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PRÁTICA DO ENSINO DA
MATEMÁTICA
Diretor Geral
Nildo Ferreira
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Rua Inácio Higino, n° 1050 - Ed. Centro Empresarial Praia da Costa Torre
Leste - 12° andar, Praia da Costa - Vila Velha - ES - CEP: 29101-094
Apresentação
Caro estudante,
Algumas questões que abordaremos são: para quem ensinar? Como fazer isso?
Porquê?Quetipo de linguagem,concepções e estratégiasutilizar?Muitasoutras
reflexões surgirão no decorrer do curso e, como afirma Munhoz (2011), dialogar sobre
métodos de ensino ajuda na construção do saber.
Bom estudo!
Objetivo
Auxiliar na compreensão das representações da matemática inseridas em nossa
sociedade, colaborando para a formação do perfil docente atuante na Educação
Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Habilidades e competências
• Planejar atividades que envolvam as principais concepções na área da matemática,
reconhecendo a representação simbólica da criança.
• Reconhecer as representações dos números e suas operações visando à
compreensão do caminho percorrido.
• Compreender as diferentes concepções epistemológicas e psicológicas que
envolvem a área da matemática na Educação Infantil.
• Reconhecer os diferentes significados do número para o melhor entendimento da
matemática aplicada à Educação Infantil no contexto social.
• Utilizar as noções dos conceitos matemáticos para a compreensão da realidade e
solucionar problemas elaborando novas estratégias de ensino.
• Avaliar as propostas de intervenção na realidade envolvendo os conceitos
matemáticos e estratégias metodológicas apresentados no decorrer de todas as
unidades.
Ementa
Estudo das diferentes concepções epistemológicas e psicológicas que envolvem a
área da matemática na Educação Infantil. Identificação dos processos psicológicos
(cognitivos)subjacentesaodesenvolvimentodaestruturanumérica(conceito do
número) e das estruturas lógicas de classificação e seriação. Agrupamentos nas
diferentes bases (não decimal). Diferentes sistemas de notação das crianças: a
representação gráfica e numérica. Noções espaciais e topológicas na criança.
Solução de Problemas na Educação Infantil. A influência das diferentes concepções
napráticapedagógica do professor na seleção de conteúdos,materialdidático,
metodologias e sistemas de avaliação da matemática na Educação Infantil.
Sumário
1. Refletindo coma história..................................................................7
2. A importância do ensino de matemática na Educação Infantil ........................................ 13
3. ParâmetrosCurricularesNacionaiseensino-aprendizagem dematemática....................... 19
4. Conteúdos de matemática na Educação Infantil ............................................................... 24
5. Epistemologia do ensino de matemática ........................................................................... 30
6. Piaget e suas principais contribuições para o ensino de matemática .............................. 35
7. Vygotsky e o ensino de matemática ................................................................................... 41
8. Opapel do professor no processo deensino-aprendizagem da matemática ................... 47
9. Linguagem e o processo de ensino-aprendizagem da matemática ................................. 53
10. A leitura e o desenvolvimento do pensamento matemático ........................................... 58
11. A criança eo número ...................................................................... 63
12. Significações numéricas ........................................................................68
13. Processosmentaispara a aprendizagem e a aprendizagem da Matemática .................... 76
14. Sistema de numeração................................................................... 82
15. Operações matemáticas............................................................................... 87
16. A adição.......................................................................................... 92
17. A subtração .................................................................................... 98
18. A multiplicação ............................................................................103
19. A divisão .......................................................................................110
20. Medidas .......................................................................................116
21. Estratégias de utilização do sistema de medidas ............................................................ 121
22. O pensamento geométrico ........................................................................ 125
23. Concepções e geometria ..............................................................131
24. A geometria ea criança ................................................................135
25. O lúdico ea geometria ..................................................................143
26. Geometria topológica ..................................................................148
27. Sólidos geométricos .....................................................................153
28. Simetria e tiposde simetria ..........................................................157
29. Atividades pedagógicas envolvendo a geometria ........................................................... 163
30. A arte ea Matemática...................................................................170
31. Método de Resolução de Problemas (MRS) .................................................................... 175
32. MRS e planejamento .................................................................... 181
33. MRS e mediação .......................................................................... 185
34. Estratégias de resolução ............................................................................ 189
35. Análise dos resultados ................................................................. 193
36. Atividades pedagógicas e resolução de problemas – parte I ......................................... 198
37. Atividades pedagógicas e resolução de problemas – parte II ........................................ 206
38. Avaliação do Método de Resolução de Problemas ......................................................... 213
39. O brincar ea Matemática ............................................................. 218
40. Os jogos na educação matemática ................................................................................... 223
41. A criança eos jogos ....................................................................... 227
42. Didática da matemática ............................................................... 233
43. Planos de aula .............................................................................. 238
44. Seleção de conteúdo.................................................................... 245
45. Seleção de estratégias/métodos ...................................................................................... 249
46. Os registros ea avaliação ............................................................. 256
47. Tecnologias da Informação e Comunicação na educação matemática ......................... 261
48. Objetos de aprendizagem .......................................................................... 267
Glossário............................................................................................ 272
Referências ........................................................................................ 282
1 Refletindo com a história
Objetivo
Apresentar a história da matemática em um contexto social.
Como as nossas vidas seriam sem a matemática? Você já pensou sua vida sem a noção
de quantidades, tempo e dimensões?
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Vocêpodeperceberque a matemática é essencial em nossasvidasdesde
o iníciodascivilizações. Elasurgiupelanecessidade de sobrevivência.
Sabemosqueohomem precisoudesenvolver a linguagem eprocurou
uma forma de registrá-la. Você se lembra da história dos homens das
cavernas na Pré-história?
Tudoo que sabemos sobre esses povos foi com a descoberta de fósseis,
pedras lascadas, potes de cerâmica, sepulturas e cavernas. Esses
povos desenvolveram um modo de comunicação, desenhando suas
experiências nas paredes das cavernas. Foi assim que antropólogos e
historiadores descobriram como eles viviam. Com o passar do tempo,
no período Paleolítico Superior, os homens já elaboravam armadilhas,
redes, arcos e flechas, lanças e atécanoas. Descobriramoutros materiais
– como ossos e peles – e vestiam roupas rústicas. Nesse período
começaram a utilizar a pictografia. Ainda nesse período, as noções de
matemática já haviam evoluído.
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Guimarães (2010) menciona a história dos pastores, que colocavam
uma pedrinha em um saco para cada ovelha solta no pasto. Quando
asrecolhiam,tiravamumapedrinhaparacadaovelharecolhida.Assim
podiamcontrolare não perdiam nenhumanimal. Se sobrassem pedrinhas
nosaco, iamatrásdaovelha. Foinessaépocaentãoque surgiuo significado
da correspondência um a um, isto é, uma ovelha para uma pedrinha.
Figura 1 – Instrumentos feitos de pedras na Pré-história que exemplificam as noções de formas geométricas.
Fonte: <commons.wikimedia.org>.
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De acordo Guimarães (2010) e Lopes (2005), a maioria dos povos, como
do Egito e da Índia, utilizavam os dedos como instrumento de contagem.
Contavam de um em um, cinco em cinco, dez em dez dedos e assim por
diante, surgindoassimnoções de agrupamentospara facilitar ainda maisa
vidadaspessoas. Na línguaportuguesa, apalavra dígito, que representaos
símbolosdanumeraçãoindo-arábica,vemdolatimdigitus esignificadedo.
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Figura 2 – Registrando as conclusões de experiências matemáticas.
Fonte: <www.123rf.com>.
E por que não começar contando pequenas histórias através das quais a
criança possa participar e descobrir como é bom aprender?
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Saiba mais
Aprofunde seus conhecimentos assistindo ao vídeo
“A História do Número 1”, disponível clicando aqui, e
ouvindo o postcast “Zero, sim, mas com muito
orgulho – Parte I”, disponível clicando aqui. Após
utilizar essas mídias, faça as seguintes reflexões:
Qual o tema central tratado nas mídias? O que se
esperadoprofessorem relaçãoaousodahistória da
matemática na Educação Infantil?
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A importância do ensino de
2 matemática na Educação Infantil
Objetivo
DiscutiraimportânciadoensinodematemáticanaEducaçãoInfantil.
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As crianças levam um conhecimento prévio sobre o meio que as cerca
quando chegam àcreche pela primeira vez. Salientamosque o educador
não pode descartar esse fato e considerar que todas terão o mesmo nível
de conhecimento.
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Figura 4 – O brinquedo como aprendizagem.
Fonte: <www.123rf.com>.
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De ummodo geral, essas são aspráticas mais utilizadas emnosso País. As
contradiçõessurgemquandoessaspráticassãoaplicadas de formalinear
e como única verdade, sem levar em conta o que a criança está pensando
ou o que já aprendeu, ou sem um planejamento pedagógico adequado
antes de aplicá-las, que é o mais grave.
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• reconhecer e valorizar os números, as operações numéricas;
• as contagens orais e as noções espaciais como ferramentas necessárias no seu
cotidiano;
• comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados
encontrados em situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida,
utilizando a linguagem oral e a linguagem matemática;
• ter confiança em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com
situações matemáticas novas, utilizando seus conhecimentos prévios.
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Estudo complementar
Acesse o “Referencial Curricular Nacional para
a Educação Infantil. Conhecimento de Mundo”,
disponívelnoportaldoMEC,aqui.Leiaas
páginas207a215,eaprofundeoqueestudamos
nestaunidade.Façaumasíntesesobreoqueé
apresentadocomo:repetições,memorização
eassociação,conceitosdeconcretoeabstrato,
atividades pré-numéricas, jogos e aprendizagem
de noçõesmatemáticas.
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Parâmetros Curriculares Nacionais
3 e ensino-aprendizagem de
matemática
Objetivo
Reconhecer os PCNs como documentos norteadores da ação
pedagógica no ensino de matemática na Educação Infantil.
Asegundapartediscuteoensino-aprendizagemparaosdiferentesciclos,
propondo objetivos específicos do ensino de matemática, sugestões de
conteúdos a serem abordados e critérios de avaliação.
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Você percebeu a semelhança com o RCNEI? Sim, os objetivos
dosdocumentos são orientações aos educadores para que não haja
contradiçõesna elaboraçãodoscurrículos da Educação Infantil e Ensino
Fundamental, para que a aprendizagem da criança seja de qualidade.
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3.3 Temas transversais
Apreocupação comas práticas de ensino de matemática atuais, nas quais
ainda se trabalha conteúdos de forma linear, desconectados de outras
áreas, isolados e sem contribuir para o desenvolvimento integral da
criança foi a causa para a inserção dos temas transversais nos PCNs. Mas
o que são temas transversais? Segundo o Ministério da Educação (MEC,
1999 p. 17),
[...] são temas voltados para a compreensão e para a construção da realidade social
e dos direitos e responsabilidades relacionados com a vida pessoal e coletiva e
com a afirmação do princípio da participação política. Isso significa que devem ser
trabalhados, de forma transversal, nas áreas e/ou disciplinas já existentes.
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• Saúde: asinformaçõessobreessetemageralmentesãoapresentados
através de porcentagens e dados estatísticos. Cabe ao ensino de
matemática fornecer os conceitos apropriados para a interpretação
dessesdadosparaqueacriançacriesuasprópriasconclusõessobreas
informações dadas.
• Pluralidade cultural: nessetemaháoincentivode se explorar
a História da Matemática e a Etnomatemática para valorizar e
explicar a cultura de todos grupos socioculturais.
Alémdessestemas, asescolastêmaautonomiaparaelegeroutros
conforme as necessidades da comunidade em que está inserida.
Dica
Que tal conhecer um pouco mais a respeito do
ensino de matemática na Educação Infantil
e no Ensino Fundamental? Assista aos vídeos
“Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil: um panorama sobre o documento”,
disponível clicando aqui, e “Parâmetros
curriculares”, disponível clicando aqui.
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Nessa fase, como já vimos, o educador deve estimular a criança através
dedesenhos, brincadeiras, jogos, música, manipulaçãodeobjetos, dentre
outros, garantindo o desenvolvimento total da criança.
Fórum
Caroestudante,dirija-seaoAmbienteVirtualde
Aprendizagem da Instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seuscolegasecomseututordeformaaampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamoslá?
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Conteúdosdematemática na
4 Educação Infantil
Objetivo
Analisar conteúdos a serem trabalhados na Educação Infantil e o
papel do professor no processo.
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Segundo os PCNs de matemática, em relação ao ensinar, temos alguns
desafios na escolha dos conteúdos:
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Figura 5 – Aprendendo através de um jogo.
Fonte: <www.123rf.com>.
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familiarizarem com elementos espaciais e numéricos. São exemplos:
festas, histórias, passeiose, omaisimportante, brincadeirase jogos.
• Utilizaçãodacontagemoralnasbrincadeiraseemsituaçõesnas
quais as crianças reconheçam suanecessidade.
• Utilizaçãodenoçõessimplesdecálculomentalcomoferramenta
para resolver problemas.
• Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral, a
notação numérica e/ou registros não convencionais.
• Identificação da posição de um objeto ou número numa série,
explicitando a noção de sucessor e antecessor.
• Identificação de números nosdiferentes contextos emquese
encontram.
• Comparação de escritas numéricas, identificando algumas
regularidades (BRASIL, 1998, p. 219-220).
Grandezas e medidas
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Espaço e forma
Saiba mais
Quetalveralternativaslúdicasparaseaprender
matemática no EnsinoInfantil e Fundamental?
Assista ao vídeo “Jogos matemáticos na Educação
Infantil”com exemplos de jogosparaaprender
matemática. Disponível clicando aqui.
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Guimarães (2010) alerta que às vezes os pais exigem da escola que a
criança aprenda a contar e até fazer pequenas operações matemáticas. O
educadordeve esclarecer que o certo é respeitar o ritmo de aprendizagem
de cada criança.
Analisamosnestaunidade os conteúdossugeridospelosautores do
RCNEI e o papel do professor nesse processo. Entendemos que
temos uma grande jornada pela frente, pois nas próximas unidades
aprofundaremos mais essa discussão. O papel que oprofessor/educador
deve ter é de mediador, planejador, orientador e, acima de tudo,
motivador. Se o professortrabalhar de formaestática e impuserconceitos à
criança, esta vai adquirir uma aprendizagem verbal, porém não atingirá
acompreensãodosconceitosmatemáticos. Lembre-se que semincentivo
não há aprendizagem.
Estudo complementar
Você está convidado a ler a seção “Orientações
Didáticas” do RCNEI, que se encontra na página
218 do volume 3 da obra. O texto tem estratégias
e muitasideias. Faça a suaresenha,poisserá
de grande utilidade ao decorrer de nosso
estudo. Pesquise no volume 3 dos PCNs como
são distribuídos os conteúdos de matemática e
qualo papel do professornesseciclo.Disponível
clicando aqui.
Saiba mais
Que tal ver alternativas lúdicas para se
aprender matemática no Ensino Infantil
e Fundamental?
https://www.youtube.com/watch?
v=BuIhPdYRIbg
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Epistemologia do ensino de
5 matemática
Objetivo
Identificar as principais concepções epistemológicas que explicam
como o conhecimento matemático é adquirido, como ensiná-lo e
como aprendê-lo.
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Vimos nas unidades anteriores que o RCNEIsugere novas metodologias
para o ensino de matemática, como o uso de informática e jogos,
modelagem matemática, etnomatemática, entre outras. São muitas
metodologias que exigem que o educador esteja emconstante pesquisa e
formação. Precisamosentenderamatemáticaqueensinamos. Mascomo?
Empirismo
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• crer que o conhecimento vai do objeto para o sujeito e que
conhecimentoéreflexodarealidade. As informaçõesvãodo
concreto para o abstrato;
• acreditar que a base do ensino se dá através de memorização,
captação, reforço etc.
Inatismo
Interacionismo
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• a ação e o conhecimento estão em constante construção, agindo um
sobre o outro.
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experimentar metodologias quea incentivem a aprender mais para que
possa mediar com segurança e certeza de um trabalho bem planejado.
Para suareflexão
Você está lembrado da abordagem interacionista
que vimos na disciplina de Psicologia da
Educação?Revisiteasunidades21e24dessa
disciplina da primeira fase e, com base nas
características da situação interacionistaestudada
nestaunidade,pensenaseguintequestão:quais
ferramentas você utilizaria para ensinar noções de
espaço a uma criança de três anos?
As respostas a essas reflexões formam parte de sua
aprendizagem e são individuais, não precisando
ser comunicadas ou enviadas aos tutores.
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Piaget e suas principais
6 contribuições para o ensino de
matemática
Objetivo
Descrever o conhecimento lógico-matemático e sua influência na
Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
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Conhecimento físico
Conhecimento social
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logotipo que representa o produto. Outro exemplo é a contagem.
Crianças com idade entre aproximadamente 0 a 3 anos sabem contar os
números, às vezes até dez, mas não construíram o conceito de número
e nemsabemescrevê-los. Paraque a criançaconstruaesses conceitos, o
professordeveestimularacriançacombrincadeiraseatividadesemque
ela tenha que comparar quantidades. Um exemplo disso é a comparação
entre a quantidade de brinquedos que ela e um colega têm. O professor
pode mediar a atividade, por exemplo, questionando as crianças da
seguinte forma: quem tem a mesma quantidade de brinquedos? Quem
tem mais? Quem tem menos? O que podemos fazer para que todos
fiquem com a mesma quantidade? Com esse tipo de trabalho o professor
fará comque a criança pense, participe, dialogue e elabore uma resposta.
Não interessa aqui erros e acertos e sim que haja a troca de informações
entre as crianças.
São relações criadas pelo sujeito, entre conceitos diferentes. São utilizados
símbolos e convenção na matemática. Na Educação Infantil e nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, apresentando situações-problemas
para a criança, que precisará ter desenvolvido noções anteriores de
determinados assuntos para que possa interagir como novo, comparando
asduas situações, exigindo dela uma reflexão, possibilitando que utilize
estratégiasparacompararduassituaçõesdistintasechegaraumasolução.
Um bom exemplo disso é pedir que percorra caminhos diferentes
para chegar à sala de aula e questioná-la: qual o melhor caminho?
Segundo Guimarães (2010, p. 46), dependerá da construção do sujeito,
internamente, pois “[...] está submetida à própria atividade mental da
criança, para que a criança chegue à sua conclusão.” Observe a figura a
seguir. Vamosusar um exemplo com alguns lápis de cor. Eles podem ser
diferentes se tiveremforma, tamanho epesoiguais, mascoresdiferentes.
Por outro lado, podem ser considerados iguais se consideramos que
possuem o mesmo tamanho ou mesma forma, ou ainda o mesmo peso.
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Figura 7 – Relações de igualdade.
Fonte: <www.sxc.hu>.
Amatemáticaéaprendidacomdesenvolvimentodeestruturaslógico-
matemáticas. Essas estruturas são construídas aos poucos e cabe ao
professor propor interações para que a criança as desenvolva.
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Através de uma aula-passeio, por exemplo, a criançainteragecom
oscolegas, professores e comoambienteque acerca, explorando a
natureza e fazendorelações a esse tipo de exploraçãocomolonge/perto,
acima/abaixo, direita/esquerda e por isso as noções de espaço vão se
desenvolvendo primeiro. Para que essas noções sejam construídas e
assimiladas, o professor deve estar consciente queo magistério émais
do que terminar uma graduação e ir trabalhar em uma instituição.
Deve estarsempre preparado para pesquisar e continuar se atualizado
buscando usar novas estratégias metodológicas para que sua ação
didática intencional atinja o objetivo de ensinar e ajudar a criança a se
desenvolver plenamente.
Dica
A Revista Nova Escola, nº 258 (dezembro de 2012),
tem umaexcelentematéria,intitulada“Textos e
números na EducaçãoInfantil.”Nestamatériahá
várias sugestões de atividades que professores
aplicaram com seus alunos. Acesse aqui. Vale a
pena conferir!
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Dica
A Revista Nova Escola tem uma excelente
matéria, intitulada “Melhores jeitos de
ensinar os números”. Nesta matéria há várias
sugestões de atividades que professores
aplicaram com seus alunos. Acesse aqui. Vale
a pena conferir!
https://novaescola.org.br/conteudo/174/
diversos-jeitos-de-ensinar-os-numeros
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Resumo
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7 Vygotsky e o ensino de matemática
Objetivo
Conhecer a teoria de Vygotsky e sua relação com o desenvolvimento
do pensamento matemático na Educação Infantil e nos anos iniciais
do Ensino Fundamental.
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Em 1927 foi considerado um dos melhores psicólogos da época. Suatese
foi baseada em Hamlet, de Shakespeare, e denominada de “APsicologia
da Arte” (1929). Vygotsky morreu em 1934, deixando uma grande
obra: sua teoria sobre a aprendizagem e a produção do conhecimento.
Moysés(2011, p. 61) afirma que a Educação Matemática foi influenciada
pelo pensamento de Vygotsky de tal maneira que os educadores “[...]
começaram a se preocuparcoma contextualização do ensino.” Na Rússia
isso já acontece há décadas, porémno Brasil essapreocupação é recente e
aindacomalgumas dificuldades As instituiçõesemsua maioriaainda tem
uma visão sobre a matemática como ensino linear e mecanicista.
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Umdos conceitosmaisimportantesdesenvolvidospor Vygotskypara
a Pedagogia é o da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP).
Você já viu esse conceito na disciplina de Psicologia da Educação,
mas aqui vamos trazê-lo para a aprendizagem da Matemática. A ZDP
em termos matemáticos é uma distância entre dois pontos: ponto de
nível de desenvolvimento no qual a criança se encontra e o ponto de
nível dedesenvolvimento de seumaiorpotencial. Chamamosdenível
de desenvolvimento a capacidade que a criança tem de solucionar
problemas, que antes faz com a ajuda de outras pessoas até chegar ao
ponto emque adquire autonomia (nível de desenvolvimento potencial),
isto é, resolvendo as situações-problemassozinha.
Oprofessorquandovaiensinarmatemáticautiliza-se deváriossignos,
por exemplo:
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de quantidades de animais? Os signos estão sempre associados a
conceitos internos que foram expressos em conceitos externos. Um
ponto importante na questão do processo de ensino-aprendizagem em
matemática é o professor entender a importância do conhecimento da
zona de desenvolvimento proximal da criança; você poderá relembrar
fazendo a leitura da unidade 27 da disciplina de Psicologia da Educação
e entender para quê, como e quando deve interagir na ZDP para que
a criança consiga chegar a um ponto no qual realize atividades sem a
necessidade de ajuda.
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Já a avaliação, que é um diagnóstico do desempenho da criança em
determinados conteúdos, deve ser construída através das interações
professor-aluno no processo da resolução dos problemas e das observações
do professor nesse processo, considerando o erro como parte da
reflexão e da aprendizagem. A avaliação pode ser feita pelo professor
através deatividades, registros, diálogo com o aluno ou outros métodos
por intermédio dos quais o professor consiga identificar a causa de
determinados erros com o objetivo de buscar e planejar intervenções
adequadas, ajudandoacriançaaconstruiroconhecimento nãoaprendido.
Procedimento
• Organize a sala coma ajuda das crianças, elas vão sentar emduplas
para um trabalho cooperativo.
• Entregue uma folha de papel quadriculado para cada dupla.
• Explique o que são colunas e linhas no papel quadriculado e peça
para que elas pintem, segundo as suasordens.
• Oriente para que pintem três linhas com quatro quadradinhos
(quatro colunas).
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• Deixe as duplas conversarem, devem decidir como pintar, quem o
fará: se os dois ao mesmo tempo, se um faz uma parte e o outro
termina ou, ainda, cada um faz o desenho no mesmo papel.
• Apósascriançasacabaremaatividade, peçaquemostremaoscolegas.
• Questione como entenderam a atividade.
Fechamento
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Opapeldoprofessornoprocesso
8 de ensino-aprendizagem da
matemática
Objetivo
Analisar o papel do professor na construção do conhecimento
matemático na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
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representante oficial de educação para o aluno e de aprendizagem do
aluno por parte do professor”. O professor é o representante formal
de ensino perante a sociedade e deve ter um papel fundamental
que é ensinar. Para que atinja esse objetivo, ele deve ter construído
conhecimentos sólidos em sua vida universitária a partir de vários
conceitos fundamentais. Conceitosessesque, segundo Munhoz(2011),
sãoessenciaisparaexercermosnossaprática docente. Entreelesestão: o
Projeto Político-Pedagógico(PPP), o planejamento de disciplina e o
plano de aula.
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A atividade com bola, por exemplo, se bem planejada, fará com que
a criança adquira noções de espaço, de contagem e de formas, entre
outras, alémdeoprofessorexplorarainterdisciplinaridadeutilizando
temas transversais como meio ambiente esaúde.
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Oprofessorentão deve sero facilitador do processo de aprendizagem
no ensino de matemática, além de organizador de um ambiente que
estimuleoaprendizadodosalunos, possibilitandoassimsuasinteraçõese
experimentaçõesparaqueacriança se aproprie do conhecimento. Assim,
o professor deverá ensinar através de situações- problema familiares à
criança, decorrentes de experiências que ela viveu ou já presenciou.
Ojogopodetornar-seumaestratégiadidáticaquandoassituaçõessãoplanejadase
orientadas pelo adulto visando uma finalidade de aprendizagem, isto é, proporcionar
à criança algum tipo de conhecimento, alguma relação e atitude.
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Em relação à escolha dos conteúdos, Guimarães (2010) diz que o papel
do professor é selecioná-los de acordo com o significado que têm na
vida da criança. Isso quer dizer que suas aulas devem ser contempladas
comuma grande quantidade de atividades, mas devemser iniciadas pela
verbalizaçãocomnoçõesdegrande/pequeno, maior/menor, grosso/ fino,
entre outras.
Saiba mais
A professora Lisiane Hermann Hoster recebeu o
prêmio“Victor Civita”em 2010 por ter utilizado
coleçãodeobjetosejoguinhosparaestimular
a escrita e reflexão sobre números e operações
Com seus alunos.
Assista ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=_GAE
LKC4lp0
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Como vimos nesta unidade, o papel do professor no ensino de
matemática tem muitas funções. Por isso, ele deve estar disposto a
estudar, fazercursos de capacitação, pesquisar, fazertrocascomoutros
professores, participar de grupos de estudo e, acima de tudo, ser
comprometidocomoprocesso de ensino-aprendizagemdeseusalunos.
Tarefa dissertativa
Caroestudante,convidamosvocêaacessaro
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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Linguagem e o processo de ensino-
9 aprendizagem da matemática
Objetivo
Reconhecer a importância do desenvolvimento da linguagem no
processo de aprendizagem da matemática.
Vimos nos PCNs que não devemos utilizar esse tipo de abordagem para
o resgate da educação matemática, e a linguagem é um fator que deve
serobservado com cuidadonesseprocesso. Esseéoobjetivodestanova
unidade: reconhecer a importância do desenvolvimento da linguagem no
processo de aprendizagem dessa disciplina.
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Nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nos Referenciais Curriculares
da Educação Infantil (BRASIL, 1998) é dada ênfase ao aprendizado da
linguagem matemática, salientando a representação, a comunicação,
a investigação, a compreensão, a contextualização sociocultural como
competências e habilidades a serem desenvolvidas no ensino de
matemática.
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Quando a criança não entender os conceitos e nem a linguagem
utilizada, o professor/educador deverá atuar de forma a mediar
a construção desses conceitos de forma mais adequada. Ou seja,
explicando novamente e utilizando uma linguagem mais acessível,
procurando outros recursos que ajudem a criança a construir esses
conceitos. Quando nos referimos a uma linguagem mais acessível,
não significa empobrecimento do vocabulário, e sim mais próximo da
realidade da criança.
Rosa Neto (2010) faz uma análise em cada capítulo no livro “Didática
matemática” sobre a construção da linguagem. Apresentamos alguns fatos
importantes apontados pelo autor.
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Quando a criança constrói novos conhecimentos (assimilação), as
significações desses conceitos se opõem aos anteriores (prévios),
ampliando-os (desequilíbrio) e chegando à compreensão (acomodação).
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Nossa proposta é ampliar a utilização desse recurso de comunicação, relacionando
o matemático e o pictórico através do desenho como uma forma de comunicação.
O desenho é pensamento visual e pode adaptar-se a qualquer natureza do
conhecimento, seja ele científico, artístico, poético ou funcional.
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A leitura e o desenvolvimento do
10 pensamento matemático
Objetivo
Discutir a leitura como ferramenta de desenvolvimento do
pensamento matemático na Educação Infantil e nos anos iniciais do
Ensino Fundamental.
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estar em grupos. Assim, quanto mais incentivarmos a oralidade e a
comunicação, mais a criança adquire habilidades na linguagem e,
consequentemente, adquire novos saberes, novas relações através dessas
interações. Omodocomo oprofessor se expressa ou falanesseprocessoé
uma referência, um modelo para a criança.
Aleituraéfatoressencialparaaperfeiçoarmosalinguagem, equandoisso
acontece adquirimos e fazemos trocas de conhecimento. Diniz e Smole
(2001) afirmam que a leitura deve ser fundamentada na compreensão do
mundo. Ler é um ato dinâmico, de aprendizado, transformador. A leitura
é um tipo de interação entre quem lê e o que é lido, dependendo do nível
de pensamento e da linguagem do leitor para que haja a compreensão e
interpretação. O leitor, ao ler um bom livro, relaciona-se com o mundo e
eleva seu conhecimento do que está ao redor.
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A leitura é um elemento de comunicação que deve criar reflexões,
conflitos, desejoseopiniões. Acriança, aoserincentivadaaler, imagina,
cria, participa, explora a história e isso facilita sua aprendizagem.
Ao atingiracompreensão da história, fazreflexõesedescobrenovos
conhecimentos.
Saiba mais
A Revista Nova Escola selecionou muitos links
sobreotemaLeituraparaEducaçãoInfantile
Ensino Fundamental. Você poderá acessá-la e
encontrar muito material para planejar suas aulas.
Disponível
Leitura para Educação Infantil:
https://novaescola.org.br/planos-de-aula/educacao-
infantil
Leitura para Ensino Fundamental
I: https://novaescola.org.br/planos-de-aula/lingua-
portuguesa
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Atualmente existem muitos livros com sugestões de estratégias para
facilitar tal aprendizagem, e essa faixa etária (0 a 5 anos) está aberta ao
queénovo, poissãocuriososegostamdedesafios. Panizza(2006) sugere
momentosdediscussãoparaque se exerciteminteraçõesentreprofessor-
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alunos e alunos-alunos gerando reflexões, argumentações e conflitos de
forma sistematizada pelo professor.
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Para encerrarmos esta unidade, vamos fazer um estudo sobre exemplos
de como utilizar a leitura de modo efetivo no ensino de matemática? Para
isso realize a leitura do Estudo Complementar.
Estudo complementar
Leia o artigo “O livro didático na educação
infantil:reflexãoversusrepetiçãonaresolução
de problemas matemáticos”, de Ana Carolina
Brandão, em que são observados os livros
didáticos de matemática utilizados em sala na
Educação Infantil, e faz-se uma análise específica
dotópicoresoluçãodeproblemasdeestrutura
aditiva. Disponível clicando aqui.
Façaumaleitura reflexiva e,emseguida, uma
síntese sobre o assunto. Afinal, para formarmos
bons leitores devemos dar o exemplo, não é
mesmo? Bomestudo!
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11 A criança e o número
Objetivo
Compreender os processos utilizados pela criança na apropriação dos
significados do número.
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Arespeitodoquetemosdiscutido, apresentamosasperspectivasde
ensino de matemática mais conhecidas a partir de Panizza (2006).
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Saiba mais
Assistaaovídeo“Amatemática naeducação
infantil – pressupostos para o trabalho docente”,
e acompanhe o ensino-aprendizagem da
matemática realizado pelas professoras em uma
escola. Disponível clicando aqui.
www.esab.edu.br 66
Van de Walle (2009, p. 145) afirma que “[...] a criança tem mais
dificuldades com a palavra ‘menos’ e o professor deve trabalhar essa
noçãocomo se fosseo‘mais’”. Issofortaleceráasnoçõesdequantidadese
em consequência o conceito de número. O autor ainda sugere exemplos
de questionamentos que o professor poderá usar: Quem tem menos?
Quantos de vocês têm menos lápis que o colega aqui?
Van de Wallle (2009, p. 144) também nos diz que “[...] os conceitos
numéricos estão intimamente ligados ao mundo ao nosso redor. A
aplicação das relações numéricas ao mundo real marca o início do dar
significado ao mundo de um modo matemático.” Podemos dar um
exemplo prático de como elaborar uma atividade simples, em que a
criança pode criar a noção do conceito de número utilizando o resgate do
seu próprio cotidiano para a sala de aula, usando como material somente
as mãos. É uma brincadeira muito divertida, que adaptamos do jogo de
par ou ímpar. Vamos a ela.
Procedimentos
Como jogar
Como você pode notar, essa atividade é simples e tem como objetivo o
desenvolvimento de noções de psicomotricidade, conceitos de contagem,
www.esab.edu.br 67
números, adição. Oprofessordeveelaborarquestionamentosquelevem
a criança a refletir para solucionar oproblema.
Para suareflexão
AutorescomoVanDeWalletêmapreocupação
com a formação dos professores fazendo uma
discussão e sugerindo estratégias para se
trabalhar com seus alunos. O que você, como
futuro educador, faria para construir o conceito de
númerocomcriançasdaEducaçãoInfantilde0a 3
anos?
A resposta a essa reflexão forma parte de sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
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12 Significações numéricas
Objetivo
Conceituar os números, seus significados e sua classificação.
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O autor Rosa Neto (2010) explica, em sua obra “Didática matemática”,
como surgiram os números através do desenvolvimento histórico e
social da humanidade. Vamos seguir o raciocínio do autor a partir do
Paleolítico.
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temos de quantidade, isto é ao observar ovelhas o pastor percebe que
todas possuem determinada quantidade de patas, isto é, quatro patas.
Vamosreveralgunsagrupamentosconhecidos, utilizadoscotidianamente.
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Utilizamos agrupamentos a todo o instante, quando separamos moedas
de mesmo valor, caixas de 6,12, 24 e 36 lápis de cor, em sacos de maçãs,
pacotes de balas e assim por diante. Da prática de agrupar à de contar, a
humanidade demorou bastante tempo, segundo Lopes(2005).
Rosa Neto (2010) compara essas noções apresentadas até aqui com
as noções desenvolvidas pela criança. A criança cria noções de coisas
somente vivendo, experimentando. Lopes (2005, p. 21) denomina essas
noçõesde “senso de quantidades”, porém não são construídas através de
um significado formal. O papel do professor é ajudar a criança a ampliar
e compreender e construir os conceitos para que ocorra o aprendizado,
utilizando como estratégias metodológicas jogos que desenvolvam as
noçõesdeagrupamento, seriação,classificaçãoeprevisão,eoábaco,para
que desenvolva a percepção dos grupos e da contagem.
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Podemos dizer então que número é a ideia que temos de quantidade,
como ao observar uma mesa e percebemos que ela tem uma determinada
quantidade de pernas, isto é, quatro pernas.
IV = V ‒ I, ou seja, 5 ‒ 1 = 4
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Saiba mais
Sugerimosousodomaterialdouradocomoapoio
paraoensinodosistemadenumeração.Assistaao
vídeoexplicativosobreoqueéomaterialdourado
e como utilizá-lo com seus alunos. Disponível
clicando aqui.
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Resumo
www.esab.edu.br 75
Já na unidade 10 fizemos uma reflexão sobre a importância de formar
bons leitores para o aprendizado de matemática. Temoscomo objetivo
principal a resolução de problemas e reconhecer a leitura como uma
ferramenta no desenvolvimento do raciocino lógico-matemático é
essencial nas aulas de matemática.
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Processos mentais para a
13 aprendizagem e a aprendizagem
da Matemática
Objetivo
Caracterizar os principais processos mentais que influenciam
no aprendizado do pensamento matemático (correspondência,
classificação, seriação).
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para se abstrair um número é necessário classificar os conjuntos com
umdeterminadonúmerodeelementos”. Dessamaneira, aclassificação
é um conceito muito importante para a compreensão do que é um
número para a criança, já que ela utiliza o agrupamento de elementos
representando um conjunto. Esse conjunto tem uma determinada
quantidade de elementos e utiliza também a correspondência de um
elemento para outro elemento, criando a noção da contagem e, em
consequência, o conceito de número.
13.2 A classificação
Agora veremos o que significa classificar e para que serve a classificação.
Como trabalhar esse conceito com a criança? São muitas questões que
devemos entender para que possamos alicerçar nosso trabalho como
educadores. Vamos a elas.
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o céu. Quer dizer, juntamos tudo no conjunto azul. Outro exemplo
vemdenossaalimentação: sevocêpreferecomerfrutasvermelhas, você
está separando todas as frutas de cores diferentes do vermelho. Isto é,
você come maçãs, morangos, amoras, porémpode não comer laranjas,
bananas e goiabas.
Vamos pensar agora em uma situação prática em sala de aula para que a
criança aprenda os conceitos de classificação e de igualdade. Essa simples
atividade pode ser trabalhada na Educação Infantil para incentivar
a contagem e desenvolver a noção de número e semelhança (entre
quantidades, não de cores).
Procedimento
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Como jogar
Selecionamosoutraatividadequeusablocoslógicosparadesenvolver
oconceitodeclassificação. Na falta deblocosdemadeira, vocêpoderá
confeccioná-los com material reciclável, como o papelão. O nome do
jogo é “Jogo Livre” (ROSA NETO, 2010, p. 53):
Figura 12 – A criança começa a dar nomes como telhado ou chapéu para triângulos.
Fonte: <www.123rf.com>.
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13.3 Seriação
A seriação é uma parte fundamental da construção do pensamento
lógico. Como ela aparece? O conceito de seriação está intimamente
ligado àsdiferenças de alguns aspectos doselementos de umconjunto.
Ordenar coisas é uma prática corriqueira para todos, como, por exemplo:
ordenar moedas de menor para maior valor; observar a numeração das
residências, apartamentos, andares no elevador ou ao subir a escada do
prédio; empilhar potes de mantimentos, sempre do maior para o menor
ou de baixo para cima; os anos do Ensino Fundamental, que vão do 1º
ao 6° ano e assim por diante.
Material utilizado
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Procedimento
Como jogar
Final do jogo
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14 Sistema de numeração
Objetivo
Conheceroprocessodeapropriaçãodosistemadenumeraçãonas
crianças do Ensino Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
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14.1.1 Sistema de numeração egípcio
Assim como muitas vezes usamos riscos ou traços para contar, por
exemplo, votos do representante de turma da sala, ou a criança os utiliza
para contar, os egípcios inventaram uma forma muito diferente para
representarsuasquantidades. Elesutilizavamumtraçopararepresentar
o número um, dois traços para o número dois, três traços para o
número três e assim por diante, até chegar ao número nove. Os egípcios
denominaram o traço de bastão.
1 2 3
4 5 6 7 8 9
10 100
1 000 10 000 100 000 1 000 000
Figura 13 – Sistema de numeração egípcio.
Fonte: <http://www.discoveringegypt.com>.
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14.1.2 Sistema de numeração romano
Fonte: <http://mscabral.pro.br>.
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Saiba mais
Assistaaovídeo“Índia(invençãodozeroe
dos algarismos)”e perceba que o zero só foi
considerado como número há dois séculos, antes
disso só tinha um conceito social. Nas civilizações
antigas, tinha um nome Hindu: sunya, que
significava vazio (LORENZATTO, 2006). Disponível
clicando aqui.
www.esab.edu.br 86
Outro exemplo de atividade é a utilização de sementes de feijão e de
milho misturados, distribuídos emdiferentes quantidadesparagrupos
de três ou quatro crianças. O professor deve estimular as crianças
a separarem as sementes em conjuntos de milhos e de feijões. Essa
atividadeajudaráa criançaa treinar aclassificação eo agrupamento.
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15 Operações matemáticas
Objetivo
Relacionar o desenvolvimento das noções de operações com
atividades cotidianas da criança do Ensino Infantil e dos anos iniciais
do Ensino Fundamental.
www.esab.edu.br 88
e cientificidade. Exemplos como o jogo da amarelinha, de bolinhas de
gude e de boliche podem ser usados para explorar de forma divertida as
noções de espaço, forma, quantidades e números.
15.2 AsoperaçõesmatemáticasnaEducaçãoInfantil
Como sabemos do RCNEI, as operações matemáticas não são o enfoque
da Educação Matemática na Educação Infantil, porém as noções como
colocar mais, tirar, unir, juntar e perder estão presentes cotidianamente
nalinguagemusual da criança. Portanto, oprofessordeveaproveitaresses
conhecimentosque acriança já possui para ampliá-los de forma positiva,
usando, por exemplo, questionamentos como: quem ficou com mais
fichas? Quem tirou menos fichas? Quem perdeu cinco pontos? Depois
que os grupos se uniram, com quantos componentes ficou esse grupo?
Como podemos ver, a adição e a subtração podem ser exploradas através
debrincadeiras, jogos, contaçãodehistórias, diálogosentreoprofessore
o grupo de crianças.
www.esab.edu.br 89
um pouco mais complexas, como a multiplicação e a divisão. Nosso
desejo nãoé usarde formalismos matemáticos, e sim estimular o senso
operacional na criança.
www.esab.edu.br 90
bem o objetivo de aplicar determinada brincadeira ou jogo, e definir
cada etapa com carinho e muito cuidado. Vale salientar que o educador
deve, no encerramento da brincadeira, estimular a oralidade fazendo
perguntas referentes à atividade, e o respeito mútuo. O professor deve
fazerquestões deacordo comosobjetivospropostosporeleao elaborar
a atividade, tais como: quem chegou primeiro? Quem fez mais pontos?
Quem fez menos? Gostaram da brincadeira? Qual a regra que você
ainda não entendeu? Aaprendizagem se dará pela intencionalidade do
professorde ensinar. Ao planejarmos uma atividade, devemos sempre
levantar essas questões: Para quem? Para quê? Como? E por quê?
Mostramosavocêalgunsexemplos de problemascontextualizadosque
apresentamas operaçõesdeadiçãoesubtração. Umadas preocupações
maiscomunsentreautoreséocurrículoescolarelaboradopelasescolas.
Van De Walle (2009, p. 170) lembra que nesses currículos se “[...] dá
ênfase excessiva nos problemas mais fáceis de reunir e separar com o
resultado desconhecido”, e isso não é bom.
www.esab.edu.br 91
queoprofessorexploretodosossignificadospossíveisparatodasas
operações, não limitando assim o aprendizado da criança.
Vimosqueosproblemasapresentadossãodefácilelaboraçãoevocê,
comofuturoprofessor, deverácontextualizarsituaçõesqueutilizem
outras operações: a divisão e a multiplicação. O fato essencial aqui é
que devemos conhecer nossos alunos, o que elesgostame quais suas
experiências anteriores. Assim, fica fácil contextualizar uma série de
situações ou históriasdesafiadorasemformadeproblemas. Vande Walle
(2005) afirmaqueosproblemasdevemexporfamiliaridadenassituações
apresentadas para a criança, para que sejam compreendidos por elas. A
seguir, alguns exemplos de atividades de multiplicação.
www.esab.edu.br 92
16 A adição
Objetivo
Conhecer atividades pedagógicas para a apropriação do conceito de
adição no processo de ensino-aprendizagem da Educação Infantil e
nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
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Os materiaisutilizadosnessaaula– comocaixascomcartolinas, revistas,
papéis-cartão, papéis de seda, tesouras, réguas, colas entre outros –
deverãotambémestarseparadoseorganizadosparaatividadesderecorte
e colagem, por exemplo. Jogos de tabuleiro, bolas, palitos, canudinhos,
massinhas de modelar, tampinhas coloridas de garrafas PET são
algumas opções de materiais que podemos utilizar para trabalhar comos
alunos os números, a contagem, operações e a resolução de problemas,
dependendo de seu planejamento. O importante é sempre organizar-se
com antecedência para que não haja interrupções na dinâmica da aula e
não causar nenhum mal entendido quando alguma criança perceber que
faltou material para ela ou para um pequeno grupo.
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Brincando de adicionar na Educação Infantil
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Para suareflexão
Você acha possível utilizar o dominó para ensinar
noções de subtração à criança?
Arespostaaessareflexãoformapartedesua
aprendizagem e é individual, não necessitando ser
comunicadaouenviadaaostutores.
Lembramos aqui que esta unidade está dando ênfase à adição em termos
didáticos, porém sabemos que a adição e a subtração coexistem e que
seusconceitossãodependentes. Paraensiná-los,utilizamososprincipais
procedimentos de cálculos, que são: a contagem, o cálculo mental, o
cálculo algorítmico e a calculadora.
www.esab.edu.br 96
Faça com que mais um grupo junte as tampinhas de mesma cor dos
grupos anteriores e assim sucessivamente, sempre questionando quantas
tampinhas há no total. Com isso, além de aumentarmos a sequência
de números, vamos estimulando a adição de vários outros números. É
importantevocêobservarareaçãodascriançasaessacontageme como
chegam à soma. A quantidade de tampinhas por cor em cada grupo
deve também ser observada, pois no 1º ano começamos com três ou
quatro tampinhas e depois vamos aumentando a quantidade.
4
+ 10
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[...] o importante aqui é entender o quanto a criança leva em consideração
simplesmente a posição do número para realizar a conta, ou seja, o quanto ela foi
influenciada pelo algoritmo sem parar para considerar o significado em si.
Nestaunidade, nossapretensãofoiapresentaralgumasestratégiasde
comoensinaraadiçãoparaessespequenosexploradores. Éclaroque
existem inúmeras outras e você, futuramente, poderá criar as suas
próprias. O importante é que você utilize os conceitos corretamente
e respeite o ritmo de desenvolvimento de cada criança, sempre a
desafiando a aprender.
Saiba mais
Para ampliar seu conhecimento sobre o assunto
assista ao vídeo “Significado das operações”.
Imagine como você trabalharia a adição e a
subtração com crianças de quatro anos (Educação
Infantil). O vídeo discute como trabalhar as
operações com as crianças e apresenta subsídios
paraummelhorentendimentodoconteúdoda
próximaunidade.Disponívelclicandoaqui.
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17 A subtração
Objetivo
Relacionarodesenvolvimentodoconceitodesubtraçãocomavida
cotidiana da criança da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
www.esab.edu.br 99
material concreto ou não. O essencial é a que a criança entenda que “[...]
adicionar implica em somar, juntar e a subtração requer uma diminuição,
um ‘tirar’” (LOPES, 2005, p. 42). O que nos interessa é não associar
somente significados simbólicos a essasoperações.
Acrescentaretirarfazpartedasrelaçõescotidianasepodemosdefinir
a subtração como uma operação matemática que representa uma
diminuição de quantidades. Que tal algunsexemplos?
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Explorarsituações inusitadas ajudaa criança a relacionar fatoscoma
operação de subtração, que énosso objetivo explorarnesse momento.
Paraproduzirestratégiasparacriarasnoçõesdesubtraçãonessascrianças
não é diferente de desenvolvê-laspara a adição, porémdevemos ter certo
cuidado ao trabalharmos com os algoritmos.Vamos analisar essas situações.
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apresentaressasideiaspodemosutilizaraleituradehistórias, problemas
bem contextualizados e adequados a cada ano, materiais produzidos
pelas crianças e utilizados para construir conceitos e a utilização dos
algoritmos. Vamos a alguns exemplos.
• Histórias curtas: era uma vez uma galinha que tinha cinco
pintinhos. Dois desses pintinhos se perderam. A galinha, coitada,
ficou cacarejando, desesperada. Andou de um lado para outro e não
conseguiu achar seus filhotes. O que podemos fazer para ajudá-la?
Essapequenahistóriapodeserutilizadaparacomeçarumaatividade
bemcomplexa, como: conversar sobre a segurança de se ficar perto
dos pais quando vão passear; falar do desespero da galinha de um
modo positivo, pois ela ama os filhotes; sugerir que dramatizem
a procura dos pintinhos no espaço utilizado para a recreação
(vocêpodeesconderpintinhoselaboradosemmaterialreciclado)
e oportunizar à criança refletir quantos pintinhos ficaram com a
galinha e, à medida que as crianças vão achando os outros pintinhos,
perguntar: e agora, quantos pintinhos tem?
• Situação-problema contextualizada: Gabriel precisa de 28
figurinhas para completar seu álbum. Ele já tem 17. Quantas
figurinhas ele precisa para chegar às 28 figurinhas? (Nessas situações,
estamos colocando quantidades como exemplo. É claro que você
deve utilizar as quantidades adequadas para cada ano do Ensino
Fundamental).
• Recortede tiras dematerialreciclado ouEVA:distribuapara
as crianças várias tiras coloridas e peça para que elas cortem
quadradinhos. Se a atividade for aplicada para a Educação Infantil,
dezquadradinhos serão o suficiente. Paraos anos iniciais do Ensino
Fundamental, vocêcomeçarácomdezevaiacrescentando àmedida
que as crianças vão ampliando a contagem. A seguir, solicite que as
crianças retirem dois quadradinhos da coleção e peça que contem
quantos sobraram. Aqui, associamos a ideia de tirar. Para inserir
a ideia de comparação basta o questionamento: qual o grupo que
possui quadradinhos a mais que o outro?
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• Noções com algoritmos: apresente uma situação já pronta. Peça
para a criança observar e para ela ler o que foi apresentado. Isso
facilitaráapercepçãoquanto ao valorposicionaldecadaalgarismo:
10
- 7
3
Tarefa dissertativa
Caroestudante,convidamosvocêaacessaro
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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18 A multiplicação
Objetivo
Relacionar o processo de ensino-aprendizagem do conceito de
multiplicaçãocomavidacotidianadacriançadeEnsinoInfantiledos
anos iniciais de Ensino Fundamental.
www.esab.edu.br 104
muito mais significativo para ela. Será mais seguro juntar quantidades
do que multiplicá-las e é mais fácil porque já é um conhecimento
internalizado a partir da noção de adição. O professor deverá ensinar
queessemododiferentedeescreveressaadiçãodequantidadesiguaiséa
multiplicação e, que ela surgiu para facilitar quando temos um número
muito grande de parcelas.
Se você pedisse à criança que resolvesse tal situação: Luís tem 5 pacotes
de figurinhas, cada pacote tem 3 figurinhas. Qual o total de figurinhas
que Luíspossui? Acriança, comcerteza, vairesolver da seguintemaneira:
3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 15
Já é natural para a criança pensar em juntar o número de figurinhas,
principalmente porque ela ainda não foi apresentada formalmente
aos conceitos de multiplicação. Lopes (2005) defende a utilização do
material concreto para que a criança construa esse conceito. Nasaulas
de matemática, costumamos utilizar o papel quadriculado e a pintura.
Fazemos a propaganda, o marketing do papel, dizendo que com ele
podemos fazer maravilhosos desenhos partindo de um quadradinho.
Porém,estabelecemosaregradabrincadeira:“Nestaaula, aprofessoravai
dizer quantos quadradinhos irão pintar. Na próxima aula, você pintará os
quadradinhos que quiser”.
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Van De Walle(2009) apoiao uso de desenhosretangulares para o ensino
da multiplicaçãoe, assimcomo Dinize Smolle(2001), defendeo ensino
através da resolução de problemas. O uso mecânico e indiscriminado
de contas não contribui para que a criança construa significados para
quaisquer tipos de operação, não ocorrendo realmente o aprendizado. A
resoluçãode problemasdá oportunidadeparaa criançaentendero contexto
e relacionarcom estratégiascriadaspor ela mesma para atingir a solução.
Situaçõescotidianas, comoacompradecincopãesnapadariatodososdias,
podemlevá-laa refletirquantospãessãocompradosaté o final dasemana.
Ou ainda, quanto essa família gasta na compra de pães por semana.
[...]emtodojogonoqualháconflitodeobjetivos,istoé,omovimentofeitoporumdos
participantes interfere na decisão do oponente, cada jogada cria um novo problema a ser
resolvido, pois altera ou confirma a estratégia que cada um dos oponentes estava usando.
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Com tantos conflitos e novos problemas a serem resolvidos, a criança
ampliaasnoçõesmatemáticasanterioresedesenvolveoutrasnoções. Não
é diferente com as operações como a multiplicação. Um exemplo de jogo
que combina com o terceiro ano do Ensino Fundamental é o dominó da
tabuada. As regras são as mesmas do jogo de dominó comum, porém no
lugar de pontinhos há a multiplicação entre dois números e também o
produto deles. É um recurso que auxilia no aprendizado da tabuada sem
memorizações.
São pequenasdicas que servem para situar a realidade que você tem
pelafrente. Nestaunidade, vimosalgumasideiassobreamultiplicação
ecomodesenvolveresseconteúdocomacriança, não se esquecendode
contextualizarosconceitoscommomentosvividoscotidianamenteporela.
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Como futuro professores não devemos esquecer que nossa principal
função perante à sociedade éensinar. E para que isso aconteça devemos
conhecer bem nossos alunos, ouvi-los e falar com eles. Ensinar as
operações numéricas para esses pequenos é um desafio maravilhoso
e com um único objetivo: que eles saibam lidar com a vida, com as
situaçõesquevivenciamcotidianamente. Onossofocoésempreacriança
e como ela interage com a vida dentro e fora da escola. Mostre sempre a
importância de aprender com uma linguagem clara e acessível e sempre
desafie, brinque e jogue. Semmodismos e comdedicação. Vamosà frente
em nossos estudos!
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 10 a 18. Para isso, dirija-
seaoAmbienteVirtualdeAprendizagem (AVA)e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
vocêestarásepreparandoparaaprova.Bom
trabalho!
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Resumo
www.esab.edu.br 109
completar. Vimos que os registros (desenhos ou escrita) são necessários
para o desenvolvimento da criança. Finalmente, na unidade 18,
entendemos que nesses primeiros anos de vida da criança devemos
abordaramultiplicação da formamaissimplespossível, respeitandoos
recursos que ela usa para chegar ao resultado final.
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19 A divisão
Objetivo
Apresentar atividades pedagógicas para o processo de ensino-
aprendizagem do conceito de divisão na Educação Infantil e nos anos
iniciais do Ensino Fundamental.
Vamos,nestaunidade, apresentaralgumasatividadespedagógicaspara
auxiliar no processo de ensino-aprendizagem dessa operação. Você quer
aprender na prática? Vamos lá!
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Lopes (2005) explica que, como professores, muitas vezes exageramos nesse
enfoque, poisa divisão não ocorre somente quandoachamosquantidades
iguais como resposta, trazendo essa dificuldade na compreensão da
operação, e, com isso, não há aprendizado por parte da criança.
Vamosdaralgunsexemplosdeenfoquesdiferentesaoconceitodedivisão
para comprovarmos que podemos ensinar de outra forma. Analise as
duas situações a seguir:
Voltandoàsduassituaçõesapresentadasavocê, podemosafirmarque
a divisão está diretamente relacionada a situações em que devemos
repartir igualmente com ou sem sobras e medir quantidades (em nosso
www.esab.edu.br 112
caso, medimos o número de lápis que cada um recebeu). Agora que
conceituamos a divisão, vamos conhecer outras atividades pedagógicas
para que você possa ensinar essa operação com tranquilidade.
Saiba mais
O vídeo:“A divisão e suas interpretações”mostra
através de situações cotidianas as interpretações
dadasà divisão.Acesseovídeoclicandoaqui e
reflita: como você ensinaria esses conceitos para
seus alunos?
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• Comovocêdividiriaasfichasparaqueninguémficassesem
fichas?
• Como você dividiria as fichas para que todos os colegas
recebessemamesmaquantidade de fichas?” (SMOLE; DINIZ;
CÂNDIDO, 2006, p. 54).
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Figura 15 – Atividade de divisão com copinhos de tinta guache e pincéis.
Fonte: <www.123rf.com>.
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O que a criança ganha com isso? Além de construir o conhecimento, ela
ficará feliz por participar de mais um desafio. Quando erra, fica pensando
como resolver o problema e, quando acerta, pergunta-se o que vem
pela frente. E o professor deve esperar que as crianças, a medida que se
repita a situação, desenvolvama noção de quantidade, organização de
pensamento e a noção de dividir e redistribuir.
Fórum
Caroestudante,dirija-seaoAmbienteVirtualde
Aprendizagem da Instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seuscolegasecomseututordeformaaampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamoslá?
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20 Medidas
Objetivo
Mostrar como construir o conceito de medidas na Educação Infantil
através de experiências vividas pela criança em seu meio.
a. 100 cm = ........ m
b. 350 mm = ....... m
c. 3,5 km = ........m
E a isso se resume o enfoque sobre esse tema ainda na maioria dos livros
didáticos. O objetivo da Educação Matemática não é esse, medir coisas
faz parte do processo histórico-cultural da humanidade e, além disso,
algumas noções são intimamente ligadas ao nosso estado psicológico,
como o espaço e o tempo.
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O ser humano depende do espaço e do tempo para tudo. Sua vida gira
em torno de horários e deslocamentos. Um exemplo disso é a hora que
acordamos e o quanto nos deslocamos da cama até o banheiro. Para
percorrer esse espaço simultaneamente se passaram alguns minutos.
Quando estamos cansados de uma atividade ou trabalho, parece que o
tempo não passa. Quando sentimos prazer em participar de algo de que
gostamos, como ir à praia, o tempo voa. Você percebeu a relação? São
noçõesde medidas que dependem de como estamos psicologicamente.
Paraensinaressetemaàscrianças, devemosestaratentosaossignificados
que elas dão, principalmente, a grandezas como o espaço e o tempo. Para
Leivas (2012, p. 118), “[...] medir consiste em comparar duas grandezas
de mesma espécie” e grandeza “é tudo aquilo que pode ser medido”.
O autor simplificou o conceito e nós o entendemos, mas como fazer a
criança se apropriar dele? Quando questionamos uma criança sobre o
que demora mais, ela ir da sala de aula ao banheiro ou do banheiro para
a sala de aula, sua resposta vai depender de seu estado emocional no dia.
Ela pode alegar que ir do banheiro para a sala poderá demorar mais, pois
quando foi ao banheiro precisava ir com urgência. Foi rapidinho. E como
ela mediu essa grandeza? Não foi com o relógio, nem foi com qualquer
instrumento que poderia utilizar para medir a grandeza tempo. Usou a
sensação, o psicológico falou mais alto em sua resposta.
Dica
Existe um Museu Virtual de Metrologia (estudo das
medidas). Vamos conhecê-lo? Acesse clicando aqui
eaprendaumpoucomaisasobreahistóriada
matemática, sobre medidas e seusinstrumentos.
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20.2 Construindo conceitos
A primeira pergunta que nos fazemos é: o que se deve abordar no ensino
de grandezas e medidas? Pararesponder a essa pergunta, fomos aos PCNs
de matemática e vamos transcrever o que eles sugerem:
Este bloco caracteriza-se por sua forte relevância social, com evidente caráter prático
eutilitário.Navidaemsociedade,asgrandezas easmedidas,estãopresentesem
quase todas as atividades realizadas. Desse modo, desempenham papel importante
no currículo, pois mostram claramente ao aluno a utilidade do conhecimento
matemático no cotidiano. (BRASIL, 1997, p. 56)
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Figura 16 – Atividade de manipulação de objetos de tamanhos e formas diferentes.
Fonte: <www.123rf.com>.
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Segundo Diniz e Smole (2001), as atividades e a mediação planejada
pelo professor sempre darão bons resultados quando se consegue o
envolvimento da criança. As atividades emgrupo, aoralidade, aescrita e
a leitura também têm papel importantíssimo na criação e ampliação de
conceitos pela criança.
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Estratégias de utilização do
21 sistema de medidas
Objetivo
Apresentar estratégias que o professor possa utilizar para a
apropriação do conceito de medidas na Educação Infantil e nos anos
iniciais do Ensino Fundamental.
Medindo grandezas
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Primeira atividade: contando passos
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1 polegada =
Largura do polegar
1 pé = 12 polegadas
Figura17–Medidasempésepolegadasesuarelação.
Fonte: Adaptada de <www.sobiologia.com.br>.
Procedimento: combinecomasturmasumacoletaorganizadadesobras
degize caixaspequenasdepapelãonassalas deauladaescola. Divida-as
em grupos e combine os dias que cada grupo irá coletar. Combine com
todos os envolvidos na escola o trabalho, para que não haja problemas.
As crianças devem cumprir essa tarefa por uma semana.
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Peça que elas organizem os pedaços de giz do menor para o maior e em
seguida do maior para o menor.
Saibatambémqueexistemaindamuitosjogos, laboratóriosmatemáticos,
material dourado e softwares que poderão ser usados para o ensino de
medidas de grandezas, basta você pesquisar. As escolas públicas vêm
recebendo anualmente títulos interessantes sobre Jogos e Resolução de
Problemas de 1º a 5º anos pelo Programa Nacional de Biblioteca na
Escola (PNBE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE). Se você trabalha ou vai trabalhar em uma escola pública
procure a biblioteca de sua escola.
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22 O pensamento geométrico
Objetivo
Desenvolver o pensamento geométrico por meio de curiosidades
históricas.
22.1 A abordagem
Nossa abordagem está amparada no estudo de Rosa Neto (2010), que
nos dá uma visão rica em detalhes das aplicações da geometria em
cadaperíodohistórico. Esse autordefendeque a criança deve reviver a
história da humanidade para aprender, e que se compreendermos e nos
remetermos aos períodos históricos, teremos subsídios para auxiliá-la no
desenvolvimento de seu pensamento matemático. Vamos a ele.
A pré-história
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Nesse período, como já sabemos, o homem era nômade e predador,
isto é, não tinha moradia fixa e se alimentava de caça e coleta de frutos.
Quando terminava a caça na região onde estava, mudava-se rapidamente
para outro local. Nesse período o pensamento geométrico se delineava
através de noções desenvolvidas pelo homem pré-histórico. Ele já
compreendia quando tinha mais/menos caça no local, que algo era maior
ou menor que outro.
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Figura 18 – As formas polidas se apresentam no Neolítico.
Fonte: <commons.wikimedia.org>.
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22.2.1 Egito
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Dica
“Os Elementos” constituem uma coletânea,
dividida em volumes que tratam sobre geometria
plana, números (um dos volumes dá ênfase
à teoria das proporções e outro aborda os
incomensuráveis) e sobre a geometria no espaço.
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Rosa Neto (2010), ao abordar a história da matemática, compara o
aprendizado da criança com o da humanidade. O autor defende que a
criança começa a criar conceitos como o homem criou à medida que
iadesenvolvendosuasnoçõesepercepções. Lopes (2005), porsuavez,
defendequeacriançadeveráaprendersobreformas,relaçõesposicionais,
relações métricas e transformações tais como rotações e translações numa
abordagem construtivista em que o professor expõe a criança a novas
situações, novas experiências, o que importa é acreditar que a criança
desenvolve percepções a cadadia e que o pensamento geométrico vai se
delineando à medida que as desenvolve.
Saiba mais
Quer saber um pouco mais sobre a história da
matemática? Entre no site clicando aqui, navegue
e aprofunde seus conhecimentos.
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23 Concepções e geometria
Objetivo
Refletir sobre a influência das concepções do pensamento geométrico
na evolução da Educação Matemática.
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As relaçõesdageometriacomohomemsurgiramcomessanecessidade
de transformar a natureza para que suas necessidades fossemsatisfeitas.
Ao observar essa natureza o homem começou a criar conceitos
comoretas, curvas, circunferências, entreoutros. Paraampararsuas
necessidades o homem também fabricou ferramentas, utensílios
domésticos, construiucasasecidadescomformaseestruturascadavez
mais regulares.
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Figura 19 – A primeira manifestação do pensamento geométrico.
Fonte: <www.123rf.com>.
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• Discriminação visual: percepção espacial que ajuda a criança a
observar diferenças e semelhanças entre coisas, objetos e seres vivos.
Exemplo: jogo dos sete erros.
• Memória visual: capacidade de lembrar como umobjeto é e
relacioná-lo com outros mesmo sem o primeiro estar à vista.
Exemplo: jogo da memória.
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24 A geometria e a criança
Objetivo
Relacionar as noções de geometria com as experiências que a criança
vive em seu meio.
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ainda que na Educação Infantil esse enfoque deve ser quase diário,
através de jogos, brincadeiras, aulas-passeios, dentre outras estratégiasque
ampliem“[...] ascompetênciasespaciais, corporais, pictóricas, musicais,
interpessoais e intrapessoais” (DINIZ; SOMLLE, 2006, p. 10).
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texturas, além de ser uma atividade em que podemos ainda explorar as
noções de agrupamentos, quantidades, classificações, entre outras.
Existemváriasatividadesquepodemosutilizarparacumpriressedesafio.
Vamos a elas?
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24.3 Relacionando o ensino de geometria com o
cotidiano
A primeira atividade vai relacionar uma brincadeira tradicional com a
geometria. É importante que o professor já tenha utilizado muitas vezes
osjogosdeblocoslógicoscomascriançasantesdeaplicarestaatividade.
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as habilidades de reconhecimento sobre as diferentes características de
um objeto e que possa diferenciá-lo de outros. Esperamos que o professor
entenda que esse tipo de brincadeira estimula a criança e que essa
desenvolve a coordenação motora e a interação com o grupo, além de
aprender a distinguir formas e tamanhos dosobjetos.
Objetivo:desenvolvernacriançaaspercepçõesdeposição noespaçoe
suas relações espaciais
Conte uma história sobre alguma cidade ou bairro. Após peça que o
grupo planeje a construção de uma maquete relacionada com a história
contada a eles. Peça que desenhem um esboço do que vão construir.
Definir o que vai ser colado e como.
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Fechamento: após amaquete estarpronta, peça queascrianças elaborem
uma planta baixa, que é a planificação da estrutura de espaço da
construção. Para os primeiros e segundos anos sugerimos que a maquete
comece pela casa onde mora a criança ou o quarto onde dorme.
Nestaunidade, apresentamoscomorelacionarosconceitosgeométricos
comexperiênciasvividaspelacriança. Exemplificamoscomofazerisso
através de algumasestratégias, porémaconselhamosvocêacriarassuas
próprias, semprefundamentadasnosconceitosdidáticosepsicológicos,
respeitando assim o desenvolvimento da criança como um todo. Na
próxima unidade, vamos tratar de brincadeiras infantis e como elas
ajudam no desenvolvimento dos conceitos matemáticos. Vamos adiante?
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Resumo
Mostramosnaunidade 21 algumasestratégiasenvolvendoascrianças
em situações-problema: elas vivenciam a situação, procuram soluções
e aprendem brincando. Também reforçamos a ideia de que atos como
medir são próprios do ser humano e que o homem, ao longo da história,
ao evoluir economicamente, precisou de mais esse recurso.
Naunidade 22 desenvolvemoscomvocêideiassobreasprimeirasnoções
de pensamento geométrico através da história. Entendemos que ele faz
parte da vida da criança e que o ato de experimentar faz a sua história
e a da criação de conceitos geométricos a cada instante, em pequenas e
imperceptíveisações, comoperceberadiferençadeformatoentredoces
ou brinquedos.
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Na unidade 23 entendemos que a criança cria seus conceitos quando
passaadiferenciarformas, desenhar, modelar, dentreoutrasaçõesque
são vividas dentro e fora da escola, e que compreender a história é
importante para refletirmos sobre o ensinar e o aprender.
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25 O lúdico e a geometria
Objetivo
Conhecer como a criança pode aprender geometria sem o formalismo
metodológico do ensino matemático.
Como se deve trabalhar o lúdico com as crianças da Educação Infantil de modo que
elas possam desenvolver conceitos geométricos?
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Os jogos sempre foram uma atividade humana, usados tanto para
recreação como para educar. Cabe aqui retomarmos, ainda que
brevemente, alguns dados históricos. Os gregos e romanos davam
importância aos jogos e desafios para educar a criança. Tanto na Grécia
como no Egito, os aspectos lúdicos estavam presentes na vida cotidiana
dosadultos. Comonessa época eramasfamílias queeducavamosfilhos,
era comum incentivar a criança à prática dos jogos e às artes. Com o
tempo esse papel de educador passou a ser da escola, e foi somente na
Grécia que, pelas mãos de Platão, surgiram os primeiros estudos sobre a
importância dos jogos no desenvolvimento dacriança.
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Sobre as interações com o meio, Smole, Diniz e Cândido (2006)
lembram que a infância é o período ideal para a criança desenvolver
as noções de espaço. Segundo a autora, é nessa fase da vida que a
criança está explorando o mundo a sua volta, e é nesse momento que
ela passa a ter noção de dentro/fora, acima/abaixo ou frente/atrás.
Assim, percebemos que o foco principal para o estudo da geometria na
Educação Infantil é o espaço.
Saiba mais
Geometria é uma palavra que resulta dos termos
“geo” (terra) e “métron” (medir), cujo significado
em geral designa propriedades relacionadas
com a posição e forma dos objetos no espaço.
Conheçasobrearelaçãoqueháentreasformas
geométricasassistindoaovídeoproduzidopela
Profª de Matemática Venuléia Lamas para um
workshop que faz parte do projetoTECNOARTE do
CETEC – MG. Disponível clicando aqui.
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Uma possível atividade consiste em distribuir para as crianças conjuntos
de peças de E.V.A.(Ethil Vinil Acetat, ou, em português, Ethil Acetato
deVinil):umparalelogramo, umquadradoecincotriângulos(isósceles,
equilátero e escaleno). Primeiramente, com os alunos em círculo, o
professor apresenta o Tangram montado a partir de um dos conjuntos
depeças e, emseguida, mostra cada uma das peçasque formama figura
maior. Depoisde apresentadoo material, éentreguepara as crianças um
Tangrame uma base, que pode ser de cartolina, em que já está desenhada
peloprofessorasilhuetadebarcos,casas,pessoas,floresouanimais.Após
essemomentodeentregadomaterial, oprofessor se encarrega de explicar
paraascriançasodesenvolvimentodotrabalho. Aí éhoradeelasdeixarem
a imaginação fluir e cobrirem as silhuetas com as peças adequadas.
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Assim, ousodessaspropostassistematizadaspoderácontribuirparaquea
criança amplie seus conhecimentos e forme seus próprios conceitos.
Sobre essas propostas, Panizza (2006, p. 145) nos diz que “[...] segundo
essa linha de ideias se poderia afirmar que é necessário proporcionar na
escola situações específicas de conhecimentos espaciais que permitam aos
alunos ‘irem mais além’ do que as atividades cotidianas e de que os jogos
lhes permitem construir”.
Estudo complementar
Quetalseaprofundarumpoucomaissobrea
importância das brincadeiras na Educação Infantil?
Leia, nolinkaseguir,oquealguns psicólogos
pensam sobre esse tema clicando aqui.
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26 Geometria topológica
Objetivo
Compreender a geometria topológica como alternativa na formação
da noção de espaço.
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Se observarmos a criança e sua interação com o ambiente, veremos que a
geometria permeia suas brincadeiras e atitudes. O contexto social no qual
ela está inserida já lhe proporciona condições de realizar uma boa parte
dessasaprendizagens, e é entãoque ocorreaconstrução do conhecimento
prático. Você pode perceber que a geometria, de forma semelhante à
Matemática, surgiu da necessidadebásicaeeconômicadospovosantigos
de contar os objetos e resolver problemas, como vimos na unidade 23.
No Egito, por exemplo, todos os anos o rio Nilo inundava seus diversos
braços que desaguavam para o Mar Mediterrâneo, fazendo com que as
terrasperdessemassuasmarcações, eficavadifícilsaberoslimitesentre
uma terra e outra. Esse fato gerava muitos conflitos entre os agricultores.
Assim, os antigos faraós resolveram nomear funcionários para a função
de remarcar as terras e delimitar fronteiras. Esses funcionários ficaram
conhecidos como agrimensores. Por isso, acredita-se que a geometria
surgiu no Egito, o que é natural, já que para construir as pirâmides e
algunsmonumentosdessacivilizaçãoserianecessárioumconhecimento
prévio de figurasgeométricas. Porém,estudosmaisrecentesatribuemaos
babilônios muito desse conhecimento.
Por exemplo: faça um círculo bem grande no chão usando uma corda,
depois peça aos alunos que entrem no círculo. Cuide para que não fique
nenhum aluno do lado de fora e pergunte: “Todos ficaram juntos? Do
mesmo lado? Quallado, o de dentro ou o de fora?” Agora peça que saiam
de dentro do círculo e estique a corda em linha reta. Peça aos alunos que
fiquem ao lado da corda e pergunte: “Todos ficaram do mesmo lado?”
Podeacontecerde nãoteremficadotodos do mesmo lado. Aproveiteessa
oportunidade e pergunte para alguns alunos: “De que lado você ficou?”
Ele provavelmente dirá do lado de cá ou do lado de lá. O professor pode
aproveitar esse momento e perguntar se alguém quer trocar de lado.
Depoisdastrocasfeitas, fale comos alunossobreladodireitoelado
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esquerdo, é um bommomento para se trabalhara lateralidade. Alémdisso,
estabeleça parâmetros entre estar dentro do círculo e ao lado da corda.
Note que nesse tipo de exercício, a criança começa a ter noção de figura
geométrica sem precisar utilizar de conceitos e nem modelos prontos,
somente o espaço e o corpo. Assim, o que leva a criança à construção
danoçãodeespaçosãoasrelaçõesconhecidascomorelaçõestopológicas,
projetivas e euclidianas. Vamos entendê-lasmelhor.
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Figura23–Criançasdescobrindoasformasgeométricaspormeiodasrelaçõesespaciaisdenaturezatopológica.
Fonte: <www.123rf.com>.
Por exemplo: solicite à criança que ela desenhe uma pessoa. Agora
questione se ela desenhou os braços, as pernas, a cabeça e o corpo. Se
todasessaspartesforamdesenhadas, observe se osbraços, aspernas, o
tronco e a cabeça foram desenhados no lugar certo ou se os braços e
as pernas foram ligados diretamente à cabeça. Mostre a figura de uma
pessoa e peça aos alunos que compare com o seu desenho. Questione
sobre a posição de cada membro do corpo, peça que observem se está
no lugar certo. Pode acontecer de a criança não perceber a diferença,
aí então cabe ao professor direcioná-la porque ela ainda não adquiriu a
noção de vizinhança. Porisso, é importante desenvolveras relaçõesde
natureza topológica.
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Agora que já estudamos o que são as relações topológicas, vamos
aprendersobreumaspectoespecífico da geometria, quedizrespeitoaos
sólidos.
Tarefa dissertativa
Caroestudante,convidamosvocêaacessaro
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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27 Sólidos geométricos
Objetivo
Reconhecer os sólidos geométricos como objetos de comparação.
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Figura 24 – Crianças descobrindo os sólidos geométricos através da percepção.
Fonte: <www.123rf.com>.
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Outro exemplo para se trabalhar em sala é mostrar aos alunos a
planificação dos sólidos para que eles entendam que todo sólido parte
de uma figura plana. Então, solicite aos alunos que tragam embalagens
diversas, abram, emsala, asembalagenseobservemqueapósabertaselas
viram figuras planas. Com o sólido aberto você pode pedir aos alunos
que o coloquem sobre uma folha de papel e desenhem o seu contorno.
Comesseexemplo, oprofessorpodeiniciaro assuntosobrefiguras
bidimensionais e tridimensionais.
Dica
A revista Nova Escola tem uma excelente
matéria intitulada “Como apresentar figuras
tridimensionais aos pequenos”. Nessa matéria,
há alguns exemplos práticos que você, professor,
podeaplicarcomseusalunos.Acesseclicando
aqui. Vale a pena conferir!
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Comovocêpodeobservar, ossólidosgeométricosna Educação Infantil
são de extrema importância paraasséries seguintesporque é nessa fase
que a criança participa da construção do conhecimento junto com o
professor, que colabora para que as atividades realizadas em sala possam
modificar e desenvolver ideias e habilidades comrelação à geometria.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 19 a 27. Para isso, dirija-
seaoAmbienteVirtualdeAprendizagem (AVA)e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
vocêestarásepreparandoparaaprova.Bom
trabalho!
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28 Simetria e tipos de simetria
Objetivo
Definirosconceitos de simetria, seus tipose suaimportância no
desenvolvimento do pensamento matemático na EducaçãoInfantil.
Quando trabalhamos com geometria plana, dizemos que uma figura tem
simetriaquandodobradas no seueixo de simetria, osladossobrepõem-se.
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período ainda eram desconhecidas as unidades de medida que se tem
conhecimento nos dias de hoje.
Figura25–Artegráficaemquepodemosperceber,bemaocentro,oeixode
simetriaeaigualdadedeimagenseformasnosdoisladosdoeixo.
Fonte: <www.123rf.com>.
Saiba mais
Nesse vídeo, o arquiteto Roberto Pompéia faz
um passeio pela exposição “O mundo mágico
de Escher”e comenta a respeito da simetria e
geometriaquepermeiamasobrasdoartista
gráficoholandêsMauritsEscher.Valeapena
conferir!
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28.1 Tipos desimetria
Podemosencontrarasimetriaaplicadaemmuitasmanifestaçõesartísticas
e no artesanato, o que é compreensível devido ao fato de a arte ter tido
durante muito tempo uma forte inclinação mimética, ou seja, uma
tendência a imitar a natureza, na qual a simetria nos aparece de diversas
formas.
Como a simetria pode ser observada nas formas e nos objetos, o seu
conceitoestárelacionadocomatransformaçãogeométrica dereflexão,
translação, rotação e reflexão com deslizamento. Vejamos alguns
exemplos.
www.esab.edu.br 160
• Reflexão com deslizamento: uma reflexão com deslizamento
combina com uma translação ao longo do sentido da linha do
espelho. As reflexões com deslizamento são os únicos tipos de
simetria queenvolvem mais de uma etapa. Se você olhar sua imagem
refletida no espelho e girar o espelho em um ângulo qualquer, sua
imagem vai ficar invertida e deslocada.
Um bom exemplo para essa atividade é pedir às crianças que andem dez
passos para frente e virem para a direita. O professor pode questionar
as crianças com a pergunta: “O que aconteceu?” Nesse momento, os
alunos poderão darasmais diversas respostas, entreelas a de que ele saiu
do lugar e ficou virado de lado. Quando essa resposta surgir, o professor
pode mostrar para o aluno que a simetria parte desse princípio: ser
simétrico é estar do outro lado exatamente igual ao anterior, porém na
posição contrária.
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Mas, se nas respostas dos alunos o professor notar que eles não
observaramo deslocamento, é preciso tentar mostrar assuas imagens
refletidasno espelho e questionar oque eles estão vendo. Observe que
agora a criança já percebe que a imagem no espelho é a sua própria
imagem e de forma invertida. Com essas atividades, o professor pode
iniciar a construção do conhecimento sobresimetria.
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Nesta unidade aprendemos sobre a noção de simetria e vimos como
trabalharesseconceitona Educação Infantil. Aseguir, vamostrabalhar
comodesenvolver outras noções relacionadas à geometria, taiscomo
ângulos, retas e figuras planas.
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Atividades pedagógicas
29 envolvendo ageometria
Objetivo
Desenvolver a noção de ângulos, retas, simetria e figuras planas na
Educação Infantil através de atividades pedagógicas.
Antesdenosaprofundarmosnessaunidade, vocêsaberiarespondera
pergunta a seguir:
Para Rosa Neto (2010), muito cedo a criança inicia suas representações,
risca no chão, nas paredes e em papéis desde os três anos, com linhas
retas, curvas, abertas ou fechadas. Sabe desenhar somente linhas
eelasrepresentamconceitosdeobjetosbidimensionaisetambém
tridimensionais.
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Então, a escola deve partir desse ponto com a criança, levando em conta
a sua bagagem cultural e incentivando-a a uma Educação Matemática.
Figura 26 – A criança inicia suas representações riscando linhas retas, curvas abertas e curvas fechadas.
Fonte: <www.sxc.hu>.
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Um dos exemplos práticos para responder a essas perguntas é o uso
do geoplano. O geoplano é um importante recurso didático que ajuda
os alunos a compreender melhor vários conteúdos da disciplina de
matemática. Podeser utilizado na Educação Infantil para observação de
figurassimétricas, tiposdesimetria, paraaconstruçãodefigurasplanase
ângulos.
Figura27–Modelodeumgeoplanoquepodeserconstruídonopapeldemalhaquadriculada ouemum
tabuleiro de madeira com pregos.
Fonte: <revistaescola.abril.com.br>.
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29.1 Sugestão de atividade com o uso do geoplano
Essematerialtorna-se interessanteàmedidaqueoprofessorvai
estimulando os alunos nas suas construções.
Por exemplo: peça aos alunos que desenhem, no geoplano, uma figura fechada
simples e depois questione-os sobre simetria. Pergunte se a figura é simétrica ou não,
observe se ele consegue visualizar o eixo de simetria. Questione sobre quantas retas
foramusadasparaformaressafiguraeestabeleçaumarelaçãoentreonúmerode
ladoseaquantidadedeângulosdafigura.Porfim,oprofessoraindapodeexplorara
nomenclatura das figuras geométricas.
Assim, pararealizarumaatividadepedagógicaqueenvolvageometria, é
preciso que o professor leve para a sala de aulaalgunsobjetos que possam
ser explorados pelos alunos para que se possa dar início, com mais
facilidade, ao estudo da geometria na Educação Infantil.
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29.2 Sugestãodeatividadecomousodoespelho
Paraessaatividade, énecessárioqueoprofessordisponhade, pelomenos,
um espelho. O objetivo dessa atividade é apresentar alguns sólidos
geométricos para as crianças e deixá-las manuseá-los. Após o contato
físico, o professor coloca um dos sólidos sobre um espelho e estimula a
criança a dizer o que ela está vendo no espelho. Com as respostas dadas,
o professor tem condições de relembrar com as crianças o conceito de
simetria, visto na unidade anterior, e pedir para elas representarem por
meio do desenho o que estão vendo.
Depois dessa etapa, peça aos alunos que desenhemdois pontos distintos
na folha branca. Agora, instrua-os para que construam um desenho
que passe somente por esses dois pontos. Oque os alunos desenharam?
Certo, uma reta. Aproveite o momento para falar sobre a reta e sua
importância no mundo.
Depois, peça que eles desenhem três pontos e façam um desenho que
passe somente por esses três pontos. E agora, o que eles desenharam?
Certo, um triângulo. Mas para que serve o triângulo? Nesse momento, o
professor chama a atenção dos alunos sobre a importância do triângulo
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na construção civil. O triângulo é considerado um polígono rígido e por
essa razão é usado nos telhados das casas, na diagonal de um portão ou
no braço que segura um poste fincado no chão.
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Para suareflexão
Você está lembrado das estratégias utilizadas
para a apropriação do conceito de medidas, na
Educação Infantil, estudadas nas unidades 20
e 21? Com base nessas informações, pense na
seguintequestão:comoacriançapodeaprender
geometria sem a metodologia curricular do ensino
daMatemáticaesemusarsomentejogosou
brincadeiras?
Arespostaaessa reflexão formaparte de sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
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30 A arte e a Matemática
Objetivo
Discutir a relação entre a arte e a Matemática como conhecimento do
cotidiano infantil.
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segmento AB, um ponto C divide esse segmento de forma harmoniosa se
existir a proporção AB/CB = CB/AC (sendo CB o segmento maior).
O artista criou essa obra com base nos estudos das proporções do corpo
de Marcus Vitruvius Polloe nelapodemosobservarque a medidaentre as
extremidadesdas mãosquando osbraçosestão abertosé igual à altura do
corpo e quando os braços estão um pouco mais erguidos e as pernas um
poucomaisafastadas, forma-se umacircunferênciacomcentro noumbigo.
www.esab.edu.br 172
Dica
Parasaberumpoucomaissobreproporção
áurea,assistaaovídeo“Númerodeouro–artee
matemática”.Disponívelclicandoaqui.
Sabemosqueosprimeirosindíciosdecontagemnasceramdanecessidade
humana e para representar graficamente esses números o homem
desenhou, através de ângulos, os símbolos. Por exemplo: o número 1
(um) precisa de um ângulo para ser desenhado, o número dois precisa
de dois ângulos, já o número três precisa de três ângulos, e assim
sucessivamente até o número nove. Mas, e o zero? O zero não é formado
por segmentos de reta e sim por uma curva fechada simples, daí o fato de
não ter nenhumângulo emsua representação geométrica. Vocêconsegue
entender melhor observando a figura a seguir.
Cabe destacar que Rosa Neto (2010) afirma que cada criança deve criar
e evoluir do seu jeito, com o que já possui de conceitos e de acordo com
a sua individualidade. Parao autor, cada criança deve desenvolver suas
potencialidades e não seguir um caminho forçado.
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O desenho é o pensamento visual e pode adaptar-se a qualquer natureza
do conhecimento, seja ele científico, artístico, poético ou funcional.
Desse modo, podemos assumir que o desenho serve de linguagem tanto
para a arte como para qualquer outra ciência.
O desenho emerge como uma linguagem para a criança, assim como são
os gestos e a fala, e é a sua primeira escrita. Para as crianças que ainda não
escrevem, ou já escrevem, mas não dominam a linguagem matemática, o
desenho pode ser uma alternativa para que elas expressem o que pensam.
Porexemplo, naresoluçãodeproblemasqueenvolvemdivisão, quando
a criança não domina as técnicas do cálculo, mas consegue encontrar a
solução desenhando a quantidade total e distribuindo essa quantidade
em partes iguais.
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Resumo
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MétododeResoluçãodeProblemas
31 (MRS)
Objetivo
Entendercomoométododeresoluçãodeproblemaspode
ser aplicado na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
Uma das preocupações dos professores é fazer com que os alunos sejam capazes
deresolverdiferentestiposdeproblemasnasaulasdeMatemática.Masoque
exatamente isso significa?
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Usar a resolução de problemas em sala de aula implica uma mudança
de hábitos antigos no que diz respeito ao método utilizado. Precisamos
entenderque a criança nos anos iniciais, já na sua experiência cotidiana,
resolve problemas utilizando conteúdo matemático, por exemplo, a
contagem: acriançaconferesuasfigurinhas, repartebalasentreamigos,
mostra com os dedos a sua idade e também observa o espaço ao seu
redor, e aos poucos vai organizando seus deslocamentos.
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Smole, Diniz e Cândido (2001) explicamque asescolasdevemtrabalhar
com a resolução de problemas a partir de situações reais, para que elas
possam pensar sobre a atividade vivenciada e abstrair a ideia central do
problema.
Resolverproblemaséumaatividadebásicadefazerepensarmatemática,
mas o que é resolução de problemas?
As propostascurricularesincluíamaresolução de problemascomoum
capítulo ou como atividades independentes. A proposta decompunha
a resolução de problemas em quatro subatividades: compreender o
problema, desenvolver um plano, implementar o plano, e avaliar a
solução. Muitaênfasefoidadaaoensinodessesquatropassos. Alunos
resolviamproblemasdemonstrando cadapasso. Apartir 1990 aresolução
de problemas se tornou uma parte mais integrante da sala de aula de
matemática. Surgiram as propostas curriculares que situavam o ensino
www.esab.edu.br 178
de matemática via a resolução de problemas. A proposta era de colocar
problemas aos alunosa partir dosquais novos conteúdos pudessemser
desenvolvidos. Nesse momento surgiram várias propostas interessantes
como o uso de modelagem, e o uso de problemas de investigação, a
serem resolvidos individualmente ou em pequenos grupos.
Existe o exercício que pode ser um treino, uma fixação ou uma situação
derotina, queenvolvesimplesaplicaçãotécnica; masexisteoproblema,
que é uma situação nova e desafiadora, que envolve a criação. O
problema não é um exercício de rotina, entretanto não pode ser um
exercício impossível para o aluno resolver sozinho ou em grupo. Nos
problemas, a Matemática deve ser um começo, e não um fim. É o
momento da troca de ideias, da discussão sobre o fato de que acertar ou
errar não é o mais importante diante da riqueza da dinâmica do grupo.
O que importa nessa hora é a interpretação, saber o que o problema
oferece de dados e o que, a partir do que é informado, o problema está
pedindo. Nesse momento, a leitura ganha um salto de qualidade. É um
momento em que, além de ler, é preciso analisar, interpretar, ponderar e
construir conclusões.
Figura30–Criançaslendoemgrupo.Umaformadinâmicadeinterpretar o
que se estálendo para uma possível discussão.
Fonte: <www.123rf.com>.
www.esab.edu.br 179
Uma das queixas mais comuns é a de que os alunos não leem a questão
antes de tentar resolvê-la ou esperam que o professor leia, interprete e
diga se eles estão resolvendo certo ouerrado.
Saiba mais
Aprofunde seus conhecimentos assistindo ao vídeo
“Resolução de problemas: medidas e cálculos”,
disponívelclicandoaqui.Apósutilizaressamídia,
faça a seguinte reflexão: como podemos perceber,a
professora apresentada no vídeo, aproveitou
ambientesdaescolaparaensinarconteúdos de
matemática. Que outros ambientes ou que outros
conteúdosmatemáticospodemsertrabalhados
dessa mesma forma?
www.esab.edu.br 180
Para Smole, Diniz e Cândido (2001), devemos considerar que a
resolução de problemas trata de situações que não possuem solução
evidente e que exigem que o aluno combine seus conhecimentos e decida
pela maneira de usá-los em busca da solução.
Fórum
Caroestudante,dirija-seaoAmbienteVirtualde
Aprendizagem da Instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seuscolegasecomseututordeformaaampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamoslá?
www.esab.edu.br 181
32 MRS e planejamento
Objetivo
ElaborarestratégiasparaaaplicaçãodoMétododeResoluçãode
Problemas (MRS) na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
www.esab.edu.br 182
Saiba que essa vivência auxilia a criançaa estabelecer alguns conceitos
matemáticos, para que ela resolvaproblemas comfacilidade. Apesar de
osalunos manteremuma boa relação comcertos conteúdos matemáticos
antes da escolarização, percebe-se certa resistência da escola em relação a
essa disciplina, fruto das crenças culturais e das convenções sociais.
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Sobre esse assunto, Smole, Diniz e Cândido (2001) nos dizem que, ao
resolvermos um problema, temos de recorrer à oralidade ou a algum
tipo de texto que facilite a compreensão do aluno. Para os autores, a
resoluçãodeproblemasestárelacionadaàaprendizagemdeconteúdos.
A comunicação é essencial, pois a criança falando, escrevendo ou
desenhando mostra indícios do que domina ou se ainda tem dificuldades.
Estudo complementar
Acesse o“Referencial Curricular Nacional para
aEducação Infantil”,disponívelnoportaldo
MEC, clicando aqui. Leia as páginas 223 a 228 e
aprofundeoqueestudamosnestaunidade.Faça
umasíntesesobreo queéapresentadocomo: a
aplicação prática das grandezas e medidas e o uso
do calendário para medir tempo.
www.esab.edu.br 184
Combinar resolução de problemas e comunicação é uma forma
bastanteeficientedejuntarainvestigação em situação-problemacomo
desenvolvimentointegral do aluno, diminuindoasbarreiraseauxiliando
o rompimento das crenças socialmente difundidas que têm impedido a
aprendizagem real, especialmente em Matemática.
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33 MRS emediação
Objetivo
Discutir como mediar a aplicação do Método de Resolução de
Problemas (MRS) na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
www.esab.edu.br 186
Um cuidado que devemos ter para romper com esses modelos de ensino
centrado em problemas convencionais é evitar todas as dificuldades
de aprendizagem ligadas a ele e abordar o problema de forma a
proporcionar ao aluno um ambiente de discussão e levá-lo a um processo
de investigação.
Outro desafio está em propor aos alunos que descubram outras maneiras
de resolver o problema, perguntando: Como resolver o problema sem
fazer contas? É possível resolver por meio de um desenho? Como o
problema sugere que seja feito por divisão, é possível fazer o mesmo
problema usando adição e subtração? É interessante que os alunos
possamformulareresolversuasprópriasquestões.Dessaforma, podemos
propor que os alunos criem novos problemas e os resolvam da maneira
como acharem mais fácil. Porém, é bom destacar que, no que se refere
àresoluçãodeproblemasconvencionais,nãoépossívelrealizaressetipo
de trabalho com todos os problemas do livro. Porisso, selecione alguns
problemas, quatro ou cinco, e desses escolha um ou dois para trabalhar,
www.esab.edu.br 187
discutindo e investigando o que os alunos acharem conveniente.Em
seguida, deixem que o próprio aluno resolva, à sua maneira, os demais
problemas, lendo, interpretandoefazendoassuasprópriasdiscussões,
pois só assimvocêproporcionaráodesenvolvimentodaaprendizagem.
Dica
Leiaotexto“Seusalunossabeminterpretar
problemas?”, disponível clicando aqui. Nele,
você poderá saber como planejar enunciados
adequados e ver como eles interferem na
compreensãodastarefasfeitaspelosestudantes.
www.esab.edu.br 188
Figura 31 – Interpretar o enunciado: um grande avanço para a resolução de problemas.
Fonte: <www.123rf.com>.
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34 Estratégias de resolução
Objetivo
Propor distintas estratégias de aplicação do Método de Resolução de
Problemas(MRS)naEducaçãoInfantilenosanosiniciaisdoEnsino
Fundamental.
www.esab.edu.br 190
Para suareflexão
Ao empregar o Método de Resolução de
Problemas, lembre-se dos exemplos dasdiferentes
formas de resolver um problema e pense na
seguinte questão: diante de um problema
propostoporvocê, professor,oquefazercomas
diversassoluçõesapresentadaspelascrianças?
As respostas a essas reflexões formam parte de sua
aprendizagem e são individuais, não precisando
ser comunicadas ou enviadas aos tutores.
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Figura 32 – Usar a leitura e a escrita como recurso para a resolução de problemas.
Fonte: <www.123rf.com>.
Saiba mais
Aprofunde seus conhecimentos lendo o texto“As
situaçõesdidáticasdeMatemática”,disponível
clicandoaqui.Apósaleitura,façaaseguinte
reflexão: o que se espera do professor em relação
aos diferentes métodos utilizados para resolver
problemas?
www.esab.edu.br 192
Todavia, paradespertarmosessacuriosidade, alémdaleitura, éprecisoser
cuidadoso quanto à escolha do problema. Problemas simples com textos
curtospermitemaoalunodassériesiniciais, muitasvezes, resolverem-no
mentalmente, poisosconsiderafáceise escrevemqualqueroperaçãoque
dê o resultado esperado.
Para Smole, Diniz e Cândido (2001), mesmo nos casos dos problemas
maiselaborados, e osnúmeros são pequenos, há uma possibilidade de se
fazer o cálculo mental por estimativa ou tentativa. Nesse caso, a escrita
matemática não possui nenhum significado. Por isso, é importante que
se estimule o aluno a fazer os registros dos seus pensamentos para que,
depois, ele possa observar que existem outras maneiras de se resolver o
mesmo problema.
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35 Análise dos resultados
Objetivo
Entender como analisar os resultados da aplicação do Método de
ResoluçãodeProblemas(MRS)naaprendizagemdosalunosde
Educação Infantil.
www.esab.edu.br 194
Na compreensão do problema, além da leitura, que é um fator
importantenesseprocesso, algumastécnicasajudamacompreender
melhor os problemas.
Saiba mais
Para entender melhor como um problema
convencional dado diretamente para o aluno
resolver pode permitir que seja encontrada uma
soluçãoquenãosatisfazàpergunta,leiaoplano de
aula “Quantas rodas têm “x” carrinhos?”,
disponível clicando aqui e note a importância de
discutir e interpretar o problema antes de passar
para a resolução.
www.esab.edu.br 195
Para entender melhor a importância da interpretação e da avaliação dos
problemas, vamos ver alguns exemplos.
Entregue para cada aluno uma folha quadriculada. Nessa folha, peça
aos alunos que desenhem e pintem um retângulo, respeitando a linha
do quadriculado. Depois de pronto, solicite que cada aluno mostre o
seu desenho. Em seguida, pergunte: Todosos retângulos têm o mesmo
tamanho? Depois, peça para que eles contem quantos quadrados
foram necessários para fechar a figura. Note que, como os retângulos
são diferentes, provavelmente as respostas também serão. Peça que o
aluno desenhe outras figuras e faça a mesma atividade de contar os
quadradinhos. Ao perceberqueosalunosjácomeçamafazersozinhos,
converse com eles sobre o objetivo dessa atividade que é calcular o
perímetro de figuras planas e junto com eles escrever o conceito de
perímetro. Mascomo se podeavaliaressaatividade? Entregueumafolha
comdesenhos, semamalhaquadriculada, defigurasgeométricasplanas
e peça para o aluno calcular o perímetro das figuras somente com as
medidasdoslados dadas. Se você perceberque osalunos estão somando
as medidas, incentive-os a continuar, mas se você notar que um aluno
não consegue, leia novamente a definição e mostre que, com a malha
quadriculada, era necessário contar os quadrinhos e que agora, com as
medidas, basta somá-las.
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Figura 33 – Pela movimentação de braços e pernas, é possível iniciar o conceito de ângulos.
Fonte: <www.123rf.coml>.
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O professor que observa seus alunos durante as atividades consegue
avaliar melhor as possibilidades de avanço e as dificuldades de cada
um. Mas o aluno também pode avaliar a si mesmo através de reflexões
propostaspeloprofessorepeloqueconsegueregistrargraficamente(por
meio da escrita ou do desenho).
Na próximaunidade, vamosproporalgumasdessastarefasapoiadasna
resolução de problemas. Vamos em frente!
Tarefa dissertativa
Caroestudante,convidamosvocêaacessaro
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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Atividades pedagógicas e
36 resolução de problemas – parte I
Objetivo
Apresentar tarefas baseadas na resolução de problemas para o
processo de ensino-aprendizagem de Matemática nos anos iniciais do
Ensino Fundamental.
www.esab.edu.br 199
Por exemplo: Minha mãe tem trinta e cinco anos e eu tenho oito anos.
Qual a idade do meu pai? É provável que alguns alunos respondam
que o pai tem quarenta e três anos, porque estão habituados a resolver
problemas convencionais emque o único objetivo é a solução numérica.
Porém, as respostas a esse problema podemser apenas hipotéticas, pois
não há dados que nos digam a idade certa. Vale destacar que a resposta
correta será descoberta pesquisando com os pais diretamente. Vejaque
esse tipo de problema pode contribuir para iniciar discussões de outros
assuntos, no caso do exemplo, se poderia abordar o tema estrutura
familiar.
Esse tipo de problema rompe com a crença de que todo problema tem
uma única resposta. Por exemplo: Meu pai e minha mãe têm juntos,
100 reais. Quantos reais possui cada um? Note que, para esse problema,
existemvárias respostas para a mesma pergunta. Umadessas respostas
poderia ser 50 reais cada um, ou ainda a mãe poderia ter 80 reais e o pai
20 reais. Essaflexibilidade de soluçõesaconteceporquetemosapenasum
único dado, que é o valor que os dois possuem juntos.
www.esab.edu.br 200
Problemas de lógica
Dica:
Criança Quantia
BRUNO R$ 40,00
PATRÍCIA 3 x quantia do André = R$ 72,00
ANDRÉ R$ 20,00 + R$ 4,00 = R$ 24,00
THAYSE R$ 48,00 + R$ 10,00 = R$ 58,00
GUILHERME R$ 18,00 + R$ 24,00 = R$ 42,00
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• Rola-dados: essejogoconsisteemjogardoisdadosalternadamente
ou jogar junto, não importa. Cada criança, ao jogar o dado na sua
vez, observa os números das faces voltadas para cima. Com essa
informação o professor pode pedir aos alunos que: resolvam as
operações solicitadas(adição, subtração, multiplicação ou divisão,
quando possível, pois nessa fase a criança divide de forma exata. A
noção de números decimais vem um pouco mais tarde); elaborem
um problema com os números sorteados ou que, durante cinco
rodadas, por exemplo, anotem os números sorteados e depois
verifiquem quantas vezes o número se repetiu. Dessa maneira, você
poderá trabalhar com os alunos a noção de dobro, triplo, quádruplo.
Nessa atividade poderão ser usados dois dados pequenos e um
copinho ou pode ser feito um dado grande com uma caixa cúbica.
Cabe ao professor usar a sua imaginação.
• Jogodememória:essaatividade permiteaoalunodesenvolver
a parte aritmética e a geométrica. O professor precisará de um
número par de peças que podem ser feitas em E.V.A., papel cartão
ou cartolina, com o mesmo formato geométrico. Separe as peças
em partes iguais. Em uma das faces deverá ter a imagem de uma
figura geométrica plana e a de um sólido geométrico; na outra face,
o nome das figuras que foram desenhadas na outra metade. Se o
professoroptarpelas duas formas, podetrabalhar anoção de figuras
bidimensionais ou tridimensionais. As figuras devem estar dispostas
em linhas e colunas com as faces desenhadas para baixo e, cada
aluno, na suavez, viraráduas peças. Enquanto eleacertar, continuará
virando as peças, e se errar passará a vez. Quando os alunos forem
das primeiras séries, o professor pode discutir com o grupo a respeito
de cada peça que a criança levantou, dando dicas para que, quando
ela abrir as duas peças, saiba se acertou ou não. Caso a criança não
perceba se acertou, o professor deve abrir uma conversa em grupo.
Essa é uma atividade que requer concentração e é muito interessante
para ser feita no final da unidade trabalhada, como forma de revisão.
• Dominó das operações: nesse jogo, o professor pode observar o
desenvolvimento da criança emtorno das quatro operações básicas.
Paraisso, sãonecessáriosvinte eoito retângulosquepodemserfeitos
de E.V.A., de madeira, papel cartão ou cartolina. Cada retângulo
deve estar dividido ao meio e em cada lado ter uma operação e um
www.esab.edu.br 202
número que será a resposta de uma operação. Quando iniciar esse
processo de montagem, cuide para que cada operação fique do lado
esquerdo do quadrado e a resposta do lado direito ou ao contrário
e atente para que cada operação que está em uma peça tenha uma
resposta correspondente na outra. Assim, comosalunos separados
em grupos de, no máximo, quatro pessoas, cada um retira sete
peças e inicia o jogo exatamente igual ao dominó, só que, nesse
caso, a criança tem que observar a operação e a resposta. É uma boa
atividade para desenvolver o aprendizado do cálculo mental, que é
muito utilizado nas séries seguintes.
www.esab.edu.br 203
Figura 35 – Jogo do percurso.
Fonte: <www.revistaescola.abril.com.br>.
www.esab.edu.br 204
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 28 a 36. Para isso, dirija-
seaoAmbienteVirtualdeAprendizagem(AVA)e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
vocêestarásepreparandoparaaprova.Bom
trabalho!
www.esab.edu.br 205
Resumo
Aresoluçãodeproblemastemsidomuitodiscutidae analisadanasúltimas
décadasdevido àsuaimportâncianoprocesso deaprendizagemdacriança.
Hoje em dia, o ensino da Matemática nas escolas vai além dos números
e das operações. E esse é um dos motivos pelo qual no planejamento
das atividades deve-se ter certos cuidados durante a elaboração dos
problemas, uma vez que a criança, ao ler a atividade, poderá não dar
respostas imediatas. Ela precisa, inicialmente, ser envolvida no problema,
e esse envolvimento deve levá-la a participar de uma discussão e,
consequentemente, chegar à solução desejada.
www.esab.edu.br 206
Atividades pedagógicas e
37 resolução de problemas – parte II
Objetivo
Apresentar tarefas baseadas na resolução de problemas para o
processo de ensino-aprendizagem de Matemática nos anos iniciais do
Ensino Fundamental.
www.esab.edu.br 207
Mesmo que o professor elabore essas atividades de forma organizada, será que apenas
os jogos podem ser aplicados na Matemática como forma de resolver problemas?
www.esab.edu.br 208
Smole e Diniz (2001) explicam que a compreensão de um texto é um
processo que se caracteriza pela utilização que o leitor fazno ato de ler.
Assim, na Matemática, para resolvermos um problema, precisamos,
primeiramente, da leitura e da interpretação para, depois, reunirmos
dados, resolvermosoproblemaeverificarmos se arespostadadaestáde
acordo com o enunciado.
www.esab.edu.br 209
Reconhecendo a importância da leitura e da escrita, Smole e Diniz
(2001) afirmam que os recursos de comunicação, nas aulas das séries
iniciais, podemconcretizara aprendizagema partir de uma perspectiva
mais significativa para o aluno e favorecer o acompanhamento desse
processo por parte do professor. Não podemos deixar de observar que
também na Matemática, atividades de leitura e escrita somente podem
tornar-se um pouco cansativas depois de um determinado momento.
Como você pode ver na figura, com o material dourado você pode
representar números e fazer operações de adição e subtração. Por
exemplo: para você calcular a soma de 12 mais 19, temos que ter:
www.esab.edu.br 210
• para o 12, separar duas barras e mais dois cubinhos;
• para o 19, duas barras e mais nove cubinhos;
• quando juntar as peças, temos: 4 barras e 11 cubinhos. Porém,
você pode trocar 10 cubinhos por uma barra e sobrar somente um
cubinho e, assim, temos: 12 + 19 = 3 barras mais 1 cubinho, o que é
igual a 31 cubinhos.
Para o 67, use 6 barras e mais 7 cubinhos. Como você vai dividir essa
quantia em 3 partes iguais, você pode prosseguir da seguinte forma:
www.esab.edu.br 211
Figura 38 – Modelo de Quadro Valor Lugar.
Fonte: Elaborada por Esab (2013).
www.esab.edu.br 212
Saiba mais
Para entender melhor o uso do material dourado,
assistaaovídeo“Materialdourado”,disponível
clicandoaqui.Depoisdeassistiraovídeo,pense
emcomovocêpoderiautilizaressematerial para
desenvolver uma atividade relacionada à resolução de
problemas.
www.esab.edu.br 213
AvaliaçãodoMétododeResolução
38 de Problemas
Objetivo
Conhecer o processo de avaliação do Método de Resolução de
Problemas (MRS) na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
Resolverumproblemanãoseresumeemcompreenderoquefoipropostoeemdar
respostas aplicando procedimentos adequados. Aprender a dar uma resposta correta,
que tenha sentido, pode ser suficiente para que ela seja aceita e até seja convincente,
mas não é garantia de apropriação do conhecimento envolvido.
Será a resolução de problemas uma boa estratégia para recuperar lacunas no nível
dos conceitos básicos e na estrutura do pensamento matemático?
www.esab.edu.br 214
Na prática letiva, a resolução de problemas surge como uma forma, entre
outras, de colocar os alunos em uma situação de resolver problemas
matemáticos e ainda contribui para uma maior motivação, permitindo
reduzir o insucesso nessa área uma vez que, ao tentar resolver um
problema, o professor orienta o aluno, o qual busca seus conhecimentos
básicos, formulaseuraciocínioeefetuaoscálculos, estruturandoassimo
seu pensamento matemático.
• a perspectiva de cada momento da avaliação deve ser definida claramente, para que
se possa alcançar o máximo de objetividade;
• consideraradiversidadedeinstrumentosesituações,parapossibilitar,porum
lado, avaliar as diferentes capacidades e conteúdos curriculares em jogo e, por outro
www.esab.edu.br 215
lado, contrastar os dados obtidos e observar a transferência das aprendizagens em
contextos diferentes;
• utilização de diferentes códigos, como o verbal, oral, o escrito, o gráfico, o numérico,
opictórico, deforma ase consideraras diferentes aptidões dos alunos.
Estudo complementar
Assista ao vídeo “Avaliação e Aprendizagem” do
professor Cipriano Luckesi, disponível clicando
aqui, paraaprofundaro quevimosatéagora.
• Observaçãosistemática:éummétodoutilizadoparacompreendercomo funciona
uma determinada atividade ou tarefa. O professor observa as etapas de umprocesso, as
ferramentas utilizadas, às dificuldades que aparecem, as conversas e os resultados do
trabalho. A observação sistemática é guiada por um objetivo definido, algo que se
deseja sabersobre aquela atividade. A observação é feita repetidas
vezesatéquesetenhasuficienteevidênciaparaafirmartalcoisa.Talobservaçãoé
oacompanhamentodoprocessodeaprendizagemdosalunos,utilizandoalguns
instrumentos, como registro em tabelas, listas de controle, diário de classe e outros;
• Análise das produções dos alunos: essa análise deve ser feita continuamente
durante todo o desenvolvimento do trabalho para que o professor possa considerar
avariedade de produções realizadas pelos alunos, etenha um quadro real das
aprendizagens conquistadas;
• Atividades específicas para a avaliação: o professor pode determinar atividades
específicas semelhantes às situações de aprendizagem comumente estruturadas em
saladeaula.Assim,elepodeacompanharodesenvolvimentodoalunoeavaliarsua
participação durante todo o processo.
www.esab.edu.br 216
trabalho. Esseaspectoéprocessual, oquepermiteajustesconstantespara
que o trabalho educativo tenha sucesso”.
Nesse sentido, Rosa Neto (2010, p. 52) afirma que “[...] a avaliação deve
ser um processo contínuo, diagnóstico como acessório da monitoração
que oprofessor faz ao desenvolvimento doaluno”. Dessa forma, entende-
se que avaliação não significa constatar o que ocorreu, mas o que não
ocorreu, ou seja, estudar a diferença entre o esperado e o atingido, porém
permanentemente, e não por meses ou bimestres.
www.esab.edu.br 217
forma quantitativa (o que importava era o quanto a criança aprendia)
e não de forma qualitativa (como ela aprendia). Na nova concepção,
aavaliaçãodevesercontínua, tornando-senecessário recorreràsmais
diferentes técnicas e estratégias no sentido de melhorar o desempenho da
criança e o do próprio professor.
www.esab.edu.br 218
39 O brincar e a Matemática
Objetivo
Compreender o aspecto lúdico da Matemática na Educação Infantil e
nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
www.esab.edu.br 219
importância desse recurso na Resolução de Problemas e agora podemos
observar que – se a criança além de brincar, tiver a oportunidade de falar
sobre a brincadeira, desenhar a brincadeira ou escrever sobre esta – a
criança terá a oportunidade de ganhar consciência de relações que ela
pode não ter percebido durante o ato de brincar.
www.esab.edu.br 220
Dica
Para você entender melhor sobre a importância do
brinquedonaEducaçãoinfantil,assistaaovídeo
“A importância de brincar”, disponível clicando
aqui.Novídeo,aprofessoraTisukoMorchidafala
umpoucomaissobreopapeldasbrincadeiras na
EducaçãoInfantil.Valeapenaconferir!
1/3 2/6
Figura 40 – Modelo do Disco de Frações.
Fonte: Elaborada por Esab (2013).
Outra brincadeira, também divertida, que você pode aplicar nas aulas
de Matemática para o estudo das frações, da geometria ou de área e
perímetro de triângulos e quadriláteros é o Tangram, que já vimos em
www.esab.edu.br 221
outra unidade. O Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por sete
peças: dois triângulos grandes, dois triângulos pequenos, um triângulo
médio, um paralelogramo e um quadrado. Assim, podemos usar o
Tangram para responder à pergunta a seguir.
• Que fração os dois triângulos verdes representam, no Tangram? Nesse caso, devemos
dividirasoutras peçasem partesiguaisaotriânguloverde, ouseja, quantasvezeso
triângulo verde cabe em cada figura? Note que cabe 16 vezese se são 2 triângulos
2
verdes, temos a fração dois dezesseis avos .
16
www.esab.edu.br 222
Figura 42 – Material Cuisenaire.
Fonte: <www.portaldoprofessor.mec.gov.br>.
Para suareflexão
Nasunidadesanterioresdestadisciplina,você
estudou os métodos da Resolução de Problemas
easformaspelasquaispodemosavaliaresses
métodos. Agora, pense na seguinte questão:
como as brincadeiras podem ser utilizadas como
ferramentas na Resolução de Problemas e no ensino
daMatemáticanaEducaçãoInfantilesériesiniciais
doEnsinoFundamental,ecomoeupossoavaliara
aprendizagemutilizandoessematerialconcreto?
A resposta a essa reflexão forma parte da sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
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40 Os jogos na educação matemática
Objetivo
Compreender o papel dos jogos no desenvolvimento dos
conhecimentos lógico-matemáticos na Educação Infantil e nos anos
iniciais do Ensino Fundamental.
Os jogos são condutas que imitam situações reais. Por esse motivo, os
jogoseosbrinquedosaparecemparaacriança na idadepré-escolar. Eles
surgem a partir de uma necessidade da criança de agir em relação ao
mundo dos objetos diretamente acessíveis a ela.
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Em relação às aulas de Matemática, o uso dos jogos implica uma
mudançasignificativanosprocessosdeensinoeaprendizagem, que
permite alterar o modelo tradicional de ensino.
Dica
Há uma excelente matéria, intitulada
“Jogos: Quando, como e por que usar”.
Nesta matéria, há várias sugestões de
atividades que professores podem aplicar
com seus alunos. Vale a pena conferir!
Disponível:
https://novaescola.org.br/conteudo/3440/jo
gos-quando-como-e-por-que-
usar#:~:text=Um%20ritual%20de%20a%C
3%A7%C3%B5es%20em,mesmas%20regr
as%20que%20seus%20oponentes.
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Aimportância dos jogos na Educação Infantil permite que eles sejam
divididos em três tipos.
Figura 43 – Nos jogos de construção, a criança constrói casas, prédios, castelos etc.
Fonte: <www.sxc.hu>.
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Há vários tipos de jogos que podem despertar interesse nas crianças e o
Referencial Curricular Nacionalda Educação Infantil(BRASIL, 1998) os
classifica como:
Estudo complementar
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41 A criança e os jogos
Objetivo
Entender como a criança adquire conhecimentos matemáticos através
dealgunsjogosqueauxiliamnodesenvolvimentodoseuraciocínio
lógico-matemático.
Uma vez que os jogos são importantes para o desenvolvimento da criança, como ela
adquire conhecimentos matemáticos através deles?
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Da mesma forma e durante muito tempo, os jogos tiveram seu destaque
na educação também entre os romanos, os maias e os egípcios, os quais
passavamdegeraçãoparageraçãoessaimportância. Apósaascensãodo
cristianismo, os jogosforamperdendo seudestaque, pois oscristãos não
viam os viam com bons olhos por os considerarem profanos, imorais ou
sem nenhuma significação.
Porserumaimportanteferramentanoprocesso de ensino-aprendizagem,
os jogos têm seu destaque nos Parâmetros Curriculares Nacionais
(BRASIL, 1997), documento quenos relatade forma claraanecessidade
do uso desse recurso na sala de aula como uma ferramenta didática. Pois,
os jogos e as brincadeiras são estratégias metodológicas que proporcionam
uma aprendizagem concreta por meio de atividades práticas. Os
Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, p. 90) dizem que:
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No momento da brincadeira, o professor tem condições de observar a
criatividade que acriança desenvolve diante de taisatividades lúdicas,
uma vez que para a criança a brincadeira é um momento de prazer, no
qualelapodecriarsuasfantasias, novospersonagense, atémesmo, criar
regras próprias para as brincadeiras e, por meio destas, interagir com
outras crianças. Por outro lado, através de uma atividade que exercita
desde bebê, a criança também aprende a exercer sua autonomia e
independência, sem a intervenção de um adulto.
Dica
Aprofunde um pouco mais seus conhecimentos,
lendo o artigo do psicólogo Lino de Macedo, “Jogar
para viver e conhecer”, disponível clicando aqui.
www.esab.edu.br 230
Estudo complementar
Assistaaovídeo“Matemáticaatravésdosjogos”,
disponívelclicandoaqui.Nessevídeo,vocêpode
observar como os jogos são importantes para a
aprendizagem da matemática, e como eles devem
serintroduzidosnasaulasparaaprofundaroque
vimos atéagora.
Éimportantelembrarquecadaatividadediferentequeoprofessorplaneja
para sua aula (como, por exemplo, os jogos e as brincadeiras) deve ser
previamente testada, para que não seja muito fácil e nem muito difícil, e
também é importante ressaltar que as atividades devem ter regras.
De modogeral, osjogostrabalhadosemsaladeaulaclassificam-se em
três tipos.
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Os jogos e a imaginação
www.esab.edu.br 232
Podemos perceber claramente nesse exemplo que a criança inicia a
atividade imaginando o personagem, entra no mundo real, quando
resolve o problema, e novamente volta para o imaginário para concluir o
resultado encontrado.
Figura 44 – O jogo é o melhor caminho que a criança encontra para trabalhar o imaginário.
Fonte: <www.123rf.com>.
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42 Didática da matemática
Objetivo
Conhecer os fundamentos teórico-metodológicos da didática da
matemáticanaEducaçãoInfantilenosanosiniciaisdoEnsino
Fundamental.
www.esab.edu.br 234
Sobre a importância da resolução de problemas, Smole e Diniz (2001,
p. 89) destacam que: “[...] a resolução de problemas corresponde a um
modo de organizar o ensino o qual envolve mais que aspectos puramente
metodológicos, incluindo uma postura frente ao que é ensinar e,
consequentemente, do que significa aprender”. Isto significa ampliar o
conceitode resoluçãodeproblemas como simples metodologia ou como
um conjunto de orientações didáticas.
Sobre esse assunto, o PCN (BRASIL, 1997, p. 19) nos relata que:
www.esab.edu.br 235
A resolução de problemas também compreende a possibilidade de o
professordesenvolveroseutrabalhoapartirdeatividadeslúdicas, tais
como: abordagem da literatura infantil, as brincadeiras, os jogos e a
manipulação de materiais didáticos.
www.esab.edu.br 236
De acordo com Smole, Diniz e Cândido (2006), esses tipos de atividades
proporcionamao alunoa vivênciade situações reaisa seremresolvidas e
despertam o prazer de estudar matemática.
Saiba mais
Parasaberumpoucomaissobreadidáticada
matemática e os estudos do educador francês Guy
Brousseau, que definiram as condições de ensino
e aprendizagem, leia o artigo publicado na revista
Nova Escola, edição 219, janeiro/fevereiro de
2009, disponível clicando aqui.
www.esab.edu.br 237
Resumo
Além disso, vimos também que é através dos jogos que as crianças
desenvolvem um melhor relacionamento com outras crianças e com
osadultos e, através dessas atividades, podeminteragir com o meio em
que estão inseridas, lhes proporcionando autoconhecimento. Ou seja, a
capacidade que a criança tem de perceber de forma gradativa o que ela já
sabe e poder aplicar para desenvolver o seu potencial matemático.
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43 Planos deaula
Objetivo
Elaborar plano de aula visando ao desenvolvimento do raciocínio
lógico-matemático da criança.
Nasunidadesanteriores, abordamosváriostemasimportantespara
que você busque ensinar a Matemática de forma interessante e
contextualizada, fazendo comque os alunosvivenciem situações
agradáveis e prazerosas e aprendam mais facilmente.
www.esab.edu.br 239
• planejar diretrizes de organização e administração escolar;
• revisar o Projeto Político-Pedagógico daescola;
• elaborar metas que a escola quer atingir durante o ano letivo;
• definir ações para atingir as metas;
• revisar o currículo das disciplinas;
• elaborar calendário escolar, normas gerais, projetos que serão
desenvolvidos;
• planejar atividades coletivas realizadas pelos professores;
• entre outros.
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públicona Educação Básica, deacordocomsuaspeculiaridadese
conforme os seguintes princípios, estabelecidos pelo art. 14.
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O planejamento escolar funciona como uma organização sistemática dos objetivos
propostos no processo de ensino. Deverão estar intrínsecas as dificuldades de
assimilação dos conteúdos por parte dos educandos e as influências socioeconômicas
e culturais que podem ocorrer durante o processo.
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Nome da Escola
Plano de Aula
Disciplina:
Professor:
Tema:
Data:
Objetivos Conteúdos Recursos Cronograma Procedimentos Avaliação
Quadro1–Modelodeplanodeaula.
Fonte: Elaborado pela autora(2013).
43.2.1 Tema
O tema nada mais é que um assunto atrativo que você utilizará para
ensinaroconteúdo. Muitosprofessorespreferemapresentarsomente
o título do tópico com o qual irão trabalhar. Entretanto, na Educação
Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, devemos ter o
cuidado de integrar as disciplinas. Um bom exemplo é trabalhar um tema
de maneira ampla e de modo que o professor possa explorar diferentes
conteúdos e, consequentemente, integrar váriasdisciplinas.
www.esab.edu.br 243
43.2.2 Objetivos
43.2.3 Conteúdos
Nesseitem, vocêdeveelencarosconteúdosaseremtrabalhadosnessa
aula. Um bom exemplo: nessa aula, trabalharemos os conteúdos de
Matemática, Ciências e Educação Artística.
• Matemática: Formas.
• Ciências: Meio ambiente e sustentabilidade.
• Educação Artística: Cores e texturas.
43.2.4 Recursos
43.2.5 Cronograma
www.esab.edu.br 244
43.2.6 Procedimentos
43.2.7 Avaliação
Naspróximasunidades, vamosaprendercomoselecionarosconteúdos,
os recursos, como avaliar etc. Vamosadiante?
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44 Seleção de conteúdo
Objetivo
Aplicar conhecimentos relativos à seleção de conteúdos matemáticos
em planejamentos de aula.
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Referenteàseleção de conteúdosdematemática, precisamosconhecer
os PCNs de Matemática, o RCNEI (volume 3), o PPP da escola onde
trabalhamoseseucurrículoescolar.Tendoemmãosessesdocumentos,
entenderemos quais conteúdos devem ser abordados em determinada
aula e quais os recursos e métodos necessários para que isso aconteça.
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44.3 ConteúdosdeMatemáticanaEducaçãoInfantil
Como já sabemos, a função do professor da Educação Infantil é ensinar
matemática de forma lúdica, orientando e mediando a construção de
conceitos, propiciando a construção de relações com o que a criança
vivenciou e conheceu, ampliando seusconhecimentos.
www.esab.edu.br 248
No segundo ciclo, já ampliamos esses conceitos, trabalhando com
atividades que contenham semelhanças, diferenciação de tamanhos, cores
e formas. Também aqui podemos inserir as noções de grande/pequeno,
aumentando as noções abordadas no primeiro ciclo, trabalhando com
texturas e dando nomes às formas geométricas básicas, como: círculo,
quadrado, triângulo e retângulo.
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45 Seleção de estratégias/métodos
Objetivo
Selecionar as estratégias metodológicas adequadas à educação
matemáticanaEducaçãoInfantilenosanosiniciaisdoEnsino
Fundamental.
www.esab.edu.br 250
pula corda; ao guardar seus brinquedos e/ou ao escolher uma roupa.
Em um olhar de profissional da educação, podemos dizer que a criança,
nessas práticas, está fazendo matemática para o seu mundo .
Tambémaorganizaçãodoespaçodeaprendizagemdeveserplanejada
assimcomonossasaulas. Devemos, nesseespaço, daroportunidadeàs
crianças de debatereconversarsobreasdiversassituaçõesoferecidas
aelas. Questionarsobreasatividadesquedesenvolvemoseouviro
que cada uma tem a dizer ajuda a desenvolver o raciocínio lógico,
a argumentação e a cooperação. Essa estratégia ainda auxilia no
desenvolvimento da autonomia da criança. Quando a criança verbaliza
o que sentiu e percebeu em uma determinada atividade, percebemos se a
meta de nossa aula foi ou não alcançada.
www.esab.edu.br 251
de contextualizar tais práticas para as crianças, transformando-as em atividades
significativaseorganizando-asdemaneiraquerepresentemumcrescentedesafio para
elas. Pelo fato de essas situações estarem dentro de uma instituição educacional, requerem
planejamento e intenção educativa. (BRASIL, 1998, p.221)
www.esab.edu.br 252
O estudioso Van De Walle (2009) defende que devemos aprender a fazer
matemáticavivendo, experimentandosituações, estudandoeprocurando
sempre a prática de criar novas soluções. Para ele, deve-se ensinar por
meiodeestratégiaspelasquaistodasascriançasconstruamsignificadose
cheguem à compreensão de determinado assunto.
• resolução de problemas;
• históriada Matemática;
• tecnologias da informação;
• jogos.
www.esab.edu.br 253
Nesse ciclo, o professor deve estar preparado a usar estratégias
desafiadoras, para que as crianças construam um espírito dinâmico,
cooperem e passem a ser participativas na construção dos saberes,
entendendo que no dia a dia não temos respostas prontas para os
problemas que surgem. Elas precisam estar confiantes na busca de
soluções. Portanto, “[...] é de fundamental importância que o aluno
adquira confiança em sua capacidade de aprender Matemática e explore
um bom repertório de problemas que lhe permitam avançar no processor
de formação de conceitos” (BRASIL, 1997, p.50).
Não devemos esquecer que, para que nossas aulas sejam atraentes,
precisamosselecionarosrecursosdidáticos. Paraoensino de matemática,
existem diversos recursos interessantes, como alguns apresentados a seguir.
www.esab.edu.br 254
Figura 48 – Exemplo da utilização do Material Dourado.
Fonte: Elaborada por Esab (2013).
• Problemoteca: coleçãodefichascomváriostiposdeproblemas,
desde advinhas até questões maiscomplexas.
• Blocos lógicos: constituem um conjunto de 48 peças, normalmente
feitas de madeira, plástico ou até mesmo de cartolina. Cada peça
possui formato, cor e tamanho diferente. Têm como função
desenvolver nos alunos de Educação Infantil e Educação Básica
conceitos matemáticos como espessura, tamanho e forma.
• Softwares e applets educativos: são aplicativos de computador ou
tablets que têm a função de ensinar enquanto a criança joga ou
explora odispositivo, porexemplo: Gcompris, Paint, Lego Design.
Nas próximas unidades, aprofundaremos nossos conhecimentos
sobre esses recursos.
Nestaunidade, oobjetivoéquevocêentendacomoselecionarestratégias
metodológicas para suas aulas. Como educador da Educação Infantil,
vocêprecisaselecionarestratégiasquelevemascriançasacompreender
como as coisas acontecem e por quê. Vimos muitos exemplos de
atividades lúdicas durante nossos estudos, porém não podemos nos
esquecer de envolver as crianças na confecção dos recursos didáticos,
na organização do ambiente, no cuidado com os materiais, brinquedos,
plantas, maquetes etc. Ensinar matemática é ensinar a viver com
cidadania. Outro detalhe importante é a inclusão. Lembre-se sempre
www.esab.edu.br 255
de confeccionar o material adequado para aquela criança que tiver
problemas visuais, auditivos, que for cadeirante ou possuir outro tipo
denecessidadeespecial. Temosaresponsabilidadedeensinaratodosda
melhor maneira possível.
www.esab.edu.br 256
46 Os registros e a avaliação
Objetivo
Discutiroprocessoderegistroeavaliaçãodoprocessodeensinoe
aprendizagem da Matemática na Educação Infantil e nos anos iniciais
do Ensino Fundamental.
www.esab.edu.br 257
46.1 Os registros
Alguns autores citam o ato de registrar como um ponto de partida
para analisar o desenvolvimento da criança durante todo o processo de
ensino eaprendizagem. Diniz e Smole (2001) ressaltam a importância
de pedir às crianças, após cada atividade, que registrem – por meio de
desenhos, escrita ou até verbalmente – o que sentiram e, com a ajuda de
questionamentos do professor, o que aprenderam.
[...] todas as informações que o professor considere importantes, tanto de seus alunos
comododesenvolvimentodeseutrabalho,sejamregistradasafimdequeeletenha
ummaterialpararepensarsobreassuaspróximasaçõese,também,paraavaliaros
seusalunos,ouseja,tendoohábitoderegistraralgumasdesuasaulas,o professor
auxiliaeenriqueceaelaboraçãodo planejamentoe daavaliação.(DINIZ; SMOLE,
2001, p. 39)
www.esab.edu.br 258
46.2 A avaliação formativa para o Ensino
Fundamental
Aavaliação formativa faz parte de nossoplanejamento anual. Oobjetivo
da avaliação do professor no Ensino Fundamental, segundo os PCNs
(BRASIL, 1997, p. 41), é “[...] identificar a causa do erro e planejar
a intervenção adequada para auxiliar o aluno a avaliar o caminho
percorrido”. Dessa maneira, não podemos tratar os erros de uma forma
genérica, pois a explicação geralpode serútilpara alguns alunos, mas não
para outros.
Aavaliaçãoformativadeveterocaráterdediagnóstico,deacompanhamento
do processo de ensino e aprendizagem e de intervenção, para que possa
contribuir positivamente ao desenvolvimento pleno do aluno.
www.esab.edu.br 259
46.3 Avaliação na Educação Infantil
Na Educação Infantil, o ensino de matemática tem a função de encorajar
a criança a construir noções dos conceitos matemáticos por meio de
experiênciaspositivasquepossamfacilitaracompreensãodomundoque
acerca. Aavaliação, nessecaso, apresentaváriosaspectos. OReferencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 237)
estabelece que:
Certa vez, em uma reunião da escola, um professor disse aos pais: “Sua
menina é excelente, pena que sempre derruba os lápis de cor da carteira”.
Esse comentário foi infeliz, pois a mesma criança, no outro dia, não
queria ir mais à escola, porque se via como uma desastrada. Devemos
tercuidado coma avaliação que fazemos e como transmitimos certas
informações aos pais, para que isso não cause danos à criança.
www.esab.edu.br 260
O ato da avaliação vemem prol de melhorias; temos de tomar cuidado nos
julgamentos que fazemos. Nãosomosjuízes de direito, e sim educadores
que fazem diagnósticos para que nossa prática seja eficiente. Por isso, é
de grande importância aprender a conhecer os seus alunos, ouvi-los e
procurarsaídasparaque todostenhamas mesmaschancesde aprender.
www.esab.edu.br 261
Tecnologias da Informação
47 e Comunicação na educação
matemática
Objetivo
Identificar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como
estratégias formadoras do pensamento matemático na Educação
Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
www.esab.edu.br 262
Atualmente, existem escolas que já utilizam os tablets como ferramentas
educacionais a partir da Educação Infantil, por serem de fácil
manipulação pelas crianças pequenas.
www.esab.edu.br 263
• O uso do computador nas aulas faz com que a criança aprenda,
executando tarefas como desenhar, elaborando pequenos textos,
fazendo os registros do que aprendeu em determinada aula,
assistindo a um vídeo educativo, fazendo pesquisas etc.
• Possibilitaàacessibilidade, pormeiodeváriosrecursos, comoalupa
(para portadores de baixa visão), softwares de leitura e teclados em
braile (para cegos), aulas em libras (para surdos), entre outros.
• Facilita o ensino, através de imagens, sons e vídeos, emum só
momento, para explicar determinados conteúdos.
• O professor pode selecionar jogos matemáticos, problemas ou
desafiosdisponíveisnainternet, paraque seus alunosaprendam,
testem, experimentem e formem conceitos matemáticos.
www.esab.edu.br 264
Vejamos algumas sugestões.
www.esab.edu.br 265
Figura 50 – Tux Paint.
Fonte: New Breed Software (2013).
www.esab.edu.br 266
à educação, isto é, já vemrepleto de aplicativos educacionais. Qualquer
educadorpode ter acesso a esse sistema operacional e instalá-lo em seu
computador. O nome desse sistema é Linux Educacional. Além disso, o
Governo Federal tem o objetivo de potencializar o uso das Tecnologias
Educacionais nas escolas.
Tarefa dissertativa
Caroestudante,convidamosvocêaacessaro
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
www.esab.edu.br 267
48 Objetos de aprendizagem
Objetivo
Reconhecer materiais didáticos utilizados para o desenvolvimento do
pensamentomatemáticonaEducaçãoInfantilenosanosiniciaisdo
Ensino Fundamental.
www.esab.edu.br 268
• Banco Internacional de Objetos Educacionais: é um acervo
de mais de 19 mil objetos educacionais paraacesso público, tais
como animações/simulações, áudios, vídeos, mapas, imagens,
experimentos, hipertextos e softwares educacionais. Veja mais em
<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/>.
• Mídias digitais para Matemática: é um acervo produzido pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, disponibilizado ao
público gratuitamente. Existem, nesse site, muitos OAs em forma
dejogose animações, especialmentepara os anosiniciais do Ensino
Fundamental. Disponível em <http://mdmat.mat.ufrgs.br/>.
www.esab.edu.br 269
• Educopédia: é uma plataforma on-line, que colabora com aulas
digitais. Alunos e professores podem acessar atividades de qualquer
lugar e em qualquer hora. As aulas incluem planos de aula e
apresentações voltados para professores que queiram utilizar as
atividades com os alunos no ambiente de ensino. O conteúdo é
de livre acesso e ainda tem uma educoteca com uma fábrica de
livros, naqual as crianças podemescrever e publicar seus próprios
livros. Os conteúdos de matemática estão em constante revisão e
são excelentes. Disponível no site <http://www.educopedia.com.br/
Login.aspx>.
Como você pode ver, muitos são os sites que disponibilizam acervos
de OAs no Brasil. Todosos citados anteriormente forampesquisados e
sugeridos pelo autor Van de Walle (2009), ao longo de “Matemática no
Ensino Fundamental: formação de professores e aplicação em sala de
aula”. O estudioso ainda faz referência a muitos outros sites em inglês,
que possuem vários OAs. A maioria é para a formação continuada do
professor, dentre os quais selecionamos alguns que exploram os principais
conceitos matemáticos para aprofundar seu estudo. Um exemplo é este:
www.esab.edu.br 270
Assim, terminamos nossos estudos, acreditando que agora você será
capaz de preparar suas aulas com mais segurança. Você já sabe que a
matemáticanãodeveserensinadacomoalgoirrealeinatingível. Afinal,
ela é uma necessidade humana que faz parte de nossa história; é uma
ferramentapararesolvermosnossosproblemasdiáriosesituaçõesquea
vida nos apresenta.
Estudo complementar
Façaaleituradoartigo“Contribuiçõesdeum
grupo colaborativo para a prática de uma
professora da Educação Infantil”, da autoraScheila
Guimarães, disponível clicando aqui.
Não existe uma única e nem a melhor resposta para todos os problemas.
Contudo, certamente você encontrará a sua resposta, através de estudos,
experimentações, interações, dedicação e, talvez, muitas tentativas.
Desejo a você felicidades em sua jornada como educador!
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 37 a 48. Para isso, dirija-
seaoAmbienteVirtualdeAprendizagem (AVA)e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
vocêestarásepreparandoparaaprova.Bom
trabalho!
www.esab.edu.br 271
Resumo
Vimosque,emnossaprofissão,existemdocumentosquedevemosconhecer:
sãoleissobrenossosdireitose deverescomoeducadores, leisqueregem
a Educação, orientaçõessobreconteúdos, métodose recursosdidáticos.
Também vimos a importância de termos em mãos o PPP da escola, os
PCNs e o RCNEI, para elaborar nosso planejamento anual e nossos
planosdeaula.Alémdisso,percebemosaimportânciadeselecionarmosos
conteúdos, de acordocoma realidade da comunidadeescolar, eosmétodos
e recursos que são essenciais para o sucesso de uma aula.
Vimosqueaalfabetizaçãomatemáticadeveiniciardesdeosprimeiros
anos de vida da criança. Isso poderá ocorrer por meio de todos os
estímulos: gostos, texturas, formas, sonse imagens. As aulas devem
ser bem planejadas e com todos os recursos didáticos possíveis. O
uso das tecnologias contribuirá muito nesse processo, abrindo novas
possibilidadeseducativas. Naweb, existemgrandesacervos de objetosde
aprendizagemdisponíveisgratuitamenteparaoseducadores, oquefaz do
computador um recurso didático indispensável.
www.esab.edu.br 272
Glossário
Acomodação
Processodeadaptação depensamentoeaçãoàsnecessidadesimpostas
pelo ambiente.R
Álgebra
Em matemática, álgebra é o ramos que estuda a manipulação formal
deequações,operaçõesmatemáticasepolinômios.Aálgebraé um dos
principais ramos da matemática, juntamente coma geometria, análise
combinatória e teoria dos conjuntos.R
Algoritmo
Um algoritmo é caracterizado por qualquer forma de resolver um
problema de maneira procedural, a partir de padrões e regras.R
Amarelinha
Jogo em que se desenha no chão nove quadrados e um semicírculo
chamado de céu, de forma com que a criança, para chegar ao
semicírculo, deve pular de casa emcasa. R
Ângulos notáveis
São ângulos usados com maior frequência e medem: 30º, 45º, 60º, 90º e
180º. R
Applets
Pequeno programa escrito em linguagem Java para ser inserido em
umapágina da web. Aexpressão applet éusadaparadiferenciá-lo dos
aplicativos, que também podem ser criados com a linguagem Java e
executadosemqualquercomputador, semo auxílio do browser. R
www.esab.edu.br 273
Assimilação
Processode adaptaçãoasituaçõesnovas que consisteemassociaros
novos dados captados do meio a experiências anteriores. R
Atividade pré-numérica
São atividades que podemos elaborar com a criança usando apenas a
observação,nãoéprecisofazercálculosaritméticosnemternoção de
operações matemáticas. R
Base decimal
É a base que usamos para contar o nosso sistema de numeração, de dez
em dez. A cada dez unidades, temos uma dezena; a cada dez dezenas,
temos uma centena e assim por diante. R
Coexistir
Existir em simultâneo ou em conjunto, geralmente, no mesmo local. R
Cognição
Conjunto dos processos da mente envolvidos na percepção, na
representação, no pensamento,nasassociaçõeselembrançasetc.Uma
dastrêsfunçõesmentaisbásicas(afeto,cogniçãoevolição). R
Cognitiva
É o ato ou processo deconhecer, que envolve atenção,percepção,
memória, raciocínio,imaginação, pensamento e linguagem. R
Conceito
O que concebemos sobre algo ou alguém no pensamento, na ideia;
modo de pensar sobre algo; noção; ideia; concepção. R
Concepções
Ideias, ações ou resultados de criar algo na mente ou no intelecto, de ter
ideia(s),deimaginar (coisasconcretas ou abstratas). R
www.esab.edu.br 274
Concreto pensado
Que passa a ter existência material a partir de um planejamento. R
Conexões
Açõesouresultadosdeconectar,deestabelecerligação entrepessoasou
coisas. R
Construtivismo
Teoria que procura descrever os diferentes estágios pelos quais passam
os indivíduos no processo de aquisição do conhecimento, como
se desenvolve a inteligência humana através de ações mútuas entre
indivíduo e meio, e como o indivíduo se tona autônomo. Através das
interações entre o sujeito e o meio, novos níveis de conhecimento vão
sendo indefinidamente construídos. R
Contenções
Ações ou resultados de conter(-se) ou conter alguma coisa. R
Contexto
Conjuntodecircunstânciasoufatosinter-relacionados que envolvem um
evento particular, uma situação etc. R
Convencionais
Na Matemática, dizemos que um problema é convencional quando é
apresentado por uma frase. Os problemas convencionais podem ser
resolvidos de forma direta e a solução é sempre numérica. R
Desequilíbrio
Perda ou falta de equilíbrio; estado ou condição do que está
desequilibrado. R
www.esab.edu.br 275
Disco de fração
Conjunto de peças que formam um círculo. Não apenas auxilia na
compreensão dasnoções de fração, como é umrecurso excelente para a
aprendizagemdeequivalência. R
Eixo de simetria
Em geometria, o eixo de simetria é uma linha que divide uma figura em
duas partes simétricas, isto é, como se fossem o objeto e sua imagem
espelhada. R
Epistemologia
Estudo do conhecimento; o conhecimento científico, sua natureza, seu
processode aquisição, alcance e limites e das relaçõesentre o objetodo
conhecimento e aquele que o busca; a teoria do conhecimento. R
Espaciais
Referentes aos espaços. R
Estruturado
Que se assenta em estrutura (prédio estruturado); organizado. R
Estrutura
Na lógica, uma estrutura (ou estrutura de interpretação) é um objeto que
dá significado semântico ou interpretação aos símbolos definidos pela
assinatura deuma linguagem. R
Euclidiana
Em matemática, linhas retas ou planos que permanecem sempre a uma
distância fixa uns dos outros, independentemente do seu comprimento:
esse é um princípio da geometria euclidiana. R
www.esab.edu.br 276
Figura fechada simples
Quando as linhas que formam o contorno da figura não se cruzam, por
exemplo,nasfigurasgeométricas. R
Fósseis
Restos de animais ou plantas preservadas em rochas. R
Fúteis
Termorelativoà futilidade. Significa tudo aquilo que não temimportância
ou é desnecessário. R
Geometria analítica
É o estudo da geometria por meio de um sistema de coordenadas e dos
princípios da álgebra e da análise. R
Geometria clássica
É o ramo da geometria que se dedica à forma, ao tamanho e à posição
relativa de figuras e às propriedades do espaço. R
Geometria plana
É um ramo da Matemática que está relacionado ao estudo do ponto, da
reta, do plano e das construções de figuras geométricas planas. R
Geometria topológica
São estruturas que permitem a formação de conceitos como
convergência,conexidadeecontinuidade eaparecemempraticamente
todos os ramos da matemática. R
Geoplano
É um recurso utilizado para auxiliar os professores no trabalho de ensino
dasformas geométricas. R
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Hierárquico
Que tem ordem. Graduação existente em uma corporação qualquer,
estabelecendo relações de subordinação entre os seus membros e
diferentes graus de poderes e responsabilidade (hierarquia militar/
eclesiástica). R
Hipertexto
Textoou conjunto de textos disponíveis emmídia eletrônica e acessados
porcomputador, organizados de modoque se possa percorrê-losatravés
de links, ou por relação entre elementos correlatos. R
Inclusão
Ação pela qual um conjunto contém ou inclui todos os elementos de
outro. R
Inscrito
Um polígono está inscrito em uma circunferência se todos os seus
vértices são pontos dacircunferência. R
Intelectuais
Pertencente ou relativo a inteligências. R
Interdisciplinaridade
Característica do que é interdisciplinar, do que diz respeito a duas ou
mais disciplinas. R
Interpessoais
Referentes a (ou que se realiza entre) duas ou mais pessoas. R
Intrapessoais
Que se passa no íntimo de uma pessoa. R
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Intrínsecas
Que se encontram no interior, no íntimo de alguém ou de algo. R
Linear
Que se caracteriza pelo desenvolvimento sequencial, direto, sem
digressões; que é claro, simples, como uma linha reta (texto linear).
Lógicas
Formaderaciocinarcoerente,emque se estabelecemrelaçõesdecausae
efeito;acoerênciadesseraciocínio. R
Lúdica
Atividade lúdica é todo e qualquer movimento que tem como objetivo
produzir prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante. R
Ludicidade
Qualidade do que é lúdico, ou seja, que serve para divertir ou dar prazer.
R
Material Cuisenaire
O material Cuisenaire é formado por uma caixa que contém várias barras
de madeira, cada uma com tamanho e cor diferentes. Esse material
tem por objetivo auxiliar a criança na aprendizagem de contagem e de
operaçõesbásicas. R
Material dourado
Material formado porcubinhos, barras, placas e cubos que representam
unidade,dezena, centenae milhar,respectivamente. Comesse material
podemos estudar as quatro operações fundamentais e desenvolver
váriasnoçõeseconceitosmatemáticoscomosalunos,comogeometria,
número,classificações,seriaçõesentretantasoutras. R
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Mediação
Ato ou efeito de mediar; intervenção, intermédio. R
Mimética
Formas que imitam a natureza. R
Números irracionais
São números que não podem ser escritos da forma a/b, ou seja, não
podem ser escritos em forma de fração. Nesse conjunto de números
podemos destacarasdízimas não periódicas e asraízesnão exatas.R
Paradidáticos
Sãolivrosquesãoadotados de formaparalelaaosmateriaisconvencionais
e têm por objetivo o desenvolvimento de atividades extras. R
Pertinência
Que faz parte de um conjunto. R
Pré-história
Período antes da invenção da escrita e do uso de metais. R
Pictografia
Pintura e esculturas nas paredes das cavernas. R
Ponderar
Mediar, refletir,pensar, examinar. R
Portfólio
Coleção organizada e planejada dos trabalhos produzidos pelos alunos,
ao longo do período letivo, com o objetivo de proporcionar uma ampla e
detalhada visão ao educador da aprendizagem da criança. R
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Posicionamento
Opinião ou posição adotada por alguém a respeito de um assunto em
particular. R
Problema dereagrupamento
Na adição e na subtração, o conceito do reagrupamento é também
chamado de “transportar” ou “tomar emprestado”. Essa é a ação de
repartir os números para resolver o problema. R
Processo deequilibração
Apassagem de estados de menos equilíbrio para outros de maior
equilíbrio, qualitativamente, diferentes graças às reequilibrações
progressivas (GUIMARÃES, 1998). R
Proporcionalidade
A proporcionalidade é a mais simples e comum relação entre as
grandezas.Aproporcionalidade ébastanteútilparaa resolução de regra
de três. R
Relações
Resultadodacomparaçãoentreduasquantidadescomensuráveis. R
Signo
Associação de um significante e um significado (signo linguístico).
Qualquer coisa ou fenômeno que designe algo distinto de si mesmo ou
em seu lugar. R
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Simulações
Sistematização
Sociocultural
Referenteaos aspectos sociais eculturaisdeuma dadaquestão ou
realidade. R
Tangram
É um quebra-cabeça chinês formado por sete peças (cinco triângulos, um
quadrado e um paralelogramo). Com essas peças podemos formar 1700
figurassemsobrepô-las. R
Teoria PlanetáriaGeocêntrica
Teoria que atribuía aos planetas órbitas circulares em torno da Terra. R
Valor posicional
Posição que cada algarismo ocupa em um número. Exemplo, o 4 em 47
vale quatro dezenas e em 74 vale quatro unidades. R
Web
Denominação que tornou conhecida e difundida (a partir de 1991) a
rede mundial de computadores; sistema na internet que permite acesso a
informaçõeseinterligadocumentos,arquivos, sites, menus,índicesetc.,
fornecendo conexões com e entre usuários. R
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Referências
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PANIZZA, M. Ensinarmatemática na educação infantil e nas sériesiniciais:
análises propostas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ROSA NETO, E. Didática da matemática. 12. ed. São Paulo: Ática, 2010.
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