto poro
Macacos Rhesus obrigar tonto AS( quanto SSEA·l As AS( aumentaram o ongiogênese. Bel et oi., 2010131
coronário
+ progenitores cardíacos.
Autólo o.
Injeção introcerebrol de AS( Recuperação funcional e mo~ Yang et oi.,
Isquemia cerebral Rotos neural induzidos em rotos.
AI ênicos.
redução de atrofio hem~férko. 201 1"º
ASC diferenciados em células de
Schwonn foram implontodos em Umo significante melhoro no di Summo et
Injúria no nervo ciático Rotos Sprogue-Oowley
extremidades secionodos do nervo. regeneração do dístôncio do nervo oi., 20101"
AI êníco.
Injúria no medula Injeção em sítios SCI. Melhorias do função neurológico
es~inhol agudo Cachorro AIQ!lênicos. e diferenciação neural. Ryu et oi., 20091"
Recuperação significativo de função dos
Injúria no medula Injeção em sítios SCI. Ohio et oi.,
Rotos membros posteriores. Fatores neurotróficos
espinhal Alogênicos. 2008"'
~romoverom orecu~ero;õo funcional.
Tronsplantoçõo intromusculor
Isquemia nos de culturas de AS( humanos Melhorias no sobrevivência celular, secreção Bhong et oi.,
Comundongos nude de fotor ongiogênico, neovosculorizoçõo
membros posteriores como esferoides. 201 1138
e sobrevivência dos membros.
Xeno ·nico.
Injúria agudo Injeção no veio de hepotócítos Banas et oi.,
Camundongos nude derivados de AS( humanos. Incorporação no parênquima do f~odo.
no fígado 2007"'
Xeno ·nico.
As células dimiooírom, no soro,
As células foram injetados
Injúria no f~odo e Rotos Sprogue-Oowley ~oveio portal hepático ou os níveis de enzimas do ligado, Liong et oi.,
hepotectomio pareio!
veio dorsal do pênis.
como ominotronsferose, osportoto 2009 1"
ominotronsferose de alanina e albumino.
PDXHSC tronsfectodos foram PDX-1-ASC odquirirom fenótipo de células
Diabetes me//itus Camundongos injetados por veio cauda. beta funcionais e função pancreático Koj~omo et
do tipo 1 C57Bl/6J oi., 2010161
AIQ9ênico. restaurado ~orciolmente in wvo.
Deformidade no lipoinjeçõo facial em Melhoria do aparência. Substancial
Korooltin et
esclerodermo linear Humanos combinação com ASC. melhoro no resultado considerando Oi., 2012113
·em goll!!1 de sobre· Autólo!JQS. uma sessão de trotamento.
lipoinjeçõo tópico em Nõo houve diferenço estatisticamente
lipootrofio fociol Humanos combinação com ASC. significativo no pontuação do melhoro clinico Yoshimuro et
oi., 2008167
Autólo!lQS. em relocõo à lil!Qinj!!IÕO convencKrnol.
Reconstrução lipoinjeçõo tópico em Melhoria no transplante de gordura Yoshimuro et
Humonos combinação com ASC.
do momo com retenção de volume. oi., 20082"
Autólo s.
Enxerto ósseo esculpido. Atomogrofio computadorizado
Síndrome de Taylor et oi.,
Treocher Collins Humonos AS(, BMP-2 e enxertos de demonstrou reconstrução ósseo 2010169
~eriósteo foram utilizados. com~leto dos zigomos bilaterais.
Injeção local ossociodo Novo formação ósseo e recuperação
Oeferro ósseo craniano Lendeckel et
Humanos à colo de fibrino. do colvório próximo do completo após
generalizado Autólogo. três meses do reconstru1õo. oi., 2004 1"
lmplontoçõo de AS( semeados
Grande defeito Nõo houve complicações, e oresultado lhesleff et oi.,
Humanos em sca/fo/d ~-TCP.
ósseo craniano Autólo o. foi sot~fotório no ossificoçõo. 201 1114
Hemi-moxilectomio Implante de titânio gaiola cheio
de~do o um grande Integração de implantes ósseos, sem Mesimoki et
Humanos de ASC, ~-!CP e de BMP·2. quaisquer efeitos adversos. oi., 2009111
guerotocisto Autólogo.
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 767
CONDIÇAOOU
V ESPÉCIE TIPO EVIA DETRANSPLANTE RESULTADOS REFERÊNCIA 1
PATOLOGIA
Injeção locol de AS( com cloreto
Osteonecrose da de cákio ativodo, plosmo rico em Regeneroção da tecido ósseo medular e
Humanos Pok et ai., 2012117
cobeço femorol ploquetos e ácido hialurônico. redução em longo prozo da dor no quadril.
Autólo os.
lsquemio
Células forom injetados Melhora do função cordiaco, fração
miocárdico agudo e Duckers et oi.,
comprometimento do Humanos int rac orono riorne nte. de ejeção e redução no tamanho do 2010211
Autólogo. infarto no grupo trotado com ASC.
ventrículoes uerdo
Fase final do doenco
arterial coronário é Tro11Sendocordial. Duckers et oi.,
Humo nos Estudo em curso. Resultados não dispon~e~
fohmção ventriculor Autólogos. 2010211
es uerdo rove
Deleita do epitélio
Injeção tópico. Acicotrizoção completa do epitélio corneono Agorogionn~ et
da córneo estéril Humo nos Autólogos. foi observado um mês opós otronsplonte.
ersistente oi., 201211'
Garcia-Olmo et
Injeção de fístulos enterocutôneos
ai., 2003"º;
oo jXlrede do troçador associado AprojXlrção de pacientes que alcançaram o
fístulos crônicas na Humanos à cola de fibrino. Injeções curo da f~tula foi signfaatiwmente maior Garcia-Olmo et
doença de Crohn oi., 2005161;
retovogioois e fístulos periooo~ com AS( em comjXlroçõo à colo de fibrioo.
Garcia-Olmo et
oo mucoso retal. Autólogo.
oi. 2009'"
Transplante de células derivadas do
Células-tronco
As células são injetadas sangue me11Strual humano melhorou o
derivados Distrofia muscular Camundongos mdx-SCID intromuscularmente. eficiência do regeneração muscular e Cui et oi., 200716'
de sangue de Duchenne
Xeoogênico. entrego da distrofino jXlro os músculos
menstrual em comundangos mdxdistrófica-SCID.
Cordiomiócitos derivados de
As células são injetadas MMCs tronsplontodos restaurarom Hido et oi.,
Infarto do miocárdio Rotos nude f344 no miocárdio. s~nakat~omente a função cordíma 2008 161
Xeoogênko. prejudicodo, diminuindo oóreo de infarto
do miocárdiono coro1ão de rotos.
Aprogressão do doença não ocorre
As células são injetadas em jXlcientes tratados. Anormalidade,
Zhong et oi.,
Esclerose rrultipla Humanos introvenosa e introtecalmente. reoções imunológicos ou efeitos
Alagênico. adversos assocK1dos aos trotamentos 200916'
a~licodos não foram evidenciados.
As células são injetadas MBSC tro11Splantados reduzirom
Borlongon et
Isquemia cerebral Ratos Sprog.ie-Do~e introcerebrol e introvenosomente. significotivomente ooomolias comportamento~, ai., 2010167
Xeoogênico. melhorondo disfun1ões motoros e neurológkos.
As células são injetadas
lsquemio critico
Humano intromuscularmente. lnicK1ndo estudo clínico. NCTOl 558908
do membro Ala "nkos.
ACHMS = scaffolds otelocolágeno em formo de colmeia com membrana vedado (ate/ocallagen honeycamb-shaped scaffold); AS( =
células-tronco derivados de tecido adiposo (adipose derived stem cells); p-TCP = fosfato p-tricálcio (p-tricolcium phosphote); BMP-2 =
proteína ósseo morfogenético-2 (bane morphogenetic protein-2); camundongos mdx = camundongos com distrofia ligado ao X(mice
with X-linked dystrophy); GFP = proteína fluorescente verde (green fluorescent protein); hMAOS = células tronco multipotentes deri·
vodos de tecido adiposo humano (human multipotent odipose-derived stem); MBSC = células-tronco do sangue menstrual (menstrual
b/ood stem cel/s); MMCs = células mesenquimois derivados de sangue menstrual (menstrual blood-derived mesenchymal cel/s); POX·1
= homeobox poncreático-duodenol 1 (pancreatic-duodenal homeobox I); PLGA = poli(ácido láctico-co-glicólico) (poly(/actic-ca-glycolic
acid)); RAG2 = gene ativador de recombinação 2 (recombination activating gene 2); SCI = lesão medula espinhal (spinal cord iniury);
SCIO = imunodeficiência combinado severo (severe combined immunodeficiency); SSEA-1 = antígeno específico do estágio embrionário·l
(anti-stage-specific embryonic antigen-1).
768 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Tabelo 18.7 Isolamento, caracterização e diferenciação de células-tronco epiteliais humanas do âmnion (Human Amnian Epithelial
Cells -hAECs)
PROTOCOLO DE ISOLAMENTO CARACTERIZACÃO
1
PROTOCOLO DE DIFERENCIACÃO
1
REFERÊNCIAS
Condrogênko: DMEM-H, FBS, insulina, TGF-b l e ácido oscórbko fresco.
Marcadores de superficie relular positivos: 0steogênka: DMEM-H, FBS, ácido oscórbko, 13i!lkerofosfato,
Tratamento com d~pose li, la25-liidroxivitomina D3 e dexametosona.
cu~ivacão em meio DMEM CDl 66,ml05, CD90, CD73, CD49e, Adípogênim: DMEM-H/FBS/dexametosona/ Portmann-lonz
(glutomiÓo, glkose concentrada, rn44, HlA-ABC,_ (029 e CDl 3· . IBMX/ indometocina e insulina. et ai., 2006279
. . at· ad ) Marcadores de superfioe celular negativos:
soro fetaIbov1no m IV o CDl 4, CD34, CD45 e MHC li. Miogênica: DMEM-H/FBS/hidrocortisona/
dexametosona esoro de c□111la.
Neurogênica: DMEM-H/FBS etados os ácidos retinokos trans.
Coraiomiogênka: DMEM, FBS, 2111ercaptoetonol,
piruwto de sórlio eAsAP.
Acamada de ômnion foi lawdo Neurogênka: DMEM, FBS, 2111ercoptoetonol, piruvato
Marcadores de superficie relular positivos:
com HBSS e incubada com SSEA-4, TRAl-81, SSEA-3 e TRAH0. de sórlio, todos os ácidos retinoicos trans, e FGF-4. Mikietol.,
tripsino contendo EDTA4Na. Marcadores de superficie celular negativos: Pancreática: DMEM, FBS, 2111ercaptoetonal, piruvato de sóaio 2005113
k, células digeridos foram e nkotinamido em placos revestidos de colágeno tipo 1.
SSEA-1 eCD34
lavados com HBSS. Hepática: DMEM, FBS, 2111ercaptoetanol, piruvato
de sódio, dexametosona, insulina e l.fenoborbitol
em plams revestioos de colágeno tipo 1.
AsAP = ácido ascórbico 2-fosfoto (ascarbic acid 2-phosphate); CD= grupo de diferenciação (c/uster of differentiation);
DMEM = meio Eogle modificado por Dulbecco (Du/becco's modified Eogle's medium); DMEM-H= meio Eogle modificado
por Dulbecco (Du/becco's modified Eog/e's medium-high); EDTA4No = tetrosodium ethylenediaminetetroacetic acid; FBS =
soro fetal bovino (fetal bovine serum); HBSS = solução salino balanceado de Honk (Hanks' balanced salt solution); HlA
= antígeno leucocitário humano (human leukocyte antigen); IBMX = isobutil·metilxontino (isobuty/-methylxanthine); MHC
= complexo principal de histocompotibilidode (major histocompatibility complex); SSEA-1 = antígeno específico do estágio
embrionário-] (antfstage-specific embryonic antigen-1); SSEA-3 = antígeno específico do estágio embrionário-3 (stage-spe-
cific embryonic antigen-3); SSEA-4 = antígeno específico do estágio embrionário-4 (stage-specific embryonic antigen-4);
TGF =fator de crescimento de transformação (tronsforming growth factor); TRA1-60 = tumor rejection antigen 1-60-, TRA 1-
81= tumorrejection antigen 1-81.
Tabelo 18.8 Isolamento, caracterização e diferenciação de células-tronco mesenquimois humanos derivados do membrana amniótico
(Human Amniotic Membrone-derived Mesenchymal Stem Cells - hAMCs)
a-MEM = meio Eogle a-modificado (a-modified Eogle's medium); AsAP = ácido ascórbico 2-fosfato (ascorbic acid 2-phosphate);
BSA = albumino de soro bovino (bovine serum albumin); CO = grupo de diferenciação (cluster of differentiation); OMEM = meio Eogle
modificado por Oulbecco (Oulbecco's modified Eogle's medium); OMEM-H= meio Eogle modificado por Oulbecco, oito (Oulbecco's
modified Eogle's medium high); FBS = soro fetal bovino (fetal bovine serum); pFGF = fator de crescimento fibroblóstico (fibroblast
growth fator); IBMX = isobutil-metilxontino (isobutyl-methylxonthine); ITSLA= insulina, tronsferrino, selênio e ácido linoleico (insulin,
transferrin, selenium and linoleic aciá); L-AsAP = L-ócido ascórbico 2-fosfato (oscorbic acid 2-phosphote); MCOB-201 = meio desenvolvido
biologicamente com modificações moleculares e celulares (molecular, cellu/ar, and developmental biology medium); TGF-p l = fator de
crescimento de transformação (tronsforming growth foctor); SH2 = domínio de homologia Src 2 (Src homology 2 domain); SH3 = Src
homology 3 domain; SH4 =domínio de homologia Src 4 (Src homology 4 domain); VEGF=fator de crescimento endoteliol vascular
(vascular endothelial growth foctor).
Tabela 18.9 Isolamento, caracterização e diferenciação de células-tranco mesenquimais humanas do córion (Chorionic Plate-derived
Mesenchymal Stem Cells - CP-MS()
a-MEM= meio Eagle a-modificado (a-modified Eagle's medium); CD = grupo de diferenciação (cluster of differentiation); OMEM-H
= Dulbecco's modified Eogle's medium high; EOTA = ócido etilenodiominotetracético (ethylenediaminetetroacetic acid); FBS = soro fetal
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporamétrico poro Aplicações Clínicos 779
bovino (fetal bovine serum); HlA = antígeno leucocitário humano (humon leukocyte ontigen); IBMX = isobutil-metilxontino (isobutyl-me-
thylxonthine); PBS = solução salino tomponodo com fosfato (phosphote buffered soline); TGF = fator de crescimento de transformação
(tronsforming growth foctor).
Tabelo 18.l O Isolamento, coracterizoção e diferenciação de células-tronco mesenquimois humanos do líquido omnióico (humon Amnio-
tic Fluid Mesenchymol Stem Ce/1- AF-MS()
CO = grupo de diferenciação (cluster of differentiotion); OMEM = Dulbecco's modified Eogle's medium; OMEM/Fl 2 = meio Eogle
modificado por Oulbecco/mistura nutriente Fl 2 (Dulbecco's modified eogle medium/nutrient mixture FI 2); OMSO = dimetilsulfóxido
(dimethyl sulfoxide); EDTA = ácido etilenodiominotetracético (ethylenediominetetroocetic ociâJ; FBS = soro fetal bovino (fetal bovine
serum); FGF = fator de crescimento fibroblástico (fibroblostic growth foctor); HGF = hepotocytes growth fator; HLA= antígeno leucoc·
itário humano (humon leukocyte ontigen); ITS = insulino-tronsferrino·selênio (insu/in-tronsferrin-selenium); MHC = complexo principal
de histocompotibilidode (ma;or histocompotibility complex); NGF= neurogenic growth facto,; Oct4 = fator de transcrição de ligação ao
octâmero 4 (octomer-binding tronscription foctor 4); plus l xN2 = N-2 Supplement, SSEA-4 = antígeno específico do estágio embrioná·
rio-4 (stage-specific embryonic ontigen-4).
780 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Células foram in~toclos Redução no soro cio tronsominose alanina; redução cio
Células-tJonco epitelio6 Co~~?ºct mo~hos introvenosomente em camundongos opoptose dos hepotócitos; diminu~flo do inflomoçflo Monuelpillai et
humanos cio ômnion (hAECs) /8 ~º; C57 /Bl6 imunocompetentes hepático; redução de TNF-a e ll-6; redu~o do oi., 2010191
semanas 00e após expos~flo por CCl4 óreo de fibrose hepático econteúdo de TGF-(3.
AF-MSC = células-tronco mesenquimais humanas do líquido amnióico (humon omníotíc fluíd mesenchymol stem ce/1s); AFSC = células·
tronco do líquido amniótico (omníotíc fluíd stem ce/1s); a·SMA = a-smooth muscle actin; ((14 = corbon tetrochloríde; Col 1= type I
collogen; CP-MSC = células mesenquimais do córion ( choríoníc plote-deríved mesenchymol stem ce/1s); GOT = glutomote-oxoloocetote
tronsomínose; GPT = glutomote·pyruvote tronsomínose; hAECs = células-tronco epiteliais humanas do ômnion (humon omníon epíthelíol
ce/1s); hAMCs = células-tronco mesenquimais humanas derivadas da membrana amniótico (humon omníotíc membrone-deríved mesen-
chymol stem ce/1s); HPL=hepotíc progenítor-líke; ICG = índocyonine green; IFN =interferon; IL =interleukin; mRNA =RNA mensageiro;
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 781
rotos NOO-SCIO =non-obese diabetes-severe combined immunodeficiency mice; TBIL= tatal bilirubin; TGF =fator de crescimento de
transformação (transforming growth factor); TNF = fator de necrose tumorol (tumor necrosis foctor).
AFSC = células-tronco do líquido amniótico (amniotic fluid stem cel/s); hAEC = células-tronco epiteliais humanos do âmnion (human
amnion epithelial cells); hAMC = células-tronco mesenquimois humanos derivados do membrana amniótico (human amniotic mem-
brane-derived mesenchymal stem cel/s); rNU = roto Rowett Nude.
782 Biotecnologia Aplicado à Saúde
CD = grupo de diferenciação (duster of differentiation); Ocx = duplacortina (daublecortin); EAE= encefalomielite autoimune experi-
mental (experimental autoimune encephalomyelitis); GFAP= proteína glial fibrilar ácida (g/ial fibrillary acid protein); GM-CSF =Fator
estimulante de colônias de granulócito e macrófago (granulacyte macraphage colony-stimulating factur) hAECs = células-tronco epiteliais
humanas do âmnion (human amnion epithelial cel/s); hAMC = células-tronco mesenquimais humanas derivadas da membrana amniótico
(human amniotic membrane-derived mesenchymal stem cells); IFN = interferon; iNOS = óxido nítrico-sinta se induzível (inducible nitric
oxide synthase); MOG = glicoproteína mielina de oligodendrócitos (myelin oligodendrocyte glycoprotein); PGE2 = prostaglandina E2
(prostaglandin E2); TGF = fator de crescimento transformante (transforming growth factor); Th l = células Tauxiliares l (T helper 1
cel/s); TNF = fator de necrose tu moral (tumor necrosis factor).
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 783
adição, a ligação ao promotor Nanog simula a sua própria expressão 211 •212 •
Descobriu-se que o promotor Nanog humano tem sítios de ligação para
SMAD2/3, o que sugere que a expressão de Nanog em ESC humanas é dire-
tamente influenciada pela sinalização via Ativina A/TGF-p. Com efeito, a
estimulação de Ativina A de ESC leva a um aumento da atividade do pro-
motor Nanog, ao passo que que mutações dos sítios de ligação de SMAD2/3
anulam essa resposta (Figura 18.3)94 •
Figuro 18.3 Os fatores de crescimento ativam receptores de membrana regulando os níveis de expressão de Nonog em células-tronco
pluripotentes noive. Extimuloção por LIF resultam no ativação de Pl(3)K/Akt, Stot3 e fatores sinais dos vias de sinalização MEK/ERK.
Stot3 e Pl(3)K/Akt regulam positivamente o auto-renovação: Pl (3)K/Akt atuo via T-Box3 e Stot3 estimulando o expressão de Klf4.
Em contraste, o ativação do sinalização via MEK/ERK inibe o expressão de Nonog, mos esta via é inibido por sinais de BMP4 através
de regulação positivo de proteínas ld. Aativação do sinalização via PKA por receptores acoplados à proteína Gpode estabilizar o estado
pluripotente noive por manter os níveis de expressão de Nonog através de um mecanismo de sinalização desconhecido. Em células-tronco
pluripotentes primed, fatores de crescimento via sinalização Ativino A/TGF-~ induz o expressão de Nonog via ligação de SMAO2/3 o um
sítio encontrado no promotor Nonog. Ativação cooperativo adicional via bFGF foi mostrado em ESC humanos, mos não desempenham
nenhum papel no expressão de Nonog em EpiSC murinos.
18.6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. Till JE, Me CE. A direct measurement of the radiation sensitivity of normal mouse
bone marrow cells. Radiar Res. 1961;14:213-22.
2. Evans MJ, Kaufman MH. Establishment in culture of pluripotential cells from mouse
embryos . Nature . 1981;292(5819 ):154-6 .
3. Thomson JA, ltskovitz-Eldor J, Shapiro SS, Waknitz MA, Swiergiel JJ, Mar-
shall YS, et a i. Embryonic stem cell tines derived from human blastocysts. Science.
1998;282(5 391 ):1145-7.
4. Pelacho B, Mazo M, Gavira JJ, Prosper F. Adu lt stem cells: from new cell sources to
changes in methodology. J Cardiovasc Transl Res. 2011;4(2) :1 54-60.
5. Pittenger MF, Mackay AM, Beck SC, Jaiswal RK, Douglas R, Mosca JD, et ai. Multili-
neage potential of ad ul t human mesenchymal stem cells. Science. 1999;284(5411 ):143-7.
6. Tuan RS, Boland G, Tuli R. Adult mesenchymal stem cells and cell-based tissue engi-
neering. Arthritis Res Ther. 2003;5(1):32-45.
7. Yaziri H , Dragowska W, Allsopp RC, Thomas TE, Harley CB, Lansdorp PM. Evidence
for a mitotic clock in human hematopoietic stem cells: loss of telomeric DNA with age.
Proc Na tl Acad Sei USA. 1994;91 (21 ):9857-60.
8. Allsopp RC, Chang E, Kashefiaazam M, Rogaev El, Piatyszek MA, Shay JW, et ai.
Telomere Shortening Is Associated w ith Cell-Division in-Yitro and in-Vivo. Experimental
cell research. 1995;220(1 ):194-200.
9. Z immermann S, Yoss M , Kaiser S, Kapp U, Waller CF, Martens UM. Lack of telome-
rase activity in human mesenchymal stem cells. Leukemia. 2003;17(6) :1146-9 .
10. Lee KD, Kuo TK, Whang-Peng J, Chung YF, Lin CT, Chou SH , et a i. ln vitro hepatic
differentiation of human mese nchymal stem cells. Hepatology. 2004;40(6):1275-84.
11. Tropel P, Platet N, Piarei JC, Noel D, Albrieux M, Benabid AL, et a i. Functional
neuronal differentiation of bone marrow-deri ved mesenchymal stem cells. Stern Cells.
2006;24(12):2868-76.
12. Black IB, Woodbury D. Adult rat and human bone marrow stromal stem cells diffe-
rent iate into neurons. Blood Cell Mo! Dis. 2001;27(3):632-6.
13. Resende RR, da Costa JL, Kihara AH, Adhikari A, Lorencon E. lntracellular Ca2+
regulation during neuronal differentiation of murine embryonal carcinoma and mesen-
chymal stem cells. stem cells and development. 2010;19(3):379-93.
14. Resende RR, Adhikarid A, da Costa JL, Lorençon E, Ladeira MS, Guatimosim S,
et ai. lnfluence of spontaneous calcium events on cell-cycle progression in embryonal
carcinoma and adu lt stem cel ls. Biochimica et Biophys ica Acta (BBA) - Molecular Cell
Research. 2010;1803(2):246-60.
790 Biotecnologia Aplicado à Saúde
44. Murphy JM, Dixon K, Beck S, Fabian D, Feldman A, Barry F. Reduced chondrogenic
and adi pogenic accivity of mese nch yma l stem cells from patients w ith ad vanced osteoar-
thritis. Arthritis Rheum. 2002;46(3):704-13.
45. D'lppolito G, Schiller PC, Perez-scable C, Balkan W, Roos BA, H oward GA. Coope-
rative actions of hepatocyte growth factor and 1,25-dihydroxyvitamin D3 in osteoblast ic
differen tiation of human vertebral bone marrow stromal cells. Bone. 2002;31 (2 ):269-75 .
46. Phinney DG. Building a consensus regarding t he nature and origi n of mesenchymal
stem cells. J Cell Biochem. 2002:7-12.
4 7. Azizi SA, Stokes D, Augelli BJ, DiGirolamo C, Prockop DJ. Engraftment and migra-
tion of hu man bone marrow stromal cells imp lanted in the brains of albino rats - simi-
larities to astrocyte grafes. Proc Natl Acad Sei USA. 1998;95(7):3908-13.
4 8. Ferrari G, Cusella-De Angelis G, Coletta M, Pao lucci E, Stornaiuolo A, Cossu G,
et a i. Muscle r egeneration by bone marrow-derived myoge nic progenitors. Science.
1998;279(5356) :152 8-30.
4 9. Sanchez-Ramos J, Song S, Cardozo-Pelaez F, Hazzi C, Stedeford T, Willing A, et a i.
Adule bone marrow strom al cells differentiate into neural cells in vitro. Experimental
Neurology. 2000;164 (2):24 7-56.
50. Janowska-Wieczorek A, Majka M, Ratajcza k J, Ratajczak MZ. Autocrine/paracri ne
mechanisms in human hematopoiesis. Stern Cells. 2001;19(2) :99-107.
51. Baksh D, Song L, Tuan RS. Adule mesenchyma l stem cells: characterizatio n, d iffe-
rentiation, and application in cell and gene therapy. J Cell Mol Med. 2004;8(3):301-16.
52. Muraglia A, Cancedda R, Quarto R. Clonai mesenchymal progenitors from human
bone marrow differentiate in vitro accord ing to a hierarchical model. J Cell Sei. 2000;113
( Pt 7):1 161-6.
53 . Young RG, Butler DL, Weber W, Caplan AI, Gordo n SL, Fink DJ. Use of mesen-
chymal stem cells in a collagen matrix for ach illes tendon r epa ir. Journa l of Orthopaedic
Research. 1998;16(4 ):406-13.
54. Galmiche M, Koteliansky V, Briere J, H erve P, Charbord P. Stromal cells from human
long-term marrow cultures are mesenchymal cells that differentiate following a vasc ular
smooth muscle differentiation pathway. Blood. 1993;82(1):66-76 .
55. Kadiyala S, Young RG, Thiede MA, Bruder SP. Culture expa nded canine mesen-
chymal stem cells possess osteochondrogenic potencial in vivo and in vitro. Cell Trans-
plant. 1997;6(2 ):125-34 .
56. Bruder SP, Jaiswal N, Haynesworth SE. Growth kinetics, self-renewal, and the osteo-
genic potencial of purified human mesenchymal stem cells during extensive subcultiva-
tion and following cryopreservation. J Cell Biochem. 1997;64(2):278-94.
57. Montzka K, Lassonczyk N, Tsch oke B, Neuss S, Fuhrmann T, Franzen R, et ai. Neu-
ral differentiation potencial of human bone marrow-derived mesenchymal stroma l cells:
misleading marker gene expression. Bmc Neurosci. 2009;10:16.
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 793
72. Zhang J, Li Y, Chen J , Cui Y, Lu M, Elias SB, et ai. Human bone marrow stroma l
cell treatment improves neurologica l functional recovery in EAE mice. Experimental
Neurology. 2005;195(1):16-26.
73. Chen J, Li Y, Wa ng L, Zhang Z, Lu D, Lu M, et ai. Therapeutic benefit of intrave-
nous a dministratio n of bone marrow stromal cells after cerebral ischemia in rats. Stroke.
2001 ;32( 4 ):1005-11.
74. Nakamizo A, Marini F, Amano T, Kha n A, Studeny M, Gumin J, et a i. Human bone
marrow-derived mesenchym al stem cells in the treatment of gliomas. Cancer Research.
2005 ;65( 8):3307-1 8.
75. H errera MB, Bussolati B, Bruno S, Fonsato V, Romanazz i GM, Camussi G . Mesen-
chymal stem cells contribute to the re nal repair of acure tubular epithelial inj ury. lnt J
Mol Med. 2004;14(6):1035-41.
76. Nakamura K, lto Y, Kawano Y, Kurozumi K, Ko bune M, Ts uda H , et ai. Antitumor
effect of ge netically engi neered m esenchyma l stem cells in a rat glioma model. Gene
Therapy. 2004;11(14):1155-64.
77. Maga vi SS, Leavitt BR, Macklis JD. lnduction of neurogenesis in the neocortex of
adul e mice. Nature. 2000;405(6789):951-5.
78. Gao J, Dennis JE, Muzic RF, Lund berg M, Caplan AI. The d ynamic in vivo distri-
bution of bone marrow-derived mese nch ymal stem cells after infusion. Cells Tiss ues
Organs. 2001;169(1):12-20.
79 . Bulte JW, Douglas T, Witwer B, Z ha ng SC, Strable E, Lewis BK, et ai. Magneto-
dendrimers a llow endosoma l magnetic labeling a nd in vivo tracking of stem cells. Nat
Biotechnol. 2001;19(12):1141 -7.
80. H oehn M, Kustermann E, Blunk J, Wiederm ann D, Trapp T, Wecker S, et ai. Moni-
toring of impl anted stem cell migration in vivo: a hi ghl y resol ved in vivo magnetic
resonance imaging investigation of experimental stroke in rat. Proc Natl Acad Sei USA.
2002;99(25):16267-72.
81. Bos C, Delmas Y, Desmouliere A, Sola nilla A, H a uger O, Grosset C, et a i. ln vivo MR
imaging of intra vascularly injected magnetically labeled m esenchymal stem cells in rat
kidney and liver. Ra diology. 2004;233(3):78 1-9 .
82. Na m SY, Rides LM, Suggs LJ, Emelianov SY. ln vivo ultrasou nd and photoacous-
tic monitoring of mese nchymal stem cells labeled with gold nanotracers. PLoS One.
2012; 7(5 ):e3 7267.
83. Kessinger A, Armitage J, Landmark J, Smith D, Weisenburger D. Autologous periphe-
ral hematopoietic stem cell transplantation restores hematopo ietic function following
marrow ablati ve therapy. Blood. 1 988;71(3):723-7.
84. Wakitani S, Mitsuoka T, Nakam ura N, Toritsuka Y, Nakamura Y, H oribe S. Autolo-
gous bone marrow stromal cell transplantation for repair of full-thickness articular car-
tilage defects in huma n patellae: two case repores. Cell Transplant. 2004;1 3(5):595-600.
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 79S
85 . Kang KS, Kim SW, O h YH, Yu J W, Kim KY, Park HK, et ai. A 37-year-old spinal cord-
-injure d fem ale patient, transpla nted of mul tipotent stem cells fro m huma n UC blood,
with improved sensory perception and mo bility, both fu nctionally and morphologically:
a case study. Cytotherapy. 2005 ; 7( 4 ):368-73.
86 . M o ham adnejad M , Namiri M , Bagheri M , Hashemi SM , G hanaati H , Zare M ehr-
jard i N, et ai. Phase 1 human tr iai of auto logous bo ne m arrow-hem atop oietic stem
cell transplan tatio n in pati ents with decompensated cirrhosis. World J Gast roenterol.
2007;13(24 ):3359-63 .
87. M o hamadn ejad M, Alimogha dd am K, M oh yeddin-Bonab M , Bag heri M, Bashtar
M , G ha naati H, et ai. Phase 1 triai of autologous bone marrow rnesenchymal scem cell
transplantation in patients with decompensated liver cirrhosis. Archives of l ra nian med i-
cine . 2007;10(4) :459-66.
88 . Ko nno M , H amabe A, Hasegawa S, Ogawa H, Fukus umi T, Nishikawa S, et a i. Adi-
pose-derived mesenchyma l scem cells and regener ative med icine. Developrnent, Growch
& Differentiation. 2013;55(3) :309-1 8.
89 . Baer PC, Geiger H. Adipose-derived mesenchyma l stromal/scem cells: tissue localiza-
tion , characterization , and heterogeneity. Stern Cells Internacional. 2 012;2012:812693.
90 . Safford KM, Hicok KC, Saffo rd SD, Halvorsen YD, Wilkison WO, G imble JM, et ai.
Ne urogenic differentiatio n of murine a nd human adipose-derived stroma l cells. Biochem
Biophys Res Comrnun. 20 02;294(2 ):371-9 .
91. Ko nno M , H amabe A, Hasegawa S, Ogawa H, Fukus umi T, Nishikawa S, et a i. Adi-
pose-derived rnesenchyma l scem cells a nd rege neracive medicine. Development, growch
& differentia tion . 2013;55 (3 ):309-1 8.
92 . Katz AJ, T holpa dy A, Tholpady SS, Shang H , Ogle RC . Cell surface and tra nscrip-
tiona l characterization of huma n adipose-derived a dherent strorna l (hADAS) cells. Stern
Cells. 2005;23(3) :41 2-23.
93 . Levi B, Longaker M T. Concise review: adipose-derived stromal cells for skeleca l
regenera tive medicine. Stern Cells. 2011;29(4 ):576-82.
94 . X u H, Barnes GT, Yang Q, Tan G, Yang D, Chou CJ, et a i. Chronic inflammation
in fa t plays a crucia l ro le in the development of o besicy-related insulin resista nce. T he
Journal of clinicai investigation. 2003;112(12 ):1821-30.
95. Weisberg SP, M cCann D, Desai M , Rosenbaum M , Leibel RL, Ferrante AW, J r.
Obesity is associated w ith macrop hage accum ulation in adipose tiss ue. J Clin lnvest .
2003;112(12):1 796-808.
96 . Z immerlin L, Donnenberg VS, Donnenberg AD. Pericytes: a universal adule tiss ue
stern cell ? Cytometry Part A : the journal of the Interna tiona l Society fo r Analytical
Cytology. 2012;81 (1):12-4.
97. Rodbell M. M ecabolism of lsolaced Fat Cells. l. Effects of horrnones o n glucose meta-
bolism a nd lipolysis. T he J ournal o f Biological Chemistry. 1964 ;239:375-80 .
796 Biotecnologia Aplicado à Saúde
98. Gimble JM, Katz AJ, Bunnell BA. Adipose-derived stem cells for regenera tive medi-
cine. Circul ation Research. 2007;100(9):1249-60.
99. Taha MF, Hedayati V. lsolation, identification and multipotential differentiation of
mouse adipose tissue-derived stem cells. Tissue & Cell. 2010;42(4 ):211-6.
100. Zuk PA, Z hu M, Mizuno H, Huang J, Futrell JW, Katz AJ, et a i. Multilineage cells
from human adipose tissue: implications for cell-based therapies. Tissue Engineering.
2001;7(2):211-28.
101. Gargett CE, Masuda H. Adult stem cells in the endometrium. Molecular Huma n
Reproduction. 2010;16(11):818-34.
102. Musina RA, Belyavski AY, Tarusova OY, Solovyova EV, Sukhikh GT. Endometrial
mesench ymal stem cells isolated from the menstrual bloo d. Bulletin of Experimenta l
Biology a nd Medicine. 2008;145(4):539-43.
103. Lin J, Xiang O, Zhang JL, Allickson J, Xiang C. Plasticity of human menstrual
blood stem cells derived from the endometr ium. Journal of Zhejiang University Science
B. 2011;12(5):372-80.
104. Meng X, Ichim TE, Zhong J, Rogers A, Yin Z, Jackson J, et ai. Endometrial regene-
ra tive cells: a novel stem cell population. Journal ofTranslational Medicine. 2007;5:57.
105. Kha njani S, Kha nmohammadi M, Zarnani AH, Talebi S, Edalatkhah H , Eghtesad S,
et a i. Efficient generation of functional hepatocyte-like cells from menstrual blood-deri-
ved stem cells. Journa l of Tissue Engineering and Regenerative Medicine. 2013.
106. Lind roos B, Suuronen R, Miettinen S. The potential of ad ipose stem cells in regene-
rative medicine. Stern Cell Reviews . 2011;7(2):269-91.
107. Mizuno H , Tobita M, Uysal AC. Concise Review: Adipose-Oerived Stern Cells as a
Novel Tool for Future Regenerative M edicine. Stern Cells. 2012;30(5):804-10.
108. Oo minici M, Le Blanc K, Mueller l, Slaper-Cortenbach l, Marini F, Kra use O, et a i.
Minimal criteria for defining multipotent mesenchymal stromal cells. T he lnternationa l
Society for Cellular Therapy position statement. Cytotherapy. 2006;8( 4 ):3 15-7.
109. Allickson JG, Sanchez A, Yefimenko N, Borlongan CV, San berg PR. Recent studies
assessing the proliferative capability of a novel adult stem cell identified in menstrual
blood. The Open Stern Cell Journal. 2011;3(2011):4-10.
110. Oi Rocco G, lach ininoto MG, Tritarelli A, Straino S, Zacheo A, Germani A, et a i.
Myogenic potential of ad ipose-tiss ue-derived cells . Journal of Cell Science. 2006;119(Pt
14):2945-52.
111. Kim M, Choi YS, Yang SH , H ong HN, Cho SW, Cha SM, et ai. Muscle regeneration
by adip ose tissue-derived adult stem cells attached to injectable PLGA spheres. Bioche-
mical and Biophysical Research Communications. 2006;348(2):386-92 .
112. Goudenege S, Pisa ni OF, Wdziekonski B, Oi Santo JP, Bagnis C, Oani C, et ai.
Enha ncement of myogenic and muscle repair capacities of human adipose-derived stem
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 797
cells with forced expression of MyoD. Molecular Therapy: the Journal of the American
Society of Gene Therapy. 2009;17(6):1064-72 .
113. Hattori H , Saro M, Masuoka K, lshihara M, Kikuchi T, Matsui T, et ai. Osteoge-
nic potencial of human ad ipose tissue-derived stromal cells as an a lternative stem cell
source. Cells, Tissues, Organs. 2004;178(1):2-12 .
114. Di Bella C, Farlie P, Penington AJ. Bone regeneration in a rabbit cri tical-sized
sk ull d efect using a utologous adip ose-derived cells. Tissue Engineering Part A.
2008;14(4 ):4 83-90.
115. Yoon E, Dhar S, Chun DE, Gharibjanian NA, Evans GR. ln vivo osteogenic poten-
cial of human adipose-d erived stem cells/poly lactide-co-glycolic aci d constructs for
bone regeneration in a rat critical-sized calvaria! defect model. Tissue Engineering.
2007;13(3) :619-2 7.
116. H ao W, Pang L, Jiang M, Lv R, Xiong Z, H u YY. Skeletal repair in rabbits using a
novel biomimetic composite based on ad ipose-derived stem cells encapsulated in colla-
gen l gel w ith PLGA-beta-TCP scaffold. Jo urnal of orthopaedic research: official publi-
cation of the Orthopaedic Research Society. 2010;28(2):252-7.
117. Peterson B, Z hang J, lglesias R, Kabo M, H edrick M , Benhaim P, et ai. Healing of
criticall y sized femoral defects, using genetically modified mesenchymal stem cells from
human adipose tissue. Tissue Engineering. 2005;1 1 (1-2 ):120-9.
118. Hoogendoorn RJ, Lu ZF, Kroeze RJ, Bank RA, Wuisman Pl, H elder MN. Adipose
stem cells for intervertebral disc regeneration: current status and concepts for the future.
Journal of Cellular a nd Molecular Medicine. 2008;12(6A):2205-16.
119. Uysal AC, Mizuno H. Differentiation of ad ipose-derived stem cells for tendon
repair. Methods Mo! Biol. 2011;702:443-51.
120. Fraser JK, Schreiber R, Strem B, Zhu M, Alfonso Z, Wulur l, et a i. Plasticity of
human ad ipose stem cells toward endothelial cells and cardiomyocytes. Nature Clinicai
Practice Cardiovascular Medicine. 2006;3 Suppl 1:S33-7.
121. Cai L, Johnstone BH, Cook TG, Tan J, Fishbein MC, Chen PS, et ai. lFATS col-
lection: Human ad ipose tissue-derived stem cells induce angiogenesis and nerve sprou-
ting follow ing myocardial infarction, in conjunction with potent preservarion of cardiac
funct ion. Stern Cells. 2009;27(1):230-7.
122. Danoviz ME, Nakamuta JS, Marques FL, dos Santos L, Alvarenga EC, dos San-
tos AA, et ai. Rat adipose tissue-derived stem cells transplantation attenuates car-
diac d ysfunction post infarct ion and biopolymers en hance cell retention. PloS One.
2010;5(8):e12077.
123. Leobon B, Roncalli J, Joffre C, Mazo M, Boisson M, Barreau C, et a i. Ad ipose-deri-
ved cardiomyogenic cells: in vitro expansio n and functional improvement in a mouse
model of myocardial infarction. Cardiovascular Research. 2009;83(4):757-67.
798 Biotecnologia Aplicado à Saúde
160. Garcia-Olmo D, Garcia-Arranz M, Garcia LG, Cuellar ES, Blanco IF, Prianes LA, et
ai. Autologous stem cell transplantation for treatment of rectovaginal fistula in perianal
Crohn's disease: a new cell-based therapy. lnternational Journal of Colorectal Disease.
2003;18 (5) :451-4.
161. Garcia-Olmo D, Garcia-Arranz M, Herreros D, Pascual l, Peiro C, Rodriguez-Mon-
tes JA. A phase l clinicai tria i of the treatment of Crohn's fistula by adipose mesenchymal
stem cell transp lantation. Diseases of the Colon and Rectum. 2005 ;48( 7):1416-23.
162. Garcia-Olmo D, Herreros D, Pascual l , Pascual JA, Del-Valle E, Zorrilla J, et a i.
Expanded adipose-derived stem cells for the treatment of complex perianal fistula : a
phase II clinicai triai. Diseases of the Colon and Rectum. 2009;52(1):79-86.
163. Locke M, Feisst V, Dunbar PR. Concise review: human adipose-derived stem cells:
separating promise from clinicai need. Stern Cells. 2011;29(3):404-11.
164. Cui CH, Uyama T, Miyado K, Terai M, Kyo S, Ki yono T, et a i. Menstrual blood-
derived cells confer human d ystrophin expression in the murine model of Duchenne
muscular dystrophy via cell fusion and myogenic transdifferentiation. Molecular Biology
of the Cell. 2007;18(5):1586-94.
165. Hida N, Nishiyama N, Miyoshi S, Kira S, Segawa K, Uyama T, et ai. Novel cardiac
precursor-like cells from h uman menstrual blood-derived mesenchymal cells. Stern Cells.
2008;26(7):1695-704.
166. lkegami Y, Miyoshi S, Nishiyama N, Hida N, Okamoto K, Miyado K, et ai. Serum
-independent cardiomyogenic transd ifferentiation in human endometrium-derived
mesenchymal cells. Artificia l Organs. 2010;34(4):280-8.
167. Borlongan CV, Kaneko Y, Maki M, Yu SJ, Ali M , Allickson JG, et a i. Mens-
trua l blood cells displa y stem cell-like phenotypic markers and exert neuroprotec-
tion following transplantation in experimenta l stroke. Stern Cells and Development.
2010;19(4 ):439-52.
168. Zhong Z, Parei AN, Ichim TE, Riordan NH, Wang H , Min WP, et ai. Feasibility
investigation of allogeneic endometria l regenera tive cells. Journal of Translat iona l Medi -
cine. 2009;7:15-22.
169. D'lppolito G, Schiller PC, Ricordi C, Roos BA, H oward GA. Age-related osteogenic
potencial of mesenchymal stromal stem cells from human verte bral bone marrow. J Bone
Miner Res. 1999;14(7):1115-22.
170. Majumdar MK, T hiede MA, Haynesworth SE, Bruder SP, Gerson SL. Human
marrow-derived mesench ymal stem cells (MSCs) express hematopoietic cytokines and
support long-term hematopoiesis when differ entiated roward stromal and osteogenic
lineages. Journal of Hematotherapy & Stern Cell Research. 2000;9(6):841-8.
171. Rao MS, Mattson MP. Stern cells and aging: expand ing t he possibilities. M ech
Ageing Dev. 200 1;122(7):713-34.
802 Biotecnologia Aplicado à Saúde
185. Roubelakis MG, Pappa KI, Bitsika V, Zagoura D, Vlahou A, Papadaki HA, et ai.
Molecular and proteomic characterization of human mesenchymal stem cells deri ved
from amniotic fluid: comparison to bone marrow mesenchymal s tem cells. Stern Cells
and development. 2007;16 (6) :931-52.
186. Helm y KY, Parei SA, Silverio K, Pliner L, Rames hwa r P. Stern cells and regene-
rative medicine: accomplishments to date and future promise. Therapeutic Deliver y.
2010;1 (5) :693-705.
187. Barry FP, Murph y JM. M esenchymal stem cells: clinicai applications and biological
characterization. Int J Biochem Cell Biol. 2004;36(4):568-84 .
188 . Fernandez Vallone VB, Romaniuk MA, Choi H, Labovsky V, Otaegui J, Chasseing
NA. Mesenchymal stem cells a nd their use in therapy: What has been achieved? Diffe-
rentiation; research in biologica l diversity. 2013;85(1 -2):1 -10.
189. Caplan AI, Dennis JE. M esenchymal stem cells as trophic mediators. J Cell Bio-
chem. 2006;98(5):1076-84.
190. Parolini O, Ca ruso M. Re view : Preclinical studies on placenta -derived cells and
amniotic membrane: an update. Placenta. 2011;32 Suppl 2:S186-95.
191. M eirelles L da S, Fontes AM, Covas DT, Caplan AI. Mech anisms involved in
the therapeutic properties of mesenchyma l stem cells. Cytokine Growth Factor Rev.
2009;20(5-6) :419-2 7.
192. Chen L, H e DM, Zhang Y. The differentiation of human placenta-derived mesen-
chymal stem cells into dopaminergic cells in vitro. Cellular & Molecular Bio logy Letters.
2009;14(3 ):528-36 .
193 . Kakishita K, Elwan MA, Nakao N , Ita kura T, Sakuragawa N. H uman amniotic
epithelial cells produce dopamine and survive after implantation into the striatum of a
rat model of Parkinson's disease: a potencial source of donor for transplantation therapy.
Ex p Neurol. 2000;165(1):27-34.
194. Okawa H, Okuda O, Arai H , Sakuragawa N, Saro K. Amniotic epithelial cells trans-
form into neuron-like cells in the ischemic brain. N euroreport. 2001;12(18):4003-7.
195. Manuelpillai U, T chongue J, Lo urensz D, Vaghjiani V, Samuel CS, Liu A, et ai.
Transplantation of human amnion epithelial cells reduces hepatic fibrosis in immuno-
competent CCl(4)-treated mice. Cell Transplant. 2010;19(9 ):1157-68 .
19 6. Sant' Anna LB, Cargnoni A, Ressei L, Yanosi G, Parolini O. Amniotic membrane
applicat ion reduc es li ver fibro sis in a bile duct ligatio n rat model. Cell Transplant.
2011;20(3):441-53.
197. Beltrao-Braga PC, Pignatari GC, Russo FB, Fernandes IR, Muotri AR. In-a-dish:
induced pluripotent stem cells as a novel model for human diseases. Cytometry Part A:
the journa l of the Internaciona l Society for Analytical Cytology. 2013;83(1):11-7.
198 . Wakao S, Kitada M , Dezawa M. The elite a nd stochastic model for iPS cell genera-
tion: multilineage-differ entiating stress enduring (Muse) cells are readily reprogrammable
804 Biotecnologia Aplicado à Saúde
in to iPS cells. Cytometry Pare A: the Jo urnal of the Internacional Societ y for Analytical
Cytology. 2013;83(1):1 8-26.
199. Sun N, Panetta NJ, Gupta DM, Wilson KD, Lee A, Jia F, et ai. Feeder-free derivation
of induced pluripotent stem cells from adule h uma n adipose stem cells. Proc Na tl Acad
Sei USA. 2009; 106(37): 15720-5.
200. Sugii S, Kida Y, Kawamura T, Suzuki J, Vassena R, Yin YQ, et a i. Huma n and mouse
adipose-deri ved cells support feeder-independent induction of p lu ripotent stem cells.
Proc Natil Acad Sei USA. 20 10; 107(8) :3558-63.
201. Tat PA, Sumer H , Jones KL, Upton K, Verma PJ. T he efficient generation of induced
plu r ipotent stem (iPS) cells from adu le mo use adipose tiss ue-derived a nd neural stem
cells. Cell Transplantation. 2010;19(5) :525-36.
202. Li Y, Li X, Zhao H, Feng R, Z hang X, Tai D, et ai. Efficient lnduction of Pluripotent
Stern Cells from Menstrua l Blood. Stern Cells a nd Development . 2012 .
203. de Carvalho Rodr igues D, Asensi KD, Vairo L, Azevedo-Pereira RL, Silva R, Ron-
dinelli E, et a i. Hu ma n menstrual blood-derived mesenchyma l cells as a cell source of
rapid and efficient nuclear reprogramming. Cell Transplantation. 2012;21(10):2215-24 .
204. Barrero MJ, Bo ue S, lzpisua Belmonte JC. Epigenetic mechanisms that regula te cell
identity. Cell Stern Cell. 20 10;7(5) :565-70.
205. Chambers l, Tomlinson SR. The transcriptional fo undatio n of pluripotency. Deve-
lopment. 2009;136( 14) :23 11-22 .
206 . Nicho ls J, Sil va J , Roode M, Smith A. Suppressio n of Erk s ignall ing promotes
ground state pluripotency in the mouse em bryo. Development. 2009;136(1 9):32 15-22 .
207. Cham bers l, Colby D, Robertson M, Nichols J, Lee S, Tweedie S, et ai. Functiona l
expression cloning of Nanog, a pluripotency sustaining factor in em br yonic Stern cells.
Cell. 2003;1 13(5):643-55.
208 . M its ui K, Tokuzawa Y, ltoh H, Segawa K, M uraka mi M, Taka has hi K, et ai. T he
homeoprotein Nanog is required for maintenance of pluripotency in mouse epiblast and
ES cells. Cell. 2003;113(5):63 1-42 .
209. Chambers l , Sil va J, Colby D, Nichols J , Nijmeijer B, Robertson M, et a i.
Na nog safegua r ds p luri potency an d m ed iares germ li ne deve lopmen t. Nature .
2007;450(7173) :1230-4.
210. Silva J, Nicho ls J, T heunissen TW, G uo G, va n Oosten AL, Bar randon O, et ai.
Nanog is t he gateway to the plur ipotent ground state. Cell. 2009;138(4):722-37.
211. Niwa H , Ogawa K, Shimosato D, Adachi K . A parallel circuit of LIF s ignalling
pathways maintains pluripotency of mouse ES cells. Nature. 2009;460(725 1):118-22.
212. Z ha ng P, And rianakos R, Ya ng Y, Liu C, Lu W. Kruppel-like factor 4 (Klf4) prevents
embryonic stem (ES) cell different iat ion by regulating Na nog gene expression. T he Jour-
na l of Biological Chemistry. 2010;285(12):9180-9.
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos SOS
226. Kotoula V, Papamichos SI, Lambropoulos AF. Revisiting OCT4 expression in peri-
pheral blood mononuclear cells. Stern Cells. 2008;26(1 ):290-1.
227. Liu L, Wei X, Ling J, Wu L, Xiao Y. Expression pattern of Oct-4, Sox2, and c-Myc
in the primary culture of human dental pulp derived cells. Journal of Endodontics.
2011;37(4):466-72.
228. Ferro F, Spelat R, D'Aurizio F, Puppato E, Pandolfi M, Beltrami AP, et ai. Den-
tal pulp stem cells differentiation reveals new insights in Oct4A d ynamics. PloS One.
2012; 7(7):e41774.
229. Riekstina U, Cakstina l, Parfejevs V, Hoogduijn M, Jankovskis G, Muiznieks l,
et ai. Embryonic stem cell marker expression pattern in human mesenchymal stem
cells derived from borre marrow, adipose tissue, heart and dermis. Stern Cell Reviews .
2009;5(4 ):378-86.
230. Kishi M, Mizuseki K, Sasai N, Yamazaki H, Shiota K, Nakanishi S, et ai. Require-
ment of Sox2-mediated signaling for differentiation of early Xenopus neuroecroderm.
Development. 2000;127(4 ):791-800.
231. Ferri AL, Cavallaro M, Braida D, Di Cristofano A, Canta A, Vezzani A, et ai. Sox2
deficienc y causes neurod egeneration and impaired neurogenesis in the adult mouse
brain. Development. 2004;131(15):3805-19.
232. Kiernan AE, Pelling AL, Leung KK, Tang AS, Bell DM, Tease C, et ai. Sox2 is
required for sensory organ developm ent in the mammalian inner ear. Nature.
2005 ;434(7036):1031-5.
233. Puligilla C, Dabdoub A, Brenowitz SD, Kelley MW. Sox2 induces neuronal forma-
tion in the developing m ammalian cochlea. The J ournal of Neuroscience: the Official
Journa l of the Society for Neuroscience. 2010;30(2):714-22.
234. Choong PF, Mok PL, Cheong SK, Leong CF, Then KY. Generating neuron-like cells
from BM-derived mesenchymal stromal cells in vitro. Cytotherapy. 2007;9(2):170-83.
235. Gronthos S, Zannettino AC, Hay SJ, Shi S, Graves SE, Kortesidis A, et ai. Molecular
and cellular characterisation of highly purified stromal stem cells derived from human
borre marrow. J Cell Sei. 2003;116(Pt 9):1827-35 .
236. Bhattacharya V, McSweeney PA, Shi Q, Bruno B, lshida A, Nash R, et ai. Enhanced
endothelialization and microvessel formation in polyester grafes seeded with CD34(+)
borre marrow cells. Blood. 2000;95(2):581-5.
237. Drake AC, Khoury M, Leskov l, lliopoulou BP, Fragoso M, Lodish H, et ai.
Human CD34+ CD133+ Hematopoietic Stern Cells C ultured with Growth Factors
Including Angptl5 Efficiently Engraft Adule NOD-SCID Il2rt81- (NSG) Mice. PLoS One.
2011;6(4 ):e 18382.
238. Fanarraga ML, Avila J, Zabala JC. Expression of unphosphorylated class lll beta-
tubulin isotype in neuroepithelial cells demonstrares neuroblast commitment and diffe-
rentiation. Eur J Neurosci. 1999;11 (2):517-27.
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 807
239. Kuang-Hung Cheng T-LK, Kung-Kai Kuo, Chang-Chun Hsiao. Human adipose-
derived stem cells: lsolacion, characterization and current applicacion in regeneration
medicine. Genomic Medicine, Biomarkers, and Health Sciences. 2011;3(2):53-62.
240. Kim HJ, lm GI. Chondrogenic differentiacion of adipose cissue-derived mesen-
chymal stem cells: greater doses of growth factor are necessary. Journal of orthopaedic
research: official publication of the Orthopaedic Research Society. 2009;27(5):612-9.
241. Seo MJ, Suh SY, Bae YC, Jung JS. Differentiation of human adipose stromal cells
into hepatic lineage in vitro and in vivo. Biochemical and Biophysical Research Commu-
nications. 2005;328(1):258-64.
242. Timper K, Seboek D, Eberhardt M, Linscheid P, Christ-Crain M, Keller U, et ai.
Human adipose tissue-derived mesenchymal stem cells differentiate into insulin, soma-
tostatin, and glucagon expressing cells. Biochemical and Biophysical Research Commu-
nications. 2006;341(4):1135-40.
243. Anghileri E, Marconi S, Pignatelli A, Cifelli P, Galie M, Sbarbati A, et ai. Neuronal
differentiation potencial of human adipose-derived mesenchymal stem cells. Stern Cells
and Development. 2008;17(5):909-16.
244. Gimble JM, Katz AJ, Bunnell BA. Adipose-derived stem cells for regenera tive medi-
cine. Circ Res. 2007;100(9):1249-60.
245. Locke M, Windsor J, Dunbar PR. Human adipose-derived stem cells: isolation,
characterization and applications in surgery. ANZ J Surg. 2009;79(4):235-44.
246. Yoshimura K, Shigeura T, Matsumoto D, Sato T, Takaki Y, Aiba-Kojima E, et ai.
Characterization of freshly isolated and cultured cells derived from the fatty and fluid
portions of liposuction aspirares. J Cell Physiol. 2006;208(1):64-76.
247. Romanov YA, Svintsitskaya YA, Smirnov YN. Searching for alternative sources of
postnatal human mesenchymal stem cells: candidate MSC-like cells from umbilical cord.
Stern Cells. 2003;21(1):105-10.
248. Woodbury D, Schwarz EJ, Prockop DJ, Black IB. Adule rat and human bone
marrow stromal cells differentiate into neurons. Journal of Neuroscience Research.
2000;61 (4 ):364-70.
249. Jaiswal N, Haynesworth SE, Caplan AI, Bruder SP. Osteogenic differentiacion of
purified, culture-expanded human mesenchymal stem cells in vitro. J Cell Biochem.
1997;64(2):29 5-312.
250. Kern S, Eichler H, Stoeve J, Klüter H, Bieback K. Comparative Analys is of Mesen-
chymal Stern Cells from Bone Marrow, Umbilical Cord Blood, or Adipose Tissue. Stern
Cells. 2006;24(5):1294-301.
251. Kassis I, Zangi L, Rivkin R, Levdansky L, Samuel S, Marx G, et ai. lsolation of
mesench ymal stem cells from G-CSF-mobilized human peripheral blood using fibrin
microbeads. Bone Marrow Transplantation. 2006;37(10):967-76.
808 Biotecnologia Aplicado à Saúde
252. Chong PP, Selvaratnam L, Abbas AA, Kamarul T. Human peripheral blood deri-
ved mesenchyma l stern cells demonstrate similar characteristics a nd chondrogenic dif-
ferentiation potential to bone marrow derived mesenchymal stem cells. J Orthop Res.
2012;30( 4 ):634-42.
253. G iarratana MC, Kobari L, Lapi llonne H , Chalrners D, Kiger L, Cynober T, et ai. Ex
vivo generation of fully mature huma n red blood cells from hematopoietic stem cells.
Nat Biotechnol. 2005;23(1):69-74.
254. Zhao Y, G les ne D, Huberma n E. A hurnan peripheral blood rnonocyte-derived sub-
set acts as pluripotent stem cells. Proc Na tl Acad Sei USA. 2003;100(5):2426-31.
25 5. Lin J, Xiang D, Z hang J L, Allickson J, Xiang C. Plasticity of human menstrual blood
stem cells derived from the endometrium. J Z hejia ng Univ Sei B. 2011;12(5):372-80.
256. Schwab KE, Cha n RW, Gargett CE. Putati ve stern cell acti vit y of human endo-
metrial epithelia l and stromal cells during the m enstrual cycle. Fertility and Sterili ty.
2005;84 Suppl 2:1124 -30 .
257. Gargett CE, Masuda H. Adult stem cells in the endometriurn. Mol Hum Reprod.
2010;16( 11) :81 8-34.
258. Oi Bella C, Farlie P, Penington AJ. Bone regeneration in a rabbit critical-sized sk ull
defect using autologous adipose-derived cells. Tissue Eng Pt A. 2008;14(4):483-90.
259. Yoon E, Dhar S, Chun DE, G ha ribjanian NA, Evans GRD. ln vivo osteogenic
potentia l of huma n adipose-derived stem cells/poly lactide-co-glycolic ac id constructs
for bone regen eration in a rat critical-sized calvaria! defect model. Tissue Engineering.
2007;13( 3):6 19-2 7.
260. Hao W, Pa ng L, Jiang M , Lv R, Xiong Z, Hu YY. Skeletal Repair in Rabbits Using
a Novel Biomimetic Composite Based on Adipose-Derived Stern Cells Encapsulated
in Collage n l Gel w ith PLGA-beta-TC P Scaffold. Jo urnal of Orthopaedic Research.
2010;28(2):252-7.
261. Peterso n B, Z hang J, lglesias R, Kabo M, Hedrick M, Benhaim P, et ai. Healing of
critically sized femoral defects, using genetically rnodified mesenchyrnal stem cells frorn
human adipose tissue. Tissue Engineering. 2005;11 (1-2): 120-9 .
262. Bel A, Planat-Bern ard V, Sa ito A, Bonnevie L, Bellamy V, Sabbah L, et a i. Com-
posite Cell Sheets A Further Step Toward Safe and Effective Myocardial Regene-
ration by Cardiac Progenito r s Derived From Ernbryonic Stern Cells. Cir culation .
2010;122(11 }:Sl 18-S23.
263. Ryu HH, Lim JH, Byeon YE, Park JR, Seo MS, Lee YW, et ai. Functional recovery
and neural differentiation after transplantation of allogenic ad ipose-derived stem cells in
a canine rnodel of acute spina l cord injury. J Vet Sei. 2009;10(4):273-84.
264. Banas A, Teratani T, Yamamoto Y, Tokuhara M, Takeshita F, Quinn G, et ai. Adi-
pose tissue-derived rnesenchymal stem cells as a so urce of human hepatocytes. Hepato-
logy. 2007;46(1 ):219-28.
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporométrico poro Aplicações Clínicos 809
277. Hida N, Nishyama N, Miyoshi S, Kira S, Segawa K, Uyama T, et ai. Novel Cardiac
Precursor-Like Cells from Huma n Menstrual Blood-Derived Mesenchymal Cells. Stern
Cells. 2008;26(7):1695-702.
278. Zhong Z, Parei AN, Ichim TE, Riord an N H, Wang H , Min WP, et a i. Feasibility
investigation of allogeneic endometrial regenera tive cells. Journal ofTranslational Medi-
cine 2009;7:15 -22.
2 79. Portmann-Lanz CB, Schoeberlein A, Huber A, Sager R, Malek A, H olzgreve W, et
ai. Placenta! mesenchymal stem cells as potencial a utologous grafe for pre- a nd perinatal
neuroregeneration. Am J Obstet Gynecol. 2006;194(3):664-73.
280. Alviano F, Fossati V, Marchionni C, Arpinati M , Bonsi L, Franchina M, et a i. Term
Amniotic membrane is a high throughput source for multipotent Mesenchymal Stern
Cells with the a bility to differ entiate into endotheli al cells in vitro. BMC Dev Biol.
2007;7:ll.
281. Koo BK, Park IY, Kim J, Kim JH, Kwon A, Kim M, et ai. lsolacion a nd characteri-
zation of chorio nic mesenchyma l stromal cells from human full term placenta. Journa l
of Korean Medical Science. 2012;27(8):857-63.
282. Perin L, Sedrakyan S, Da Sacco S, De Filippo R. Characterization of human amnio-
tic fluid stem cells and their pluripotential capability. M ethods Cell Biol. 2008;86:85 -99 .
283. Zhang D, Jia ng M , Miao D. Transplanted human amniotic membrane-derived
mesench ymal stem cells ameliorate carbon tetrachloride-induced liver cirrhosis in mouse.
PLoS One. 20 11;6(2) :el6789.
284. Lee MJ, Jung J , Na KH, Moon JS, Lee HJ, Kim JH, et ai. Anti-fibro tic effect of
cho rionic plate-derived mesenchymal stem cells isolated from human placenta in a rat
model of CCl(4)-injured liver: potencia l application to the treatment of hepatic diseases.
J Cell Biochern. 2010;111(6):1453-63 .
285. Zagoura DS, Roubelakis MG, Bitsika V, Tro hatou O, Pappa Kl, Kapelo uzo u A,
et ai. Therapeutic potencial of a distinct population of hurnan amniotic fluid rnesen-
chyma l stem cells a nd their secreted rnolecules in mice w ith acure hepatic failure. Gut.
2012;61( 6):894-906.
286. Liu H, Liu DQ, Li BW, G uan LD, Yan ZF, Li YL, et a i. Hurnan amniotic fluid -deri-
ved stem cells can differentiate into hepatocyte-li ke cel ls in vitro and in vivo. ln Vitro
Cellular & Developmental Biology Animal. 2011;47(9):60 1-8 .
287. Fang CH, Jin J, J oe JH, Song YS, So 81, Lirn SM, et ai. ln vivo differentiation of
human amniotic epithelia l cells into cardiorn yocyte-li ke cells and cell transplantation
effect on rn yocardial infarctio n in rats: cornparison with cord blood and adipose tissue-
derived rnesenchyrnal stern cells. Cell Transplant. 2012;21 (8) :1 687-96.
288. Tsuji H , Miyos hi S, Ikegami Y, Hida N, Asada H , Togashi I, et a i. Xenograft ed
human amniotic rnernbrane-derived mesenchyrna l stern cells are irnmuno logically tolera-
ted and transdifferentiated into cardiomyocytes. Circ Res. 201 0;106(10):1 613-23 .
Células-Tronco Mesenquimois Adultos de Diversos Origens: Uma Visão Geral Multiporamétrico poro Aplicações Clínicos 811
289 . Z hao P, lse H , H ongo M, O r a M, Konishi l, N ika ido T. Huma n amn iotic
mesenchym al cells have some characteristics of ca rdi o myocytes. Tra nsplantation .
2005; 79(5) :528-35.
290. Chiavegato A, Bollini S, Pozzobon M, Callegari A, Gasparotto L, Taiani J, et ai.
Human amniotic fluid-derived stem cells are rejected after transplantation in the myo-
cardium of norma l, ischemic, immuno-suppressed or immuno-deficien t rat. J Mol Cell
Cardio l. 2007;42(4):746-59.
29 1. Liu YH, Vaghj iani V, Tee JY, To K, Cui P, Oh DY, et ai. Amniotic epithelial cells from
the human placenta potently suppress a mouse model of multiple sclerosis. PLoS One.
2012;7(4):e35758 .
292. Tao J, Ji F, Liu B, Wang F, Dong F, Zhu Y. lmprovement of deficits by transplan-
tatio n of lentivira l vector-modified human amniotic mesenchymal cells after cerebra l
ischemia in rats. Brain Research. 2012;1448:1-10.
293. Cipriani S, Bonini D, Marchina E, Balgkouranidou I, Caimi L, Grassi Zucconi G, et
ai. Mesenchym al cells from human amniotic fluid survive and migrate after transplanta-
tion into adule rat brain. Cell Biol lnt. 2007;31(8):845-50.
294. Rehni AK, Singh N, Jaggi AS, Singh M. Amniotic fluid derived stem cells ameliorate
focal cerebral ischaem ia-reperfusion injury ind uced behavioura l deficits in mice. Behav
Brain Res. 2007;18 3(1 ):95-100.
APÊNDICE
Autorizações
Tabelo Sl Estudos clínicos em andamento com base no terapia por células tronco derivados do tecido adiposo de acordo com clinicol·
triols.gov em junho de 2013
DISEASE CATEGORY STUDIES N' DISEASE CATEGO RY STUDIES tr DISEASE CATEGORY STUDIES tr Í
Síndrome oo imuncx!eliciêncio
Traumatismo cerebral Diobetes mel/itus
cx!quirioo
leix:emio linlobkística oguoo Isquemia cerebral Diabetes me//itus, Tipo 2
812 Biotecnologia Aplicado à Saúde
DISEASE CATEGORY STIJDIES N' DISEASE CATEGORY STIJDIES tr DISEASE CATEGORY STIJDIES tr
Artropatios 5 Neoplosios gkmdulares eep~eliolios Fistulo retal 8
Doenças renais Degeneração do nervo Distúrbios urinários 3
Infecções por lentivírus Doenças neurodegeneratiws Neoplasios urogen~ais
leucemia Manifestações neurológicos Monifestoções urológicas 3
leucemia linfóide Doenços neuromusculares Doenças voginais 2
Transtornos do metabolismo
Transtornos da nutr~õo Fístula vaginal 2
de lipídios
lipodistrofio Osteoporose Ferimentos elesões 6
Cirrose hepática Fraturas osteoporóticos
Doenças do fígooo Cistas owrianos
Doenças pulmonares Doenças do ovário
Doenças pulmonares obstrutivas Hipernutr~ão
Doenças linfáticos Excesso de peso
linfoma Dor
Linfoma riio Hodgkin Doença de Parkinson
Linfoma, pequenos células
Tronstarnos parkinsonionos
clivooos difusa
lymphoproliferative Disorders Concf~ões potalógicos anatômicos 14
n)>
-O
_,
--1
e
r--
0
PRODUCÃO E
DIFERENCIACÃO DE
# ,
CE LULAS-TRONCO #
INDUZIVEIS
Ricardo Cambraia Parreira
Fernanda Maria Policarpo Tonelli
Vânia Aparecida Mendes Goulart
José Luiz da Costa
Luiz Orlando Ladeira
Katia Neves Gomes
Alexandre Hiroaki Kihara
Rodrigo R. Resende
19. 1 INTRODUÇÃO
1'\<r' ~.,(>'-"' i
2D
\/ Fusiio
Uct4
o
+
c-1\·lyc
,.,._
Kil4 o
o Sox2
~~
ô
o
Célula Hlbrlda Mesma Espécie
G
G
Euploide
C:f'.lnla íPS
Célula Tronco
Embrionária
ADC'Uploidc
Figuro 19.1 Três abordagens para a reprogramação nuclear: A) transferência nuclear; B) fusão celular;() transdução de fatores de
transcrição. Modificado de Nuclear reprogramming to a pluripotent state by three approaches..
determinada para ser diferenciada) pode ter seu destino invertido, voltando
a célula para um estado de pluripotência (Figura 19.1).
A) Transferência nuclear: nesta abordagem, o núcleo de uma célula somá-
tica (que é diploide, 2n) é transplantado para um oócito enucleado, sem
núcleo. No ambiente do ovócito, o núcleo de células somáticas é reprogra-
mado de modo que as células derivadas são pluripotentes. Deste oócito, um
blastocisto é gerado, a partir do qual linhagens de células-tronco embrioná-
rias (embryonic stem cells - ESC) são derivadas em cultura de tecidos. Caso
o progresso do desenvolvimento do blastocisto não seja interrompido, todo
um organismo clonado é gerado.
B) Fusão celular: nesta abordagem, os dois tipos de células distintos são
combinados para formar uma única entidade. As células fundidas resultantes
818 Biotecnologia Aplicado à Saúde
.,,..--20()8---
- 1962 - ~
nagem deras atravé~,~~->,.
ferência nuclear de células
intestinais diferenciadas para
j oóc1 los de anfib10s, demonstrando
que todos os genes necessários
\ P;~~ fazer um organismo completo/
~ ta.o presentes em uma cél~ /
"-.~~ia'iza~~ #,
.,.,.-~ -
Fu~o cttlult-1r ~ ra
produçào de
., . -~ - - ......
Fusão celular idcntific~
heterocárions estáveis Fu~ão oelular de células E?\ AIO como regulador d,~ \
H\O~lr;;t qutt l;t ( de mamiferos com células cxprcssno de genes de
diferenciação de células somáticas mostram que plunpotõncia através da
1
de mamiferos é , marcadores epigenélicos modulaçao do ONA por
reversível em genes impressos podeJt dcmctllação.
"---.S1::_r repn:>gramad~✓
Figuro 19.2 Linha do tempo das descobertas na reprogramação nuclear. Três abordagens para a reprogramação nuclear são descritas:
transferência nuclear (l 962, 1997 e 1998), fusão celular (1966-197 1, 1983, 1997, 2008 e 201O), transdução de fator de transcri-
ção (1987, 2006 e 2007). Essas abordagens complementares forneceram percepções sinérgicas por quase cinquenta anos e continuam
a informar a compreensão da reprogramação nuclear e a influenciar os avanços da medicina. (embryonic germ cells, ou EG cells, são
células germinativos embrionários). Modificado de Nuclear reprogramming to o pluripotent stote by three opprooches.
820 Biotecnologia Aplicado à Saúde
19.3.1 Em anfíbios
19.3.2 Em mamíferos
Por que a clonagem de mamíferos não teve sucesso até 1997? Certamente
não foi por falta de tentativa. O primeiro mamífero clonado com sucesso
foi Dolly, a ovelha, feita por fusão de uma célula mamária com um oócito
enucleado (usando um pulso elétrico fusogênico )7. Wilmut e seus colegas
foram os primeiros a clonar um mamífero 7 , devido, em parte, à sua estra-
tégia. Usaram oócitos não fertilizados como receptores, em conjunto com
células de doadores que tinham sido induzidas a sair do ciclo celular por
privação de soro, em cultura, e postularam que a estrutura da cromatina
mudaria de forma a conduzir à reprogramação nuclear. Um ano mais tarde,
Wakayama e colaboradores, com persistência e perícia técnica, utilizando
uma pipeta de enucleação projetada para entregar pulsos piezoelétricos, tive-
ram sucesso na clonagem de camundongos 17 • Esse instrumento permitiu ao
núcleo ser removido do oócito do camundongo, que é mais sensível do que
o da ovelha, e ser substituído pelo núcleo de uma célula somática. Esse pro-
cesso de transferência nuclear de células somáticas (do inglês, somatic-cell
nuclear transfer - SCNT) logo foi repetido em vários laboratórios. Impor-
tante, Jaenisch e colegas finalmente acabaram com o argumento de que a
Produção e Diferenciação de Células-Tronco Induzíveis 823
A fusão celular envolve a fusão de dois ou mais tipos celulares para for-
mar uma única entidade.
Isso permite que o impacto de um genoma no outro possa ser estudado
e, dessa maneira, a existência de repressores que atuam em transe proteínas
supressoras tumorais foi demonstrada em 1960 (Figuras 19.1 e 19.2). Cerca
de uma década depois, estudos de fusão celular forneceram a primeira evi-
dência de que o estado diferenciado de células somáticas de mamíferos não
é fixo e irreversível, mas, ao contrário, é ditado pelo equilíbrio dos regula-
dores e requer uma regulação contínua 26- 28 • Tais estudos não poderiam ser
levados adiante até que as tecnologias moleculares recentes fossem desen-
volvidas, a tal ponto que experimentos de fusão celular demostraram que
o estado pluripotente pode dominar sobre o estado diferenciado, sob cer-
tas condições, levando genes previamente silenciados a tornarem-se ativos.
Esta abordagem está sendo revivida como uma potente forma de elucidar os
mecanismos de regulação, como a desmetilação do DNA, que são necessá-
rios para a reprogramação nuclear. Nesta seção, discutiremos a conversão
de um tipo de célula somática diferenciada para outro tipo e, em seguida, a
conversão de células somáticas diferenciadas em células pluripotentes.
826 Biotecnologia Aplicado à Saúde
selecionados com drogas antes de ser analisados, por isso não foi possível
avaliar as primeiras mudanças na expressão gênica. A eficiência na indução
da pluripotência depende dos tipos celulares usados para formar os hetero-
cárions (no exemplo acima, 16% para as células B e 70% para os fibroblas-
tos)47,48, e as diferenças no tempo de ativação gênica e desmetilação do DNA
são observadas. Presumivelmente, essas diferenças surgem por causa da pro-
porção de núcleos a partir das células originais, e o equilíbrio de regulado-
res da transcrição que estão presentes ditam a extensão com que as células
podem ser reprogramadas para a pluripotência (como visto anteriormente
para a ativação gênica em células somáticas usando heterocárions 26-28,36 ).
A rápida taxa de reprogramação detectada em heterocárions, ao contrá-
rio de híbridos, torna-os úteis para elucidar os mecanismos moleculares que
são necessários para iniciar a reprogramação para o estado pluripotente,
usando abordagens de perda e ganho de função (Figura 19.3). Por exemplo,
quando as células ES de camundongo que perderam a expressão de Oct4 são
fundidas para formarem heterocárions com células B humanas, as células B
não são reprogramadas, mostrando que Oct4 é necessário para reprogramar
para um estado pluripotente47. Em outro exemplo, utilizando heterocárions,
Blau e colegas elucidaram um novo papel para AID, uma enzima conhecida
por desaminar resíduos de citosina. Eles descobriram um mecanismo ativo
que é essencial para a desmetilação do DNA e para a indução de reprogra-
mação nuclear de fibroblastos para a pluripotência 48.
Esses novo s dados sugerem que, em vez de um mecanismo de reparo
do DNA que possa operar em mamíferos, em que uma base metilada ou
nucleotídeo é trocado por um não metilado, há uma enzima que promove
a desmetilação do DNA. Esses estudos exemplificam o potencial da fusão
de células em fornecer insights mecanísticos para os obstáculos, tais como
desmetilação do DNA, o sucesso para a reprogramação de células somáticas
por SCNT ou a transdução de fatores de transcrição .
A fusão de células leva a reprogramação nuclear para um fenótipo especí-
fico, o qual é ditado pela razão nuclear dos tipos de células fundidas em hete-
rocárions, que não se dividem. Quando, por exemplo, as células de humanos
e de ratos são fundidas numa relação inclinada (tal como 1:3), (a) as células
de humanos serão, geralmente, reprogramadas para o fenótipo de células
de rato (três exemplos são mostrados). Para descobrir quais os genes estão
envolvidos neste processo, no início da reprogramação, Figura 19.lb, (b) o
perfil da expressão gênica de todo o genoma específico da espécie pode ser
realizado dentro dos três tipos de heterocárions mostrados. Assim, as trans-
crições de genes humanos que são induzidas logo após a fusão podem ser
-,:,
A) Geui;s eu,·olvidos ua reprogra mação u■clear uUliz.tw.lo be leruc árloas de espédi;s mistas H) Ide ntificaç ão de genes de reprogramação em espécie~ distintas
,fº '
o
<D
Repro~ramaç ào nucle ar d a Keprogra maçà o n uclear da Célala Re pro~ramaçã o nucle ar da Ideutificaçno de genes =
ctlula Somática A para Somática R p ar a C: Plula T ronr.o ou Célula Tronco oa Célula IPS expressos de acordo com o S1l1:m:rnr \Jll tiUJJa·,:;:xpn:~ ar
r
o
C élula Somática ll Célala iPS para Célu la Somá tica A perfil de expressão de genes genes candidato~ ew
cspecif1cos da espccie
heterocánons
,~:
o
=-
<D
C:/ilnl n Somá t ica R r,
Cé lula Somática A
Cél■la Tronco ou IPS "''
ê:
~
~
º
'-:"
i
Ct!lula Somática B G
Cilula Tronco oa iPS C.tlnln Snmnflrn A
o
3"
=-
e:
~'
.:;;·
~~ ~-
Gd
<'llft
r~~i, .
...,:,
G
~
i1 -~ 1
'"' ~1
'"'
Célula Híbrida Célula Híbrida Cêlula Híbrid a
/--,,
f~-.-)
~~;,/
Fi;uólipo da C élula Fenótipo C élula Tronco Fi;uólipo da Célula
Somáti ca B Somãtica A
ºª
C élula íPS
Figuro 19.3 Estratégias de investigação dos genes envolvidos no reprogramação nuclear, utilizando heterocárions de espécies mistos. Modificado de Nuclear reprogramming to o pluripotent stote
by three opprooches
-
00
w
832 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Pa ra uma revisão abrangente de ta is tra nsdi ferenciações induzidas por fatores de tra nscr ição, ver
Graf e Enver (2009) 53•
834 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Tabela 19.1 Fatores de reprogramação (diferentes de Oct4, Klf4, Sox2, c-Myc) e outras moléculas que podem aumentar a eficiência
da reprogramação ou promovê-la
j .! -;epiogramaçjo <.31)1Ca
;g AI ◄ =r.,;,:;,.,:;,.
J! Auünci:1 .j g •:il.ü::ic cüJlar
Figuro 19.4 Permanência de pluripotência de células-tronco embrionárias. Modificado de Nuclear reprogromming to o pluripotent stote
by three opprooches.
Paciente doente
pele ~
~
4z--+
Célula somática
corrigida
1
Fibroblaslos
dennais
Drogas específicas
para a doença
t IVD '
1 + Coquetel de
reprogramação
t Seleção de
drogas
~~
Substituição do alelo da doença IVD
(Opcional: Correção do alelo da doença)
Figuro 19.5 Potencial terapêutica de iPSC. Fibroblastos da derme de pacientes cam uma determinada doença podem ser usados para
derivar iPSC. iPSC derivadas de doenças específicas que posteriormente são diferenciadas em um tipo celular desejado podem ser usadas
como uma ferramenta para modelar doenças e terapias. Adicionalmente, iPSC específicas de pacientes com doenças genéticas causadas por
mutações desconhecidas podem ser corrigidas através de uma modificação prévia no gene mutado. Depois, as iPSC corrigidas para o gene
defeituoso são induzidas ase diferenciarem na célula desejada in vitro e, posteriormente, podem ser usadas para transplante no paciente.
842 Biotecnologia Aplicado à Saúde
* Ver https://resea rch. bw ha nesrhe sia. org/site _assers/5152 0d 19 l eea667 9ce0000 01 /crerm/Refined_
STAP_prorocol-9a685fc86fec5ca857ad58ae75462d07. pdf.
** Ver http://www.riken.jp/en/pr/press/2014/20140314_1/.
Produção e Diferenciação de Células-Tronco Induzíveis 843
fatores), assim como p elas condições de cultura das células durante a repro-
gramação, dentre outras variáveis durante a execução do protocolo.
CAMUNDONGOS HUMANOS
Colônia de Intervalo para produção das iPSC primárias: Intervalo para produção das iPSC primárias:
iPSC primárias aproximadamente 2 semanas aproximadamente entre 3 e 4 semanas
- lmunocoloração e RT-PCR
para análise da expressão - Ensaio de combinação
de genes de pluripotência tetraploide e injeções
l a 2 semanas -Determinação do de blastocisto
padrão de metilação -Início da diferenciação
do DNA por tratamento in vitro
deste com bissulfito
- lmunocoloração e RT-PCR
-Cariótipo e perfil para análise da expressão
transcricional de genes de pluripotência 1 , . d d'f . _
-Análise da Dt . _ d - rnC10 a I erenc1açao
2 a 3 semanas - Perfil de modificação - e_ ermmaça_o ~ in vitro
diferenciação in vitro
das histonas e reativação padrao de mehlaçao
cromossomo X do DNA por tratamento
deste com bissulfito
-Análise da
4 a 6 semanas
diferenciação in vitro
-Cariótipo e perfil
-Análise da diferenciação in transcricional
6 a 8 semanas vitro (quimeras, teratomas e - Perfil de modificação -Injeções de blastocisto
complementação tetraploide) das histonas e reativação
do cromossomo X
l Oa 12 -Teste da transmissão
semanas germinal
14 a 16 - Determinação da
semanas transmissão germinal
16 a 20 -Análises de teratomas
-Análise da autorrenovação
semanas e autorrenovação
Fonte: Modificado de Guidelines and Techniques for the Generation of lnduced Pluripotent Stem Ce//s161.
Produção e Diferenciação de Células-Tronco Induzíveis 8SS
Falha da reprogramação
A morte de célul as pode ser ca usada por infecção virai t óxica, dev id o
ao alto título virai ou t empo de infecção prolongado, provoca ndo, assim,
redução na eficiência da r eprogramação. A ativação das vias de senescência
se deve ao estresse oxidativo, por isso é recomenda do que as células seja m
mantidas, desde a p opulação inicial, em atmosfera com 4 % de 0 2 •
A qua lidade do soro pode variar entre os di ferentes lot es, e isso p ode
exercer efeito na eficiência de reprogramação das células. Sugere-se fazer um
piloto de reprogramação com t odos os lotes disponíve is de soro o u mesmo
utilizar soro noca ute para reprogramação. Adicionalmente, pode se utilizar
aditivos para aumentar a reprogr amação, tais como ácido ascórbico, T GF-b
e ini bidores de HDAC.
864 Biotecnologia Aplicado à Saúde
obstáculo seria obter culturas de células puras, sem qualquer tipo de con-
taminação que comprometesse a segurança delas. O último desafio, citado
no artigo, seria a garantia de função das células iPS após o transplante, sem
problemas também de rejeição imunológica 185 •
19. 19 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. Evans MJ, Kaufman MH. Establishment in culture of pluripotential cells from mo use
embryos. Nacure. 1981 Jul 9;292(58 19):154-6.
2. Martin G R. lsolation of a pluripotent cell line from early mouse embryos culcured
in medium conditioned by teratocarcinoma stem cells. Proc Natl Acad Sei USA . 1981
Dec; 78(12): 7634-8 .
3. Hadorn E. Konstanz, Wechsel und Typ us der Determination und Differenzierung in
Zellen aus mannlichen Genitalanlagen von Drosophila melanogaster nach Dauerkul-
tur in vivo. ger.[Constancy, variation and cype of determination and differentiation in
cells from male genitalia rudiments of Drosophila melanogaster in permanent culture in
vivo] . Dev Biol. 1966 Jun;13(3):424-509.
4. Gehring W. Clona i a na lysis of determinatio n d ynamics in cultures of imaginai disks in
Drosophila melanogaster. Dev Biol. 1967 Nov;16(5 ):438-56.
5. Le Lievre CS, Le Doua rin NM. Mesenchymal deriva ti ves of the neural crest: analysis
of chimaeric quail and chick embryos. J Embryol Exp Morphol. 1975 Aug;34(1 ):125-54.
6. Gurdo n JB. The developmental capacity of nuclei taken from intestinal epitheli um
cells of feeding tadpoles. J Embryol Exp Morphol. 1962 Dec;l0:622-40.
7. Wilmut I, Schnieke AE, M cWhir J, Kind AJ, Campbell KH. Yiable offspring deri ved
from fetal a nd adul e mammalian cells. Nacure. 1997 Feb 27;385(6619 ):810-3.
8. Tada M, Takahama Y, Abe K, Nakatsuji N, Tada T. Nuclear reprogramming of somatic
cells by in vitro hybridization with ES cells. Curr Biol. 2001 0cc 2;11 (19):1 553-8.
9. Schneuw ly S, Klemenz R, Ge hring WJ. Redesigni ng the body plan of Drosop hila by
ectopic expression of the homoeotic gene Antenna ped ia . Nature. 1987 Feb 26-Mar
4;325(6107) :816-8 .
10. Davis RL, Weintra ub H, Lassar AB. Expression of a single transfected cDNA converts
fibroblasts to myoblasts. Cell. 1987 Dec 24 ;51 (6) :987-1000. PubMed PMID: 3690668.
11. Yamanaka S, Bla u HM. Nuclea r reprogramming to a pl uripotent state by three
approaches. Nature. 2010 Jun 10;465(7299):704-12.
12. Smith AG, H eath JK, Donaldson DD, Wong GG, Moreau J, Sta hl M , et a i. lnhibitio n
of pluripotential embryonic stem cell differentiation by purified polypeptides. Nature.
1988 Dec 15;3 36(6200):688-90.
13. T homson JA, ltskovitz-Eldor J, Shapiro SS, Waknitz MA, Swiergiel JJ, Mars ha ll YS,
et ai. Embryonic stem cell lines derived from human blastocysts . Science. 1998 Nov
6;282(5391):1145-7.
14. Tonelli FMP, Santos AK, Sil va SL, Gomes KN, Ladeira LO, Resende RR. Stern cells
and Calcium Signa ling. ln: lslam MS, editor. Advances in Exp erimental M edicine and
Biology 740. 1st ed. Springer; 2012. 1012 p.
Produção e Diferenciação de Células-Tronco Induzíveis 867
15. Briggs R, King TJ. Transplantation of living nuclei from blastula cells into enucleated
frogs ' eggs. Proc Natl Acad Sei USA. 1952;38:455-63.
16. Gurdon JB. Adule frogs derived from the nuclei of single somatic cells. Dev Biol.
1962 Apr;4:256-73.
17. Wakayama T, Perry AC, Zuccotti M, Johnson KR, Yanagimachi R. Full-term develo-
pment of mice from enucleated oocytes injected with cumulus cell nuclei. Nature. 1998
Jul 23;394(6691):369-74.
18. Hochedlinger K, Jaenisch R. Monoclonal mice generated by nuclear transfer from
mature B and T donor cells. Nature. 2002 Feb 28;415(6875):1035-8.
19. Eggan K, Baldwin K, Tackett M , Osborne J, Gogos J, Chess A, et ai. Mice cloned
from olfactory sensory neurons. Nature. 2004 Mar 4;428 (6978):44-9.
20. Egli D, Rosains J, Birkhoff G, Eggan K. Developmental reprogramming after chro-
mosome transfer into mitotic mouse zygotes. Nature. 2007 Jun 7;447(7145):679-U8.
21. Van Thuan N, Kishigam S, Wakayama T. How to Improve the Success Rate of Mouse
Cloning Technology. J Reprod Develop. 2010 Feb;56(1 ):20-30.
22. Wakayama S, Ohta H, Hikichi T, Mizutani E, lwaki T, Kanagawa O, et ai. Production
of healthy cloned mice from bodies frozen at -20 degrees C for 16 years. Proc Natl Acad
Sei USA. 2008 Nov 11;105(45):17318-22 .
23. Yang X, Smith SL, Tian XC, Lewin HA, Renard JP, Wakayama T. Nuclear reprogram -
ming of cloned embryos and its implications for therapeutic cloning. Nat Genet. 2007
Mar;39 (3):295-302.
24. Byrne JA, Pedersen DA, Clepper LL, Nelson M, Sanger WG, Gokhale S, et ai. Pro-
ducing primate embryonic stem cells by somatic cell nuclear transfer. Nature. 2007 Nov
22;450(7169):497-502.
25. Simonsson S, Gurdon J. DNA demethylation is necessary for the epigenetic repro-
gramming of somatic cell nuclei. Nature Cell Biology. 2004 Oct;6(10):984-90.
26. Bla u HM, Chiu CP, Webster C. Cytoplasmic Activation of Human Nuclear Genes in
Stable Heterocaryons. Cell. 1983;32(4 ):1171 -80 .
27. Blau HM, Pavlath GK, H ardeman EC, Chiu CP, Silberstein L, Webster SG, et ai.
Plasticity of the Differentiated State. Science. 1985;230( 4 72 7): 7 58-66.
28. Blau HM, Baltimore D. Differentiation Requires Continuous Regulation. Journal of
Cell Biology. 1991 Mar;112(5) :781 -3.
29. Davidson RL, Ephrussi B, Yamamoto K. Regulation of Pigment Synthesis in Mamma-
lian Cells as Studied by Somatic H ybridization. P Natl Acad Sei USA. 1966;56(5):1437-&.
30. Weiss MC, Chaplain M. Expression of Differentiated Functions in H epatoma Cell
Hybrids .3. Reappearance ofTyrosine Aminotransferase Inducibility after Loss of Chro-
mosomms. P Natl Acad Sei USA. 1971;68(12):3026-&.
31. Harris H, Miller OJ, Klein G, Worst P, Tachiban.T. Suppression of Malignancy by
Cell Fusion. Nature. 1969;223(5204 ):363-&.
868 Biotecnologia Aplicado à Saúde
32. Petersen JA, Weiss MC. Expression of Differentiated Functions in Hepatoma Cell
H ybrids - Induction of Mouse Albumin Production in Rat Hepatoma Mouse Fibroblast
H ybrids. P Natl Acad Sei USA. 1 972;69(3) :571-& .
33 . Davidson RL. Reg ulat ion of malanin synt hes is in m amma lia n cells: effect
of ge ne dosage on t he expression of differentiatio n. Proc Natl Acad Sei USA. 1972
Apr;69(4 ):95 1-5.
34. H arris H, Watkins JF, Ford CE, Schoefl Gl. Artificial heterokaryons of a nimal cells
from different species. J Cell Sei. 1966 Mar;l(l):1-30.
35. Pavlath GK, Blau HM. Expression of muscle genes in heterokaryons depends on gene
dosage. J Cell Biol. 1986 Jan;102( 1): 124-30 .
36. Miller SC, Pavlat h G K, Blakely BT, Blau HM. Muscle cell components dieta te hepa-
tocyte gene ex pressio n and the distributio n of the Golgi appara tus in heterokaryons.
Genes Dev. 1988 Mar;2(3 ):330-40.
3 7. Chiu CP, Bla u HM. 5-Azacytidine permits gene activatio n in a previously nonindu-
cible cell type. Cell. 1985 Feb;40(2):417-24 .
38 . Wrig ht WE. Inductio n of muscle ge nes in n eura l cel ls. J Cell Biol. 1984
Feb;98(2):427-35.
39. Baron MH, Mania tis T. Rapid reprogra mming of globin gene expression in transient
heterokaryons. Cell. 1986 Aug 15;46(4):5 91-602.
40. Spear BT, Tilghman SM. Role of al pha-fetoprotein regulatory elements in tra nscrip-
tional activatio n in transient heterokaryons. Mol Cell Bio l. 1990 Oct;l 0(l 0):5 047-54.
41. J ohansso n CB, Youssef S, Koleckar K, Holbrook C, Doyonnas R , Corbel SY, et a i.
Extensive fusion of haematopoieti c cells with Purk inje neuro ns in response to chronic
inflammation. Nat Cell Biol. 2008 May;l 0(5):57 5-83.
42. Weimann JM, Charlton CA, Brazelton TR, Hackman RC, Blau HM. Contribution of
transplanted bone marrow cells to Purkinje neurons in human a dule brains. Proc Natl
Acad Sei USA. 2003 Feb 18;100(4):2088-93.
43. Tada M, Tada T, Lefebvre L, Barton SC, Surani MA. Embryonic germ cells induce
epigenetic reprogramming of somatic nucleus in hybrid cells. EMBO J. 1997 Nov
3;16(2 1):6510-20.
44. Kimura H , Tada M, Nakatsuji N, Tada T. Histone code modifications on pluripo-
tential nuclei of reprogrammed somatic cells. Mol Cell Biol. 2004 Jul;24(13):5710-20.
45. Cowan CA, Atienza J, Melton DA, Eggan K. N uclear reprogramming of somatic cells
after fusion with h uman embryonic stem cells. Science. 2005 Aug 26;309(5739):1369-73.
46. Silva J, Chamber s I, Po llard S, Smith A. Nanog prom otes transfer of pluripotency
after cell fusion. Nature. 2006 Jun 22;441(7096):997-1001.
4 7. Pereira CF, Terranova R, Ryan NK, Santos J, Morris KJ, Cui W, et ai. Heterokaryon
-Based Reprogramming of Human B Lymp hocytes for Pluripotency Requires Oct4 but
Not Sox2. Pios Ge net . 2008 Sep;4 (9).
Produção e Diferenciação de Células-Tronco Induzíveis 869
48. Bhutani N, Brady JJ, Darnian M, Sacco A, Corbel SY, Blau HM. Reprograrnrning
towards pluripotency requires AID-dependent DNA dernethylation. Nature. 2010 Feb
25;463(7284 ):1 042-7 .
49. Gehring W J. The rnaster control gene for rnorphogenesis and evolut ion of the eye.
Genes Cells. 1996 Jan;l(l ):11-5.
50 . Ta ylor SM, Jones PA. Multi pie new phenotypes induced in 1 0Tl/2 and 3T3 cells
treated with 5 -azacytidine. Cell. 1979 Aug;17(4) :771-9 .
51. Xie H , Ye M, Feng R, Graf T. Stepwise reprogramming of B cells into macrophages.
Cell. 2004 May 28;1 17(5):663-76.
52. Cobaleda C, Jochum W, Busslinger M. Conversion of mature B cells into T cells by
dedifferentiation to uncommitted progenitors. Nature. 2007 Sep 27;449(7161):473-7.
53. Graf T, Enver T. Forcing cel ls to change lineages. Nature . 2009 Dec
3;462(7273 ):587-94.
54 . Farah M H , O lson JM, Sucic H B, Hume RI, Tapscott SJ, Turner DL. Generation of
neurons by transient expression of neura l bHLH proteins in mamma lian cells. Develop-
rnent. 2000 Feb;127(4):693-702.
55. Schafer BW, Blakely BT, Darlington GJ, Blau H M. Effect of cell history on response to
helix-loop-helix fam ily of myogenic regulators. Nature. 1990 Mar 29;344( 6265):454-8.
56. Taka has hi K, Yarnanaka S. Induction of pluripotent stern cells from mouse ernbryo-
nic and adule fibroblast cultures by defined factors . Cell. 2006 Aug 25;126(4):663-76 .
57. Yamanaka S. Strategies and new developrnents in the generation of patient-specific
pluripotent stem cells. Cell Stern Cell. 2007 Jun 7;1(1):39-49 .
58. Tokuzawa Y, Kaiho E, Maruyama M, Takahashi K, Mitsui K, Maeda M, et ai. Fbx15
is a novel target of Oct3/4 but is dispensable for ernbryonic stern cell self-renewal and
mouse d evelopment. Mo! Cell Biol. 2003 Apr;23(8):2699-708 .
59 . Wernig M, M eissner A, Foreman R, Brambrink T, Ku M, H ochedlinger K, et ai. ln
vitro reprogramming of fibroblasts into a pluripotent ES-cell-like state. Nature. 2007
Jul 19;448(7151 ):318-24.
60. Okita K, Ichisaka T, Yarnanaka S. Generation of gerrnline-competent induced pluri-
potent stern cells. Nature. 2007 Jul 19;448(7151 ):313-7 .
61. Nakagawa M, Koyanagi M, Tanabe K, Takahashi K, Ichisaka T, Aoi T, et ai. Genera-
tion of induced pluripotent stern cells without Myc frorn rnouse and hurnan fibroblasts.
Nat Biotechnol. 2008 Jan;26(1):101-6.
62 . Wernig M, Meissner A, Cassady JP, Jaenisch R. c-Myc is dispensable for direct repro -
grarnming of mouse fibroblasts. Cell Stern Cell. 2008 Jan 10;2(1 ): 10-2.
63. Takahashi K, Tanabe K, Ohnuki M, Narita M, Ichisaka T, Tomoda K, et ai. Induction
of pluripotent stem cells from adu le hurnan fibrobla sts by defined factors. Cel l. 2007
Nov 30;131(5):861-72.
870 Biotecnologia Aplicado à Saúde
64. Park IH, Zhao R, West JA, Yabuuchi A, Huo H, lnce TA, et ai. Reprogram-
ming of human somatic cells to pluripotency with defined factors. Nature. 2008 Jan
10;451(7175):141-6.
65. Yu J, Yodyanik MA, Smuga-Otto K, Antosiewicz-Bourget J, Frane JL, Tian S, et a i.
lnduced pluripotent stem cell lines derived from human somatic cells. Science. 2007 Dec
21;318(5 858 ):1917-20.
66. Yamanaka S. A fresh look at iPS cells. Cell. 2009 Apr 3;137(1):13-7 .
67. Malik N, Rao MS. A review of the methods for human iPSC derivation. Methods
Mo! Biol. 2013;997:23-33.
68. Sommer CA, Stadtfeld M, Murphy GJ, Hochedlinger K, Kotton DN, Mostoslavsky
G. lnduced pluripotent stem cell generation using a single lentiviral stem cell cassette.
Stern Cells. 2009 Mar;27(3):543-9.
69. Subramanyam D, Lamouille S, Judson RL, Liu JY, Bucay N, Derynck R, et ai. Mul-
tiple targets of miR-302 and miR-372 promote reprogramming of human fibroblasts to
induced pluripotent stem cells. Nat Biotechnol. 2011 May;29(5):443-8.
70. Okita K, Nakagawa M, H yenjong H, Ichisaka T, Yamanaka S. Generation of
mouse induced pluripotent stem cells witho ut virai vectors. Science. 2008 Nov
7;322 (5903) :949-5 3.
71. Li W, Ding S. Small molecules that modulate embr yonic stem cell fate and somatic
cell reprogramming. Trends Pharmacol Sei. 2010 Jan;31(1):36-45.
72. Desponts C, Ding S. Using small molecules to improve generation of induced pluri-
potent stem cells from somatic cells. Methods Mo! Biol. 2010;636:207-18.
73. Huangfu D, Maehr R, Guo W, Eijkelenboom A, Snitow M, Chen AE, et ai. lnduction
of pluripotent stem cells by defined factors is greatly improved by small-molecule com-
pounds. Nat Biotechnol. 2008 Jul;26(7):795-7.
74. Shi Y, Do JT, Desponts C, H ahm HS, Scholer HR, Ding S. A combined chemical and
genetic approac h for the generation of induced pluripotent stem cells. Cell Stern Cell.
2008 Jun 5;2(6):525-8.
75. Yoshida Y, Takahashi K, Okita K, Ichisaka T, Yamanaka S. H ypoxia enhances the
generation of induced pluripotent stem cells. Cell Stern Cell. 2009 Sep 4;5(3):237-41.
76. Esteban MA, Wang T, Qin B, Yang J, Qin D, Ca i J, et ai. Yitamin C enhances the
generation of mouse and huma n induced pluripotent stem cells. Cell Stern Cell. 2010
Jan 8;6(1) :71 -9.
77. Li H , Collado M, Villasante A, Strati K, Ortega S, Canamero M, et ai. The lnk4/Arf
locus is a barrier for iPS cell reprogramming. Nature. 2009 Aug 27;460(7259):1136-9.
78. Marion RM, Strati K, Li H , Murga M, Blanco R, Ortega S, et ai. A p53-media-
ted DNA damage response limits reprogramming to ensure iPS cell genomic integrity.
Nature. 2009 Aug 27;460(7259):1149-53.
Produção e Diferenciação de Células-Tronco Induzíveis 871
107. Sepac A, Si-Taye b K, Sedlic F, Barret t S, Canfield S, Dunca n SA, et ai. Compari-
son of cardio myogenic potentia l among huma n ESC a nd iPSC lines. Cell Tr anspla nt.
20 12;21 (11 ):2523-30 .
108 . Huang NF, Dewi RE, O kogbaa J, Lee JC, Rufa ihah A, Heils horn SC, et ai. Chemo-
taxis of human induced pluripotent stem cell-derived endothelia l cells. Am J Tran sl Res.
2013;5(5) :510-20.
109. New man AM, Cooper JB. Lab-specific gene expressio n signa tu res in pluripotent
stem cells. Cell Stern Cell. 2010;7:258-62 .
110 . Yamanaka S. l nduced Pluripotent Stern Cells: Past, Presem, and Future . Cell Stern
Cell. 201 2;10 :678-84 .
11 1. Boulting GL, Kis kinis E, Croft G F, Amoroso MW, Oakley OH, Wainger BJ, et a i. A
fu nctionally characterized test set o f human induced pluripotent stem cells. Nat Biote-
chnol. 20 11;29 :279-86.
112. Stad tfeld M , Aposto lo u E, Akutsu H , Fukud a A, Follett P, N atesan S, et a i. Aberrant
silencing of imprinted genes o n chrom osome 12qF1 in mouse ind uced pluripotent stem
cells. N ature. 20 10;4 65 :1 75-81.
113. Gore A, Li Z, Fung HL, Yo ung JE, Agarwal S, Antosiewicz-Bourget J, et ai. Somatic
coding mu tat io ns in h uma n induced plurip otent stem cells. Na ture. 2011;4 71 :63-7.
114. H ussein SM , Batada N N, Vuoristo S, Ching RW, Autio R, Narva E, et ai. Copy
num ber va ri ati o n a nd selectio n du r ing r eprogra mmi ng to p luripotency. Na ture.
20 11;4 71:58-62 .
115 . Laurent LC, Ulits ky l, Slavin l, Tra n H, Schork A, M orey R, et ai. Dynamic chan-
ges in the copy n umber of pluripotency and cell prolife rat ion genes in human ESCs and
iPSCs during reprogramming and time in culture. Cell Stern Cell. 2011 ;8( 1): 106- 18.
11 6. Z hao T, Z hang ZN, Ro ng Z, X u Y. lmmunogenicity of induced plur ipotent stem
cells. Nature. 20 11;4 74:2 12-5.
11 7. Ab yzov A, Mariani J, Palejev D, Z ha ng Y, H a ney M S, Tomas ini L, et ai. Soma-
tic copy num ber mosaicism in huma n skin revealed by induced pluripotent stem cells.
Nature. 20 12;492(7429):438-42.
11 8. Araki R, Ud a M , Hoki Y, Sunayama M, Naka mura M , Ando S, et a i. Negligible
immunogenicity of termi na lly d iffe rentiated cells derived from ind uced plurip otent or
em bryonic stem cells. Nature. 2013;494(7435) :1 00-4 .
119. T hanasegara n S, Cheng Z, lto S, Nis hio N, lsobe K. lmm unogenicity of IPS Cells
in Syngeneic Host Studied by in vivo ln jection and 30 Scaffold Experimen ts. BioM ed
Research lnternationa l Volum e. 2013;2013:2 1-7.
120. Liu P, Chen S, Li X, Q in L, Hua ng K, Wang L, et a i. Low lmmunogenicity of N eura l
Progenitor Cells Differentiated from lnduced Pluripoten t Stern Cells Deri ved from Less
lmmunogenic Som atic Cells. PLoS ONE. 2013;8(7):e69617 .
874 Biotecnologia Aplicado à Saúde
135. Samavarchi-Tehrani P, Goli pour A, David L, Sung HK, Beyer TA, Datei A, et ai.
Functional genomics revea ls a BMP-driven m esenchymal-to-epithelial transition in the
initiation of somatic cell reprogramming. Cell Stern Cell. 2010;7:64-77.
136. Pfaff N, Fiedler J, Ho lzmann A, Schambach A, Moritz T, Cancz T, et ai. miRNA
screening reveals a new miRNA fami ly stimulating iPS cell generation via regulation of
Meox2. EMBO Rep. 2011;12(11):1153-9 .
137. Anokye-Danso F, Trivedi CM, Juhr D, Gupta M, Cui Z, Tian Y, et a i. Highly Effi-
cient miRNA-Mediated Reprogramming of Mouse and Human Somatic Cells to Pluri-
potency. Cell Stern Cell. 2011;8(4):376-88.
138. Subramanyam D, Lamouille S, Judson RL, Liu JY, Bucay N, Derynck R, et ai. Mul-
ti pie targets of miR-302 and miR-372 promote reprogramming of human fibroblasts to
induced pluripotent stem cells. Nat Biotechnol. 2011;29(5):443-8 .
139. Miyoshi N, lshii H , Nagano H , Haraguchi N, Dewi DL, Kano Y, et a i. Reprogram-
ming of mouse and human cells to pluripotency using mature microRNAs. Cell Stern
Cell. 2011;8( 6):633-8.
140. Marson A, Foreman R, Chevalier B, Bilodeau S, Kahn M, Young RA, et a i. Wnt
signaling promotes reprogramming of somatic cells to pluripotency. Cell Stern Cell.
2008;3:132-5.
141. Huangfu D, Osafune K, Maehr R, Guo W, Eijkelenboom A, Chen S, et ai. lnduction
of pluripotent stem cells from primary human fibroblasts with onl y Oct4 and Sox2. Nat
Biotechnol. 2008;26:1269-75.
142. Li W, Z hou H, Abujarour R, Zhu S, Young Joo J, Lin T, et ai. Generation of
human induced plu ripotent stem cells in the absence of exogenous Sox2. Stern Cell s.
2009;27:2992-3000 .
143. Va lamehr B, Abuj arour R, Robinson M, Le T, Shoemaker D, Flynn P. A novel plat-
form to enable the high-throughput derivation and characterization of feeder-free human
iPSCs. Sciencific Repores. 2012;2:213-9.
144. Hanna J, Markoulaki S, Schorderet P, Carey BW, Beard C, Wernig M, et a i. Direct
r eprogramming of terminally differenciated mature B lymphocytes to pluripotency. Cell.
2008;133:250-64.
145. Lin T, Ambasudhan R, Yuan X, Li W, Hilco ve S, Abujarour R, et ai. A chemical
platform for improved ind uction of human iPSCs. Nat Methods. 2009;6:805 -8.
146. Sommer CAS, Murphy M, H ochedlinger GJ, Kotton K, Mostoslavsky DN. lnduced
pluripotent stem cell generation using a single lentiviral stem cell cassette. Stern Cells.
2009;27(3):543-9.
14 7. Mandai PK, Rossi DJ. Reprogramming human fibrob lasts to pl uripotency using
modified mRNA. Nature Protocols. 2013;8:568-82.
148. Fusaki N, Ban H , Nishiyama A, Saeki K, Hasegawa M. Efficient inductio n of trans-
gene-free human pluripotent stem cells using a vector based on Sendai virus, an RNA
876 Biotecnologia Aplicado à Saúde
virus that does not integrate into the host genome. Proc Jpn Acad Ser B Ph ys Biol Sei.
2009;85( 8):348-62 .
149. H ae nebalcke L, Goosse ns S, Dierickx P, Bartunkova S, D'Hont J, H a igh K, et a i.
The ROSA26-iPSC Mouse: A Condi tional, lnducible, and Exchangeable Resource for
Studying Cellular (De)Differentiation. Cell repores. 2013;3(2):335-41.
150 . Yoshioka N , Gros E, Li HR, Kum ar S, Deacon DC, Maron C, et ai. Efficient
Ge neratio n of Human iPSCs by a Syntheti c Self-Replicative RNA. Cell Stern Cell.
2013;13(2 ):246-54.
151. Kim D, Kim CH , Moon Jl, Chung YG, Chang MY, H an BS, et a i. Generation of
human induced pluripotent stem cells by direct delivery of reprogramming proteins. Cell
Stern Cell. 2009;4( 6 ):4 72-6.
152. Akopian V, Andrews PW, Beil S, Benvenisty N, Brehm J, Christie M, et ai. Compari-
son of defined culture systems for feeder cell free propagation of human embryonic stem
cells. ln Vitro Cell Dev Biol Anirn. 2010;46(3-4):247-58.
153 . Chen J, Liu J , Ha n Q, Qin D, Xu J, Chen Y, et ai. Towards an Optirnized C ulture
Medi um for the Generation of Mo use Induced Pluripotent Stern Cells. Journal of Biolo-
gical Chemistry. 2010;285:31066-72.
154. Sun N, Pa netta NJ, Gupta DM, Wilson KD, Lee A, Jia F, et a i. Feeder-free deri-
vatio n of induced pluripotent stem cells from ad ule human ad ipose stem cells. PNAS.
2009;231:324-32 .
155. Koide N, Yasuda K, Kadomatsu K, Takei Y. Esta blishment and oprima! culture con-
ditions of rnicroRNA-induced pluripotent stern cells gener ated from HEK2 93 cells via
transfection of microRNA-302s expression vector. Nagoya J M ed Sei. 2012;74:157-65.
156. Zhao XY, Lv Z , Li W, Zeng F, Zhou Q. Production of mice using iPS cells and tetra-
ploid cornplernentation. Nature Protoc. 2010;5:963-71.
157. Chen G, Gu lbranson DR, Hou Z, Bolin JM, Ruotti V, Pro basco MD, et a i. Che-
micall y defi ned conditions for human iPS cell derivation and culture. N a t Methods.
2011;8(5) :42 4-9.
158. Lengner CJ, Gimelbrant AA, Erwin J A, Cheng AW, G uenther MG, Welstead G, et
ai. Derivation of pre-X inactivatio n huma n ernbryonic stem cells und er phys iologica l
oxygen concentrations. Cell. 2010;141:872-83.
159. Merling RK, Sweeney CL, Choi U, De Ravin 55, M yers TG, Otaizo-Carrasquero F,
et ai. Transgene-free iPSCs generated frorn srnall volume peripheral blood non-rnobilized
CD34+ cells. Blood. 2013; 121 (14):98-107.
160. Kahler DJ, Ahmad FS, Ri tz A, Hua H , Moroziewicz DN, Sproul AA, et a i. Improved
Methods for Reprogramrning Human Derma l Fibroblasts Us ing Fluorescence Activated
Cell Sorting. PLoS ONE. 2013;8(3}:e59867.
Produção e Diferenciação de Células-Tronco Induzíveis 877
161. Chan EM, Ratanasirintrawoot S, Park IH, Manos PD, Loh YH, Huo H , et a i. Li ve
cell imaging distinguishes bona fide human iPS cells from partially reprogrammed cells.
Nat Biotechnol. 2009;27(11):1033-7.
162. Abujarour R, Valamehr B, Robinson M , Rezner B, Vranceanu F, Flynn P. Optimized
surface markers for the prospective isolation of high-quality hiPSCs using flow cytome-
try selection. Sei Rep. 2013;3 :1179 -85 .
163. Lerou PH, Yabuuchi A, Huo H, Miller JD, Boyer LF, Schlaeger TM, et ai. Derivation
and maintenance of human embryonic stem cells from poor-q ua lity in vitro ferti lization
embryos . Nature Protocols. 2008;3(5):923-33.
164. Akutsu H, Cowan CA, Melton D. H uman embryonic stem cells. M ethods Enzymol.
2006;418:78-92.
165. Maherali N, H ochedlinger K. Guidelines and techniques for the generation of indu-
ced pluripotent stem cells. Cell Stern Cell. 2008 Dec 4;3 (6):595-605.
166. Z hou H , Wu S, Joo JY, Z hu S, Han DW, Lin T, et ai. Generation of induced pluri-
potent stem cells using recombinant proteins. Cell Stern Cell . 2009 May 8;4(5):381-4.
167. Fluri DA, Tonge PD, Song H, Baptista RP, Shakiba N, Shukla S, et ai. Derivation,
expansion and differentiation of induced pluripotent stem cells in continuous suspension
cultures. Nat Methods. 2012 May;9(5):509 -16.
168. Fok EY, Zandstra PW. Shear-controlled single-step mouse embryonic stem cell
expansion and embryoid body-based differentiation. Stern Cells. 2005 Oct;23(9):1333-
42. PubMed PMID: 16081660.
169. Andang M, Moliner A, Doege CA, Ibanez CF, Ernfors P. Optimized mouse ES
cell culture system by suspension growth in a fully defined medium. Nature Protocols.
2008;3(6):1013-7.
170. Gertow K, Przyborski S, Loring JF, Auerbach JM, Epifano O, O tonkoski T, et ai.
Isolation of human embryonic stem cell-derived tera tomas for the assessment of pluripo-
tency. Current Protocols in Stern Cell Biology. 2007 Oct;Chapter l:Unit1B4.
171. Draper JS, Smith K, Gokha le P, Moore HD, Maltby E, Johnson J, et ai. Recurrent
gain of chromosomes 17q and 12 in cultured human embryonic stem cells. Nat Biotech-
nol. 2004 Jan;22(1):53-4.
172. Wolf D, Goff SP. TRIM28 mediares primer binding site-targeted silencing of murine
leukemia virus in embryonic cells. Cell. 2007 0cc 5;131(1):46-57.
173. Bernstein BE, M ikkelsen TS, Xie X, Kama l M, Huebert DJ, Cuff J, et a i. A biva lent
chromatin structure marks key developmental genes in embryonic stem cells. Cell. 2006
Apr 21;125(2):315-26.
174. Rideout WM, 3rd, Eggan K, Jaenisch R. Nuclear cloning and epigenetic reprogram-
ming of the genome. Science. 2001 Aug 10;293(5532):1093-8.
175. Park IH, Arora N, Huo H, Ma herali N, Ahfeldt T, Shimam ura A, et ai. Disease-spe-
cific induced pluripotent stem cells. Cell. 2008 Sep 5;134(5):877-86.
878 Biotecnologia Aplicado à Saúde
176. Saha K, Jaenisch R. Technical challenges in using human induced pluripotent stem
cells to model disease. Cell Stern Cell. 2009 Dec 4;5(6):584-95 .
177. Lu X, Zhao T. Clinicai Therapy Using iPSCs: Hopes and Chall enges. Ge nomics,
Proteomics & Bioinformatics. 2013 Sep 21.
178. Huang GT. lnduced Pluripotent Stern Cells-A New Foundation in Medicine. Journal
of Experimental a nd Clinicai Medicine. 2010 Oct 22;2(5):202-17.
1 79. Vita le AM, Wolvetang E, Mackay-Sim A. lnduced pluripotent stem cells : a new
technology to study human diseases . lnt J Biochem Cell Biol. 2011 Jun;43(6):84 3-6 .
180. Lee G, Papapetrou EP, Kim H, Chambers SM, Tomishima MJ, Fasano CA, et a i.
Modelling pathogenesis and treatment of fam ilia i d ysautonomia usi ng patient-specific
iPSCs. Nature. 2009 Sep 17;461(7262 ):402-6.
181. Hanna J, Wernig M, M arkoulak i S, Sun CW, Meissner A, Cassa dy JP, et a i. Treat-
ment of sickle cell anemia mouse model w ith iPS cells generated from autologous skin.
Science. 2007 Dec 21;318(5858 ):1920-3.
1 82. Lu TY, Lin B, Kim J, Sullivan M, Tobita K, Salama G, et a i. Repopulation of decel-
lularized mo use heart with human induced pluripotent stem cell-derived cardiovascular
progenitor cells. Nat Commun. 2013 Aug 14;4:2307.
1 83 . Kang L, Kou Z, Zhang Y, Gao S. lnduced pluripotent stem cells (iPSCs) - a new
era of reprogramming. Journal of genetics and geno mics. Yi Chuan Xue Bao. 2010
Jul;37( 7):415-21.
184. Gao A, Peng Y, Deng Y, Qing H . Potencia l therapeutic applications of differentiated
induced pluripotent stem cel ls (iPSCs) in the treatment of ne urodegenerative diseases .
Neuroscience. 2013 Jan 3;228:47-59.
185. Asgari S, Pournasr B, Salekd eh GH, G hodsizadeh A, Ott M, Baharvand H . lnduced
pluripotent stem cells: a new era for hepatology. J Hepatol. 2010 Oct;53(4):738-51.
n)>
-O
_,
--1
e
r--
0
REPROGRAMACÃO,,
NUCLEAR DE CELULAS
PARA UM ESTADO
PLURIPOTENTE A
USANDO TRES ;
ESTRATEGIAS
Vânia Aparecida Mendes Goulart
Fernanda Maria Policarpo Tonelli
José Lu iz da Costa
Luiz Orlando Ladeira
Katia N . Gomes
Alexandre Hiroaki Kihara
Rodrigo R. Resende
20. 1 INTRODUÇÃO
Epiblasto
---
Massa celular
interna
Células
embrionárias
~ ~erminalivas
Oócito fertilizado
(Células totipote ntes)
\
Obtenção de
J
células
pi uri potentes
Células da pele
(origem ectodérmica)
Células vermelhas do sangue
r,9'
Células pancreáticas
(origem endodérmica)
(origem mesodémica)
Figura 20. l Células pluripotentes podem ser obtidas a partir da massa celular interna do blastocisto, epiblasto do blastocisto tardio,
do embrião (células embriônicas germinativos). Essas células pluripotentes podem, ao se diferenciar, dar origem a células derivadas dos
três folhetos embrionários (ectoderme, mesoderme e endoderme) .
Reprogramação Nuclear de Células para um Estado Pluripotente Usando Três Estratégias 881
•]=···~
• ..
Xenopus laevís laevís
fZ
~
(
,.,_,,,.
/J
1.-
Girino
::
••
Ovos
•
Célula da base
do intestino de girinos
com núcleo 2n
Figura 20.2 Atransferência nuclear na obtenção de pluripotência. Aprimeira estratégia, transferência nuclear, descrita por Gurdon em
1962, tem o objetivo de obter células pluripotentes a partir de células já diferenciadas. Atualmente, além dessa estratégia há outras
duas, a saber, fusão celular e indução de pluripotência por meio de fatores de transcrição.
Transferência Nuclear
Aumento de Cálcio,
Estímulo elétrico ou
o!
Agentes quimices
Oócito
------ Divisão Celular
Replicação do DNA
---------+
2n -------- REPROGRAMAÇÃO
Isolamento
iPSC
Célula somática
CLONAGEM
...,, J
~~ ~
Implante do Desenvolvimento Diferenciação
Clones
embrião do embrião em
neonatos
cultura
Figura 20.3 Transferência nuclear. Nesta técnica, o núcleo de uma célula somática (diploide, 2n) é transplantado para um oócito
sem núcleo. Dentro do oócito, o núcleo da célula somática é reprogramado e as células derivadas dele são pluripotentes. Deste oócito
é gerado um blastocisto, a partir do qual iPSCs podem ser isoladas e cultivadas. As iPSCs podem ser cultivadas até a formação de um
embrião que pode ser implantado em uma mãe hospedeira, resultando em clones neonatos. As iPSCs também podem ser estimuladas a
diferenciar em vários tipos celulares.
Polielilenoglicol ou
= Pulso elétrico
Célula s o m á t i ~ Fusão
~ iPSC
REPROGRAMAÇÃO --------
Célula-tronco
Híbrida
Figuro 20.4 Fusão celular. Nesta técnica, dois tipos de células distintos são combinadas para formar uma única entidade. As células fun-
didas resultantes podem ser heterocárions ou híbridas. Se as células fundidas proliferarem, irão se tornar híbridas com núcleo tetrapio ide
(4n), isto é, com duas vezes o número de cromossomos de uma célula somática ou mais (dependendo do número de células fundidas).
Os heterocárions não se proliferam, e os núcleos das células originais permanecem intactos e distintos. Ocitoplasma das células-tronco
possuem fatores de reprogramação que podem alterar o estado epigenético de uma célula somática, transformando-a em uma iPSC.
( ) Klr4
Figuro 20.5 Transdução de fatores de transcrição. Esta técnica de reprogramação direta pode ser usada para formar iPSC com proprie-
dades semelhantes às das células-tronco. Vários tipos de células somáticas podem ser induzidas pela introdução de fatores de transcrição
(Oct4, Sox2, Kl/4 e c-Myc) usando retrovírus. Nesta técnica, o estado pluripotente é hereditariamente mantido e pode ser produzido um
grande número de células, tornando esta abordagem vantajosa para aplicações clínicas.
20.5 CONCLUSÃO
Desde então, este polímero tem sido amplamente utilizado para mediar a
fusão de células a fim de formar híbridos de células somáticas, que são fer-
ramentas importantes para os estudos de mapeamento genético, expressão
gênica, análise da função de genes e também para a produção de vacinas e
anticorpos 65 • PEG induz a aglutinação celular, aumentando o contato célula
a célula, levando à subsequente fusão celular. Aqui, descreveremos o pro-
tocolo de fusão celular usando células somáticas publicado em 2006, pelos
pesquisadores Yang e Shen 66 e que, até o momento, vem sendo utilizado com
sucesso em inúmeros trabalhos, tanto para a fusão entre células somáticas
quanto para a fusão entre células somáticas e células-tronco. A fusão celu-
lar através desta técnica pode ser realizada por meio de células inteiras ou
microcélulas como doadoras para a fusão com as células receptoras. Geral-
mente, a fusão utilizando microcélulas é empregada para a transferência de
um único cromossomo, ou um limitado número deles, entre diferentes tipos
de células. Os principais procedimentos desse protocolo incluem a prepa-
ração de células doadoras e receptoras, a fusão entre célul as, a seleção de
híbridos e caracterização de células híbridas (Figura 20.6 ). A técnica descrita
aqui pode ser adaptada para o uso na fusão entre diversos tipos celulares,
fornecendo diretrizes para o desenvolvimento da técnica de fusão celular
mediada por PEG.
Materiais
1) Linhagens celulares: células de rato LA9 contendo um minicromossomo
de mamífero, denominadas células LA9hrrr-hgr+, e células de galinha deno-
minadas DT40hrrr+hgy-.
2) Meios e suplementos: DMEM (meio de Eagle modificado por Dulbecco,
Life Technologies), P-mercaptoetanol (Sigma), soro fetal bovino (SFB,
Sigma), soro de galinha (Gibco-BRL), glutamina (Sigma), higromicina B
(Roche), colcemida (demecolcina, Sigma) e hipoxantina-aminopterina-
timidina (HAT, Sigma).
3) Compostos químicos e bioquímicos:
• Tampão fosfato-salino (PBS, pH 7,3): 137 mM NaCl; 2,7 mM KCl; 10
mM Na 2 HPO 4 ; 2 mM KH 2 PO 4
• Solução de 0,2% de tripsina em Versene
• Citocalasina B (Sigma)
• PEG 1500 (Roche)
• Percoll (Sigma)
• DNA satélite alfoide da regiao centromérica do cromossomo Y
humano, marcado com biotina ou 32 P
894 Biotecnologia Aplicado à Saúde
• Primers:
Pl (5'-AACTTCATCAGTGTTACATCAAGG-3'
5'-TGTGGCATTTTGTTATGTGG-3')
P2 (5'-AGGAGATGTCAGGACTATCAGC-3'
5' -TCCATCCAGCTGGTCATATT-3 ');
• Estreptavidina Alexa Fluor 488 (Life Technologies);
• Anti-estreptavidina biotinilado (Vector Laboratories).
4) Plásticos e equipamentos: frascos de cultura de tecidos, placas de Petri,
placas de múltiplos poços, tubos de teste, tubos de policarbonato (40 mL,
Fisher), centrífuga, sistema de eletroforese em gel e termociclador.
Métodos
As células LA9 de rato que são HPRT negativas e contêm um minicro-
mossomo de mamífero marcado com higromicina B fosfotransferase (LA9hprr
-hgy+) são utilizadas como doadoras, enquanto as células de galinha DT40 que
são HPRT positivas (DT40hprr+hgy·) são utilizadas como células receptoras. Os
genótipos das células doadoras e receptoras permitem uma dupla seleção
positiva usando o HAT e a higromicina, que irão matar as células doadoras e
receptoras, selecionando, dessa forma, apenas as células híbridas. As células
LA9hprr-hgy+ são aderentes, já as células DT40hprr+hgy- crescem em suspensão.
Essa diferença facilita a seleção das células híbridas de interesse. Neste caso,
o objetivo será a transferência de um minicromossomo das células LA9hprr-hgy+
(doadoras) para as células DT40hprr+hgy- (receptoras) . Portanto, após os proce-
dimentos para a fusão, as células em suspensão são mantidas para posterior
seleção, enquanto as células aderidas são descartadas. Os principais passos
deste protocolo estão apresentados na Figura 20.6. Primeiramente, células
doadoras e receptoras são preparadas e fundidas com PEG. Em seguida,
HAT e higromicina B são usadas para a seleção das células híbridas. As célu-
las híbridas, então, são clonadas e caracterizadas por análises moleculares
e citológicas.
Microcélulas
1) As células LA9hprr-hgy+ devem ser cultivadas em meio DMEM suplemen-
tado com 200 µM de glutamina, 10% de soro fetal bovino e 0,5 mg/mL
de higromicina B. Quatro placas de Petri de 15 cm devem ser preparadas
para a fusão de microcélulas.
2) As células deverão ser alimentadas com 30 mL do meio fresco 16 a 20
horas antes do tratamento com colcemida.
3) Quando a cultura alcançar cerca de 70% de confluência, adicionar
0,1 µg/mL de colcemida.
4) Incubar as células durante 24 horas à temperatura de 37 ºC.
5) Remover o meio de cultura.
6) Enxaguar a cultura com 10 mL de PBS e remover o PBS.
7) Adicionar 2 mL de tripsina 0,2% e deixar incubar durante 5 minutos.
8) Transferir o conteúdo da placa para um tubo e centrifugar a 400 g por 5
minutos e descartar o sobrenadante.
9) Acrescentar 10 mL de meio DMEM livre de soro preaquecido, ressuspen-
der as células e centrifugar novamente sob as mesmas condições descritas
acima. Ao final descartar o sobrenadante.
10) Ressuspender as células obtidas de cada placa de Petri em 40 mL de
uma solução contendo percoll+ DMEM livre de soro preaquecido (1/1) e
10 µg/mL de citocalasina B.
11) Transferir a solução contendo as células para um tubo de policarbonato
com capacidade para 40 mL.
Células receptoras
1) As células DT40hprr+hgy- devem ser cultivadas em meio DMEM suplemen-
tado com 200 µM de glutamina, 10 µM P-mercaptoetanol, 10% de soro
fetal bovino e 1% de soro de galinha.
2) Adicionar igual volume de meio fresco na cultura de células 16 a 20 horas
antes da fusão.
3) Deixar as células crescerem até uma densidade de aproximadamente 10 6
células por mililitro.
4) Coletar 30 mL de células inteiras para a fusão celular ou aproximada-
mente 60 a 80 mL de microcélulas.
5) Centrifugar a 400 g por 5 minutos e descartar o sobrenadante.
6) Para lavar as células ou microcélulas, acrescentar 10 mL de meio DMEM
livre de soro preaquecido.
7) Centrifugar novamente conforme as condições acima e conservar o pellet.
REFERÊNCIAS
36 . Byrne J A, et ai. Producing prima te embryonic stem cells by soma tic cell nuclear
tr ansfer. Nature. 2007;450(7169):497-502.
37. Q uintana-Bustamante O, et a i. Cell Fusio n Reprogr amming Lead s to a Specific
Hepatic Expression Pattern during M o use Bo ne Marrow Derived Hepacocyte Formatio n
ln Vivo. Pios O ne. 2012;7(3):e33945 .
38 . Hurtley SM. Cell-Cell Fusio n. Science. 2012;336(6084):962.
39 . Ta t PA, et a i. The effic iency of cell fus ion- based r ep rogramm ing is affec-
ted by t he somati c cell type and t he in vitro age of somatic cell s. Cell Rep rogram.
2011;13(4 ):331-344.
40. Pra lo ng D, Tro unso n A, Yerma P. Cell fus io n fo r reprogramming plurip otency. Stern
Cell Rev. 2006;2 (4 ):33 1-340.
41. Dejosez, M. a nd T.P. Zwaka, Pluripotency a nd nuclea r reprogramming. Ann u Rev
Biochem. 2 012;81:737-765.
42 . Soza-Ried J, Fisher AG. Reprogramming som atic cells cowards pluripotency by cel-
lular fu sio n. Curr Opin Genet Dev. 20 12;22(5):459-465.
43. Yaman aka S, Bla u HM. Nuclear reprogra mming to a plurip o tent state by three
approaches. Nature. 20 10;465(7299):704-712 .
44. Boia ni M , Kehler J, Schõler H. Activit y of the Germline-Specific Oct4-GFP Transgene
in Norma l and Clo ne M ouse Em br yos. ln: H. Schat te n, Editor. Germ Cell Protocols .
Tocowa : Humana Press, 2004. p.1 -34.
45. Pesce M , Scho ler HR. Oct-4: gatekeeper in the beginnings of mammalia n develop -
ment. Stern Cells. 200 1;19(4 ):27 1-278.
46. Cowan CA, et a i. Nuclear Reprogramming o f Somatic Cells After Fusion with
Human Embryonic Stern Cells. Science. 2005;309(5739):1369-1373.
4 7. Adac hi K, Scho ler HR. Directing reprogra mmi ng to pluripotency by t ransc ription
facto rs. Curr Opin Genet Dev. 2012;22(5):41 6-422.
48. Lo h YH , et a i. Ge neration of induced pluripotent stem cells from huma n blood.
Blo od. 2009;113(22) :5476-54 79 .
49. Yu J, et ai. lnduced pluripotent stem cell lines deri ved fro m human somatic cells.
Science. 2007;31 8(5858) :1 91 7- 1920 .
50 . Takahashi K, et ai. lnductio n of pluripotent stem cells from ad ul e human fi bro blasts
by defined fac tors. Cell. 2007;131 (5) :861-872.
51. T horpe TA. History of plane tissue culture. Mol Biotechn ol. 2007;37(2): 169-80.
52 . Obokata H, et ai. Stimulus-tr iggered face conversio n of somatic cells in to pluripo-
te ncy. Nature. 2 014;505(74 85):641-64 7.
53. Byrnes WM. Ernest Everett Just, Johannes Ho ltfreter, and the or igin of certain con-
cep ts in embryo morphogenesis. Mo! Reprod Dev. 2009;76( 10):912-92 1.
54. Cyranoski D. Acid bath offer s easy pa th tostem cells. Nature. 20 14;505(7485):596.
902 Biotecnologia Aplicado à Saúde
55. Obokata H , Sasai Y, Niwa H. Essencia l technical tips for STAP cell conversion cul-
ture from somatic cells. Nature Prorocols Discussion Forum . 20 14 March.
56. Wakayama, T. " Prof. wants STAP findings withdrawn " . The Yomiuri Shimb un, 11
March 2014.
57. G urdo n JB. T he develo pmental capacity of nuclei taken from intestinal epithelium
cells of feeding ta dpo les . J Embryol Exp M orphol. 1962;10:622-640.
58. Simo nsson S, G urd on J. D NA dem et hylation is necessary fo r the epigenetic repro-
gramming of somatic cell nuclei. Nat Cell Bio l. 2004;6( 10) :984-990.
59 . Miyazaki S, et ai. Emerging meth o ds for preparing iPS cells . J p n J Clin O ncol.
2012;42(9): 773-779.
60. Zhou J, Yue W, Pei X . Ad vances in cell lineage reprogramming. Sei China Life Sei .
2013;56(3):228-233.
6 1. Pa r k IH , et a i. Disease-specific i nduced pl ur ipot e nt ste m cell s. Cel l.
2008;134(5) :877-886 .
62. Rao M, Condic M L. Alternative sources of pluripotent stem cells: scientific solutio ns
to an ethical dilemma . Stern Cells Dev. 2008;17(1) :1-10.
63. Yamanaka S. lnduced pluripotent stem cells: past, presem, and future. Cell Stern Cell.
2012; 10( 6):678-684.
64. Ahkong QF, et ai., M ec hanisms of cell fus ion. Nature, 1975. 253(5488):194-195.
65 . Cho MS, Yee H, Cha n S. Establis hment of a h uma n som at ic hybrid cell li ne for
recom binam protein productio n. J Biomed Sei. 2002;9(6 Pt 2):63 1-638.
66 . Ya ng J, Shen M . Polyethylene Glycol-M ediated Cell Fusion . ln: Pells S, Editor.
Nuclear Reprogramming. Totowa: H um ana Press; 2006 . p.59-66 .
n)>
__
-O ,
--1
e
r--
0
MECANISMOS
DE ENTRADA
,
DOS
, VIRUS, NA
CELULA: METODOS
DE ESTUDO E
APLICACÕES
,
21. 1 INTRODUÇÃO
e~
Meio
extracelular
Nucleocapsídeo
Meio
intracelular
Meio
extracelular
. ---
Meio
intracelular
/ ' Endossomo
- _N►ucleocapsídeo
1
Figuro 21. l Entrada dos vírus na célula: (A) entrada por fusão; (8) entrada por endocitose.
Mecanismos de Entrada dos Vírus na Célula: Métodos de Estudo e Aplicações 90S
Actina
Citosol
j V l
Caveolina
1 l V
o
Fagossomo
C) n o o
Caveossomo
Figuro 21.2 Vias de endocitose. Partículas grandes podem ser englobadas por fagocitose, e macromoléculas fluidas, por macropino-
citose. Diversas moléculas podem ser internalizadas por diferentes vias endocíticas. As vesículas endocíticas podem ser revestidas por
proteínas, e desse modo tem-se a endocitose dependente de clatrina, dependente de caveolina e independente de clatrina e caveolina.
906 Biotecnologia Aplicado à Saúde
21.2 HISTÓRICO
Ainda nos anos 1970, Ari Helenius começou a trabalhar com o vírus
Semliki Forest (SFV), um vírus isolado pela primeira vez a partir de mos-
quitos em Uganda e capaz de causar doenças nos seres humanos e animais.
Helenius e colaboradores, utilizando microscopia e estudos bioquímicos,
descobriram que SFV após adsorção à membrana celular entrava nas células
utilizando a via endocítica mediada por clatrina 18. O trabalho de Helenius
liga a história dos vírus à história da endocitose.
Passado um razoável tempo após essas descobertas, novas vias de
entrada dos vírus nas células foram descobertas, e são clatrina/caveolina
independentes.
Os principais artigos que contribuíram para um melhor entendimento dos
mecanismos de entrada dos vírus nas células são:
• 1980: Detecção de partículas de vírus individuais marcadas por fluo-
rescência em células de mamíferos fixadas 18.
• 1981: Primeiro experimento de rastreamento de partícula individual
em células vivas: rastreamento do complexo LDL-receptor19.
• A partir de 1985: Desenvolvimento de técnicas de imagem e algorit-
mos para rastreamento de partícula individual em 2D 20 ,21 •
• 1990-1992: Detecção precoce de vírus individuais em células vivas
por meio de microscopia de fluorescência com imagem em vídeo22 ,23 .
• A partir de 1991: Desenvolvimento de proteínas fluorescentes para
imagem celular 24·25.
• 1995: Primeira imagem multicolorida do egresso viral2 6 •
• 1998: CD4 é o receptor para a entrada do HIV27•
• A partir de 1998: Estudos sistemáticos dos mecanismos de entrada
viral através da membrana plasmática 28 ,31.
• A partir de 2001: Estudos sistemáticos de egresso viral pela mem-
brana plasmática 32,33 .
• 2005: Estudo de mecanismos de entrada viral por análises de imagens
automatizadas em larga esca la 34.
• 2005: Primeiros experimentos em animais para o rastreamento de
vírus marcados com fluorescência 35 .
• A partir de 2005: Rastreamento quantitativo de partículas individuais
em 3D36,37_
• A partir de 2005: High-throughput screening de inibidores de entrada
virais 38 .
• A partir de 2008: Por meio da triagem de siRNA para genes que afe-
tam a entrada do vírus Junin, canais de cálcio voltagem-dependentes
foram identificados como um bom a lvo terapêutico para este vírus 39.
Mecanismos de Entrada dos Vírus na Célula: Métodos de Estudo e Aplicações 909
21.3.2 Viroterapia
REFERÊNCIAS
15. Cho K, Wang X, Nie S, Chen ZG, Shin DM. Therapeutic nanoparticles for drug deli-
very in cancer. Clin Cancer Res. 2008 Mar 1;14(5 ):1310-13 16.
16. Steinman RM, Brodie SE, Cohn ZA. Membrane flow during pinocytos is. A stereolo-
gic analysis. The Journal of Cell Biology. 1976 Mar;68(3) :665-687.
17. Goldstein JL, Brown MS. The LDL receptor. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2009
Apr;29( 4 ):431-43 8.
18. White J, Kartenbeck J, Helenius A. Fusion of Semliki forest virus with the plasma mem-
brane can be induced by low pH. The Journal of Cell Biology. 1980 Oct;87(1):264-272.
19. Barak LS, Webb WW. Diffus ion of low density lipoprotein-receptor complex on
human fibroblasts. The Journal of Cell Biology. 1982 Dec;95(3):846 -852.
20. Inoué S. Imaging of unresolved objects, superresolution, and precision of distance
measurement with video microscopy. Methods in Cell Biology. 1989;30:85-112.
21. Saxton MJ. Single-particle tracking: models of directed transport. Biophysical Jour-
nal. 1994 Nov;67(5):2110-2119.
22. Georgi A, Mottola-Hartshorn C, Warner A, Fields B, Chen LB. Detection of indi-
vidual fluorescently labeled reovirions in li ving cells. Proc Natl Acad Sei USA. 1990
Sep;8 7( 17):6579-6583.
23. Lowy RJ, Sarkar DP, Chen Y, Blumenthal R. Observation of single influenza virus-
cell fusion and measurement by fluorescence vídeo microscopy. Proc Natl Acad Sei USA.
1990 Mar;87(5) :1850-1854.
24. Chalfie M , Tu Y, Euskirchen G, Ward WW, Prasher DC . Green fluorescent protein as
a marker for gene expression. Science. 1994 Feb 11;263 (5 148):802-805 .
25. Giepmans BNG. The Fluorescent Toolbox for Assessing Protein Location and Func-
tion. Science. 2006 Apr 14;312(577 1):217-224.
26. Cudmore S, Cossart P, Griffiths G, Way M. Actin-based motility of vaccinia virus.
Nature. 1995 Dec 7;378(6557):636-638.
27. Da lgleish AG, Beverle y PC, Clapham PR, Crawford DH, Greaves MF, Weiss RA.
The CD4 (T4) antigen is an essencial component of the receptor for the AIDS retrovirus.
Nature. 1984 Jan;312(5996):763-767.
28. McDonald D. Visualization of the intracellular behavior of HIV in li ving cells. The
Journal of Cell Biology. 2002 Nov 4;159(3):441-452.
29. Suomalainen M, Nakano MY, Keller S, Boucke K, Stidwill RP, Greber UF. Micro-
tubule-dependent plus- and minus end-directed motilities are competing proces-
ses for nuclear targeting of adenovirus. The Journal of Cell Biology. 1999 Feb
22;144( 4) :657-672 .
30. Lakadamya li M , Rust MJ, Babcock HP, Zhuang X. Visualizing infection of indi-
vidual influenza viruses . Proceedings of the Nacional Academy of Sciences. 2011 Ma y
1;100(16):9280-9285.
918 Biotecnologia Aplicado à Saúde
45. Lei Y, Joo K-1, Wang P. Engineering fusogenic molecules to achieve targeted trans-
duction of enveloped lentiviral vectors. J Biol Eng. 2009;3:8.
46. Kielian M. Class II virus membrane fusion proteins. Yirology. 2006 Jan;344(1):38-47.
47. Cronin J, Zhang X-Y, Reiser J. Altering the tropism of lentiviral vectors throug h
pseudotyping. Curr Gene Ther. 2005 Aug;5 (4):387-398 .
48. Leber MF, Bossow S, Leonard YH, Zaoui K, Grossardt C, Frenzke M, et ai.
MicroRNA-sensiti ve oncolytic measles viruses for cancer-specific vector tropism. Mol
Ther. 2011 Apr 5;19(6):1097-1106.
49. Brandenburg B, Zhuang X. Yirus trafficking - learning from single-virus tracking.
Nat Rev Microbial. 2007 Mar;5(3) :197-208.
50. Rust MJ, Lakadamyali M, Brandenburg B, Z huang X. Single-Virus Tracking in Li ve
Cells. Cold Spring Harb Protoc. 2011 Sep 1;2011(9):pdb.top065623-3.
51. Huang L-L, Lu G-H, Hao J , Wang H, Yin D-L, Xie H - Y. Enveloped Yirus Labeling
via Both lntrinsic Biosynthesis a nd Meta bolic lncorporation of Phospholipids in Host
Cells. Anal Chem. 2013 May 9;85(10):5263-5270.
52. Barrow E, Nicola AV, Liu J. Multiscale perspectives of virus entry via endocytosis.
Virology Journal. 2013 Jun 5;10(1):1-1.
53. Liu Z, Liu S, Cui J, Tan Y, He J, Zhang J. Transmission Electron Microscopy Studies
of Cellular Responses to Entry of Yirions: One Kind of Natural Nano biom aterial. Inter-
naciona l Journal of Cell Biology. 2012 Apr 11;2012(5): 1-5 .
n)>
__
-O ,
--1
e
r--
0
VETORES
VIRAIS: TIPOS,
DIVERSIDADES,
USOS E APLICACÕES
,
Eugenia Costanzi-Strauss
Daniela Bertolini Zanatta
Rodrigo Esaki Tamura
Juliana Goulart Xande
Bryan E. Strauss
22. 1 INTRODUÇÃO
Hoje, a tecn ologia de DNA r ecom bin ante e vet ores para tra nsferência
gênica faz parte da rotina dos la boratórios de p esquisa. O sequenciamento
de 3 bilhões de pares de bases do genoma humano chamou a atenção pa ra o
fato de que o grande volume de informações sobre a se quência descritiva de
bases não é acompa nhado por volume equivalente de conhecimento fu ncio-
na l, ou seja, o nosso entendimento de funções moleculares ainda é limita do.
Transferência gênica é uma estratégia que via biliza a introdução e exp ressão
de sequências de DNA em células para que funções das sequências de DN A
possam ser revela das. Vet or es de transferência gênica são potentes ferra-
mentas ge rador as de conhecimento funcional e capaz de mover as desco-
bert as da etapa de diagnóstico até a etapa de t erapia gênica. A transferência
gê nica p ode ser empregada de diferentes man eiras, dependendo do o bje -
tivo do ensaio, incluindo interesses voltados para pesquisa básica, produtos
922 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Tabelo 22.l Linha do tempo indicando as principais descobertas no campo da transferência gênica
e,
M
e,
~ R2
N e,
....1-
LL_
~
o.
~
o 200 ~ºº 600 800 1000
SSC-H
Figuro 22. l GFP é ideal para visualização não invasiva, em tempo real, de células vivas. (A) Cassete de expressão de típico vetor
retroviral contendo dois promotores e dois transgenes. OcDNA do gene GFP ocupa posição 3' ao promotor l , enquanto o gene de seleção
NEO (que confere resistência ao antibiótico geneticina) está sob regulação do promotor 2. (B) Cassete de expressão de vetor retroviral
no qual NEO foi substituído por EGFP, que agora serve para marcar eselecionar as células transduzidas. Aposição S' seguida ao promotor
l é ocupada pelo transgene de interesse. (() Imagens capturadas sob microscopia confocal de células vivas da linhagem Hll 080 trons·
duzidas com retrovírus contendo o cassete de expressão na configuração B. (D) Análise quantitativa de citometria de fluxo. Análise de
células Hll 080 não transduzidas (painel superior) ecélulas Hll 080 transduzidas com vetor retroviral portador de cassete de expressão
mostrado em C(painel inferior). Épossível observar claramente nas células transduzidas duas populações distintas, uma população
GFP-, semelhante à distribuição das células não transduzidas, e uma população de células GFP+ com maior intensidade de fluorescência.
Figura 22.2 Linhagens celulares sensoras para as fases da mitose. Esquema do arranjo de cassete de expressão de vetor retroviral
contendo o cDNA do gene YFP fusionado ao cDNA do gene histona H28. Imagens em tempo real de células HTl 080 transduzidas com
retrovírus dos cassetes de expressão H2B·YFP, capturadas sob microscopia confacal. Cada núcleo celular pode ser observado individual·
mente, e a cinética dos fases de divisão com diferentes estágios de condensação da cromatina pode ser visualizada em amarelo (YFP).
Àesquerda, observação panorâmica das linhagens sensoras.
-
1-: _. ,.
~
..
~
~~- ... -
,.~·
•.1
"
8
~~- -
.., 1,
- --
Figuro 22.3 Uso de proteínas fluorescentes para marcação de animais e tecidos. (A) Foto de camundongo transgênico (57BL/6 EGFP
e sua cria capturada sob campo claro (superior) e escuro (inferior). Pode se observar a forte fluorescência verde produto da expressão
de EGFP no corpo inteiro da cria e nas regiões de pouca pelagem do animal adulto (orelhas, patas, focinho). (B) Imagens de modelo
xenográfico nude (57BL/6 EGFP capturadas sob diferentes campos de luz. Ocamundongo nude (57BL/6 EGFP foi gerado a partir do
cruzamento entre animal transgênico CS?BL/6 EGFP e camundongo nude CS?BL/6. Otransgênico nude CS?BL/6 EGFP exibe forte
fluorescência verde no corpo inteiro, resultado da expressão do transgene EGFP. Este animal também exibe um tumor subcutâneo com
fluorescência vermelha, devido ao implante de células tumorais humanas da linhagem HTl 080 transduzidas com vetor retroviral que
expressa a proteína fluorescente m(herry. Omodelo permite nítida distinção entre células tumorais e células do animal hospedeiro.
Tabela 22.2 Comparação entre os principais vetores virais utilizados para a transferência gênica terapêutica, destacando-se suas
vantagens edesvantagens
INTERAÇÃO COM O
lntegrativo lntegrativo Episomai Semi-integrativo
GENOMA HOSPEDEIRO
EXPRESSÃO DO Potencialmente a
Alongo prazo Alongo prazo Transiente
TRANSGENE longo prazo
Tabela 22.3 Classificação dos promotores mais utilizados em vetores de transferência gênica.
A) Tet-Off
J
- Tetraciclina + Tetraciclina
l
l 1
--l'ili•li3)t►W·HM-i4:i-
B ) Tet-On
. . ..
- Tetraciclina + Tetraciclina
l
l •
--lrntê)jíj~J+- mh•M;
Figuro 22.4 Promotores regulados por tetraciclina. Em (A), é representado o sistema Tet-Off, em que a proteína transativadora (!TA) se
liga aos sete domínios Tel0, combinado a uma sequência promotora mínima (CMV), resultando em expressão do transgene. Na presença
de tetraciclina, a proteína !TA perde a afinidade com o domínio TetO, e a transcrição acaba não ocorrendo. Em (B), é representado o
sistema Tet-On, em que a proteína transativadora mulada (rtTA) precisa interagir com tetraciclina para se ligar ao domínio Tel0 e ativar
a transcrição.
22.6.1 Retrovírus
da célula empacotadora com pelo menos dois vetores (um vetor com o gene
de interesse e outro contendo os genes de empacotamento e da transcrip-
tase reversa). Como apenas o vetor portador do gene de interesse contém a
sequência 'P, apenas o RNA proveniente desse vetor é empacotado nas partí-
culas virais, garantindo que não sejam produzidos vírus replicativos 25.
Transgene 8
O
Envelope
Cotransfecção
1
Célula
produtora
Figuro 22.5 Princípio da produção de partículas retrovirais pseudotipadas. Os genes relacionados com o empacotamento e o envelope
virai são fornecidos em plasmídeos separados do plasmídeo contendo o vetor de transferência gênica (transgene). Para que oco1ra a
produção da partícula virai, é feita a cotransfecção de todos os plasmídeos dentro da célula produtora. Note que apenas o vetor de
transferência contém a sequência psi ('P) necessária para o empacotamento do genoma virai na progênie. Assim, os genes estruturais
não fazem parte do vírus produzido, impedindo que as partículas virais sejam capazes de se replicarem dentro da célula-alvo.
22.6.2 Adenovírus
~-
=iGllltir
,~
(B) Lentlvlrus: HIV ---1!!_
J'LTR
i(WID=
--- ---
(C) Adenovirus: Sorotlpo 5
Figura 22.6 Comparação entre os genomas de um representante dos gama retrovírus (A) e de um representante dos lentivírus (8),
mostrando a diferença entre as duas estruturas. Os genes gag, pol e env codificam os genes estruturais da partícula virai, e as sequências
LTR atuam como promotores. (() Representação esquemática do genoma adenoviral selvagem. El a E4: genes expressos na fase inicial
do ciclo de vida virai; Ll a LS: genes expressos tardiamente; ITRs: repetições terminais invertidas; 'P: sinal de empacotamento; MLP:
promotor tardio.
*
Adenovírus do sorotipo 5
►
► ===O
-=
Proteína da Fibra Adenoviral
►==O
-= Adenovírus ligado à PEG
•
Cadeia simples de
anticorpo
Tripeptídeo RGD
r Polietileno-glicol (PEG)
Figura 22.7 Alteração do direcionamento virai. (a) Pseudotipagem. Adenovírus baseado no genoma do sorotipo 5 com proteína da
fibra de adenovírus do sorotipo 3; retrovírus expressando no envelope o glicoproteína do vírus da estomatite vesicular. (b) Alteração das
proteínas virais. Aproteína da fibra adenoviral apresenta uma cauda, uma haste e uma região globular. Aregião globular é responsável
por mediar a interação com os receptores celulares e pode ser substituída, por exemplo, pela sequência variável de uma cadeia simples de
anticorpo contra o receptor celular de interesse, ou podem ser incorporados pequenos peptídeos, como o tripeptídeo arginina-glicina-ácido
aspártico (RGD). (c) Uso de adaptadores. Podem ser usados anticorpos biespecíficos, que se ligam em uma extremidade a proteínas virais
e na outra extremidade a receptares celulares. Apartícula virai também pode ser envolvida por moléculas, como o polietileno-glicol (PEG).
22.6.4. 1 Pseudotipagem
Uma opção para direcionar o tropismo dos vetores virais envolve a modi-
ficação genética de proteínas virais que interagem com os receptores nas
células a lvos. Por exemplo, sequências codificadoras de anticorpos de cadeia
simples específicos para receptores de fatores de crescimento ou de citocinas
podem ser incorporadas aos vetores, favorecendo a interação do vírus com
uma cé lula específica 4 4, 4 5 •
Com adenovírus, resultados promissores foram obtidos com a incorpora-
ção de pequenos polipeptídeos na proteína da fibra. Por exemplo, o tripep-
tídeo arginina-glicina-ácido aspártico (RGD), é suficiente para direcionar
entrada do vírus na célula mediada por integrinas. Portanto, este adenovírus
modificado não depende na presença do CAR para seu tropismo e pode
transduzir uma ampla gama de tecidos.
Em outra estratégia, as proteínas do hexon do adenovírus também podem
ser modificadas para impedir sua ligação com fatores que sequestram a par-
tícula vira!, como anticorpos anti-adenovirais, assim protegendo o vetor e
evitando sua destruição4 6 , 4 7 •
Embora a maior parte das terapias gênicas ainda esteja buscando aprova-
ção e licença para aplicação clínica, existem muitos ensaios em andamento
prometendo que, nos próximos anos, novos produtos possam ser aprovados
e utilizados clinicamente. A Tabela 22.4 mostra alguns dos estudos clínicos
948 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Tabela 22.4 Correlação entre indicações, abordagem terapêutica, vetores e fase de estudo clínico.
IL2RG para células CD34+ obtidas dos pacientes. Dezoito crianças (de um
total de vinte) tratadas recuperaram o número e a função dos linfócitos T.
Entretanto, cinco crianças desenvolveram leucemia linfoide aguda (quatro
crianças foram curadas com quimioterapia, mas uma delas veio a falecer).
O desenvolvimento da leucemia foi atribuído à mutagênese insercional em
decorrência da ativação do proto-oncogene LIM domain only 2 (LM02)
pelo LTR viral54 •
A doença granulomatosa crônica ligada ao X (X-CGD, X-linked chronic
granulomatous disorder, também conhecida como síndrome de Bridges-
Good e síndrome Quie), é causada por um defeito no complexo de nicoti-
namida adenina dinucleotideofosfatase (NADPH), resultando em atividade
deficiente dos neutrófilos 62 • Células CD34+ dos pacientes receberam vetor
retroviral que carregava o gene terapêutico gp91 phox. Apesar do sucesso
inicial da terapia, o transgene foi silenciado, e os pacientes manifestaram
quadro clínico compatível com mielodisplasia, devido à superexpressão do
gene EVll ativada pelo vetor 63 •
Recentemente, um protocolo clínico de terapia gênica para o tratamento
da síndrome de Wiskott-Aldrich (WAS) usando CTH geneticamente modi-
ficadas com vetor retroviral foi realizado 64 • Essa síndrome é um tipo raro
de SCID, causada por mutação no gene WAS, que codifica uma proteína
reguladora do citoesqueleto. Nove entre dez pacientes responderam ao tra-
tamento com altos níveis de expressão da proteína WAS, indicando que a
terapia funcionou. Infelizmente, quatro pacientes desenvolveram leucemia
de células T, provavelmente relacionada à mutagênese insercional com ati-
vação do oncogene LM02, semelhante aos casos de X-SCID 54 • O protocolo
clínico para tratamento gênico de WAS foi refeito, mas dessa vez utilizando
vetor lentiviral na transferência do gene WAS para as células CD34+. O
tratamento experimental de três crianças com o vetor lenti virai teve sucesso
com melhoras no quadro clínico e nenhum efeito adverso (expansão clona!)
relacionado com inserção do gene terapêutico 65 •
Os protocolos clínicos aqui apresentados sugerem que o uso de vetores
lentivirais pode trazer benefícios com menor risco. Entretanto, o número
de intervenções com vetor lentiviral ainda é pequeno comparado com o
grupo de pacientes tratados com retrovírus. Contudo, cada protocolo clínico
de terapia gênica conduz a uma nova e importante descoberta na direção de
tratamentos bem-sucedidos e sem efeitos colaterais.
Vetores Virais: Tipos, Diversidades, Usos e Aplicações 9S1
Cl neer
-1 1 Doenças
Monogén icas
Doenças
Infecciosas
Doenças
Cardiovasculares
Figuro 22.8 Distribuição do quarteto de vetores virais mais usados (retrovírus, adenovírus, vírus adeno-associado e lentivírus) entre
as indicações mais frequentes dos protocolos clínicos de terapia gênica: câncer e doença monogênica, infecciosa ou cardiovascular71•
9S8 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Figuro 22.9 Relação entre capacidade de integração do vetor virai e indicação clínica do protocolo de terapia gênica. Destaque para a
participação de vetores virais com habilidade para integrar o transgene nos protocolos clínicos direcionados ao tratamento de doenças
monogênicas e infecciosas, enquanto vetores mantidos em forma epissomal, como os adenovírus, lideram os ensaios clínicos de trata·
menta de câncer e doenças cardiovasculares72•
Ano
Figuro 22. l O Relação entre vetor virai e indicoção clínica ao longo dos 23 anos de protocolos clínicos de terapia gênica. Número de
estudos clínicos com as duas indicações clínicas mais frequentes: câncer e doença monogênica versus os dois vetores virais de maior
popularidade: adenovírus e retrovírus. Vetores retrovirais ainda são os mais populares no contexto geral dos protocolos de terapia gênica,
e estão presentes tanto em ensaios clínicos voltados para tratamento de doença monogênica quanto do câncer72•
..
·ª ~ 90
Período 1989-1993 Período 2008-2012
.=: ·e ao
"ij "g, 70
_2 ·ã. 60
8f
2 ! 50
[ .g 40
~ ·âl 30
....
E" 20
"'E
!!! 'i: 10
e.,
.. Q.
õu"..
o ■ 1 1 ■ ■
o.. 4$1"'
,,,o
o! ..~·
~º
i>.
!f,
4c•
,f
,,,o!f,
..,.
~
!f,
i>.
;s
!f,
;?
..,.
,,o"' .it.$1"'
~
Figuro 22. l l Comparação entre as indicações mais frequentes dos estudos de terapia gênica e uso de pelo menos um do quarteto
popular de vetores virais nos cinco primeiros anos de terapia gênica experimental, com a situação nos últimos cinco anos. No contexto
geral de todos os protocolos de terapia gênica, os dados mostram que na última década praticamente não existe predominância de um
tipo de vetor 71 •
2012
2009
2007
2004
::'J 2002
e:
<( 1999
1997
1994
1992
1989 •
o 10 20 30 40 50 60 70
Número de Protocolos Clínicos de Terapia Gênica
Figura 22.12 Distribuição geral do número de protocolos clínicos de terapia gênica ao longo dos 23 anos, revelando a entrada de
vetores adenovirais no início da década de 1990, dos vetores de vírus adenoilssociados no final da década 1990 e de vetores lentivirais
após ano 200071•
1
'
Estudo
básico
' 1
Processo
Regutatório
Protocolo
Clínico
Figuro 22.13 Caminho entre o laboratório de pesquisa até aplicação clínica percorrido por um vetor virai candidato à aplicação clínica
de terapia gênica.
Não resta dúvida de que, entre as lições e conhecimentos gerados nos estu-
dos de transferência gênica, o mais proeminente e desafiador tem sido a apli-
cação terapêutica. A grande maioria dos estudos clínicos, de fato, ainda não
ultrapassa a fase I de prova de segurança. Os protocolos de fase I são condu-
zidos com número reduzido de pacientes, curto período de duração e em geral
executados em um único centro de pesquisa. Protocolos clínicos de terapia
gênica de fase I representam 59% do total de estudos, e apenas 0,1 % atingi-
ram a fase IV (última fase da etapa T2). Na verdade, este cenário não é muito
diferente do observado no processo translacional de fármacos clássicos.
As preparações de vírus como produtos biológicos também encontram
a definição de droga e estão sujeitas a leis federais . A definição estatutária
de vírus como vetores de terapia gênica é a de produto biológico, portanto
sujeita à regulamentação de agências governamentais, como a Food and
Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. Para que os avanços das pesquisas
com vetores terapêuticos cheguem até a prática médica, alguns obstáculos
devem ser ultrapassados, desde a criação de tecnologias de produção virai
em alta escala em sistemas fechados, desenvolvimento de processos robustos
de purificação, consistentes ensaios de controle de qualidade biológica, até
a capacidade das agências reguladoras de lidar com as novas, crescentes e
versáteis coleções de criativos vetores de transferência gênica.
Vetores Virais: Tipos, Diversidades, Usos e Aplicações 963
* Ver www.ctnbio.gov.br.
Vetores Virais: Tipos, Diversidades, Usos e Aplicações 96S
1) Para cada estoque virai que desejar titular, plaquear 5 x 104 células da
linhagem HT1080 (ATCC n. CCL-121) em cada poço de uma bandeja
de 6 poços, utilizando 2 mL de meio DMEM suplementado com 10%
de soro bovino por poço. Plaquear mais dois poços ou duas placas de
35 mm que servirão como controles. Observação: outras linhagens celu-
lares podem ser utilizadas para a titulação.
2) Vinte e quatro horas após o plaqueamento, iniciar o processo de transdu-
ção. Preparar diluições seriadas do estoque virai. Em um tubo adicione
1 µL do estoque virai em 999 µL de DMEM contendo 8 µg/mL de poli-
breno (diluição de 103 vezes). Em outro tubo, misturar 999 µL de DMEM
com polibreno e 1 µL do vírus diluído anteriormente (diluição final 106
vezes). Remover o meio de plaqueamento dos 6 poços e adicionar nos
968 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Nº de célul as x MOI
Título
uma produção virai cujo título calculado foi de lxl0 6 • Logo: 500
µL de vírus devem ser utilizados.
b) Os valores de MOI sugeridos devem ser adequados à necessidade
do estudo funcional.
4) Depois, completar o volume de meio das placas com meio suplementado
com 8 µg/mL de polibreno (meio de transdução). O volume de meio deve
ser o mínimo necessário para cobrir o fundo do poço. Por exemplo, cerca
de 0,6 mL a 0,7 mL ou 0,2 mL a 0,3 mL para bandejas com 6 ou 12
poços, respectivamente.
5) A análise da eficiência de transdução pode ser feita de duas formas, depen-
dendo das características do lentivírus, como acontece com a titulação:
a) Se o vírus for portador de sequência que confira resistência a anti-
biótico, o ensaio de formação de colônia pode ser utilizado. Vinte e
quatro horas após a transdução, o meio de cultura é suplementado
com o antibiótico de seleção. As culturas são observadas diaria-
mente, durante 10 a 14 dias, até identificação de colônias resisten-
tes. Seguindo o mesmo protocolo da titulação utilizando ensaio de
seleção de colônias resistentes a antibiótico, as colônias são coradas
e contadas, para determinação da eficiência de transdução corres-
pondente a cada MOI. Atenção: muitas vezes, quando a eficiência
de transdução é alta, torna-se difícil individualizar colônias. Neste
caso, repetir a curva com MOl(s) menores.
b) Caso o vírus carregue como marcador o gene para proteína fluo-
rescente, como eGFP, a curva de MOI pode ser traçada 48 horas
após transdução. Nesse caso, a porcentagem de células fluorescentes
(eGFP positivas) pode ser rapidamente determinada por meio de
citometria de fluxo.
170
100
..
D
80
fe 60 -t-Linhagem 1
~ ..... Linhagem2
'jl.
40 - -unhagem3
20
o
o 1 2 5 10 20
MOI
Figuro 22.14 Gráfico exemplificando a curva de MOI para três linhagens. No gráfico, é possível verificar a diferença quanto à capaci-
dade de transdução do vírus de acordo com a linhagem estudada. No exemplo, verifica-se que a linhagem 3 pode ser facilmente trans-
duzida, uma vez que uma M0I de 5 transduz aproximadamente l 00%das células, enquanto na linhagem 2 a transduçõo é dificultada,
pois um alto valor de M0I (20) não foi suficiente para transduzir l 00%das células.
22.9 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1. Ta tum EL, Lederberg J. Gene Recombination in the Bacterium Escherichia coli. J Bac-
teriol. 194 7 Jun;53(6):673-84 .
2 . Zi nder N D, Leder berg J. Genet ic exchange in Sal m o ne lla . J Bacterio l. 1 952
Nov;64 (5):679-99.
3. W ir th T, Pa rker N, Yl a- H ert t uala S. Histo ry of gene thera py. Gene. 2013 Au g
10;525(2) :162-9 .
4. Cohen SN. DNA clo ning: A personal view after 40 years. Proc Natl Acad Sei USA.
201 3 Sep 16.
5. Friedma nn T, Ro blin R. Gene therapy for human genetic disease? Science. 1972 M ar
3;175(25):949-55.
6. Friedmann T. Stanfield Roger s: insights into virus vectors and fai lure of a n earl y ge ne
therapy model. M o! Ther. 200 1 Oct;4 (4 ):2 85-8 .
7. Roy-C howdhury J, H orwitz M S. Evolution of adenoviruses as gene therapy vectors.
Mo! T her. 2002 Apr;5(4 ):340-4.
8. Miller AD. PA 3 17 retrovirus packaging cells. M o! Ther. 2002 Nov;6(5) :572-5.
9. Beutler E. The Cline affa ir. M o l T her. 2001 Nov;4 (5):396-7 .
10. Blaese RM, Culver KW, M iller AD, Carter CS, Fleisher T, Clerici M, et a i. T lym -
phocyte-directed gene thera py for ADA- SCID: inicia l tria i results after 4 years. Science.
1995 0cc 2 0;270(5235):475-80.
11. Muul LM, Tuschong LM, Soenen SL, Jagadeesh GJ, Ramsey WJ, Long Z, et ai. Persis-
tence a nd expressio n of the adenosine deaminase gene for 12 years a nd immune reactio n
to gene tra nsfer components : lo ng-term res ul ts of the first clinicai gene ther a py tria i.
Blood. 2003 Ap r 1;101 (7):2 563-9.
12 . Z ha ng J, Campbell RE, T ing AY, Tsien RY. Creating new flu o rescent p robes for cell
biology. Nat Rev Mol Cell Biol. 2002 Dec;3(12):906- 18.
13. Stewar t CN, Jr. Go with the glow : fluo rescent proteins to light tra nsgenic organisms.
Trends Biotechno l. 2006 Apr;24(4 ):155-62.
14. Lippincot t-Sc hwartz J, Patterson GH. Develo pment and use of flu orescent protein
markers in living cells. Science. 2003 Apr 4;300(5616):87-91.
15. Shah K, Jac obs A, Breakefield XO, Weissleder R. Molecular imaging of gene therapy
for cancer. Gene T her. 2004 Aug;ll (15):1175-87.
16. Davidso n M W, Campbell RE. Engineered fluo r escent pr oteins: in novatio ns and
applications. Nat Methods. 2009 Oct;6( 10) :713-17.
17. Snapp EL. Fluorescent proteins: a cell bio logist's user g uide. Trends Cell Bio l. 2009
Nov;19( 11 ):649-55 .
18. Pap adak is ED, Nicklin SA, Baker AH, W hite SJ. Promoters a nd control elements :
designing expressio n cassettes for gene therapy. Curr Gene Ther. 2004 M ar;4 (1 ):89-113.
974 Biotecnologia Aplicado à Saúde
19. Da Sil va NA, Srikris hna n S. ln troducti on a nd expression of genes for metabo-
lic e ngineering applicati o ns in Saccharomyces cerevisiae. FEMS Yeast Res. 2012
Mar;12 (2):1 97-214.
20. Kohan DE. Progress in gene targeting: using mutant mice to stud y rena l function a nd
disease. Kidne y lnt. 2008 Aug;74 (4):427-37.
21. Toscano MG, Romero Z, Muii.oz P, Cobo M, Benabdellah K, Martin F. Phys iolo-
gica l a nd tissue-specific vec tors for treatment of inherited diseases. Gene Ther. 2011
Feb;l 8(2):11 7-27.
22. Fukazawa T, Matsuoka J, Yamatsuji T, Maeda Y, Durbin ML, Naomoto Y. Adeno-
virus-mediated cancer gene therapy and virotherapy (Review). lnt J Mol Med. 20 10
Jan;25 (1):3-10.
23. Strauss BE, Pa tri cio JR, de Carvalho AC, Bajgelman MC. A lentiviral vector with
expression controlled by E2F-l: a potencial too! for the stud y and treatment of prolife-
rative diseases. Biochem Biophys Res Commun. 2006 0 cc 6;348(4) :1411-8 .
24. Wecker L, Crespo L, Dunaway G, Faingold C, Watts S. Brod y's Human Pharmaco-
logy. 5th Ed. Philadelphia : Mosby Elsevier; 2010.
25. Coffin JM, Hughes SH , Varmus HE. Retroviruses. Cold Spring Harbor: Cold Spring
Harbor Laboratory Press; 1997.
26. Wu X, Li Y, Crise B, Burgess SM. Transcription star t regions in t he human genome
are favored targets for MLV integration. Science. 2003 Jun 13;300(56 26):1749-51.
2 7. M a trai J, Chua h MK, VandenDriessche T. Recent advances in lentiviral vector deve-
lopment and a pplicacions. Mol Ther. 20 10 M ar;1 8(3):477-90.
28. Naldini L, Blomer U, Gallay P, O ry D, Mulligan R, Gage FH, et ai. ln vivo ge ne
delivery and stable tra nsduction of nondividing cells by a lentiviral vector. Science. 1996
Apr 12;2 72(5259 ):263-7.
29. Dropulic B. Lentiviral vectors: their molecul ar design, safety, a nd use in laboratory
and preclinical research. H um Gene Ther. 2011 Jun;22(6) :649-57.
30. Dull T, Z ufferey R, Kelly M , Mandei RJ, Nguyen M , Trono D, et ai. A third-gene-
ration lenti virus vector wit h a conditional packaging system. J ournal of Virology.
1998; 72( 11 ) :8463-71.
31. Russell WC. Adenoviruses: upd ate on structure a nd function. J Gen Viro!. 2009
Jan;90 (Pt 1 ):1 -20.
32 . Wang M, Z heng X, Rao XM, H ao H , Dong Y, McMasters KM, et a i. Adenovira l
vector systems for gene therapy. Gene T herapy and Molecular Biology. 2005;9 :291 -300 .
33. Arnberg N. Adenovirus receptors: implications for targeti ng of virai vectors. Trends
Pharmacol Sei. 2012 Aug;33(8):442-8.
34. Goncalves MA. Ad eno-associated virus: from defective virus to effective vector. Viro!
]. 2005 M ay 6;2:4 3.
Vetores Virais: Tipos, Diversidades, Usos e Aplicações 97S
49. Yigne E, Mahfouz I, Dedieu JF, Brie A, Perricaudet M, Yeh P. RGD inclusion in the
hexon monomer provides adenovirus type 5-based vectors with a fiber knob-indepen-
dent pathway for infection. J Yirol. 1999 Jun;73(6):5156-61.
50. Strauss BE, Costanzi-Strauss E. Gene Therapy for Melanoma: Progress and Perspec-
tives. ln: Davids LM, editor. Recent Advances in the Biology, Therapy and Management
of Melanoma. lnTech Open Science; 2013.
51. Sheridan C. Gene therapy finds its niche. Nat Biotechnol. 2011 Feb;29(2):121-8.
52. Raty JK, Pikkarainen JT, Wirth T, Yla-Herttuala S. Gene therapy: the first approved
gene-based medicines, molecular mechanisms and clinicai indications. Curr Mol Phar-
macol. 2008 Jan;l(l):13-23.
53. Thrasher AJ. Gene therapy for primary immunodeficiencies. lmmunol Allergy Clin
Nort h Am. 2008 May;28(2):457-71, xi .
54. Z hang L, Thrasher AJ, Gaspar HB. Current progress on gene therapy for primary
immunodeficiencies. Gene Ther. 2013 May.
55. Bordignon C, Notarangelo LD, Nobili N, Ferrari G, Casorati G, Panina P, et ai. Gene
therapy in peripheral blood lymphocytes and bone marrow for ADA- immunodeficient
patients. Science. 1995 Oct;270(5235) :470-5.
56. Hoogerbrugge PM, van Beusechem VW, Fischer A, Debree M, le Deist F, Perignon JL,
et a i. Bone marrow gene transfer in three patients with adenosine deaminase deficiency.
Gene Ther. 1996 Feb;3(2):l 79-83 .
57. Kohn DB, Hershfield MS, Carbonaro D, Shigeoka A, Brooks J, Smogorzewska EM,
et ai. T lymphocytes w ith a normal ADA gene accumulate after transplantation of trans-
duced autologous umbilical cord blood CD34+ cells in ADA-deficient SCID neonates.
Nat Med. 1998 Jul;4(7):775-80.
58. Ai uti A, Cattaneo F, Galimberti S, Benninghoff U, Cassani B, Ca llegaro L, et ai. Gene
therapy for immunodeficiency due to adenosine deaminase deficiency. N Eng! J Med.
2009 Jan 29;360(5):447-58.
59. Gaspar HB, Cooray S, Gilmour KC, Parsley KL, Zhang F, Adams S, et ai. Hemato-
poietic stem cell gene therapy for adenosine deaminase-deficient severe combined immu-
nodeficiency leads to long-term immunological recovery and metabolic correction. Sei
Transl Med. 2011 Aug;3(97):97ra80.
60. Candotti F, Shaw KL, Muul L, Carbonaro D, Sokolic R, Choi C, et ai. Gene therapy
for adenos ine deaminase-deficient severe combined immune deficiency: clinicai compa-
rison of retroviral vectors and treatment plans. Blood. 2012 Nov;120(18):3635 -46.
61. Gaspar HB. Gene therapy for ADA-SCID: defining the factors for successful out-
come. Blood. 2012 Nov;120(18):3628 -9.
62. Grez M, Reichenbach J, Schwable J, Seger R, Dinauer MC, Thrasher AJ. Gene t he-
rapy of chronic gra nulomato us disease: the engraftment dilemma. Mol Ther. 201 1
Jan;l 9(1):28-35.
Vetores Virais: Tipos, Diversidades, Usos e Aplicações 977
78. Moolten FL. Tumor chemosensitivity conferred by inserted herpes thymidine ki nase
ge nes : paradi gm for a prospective cancer control strategy. Ca ncer research. 1986
Oct;46(10):52 76-81.
79. Tomicic MT, Thust R, Kaina B. Ga nciclovir-induced apoptos is in HSV- 1 thymidine
kinase expressing cells: criticai role of DNA breaks, Bcl-2 decline and caspase-9 activa-
tion. O ncogene. 2002 Mar 28;21(14):2141-53.
80. lmmonen A, Vapalahti M, Tyynela K, Hurskainen H , Sandma ir A, Vanninen R, et
ai. AdvHSY-tk ge ne therapy w it h intravenous ga nciclovir impro ves survival in huma n
malignant glioma: a randomised, controlled study. Molecular therapy: the journal of the
American Society of Gene Therapy. 2004 Nov;10(5):967-72.
81. Stedt H , Samarana yake H, Pikkarain en J, Maatta AM, AI asa areia L, Airenne K, et a i.
lmproved therape ut ic effect o n malignant glioma with a denoviral suicide gene therapy
combined with temozolomide. Gene Ther. 2013 Sep 26.
82. Nemunaitis J, Senzer N, Cunningha m C, Dubensky TW. Yirus-mediated killing of
cells that lack p53 acti vity. Drug Resist Updat. 2001 Oct;4(5):289-91.
83. Bischoff JR, Kirn OH, Williams A, Heise C, Horn S, Muna M, et ai. An a denovirus
mutant that replicares selectively in p53-deficient human tumor cells. Science. 1996 Oct
1 8;274(5286):373-6.
84. O'Shea CC, Jo hnson L, Bagus B, Choi S, Nicholas C, Shen A, et ai. Late vira i RNA
export, rather than p53 inactivation, determines ONYX-015 tumor selecti vity. Cancer
Cell. 2004 Dec;6(6):611-23.
85 . Choi IK, Yun CO. Recent developments in oncolytic adenovirus-based immuno-
thera peutic agents for use agai nst metasta tic cancers. Cancer Gene Thera py. 2013
Feb;20(2):70-6 .
86. Fueyo J, Gomez-Manza no C, Alema ny R, Lee PS, McDonnell TJ, Mitlia nga P, et a i.
A mutant o ncolytic a denovirus targeting the Rb pathway produces a nti-gl ioma effect in
vivo. Oncogene. 2000 Ja n 6;19( 1 ):2-12.
87. Burke JM, Lamm DL, Meng MV, Nemunaitis JJ, Stephenson JJ, Arseneau JC, et a i.
A first in human phase 1 stud y of CG0070, a GM-CSF expressing oncolyt ic adenovirus,
for the treatment of nonmuscle invasive bladder cancer. The Journal of Urology. 2012
Dec;l 88( 6):2 391-7.
88. Kali) RA, Salles FB, Giusti, II, Rodri gues CG, H a n SW, Sane' Anna RT, et ai. VEGF
gene therapy for angiogenesis in refractory a ngina: phase l/ll clinicai triai. Rev Bras Cir
Cardiovasc. 2010 Sep;25(3):311-21.
89. Michaluart P, Abdallah KA, Lima FD, Smit h R, Moyses RA, Coelh o V, et ai. Phase l
tri ai of DNA-hsp65 immunotherapy for adva nced squamo us cell carcinoma of the head
and neck. Cancer Gene Ther. 2008 Oct;15(10):676-84.
Vetores Virais: Tipos, Diversidades, Usos e Aplicações 979
90. Victora GD, Socorro-Silva A, Volsi EC, Abdallah K, Lima FD, Smith RB, et ai.
lmmune response to vaccination with DNA-hsp65 in a phase l clinicai triai with head
and neck cancer patients. Cancer Gene Ther. 2009;16:598-608.
91. Pine SO, Kublin JG, Hammer SM, Borgerding J, Huang Y, Casimiro DR, et ai. Pre
-existing adenovirus immunity modifies a complex mixed Thl and Th2 cytokine res-
ponse to an Ad5/HIV-1 vaccine candidate in humans. PLoS One. 2011;6(4):e18526.
92. Breakefield XO. The ASGCT in 2012: Charting a Path to Bring Novel Biologic The-
rapies to the Clinic. Molecular Therapy. 2012;20(7):1289-90.
93. Digiusto DL, Kiem HP. Current translational and clinicai practices in hematopoietic
cell and gene therapy. Cytotherapy. 2012 Aug;l4(7):775-90.
94. Gray JT. Laboratory Safety for Oncogene-Containing Retroviral Vector. Applyed
Biosafety. 2011:218 - 22.
95. Tiscornia G, Singer O, Verma IM. Production and purification of lentiviral vectors.
Nature protocols. 2006;1 (1 ):241-5 .
96. Kustikova OS, Wahlers A, Kuhlcke K, Stahle B, Zander AR, Baum C, et ai. Dose fin-
ding with retro viral vectors: correlation of retroviral vector copy numbers in single cells
with gene transfer efficiency in a cell population. Blood. 2003 Dec 1;102(12):3934-7.
97. Young S. When will gene therapy come to the U.S.? MIT Technology Review.
2013 Sep 30. Disponível em: http://www.technologyreview.com/news/5 19071/
when-will-gene-thera py-come-to-the-us/.
n)>
-O
_,
--1
e
r--
0
MODELOS DE TERAPIA
~
GENICA BASEADOS
NA EXPRESSÃO ~
DE HORMONIO DE
CRESCIMENTO EM
;
CELULAS HUMANAS E
NA ADMINISTRACÃO
,
DE DNA PLASMIDIAL
EM CAMUNDONGOS
ANÕES
Cibele Nunes Peroni
Cláudio Regina Cecchi
Elizo Higuti
Poolo Bortolini
23. 1 INTRODUÇÃO
23.2 HISTÓRICO
23.3. 1. 1 Mioblastos
® Queratinócitos
humanos
primários
Camundongos
mutantes
lit/scid
1
l e~r:~i~al
pLXSN
plhGHSN 1
céls. '---.
empacotadoras""::ail
ecotróficas céls. ~ Queratinócitos
empacotadoras humanos primário!
anfotróficas secretores de hGH
secreção in vitro:
• -4µg hGH/106 céls./dia
1 seleção
+com G418
• - 1µg hGH/106céls./dia
1 Enxerto
Figuro 23.1 Diagrama esquemático mostrando os principais resultados da estratégia de terapia gênica ex vivo, utilizando o gene do
hGH expresso em queratinócitos humanos primários que foram implantados em camundongos lit/scid.
990 Biotecnologia Aplicado à Saúde
23.3.2. 1 Adenovírus
promotor Amp
resistência Amp
hGH
pUC-UBl-hGH
(6352 pb) ori pBR322
BamHI (2266) -
promotor UBI C
Figuro 23.2 Mapa ilustrativo do vetor de expressão pU(-UBl-hGH, mostrando o gene do hGH clonado entre os sítios de restrição
Eco RI e 8am HI, sob o controle do promotor da Ubiquitina Chumana. Outros elementos do vetor de origem pBR322 também estão
representados.
Modelos de Terapia Gênica Baseados na Expressão de Hormônio de Crescimento em Células Humanas... 999
Figura 23.3 Procedimento de implante de cultura organotípica contendo querotinócitos secretores de mGH em camundongos anões
imunodeficientes (lit/scid).
1,5
ô
OI
e 1,0
o
"O
e
:::,
E
co 0 ,5
-
~
OI
o
1/)
(1)
o.o
a. ■
(1)
"O \•
o
,ro
<->- -0 ,5
co
·.:::
co
>
-1 ·º
o 20 40 60 80 100 120 140
Tempo(dias)
Figuro 23.4 Variação de peso dos camundongos lit/scid (n= 6 animais/ grupo), implantados com queratinócitos transduzidos com o
plosmídeo plmGHSN {--• --) ou não transduzidos (--■--) . Uma diferença significativa (P< 0,05) entre os duas curvas foi obtida nos
primeiros quarenta dias de ensaio, com uma inclinação de 0,042 g/ animal/dia para o grupo que recebeu os queratinócitos transduzidos
e 0,016 g/animal/dia para o grupo controle.
Figura 23.5 Administração do plasmídeo pUC-UBl-hGH ou de salina no músculo quadríceps direito de camundongo anão e posicio-
namento dos eletrodos nesse músculo antes da eletroporoção. Opeso médio de um camundongo anão (aproximadamente l Og) e a
comparação de tamanho entre um camundongo anão tratado com o DNA do hGH e não trotado também são ilustrados.
13 16 19 22 25 28
Tempo (dias)
-1
Figuro 23.6 Variação de peso de camundongos lit/scid tratados somente uma vez com 50 µg do plasmídeo pUC-UBl-hGH (_ • _ )
ou salina(__ ,._), seguido de eletrotransferência, ou injetados com rGH recombinante(_■_) (5 µg r-hGH/duas vezes ao dia/
animal). As seguintes equações foram obtidas para cada tratamento:
• pUC-UBl-hGH (ONA): y = 0,094x -0,317 (n = 25; r = O, 965; P< 0,0001 );
• hGH recombinante (proteína): y = 0,095x - 0,707 (n = 30; r= 0,949; P<0,0001);
• salina: y = 0,022x - 0,318 (n = 25; r = 0,697; P< 0,0001).
REFERÊNCIAS
1. Allen DB. Lessons learned from the h GH era. Jo urna l Clinicai Endocrinology a nd
Metabolism. 2011;96:3042-3047.
2. Bellini MH, Peroni CN, Bartolini P. lncreases in weight of growth hormone-defi-
cient and immunodeficient (lit/scid) dwarf mice after grafting of hGH-secreting, prim ary
human keratinocytes. FASEB Journal. 2003;17:2322-2324.
3. Peroni CN, Go ut PW, Bartolini P. Animal models for growth hormone gene t herapy.
Current Gene T herapy. 2005;5:493-509.
4. Molitch ME, Clemmons DR, Malozowski S, Merrian GR, Vance ML. Evaluation and
treatment of adul e growt h hormone deficiency: an Endocr ine Society clinicai practice
guideline. Journal Clinicai Endocrinology and Metabolism. 2011;96:1587-1609.
5. Cook DM, Rose SR. A review of guid elines for use of growth hormone in pediatric
and tr ans it ion patients. Pituitary. 2012;15 :301 -31 O.
6. Cecchi CR, Hig uti E, Oliveira NAJ, Lima ER, J aco bsen M, D ag naes- H anse n F,
Aagaard L, Jensen TG, Jorge AAL, Bartolini P, Peroni CN . A novel homologous model
for gene therapy of dwarfism by non-viral transfer of the mouse growth hormone gene
into immunocompetent dwarf mice. Curren t Ge ne T herapy. 2014;1 4:44-51.
7. Peroni CN, O li veira NAJ, Cecchi CR, Higuti E, Bartolini P. Different ex vivo and
direct in vivo DNA a dministration strategies for growth hormone gene therapy in dwarf
animais. ln: Yo u Y, Editor. Targets in Gene Therapy. lntech Open Acess Publisher; 2011.
p.397-40 8.
8. Peroni CN, H ayas hid a CY, Nascimento N, Longuini VC, Toledo RA, Bartolini P,
Bowers CY, Toledo SPA. Growth hormone response to growth hormone-releasing pe p-
tide-2 in growth hormone-deficient little mice. Clinics. 2012;67:265-272.
9. Peroni CN, Cecchi CR, Rosa uro CW, Nonogaki S, Boccardo E, Bartolini P. Secretion
of mo use growth hormone by transduced primar y human keratinocytes: prospects for an
animal m odel of cuta neous gene therapy. Journal of Gene Medicine. 2008;10:734-743.
10. Bellini MH, Mathor MB, De Luca M , Cancedda R, Bartolini P. Ultrasensitive in vivo
bioassay detects bioactive huma n growth hormone in tra nsduced primary huma n kera-
tinocytes. J ourna l of Endocrinological ln vestiga ti on. 19 98;21: 1-6.
11. Peroni CN, Cecchi CR, Damiani R, Soares CRJ , Ri bela MTCP, Arkaten RR, Barto lini
P. High-level secretion of growt h hormone by retrovi rally transduced primary human
keratinocytes: prospects for an an imal model of cutaneous gene therapy. Molecular Bio-
tec hno logy. 2006;34:23 9-245.
12. Rheinwald JG, Green H. Formation of a keratini zing epithelium in cult ure by a clo-
ned cell line derived fro m a teratoma . Cell. 1975;6:317-330.
13. De Luca M , Albanese E, Bonda nza S, Megna M, Ugozzoli L, Molina F, Ca ncedda R,
Sanei PL, Bormioli M , Stella M , M agliaca ni, G. Multicentre experience in the treatment
Modelos de Terapia Gênica Baseados na Expressão de Hormônio de Crescimento em Células Humanas... 1009
of burns with autologous and allogenic cultured epithelium, fresh or preserved in a fro -
zen stace. Burns. 1989;15:303-309.
14. Oliveira NAJ, Cecchi CR, Higuti E, Oliveira JE, Jensen TG, Bartolini P, Peroni CN.
Long-cerm human growch hormone expression and parcial phenocypic correction by
plasmid-based gene therapy in an animal model of isolated growth hormone deficienc y.
Journal of Gene Medicine. 2010;12:580-585.
15. Higuti E, Cecchi CR, Oliveira NAJ, Vieira DP, Jensen TG, J, Jorge AAL, Bartolini,
P, Peroni, CN. Growth responses following a single intra-muscular hGH plasmid admi-
nistration compared to daily inj ections of hGH in dwarf mice. Current Gene Therapy.
2012;12:437-443.
16. Bellini MH, Bartolini P. ln vivo bioassay for the potency determination of human
growth hormone in dwarf "little" mice. Endocrinology. 1993;132:2051-2055.
17. Morgan RA, Anderson WF. Human gene therapy. Annual Re view of Biochemistry.
1993;62:191-217.
18. Edelstein ML, Abedi MR, Wixon J, Edelstein, RM. Gene therapy clinicai triais worl-
wide 1989-2004 - an overview. Journal of Gene Medicine. 2004;6:597-602.
19. Ginn SL, Alexander lE, Edelstein ML, Abedi MR, Wixon J. Gene therapy clinicai
triais worlwide to 2012 - an update. Journal of Gene Medicine. 2013;15:65-77.
20. Blaese RM, C ulver KW, Miller AD, Carter CS, Fleisher T, Clerici M, Shearer G,
Chang L, Chiang YW, Tolstoshev P, Greenblatt JJ, Rosenberg SA, Klein H, Berger M,
Mullen CA, Ramsey WJ, Muul L, Morgan RA, Anderson WF. T-lymphocyte-directed gene
therapy for ADA(") SCID - inicial triais results after 4 years. Science. 1995;270:475-480.
21. Cavazzana-Calvo M, Hacein-Bey S, de Saint Basile G, Gross t~ Yvon E, Nusbaum
P, Selz F, Hue C, Certain S, Casanova JL, Bousso P, Le Deist F, Fischer A. Gene che-
rapy of human severe combined immunod eficienc y (SClD)-Xl disease. Science.
2000;288:669-672.
22. Nelson DL, Cox MM. DNA-based information technologies. ln: Lehninger Principies
of Biochemistry. WH Freeman and Company; 2005. p.306-342.
23. Hacein-Bey-A bina S, von Kalle C, Schmidt M, Le Deist F, Wulffraat N, Mclntyre
E, Radford l, Villeval JL, Fraser CC, Cavazzana-Calvo M, Fisher A. A serious adverse
event after successful gene therapy for X-linked severe combined immunodeficiency.
New England Journal of Medicine. 2003;348:255-256.
24. Hacein-Bey-Abina S, von Kalle C, Schmidt M, McCormack MP, Wulffraat N, Lebou-
lch P, Lim A, Osborne CS, Pawliuk R, Morillon E, Sorensen R, Forster A, Fraser P, Cohen
Jl, de Saint Basile G, Alexander l , Wintergerst U, Frebourg T, Aurias A, Stoppa-Lyonnet
D, Romana S, Radford-Weiss l, Gross F, Yalensi F, Delabesse E, Macintyre E, Sigaux F,
Soulier J, Leiva LE, Wissler M, Prinz C, Rabbitts TH, Le Deist F, Fisher A, Cavazzana-
Calvo, M. LMO2-associated clonai T cell proliferation in two pacients after gene therapy
for SCID-Xl. Science. 2003;302:415-419.
1010 Biotecnologia Aplicado à Saúde
25. Raper SE, Chirmule N, Lee FS, Wivel NA, Bagg A, Gao GP, Wilson JM, Bat sha w ML.
Fatal systemic inflammatory response syndrome in an ornithine transcarbamylase defi-
cient patient following adenoviral gene transfer. Molecular Genetics and Metabolism.
2003;80:148-158.
26. Tomanin R , Scarpa M. Why do we need new ge ne therapy virai vectors? Characte-
ristics, limitations a nd future perspectives of virai vector trans ductio n. C urrent Gene
Therapy. 2004;4:357-372 .
27. Yi Y, Hahm SH, Lee, KH. Retrovira l gene therapy: safety iss ues and possi ble solu-
tions. Current Gene Therapy. 2005;5 :25-35.
28. Morgan JR, Barrandon Y, Green H, Mulligan RC. Expressio n of an exogeno us growt h
hormone ge ne by transplantable human epiderma! cells. Science. 1987;237:1476-1479.
29. Teumer J, Linda hl A, Green H. Human growth hormone in t he blood of athymic
mice grafted with cultures of hormone-secreting huma n kerati nocytes. FASEB Jo urna l.
1990;4:3245-3250.
30. Jensen UB, Jensen TG, Jensen PKA, Rygaard J, Hanse n BS, Fogh J , Kolvraa S, Bolund
L. Gene transfer into culture human epidermis a nd its transplantation onto immunode-
ficient mice: an experimental m odel for somatic gene therapy. Jo urna l of lnvetigative
Dermatology. 1994;103:391-394.
31. Yogt PM, Thompson S, Andree C, Liu P, Breuing K, H atzis D, Brown H , Mulligan
RC, Eriksson E. Ge netically modified keracinocytes transplanted to wounds reconstitute
che epidermis. Proceedings of the Nacional Academy of Sciences of che United States of
America. 1994;9 1:9307-9311.
32. Wang X, Zinkel S, Polonsky K, Fuchs E. Transgenic studies wich a keratin promoter-
driven growch hormone tra nsgene: prospects for gene chera py. Proceedings of the Nacio-
nal Academy of Sciences of the United States of America. 1997;94:2 19-226 .
33. Al-H endy A, Hortela no G, Tannenba um GS, Chang PL. Correction of the growth
defect in dwarf mice wich nonautologous microencapsulated m yoblasts - an a lternate
approach to somatic gene therapy. Human Gene Therapy. 1995;6:165-175.
34. Chen BF, Chang WC, Chen ST, Chen DS, H wang LH. Long-term expression of the
biologically active growch hormone in genetically modified fi broblasts after implanta-
tion into a hypophysectomized rat. Human Gene Therapy. 1995;6:917-926.
35. Cheng WTK, Chen BC, Chiou ST, Chen CM. Use of nonaucologous microencapsu-
lated fibro blasts in growth hormone gene therapy to improve growth of midget swine.
Human Gene T herapy. 1998;9: 1 995-2003 .
36 . Barrandon Y, Li V, Green H. New techniques for the grafting of cultured human
epiderm a ! cel ls onto at hym ic an ima is. Journal of ln vestigat ive Dermatology.
1988;91:315-3 18 .
3 7. Ha hn TM, Copeland KC, Woo SL. Phenotypic correction of dwarfism by constitucive
expressio n of growth ho rmone. Endocrinology. 1996;137:4988-4993.
Modelos de Terapia Gênica Baseados na Expressão de Hormônio de Crescimento em Células Humanas... 1011
38. Seregin SS, Amalfitano A. lmproving adenovirus base d gene transfer: strategies to
accomplish immune evasion. Viruses. 2010;2:2013-2036.
39. Marmary Y, Parlow AF, Goldsmith CM, He X, Wellner RB, Satomura K, Kriete Ml-~
Robey PG, Nieman LK, Baum BJ. Construction and in vivo efficacy of a replication-
deficient recombinam adenovirus encoding murine growth hormone. Endocrinology.
1999;140:260-265.
40. Sagazio A, Xiao X, Wang Z, Martari M, Salvatori R. A single injection of doubled-s-
tranded adeno-associated virai vector expressing GH normalizes growth in GH-deficient
mice. Journal of Endocrinolology. 2008;196:79-88.
41. Martari M, Sagazio A, Mohamadi A, Nguyen Q, Hauschka SD, Kim E, Salvatori
R. Partia! rescue of growth failure in growth hormone (GH )-deficient mice by a single
injection of a double-stranded adeno-associated virai vector expressing the GH gene
driven by a muscle-specific regulatory cassette. Human Gene Therapy. 2009;20: 759-766.
42. Wang CH, Liu DW, Tsao YP, Xiao X, Chen SL. Can genes transduced by adeno
-associated virus vectors elicit or evade an immune response? Archives of Virology.
2004;149:1-15.
43. Anwer K, Shi M , French MF, Muller SR, Chen W, Liu QS, Proctor BL, Wang JJ,
Mumper RJ, Singhal A, Rolland AP, Alila HW. Systemic effect of human growth hor-
mone after intramuscular injection of a single dose of a muscle-specific gene medicine.
Human Gene Therapy. 1998;9:659-670.
44. Sondergaard M, Dagnaes-Hansen F, Flyvbjerg A, Jensen TG. Normalization of
growth in hypophysectomized mice using hydrodynamic transfer of the human gro-
wth hormone gene. American Journal of Physiology- Endocrinology and Metabolism.
2003;285 :E42 7-E432.
45. Zhang GF, Vargo D, Budker V, Armstrong N, Knechtle S, Wolf J A. Expression of
naked plasmid DNA injected into the afferent and efferent vessels of rodent and dog
livers. Human Gene Therapy. 1997;8:1763-1772.
46. Doering CB, Spencer HT. Advancements in gene transfer-based therapy for hemophi-
lia A. Expert Review of Hematology. 2009;2:673-683.
47. Tuddenham E. Gene therapy for haemophilia B. Haemophilia. 2012;18:13-17.
48. Mueller C, Flotte TR. Gene-based therapy for alpha-1 antitrypsin deficiency. COPD-
Journal of Chronic Obstructive Pulmonary Disease. 2013;10:44-49.
49. Kolodka TM, Garlick JA, Taichman LB. Evidence for keratinocyte stem cells in vitro:
long term engraftment and persistence of transgene expression from retrovirus-transdu-
ced keratinocytes. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States
of America. 1998;95:4356-4361.
50. Fattori E, Cappelletti M, Zampaglione 1, Mennuni C, Calvaruso F, Arcuri M, Rizzuto
G, Costa P, Perretta G, Ciliberto G, La Monica N. Gene electro-transfer of an improved
1012 Biotecnologia Aplicado à Saúde
ANIMAIS TRANSGENICOS
n)>
__
-O ,
--1
e
r--
0
PRODUCÃO
,
DE ANIMAIS
KNOCKOUTSE
KNOCKINS
Fabiana Louise T. Motta
Vicencia Micheline Sales
João Bosco Pesquero
24. 1 INTRODUÇÃO
24.2 HISTÓRICO
-'-,. ./-;:=-..:-::~ -- - ~ - ..
( /,~:::~~.-: As células
~--.. ~ qi .,. embrionárias de Os blastocistos são
' (·-- -- - ___/ / interesse são injetadas i njetados e m uma
, ___,., no blastocisto fêmea receptora
Células embrionarias
são selecionadas
1
Figuro 24.1 Esquema para obtenção de animais nocautes pela técnica de microinjeção de células tronco embrionárias modificadas no
blostocisto.
Figura 24.2 Animais quiméricos com pelagem malhada obtidos a partir da injeção de células tronco embrionárias provenientes de
animais 129 de pelagem agouti em animais de pelagem diferenciada, como o (57/B16.
l
((Jf)v ~ v~v
fiOV VvV
Os an1ma1s são
genotipados para
a verificação
da incorporaç~o do DNA
Apôs --1 8 dias nascem
os filhotes
+--
V
Os embriões são
transferidos para uma
fêmea receptora
Figuro 24.3 Esquema para obtenção de animais transgênicos pela técnica de transgenia por adição, onde o DNA exógeno (transgene)
é introduzido por microinjeção no pronúcleo do oócito fertilizado.
1020 Biotecnologia Aplicado à Saúde
São animais que possuem uma região específica do DNA retirada do seu
genoma ou interrompida por alguma sequência de DNA não relevante. Essa
remoção o u interrupção está presente em todas as células do animal e é feita
com o objetivo de anular um locus genético específico, normalmente anular
a expressão de um gene-alvo e, portanto, causar uma perda de função de tal
gene. Essa perda de função se dará quando a modificação genética estiver
em homozigose. Esses animais são gerados pela manipulação sítio-dirigida
de células-tronco embrionárias, por recombinação homóloga (Figura 24.4).
24.4. 1 Knockout
Vetor de
Recombinação ---{~----l
GeneX ---(
Gene
Recombinado ~ 1 - - - - 1
Figuro 24.4 Esquema de recombinação homóloga entre o genoma da célula-tronco embrionária e um vetor de DNA (vetor de recombi-
nação), resultando na substituição de uma região do gene endógeno por parte do DNA exógeno.
24.4.2 Knockin
cDNA NEOª
Figuro 24.5 Esquema para obtenção de um animal knockin, baseado na inserção de um gene ou sequência de DNA exógeno em uma
região específica do genoma.
Vetor de
Recombinação
Gene
Recombinado ---,;-. . .. . . ..-.!
Recombinação esperada
Figura 24.6 Estratégia para a geração de um knockoutcondicional. Esse modelo animal é produzido pelo cruzamento de duas linhagens
distintas de animais geneticamente modificados: um transgênico de adição que expressa a recombinase Cre em um tecido específico e
um animal knockin que possui sequências LoxP flanqueando a região que será removida.
24.5.1 Gene-trap
Proteína em dedos
Domínio de zinco
de
clivagem
Fokl
.--- - - - - - - - - - - - - --------' ]DNA
1~ Fokl
~~Do~~nio
Proteína em dedos clivagem
de z inco
l
~------, Quebra da dupla fita de DNA
-------.
..
1
/
---- Interrupção por NH EJ
,- - - - - Construção doadora
Deleção do gene
Figuro 24.7 Esquema de edição gênica (deleção, substituição, modificação) utilizando osistema de nudeases em dedo de zinco.
Fokl
Fokl
l
Quebra da dupla fita de DNA
___r_r:1_ _
/
,- ----- -------
Interrupção por NHEJ Construção doadora
Deleção do gene
Figuro 24.8 Esquema de edição gênica (deleção, substituição, modificação) utilizando o sistema TALEN (transcription activator-like
effector nuclease).
24.8 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1. An visa. Guia para a condução de est udos não clínicos de toxicologia e segurança
farmacológica necessários ao desenvolvimento de medicamento 2013. Disponí-
vel em : htt p ://porta l. a nvisa .gov. br/wps/wcm/connect/e0fld 9004e6248 049d5fdd-
d 762e8a5ec/Guia+de+Estudos+N %C3 %A3o+Cl %C3 %ADnicos+-+vers%C3 %A3o+2 .
pdf? MOD=AJPERES.
2. Waterston RH, Lander ES, Su lston JE. On the sequencing of the human genome. Proc
Natl Acad Sei USA. 2002 Mar 1 9;99(6):3712-6.
3. Enser M. Clearing-factor lipase in obese hyperglycaemic mice (ob-ob) . Biochem J.
1972 Sep;l29(2) :447-53.
4. Makino S, Kunimoto K, Muraoka Y, Mizushima Y, Katagiri K, Tochino Y. Breeding of
a non-obese, dia betic strain of mice. Jikken Dobutsu. 1 980 Ja n;29(1 ):l-13 .
5. Bosma GC, Custer RP, Bosma MJ. A severe com bined immunodeficiency mutation in
the mouse. Nature. 1983 feb 10;301(5900):527-30 .
6. Ehling UH, Charles DJ , favor J, Graw J, Kratochvilova J, Neu hauser-Klaus A, et ai.
Induction of gene mutations in mice: the mul tiple endpoint approach. Mutat Res. 1985
Jun-Jul;150(1 -2) :393-401.
7. Evans MJ, Kaufm an MH. Establishment in culture of pluripotential cells from mouse
embryos. Nature. 1981 Jul 9;292(58 19) :154-6.
8. Smithies O, Gregg RG, Boggs SS, Koralewski MA, Kucherlapati RS. lnsertion of DNA
sequences into the human chromosomal beta-globin locus by homo logo us recom bina-
tion. Nature. 1985 Sep 19-25;317(6034):230-4.
9. Capecchi MR. T he new mouse gen etics: a ltering the genome by gene targeti ng. Trends
Genet. 1989 Mar;5(3):70-6 .
10. Pesquem JB, Magalhães LE, Baptista H A, Sabatini RA. Animais transgênicos. Bio-
tecnologia Ciência & Desenvolvimento. 2002; 27:52-56.
11. Pereira LdV. Animais trangênicos: nova fronteira do saber. Ciência e Cultura. 2008 .
12. Martin GR. lsolation of a pluripotent cell line from early mouse embryos cultured
in medium conditioned by teratocarcinoma stem cells. Proc Natl Acad Sei USA . 198 1
Dec; 78(12): 7634-8.
13. Bradley A, Evans M, Kaufman MH, Ro bertso n E. forma tion of germ- line
chimaeras from embryo-derived teratocarcinoma cell tines. Nature. 1984 May
17-23;309(5965):255-6.
14. Lin FL, Sperle K, Sternberg N . Model for homologous recombination during transfer
of DNA into mouse L cells: role for DNA ends in t he recom binat ion process. Mol Cell
Biol. 1984 Jun;4 (6) :1020-34.
Produção de Animais Knockouts e Knockins 1035
15. Lin FL, Sperle K, Stern berg N . Recombinatio n in mouse L cells between D NA intro-
duced into cells and homo logous chromosomal sequences. Proc Na tl Acad Sei USA. 1985
M ar;82(5):1391-5.
16. Ga ma Sosa MA, De Gas peri R, Elder GA . Animal transgenesis: an overview. Brain
Struct Funct. 201 0 M ar;214(2 -3) :91-109 .
17. Doyle A, M cGarry MP, Lee NA, Lee JJ. The constructio n of transgenic and gene kn oc-
ko ut/knockin mo use models o f huma n disease. Transgenic Res. 20 12 Apr;21(2):327-49.
18. Hofke r MH, van Deursen J. Transgenic mouse methods a nd p rotocols. To towa :
Humana Press; 2003.
1 9 . Nagy S, Gertse nstein M , Vinter sten K, Behringer R. M a ni pu lati ng the M o use
Embryo: A La borator y M anual. 3rd ed. Cold Spring H arbor: Cold Spri ng Harbor Labo-
ratory Press; 2003 .
20 . Wa lrath J C, Hawes JJ, Van Dyke T, Reill y KM. Geneticall y engineered mouse models
in cancer research. Ad v Cancer Res. 2010;106:11 3-64.
21. Krege JH, Kim H S, M oyer J S, Jennette J C, Peng L, Hiller SK, et ai. Angiotensin-
converting enzyme gene m uta tio ns, blo od pressures, a nd cardi ovascular ho meostasis.
H ypertension. 1997 Jan;29( 1 Pt 2):1 50-7.
22 . Shul tz LD, l shikawa F, Greiner DL. Huma ni zed mice in tr ans lat io n al biomedica l
r esearch. Nat Rev Immuno l. 2007 Feb;7(2 ): 118-30.
23. Z hang J, Z hao J, Jiang WJ, Sha n X W, Yang XM , Gao JG. Conditio na l gene ma ni-
pulat ion: Cre-ating a new bio logical era . J Zhejiang Uni v Sei B. 2 012 Jul;13(7):511 -24.
24. Ha ll B, Limaye A, Kulkarni AB. Over view: ge ner ation of gene knockout m ice. Curr
Protoc Cell Bio l. 2009 Sep;Chap ter 1 9;Uni t 19.12:1-7.
25 . Kuhn R, Wurst W. Gene Knocko ut Protocols. 2nd ed. Totowa: H umana Press; 2009.
26 . Fontes A, La ks hm ip athy U. Adva nces in genetic mo dification of pluripotent stem
cells. Biotec hnol Ad v. 2013 Jul 12.
27. H auschild -Quintern J, Petersen B, Cost GJ , N iemann H. Gene k nockout a nd knoc-
kin by zinc-finger nucleases: current statu s a nd p er specti ves . Cell Mol Life Sei. 20 13
Aug;70( 16) :2969-83.
28. Kind A, Schnieke A. Anima l pharming, two decades o n. Tra nsgenic Res. 2008
Dec;l 7(6):1 025-33 .
29. M acKen zie DA, Hullett DA, Sollinger H W. Xenoge neic tra nspla ntatio n of porcine
islets: an overview. Tra nsp lantation. 2003 Sep 27;76(6):887-91.
30 . Richt JA, Kas ina than P, H amir AN, Castilla J, Sathiyaseelan T, Vargas F, et a i. Pro-
duction of cattle lacking prio n protei n. Nat Biotechno l. 2007 Jan;25( 1):132-8.
31. Do novan DM, Kerr DE, Wall RJ. Engi neer ing disease resista m cattle. Transgenic Res.
2005 Oct;14(5):563-7.
1036 Biotecnologia Aplicado à Saúde
32. Angelopo ulou M K, Rinder H, Wang C, Burtness B, Cooper DL, Kra use OS. A precli-
nical xenotransplantatio n a nima l mo del to assess h uma n hematopoietic stem cell engra-
fcment. Transfusion. 2004 Apr;44 (4):555-66.
33. Belizario JE, Akami ni P, Wolf P, Stra uss B, Xavier-Neto J. New ro uces fo r transgenesis
of the mouse. J Appl Genet. 20 12 Aug;53(3) :295-3 15.
34. Gondo Y. Trends in large-scale mo use mutage nesis: from genetics to fu nctio nal ge no-
mics. Nat Rev Ge net. 2008 Oct ;9(10):803-10.
35 . Wu S, Ying G, Wu Q, Capecchi M R. A protocol for constructing gene targeting
vectors: generating knocko ut mice for the cad her in family and beyond. Nat Protoc.
2008;3(6) :1 056-76 .
36. Capecch i M R. Gene targeting in mice: func tional ana lysis of the mammalian genome
for the twenty-first century. Nat Rev Genet. 2005 Jun;6(6) :507-1 2.
n)>
__
-O ,
--1
e
r--
0
SISTEMA,,.CRE-LOX:
TRANSGENICOS
TECIDO E TEMPO
PROGRAMADOS
Fernanda M . Policarpo Tonelli
Anderson Kenedy Santos
Rodrigo R. Resende
25. 1 INTRODUÇÃO
A)
_JL
B) C)
r D)
..........
Inversão Translocação
=f>
Cromossomo A
'
-e
Cromossomo B
~
/ ·.
. o
Figuro 25.l (A) Intermediário de Holliday. (8) Inversão genômica mediada por recombinação Cre-Lox: regiões flanqueadas por sequên-
cias Lox podem ser aproximadas e excisodas pela ação da Cre recombinase. Aprópria recombinase inverte o sequência ereliga (atividade
de DNA ligase) as extremidades na mesma região genômica, alterando a leitura da sequência invertida (na figura, demonstrado pelo
sentido do gene).(() Translocação: é promovida pela retirada de uma sequência genômica e inclusão em outra posição do genoma (na
figura, do cromossoma Apara o 8). Oprocesso é mediado pela Cre recombinase que necessita de duas sequências Lox, uma na posição
de origem e uma na posição de destino no genoma. (D) Deleção: a Cre recombinase pode parear duas sequências flanqueadoras Lox e
promover a excisão seguida de religação, como vista em inversão; no entanto, são formados dois produtos, um circular contendo um Lox
e a região anteriormente flanqueada e outra contento apenas Lox, que configura a região que perdeu uma sequência original, ou seja,
que foi deletada (Para visualizar as cores, acesse o site da Editora 81ucher).
25.2. 1 A descoberta
A)
B)
Figuro 25.2 Ilustração esquemática da organização do material genético do bacteriólogo Pl. Ele pode se apresentar de duas formas:
mapa genético linearizado (A) ou mapa genômico circular (B). Ogenoma do lago Pl possui genes que codificom para a maquinaria de
replicação virai, processo que possui como origem de replicação a OriR, incluindo um segundo conjunto de genes que codificam as pro-
teínas envolvidas no ciclo lítico virai, tendo a Oril como origem. Olago Pl possui ainda um par de sequências Lox em regiões terminais
e o gene cre (situado próximo a uma sequência Lox), que codifica a Cre recombinase. Originalmente, as regiões terminais do genoma
foram consideradas um hotspot para recombinação, verificando-se depois que se tratava das regiões Lox. Aatividade da Cre recombinase
é utilizada pelo vírus para a produção das duas formas alternativas, como meio de se manter o número de multímeras constante na
forma infectante {lítica) ou integrada ao genoma (fase lisogênica) no hospedeiro16•
lado por uma sequência espaçadora assimétrica 18 de 8 bp. Logo após, Hoess
e Abremski 19 identificaram os cofatores, substratos necessários e a definição
de uma distância mínima de 82 bp entre os LoxP para que a recombinação
se viabilize 19 •
A levedura Saccharomyces cerevisae foi o modelo utilizado por Sauer12
em 1987 para comprovar que o sistema Cre-Lox era funcional em sistema
eucariótico e que demonstrava uma complexidade maior quando compa-
rada à recombinação procariótica. Neste estudo foi confirmada a ativi-
dade da Cre recombinase como altamente específica, que não era apenas
capaz de reconhecer sítios Lox, como também era capaz de coordenar a
sinapse de recombinação - clivagem da dupla fita de DNA, a troca entre fitas
e ligação final1 2 ,20•
Células murinas da linhagem C-127 foram utilizadas pelo mesmo grupo
no ano seguinte, e também o sistema Cre-Lox foi considerado aplicável à
mamíferos 2 • Desde então, vários trabalhos utilizaram células de mamíferos
e de leveduras para a inclusão de transgene em única cópia no genoma 12 •
Células-tronco embrionárias de camundongo (murine embryonic stem cells
- mESC) foram utilizadas para mutação em IgH pela inserção de LoxP entre
o éxon terminal J H e o éxon inicial Cµ, pela atividade transiente da Cre, e
inserção subsequente em blastocisto. O camundongo gerado foi considerado
mutante para lgH pela deleção da região JH-Cµ 21 (Figura 25.3) .
Este estudo merece destaque por ter confirmado a capacidade de cria-
ção de diferentes fenótipos em camundongos de forma altamente específica
para um gene alvo e que a transmissão para a linhagem germinativa era
permissível 22 •
A primeira utilização de células humanas em ensaios de recombinação
Cre-Lox em hESC foi realizada por Irion e colaboradores em 1999, o locus
ROSA26 recebeu uma variação de LoxP, chamado Lox2272 (discutido
à frente neste capítulo) seguido de gene de resistência a neomicina (sem
região promotora) e proteína fluorescente vermelha repetida e em tandem
(tandem-dimer red fluorescent protein - tdRFP) 23• A expressão transiente foi
acionada uma vez para cada Lox. Na região flanqueada por LoxP (termo
também utilizado como região floxada, do inglês: floxedlflox = flanked by
Lox) ocorreu a excisão do gene de resistência à neomicina, enquanto na
região entre Lox2272 ocorreu a inversão de tdRFP, colocando o códon de
iniciação em fase com o promotor endógeno da região, assim expressando a
proteína responsável pela fluorescência avermelhada (Figura 25.4). Cre-Lox
em células humanas foi considerada viável a partir desse trabalho e, nesta
mesma linha, trabalhos utilizando camundongos e ROSA26 (similar à região
Sistema Cre-Lox: Transgênicos Tecido eTempo Programados 1043
E,, e,, µ tA
A)
---1------111--1~■-■ li .
B)
C)
Dos2 e,. µM
D)
---1-----
► ----1■ 11
Figuro 25.3 Deleção de JH-Cµ de lgH de células-tronco de camundongo (murine embryonic stem ce/1s - mESC). Retângulos pretos cor-
respondem aos éxons que compõem o gene lgM, triângulos correspondem a sítios LoxP. Adeleção baseou-se em dois passos: o primeiro
(A) corresponde à recombinação homóloga na linhagem germinativo para inserção de dois sítios LoxP, um promotor timidina quinase de
vírus herpes simplex (HSV-TK) induzível por ganciclovir e um gene de resistência à neomicina (Neo), para seleção das células recom-
binantes formando (B); e o segundo passo((), à recombinação Cre-LoxP mediada pela Cre, promovendo a deleção de um fragmento
circular JH-Cµ-HSV-TK-Neo e formação de um espécime lgH mutante em (0) 11.
ROSA26
Ex ressao
Figuro 25.4 Inserção de tdRFP (tandem-dimer red fluarescent pratein, proteína fluorescente vermelha repetida e em !andem) em células
tronco embrionárias humanas (human embryonic stem cells - hES() utilizando recombinação Cre-Lox a partir de um cassete de expres-
são contendo o gene de resistência à neomicina sem região promotora11• ACre oge em dois momentos por utilizar dois pores de sítios Lox
não idênticos (LoxP e Lox2272): no primeiro, promove a inversão do gene colocando o códon ATG de tdRFP em sequência do promotor
endógeno, presente em ROSA26 e, no segundo, promove a deleção do gene de resistência à neomicina.
A)
5' GTTAT . 3·
3' TATT .
B)
C)
Figuro 25.5 (A) Sítio LoxP com sua sequência de 34 pb. Nos quadrados maiores, a porção palindrômica do sítio, ou seja, repetições
invertidas entre si. Nos quadrados menores, a região do palíndromo reconhecida pela enzima recombinase. Aregião central sublinhada é
assimétrica e confere sentido ao sítio. As setas indicam os sítios de clivagem da recombinase. (8) Representação esquemática das duas
fitas da dupla hélice do DNA, com os sítios LoxP representados pelas faixas grossas eseu sentido indicado pelas setas. Para que ocorra a
clivagem, cada uma das quatro subunidades de Cre (representadas pelos círculos), deve ser capaz de contactar outras duas subunidades
vizinhas de enzima e metade de um sítio LoxP (alinhados de maneira antiparalela).(() Complexo sináptico com as quatro subunidades
de Cre recombinase a as moléculas de DNA30•
SÍTIO SEQUÊNCIA
Lox 51 1 ATMCTTCGTATAGTATACATTATACGMGTTAT
Lox 514 ATAACTTCGTATAGCGTACATTATACGAAGTTAT
LoxS 12 ATAACTTCGTATAGCACACATTATACGAAGTTAT
Lox sym ATMCTTCGTATAATGTACATTATACGAAGTTAT
A B
Figuro 25.6 (A) Sítio Loxll. No destaque dentro do retângulo, a porção correspondente à região palindrômica esquerda do sítio LoxP
que se encontra mulada no Loxl l (os cinco nucleotídeos modificados encontram-se grifados). Aregião central sublinhada em preto é
a correspondente à porção assimétrica do sítio LoxP, que permaneceu inalterado. (8) Sítio Lox66. No destaque dentro do retângulo, a
porção correspondente à região palindrômica direita do sítio LoxP, que se encontra mulada no Lox66 (os cinco nucleotídeos modificados
encontram-se grifados). Aregião central sublinhada em preto é a correspondente à porção assimétrica do sítio LoxP, que permaneceu
inalterado.
Figuro 25.7 LoxA ou LoxS. Foram desenvolvidos para apresentar simetria, a partir da estrutura do LoxP (assimétrico). Em destaque,
destacam-se os três pares de bases alterados no LoxP para originar o LoxA ou S: substituiu-se a sequência CAT por TGC.
a
5' -(rTMCTTCGTATAGCATATGC TATACGMGTTAT - 3'
Figuro 25.8 (A) Sequência de nucleotídeos do LoxS; este possui nucleotídeos Tdesemparelhados no terminal 5' (destacados pelos
círculos). (B) Sequência do LoxS6, que assim como o LoxA ou LoxS é simétrico. Este tem o mesmo número de pares de bases que o
LoxP e é idêntico ao LoxS, exceto pelos nucleotídeos Tdesemparelhados no terminal 5'.
CAPACIDADE DE PROMOVER
lOX SEQUÊNCIA
RECOMBINAÇÃO VIA CRE 1
Ml ATAACTTCATATAGCATACATTATATGAAGTTAT +
M2 ATAACTTCGTACAGCATACATTGTACGAAGTTAT +
M3 ATAACTTCATACAGCATACATTGTATGAAGTTAT
M4 ATAACTTTGTATAGCATACATTATACAAAGTTAT +
MS ATAACTTCGTGCAGCATACATTGCACGAAGTTAT
M6 ATAACTCTGTATAGCATACATTATACAGAGTTAT +
M7 ATAACTCTATATAGCATACATTATATAGAGTTAT
MB ATAACTCTGTGTAGCATACATTACACAGAGTTAT +
lOX SEQUÊNCIA
M2 ATAACTTCATATATGGmCTTATATGAAGTTAT
M3 ATAACTTC GTACATGGTATTATGTACGAAGTTAT
M7 ATAACTTCATACATGCTATCTTGTATGAAGTTAT
Mll ATAACITTGTATATGGTATCGTATACAAAGTTAT
A) Sequência alvo
/
➔
Cre
B)
)
Sequ ência alvo
•
i
C)
Cre
o
) )
D) Sequênci.i c1lvo
/
➔ +
Cre
Figuro 25.9 Adepender da localização relativa entre os sítios Lox, pode-se promover diferentes eventos envolvendo as sequências de
DNA flanqueadas por estes. (A) Se dois sítios Lox encontram-se em série e orientação inversa, ocorre a inversão da sequência compreen-
dida entre eles. (B) Se os sítios estiverem em série e com mesma orientação, ocorre a excisão da sequência compreendida entre eles.
(() Se existirem duas sequências de DNA distintas, flanqueadas cada uma pelos mesmos dois tipos de sítios Lox diferentes (as duas
setas na segunda linha), o evento mediado pela Cre recombinase ocasionará substituição de fragmentos flanqueados. (D) Caso haja
duas sequências de DNA diferentes precedidas de apenas um sítio Lox, o evento mediado pela Cre recombinase ocasionará inserção de
uma das sequências em série com a outra, ficando ambas flanqueadas pelos sítios Lox.
10S4 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Figura 25. l O Cre reconhecendo seu sítio de ligação em forma de "gancho com formato em (". Destacam-se suas hélices no N-termi-
nal, das quais a 8 e a Osão as responsáveis por interagir com os sítios Lox. As hélices Ae Edo N-terminal e a hélice Nde seu (-terminal
participam das interações proteína-proteína para a formação do tetrâmero 13 de Cre.
Uma vez interagida cada recombinase com o seu sítio Lox no DNA, as
hélices A e E do N-terminal de cada enzima e a hélice N de seu C-terminal
Sistema Cre-Lox: Transgênicos Tecido e Tempo Programados lOSS
Figuro 25. l l Complexo sinóptico de recombinação Cre-Lox em arranjo semelhante à junção de Holliday pseudoquadrado planar (mo-
dificada de Guo, Gopaul3 1).
Figuro 25.12 (A) Complexo sinóptico de recombinação Cre-Lox (modificada de Guo, Gopaul31). Nesta imagem, o arranjo que se tem é
ainda semelhante à junção de Holliday, pois ainda não ocorreu quebra e permuta de fitas para a recombinação. (8) Complexo sinóptico
de recombinação Cre-Lox já em arranjo em junção de Holliday após a permuta de um par de fitas. As setas internas na cavidade central
da Cre recombinase, na figura abaixo, indicam os locais onde já houve quebra de ligação fosfodiéster e ligação entre as fitas para
recombinação (modificada de Gopaul, Guo39) .
Sistema Cre-Lox: Transgênicos Tecido e Tempo Programados 1057
Figura 25.13 Permuta do primeiro par de fitas, seguido de isomerização, clivagem do segundo par de fitas e formação do produto
de recombinação.
Sítio
~ 1r~ r
Stopcódon
Figuro 25.14 Sequência que torna a HEK293·LoxP-GFP-RFPuma célula repórter do sistema Cre-Lox.
possuam o gene-a lvo floxado e uma segunda linhagem que expresse a Cre
recombinase de forma constitutiva ou induzida.
Um mutante condicionado é gerado pelo cruzamento destas duas linha-
gens, de modo que a alteração do gene a lvofloxado é restringido de maneira
espacial e temporal, de acordo com o padrão de expressão de Cre na linha -
gem particular utilizada (Figura 25 .15 ). Estas linhagens duplo-transgênicas
devem ser criadas homozigoticamente para o alelo floxado 66 •
Como uma alternativa, a Cre também pode ser expressa em tecidos somá-
ticos por meio da infecção virai, utilizando vetores de expressão virais con-
tendo11 ,56,57,67 cre. Além disso, linhagens transgênicas portadoras de um alelo
floxado podem ser convertidas para um mutante convenciona l, pela elimi-
nação do alelo na sua linha germinativa, pelo cruzament o de uma das linha-
gens deletoras que expressam Cre em mESCs, ou nas células do embrião em
fases iniciais do desenvolvimento 68 .
A vantagem é oferecer não só economia de tempo, mas também abrir um
novo caminho para estudar genes tendo-se o local específico de sua expres-
são, condicional ou temporal, que será desencadeada no momento desejado,
e a deleção do gene em células específicas.
•
Cre constitutiva
Indução de Cre
Linhagem deletora
! !
Mutante condicional Mutante convencional
GluR = Receptor de glutamato. Hsp 70 = proteína de choque térmico 70. NMOA = N-metil 0-Aspartato. SM2 2 = Proteína músculo
liso-específico 22. WAP = Proteína acídica do soro.
25.7. 1 Animais
pCAG-CAT-EGFP
Figura 25.16 pCAG-CAT-GFPproduzido a partir da inserção de EGFPseguido de poliA de p-globina de coelho e dois sítios LoxP floxando
CAT. Promotor GAG na primeira fita espessa à esquerda, CAT na fita espessa ao centro, poliA de CAT à direita da fita espessa ao centro,
EGFP na fita espessa à direita e poliA de Pillobina de coelho no início, à direita da fita espessa à direita, triângulos vermelhos corres-
pondem ao sítio LoxP.
Sistema Cre-Lox: Transgênicos Tecido e Tempo Programados 106S
◄CAG-CAT-EGFP ◄
....
-•
◄ Expressão
Figuro 25.17 Aexpressão constitutiva da linhagem C57BL/6J de Cre em queratinócitos (promotor específico KS) provoca a recombina-
ção do cassete microinjetado em embriões que resulta na deleção do gene CAT (cloranfenicol acetil-transferase) liberando ofragmento na
forma circularizada. Neste processo, o gene EGFP é aproximado ao promotor GAG permitindo a expressão da proteína fluorescente verde
exclusivamente nas células dérmicos que recombinaram por Cre. Promotor GAG na primeira fita espessa à esquerda, CAT fita espessa ao
centro, poliA de CAT à direita da fita espessa ao centro, EGFP na fita espessa à direita e poliA de p-globina de coelho em cinza claro;
triângulos vermelhos correspondem ao sítio LoxP.
REFERÊNCIAS
16. Lobocka MB, Rose DJ, Plunkett G, 3rd, Rusin M, Sarno jedn y A, Lehnherr H , et a i.
Genorne of bacteriophage Pl. Journa l of Bacteriology. 2004;186(21 ): 7032-68 .
17. Abrernski K, H oess R. Bacteriophage Pl site-specific recornbination. Purification and
properties of the Cre recornbinase protein. J Biol Chern. 1984;259:1509 -14.
18. Hoess RH, Ziese M, Sternberg N. Pl site-specific recornbination: nucleotide sequence
of the recornbining sites. Proc Natl Acad Sei USA. 1982;79(11 ):3398-402.
19. Hoess RH, Abrernski K. Mechanisrn of Strand Cleavage and Exchange in the Cre
-Lox Site-Specific Recornbination Systern. J Mo! Biol. 1 985; 181(3) :351-62.
20. Werler PJH, Hartsuiker E, Carr AM. A s irnple Cre-loxP rnethod for chrornosornal
N-terrninal tagging of essencial and non-essentia l Schizosaccharornyces pornbe ge nes .
Gene. 2003;304(0):133-41.
21. G u H, Zou YR, Ra jewsky K. lndependent control of irnrnunoglobulin switch recorn-
bination at indi vidual switc h regions evidenced through Cre-loxP-rnediated ge ne targe-
ting. Cell. 1993;73(6) :11 55-64 .
22. G u H, Zou Y-R, Rajewsky K. lndependent control of irnrnunoglobulin switch recorn-
bination at indi vidual switc h regions evidenced through Cre-loxP-rnediated ge ne targe-
ting. Cell. 1993;73(6): 1155-64.
23. Tahirnic CT, Sakurai K, Aiba K, Nakatsuji N. Cre/loxP, Flp/FRT Systerns and Plu-
ripotent Stern Cell Lines. ln: Renault S, Duchateau P, editors. Site-directed insertion of
transgenes. Topics in Current Genetics. Springer Netherlands; 2013. p.1 89-209 .
24. Sori an o P. Generalized lacZ expressio n with the ROSA26 Cre reporter strain. Nature
Genetics. 1999;21 (1):70-1.
25. lrion S, Luche H, Gad ue P, Fehling HJ, Kennedy M, Keller G. ldentification and
targeting of the ROSA26 locus in hurnan ernbryonic stern cells. Nature Biotechnology.
2007;25( 12):14 77-82 .
26. Livet J , Weissrnan TA, Kang H, Draft RW, Lu J, Bennis RA, et a i. Transgenic strate-
gies for cornbinatorial expression of fluorescent proteins in the nervo us systern. N ature.
2007;450(7166):56-62.
2 7 . Abrernski K, H oess R, Sternber g N. Studies on the Properties of Pl Site-Specific
Recornbination: Evidence for Topologically Unlinked Products following Recornbina-
tion. Cell. 1983 ;32:1301-11.
28. Hoess RH, Ziese M, Sternberg N . Pl site-specific recornbination: n ucleotide sequence
of the recornbining sites. PNAS. 1982;79:3398-402.
29. Santoro SW, Schultz PG. Directed evolution of the site specificity of Cre recorn bi-
nase. Proceedings of the Nacional Acaderny of Sciences of the United States of Arnerica.
2002;99( 7):41 85-90.
30 . Ennifar E, M eyer JEW, Buchholz F, Stewart AF, Suck D. Crystal structure of a wiJd[i<Jcype
Cre recornbinase-loxP synapse revea ls a novel spacer conforrnat ion suggesting a n a lter-
native rnechanisrn for DNA cleavage act iva tion. Nucl Acids Res. 2003;31(18) :5449-60 .
Sistema Cre-Lox: Transgênicos Tecido e Tempo Programados 1069
31. Guo F, Gopaul DN, Van Duyne GD. Asymmetric DNA bending in the Cre-loxP site
-s pecific recombination syna pse . PNAS. 1999;96:71 43-8.
32 . Stern berg N, Ha mil ton D, H oess R. Bacteriophage Pl site-specific recomb i-
nation: II. Recombination between loxP a nd the bacteria l chromosome. J M or Bio l.
198 1;150:48 7-507.
33 . Hoess RH, Wierzbicki A, Abremski K. The role of the lox P spacer region in Pl sites-
pecific recombination. Nucleic Acids Research. 1986; 14:2287-300.
34. Albert H , Dale EC, Lee E, Ow DW. Site specifi c integration of DNA into w ild-type
and m utant lox sites placed in the pla ne genome. Plant J. 1995;7:649-59.
35 . Ara ki K, Ara ki M , Yamam ura K. Targeted integration of DNA using m utant lox sites
in embryonic stem cells. N ucle ic Acids Research. 1997;25:868-72.
36 . Guo F, Gopa ul DN, Duyne GDY. Structure of Cre recom binase complexed with DNA
in a sitesp ecific recom binatio n synapse. Nature. 1997;389:40-6.
37. Bouhass ira EE, Westerman K, Leboulch P. Tr anscriptional behavior of LCR enhancer
elements integra ted a t the sarne chromosoma l locus by recom binase-m ediated cassette
exc ha nge. Blood. 1 997;90:3332-44.
38 . Lee G, Saito I. Role of nucleotide seq ue nces of lox P spacer region in Cre-mediated
reco mb inatio n. Gene. 1998;2 16:55-65 .
39 . Gop aul DN, Guo F, Duyne GDV. Structure o f t he Ho lliday junctio n intermediate in
Cre-loxP site-specific recom bination. EM BO J. 1998;1 7( 14 ):41 75-87.
40. Langer SJ, Ghafoori AP, Byrd M. A genetic scree n ide ntifi es novel no n-compatible
lox P sites . N ucleic Acids Res 2002;30 :3067-77.
41. Araki K, Araki M , Yamamura K. Site-directed integrati on of the cre gene mediated
by Cr e recombinase using a com binatio n of muta nt lox sites . N ucleic Acids Research.
2002;30(19):e l 03 .
42 . Thomson J GR, E.B.Piedra hita, J. A.(2003) Mu tatio na l ana lysis of lox P sites for effi
-, genomic cC-mii, 36:162-167 DG. Mu tational a na lysis of lox P sites for efficient Cre-
medi ated inser tion into geno mic DNA. Genesis. 2003;36 :1 62-7
43. Araki K, Okada Y, Araki M , Yamamura K. Comparative a nalysis of righ t element
mutant lox sites o n recom bination efficiency in embryo nic stem cells. BMC bio techno-
logy. 2010;10:29-37.
44 . Sa uer B. lnd uc ible Gene Targeting in Mice Using the Cre/lox System. M et hods.
1998;14:381-92 .
45 . Glaser S, Anastass iadis K , Stewart AF. Current iss ues in mouse ge nome engineering.
Nat Genet. 2 005;37:11 87-93 .
46. N agy A. Cre Recombinase: T he Uni versal Reagent for Genome Ta iloring Genetics .
2000;26 :99-109 .
4 7. M etzger D, Cham bo n P. Site- and Tim e-Specific Gene Targeting in the M o use.
M ethods. 2001 ;24(1):71-80.
1070 Biotecnologia Aplicado à Saúde
48. Tsien JZ, Chen DF, Gerber D, Tom C, Mercer EH, Anderson DJ, et ai. Subregion- and
cell type-restricted gene knockout in mouse brain. Cell. 1996;87(7) :1317-26.
4 9 . Mack A, Sauer B, Abremski K, Hoess R. Stoichiometry of the Cre recombinase
bound to the lox recombining site . Nucleic Acids Research. 1992;20(17):4451-5.
50. Yoziyanov Y, Pathania S, Jayaram M. A general model for sitespecific recombination
by the integrase famil y recombinases. N ucleic Acids Research. 1999;2 7:930-4 1.
5 1. Ringrose L, Lounnas V, Ehrlich L, Buchholz F, Wade R, Stewart AF. Comparative
kinetic analys is of FLP a nd Cre reco mbinases: mat hematical models for DNA binding
and recomb ination. J Mol Biol. 1 998;284 :363-84.
52 . Gopa ul DN, Duyne GD. Structure and mec hanism in site-specific recombinatio n.
C urr Opin Struct Biol. 1999;9(1):14-20.
53 . Jullien N, Samp ieri F, Enjalbert A, H erman J-P. Regulation of Cre recombi-
nase b y ligandt8linduced complem enta tion of inacti ve fragments. Nucl Acids Res.
2003;31 (21 ):131-7.
54. Duyne G DV. A structural view of Cre-lox P site-specific recombination. Annu Rev
Biophys Biorno! Struct. 2001;30:87-104.
55. Duyne GDV. A structural view of Cre-loxP site-specific recombination. Annu Rev
Biophys Biorno! Struct. 200 1;3 0:87-104.
56. Rinald i A, Marsha ll KR, Prest o n CM. A non-cytotoxic herpes simplex virus vec-
tor w hich expresses Cre recombinase directs efficient site specific recombinat ion. Virus
Research. 1999;65(1 ):11-20.
57. Kanegae Y, Takamori K, Saco Y, Lee G, Nakai M, Saito I. Efficient gene act ivation
system on mamm alian cell chromosom es using recombinant ad eno virus prod ucing Cre
recombinase. Gene. 1996; 181(1-2):207-12.
58. Aoki K, Taketo MM. Tissue-specific transgenic, conditiona l k nockout and k nock-i n
mice of genes in th e ca nonical Wnt signaling pathway. M ethods in Molecular Biology.
2008;468:307-31.
59. Cha ng MA, Horner JW, Conk lin BR, DePinho RA, Bok D, Zack DJ. Tetracycline-in-
ducible system for photoreceptor-sp ecific gene expression. In vestiga tive Ophtha lmology
& Visual Science. 2000;41 (13 ):4281-7.
60. Kellendonk C, Tronche F, Casan ova E, Anlag K, O pherk C, Schutz G. lnducible site
-s pecific recombinatio n in the brain. Journal of Molecular Biology. 1999;285 (1) :1 75-82 .
61. Schwenk F, Kuhn R, Angrand PO, Rajewsky K, Stewart AF. Te mporally and spatially
regulated som atic mutagenesis in mice. Nucleic Acids Researc h. 1998;26(6):1427-32.
62. H ashimoto M, Taniguchi M , Yoshino S, Arai S, Saco K. S Phase-preferential Cre-re-
combinat ion in mamma lian cells revea led by HIV-TAT-PTD-mediated protein t ra nsduc-
tion. Jo urnal of Biochemistry. 200 8;143( 1):87-95.
Sistema Cre-Lox: Transgênicos Tecido e Tempo Programados 1071
63 . Pfa nnkuche K, Wund erlich FT, Doss MX, Spitkovs ky D, Reppel M, Sachinidis A, et
ai. Gener atio n of a do uble-fluo rescent do uble-selectable Cre/loxP indicator vector for
mo nitoring of intrace llular recomb inatio n events. Na ture Pratocols. 2008;3:1 510-26.
64. H iTiter. Cre/loxP Reporter Cell Lines - LoxP-RFP Human Fibrablast. Disponível em:
<http://www. alieiebiotec h. com/pra ducts/%E3 % 80 % 90Cre% 7B4 7 % 7DloxP-Reporter-
Cell-Lines %E3 % 80 %91 LoxP %252dRFP-Human-Fibrablast-.htmb. Alieie Biotechno-
logy; 2013 [cited 20 13 22/10 ].
65. Morazov A, Kellendon k C, Simpson E, Tranche F. Us ing conditional mutagenesis to
stud y the brain. Biological Psychiatry. 2003;54(1 1):1125-33 .
66 . Kuhn R, Torres RM. Cre/loxP reco mbination system and gene targeting. M ethods in
M o lecular Bio logy. 2002;180 :175-2 04 .
67. Sinnaya h P, Lindley TE, Staber PD, Davidson BL, Cassell MD, Davisson RL. Targeted
virai deli very of Cr e recombinase induces cond itiona l ge ne deletio n in cardiovascular
circuits of the mo use bra in. Physio logical Genom ics. 2004;1 8( 1):25-32 .
68 . Tang SH, Sil va FJ, Tsark WM , M ann JR. A Cre/loxP-deleter transgenic line in mo use
strain 129Sl /SvlmJ. Ge nesis. 2002;32(3) :1 99-202.
69 . Dietrich P, Draga tsis I, X uan S, Zeitlin S, Efstratiadis A. Condi tio na l m utagenesis
in mice with heat shock pramoter-d riven cre transgenes . M amma lian Geno me : O fficia l
Journal of t he lnternatio na l M amma lian Gen om e Society. 2000;11 (3 ):1 96-205 .
70 . Kuhbandner S, Brumm er S, M etzger D, Cham bon P, Hofmann F, Feil R. Tem po ra lly
contralled somatic mutagenesis in smooth muscle. Genesis. 2000;2 8(1 ): 15-22.
71. Tanno ur-Lo uet M , Porteu A, Va ulon t S, Ka hn A, Vasse ur-Cognet M . A tamoxifen-in-
ducible chimeric Cre recom binase specifically effective in the feta l a nd adult mouse liver.
Hepato logy. 2002;35(5):1 072-8 1.
72. Ts ujita M , M o ri H , Wata na be M, Suzuki M, Miyaza ki J, Mi shina M . Cerebel-
la r gra nule cell-specific and inducible expressio n of Cre reco mbinase in t he mo use.
T he J ourna l of Neuroscience: the Official J ourna l of the Society for Ne urascience.
1999;19(23 ):1 03 1 8-23.
73. Utomo AR, Nikitin AY, Lee WH . Temporal, sp atial, and cell type-specific con-
trai of Cre-mediated D NA recombination in tr a nsgenic m ice. Nature Biotechnology.
1999;17(11 ):1091-6.
74 . Bracard J, Feil R, Chambo n P, Metzger D. A chimeric Cre recombinase inducible
by synthetic, but not by natura l ligand s of the gl ucocorticoid receptor. N ucleic Acids
Research. 1998;26:4086-90.
75 . Gossen M, Buj ard H. T igh t contrai of gen e expressio n in mamma lian cells by tetra-
cycline-responsive pram oters. Prac Natl Acad Sei USA . 1992;89 :554 7-51.
76 . Fiering S, Ep ner E, Robinson K, Zhuang Y, Telling A, H u M, et ai. Targeted deletion
of 5'H S2 of the murine beta-globin LCR revea ls that it is not essentia l for praper regu-
lation of t he beta-globin locus. Genes & development. 1995;9( 18):2203-13.
1072 Biotecnologia Aplicado à Saúde
77. Beck JA, Lloyd S, Hafezparast M, Lennon-Pierce M, Eppig JT, Festing MFW, et ai.
Genealogies of mo use inbred strains. Nature genetics. 2000;24(1 ):23 -5.
78. Tomimoto K, Yamakawa M, Tanaka H. Construction of a long hairpin RNA expres-
sion library using Cre recombinase. Journa l of Biotechnology. 2012;160(3-4):129-39.
79. Kawamoto S, Niwa H, Tashiro F, Sano S, Kondoh G, Takeda J, et ai. A no vel repor-
ter mouse strain that expresses enhanced green fluorescent protein upon Cre-mediated
recombination. FEBS letters. 2000;4 70(3 ):263-8.
n
)>
__
-O ,
--1
e
r--
0
SISTEMA ;
DUPLO-HIBRIDO
EM LEVEDURA:
CONCEITOS E
APLICACÕES
,
26. 1 INTRODUÇÃO
A maioria das proteínas, se não todas, exerce suas funções como inte-
grante de complexos não covalentes, estáveis ou transitórios, mantidos
através de interações específicas entre seus constituintes1· 3 • Dessa forma, a
identificação e a caracterização de interações proteína-proteína (do inglês,
protein protein interactions - PPI), é um pré-requisito para compreendermos
detalhadamente as funções biológicas de complexos multiproteicos. Tais
estudos também fornecem pistas sobre a função de proteínas através da des-
coberta de quais são seus parceiros proteicos in vivo com função já conhe-
cida, partindo da premissa "culpado por associação" 4 • Além disso, conhecer
a arquitetura de redes de interações proteicas celul ares ou "interactomas"
é fundamental para o entendimento integrado e completo de mecanismos
fi siológicos e patológicos 5• 6 •
1074 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Núcleo
Figura 26.1 Sistema duplo híbrido em levedura. As proteínas de interesse, isca e presa, são expressas em fusão com o domínio de
ligação ao ONA (080) e com o domínio de ativação da transcrição (AO) de um fator de transcrição, respectivamente. Ainteração entre a
isca e a presa no núcleo da levedura resulta na reconstituição funcional do fator de transcrição, com consequente ativação da maquinaria
de transcrição. ARNA polimerase li transcreve ogene repórter, e omRNA resultante será traduzido no citoplasma. Aatividade da proteína
codificada pelo gene repórter é uma medida do sucesso da interação entre as duas proteínas híbridas.
-
h1shdm0) e !')808 lecZ
(8nsa10 CúO"I X-Gal pt)SJIM)
coloração azul}
l
Identificação das presas por
sequenciamento doplasmideoisolado
+ HIS -HI.S X-Gal
Figura 26.2 Varredura da biblioteca no sistema duplo híbrido em levedura. Aproteína de inte resse que será utilizada como isca é
expressa em fusão com o domínio de ligação ao □NA (080). Abiblioteca de genes contendo as sequências clonadas em fusão com o
domínio de ativação da transcrição (AO) é utilizada na transformação de células da linhagem que expressa a isca. Ainteração bem·
sucedida entre a isca e uma das proteínas híbridas da biblioteca (presa) é detectada pela atividade da proteína codificada pelos genes
repórteres, neste caso H/53 e locl, que, respectivamente, proporcionem crescimento na ausência do aminoácido histidina e coloração
azul na presença do substrato X-GAL. Os plasmídeos codificando as presas são recuperados dos clones positivos e identificados por
sequenciamento de □NA.
Atividade
A de 13-galactosidase
cr.,,
4000U
Transcrição
~~-
B
,..,. . <1 U
UASGAL LacZ
e Transcrição
<1 U
',a::i, C[J,
UASGAL LacZ
D
Transcrição
Figuro 26.3 Esquema do sistema Y2H em seu delineamento original. Nos experimentos foi utilizada uma linhagem de levedura como
uma deleção do gene GAL4 e contendo o gene Lacl integrado em seu cromossomo sob controle do promotor GAL. Essa linhagem foi
transformada com plasmídeos para expressão de: proteína GAL4 íntegra, da proteína SNFl fusionada ao 080 de GAL4 e/ou proteína
SNF4 fusionada ao AO de GAL4. Como esperado a expressão de GAL4 íntegra resultou na máxima ativação da transcrição. Aexpressão
dos dois híbridos, SNFl /GAL-080 e SNF4/GAL-AO, restaurou a transcrição de Lacl, verificada pela medida da atividade da enzima ~-
galactosidade como 180 unidades.
Tabela 26. l Genes repórteres usados no sistema Y2H e os respectivos fenótipos da levedura resultantes da sua ativação
deficientes na expressão de H!S3 e URA3, sendo que clones com altos níveis
de expressão de H!S3 podem ser evidenciados pela adição do inibidor 3-AT
(3 -aminotriazol) ao meio de cultura, o que evita a detecção de interações
fracas (falsos positivos) que resultam em expressão basal de H!S3. A expres-
são de lacZ pela levedura pode ser facilmente detectada com a utilização do
substrato cromogênico X-Gal (5-bromo-4-cloro-3-indolil-P-D-galactopira -
nosídeo), que quando hidrolisado pela p-galactosidase gera um composto de
coloração azu lada (Figura 26.2).
De modo geral, a utilização de dois genes repórteres (H! S3 e lacZ) é sufi-
ciente. Porém, algumas linhagens de leveduras contêm três genes repórteres
sob o controle de promotores ligeiramente diferentes, ampliando a faixa
de seletividade e sensibi lidade, como é o caso da linhagem PJ69-4A48 , que
contém os repórteres H!S3, lacZ e ADE2, este último mais rigoroso. A uti-
lização de linhagens contendo o repórter URA3 pode ser útil nos casos de
interações mais difíceis de avaliar, ou quando se deseja realizar uma contras-
seleção com 5-ácido fluorótico (5-FOA), um composto que é metabolizado
em composto tóxico pela enzima URA3. Outra opção é a utilização da resis-
tência ao antifúngico aureobasidina -A, como já mencionado.
Transl.ar Anci.a dos diploides p,;ra plac.as indicaóoras com meio de sal&Ç.ionutric.ional (crescimento em meio
sem l eu e Trpj a verificaçàodaativaçjodegenesrepõrt&ras
Figura 26.4 Análise do interactoma completo. Varredura de arranjos ordenados de conjuntos de clones de levedura expressando
diferentes presas. No esquema mostrado em A, uma ORF que será utilizada como isca é individualmente clonada em fusão ao 080 e
expressa em uma linhagem de levedura de um tipo sexual. Esta linhagem é utilizada na varredura de linhagens de levedura do tipo
sexual oposto, organizados em arranjos de 96 clones (biblioteca de presas), cada uma expressando uma presa fusionada ao AO. Após o
cruzamento, segue-se a seleção nutricional everificação da ativação de genes repórteres como Joel e H/53. Avarredura pode ser repetida
individualmente para as iscas de interesse. No esquema mostrado em 8, arranjos ordenados de linhagens expressando iscas fusionadas
ao 080 (biblioteca de iscas) é cruzado com a biblioteca de presas, em todas as possibilidades possíveis. Oresultado de cada cruzamento
é transferido para placas de 96 poços para seleção nutricional dos diploides everificação da ativação dos genes repórteres. Avarredura
em grande escala pode ser totalmente automatizada.
URA3
......
- - - - ~ ' .CIJ, Morte na presença de S'FOA
URA3
CLI-' - Crescimento na presença de S'FOA
Figura 26.5 Sistema duplo-híbrido reverso utilizado na triagem de inibidores de interação proteína-proteína. Aadição de uma substância
(por exemplo, um peptídeo ou uma molécula pequena) que iniba a interação entre duas proteínas-alvo (devidamente fusionadas a OBO
e AO) previne a expressão do gene tóxico (URA3), e a linhagem cresce em meio contendo 5'-FOA. Por outro lado, se a substância
adicionada não inibir a interação, o expressão de URA3 é ativada e as colônias não sobrevivem no meio seletivo.
atuantes em eis são utilizadas para identificar proteínas que ligam tais
sequências especificamente, iniciando a transcrição do gene repórter. Tais
proteínas são triadas em uma biblioteca plasmidial codificando proteínas
fusionadas ao AD. O YlH é extremamente popular e há diversos exemplos
de sua aplicação na identificação de interações DNA-proteína 63 •
Há também os ensaios de complementação de fragmentos proteicos (PCA)
em levedura 7 • Diferentemente do Y2H, nestes ensaios a interação entre pro-
teínas pode ocorrer em outros compartimentos celulares além do núcleo.
Além disso, as tecnologias baseadas em PCA podem ser facilmente transfe-
ridas para outros organismos, ao contrário do Y2H, desenvolvido para ser
realizado apenas em leveduras. Como exemplo de PCA citamos o sistema
Split-ubiquitin, desenvolvido como um sistema sensor de interações pro-
teína-proteína64. A ubiquitina pode ser separada em duas metades estáveis,
amino e carboxiterminal, denominadas, respectivamente, Nub e Cub· Quando
fu sionadas a duas proteínas que interagem, estas metades são aproximadas,
reconstituindo a molécula de ubitiquina, a qual pode ser reconhecida por
enzimas citossólicas que removem a ubiquitina de proteínas. Quando uma
proteína integral de membrana (isca ) é expressa em fusão com Cub ligada
a um fator de transcrição, este fator é retido no citoplasma. Entretanto,
quando ocorre a interação da isca com uma presa fusionada a N ub' a ubiti-
quina é reconstituída e o fator de transcrição é clivado e então direcionado
para o núcleo, onde promove ativação da transcrição de um gene repórter.
Utilizando este sistema, foram detectadas centenas de interações de 536 pro-
teínas integrais de membrana de S. cerevisae 65 •
Em um sistema Split-ubiquitin alternativo, a proteína repórter da intera-
ção entre duas proteínas fusionadas a Nub e Cub é URA3. Nesse caso, URA3
tem seu aminoácido terminal alterado para arginina e está fusionada a outra
extremidade de Cub· A interação entre isca e presa, reconstitui a ubiquitina,
recrutando a protease que promove a desubiquitinação de URA3, que irá
exibir arginina como aminoterminal, um aminoácido que tende a promover
a degradação da proteína. A enzima livre é então degradada, e o fenótipo
das leveduras é convertido a um fenótipo dependente de uracila para o cres-
cimento, porém resistente a 5-FOA 66 .
Finalmente, é importante ressa ltar que existem variações do sistema
duplo-híbrido desenvolvidas para outros organismos tais como bactérias e
células de mamíferos 7 • Para células de mamíferos, o mais simples consiste
na interação de proteínas fusionadas ao DBD de Gal4 e à proteína VP16
do vírus da herpes simplex (um transativador transcricional em células de
mamíferos), resultando na ativação transcricional de um gene repórter, por
Sistema Duplo-Híbrido em levedura: Conceitos e Aplicações 109S
Clonagem da isca
fusionada ao DBD
(seq uência completa ou
domínios selecionados)
o
co Transformação da
o levedura
o:s
11l
o
,ro
o:::, Seleção de clones
1ile expressando a isca por Verificação dos níveis
restrição nutricional de expressão da fusão
8 (ex: meio sem Trp) isca-DBD
<ti
(ex: Western bloQ
vN
11l
D'.'.
Positivo
Inclusão de
controles Transformação em grande-escala
negativos e presas
com a biblioteca de presas
positivos na f usionadas ao
varredura da AD
biblioteca ~------------
Crescimento em meio
restritivo (sem Leu, Trp)
Recapitular o
ensaio de Y2H Sequenciar os insertos
Recuperar plasmídeos
com a isca (identificação das
dos clones positivos
presas)
Figuro 26.6 Fluxograma das etapas envolvidas na varredura de uma biblioteca de presas com uma isca. Vetores plasmidiais e linhagens
de leveduras adequados para Y2H além de bibliotecas de presas já prontas e/ou kits paro construção de bibliotecas de presas estão
comercialmente disponíveis em variadas configurações.
1098 Biotecnologia Aplicado à Saúde
REFERÊNCIAS
1. Hartwell LH, Hopfield JJ , Leibler S, Murray AW. From molecular to modular cell bio-
logy. Nature. 1999;402:C47-52.
2. Spirin V, Mirny LA. Protein complexes and functional modules in molecular networks.
Proc Natl Acad Sei USA. 2003;100:12123-8 .
3. Nooren IM, Thornton JM. Diversity of protein-protein interactions. The EMBO Jour-
nal. 2003;22:3486-92.
4. Oli ver S. G uilt-by-association goes global. Nature. 2000;403:601-3.
5. Cusick ME, Klitgord N, Vida! M, Hill DE. lnteractome: gateway into systems biology.
Human Molecular Genetics. 2005;14 Spec No. 2:Rl71-81.
6. Jaeger S, Aloy P. From protein inter action networks to novel therapeutic strategies.
lUBMB Life. 2012, 64:529-37.
7. Stynen B, Tournu H, Tavernier J, Van Dijck P. Diversity in Genetic ln Vivo Methods for
Protein-Protein lnteraction Studies: from the Yeast Two-H ybrid System to the Mammalian
Split-Luciferase System. Microbiology and Molecular Biology Reviews . 2012;76:331-382.
8. Pardo M, Choudhar y FS. Assignment of Protei n lnteractions from Affinity Purification/
Mass Spectrometry Data. J Proteome Res. 2012;11:1462-1474.
9. Michnick SW, Ear PH, Landr y C, Malleshaiah MK, M essier V. Protein-fragment com-
plementation assays for large-scale ana lysis, functiona l dissection a nd d ynamic studies of
protein-protein interactio ns in livi ng cells. M ethods Mo l Biol. 2011;756:395-425.
1 O. Fields S, Song O. A novel genetic system to detect protein-protein interactions. Nature.
1989;340:245-6.
11. Fields S, Sterngla nz R. The 2-h ybrid system: a n assay for protein-protein interactions.
Trends in Genetics. 1994;10:2 86-292.
12. Smetana JH, Zanchin Nl. lnteraction a nalysis of the heterotrimer formed by the
phosphatase 2A catalytic subunit, alpha4 and the mammalian orth olog of yeast Tip41
(TlPRL). The FEBS Journal. 2007;274:5891-904.
13. Sousa-Cana vez JM, Beton D, Gonzalez-Kristeller DC, da Silva AM. ldentification and
domai n mapping of Dictyostelium discoideum type-1 protein phosphatase inhibitor-2.
Biochimie. 2007;89:692-701.
14. Barrei PL, Fields S. Analyzing prote in-protein interactions using two-h ybrid system.
Methods in Enzymology. 1995;254:241-63.
15. Gonzales FA, Zanchin NlT, Luz JS, Oliveira CC. Characterization of Saccharomyces
cer evisiae Nopl 7p, a novel Nop5 8p-interacting pre-rRNA processing. J Mo! Bio l.
2005;346:437-455.
16. Alegria M C, Souza DP, Andrade MO, Docena C, Khater L, Ramos CH, et ai. ldentifi-
cation of new protein-protein interactions involving the products of the chromosome- a nd
1102 Biotecnologia Aplicado à Saúde
48. James P. Yeast two-hybrid vectors and strains. Methods Mol Biol. 2001;177:41-84.
49. Miyashita S, Shirako Y. Chromosomal integration of a binding domai n: bait gene into
yeas t enhances detection in the two-hybrid system. Jo urnal of Microbiological methods.
2008; 73:179-84.
50 . H auser R , Stellber ger T, Rajagopala SV, Uetz P. Arra y- Based Yeast Two-H ybrid
Screens: A Practical Guid e. ln: Suter B, Wanker EE, edi tors. Methods Mol Biol. Totowa :
Humana Press; 2012. p.21 -38.
5 1. Iro T, Tashiro K, Mura S, Ozawa R, Chiba T, Nishizawa M, et a i. Toward a protein
-protein interaction map of the budding yeast: A comprehensive system to examine two
-hybrid interactions in ali possible combinations between the yeast proteins. Proceedings
of the National Academy of Sciences of the United States of America. 2000;97:1143-1147.
52. Chen YC, Rajagopala SV, Stellberger T, Uetz P. Exha ustive benchmarking of the yeast
two-hybrid system. N ature M ethods. 2010;7:667-8; a utho r reply 668.
53. Dreze M, Monachello D, Lurin C, Cusick ME, Hill DE, Vida! M , et a i. High-quality
binary interactome mapping. Methods in Enzymo logy. 2010;4 70:2 81-3 15.
54. Marsolier M C, Prio leau MN, Senten ac A. A RNA polymerase III-based two
-h ybrid sys tem to stud y RNA polymerase II transcriptional reg ulators. J Mol Biol.
1 997;268 :243-249.
55. Pineda- Lucena A, H o CSW, Mao DYL, Sheng Y, La ister RC, Muhandiram R, et a i.
A structure-based model of che c-Myc/Binl protein interaction shows altern ative spli-
cing of Binl a nd c-Myc phosphoryla tion are key binding determinants. J Mo! Biol.
2005;351 :182-194.
56. Hirst M, Ho C, Sabourin L, Rudnicki M , Penn L, Sadowski I. A two-hybrid system for
transactivator bait prote ins. Proc Nacl Acad Sei USA. 2001;98:8726-3 1.
57. Kerrien S, Aranda B, Breuza L, Bridge A, Broackes-Carter F, Chen C, et ai. The lntAct
molecular interaction database in 2012. Nucleic Acids Res. 20 12;40:D841-6.
58. Rezwan M, Auerbach D. Yeast "N"-hybrid systems for protein-protein and drug-pro-
tein interaction discovery. Methods. 2012;57:423-429.
59 . Urech DM, Lichclen P, Barberis A. Cell growth selection system to detect extracell ular
and transmembrane protein interactions. Bba-Gen Subj ects. 2003;1622:117-12 7.
60. Dube DH, Li B, Greenblatt EJ , Nimer S, Raymond AK, Kohl er JJ. A Two-H ybrid
Assay to Study Protei n lnteractions within che Secretory Pachway. Pios One. 2010;5 .
61. Hu XB, Kang S, Chen XY, Shoemaker CB, Jin MM. Yeast Surface Two-hybrid for
Quantitative in Vivo Detection of Protein-Protein lnteractions via the Secretory Pathway.
Journal of Biological Chemistr y. 2009;284:16369-16376.
62. Chidley C, Haruki H, Pedersen MG, Muller E, Johnsson K. A yeast-based screen
reveals that sulfasalazine inhibits tetrahydrobi opterin biosynthesis. Nature Chemical Bio-
logy. 2011;7:375-83.
Sistema Duplo-Híbrido em levedura: Conceitos e Aplicações 110S
, 0
ESTRATEGIAS
,,.
TRANSGENICAS
PARA A EXPRESSÃO
,
COMBINATORIA
,
DE PROTEINAS
FLUORESCENTES
Anderson Kenedy Santos
Katia Neves Gomes
José Lu iz da Costa
Emerson Alberto da Fonseca
Luiz Orlando Ladeira
Alexandre H. Kihara
Mauro Cunha Xavier Pinto
Rodrigo R. Resende
27.1 INTRODUÇÃO
Figuro 27. l Estruturo monomérico do proteína fluorescente verde de Aequoreo victorio em (A), visão lateral, e em (B), visão inferior
do borril-p que formo o estrutura (PDB 10 lGFU. Em((), o sequência de 238 aminoácidos que compõem o proteína, com destaque
poro o tripeptideo Ser65-Tyr66-Gly67, no centro do estrutura. Quando excitado, ocorre uma ciclizoção deste peptídeo que pode absorver
energia e emitir porte desta no formo de fluorescência, tipico dessa proteíno 1·9.
Uma miríade de trabalhos foi feita usando a GFP como proteína repórter,
ou seja, tendo a sequência dela seguida pela de uma proteína de interesse
para que a fluorescência de uma indique a expressão da outra. Em meados
da década de 1990, trabalhos usando camundongos transgênicos expres-
sando GFP constitutivamente abriram as portas para o uso dessa ferramenta
no estudo in vivo. A tecnologia das proteínas flu orescentes chegou aos anos
1112 Biotecnologia Aplicado à Saúde
2000 trazendo mais uma abordagem que fez dela uma ferramenta indis-
pensável para o estudo de biologia e fisiologia celulares: a possibilidade de
expressar várias proteínas flu orescentes em um mesmo órgão e ao mesmo
tempo. Animais transgênicos são produzidos por meio da metodologia de
Cre-Lox para expressão combinatória de proteínas fluorescentes, expres-
sando um mosaico de cores em órgãos específicos e possibilitando, assim, o
estudo de interações celulares como nunca antes se imaginou possível.
Figuro 27.2 Substituição do gene Locl por GFP. Oplosmídeo phGFAP·LocZ possui o promotor do gene que codifico GFP humano e o
gene do que codifica a l3·lactamase, Locl. OLocl pode ser substituído pelo GFP utilizando digestão por enzimas de restrição, seguido
de ligação por uma DNA ligase. Ao final deste processo, obtém·se o plasmídeo phGFAP·GFP que expressa GFP em células comprometidas
com a linhagem glial.
Algumas estruturas celulares da rede neural não são muito bem visualiza-
das pelos métodos de coloração mais utilizados, como a injeção de corante
e coloração de Golgi. Estas técnicas apresentam limitações, como uma capa-
cidade limitada de corar as células com uma gama restrita de cores, o que
trazia um volume de informação limitado no que diz respeito às estrutu-
ras neuronais 1 • Assim, como alternativa para facilitar o estudo de conexões
entre neurônios, a técnica brainbow foi desenvolvida.
Brainbow é uma técnica de neuroimagem desenvolvida em 2007 pelo
grupo do Prof. Dr Jeff W. Lichtman da Harvard Medical School, nos Estados
Unidos 3• A construção baseia-se em dois passos básicos: uma construção
genética específica obtida através de recombinação sítio-específica dos genes
de três ou quatro cores de XFP e sua clonagem em plasmídeos de expressão,
que são, então, introduzidos em células. O resultado é a expressão a leatória
e em diferentes proporções de XFP, subsequentemente, fazendo com que as
células exibam uma variedade de tons fluorescentes 16 •
Foi lançando mão de variações de proteínas fluorescentes que foi possível
obter camundongos expressando uma variedade delas (GFP, CFP, OFP, RFP
e YFP) e sua superposição no sistema nervoso central (SNC) 17 (Figura 27.3).
O promotor de Thyl (ou CD90, Cluster of Differentiation 90) de camun-
dongo "neurônio-específico" foi usado para dirigir a expressão específica de
proteínas no cérebro. Os genes ligados a Thyl são expressos em projeções
neuronais de muitas partes do SNC, e por isso as XFPs foram clonadas
junto ao promotor Thyl, formando o cassete contendo um único promotor
Thyl seguido das XFP. O processo de recombinação Cre-Lox promoveu a
combinação à frente deste promotor, gerando um padrão de cores caracte-
rístico. Os camundongos transgênicos foram obtidos pela mesma técnica
de microinjeção. Surgiu, então, um animal expressando neurônios de várias
cores, de forma aleatória.
Para essa metodologia, o padrão de cores chega a ter a capacidade de dife-
renciar neurônios fluorescentes individualmente com aproximadamente cem
tons diferentes, o que permite a diferenciação clara e robusta de estruturas
Estratégias Tronsgênicos poro o Expressão Combinatório de Proteínas Fluorescentes 111S
Figura 27 .3 Padrão de expressão combinatório de XFP - broinbow - proposto e desenvolvido por Livet e Weissmon 3. Durante o
desenvolvimento do cérebro dos animais que tiveram sequências XFP recombinados por Cre-Lox, células comprometidos com o linhagem
neuronal expressam diferentes XFP e diferentes intensidades de fluorescência. Neste esquema, uma representação de um estágio de
migração e maturação de células nervosos expressando cinco XFP (Poro visualizar os cores vejo o material de apoio no site do Editoro
Blucher): amarelo (YFP), alaranjado (OFP), ciano (CFP), vermelho (RFP) everde (GFP).
@ li!!!. YFP )-
®
Ü o
F I Prole Transgene
Prole GFP
X ~~ Prole YFP
Prole GFP/YFP
Figuro 27.4 Desenho esquemático de produção de camundongo tronsgênico expressando proteína fluorescente verde e amarelo (GFP e
YFP): ESC são retirados, e uma sequência de XFP é inserido nestas células. Em seguido, estas são transferidos poro um óocito fecundado
onucleodo e transplantado em um camundongo poro geração do prole fluorescente poro uma XFP. Posteriormente, os proles de duas
linhagens fluorescentes diferentes podem ser cruzados poro o produção de uma segundo prole, desta vez bifluorescente.
XFP (ao menos duas variantes). Por um processo de fusão dos blastocistos,
estes são cultivados com ESC, transplantados no interior de blástulas e trans-
feridos para um animal para dar início ao desenvolvimento embrionário 22 • O
resultado esperado é a reorganização das cé lulas contendo as diferentes XFP
no interior e na superfície da blástula. Com o decorrer do desenvolvimento,
1118 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Hibrído GFP/YFP
Figuro 27.5 Produção de quimera expressando XFP pelo método de agregação embrionária. Blastocistos são transfectados com genes
de XFP. Os blastocistos são fundidos por eletrofusão, cultivados com as ESC-YFP e ESC-GFP e transplantados para a formação do embrião.
As células fluorescentes irão se redistribuir e formarão diferentes padrões de fluorescência em órgãos e tecidos.
Figuro 27 .6 Ativação de Cre recombinação pelo ligação de tomoxifeno ao domínio de ligação à drogo do receptor de estrodiol fundido
oCre. Uma dos maneiras de se controlar temporalmente o atividade do Cre recombinose é fundi-loà um domínio proteico que o ativo no
presença de um indutor (neste exemplo, o tomoxifeno) que é administrado no momento em que se desejo o recombinação. Com o Cre
recombinose ativo haverá recombinação de sequências flanqueados por sítios Lox - o recombinação Cre-Lox.
1120 Biotecnologia Aplicado à Saúde
Replicação
d D A
1.i~";i":..:.:.~~; ~
Recombinação por Cre
Segregação X
Mitose
Segregação Z
_,,.,,
Figura 27.7 Recombinação mitótica intercromossômico mediada por Cre recombinase 16 • Duas sequências exônicas que codificam di-
ferentes XFP são separadas por Lox, que impede a produção de uma XFP funcional. Essas sequências truncadas são inseridas em um
óocito fertilizado e transferido para o animal. Aprole, quando na presença de Cre, terá as XFP inicialmente truncadas e recombinadas e
poderão ter quatro possibilidades fenotípicas diferentes: expressar o primeiro tipo de XFP (um dos produtos da recombinação aproximou
éxons da mesma XFP e por isso a tornou funcional), expressar o segundo tipo de XFP, expressar as duas XFP e não expressar nenhuma
das XFP (os produtos da recombinação permaneceram truncados).
Figuro 27 .8 Expressão combinatório de XFP mediado por Cre-Lox. Um vetor de expressão contendo um promotor (quadrado preto P)
seguido de XFP (CFP, YFP e RFP) flanqueados por sítios Lox (pares de triângulos - tons de cinzo - referem-se o diferentes sequências
de Lox incompatíveis). As três possibilidades de cores - ciono, amarelo e vermelho (CFP, YFP e RFP, respectivamente) - combinam-se
durante o processo Cre-lox, formando uma gomo de tonalidades espectrais poro cada célulo16•
1122 Biotecnologia Aplicado à Saúde
YFP
Figura 27.9 Plasmídeo brainbow 1.DL contendo três XFP: RFP(vermelha), CFP (ciano) e YFP (amarela). Opromotor de ubiquitina b,
ubi, foi inserido em substituição ao promotor Thy do plasmídeo original para que a expressão fosse possível em zebrofish.
Estratégias Tronsgênicos poro o Expressão Combinatório de Proteínas Fluorescentes 1125
27.5.2.2 Microscopia
REFERÊNCIAS
1. De Carlos J A, Borrell J. A his torical reflectio n of the contr ibutio ns of Caj al and
Golgi to the fo und ations of neuroscience. Brain Res Rev. 2007 Aug;55( 1):8-16. Pu bM ed
PMID: 174 90748.
2. Weissma n TA, Sanes JR, Lichtman J W, Li vet J. Ge ner at io n and im agi ng of Bra in-
bow mice. Cold Spring Har bor protoco ls. 2011 Jul;20 11 (7) :85 1-6. PubMed PMID:
217248 17.
3. Livet J, Weissma n TA, Kang H , Draft RW, Lu J, Bennis RA, et ai. Tra nsgenic strategies
for combinatoria l expression of flu orescent proteins in the nervous system. Nature. 2007
Nov 1;450(7166):56-62 . PubM ed PM ID: 1 7972876.
4. Chalfie M , Tu Y, Euskirchen G, Ward W, Pras her D. G r een fluo rescent protein as a
marker for ge ne expressio n. Science . 1994 Februar y 11 , 1994;263(5 148 ):802-5 .
5. O rmo M , Cubice AB, Kallio K, Gross LA, Tsien RY, Remington SJ. Crystal structure of
the Aequorea victoria gree n fluorescent protein. Science. 1996 Sep 6;273(5280 ):1392-5.
PubMed PMID: 8703075 .
6. R emingto n SJ. Green flu o r escen t p r o t ei n: a perspective . Prote in Se i. 20 11
Sep;20(9):1509-19. Pu bM ed PMID: 2 1714025 . Pubmed Centra l PMCID: 3190146 .
7. Paul BK, G uchhait N . Looking at the Green Fluorescent Protein (GFP) chromophore
fro m a different perspective: a com putacio nal insight . Spectrochim ica acta Par e A,
M o lecular and biomolecular sp ectroscopy. 2 013 Feb 15;103 :295-303. Pu bM ed PMID:
2326 1626.
8. Nienha us K, Ulrich N ienha us G . Fluo rescent proteins for live-cell imaging with super
-r esolutio n. Chem Soe Rev. 2013 Sep 23 . PubMed PMID: 2 4056711.
9. Yang F, Moss LG, Phillips GN, Jr. T he mo lecular structure of gree n fl uorescent pro-
te in. Nature biotechno logy. 1996 Oct;14(10) :124 6-51. PubMed PM ID: 963 1087.
10. Tsien RY. No bel lecture: constructing and exploiting the fl uorescent protein pain-
tbox. ln tegrative biology : qua ntitat ive biosciences from nano to macro. 20 10 Mar;2(2 -
3):77-93. PubMed PM ID: 20473386 .
11. Shaner N C, Stein bach PA, Tsien RY. A guide to choosing fl uorescent proteins. Nature
methods. 2005 Dec;2(12):905-9. Pu bMed PM ID : 162 99475.
12 . H eim R, Tsien RY. Engineering green fluorescent protein fo r im proved bri ghtness,
lo nger wavelengths and fl uoresce nce r esonance energy transfer. Curr Biol. 1996 Feb
1;6(2):178-82 . PubMed PMID: 8673464 .
13. lkawa M, Kominami K, Yoshimura Y, Ta naka K, Nishimune Y, O kabe M. Green fl uo-
rescent protein as a ma rker in transgenic mice. Development, Growth & Differentiatio n.
1995;37(4 ):455-9.
1128 Biotecnologia Aplicado à Saúde
14. Marshall J, Molloy R, Moss GWJ, H owe JR, Hughes TE. The jellyfish green fluo-
rescent protein: A new coo! for studying ion channel expression a nd function. Neuron.
1995 2//;14(2):211 -5.
15 . Z hu o L, Sun B, Z hang C-L, Fine A, Chiu S-Y, Messing A. Live Astrocytes Visua-
lized by Gree n Fluorescent Protein in Transgenic Mice. Developmenta l Biology. 1 997
7/1/;18 7(1 ):36-42.
16. Lichtma n J W, Livet J, Sanes JR. A technicolour approach to the connectome. Nat Rev
Neurosci. 2008 Jun;9(6):41 7-22 . PubMed PMID: 1 8446160 . Pu bmed Central PMC ID:
2577038.
17. Feng G, Mellor RH, Bernstein M, Keller-Peck C, Nguyen QT, Wallace M , et a i. lma-
gi ng Neuronal Subsets in Transgenic Mice Expressing Multiple Spectral Variants of GFP.
Neuron. 2000 10//;28(1 ):41 -5 1.
1 8. Moechars D, Dewachter l, Lorent K, Reverse D, Baekeland t V, Naidu A, et ai. Early
phenotypic ch anges in transgenic mice that overex press different mutants of amyloid
precurso r protein in brain. Journal of Biological Chemistry. 1999 Mar 5;274(10):6483-
92. PubMed PMID: ISI:0 00078902800063. English.
19. Cai D, Cohen KB, Luo T, Lichtma n JW, Sanes JR. lmproved cools for the Brainbow
too lbox. Nat Methods. 2013 May 5;10 (6):540 -7. PubMed PMID: 238 1712 7. Pubmed
Central PMCID: 3713494.
20. Festenstein R, Kioussis D. Locus contrai regions and epigenetic chromat in modifiers.
Curr Opin Genet Dev. 2000 Apr;l0(2 ):199-203 . PubMed PMID: 1 0753778.
21. Kasthuri N, Lichtma n JW. The role of neurona l identity in synaptic competition .
Na cure. 2003 J ul 24;424 (694 7):426-30. PubMed PMID: 12879070. Epub 2003/07/25.
eng.
22. H adjantonakis AK, Macmaster S, Nagy A. Embryonic stem cells a nd mice expressing
different GF P variants for multiple non-invasive reporter usage within a single a nima l.
BMC biotechnolog y. 2002 J un 11;2:1 l. Pu bMed PMID: 12079497. Pubmed Centra l
PMCID: 11 6589 . Epub 2002/06/25. eng.
23. Zong H, Espinosa JS, Su HH, Muzumdar MD, Luo L. Mosaic Analysis with Double
Markers in Mice. Cell. 2005 5/6/;121 (3):479-92.
24. Warren L, Manos PD, Ahfeldt T, Loh YH, Li H, Lau F, et ai. Highly efficient repro-
gramming to pluripotency and directed differ entia tion of huma n cells with synthetic
modified mRNA. Cell Stern Cell. 2010 Nov 5;7(5) :61 8-30. PubMed PMID: 20888316.
Pubmed Central PMCID: 36 56821.
25. Tsujita M , Mori H , Watanabe M, Suzuki M , Miyazaki J, Mishina M. Cerebellar gra-
nule cell-specific and inducible expression of Cre recombinase in t he mo use. J Neurosci.
1 999 Dec 1;19 (23):10318-23 . PubMed PMID: 1 0575029.
Estratégias Tronsgênicos poro o Expressão Combinatório de Proteínas Fluorescentes 1129
26 . Schwenk F, Kuhn R, Angr and PO, Rajewsky K, Stewart AF. Temporall y a nd spa-
tia lly r egula ted som atic mutagenes is in mice. N ucleic Acids Resear ch. 1998 Mar
15;26(6):142 7-32. PubM ed PMID: 9490788 . Pubmed Central PMCID: 14 7429 .
27. Bo ulina M , Samarajeewa H , Baker JD, Kim MD, Chiba A. Live imaging of multico-
lor-labeled cells in Drosophila. Development. 2013 Apr;140(7}:1 605-13. PubMed PMID:
234824 95. Pubmed Central PMCID: 3596998.
28 . Hirrlinger J, Scheller A, Hirrlinger PG, Kellert B, Tang W, Wehr M C, et a i. Split-
cre complementation indicares coincident acrivity of different genes in vivo. PLoS O ne.
2009;4(1}:e4286. PubMed PMID: 191 72189 . Pubmed Central PMCID: 2628726 .
29. M aho u P, Z immerl ey M , Loulier K, M acho KS, Labroille G, M orin X, et a i. Mul tico-
lor two-photon tiss ue imaging by wavelength mixing. N at Methods. 2012 Aug;9(8} :815-
8. PubMed PMID: 22772730.
30 . Pan YA, Freundlich T, Weissman TA, Scho ppik D, Wa ng XC, Z immerm an S, et a i.
Zebra bow: multispectral cell la beling fo r cell tracing a nd lineage ana lysis in zebrafis h.
Development. 2013 Jul;140(13}:2 835-46. PubMed PMID: 23757414. Pubmed Centra l
PMCID: 3678346.
3 1. Keller PJ, Schmid t AD, W itt brod t J, Stelzer EH. Reconstructio n of ze brafish
early embryonic developmen t by scanned light s heet mi croscopy. Science. 2008 N ov
14;322(5904):1 065-9 . PubMed PMID: 1 884 571 0.
32 . Pa n YA, Livet J, Sa nes JR, Lichtman JW, Schier AF. Mul ticolor Brainbow imaging
in ze brafis h. Cold Spring Harbo r protocols. 2 011 Ja n;2011 (1 }:pdb prot 5546 . PubMed
PMID: 212 05846. Pubmed Central PMCID: 3082469.
33 . M eeker ND, Hutchinson SA, H o L, Trede NS. M ethod for isolatio n of PCR-ready
genomic DNA from zebrafish tissues. BioTechniq ues . 2007 Nov;43(5}:6 10, 2, 4. PubMed
PMID: 18072590.
n)>
-O
_,
--1
e
r--
0
TRANSPLANTE DE A
ESPERMATOGONIAS-
·TRONCO COMO
ABORDAGEM ;
BIOTECNOLOGICA
PARA A PRODUCÃO
,
DE ANIMAIS A
TRANSGENICOS
Samyra M . S. N . Lacerda
Guilherme M . J. Costa
Fernanda M . P. Tonelli
Gleide F. Avelar
Luiz Renato de França
28. 1 INTRODUÇÃO
_,.--Espermátide
,.,,- alongada
Espermátide
Célula de Sertoli ...__ arredondada
________Espermatócito
primário
em Paquiteno
----.•Espermatoqõnia
Célula de Leydig___
Figura 28. l Composição do parênquima testicular de suíno sexualmente maduro, mostrando os dois principais compartimentos do
testículo, bem como algumas das possibilidades de interações entre os componentes somáticos e germinativos. Ocompartimento tubular
é composto da porção externa para o interno por: (i) túnica própria, constituída pelas células peritubulares mióides e lâmina basal (não
indicoda); (ii) epitélio seminífero onde se encontram as células de Sertoli e células germinativos em diferentes fases de desenvolvimento;
e (iii) lume tubular. Além de outros tipos celulares, o compartimento intertubular apresento grande número de células de Leydig e vasos
sanguíneos.
í ft
f
R
R
.....
M
(li
"'o
....
L
'i? ~ A3
(9
A2
-
Figura 28.2 Representação diagramática da espermatogênese de camundongo mostrando as três fases deste processo (proliferativa,
meiótica e espermiogênica), representadas respectivamente pelas espermatogônias, espermatócitos e espermátides. Aseta grande
externa com várias linhas indica a sequência de diferenciação das células germinativos durante a espermatogênese. Ocírculo central
representa o nicho espermatogonial caracterizado pela presença das espermatogônias indiferenciadas (As, Apr e Aal). Dentro do nicho
espermatogonial, as setas menores denotam os possíveis destinos das espermatogônios indiferenciadas, e a selo curva em particular
denota autorrenovação. Aseta tracejada representa o processo de diferenciação das espermatogônias indiferenciadas em Al . As: esper-
matogônia isolada; Apr: espermatogônia pareada; Aal: espermatogônia alinhada; Al, A2, A3, A4, ln e 8: espermatogônias diferenciadas
do tipo A, intermediária e do tipo 8; espermatócito primário em: PI (pré-leptóteno), L(leptóteno), Z(zigóteno), P (paquíteno), e O
(diplóteno); M: figura de meiose; li: espermatócito secundário; R: espermátide arredondada; E: espermátide alongada.
* Para maiores detalhes deste passo a pa sso, ver trabalhos de Tange colaboradores183.
•·•· Em caso de transpla nte interespecífico (xenogênico), procede-se à obtenção de espermatozoides do
a nima l doador e à fertilização in vitro de ovócitos de fêmeas da mesma espécie do anima l doador.
1148 Biotecnologia Aplicado à Saúde
ç.G, •
"o <o> ~ (4)
"1~"1~,, ~ ~
~ i"o ~
1/ Transgênicos obtidos
na prole
receptor
(2) (1)
•
SSCs tra nsgên icas
do doador
4 Doador
tra nsgên ico
Figuro 28.3 Transgenia a partir de doador com SSC geneticamente modificada. (l) Testículos de macho doador que porta um transgene
em suas células germinativos são enzimaticamente digeridos para se obter a suspensão celular da qual as SSC são isoladas (2). (3)
Estas células são posteriormente microinjetadas nos túbulos seminíferos de machos receptores sem espermatogênese endógena (infér-
teis). (4) Após oacasalamento dos machos receptores com fêmeas do tipo selvagem, indivíduos transgênicas, apresentando o haplótipo
do doador, podem ser produzidos na progênie.
o
ç
G,.,_ d'
w
º-,_, ....'Q.
~;,./:""o ~ ansgênico1 / : ) SSC geneticamente
obtidos na / modificada
prole
Me~ - - , - - - -~ <.)~ (3)
o -- Vírus carreando
DNA para
receptor Transdução de SSC integração no
--~
/ (3) genoma da SSC
Transplante
(5) de SSCs
Figuro 28.4 Transgenia por meio de SSC de doador não transgênico modificadas in vitro. (l ) Testículos de machos doadores selvagens
são enzimaticamente digeridos para se obter suspensão celular da qual as SSC são isoladas (2). Essas células são mantidas in vitro
e submetidas a modificação genética (inserção ou deleção de sequências específicas), principalmente através do uso de vetores virais
(3 e 4). Após seleção, as SSC geneticamente modificadas são microinjetadas nos túbulos seminíferos de machos receptores sem
espermatogênese endógena (inférteis) (5). Mediante o acasalamento dos machos receptores com fêmeas do tipo selvagem, indivíduos
transgênicos podem ser produzidos na progênie (6).
* Para maiores detalhes de passo a passo, ver traba lhos de Dan n e cola boradores' 97•
,_,_ Em caso de transplante inter-específico (xenogênico), procede-se a obtenção de esper ma tozoides do
a nima l doador e a ferti lização in v itro de ovócitos de fêmeas da mesma espécie do anima l doador.
1152 Biotecnologia Aplicado à Saúde
28.4.2.1 Retrovírus
28.4.2.2 Lentivírus
28.4.2.4 Nucleofecção
terem sido utilizados para a fertilização in vitro, pelo fato de ter se mantido
íntegro ao longo da espermatogênese, aparentemente o transgene foi inte-
grado ao DNA do caprino de maneira estável.
28.5 CONCLUSÕES
Pelo fato de a eficiência atual de transfecção das SSC não ser muito alta,
a busca por metodologias que otimizem a transfecção celular constitui uma
importante barreira a ser ainda superada. Portanto, outras metodologias
mais eficientes de transfecção de SSC são necessárias e, dentre aquelas
potencialmente relevantes, pode ser citada a nanobiotecnologia, que já se
encontra disponível.
O xenoenxerto de suspensões de células testiculares contendo SSC previa-
mente modificadas se apresenta como técnica alternativa com alto potencial
para a produção de animais transgênicos. Essa importante biotecnologia,
11S8 Biotecnologia Aplicado à Saúde
REFERÊNCIAS
1. Cinalli RM; Rangan P; Lehmann R. Germ cells are forever. Cell. 2008;132 :559-62 .
2. de Rooij DG; Russell LD. Ali yo u wanted to know a bout spermatogon ia but were
afra id to ask. J Androl. 2000;21:776-98.
3. Conrad S; Renninger M; Hennenlotter J ; et a i. Ge neration of pluripotent Stern cells
from adult human testis. Nature. 2008;456 :344-349.
4. Oatley JM; Brinster RL. The germline stem cell niche unit in ma mmalian testes. Phy-
siol Rev. 2012;92:577-595.
5. Thoma EC; Maurus K; Wagner TU; Schartl M. Para llel differe ntiation of embryonic
stem cells into different cell t ypes by a single gene-based differentiation system. Cell
Reprogram. 2012;14:106-111.
6. Van der Koo y D; Weiss S. Why stem cells? Science. 2000;287:1439-41.
7. Spra dling A; Drumm ond-Barbosa D; Kai T. Stern cells find their niche. Nature.
2001;414:98-104.
8. C hia rini- Gar cia H; Raym er AM; Russell LD. Non-rand om distribution of sper-
matogonia in rats: evidence of niches in th e seminiferous tubules. Reproductio n.
2003;126:669-680.
9. Phillips BT; Gassei K; Orwig KE. Spermatogo nia l stem cell regulatio n and spermato-
genesis. Philos Trans R Soe Lond B Biol Sei. 2010;365: 1663-1678.
10. Nagano MC; Yeh JR. The identity a nd fa te decision control of spermatogonial stem
cells: w here is the point of no return? Curr Top Dev Biol. 2013;102:61 -95.
11. Brinster RL; Avarbock MR. Germline transmission of do nor hap lotype following
spermatogo nial transp lantatio n. Proc Natl Acad Sei USA. 1994;9 1:11303-11307.
12. Brinster RL; Zimmermann JW. Spermatogenesis following male germ-cell tra nsplan-
tation. Proc Natl Acad Sei USA. 1994;91 :112 98-11302 .
13. McLean DJ. Spermatogonia l stem cell transplantation a nd testicular function. Cell
Tissue Res. 2005;322:21-31.
14. Orwig KE; Schlatt S. Cryopreservation and transplantation of spermatogonia
and testicular tissue for preservation of m a le fertility. J Natl Cancer lnst Monogr.
2005;34:51-56.
15. Hill JR; Dobrinski I. Male germ cell transplantation in livestock. Reprod Fertil Dev.
2006;18:13-18.
16. Dobrinski I. Ad va nces and app lications of germ cell transplantation. Hum Fertil
(Camb ). 2006;9:9-14.
17. Dobrinski 1: Male germ cell transplantation. Reprod Domest Anim. 2008; 2:288-294.
18. Kanatsu-S hino hara M ; Takehashi M; Shinohara T. Brief histor y, pitfalls, and pros-
pects of mammalian spermatogonia l stem cell research. Cold Spring H arb Symp Quant
Biol. 2008;73:17-23.
1160 Biotecnologia Aplicado à Saúde
19. Lacerda SMSN; Aponte PM; Campos-JR PHA; et ai. An overview on spermatogonial
stem cell phys iology, niche a nd transplantation. Animal Reproduction. 2012;9:25-32.
20. McColl D, Valencia CA, Vierula PJ. Characterization and expression of the Neuros-
pora crassa nmt-1 gene . Curr Genet. 2003;44:216-223.
21. FELASA . FELASA recommendations on the education and training of persons wor-
king w it h la boratory animais : categories A and C. Reports of the Federation of Euro-
pean Laboratory Animal Science Associations Working Group on Education accepted by
the FELASA Board of Management. Lab Anim. 1995;29:121-131.
22. Jaenisch R. lnfection of m ouse blastocysts with SV40 DNA: n ormal development
of the infected embryos a nd persistence of SV40-specific DNA sequences in the adult
animais. Cold Spring H arb Symp Q uant Biol. 1975;1:375-380.
23. Cha n AW; H o m an EJ ; Bailou LU; Burns J C; Bremel RD. Transgenic cattle pro-
du ced by reverse-transcri bed gene t ra nsfer in oocytes. Proc Natl Acad Sei USA .
1998;95:1402 8-14033.
24. Kob ayas hi T; Takeuchi Y; Takeuchi T; Yoshizaki G. Generation of viable fish from
cryopreserved primordial germ cells. Mol Reprod Dev. 2007;74:207-213 .
25. Farlora R; Kobayashi S; França LR; Batlouni SR; Lacerda SMSN; Yoshizaki G.
Expression of G FP in transgenic tilapia und er the control of the medaka l:i<l-actin promo-
ter: establishment of a model system for germ cell transplantation. Animal Reproduc-
tion. 2009;3:450-459.
26. Robertson E; Brad ley A; Kuehn M; Evans M. Germ-line transmission of genes intro-
duced into cultured pluripotential cells by retroviral vector. Nature. 1986;323:445-448 .
27. M a io ne B; Lavitrano M; Spadafora C; Kiessling AA. Sperm-mediated gene transfer
in mice. Mol Reprod Dev. 1998;50 :406-409.
28. Müller F; l vics Z; Erdélyi F; Papp T; Váradi L; Horváth L; Maclean N; Orbán L.
lntroducing foreign genes in to fish eggs with elect roporated sperm as a carrier. Mol Mar
Biol Biotechnol. 1992; 1:276-28 1.
29. Thomas KR; Capecchi MR. Site-directed mutagenes is by gene targeting in mouse
embryo-derived stem cells. Cell. 1 987;51 :503-512 .
30 . Capecchi MR. Altering the genome by hom o logo u s recombination. Science.
1989;244: 1288-1292.
3 1. Saito S; Sawai K; Ugai H ; et ai. Generation of cloned calves and transgenic chime-
ric embryos fro m bovine em bryonic stem-like cells. Biochem Biophys Res Commun.
2003;309:104-113.
32. H amra FK; Gatlin J; Chapman KM; et ai. Production of transgenic rats by lenti viral
tr ansduction of male germ-line stem cells. Proc Natl Acad Sei USA. 2002;99:14931-14936 .
33. Orwig KE; Avarbock MR; Brinster RL. Retrovirus-mediated modification of male
germline stem cells in rats. Biol Reprod. 2002;67:874-879.
Transplante de Espermatogônias-Tronco como Abordagem Biotecnológica para a Produ1õo de Animais Transgênicos 1161
50. Bardin CW. And rogens: early attempts to evaluate Leydig cell function in man . ln:
Payne AH; Hard y M P; Russell LD, editors. T he Leydig cell. Viena: Cache River Press;
1996. p .31 -42 .
5 1. Suárez-Q uia n CA; Oke BO; Musco N. Localization of the a ndrogen receptor in the
rodem tes tis. ln: Martínez-García F; Regadera J, ed itors . Male reproduct ion; a mul-
tidisciplinar y over view. Madrid: Churchill Communicatio ns Europe Espafia; 1998 .
p .114-124.
52 . de Gend t K; Swinnen J V; Saunders PT; et a i. A Sert oli cell-selective knocko ut of
the androgen receptor ca uses spermatogenic arrest in meiosis. Proc Natl Acad Sei USA.
2004 ;101 :1327-1332.
53 . Pelliniemi LJ; K uopio T; Frojdman K. The cell biology and func t io n of t he feta l
Leydig cell. ln: Payne AH ; Hardy M P; Russell LD, ed itors. T he Leydig cell. Viena : Cache
River Press; 1996. p .143-157.
54. Wu X; Wan S; Lee M M . Key factors in the regulation of feta l and postnatal Leydig
cell development. J Cell Physiol. 2007;213 :429-433 .
55. Sharpe R . Regulation of spermatogenesis. ln: Knobil E; Neill J, editors. T he Physio-
logy of Reproductio n. Vol. 2. New York: Raven Press; 1994. p.1363-1434.
56. Fan X; Robaire B. Orchidectomy induces a wave of ap opotic cell death in the epidi -
dymis. Endocrino logy. 1998;139:2128-2136 .
57. Goya l HO; Williams CS; Kh alil MK, et a i. Postnatal di ffe rentiation of duccus defe-
rents, tai l of the epididymis, and distal body of epid idymis in goats occurs independently
of rete testis fluid. Anat Rec. 1999;254:508-520 .
58 . D ym M . Basem e nt m em brane regu la t io n of Sert o li cell s. End ocr Rev.
1994; 15:l 02-115 .
59 . Ric har dso n LL; Kl einman HK; Dym M . Basement m embrane gene expression by
Sertoli a nd peritu bul ar myoid cells in vitro in the rat. Biol Reprod. 1995;52:320-330.
60. Matsui Y; Mochizuki K. A current view of the epigenome in mouse primordia l germ
cells. Mol Reprod Dev. 2014;81:160-170 .
6 1. Mol yneaux K, Wylie C . Pr imor d ia l germ cell m igration. l nt J Dev Biol.
2004;48:537-544 .
62. Raz E; Hopkins N . Primordial germ -cell development in zebrafish. Res ults Probl Cell
Diffe r. 2002;40: 166-179.
63. Culty M. Gonocytes, the forgotten cells of the germ cell lineage. Birth Defects Res C
Embryo Today. 2009;87: 1-26.
64. De Felici M . Primord ia l germ cell biology at the beginning of the XXI cen tury. ln t J
Dev Biol. 2009;53 :891-894.
65 . White-Cooper H ; Bausek N . Evolut io n and spermatogenesis. Philos Tra ns R Soe
Lond B Biol Sei. 2010;365:1 465-1480 .
Transplante de Espermatogônias-Tronco como Abordagem Biotecnológica para a Produ1õo de Animais Transgênicos 1163
66 . Lacerda SM; Costa GM; Campos-Junior PH, et ai. Germ cell transplantation as
a potential biotechnological approach to fish reproduction. Fish Physiol Biochem.
2013;39:3-l l.
67. Russell LD; Ettlin RA; Sinha-Hikim AP; Clegg ED. Histological a nd histopatho logi-
cal evaluation of the testis. Clearwa ter: Cache River Press; 1990 .
68 . Schulz RW; De França LR; Lare yre JJ; et ai. Spermatogenesis in fish . Gen Comp
Endocrinol. 2010;165:390-411.
69 . Brinster RL. Ge rmline stem cell transplantation a nd transgenesis. Science.
2002;296:2174-2176.
70. Singh SR; Burnicka-Turek O; Cha uhan C; Hou SX. Spermatogonial stem cells, infer-
tili ty, and testicular cancer. J Cell Mol Med. 2011;15:468-483.
71. Nagano MC. Homing efficiency a nd proliferation kinetics of ma le germ line stem
cells following transplantation in mice. Biol Reprod. 2003;69 :70 1-707.
72. Meistrich ML; van Beek MEAB. Spermatogonial stem cells. ln: C Desjardins and LL
Ewing LL, editors. Cell a nd Molecular Biology of the Testis. New York: Oxford Uni ver-
sity Press New York; 1993. p.266-295.
73. Tegelenbosch RA; de Rooij DG. A quantitative stud y of spermatogonial multiplication
and stem cell renewal in the C3H/10 1 Fl hybrid mouse . Mutat Res. 1993;290:193-200.
74. Campos-Junior PH; Costa GM; Lacerd a SM; et a i. The spermatogonial stem cell
niche in the collared peccary (Tayassu ta jacu). Biol Reprod. 2012;155:1 -10.
75 . Ko lasa A; Misiakiewicz K; Marchlewicz M; Wiszniewska B. The generation of sper-
matogonial stem cells a nd sperm atogonia in m amma ls. Reprod Biol. 2012;12:5-23.
76. Costa GM; Avelar GF; Rezende-Neto JY; et ai. Spermatogo nial stem cell markers and
niche in equid s. PLoS One. 2012;7:e44091.
77. Mucksová J; Ka lina J ; Bakst M; et ai. Expression of the chicken G DNF family recep-
tor a.-1 as a ma rker of spermatogonial stem cells. Ani m Reprod Sei. 2013;142:75-83 .
78 . Lam DM; Furrer R; Bruce WR. The separation, physical characterization, and dif-
ferentiation kineti cs of spermatogonial cells of the mouse. Proc Nacl Acad Sei USA .
1970;65:192-199.
79 . Go YL; Yernon RG; Fritz lB. Studies on spermatogenesis in rats. 1. Application of the
sedim entatio n velocity technique to an in vestigation of spermatogenesis. CanJ Biochem.
1971;49: 753-760.
81. Romrell LJ; Bellvé AR; Fawcett DW. Separation of mo use spermatogenic cells by
sedim entation velocity. A m orp hological characterization. Dev Biol. 1976;4 9:11 9-131.
82 . Bellvé AR; Millette CF; Bhatnagar YM; O'Brien DA. Dissociatio n of t he mo use
testis a nd char acterizatio n of isolated sperm atogenic cells. J Histochem Cytochem.
1977;25 :480-494.
83 . Shinohara T; Avarbock MR; Brinster RL. Functional analysis of spermatogonial stem
cells in Steel a nd cryptorchid infert ile mouse models. Dev Biol. 2000;220:401-411.
1164 Biotecnologia Aplicado à Saúde
100. Kim YH; Kim BJ; Kim BG; et ai. St age-s pecific embr yonic a ntige n-1 expr es-
sion by undiffere ntiated sperm atogonia in the pr epuberta l boar testis. J Anim Sei.
2013;91 :3143-3154.
101. Yang L; Wu W; Qi H. Gene expression profiling revealed specific spermatogo nial
stem cell genes in mouse. Genesis. 2013;51 :8 3-96.
102. Von Schonfeld t V; Krishnamurthy H; Foppiani L; Schlatt S. Magnetic cell sorting is
a fast and effective method of enriching viable spermatogonia from Djungarian hamster,
mouse, and marmoset monkey testes. Biol Reprod. 1999;6 1:582-589 .
103. Gassei K; Ehmcke J; Schlatt S. Efficient enrichment of undifferentiated GFR a lpha
1+ sperm atogonia from imma ture rat testis by magnetic acti vated cell sorting. Cell Tis-
sue Res. 2009;337:177-183.
104. G holami M; Saki G; Hem adi M; et a i. M elatonin effect on expression apoptotic
genes in vitrified -thawed 6-old-d ays mouse spermatogonial stem cells type A. lra n J
Basic Med Sei. 2013;16:906-909.
105 . Abbasi H ; Tahmoorespur M; Ho sseini SM; et a i. THYl as a reliab le mar-
ker for enrichment of undifferentiated spermatogo nia in the goat. Theriogenology.
2013;80:923-932.
106. Wu J; Song W; Zhu H ; et ai: Enrichment a nd characterization of Thyl -positive
male germline stem cells (mGSCs) fro m dairy goat (Capra hircus ) testis usi ng magnetic
microbeads. Theriogenology. 2013;80:1052-1060.
107. lzadyar F, Spierenberg GT, Creemers LB, et ai. l solation and purification of type A
spermatogo nia from the bovine testis. Reproduction. 2002;124:85-94.
108. He Z; Kokkina ki M ; Jiang J ; et ai. lsolatio n of human male germ-line stem cells
using enzymatic digestion a nd m ag netic-activated cell sorting. Methods Mol Biol.
20 12;825:45-57.
109. Hermann BP; Sukhwani M; Simorangkir DR; et a i. Molecular dissection of the
male germ cell lineage identifies putative spermatogonial stem cells in rhesus macaques.
Hum Reprod. 2009;24:1704 -1016.
110. Lacerda SMSN; Batlouni SR ; Sil va SBG; et a i. Germ cells transplantation in fis h:
the Nile-tilapia model. Animal Reproduction. 2006;3:146-159 .
111. Morena AR; Boitan i C; Pesce M; et ai. l solation of highly purified type A spermato-
gonia fro m prepubertal rat testis. Jo urnal of Andrology. 1 996; 1 7(6) :708-717.
112. Herrid M; Davey RJ; Hutton K; et ai. A comparison of methods for preparing enri-
ched populations of bovine spermatogonia . Reprod Fertil Dev. 2009;2 1:393.
11 3. De Barros FR; Worst RA; Saurin GC; et a i. a-6 integrin expression in bovine sper-
matogonia l cells purified by discontinuo us Per coll density gradient. Reprod Domest
Anim. 2012;47:887-890 .
1166 Biotecnologia Aplicado à Saúde
114. Dirami G; Ra vindranath N; Pursel V; Dym M. Effects of stem cell factor and gra-
nulocyte macrophage-co lony stimulating factor on survival of porcine type A sperm ato-
gonia cultured in KSOM. Biol Reprod. 1999;61:225-230.
115. Lacerda SM; Batlouni SR; Costa GM; et ai. A new and fase technique to generate
offspring after germ cells transplantation in adule fish: the Nile t ilapia (Oreoc hromis
niloticus) model. PLoS One. 2010;5 :e10 740.
116. Rodriguez-Sosa JR; Dobson H; Ha hnel A. lsolation and tra nsplantation of sperma-
togonia in sheep. T heriogenology. 2006;66:2091-2103.
117. Kaul G; Kaur J; R afeeqi TA. Ultrasound guided transplantation of enriched
a nd cryopreserved sperm acogon ial cell suspension in goa ts. Reprod Domest Anim.
2010;45:e249-254.
118. Wang YB; Chen B; Wa ng YC; et a i: The feeder layer of human embryonic fibro-
blasts supports the growth of huma n spermatogonial stem cells. Z honghua Na n Ke Xue.
2008;14:1063-1068.
11 9. Liu S; Tang Z; Xiong T; Tang W. lsolation and characterization of huma n sperma-
togonial stem cells. Reprod Biol Endocrinol. 2011;9:141.
120. Ahmad S; Xiao Y; Han L; et ai. lsolatio n, identification and enrichmen t of type a
spermatogonia from the testis of chinese cross-bred buffa loes (swa mp x river). Reprod
Domest Anim. 2013;48:373-381.
121. Kadam PH; Ka la S; Agrawal H; et a i. Effects of glial cell line-derived neurotrophic
factor, fibroblast growth factor 2 and epiderma! growth factor on proliferation and the
expr essio n of some genes in buffalo (B uba lus bubalis) spermatogonial cel ls. Reprod
Fertil Dev. 2013;25:1149-1157.
122. Rafeeqi T; Kaul G. lsolation and enrichment of type A spermatogonia from pre-pu-
bertal buffa lo ( Bubalus bubalis) testis. Andrologia. 2013;45:195-203.
123 . Naga no M; Avarbock MR; Leonida EB; et a i. Culture of mo use spermatogo nia l
stem cells. Tissue Cell. 1 998;30:389-397.
124. Ka natsu-Shinohara M; Ogonuki N; lnoue K; et a i. Restoration of fertility in infer-
tile mice by tr ansplantation of cryopreserved male germline stem cells. Hum Reprod.
2003;18:2660-2667.
125. Kubota M; Chiba M; Obinata M; et a i. Establishm ent of Periodontal Ligament
Cell Lines from Temperature-Sensitive Simian Virus 40 Large T-antigen Transgenic Rats.
Cytotechno logy. 2004;44:5 5-65 .
126. Saco T; Katagiri K; Yokonishi T; et ai. ln vitro production of fertile sperm from
murine spermatogonial stem cell lines. Nat Commun. 2011;2:472-479.
127. Aoshima K; Baba A; Makino Y; Okada Y. Establishment of alternative cultu re
method for spermatogonial stem cells using k nock out serum replacement. PLoS O ne.
2013;8:e77715.
Transplante de Espermatogônias-Tronco como Abordagem Biotecnológica para a Produ1õo de Animais Transgênicos 1167
128. Wang XN; Li ZS; Ren Y; et ai: The Wilms Tumor Gene, Wtl, Is Criticai for Mouse
Spermatogenesis via Regulation of Sertoli Cell Polarity and Is Associated with Non-Obs-
tructive Azoospermia in Humans. PLoS Genet. 2013;9:el003645.
129. Hamra FK; Chapma n KM; Wu Z; Garbers DL. lsolating highl y p ure rat spermato-
gonial stem cells in culture. Methods Mol Biol. 2008;450:163 -179.
130. Wu Z; Luby-Phelps K; Bugde A; et a i. Capacit y for stochastic self-renewal and
differentiation in mammalian spermatogonial stem cells. J Cell Biol. 2009;187:513-524.
131. Aponte PM; Soda T; Teerds KJ; et ai. Propagation of bovine spermatogo nial stem
cells in vitro. Reproduction, 2008;136:543-557
132. Nasiri Z; Hosseini SM; Haj ian M; et ai. Effects of different feeder layers on shor-
t-term culture of prepubertal bovine testicular germ cells in-vitro. Theriogenology.
2012; 77:1519-1528 .
133. Kala S; Kaushik R; Singh KP; et ai. ln vitro culture and morphological characteriza-
tion of prepubertal buffalo (B ubalus bubalis) puta tive spermatogonial stem cell. J Assist
Reprod Genet. 2012;29:1335-1342.
134. Bahadorani M; Hosseini SM; Abedi P; et ai. Short-term in- vitro culture of goat
enriched sperm atogonia l stem cells using different serum concentra tio ns. J Assist Reprod
Genet. 2012;29:39-46.
135. H eidari B; Rahmati-Ahmadabad i M; Akhondi MM; et ai. l solation, identification,
and culture of goat spermatogonia l stem cells using e-ki t and PGP9.5 m arkers. J Assist
Reprod Genet. 2012;29:1029-1038.
136. Tiptanavattana N; Thongkittidilo k C; Techakumphu M; Tharasanit T. Characte-
rizatio n and in vitro culture of putati ve spermatogonial stem cells d erived from feline
testicular tissue. J Reprod Dev. 2013;59:189-195 .
137. Han SY; Gupta MK; Uhm SJ ; Lee HT. lsolatio n a nd ln vitro Culture of Pig Sperma-
togonial Stern Cell. Asian-Aust J Anim Sei. 2009;22:187-193.
138 . Sadri-Ardekan i H; Mizrak SC; van D aalen SK; et a i. Propagation of h uman
spermatogonia l stem cells in vitro. JAMA. 2009;302:2127-34. Erratum in: JAMA.
2010;303:422.
139. Sadri-Ardekani H; Akhondi MA; van der Veen F; et a i. ln vitro propagation of
human prepubertal spermatogonial stem cells. JAMA. 2011;305 :2416-2418.
140. Goharbakhsh L; Mohazzab A; Salehkhou S; et ai. l solation and culture of human
spermatogonial stem cells de ri ved from testis biopsy. Avicenna J Med Biotechnol.
2013;5:54-6 1.
141. Pira var Z; Jeddi-Tehrani M; Sadeghi MR; et ai. ln vitro Culture of Human Testicu-
la r Stern Cells on Feeder-Free Condition. J Reprod lnfertil. 2013;14:17-22.
142. Momeni-Moghaddam M ; Matin MM; Boozarpour S; et ai. A simple method for
isolation, culture, and in vitro ma intenance of chicken sperm atogo nial stem cells. ln
Vitro Cell Dev Biol Anim. 2014;50:155-161.
1168 Biotecnologia Aplicado à Saúde
143. Kawasaki T; Saito K; Sakai C; et ai. Production of zebrafish offspring from cultured
spermatogonial stem cells. Genes Cells. 2012;17:316-325.
144. Wong TT; Collodi P. Effects of specific and prolonged expression of zebrafis h
growt h facto rs, Fgf2 a nd Lif in primordial germ cells in vivo. Biochem Biophys Res
Commun. 2013;430:347-351.
145. Shikina S; lhara S; Yos hizaki G . Culture conditions for maintaining the survival
and mitotic activity of ra inbow trout transplantab le type A spermatogonia. Mol Reprod
Dev. 2008;75:529-537.
146. Shikina S; Yoshizaki G. lmproved in vitro culture conditions to enhance the survi-
val, mitotic activity, a nd transplantability of rainbow crouc type A spermatogonia. Biol
Reprod. 2010;83:268-276.
147. Shikina S; Nagasawa K; Hayas hi M; et ai. Short-term in vitro culturing impro ves
transplantability of type A spermatogonia in rainbow trout (Oncorhynchus mykiss). Mol
Reprod Dev. 2013;80:763-773 .
148. Gurd on JB. The translation of messenger RNA injected in living oocytes of Xenopus
laevis. Acta Endocrinol Suppl. 1973;74:225-243.
149. Mous J ; Peeters B; va n Bellegem H; Rombauts W. Trans latio n of biologically
active messenger RNA from human placenta in Xe nopus oocytes. Eur J Biochem .
1979;94:393-400.
150 . Wigler M , Sweec R, Sim GK, Wold B, Pellicer A, Lacy E, et a i: Transformation of
mammalian cells with genes from procaryo tes and eucar yotes. Cell 1979, 16:777-785.
15 1. Mulligan RC; Howard BH; Berg P. Synthesis of rabbit beta-globin in cultured
monkey kidn ey cells follow ing infection with a SY40 beta-globin recombinam genome.
Nature. 1979;277:108-114.
152. Breindl MD; Willecke K; Dausman J ; Jaenisc h R. Ger m line integration of
Moloney leuke mia virus: ldentification of the chromosomal integratio n site. PNAS.
1979; 76:1 938-1942.
153. Brinster RL; Chen HY; Trumbauer ME; Avarbock MR. Trans lation of globin mes-
senger RNA by the mouse ovum. Nature. 1980;283:499-501.
154. Ja hner D; Jaenisch R. l ntegratio n of Moloney leukaem ia vírus into t he germ line
of mice: correlation between site of integration and virus activatio n. Nature. 1980,
287:456-458 .
155. Costantini F; Lacy E. lntroduct ion of a rabbit l:il-globin gene into the mouse germ
line. Nature. 1981;294:92-94.
156. Jaenisch R; Mintz B. Simia n vírus 40 DNA seq uences in DNA of health y adule
mice derived from preimplantation bla s tocys t s inj ected w it h virai DNA. PNAS .
1 974 ; 71 :1 250-1254.
157. Gordon JW; Scangos GA; Plotkin DJ; et a i. Ge neti c transforma t io n of mouse
embryos by microinjection of purified DNA. PNAS. 1980;77:7380-7384 .
Transplante de Espermatogônias-Tronco como Abordagem Biotecnológica para a Produ1õo de Animais Transgênicos 1169
158. Palmiter RDB; H ammer RL; Trumbauer RE; et ai. Dramatic growth of mice that
de velop from eggs microinjected w ith metallothionein-growth hormone fusion genes .
Nature. 1982;300:611 -61 5.
159. Zhu Z; Li G; He L; Chen S. Novel gene transfer into the fertilized eggs of gold fish
(Carassi us auratus L. 1758) . Z angew Ichthyol. 1985;1 :31-34.
160. Lavitrano M; Cama ioni A; Fazio VM; et ai. Sperm cells as vectors for introducing
foreign DNA into eggs: genetic transformation of mice. Cell. 1989;57:71 7-723.
161. Karma li PP; Cha udhuri A. Cationic liposomes as non-viral carriers of ge ne medici-
nes: resolved issues, open questions, and future promises . Med Res Rev. 2007;2 7:696-722 .
162. Gossler A; Doetschma n T; Korn R; et ai. Transgenesis by means of blastocyst-deri-
ved embryonic stem cell lines . Proc Natl Acad Sei USA. 1986;83:9065-9069.
163. West FD; Uh! EW; Liu Y; et ai. Brief report: chimeric pigs produced from induced
pluripotent stem cells demonstrate germline transmission a nd no evidence of tumor for-
mation in young pigs. Stern Cells. 2011;29:1640-1643 .
164. Van Berkel PHC; Welling MM; Geerts M; et ai. Large scale production of recom -
binant human lactoferrin in the milk of transgenic cows. Nature Biotechnolology.
2002;20:484-48 7.
165. Yang B; Wang J; Ta ng B; et a i. Characterization of bioactive recombinant human
lysozyme expressed in milk of cloned transgenic cattle. PLoS ONE. 2011;6:el 7593.
166. Maga EA; Walker RL; Anderson GB; Murray JD. Consum ption of milk from trans-
genic goats expressing human lysozyme in the mammary gland res ults in the mod ulation
of intestina l microflora. Transgenic Research. 2006;15:515-519.
167. Kim SJ; Sohn BH; J eong S; et a i. High-level expression of human lactoferri n in milk
of transgenic mice using genomic lactoferrin sequence. The Journal of Biochemistry.
1999;126:320-325.
168 . Bleck GT; White BR; Miller DJ; Wheeler MB. Production of bovine a lpha u- lacta l-
bumin in the milk of transgenic pigs. J ourna l Animal Science . 1998;76:3072-3078 .
169. Edmunds T; Van Patten SM; Pollock J; et ai. Transgenically produced human ant i-
thrombin: structural and functional comparison to human plasma-derived antithrom bin.
Blood. 1998;9 1:4561-4571.
170. Rahman MA; Mak R; Ayad H; et ai. Expression of a novel piscine growth hormone
ge ne results in growth enhancement in transgenic t ilapia (Oreochromis niloticus) . Trans -
genic Res. 1998;7:357-369.
171. Sarmasik A; Warr G; Chen TT. Production of transgenic medaka with increased
resistance to bacterial pathogens. Mar Biotechnol. 2002;4:310-322.
172. Wang R; Zhang P; Gong Z; Hew CL. Expression of the antifreeze protein gene in
transgenic goldfish (Carassius auratus) a nd its implication in cold adaptation. Molecular
Marine Biology and Biotechnology. 1995;4:20-26.
1170 Biotecnologia Aplicado à Saúde
173. Golovan SP; Meidinger RG; Ajaka iye A; et ai. Pigs expressing salivary phytase pro-
duce low phosphorus manure. Nature Biotechnology. 2001;19:741 -745.
174. Gong Z; Wan H; Tay TL, et ai. Development of transgenic fish for ornamental and
bioreactor by strong expressio n of fluorescent proteins in t he skeletal muscle. Biochemi-
cal Biophysical Research Communica tions. 2003;58-63.
175. D unh am RA; Eash J; Askins J; Townes TM. Transfer of the metallothioneinhuma n
growth hormone fusion gene into channel catfish. Transactions of the American Fisheries
Society. 1987;11 6:87-9 1.
176. Rooij DG. Regulation of spermatogonial stem cell behavior in vivo and in vitro.
Anim Reprod. 2006;3:130-134.
177. Denning C; Priddle H. New frontiers in gene targeting and cloning: success, app.
and challenges in d. a . a nd h. embryonic s. cells. Repr. 2003;126:1-11.
178. O li ve V; Cuzin F. The spermatogo nial stem cell: from basic knowledge to transgenic
tec hnology. lnt J Biochem Cell Biol. 2005;3 7:246-250.
179. Kanats u-S hinohara M; Shino hara T. Sperm atogonial stem cell self-renewal and
development. Annu Rev Cell Dev Biol. 2013;29:163-187.
180. Kanatsu-S hinohara M; Shinohara T. Germline modification using mouse spermato-
gonial stem cells. M ethods Enzymol. 2010;477:17-36 .
1 81. Lee J; Shinohara T. Epigenetic modifications and self-renewal regulatio n of mo use
germline stem cells. Cell Res. 2011;21:1164-1171.
1 82. Ka nats u-Shino hara M; Mori Y; Shino hara T. Enrichment of mouse spermatogonial
stem cells based on aldehyde dehydroge nase act ivity. Biol Reprod. 2013;89:140.
1 83. Tang L; Rodriguez-Sosa JR; Dobrinski l. Germ cell transplantation and testis tiss ue
xenografting in mice. J Vis Exp. 2012;60.
1 84. Ogawa T; Aréc haga JM; Avarbock MR; Brinster RL. T ra nsplantation of testis ger-
mina l cells into mo use seminifero us tu bules. lnt J Dev Biol. 1997;4 1: 111 -122 .
185. Dobrinski l; Ogawa T; Avarbock MR; Brinster RL. Computer ass isted image analy-
sis to assess colonization of recipient seminiferous tubules by spermatogonia l stem cells
from transgenic donor mice. Mo! Reprod Dev. 1999;53:142-148.
1 86. Clouthier DE; Avarbock MR; Maika SD; et ai. Rat spermatoge nesis in mouse test is.
Nature. 1996, 381:418-421 .
187. Shino ha ra T; Kato M; Take hashi M; et a i. Ra ts produced by inter species
spermatogonial tra nspla ntation in mice and in vitro microinsemination. PNAS.
2006;103:13624-13628.
188. Russell LO; Brinster RL. Ultrastructur al observatio ns of spermat ogenesis fol-
low ing transpla ntatio n of ra t testis cells into mouse seminifero us tubules. J Androl.
1996;17:615-627 .
1 89 . França LR; Ogawa T; Avarbock MR; et ai. Germ cell genotype controls cell cycle
during spermatogenesis in the rat. Biol Reprod. 1 998;59:1371-1377.
Transplante de Espermatogônias-Tronco como Abordagem Biotecnológica para a Produ1õo de Animais Transgênicos 1171
190. Ogawa T; Dobrinski I; Brinster RL. Recipient preparation is criticai for spermato-
gonia l transplantation in the rat. Tissue Cell. 1999;3 1:461-472.
191. Honaramooz A; Behboodi E; Blash S; et ai. Germ cell transplantation in goats. Mol
Reprod Dev. 2003;64:422-428.
192. Takeuchi Y; Yoshizaki G; Takeuchi T. Generation of li ve fry from intraperitoneally
transplan ted primordial germ cells in rainbow trout. Biol Reprod. 2003;69:1142-1149.
193. Takeuchi Y; Yoshizaki G; Takeuchi T. Surrogate broodstock produces salmonids.
Nature. 2004;430:629 -63 0.
194. Okutsu T; Shikina S; Kanno M ; et ai. Production of trout offspring from triploid
salmon parems. Science. 2007;317:1517.
195 . Yoshizaki G; Okutsu T; Morita T; et a i. Biological characteristics of fish germ cells
and their application to developmental biotechnology. Reprod Do mest Anim. 2012;47
Suppl 4:187-192.
196. Okutsu T; Suzuki K, Takeuchi Y; et ai. Testicular germ cells can colonize sexuall y
undiffer entiated embryonic gon ad and produce fun ctional eggs in fish. PNAS.
2006;103:2725-2 729.
19 7. Dann CT. Transgenic modificatio n of spermatogonial stem cells using lentiviral
vectors. Methods Mol Biol. 2013;927:503-518.
198 Nagano M; McCarrey JR; Brinster RL. Primate spermatogonial stem cells colonize
mouse testes. Biol Reprod. 2001;64:1409-141 6.
199. Kal ina J; Senigl F; Micáková A; et a i. Retrovirus-med iated in vitro gene transfer
into chicken ma le germ line cells. Reproduction. 2007;134:445-453.
200. H a mra FK; C hapma n KM; Nguyen DM; et a i. Self r ene wa l, expan sio n,
and transfection of rat spermatogonia l st em cells in culture. Proc Natl Acad Sei.
2005;102:17430 -17435 .
201. Ry u BY; Kubota H; Ava rbock MR; Brinster RL. Conservation of sp ermato-
gonial stem cell self-renewal signa ling between mouse a nd rat. Proc N atl Acad Sei.
2005;102: 14302-14307.
202. Bukrinsky MI; H aggerty S; Dempsey MP; et ai. A nuclear loca lization s ignal
w ithin HIV-1 m atrix protein that governs infection of non-di viding cells. Nature.
1993;365:666-669.
203. Verma IM; Somia N. Gene therapy - promises, problem s a nd prospects. Nature .
1997;389:239-242.
204. Nagano M; Pa trizio P; Brinster RL. Long-term survival of human spermatogonial
stem cells in mo use testes. Fertil Steril. 2002;78:1225-1233.
205. Ryu BY; O rwig KE; Oatley JM; et a i. Efficient gene ration of t ransgenic rats t hrough
the m ale germline using lentiviral transduction and transplantation of spermatogonia l
stem cells. J Androl. 2007;28:353-360 .
1172 Biotecnologia Aplicado à Saúde
206. Harkey MA; Asano A; Zoulas ME; et ai. lsolation, genetic manipulation, and trans-
plantation of canine spermatogonial stem cells: progress toward transgenesis through
the male germ-line. Reproduction. 2013;146:75-90.
207. W hyte JJ; Prather RS. Genetic mo difications of pigs for medicine and agriculcure.
Mol Reprod Dev. 2011;78:879-89 1.
208. Bacci ML. A brief overview of transgenic fa rm anima is. Vet Res Commun. 2007;3 1
Suppl 1:9-14.
209. Dinnyes A; Tian XC; Yang X. Epigenetic regu lation of foetal developme nt in nuclear
transfer anima l models. Reprod Domest Anim. 2008;43 Suppl 2:302-329.
21 O. Zeng W; Tang L; Bondareva A; et a i. Virai transd uction of ma le germline stem cells
res ults in transgene transmission after germ cell transplantation in pigs. Biol Reprod .
2013;88:27.
2 11. Honaramooz A; Cui XS; Kim NH; Do brinski l. Porcine embryos produced after
intracytoplasmic sperm injection using xenoge neic pig sperm from neonatal testis tissue
grafted in mice. Reprod Fertil Dev. 2008;20:802-807.
212. Lorenz P, Harnack U, Morgenstern R: Efficient gene transfer into murine em bryo-
nic stem cells by nucleofectio n. Biotechno l Lett. 2004;26:1589-15 92 .
213. Trompeter Hl; Weinhold S; Thiel C; et ai. Rapid and highly efficient gene tra nsfer
in to natural killer cells by nucleofection. J lmmunol M ethods. 2003;274:245-256.
214. Zeitelhofer M ; Vessey JP; Xie Y; et a i. High-efficiency transfection of mammalian
neurons via nucleofection. Nat Protoc. 2007;2:1692-1704.
215. Zeng W; Tang L; Bondareva A; et a i. No n-viral transfection of goat germline stem
cells by nucleofection res ul ts in productio n of tra nsgenic sperm after germ cell trans-
plantation. Mol Reprod Dev. 2012;79:2 55-261.
216. Honaramooz A; Megee SO; Rathi R; Dobrinski l. Building a testis: formation of
functio na l testis tissue after transplantation of isolated porcine (Sus scrofa) testis cells.
Biol Reprod. 2007;76:43-4 7.
217. Rodriguez-Sosa J R; Dobrinski l. Recent developments in testis tissue xenografting.
Reproduction. 2009;138:187-194.
218. Campos-J uni o r PH; Costa GM; Avelar GF; et a i. Derivation of sperm from
xe nografted testis cel ls and tissues of the peccary (Tayass u tajacu) . Reproduction.
2014;14 7:291-299.
219 . Simon L; Ekman GC; Kostereva N; et a i. Direct transdifferentiat io n of stem/pro-
genitor spermatogonia into reproductive and nonreproductive tissues of ali germ layers.
Stern Cells. 2009;27:1666-1675 .
220. Caires K; Broady J ; McLean D. Maintaining the male germline: regulation of sper-
matogonial stem cells. J End ocrinol. 2010;205:133-145.
AUTORES
CAROLINE RIZZI
ELIZA HIGUTI
EUGENIA COSTANZI-STRAUSS
JÕRG KOBARG
KAMILLA SWIECH
MÁRCIA NEIVA
NAJA VERGANI
PAOLO BARTOLINI
PRITESH J. LALWANI
SPARTACO ASTOLFI-FILHO
TIAGO COLLARES
VINICIUS F. CAMPOS
VIRGÍNIA PICANÇO-CASTRO